programa: ciÊncia da literatura disciplina: …

26
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Poïesis, historiografia e memória PROFESSOR: Alberto Pucheu Siape: 1361618 CÓDIGO: LEL831 PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2021.2 NÍVEL: M/D ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Terças-feiras, às 15h. TÍTULO DO CURSO: Trilogia da resistência EMENTA Ao menos desde 2013, parece haver uma inflação no uso do termo resistência. Subita- mente, tudo virou resistência; de maneira paradoxal, quando toda e qualquer atitude passa a ser encarada como resistência, a resistência não se faz mais possível. O curso tentará pensar o que pode significar tal termo – a que experiências ele se remete – em três poetas vivos de gerações afins, que participaram e seguem participando dos movi- mentos sociais que lhes dizem respeito: 1) Carlos de Assumpção; 2) Eliane Potiguara; 3) Pedro Tierra. Com os poemas e livros de tais poetas, temos um negro, uma indígena e um preso político da ditadura de 1964. Assim, visamos uma pedagogia poética ou uma poesia pedagógica de tradições historicamente pouco escutadas em suas intervenções, potencialidades e demandas por direitos. A partir de tais poetas, leremos outros e outras que lhes concernem, cuja poesia ficou no esquecimento. BIBLIOGRAFIA BÁSICA ASSUMPÇÃO, Carlos de. Não pararei de gritar; poemas reunidos. Organização Alberto Pucheu. São Paulo: Companhia das Letras, 2020. GRAÚNA, Graça. Contrapontos da literatura indígena contemporânea no Brasil. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2013. POTIGUARA, Eliane. “Participação dos povos indígenas na Conferência em Durban”. Revista de Estudos Feministas da UFSC, ano 10, número 228, 1º semestre de 2002. p.219- 228. POTIGUARA, Eliane. Metade Cara, Metade Máscara. 3 ed. Rio de Janeiro: Grumin, 2019. POTIGUARA, Eliane. Eliane Potiguara. Organização Kaká Werá. Rio de Janeiro: Azou- gue Editorial, 2019a. Coleção Tambetá. PUCHEU, Alberto (org.). Cult antologia poética, número 1. São Paulo: Cult – Revista Brasileira de Cultura, 2019. TIERRA, Pedro. Poemas do povo da noite. São Paulo: Editorial Livramento, 1979. TIERRA, Pedro. Água de rebelião. Petrópolis: Editora Vozes, 1983. TIERRA, Pedro. Dies Irae. Brasília: edição do autor, 1999. TIERRA, Pedro. A estrela imperfeita. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2014. TIERRA, Pedro. Pesadelo; narrativas dos anos de chumbo. São Paulo: Autonomia Lite- rária: Fundação Perseu Abramo, 2019.

Upload: others

Post on 23-Nov-2021

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Poïesis, historiografia e memória PROFESSOR: Alberto Pucheu Siape: 1361618 CÓDIGO: LEL831 PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2021.2 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Terças-feiras, às 15h. TÍTULO DO CURSO: Trilogia da resistência EMENTA Ao menos desde 2013, parece haver uma inflação no uso do termo resistência. Subita-mente, tudo virou resistência; de maneira paradoxal, quando toda e qualquer atitude passa a ser encarada como resistência, a resistência não se faz mais possível. O curso tentará pensar o que pode significar tal termo – a que experiências ele se remete – em três poetas vivos de gerações afins, que participaram e seguem participando dos movi-mentos sociais que lhes dizem respeito: 1) Carlos de Assumpção; 2) Eliane Potiguara; 3) Pedro Tierra. Com os poemas e livros de tais poetas, temos um negro, uma indígena e um preso político da ditadura de 1964. Assim, visamos uma pedagogia poética ou uma poesia pedagógica de tradições historicamente pouco escutadas em suas intervenções, potencialidades e demandas por direitos. A partir de tais poetas, leremos outros e outras que lhes concernem, cuja poesia ficou no esquecimento.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA ASSUMPÇÃO, Carlos de. Não pararei de gritar; poemas reunidos. Organização Alberto Pucheu. São Paulo: Companhia das Letras, 2020. GRAÚNA, Graça. Contrapontos da literatura indígena contemporânea no Brasil. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2013. POTIGUARA, Eliane. “Participação dos povos indígenas na Conferência em Durban”. Revista de Estudos Feministas da UFSC, ano 10, número 228, 1º semestre de 2002. p.219-228. POTIGUARA, Eliane. Metade Cara, Metade Máscara. 3 ed. Rio de Janeiro: Grumin, 2019. POTIGUARA, Eliane. Eliane Potiguara. Organização Kaká Werá. Rio de Janeiro: Azou-gue Editorial, 2019a. Coleção Tambetá. PUCHEU, Alberto (org.). Cult antologia poética, número 1. São Paulo: Cult – Revista Brasileira de Cultura, 2019. TIERRA, Pedro. Poemas do povo da noite. São Paulo: Editorial Livramento, 1979. TIERRA, Pedro. Água de rebelião. Petrópolis: Editora Vozes, 1983. TIERRA, Pedro. Dies Irae. Brasília: edição do autor, 1999. TIERRA, Pedro. A estrela imperfeita. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2014. TIERRA, Pedro. Pesadelo; narrativas dos anos de chumbo. São Paulo: Autonomia Lite-rária: Fundação Perseu Abramo, 2019.

Page 2: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

TIERRA, Pedro. A palavra contra o muro. São Paulo: Geração Editorial, 2013. Bilingue, tradução para o alemão de Curt Meyer-Clason e Sarita Brandt.

Page 3: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Leituras dialéticas PROFESSOR: Carlos Pires Siape: 3081190 CÓDIGO: LEL884 PROFESSOR: Priscila Matsunaga Siape: 2544259 PERÍODO: 2021.2 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Quartas-feiras, às 10h, através da plataforma Google Meet. TÍTULO DO CURSO: Metodologias de pesquisa EMENTA Apresentação de metodologias mobilizadas pelas linhas de pesquisa deste programa de pós-graduação, coordenada pelos professores Alberto Pucheu, Danielle Corpas, Luiz Eduardo Soares, Marcelo Diego, Priscila Matsunaga e pesquisadores convidados. A pes-quisa com fontes primárias. As especificidades do trabalho em arquivos e bibliotecas. A "pesquisa básica" (basic research) em literatura. A escrita como instrumento de investi-gação literária e artística – o ensaio e as “formas”/práticas de leitura. Método como pro-cesso e método como norte de pesquisa (as dificuldades do “a priori” – ou o pressuposto e o posto). Considerações sobre interdisciplinaridade nas ciências humanas e sociais. As chamadas "humanidades digitais" (digital humanities). Epistemologias anticoloniais. Forma, processos sociais e os modismos teóricos. A utilidade das metodologias e os ris-cos da metodolatria. Abordagens quantitativas e qualitativas em pesquisas. As artes e as técnicas da entrevista e das histórias de vida. Questionários e opiniões: rendimentos e limites. Como tratar testemunhos, depoimentos e relatos: a problemática da edição. Ob-servação participante e a etnografia multi-dimensional. A persistente questão do uso da literatura e das teorias da literatura para análises sociais — e o inverso. O rigor da indis-ciplina. Literatura e educação.

BIBLIOGRAFIA ADORNO, Theodor W. Notas de literatura I. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2003.

AUERBACH, Erich. Mimesis: A representação da realidade na literatura ocidental. São

Paulo, Editora Perspectiva, 2007.

JAMESON, Fredric. Cultura e capital financeiro. In: JAMESON, F. A cultura do di-

nheiro: ensaios sobre a globalização. Tradução Maria Elisa Cevasco. Petrópolis: Vozes,

2001.

