programa desenvolvimento … · zonas de caça municipal e 29 zonas de caça turística (vide...
TRANSCRIPT
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve 1/19
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURALDESENVOLVIMENTO RURALDESENVOLVIMENTO RURALDESENVOLVIMENTO RURAL
2007 – 2013 Fileira da
Floresta e Floresta e Floresta e Floresta e
Recursos AssociadosRecursos AssociadosRecursos AssociadosRecursos Associados
DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO
ALGARVEALGARVEALGARVEALGARVE
Documento de trabalho
Julho de 2007
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve 2/19
ÍNDICE
DIAGNÓSTICO DA FILEIRA......................................................................................................................................... 3
A ESTRATÉGIA ESCOLHIDA PELA REGIÃO DO ALGARVE .............................................................................. 4
1 – OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS REGIONAIS ................................................................................................................ 4
2 - DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO DA FILEIRA FLORESTAL .................................................................................. 4
2.1- Estratégia ......................................................................................................................................................... 4
2.2- Objectivos ........................................................................................................................................................ 8
2.3 - Zonamento de qualidade .......................................................................................................................... 12
2.4- Contribuição da Fileira para a Economia .............................................................................................. 13
2.6- Integração com o PROF Algarve – Previsão e Metas a atingir ........................................................ 14
2.7- Tipologia de projectos ................................................................................................................................ 17
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve 3/19
DIAGNÓSTICO DA FILEIRA
O diagnóstico regional da Fileira da Floresta e Recursos Associados, que serviu de base ao
desenvolvimento da Estratégia Regional para esta fileira, realizou-se através de uma análise dos
seus pontos fortes / pontos fracos, necessidades / potencial de desenvolvimento, tendo-se
chegado ao seguinte resultado:
Desempenho do sector Florestal (Domínios) Pontos Fortes Pontos Fracos
Floresta
Elevada produção de material lenhoso, sobretudo eucalipto (Serra de Monchique) e cortiça (Serra do Caldeirão); Elevado potencial para o desenvolvimento da caça e potencial para actividades piscatória nas águas interiores; Elevado potencial para a produção de produtos não lenhosos (medronho, alfarroba, pinhão, castanha, noz, cogumelos e ervas aromáticas, condimentares e medicinais; Grande adesão aos diversos programas de apoio; Boa adesão dos proprietários na constituição de ZIF; Estrutura associativa bastante activa.
Existência de núcleos de eucalipto em áreas de produção marginal; Existência de áreas de sobreirais e azinhais em declínio; Presença de núcleos de espécies invasoras; Baixo número de povoamentos florestais da região incluídos no Catálogo Nacional de Materiais de Base; Baixa repercussão dos investimentos; Fragmentação e reduzida dimensão da propriedade florestal privada; Baixo nível de incorporação de conhecimentos técnicos e de gestão, não direccionadas para a valorização dos produtos finais; Elevada pressão urbanística e imobiliária.
Desempenho do sector Florestal (Domínios) Necessidades Potencial de desenvolvimento Rural
Floresta
Promoção de uma visão empresarial da exploração dos espaços florestais; Incentivo à certificação da gestão florestal sustentável; Explorar o potencial produtivo da região; Apostar em espécies e modelos silvícolas mais adaptados às condicionantes criadas pelas alterações climáticas; Recuperar as àreas de sobreiro e azinheira com sinais de declínio; Promover a gestão profissional da actividade cinegética e da pesca de águas interiores; Incentivar a exploração de produtos da silvopastorícia, apícolas e dos produtos não-lenhosos, com possibilidade de certificação; Dinamizar o aproveitamento dos espaços florestais de recreio e lazer; Criar e executar planos de gestão para as áreas públicas tornando-as modelos a seguir pelos proprietários privados; Aplicar os financiamentos estabelecidos para as zonas consideradas prioritárias devido aos incêndios florestais, na recuperação florestal sustentável das áreas ardidas; Formar os produtores e gestores florestais em técnicas de condução e gestão de espaços florestais; Dinamizar a criação de fundos imobiliários florestais.
