programa: orfeu e eurÍdice

16
DIREÇÃO ARTÍSTICA LUÍSA TAVEIRA

Upload: companhia-nacional-de-bailado

Post on 10-Mar-2016

240 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

ORFEU E EURÍDICE Olga Roriz coreografia ∙ C.W.Gluck música ∙ Nuno Carinhas cenário e figurinos ∙ Cristina Piedade desenho de luz ∙ Paulo Reis assistente da coreógrafa para a dramaturgia ∙ Sylvia Rijmer assistente da coreógrafa Divino Sospiro, Ecce Ensemble e Coro da ESML interpretação musical ∙ Paulo Vassalo Lourenço maestro do coro ∙ Inês Lopes assistente do maestro do coro ∙ Massimo Mazzeo direção musical

TRANSCRIPT

Page 1: PROGRAMA: ORFEU E EURÍDICE

DIREÇÃO ARTÍSTICALUÍSA TAVEIRA

Page 2: PROGRAMA: ORFEU E EURÍDICE

ORFEUE EURÍDICE

Fevereirodias 27 e 28 às 21h

Marçodias 1, 6, 7, 8, 13,14 e 15 às 21hdias 2, 9 e 16 às 16h

Escolas5 de dezembro às 15h

DIVINO SOSPIRO,ECCE ENSEMBLEE CORO DO ESMLPaulo VassaloLourençomaestro do coro

Inês Lopesassistente do maestrodo coro

Massimo Mazzeodireção musical

Olga Rorizcoreografia

ChristophWillibald Gluckmúsica

Nuno Carinhascenário e figurinos

Cristina Piedadedesenho de luz

Paulo Reisassistente dacoreógrafa paraa dramaturgia

Rui Alexandreensaiador

Sylvia Rijmerassistente dacoreógrafa

Estreia mundialLisboa, Teatro Camões,27 de fevereiro de 2014

Page 3: PROGRAMA: ORFEU E EURÍDICE

A FUNDAÇÃO EDP

É MECENAS PRINCIPAL DA COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO

E MECENAS EXCLUSIVO DA DIGRESSÃO NACIONAL

Page 4: PROGRAMA: ORFEU E EURÍDICE

ORFEUE EURÍDICE¯¯¯ Olga Roriz,

¯¯¯ 25 de janeiro 2014

Esta é a segunda encomenda, após Pedro e Inês, da Companhia Nacional de Bailado para criar uma peça com um tema e uma partitura musical maiores.Mais um grande desafio, mas sobretudo uma extraor-dinária viagem.Dentro da bagagem trouxe tudo o que me pertence, não um pouco do que sou ou o que resta de mim, mas eu por inteiro.Uma mala repleta de tudo o que me faz mover, respirar, todos os pequenos e grandes gestos guardados no meu corpo em cofre aberto.O coração aos saltos a palpitar de emoção por cada cor-po que se abre e fecha para mim.É disso que sou feita, de um perpétuo lamento, êxtase, paixão, melancolia... sempre a busca de um sentir cada vez mais privado.É o meu ser emocional que me move, esse sentir em cada gesto, a cada passo a descoberta dos outros, fa-zendo-me e desfazendo-me neles. Nunca dançaria se não existisse a emoção.O meu prazer é feito de ínfimos desejos concretizados.É feito da infinda procura momento a momento. Do pensamento tornado possibilidade. Da partilha com os meus intérpretes. Da maravilha que é assistir à apro-priação de cada um e ainda me surpreender.É aí que o viver me faz sentido, neste encontro constan-te do que do meu corpo se propaga para quem me dança e me transforma. —

Eurydice perdida que no cheiroE nas vozes do mar procura Orpheu:Ausência que povoa terra e céuE cobre de silêncio o mundo inteiro.

Assim bebi manhãs de nevoeiroE deixei de estar viva e de ser euEm procura de um rosto que era o meuO meu rosto secreto e verdadeiro. Porém nem nas marés nem na miragemEu te encontrei. Erguia-se somenteO rosto liso e puro da paisagem.

E devagar tornei-me transparenteComo morta nascida à tua imagemno mundo perdida esterilmente.

¯¯¯ Sophia de Mello Breyner Andresen,

¯¯¯ Soneto de Eurydice, in Tempo Dividido, 1954

Page 5: PROGRAMA: ORFEU E EURÍDICE

Filho de um rei da Trácia e de Calíope, a primeira das Musas e patrona da Poesia, Orfeu é o mais sagrado mú-sico da Antiguidade. O seu canto comovia os homens, superava a melopeia das sereias, aplacava tempesta-des, interrompia o voo dos pássaros, amansava animais selvagens, fazia curvar árvores. Diz a lenda que inventou e aperfeiçoou a cítara, instrumento que acompanhava a sua voz, ao aumentar o número de cordas de 7 para 9, homenageando assim as nove musas. Alusões a este herói-cantor-poeta são encontradas nas obras de Pínda-ro, Ésquilo, Eurípedes e Platão que, apesar de o criticar por preferir cantar do que morrer por amor, o entronizou em A República, em plena época clássica (séc. IV a.C.).Todos eles narram, com as previsíveis variantes, a his-tória de Orfeu que sofre um grande desgosto no dia dos seus esponsais com a ninfa Eurídice que, ao fugir do as-sédio de Aristeu, pisa uma serpente que a pica e a mata. Orfeu, dilacerado pela dor, desce ao Reino dos Infernos para resgatar a sua bem amada.Graças ao seu canto encantatório convence Hades, deus do Mundo Inferior, a devolver-lhe com vida a sua ama-da. Este acede na condição de Orfeu não olhar para trás