MANIFESTO DAS HUMANIDADES DIGITAIS. Acessível em: https://humanidades-

digitais.org/manifesto-das-humanidades-digitais/

MOREIRA, Marcelo. Critica textualis in caelum revocata? São Paulo: Edusp, 2011.

MORETTI, Franco. A literatura vista de longe. Porto Alegre: Arquipélago, 2008.

Page 4: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

SCHWARZ, Roberto. Sequências brasileiras: ensaios. São Paulo: Companhia das Le-

tras, 1999.

SZONDI, Peter. Teoria do drama moderno 1880-1950. São Paulo: Cosac & Naify, 2001.

Page 5: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: A tradição crítica brasileira PROFESSOR: Eduardo Coelho Siape: 2478182 CÓDIGO: LEL886 PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2021.2 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Encontros às terças-feiras, às 18h, por meio do app Zoom. Algumas oficinas serão realizadas na modalidade síncrona, nesse mesmo dia/hora; outras serão realizadas de forma assíncrona. TÍTULO DO CURSO: A escrita acadêmica: dissertação e tese EMENTA Este curso pretende descrever e analisar estilos de escrita acadêmica; discutir o bloqueio da escrita; tratar de etapas e processos referentes à escrita científica na área de Letras; apresentar técnicas e recursos de produção de dissertações e teses. Uma parte dos encon-tros será destinada a conversas com pesquisadores em torno de suas práticas, de seus modos de fazer e de suas dificuldades na criação textual; outro módulo deste curso vai consistir na realização de oficinas de produção textual e copidesque.

BIBLIOGRAFIA AIRA, César. Continuação de ideias diversas. Tradução de Joca Wolff. S.l.: Papéis Sel-vagens, s./d. Coleção Archimboldi. ANZALDÚA, Gloria. Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do ter-ceiro mundo, Estudos Feministas, ano 8, p. 229-236, 1o semestre de 2020. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/9880/9106>. Acesso em: 30 mar. 2021. BECKER, Howard S. Truques da escrita: para começar e terminar teses, livros e artigos. Tradução de Denise Bottmann. Revisão técnica de Karina Kuschnir. Rio de Janeiro: Zahar, 2019. BEAUD, Michel. A arte da tese: como elaborar trabalhos de pós-graduação, mestrado e doutorado. Tradução de Glória de Carvalho Lins. Rio de Janeiro: Edições BestBolso, 2014. CARLINO, Paula. Escribir, leer y aprender en la universidad. Una introducción a la alfabetización académica. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica de Argentina, 2005. CRUZ, Robson. Bloqueio da escrita acadêmica. Caminhos para escrever com conforto e sentido. Belo Horizonte: Artesã, 2020. DINIZ, Debora. Cartas a uma orientadora: o primeiro projeto de pesquisa. 2a edição. Brasília: Letras Livres, 2013. ______. Série Banquinha (IGTV), Instagram. Disponível em: <https://www.insta-gram.com/debora_d_diniz/channel/>. Acesso em: 30 mar. 2021. DOZE ENSAIOS SOBRE O ENSAIO: ANTOLOGIA SERROTE, São Paulo, Instituto Mo-reira Salles, 2018.

Page 6: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Tradução de Gilson Cesar de Souza. 27a edição, revista e atualizada. São Paulo: Perspectiva, 2019. Coleção estudos, 85. EVARISTO, Conceição. “A Escrevivência e seus subtextos”. In DUARTE, Constância Lima; NUNES, Isabella Rosado. Escrevivência: a escrita em nós: reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Ilustrações de Goya Lopes. Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020. p. 26-46. GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 2a edição. Rio de Janeiro: Funda-ção Getúlio Vargas, 1972. MORAES, Ana Cristina de; CASTRO, Francisco Mirtiel Frankson Moura. Por uma es-tetização da escrita acadêmica: poemas, cartas e diários envoltos em intenções pedagógi-cas, Revista Brasileira de Educação, v. 23, Rio de Janeiro, Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação, p. 1-15, 2018. Disponível em: <http://www.sci-elo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782018000100276&tlng=pt>. Acesso em: 27 mar. 2021. MORICONI, Italo. “O fetiche morreu, viva o fetiche: A questão da crítica”; “Circuitos contemporâneos do literário”; “Literatura 00”; “Um pé na academia, outro no mercado”. Literatura, meu fetiche. Organização de Paloma Vidal e Ieda Magri. Recife: Cepe, 2020. P. 25-29; 31-49; 51-60; 61-71. TERCEIRA MARGEM: Revista do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Litera-tura, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro de Letras e Artes, Faculdade de Letras, Pós-Graduação, ano IX, n. 13, 2005.

Page 7: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Textos psicanalíticos PROFESSOR: Flavia Trocoli Siape: 2711100 CÓDIGO: LEL883 PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2021.2 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO: Segundas-feiras, às 10h, aulas síncronas semanais, no Google Meet. TÍTULO DO CURSO: O idioma-Cixous, isso faz sonhar EMENTA No segundo semestre de 2021, estudaremos os modos como Hélène Cixous ressuscita, recita e recria questões das obras de Clarice Lispector e de Marcel Proust; da primeira, recolheremos as formas em torno do começo, da criança e da mãe; da segunda, em torno do sonho, do envelhecimento e do luto. Será através dessa recitação, dando a morte e redoando a vida a esses objetos, que buscarei desenhar o modo singular de Hélène Ci-xous receber e oferecer uma leitura e uma reescrita da psicanálise justamente no ponto em que ela é indissociável da literatura. Dito isso, gostaria de pensar que, para Cixous, estaria em jogo o que chamaríamos de um inconsciente literário; neste ponto deixaremos que alguns escritos de Jacques Derrida em torno da obra de Cixous contorne e dite o que ele chamou de “idioma Cixous”. Os fragmentos de obras ainda não traduzidas de Cixous e Derrida serão traduzidos durante as aulas. O título deste curso me foi dado por João Camillo Penna à primeira leitura desta ementa.

BIBLIOGRAFIA BENNINGTON, G. Jacques Derrida par Geoffrey Bennington et Jacques Derrida. Paris: Seuil, 1991. ______. Jacques Derrida por Geoffrey Bennington e Jacques Derrida. Tradução: Ana-maria Skinner; revisão técnica: Márcio Gonçalves. Rio de Janeiro, Zahar, 1996. CALLE-GRUBER, Mireille. Hélène Cixous: croisées d’une oeuvre. Paris: Galilée, 2000. CIXOUS, Hélène. (1971) Un vrai jardin. Paris: des femmes, 1998. ______. (1975) Le Rire de la Méduse. Paris: Galilée, 2010. ______. L'Heure de Clarice Lispector. Paris: Des femmes, 1989. ______. “Reaching the point od wheat, or the Portrait of the artist as maturing Woman”. In: Remate de males. No. 9. Campinas: Unicamp, 1989. ______. A hora de Clarice Lispector. Tradução: Raquel Gutierrez. Rio de Janeiro: Exo-dus, 1999. ______. Les Rêveries de la femme sauvage. Paris: Galilée, 2000. ______. Hyperrêve. Paris: Galilée, 2006. ______. Celle qui ne se ferme pas. In: CHERIF, Mustapha (ed). Derrida à Alger; un regard sur le monde. Paris: Acte du Sud, 2008. ______. Cigüe: vieilles femmes en fleurs. Paris: Galilée, 2008. ______. Ève s'évade: la ruine et la vie. Paris: Galilée, 2009. ______. Lettres de fuites. Édition: Marta Segarra. Paris: Gallimard, 2020.

