programa mestrado ec - estudos medievais e renascentistas

15
7/24/2019 Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas http://slidepdf.com/reader/full/programa-mestrado-ec-estudos-medievais-e-renascentistas 1/15 2º Ciclo em Estudos Clássicos  Especialização em Estudos Medievais e Renascentistas

Upload: monica-cordovil

Post on 20-Feb-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

7/24/2019 Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

http://slidepdf.com/reader/full/programa-mestrado-ec-estudos-medievais-e-renascentistas 1/15

2º Ciclo em Estudos Clássicos 

Especialização em

Estudos Medievais e

Renascentistas

Page 2: Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

7/24/2019 Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

http://slidepdf.com/reader/full/programa-mestrado-ec-estudos-medievais-e-renascentistas 2/15

2º Ciclo em Estudos Clássicos 2014/2016

Especialização em Estudos Medievais e Renascentistas

2

2º Ciclo em Estudos Clássicos (2014-2016)

ESTUDOS MEDIEVAIS  E RENASCENTISTAS

Coordenação Geral do Mestrado: Doutor Carmen Soares ([email protected])Coordenação da especialização em Estudos Medievais e Renascentistas:Doutora Nair Castro Soares ([email protected])

A parte curricular do curso será ministrada em regime de b-learning, combinando o uso de umaplataforma de ensino à distância (entre Outubro de 2014 e Janeiro de 2015) com a leccionação deuma parte presencial intensiva (Fevereiro de 2015). Os meses compreendidos entre Março e Junhode 2015 serão dedicados ao desenvolvimento e orientação dos trabalhos nais de cada seminário.

Plano de Estudos

TRADIÇÃO CLÁSSICA

Doutora Nair de Castro Soares

LITERATURA LATINA DA IDADE MÉDIA

Doutor António Manuel Rebelo

CULTURA E SOCIEDADE NA IDADE MÉDIA

Doutora Paula Barata Dias

CULTURA BIZANTINA

Doutor Frederico Lourenço

LITERATURA LATINA DO RENASCIMENTO

Doutora Nair Castro Soares

HUMANISMO RENASCENTISTA EM PORTUGAL

Doutora Margarida Miranda

Page 3: Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

7/24/2019 Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

http://slidepdf.com/reader/full/programa-mestrado-ec-estudos-medievais-e-renascentistas 3/15

2º Ciclo em Estudos Clássicos 2014/2016

Especialização em Estudos Medievais e Renascentistas

3

PREÂMBULO GERAL

A articulação das diferentes unidades curriculares do Mestrado em Estudos Medievais e Renascen-tistas, no tronco comum de Estudos Clássicos, na sua componente grega e latina, é feita de forma

natural, dada a importância da cultura medieval monástica e da cultura bizantina – desde a quedado Império romano do Ocidente, em 476 – na conservação e transmissão dos textos dos autoresgregos e latinos. Os Seminários previstos de “Literatura Latina na Idade Média”, “Cultura esociedade na Idade Média” e “Cultura Bizantina” procuram dar resposta a esta área cronológicados Estudos Clássicos. A segunda área cronológica, Estudos Renascentistas, tem início a partir daqueda de Constantinopla e do Império Romano do Oriente, em 1453, que ocasionou a chegada aItália de grandes mestres bizantinos, e com eles o incentivo no conhecimento do grego e o iníciodo movimento humanista – centrado no estudo lológico dos textos gregos e latinos originais,então redescobertos – movimento este que se propagou por toda a Europa e teve o seu apogeunos dois séculos seguintes. Os seminários “Literatura Latina do Renascimento” e “Humanismo Re-

nascentista em Portugal” focam o estudo deste rico período cultural português e europeu. Procu-rando respeitar a natureza interdisciplinar dos Estudos Clássicos, o seminário “Tradição Clássica”,transversal a todos os ramos do Mestrado, prevê seminários de Literatura, Cultura, Filosoa e Arte,proporcionando um enquadramento geral comum, assente nas matrizes greco-latinas que até hojeperduram, numa intersecção de culturas e mentalidades da civilização do universal.

Contato:

Instituto de Estudos ClássicosLargo da Porta FérreaFaculdade de Letras

Universidade de Coimbra3004-530 CoimbraPortugal

telf: 239 859 981/2

Apresentação de Candidaturas

Datas:1ª fase: 15 de março a 30 de abril

2ª fase: 01 de junho a 15 de julho3ª fase: 15 de agosto a 5 de setembrofase extraordinária: 15 a 31 de outubro

Mais informação: http://www.uc.pt/uc/candidaturasLocal: online em www.uc.pt/candidatos/online

Page 4: Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

7/24/2019 Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

http://slidepdf.com/reader/full/programa-mestrado-ec-estudos-medievais-e-renascentistas 4/15

2º Ciclo em Estudos Clássicos 2014/2016

Especialização em Estudos Medievais e Renascentistas

4

PROGRAMA

TRADIÇÃO CLÁSSICADoutora Nair de Castro Silva

O programa da cadeira de Tradição Clássica visa destacar os processos como, durante a IdadeMédia e o Renascimento, a Europa se assumiu como legatária e transmissora da literatura e da cul-tura clássica, assim como as personalidades que se encarregaram de efectuar essa transmissão. E,enm, fazer a leitura da tradição clássica como ‘lugar’ de construção da memória colectiva.

Objectivos da unidade Curricular

– Conhecer o fenómeno do Humanismo em Portugal, num período fundamental da conso-lidação da cultura ocidental. Identicar a sua actividade literária e intelectual, bem como os seus

principais agentes e mecenas.– Reconhecer as linhas de continuidade do Humanismo português com o Humanismo euro-

peu e os factores de especicidade do fenómeno português.

