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Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Programa de Salvamento da Flora
UHE TIBAGI MONTANTE
Supressão e Enchimento do Reservatório
TIBAGI
Setembro de 2019
i Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Sumário
Sumário .......................................................................................................................................... i
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1
2 OBJETIVOS ............................................................................................................................. 2
3 METODOLOGIA ...................................................................................................................... 2
3.1 Resgate de Sementes .................................................................................................... 3
3.2 Resgate de Xaxins .......................................................................................................... 4
3.3 Resgate de Plântulas e exemplares Herbáceos / Arbustivos ........................................ 4
3.4 Resgate de Epífitas ........................................................................................................ 5
3.5 Resgate Científico .......................................................................................................... 6
3.6 Áreas de Realocação da Flora Resgatada ...................................................................... 7
3.7 Monitoramento dos indivíduos transplantados ........................................................... 7
4 RESULTADOS ......................................................................................................................... 8
4.1 Resgate de Sementes .................................................................................................. 10
4.2 Resgate de Xaxins ........................................................................................................ 11
4.3 Resgate de Plântulas e exemplares Herbáceos / Arbustivos ...................................... 11
4.4 Resgate de Epífitas ...................................................................................................... 13
4.5 Resgate Científico ........................................................................................................ 17
4.6 Áreas de Realocação da Flora Resgatada .................................................................... 17
4.7 Monitoramento dos indivíduos transplantados ......................................................... 18
5 REGISTRO FOTOGRÁFICO DAS ATIVIDADES DURANTE O PERIODO .................................... 19
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 28
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 29
8 ANEXOS ............................................................................................................................... 30
8.1 Anexo 1 –Termos de Doação de Sementes e Germoplasma ...................................... 32
8.2 Anexo 2 – Declaração de Tombamento (MBM) .......................................................... 45
1 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
1 INTRODUÇÃO
A perda e fragmentação dos habitats, por meio da supressão da
vegetação, tem um efeito negativo sobre a biodiversidade, acarretando na
redução do tamanho das populações e acréscimo dos efeitos de borda, o que
leva ao empobrecimento da biodiversidade e mudanças na distribuição e
abundância das espécies. Esta atividade, por sua vez, acarreta outros impactos
como, por exemplo, a perda de habitat e consequentemente de espécimes, com
redução de variabilidade genética das populações e comunidades presentes na
área afetada pela construção da UHE Tibagi Montante.
A área de Influência onde está inserida a UHE Tibagi Montante
apresenta particularidades em relação as suas formações vegetais com distintas
tipologias e áreas de tensão ecológica, como por exemplo, as áreas de encrave
de Cerrado com Campos Naturais, formações florestais (FOM / FES), e áreas de
Formação Pioneira com Influencia Fluvial (campos úmidos) e seus relictos.
Para mitigar os impactos decorrentes da supressão da vegetação e
consequentemente ajudar na preservação da biodiversidade existente na área
do empreendimento, foram realizadas ações para garantir o salvamento do
patrimônio genético dos espécimes locais através do resgate de germoplasma.
As espécies endêmicas da região bem como as constantes nas listas de
espécies ameaçadas de extinção tiveram uma atenção especial. Logo, deu-se
prioridade para a coleta das sementes e outros propágulos dessas espécies. A
obtenção de sementes de alta qualidade é fundamental para programas
relacionados ao processo de produção de mudas, em especial à recuperação da
APP do reservatório.
O conhecimento da diversidade e estruturação da flora local e a
necessidade da conservação da genética vegetal autóctone são essenciais ao
manejo da paisagem e projetos de restauração ecológica a serem
implementados na mitigação dos impactos do empreendimento.
Deste modo, a realocação de espécimes da flora da área afetada pelo
empreendimento, constitui uma forma de salvaguardar a variabilidade genética
2 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
dos espécimes nativos da região, e que juntamente com o resgate de
germoplasma resultam na minimização dos riscos de extinção in situ, das
espécies raras endêmicas e ameaçadas de extinção.
O Anexo 1 apresenta a ART do responsável técnico pelo programa.
2 OBJETIVOS
O Programa de Salvamento da Flora tem como objetivo mitigar os
impactos ambientais provenientes dos efeitos de implantação da UHE Tibagi
Montante em relação a flora nativa, salvaguardando o patrimônio genético dos
espécimes vegetais da região, em especial as espécies raras, endêmicas e
ameaçadas de extinção existentes na Área Diretamente Afetadas (ADA) pelo
empreendimento.
Destinar o material salvo nas áreas de preservação adjacentes, e
disponibilizar para reprodução em viveiros credenciados e instituições
mantenedoras de germoplasma (banco de germoplasma), além de contribuir
com material botânico para depósito em coleções de museus e universidades da
região.
3 METODOLOGIA
A metodologia empregada durante a fase de supressão da área do
reservatório da UHE Tibagi Montante esteve baseada no acompanhamento da
equipe de resgate de flora durante todo período das atividades de supressão
vegetal. E durante a fase de enchimento do reservatório, as atividades da equipe
de flora foram voltadas ao resgate embarcado, com a coleta do material
germoplasma localizado nas partes aéreas da vegetação progressivamente
inundada pela formação do reservatório artificial até a sua cota superior.
