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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM EXERCICIO FISICA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE LUIZ CARLOS PEREIRA Londrina 2017 MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA IDOSOS NA UTILIZAÇÃO DE ACADEMIA DA TERCEIRA IDADE-ATI

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM EXERCICIO FISICA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE

SELMA ALICE FERREIRA ELWEIN

LUIZ CARLOS PEREIRA

Londrina 2017

MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA IDOSOS NA UTILIZAÇÃO

DE ACADEMIA DA TERCEIRA IDADE-ATI

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LUIZ CARLOS PEREIRA

Cidade ano

AUTOR

Londrina - Paraná 2017

MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA IDOSOS NA UTILIZAÇÃO

DE ACADEMIA DA TERCEIRA IDADE-ATI

Relatório Técnico apresentado à UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Exercício Físico na Promoção da Saúde. Orientador: Prof. Dr. Alex Silva Ribeiro

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LUIZ CARLOS PEREIRA

MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA IDOSOS NA UTILIZAÇÃO DE ACADEMIA

DA TERCEIRA IDADE-ATI

Relatório Técnico apresentado à UNOPAR, referente ao Curso de Mestrado em

Exercício Físico na Promoção da Saúde, Área e Concentração Atividade Física

e Envelhecimento como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre

Profissional conferido pela Banca Examinadora formada pelos professores:

_________________________________________ Prof. Dr. Alex Silva Ribeiro

Universidade Norte do Paraná

Orientador

_________________________________________

Prof. Dr. Dartagnan Pinto Guedes

Universidade Norte do Paraná

Membro Interno

_________________________________________

Prof. Dr. Edilson Serpeloni Cyrino

Universidade Estadual de Londrina

Membro externo

Londrina, 22 de Dezembro de 2016.

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Dedico esse trabalho... À minha mãe, que é a base da minha vida e que me proporciona sempre conhecimentos que não se encontra dentro da literatura, mas me oferece o suporte necessário para poder encarar os desafios da vida de cabeça erguida. Às minhas irmãs Edina e Vilma, que me ampararam e me deram todo apoio e carinho nos momentos difíceis relacionados à minha saúde. Aos amigos da sala de aula, que durante o período de minha limitação física momentânea, estiveram ao meu lado e com paciência souberam me ajudar. Aos amigos da Escola Municipal de Lunardelli - Pr que acreditaram sempre. Aos meus filhos Hugo Henrique e Andrieli que são a razão da minha vida.

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AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO,

POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE

ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

P436m Pereira, Luiz Carlos. Manual de orientação para idosos na utilização de academias da

terceira idade – ATI. / Luiz Carlos Pereira – Londrina, 2017.

91 f. : il. Orientador: Alex Silva Ribeiro. Relatório Técnico (Mestrado em Exercício Físico na Promoção

da Saúde) – Universidade Norte do Paraná, 2017. Inclui bibliografia.

1. Exercício Físico na Promoção da Saúde – Relatório

Técnico de Mestrado. 2. Exercícios físicos para idosos – Manuais, guias, etc. 3. Idosos – Equipamentos para exercícios físicos. 4. Envelhecimento – Qualidade de vida. I. Ribeiro, Alex Silva. II. Universidade Norte do Paraná. III. Título.

CDU 796-053.9

CDU 796-053.9

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PEREIRA, Luiz C. Manual de orientação para idosos na utilização de academias

da terceira idade – ATI. 2017. 91 f. Dissertação (Mestrado em Exercício Físico

na Promoção da Saúde) - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde,

Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2017.

RESUMO

Amparado pela maior expectativa de vida, a quantidade de idosos brasileiros

deve praticamente quadruplicar até 2060, confirmando a tendência de

envelhecimento acelerado da população mundial a cada década devido à melhora da qualidade de vida, o aumento da expectativa de vida e a queda na taxa de natalidade, o processo de envelhecimento se tornou alvo de pesquisas desde a década de 1950, sendo que a atividade física nas academias vem trazendo inúmeros benefícios à saúde de seus usuários; a melhora do trabalho cardiovascular, a coordenação motora e otimizando o equilíbrio, fato de suma importância para o indivíduo idoso, o qual é o público que mais frequentam esses espaços de Academia da terceira Idade - ATI. Dessa forma, organizações como o Colégio Americano de Medicina do Esporte têm recomendado e incentivado a prática regular de atividades físicas, no sentido de prevenir doenças, promover, proteger e reabilitar a saúde, bem como melhorar a qualidade de vida dos idosos. A importância desse manual vem auxiliar na orientação dos profissionais da saúde quando no acompanhamento dos idosos na práticas de Exercício Físico, mostrar de uma forma didática a forma correta da execução dos movimentos e o uso dos equipamentos, proporcionando uma mudança comportamental e uma adesão à um estilo de vida saudável diminuindo o tempo de comportamento sedentário e o tempo de inatividade física em que o idoso está propenso, sendo coletado os dados através de observação de como os idosos realizavam os movimentos nos aparelhos, as quantidades de repetições, sem a interferência do pesquisador em nenhum momento na prática do exercício realizados pelos idosos. O manual entregue é composto por figuras e textos explicativos, em linguagem específica à população idosa, mais dicas de saúde e auxiliando-os a executar melhor os movimentos de cada aparelho presente nesses espaços, sendo a aceitação do manual de forma unânime por parte dos idosos. De posse do manual, os praticantes de exercício fazem uso de todos os aparelhos de forma correta, sendo que anteriormente sem o material didático, alguns aparelhos não eram utilizados por todos os idosos devido à falta de informação. Palavra-Chave: Envelhecimento - Qualidade de Vida – Atividade Física – Exercício Físico – Aparelhos.

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PEREIRA, Luiz C. Orientation manual for the elderly in the use of gyms for the

elderly - ATI. 2017. 136 f. Dissertation (Master in Physical Exercise in the

Promotion of Health) - Center for Research in Health Sciences, University of

Northern Paraná, Londrina, 2017.

ABSTRACT

Supported by the higher life expectancy, the number of Brazilian elderly should

practically quadruple by 2060, confirming the accelerated aging tendency of the

world population every decade due to improved quality of life, increased life

expectancy, and falling The aging process has already become the target of

research since the 1950s, and physical activity in the academies has brought

innumerable benefits to the health of its users; The improvement of

cardiovascular work, motor coordination and optimizing balance, a fact of

paramount importance for the elderly individual, who is the audience that most

attend these spaces of the Third Age Academy - ATI. Thus, organizations such

as the American College of Sports Medicine have recommended and encouraged

the regular practice of physical activities in order to prevent diseases, promote,

protect and rehabilitate health, as well as improve the quality of life of the elderly.

The importance of this manual helps to guide the health professionals in the

follow-up of the elderly in the Physical Exercise practices, to show in a didactic

way the correct execution of the movements and the use of the equipment,

providing behavioral change and adherence to one Healthy lifestyle decreasing

the time of sedentary behavior and the time of physical inactivity in which the

elderly is prone, being collected the data through observation of how the elderly

made the movements in the apparatus, the amount of repetitions, without the

interference of the researcher At no time in the practice of exercise performed by

the elderly. The handbook is composed of figures and explanatory texts, in

language specific to the elderly population, more health tips and helping them to

perform better the movements of each device present in these spaces, being the

acceptance of the manual in a unanimous form on the part of the elderly. With

the manual, exercise users make use of all the devices correctly, and previously

without the didactic material, some devices were not used by all the elderly due

to lack of information.

Key - words: Aging - Quality of Life - Physical Activity - Physical Exercise -

Apparatus.

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LISTAS DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Aumento da população idosa no Brasil .........................................................15

Figura 2 – Forma cíclica que acomete a maioria dos idosos ........................................18

Figura 3 – Diferença entre o cérebro normal e o cérebro envelhecido .........................26

Tabela 1 – As alterações com o processo de envelhecimento são macro e microscópicas

e de variáveis metabólicas .............................................................................................24

Tabela 2 – Alterações ocorridas com o processo de envelhecimento nas principais

estruturas do sistema cardíaco ......................................................................................27

Equipamento 1- Alongador de três alturas ...................................................................41

Equipamento 2 - Surf Duplo ...........................................................................................41

Equipamento 3 - Simulador de Caminhada ....................................................................42

Equipamento 4 - Simulador de Cavalgada ....................................................................42

Equipamento 5 - Esqui Individual ....................................................................................43

Equipamento 6 – Multiexercitador de Seis Funções ......................................................43

Multiexercitador de Seis Funções ..................................................................................44

Multiexercitador de Seis Funções ..................................................................................44

Multiexercitador de Seis Funções ...................................................................................45

Equipamento 7 – Rotação Diagonal Duplo ....................................................................45

Modelo do Manual ...........................................................................................................46

Exercício 1 .......................................................................................................................48

Exercício 2 ......................................................................................................................49

Exercício 3 .......................................................................................................................50

Exercício 4 .......................................................................................................................51

Exercício 5 ......................................................................................................................52

Exercício 6 .......................................................................................................................53

Exercício 7 ......................................................................................................................54

Exercício 8 ......................................................................................................................55

Exercício 9 .......................................................................................................................56

Exercício 10 .....................................................................................................................57

Exercício 11 .....................................................................................................................58

Exercício 12 .....................................................................................................................59

Exercício 13 .....................................................................................................................60

Tabela 1 do artigo. Descrição da amostra .....................................................................80

Tabela 2 do artigo. Prevalência (%)de doenças e uso de medicamentos (2 ou mais) de acordo com as variáveis independentes em homens (n= 373) e mulheres (n= 447) ....81 Tabela 3 do artigo. Associações ajustadas entre comportamento sedentário e atividade física com os desfechos (doenças reportadas e uso de medicamentos). .....................82

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Sumário

1.INTRODUÇÃO .............................................................................................. 11

1.1Justificativa .............................................................................................. 12

1.2Contribuição Esperada ............................................................................ 13

2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................... 14

2.1 Aspectos Demográficos .......................................................................... 14

2.2 Processo de Envelhecimento ................................................................. 15

2.2.1 Processo do envelhecimento biológico ................................................ 20

2.2.2 Composição corporal no envelhecimento ......................................... 21

2.2.3 Alterações Tegumentares ................................................................. 22

2.2.4 Alterações Sensoriais ....................................................................... 22

2.2.5 Alterações musculoesqueléticas ....................................................... 22

2.2.6 Alterações respiratórias .................................................................... 24

6.2.7 Alterações no sistema nervoso ......................................................... 24

2.2.9 Alterações no sistema cardiovascular ............................................... 26

2.3 Envelhecimento Psicossocial ................................................................. 28

2.4 Capacidade funcional ............................................................................. 31

2.5 Efeitos do Exercício Físico no Envelhecimento ...................................... 32

2.5.1 Ação do Exercício Físico na Aptidão Cardiorrespiratória .................. 33

2.5.2 Ação do Exercício Físico no Sistema Musculoesquelético. ............... 34

2.5.3 Ação do Exercício Físico no Sistema Imune ..................................... 34

2.5.4 Ação do Exercício Físico no Sistema Endócrino e Metabólico .......... 35

2.6 Políticas Públicas para os Idosos ........................................................... 36

2.6.1 Dimensão histórica do projeto de Academias da Terceira Idade-ATI 38

2.6.2 História dos equipamentos das ATI´s ............................................... 39

2.6.3 Modelos dos equipamentos de Academia da terceira Idade/ATI ...... 40

3.MODELO DO MANUAL ................................................................................ 46

Exercício 1 ................................................................................................... 48

Exercício 2 ................................................................................................... 49

Exercício 3 ................................................................................................... 50

Exercício 4 ................................................................................................... 51

Exercício 5 ................................................................................................... 52

Exercício 6 ................................................................................................... 53

Exercício 7 ................................................................................................... 54

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Exercício 8 ................................................................................................... 55

Exercício 9 ................................................................................................... 56

Exercício 10 ................................................................................................. 57

Exercício 11 ................................................................................................. 58

Exercício 12 ................................................................................................. 59

Exercício 13 ................................................................................................. 60

Dicas Saudáveis ........................................................................................... 61

Referências do Manual .................................................................................... 63

4. METODOLOGIA .......................................................................................... 64

4.1 Identificação das necessidades do desenvolvimento do manual ............ 64

4.2 Edição e formatação do manual, com fotos dos aparelhos..................... 64

4.3 Elaboração do manual ............................................................................ 65

5.REFERÊNCIAS ............................................................................................ 66

6.ARTIGO CIENTÍFICO ................................................................................... 74

6.1 Introdução .............................................................................................. 76

6.2. Metodologia ........................................................................................... 77

6.2.1 Seleção dos sujeitos ......................................................................... 77

6.3 Resultados ............................................................................................. 78

6.4 Discussão ............................................................................................... 82

7.Referências do Artigo Científico .................................................................... 85

Anexos ......................................................................................................... 87

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1. INTRODUÇÃO

Amparado pela maior expectativa de vida, a quantidade de idosos

brasileiros deve praticamente quadruplicar até 2060, confirmando a tendência

de envelhecimento acelerado da população 1. Com o envelhecimento da

população mundial crescendo a cada década devido à melhora da qualidade de

vida, o aumento da expectativa de vida e a queda na taxa de natalidade, o

processo de envelhecimento se tornou alvo de pesquisas desde a década de

1950 2 .

Sendo que a atividade física em academias vem trazendo inúmeros

benefícios à saúde de seus usuários, que se utilizam de instrumentos que

causam instabilidade, causando benefícios na propriocepção, força,

flexibilidade, resistência muscular, coordenação motora, equilíbrio e

condicionamento cardiovascular 3. Fato de suma importância para o indivíduo

idoso, o qual é o público que mais utilizam esses espaços utilizados pelas

políticas públicas de saúde com a disponibilização de ATI´s.

Dessa forma, organizações como o Colégio Americano de Medicina do

Esporte têm recomendado e incentivado a prática regular de atividade física,

no sentido de prevenir doenças, promover, proteger e reabilitar a saúde, bem

como melhorar a qualidade de vida dos idosos 4.

Esse manual tem como objetivo estimular a prática de exercício de

forma correta ao idoso que frequenta os espaços de ATI, proporcionando uma

mudança comportamental e uma adesão à um estilo de vida saudável

diminuindo o tempo gasto em atividade sedentária e o período despendido de

inatividade física em que o idoso está propenso.

O manual é composto por figuras e textos explicativos, em linguagem

acessível à população idosa, e dicas de saúde. O manual será utilizado por

indivíduos idosos que frequentam esses espaços públicos ou privados que

contemplam as condições necessárias para a prática de exercício físico visando

a melhora da qualidade de vida do idoso.

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1.1 Justificativa

Considerando que grande parte dos idosos mostram interesse em manter-

se mais saudável, ativo e independente nesta fase da vida, crescem também os

programas e projetos relacionados à promoção da saúde e do bem-estar desses

indivíduos. Entre as propostas destes programas, a mais incentivada e com

maior repercussão é a prática de atividade física, podendo ser esportes, danças,

exercícios de força ou atividades recreativas, não importando a modalidade, pois

todas trazem, de alguma forma, benefícios a saúde 5.

A melhora na condição saudável do idoso, é apontado em um estudo

realizado por BORGES M.R.D, MOREIRA A.K 2009, elaborado com o intuito de

verificar a influência da prática regular de atividade física nos níveis de

autonomia para o desempenho nas AVDs (atividades da vida diária) e AIVDs

(atividades instrumentais da vida diária) em idosos. Comparou dois grupos de

idosos, sendo um grupo praticante de atividade física e outro sedentário. Os

resultados do estudo indicaram que os idosos ativos fisicamente apresentavam

bons níveis de autonomia para o desempenho de suas atividades cotidianas

enquanto os idosos sedentários apresentavam maior dificuldade e até mesmo

dependência 5.