Potencial para a implementação de sistemas de gestão florestal sustentável; Boa receptividade dos agentes a acções de formação; Aumento da procura de madeira e cortiça com qualidade para transformação em produtos de elevado valor acrescentado; Aumento da procura por produtos florestais não-lenhosos, apícolas e silvopastoris certificados; Forte procura de cogumelos silvestres nos mercados internacionais; Existência de procura por recreio e lazer associado aos espaços florestais; Potencial para o desenvolvimento do TER – Turismo em Espaço Rural, Turismo da Natureza; Existência de áreas de regime florestal. Existência de um quadro favorável de apoios financeiros ao sector florestal; Existência de medidas de incentivo à formação profissional; Existência de enquadramento legal para a criação de fundos imobiliários.
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve 4/19
A ESTRATÉGIA ESCOLHIDA PELA REGIÃO DO ALGARVE
1 – Objectivos estratégicos regionais
A estratégia escolhida não pode deixar de corresponder regionalmente à aplicação de políticas e
medidas para que se alcance o aumento da competitividade do sector florestal.
Para isso visa-se, para além do aumento do conhecimento e a melhoria do potencial humano
envolvido, a reestruturação e o desenvolvimento do potencial físico do espaço florestal.
2 - Desenvolvimento Estratégico da Fileira Florestal
2.1- Estratégia
O desenvolvimento do sector florestal terá de continuar a basear-se na actividade privada,
atendendo aos interesses que motivam os sectores industriais que operam no sector. Ao Estado,
face à situação que vamos vivendo, compete, cada vez mais, a função fiscalizadora e orientadora,
actuando por forma a minimizar os factores negativos e de redução das suas funções e também
pugnando pela atribuição dos financiamentos externos, nomeadamente os oriundos da União
Europeia, cujo horizonte temporal previsível será o ano de 2013. Estes permitirão um cabal
desenvolvimento das acções imprescindíveis, não esquecendo que uma componente da
Estratégia não poderia deixar de ser a da racionalização e simplificação dos instrumentos de
política, como factor de grande importância para facilitar a acção dos agentes privados do sector e
da administração.
Para assegurar o investimento privado, há que diminuir os riscos reais, directos e associados,
caso contrário poderá suceder um completo desinteresse, face à impossibilidade de gerar
proventos e de ter lucros promovidos pela actividade.
Sendo esta uma das fileiras estratégicas nacionais, o contributo regional depende, quase
exclusivamente, da referida diminuição de riscos, com especial ênfase para o risco associado aos
incêndios, atendendo à magnitude que estes alcançaram nos últimos anos, com destaque para
2003 e 2004. Não devemos, também, descurar as pragas e doenças que afectam algumas das
principais espécies do Género Quercus e Pinus.
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve 5/19
Quadro 1 - Área ardida na Região (média anual)
Ano Área ardida (ha) 2000 426.9 2001 3.204,8 2002 1.727,6 2003 57.178,0 2004 30.677,9 2005 1.666.0
Média anual 15.813
A reduzida dimensão e a pulverização da propriedade, na generalidade do Algarve, dificulta uma
gestão economicamente e socialmente sustentável, sem que a resposta às circunstâncias
corresponda, como seria natural esperar-se, ao agrupamento de proprietários por forma a
constituírem áreas contínuas onde os produtos, directos e associados, resultem em mais valias
económicas, que garantam a viabilidade das actividades e a sua sustentabilidade.
Uma gestão comum, como a prevista nas Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), mais ou menos
evoluída em função do seu regulamento interno, deverá ser uma das formas a apostar neste
período (2007-2013), no sentido de se reduzirem os riscos associados à actividade florestal.
Complementarmente aponta-se como importante a criação de novas empresas, com actividades
novas e diversificadas, onde se possa produzir valor acrescentado e empregos, tornando o
espaço rural mais diversificado, especialmente a Serra, com uma paisagem mais atractiva,
também mais indutora de uma maior procura por parte dos cidadãos e do turismo.
A cinegética tem nas últimas 2 décadas assumido um papel preponderante na redescoberta e no
aproveitamento do espaço rural, espaço que vinha a sofrer um declínio acentuado nas suas
actividades tradicionais, mas que por via da actividade e do investimento privado, com finalidades
desportivas e de lazer, foi possível ordená-lo do ponto de vista cinegético. Em 2001 existiam no
Algarve 75 zonas de caça associativa, 24 zonas de caça turística e duas zonas de caça municipal,
num total de 101 associações. Neste momento, a região tem 153 zonas de caça associativa, 32
zonas de caça municipal e 29 zonas de caça turística (vide quadro 2). Mais de 70% do território
algarvio já está ordenado, o equivalente a cerca de 360 mil hectares, contra 115 mil em 2001.