São considerados alvo do Programa de Salvamento da Flora, todo o
material germoplasma encontrado nas áreas de abrangência do
3 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
empreendimento aptos a serem prontamente coletado e devidamente
destinados pela equipe de flora, priorizando as espécies raras, endêmicas e
ameaçadas de extinção localizadas na ADA. Cada material botânico coletado
passou pelo processo de triagem e destinação final sendo estes realocados nas
Áreas de Realocação da flora (ARF) na futura área de proteção permanente
(APP) do empreendimento, depositados em herbários, ou doados a viveiros
especializados em produção de mudas nativas e/ou instituições mantenedoras
de germoplasma (bancos de germoplasma) conforme a especificações abaixo.
3.1 RESGATE DE SEMENTES
Toda e qualquer semente considerada apta a germinação (maduras
e bem desenvolvidas) foram coletadas, pesadas e armazenadas em sacos de
papel ou plástico e destinadas aos viveiros especializados da região. Junto ao
material reprodutivo doado foi encaminhada uma carta de aceite, contendo
informações pertinentes a cada espécie coletada, como por exemplo, nome da
espécie, nome popular, peso das sementes, etc.; conforme Termo de Doação de
Sementes apresentado no Anexo 2.
Devido ao fato de algumas sementes, denominadas recalcitrantes,
diminuírem a taxa de germinação por dessecamento após a colheita (agravado
pela desinformação deste atributo à muitas espécies nativas), todas as sementes
coletadas foram enviadas o mais breve possível aos viveiros, permanecendo
armazenadas em local adequado por um período não superior a uma semana.
Para a coleta de sementes de indivíduos arbóreos de grande porte, como
por exemplo, a Araucaria angustifolia (araucária) e Cedrela fissilis (cedro-rosa),
que podem ultrapassar os 20 m de altura, a coleta se deu após a derrubada do
exemplar, ou seja após a passagem da equipe de supressão, e quando a área
estivesse totalmente segura para equipe de flora efetuar a coleta manualmente.
De forma a abranger toda a área atingida pela formação do futuro
reservatório, as atividades da equipe de resgate de flora ocorreram em todos os
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locais por onde passaram as frentes de supressão, em muitos casos de maneira
concomitante.
3.2 RESGATE DE XAXINS
Todos os xaxins da espécie ameçada de extinção Dicksonia sellowiana
(xaxim-bugio) encontrados durante as atividades de acompanhamento da
supressão da vegetação foram coletados e destinados para o plantio nas Áreas
de Realocação da Flora ou doados para instituição mantenedora de
germoplasma.
Exemplares de xaxins pertencentes aos gêneros botânicos Cyathea e
Alsophilla, não considerados ameaçados, também foram alvos de resgate e
salvamento de flora.
3.3 RESGATE DE PLÂNTULAS E EXEMPLARES HERBÁCEOS /
ARBUSTIVOS
As plântulas das espécies nativas ameaçadas de extinção ou de interesse
conservacionista, como por exemplo, Araucaria angustifolia (pinheiro-do-
Paraná), Cedrela fissilis (cedro-rosa), Ocotea porosa (imbuia), entre outras,
também foram priorizadas pela equipe de resgate de flora, através de sua
realocação da Área Diretamente Afetada (ADA) pela formação do reservatório
para a futura Área de Preservação Permanente do empreendimento (APP) ou
mesmo para os viveiros e instituições mantenedoras de germoplasma.
O mesmo procedimento se deu com os exemplares herbáceos e
arbustivos das espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção localizadas
nos diversos ambientes, que devido a seu pequeno porte são passiveis de serem
integralmente realocados para os remanescentes ecologicamente similares e de
mesma tipologia vegetal à sua área de origem, dentre elas: Byrsonima
brachybotrya e Moquiniastrum sordidum, espécies arbustivas ameaçadas de
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extinção, Corymborchis flava, orquídea terrícola de subbosque ameaçada de
extinção e Parodia carambeiensis (cacto-bolinha) espécie herbácea endêmica
de ambientes campestres e Refúgios Vegetacionais Rupestres (afloramentos
rochosos) do estado do Paraná. Esta última espécie, por se tratar de um cacto
com raízes superficiais e resistentes a desidratação, tem se mostrado eficaz em
procedimentos de relocação para outras áreas de afloramento rochoso. Em
alguns casos, mesmo exemplares de espécies não ameçadas foram realocadas,
quando se tratava de espécies com mais chances de sucesso, como quando
apresentam tubérculos, como por exemplo plantas da família Amaryllidaceae.
O resgate das plântulas e herbáceas foi realizado principalmente em
momento anterior à supressão, antes da entrada das máquinas, ou queda das
árvores. Recomenda-se fortemente esse procedimento para garantir que as
espécies de subbosque sejam encontradas e resgatadas sem danos.
3.4 RESGATE DE EPÍFITAS
Exemplares epifíticos localizados nos galhos e fustes da vegetação recém
suprimida ou em momento anterior à supressão, foram coletados manualmente
ou com auxílio de material cortante como canivete e facão, de modo a garantir a
retirada íntegra de sistema radicular. As epífitas foram armazenadas no campo
em sacos plásticos e de ráfia, de diferentes tamanhos, de acordo com o tamanho
das plantas, de modo a garantir que uma espécie de pequeno porte não se
perdesse ou sofresse injúrias junto a plantas de grande porte, como bromélias
com espinho, por exemplo.