enquanto não transpuser os limites do Inferno. Porém, o herói não resiste e olha para trás para se certificar que a mulher o segue de perto. Nesse mesmo instan-te, Eurídice desaparece e Zeus fulmina Orfeu com um raio. A sua cabeça é atirada ao Hebro onde flutua até Lesbos, cantando todo o percurso. Também a sua cítara, lançada às águas, flutua até uma praia da mesma ilha, nas cercanias do templo de Apolo que convence Zeus a transformar o instrumento musical numa constelação. Zeus acede e coloca a cítara de Orfeu entre Hércules e o Cisne. Outra lenda relata-nos que as musas enterram o cantor em Limetra e que, do seu túmulo, ecoa por toda a Grécia o mais suave canto de um rouxinol.Só mais tarde, na era dourada da literatura romana, no Quarto Livro das Geórgicas de Virgílio e sobretudo no Livro X das Metamorfoses de Ovídio, é que Orfeu des-ponta como figura dominante e que merece um final fe-liz nos braços da sua Eurídice. Porém, antes do enlace redentor, Orfeu, incapaz de voltar a dirigir o olhar para o ideal feminino, é desmembrado por bacantes iradas pelo despeito. A mitologia grega, generosa em mitos que chegaram até nós eternos e intemporais, retrata a vida que há em cada um de nós, independentemente de épocas ou geo-grafias. Todos somos deuses e heróis da nossa história, todos somos Orfeu, todos somos Eurídice. Quem já não chorou ou chorará alguma vez o amor perdido e desceu aos infernos para o recuperar?

Orfeu é também um herói fundador. Peter Conrad, na sua obra A Song of Love and Death, escreve que a ópera, durante a Itália Renascentista, começa com um mistério: o do ressurgimento da adoração pagã numa oposição provocadora ao Cristianismo. Para os músicos amadores e intelectuais que fundaram a Camerata Fio-rentina, a ópera era matéria esotérica que só poderia ser investigada à porta fechada, melhor, in camera. Este colegiado de nobres florentinos dedicou-se ao estudo da cultura clássica, em especial ao teatro grego onde

ORFEUE EURÍDICE¯¯¯ Rui Esteves,

¯¯¯ fevereiro 2014

Juntos passavam no cair da tardeJovens luminosos muito antigos

¯¯¯ Sophia de Mello Breyner Andresen,

¯¯¯ Orpheu e Eurydice, in Obra Poética,

¯¯¯ Musa, 2º Andamento, 1947

Page 6: PROGRAMA: ORFEU E EURÍDICE

se inspiraram para inaugurar um novo género: o drama per musica.Orfeu foi o primeiríssimo herói a ser celebrado nesta nova forma musical por Jacopo Peri (Eurydice, 1600) e Claudio Monteverdi (Orpheus ed Eurydice,1607). Mas, popularmente, o mito do herói grego ganha um lugar definitivo no repertório operático entre 1762 e 1774, quando Christoph Willibald Gluck escreve três versões da ópera Orpheus ed Eurydice, todas elas com um feliz desfecho ovidiano, ou seja com Eurídice regressando a Orfeu acompanhada pela Deusa do Amor e por uma série de danças que festejam o triunfo do amor. Gluck e o libre-tista Calzabigi, em pleno século das luzes e do otimismo, iniciam uma revolução ao transformarem a lenda numa obra que pretende transcender o mero entretenimento à la italienne, originando um novo ideal estético para o teatro de ópera: segundo as palavras do próprio Gluck, tudo se resume a uma ‘nobre simplicidade’, a uma total ausência de virtuosismo vocal, a uma união consistente da música à dança e à poesia numa auspiciosa antecipa-ção do que seria, sensivelmente um século mais tarde, o verdadeiro gesamtkunstwerk wagneriano.Em novembro de 1859, estreia-se no Théâtre Lyrique de Paris uma versão que Hector Berlioz dedica ao meio-so-prano Pauline Viardot, o seu amor de então. Três curio-sidades: Marius Petipa coreografa os bailados desta produção, Camille Saint-Saëns é o assistente musical e, na orquestra apenas com 17 anos, está Jules Massenet como timpaneiro a quem o próprio Berlioz faz questão de elogiar a afinação. A partir desta versão surgiram outras tantas mais ou menos fiéis à de Berlioz, muitas vezes cantadas em italiano por inúmeros contraltos e meio-sopranos, o que veio contribuir para que esta obra se fixasse até aos nossos dias no repertório operático.

Na ópera, a descida de Orfeu ao mundo subterrâneo para seguir o seu intento e resgatar o objeto amado repete-se com Tamino na A Flauta Mágica, de Mozart, Leonora em Fidelio, de Beethoven, e Loge e Wotan em Das Rhein-

gold, de Wagner, todos são movidos por uma situação teatral onde lhes é exigido o disfarce das emoções. O mais prolífero e complexo dos mitos inspira ainda Heinrich Schütz para compor Orpheus und Eurydice (1638), o primeiro bailado alemão, Haydn para L’Anima del Filosofo, ossia Orpheus ed Eurydice (1791), a sua última ópera e nunca cantada em vida do compositor, Offenbach para Orphée aux Enfers, opera bouffe (1858), odiada por uma larga fação da crítica parisiense que viu nesta sátira à mitologia uma espécie de profanação de uma herança primordial. Liszt, Milhaud, Malipiero e Stravinsky são alguns dos compositores que se inspira-ram igualmente em Orfeu, esse inventor de ritos mági-cos e divinatórios. Na pintura, Apollinaire cria o termo ‘cubismo órfico’, assente essencialmente na obsessão das cores fortes que surgirão nas telas futuras de De-launay, Picabia e Duchamp. No cinema, Jean Cocteau filma Orphée (1949) e Le Testament de Orphée (1959). Neste mesmo ano, Marcel Camus dirige Orfeu Negro que se desenrola numa favela do Rio de Janeiro. É um Orfeu carnavalesco ao som da música de Tom Jobim e Luís Bonfá e inspirado na peça teatral Orfeu da Concei-ção, de Vinicius de Morais. Em 1999, surge outra versão cinematográfica, desta vez autorada por Cacá Diegues.