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve 6/19
Quadro 2 - Ordenamento Cinegético no Algarve
Fonte: DGRF/NFA.
Figura 1
Espaço Ordenado por Tipo de Zona de Caça (Outubro/2006)
Fonte: DGRF/NFA.
A consolidação das estruturas associativas, federativas e empresariais no domínio da caça e o
seu entrosamento com as organizações de produtores florestais, que também se pretendem ver
consolidadas, poderá contribuir decididamente para um melhor ordenamento do território
me Cinegético Ordenado (Outubro/2006
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve 7/19
tornando-o menos deprimido (Serra) e mais sustentável, tanto no aspecto económico e social,
como ambiental. Este sector assume uma importância crescente na Região:
• Em termos económicos, quer directo, por via das receitas resultantes da emissão de taxas,
licenças e alvarás, da tributação fiscal sobre a venda de caçadas, da compra de jornadas
de caça em ZCT e de ingressos em ZCM, investimentos em infra-estruturas e benfeitorias,
quer indirecto, através das receitas geradas no canal HORECA (hotelaria, restauração e
cafés) com as deslocações, estadia e alimentação dos caçadores, com os gastos em
equipamento e armamento/munições, pagamento de rendas aos proprietários rurais, com
a produção de espécies em cativeiro para repovoamentos e largadas;
• Ao nível social, por efeitos do emprego directo e indirecto que gera;
• No domínio da gestão do território, da paisagem e dos recursos naturais em geral (com as
zonas de caça a ocuparem, praticamente, a totalidade do território rural algarvio).
A apicultura é uma actividade de grande interesse económico e social na Região do Algarve,
onde existem 681 apicultores registados, cerca de 80.000 colmeias, com uma produção de mel
estimada em 2500 Toneladas/Ano e um valor bruto da produção da ordem dos 4.700.000€.
No entanto, nos números apontados anteriormente não estão incluídos os outros produtos da
colmeia, como por exemplo a cera, o pólen, o própolis, a geleia real, o veneno da abelha, etc., que
embora não estejam devidamente vulgarizados, já são produzidos por alguns dos apicultores
profissionais e que poderão já representar cerca de 10 a 15% a acrescentar aos valores
apontados para o mel. Entendemos nós, que estes produtos deverão ser considerados como
essenciais para o desenvolvimento dos nossos apicultores, com o consequente aumento do seu
rendimento, tendo em conta a diversificação e a valorização dos produtos apícolas. Tomando
como termo de comparação os apicultores da nossa vizinha Espanha, alguns destes produtos,
como o pólen, são muitas das vezes mais rentáveis na sua exploração que o próprio mel,
passando este para um plano secundário. Além disso, é de extrema importância a mais valia
induzida pela Polinização apícola, crucial para a nossa agricultura e de difícil contabilização
económica.
Nos últimos anos foram criadas algumas associações de produtores florestais que, no seu
conjunto, cobrem em termos geográficos toda a região, são uma mais valia que é necessário
solidificar e potenciar, para que possam constituir pólos de desenvolvimento e de canalização de
investimentos, assumindo uma parceria imprescindível com os serviços do Estado, vindo mesmo
a poderem ocupar espaços que até aqui eram preenchidos por este e que, por força da redução
do seu peso na economia, deixarão de preencher, abrindo lugar às organizações do sector.
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve 8/19
Todavia pretende-se que estas evoluam para uma “gestão profissional agrupada”, complementada
por estímulos ao aumento da sua representatividade junto dos proprietários florestais, o que
constituirá uma descriminação positiva na canalização futura dos incentivos a conceder.
Por outro lado, a competência dos agentes deverá ser potenciada através da aposta na
profissionalização e formação dos diferentes interventores na floresta, sendo de capital
importância o correspondente aumento da competitividade e desenvolvimento.
A criação das ZIF é uma prioridade para garantir um melhor ordenamento do território e uma
gestão sustentável dos espaços que integram, podendo estes espaços, ordenados com planos de
gestão florestal e de defesa da floresta contra incêndios, que têm como principal função o
desenvolvimento de actividades florestais, servirem de âncora a outras actividades que, embora
não incluídas no sector florestal, sejam importantes e fundamentais para a sustentabilidade
económica das ZIF e para a eventual fixação de pessoas.