Page 8: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

______. Ruines bien rangées. Paris: Gallimard, 2020. DAWSON, M, HANRAHAN, M. & PRENOWITZ, E.. Cixous, Derrida, Psychoanalysis. Em: A Journal of Modern Critical Theory. Edinburgh University Press, volume 36, num-ber 2, July 2013. DERRIDA, Jacques. Le monolinguisme de l’autre. Paris: Galilée, 1996.

______. O monolinguismo do outro. Tradução: Fernanda Bernardo. Porto: Campo das Letras, 2001. ______. O animal que logo sou (A seguir). Tradução: Fabio Landa. Editora da UNESP, 2002. ______. Voiles. Paris: Galilée, 1998. ______. Véus... à vela.Tradução: Fernanda Bernardo. Coimbra: Quarteto, 2001. ______. H.C. pour la vie, c’est à dire... Paris: Galilée, 2002. ______. Gêneses, genealogias, gêneros e o gênio. Tradução: Eliane Lisboa. Porto Alegre: Sulina, 2005. FELMAN, Shoshana. What does a woman want? Reading and sexual difference. Balti-more: Johns Hopkins Press, 1993. LACAN, Jacques (1975). O seminário, livro 23: o sinthoma. Texto estabelecido por Jac-ques-Alain Miller. Tradução: Sergio Laia. Revisão: André Telles. Rio de Janeiro, Zahar, 2007. FREUD, Sigmund. (1900) The interpretation of dreams. Translation: James Strachey. New York: Harper Collins Publishers. ______. (1914) Luto e melancolia. Tradução, introdução e notas: Marilene Carone. São Paulo: Cosac Naify, 2011.

______. (1917-1918) História de uma neurose infantil. In: Uma neurose infantil e outros trabalhos Volume XVII da Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas de Sig-mund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996. ______. (1920) Além do princípio do prazer, in: Escritos sobre psicologia do inconsci-ente. Coordenação da Tradução: Luiz Alberto Hans. Rio de Janeiro: Imago. ______. “Por que a guerra?”. O mal estar na civilização, novas conferências introdutórias e outros textos (1930-1936)/Sigmund Freud. Tradução: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. HELLER-ROAZEN, Daniel. Ecolalias: sobre o esquecimento das línguas. Tradução: Fa-bio Akcelrud Durão. Campinas: Editora da Unicamp, 2010. LISPECTOR, Clarice. (1944) Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. ______. “Menino a bico de pena”. In: Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. ______. (1964) A legião estrangeira. São Paulo: Siciliano, 1992. PROUST, Marcel. À la recherche du temps perdu. Sous la direction de Jean-Yves Tadié. Paris: Gallimard, 1999. ______. (1913[2006]) No caminho de Swann. Tradução: Mario Quintana. 3ª ed. São Paulo: Globo. ______. (1922 [2004a] O Caminho de Guermantes. Tradução: Fernando Py. Rio de Janeiro: Ediouro.

Page 9: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

______. (1923 [2004b]) Sodoma e Gomorra. Tradução: Fernando Py. Rio de Janeiro: Ediouro. ______. (1927 [2004c]) O tempo redescoberto. Tradução: Lucia Miguel Pereira. São Paulo: Globo. SEGARRA, Marta. (Ed). L’événement comme écriture: Cixous et Derrida se lisant. Paris: Éditions Campagne Première, 2007. ______. (Ed). Hélène Cixous. Corollaires d’une écriture. Paris: Presses Universitaires de Vincennes, 2019. SELLERS, Susan. The Hélène Cixous Reader. London/New York: Routledge, 1994. SETTI, Nadia. Passions Lectrices. Paris: Indigo, 2010.

Page 10: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Literatura e modernidade PROFESSOR: João Camillo Penna Siape: 1311027 CÓDIGO:

LEL809 PERÍODO: 2021.2 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: A disciplina será ministrada de forma remota. São previstos encontros on-line às quintas-feiras, às 14h, com duração média de 3 horas, pela plataforma Zoom. De forma assíncrona, será aberta uma “turma” na plataforma Go-ogle Sala de Aula com o objetivo de constituir um fórum do curso. A bibliografia do curso será disponibilizada sempre que possível em arquivos no formato pdf, numa pasta no GSA. TÍTULO DO CURSO: O símbolo e a coisa, uma leitura de Clarice Lispector EMENTA A publicação de A paixão segundo GH de Clarice Lispector em 1964 – ano do golpe civil-militar brasileiro – marca uma inflexão importante de sua escrita, aonde se cristali-zam de maneira explícita dois de seus operadores essenciais: o símbolo e a coisa. É de 1965 – em parte em resposta à publicação do romance e da coletânea de contos e frag-mentos, A legião estrangeira, do mesmo ano – as duas contribuições críticas que abrem a leitura metafísica de sua obra: José Américo Pessanha e Benedito Nunes. Reconstitui-remos a gênese do símbolo em A maçã no escuro (1961) e da coisa em A cidade sitiada (1949), o que nos fornecerá um olhar renovado sobre A paixão. O romance fixa os termos da metamorfose como movimento da escrita clariciana, em consonância com a referência de Franz Kafka (A metamorfose), como antropotécnica (Sloterdijk), que decanta uma longa e meditada leitura da Imitação de Cristo, tratado de exercícios espirituais atribuído a Tomás Kempis, que Clarice lera repetidas vezes entre 1940 e 1950. Em nossas aulas tentaremos compor uma leitura de A paixão a partir desses fios, tendo em vista uma hipótese geral sobre a escrita de Clarice.

BIBLIOGRAFIA ANTELO, Raúl. Objecto textual. São Paulo: Fundação Memorial da América Latina, 1997. BARTHES, Roland. Sade, Fourier, Loyola. S. Paulo: Martins Fontes, 2005. CARONE, Modesto. Lição de Franz Kafka. S. Paulo: Companhia das Letras, 2014 [ver-são eletrônica]. CASTRO, Eduardo Viveiros de. “Rosa e Clarice, o fora e a fera”. Revista Letras, UFPR, 2019. https://revistas.ufpr.br/letras/article/view/65767. CIXOUS, Hélène.”Le rire de la Méduse, in: Simone de Beauvoir et la lutte des femmes. L’Arc 61. Paris: Centre National des Lettres, 1975. KAFKA, Franz. Essencial Franz Kafka. S. Paulo: Companhia das Letras, s/d. [versão eletrônica].

Page 11: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo [recurso digital]. Rio de Janeiro: Rocco digital, s/d. LISPECTOR, Clarice. A Paixão segundo GH. Rio de Janeiro: ed. Do Autor, 1964. LISPECTOR, Clarice. Todos os contos [recurso eletrônico]. Benjamin Moser (org.). Rio de Janeiro: Rocco Digital, 2016. NUNES, Benedito. Leitura de Clarice Lispector. S. Paulo: Quíron, 1973. NUNES, Benedito. “O Mundo imaginário de Clarice Lispector”, in: O dorso do tigre. S. Paulo: editora Perspectiva, 1976, 2ª edição. PESSANHA, José Américo. Carta de 05/03/1972. In: Lispector, Clarice. Água viva. Edição com manuscritos e ensaios inéditos. Rio de Janeiro: Rocco, 2019. SLOTERDIJK, Peter. You must change your life. On Anthropotechnics. Trad. Wieland Hoban. Cambridge/Malden: Polity, 2013.