– Sensibilizar o aluno para a riqueza interdisciplinar das fontes históricas neolatinas e para oseu enorme proveito, quer para o conhecimento da cultura portuguesa, quer para o estudo das suasrelações com a cultura europeia e com as outras culturas do Novo Mundo, desde o Brasil à Índia eao Japão.

– Reconhecer a continuidade da tradição clássica enquanto traço signicativo e matricial deuma identidade e de um imaginário ocidental.

– Identicar os processos de transmissão da tradição clássica e a sua recepção na cultura dohumanismo português.

– Perspectivar a tradição clássica como chave de leitura do Novo Mundo ‘descoberto’.

1. Tradição Retórica:

A recepção da retórica clássica na obra dos humanistas do Renascimento: a retórica, arte da per-suasão, factor de civilização e poderoso recurso político. O reencontro dos textos maiores da retó-

rica latina, no primeiro Humanismo italiano. A retórica como ciuilis scientia: Jorge de Trebizonda(Rhetoricorum libri V, Veneza, 1472). A relação da arte retórica com os demais ramos do saber: arelação entre conhecimento e linguagem e o seu papel como instrumento de unidade e coerência natransmissão da enkyklios paideia renascentista. A união da Retórica e a Ética Política. A retórica dopoder: as orações de obediência ao Papa e as embaixadas à cúria romana, os elogios de cidades e agrandeza dos seus régios artíces, os panegíricos, a tratadística pedagógico-política.

2. História e Humanismo:

A história paradigmática, repositório de exempla, segundo a lição de Tito Lívio (prefácio a Ab urbecondita). A história, opus rhetoricum: a preocupação em ajustar a beleza do discurso histórico à

grandiosidade dos feitos dos antepassados (Lorenzo Valla, prefácio ao primeiro livro das suas Ele-gantiae Latinae). As importantes versões latinas de autores gregos, no séc. XV, sob a égide do PapaNicolau V, o fundador da Biblioteca Vaticana, base de muitas outras que se zeram em língua vul-gar, e a familiarização do grande público com a história antiga. A gloricação do passado mítico-his-tórico de Roma (a Monarquia de Dante e Il principe de Maquiavel) entre os humanistas europeus,

Page 5: Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

7/24/2019 Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

http://slidepdf.com/reader/full/programa-mestrado-ec-estudos-medievais-e-renascentistas 5/15

2º Ciclo em Estudos Clássicos 2014/2016

Especialização em Estudos Medievais e Renascentistas

5

que cantam a bravura dos seus heróis nacionais e a grandeza das suas pátrias.

3. Tradição dramática:

A comédia grega e a tragédia ática do século V, modelo universal e referência dramática incontor-nável. A comédia latina de Plauto e Terêncio e a poesia de Séneca. Imitação e emulação do teatrogrego. A originadidade da dramaturgia senequiana, face aos modelos dos tragediógrafos Ésquilo,

Sófocles e Eurípides.4. Tradição épica:

Homero princípio e fundamento da poesia épica. Virgílio, modelo por excelência do poeta, no Re-nascimento. A obra de Lucano e a fortuna da gura de César. Os modelos épicos em prosa.

Bibliograa Principal

AA.VV. (2009), Génese e Consolidação da Ideia de Europa. Vol. IV: Nair N. Castro Soares e SantiagoLópez Moreda (Coordenação) Idade Média e Renascimento, Coimbra.

AA.VV. (2008), Latineuropa. Latim e cultura neolatina no processo de construção da identidadeeuropeia: Soares, Nair N. Castro; Miranda, Margarida; Urbano, Carlota M. (coord.). Coimbra.

AA.VV. (2011), Homo eloquens homo politicus. A retórica e a construção da Cidade na Idade Mé-dia e no Renascimento: Nair N. Castro Soares.; Miranda, Margarida; Urbano, Carlota M.(coord.).Coimbra.

AA.VV. (2004), Humanismo para o nosso tempo. Homenagem a Luís de Sousa Rebelo. Nascimento,Aires do et alii (coord.). Lisboa.

BARRETO, L. F. (1983), Descobrimentos e Renascimento. Formas de ser e de pensar nos séculos XV eXVI. 2ªed., Lisboa, 1983..

BUCK, August (1980), L’eredità clássica nelle letterature neolatine del Rinascimento, trad. Ital., Bres-cia.

COCHRANE, Eric (1981), Historians and historiography in the Italian Renaissance. Chicago.

FUMAROLI, M. (1999), Histoire de la rhétorique dans l’Europe moderne 1450-1950. Paris

HIGUET, G, The classical tradition. Greek and Roman inuences on Western literature, Oxford, 1949.

HOWARD, P. (2003), Heritage. Management, Interpretation, Identity. London.

KRISTELLER, P. O. (1961-1965), Renaissance thought. The Classic, Scholastic and Humanist Strains, 2vols. New York.

 LASH, S. e FRIEDMAN, J. (1993), Modernity & identity. Oxford.

 MIRANDA, Margarida (2009) O código pedagógico dos jesuítas. Ratio studiorum da Companhia de Jesus – Regime escolar e Curriculum de estudos. Lisboa.

PINHO, Sebastião T. de (2006) Humanismo em Portugal. Estudos. I. Lisboa.

PEREIRA, Belmiro F. (2012), Retórica e eloquência em Portugal na época do Renascimento. Lisboa.