Não admira que o mito de Orfeu seja porventura o mais cantado na obra lírica de Sophia de Mello Breyner An-dresen. Cursada em Filologia Clássica, Sophia sempre se deixou arrebatar pelos deuses greco-romanos, pe-las suas ambivalências, contrastes, imperfeições ou vinganças. A Orfeu ela dedica nove composições, seis delas tendo Eurídice como motivo central. Nessas com-posições, a poeta não se limita a evocar o episódio mais conhecido do herói cantor. Debruça-se igualmente so-bre o orfismo enquanto religião de uma Antiguidade por ela tão amada. Em torno deste mito, são múltiplas as interrogações postuladas por Sophia, tal como são as interpretações e leituras dos poetas de outrora. O mun-do poético de Sophia revolve-se numa esfera visionária

Page 7: PROGRAMA: ORFEU E EURÍDICE

de sentimentos transfiguradores onde, como escreveu Rilke - quiçá um dos seus modelos de eleição -, ‘ todas as coisas ressoam a profundidade infinita’. Para Sophia, Orfeu é a sublimação perfeita das forças apolíneas, a encarnação da beleza e da ordem cosmológica, um ser essencialmente dividido pelo amor. A sua alma, que nunca poderá habitar o corpo que a aprisionou, aspira à libertação que o fará reunir-se ao cosmos universal. Impotente, espera pelos deuses, pois só eles a poderão conceder-lhe. Como escreve na sua Elegia ‘aprende a não esperar por ti pois não te encontrarás’.

1975 é ano fértil para Pina Bausch: cria não só a ‘sua’ Sagração da Primavera, como também Orpheus und Eu-rydice, obra que quase esteve para ser apresentada en-tre nós por ocasião de Lisboa94, não fossem problemas técnicos e/ou indecisões de calendário da coreógrafa. Dela existe um registo televisivo captado em 2008 e dançado pelo Ballet da Ópera de Paris. Nesta tanzoper, dividida em quatro partes, a problemática deste herói trácio não transcende nem amor nem morte, confina-se tão somente a um exercício alienatório de emoções que convida Pina a um lirismo coreográfico inédito na sua obra. Ou seja, assistimos mais a dança propriamente dita do que a exercícios assentes em situações do im-previsto e do absurdo, duas das muitas constantes tea-trais que fizeram de Pina Bausch uma referência maior do bailado do século XX. E será talvez por essa razão que Orfeu é das suas obras menos apresentadas.

Depois de Noite de Ronda, Orfeu e Eurídice é a segun-da encomenda que Luísa Taveira, Diretora Artística da Companhia Nacional de Bailado dirige a Olga Roriz. Após intermináveis leituras sobre o mito, Olga decide prescindir dele e embarcar sem destino em busca da sua própria conceção, melhor, perder-se no próprio mito. Se-gundo palavras da coreógrafa, o drama do poeta cantor que ousou violar o interdito e olhar para o que deveria permanecer encoberto a seus olhos resume-se, essen-

cialmente, a um interminável lamento. A música da ópera de Gluck, numa partitura montada segundo as ne-cessidades narrativas da coreógrafa, sustenta a história a contar. Com a morte de Eurídice, morrem para Orfeu todas as mulheres. E os múltiplos sinais repetem-se e desdobram-se ao longo da obra fazendo de Orfeu um ser universal, um ente comovente comandado por um Amor que plasma e segue os seus gestos, lhe dita as intenções mais íntimas. Tudo transcorre numa dualidade sonhadora onde, voltando a Sophia, ‘nunca se distingue bem o vivido do não vivido’.

E já que, só em sonhos, podemos interromper o voo dos pássaros ou amansar as feras, aprendamos ao menos a comover o humano. Com os gestos de Olga, com os versos de Sophia, com os acordes da cítara de Orfeu. —

Page 8: PROGRAMA: ORFEU E EURÍDICE

Christoph Willibald Gluck nasceu em Erasbach, na Alemanha, e fa-

leceu, aos 73 anos, em Viena de Áustria. Num colégio jesuíta, em

Chomutov, estudou canto, piano, órgão e violino. Aos 17 anos viajou

para Praga, onde prosseguiu os estudos musicais e ingressou na

universidade. Posteriormente, em Milão, estudou composição com

o organista e compositor Giovanni Battista Sammartini. No Teatro

Ducal, em Milão, experimentou o primeiro grande sucesso com a

ópera Artaserse. Ao longo de quatro anos, compôs óperas para

o mesmo teatro e ainda para Veneza, Crema e Turim. Com estes

primeiros trabalhos conquistou importante reconhecimento como

compositor dramático. Em 1745, a convite de Lord Middlesex, viajou

para Londres e mais tarde para Paris, onde o dramatismo da ópera

de Rameau o instigou a alterar a sua conceção de teatro musical. Fi-

xa-se mais tarde em Viena onde duas casas fidalgas se distinguiam

pelos cenáculos de literatos, dramaturgos e artistas que a eles

aderiam: a da missão diplomática de Portugal junto do império aus-

tríaco, chefiada pelo Duque de Lafões, D. João de Bragança, e a do

Conde Durazzo, representante da República de Génova em Viena.