Todas as epífitas passaram por triagem antes da realocação ou
destinação. Durante a triagem algumas características especificas de cada
espécie foram levantaas, como por exemplo, a identificação das espécies
(quando possível) e a quantidade de indivíduos de cada espécie, além de uma
poda fitossanitária nas partes menos saudáveis dos exemplares, e também de
todas as raízes, principalmente no caso das orquídeas, procedimento que
garante o processo de enraizamento das epífitas ao novo forófito.
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A fixação das epífitas nos novos forófitos nas ARF foram realizadas com
o auxílio de fitilho de poliéster e, no caso das micro-orquídeas, com a utilização
de linhas de silicone. A escolha dos novos forófitos foi feita com base na
incidência luminosa da área, dimensão dos fustes e características de deiscência
do ritidoma de cada espécie, ou seja, se a casca permanece aderente ao fuste
ou desprende-se com facilidade. Esta última característica é importante, visto
que define a possibilidade de fixação natural dos indivíduos epifíticos recém-
alocados. Foi utilizada uma escada de 4 m para realocação de exemplares em
maior altura que a do alcance da mão.
3.5 RESGATE CIENTÍFICO
Excetuando-se os frutos maduros, que prioritariamente foram destinados
à produção de mudas, todo o material botânico encontrado fértil, ou seja, com
suas estruturas reprodutivas presentes (flores, frutos, soros e etc.), tiveram
amostras coletadas, herborizadas e depositadas no acervo cientifico do herbário
do Museu Botânico Municipal de Curitiba (MBM), com duplicadas enviadas ao
herbário da Universidade Estadual de Ponta Grossa.
Para a coletas das amostras botânicas foi utilizada uma tesoura de poda.
A herborização em campo se deu por meio de uma prensa manual de campo,
composta de folhas de jornais e papelão e preservadas com álcool 99% por até
uma semana. A última etapa é composta pela secagem deste material em estufa
especializada.
Informações referentes a cada amostra botânica coletada são de extrema
importância para um processo adequado de tombamento, e foram ser coletadas
ainda em campo, como por exemplo: nome do coletor, data da coleta,
características da planta, características fenológicas, características do
ambiente etc.
7 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
3.6 ÁREAS DE REALOCAÇÃO DA FLORA RESGATADA
Todas as áreas onde foram realocadas as espécies resgatadas durante
as atividades de resgate e salvamento da flora foram georreferenciadas e
apresentadas em forma de polígonos. Devido à diversidade de ambientes
naturais existentes na ADA do empreendimento, as áreas de relocação da flora
(ARF) são alocadas em remanescentes naturais ecologicamente similares e de
mesma tipologia vegetal a área de origem dos exemplares resgatado, sempre
na futura APP do reservatório.
3.7 MONITORAMENTO DOS INDIVÍDUOS TRANSPLANTADOS
A equipe de resgate de flora realizou o acompanhamento de alguns
exemplares transplantados nas novas áreas de relocação da flora. Por meio de
amostragem, epífitas, herbáceas, plântulas e xaxins, foram avaliados quanto ao
sucesso da sobrevivência nas áreas pré-determinadas da futura APP do
reservatório da UHE Tibagi Montante. Epífitas que por ventura não se mostraram
fortemente aderidas aos novos forófitos foram novamente fixadas pelas equipes
de salvamento da flora, os exemplares mortos foram descartados. Esta
manutenção e monitoramento deve ser feitas periodicamente visando aumentar
o sucesso do programa de resgate da flora.
A metodologia das atividades das equipes de resgate e salvamento da
flora podem ser observados de maneira simplificada na tabela abaixo.
Tabela 2: Procedimento simplificado utilizado para as atividades de salvamento de germoplasma resgatado durante as atividades de acompanhamento da supressão da vegetação na área do reservatório da UHE Tibagi Montante.
Material Botânico Alvo Procedência em campo Destinação
Frutos e sementes:
Resgate de Germoplasma
Coleta manual e armazenamento temporário em sacos de papel ou plástico.
Doação aos viveiros especializados, num período não superior a uma semana para evitar a dessecação (recalcitrantes).
Xaxins Desbaste / coleta manual Replantio nas áreas de realocação da flora e/ou doação
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a instituições mantenedoras de germoplasma.
Plântulas e exemplares herbáceos / arbustivos
Coleta integral dos exemplares menores de 0,6m, com suas raízes e partes do solo (torrão), com auxílio de cavadeiras e vasos plásticos.
Replantio na Área de Relocação da Flora (ARF), e/ou doação a viveiros especializados e/ou instituições mantenedoras de germoplasma.
Epífitas Coleta manual ou com auxílio de facão/canivete dos exemplares localizados nos galhos e fustes, armazenamento em sacos de rafia ou plástico.
Triagem e Fixação dos indivíduos a novos forófitos nas Áreas de Relocação da Flora e/ou doação a instituições mantenedora de germoplasma.
Amostras férteis:
Resgate cientifico
Coleta manual com auxílio de tesoura de poda, e herborização em prensa de campo (jornais,papelão e álcool).
Secagem em estufa e tombamento em herbário.
4 RESULTADOS
A fase de supressão vegetal da área do reservatório artificial da UHE
Tibagi Montante teve início no dia 17 de junho de 2019. A equipe de resgate e
salvamento da flora acompanhou (in situ) as atividades em todas as frentes de
desmate, deste modo, cobrindo todas as áreas passiveis de supressão.
Durante esta fase, as atividades da equipe de resgate de flora se
desenvolveram antes, durante e após a supressão vegetal, e podem ser
resumidas em 4 procedimentos distintos: coleta, triagem, armazenamento e
destinação final. Conforme as características especificas de cada material
botânico alvo (germoplasma).