Page 6: Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

7/24/2019 Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

http://slidepdf.com/reader/full/programa-mestrado-ec-estudos-medievais-e-renascentistas 6/15

2º Ciclo em Estudos Clássicos 2014/2016

Especialização em Estudos Medievais e Renascentistas

6

RAMALHO, Américo da Costa (1988-2013), Para a História do Humanismo em Portugal, I-IV, Coim-bra-Lisboa- Coimbra.

REBELO, Luís de Sousa (1982), A Tradição Clássica na Literatura Portuguesa, Lisboa, Horizonte Uni-versitário, 1982.

SOARES, Nair N.C. (1994), O Príncipe ideal no século XVI e a obra de D. Jerónimo Osório, Coimbra.

SOARES, Nair N.C. (1996), Teatro clássico no séc. XVI: A Castro de António Ferreira. Fontes. Origina-lidade. Coimbra.

SOARES, Nair N.C. (3 ed. 2010), Diogo de Teive, Tragédia do Príncipe João. Introdução, texto latino,tradução e notas de Nair De Nazaré Castro Soares. Coimbra.

LITERATURA LATINA DA IDADE MÉDIADoutor António Manuel Rebelo

Este seminário visa dar a conhecer algumas das linguagens literárias da Idade Média, sujeitas, porum lado, à diluição da estabilidade da norma clássica e, por outro, ao aparecimento de instâncias decontrolo ideológico, como são as novas soluções políticas desenvolvidas no império romano ociden-tal e a envolvência da espiritualidade cristã.

1. Os códigos literários da Literatura Latina na Idade Média vs. Legado da Antiguidade Clássica.

2. A prosa hagiográca: Sulpício Severo, Vida de S. Martinho (séc.V)

3. A poesia religiosa: Elegias, hinos e sequências.4. A poesia profana: Cancioneiros de Benediktbeuern (Carmina Burana), de Cambridge (CarminaCantabrigiensia).

5. A hagiograa medieval portuguesa em latim: A vida de S. Teotónio.

6. A oração fúnebre: O Sermão nas exéquias de D. Inês de Castro de D. João de Cardaillac.

7. A historiograa medieval portuguesa em latim: O De Bello Septensi de Mateus de Pisano.

Bibliograa Principal

DAG NORBERG, “Introduction à la versication latine medieval”, in Acta Universitatis Stockholmien-sis: Studia Latina Stockholmiensia, 5, Stockholm, 1958 (repr.: Paris, 1984).

DAG NORBERG, “La poésie latine rythmique du haut moyen âge”, in Studia Latina Holmensia, 2,Stockholm, 1954.

DAG NORBERG, “Manuel pratique de latin medieval”, in Connaissance des langues, 4, Paris, 1968(repr. 1980).

ERNST ROBERT CURTIUS, “Literatura Européa e Idade Média Latina”, in Linguagem e Cultura, 24, trans-

lation Teodoro Cabral e Paulo Rónai, São Paulo, 1996.

FERNANDO BAÑOS VALLEJO, La hagiografía como género literario en la Edad Media, Oviedo, 1989.

FRANZ BRUNHÖLZL, Histoire de la Littérature Latine du Moyen Âge, trad. De l’allemand par Henri Ro-

Page 7: Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

7/24/2019 Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

http://slidepdf.com/reader/full/programa-mestrado-ec-estudos-medievais-e-renascentistas 7/15

2º Ciclo em Estudos Clássicos 2014/2016

Especialização em Estudos Medievais e Renascentistas

7

chais; compléments bibliographiques pour l’édition française par Jean-Paul Bouhot, 3 vols,Louvain-la-Neuve, 1990-96.

 JACQUES DUBOIS ET JEAN-LOUP LEMAÎTRE, Sources et méthodes de l’hagiographie médiévale (Histoire),Préface de Joseph Van der Straeten, Paris, 1993.

 JOSÉ GERALDES FREIRE, “Problemas literários da Vita Sancti Theotonii”, in Santa Cruz de Coimbra do

Século XI ao Século XX – Estudos no IX Centenário do Nascimento de S. Teotónio 1082-1982,Coimbra, 1984, pp. 85-117.

 JOSÉ GERALDES FREIRE, “Da lologia clássica do séc. XIX à lologia cristã (grega e latina) e ao latimtardio, especialmente no ocidente hispânico (séc. IV-VII)”, As Humanidades Greco-Latinas ea Civilização do Universal – Actas, Coimbra, 1988, pp. 483-507.

 JOSÉ GERALDES FREIRE, “Oração de Sapiência. O Latim Medieval em Portugal: Língua e Literatura”,Separata dos Discursos da Abertura Solene das Aulas na Universidade de Coimbra, 18 deOutubro de 1995, Coimbra, 1995.

MAX MANITIUS, “Geschichte der lateinischen Literatur des Mittelalters” (Handbuch der Altertum-swissenschaft IX 2, 1-3), 3 vols, München, 1911-1931.

OLEGARIO GARCÍA DE LA FUENTE, Latín bíblico y Latín cristiano, Madrid, 1994.

RAOUL  C. VAN  CAENEGEM, Manuel des Études Médiévales. Typologie des sources – Historique –Grandes collections , avec la collaboration de F. L. Ganshof. Nouvelle édition mise à jour parL. Jocqué, Traduction de l›anglais par B. Van de Abeele, Louvain-la-Neuve, 1997

RÉGINALD GRÉGOIRE, Manuale di agiologia. Introduzione alla letteratura agiograca, vol. 12, Fabriano,

1987.G. CAVALLO, C. LEONARDI, E. MENESTÓ  eds (1993-1998) Lo spazio letterario del medioevo, Roma :

Salerno Eds, 6 vols, Vol.1, Tomo 1 e 2: La produzione del testo. - Vol.2 :La circolazione deltesto. - Vol. 3: La ricezione del testo. - Vol. 4: l’attualizzazione del testo. - Vol. 5: Cronologia ebibliograa della letteratura mediolatina.