Nesses encontros era figura de realce o poeta e financeiro Ranieri

de Calzabigi, conhecido pelo seu expressar contra o mau gosto rei-

nante entre os compositores de ópera e contra o convencionalismo

dos libretos de Pietro Metastasio. Por isso, Calzabigi acolheu calo-

rosamente Gluck que também demonstrou a sua discordância com

a poesia e dramaturgia do principal autor de textos poéticos para o

serviço da casa de Áustria. Assim nasceu uma parceria memorável

iniciada com o libreto de Calzabigi para o bailado D. João, e con-

tinuada com as óperas Orfeu, Alceste e a dedicada ao Duque de

Lafões: Peride ed Elena. Gluck compôs peças para outros bailados

de cariz dramático como Semiramide, Iphigénie e Achille. Em 1772,

a Ópera de Paris apresentou Iphigénie en Aulide e dois anos mais

tarde a sua ópera Orfeo alcançou um imenso sucesso. Ainda hoje,

Gluck é tido como um dos maiores reformistas da ópera. Autores

como Piccinini e Cherubini inspiraram-se nas fórmulas de Gluck

para compor. A longevidade da sua música, a influência e o legado

deixado serão as suas maiores conquistas, traduzidos na perfeição

pela sua obra mais representativa: Orpheus ed Eurydice. —

C. W. GLUCKMÚSICA—

OLGA RORIZCOREOGRAFIA—

Olga Roriz, natural de Viana do Castelo teve como formação ar-

tística na área da Dança o curso da Escola de Dança do Teatro

Nacional de S. Carlos, com Ana Ivanova, e o curso da Escola de

Dança do Conservatório Nacional de Lisboa. Em 1976 ingressou

no elenco do Ballet Gulbenkian, sob a direção de Jorge Sala-

visa, permanecendo até 1992, tendo sido primeira bailarina e

coreógrafa principal. Em maio de 1992 assumiu a direção artís-

tica da Companhia de Dança de Lisboa. Em fevereiro de 1995

fundou a Companhia Olga Roriz, da qual é diretora e coreógrafa.

O seu reportório na área da dança, teatro e vídeo é constituído

por mais de 90 obras, onde se destacam as peças Treze Gestos

de um Corpo, Isolda, Casta Diva, Pedro e Inês, Paraíso, Electra,

Nortada e A Sagração da Primavera. Criou e remontou peças

para um vasto número de companhias nacionais e estrangeiras

entre elas o Ballet Gulbenkian e Companhia Nacional de Bai-

lado (Portugal), Ballet Teatro Guaira (Brasil), Ballets de Monte

Carlo (Mónaco), Ballet Nacional de Espanha, English National

Ballet (Reino Unido), American Reportory Ballet (E.U.A.), Maggio

Danza e Alla Scala (Itália). Internacionalmente os seus trabalhos

foram apresentados nas principais capitais Europeias, assim

como nos E.U.A., Brasil, Japão, Egito, Cabo Verde, Senegal e

Tailândia. Tem um vasto percurso de criação de movimento para

o teatro e ópera. Na área do cinema realizou três filmes, Felicita-

ções Madame, A Sesta e Interiores. Várias das suas obras estão

editadas em DVD pela produtora Real Ficção, realizadas por Rui

Simões. Uma extensa biografia sobre a sua vida e obra foi edita-

da em 2006, pela Assírio&Alvim, com texto de Mónica Guerrei-

ro. Desde 1982 Olga Roriz tem sido distinguida com relevantes

prémios nacionais e estrangeiros. Entre eles destacam-se o 1º

Prémio do Concurso de Dança de Osaka-Japão (1988), Prémio

da melhor coreografia da revista londrina Time-Out (1993), Pré-

mio Almada (2004), Condecoração com a insígnia da Ordem do

Infante D. Henrique – Grande Oficial pelo Presidente da Repúbli-

ca (2004), Grande Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores e

Milleniumbcp (2008), Prémio da Latinidade (2012). —

Page 9: PROGRAMA: ORFEU E EURÍDICE

Nasceu em Lisboa. Diretora técnica da Companhia Nacional de

Bailado desde 2004, estudou Iluminação em Portugal, Espanha e

nos EUA. Foi convidada a lecionar Iluminação a técnicos, coreó-

grafos e bailarinos em Portugal, Inglaterra e Finlândia. Desem-

penhou funções de diretora técnica, programadora, operadora,

colaboradora técnica e desenhadora de luz de espetáculos no

Royal Festival Hall, Londres em 1998 e Encontros Coreográficos

de Bagnolet, em 1994, festivais de teatro e dança, como Miradas

Atlânticas, Exposição ARCO Madrid, Navegar é Preciso em São

Paulo e ainda concertos de Björk e Madonna, apresentados por

toda a Europa, Estados Unidos da América e Austrália. Das cria-

ções de luz para dança e teatro distinguem-se: O Cansaço dos

Santos, de Clara Andermatt; O Sorriso da Gioconda, Leonardo,

Puro-Sangue/Mulheres e Realidade Real, de Lúcia Sigalho; En-

caramelado, de Aldara Bizarro; Um golpe de sorte numa mera

crise não é suficiente, Babilónia, de Teresa Prima/João Galante;

Espiões Agentes Duplos e outros carácteres suspeitos, de João

Galante, Carlota Lagido e Filipa Francisco; Ever Wanting, de

Paula Castro; Terra Plana e Minimally Invasive, de Paulo Henri-

que; Primeiro nome, Le (baseado no desenho original de Miran

Sustersic), D. São Sebastião, Gust, More e À Força, de Francisco

Camacho; e em co-criação, Apetite, Pop Corn, de António Feio;

Conversas da treta, de António Feio e José Pedro Gomes; Ao

Vivo e Comédia Off, de Paulo Ribeiro; Jump-up-and-Kiss-me,

Confidencial, O Amor ao canto do bar vestido de negro, Nortada,

7 Silêncios de Salomé e A Cidade de Olga Roriz. Para além dos

já citados, desde 1988 até hoje, destacam-se ainda colaborações

com coreógrafos e encenadores como Vera Mantero, José Lagi-

nha, João Fiadeiro, Sílvia Real, Sofia Neuphard, Rui Nunes, Amé-

lia Bentes, Madalena Vitorino, Fiona Wright, Howard Sonenklar,

Jessica Levy, Joana Providência, João Fiadeiro, Margarida Bet-

tencourt, Nigel Chernock ou Miguel Pereira. Para a CNB dese-

nhou as luzes de Pedro e Inês e Noite de Ronda, de Olga Roriz,

Giselle, de Georges Garcia, Requiem de Rui Lopes Graça, Lento

para Quarteto de Cordas, de Vasco Wellenkamp, Romeu e Julie-

ta, de John Cranko e Cinderela, de Michael Corder. —

Nuno Carinhas é um pintor, cenógrafo, figurinista e encenador

português. Como cenógrafo e figurinista, trabalhou com os

encenadores Ricardo Pais, Fernanda Lapa, João Lourenço, Fer-

nanda Alves e Jorge Listopad, os coreógrafos Paula Massano,

Vasco Wellenkamp, Olga Roriz e Paulo Ribeiro, e o realizador

Joaquim Leitão, entre outros. Em 2000, realizou a curta-metra-

gem Retrato em Fuga (Menção Especial do Júri do Buenos Aires

Festival Internacional de Cine Independente 2001). Escreveu

Uma Casa Contra o Mundo, texto encenado por João Paulo Cos-

ta (Ensemble, 2001). Das suas encenações destacam-se alguns

dos espetáculos do Teatro Nacional São João, de que é Diretor

Artístico desde 2009: O Grande Teatro do Mundo, de Calderón

de la Barca (1996); A Ilusão Cómica, de Pierre Corneille (1999);