A valorização e defesa de produtos genuínos e típicos da região deverá ser apoiada para o
cumprimento dos critérios e exigências comunitárias, favorecendo-se os apoios em grupo.
2.2- Objectivos
Os objectivos propostos enquadram-se com a Estratégia Nacional para as Florestas, que aponta a
redução dos riscos, reais e percebidos, que afectam o desenvolvimento da actividade e a melhoria
da competitividade do sector, como os seus desafios a médio prazo.
Para que a região se possa estruturar, de forma a responder ás exigências diagnosticadas e se
integre no todo nacional, urge tomar medidas com a especificidade que lhe é conferida pelos
factores característicos regionais. Neste campo, promover-se-á a capacitação técnica dos
diversos activos do sector florestal através de acções de formação que se destinarão a
empresários, trabalhadores e produtores/proprietários florestais e que lhes possibilitará a adopção
de métodos mais consentâneos com a realidade e as necessidades específicas.
Não se poderá deixar de fora a formação técnica especializada que permitirá aos engenheiros e
técnicos florestais a especialização de competências, destinada à promoção da gestão
profissional dos espaços florestais, o que constitui o caminho para a gestão florestal sustentável,
último objectivo que nos norteia.
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve 9/19
Estas acções propostas promoverão o factor humano envolvido, ficando a faltar o consequente
salto qualitativo nas empresas através da sua modernização e do apoio ao desenvolvimento de
novos produtos, processos e tecnologias.
Os espaços físicos têm de acompanhar estes saltos qualitativos propostos, que se registarão na
estrutura empresarial, através da sua utilização adequada, promovendo-se a melhoria de
produção dos povoamentos, a sua eficaz infraestruturação e a produção de bens florestais não
lenhosos.
É ainda de relevante importância a promoção dos espaços florestais do Algarve na perspectiva do
seu uso para o recreio e o lazer. Concretamente, e no que concerne à cinegética, pretende-se
implementar, no terreno, acções que contribuam para:
� Valorizar os contributos das associações promotoras da cinegética enquanto agentes
ordenadores e valorizadores do território onde estão implantados, em termos de
protecção e conservação dos solos, desenvolvimento sustentado do património
cinegético e faunístico, vigilância sanitária das espécies selvagens, protecção e
beneficiação dos mosaicos agro-florestais, a par da devida relevância da sua actuação
na prevenção de fogos florestais (por exemplo através da gestão de combustíveis):
o Apoiar a realização de intervenções ao nível de infra-estruturas de apoio à
gestão cinegética;
o Apoiar acções de fomento e ordenamento cinegético;
� Apoiar a criação de conhecimento e a adequada transferência de tecnologia para os
caçadores e suas associações presentes no terreno, via desenvolvimento de
actividades de IED;
� Apoiar a criação de uma rede de inspecção sanitária para comercialização de espécies
cinegéticas abatidas;
� Produção de uma oferta cinegética e turística a esta ligada, não só em quantidade,
mas também equiparável, por intermédio de um adequado benchmarking, ao que de
melhor em termos de qualidade existe na Europa; A integração da actividade
cinegética na oferta turística da região poderá constituir-se num valioso contributo para
combater os períodos de “baixa” associados à sazonalidade característica do turismo
regional.
Julgamos igualmente ser da maior importância a estruturação das operações de recepção e
loteamento dos diversos tipos de mel e dos outros produtos da colmeia produzidos no Algarve,
com as respectivas caracterizações analíticas e polínicas e que neste momento se encontram
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve 10/19
dispersos pelos vários apicultores, sendo que as pequenas quantidades produzidas por estes
individualmente são causa de uma fraca capacidade negocial. Deste modo conseguir-se-ia a
normalização dos produtos, a melhoria da sua apresentação e divulgação junto do consumidor,
evitando-se a dependência dos agentes intermediários, com a consequente mais valia para o
produtor. No que diz respeito à produção e a fim de melhorar as condições de higiene da
extracção, deverão ser criadas medidas que permitam beneficiar as estruturas das unidades de
produção primária.
Por último, pretende-se promover a dinamização de novos instrumentos financeiros mais
adequados ao desenvolvimento de iniciativas associadas à dinâmica de mercado.
O quadro seguinte apresenta esquematicamente e em síntese a terapêutica, gerada pelo
diagnóstico regional apresentado no respectivo Plano Regional de Ordenamento Florestal
(PROF).