 JAMES HOWARD-JOHNSTON AND PAUL ANTONY HAYWARD (1999) The cult of Saints in late antiquity and theMiddle Ages : essays on the contribution of Peter Brown.

 JEAN-PIERRRE FOUCHER, (1963) La littérature latine du Moyen Age, Presses Universitaires de France,

1963.RITA COPELAND, (1995) Hermeneutics, and translation in the Middle Ages : academic traditions and

vernacular texts, Cambridge University Press, 1995

CULTURA E SOCIEDADE NA IDADE MÉDIAPaula Barata Dias

Tendo nós denido a alta Idade Média e o espaço europeu herdeiro do legado greco-romano comocontexto histórico para este seminário, pretende-se:- estudar as circunstâncias sociais, económicas, políticas e religiosas e os principais eventos históri-cos que envolveram o m objetivo do império romano do ocidente, no séc. V;- estudar as linhas temáticas que sustentam, quer os aspetos de continuidade, quer os aspetos de

Page 8: Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

7/24/2019 Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

http://slidepdf.com/reader/full/programa-mestrado-ec-estudos-medievais-e-renascentistas 8/15

2º Ciclo em Estudos Clássicos 2014/2016

Especialização em Estudos Medievais e Renascentistas

8

rutura, por recriação, transformação ou recusa, em relação ao modelo estrutural clássico;- estudar a cristianização da cultura e da sociedade como aspeto central característico da alta IdadeMédia.

1. De Roma às nações da Europa:

1.1. O m do Império Romano do Ocidente. Do declínio interno à tese da implosão. o relevo dos fac-tores externos.1.2 Novos tempos, novas gentes. a génese de nações europeias nos novos estados herdeiros das inva-

sões bárbaras. a ascensão da igreja como instituição reguladora da sociedade e da cultura.1.3 O estreitamento das fronteiras físicas e ideológicas: o termo da comunicação e da unidade cultural

entre o oriente grego e o ocidente latino.

2. A sociedade e a cultura da Idade Média em relação ao modelo civilizacional clássico: aspectosde continuidade e de ruptura:

2.1 O direito e a preservação do ordenamento jurídico romano;

2.2 A civilização do escrito. A conservação do latim como língua de comunicação e de cultura. sinaisde perturbação do sistema comunicacional. do latim aos romances;  2.3 O declínio do mundo urbano e o predomínio da ocupação rural;

2.4 O abaixamento das condições de conforto e de qualidade de vida. a decadência do comércio, par-ticularmente no Mediterrâneo;

2.5 A diversidade dos descendentes da unidade romana. O confronto entre os vários renascimentos(visigótico, irlandês; carolíngio). As novas romanidades. A integração do norte e do leste europeu na Româ-nia;

3. O cristianismo como instância modeladora da sociedade e da cultura da idade média:3.1 Etapas da cristianização do mundo greco-latino. a matriz judaica. do conito à integração da igrejano império romano;3.2 a Bíblia: da bíblia judaica aos Septuaginta, à Vetus Latina, às traduções de S. Jerónimo, à Vulgata,

às versões em línguas modernas;3.3 O solidicar das estruturas religiosas cristãs: o surgimento da hierarquia e da liturgia como ins-

tâncias de ordenação secular. a formação do dogma católico romano. as várias heterodoxias. o grande cismado ocidente como símbolo da ruptura primordial da unidade greco-romana;

3.4 O fenómeno monástico dentro da igreja, na sociedade e na cultura europeias. Antecedentes, ca-racterísticas, principais manifestações e protagonistas da espiritualidade monástica. O mosteiro enquanto

herdeiro das funções anteriormente atribuídas à cidade antiga.

Bibliograa Principal

Será apresentada uma seleção de textos ilustrativa dos pontos denidos no programa, em que estãocontemplados os seguintes autores/textos:Historia Augusta; Notitia Dignitatum; Lactâncio; Santo Agostinho, S. Jerónimo, Venâncio Fortunato,Cassiodoro, Beda, “Leis de Teodósio”, “Leis de Justiniano”; “Leis Romano-Bárbaras”, Bíblia, “Actasdos Concílios Ecuménicos”, Cassiano de Marselha, Gregório Magno, Regra de S. Bento, Isidoro deSevilha, Frutuoso de Braga, Alcuíno.

Bibliograa sumária

BANNIARD, M. Génese Cultural da Europa, sécs. V-VIII (trad. port), Terramar, Lisboa, 1995 (1989).

Page 9: Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

7/24/2019 Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

http://slidepdf.com/reader/full/programa-mestrado-ec-estudos-medievais-e-renascentistas 9/15

2º Ciclo em Estudos Clássicos 2014/2016

Especialização em Estudos Medievais e Renascentistas

9

BOGAERT, P. M. “La Bible latine des origines au moyen âge. Aperçu historique, état des questions”, Re-vue théologique de Louvain, 19, 20; 1988-1989, pp. 137-159.; 276-314.

BRAGUE, Remi, Europe, la voie romaine, (trad. francesa), Paris, Criterion, 1998, (1992).

BROWN, P. (The Making of Late Antiquity, Cambridge, Harvard University Press, 1978; The Worldof Late Antiquity AD 150-750, from Marcus Aurelius to Muhammad, London, Thames and

Hudson, 1971-1989.