Já na fase de enchimento do reservatório, que ocorreu entre os dias 13 e
30 de agosto de 2019, as atividades da equipe de resgates e salvamento da flora
foram voltadas principalmente para a coleta (embarcada), triagem e destinação
final das sementes e dos indivíduos epifíticos localizados nas áreas a serem
inundadas pelo reservatório da UHE Tibagi Montante e que não foram
suprimidas.
9 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
O destino final de todo material germoplasma resgatado da área
diretamente afetada pelo empreendimento, foi realizado de três maneiras
distintas: 1 - plantio direto, semeadura e realocação pela equipe de resgate de
flora nas Áreas de Realocação da Flora, (Figura 1); 2 - doação ao Parque
Ecológico Samuel Klabin, instituição mantenedoras de germoplasma localizado
no município de Telêmaco Borba-PR; e 3 - doação a viveiros especializados na
produção de mudas nativas, sendo estes, o viveiro da Sociedade Chauá, na
região de Campo Largo-PR e Viveiro do IAP localizado no Município de Tibagi-
PR. Os termos de doação constam no Anexo 2.
A síntese com os dados brutos referentes ao programa de resgate e
salvamento da flora durante as fases de supressão e enchimento do reservatório
artificial da UHE Tibagi Montante, podem ser vistos na tabela abaixo.
Tabela 1: Dados brutos resultantes das atividades do Programa de Resgate e Salvamento da Flora durante as fases de supressão e enchimento do reservatório artificial da UHE Tibagi Montante, entre 17 de junho a 30 de agosto de 2019.
Epífitas/Terrícolas
Fase supressão Fase enchimento Totais
Realocação Doação Klabin Realocação Doação Klabin
Famílias 22 12 0 5 22
Espécies 122 68 0 23 127
Indivíduos 4041 4079 122 264 8506
Espécies ameaçadas 7 5 0 0 7
Indivíduos ameaçados
440 960 0 0 1400
Frutos
Fase supressão
Fase enchimento
Totais
Famílias 7 5 9
Espécies 9 6 13
Kg total 15,111 10,3 25,411
Kg - Araucaria angustifolia
1,55 0 1,55
Exsicatas
Fase supressão
Fase enchimento
Totais
Famílias 52 17 61
10 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Espécies (*aproximado)
120 23 133
Total exsicatas 203 23 226
4.1 RESGATE DE SEMENTES
Durante o período, foram coletados cerca de 25kg de frutos/sementes
de espécies arbóreas nativas da região, estes foram identificados, pesados,
armazenados em sacos e conduzidos aos viveiros, conforme consta na tabela 2.
Sabido que certas sementes diminuem a taxa de germinação por
dessecamento pós-colheita (sementes recalcitrantes), agravado pela
desinformação deste atributo às espécies nativas, todas as sementes coletadas
foram enviadas o mais breve possível aos viveiros, permanecendo armazenadas
no centro de triagem por um período não superior a uma semana, exceto para
as sementes tolerantes a dessecação (ortodoxas) de acordo o conhecimento
levantado em bibliografia especializada.
As sementes das espécies nativas não arbóreas, como por exemplo,
trepadeiras, lianas, arbustos e herbáceas, por não se mostrarem atrativas a
produção de mudas em viveiros, quando observadas, foram coletadas
misturadas e lançadas manualmente (técnica de “muvuca”) pela equipe de
resgate de flora nas próprias Áreas de Realocação da Flora (ARF), visando que
algumas dessas possam germinar, e desta forma, aderir seu patrimônio genético
no novo ambiente.
Tabela 2 - Lista dos frutos e sementes (em quilos) coletadas pela equipe de Resgate e Salvamento da Flora durante as fases de supressão e enchimento do reservatório artificial da UHE Tibagi Montante, entre 17 de junho a 30 de agosto de 2019.
Enchimento Total
Supressão
Supressão Total
Total Geral
Família / Espécie Viveiro IAP Viveiro Chauá
Viveiro IAP
Araucariaceae
Araucaria angustifolia
1,55 1,55 1,55
Celastraceae
Monteverdia gonoclada
0,9 0,9 0,9
11 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Fabaceae
Anadenanthera colubrina
3,579 3,3 6,879 6,879
Bauhinia forficata
1 1 1
Machaerium hirtum 0,633
0,633
Parapiptadenia rigida
0,293
0,293 0,293
Lythraceae
Lafoensia pacari 0,86
0,86
Malvaceae
Luehea divaricata
2,067 0,95 3,017 3,017
Meliaceae
Cabralea canjerana 3,87 0,572
0,572 4,442
Guarea macrophylla 1,77
1,77
Rosaceae
Prunus brasiliensis
0,7 0,7 0,7
Sapindaceae
Paullinia carpopoda 0,389
0,389
Vochysiaceae
Qualea cordata 2,778
0,2 0,2 2,978
Total Geral 10,3 6,511 8,6 15,111 25,411
4.2 RESGATE DE XAXINS
Durante as atividades de supressão foram resgatados 11 xaxins do
gênero Cyathea e 20 da espécie Dicksonia sellowiana (espécie ameaçada de
extinção), sendo que, 3 espécimes de Cyathea sp. e 17 espécimes Dicksonia
sellowiana foram plantados nas ARF, o restante destes foram doados ao Parque
Ecológico Samuel Klabin.