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve 11/19
Quadro 3
Domínio Necessidades Potencialidades Objectivos FEADER
Objectivos principais PEN
Objectivos específicos Acções
4.2.1 - Formação especializada
Formar os produtores e gestores florestais em técnicas de condução e gestão dos espaços florestais Promover a gestão profissional da actividade cinegética e da pesca de águas interiores
Boa receptividade dos agentes a acções de formação
Aumentar o conhecimento e melhorar o potencial humano
Aumentar a capacitação técnica dos agentes do sector florestal Promover a gestão profissional dos espaços florestais da região 4.3.2 - Serviços de Apoio às
Empresas
Reconversão de povoamentos mal adaptados Dotar os espaços florestais da região de infra-estruturas eficazes no apoio à sua gestão e protecção
1.3.1- Melhoria produtiva dos povoamentos
Incentivar a produção de bens florestais não-lenhosos Promover a utilização dos espaços florestais da região para recreio e lazer
1.3.2 - Gestão Multifuncional
Fomentar a Gestão Florestal Sustentável na região
1.3.3 - Gestão Florestal Sustentável
Promover a modernização das empresas florestais e desenvolver novos produtos, processos e tecnologias
1.3.4 - Modernização e Capacitação das Empresas Florestais
Des
emp
enh
o d
o s
ecto
r fl
ore
stal
Promoção de uma visão empresarial da exploração dos espaços florestais Incentivo à certificação da gestão florestal sustentável Explorar o potencial produtivo da região Dinamizar a criação de fundos imobiliários florestais
Potencial para a implementação de sistemas de gestão florestal sustentável Aumento da procura de madeira e de cortiça com qualidade para transformação em produtos de elevado valor acrescentado Existência de enquadramento legal para a criação de fundos imobiliários florestais
Aumentar a competitividade do sector florestal
Reestruturar e desenvolver o potencial físico
Promover a adesão a Fundos de Investimento Imobiliário Florestal 1.5.1 - Instrumentos Financeiros
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve 12/19
2.3 - Zonamento de qualidade
Não existindo zonas com a qualificação aplicada que as classifique, certificando os produtos aí
obtidos, a Serra de Monchique revela uma aptidão para a produção lenhosa, assim como na Serra do
Caldeirão se localiza uma zona de produção de cortiça que, pela dimensão e qualidade específica,
tem de ser levada em conta.
Nestas áreas o objectivo prioritário deverá ser o aumento da competitividade, por via de uma
silvicultura adequada potenciadora da produtividade, respeitando as modernas condicionantes
ambientais.
Relativamente a outras áreas, onde se proporcionam condições para a gestão multifuncional,
deveremos destacar a Serra de Silves e a Meia Serra.
A estas áreas deverá ser aplicada uma lógica de multifuncionalidade do espaço florestal,
potenciando, em complementaridade e de acordo com a especificidade local, nos valores de uso
directo, os produtos não lenhosos, como o Mel, os Cogumelos e o Medronho e as actividades
suportadas pelo meio de que se destacam a silvo-pastorícia, a caça e a pesca nas águas interiores.