Page 12: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Interdisciplinaridade e interpretação PROFESSOR: Luciana Villas Bôas Siape: 1685719 CÓDIGO: LEL864 PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2021.2 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Sextas-feiras, das 14h às 17h, por meio do Google Meet. Início: 01/10/2021. TÍTULO DO CURSO: O conceito de representação: aproximações entre teoria literária e teoria política EMENTA

1. Introdução à história dos conceitos e das metáforas 2. Teorias da representação: ficção, identidade, reprodução e formação 3. Representação em Hobbes 4. Representação em Rousseau 5. A ficção como resposta aos paradoxos do republicanismo: Kant e F. Schlegel 6. A afirmação da representação em James Madison 7. Crítica feminista da representação 8. Veto à ficção? Crítica da representação na teoria literária e na teoria política

Objetivos A disciplina tem por objetivo discutir o conceito de representação, com especial atenção para o nexo entre representação, ficção e imaginário em textos clássicos e recentes. Par-timos da premissa de que a representação é um conceito polêmico e, ao mesmo tempo, incontornável, seja nas ciências humanas ou nas ciências sociais. Reconstruiremos dife-rentes posições teóricas que exploram o caráter simbólico e mediado da representação, e assim problematizam a relação descontínua e paradoxal entre a representação e o seu objeto. A recusa ou a adesão ao caráter ficcional da representação aparece como um denominador comum da teoria política e da teoria literária. Esperamos incorporar ques-tões e materiais derivados dos projetos de pesquisa dos participantes do curso à discus-são. Justificativa Embora a centralidade da representação nas ciências humanas e sociais seja amplamente reconhecida, são raras as oportunidades para uma discussão sistemática da história do conceito. Neste curso investigaremos posições comuns à teoria literária e à teoria polí-tica: a recusa e a afirmação do caráter ficcional da representação. Este ponto de contato entre as respectivas tradições, ainda pouco estudado enquanto tal, será o foco da nossa atenção. Entendemos que a reconstrução das posições contribuirá para uma nova com-preensão do caráter polêmico do conceito de representação. É significativo para a nossa abordagem que a defesa da ficção no âmbito da política tenha partido de Friedrich Sch-legel, um autor identificado com o campo da literatura. A vontade geral, como expressão

Page 13: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

dos princípios da igualdade e da liberdade, seria uma condição necessária ao republica-nismo, embora evidentemente irrealizável no plano da pura empiria. Vem da sua impos-sibilidade empírica a necessidade de aderir à ficção da vontade da maioria como único “sucedâneo válido” da vontade geral. (SCHLEGEL, [1796] 1956, p. 297). O ensaio de Schlegel põe a nu o enlace moderno entre o conceito de literatura e o conceito de demo-cracia, o fio condutor das nossas investigações. Revisitaremos a questão da representa-ção nos textos seminais de Hobbes, Rousseau, Kant, F. Schlegel, e James Madison; na crítica feminista da representação; em trabalhos produzidos no âmbito dos estudos lite-rários e políticos sobre o nexo entre representação, ficção e imaginário. Avaliação Participação nas discussões e apresentação de seminário 30% Trabalho final sobre questão pertinente ao curso baseado em material de livre escolha 70% Obs.: Textos originais em francês ou alemão serão disponibilizados em traduções para o inglês ou português. Interessados em participar do curso, da UFRJ e de outras IES, de-vem entrar em contato com Felipe Medeiros para ter acesso ao material e à plataforma.

BIBLIOGRAFIA ANTER, Andreas. Repräsentation und Demokratie. In: Philosophie der Republik. Org. Beno ZABEL. Tübingen: Mohr Siebeck, 2018, 67-80. ARENDT, Hannah. Fundamento II: Novus Ordo Seclorum. In: Da Revolução. Trad. Fer-nando Dídimo Vieira. São Paulo: Ática: 1990, 144-171. BLUMENBERG, Hans. Wirklichkeitsbegriff und Staatstheorie. In: Schweizer Monats-hefte. Zeitschrift für Politik, Wirtschaft, Kultur, 48, 2 (1968-1969), 121-146. _________________. The Concept of Reality and the Theory of the State. In: History, Metaphors, Fables. A Hans Blumenberg Reader. Trad. H.Bahjor, F.Fuchs, J.P.Kroll. Cor-nell: Cornell University Press, 2020. BÖDECKER, Hans Erich. Äusprägungen der historischen Semantik. In: Begriffsge-schichte, Diskursgeschichte, Metapherngeschichte. Ed. H. E. Bödecker. Göttingen: Wall-stein Verlag, 2001, 9-27. BEDORF, Thomas, und Kurt Röttgers (orgs.). Das Politische der Politik. Frankfurt a.M.: Suhrkamp, 2010. CASTORIADIS, Cornelius. A instituição imaginária da sociedade. São Paulo: Paz e Terra, [1982] 2007. COSTA LIMA, Luiz. O controle do imaginário. In: Trilogia do controle. Rio de Janeiro: Topbooks, 2007. ______________. Mímesis: desafio ao pensamento. Rio de Janeiro: Civilização Brasi-leira, 2000. DE LAURETIS, Teresa. The Violence of Rhetoric: Considerations on Representation and Gender. In: Semiotica. vol. 54, no. 1-2, 1985, 11-32. https://doi.org/10.1515/semi.1985.54.1-2.11

Page 14: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

DIEHL, Paula. Das Symbolische, das Imaginäre und die Demokratie: Eine Theorie poli-tischer Repräsentation. Berlim: Nomos, 2015. DUSO, Giuseppe. Die moderne politische Repräsentation. Entstehung und Krise des Be-griffs. Berlin: Duncker Humblot, 2006. HARAWAY, Donna. Situated Knowledges: The Science Question in Feminism and the Privilege of Partial Perspective. In: Feminist Studies, vol. 14, no. 3, 1988, 575-599. HOBBES, Thomas. Leviathan. Introdução e notas de J.C.A. Gaskin. Nova York: Oxford University Press, 1998. HOFMANN, Hasso. Repräsentation. Studien zur Wort- und Begriffsgeschichte von der Antike bis zum. 19. Jahrhundert. Berlim: Drucker und Humblot, 1974. ISER, Wolfgang. Akte des Fingierens. In: Das Fiktive und das Imaginäre. Perspektiven literarischer Anthropologie. Frankfurt a.M.: Suhrkamp, 1993, 18-52. KANT, Immanuel. Rumo à Paz Perpétua. Zum Ewigen Frieden. Edição Bilíngue. São Paulo: Martins Fontes, 2019. KANTOROWICZ, Ernst. The King’s two Bodies. Study in Medieval Political Theology. Princeton: Princeton University Press, 2016. KOSELLECK, Reinhart. Fiktion und geschichtliche Wirklichkeit. In: Zeitschrift für Ide-engeschichte, 3, 2007, 39-54. Disponível em: https://www.z-i-g.de/pdf/ZIG_3_2007_ko-selleck.pdf _________________. Fiction and historical reality. In: Sediments of time. On possible histories. Trad. Stefan-Ludwig Hoffmann e Sean Franzel. Stanford: Stanford University Press, 2018, 10-23. LEFORT, Claude. L’image du corps et le totalitarisme. In: L’invention démocratique. Les limites de la domination totalitaire. Paris: Fayard, 1994, 159-176. LOCHER, Hubert. >>Politische Ikonologie<< und >>politische Sinnlichkeit<<. Bild-Diskurs und historische Erfahrung nach Reinhart Koselleck. In: Reinhart Koelleck und die Politische Ikonologie. Ed. H. Lochner and Adriana Markantonatos, Berlin: Deutscher Kunstverlag, 2013, 14-31. LÜDEMANN, Susanne. Metaphern der Gesellschaft. Studien zum soziologischen und politischen Imaginären. Munique: Fink Verlag, 2004. ___________________, A. KOSCHORKE, T.FRANK, E.MATALA de MAZZA. Der fiktive Staat. Konstruktionen des politischen Körpers in der Geschichte Europas. Frank-furt a.M.: Fischer Verlag, 2007. MADISON, James, HAMILTON, Alexander, JAY, John. Federalist Papers. Primary Documents in American History. Full Text of the Federalist Papers. Library of Congress. Disponível em: https://guides.loc.gov/federalist-papers/full-text. MARCHANT, Oliver. Die politische Differenz. Frankfurt a.M.: Suhrkamp, 2010. MARTINEZ MATEO, Marina. Politik der Repräsentation. Zwischen Formierung und Abbildung. Wiesbaden: Springer, 2018. MÜNKLER, Herfried. Politische Bilder, Politik der Metaphern. Frankfurt a.M: Suhr-kamp, 1994. ROUSSEAU, Jean-Jacques. O contrato social. Trad. de Antonio de Padua Danesa. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