4.3 RESGATE DE PLÂNTULAS E EXEMPLARES HERBÁCEOS /
ARBUSTIVOS
Durante o acompanhamento das atividades de supressão da vegetação
da área do futuro reservatório, foram resgatados 426 exemplares categorizadas
como plântulas, herbáceas e arbusto, sendo que 255 destas foram replantadas
nas ARF na futura APP do reservatório (figura 1) e 171 foram doadas ao parque
da Klabin totalizando 34 espécies conforme a tabela abaixo.
12 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Família Espécie Quantidade Destino final
Amaryllidaceae Hippeastrum sp1 28 área de realocação da flora
Amaryllidaceae Hippeastrum sp1 17 banco de germoplasma
Araliaceae Schefflera morototoni 1 área de realocação da flora
Araucariaceae Araucaria angustifolia 72 área de realocação da flora
Araucariaceae Araucaria angustifolia 3 banco de germoplasma
Aspleniaceae Asplenium sp1 6 área de realocação da flora
Asteraceae Moquiniastrum sordidum 2 área de realocação da flora
Bromeliaceae Bromelia sp1 4 área de realocação da flora
Cactaceae Cereus hildmannianus 12 área de realocação da flora
Cactaceae Parodia carambeiensis 120 área de realocação da flora
Cactaceae Cereus hildmannianus 2 banco de germoplasma
Cactaceae Parodia carambeiensis 123 banco de germoplasma
Caryocaraceae Caryocar brasiliense subsp. intermedium
15 banco de germoplasma
Cyatheaceae Cyathea sp1 1 banco de germoplasma
Dicksoniaceae Dicksonia sellowiana 3 banco de germoplasma
Dryopteridaceae Elaphoglossum lingua 3 área de realocação da flora
Dryopteridaceae Elaphoglossum sp1 9 área de realocação da flora
Dryopteridaceae Elaphoglossum lingua 3 área de realocação da flora
Heliconiaceae Heliconia sp1 1 área de realocação da flora
Iridaceae Govenia utriculata 2 área de realocação da flora
Iridaceae Sisyrinchium sp1 3 área de realocação da flora
Iridaceae Sisyrinchium sp1 4 banco de germoplasma
Marantaceae Marantaceae sp1 3 área de realocação da flora
Orchidaceae Sauroglossum elatum 5 área de realocação da flora
Orchidaceae Habenaria sp1 4 área de realocação da flora
Orchidaceae Sauroglossum elatum 3 área de realocação da flora
Orchidaceae Corymborchis flava 7 área de realocação da flora
Orchidaceae Cyclopogon variegatus 1 área de realocação da flora
Orchidaceae Liparis nervosa 8 área de realocação da flora
Orchidaceae Orchidaceae sp1 2 área de realocação da flora
Orchidaceae Sauroglossum elatum 2 área de realocação da flora
Orchidaceae Cyclopogon variegatus 1 área de realocação da flora
Orchidaceae Sauroglossum elatum 1 área de realocação da flora
Orchidaceae Hapalorchis micranthus 16 área de realocação da flora
Orchidaceae Orchidaceae sp2 1 área de realocação da flora
Orchidaceae Sauroglossum elatum 1 área de realocação da flora
Orchidaceae Stigmatosema polyaden 1 área de realocação da flora
Orchidaceae Cyclopogon variegatus 1 área de realocação da flora
Orchidaceae Pelexia sp1 1 área de realocação da flora
Orchidaceae Sauroglossum elatum 30 área de realocação da flora
13 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Orchidaceae Sauroglossum elatum 3 banco de germoplasma
Pteridaceae Doryopteris sp1 2 área de realocação da flora
4.4 RESGATE DE EPÍFITAS
Durante o presente trabalho foram resgatados 7.974 exemplares epifíticos
da área diretamente afetada pela formação do reservatório artificial UHE Tibagi
Montante sendo 7.591 na fase de supressão vegetal e 383 durante o
enchimento, num total de 107 espécies distribuídas em 14 famílias botânicas,
sendo a família Orchidaceae a de maior representatividade, com 6.090
indivíduos de 45 espécies diferentes, sendo Stelis sp. com o maior número de
indivíduos resgatados (875). Os dados quali-quantitativos de todas os
exemplares epifíticos resgatados durante o período estão ilustrados na tabela 4.
Tabela 4 – Lista dos exemplares epifíticos e suas respectivas espécies resgatadas pela equipe de resgate e salvamento da flora durante as fases de supressão e enchimento do reservatório da UHE Tibagi Montante.