A atividade física é uma conciliação entre exercícios bem planejado e

estruturados, executados de forma repetitiva tendo como objetivo melhorar a

aptidão física dos praticantes, desde que com a orientação e controle adequado,

vindo ao encontro à afirmação e recomendação do Colégio Americano de

Medicina do Esporte sobre à prática regular de atividade física e que saúde é um

estado de pleno bem-estar físico, psíquico e social 4.

Diante disso, surgem os questionamentos despertados pela curiosidade

como essas pessoas utilizam os equipamentos de ATI e como realizam sua

atividade sem o mínimo de conhecimento prévio sobre a ação mecânica ou sobre

a intensidade e frequência, visto que não há nenhum profissional da saúde em

grande parte desses locais, que ampare a realização dessa prática de exercício

físico com segurança.

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Os equipamentos encontrados em todas as academias são próprios para

o indivíduo idoso, e seu formato estimula a prática de exercício sendo

exclusivamente voltado para atender essa população. Uma das finalidades da

ATI, é oferecer aos cidadãos a oportunidade de executar uma quantidade de

exercício físico em um local de fácil acesso e disponível 24 horas. Através dessa

política pública é atingida uma grande parcela da população que não dispõe dos

recursos necessários para frequentar uma academia em espaço privado, ou em

alguns casos não as frequentam por motivos variados.

Sua qualidade de vida depende de seu comportamento de vida saudável

adquirida prioritariamente com segurança para que esses indivíduos

frequentadores desses espaços possam ter em mãos uma ferramenta que os

auxilie na execução e melhor aproveitamento da atividade física nas diversas

academias que se encontram espalhadas pelo país.

1.2 Contribuição Esperada

Através do uso do manual de orientações de fácil leitura e entendimento

por parte dos idosos, mostrar os benefícios de uma prática regular de exercício

físico na prevenção de doenças como osteoporose, problemas cardíacos,

melhora da aptidão física, melhora no desempenho da AVD através do uso dos

aparelhos de ATI, estimular a adesão à execução de atividade física com

segurança nos espaços onde existem as academias, através desse processo

educativo, transformar o comportamento sedentário dos idosos em indivíduos

ativos fisicamente devido à facilidade de entendimento de como utilizar

devidamente os equipamentos.

Com a distribuição do Manual entre a população de idosos, divulgar os

benefícios da prática de exercício físico utilizando os aparelhos da ATI e

contribuir para a disseminação desse conhecimento através das informações

sobre cada movimento executado em cada equipamento e dicas saudáveis, as

quais são ilustradas de forma didática em todas as páginas.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Aspectos Demográficos De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística) (IBGE), em 2010, a proporção de idosos na

população brasileira foi de 10,8%, com as maiores proporções registradas no sul

do país (12,0%). Projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam

que, entre os 10 países com numerosa população idosa em 2025, cinco serão

em desenvolvimento, incluindo o Brasil, com número estimado de 27 milhões de

pessoas com ≥ 60 anos de idade 1,6.

O processo demográfico em todo planeta irá resultar em populações mais

velhas em todos os lugares, à medida que taxas de fertilidade diminuem, a

proporção de pessoas com ≥ 60 anos de idade deve duplicar entre 2007 e 2050,

e seu número atual deve mais que triplicar, alcançando dois bilhões em 2050 7.

A forma acelerada do crescimento da população idosa no Brasil irá

desencadear consequências significativas tanto economicamente como social.

O acesso da terceira idade aos serviços de promoção, proteção e recuperação

da saúde é constituído através de determinações legais e o governo atua

apontando medidas específicas para promover a autonomia e inserção social

dessa população (MS, Port. 1395 – 1999) 8.

De acordo com a Lei n. 10.741/2003, o Estatuto do Idoso, a chamada

terceira idade tem seus direitos garantidos pelo estado e garante proteção à vida

e a saúde, mediante efetivação de políticas sociais e públicas, que permitam um

envelhecimento saudável e em condições de dignidade. Deste modo, as áreas

da saúde estão mais atentas aos cuidados com os idosos buscando um

envelhecimento saudável e independente 8.

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Figura 1 – Aumento da população idosa no Brasil 9.

Fonte; Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

No ano de 1982, a Organização das Nações Unidas - (ONU), definiu o

idoso como o indivíduo que atinge a idade de igual ou superior a 60 anos, sendo

adotado pelo Brasil promulgando a Lei nº 8.842/94, criando a Política Nacional

do Idoso 7,10. De acordo com a Organização Mundial da Saúde – (OMS), o Brasil

ocupará a sexta posição a nível mundial no aumento da quantidade de indivíduos

idosos, isso acontece pela melhora da qualidade de vida e o aumento da

expectativa de vida 11,12.

2.2 Processo de Envelhecimento

O envelhecimento é um dos enigmas da vida, além do nascimento e

da morte é talvez a única experiência que todo ser humano divide, como o

envelhecimento é tão onipresente, ninguém consegue compreendê-lo,

muitos tem feito a mesma pergunta. O que é envelhecimento? Qual é a sua

natureza? Embora todas as pessoas envelhecem, isso acontece de maneira

diferente e com ritmo diverso. Algumas pessoas vivem mais e tem uma

qualidade de vida melhor que as outras 13.

Durante o processo de envelhecimento, as características principais

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são a diminuição das reservas funcionais e fisiológicas do organismo.

Alterações estas que poderão ser observadas em todos os órgãos e

sistemas, influenciando numa diminuição das habilidades dos idosos em

executar tarefas simples do seu cotidiano, tornando-se um desafio a todas

as atividades que requer condicionamento físico, a grande questão é como

lidar com isso, como amenizar e como enfrentar. Por isso, a frase de Mazo (2008)

faz todo o sentido e resume sem dúvida qual deve ser o foco: “dar vida aos anos

e não apenas anos à vida”, ou seja, envelhecer com melhores padrões de vida

e não somente deixar o tempo passar e esperar o fim 14.

Com o envelhecimento, ocorrem mudanças na força e a resistência

muscular, as quais são capacidades fundamentais para todos os indivíduos,

tornando-se ainda mais importantes à medida que os indivíduos envelhecem, a

diminuição da força e da massa muscular proporcionam limitações funcionais

aos idosos 15.

O processo de envelhecimento passa por diversas transformações até ser

caracterizado como velhice, e para se chegar a essa etapa é preciso

compreender as relações de diferentes aspectos cronológicos, biológicos,

psicológicos e sociais, sendo que de acordo com suas condições ambientais

onde está inserido esse indivíduo será o grau de influência em cada aspecto 16.

O envelhecimento considerado normal e esperado pela grande maioria

das pessoas antes de se chegar à condição de idoso, seria marcado por

alterações físicas, cognitivas e sociais normativas para essa fase da vida,

portanto, as alterações relativas como aumento da pressão arterial, déficits

visuais e auditivos, mudanças nos papéis dentro da sociedade, queda na

velocidade de executar as tarefas diárias seriam acontecimentos esperados de

uma velhice 17.

No intuito de amenizar os problemas de saúde decorrentes do processo

de envelhecimento, são criadas infinitas maneiras de estimular uma boa

qualidade de vida através de prevenções e intervenções com a manutenção ou

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mudança comportamental de uma vida ativa fisicamente através de prática de

exercícios físicos.

Os indivíduos mais sujeitos ao sedentarismo são as mulheres, idosos,

pessoas de nível socioeconômico mais baixo e os indivíduos incapacitados. De

uma forma cultural é observado que as pessoas reduzem, gradativamente, o

nível de atividade física, a partir da adolescência 18. A falta de aptidão física e a

capacidade funcional pobre são umas das principais causas de baixa qualidade

de vida observada nos idosos 19.

Não se pode pensar hoje em dia em garantir um envelhecimento bem-

sucedido sem que além das medidas gerais de saúde se inclua a atividade física,

criando assim um estilo de vida saudável, o envolvimento dos idosos nos

diversos programas de atividade física existentes no país minimizam os efeitos

deletérios do envelhecimento, os cientistas enfatizam cada vez mais a

necessidade de que a atividade física seja parte fundamental dos programas

mundiais de promoção da saúde 20,21.

Alguns conceitos sobre o tema Qualidade de Vida e Saúde, devem ser

profundamente entendidos para que possam existir as políticas para um

envelhecimento bem-sucedido. Portanto, autoestima, bem-estar pessoal,

capacidade funcional, nível socioeconômico, estado emocional, interação social,

atividade intelectual, suporte familiar, o estado de saúde, valores culturais, éticos

e a religiosidade, estilo de vida entre outros aspectos são essenciais na

construção da qualidade de vida de uma pessoa 22.

Diante disso, foi encontrado na academia da terceira idade uma

possibilidade de melhorar essa qualidade através da prática de atividade física,

identificando benefícios para a qualidade de vida. Em um estudo descritivo

publicado na Revista Digital Buenos Aires, ano 17 Nº172, septiembre de 2012,

deixa claro que a ATI é uma alternativa essencial na busca por uma qualidade

de vida, no estudo avaliou-se 140 pessoas que utilizam os aparelhos de ATI,

onde 100% desses indivíduos reportaram que esse tipo de programa é

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importante para a comunidade, relatando os benefícios como: aumento da

flexibilidade, diminuição de doenças, dores, ansiedade, melhora na qualidade do

sono, entre outros. Sendo o fato que chama a atenção é o fato de 56,42%

praticam a atividade física sozinhos e acreditam que estão fazendo

corretamente, e 92,85% dos avaliados no estudo manifestaram a importância de

um profissional no acompanhamento durante a atividade 23.

Em 1996 foi apresentado o chamado ciclo vicioso do envelhecimento e

afirma que este está associado a uma redução na atividade física 24. E como

ilustração foi apresentado em 1999 por outros autores 25.

De acordo com a figura 2, demonstra uma forma cíclica que acomete a maioria dos idosos:

Os inúmeros benefícios que se consegue através da atividade física

auxiliam a população idosa a melhorar a circulação sanguínea, perder peso,

fortalecendo o sistema imune, aumenta o metabolismo, queda no risco de

doenças cardíacas, melhora na coordenação dos movimentos, equilíbrio,

aumento do auto estima e melhora da imagem corporal 26.

Estando já bem estabelecidos na literatura científica que trata da saúde

do idoso, os efeitos benéficos do exercício físico na redução dos efeitos

negativos do envelhecimento, na prevenção de doenças com maior prevalência

nos idosos como demências e depressão, deixando claro também os resultados

positivos de que um treinamento aeróbio e de força muscular aumenta

significativamente a qualidade de vida estabelecendo um processo de

envelhecimento saudável 27.

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19

Embora nenhuma quantidade de atividade física pode parar o processo

de envelhecimento biológico, há evidências de que o exercício regular pode

minimizar os efeitos fisiológicos de um estilo de vida sedentário de outra forma

e aumentar a expectativa de vida ativa, limitando o desenvolvimento e

progressão da doença crónica gerando incapacidade de condição física.

Nas Atividades de Vida Diária (AVDs), o cidadão idoso passa por um

período substancial com algum tipo de incapacidade, onde os homens vivem

cerca de 10,8 anos neste estado e as mulheres 14,0 anos 15. De acordo com a

capacidade funcional, os idosos se classificam em cinco níveis de

funcionabilidade, onde procura-se mensurar as necessidades específicas de

cada nível funcional, programa de exercícios físicos e bateria de testes para

avaliação de indivíduos ≥ 60 anos 15.

Fisicamente dependente: indivíduos que não conseguem realizar algumas ou

todas as atividades básicas de vida diária (ABVD) e são dependentes de outros

para se alimentar e para outras funções básicas.

Fisicamente frágil: indivíduos que podem realizar ABVD, mas não podem

realizar algumas ou nenhuma das atividades necessárias para viver

independentemente (AIVD) como fazer compras, lavar e limpar a casa.

Fisicamente independente: indivíduo que vive independentemente,

usualmente sem sintomas de doenças crônicas, mas com baixo nível de saúde

e condicionamento físico.

Fisicamente ativos: indivíduos que se exercitam pelo menos duas a três vezes

por semana para sua saúde, por prazer e bem-estar.

Atletas: indivíduos que treinam quase diariamente e competem na sua

categoria.

Os estudos envolvendo as diferenças e os benefícios advindos da prática

cotidiana da atividade física, proporciona aos idosos um menor risco de doenças

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20

do sistema cardiovascular, doenças musculoesqueléticas, entre outras e

proporciona uma longevidade aumentada em aproximadamente dois anos 20.

2.2.1 Processo do envelhecimento biológico

O envelhecimento biológico é um acontecimento inevitável, de forma

contínua e irreversível, acaba por tornar o organismo vulnerável e suscetível às

agressões. Há evidências de que esse processo de envelhecimento acontece

por vários motivos, sendo também dependente da genética de cada indivíduo 28.

No decorrer do envelhecimento biológico, ocorrem o declínio das capacidades

funcionais de maneira discreta, afetando principalmente o equilíbrio.

A senescência mantém o indivíduo ativo em todas as suas capacidades,

não é caracterizada como doença, apenas um retrato do desgaste natural devido

ao processo de envelhecimento. O envelhecimento biológico é um processo

gradual que causa alterações nas funções do organismo, fazendo com que o

indivíduo se torne cada vez menos capaz de se adaptar ao ambiente em que

vive, ficando cada vez mais vulnerável a doenças 29.

Todo e qualquer indivíduo pode envelhecer de forma natural e o processo

de envelhecimento não significa uma doença, esse processo natural é saber

conviver com as limitações que o passar dos anos os acompanha, mas

mantendo-se ativo e saudável por muitos anos. A senilidade se refere à fase do

envelhecer em que o declínio físico é mais acentuado e é acompanhado da

desorganização mental. Algumas se tornam senis relativamente jovens, outras

antes dos 70 anos, outras, porém, nunca ficam senis, pois são capazes de se

dedicarem a atividades criativas que lhes conservam a lucidez até a morte 30.

No processo de envelhecimento biológico ocorrem algumas mudanças na

composição corporal, alterações tegumentares, alterações sensoriais,

alterações musculoesqueléticas, respiratórias, digestórias, alterações

geniturinárias, reprodutivas, alterações no sistema nervoso, cardíacas,

mudanças hormonais, e há uma probabilidade de algumas doenças como

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21

Demência, Alzheimer e Parkinson

2.2.2 Composição corporal no envelhecimento

Entender as mudanças de desenvolvimento relacionados a idade no

tamanho do corpo (ex. altura, peso) ou o peso relacionado à altura é inadequado

para entender as verdadeiras mudanças que ocorrem, pois, o corpo é composto

por vários tecidos diferentes. Os adultos podem ter o mesmo peso e altura mas

tem composição corporal diferente. Uma pessoa pode ser musculosa e magra

com uma significativa porcentagem do peso vindo de um tecido muscular

metabolicamente ativo, enquanto que outra pode ser muito sedentária e obesa

com grande porcentagem do peso devido à tecido gorduroso inerte 13.

Ocorre uma diminuição na altura do indivíduo idoso de forma gradual,

aumento da gordura abdominal e diminuição de agua corporal e os órgãos

internos perdem peso, com exceção do coração, que de acordo com o processo

de envelhecimento tende a aumentar seu peso, o crescimento do coração

humano cresce em média aproximadamente 1 g/ano nos homens e 1,5 g/ano

nas mulheres, entre 30 e 90 anos de idade 31,29.