Page 15: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível. Estética e política. Trad. Angela Leite Lo-pes. São Paulo: 34 Letras, 2014. REVAULT D’ALLONNES, Myriam. La faiblesse du vrai. C’est que la post-vérité fait à notre monde commun. Paris: Seuil, 2018. SCHLEGEL, Friedrich. Der universelle Republikanismus. 1796. Veranlasst durch die Kantische Schrift zum ewigen Frieden. In: Schriften und Fragmente. BEHLER, Ernst (org.). Stuttgart: Körner, 1956, 292-301. SCHLICHTER, Annette. Die Figur der verrückten Frau. Weiblicher Wahnsinn als Ka-tegorie der feministischen Repräsentationskritik. Tübingen: Diskord, 2000. SCHMITT, Carl. Der Begriff des Politischen. Text von 1932 mit einem Vorwort und drei Corollarien. Berlin: Duncker & Humblot, [1932] 1963. _____________. Verfassungslehre. [1928] 2017. Berlin: Duncker & Humblot. TRAUTMANN, Felix. Das politische Imaginäre. Zur Einleitung. In: Das politische Ima-ginäre. Org. TRAUTMANN, F. Berlim: August Verlag, 2016, 9-27. _________________. Partage. Zur Figurierung politischer Zugehörigkeit in der Mo-derne. Marburg: Tectum, 2010. VILLAS BÔAS, Luciana. Koselleck. In: PARADA, M. (org.) Historiadores - Clássicos da História: de Ricoeur a Chartier. Rio de Janeiro: PUC-Editora, Vozes, 2014, v.3, p. 56-72. WARNCKE, Martin, Uwe FLECKNER, Hendrick ZIEGLER. Ed. Handbuch der politi-schen Ikonographie. 2 vols. Munique: C.H. Beck, 2011.

Page 16: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Formas da crise PROFESSOR: Luiz Eduardo Soares Siape: 1365708 CÓDIGO: LEL843 PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2021.2 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Sexta-feira, às 10h, através da plataforma Zoom, cujo link será enviado pelo professor. O curso será realizado com a participação de Felipe Lima. TÍTULO DO CURSO: Irrealismos prospectivos, ficção científica e as artes da guerra híbrida EMENTA A intenção é retomar e desdobrar a disciplina “Escrever o futuro: ficção científica, polí-tica e além”, oferecida em 2020. Entretanto, tê-la acompanhado não constitui pré-requi-sito. O propósito é pensar literatura como laboratório da imaginação prospectiva. As fa-bulações sobre o futuro, concebendo utopias e distopias, desnaturalizam a experiência cotidiana e desconstituem, criticamente, o que se manifesta para nós como a realidade, singular e sólida, impermeável a mudanças. Mark Fisher mostrou como tem se tornado mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo. Talvez o autor não tenha extraído de seu insight prodigioso todas as consequências e tenha subestimado, analisando a indústria cultural e as redes sociais, a importância dos clichês narrativos: a gramática ortopédica que esteriliza relatos para que funcionem como mercadorias no universo do entretenimento. Por outro lado, talvez lhe tenha escapado um fenômeno ainda mais grave: nem toda pros-pecção criativa está paralisada. O próprio capitalismo, por meio de alguns de seus inte-lectuais orgânicos mais ousados, tem imaginado seu fim e o tem gestado, no plano da cultura política, instigando transformações que conservem o que lhe seja essencial ao custo, estretanto, de mutações significativas. Em síntese, suas intervenções separam a adiposidade, historicamente acumulada – as veleidades democráticas – da vertebração a eternizar: o poder sem adjetivos, fascismo. As linguagens adotadas não são literárias, embora seus artefatos mobilizem as artes da ficção: seus recursos são performáticos, seu repertório são modelos conspiratórios, seu regime afetivo é regido por medo, ódio e ressentimento, sua sintaxe é a paranoia racista e misógina, suas estratégias estéticas são o negacionismo e a violência, sua dramaturgia é a guerra híbrida. Como a nova ficção científica e seus herdeiros bastardos têm metabo-lizado a tradição, ante os desafios em curso?

BIBLIOGRAFIA AIN-ZAILA, Lu. Sankofia: breves histórias sobre afrofuturismo. Rio de Janeiro: Luciene Ernesto, 2018.

Page 17: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

BUTLER, Judith. Relatar a si mesmo; crítica da violência ética. São Paulo: Autêntica, 2015. ______. Discurso de ódio; uma política do performativo. São Paulo: Editora Unesp, 2021. ______. A força da não-violência; um vínculo ético-político. São Paulo: Boitempo, 2021. BUTLER, Octavia. A parábola do semeador. São Paulo: Morro Branco, 2018. CARVALHO, Bernardo. O último gozo do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2021. DANOWSKI, Débora; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Há mundo por vir? Ensaios sobre os medos e os fins. São Paulo: Cultura e Barbárie; Instituto Socioambiental; Des-terro, 2014.

EMPOLI, Giuliano. Os engenheiros do caos: como as fake news, as teorias da conspira-ção e os algoritmos estão sendo utilizados para disseminar ódio, medo e influenciar elei-ções. São Paulo: Vestígio, 2019. FISHER, Mark. K-punk, the collected and unpublished writings of Mark Fisher. Repea-ter, 2018. ______. Realismo capitalista. Autonomia Literária, 2020. ______. Postcapitalist desire, the final lectures. Repeater, 2021. GALERA, Daniel. O deus das avencas. São Paulo: Companhia das Letras, 2021. GREEN, Brian. A realidade oculta; universos paralelos e as leis ocultas do cosmo. São Paulo, Companhia das Letras, 2012. HOFSTADTER, Richard. The paranoid style in American Politics: an essay. New York: Vintage Books, 1965. JAMESON, Fredric. Arqueologías del futuro; el deseo llamado utopia y otras aproxima-ciones de ciencia ficción. Madrid, ediciones Akal, 2005. KOPENAWA, David; ALBERT, Bruce. A queda do céu; palavras de um xamã yano-mami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

LE GUIN, Ursula. A Mão esquerda da escuridão. São Paulo: Aleph.

______. A Curva do sonho. São Paulo: Morro Branco. ______. Os despossuídos. São Paulo: Aleph. LEIRNER, Piero. O Brasil no espectro de uma guerra híbrida; militares, operaçõe psicológicas e política em uma perspectiva etnográfica. São Paulo: Alameda, 2020. LEM, Stanislaw. Solaris. São Paulo: Aleph, 2014.

MCCARTHY, Cormac. A Estrada. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2007.

MEILLASSOUX, Quentin. Science fiction and extro-science fiction. Minneapolis: Uni-vocal Publishing, 2015. (Original: Métaphysique et fiction des mondes horsscience, 2013. Éditions Aux Forges de Vulcain).

MIÉVILLE, China. A Cidade e a cidade. São Paulo: Boitempo, 2014.

OKORAFOR, Nnedi. Binti. Rio de Janeiro: Galera, 2021.

OLIVEIRA, Nelson (org.). Fractais tropicais; o melhor da ficção científica brasileira. São Paulo: Sesi-SP Editora, 2020.