Familia/Espécie Doação Realocação Total Geral
Araceae 6 16 22
Philodendron bipinnatifidum 6 16 22
Aspleniaceae
7 7
Asplenium gastonis
7 7
Bromeliaceae 440 623 1063
Aechmea bromeliifolia 40 60 100
Aechmea distichantha 29 48 77
Aechmea recurvata 21 46 67
Aechmea sp
9 9
Billbergia nutans 40 54 94
Billbergia zebrina 25 16 41
Bromeliaceae sp
1 1
Tillandsia geminiflora
2 2
Tillandsia mallemontii 1
1
Tillandsia pohliana
2 2
Tillandsia recurvata
22 22
Tillandsia sp
13 13
Tillandsia sp1 51 33 84
Tillandsia stricta 16 52 68
Tillandsia tenuifolia 34 53 87
Tillandsia tricholepis
3 3
Tillandsia usneoides 13 3 16
14 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Vriesea friburgensis 167 192 359
Vriesea sp1 3 5 8
Wittrockia cyathiformis
9 9
Cactaceae 152 202 354
Cactaceae sp
1 1
Cereus hildmannianus
9 9
Hatiora salicornioides 21 13 34
Lepismium cruciforme 27 32 59
Lepismium houlletianum 4 2 6
Lepismium lumbricoides 20 2 22
Lepismium sp
2 2
Lepismium warmingianum 29 14 43
Rhipsalis cereuscula 42 66 108
Rhipsalis floccosa 8 26 34
Rhipsalis sp
18 18
Rhipsalis teres 1 17 18
Commelinaceae
3 3
Tradescantia sp1
3 3
Cyatheaceae 7
7
Cyathea sp1 7
7
Dryopteridaceae
10 10
Rumohra adiantiformis
10 10
Gesneriaceae
3 3
Sinningia douglasii
3 3
Hymenophyllaceae
1 1
Hymenophyllum polyanthos
1 1
Moraceae
2 2
Ficus sp1
2 2
Orchidaceae 3492 2598 6090
Acianthera gracilisepala 6 13 19
Acianthera hygrophila 31 40 71
Acianthera luteola 2 9 11
Acianthera mantiquyrana 16 6 22
Acianthera saundersiana 31 36 67
Acianthera saurocephala 1 22 23
Acianthera sonderiana 6 6 12
Aechmea distichantha
2 2
Anathallis brevipes 50 91 141
Anathallis corticicola 189 174 363
Anathallis paranaensis 288 87 375
Barbosella cogniauxiana 30
30
Bifrenaria sp1 1 32 33
15 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Brasiliorchis picta 270 119 389
Brasiliorchis sp1
5 5
Bulbophyllum plumosum 147 212 359
Bulbophyllum sp1
1 1
Bulbophyllum tripetalum 23 128 151
Campylocentrum aromaticum 4 56 60
Campylocentrum grisebachii 141 86 227
Campylocentrum sp1 6 34 40
Capanemia gehrtii 9 20 29
Capanemia micromera 12 44 56
Capanemia superflua
16 16
Cyclopogon elatus
3 3
Epidendrum secundum 1 15 16
Eurystyles sp1 4 3 7
Gomesa flexuosa 163 174 337
Gomesa recurva 4 1 5
Gomesa sp1
7 7
Gomesa uniflora 26 42 68
Isabelia pulchella 26 208 234
Isabelia virginalis 377 140 517
Lankesterella ceracifolia 4 74 78
Leptotes unicolor 7 54 61
Octomeria palmyrabellae 151 72 223
Pabstiella bacillaris 568 190 758
Pabstiella campestris 78 74 152
Pabstiella punctatifolia
5 5
Rhipsalis cereuscula
1 1
Sanderella sp1
21 21
Specklinia grobyi 8 78 86
Specklinia subpicta 10 5 15
Stelis sp1 762 113 875
Trichocentrum pumilum 40 79 119
Piperaceae 86 189 275
Peperomia catharinae 4 17 21
Peperomia delicatula 1 10 11
Peperomia pereskiaefolia 11 34 45
Peperomia psilostachya
41 41
Peperomia sp1
3 3
Peperomia sp2
4 4
Peperomia sp3
14 14
Peperomia sp4
2 2
Peperomia tetraphylla 70 61 131
16 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Peperomia urocarpa
3 3
Polypodiaceae 3 105 108
Campyloneurum austrobrasilianum
18 18
Campyloneurum sp
3 3
Campyloneurum sp1 2 17 19
Campyloneurum sp2
1 1
Campyloneurum sp3
4 4
Microgramma squamulosa
1 1
Pecluma sp
2 2
Pecluma sp1
2 2
Pecluma sp2
13 13
Pleopeltis hirsutissima
4 4
Pleopeltis pleopeltidis
8 8
Pleopeltis pleopeltifolia
2 2
Serpocaulon catharinae 1 30 31
Pteridaceae 1 28 29
Vittaria lineata 1 28 29
Total Geral 4187 3787 7974
Dentre as epífitas encontradas neste período, sete espécies de orquídeas
destacaram-se pelo nível de raridade e grau de ameaça (tabela 4). Dentre estes,
foram resgatados 1.304 indivíduos para as novas áreas de proteção permanente
(350) ou doadas ao banco de germoplasma do parque da Klabin (954), além dos
espécimes férteis tombados como testemunho no herbário do Museu Botânico
Municipal de Curitiba – MBM (resgate cientifico).
Tabela 4 – Epífitas raras e ameaçadas de extinção resgatadas pela equipe de resgate e salvamento da flora durante as fases de supressão e enchimento do reservatório da UHE Tibagi Montante.
Espécies ameaçadas
Espécie Familia Registros raros* SEMA 1995 MMA 2014
Isabelia virginalis Orchidaceae Em Perigo Vulnerável
Pabstiella bacillaris Orchidaceae Em Perigo Em Perigo
Capanemia gehrtii Orchidaceae Vulnerável -
Corymborchis flava Orchidaceae Vulnerável -
Acianthera mantiquyrana Orchidaceae * - -
Acianthera gracilisepala Orchidaceae * - -
Specklinia subpicta Orchidaceae * - -
17 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
4.5 RESGATE CIENTÍFICO
Com exceção dos frutos maduros, destinados aos viveiros para produção
de mudas, os demais materiais botânicos encontrados férteis, tiveram amostras
coletadas, herborizadas e depositadas no acervo cientifico do herbário do Museu
Botânico Municipal de Curitiba (MBM), e estão resumidamente apresentados na
tabela 5 (declaração no Anexo 31).