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve 13/19
2.4- Contribuição da Fileira para a Economia
Quadro 4- Matriz estruturante do valor da fileira no Algarve
Tipo de função
Tipo de floresta Espécies Ser
raçã
o
Trit
uraç
ão
arm
azen
amen
to d
e ca
rbon
o
Cor
tiça
Fru
tos
e se
men
tes
Pas
tage
m (
milh
ões
de
unid
ades
forr
agei
ras)
Res
ina
Mel
Cog
umel
os, a
rom
átic
as
Caç
a (m
ilhõe
s de
jorn
adas
)
Pes
ca (
milh
ões
de jo
rnad
as)
Orla
cos
teira
Reg
ime
hídr
ico
Des
ertif
icaç
ão
Bio
dive
rsid
ade
Incê
ndio
s
Pra
gas
doen
ças
e in
vaso
ras
Alg
arve
Val
or p
or h
ecta
re (
euro
s/ha
)
Produção lenhosa Pinheiro bravo 0,052 0,021 0,005 0,014 0,0379 0,006 0,500 2,196 0,999 1,984 0,591 1,045 14,8 103 1,516Outras resinosas 0,0004 0,0003 0,005 0,029 0,008 0,039 0,003 0,07 186 0,013
Eucalipto 0,007 0,452 0,081 0,04 0,022 0,074 0,518 8,650 5,545 1,689 1,479 49,7 163 8,094
Multifuncional Sobreiro 0,021 7,567 16,554 0,0917 0,014 0,145 0,096 15,965 6,849 0,447 8,585 34,4 651 22,400
Azinheira 0,004 3,950 0,0213 0,004 7,489 1,204 0,041 1,629 8,18 119 0,970
Pinheiro manso 0,028 0,055 0,028 1,13 9,383 0,872 7,263 15,398 6,101 0,132 22,1 489 10,801
Castanheiro 0,001 0,087 0,0005 0,005 0,005 0,049 0,005 0,2 204 0,041
Medronheiro 3 9,987 10,705 7,647 0,895 22,9 116 2,656
Alfarrobeira 31 3,667 5,964 2,556 0,332 8,52 936 7,978
Conservação Carvalhos 0,000
Outras folhosas 0,391 0,0027 0,017 0,416 0,294 0,467 0,045 1,16 2410 2,795Folhosasa
ripícolas 0,21 2,16 1576 3,398Acácia 0,361 0,925 0,037 0,029 1,665 0,74 -49 -0,036
Matos 0,2 12 0,76 0,1 0,0691 0,259 18,301 66,040 42,041 6,532 177 82 14,487
0,088 0,474 0,060 0,347 7,567 35,130 56,207 0,000 0,800 0,254 0,115 0,206 1,871 29,748 131,517 74,518 10,741 14,403 341
Valor unitário 40 25 20 20 2,6 0,9 0,15 0,2 2,0 2,8 40 16,5 0,4 0,1 0,03 0,1 -2,3 -0,04
4 12 1 7 20 31 8 0 2 1 5 3 1 3 4 7 -25 -1 75Valor por tipo de função (106 euros)
Quantidade fisíca
Valor Total
Madeira Áre
a (m
ilhar
es
de h
ecta
res)
Val
or p
or ti
po d
e flo
rest
a (1
06 e
uros
)
Bio
mas
sa p
ara
ener
gia
Produções não lenhosas(milhões de kg/ano)
Produção lenhosa (milhões de m3/ano) Protecção(milhares de ha)
Riscos (milhares de ha)
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve 14/19
Da análise da matriz resulta a seguinte observação:
A produção não lenhosa corresponde a 64% do valor total, sendo que os principais contribuintes
são a cortiça e os frutos e sementes. A produção lenhosa representa 18% do valor total,
destacando-se a madeira para trituração (12 M€) e a biomassa para produção energética (7 M€).
Os riscos correspondem a uma depreciação muito elevada, destacando-se neste particular os
riscos associados aos incêndios, que reduzem em quase 25% a riqueza produzida pelas florestas.
Esta análise corrobora o que já referimos atrás quanto à importância da redução dos riscos para a
manutenção do valor dos espaços florestais.
Face ao valor por tipo de floresta, destaca-se a floresta de tipo multifuncional (Sobreiro, Azinheira,
Alfarrobeira e Medronheiro), que representa cerca de 60% do valor total.
A floresta de produção lenhosa (Pinheiro bravo e Eucalipto) preenche quase 13 % desse valor.
Cerca de 19% corresponde a Matos, cujo principal valor advém da protecção que oferece na luta
contra a desertificação, aumentando a biodiversidade. Por outro lado, estas áreas contribuem
significativamente para a depreciação do valor da floresta ao serem potenciadoras do risco de
incêndio.
Não deixam também de constituir reserva de terrenos que poderão ser preenchidos, futuramente,
com povoamentos florestais.
Quadro 5
0%
20%
40%
60%
80%
100%
1951 1972 1980 1995
Anos
Área
Agrícola FlorestalAgro-Florestal Incultos + Improdutivos**Árvores dispersas Outras utilizações*
2.6- Integração com o PROF Algarve – Previsão e Metas a atingir
De acordo com o PROF Algarve visa-se obter um aumento da percentagem dos espaços
arborizados na região, sendo que esse aumento se distribui por todas as sub-regiões aí previstas.
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve 15/19
Quadro 6
A existência de áreas de mato atrás referidas, revelam a possibilidade de enquadramento deste
aumento.