Embora a composição corporal, assim como as mudanças relacionadas à

idade que nela ocorrem, tenham um componente genético forte, ela é também

influenciada por fatores ambientais como nutrição, doenças e atividade física.

Como as mudanças na composição corporal estão relacionados a doenças e à

função, é importante monitorar essas alterações por vários motivos; os idosos

comem menos a medida em que envelhecem e um monitoramento através do

IMC – Índice de Massa Corporal e da composição corporal, para prevenir a

redução e o ganho de peso 13.

O processo de envelhecimento acarreta alterações nos compartimentos

corporais, como a diminuição da massa corporal e da estatura, redução da

massa livre de gordura e modificação nos compartimentos de gordura corporal,

onde o tecido adiposo periférico tende a diminuir e o central, a aumentar. Sabe-

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22

se ainda que a avaliação antropométrica periódica pode refletir indiretamente na

qualidade de vida da população idosa, uma vez que a força, como resultado do

conteúdo muscular periférico, é um indicador de mortalidade em indivíduos

saudáveis 32,33.

2.2.3 Alterações Tegumentares

O processo de envelhecimento provoca algumas alterações na pele, além

de afinar a derme e epiderme, há também uma redução na quantidade de fibras

elásticas do colágeno, das gorduras subcutâneas e também dos capilares

sanguíneos, sendo a consequências desses fatores, o enrugamento e a flacidez

da pele. O envelhecimento da pele é influenciado pela genética, por exposição

ambiental, alterações hormonais e processos metabólicos 34.

2.2.4 Alterações Sensoriais

O ser humano é dotado de cinco sentidos, visão, audição, olfato, paladar

e tato, todos permitem sua comunicação com o meio externo mantendo o

indivíduo orientado. Essas alterações são caracterizadas por uma redução no

número de papilas gustativas na superfície lateral da língua que detectam o

sabor doce e salgado 29.

Ocorre também uma diminuição na identificação de odores, os quais

podem afetar a ingestão e o prazer alimentar. A visão e a audição são de extrema

importância nas atividades da vida diária de um idoso, uma visão afetada pode

prejudicar a alimentação devido à dificuldade de reconhecer os alimentos e

aumentar o risco de quedas, o equilíbrio fica alterado por causa da redução no

número de células no labirinto vestibular 35,29.

2.2.5 Alterações musculoesqueléticas

O sistema musculoesquelético formado na sua estrutura por ossos, tecido

condroide (cartilagem articular, menisco e discos intervertebrais), tecido fibroso

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(ligamento, tendão e cápsula articular), gordura e musculo esquelético 36. No

indivíduo idoso os ossos sofrem alterações na textura, e com o avanço da idade,

as alterações no cálcio podem resultar na redução do volume ósseo e em ossos

porosos e sujeitos a fraturas.

As alterações musculoesqueléticas, diferentemente das alterações

cutâneas, geram dor e algum grau de dificuldade de locomoção. As articulações

sinoviais livremente móveis (ou diartroses), como as articulações dos joelhos,

dos pulsos, dos cotovelos e dos quadris, são as mais afetadas pelo

envelhecimento. Com o envelhecimento, ocorrem algumas alterações, como

diminuição do líquido sinovial e afinamento da cartilagem, e os ligamentos

podem ficar mais curtos e menos flexíveis. Associada às alterações nas

articulações, percebe-se também uma queda da densidade óssea,

principalmente nas mulheres pós-menopausa, podendo acarretar

osteoporose37,38,39.

O homem atinge a sua maior massa óssea na quarta década de vida: é

o chamado “pico de massa óssea”. A partir daí a atividade dos osteoblastos

diminui, ao passo que a atividade dos osteoclastos aumenta. Por conseguinte,

passa a ocorrer perda progressiva, absoluta, da massa óssea até então

presente: é a osteopenia fisiológica. É importante que os profissionais das

equipes de Saúde da Família trabalhem estas questões com os idosos, não só

de forma preventiva, com os grupos de caminhada e de doenças específicas,

mas também com grupos educativos, enfatizando o envelhecer humano como

algo natural e fisiológico 40,37.

De forma geral, o comprometimento musculoesquelético no processo de

envelhecimento são vários, passando por a postura do idoso que se torna

encurvada, devido à diminuição da altura das vértebras da coluna, o andar se

torna limitado assim como o equilíbrio fica afetado. Os músculos diminuem a

massa muscular e se tornam sarcopenicos, limitando a flexibilidade e a

resistência. A frequência de sarcopenia em idosos varia de 3 a 30%, a depender

dos instrumentos de diagnóstico e os pontos de corte para identificação de

massa muscular reduzida 41.

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2.2.6 Alterações respiratórias

Durante o processo de envelhecimento as alterações respiratórias têm

como característica a diminuição da capacidade resultante da redução da

elasticidade da caixa torácica, pois as costelas e músculos se tornam mais

rígidos havendo uma atrofia dos músculos respiratórios, o que reduz o poder da

tosse, forçando e exigindo maior condicionamento dos músculos diafragma e

abdominal 42.

Em torno dos 50 anos de idade, os alvéolos começam a perder

elasticidade. Uma diminuição na capacidade vital ocorre com a perda da

mobilidade da parede torácica, restringindo assim, o fluxo de ar corrente 42. As

pessoas idosas possuem uma capacidade diminuída de mover o ar com rapidez

para dentro e para fora dos pulmões.

6.2.7 Alterações no sistema nervoso

O sistema nervoso é responsável pelas sensações de movimentos,

funções psíquicas e biológicas internas. Sua estrutura é constituída pelo cérebro,

cerebelo, tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) e medula espinhal, e

tem como unidade funcional o neurônio 31.

Com o envelhecimento, o sistema nervoso apresenta alterações com

redução no número de neurônios, redução na velocidade de condução nervosa,

redução da intensidade dos reflexos, restrição das respostas motoras, do poder

de reações e da capacidade de coordenações43.

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Tabela1. As alterações com o processo de envelhecimento são macro e microscópicas

e de variáveis metabólicas 31.

ALTERAÇÕES ...

... MACROSCÓPICAS

Diminuição do peso e do volume cerebral. Diminuição do volume do cerebelo a partir da 5ª década de vida. Diminuição de 15 a 20% no número de neurônios motores na medula espinhal. Diminuição do volume da matriz cinzenta (1,17% ano). Diminuição da matriz branca (2,52% ano). Diminuição do hipocampo (1,23% ano podendo alcançar 1,7% ano aos 70 anos). Aumento do tamanho dos ventrículos (2,9% ano podendo alcançar 4,25% ano aos 70 anos). Alargamento e aprofundamento sulcos corticais. Striatum: volume do núcleo caudado (0,83% ano), puttamen (073% ano) e globo pálido (0,51% ano).

... MICROSCÓPICAS

Diminuição de corpos neuronais na camada superior dos hemisférios cerebrais do hipocampo e cerebelo. Diminuição do nº de fibras mielinizadas. Retração e defeitos estruturais genéticos nos neurônios. Acumulo de lipofuscina, um biomarcador de idade dos neurônios. Rarefação da vascularização cerebral. Diminuição da densidade sináptica. Diminuição do nº de espinhos dendriticos. Cumulativo dano mitocondrial, interferindo no metabolismo energético do cérebro. Diminuição da capacidade de reparo do DNA nuclear danificado. Diminuição da razão entre N-acetil-aspartato e água. Diminuição na capitação de glutamato. Hipofunção colinérgica e serotoninérgica e GABAérgica.

... DAS VARIÁVEIS METABÓLICAS

Diminuição da razão colina/creatina. Diminuição do PH intracelular. Diminuição dos níveis de fosfatidilcolina. Diminuição dos níveis de fosfato inorgânico. Aumento da fosfocreatina.

O que preocupa no envelhecimento é o facto de o SNC não possuir

capacidade reparadora. O SNC é definido como unidades morfofuncionais pós-

mitóticas, sendo estas sem possibilidades reprodutoras, estando sujeito ao

envelhecimento decorrente de fatores intrínsecos (genética, sexo, sistema

circulatório e metabólico, radicais livres, etc.) e extrínsecos (ambiente,

sedentarismo, tabagismo, drogas, radiações, etc.). Esses fatores continuam

exercendo ações deletéria com o tempo 44,45.

Assim, à medida que o cérebro envelhece, a atividade bioquímica

(neurotransmissores) é afetada frequentemente. Desta maneira, com o

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envelhecimento normal, ocorre decréscimo no número de células nervosas,

podendo ocorrer variações com uma mínima perda celular em uma região e

prejuízos mais pronunciados em outras 31,44,45.

Figura 3 – Diferença entre o cérebro normal e o cérebro envelhecido 46.

O cérebro e o principal órgão do sistema nervoso, sofre importantes

alterações em seu complexo sistema com o processo de envelhecimento, é

dividido por sulcos corticais, formando os lobos frontal, (responsável pelo

planejamento da ação e controle do movimento) parietal, occipital e temporal,

(responsável pela audição, aprendizado, memoria e emoção) 31.

2.2.9 Alterações no sistema cardiovascular

Uma das consequências a respeito do aumento da expectativa de vida da

população foi a busca por maiores conhecimentos concernentes as alterações

fisiológicas que acontecem no sistema cardiovascular, sendo a uma das

dificuldades separar o que fazem parte de um envelhecimento normal e quais

dessas alterações são patológicas. Além disso, é importante considerar também

o estilo de vida e os fatores de risco desse grupo, em especial o

sedentarismo31,47.

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Os idosos representam uma parcela expressiva dos pacientes que

procuram atendimento cardiológico e suas características precisam ser bem

conhecidas, principalmente porque os efeitos do envelhecimento sobre o

aparelho cardiovascular alteram os conceitos de normalidade atribuídos à

população mais jovem 47,48.

Tabela 2. Alterações ocorridas com o processo de envelhecimento nas principais

estruturas do sistema cardíaco 49.

EST RUT URAS DO CORAÇÃO

MODIF ICAÇÕES CONSEQUÊNCIAS

Pericárdio

Espessamento fibroso, hialinizaçao.

Aumento da taxa de gordura (subepicárdica).

Não há alterações

degenerativas

Endocárdio

Espessamento

Proliferação de fibras colágenas e elásticas

(desorganização destas com queda da disposição

uniforme habitual).

Possível infiltração

lipídica no átrio

direito

Miocárdio

Acumulo de gordura

Fibrose intersticial

Atrofia fosca (acumulo de lipofuscina, atrofia do

miocárdio)

Hipertrofia concêntrica

Calcificação

Amiloidose (depósito de substancia proteica)

Sem alterações

clinicas quando

normativo.

Valvas

Valva mitral:

Depósito de lápides

Calcificação do anel valvar

Sem alterações

clinicas quando

normativo. Sopro

sistólico

(eventualmente).

Valva aórtica

Amiloidose

Excrescências de Lambia (áreas fibrosas nas bordas

da cúspide).

Sem alterações

clinicas quando

normativo.

Artérias

coronarianas

Modificações no trajeto a tortuoso.

Modificações no calibre a dilatação.

Modificações na parede à perda fibras elásticas e

aumento do colágeno, depósito de lipides, calcificação

e miloidose.

Sem alterações

clinicas quando

normativo.

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28

EST RUT URAS DO CORAÇÃO

MODIF ICAÇÕES CONSEQUÊNCIAS

Relação

capilar/Fibra

muscular

Redução do diâmetro capilar.

Alteração da função endotelial decorrente da redução

da liberação de óxido nítrico e menor resposta

vasodilatadora do endotélio.

Aumento da

pressão arterial

media.

Aorta

Aumento do calibre.

Alterações da túnica elástica:

Desorganização e perda de fibras.

Maior espessura e rigidez da parede.

Infiltração de colágeno.

Calcificação.

Amiloidose.

Arteriosclerose

Adaptado de (CARVAHO FILHO; PAPALÉO NETO, 2000).

O envelhecimento relaciona se com o aumento na incidência de doenças

cardiovasculares, e redução na reserva cardíaca, sendo atualmente essas

doenças, as principais causas de morbidade e mortalidade entre os idosos,

representada principalmente pela doença cerebrovascular, doenças isquêmicas

do miocárdio e insuficiência cardíaca48,50.

O envelhecimento normal não produz alterações significativas na função

do coração, apesar de gerar redução nas reservas funcionais e maior

vulnerabilidade a mudanças, especialmente as doenças. Nas situações de

sobrecarga, poderão surgir de insuficiência cardíaca, inexistentes em

repouso48,50,51.

2.3 Envelhecimento Psicossocial

A definição do idoso é muito complexa, principalmente quando se

estabelece um padrão de vida saudável tão desejada por todos na atualidade,

visto que se constitui em um momento do processo de envelhecimento biológico,

não deixa de ser um fator social, devendo ser entendida como uma etapa do

curso da vida em que a idade avançada cronologicamente, ocorre modificações

de ordem psicossocial que afetam a relação do idoso no seu ambiente social 52.

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O aumento dessa população idosa, traz algumas consequências

psicossociais, cultural, espiritual, e político econômico dos países,

representando para a sociedade o desafio de aumentar para as pessoas idosas

as oportunidades de maximizar as capacidades participativas em programas

voltados ao bem-estar social 53.

Manter a capacidade de poder se relacionar do idoso é de extrema

importância, a fim de que ele possa sempre conquistar novas amizades

garantindo uma melhor qualidade em seu estilo de vida. A satisfação de vida é

influenciada pelo modo como as pessoas se sentem sobre seus relacionamentos

interpessoais e o apoio social desempenha um papel importante nesse

processo. Esse poder de se relacionar, por sua vez, depende de competências

sociais ou de habilidades sócio – cognitivas 54.

As relações com os familiares e, principalmente com amigos da mesma

geração, favorece o bem-estar psicológico e social dos idosos, os

relacionamentos entre amigos idosos são particularmente benéficos porque são

de livre escolha e assim, mais funcionais ao atendimento das necessidades

afetivas dos envolvidos, para as relações sociais e a saúde física e mental. O

papel da família na vida do idoso representa, uma base de suma importância,

tanto no que tange a estruturação de seus vínculos afetivos quanto os

referenciais de suporte e segurança 55.

O envelhecimento psíquico ou amadurecimento depende da passagem

do tempo, mas sobretudo, do esforço pessoal contínuo na busca do

autoconhecimento e do sentido da vida, sendo o autoconhecimento o estudo da

estrutura e dinâmica do psiquismo e a superação dos conflitos do cotidiano são

indispensáveis para que se possa atingir a independência psíquica, condição

indispensável para a sabedoria. O amadurecimento é conquista individual e se

traduz pela modificação dos valores de vida ou pela aquisição da

consciência56,28.

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Com o envelhecimento psíquico há, portanto, redução da vulnerabilidade.

A pessoa idosa torna-se suficientemente sábia para aceitar a realidade, tolerar

a dor ou a perda da independência biológica, pois seus dispositivos de

segurança são cada vez mais eficazes na relação com o mundo. É a liberdade

plena ou independência psíquica, pois compreende o sentido da vida 28.

Dentre as inúmeras alterações correspondentes a esta etapa da vida no

processo de envelhecimento, estão as perdas fisiológicas, as modificações em

algumas habilidades cognitivas, tais como na memória de trabalho, na

velocidade de pensamento e em habilidades visuoespaciais. O envelhecimento

psicológico tem relação com o esforço pessoal contínuo na busca do

autoconhecimento e do sentido da vida, possibilitando uma redução da

vulnerabilidade nesta fase 57,28.