Tabela 5 – Amostras botânicas coletadas pela equipe de resgate de flora durante as fases de supressão da vegetação e enchimento do reservatório da UHE Tibagi Montante e depositadas no Museu Botânico Municipal (MBM) em Curitiba-PR.
Exsicatas
Fase supressão Fase enchimento Totais
Famílias 52 17 61
Espécies (aproximadamente)* 120 23 133
Total exsicatas 203 23 226
4.6 ÁREAS DE REALOCAÇÃO DA FLORA RESGATADA
As áreas onde foram realocadas as espécies resgatadas durante
o presente trabalho (ARF) foram georreferenciadas são apresentadas em
forma de polígonos na figura abaixo.
1 Foi dada entrada no Museu Botânico Municipal de Curitiba, mas a Declaração de Tombamento será emitida quando o responsável retornar de férias e será encaminhada para protoloco no IAP>
18 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Figura 1 – Imagem de satélite, Google Earth, ilustrando as Áreas de Relocação da Flora, durante a fase de supressão e enchimento do reservatório da UHE Tibagi Montante. Em rosa áreas de ambiente florestal (Floresta) onde foram relocados os exemplares encontrados na mesma tipologia. E em amarelo as áreas onde foram relocados os exemplares resgatados dos ambientes de Ecótono entre Savana gramíneo-lenhosa e Estepe gramíneo-lenhosa (Campo).
4.7 MONITORAMENTO DOS INDIVÍDUOS TRANSPLANTADOS
Após a vistoria nas áreas da flora realocadas foi possível ver diversos
resultados positivos, principalmente em relação ao sucesso e consolidação dos
exemplares epifíticos ao novo ambiente, conforme a figura abaixo (Figura 2).
19 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Figura 2: Imagens do interior das Áreas de Realocação da Flora, mostrando algumas epífitas realocadas em momentos anteriores. A - Bromélia sendo colonizada por teia de aranha. B - Bromélia com acumulo de água na base, característica que impede à dessecação em períodos de estiagem, proporcionando também abrigo e local para reprodução da fauna silvestre. C - Orquídea que apresentava flor na época da realocação, produzindo frutos e sementes que serão dispersadas na APP garantindo o fluxo gênico do indivíduo. D - Orquídea com nova florada. E – Enraizamento de epífitas ao novo forófito, característica que garante o sucesso de estabelecimento do indivíduo ao novo ambiente.
5 REGISTRO FOTOGRÁFICO DAS ATIVIDADES
Foto 1 – Buscas ativas na área diretamente afetada pela formação do reservatório antecedentes as atividades de supressão vegetal.
Foto 2 – Desbaste de um indivíduo de Dicksonia sellowiana (xaxim-bugio), resgatado da área de alague, anteriormente as atividades de supressão.
20 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Foto 3 – Busca ativa em indivíduos arbóreos recém suprimidos pela equipe de desmate.
Foto 4 – Coleta manual de epífitas fixadas ao forófito recém suprimido.
Foto 5 – Equipe de Resgate da Flora, coletando epífitas, com auxilio de saco de rafia, em arvore com alto grau de epifitísmo.
Foto 6 – Coleta manual de frutos secos de Anadenanthera colubrina (angico-branco).
Foto 7 – Coleta manual de micro-orquídeas resgatadas da área sujeita a supressão.
Foto 8 – Transporte de bromélia resgatada da área sujeita a supressão vegetal.
21 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Foto 9 – Equipe de resgate de flora retirando exemplares de Parodia carambeiensis (cacto-bolinha) da área futuramente atingida pela formação do reservatório.
Foto 10 – Resgate de indivíduos herbáceos, em vasos plásticos.
Foto 11 – Coleta de micro-orquídeas com auxílio de um facão.
Foto 12 – Espécies arbórea coletada com flor pela equipe de resgate de flora, resgate cientifico.
Foto 13 – Detalhe das “pinhas” imaturas de uma matriz arbórea de Araucaria angustifolia (Araucária) recém suprimida.
Foto 14 – Registro de um indivíduo de grande porte de araucária recém suprimido.
22 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Foto 15 – Detalhe do transporte das epífitas resgatadas da área do reservatório. Em dias de sol estas são periodicamente umedecidas e cobertas com um tecido de algodão para evitar a dessecação.
Foto 16 – Triagem e preparação dos exemplares epifíticos resgatados, a serem realocados a nova área de proteção.
Foto 17 – Triagem e preparação dos exemplares epifíticos resgatados para serem realocados a nova área de proteção.
Foto 18 – Realocação: Fixação manual, com auxílio de fitilho de poliéster, do indivíduo epifítico ao novo forófito na nova APP do reservatório (Área de Realocação da Flora).
Foto 19 – Realocação de um exemplar de bromeliacea a nova APP.
Foto 20 – Aspecto final de exemplares de Specklinia grobyi. á nova área de preservação.
23 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Foto 21 – Detalhe dos exemplares epifíticos de Orchidaceae realocados à nova área.
Foto 22 – Aspecto final dos exemplares epifíticos realocados à nova área de proteção.
Foto 23 – Aspecto final de uma herbácea terrícola realocada a nova área.