O Tio Vânia, de Anton Tchékhov (2005); Todos os que Falam, qua-

tro dramatículos de Samuel Beckett (2006); Beiras, três autos de

Gil Vicente (2007); Tambores na Noite, de Bertolt Brecht (2009);

Breve Sumário da História de Deus, de Gil Vicente (2009); An-

tígona, de Sófocles (2010); Exactamente Antunes, de Jacinto

Lucas Pires, a partir de Almada Negreiros, numa encenação

conjunta com Cristina Carvalhal (2011); Alma, de Gil Vicente;

Casa das Pardas, de Maria Velho da Costa, com adaptação de

Luísa Costa Gomes (2012); e Ah, os Dias Felizes, de Samuel Be-

ckett (2013). Também em 2013, a convite da Casa da Música,

encenou Quartett, ópera de Luca Francesconi, adaptação do

texto de Heiner Müller. Encenou ainda textos de dramaturgos

como Federico Garcia Lorca, Brian Friel, Tom Murphy, Frank

McGuinness, Wallace Shawn, Jean Cocteau, António José da

Silva, Luísa Costa Gomes, entre muitos outros. —

NUNO CARINHASCENÁRIO E FIGURINOS

CRISTINA PIEDADEDESENHO DE LUZ

— —

Page 10: PROGRAMA: ORFEU E EURÍDICE

Divino Sospiro, fundada acima da qualidade e da fidelidade da

interpretação, enfrenta o repertório antigo com o objetivo de

acordar um novo gosto estético, uma nova paixão pelo “ouvir”.

O agrupamento ocupa hoje um lugar incontornável na vida

musical, sendo reconhecido pela sua entrega, curiosidade e

forma intensa com que aborda o desafio da interpretação mu-

sical historicamente informada. Atuou nas mais importantes

salas de espetáculos e prestigiados festivais em Portugal e

no estrangeiro, entre os quais o Festival d’Ile de France, Folle

Journée de Nantes e Japão, Varna, San Lorenzo de L’Escorial,

Gdansk, Auditório Nacional de Espanha e o conceituado Festi-

val d’Ambronay, colocando-se na vanguarda da divulgação do

património cultural português. Tem efetuado várias gravações

para a Radio France, Antena 2, RTP e canal Mezzo. O seu pri-

meiro CD para a editora japonesa Nichion mereceu o galardão

de bestseller. Seguiram-se os CD’s dedicados à música portu-

guesa setecentista para a discográfica Dynamic, que tiveram

enorme sucesso entre o público e a crítica. É Orquestra em

Residência no CCB, sendo este facto de fundamental e recí-

proca importância para o desenvolvimento de uma realidade

artística de elevada qualidade a nível internacional. Em 2012

e 2013 apresentou em estreia mundial as oratórias Morte

d’Abel e Gioas, Re di Giuda de P. A. Avondano (1714-1782),

adicionando mais um fragmento para a reconstituição da fi-

gura deste compositor português. Em 2011 apresentou-se na

Temporada da Fundação Calouste Gulbenkian, recuperando a

tradição setecentista do Te Deum na véspera de São Silves-

tre, gravado em direto pela RTP. Desde 2012, colabora regu-

larmente com esta fundamental instituição do meio cultural

português. Em 2013, Divino Sospiro abriu no Palácio Nacional

de Queluz o “Centro de estudos setecentistas de Portugal”,

em colaboração com a empresa Parques de Sintra – Monte da

Lua, e é atualmente apoiada pela DGARTES. —

DIVINO SOSPIRO

Paulo Reis é licenciado em Design de Comunicação pelo IADE,

mestre em Corporate Identity pela Faculdade Complutense de

Madrid e fez formação em Dança/Teatro, Desenho e Pintura.