O processo de envelhecer bem depende do equilíbrio entre as limitações

do indivíduo e suas potencialidades, o que possibilita o desenvolvimento de

mecanismos para lidar com as perdas referentes a este processo e uma

adaptação às desvantagens e restrições. Entretanto, tal processo é

experienciado de maneira distinta e particular, por ser altamente individualizado,

além de ser influenciado por fatores intrínsecos e extrínsecos ao indivíduo. O

bem-estar psicológico pode ser entendido como a percepção da própria pessoa

acerca do ajustamento emocional e social em relação aos desafios da vida 58,57.

No que diz respeito à área cognitiva, o declínio cognitivo ocorre como um

aspecto normal do envelhecimento. A natureza exata destas mudanças, no

entanto, não é uma certeza, e problemas relacionados à linha que separa este

declínio de possibilidades de uma possível demência são muito tênues,

principalmente por não haver ainda uma referência consistente frente à demanda

nesta faixa etária 59.

Em idosos que gozam de uma boa saúde, as mudanças no cérebro

geralmente são modestas e fazem pouca diferença no funcionamento29. A

capacidade cognitiva é um dos determinantes da qualidade de vida na velhice,

pois perdas nas funções cognitivas podem resultar em prejuízo no

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funcionamento físico, social e emocional de idosos 60.

Com relação às habilidades cognitivas, dos 65 anos aos 75 anos algumas

das mudanças cognitivas são sutis ou até inexistentes como é o caso do

conhecimento de vocabulário, entretanto, ocorrem declínios importantes nas

medidas que envolvem velocidade ou habilidades não exercitadas 61.

2.4 Capacidade funcional

A incapacidade funcional define-se pela presença de dificuldade no

desempenho de certos gestos e de certas atividades da vida cotidiana ou mesmo

pela impossibilidade de desempenhá-las 62.

A capacidade funcional, especialmente a dimensão motora, é um dos

importantes marcadores de um envelhecimento bem-sucedido e da qualidade de

vida dos idosos. A perda dessa capacidade, está associada a predição de

fragilidade, dependência, institucionalização, risco aumentado de quedas, morte

e problemas de mobilidade, trazendo complicações ao longo do tempo, e

gerando cuidados de longa permanência e alto custo 63,64.

Para mensurar a capacidade do idoso em executar atividades que o

permitam cuidar de si e viver independentemente, pode ser utilizado a Avaliação

Funcional que é um conjunto de dados clínicos, testes e escalas. Nesse contexto

são considerados os seguintes parâmetros: equilíbrio e mobilidade, função

cognitiva, condições emocionais, disponibilidade e adequação do suporte

familiar e social, condições ambientais e capacidade para executar as atividades

da vida diária (AVD) e atividades instrumentais de vida diária (AIVD) 65,66.

Capacidade funcional para atividades de vida diária consiste na aptidão

que uma pessoa precisa para realizar tarefas necessárias para cuidar de si, tais

como: comer, tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, andar, passar da cama para

a cadeira, mover-se na cama, bem como apresentar controle dos esfíncteres

urinário e anal 65,67.

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Capacidade funcional para atividades instrumentais de vida diária é a

habilidade do idoso para administrar o ambiente em que vive, e inclui as

seguintes ações: preparar a comida, lavar as roupas, cuidar da casa, fazer

compras, ir ao médico e comparecer aos compromissos sociais e religiosos 65,67.

Entre os comprometimentos advindos com o avanço cronológico da idade,

está a ocorrência de incapacidade funcional, caracterizada como qualquer

restrição para desempenhar uma atividade dentro da extensão considerada

normal para a vida humana 68.

A relação entre atividade física, saúde, qualidade de vida e

envelhecimento vem sendo cada vez mais discutida e analisada

cientificamente69. Atualmente é praticamente um consenso entre os profissionais

da área da saúde que a atividade física é um fator determinante no sucesso do

processo do envelhecimento. A atividade física é uma forma de se adquirir e

manter a capacidade funcional no indivíduo idoso, evita a perda de massa

muscular e da massa óssea responsável pelas alterações da mobilidade.

2.5 Efeitos do Exercício Físico no Envelhecimento

Durante o processo de envelhecimento, destaca-se o decréscimo de

alguns componentes físicos ligados a essa capacidade funcional, definida como

capacidade do indivíduo realizar as atividades da vida diária (AVDs) com

segurança, de forma eficiente e sem cansaço excessivo 70.

Os componentes da capacidade funcional que ficam prejudicados devido

ao estilo de vida sedentário que cada indivíduo apresenta durante seu

desenvolvimento são os declínios na coordenação, força, flexibilidade, agilidade,

equilíbrio, e resistência aeróbia. O indivíduo é único e dotado de características

diferentes entre eles, seu estado de maturação biológica, genética, idade e o

ambiente onde está inserido, desse modo, a resposta ao treinamento pode não

ser a mesma para os indivíduos que participam de um mesmo planejamento,

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esse processo é denominado individualidade biológica 71.

Dentro de um planejamento de executar um programa de exercícios

físicos para idosos, essas diferenças de características são de extrema

importância no momento de traçar os objetivos esperados, assim, todos poderão

ser bem atendidos em seus interesses e também em suas necessidades.

Os benefícios da pratica de exercício físico no decorrer do processo de

envelhecimento, vai de encontro em atender as necessidades de desacelerar as

alterações provocadas pelo envelhecimento orgânico natural que leva a redução

de reservas funcionais do organismo que podem ser observados nos sistemas

cardiorrespiratórios, musculoesquelético, imunológico, endócrino, nutricional e

metabólico 31.

2.5.1 Ação do Exercício Físico na Aptidão Cardiorrespiratória

A aptidão cardiorrespiratória é considerada como uma das capacidades

físicas mais afetadas com o avanço da idade, a habilidade de captação e o

transporte de oxigênio para o suprimento da demanda metabólica corporal

durante o exercício físico tornam-se prejudicados. O sistema cardiorrespiratório

tem a capacidade de adaptar-se aos estímulos recebidos pelo treinamento,

independente da faixa etária 72.

Em um estudo realizado com o objetivo de verificar a associação entre o

nível de atividade física e aptidão cardiorrespiratória em mulheres idosas,

constataram que um baixo nível de aptidão cardiorrespiratória está associado a

um baixo nível de atividade física. Já as idosas que obtiveram maiores valores

de nível de atividade física atenuaram o declínio da aptidão cardiorrespiratória.

Demonstraram assim que maior nível de atividade física e um fator importante

para a manutenção da aptidão cardiorrespiratória, como já demonstrado por

outros autores 73,74,75.

Estudos demonstram que a prática regular de exercício físico está

relacionada a manutenção da aptidão cardiorrespiratória, a qual é indispensável

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na prevenção e na manutenção da funcionalidade motora e independência, e

que também está relacionada a diminuição do risco para morbidade e

mortalidade 76.

2.5.2 Ação do Exercício Físico no Sistema Musculoesquelético.

A prática de exercício físico acarreta melhora na função

musculoesquelética de idosos, como: aumenta o suprimento sanguíneo

muscular, auxilia na normalização da relação entre tensão e comprimento dos

músculos, desenvolve o metabolismo muscular, proporciona um aumento na

deposição de sais de cálcio ao longo das linhas de tração e compressão dos

ossos e aumento da capacidade dos ligamentos e tendões se submetem à força

de tenção 77.

A regularidade da prática de exercício físico minimiza a perda da massa

muscular (sarcopenia) durante o processo de envelhecimento, sendo que os

exercícios resistidos são mais eficazes para a prevenção e para a recuperação

da perda muscular 78. Seguindo esse contexto, o treinamento de força muscular

por meio de exercícios resistidos promove hipertrofia muscular em idosos79. A

habilidade para desempenhar as atividades da vida diária está muito relacionada

à massa e a força musculares, indicando assim que a manutenção de bons

níveis desses componentes está relacionada a preservação da independência

de idosos 80.

2.5.3 Ação do Exercício Físico no Sistema Imune

Na literatura é possível encontrar estudos que observaram que a prática

de exercício físico altera o número total de leucócitos, da distribuição das

populações linfocitárias e da função imunológica (neutrófilos, células citotóxicas

espontâneas, células acessórias, linfócitos T e B). Essa prática de exercício é

responsável por um aumento da concentração de catecolaminas (adrenalina e

noradrenalina), que exercem influência sobre uma série de processos

fisiológicos, sendo um fator a mais na modulação da imunidade 81,82,83.

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A intensidade e a duração de exercícios físicos estão relacionadas a uma

melhor resposta metabólica e a liberação e neurotransmissores e hormônios.

Estudos epidemiológicos sugerem que indivíduos idosos que praticam exercícios

físicos tem menor incidência de infecções bacterianas e virais, e também de

neoplasias 59,84.

2.5.4 Ação do Exercício Físico no Sistema Endócrino e Metabólico

A prática de exercício físico regular tem relevante importância na

prevenção e no tratamento da obesidade e de doenças crônicas como o diabetes

e doenças cardiovasculares. Tais benefícios são decorrentes geralmente da

melhora da aptidão física, alterações na composição corporal ou de atividades

enzimáticas 85,86.

A prevenção da obesidade ocorre devido ao aumento da oxidação de

gorduras, e que associado ao balanço energético negativo (redução da ingestão

energética e aumento do gasto energético), promove a perda gradual de peso

corporal. Esse efeito depende da quantidade de substratos oxidados durante o

exercício físico, os quais variam de acordo com a propriedades do exercício

(intensidade, frequência e duração) e as características do indivíduo (peso

corporal e capacidade aeróbia etc.) 87,88,89,90.

O exercício físico também atua na homeostase durante a fase de

recuperação, interfere no gasto energético após o exercício. Quanto maior a

intensidade do exercício e o período de treinamento, maior será esse gasto.

Indivíduos ativos fisicamente apresentam maiores níveis de HDL colesterol e

menores níveis de triglicerídeos, LDL e VLDL colesterol, quando comparado a

indivíduos sedentários 91,88,92.

Estudos mostram que a prática de exercício físico é eficiente no controle

glicêmico de idosos diabéticos, atuando na melhoria da sensibilidade a insulina,

tolerância a glicose e redução da glicemia sanguínea. Também tem

demonstrado que o exercício físico atua na prevenção do aumento da pressão

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arterial 93,94.

As Academias da Terceira Idade, traz consigo uma ideia de que pode

atender a todos os indivíduos independentemente da idade e de sua condição

física, os aparelhos que lá estão são acessíveis e atende a todas as expectativas

principalmente dos idosos, que necessitam de um condicionamento que venha

a auxiliar em suas atividades da vida diária proporcionando independência e

autonomia.

A atividade física nas Academias da Terceira Idade, uma vez orientada de

forma correta, podem trazer inúmeros benefícios à saúde do idoso gerando uma

qualidade de vida satisfatória através dessas atividades.

2.6 Políticas Públicas para os Idosos

O envelhecimento não tem seu início já na vida adulta, é um processo que

se evidencia durante o transcurso da vida e a maioria dos países se preparam

para encarar e amenizar os impactos resultantes desse acontecimento no setor

de saúde pública.

Este material utiliza o padrão de idade de 60 anos, estabelecido pela

ONU- Organização das Nações Unidas para identificar pessoas “mais velhas” e

qualquer que seja a idade definida dentro de contextos diferentes, é preciso

reconhecer que a idade cronológica não é indicada para definir as mudanças

que norteiam o envelhecimento devido às variações significativas relacionadas

ao estado de saúde 7.

Além disso, há uma necessidade em atender comunidade idosa, e isso

gera a criação e desenvolvimento de políticas públicas, em realizar ações e

programas de conscientização da importância do tema, propiciando mudanças

de comportamentos para uma vida mais saudável.

De acordo com o aumento da expectativa de vida e a queda da taxa de

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natalidade, ao longo das últimas décadas, temos assistido a um processo de

envelhecimento populacional em nível mundial 2. Com o aumento dessa

longevidade, as pessoas agora querem viver mais tempo, com melhor saúde e

melhor qualidade de vida, cabendo ao estado a elaboração e desenvolver

políticas públicas adequadas que possam promover uma autonomia e um estilo

de vida saudável.

O processo de envelhecimento passou a ser estudado, a partir do início

do século XX, dando ênfase não apenas a aspectos biológicos, mas também às

condicionantes sociais e psicológicas 95. A partir deste período, descobriu-se a

importância em aceitar o processo de envelhecimento não apenas

contextualizado por fatores orgânicos e fisiológicos, mas também no campo das

Ciências Sociais, onde, interagindo com as transformações corporais, as

pessoas apresentam mudanças de valores e comportamentos.

O Ministério da Saúde já criou vários programas, com destaque para o

programa denominado “Brasil saudável” lançado em 2005, onde o projeto

pretendia objetivar uma mudança de hábito dos brasileiros com ênfase na

atividade física para evitar mortes causadas por doenças não transmissíveis

como infarto, AVC, enfisema, câncer e diabetes 96. Outro programa de destaque

foi a “política nacional de saúde da pessoa idosa” lançada em 2006 tendo como

principal diretriz e ação proposta no item “promoção do envelhecimento ativo e

saudável” 97.

É preciso identificar os significados de promoção da saúde como um

processo que permite às pessoas melhorar sua saúde como uma vida ativa

fisicamente estando conectados à prevenção de doenças. À medida que

envelhecem, os indivíduos ficam suscetíveis a algumas enfermidades, sendo

todas as formas de prevenção contribuindo para reduzir os riscos de

incapacidades e doenças infecciosas podendo diminuir gastos

independentemente da idade 98.

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Alguns estudos sobre o processo de envelhecimento são importantes no

planejamento de políticas públicas, uma vez que o comportamento ativo

fisicamente das pessoas tem relação com a saúde, têm um impacto significativo

nesse processo de busca por um estilo de vida saudável70. Assim, é importante

que cada indivíduo identifique suas necessidades e venha a assumir a

responsabilidade por seus próprios cuidados 99.

Não é fácil incentivar as pessoas a adotar um estilo de vida saudável, uma

vez que envolve mudar a maneira como eles vivem suas vidas. A promoção de

um estilo de vida saudável é essencial, pois ensina essas pessoas que elas

podem fazer escolhas de vida saudável e fazer o que é necessário para atingir

uma melhor qualidade de vida 96,100.

2.6.1 Dimensão histórica do projeto de Academias da Terceira Idade-ATI

O projeto academia ao ar livre/ATI teve início no ano de 2006 vindo de

encontro ao programa Brasil Saudável, lançado pelo Ministério da Saúde. Este

programa surgiu para cumprir o compromisso do Brasil com as Diretrizes

previstas pela “Estratégia Global de Alimentação Saudável, Atividade Física e

Saúde”, criada em 2004, objetivando melhorar a qualidade de vida da população

mundial através da atividade física, a ATI, foi idealizada para estimular a prática

de atividade física em todas as idades em especial atenção às pessoas ≥ 60

anos de idade, melhorando a condição física, qualidade de vida e saúde 11.

Os equipamentos das academias não têm peso e usam força do corpo

para realizar os exercícios de musculação e alongamento. Trata-se de um

sistema que se adapta ao usuário utilizando o peso do próprio corpo criando

resistência e gerando benefícios físicos, indicados principalmente para pessoas

que perderam, de forma natural pelo processo de envelhecimento a força

muscular com o passar dos anos e podem ser usadas por qualquer pessoa

acima de 12 anos, funcionando como uma academia de ginástica ao ar livre.