Foto 24 – Bromélia realocada a nova área de proteção.
Foto 25 – Fixação de epífitas em locais superiores (galhos) com auxílio de escada.
Foto 26 – Semeadura de sementes de Amphilophium crucigerum (pente-de-macaco) por lanço, na área de realocação da Flora (futura APP).
24 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Foto 27 – Plântula de Araucária retirada da área de alague, sendo plantada na nova área de realocação da flora (futura APP).
Foto 28 – Pesagem das sementes (em balança de precisão digital) antes de serem doadas aos viveiros.
Foto 29 – Herborização em campo das amostras botânicas encontradas férteis (Resgate cientifico).
Foto 30 – Acondicionamento temporário de frutos e sementes resgatados da área diretamente atingida pelo empreendimento.
Foto 31 – Parodia carambeiensis (cacto-bolinha) realocada a nova área de proteção permanente do futuro reservatório.
Foto 32 – Moquiniatrum sordidum realocada a nova área de proteção, com características similares a área de origem.
25 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Foto 33 – Detalhe da triagem e preparação de uma micro-orquídea, para a herborização e tombamento em herbário (resgate cientifico).
Foto 34 – Detalhe das atividades de escritório e secagem em estufa no Centro de Triagem da Flora resgatada das áreas atingidas pela UHE Tibagi Montante.
Foto 35 – Triagem e armazenagem dos exemplares epifíticos resgatados, a serem doados a instituição mantenedora de germoplasma (banco de germoplasma).
Foto 36 – Coleta dos espécimes resgatados da área do empreendimento pela equipe do Parque Ecológico Samuel Klabin (instituição banco de germoplasma).
Foto 37 – Indivíduos de Dicksonia sellowiana (xaxim-bugio) resgatados da área diretamente afetada pela formação do reservatório.
Foto 38 -Individuo de Dicksonia sellowiana após ser plantado a nova área de preservação.
26 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Foto 39 – Frutos de Caryocar brasiliense (pequi) mantidos em sacos de papel, evitando assim que sejam predados ou se percam no solo depois de maduros.
Foto 40 – Frutos maduros de Caryocar brasiliense (pequi), em amarelo a semente madura exposta naturalmente após o período de maturação.
Foto 41 – Após despolpado as sementes de pequi permaneceram por três dias em solução com ácido giberélico, hormônio vegetal que induz a quebra de dormência.
Foto 42 – Plantio direto das sementes de pequi em substrato arenoso.
Foto 43 – Técnica de alporquia em pequizeiro: procedimento experimental visando a reprodução assexuada de indivíduos adultos localizados na área afetada pelo reservatório.
Foto 44 – Substrato utilizado para a técnica de alporquia em pequizeiro.
27 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Foto 45 – O substrato umedecido e envolto em papel filme e papel alumino para manter um ambiente propicio para o enraizamento.
Foto 46 – Alporque de Caryocar brasiliense (pequi) aguardando o processo de enraizamento.
Foto 47 – Coleta de sementes de Lafoensia pacari (dedaleiro), resgate de flora embarcado.
Foto 48 – Coleta de sementes de Qualea cordata (pau-terra), resgate embarcado.
Foto 49 – Resgate de epífitas durante o enchimento do reservatório da UHE Tibagi Montante (resgate embarcado).
Foto 50 – Membro da equipe de resgate e salvamento da flora coletando espécimes epifíticos da área atingida pela formação do reservatório (resgate embarcado).
28 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
Foto 51 – Detalhe da flor de uma micro-orquídea do gênero Anathalis coletada pela equipe de resgate de flora da área atingida pela formação do reservatório artificial UHE Tibagi Montante, (ilha do cortado). Espécie encaminhada para identificação.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante a implementação do Programa de Resgate e Salvamento da
Flora foram salvos 8.506 indivíduos de epífitas/terrícolas, dos quais 1.400
representantes de espécies ameaçadas. Foram ainda resgatados 25,4 kg de
frutos encaminhados para doação a viveiros especializados em produção de
mudas nativas, além de serem produzidas 226 excicatas de 133 espécies.
Os resultados demonstram a importância do Programa para salvaguardar
o patrimônio genético dos espécimes vegetais da região do empreendimento,
em especial as espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção,
demonstrando a importância de um programa desta natureza.
29 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ >. Acesso em: 30 ago. 2019.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas
arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. 352 p.
30 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
MMA – Ministério do Meio Ambiente. Portaria n. 443 de 17/12/2014. Reconhece
as espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção. 2014.
PARANÁ – Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Lista Vermelha de plantas
ameaçadas de extinção no estado do Paraná. Curitiba: SEMA/GTZ, 1995.
139p.
SOUZA, V.C.; LORENZI, H. Botânica Sistemática: Guia ilustrado para identificação das famílias fanerógamas nativas e exóticas do Brasil, baseado em APG II. Instituto Plantarum, Nova Odessa/SP, 2008.
8 ANEXOS
31 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
8.1 ANEXO 1 - ART – DAVID AUGUSTO ROHER
32 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
8.2 ANEXO 2 –TERMOS DE DOAÇÃO DE SEMENTES E GERMOPLASMA
33 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
34 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
35 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
36 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
37 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
38 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
39 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
40 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
41 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
42 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
43 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
44 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
45 Programa de Salvamento e Resgate da Flora UHE Tibagi Montante
8.3 ANEXO 3 – DECLARAÇÃO DE TOMBAMENTO (MBM)