BROWN, P., Power and Persuasion in Late Antiquity: Towards a Christian Empire, Madison, Univer-sity of Wisconsin Press, 1992.

CAMERON A., The Later Roman Empire AD 284-430, Howard University Press, 1993.

CASTAÑEDA G. et al. (Ed.), La aportación romana a la formación de Europa: naciones, lenguas y cul-turas. Madrid, 2005.

DIAS, P. B. “Testemunhos de identicação e de compromisso sobre a crise de Roma (séc. V) no Epis-

tolário de S. Jerónimo”, Biblos n.v. 2006, pp. 35-48.

DIAS, P. B., “Romanitas e Universalismo Cristão – reexões cristãs sobre o poder de Roma”, Soares,N. de Castro coord., Génese e Consolidação da ideia de Europa, vol. IV Idade Média e Renas-cimento, CECH, Coimbra, 2009, pp. 35-48.

DIAS, P. B.“Patres Europae: Bento de Núrsia e Carlos Magno na génese da Europa na Alta IdadeMédia”, Soares N. de Castro et al. Coord.,Latineuropa, Latim e Cultura Neolatina no proces-so de construção da identidade Europeia, Coimbra, 2008, pp. 107-127.

DIAS, P. B., “Espaço e fronteiras do mundo romano na Antiguidade Tardia. Continuidade e rupturasem relação à Europa Actual”, Oliveira F. de coord., Espaços e Paisagens. Antiguidade Clás-sica e Heranças Contemporâneas, Vol. 2. Línguas e Literaturas. Idade Média. Renascimento.Recepção, CECH-APEC, Coimbra, 2009, pp. 312-325.

DONINI, A. História do Cristianismo, das origens a Justiniano, ed. 70, Lisboa, 1988 (1964).

FONTAINE, J. Le monde latin antique et la Bible, Beauchesne, Paris, 1984.

GAUDEMET J., Institutions de l’Antiquité, PARIS, 1967.

GIBBON, E., Decline and fall of the Roman Empire, 1787, cap. 38 (trad. franc. Histoire du Déclin et dela Chute de l’Empire Romain, Robert Laffont, 1983, t. I, pp. 1110-1161)

GIRARD, P.-F., Manuel élémentaire de droit romain, Paris, Dalloz, 2003 (1895).

GONZÁLEZ R., Roma y la urbanización de Occidente, Madrid, Arco Libros, 1997.

HARRINGTON, W. Nouvelle Introduction a la Bible (Trad. Franc.), Seuil, Paris, 1971 (1970) s.v. VIII “Leslangues de la Bible”, pp. 125-147.

LE GOFF J., A civilização do Ocidente Medieval, 2 vols, Lisboa, editorial Estampa, 1983, (1ª ed. 1964)

LE GOFF, J. L’Europe est-elle née au Moyen Âge?, Seuil, Paris, 2003, s.v. cap. I; Préludes: avant leMoyen Âge”; cap. 2 “Une Europe Avortée: le monde carolingien VIII-X siècle”, pp. 17-59.

LEE, A. D., Pagans and Christians in Late Antiquity. A Sourcebook, Routlerdge, 2000.

Page 10: Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

7/24/2019 Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

http://slidepdf.com/reader/full/programa-mestrado-ec-estudos-medievais-e-renascentistas 10/15

2º Ciclo em Estudos Clássicos 2014/2016

Especialização em Estudos Medievais e Renascentistas

10

LOT, F., O Fim do Mundo Antigo e o princípio da Idade Média, ed. 70, Lisboa, 1991 (1927).

MARROU, H., I. L’Église de l’Antiquité Tardive, Seuil, 1985 (1963).

MOHRMANN C., «Le latin, langue de la chrétienté Occidentale», Études sur le Latin des Chrétiens,raccolta di studi e testi storia e leteratura, Roma, 1977, t. 2, pp. 51-81.

MONDÉSERT, Cl. Le monde grec ancient et la Bible, Beauchesne, Paris, 1984.

NEMO P.– O que é o Ocidente? Lisboa, Edições Setenta, 2005.

NEVES, J. Carreira, O que é a Bíblia, Casa das Letras, Lisboa, 2008.

PINTO, E. Vera-Cruz, “A tensão entre Cristianismo e Ius Romanum como tópico patrimonial daHistória do pensamento jurídico, Antiguidade Clássica: Que fazer com este património? Coló-quio à memória de Victor Jabouille, Lisboa, CEC, 2003, pp. 109-121.

RICHÉ, P. et al. ed., Le Moyen Âge et La Bible, Beauchesne, Paris, 1984.

ROSTOVTZEFF M., História social y económica del Imperio Romano (trad. esp.), Espasa-Calpe Madrid,1972, (1926).

ROUGÉ, J., Les Institutions romaines de la Rome Royale à la Rome chrétienne, Paris, Armand Colin,1969.

SETTIS S., El futuro de lo clásico (trad. esp.), Abada Editores, Madrid, 2006.

SOARES, N. de Castro e t al. (coord.), Latineuropa. Latim e cultura neolatina no processo de constru-ção da identidade europeia, FLUC; IEC; CECH, Coimbra, 2008, s.v. MCCARTHY M..“Augustine

and the construction of Christian Europe”, pp. 15-27;

STOTZ, P., “La langue latine au Moyen-âge: persistance et transformation, autorité et disponibilité”,pp. 73-89.

STEINER, A Bíblia Hebraica e a Divisão entre judeus e cristãos, Relógio d’Água, 1996.

TROCMÉ, R., “Porquoi le christianisme est-il devenu romain?”, Ktema, 17, Strasbourg, 1992, pp. 297-304.