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2.6.2 História dos equipamentos das ATI´s

Em entrevista concedida em 12 de abril de 2016 pela empresa Ziober,

primeira fábrica e maior representante dos aparelhos de ATI´s do país, onde foi

possível ouvir o relato do início histórico à atualidade pela proprietária, Bruna

Ziober. Na ocasião, as importantes informações obtidas de como ocorreu a ideia

de se investir em aparelhos até então desconhecidos pela população brasileira.

Desde 1930, a família Ziober já possuía o dom da arte metalúrgica com

um dos pioneiros de Maringá, Sr. Leon Ziober, que junto com Celso Garcia Cid,

devido a sua amizade, auxiliou no desenvolvimento da primeira Jardineira Catita,

dando início à construção da que é hoje a Viação Garcia de Londrina. Ainda

dentro do ramo metalúrgico que já dura por quatro gerações dessa família, Leon

Ziober, Paulo Ziober, Paulo Ziober Junior e Bruna Ziober, atual administradora

da maior empresa no ramo de fabricação dos aparelhos de academia da terceira

idade do país 101.

A história dos aparelhos se iniciam com uma reportagem vista em 2006

por uma pessoa ligada ao governo municipal da época, Prefeito Silvio Barros, o

qual implantou o projeto Maringá Saudável e dentro desse projeto existem vários

projetos voltados para a saúde e naquele momento ele se interessou pela

reportagem que trazia algumas ações de saúde na china com o uso dos

aparelhos de atividades físicas ao ar livre. Silvio Barros convocou uma reunião

com o Secretário de Esportes, Roberto Nagahama, e expôs seu desejo de que

era necessário criar um projeto visando a saúde voltado especificamente para

os idosos, o gestor esportivo levou a ideia ao seu amigo Paulo Ziober Junior, que

abraçou a oportunidade de desenvolver e criar alguns aparelhos para atender ao

projeto da ATI.

Em trinta dias foi desenvolvida e instalada a primeira unidade composta

por dez equipamentos de Academia da Terceira Idade (ATI) na Praça Parigot de

Souza, adquirida pela Unimed em parceria com a Prefeitura Municipal de

Maringá, inaugurando com o Slogan “Quem vai para a ATI não vai para a UTI”.

As academias são compostas na sua maioria por inicialmente dez

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aparelhos de fácil acesso hoje instalados em praças abertas para o público, os

equipamentos servem para desenvolver de uma forma geral a musculatura,

trabalhar o desempenho da capacidade aeróbica, flexibilidade, alongamento, e

estímulos à mobilidade articular, resultante da prática sistemática nos aparelhos

de ATI´s.

Os benefícios alcançados pelos idosos durante essa prática de atividades

é o envolvimento de ampla parte da sociedade no intuito de estabelecer o

sucesso da promoção da saúde, da possível elevação de sua autoestima,

assegurar que dessa forma, através dessa socialização e interação com os

exercícios, pode certamente se chegar à vários benefícios, entre eles a

qualidade de vida da população 101.

2.6.3 Modelos dos equipamentos de Academia da terceira Idade/ATI

A prática de exercício físico traz inúmeros benefícios ao organismo e a

mente, antes de iniciar a prática em qualquer dos aparelhos é necessário seguir

as recomendações de um profissional de saúde ou do manual de orientações.

Os diversos equipamentos existentes nas academias são de fácil manuseio e

apresentam nomes que incitam os movimentos:

Tipos de equipamentos – Alongador de Três Alturas, Surf Duplo, Simulador de

Caminhada, Simulador de Cavalgada, Esqui Individual, Multiexercitador de Seis

Funções, Rotação Diagonal Duplo, Peitoral Duplo com Articulação Superior,

Simulador de Remo, Pressão nas Pernas.

2.6.4 Denominações dos Equipamentos

Esses modelos de aparelhos a seguir, são encontrados nas ATI´s e saem

de fábrica com as informações do nome do equipamento, de como se realiza o

exercício e o nome do músculo trabalhado em cada ação através de desenhos,

portanto, as informações trazidas juntos aos equipamentos, não se encontram

em uma linguagem própria para o idoso devido ao tamanho das informações que

são acopladas no corpo dos aparelhos com letras miúdas e desenhos

complexos.

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Equipamento 1- Alongador de três alturas.

Alonga e relaxa os grupos musculares antes e após os treinos.

Equipamento 2 - Surf Duplo

Fortalece a Musculatura Lateral do Abdômen

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Equipamento 3 - Simulador de Caminhada

Melhora a capacidade cardiorrespiratória e cardiovascular, equilíbrio e a

resistência muscular dos membros inferiores.

Equipamento 4 - Simulador de Cavalgada

Melhora a capacidade cardiovascular e fortalece os membros superiores e

tronco.

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Equipamento 5 - Esqui Individual

Melhora a capacidade cardiorrespiratória e cardiovascular, equilíbrio e

coordenação motora.

Equipamento 6 – Multiexercitador de Seis Funções

Melhora a resistência muscular e fortalece os membros superiores, inferiores e

tronco. Alonga e relaxa os ombros.

Obs; Esse aparelho não tem desenho para instruções de uso.

Flexora; 2 Séries de 15 repetições. - Descanse um minuto entre as séries. Desenvolvimento;2 Séries de 15 repetições. - Descanse um minuto entre as séries.

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Multiexercitador de Seis Funções

Melhora a resistência muscular e fortalece os membros superiores, inferiores e

tronco. Alonga e relaxa os ombros.

Obs; Esse aparelho não tem desenho para instruções de uso.

Multiexercitador de Seis Funções

Melhora a resistência muscular e fortalece os membros superiores, inferiores e

tronco. Alonga e relaxa os ombros.

Obs; Esse aparelho não tem desenho para instruções de uso.

Extensora; 2 Séries de 15 repetições.

- Descanse um minuto entre as séries.

Supino; 2 Séries de 15

repetições. - Descanse um minuto

entre as séries.

Puxador; 2 Séries de 15 repetições. - Descanse um minuto entre as séries. Manter a coluna alinhada.

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Multiexercitador de Seis Funções

Melhora a resistência muscular e fortalece os membros superiores, inferiores e

tronco.

Obs; Esse aparelho não tem desenho para instruções de uso.

Equipamento 7 – Rotação Diagonal Duplo

Melhora a flexibilidade e mobilidade da articulação dos ombros

Flexora; 2 Séries de 15 repetições. - Descanse um minuto entre as séries. Supino; 2 Séries de 15 repetições. - Descanse um minuto entre as séries.

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3. MODELO DO MANUAL

Este manual é composto por figuras e textos explicativos, em linguagem

acessível à população idosa, mais dicas saudáveis.

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Apresentação

Este Manual foi elaborado pelo Educador Físico Prof. Me.

Luiz Carlos Pereira, Cref 012280 G/Pr, juntamente com o Dr. Alex

Silva Ribeiro, com objetivo de contribuir de forma clara e didática

na utilização dos equipamentos da Academia da Terceira Idade

(ATI).

Os equipamentos aqui demonstrados são encontrados na

maioria das ATIs, contendo informações de como utilizá-los

mediante fotos ilustrativas do posicionamento do praticante nas

posições: Inicial (Posição1), Intermediária (Posição 2) e Final

(Posição 3) de cada movimento.

O envelhecimento acompanha uma série de efeitos

deletérios ao organismo, sendo muitos deles resultantes do

comportamento sedentário, provocando uma queda gradual na

aptidão física, aumentando o risco de dependência, e

desenvolvimento de doenças crônicas.

Por essa razão, é fundamental a prática de exercício físico

na terceira idade para promoção da saúde e qualidade de vida.

Como por exemplo, aumento da força muscular, da aptidão

cardiorrespiratória, da flexibilidade e melhora na composição

corporal, contribuindo de forma significativa para o controle de

doenças como, hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2,

enfermidades coronárias, sarcopenia, osteoporose, entre outros,

favorecendo assim uma melhora na qualidade da condição física

do indivíduo idoso.

Neste sentido, as ATIs são um importante estímulo para

inserir essa população nos programas de atividade física

oferecidos pelo poder público e privado, contribuindo

sobremaneira para uma vida saudável.

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Importante

Consulte um médico para saber se está apto (a) a praticar

exercício físico.

Exercício 1

Equipamento: Alongador de três alturas.

Essa atividade serve para alongar e relaxar os músculos dos

membros superiores.

Informações sobre o uso do aparelho:

Com os pés bem apoiados ao chão, girar o corpo para a direita

e para a esquerda, ficar de 15 a 20 segundos em cada posição.

Posição 1 Posição 2 Posição 3 Os exercícios praticados nesse aparelho auxiliam o aumento da flexibilidade e melhora da postura.

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Exercício 2 Equipamento: Surf Duplo.

Esse exercício tem como objetivo melhorar a flexibilidade do

quadril.

Informações sobre o uso do aparelho:

Balançar o corpo para os lados, movimentando o quadril.

Realize 1 vez de 15 repetições para cada lado descanse por 1 minuto

e realize mais 1 vez de 15 repetições.

Posição 1 Posição 2 Posição 3

Manter o tronco alinhado e movimentar apenas os membros

inferiores para a direita e para a esquerda.

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Exercício 3

Equipamento: Simulador de Caminhada.

Esse exercício melhora a circulação, aptidão

cardiorrespiratória, equilíbrio e resistência muscular dos

membros inferiores.

Informações sobre o uso do aparelho:

Inicie com 10 minutos e aumente o tempo de acordo

com sua capacidade física.

Posição 1 Posição 2 Posição 3

Manter a cabeça sempre voltada para frente, nunca para baixo.

Deslizar as pernas simulando uma caminhada. Inicie no aparelho

com um tempo de 10 minutos ao dia, podendo aumentar esse tempo

após cada semana até chegar a 50 minutos.

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Exercício 4

Equipamento: Simulador de Cavalgada.

Esse exercício fortalece os músculos do tronco, dos braços e

pernas, melhora a circulação e aptidão cardiorrespiratória.

Informações sobre o uso do aparelho:

Manter o tronco ereto, puxar com as mãos o apoio até perto do

corpo e empurre com os pés realizando uma extensão do joelho.

Realize 1 vez de 15 repetições, descanse por 1 minuto e repita mais

1 vez de 15 repetições.

Posição 1 Posição 2 Posição 3

Enquanto estiver fazendo o exercício, procure manter a coluna

alinhada.

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Exercício 5 Equipamento: Esqui Duplo

Esse exercício aumenta a flexibilidade dos ombros e quadris,

ajuda a melhorar a aptidão cardiorrespiratória, a circulação,

equilíbrio e a coordenação motora.

Informações sobre o uso do aparelho:

Inicie com 10 minutos e aumente o tempo de acordo com sua

capacidade física.

Posição 1 Posição 2 Posição 3

Manter sempre a cabeça voltada para frente olhando para o

horizonte, nunca para baixo. Deslizar as pernas acompanhando o

mesmo movimento com os braços.

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Exercício 6 Equipamento: Multiexercitador.

Esse exercício melhora a resistência muscular dos braços, e

flexibilidade dos ombros.

Informações sobre o uso do aparelho:

Com as costas totalmente apoiada no encosto, empurre o

aparelho até o limite de seus braços, retorne o aparelho até a posição

inicial devagar. Realize 15 vezes movimentos, descanse por 1 minuto

e repita novamente mais 15 movimentos.

Posição 1 Posição 2 Posição 3

Realize os exercícios em uma condição que se sinta

confortável, não acelere os movimentos para não sentir desconforto

articular.

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Exercício 7

Equipamento: Multiexercitador.

Esse exercício fortalece membros superiores e inferiores.

Informações sobre o uso do aparelho:

Com as costas totalmente apoiadas no encosto, com os dois

pés juntos, levante o aparelho até os joelhos ficarem estendidos,

então retorne devagar o aparelho a posição inicial. Realize 15

movimentos, descanse por 1 minuto e repita novamente mais 15

movimentos.

Posição 1 Posição 2 Posição 3

Muito importante que seja realizado esse exercício em uma condição que se sinta confortável, não acelere os movimentos para não sentir desconforto articular.

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Exercício 8

Equipamento: Multiexercitador.

Esse exercício melhora a resistência muscular dos braços, e a

flexibilidade dos ombros.

Informações sobre o uso do aparelho:

Com as costas totalmente apoiadas no encosto, empurre para

cima o aparelho até o limite dos braços, retorne devagar o aparelho

até a posição inicial. Realize o movimento 15 vezes, descanse por 1

minuto e repita novamente mais 15 movimentos.

Posição 1 Posição 2 Posição 3

Não realize atividade física sentindo dores articulares,

ocorrendo isso durante o exercício, pare imediatamente. Execute as

atividades dentro do seu limite físico, não queira acompanhar o ritmo

de outra pessoa, o seu desempenho físico é único.

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Exercício 9

Equipamento: Multiexercitador.

Esse exercício melhora a força muscular de membros

inferiores, e a flexibilidade da articulação dos joelhos.

Informações sobre o uso do aparelho:

Com as costas totalmente apoiadas no encosto, com os dois

pés juntos, flexione os joelhos, retorne devagar o aparelho na

posição inicial. Realize 15 movimentos, descanse por 1 minuto e

repita novamente 15 movimentos.

Posição 1 Posição 2 Posição 3

Muito importante que o exercício seja realizado mantendo as

costas apoiadas no encosto, em uma condição que se sinta

confortável, não acelere os movimentos para não sentir desconforto

articular.

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Exercício 10

Equipamento: Rotação Vertical.

Esse exercício melhora a flexibilidade dos ombros.

Informações sobre o uso do aparelho:

Manter os pés a uma distância de 20 centímetros um do outro,

sem inclinar o corpo a frente, girar o aparelho para a esquerda e

depois para a direita. Repita esse movimento por 15 vezes, descanse

por 1 minuto e repita novamente.

Posição 1 Posição 2 Posição 3

No caso de sentir dor nos ombros, pare imediatamente a

atividade.

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Exercício 11

Equipamento: Simulador de Remo.

Esse exercício fortalece os músculos dos braços, das costas e ombros.

Informações sobre o uso do aparelho:

Estenda os braços, segurando no apoio do aparelho (Posição

1), puxe em direção ao seu corpo lentamente até que a coluna fique

ereta (Posição 3), fique com os pés apoiados como se estivesse

“remando”, retorne o aparelho até a posição inicial devagar. Repita

isso por 15 vezes, descanse por um minuto e repita novamente

Posição 1 Posição 2 Posição 3

Importante manter sempre a coluna em uma posição reta, não

curve a coluna enquanto estiver fazendo esse exercício, não acelere

os movimentos, realize de forma lenta todos as puxadas nesse

aparelho, e caso sentir dores articulares, pare a atividade

imediatamente.

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Exercício 12

Equipamento: Rotação Diagonal.

Esse exercício fortalece os braços e melhora a flexibilidade nas

articulações dos ombros.

Informações sobre o uso do aparelho:

Manter os pés a uma distância de 20 centímetros um do outro,

sem inclinar o corpo a frente, girar o aparelho para a esquerda e

depois para a direita. Repita esse movimento por 15 vezes, descanse

por 1 minuto e repita novamente.

Posição 1 Posição 2 Posição 3

Caso sentir dores na articulação do ombro enquanto estiver

realizando o exercício, pare imediatamente a atividade. Não acelere

os movimentos, a eficácia do exercício está na maneira correta de

executá-lo.

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Exercício 13

Equipamento: Pressão nas Pernas.

Esse exercício fortalece os músculos dos membros inferiores.