Tem trabalhado como Designer, Cenógrafo, Assistente de Dra-

maturgia, Decorador, em particular, nas áreas da Dança, Teatro

e Cinema, em Portugal e no estrangeiro. Participou também em

várias exposições nacionais de Artes Gráficas e Pintura; em 1997

iniciou a sua colaboração com a Companhia Olga Roriz. Realizou

o programa do espetáculo Start and Stop Again e em 1998 foi

convidado para assistente artístico e dramatúrgico da Compa-

nhia. Desde então tem tido uma colaboração assídua com a com-

panhia sendo responsável pelo apoio dramatúrgico, cenografia e

assistência de direção artística de muitos dos trabalhos da COR,

destacando-se os solos: Os Olhos de Gulay Cabbar, Electra e

A Sagração da Primavera. Paralelamente continuou a trabalhar,

em Portugal, França e Itália, com outros criadores como Camille

Rosheverg, Fabrizio Pazzaglia, Miguel Loureiro, Bruno Cochat,

Lídia Martinez, Miguel Gonçalves Mendes, Vera Mantero e o

grupo de teatro Cão Solteiro com o qual mantém colaboração

desde 1999. Na área da cenografia colaborou com a União Euro-

peia de Televisão para programas de entretenimento, em países

como Portugal, Espanha, Itália, Malta, Suíça, República Checa,

Estónia, País de Gales, entre outros. Como Designer Gráfico tra-

balhou para a banca Portuguesa e Africana, Empresas Petrolífe-

ras e Diamantíferas, o Gabinete do Primeiro Ministro de Angola,

a Presidência da República Angolana e vários Ministérios,

Câmara Municipal de Lisboa, Radio Televisão Portuguesa, Radio

Televisão Italiana, Teatro La Vilette, Teatro D. Maria II, Centro

de Espectáculos de Lisboa e CARRIS onde foi responsável pelo

projeto de reestruturação da imagem da empresa, que venceu o

prémio anual para melhor projeto de desenvolvimento. Participou

ainda em diversos projetos gráficos em Praga e Paris onde foi

colaborador da revista de Artes Plásticas francesa Jubilart. Na

área do design de interiores e decoração desenvolveu, a nível

nacional e internacional, diferentes projetos para particulares e

espaços comerciais. —

PAULO REISASSISTENTE DA COREÓGRAFAPARA A DRAMATURGIA

Page 11: PROGRAMA: ORFEU E EURÍDICE

O Ecce Ensemble é um agrupamento profissional formado por

jovens cantores portugueses que pretende ser uma referência a

nível nacional, no que à música vocal diz respeito. Paralelamen-

te a este desígnio, o Ecce Ensemble pretende servir de modelo

a futuros agrupamentos portugueses que se formem nesta área

específica. O Ecce Ensemble dedica uma parte substancial do

seu repertório à música do nosso tempo feita em Portugal e

divulga as novas tendências da música coral mundial. Parale-

lamente à divulgação de repertório português, o Ecce Ensemble

propõe um novo conceito de concerto onde o público poderá

confrontar escolas, estilos, épocas e estéticas por vezes anta-

gónicas num mesmo programa. A sua atividade artística tem re-

lação privilegiada com os estabelecimentos de ensino superior

de música, através de colaborações com jovens compositores e

jovens cantores que estagiam com o Ecce Ensemble. Num futu-

ro próximo o Ecce Ensemble irá estabelecer protocolos com as

escolas de ensino especializado da música, promovendo concer-

tos pedagógicos para estudantes dando-lhes a conhecer a nova

música e também servir de estágio para jovens diretores corais

de reconhecido mérito e que desenvolvam relevantes ações na

área da música coral. O Ecce Ensemble pretende ainda divulgar

a música portuguesa no estrangeiro através da gravação e edi-

ção sistemática das obras apresentadas em concerto. É dirigido

pelo maestro Paulo Vassalo Lourenço. —

ECCE ENSEMBLE

É um agrupamento que visa proporcionar uma prática coral de

excelência aos seus alunos expondo-os, durante o seu ciclo

letivo, ao mais variado tipo de repertório. O Coro de Câmara

da ESML tem realizado concertos um pouco por todo o terri-

tório nacional. Das suas apresentações públicas destacam-

-se: Weihnachts-Oratorium BWV 248 (Cantata I) e Magnificat

de Johann Sebastian Bach, Cantata Verbum Caro de Nuno

Côrte-Real, Requiem de Charpentier, Rejoice in the Lamb

de Bejamin Britten, Coronation Anthems de Georg Friedrich

Haendel, Chichester Psalms de Leonard Bernstein, Lauda per

la Nativitá del Signore de Otorino Respighi, Come Holy Ghost

de Jonathan Harvey e Painting Word Painting de Carlos Caíres,

em conjunto com a Orchestrutopica, Psalm 42 de Felix Men-

delssohn, Concerto VOCALIZZE, Magnificat&Nunc Dimitis de

Tarik O’Regan e Concertos nos Coliseus de Lisboa e do Porto,

em 2010, e Gravação do CD Ave Mundi, com Rodrigo Leão.

Para além da apresentação de Rei David de Arthur Honegger, em

conjunto com a Orquestra Sinfónica da ESML, o Coro de Câma-

ra da ESML realizou em 2011, no CCB, um programa intitulado

A Noite com o pianista Miguel Henriques, a 1ª audição Portu-

guesa da obra Celebrations de Vincent Persichetti, em parceria

com a Orquestra de Sopros da ESML, o Gloria de Francis Pou-

lenc e o Te Deum de Anton Bruckner. Em 2012 participou no

concerto de abertura do Summer Choral Fest e no Festival de

Música de Leiria, apresentando, pela primeira vez em Portugal,

a edição Levin do Requiem de Wolfgang Amadeus Mozart em

conjunto com o coro ONE (Singapura) e a Orquestra Filarmonia

das Beiras. Apresentou-se em concerto, em abril de 2013, no

encerramento do Festival Internacional de Música de Ankara

para apresentar a 8ª Sinfonia de Gustav Mahler em conjunto

com a Bilkent Symphony Orchestra e o Wroclaw Philharmonic

Choir. Foi galardoado com duas medalhas de ouro em dois

anos consecutivos no Summer Choral Fest. O Coro de Câmara

da ESML tem como titular o maestro Paulo Vassalo Lourenço e

como assistente a maestrina Margarida Simas. —

CORO DE CÂMARADA ESML

— —

Page 12: PROGRAMA: ORFEU E EURÍDICE

É diplomado pelo Conservatório de Veneza tendo aperfeiçoado

a sua técnica com Bruno Giuranna, Wolfram Christ e com os

membros dos célebres Quarteto Italiano e Quarteto Amadeus.

Posteriormente, integrou algumas das mais prestigiadas

orquestras italianas, dirigidas por insignes maestros como

Leonard Bernstein, Zubin Metha, Carlos Maria Giulini, Yuri

Temirkanov, Giuseppe Sinopoli, Georges Prête, Lorin Maazel

ou Valery Gergiev. Na primeira fase da sua carreira colaborou

com um vasto leque de artistas abrangendo áreas diversifica-

das, desde a música antiga à contemporânea, como Rinaldo

Alessandrini, Christopher Hogwood, Luciano Berio, Salvatore

Sciarrino, Mauricio Kagel, Aldo Clementi, Franco Donatoni ou

Giacomo Manzoni, compositor de quem recebeu felicitações

públicas. No ano de 2004, funda a orquestra barroca Divino

Sospiro que, num curto espaço de tempo, se afirma como uma

das orquestras de referência em Portugal. Com este grupo, já

se apresentou em alguns dos mais prestigiados festivais a nível

nacional e internacional. A apresentação em concerto, com o

Mahler Ensemble, da Sinfonia n.º 4 de Gustav Mahler, foi um

momento de viragem fundamental a nível artístico e pessoal.