Page 18: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

ORWELL, George. 1984. São Paulo: Antofágica, 2021. SHAVIRO, Steven. Discognition. Repeater, 2015.

SOARES, Luiz Eduardo. Dentro da noite feroz; o fascismo no Brasil. São Paulo: Boi-tempo, 2020.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Metafísicas canibais. São Paulo: Cosac& Naify; N-1 edições, 2015.

WEIR, Andy. Devoradores de estrelas. São Paulo: Suma, 2021.

ZAMIÁTIN, Ievguêni. Nós. São Paulo: Editora 34, 2017.

Page 19: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: O projeto semiológico PROFESSOR: Marco Lucchesi Siape: CÓDIGO: LEL835 PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2021.2 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Terça-feira, às 9h, através da plataforma Zoom. TÍTULO DO CURSO: Tradução: mímesis e antimímesis Ementa: A tradução como elemento de transição semântica. O pacto da verossimi-lhança. A estética do áspero e da modelagem. O limite da solução de continuidade. Poé-ticas contemporâneas da tradução e novas epistemologias.

BIBLIOGRAFIA AKRICH, Madeleine, CALLON, Michel & LATOUR, Bruno. Sociologie de la traduc-tion : textes fondateurs. Paris: Presses de l'Ecole des Mine, 2006. APEL, Friedmar & KOPETZKI, Annette. Literarische Übersetzung. Stuttgart-Weimar: Metzler, 2003. ______. Il movimento del linguaggio. Milano: Marcos Y Marcos, 1997. BANTAŞ, Croitoru. Didactica Traducerii. Bucureşti: Teora, 1998. BENJAMIN, Walter. Übersetzen. Org. Christiaan Lucas Hart Nibbrig. Berlin: Suhrkamp, 2001. BERMAN, Antoine. Pour une critique des traductions: John Donne. Paris: Gallimard, 1995. BEYLARD-OZEROFF. Translators' Strategies and Creativity. Amsterdam: John Ben-jamins, 1998. BUFFONI, Franco. La traduzione del testo poetico. Milano: Guerini, 1989. CAMPOS, Haroldo. Deus e o diabo no Fausto de Goethe. São Paulo: Perspectiva, 1989. CARENA, Carlo. Tradurre la poesia e il testo sacro. Milano: Mondadori, 2010. CAVAGNOLI, Franca. La voce del testo. L'arte e il mestiere di tradurre. Milano: Feltri-nelli, 2012. CARMIGANI, Illide. Gli autori invisibili. Incontri sulla traduzione letteraria. Città del Castello: Besa, 2008. CLUNY, Claude Michel. Le silence de Delphes. Paris: Èditions de la Différence, 2002. DEDECIUS, Karl: Vom Übersetzen. Theorie und Praxis. Frankfurt: Suhrkamp 1986. DIADORI, Pierangela. Teoria e tecnica della traduzione. Strategie, testi e contesti. Mi-lano: Mondadori, 2012. ______. Verso la consapevolezza traduttiva. Perugia: Guerra, 2012. DIMITRIU, Rodica. Disocieri şi interferenţe în traductologie. Iaşi: Timpul, 2001. DIZDAR, Dilek. Translation. Um-und Irrwege. Berlin: Frank & Timme, 2006. ECO, Umberto. Dire quasi la stessa cosa. Milano: Bompiani, 2004. ______. L’isola del giorno prima. Milano: Bompiani, 1994.

Page 20: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

______. Baudolino. Milano: Bompiani, 2001. ETKIND, Efim. Un art en crise. Essai de poétique de la traduction poétique. Lausanne: L’Age d’Homme, 1982. FAINI, Paola. Tradurre. Dalla teoria alla pratica. Roma: Carocci, 2004. GALLO, Daniele. Elementi di teoria tecnica e tecnica della traduzione letteraria. Mi-lano: Viator, 2012. GREINER, Robert. Grundlagen der Übersetzungsforschung: Übersetzung und Litera-turwissenschaft. Wien: Narr, 2004. GUERINI, Andréia; SIMONI, Karine; COSTA, Walter Carlos. Palavra de escritor-tra-dutor: Marco Lucchesi. Florianópolis: Escritório do Livro, 2017. Prefácio de Walter Car-los Costa. HEWSON, Lance/Martin, Jacky: Redefining translation. The variational approach. Lon-don: Routledge 1991. HIRSCH, Alfred. Übersetzung und Dekonstruktion. Berlin: Suhrkamp, 2001. HÖNIG, Hans. Konstruktives Übersetzen. Tübingen: Stauffenburg, 1997. JEANRENAUD, Magda. Universaliile traducerii. Studii de traductologie. Iaşi,: Polirom, 2006. HURTADO, Amparo: La notion de fidélité en traduction. Paris: Didier 1990. IONESCU, Gelu. Orizontul traducerii. Bucureşti: Editura Institutului Cultural Român, 2004. JÖRN, Albrceht. Übersetzung und Linguistik: Grundlagen der Übersetzungsforschung. Wien: Gunter Narr, 2013. KOLLER, Werner. Einführung in die Übersetzungswissenschaft. Stuttgart: Utb, 2011. KOSELLECK, Reinhart. Begriffgeschichten. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2006. KYOUNG, Jin Lee. Die deustsche Romantik und das Etische der Übersetzung: Die lite-rarischen Übersetzngsdiskurse Herdes, Goethes, Schleiermaches, Novalis, der Brüder Schlegel und Benjamins. Würzburg: Königshausen und Neumann, 2014. LARBAUD, Valéry, Sous l’invocation de saint Jérôme. Paris: NRF, 1946. LEDERER, Marianne: La traduction aujourd'hui: le modèle interprétatif. Vanves: Ha-chette 1994. LUCCHESI. Marco. Cultura da paz. Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2020. MATTIOLI, Emilio. L’etica del tradurre e altri scritti. Modena, Mucchi, 2009. MESCHONIC, Henri. Poétique du traduire. Paris: Verdier, 2012. ______. Étique et politique du traduire. Paris: Verdier, 2007. ______. Pour la poétique II. Epistémologie de l’écriture. Poétique de la traduction. Paris: Gallimard, 1973.

Page 21: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: Sistemas do mundo e semiótica do corpo PROFESSOR: Mariana Patrício Fer-nandes

Siape: 1296833 CÓDIGO: LEL803

PROFESSOR: Siape: PERÍODO: 2021.2 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada HORÁRIO/DINÂMICA DO CURSO: Quartas-feiras, de 16h às 19h. Os encontros síncronos semanais serão realizados através do Google Meet, com textos e vídeos dispo-nibilizados no Classroom. TÍTULO DO CURSO: Literatura e dança: a comunidade em questão EMENTA O objetivo do curso é traçar pequenas cartografias buscando reconhecer aproximações possíveis entre literatura e dança - espaço coreográfico e espaço literário - tentando es-tabelecer a partir delas, pontos de conexão em que os gesto do corpo e os gestos da escrita, ligados ao território, produziram desvios históricos nos modos de fazer e pensar a comunidade. O pensamento sobre a dança esteve ausente da discussão filosófica acerca do estatuto da arte durante a maior parte do século XX, sendo enunciada como ausência de obra, ou condição de existência de toda a arte, anterior à arte (Pouillaude, 2009). Em O momento da dança (2021), Jacques Rancière reconhece na modernidade um discurso no qual a dança teria sido reconhecida como mais que uma arte, o próprio paradigma da relação entre arte e vida. Esse paradigma às vezes se expressaria a partir da figura da comunidade que dança em coro, retomando o pensamento platônico sobre o tema, ou do corpo-seme-lhante à máquina, materialização da utopia moderna. Entretanto, ainda segundo Rancière teria sido o poeta Mallarmé quem sugeriu uma outra relação entre arte e vida, através da dança, ao reconhecer a bailarina como escriba que produz com seus movimentos uma lacuna entre o corpo que dança e o espectador que olha, lacuna que não pode ser preen-chida, apenas traduzida. Essa lacuna de que fala Rancière, esse espaço aberto entre o corpo que dança e o olhar de quem olha, foi pensado de diversas maneiras por artistas da dança, sobretudo corpos dissidentes, que reconheceram nela um espaço de disputa, resistência, sedução e recusa, desvio e bloqueio das projeções de um olhar que se supõe dominante, linha de força marcada pelo racismo, machismo, colonialidade, cuja inclinação é de domínio e captura do corpo do outro. A disputa que se estabelece aqui, contudo, não é a que se apoia no discurso, mas a que ameaça a todo o momento a inteligibilidade e a circulação de um sentido compartilhado, produzindo outras formas possíveis de estar junto, fazer política, pensar a comunidade. Nesse espaço lacunar produzido pela dança, faz-se inevitável