Informações sobre o uso do aparelho:

Com as costas totalmente apoiada no encosto, com os pés no

aparelho, empurre seu corpo usando as pernas. Realize os

moimentos devagar, por 15 vezes, descanse por 1 minuto e realize

novamente mais 15 vezes.

Posição 1 Posição 2 Posição 3

Execute de forma lenta, ao final de cada movimento evite

estender os joelhos de forma brusca.

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Dicas Saudáveis

A flexibilidade é um componente importante da aptidão física garantindo

maior amplitude nos movimentos corporais, promovendo melhorias na execução

de atividades cotidianas com efeitos benéficos na qualidade de vida. O exercício

de flexibilidade para os músculos do quadril, resulta em uma melhora significativa

na capacidade de caminhar, contribui também para a diminuição do risco de

quedas 1,2.

A prática regular de exercício físico apresenta efeitos benéficos na

prevenção e tratamento da hipertensão arterial, resistência à insulina, diabetes,

dislipidemia e obesidade. Com isso, tanto pessoas saudáveis quanto aquelas

que já apresentam alguma doença, desde que sejam liberadas por um médico,

devem participar de um programa de exercício físico. O baixo nível de atividade

física pode acelerar o processo natural de envelhecimento, tornando o

organismo mais propenso para o desenvolvimento de doenças e a aumentar as

dificuldades na realização das atividades básicas do dia a dia 3,4,5.

Estudos indicam para benefícios cognitivos em razão de um estilo de vida

saudável através da prática regular de atividade física, ou seja, o uso do

exercício físico como alternativa para melhorar a função cognitiva parece ser

uma estratégia de baixo custo e fácil aplicabilidade, que pode ser direcionado a

grande parte da população. A prática de exercício físico interfere no desempenho

das atividades diárias, como agachar, empurrar, levantar, subir e descer

escadas, vestir-se, carregar peso, entre outros 6,7.

Os exercícios realizados com pesos, promove aumento dos níveis de

força e a potência muscular, sendo importantes para a manutenção da

independência física e na redução de queda do indivíduo idoso. A prática do

exercício físico deve ser feita de modo cauteloso, planejado e associado aos

demais hábitos saudáveis de vida, como, por exemplo, uma dieta balanceada e

equilibrada que também pode retardar os declínios orgânicos ocorridos com o

envelhecimento 8,9.

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Pesquisas indicam que pessoas praticantes de exercícios físicos acabam

tendo gastos reduzidos com remédios para tratamento de doenças relacionadas

à baixos níveis de atividade física ou sedentarismo. O exercício físico é dado

como fator importante tanto na prevenção quanto no tratamento do idoso

acometido pela osteoporose 10,11.

O exercício físico pode auxiliar no tratamento da diabetes, uma vez que

proporciona melhor controle da glicose sanguínea, tanto de forma aguda como

crônica12.

A prática regular de exercício físico na terceira idade proporciona múltiplos

efeitos benéficos no perfil antropométrico, neuromuscular, metabólico e

psicológico, o que além de servir na prevenção e no tratamento das doenças

mais propensas nessa população (Hipertensão arterial, doenças coronária,

osteoporose, etc.) melhora significativamente a qualidade de vida do indivíduo e

sua independência13.

A Academia da Terceira Idade é uma forma de fácil acesso para a

realização de exercícios físicos, sendo que, o presente manual vem auxiliar para

melhor realizar os exercícios e otimizar os efeitos positivos induzidos pela prática

de exercício físico, como por exemplo, melhora da flexibilidade, força muscular,

aptidão cardiorrespiratória, além de auxiliar no controle e prevenção de diversas

doenças crônico degenerativas.

“Uma pessoa permanece jovem na medida em que ainda é

capaz de aprender, adquirir novos hábitos, e tolerar

contradições”.

Marie von Ebner-Eschenbach

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Referências do Manual

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4. BAZONI, J. A., MENDES, W. S., MOREIRA, M. D., MELO, J. J., MENESES-BARRIVIEIRA, C. L., TEIXEIRA, D. D. C., & MACHIORI, L. L. D. M. (2013). Queixa de vertigem e atividade física regular em idosos. Revista CEFAC, 15(6), 1447-1452.

5. TEIXEIRA, D.C., JÚNIOR, S.R.R.P., LIMA, D.F., GOMES, S.C., BRUNETTO, A.F. Efeitos de um programa de exercício físico para idosas sobre variáveis neuro-motoras, antropométrica e medo de cair. Rev. Bras. Educ. Fís. Esp. v. 21, p. 107-120, 2007.

6. ANTUNES, H.K.M, SANTOS, R.F, CASSILHAS, R, SANTOS R.V.T, BUENO O.F.A, MELLO, M.T. Exercício físico e função cognitiva: uma revisão. Ver Bras Med Esporte. 2006; 12(2): 108-114.

7. KUHNEN, A. P., OLIVEIRA, A.L., FERNEDA, F., SEBASTINI, I.C.G., INVENIZZI, L., MARQUES, P., CHAVES, R.B., RUBERT, V.A., SILVA, T.I., "Programa de atividade física para terceira idade do CDS/UFSC: o efeito do exercício físico na resistência muscular." Extensio: Revista Eletrônica de Extensão 1.1 (2004).

8. DIAS, R.M.R; GURJÃO, A.L.D.; MARUCCI, M.F.N. Benefícios do treinamento com pesos para aptidão física de idosos. Cep, v. 5588, p. 000, 2006.

9. ARAÚJO, V.S. Benefícios do exercício físico na terceira idade. 2015. http://bdm.unb.br/handle/10483/9581

10. MATSUDO. V.,MATSUDO, S, ANDRADE, D, ARAUJO, T, ANDRADE, E, DE OLIVEIRA L.C, BRAGGION, G. Impact of a multi level intervention program on physical activity level in a mega population. Medicine Science Sports Exercise, 2002.

11. SANTOS, M.L., BORGES, D.F. "Exercício físico no tratamento e prevenção de idosos com osteoporose: uma revisão sistemática." Fisioter em movimento 23.2 (2010): 289-299.

12. DIAS FILHO, C.A.A., DIAS, C.J.M., SILVA FILHO, A.C., SOARES JUNIOR, J.S., MOSTARDA, C.T. "Exercício físico e diabetes." RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício 10.57 (2016): 1-4.

13. MATSUDO, S. M., MATSUDO, V.K.R. "Prescrição e benefícios da atividade física na terceira idade." Rev. bras. ciênc. mov 6.4 (1992): 19-30.

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4. METODOLOGIA

4.1 Identificação das necessidades do desenvolvimento do manual

-1º Etapa o projeto para a criação do produto foi uma visita às cidades de

Ivaiporã e Jardim Alegre, sendo que foi realizado um acompanhamento junto aos

idosos que participam dos programas de atividades como caminhadas, bailes,

natação, e o uso dos aparelhos de ATI, houve uma reunião com os

coordenadores do projeto que evidencia programas voltados para os idosos,

deixando claro qual a proposta da observação e levantamento de dados que

seria colhido junto aos praticantes dos exercícios na academia ao ar livre/ATI.

Essa coleta de dados ocorreu através de observação de como realizavam

os movimentos nos aparelhos, as quantidades de repetições, sem a interferência

em nenhum momento nas atividades físicas realizadas pelos idosos.

Realizou-se um levantamento de artigos científicos, materiais

bibliográficos, livros e visita a uma empresa de renome nacional construtora

desses aparelhos (Ziober Brasil), com o intuito de levantar a história da empresa

pioneira nesse ramo de atividade para termos um aporte teórico necessário na

criação e produção do manual.

4.2 Edição e formatação do manual, com fotos dos aparelhos

1. Visita às academias ao ar livre para identificação dos equipamentos mais

comuns;

2. Fotografar os equipamentos;

3. Descrever como utilizar adequadamente cada equipamento, levando em

consideração o grupo muscular trabalhado, número de repetições, entre

outros;

4. Selecionar dicas para uma prática saudável segura;

5. Testar o manual em um grupo de idosos;

6. Ajustes no material;

7. Edição do material;

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8. Impressão do material;

9. Registro da propriedade intelectual em cartório;

10. Distribuição do manual para a população idosa.

11. Descrição da utilização adequada dos equipamentos em uma linguagem

favorável à população idosa.

12. Dicas de hábitos saudáveis

4.3 Elaboração do manual

Nesta etapa, foram investigados os aparelhos e elaborado um texto

explicativo de cada equipamento adequado para a população de idosos. Sendo

que, se investigou e relatou-se os tipos de aparelhos, sua funcionalidade, os

músculos trabalhados durante as atividades, a quantidade de repetições no uso

de cada aparelho durante a atividade com a linguagem técnica da forma em que

a empresa instala e fornece a informação aos usuários.

Em um segundo momento, elaborou-se o manual de orientações,

constando todas as informações necessárias para a prática de cada atividade

correspondente a cada aparelho, com fotos e uma linguagem acessível para a

população idosa, com dicas saudáveis a cada página.

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5. REFERÊNCIAS

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6. ARTIGO CIENTÍFICO

TITULO

ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO E ATIVIDADE FÍSICA COM A PREVALÊNCIA DE DOENÇAS E USO CONTÍNUO DE

MEDICAMENTOS EM IDOSOS

RESUMO

Introdução: Alterações orgânicas induzidas pelo processo de envelhecimento induzem ao surgimento de doenças crônico-degenerativas, isso é ainda maior dependendo do estilo de vida adotado, como por exemplo, a prática de atividade física e o tempo em comportamento sedentário. Neste sentido, tanto a atividade física quanto o comportamento sedentário vem sendo considerados importantes preditores de diversas morbidades em diferentes grupos etários. Contudo, não é clara a relação entre maior inatividade física e comportamento sedentário e uso contínuo de medicamentos em idosos brasileiros. Objetivo: Verificar a associação entre comportamento sedentário e atividade física e prevalência de doenças e o uso contínuo de medicamentos em indivíduos idosos. Métodos: Este estudo transversal foi realizado com indivíduos idosos residentes nos municípios de Ivaiporã e Jardim Alegre – PR. A amostra foi composta por participantes que fazem parte do Programa Saúde da Família. Entrevistas estruturadas foram conduzidas individualmente para a obtenção de informações demográficas, nível econômico, comportamentais (tempo sentado, hábitos alimentares e consumo de álcool) e de saúde (uso de atendimento hospitalar, doenças diagnosticadas e uso de medicamentos contínuos). Para fins de análise, os participantes foram divididos em três categorias de comportamento sedentário (0 a 2 h/d, 2 a 4 h/d e > 4 h/d) e duas categorias de atividade física (ativo e insuficientemente ativo), tendo como principais desfechos o uso contínuo de medicamentos e a prevalência de doenças. Resultados: Independente das co-variáveis, homens que relatam tempo > 2 h/d e > 4 h/d de CS apresentam maior prevalência de ≥ 2 doenças (2 h/d: RP [95%] = 1,51 [1,02 – 2,25]; 4 h/d: RP [95%] = 1,90 [1,29 – 2,82]), enquanto o baixo nível de atividade física apresenta risco para o uso contínuo de ≥ 2 medicamentos (RP [95%] = 1,95 [1,04 – 3,70]). Ao passo que para as mulheres, o comportamento sedentário superior a 4h/d apresenta maior risco para uso contínuo de ≥ 2 medicamentos (RP [95%] = 1,43 [1,07 – 1,92]). Conclusão: Conclui-se que o comportamento sedentário representa um fator de risco independente para a prevalência de doenças e uso contínuo de medicamentos em homens e mulheres, respectivamente, enquanto baixos níveis de atividade física apresenta ser um fator de risco para o uso contínuo de medicamentos em homens. Palavras chave: Alterações Orgânicas - Envelhecimento – Fator de Risco – Estilo de Vida.

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TITLE

ASSOCIATION BETWEEN SEDENTARY BEHAVIOR AND PHYSICAL ACTIVITY WITH THE PREVALENCE OF DISEASES AND CONTINUOUS USE

OF MEDICATIONS IN THE ELDERLY ABSTRACT Introduction: Organic changes induced by the aging process induce the development of chronic degenerative diseases, which is even greater depending on the lifestyle adopted, such as the practice of physical activity and the time in sedentary behavior. In this sense, both physical activity and sedentary behavior have been considered important predictors of various morbidities in different age groups. However, it is not clear the relationship between greater physical inactivity and sedentary behavior and continuous use of drugs in Brazilian elderly. Objective: To verify the association between sedentary behavior and physical activity and prevalence of diseases and the continuous use of medications in elderly individuals. Methods: This cross - sectional study was carried out with elderly individuals living in the municipalities of Ivaiporã and Jardim Alegre - PR. The sample consisted of participants who are part of the Family Health Program. Structured interviews were conducted individually to obtain demographic information, economic level, behavioral (sitting time, eating habits and alcohol consumption) and health (use of hospital care, diagnosed diseases and use of continuous medications). For the purposes of analysis, participants were divided into three categories of sedentary behavior (0 to 2 h / d, 2 to 4 h /> 4 h / d) and two categories of physical activity (active and insufficiently active). Main endpoints, the continued use of drugs and the prevalence of diseases. Results: Regardless of the covariates, men who reported time> 2 h / of> 4 h / d of CS had a higher prevalence of ≥ 2 diseases (2 h / d: PR [95%] = 1.51 [1.02 - 2.25], 4 h / d: PR [95%] = 1.90 [1.29 - 2.82]), while the low level of physical activity presents a risk for the continuous use of ≥ 2 drugs [95%] = 1.95 [1.04 - 3.70]). While for women sedentary behavior greater than 4h / d presents a greater risk for the continuous use of ≥ 2 medications (PR [95%] = 1.43 [1.07 - 1.92]). Conclusion: It is concluded that sedentary behavior represents an independent risk factor for the prevalence of diseases and continuous use of drugs in men and women, respectively, while low levels of physical activity presents a risk factor for the continuous use of medications In men. Keywords: Organic Changes - Aging - Risk Factor – Lifestyle.

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6.1 Introdução

O aumento da população idosa é um fenômeno observado tanto em

países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, fato que ocorre, sobretudo,

devido ao aumento da expectativa de vida. Estima-se que no Brasil a população

com idade igual ou superior a 60 anos passará de menos de 20 milhões para,

aproximadamente, 65 milhões, de 2010 a 2050 (1). Paralelamente a este

processo de transição demográfica, importantes modificações no perfil

epidemiológico, tanto da morbidade como mortalidade, devem ocorrer na

população idosa.

Assim, o envelhecimento populacional tem sido um dos principais temas

de discussão entre pesquisadores e profissionais das áreas de saúde, na

perspectiva do aumento da longevidade, da melhoria das condições de saúde e

de qualidade de vida do idoso. Para tanto, é necessário o estabelecimento de

estratégias que favoreçam a autonomia, proporcione melhoria da autoestima e

reduzam, sobremaneira, o desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas.

Vale destacar que os gastos com hospitalização, internação e medicamentos

tende a ser muito maiores em pessoas idosas (2), refletindo em aumento

substancial nos gastos dos sistemas públicos de saúde (3).

O processo natural de envelhecimento está associado a uma série de

disfunções funcionais, metabólicas e morfológicas que afetam diretamente a

atividade física diária (1), contribuindo, assim, para os idosos serem menos ativos

em comparação a indivíduos mais jovens (1, 2). Baixos níveis de atividade física

estão associados ao maior risco para o desenvolvimento de desfechos negativos

a saúde como, por exemplo, doenças cardiovasculares, acidente vascular

cerebral, diabetes do tipo 2, obesidade, e alguns tipos de câncer, entre outros (1,

3, 4).