Massimo Mazzeo dedica o seu percurso interpretativo à procura

de um estilo singular e de um equilíbrio entre uma visão histori-

camente informada e uma atitude que olha para a essência da

música, transcendendo posições preconcebidas. —

MASSIMO MAZZEODIREÇÃO MUSICAL—

PAULO VASSALO LOURENÇOMAESTRO DO CORO—

Doutorado pela Universidade de Cincinnati, estudou com Ste-

phen Coker e Earl Rivers (Direção Coral) e Mark Gibson e Chang

Zhang (Direção de Orquestra), tendo ainda trabalhado como Pro-

fessor Adjunto e Maestro Assistente no University of Cincinnati

Chamber Choir. Atualmente exerce funções de Professor Adjun-

to na Escola Superior de Música de Lisboa onde é coordenador

do Mestrado em Direção Coral. É maestro assistente do Coro

Gulbenkian trabalhando com Simone Young, Paul McCreesh,

Lawrence Foster, Alain Altinoglu e Joana Carneiro, entre ou-

tros. É frequentemente convidado por universidades e outras

instituições de ensino americanas, asiáticas e portuguesas para

ministrar Master Classes e palestras onde tem divulgado a mú-

sica e os compositores Portugueses. Apresentou-se quer como

maestro convidado ou dirigindo os seus próprios agrupamentos

em Espanha, França, E.U.A, Holanda, Turquia, Tailândia, Macau,

Brasil, Islândia, Israel, Singapura e China (Hong Kong). Dos

agrupamentos musicais que dirigiu destacam-se a Cincinnati

Philarmonia Orchestra, Sinfonietta de Lisboa, Filarmonia das

Beiras, Orquestra de Câmara de Utrecht, Orquestra Sinfónica da

ESML, Orquestra de Majdahonda-Madrid, Orquestra Académi-

ca Metropolitana, Orquestra da Juventude Musical Portuguesa,

Orchestra Opus XXI, North Kentucky Simphony Chorus, State

Choir of Turkey, Atheneum Choir of Cincinnati, Kopavogür Ka-

merkor entre outros. É membro fundador do quarteto TETVOCAL

com o qual realizou centenas de concertos em Portugal e no

estrangeiro. A sua discografia inclui 11 CDs para as etiquetas

EMI/VC, RCA/Victor, Movieplay, CMM e Key Records. A sua

atividade discográfica também se estende à produção musical

nomeadamente na colaboração com Rodrigo Leão. É diretor

artístico do festival VOCALIZZE e do Summer Choral Fest que

decorre anualmente em junho no CCB, integrado nas Festas de

Lisboa. Foi recentemente nomeado “Musical Advisor” da EURO-

PA CANTAT para o biénio 2014-16. —

Page 13: PROGRAMA: ORFEU E EURÍDICE

* Licença sem vencimento ** Prestadores de serviço *** Regime de voluntariado

DIREÇÃO ARTÍSTICA Luísa Taveira

BAILARINOS PRINCIPAIS Adeline Charpentier; Ana Lacerda; Barbora Hruskova; Filipa de Castro; Filomena Pinto; Inês Amaral; Peggy

Konik; Solange Melo; Alexandre Fernandes; Carlos Pinillos; Mário Franco; BAILARINOS SOLISTAS Fátima Brito; Isabel Galriça; Mariana

Paz; Paulina Santos; Yurina Miura; Andrea Bena; Brent Williamson; Luis d’Albergaria; Maxim Clefos; BAILARINOS CORIFEUS Andreia

Pinho; Annabel Barnes; Catarina Lourenço; Irina de Oliveira; Maria João Pinto; Marta Sobreira; Seong-Wan Moon; Armando Maciel;

Freek Damen; Miguel Ramalho; Ruben De Monte; Tom Colin; Xavier Carmo CORPO DE BAILE África Sobrino; Alexandra Rolfe; Almudena

Maldonado; Anabel Segura; Andreia Mota; Carla Pereira; Catarina Grilo; Charmaine Du Mont; Elsa Madeira; Filipa Pinhão; Florencia Siciliano;

Henriette Ventura; Inês Moura; Isabel Frederico; Júlia Roca; Margarida Pimenta; Maria Santos; Marina Figueiredo; Melissa Parsons;

Patricia Keleher; Shanti Mouget; Sílvia Santos; Susana Matos; Zoe Roberts; Christian Schwarm; Dominic Whitbrook; Dukin Seo; Filipe

Macedo; Francesco Colombo; Frederico Gameiro; João Carlos Petrucci; José Carlos Oliveira; Kilian Souc; Lourenço Ferreira; Mark Biocca;

Nuno Fernandes; Ricardo Limão; BAILARINOS ESTAGIÁRIOS Inês Ferrer; Leonor de Jesus; Tatiana Grenkova; Calum Collins; Joshua Earl;

Michael Abzalov; Tiago Coelho

MESTRES DE BAILADO Fernando Duarte (coordenador); Maria Palmeirim ENSAIADOR Rui Alexandre ADJUNTO DA DIREÇÃO

ARTÍSTICA João Costa COORDENADORA MUSICAL Ana Paula Ferreira COORDENADORA ARTÍSTICA EXECUTIVA Filipa Rola

COORDENADOR DE PROJETOS ESPECIAIS Rui Lopes Graça INSTRUTOR DE DANÇA NA PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE

LESÕES Didier Chazeu PIANISTAS CONVIDADOS Humberto Ruaz**; João Paulo Soares**; Jorge Silva** PROFESSORES CONVIDADOS