Por outro lado o PROF Algarve propõe que o aumento de área atrás referido seja atingido com
recurso prioritariamente a espécies definidas, na matriz estruturante apresentada, como
pertencentes ao tipo de floresta multifuncional (sobreiro, azinheira, castanheiro e alfarrobeira). O
mesmo documento propõe a diminuição das áreas de espécies responsáveis pela produção
lenhosa (pinheiro bravo e eucalipto).
Quadro 7
Assim sendo, verifica-se uma correspondência entre as metas propostas no PROF Algarve e o
tipo de floresta mais produtiva (multifuncional) constante no Quadro que define a Matriz
estruturante do valor das florestas. Este tipo de floresta tem como valor subsidiário as produções
não lenhosas, também elas correspondendo à maioria do valor produzido pela floresta no Algarve.
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve 16/19
Nesta conformidade, resulta que as metas do PROF apontam decididamente para o aumento da
área destinada à floresta multifuncional e uma diminuição das áreas destinadas à produção
lenhosa.
Independentemente das metas do PROF e do presente plano se referirem a horizontes temporais
diversos, 2025 para o PROF e 2013 para o Programa de Desenvolvimento Rural, não se regista
qualquer incongruência, tendo em vista o caminho apontado e as metas definidas, dependentes
apenas dos montantes a disponibilizar para os investimentos.
Quadro 8
Medidas Indicadores de realização
Metas Indicadores de resultado
Metas
4.2.1 - Formação especializada
N.º de participantes nas acções de formação
693
N.º participantes que terminaram com êxito uma actividade de formação
173
4.3.2 - Serviços de Apoio às Empresas
N.º de novos serviços de gestão (serviços de aconselhamento)
12
Aumento do VAB nas explorações/ empresas apoiadas (milhões €)
6
1.3.1- Melhoria produtiva dos povoamentos
N.º de empresas florestais com apoio ao investimento
45
N.º de explorações/empresas que introduziram novos produtos e/ou novas técnicas
12 -15
1.3.2 - Gestão Multifuncional N.º de empresas florestais com apoio ao investimento
32
Aumento de VAB nas explorações/ empresas apoiadas (milhões €)
11
1.3.3 - Gestão Florestal Sustentável
N.º de empresas florestais com apoio ao investimento
1
N.º de explorações/empresas que introduziram novos produtos e/ou novas técnicas
1
N.º de empresas florestais com apoio ao investimento (componente 122)
7-8
N.º de explorações/empresas que introduziram novos produtos e/ou novas técnicas
2 - 3 1.3.4 - Modernização e Capacitação das Empresas Florestais N.º de empresas florestais com
apoio ao investimento (componente 123)
8-10
N.º de explorações/empresas que introduziram novos produtos e/ou novas técnicas
4 - 6
1.5.1 - Instrumentos Financeiros
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve 17/19
2.7- Tipologia de projectos
A tipologia de projectos que podem ser apoiados através das diferentes medidas do Programa de
Desenvolvimento Rural, são de natureza diversa.
Nos projectos deverão ser considerados os seguintes critérios:
Competitividade:
-Beneficiação de povoamentos, incluindo os povoamentos registados como material de base e o
aproveitamento da regeneração natural;
-Outras intervenções necessárias à gestão e valorização de povoamentos florestais,
nomeadamente acessos, rede divisional, pontos de água e parques de recolha;
- Instalação de povoamentos produtores de materiais de base;
- Modernização de viveiros florestais (equipamentos e infra-estruturas).