Para além da atividade física, o comportamento sedentário (CS) –

comportamento que compreende atividades sentadas com dispêndio energético

inferior a 1,5 METS – vem sendo considerado um importante, e independente

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preditor de diversas morbidades em diferentes grupos etários, no qual estudos

epidemiológicos sugerem que existe uma relação entre o tempo despendido em

CS e a incidência de diabetes do tipo 2 (5), de doenças cardiovasculares (6), de

alguns tipos de câncer (7, 8), síndrome metabólica (9) e redução do desempenho

cognitivo (10). Em média, uma pessoa adulta passa de 50-60% do seu dia em

atividades tipicamente sedentárias (11). Especialmente em idosos, os valores de

CS são superiores quando comparados aos mais jovens, passando em torno de

71% do seu tempo acordado em CS (12). Diante do contexto exposto,

hipoteticamente, indivíduos idosos, sedentários e inativos estão em maior risco

para o surgimento de doenças e uso de medicamentos.

O objetivo deste estudo foi verificar através de auto relato, a associação

entre o CS e atividade física com a prevalência de doenças e o uso de

medicamentos em indivíduos idosos.

6.2. Metodologia

6.2.1 Seleção dos sujeitos

Este é um estudo transversal realizado com indivíduos idosos (idade

≥ 60 anos) de ambos os sexos residentes nos municípios de Ivaiporã e Jardim

Alegre, Estado do Paraná, Região Sul do Brasil. A seleção da amostra foi não

probabilística, no qual foi composta por participantes que fazem parte do

Programa Saúde da Família. Para fins de análise, os participantes foram

divididos em três categorias de CS (0 a 2 h/d, 2 a 4 h/d e > 4 h/d) e duas

categorias de atividade física (ativo e insuficientemente ativo) de acordo com

as recomendações do Colégio Americano de Medicina do Esporte (3).

6.2.2 Procedimentos

A coleta de dados foi realizada por uma equipe de enfermagem e agentes

de saúde devidamente treinados. Entrevistas estruturadas foram conduzidas

individualmente para a obtenção de informações demográficas, nível econômico,

comportamentais (tempo sentado, hábitos alimentares e consumo de álcool) e de

saúde (uso de atendimento hospitalar, doenças diagnosticadas e uso de

medicamentos contínuos). O questionário internacional de atividade física (IPAQ)

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versão curta foi utilizado para estimar o tempo gasto em atividade física de

intensidade leve, moderada e vigorosa. Além disso, foram realizadas medidas

padronizadas de massa corporal e estatura. A massa corporal foi mensurada

mediante a utilização de uma balança de leitura digital Perfect Fitness – 662 da

Geratherm – Medical Diagnostic Sistems, Capacidade de 150 Kg, com escala de

0,1 kg, ao passo que a estatura foi determinada por meio de um Estadiômetro

Personal Caprice Sanny (ES 2060), com escala de 0,1 cm. A partir dessas

medidas, foi calculado o índice de massa corporal, por meio da razão entre a

massa corporal e o quadrado da estatura, sendo a massa corporal expressa em

quilogramas (kg) e a estatura em metros (m). E, após receberem informações

sobre a finalidade e os procedimentos do estudo, os participantes selecionados

assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

6.2.3 Análise estatística

Os dados foram descritos em frequências absolutas e relativas de acordo

com o sexo. O teste do Qui-Quadrado (variáveis nominais) e tendência linear

(variáveis ordinais) foram utilizados para verificar as associações brutas entre as

variáveis independentes e dependentes. A regressão de Poisson com análise

robusta de variância foi utilizada para as análises ajustadas. Dois modelos de

regressão para cada desfecho (doenças reportadas e uso de medicamentos) e

sexo.

O modelo 1 foi ajustado pelas variáveis que apresentaram p < 0,20 na

análise bruta e foram significantes (p < 0,05) no modelo final para homens

(doenças = estado civil, alimentação e tabaco; medicamentos = idade e álcool)

e mulheres (doenças = idade, IMC e alimentação; medicamentos = NSE e IMC).

Ao passo que para o modelo 2, as variáveis independentes principais (CS e

atividade física) sendo inseridas simultaneamente no modelo 1. Todas análises

foram realizadas no programa estatístico IBM SPSS Statistics V21.0

6.3 Resultados

As características gerais dos participantes (total e estratificadas por

sexo) estão apresentadas na Tabela 1. A maioria dos participantes estavam no

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grupo etário de 60 a 69 anos, eram casados, cor da pele branca e de baixo nível

econômico. Seis em cada 10 apresentavam excesso de peso. Ainda, grande

parte dos participantes relataram comportamentos inadequados. As principais

diferenças entre homens e mulheres foram observadas no consumo de álcool

e tabaco (maiores prevalências nos homens). Enquanto caracterização dos

desfechos, oito em cada 10 apresentaram ao menos uma doença e 9 em cada

10 faziam uso de ao menos um medicamento.

A Tabela 2 apresenta a prevalência de doenças e o uso de

medicamentos de acordo com as variáveis independentes em homens e

mulheres. As principais variáveis associadas aos desfechos (p < 0,05) foram:

idade, nível econômico, estado nutricional (mulheres), consumo de tabaco, CS

e menor prática de atividade física.

A Tabela 3 apresenta as associações ajustadas entre as exposições

principais (CS e atividade física) e os desfechos (doenças reportadas e uso

contínuo de medicamentos) de acordo com o sexo. Nos homens, ambos os

comportamentos estiveram associados a presença de ≥ 2 doenças e uso de ≥

2 medicamentos quando controladas as co-variáveis (modelo 1). Contudo,

resultados diferentes foram observados quando ambas foram inseridas

simultaneamente no modelo de regressão (modelo 2).

Enquanto o CS eliminou o efeito da atividade física no primeiro (doenças), a

atividade física foi a principal preditora do uso de ≥ 2 medicamentos, eliminando

o efeito do CS. Já para as mulheres, a atividade física não esteve associada aos

desfechos em ambos os modelos. Por outro lado, as mulheres que dispendiam

mais de 4h\d em CS apresentaram 43% maior probabilidade de fazerem uso de

≥ 2 medicamentos, independente das demais variáveis.

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Tabela 1. Descrição da amostra.

Homens (n= 373)

Mulheres (n= 447) Total (n = 820

n % n % n %

Idade

60 - 69 anos 185 49,6 266 59,6 451 55,0

70 - 79 anos 133 35,7 128 28,6 261 31,8

80 - 90 anos 55 14,7 53 11,9 108 13,2

Situação conjugal

Solteiro/divorciado 56 15,0 70 15,7 126 15,4

Casado 249 66,8 250 55,9 499 60,9

Viúvo 68 18,2 127 28,4 195 23,8

Cor de pele

Branco 217 58,2 311 69,6 528 64,4

Negro 28 7,5 36 8,1 64 7,8

Parda/morena 128 34,3 100 22,4 228 27,8

Nível econômico

A2, B1, B2 40 10,7 53 11,9 93 11,3

C1 124 33,2 119 26,6 243 29,6

C2 113 30,3 150 33,6 263 32,1

D, E 96 25,7 125 28,0 221 27,0

Estado nutricional

Eutrófico 141 37,8 172 38,6 313 38,2

Sobrepeso 178 47,7 181 40,6 359 43,8

Obesidade 54 14,5 93 20,9 147 17,9

Consumo de álcool

Sim 176 47,2 26 5,8 202 24,6

Não 197 52,8 421 94,2 618 75,4

Tabaco

Sim 89 23,9 27 6,0 116 14,1

Ex - fumante 128 34,3 72 16,1 200 24,4

Nunca fumou 156 41,8 348 77,9 504 61,5

Hábitos alimentares

Adequado 129 34,6 178 39,8 307 37,4

Inadequado 244 65,4 269 60,2 513 62,6

Comportamento sedentário

0 - 2h 72 19,3 85 19,0 157 19,1

2h - 4h 157 42,1 179 40,0 336 41,0

> 4h 144 38,6 183 40,9 327 39,9

Atividade física

Insuficientemente ativo 346 92,8 421 94,2 767 93,5

Suficientemente ativo 27 7,2 26 5,8 53 6,5

Relato de doenças

0 73 19,7 94 21,1 167 20,5

1 125 33,7 165 37,1 290 35,5

2 79 21,3 92 20,7 171 21,0

3 ou mais 94 25,3 94 21,1 188 23,0

Relato de uso de medicamentos

0 43 11,5 46 10,3 89 10,9

1 143 38,3 165 37,0 308 37,6

2 90 24,1 122 27,4 212 25,9

3 57 15,3 67 15,0 124 15,1

4 ou mais 40 10,7 46 10,3 86 10,5

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Tabela 2. Prevalência (%)de doenças e uso de medicamentos (2 ou mais) de acordo com as variáveis independentes em homens (n= 373) e mulheres (n= 447).

≥ 2 doenças reportadas Uso ≥ 2 medicamentos

Homens Mulheres Homens Mulheres

Idade 60 - 69 anos 40,2 35,5 44,3 45,3 70 - 79 anos 50,4 48,8 59,4 60,2 80 - 90 anos 59,3 56,6 47,3 71,1 p 0,007 0,001 0,189 < 0,001 Situação conjugal Solteiro/divorciado 37,5 39,1 42,9 44,3 Casado 44,9 41,2 50,2 52,0 Viúvo 60,3 44,4 55,9 58,7 p 0,009 0,444 0,151 0,050 Cor de pele Branco 46,3 42,6 49,3 50,5 Negro 39,3 40,0 46,4 52,8 Parda/morena 48,8 40,0 52,3 59,6 p 0,696 0,628 0,608 0,119 Nível econômico A2, B1, B2 27,5 24,5 25,0 37,7 C1 49,6 41,5 51,6 51,7 C2 43,8 43,6 49,6 50,0 D, E 54,2 47,2 59,4 63,3 p 0,043 0,014 0,004 0,004 Estado nutricional Eutrófico 47,1 34,5 48,9 48,3 Sobrepeso 42,9 41,4 47,8 48,9 Obesidade 57,4 55,4 61,1 67,7 p 0,439 0,001 0,250 0,007 Consumo de álcool Sim 51,4 34,6 55,7 38,5 Não 42,3 42,2 45,2 53,6 p 0,080 0,444 0,043 0,134 Tabaco Sim 59,1 25,9 58,4 33,3 Ex - fumante 47,2 44,4 50,0 50,7 Nunca fumou 39,1 42,5 45,5 54,6 p 0,003 0,261 0,056 0,048 Hábitos alimentares Adequado 39,8 36,7 44,2 52,2 Inadequado 50,2 45,1 53,3 53,0 p 0,057 0,078 0,095 0,879 Comportamento sedentário 0 - 2h 27,8 30,6 41,7 40,0 2h - 4h 45,9 39,0 48,4 50,3 > 4h 57,0 49,7 56,3 61,0 p <0,001 0,002 0,036 0,001 Atividade física Insuficientemente ativo 48,5 43,2 52,0 54,4 Suficientemente ativo 22,2 19,2 25,9 24,0 p 0,008 0,016 0,009 0,003

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Tabela 3. Associações ajustadas entre comportamento sedentário e atividade física com os desfechos (doenças reportadas e uso de medicamentos).

≥ 2 doenças reportadas Uso ≥ 2 medicamentos

Modelo 1 Modelo 2 Modelo 1 Modelo 2

Homens

Comportamento sedentário

0 - 2h 1 1 1 1

> 2h - 4h 1,55 (1,04 - 2,29) 1,51 (1,02 - 2,25) 1,08 (0,77 - 1,49) 1,12 (0,82 - 1,53)

> 4h 2,03 (1,38 - 2,98) 1,90 (1,29 - 2,82) 1,34 (1,08 - 1,66) 1,25 (0,92 - 1,70)

Atividade física

Sim 1 1 1 1

Não 2,09 (1,04 - 4,20) 1,84 (0,93 - 3,66) 1,98 (1,05 - 3,75) 1,95 (1,04 - 3,70)

Mulheres

Comportamento sedentário

0 - 2h 1 1 1 1

> 2h - 4h 1,16 (0,79 - 1,69) 1,14 (0,79 - 1,67) 1,23 (0,91 - 166) 1,20 (0,89 - 1,62)

> 4h 1,44 (1,00 - 2,08) 1,41 (0,98 - 2,03) 1,47 (1,10 - 1,97) 1,43 (1,07 - 1,92)

Atividade física

Sim 1 1 1 1

Não 1,95 (0,87 - 4,38) 1,89 (0,85 - 4,19) 1,97 (0,98 - 3,96) 1,87 (0,94 - 3,73)

Nota. Valores expressos em razão de prevalência (intervalo de confiança 95%). Modelo 1 = ajustado pelas variáveis com p< 0,20 na análise bruta e com p< 0,05 no modelo final. Modelo 2 = modelo 1 + inclusão simultânea do comportamento sedentário e da atividade física.

6.4 Discussão

O principal achado do presente estudo foi que o CS está

independentemente associado a prevalência de doenças e uso contínuo de

medicamentos em homens e mulheres, respectivamente.

O risco para a prevalência de doenças e uso contínuo de medicamentos

associados ao CS pode estar relacionado aos estímulos morbidogenicos

relacionados ao CS. As células estão constantemente a detectar o seu ambiente

metabólico, deste modo a ausência do funcionamento orgânico para produzir

trabalho e despender energia na constante necessidade para lidar com a força

da gravidade nas mais diversas condições é contranatural para o organismo.

Muitos dos comportamentos que requerem uma reduzida reação à força

da gravidade promovem mecanismos fisiológicos específicos associados à

degeneração precoce orgânica e consequente diminuição da saúde, da

independência funcional e da qualidade de vida. Logo indivíduos com maior CS

estão diretamente expostos a estímulos morbidogenicos.

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O tempo despendido em CS, além de exercer um efeito deletério nos

tecidos já mencionados, reduz a aptidão cardiorrespiratória (13). Ainda, idosos

que estão engajados em uma maior exposição a atividade física e exercício tem

um aumento da massa muscular e força (14). Estas alterações podem trazer

importantes consequências para o risco de doenças e consequentemente uso

contínuo de medicamentos. A literatura indica que a adoção de um estilo de

vida sedentário possui estreita correlação deletéria sobre fatores de risco para

doenças cardiovasculares como obesidade, dislipidemia, diabetes mellitus tipo

2, circunferência de cintura (15, 16) e síndrome metabólica (17).

O presente estudo indica uma resposta doseada do CS para o risco de

≥ 2 doenças reportadas nos homens. Tais resultados estão de acordo com

estudos epidemiológicos recentes sugerem que, tanto em adultos quanto em

idosos, existe uma relação dose resposta entre o tempo despendido em CS e

a incidência da diabetes mellitus tipo 2(5), de doenças cardiovasculares (6) e,

ainda, o aumento da mortalidade por qualquer causa (18).

Indivíduos que despendem mais de 2 h/dia assistindo televisão, possuem

um risco acrescido de 20% para desenvolver diabetes tipo 2 e 15% para as

doenças cardiovasculares, independentemente do tempo despendido em

atividade física de intensidade moderada a vigorosa (5). Mathews et al. (18)

documentaram aumento de 47% no risco de mortalidade por qualquer causa e

o dobro do risco para a mortalidade por doenças cardiovasculares, em pessoas

que despendem mais de 7 h/dia assistindo televisão, valores esses ajustados

para a atividade física de intensidade moderada a vigorosa.