Page 22: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

pensar o erotismo, a partir desse corpo que se oferece ao olhar, e que se põe permanen-temente em relação, mesmo quando bloqueia a sua inteligibilidade. O curso pretende então, esboçando essas cartografias, pensar de que modo, em algumas experiências históricas, os corpos em questão, em suas dissidências, encenam o risco da aproximação, aqui entendido também no sentido de tracejar um limite, entre erotismo e política, entre se oferecer em sacrifício e escapar à captura, fundando outros espaços. A partir delas, a ideia é também refletir sobre alguns dos escritos filosóficos sobre dança produzidos na passagem do século XX ao XXI. Desde o fascínio pela dança do poeta Stéphane Mallarmé, a experiência entre dança e escrita de Isadora Duncan e Vaslav Ni-jinski, até a relação entre corpo e erotismo em Gilka Machado e Eros Volúsia, à fusão entre dança moderna e dança dos orixás de Mercedes Baptista, contemporânea de Clarice Lispector, até expressões recentes como o passinho e a dança contemporânea e a insur-gência feminista na poesia brasileira, a ideia é entrever outros modos de pensar a relação entre estética e política entrevendo uma “alegria difícil” nessas aproximações imprová-veis. O curso está inicialmente pensado a partir de uma proposta de quatro módulos, que podem ser reordenados ou repensados a partir dos desdobramentos dos debates dos en-contros. Módulo 1 - Fim de século - O corpo em questão 1.0 - Apresentação do problema 1.1 - A dança como lacuna DUNCAN, Isadora. Minha vida. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012. MALLARMÉ, Stéphane. Rabiscados no teatro. Tradução Tomaz Tadeu. Belo Hori-zonte: Editora Autêntica, 2010. POUILLAUDE, Frédéric. Le désoeuvrement chorégraphique: étude sur la notion d’oeu-vre en danse. Paris: JVRIN, 2009. RANCIÈRE, Jacques. O momento da dança in Tempos modernos. São Paulo: Editora n-1, 2021; 1. 2 - Sagração da primavera 1 - Nijinsky e a dança russa NIJINSKY, Vaslav. Cadernos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1998. SASPORTES, José.Ballets russes. Uma guerra, uma revolução, duas vanguardas.in: A Quinta Musa: Imagens da história da dança. Lisboa: Editorial Bizâncio, 2012. 1.3 BATAILLE, Georges. O Erotismo. Porto Alegre: L&PM editores, 1987. Módulo 2 - Dança, pertencimento e exclusão no Brasil: A primeira metade do sé-culo. 2..1 - Gilka Machado, Eros Volúsia e o modernismo feminista no Rio de Janeiro.

Page 23: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

MACHADO, Gilka. Poesia completa. Org Jamyle Rkain, prefácio de Maria Lucia dal Farra, São Paulo: Selo demônio negro, 2017. SILVA, Soraia Maria. Poemadançando: Gilka Machado e Eros Volúsia. Brasília: Edi-tora UnB, 2007 HOLFLING, Ana Paula. Dancing Mestiçagem, Embodying Whiteness: Eros Volusia’s Bailado Brasileiro. Dance Research Journal, Cambridge University Press Volume 52, Number 2, August 2020, pp. 59-74 MEYER, Sandra. Imagens do feminino e do nacionalismo nas danças solo no brasil: o bailado de Eros Volúsia e a performance de Luiz de Abreu. Revista Urdimento, n.21 dezembro de 2013. 2.2 Mercedes Baptista e o Teatro Folclórico. TAVARES, Joana Ribeiro Silva e MACHADO, Fernanda Cristina. A Dança negra de Mercedes Baptista e o gesto cênico. Pitágoras 500, Campinas, SP, v. 10, n. 1, p. 38–53, 2020. FERRAZ, Fernando Marques Camargo. O corpo da dança negra contemporânea: diás-pora e pluralidades cênicas entre Brasil e Estados Unidos. Tese de doutorado: Unesp, Instituto de Artes, 2017. Marianna Monteiro. Dança popular: espetáculo e devoção. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2011. TAYLOR, Diana. Performance. Asuntoimpreso Ediciones, 2016. LAUNAY, Isabelle. Desafios para uma História Transcultural das Danças Contemporâ-neas. In: Dança, História, Ensino e Pesquisa. Fortaleza: Indústria da Dança do Ceará, 2017. MELGAÇO, Paulo. Mercedes Baptista – A Criação da Identidade Negra na Dança. Rio de Janeiro: Fundação Cultural Palmares, 2007. MONTEIRO, Marianna. F.M. Dança Afro: Uma Dança Moderna Brasileira. COSTA, Erika Villeroy. A dança negra de Mercedes Baptista – coporeidades afro-di-aspóricas em diálogo in: Anais do 2 encontro Internacional História e Parcerias. 2.3 - Poéticas da Relação. MBEMBE, Achille. Políticas da inimizade. São Paulo: n-1 edições, 2021. KIFFER, Ana e FERNANDES, Mariana Patrício. Distopia, angústia de aniquilamento e a radical poética das relações. in: Revista Gragoatá, v.26, n. 55, p. 766-794, mai.-ago. 2021 Módulo 3 - O corpo como a realidade que resiste e a dança como cura. 3.1 Anna Halprin, Simone Forti e Yvonne Rainer. RAINER, Yvonne. Work:1963-1974.Halifax: The press of the Nova Scotia College of arts and design ______________. Feelings are facts: a life. Massachusetts: MIT Press, 2006. HALPRIN, Anna. Moving toward life - Five decades of transformational dance.