- Promover o uso da caça maior no controle da vegetação arbustiva, reduzindo assim a massa
combustível existente, em paralelo com o importante papel desempenhado pela gestão activa dos
habitats e pela vigilância levada a cabo pelos agentes da caça na prevenção dos incêndios;
- Exploração piscícola e de outros recursos, incluindo cogumelos selvagens, nomeadamente:
instalação ou beneficiação de habitats no âmbito da cinegética e da pesca nas águas interiores;
instalação e protecção de espécies da flora apícola, de espécies aromáticas, medicinais e
comestíveis; repovoamento ou reintrodução de espécies cinegéticas ou piscícolas; medidas
sanitárias; beneficiação e construção de caminhos agrícolas e florestais; execução de circuitos
pedestres, incluído a sinalização; instrução de canis; construção de torres de vigia/observação;
restauração de fontes e poços; construção de parques de merendas;
construção/recuperação/reparação de edifícios para sedes das Associações / Clubes de
caçadores) e à aquisição de maquinaria ligeira e equipamentos de apoio à gestão (v.g. moto –
roçadoras, moto-serras, binóculos, contadores de fauna, moto-bombas, tanques móveis,
pulverizadores de dorso, etc…);
- Acções de fomento e ordenamento cinegético: designadamente através de instalação de campos
de alimentação, limpeza da vegetação espontânea / desmatação, construção de charcas,
construção/reabilitação de açudes, abertura de aceiros, limpeza de pontos de água naturais,
colocação/construção de moroços, instalação/manutenção de sebes, instalação de espécies
arbóreas ou arbustivas produtoras de fruto, construção de parques de adaptação, realização de
censos, realização de repovoamentos cinegéticos, quando haja necessidade, etc…
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção RegionaDirecção RegionaDirecção RegionaDirecção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve l de Agricultura e Pescas do Algarve l de Agricultura e Pescas do Algarve l de Agricultura e Pescas do Algarve 18/19
- Apoiar a construção de duas Centrais Meleiras na Região, onde poderiam ser centralizadas, a
Barlavento e a Sotavento, as operações de recepção e loteamento dos diversos tipos de mel e
dos outros produtos da colmeia produzidos no Algarve;
- No que diz respeito à produção de mel e a fim de melhorar as condições de higiene da
extracção, deverão ser criadas medidas que permitam beneficiar as estruturas das unidades de
produção primária;
- Promover a dinamização do sector da caça, considerando aqui incluídas as valências do turismo
cinegético e de natureza, e a potenciação e rentabilização dos espaços cinegéticos ordenados,
em articulação com condicionalismos ecológicos, económicos, sócio-culturais e paisagísticos;
- Gestão e melhoramento de matos através da silvopastorícia; construção e beneficiação de infra-
estruturas associadas a estas actividades, no âmbito da gestão e controlo das populações, tais
como pontos de água e infra-estruturas de adaptação e fixação para a fauna (cercas,
comedouros, bebedouros) e a frequência de acções de formação técnica específica no âmbito dos
projectos apoiados;
- Promover a plantação/aproveitamento da regeneração natural de medronheiros tendo em vista a
obtenção de matéria-prima para a transformação em aguardente.
Preparação de processos de certificação:
- Realização de diagnósticos de pré-avaliação face aos requisitos da gestão florestal sustentável;
- Elaboração do Plano de Gestão Florestal necessário à aplicação de Sistemas de Gestão
Florestal Sustentável;
- Desenvolvimento de um sistema de informação para apoio à demonstração da Gestão Florestal
Sustentável;
- Acções de divulgação e esclarecimento dos proprietários florestais, promotoras da adesão aos
sistemas de Gestão Florestal Sustentável.
- Investimento associadas à execução de projectos, nomeadamente maquinaria e equipamento
específico;
- Construção e adaptação de equipamentos e outros investimentos de carácter ambiental, como o
tratamento de resíduos e efluentes;
- Construção e adaptação de infra-estruturas que visem a criação de parques de recepção e
triagem e respectivos equipamentos;
- Acções de qualificação ou especialização técnico profissional dos activos envolvidos;
- Construção e aquisição de bens imóveis, com excepção da compra de terrenos e investimentos
imateriais essenciais à boa execução do projecto.
PROGRAMA
DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL DESENVOLVIMENTO RURAL 2007 – 2013
ESTRATÉGIA DA REGIÃO ALGARVE
Direcção RegionaDirecção RegionaDirecção RegionaDirecção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve l de Agricultura e Pescas do Algarve l de Agricultura e Pescas do Algarve l de Agricultura e Pescas do Algarve 19/19
Formação e Serviços de Apoio ao Desenvolvimento:
- Custos directamente associados à preparação e desenvolvimento da formação, e, se for caso
disso, o seu acompanhamento;
- Despesas associadas à aquisição e desenvolvimento dos serviços, nomeadamente as despesas
com a aquisição dos bens materiais e imateriais a eles alocados;
- Apenas são elegíveis as despesas respeitantes a custos adicionais suportados pelos
beneficiários para a execução dos projectos. Não são elegíveis, nomeadamente, os custos
relacionados com a aquisição ou amortização de terrenos ou de edifícios, a aquisição de bens em
estado de uso e a amortização de bens móveis e imóveis existentes.