WALSH, P., “Un Europa che fu unita dalla língua latina”, Lavagne, H. Il Latino per un’Europa

intelligente. Atti dell Convegno organizzato dall’Unione Latina, Roma, 1990, pp. 39-48.

WARD-PERKINS, B., A Queda de Roma e o m da civilização, Aletheia, Lisboa, 2006 (2005).

CULTURA BIZANTINADoutor Frederico Lourenço

O programa da cadeira de Cultura Bizantina visa destacar os processos como Bizâncio se assumiu

como legatária e transmissora da cultura grega clássica, assim como as personalidades que se encar-regaram de efetuar essa transmissão.

1. Um confronto de culturas: paganismo e cristianismo;

Page 11: Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

7/24/2019 Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

http://slidepdf.com/reader/full/programa-mestrado-ec-estudos-medievais-e-renascentistas 11/15

2º Ciclo em Estudos Clássicos 2014/2016

Especialização em Estudos Medievais e Renascentistas

11

2. Iconoclasmo;

3. Consequências culturais da reposição da Ortodoxia;

4. Fócio, o maior intelectual bizantino;

5. Áretas: vestígios de uma biblioteca de autores gregos;6. Miguel Pselo, polígrafo do século XI.

Bibliograa Principal

LEMERLE, P., Le premier humanisme byzantin, Paris, 1971.

MANGO, C., Bizâncio, o Império da Nova Roma, Edições 70, 2008.

NICOL, D.M., The Last Centuries of Byzantium, 1261-1453, Cambridge, 1993.

WILSON, N. G., Scholars of Byzantium, London, 1996 (revised edition).

LITERATURA LATINA DO RENASCIMENTODoutora Nair de Castro Soares

O espírito e a letra dos Clássicos na Literatura Latina do Renascimento.A descoberta dos clássicos e o crescimento exponencial da escolarização e do ensino teve como re-

sultado uma enorme renovação das formas literáriascom características transnacionais, à luz do espírito cosmopolita que dominava o Renascimento.O orescimento da literatura latina no Renascimento coincidiu também não só com um períodode ouro das literaturas nacionais na Europa (e o próprio nascimento da literatura brasileira) mastambém com a valorização da Retórica como coroa dos saberes e a institucionalização dos estudoshumanísticos.Conhecer o contexto intelectual em que oresceu esta nova Literatura Latina, as condições em queconviveu com as dos diversos países, os autores que a engrandeceram, os géneros cultivados e assuas especicidades, eis o objectivo genérico do presente seminário.

-Humanismo e Pedagogia no Renascimento

- As vias de invenção do discurso literário- a poesia épica- a história, a biograa, o panegírico e a hagiograa- a poética trágica: do modelo grego ao modelo senequiano (o teatro de tema mitológico, de temahistorico e teatro bíblico)- O diálogo no Renascimento; - O lirismo idílico na literatura do Renascimento: a Arcádia de Sannazaro e a poesia bucólica;- A literatura renascentista e os tópoi de inspiração clássica (as armas e as letras; a guerra justa; obom rei e o tirano; os trabalhos do rei; o ideal de aurea mediocritas; a idade do ouro; o ideal de gló-ria; a verdadeira nobreza; o tema da loucura).

- Cidades ideais e elogio de cidades- A utopia, aureus libellus de Thomas More, e o confronto entre o ideal e o real nas cidades ideais doRenascimento: a sedução platónica e o contacto com os Descobrimentos Portugueses. 

Page 12: Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

7/24/2019 Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

http://slidepdf.com/reader/full/programa-mestrado-ec-estudos-medievais-e-renascentistas 12/15

2º Ciclo em Estudos Clássicos 2014/2016

Especialização em Estudos Medievais e Renascentistas

12

Bibliograa Principal

AA.VV. (2009), Génese e Consolidação da Ideia de Europa. Vol. IV: Nair de Nazaré Castro Soares eSantiago López Moreda (Coordenação) Idade Média e Renascimento, Coimbra: Imprensa daUniversidade.

AA.VV. (2008), Latineuropa. Latim e cultura neolatina no processo de construção da identidadeeuropeia. Coimbra,

AA.VV. (1976), Platon et Aristote à la Renaissance, XVIe colloque international de Tours, Paris..

RAMALHO, Américo da Costa (1988-2013), Para a História do Humanismo em Portugal, I-V, Lisboa--Coimbra.

AQUIEN, Michèle et MOLINIÉ, Georges (eds.) (1999), Dictionnaire de rhétorique et de poétique, Paris.

FUMAROLI, M. (1980), L’âge de l’éloquence: rhétorique et “res literaria” de la Renaissance au seuil de

l’époque classique, Genève.GALANDERIE, M. de la (1976), Christianisme et lettres profanes (1515-1535), Lille-Paris.

GOYET, F. (1990), Traités de poétique et de rhétorique de la Renaissance, Paris.

KRISTELLER, P. O (1990)., Renaissance thought and the arts. Princeton, New Jersey, Princeton Univer-sity Press.

 LAURENS, P. et BALAVOINE, C. (1975), Musae reduces: anthologie de la poésie latine dans l’Europe dela Renaissance. Leiden.

LAUSBERG, H. et alii (1998) , Handbook of Literary Rhetoric. Leiden.

LECOINTE, J. (1993), L’idéal et la différence. La perception de la personnalité à la Renaissance. Genève.

MARGOLIN, J.-C (1977), L’avènement des temps modernes. Paris.

MARGOLIN, J.-C.(1981), L’Humanisme en Europe au temps de la Renaissance. Paris.