Os achados do presente estudo reforçam que o CS e atividade física são

fatores independentes para desfechos negativos a saúde. As recomendações

internacionais (3, 19) (1) sugerem a prática de pelo menos 30 min de atividade

física de intensidade moderada em cinco dias da semana ou, ainda, 20 min de

atividade física de intensidade vigorosa em três dias da semana. Contudo,

ainda não parece claro o que uma pessoa que dorme, em média, oito horas por

dia, deveria fazer no restante do dia, ou seja, nas restantes 15,5 horas do dia

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(20), período durante o qual não se realiza exercício. Todavia, embora o CS

exerça impacto negativo sobre indicadores de saúde, ainda não se tem uma

recomendação para quebra de CS (21).

Os resultados observados indicam diferenças entre os sexos para o risco

do CS e atividade física. Tais diferenças já são reportadas na literatura. Por

exemplo, Bann et al. (14) reportaram que o CS tem maior impacto para redução

de força muscular nos homens, porém o CS não influencia a força muscular de

mulheres.

O estudo de Brown et al (22), embora indique uma associação inversa entre

atividade física e a mortalidade por todas as causas em homens e mulheres

idosos, os autores observaram uma diminuição de risco de 30-50% maior nas

mulheres do que nos homens, para qualquer prática de atividade física,

independente da intensidade. Embora, a associação da atividade física para e

qualidade de vida (23) e mortalidade (24) em mulheres já tenha sido reportada na

literatura. Os resultados do presente estudo indicaram que os níveis de

atividade física não estão relacionados ao maior risco para doenças e uso

contínuo de medicamentos nas mulheres.

6.5 Conclusão

Conclui-se que o CS representa um fator de risco independente para a

prevalência de doenças e uso contínuo de medicamentos em homens e

mulheres, respectivamente, enquanto a baixo nível de atividade física apresenta

ser um fator de risco para o uso contínuo de medicamentos em homens. Espera-

se que os achados reportados possam colaborar com profissionais da saúde e

gestores na implementação de políticas públicas que atendam às necessidades

dos idosos, no planejamento de ações voltadas para promoção da saúde.

Criando subsídios teóricos práticos para a intervenção preventiva e manutenção

das funções físicas mantendo o idoso independente e ativo. Os resultados do

presente estudo também sugerem que a redução do CS pode representar uma

alteração paradigmática aos modelos vigentes, associados às recomendações

e orientações para além da atividade física

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7. Referências do Artigo Científico

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2. DiPietro L, Williamson DF, Caspersen CJ, Eaker E. The descriptive epidemiology of

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American College of Sports Medicine position stand. Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing exercise. Med Sci Sports Exerc. 2011;43(7):1334-59.

4. Kruk J, Czerniak U. Physical activity and its relation to cancer risk: updating the

evidence. Asian Pac J Cancer Prev. 2013;14(7):3993-4003. 5. Ford ES, Schulze MB, Kroger J, Pischon T, Bergmann MM, Boeing H. Television

watching and incident diabetes: Findings from the European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition-Potsdam Study. J Diabetes. 2010;2(1):23-7.

6. Grontved A, Hu FB. Television viewing and risk of type 2 diabetes, cardiovascular

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Accelerometer-based measures of active and sedentary behavior in relation to breast cancer risk. Breast Cancer Res Treat. 2012;134(3):1279-90.

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10. Kesse-Guyot E, Charreire H, Andreeva VA, Touvier M, Hercberg S, Galan P, et al.

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11. Healy GN, Matthews CE, Dunstan DW, Winkler EA, Owen N. Sedentary time and

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12. Baptista F, Santos DA, Silva AM, Mota J, Santos R, Vale S, et al. Prevalence of the

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13. Eriksen L, Gronbaek M, Helge JW, Tolstrup JS. Cardiorespiratory fitness in 16 025 adults aged 18-91 years and associations with physical activity and sitting time. Scand J Med Sci Sports. 2015.

14. Bann D, Hire D, Manini T, Cooper R, Botoseneanu A, McDermott MM, et al. Light

Intensity physical activity and sedentary behavior in relation to body mass index and grip strength in older adults: cross-sectional findings from the Lifestyle Interventions and Independence for Elders (LIFE) study. PLoS One. 2015;10(2):e0116058.

15. Shiyovich A, Shlyakhover V, Katz A. [Sitting and cardiovascular morbidity and

mortality]. Harefuah. 2013;152(1):43-8, 58, 7. 16. Shuval K, Finley CE, Barlow CE, Gabriel KP, Leonard D, Kohl HW, 3rd. Sedentary

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17. Greer AE, Sui X, Maslow AL, Greer BK, Blair SN. The effects of sedentary behavior

on metabolic syndrome independent of physical activity and cardiorespiratory fitness. J Phys Act Health. 2015;12(1):68-73.

18. Matthews CE, George SM, Moore SC, Bowles HR, Blair A, Park Y, et al. Amount of

time spent in sedentary behaviors and cause-specific mortality in US adults. Am J Clin Nutr. 2012;95(2):437-45.

19. Haskell WL, Lee IM, Pate RR, Powell KE, Blair SN, Franklin BA, et al. Physical activity

and public health: updated recommendation for adults from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Med Sci Sports Exerc. 2007;39(8):1423-34.

20. Hamilton MT, Hamilton DG, Zderic TW. Role of low energy expenditure and sitting in

obesity, metabolic syndrome, type 2 diabetes, and cardiovascular disease. Diabetes. 2007;56(11):2655-67.

21. Bouchard C, Blair SN, Katzmarzyk PT. Less Sitting, More Physical Activity, or Higher

Fitness? Mayo Clin Proc. 2015;90(11):1533-40. 22. Brown WJ, McLaughlin D, Leung J, McCaul KA, Flicker L, Almeida OP, et al. Physical

activity and all-cause mortality in older women and men. Br J Sports Med. 2012;46(9):664-8.

23. Heesch KC, van Uffelen JG, van Gellecum YR, Brown WJ. Dose-response

relationships between physical activity, walking and health-related quality of life in mid-age and older women. J Epidemiol Community Health. 2012;66(8):670-7.

24. Moholdt T, Wisloff U, Nilsen TI, Slordahl SA. Physical activity and mortality in men

and women with coronary heart disease: a prospective population-based cohort study in Norway (the HUNT study). Eur J Cardiovasc Prev Rehabil. 2008;15(6):639-45.

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Anexos A Secretaria de Saúde está realizando estudo na tentativa de identificar a associação entre

indicadores do estilo de vida e estado de saúde de sua população adulta. Assim, faz-se necessário

reunir informações mediante o preenchimento do questionário em anexo para que, se necessário,

estratégias de intervenção possam ser sugeridas e implementadas.

Nome: _______________________________________________(Preenchimento opcional)

Idade:_________ Sexo: Masculino ( ) Feminino ( )

Sessão 1. Informações Sócio-demográficas.

1. Estado civil: ( ) Solteiro ( ) Casado/convivente ( ) Viúvo ( ) Separado/divorciado 2. Cor de pele: ( ) Branca ( ) Negra ( ) Parda ou morena 3. Como classifica o estado de saúde: ( ) Excelente ( ) Muito boa ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim

4. Peso e altura (valores aproximados):

______ kg _______ m

5. Uso de fumo: ( ) Nunca fumou ( ) Parou de fumar < 2 anos ( ) Parou de fumar > de 2 anos ( ) Fuma < 10 cigarros/dia ( ) Fuma 10-20 cigarros/dia ( ) Fuma > 20 cigarros/dia 6. Uso de bebidas alcoólicas em uma semana NORMAL (1 dose = 1/2 garrafa de cerveja, ou 1 copo de vinho, ou 1 dose de uísque/ conhaque/cachaça): ( ) Não bebe ( ) Bebe de 1 a 6 doses/semana ( ) Bebe de 7 a 13 doses/semana ( ) Bebe > 13 doses/semana

Sessão 2. Informações Econômicas I. Grau de instrução:

( ) Analfabeto/ Primário incompleto ( ) Primário completo/ Ginasial incompleto ( ) Ginasial completo/ Colegial incompleto ( ) Colegial completo/ Superior incompleto ( ) Superior completo ( ) Não sei

II. Quantidade de itens domésticos que possui na casa que reside com a família:

Não Tem

Tem

1 2 3 ≥ 4

1. Televisão em cores

2. Rádio

3. Banheiro

4. Automóvel

5. Empregada(o) mensalista

6. Máquina de lavar

7. Vídeo cassete ou DVD

8. Geladeira

9. Freezer (independente ou parte da geladeira)

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Sessão 3. Atividade Física e Comportamento Sedentário

Estas questões são em relação à atividade física que são realizadas unicamente por recreação, esporte, exercício físico ou lazer. NÃO incluir atividades que são realizadas no trabalho, como meio de transporte ou em tarefas domésticas.

1. Em quantos dias de uma semana caminha, por pelo menos 10 minutos contínuos, no tempo livre: ( ) Nenhum dia ( ) 1 dia/semana ( ) 2 dias/semana ( ) 3 dias/semana ( ) 4 dias/semana ( ) 5 dias/semana ( ) 6 dias/semana ( ) 7 dias/semana

2. Nos dias em que caminha no tempo livre, quanto tempo no total é gasto por dia: ( ) Não caminha no tempo livre _______ horas _______ minutos

3. Em quantos dias de uma semana são realizadas atividades vigorosas no tempo livre, por pelo menos 10 minutos, como correr, fazer aeróbicos, nadar rápido, pedalar rápido ou fazer jogging: ( ) Nenhum dia ( ) 1 dia/semana ( ) 2 dias/semana ( ) 3 dias/semana ( ) 4 dias/semana ( ) 5 dias/semana ( ) 6 dias/semana ( ) 7 dias/semana

4. Nos dias em que são realizadas estas atividades vigorosas, quanto tempo no total é gasto por dia: ( ) Não realiza atividades vigorosas no tempo livre _______ horas _______ minutos

5. Em quantos dias de uma semana são realizadas atividades moderadas no tempo livre, por pelo menos 10 minutos, como pedalar ou nadar em velocidade regular, jogar bola, vôlei, basquete, tênis: ( ) Nenhum dia ( ) 1 dia/semana ( ) 2 dias/semana ( ) 3 dias/semana ( ) 4 dias/semana ( ) 5 dias/semana ( ) 6 dias/semana ( ) 7 dias/semana

6. Nos dias em que são realizadas estas atividades moderadas, quanto tempo no total é gasto por dia: ( ) Não realiza atividades moderadas no tempo livre _______ horas _______ minutos

As duas próximas questões referem-se ao tempo que se permanece sentado durante o dia no trabalho, em casa e durante o tempo livre. Isto inclui o tempo sentado trabalhando, estudando, descansando, conversando ou visitando parentes e amigos, lendo, assistindo TV, dirigindo, se transportando em veículos motorizados, etc.

1. Quanto tempo no total é gasto sentado durante um dia de semana: _______ horas _______ minutos

2. Quanto tempo no total é gasto sentado durante um dia de final de semana: _______ horas _______ minutos

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Sessão 4. Hábito Alimentar

1. Em quantos dias da semana costuma tomar suco de frutas natural (Não considerar sucos aromatizados, bebidas energéticas ou sucos industrializados): ( ) 1 a 2 dias por semana ( ) 3 a 4 dias por semana ( ) 5 a 6 dias por semana ( ) Todos os dias ( ) Quase nunca ( ) Nunca

2. Em um dia NORMAL, quantos copos toma de suco de frutas natural: ( ) Quase nunca ou nunca toma suco de frutas natural ( ) 1 copo ( ) 2 copos ( ) ≥ 3 copos

3. Em quantos dias da semana costuma tomar refrigerante ou sucos artificial/aromatizados/ industrializados: ( ) 1 a 2 dias por semana ( ) 3 a 4 dias por semana ( ) 5 a 6 dias por semana ( ) Todos os dias ( ) Quase nunca ( ) Nunca

4. Em um dia NORMAL, quantos copos/latinhas toma de sucos artificial/aromatizados/ industrializados: ( ) Quase nunca ou nunca toma sucos artificial/ aromatizados/industrializados ( ) 1 copo/latinha ( ) 2 copos/latinhas ( ) 3 copos/latinhas ( ) 4 copos/latinhas ( ) ≥ 5 copos/latinhas

5. Em quantos dias da semana costuma comer pelo menos um tipo de verdura ou legume: ( ) 1 a 2 dias por semana ( ) 3 a 4 dias por semana ( ) 5 a 6 dias por semana ( ) Todos os dias ( ) Quase nunca ( ) Nunca

6. Em um dia NORMAL, come verdura ou legume: ( ) Quase nunca ou nunca come verdura ou legume ( ) No almoço (1 vez no dia) ( ) No jantar (1 vez no dia), ou ( ) No almoço e no jantar (2 vezes no dia)

7. Em quantos dias da semana costuma comer salgados fritos (rissoles, coxinha, quibe, etc.): ( ) 1 a 2 dias por semana ( ) 3 a 4 dias por semana ( ) 5 a 6 dias por semana ( ) Todos os dias ( ) Quase nunca ( ) Nunca

8. Em um dia NORMAL, quantas unidades come de salgados fritos: ( ) Não come salgados fritos ( ) 1 a 2 unidades ( ) 3 a 4 unidades ( ) ≥ 5 unidades

9. Em quantos dias da semana costuma comer hambúrguer, cachorro quente, linguiça ou outros tipos de embutidos: ( ) 1 a 2 dias por semana ( ) 3 a 4 dias por semana ( ) 5 a 6 dias por semana ( ) Todos os dias ( ) Quase nunca ( ) Nunca

10. Em um dia NORMAL, quantas unidades come de hambúrguer, cachorro quente, linguiça ou outros tipos de embutidos: ( ) Não come hambúrguer, cachorro quente, linguiça Ou outros tipos de embutidos ( ) 1 a 2 unidades ( ) 3 a 4 unidades ( ) ≥ 5 unidades

11. Em quantos dias da semana costuma comer bolo, torta, biscoitos, doces ou similares: ( ) 1 a 2 dias por semana ( ) 3 a 4 dias por semana ( ) 5 a 6 dias por semana ( ) Todos os dias ( ) Quase nunca ( ) Nunca

12. Em um dia NORMAL, quantas porções come de bolo, torta, biscoitos, doces ou similares: ( ) Não come bolo, torta, biscoitos, doces ou similares ( ) 1 a 2 unidades ( ) 3 a 4 unidades ( ) ≥ 5 unidades

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Sessão 5. Uso de Serviços Hospitalar

1. Doença diagnosticada (Se for o caso, assinale mais de uma especialidade): ( ) Doenças infecciosas e parasitárias ( ) Neoplasias ( ) Doenças do sangue e dos órgãos hematopoiéticos e transtornos imunitários ( ) Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas ( ) Transtornos mentais e de comportamento ( ) Doenças do sistema nervoso ( ) Doenças dos olhos e anexos ( ) Doença do ouvido e da apófise mastoide ( ) Doenças do aparelho circulatório ( ) Doenças do sistema respiratório ( ) Doenças do sistema digestivo ( ) Doenças da pele e tecido subcutâneo ( ) Doença do sistema osteomuscular e tecido conjuntivo ( ) Doenças do aparelho geniturinário ( ) Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas ( ) Lesões, envenenamento e outras consequências de causas externas 2. Uso continuo de medicamento (Se for o caso, assinale mais de uma especialidade): ( ) Anti-hipertensivo ( ) Sedativo/ansiolítico ( ) Anti-inflamatórios ( ) Anticonvulsivantes ( ) Antidepressivos ( ) Insulina ( ) Anti-hiperglicemiante oral ( ) Analgésico ( ) Indutor do Sono