Page 24: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

BANES, Sally. Terpsichore in sneakers: post-modern dance. Boston: Hugston Mifflin, 1980. 3.2 Angel e Klauss Vianna. VIANNA, Klaus. A dança. São Paulo: Siciliano, 1990. TAVARES, Joana Ribeiro da Silva. Klauss Vianna: do coreógrafo ao diretor. São Paulo: Anablume, Brasília: Capes, 2010. 3.3 Hélio Oiticica e Nininha Xoxoba OITICICA, Helio. A dança na minha experiência. in: FILHO, Cesar Oiticica (org.) Mu-seu é o mundo. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2011. PEREIRA, Barbara Regina. Pé, cadeira e cadência: trajetórias e memórias de passistas de escolas de samba do Rio De Janeiro. Meu Samba, minha vida, minhas regras. Tese de doutorado, UniRio, 2019. SODRÉ, Muniz. Samba, o dono do corpo. 2. ed. Rio de Janeiro: Mauad, 1998. LIGIÉRO, Zeca. Corpo a corpo: estudos das performances brasileiras. Rio de Janeiro: Garamond, 2011. 3.4 A dança-teatro de Pina Bausch. FERNANDES, Ciane. Pina Bausch e o Wuppertal Dança-Teatro: repetição e transfor-mação. São Paulo: Annablume, 2007. BURT, Ramsay. Genealogy and dance history: Foucault, Rainer, Bausch and de Keersmaeker. In LEPECKI, André (0rg). Of the presence of the body: essays on dance and performance theory. Middletown: Wesleyan University Press, 2004. 3.5 Maura Lopes Cançado/Nise da Silveira/ Dona Ivone Lara CANÇADO, Maura Lopes. Hospício é Deus: Diário I. Rio de Janeiro: Círculo do Livro (s.d)____________________. O Sofredor do Ver. Rio de Janeiro: José Álvaro,1968 JUNIOR, Jaime Daniel Leite, FARIAS, Mango Nunes, MARTINS, Sofia. Dona Ivone Lara e terapia ocupacional: devir-negro da história da profissão. in: Cadernos Brasi-leiros de Terapia Ocupacional, 29, e2171. 3.6 NANCY, Jean-Luc. Corpus. Paris: Éditions Métailié, 2000. Módulo 4 - O solo craquelado do contemporâneo 4.1 - A dança do passinho, a aceleração do ritmo no funk e a sexualidade dos corpos dissidentes. Rio de Janeiro a partir de 2010. GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira in GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Organização Flavia Rios, Márcia Lima. Rio de Janeiro: Zahar, 2020. Pesquisador convidado: Artur Vinícius Amaro.

Page 25: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

4.2 - Movimentos sociais e contextos artísticos no Brasil, a partir de 2013. Feminismo, ativismo LGBTQIA+, vidas negras importam, na poesia e na performance. Pesquisadora convidada: Flavia Meireles. MEIRELES, Flavia. Movimentos sociais e contextos artísticos: luta pelos corpos e pela terra no capitalismo neoliberal. Tese de doutorado. Programa de Pós-graduação em Co-municação e Cultura da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Ja-neiro, 2020.

BIBLIOGRAFIA BANES, Sally. Terpsichore in sneakers: post-modern dance. Boston: Hugston Mifflin, 1980. BURT, Ramsay. Genealogy and dance history: Foucault, Rainer, Bausch and de Keersmaeker. In LEPECKI, André (org). Of the presence of the body: essays on dance and performance theory. Middletown: Wesleyan University Press, 2004. BATAILLE, Georges. O erotismo. Porto Alegre: L&PM editores, 1987. CANÇADO, Maura Lopes. Hospício é Deus: Diário I. Rio de Janeiro: Círculo do Livro, s.d. ______. O sofredor do ver. Rio de Janeiro: José Álvaro, 1968. COSTA, Erika Villeroy. “A dança negra de mercedes baptista – coporeidades afro-dias-póricas em diálogo”. In Anais do 2 Encontro Internacional História e Parcerias. DUNCAN, Isadora. Minha vida. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012. FERNANDES, Ciane. Pina Bausch e o Wuppertal Dança-Teatro: repetição e transfor-mação. São Paulo: Annablume, 2007. FERRAZ, Fernando Marques Camargo. O corpo da dança negra contemporânea: diáspora e pluralidades cênicas entre Brasil e Estados Unidos. Tese de doutorado: Unesp, Instituto de Artes, 2017. GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira in GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Organização Fla-via Rios, Márcia Lima. Rio de Janeiro: Zahar, 2020. HALPRIN, Anna. Moving toward life - Five decades of transformational dance. HOLFLING, Ana Paula. Dancing Mestiçagem, Embodying Whiteness: Eros Volusia’s Bailado Brasileiro. Dance Research Journal, Cambridge University Press Volume 52, Number 2, August 2020, pp. 59-74 JUNIOR, Jaime Daniel Leite, FARIAS, Mango Nunes, MARTINS, Sofia. Dona Ivone Lara e terapia ocupacional: devir-negro da história da profissão. in: Cadernos Brasilei-ros de Terapia Ocupacional, 29, e2171. KIFFER,Ana e FERNANDES, Mariana Patrício. Distopia, angústia de aniquilamento e a radical poética das relações. in: Revista Gragoatá, v.26, n. 55, p. 766-794, mai.-ago. 2021 LAUNAY, Isabelle. Desafios para uma História Transcultural das Danças Contemporâ-neas. In: Dança, História, Ensino e Pesquisa. Fortaleza: Indústria da Dança do Ceará, 2017.

Page 26: PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA DISCIPLINA: …

LIGIÉRO, Zeca. Corpo a corpo: estudos das performances brasileiras. Rio de Janeiro: Garamond, 2011. MACHADO, Gilka. Poesia completa. Org Jamyle Rkain, prefácio de Maria Lucia dal Farra, São Paulo: Selo demônio negro, 2017. MALLARMÉ, Stéphane. Rabiscados no teatro. Tradução Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2010. MBEMBE, Achille. Políticas da inimizade. São Paulo: n-1 edições, 2021. MEIRELES, Flavia. Movimentos sociais e contextos artísticos: luta pelos corpos e pela terra no capitalismo neoliberal. Tese de doutorado. Programa de Pós-graduação em Co-municação e Cultura da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Ja-neiro, 2020. MELGAÇO, Paulo. Mercedes Baptista – A Criação da Identidade Negra na Dança. Rio de Janeiro: Fundação Cultural Palmares, 2007. MEYER, Sandra. Imagens do feminino e do nacionalismo nas danças solo no brasil: o bailado de Eros Volúsia e a performance de Luiz de Abreu. Revista Urdimento, n.21 dezembro de 2013. MONTEIRO, Marianna. Dança popular: espetáculo e devoção. São Paulo: Editora Te-ceiro Nome, 2011. NANCY, Jean-Luc. Corpus. Paris: Éditions Métailié, 2000. NIJINSKY, Vaslav. Cadernos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1998. OITICICA, Helio. A dança na minha experiência. in: FILHO, Cesar Oiticica (org.) Mu-seu é o mundo. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2011. PEREIRA, Barbara Regina. Pé, cadeira e cadência: trajetórias e memórias de passistas de escolas de samba do Rio De Janeiro. Meu Samba, minha vida, minhas regras. Tese de doutorado, UniRio, 2019. POUILLAUDE, Frédéric. Le désoeuvrement chorégraphique: étude sur la notion d’oeu-vre en danse. Paris: JVRIN, 2009. RAINER, Yvonne. Work:1963-1974.Halifax: The press of the Nova Scotia College of arts and design ______________. Feelings are facts: a life. Massachusetts: MIT Press, 2006. RANCIÈRE, Jacques. O momento da dança in Tempos modernos. São Paulo: Editora n-1, 2021; SASPORTES, José.Ballets russes. Uma guerra, uma revolução, duas vanguardas.in: A Quinta Musa: Imagens da história da dança. Lisboa: Editorial Bizâncio, 2012. SILVA, Soraia Maria. Poemadançando: Gilka Machado e Eros Volúsia. Brasília: Editora UnB, 2007 SODRÉ, Muniz. Samba, o dono do corpo. 2. ed. Rio de Janeiro: Mauad, 1998. TAVARES, Joana Ribeiro da Silva. Klauss Vianna: do coreógrafo ao diretor. São Paulo: Anablume, Brasília: Capes, 2010. TAVARES, Joana Ribeiro Silva e MACHADO, Fernanda Cristina. A Dança negra de Mercedes Baptista e o gesto cênico. Pitágoras 500, Campinas, SP, v. 10, n. 1, p. 38–53, 2020. TAYLOR, Diana. Performance. Asuntoimpreso Ediciones, 2016. VIANNA, Klaus. A dança. São Paulo: Siciliano, 1990.