MARGOLIN, J.-Cl.(1973), Guerre et paix dans la pensée d’Érasme. Paris.

MATOS

, L.(1991), L’expansion portugaise dans la littérature de la Renaissance. Lisboa.MELKIEL, M. R. Lida de (1968), L’idée de la gloire dans la tradition occidentale. Moyen Âge Occiden-

tale, Castille. Paris.

RABIL, A. Jr. (ed.) (1988), Renaissance Humanism: foundations, forms and legacy. Philadelphia (3vols).

RAMALHO, Américo da Costa (2001), “A literatura novilatina em Portugal” in História da LiteraturaPortuguesa. ¨Renascimento e Maneirismo. Lisboa: Vol. 2. P. 23-46

RENS BOD

, Jaap Maat (2011), Thijs Weststeijn , The Making of the Humanities: Vol. 1 Early ModernEurope, Amsterdam..

ROSA, Lucia Gualdo (1984), La fede nella “paideia”: aspetti della fortuna europea di Isocrate nei se-coli XV e XVI, Roma.

Page 13: Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

7/24/2019 Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

http://slidepdf.com/reader/full/programa-mestrado-ec-estudos-medievais-e-renascentistas 13/15

2º Ciclo em Estudos Clássicos 2014/2016

Especialização em Estudos Medievais e Renascentistas

13

SILVA, V. M. Aguiar e (1974), “O texto literário e os seus códigos”, in Colóquio / Letras, 21: 23-33.

SOARES, Nair Castro (1993), “A literatura de sentenças no Humanismo Português: res et uerba”, inHumanismo português na época dos Descobrimentos (Coimbra, 9 a 12 de Outubro de 1991),Actas, Coimbra, 1993, p. 377-410.

SOARES, Nair Castro (1994), O príncipe ideal no século XVI e a obra de D. Jerónimo Osório, Coimbra.

WEBER, H. (1955), La création poétique au XVIe en France de Maurice Scève à Agrippa D›Aubigné,Paris.

VAN THIEGEM, P. (1966), La littérature latine de la Renaissance: étude d’histoire littéraire européenne.Genève.

HUMANISMO RENASCENTISTA EM PORTUGALDoutora Margarida Miranda

O projecto AltaSophia e a inscrição da Universidade de Coimbra na Lista do Património Mundial daUNESCO são iniciativas que convocam à redescoberta do riquíssimo património cultural ligado aoColégio das Artes, dos autores e das obras que projectaram a Universidade de Coimbra no mundo.Para os humanistas, o studium (não o nascimento) era a nova forma de dignicação do homem.Com este seminário pretende-se conhecer o fenómeno do Humanismo literário e intelectual queligou Portugal e o Mundo Novo num só espaço, ao longo de um período fundamental de consolida-ção da cultura europeia, identicando a sua produção cultural, bem como os seus principais agentese mecenas.

O aluno apercebe-se assim da riqueza interdisciplinar das fontes históricas neolatinas e do seu enor-me proveito, quer para o conhecimento da cultura portuguesa e do universo intelectual de gurascomo o Padre António Vieira, quer para o estudo das suas relações com a cultura europeia e com asoutras culturas do Novo Mundo, desde o Brasil à Índia e ao Japão.

Uma atenção especial será dada ao contacto com as fontes, de modo a introduzir o aluno na leiturade textos antigos, não só impressos como Manuscritos.

1. Introdução do humanismo em Portugal

1.1 Humanismo latino do Ocidente às Índias. Humanismo no cruzamento de culturas;1.2 Retratos de humanistas;

2. Os colégios dos Jesuítas e o ensino do humanismo em Portugal, na Europa e no Novo Mundo. Opapel do Real Colégio das Artes da Universidade de Coimbra no mundo;2.1 A primeira rede escolar global: A Ratio Studiorum e a institucionalização dos estudos humanísticos;2.2 Coimbra e o cânone: Manuel Álvares, Cipriano Soares, Pedro Perpinhão e Miguel Venegas.

2.2.1 O plano de estudos: Gramática, Humanidades, Retórica e Filosoa. O lugar do teatro.2.2.2 Ciências e losoa natural no plano de estudos jesuítico O ensino dos Jesuítas e a unidade/diversi-

dade dos saberes.

3. Interdisciplinaridade das fontes literárias neolatinas3.1 O humanismo jesuítico e a conguração do universo intelectual de António Vieira;3.2 Leitura e transcrição de fontes do humanismo neolatino em Portugal;

Page 14: Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

7/24/2019 Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

http://slidepdf.com/reader/full/programa-mestrado-ec-estudos-medievais-e-renascentistas 14/15

2º Ciclo em Estudos Clássicos 2014/2016

Especialização em Estudos Medievais e Renascentistas

14

Bibliograa Principal

AA. VV., Humanismo Português na Época dos Descobrimentos. Coimbra: 1993;

AA.VV. L’Humanisme portugais et l’Europe. Actes du Colloque, Paris, Fundação Gulbenkian 1984;

AA.VV. Latineuropa. Latim e cultura neolatina no processo de construção da identidade europeia.Coimbra, 2008, 380 pp;

AA.VV. O Humanismo Português (1500-1600). Lisboa: Academia das Ciências, 1988;

BRANDÃO, Mário, O Colégio das Artes, Coimbra, 1924-1933;

Código Pedagógico dos Jesuítas. Ratio Studiorum da Companhia de Jesus – Regime escolar e Curri-culum de estudos. Edição bilingue latim-português. Versão portuguesa de Margarida Miran-da. «Ratio Studiorum, um modelo pedagógico» por José Manuel Martins Lopes S.J., Lisboa,Esfera do Caos, 2009, pp. 290;