Guilherme Dias**; Aurora Bosch**

OPART E.P.E.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente José António Falcão; Vogal Adriano Jordão; Vogal João Pedro Consolado DIREÇÃO

DE ESPETÁCULOS Diretora Margarida Mendes; Carla Almeida (coordenadora); Bruno Silva (digressão e eventos); Natacha Fernandes

(assistente); ATELIER DE COSTURA Paula Marinho (coordenadora); Adelaide Pedro Paulo; Cristina Fernandes; Conceição Santos; Helena

Marques DIREÇÃO TÉCNICA Diretora Cristina Piedade; Sector de Maquinaria Alves Forte (chefe de sector); Miguel Osório; Carlos Reis*

Sector de Som e Audiovisuais Bruno Gonçalves (chefe de sector); Paulo Fernandes Sector de Luz Vítor José (chefe de sector); Pedro

Mendes Sector de Palco Ricardo Alegria; Frederico Godinho; Marco Jardim DIREÇÃO DE CENA Diretor Henrique Andrade; Vanda França

(assistente / contrarregra) Conservação do Guarda Roupa Carla Cruz (coordenadora) DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO Cristina de

Jesus (coordenadora); Pedro Mascarenhas Canais Internet José Luís Costa Vídeo e Arquivo Digital Marco Arantes Design João Campos**

Bilheteira Ana Rita Ferreira; Luísa Lourenço; Rita Martins ENSAIOS GERAIS SOLIDÁRIOS Luis Moreira*** (coordenador) PROJETOS

ESPECIAIS Fátima Ramos*** DIREÇÃO FINANCEIRA E ADMINISTRATIVA OPART Diretora Sónia Teixeira; António Pinheiro; Edna

Narciso; Fátima Ramos; Marco Prezado (TOC); Susana Santos Limpeza e Economato Lurdes Mesquita; Maria Conceição Pereira; Maria de

Lurdes Moura; Maria do Céu Cardoso; Maria Isabel Sousa; Maria Teresa Gonçalves DIREÇÃO DE RECURSOS HUMANOS OPART Sofia

Teopisto; Vânia Guerreiro; Zulmira Mendes GABINETE DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO Nuno Cassiano (coordenador); António Silva; Armando

Cardoso; Artur Ramos; Carlos Pires; Daniel Lima; João Alegria; Manuel Carvalho; Mário Marques; Miguel Vilhena; Rui Rodrigues e Sandra

Correia GABINETE JURÍDICO OPART Fernanda Rodrigues (coordenadora); Anabela Tavares; Inês Amaral; Juliana Mimoso** Secretária do

Conselho de Administração Regina Sutre OSTEOPATA Vasco Lopes da Silva** SERVIÇOS DE FISIOTERAPIA Fisiogaspar** SERVIÇOS

DE INFORMÁTICA Infocut

Page 14: PROGRAMA: ORFEU E EURÍDICE

Filipa de Castro e Carlos PinillosHenriette Ventura e Miguel RamalhoEnsaios de estúdio

Page 15: PROGRAMA: ORFEU E EURÍDICE
Page 16: PROGRAMA: ORFEU E EURÍDICE

BILHETEIRAS E RESERVASTeatro CamõesQuarta a domingodas 13h às 18h (01 nov – 30 abr)

das 14h às 19h (01 mai – 31 out)

Dias de espetáculo até meia-hora apóso início do espetáculo.Telef. 218 923 477

Teatro Nacional de São CarlosSegunda a sexta das 13h às 19hTelef. 213 253 045/6

Ticketlinewww.ticketline.ptTelef. 707 234 234

Lojas Abreu, Fnac, Worten,El Corte Inglés, C.C. Dolce Vita

CONTACTOSTeatro CamõesPasseio do Neptuno, Parque das Nações,1990 - 193 LisboaTelef. 218 923 470

INFORMAÇÕES AO PÚBLICONão é permitida a entrada na sala enquanto o espetáculo está a decorrer (dec. lei nº315/95 de 28 de Novembro); É expressamente proibido fi lmar, fotografar ou gravar durante os espetáculos; É proibido fumar e comer/beber dentro da sala de espetáculos; Não se esqueça de, antes de entrar no auditório, desligar o seu telemóvel; Os menores de 3 anos não poderão assistir ao espetáculo nos termos do dec. lei nº116/83 de 24 de Feverei-ro; O programa pode ser alterado por motivos imprevistos.Espetáculo M/3

WWW.CNB.PT // WWW.FACEBOOK.COM/CNBPORTUGAL

APOIOS À DIVULGAÇÃO:

PRÓXIMOSESPETÁCULOS

ANNE TERESADE KEERSMAEKER

TEATRO CAMÕES24 ABR—10 MAI

CAPA

© CL

ÁUDI

A VA

REJÃ

O

MOZARTCONCERT ARIASUN MOTO DI GIOIA

CONFERÊNCIAS / CONVERSASTEATRO CAMÕES

MOZART E AS ÁRIASPARA SOPRANO12 ABRIL – 18HMassimo Mazzeo, João Paulo Santos, entre outros

O LAGO DOS CISNES10 MAIO – 18HEdgar Pêra e Fernando Duarte

ROMANTISMO E A DANÇA21 JUNHO – 18HFernando António,bailarinos intérpretes deGiselle, entre outros

STURM UND DRANG11 OUTUBRO – 18HDelfi m Sardo, Rui Vieira Nery, Cristiana Vasconcelos Rodrigues,e os criadores de Tempestades:Rui Lopes Graça e Pedro Carneiro

MODERNISMO EM PORTUGAL01 NOVEMBRO – 18HRaquel Henriques da Silva, Carlos Vargas e os criadores de Lídia: Paulo Ribeiro e Luís Tinoco

O QUEBRA-NOZESE A TRADIÇÃO29 NOVEMBRO – 18HMaria José Fazenda e os criadores de Quebra Nozes Quebra Nozes: André e. Teodósio e Fernando Duarte