DIAS, José Sebastião da Silva, A política cultural da época de D. João III. Coimbra, 1969;

FEINGOLD, Mordechai (Editor), Jesuit Science and the Republic of Letters (Transformations: Studiesin the History of Science and Technology), The MIT Press (Massachusetts Institute of Tech-nology), 2003;

HOOYKAAS, R., O Humanismo e os Descobrimentos nas Ciências e nas Letras Portuguesas do SéculoXVI. Lisboa, Gradiva, 1983;

MATOS, Luís de, L’expansion portugaise dans la littérature latine de la Renaissance, Lisboa, 1991;

MIRANDA, Margarida “Música e dança na Tragicomédia do Rei Dom Manuel, de António de Sousa(1619)” in J. M. Pedrosa Cardoso e M. Margarida Lopes de Miranda (Coord.), Os Sons doClássico. No 100º aniversário de Maria Augusta Barbosa. Coimbra, Imprensa da Universida-de, 2012, pp. 79-100;

MIRANDA, Margarida, “A Ratio Studiorum e a educação da Europa. Atenas, Roma e Jerusalém” in,Génese e Consolidação da Ideia de Europa. Vol. IV: Nair de Nazaré Castro Soares e SantiagoLópez Moreda (Coordenação) Idade Média e Renascimento, Coimbra: Imprensa da Univer-sidade, 2009, pp. 343-365;

MIRANDA, Margarida, “A Ratio Studiorum e o desenvolvimento de uma cultura escolar na Europamoderna” Humanitas 63 (2011) 473-491;

MIRANDA, Margarida, “A Ratio Studiorum e os fundamentos de uma cultura escolar na Europa e noBrasil” in ARNAUT DE TOLEDO, Cesar de Alencar; RIBAS, Maria Aparecida Barreto; SKA-LINSKI JÚNIOR, Oriomar (Org.) Origens da Educação Escolar no Brasil Colonial. Volume I.1. ed. Maringá: EDUEM, 2012. v. 1. 319p: 171- 198;

MIRANDA, Margarida, “A Retórica, chave de leitura do teatro jesuítico” Humanitas 64 (2012) 115-126;

Miranda, Margarida, “As Artes do Real Colégio das Artes. Entre a sua matriz e outra” Biblos n.s. 9

(2011) 11-31;

MIRANDA, Margarida, “Quando os Jesuítas eram mestres da palavra: a Retórica segundo a Ratio Stu-diorum” Humanitas 65 (2013) 183-199;

Page 15: Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

7/24/2019 Programa Mestrado EC - Estudos Medievais e Renascentistas

http://slidepdf.com/reader/full/programa-mestrado-ec-estudos-medievais-e-renascentistas 15/15

2º Ciclo em Estudos Clássicos 2014/2016

Especialização em Estudos Medievais e Renascentistas

MIRANDA, Margarida, “Sequendus Aristoteles. Da ciência e da natureza na Ratio Studiorum (1599)”Humanitas 61 (2009) 179-190;

MIRANDA, Margarida, “Sobre o ensino dos Jesuítas e o caminho para a descoberta das ciências” inMaria Cristina Pimentel e Paulo Farmhouse Alberto (org.), Vir bonus peritissimus aeque.Estudos de homenagem a Arnaldo do Espírito Santo, Lisboa, Centro de Estudos Clássicos,2013: 825-833;

MIRANDA, Margarida, «O Humanismo no Colégio de São Paulo (séc. XVI) e a tradição humanísti-caeuropeia» Humanitas 62 (2010) 243-263;

MIRANDA, Margarida, «O teatro na proposta pedagógica dos Jesuítas» in M. Gonçalves, C. Morais e J.M. M. Lopes (org.) Repensar a Escola Hoje: o Contributo dos Jesuítas Universidade CatólicaPortuguesa, Faculdade de Filosoa, Braga, 2007, pp.327-340;

MIRANDA, Margarida, «O teatro, o palco e o púlpito na Ratio Studiorum (1599)» Belmiro FernandesPereira e Marta Várzeas (Org.) Retórica e Teatro. A palavra em acção, Porto, Universidade do

Porto, 2010;MIRANDA, Margarida, Teatro nos Colégios dos Jesuítas. A Tragédia de Acab de Miguel Venegas S. I.

e o início de um género dramático (séc. XVI). Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2006;

O’MALLEY, John W., (Ed), The Jesuits: Cultures, Sciences, and the Arts, 1540-1773, Volume 1, Univer-sity of Toronto Press;

O’MALLEY, John W., The First Jesuits, Harvard University Press, 1993;

O’MALLEY, John W., The Jesuits II: Cultures, Sciences, and the Arts, 1540-1773. University of Toronto

Press, 2006;RAMALHO, Américo da Costa, “Humanismo em Portugal” in Dicionário de História Religiosa em

Portugal. Lisboa, 2000:1. pp. 375-380;

RAMALHO, Américo da Costa, “O Humanismo (depois de 1537)” in História da Universidade emPortugal 1537-1771. Coimbra-Lisboa, 1997:2. pp. 695-720;

RAMALHO, Américo da Costa, «Os Humanistas e a divulgação dos Descobrimentos», Humanitas.Coimbra. 43-44 (1991-1992) pp. 17-36;

SOARES

, Nair Castro, Miranda, Margarida e Urbano, Carlota M. (Coords.), Latineuropa. Latim e cul-tura neolatina no processo de construção da identidade europeia. Coimbra, 2008;