projecto de plantaÇÃo da niassa green … green resources plantation esia... · direitos autorais...

83
PROJECTO DE PLANTAÇÃO DA NIASSA GREEN RESOURCES AVALIAÇÃO DE IMPACTO BIODIVERSIDADE E FLORAL DA NGR Preparado para: Niassa Green Resource Avenida do Trabalho N o 36, Lichinga Moçambique Preparado por: Coastal& Environmental Services EAST LONDON 2 Marine Terrace, Hampton Court East London, 5201 043 742 3302 Also in Grahamstown and Durban www.cesnet.co.za Maio 2013

Upload: buikhuong

Post on 15-Dec-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

PROJECTO DE PLANTAÇÃO DA NIASSA GREEN RESOURCES

AVALIAÇÃO DE IMPACTO BIODIVERSIDADE E FLORAL DA NGR

Preparado para:

Niassa Green Resource Avenida do Trabalho No 36,

Lichinga Moçambique

Preparado por:

Coastal& Environmental Services EAST LONDON

2 Marine Terrace, Hampton Court East London, 5201

043 742 3302 Also in Grahamstown and Durban

www.cesnet.co.za

Maio 2013

INFORMAÇÕES SOBRE DIREITOS AUTORAIS

Este documento contém de propriedade intelectual e informações de propriedade que são protegidos pelos direitos do autor a favor da Coastal & Environmental Services e os consultores de especialidade. O documento não pode ser reproduzido, usado ou

distribuído a terceiros sem o prévio consentimento por escrito da Coastal & Environmental Services. Este documento foi preparado exclusivamente para a

apresentação à Niassa Green Resources, e está sujeito a toda confidencialidade, direitos autorais e segredos comerciais, regras da lei de de propriedade intelectual e

às práticas de Moçambique

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources i

Este relatório deverá ser citado da seguinte forma: Coastal & Environmental Services, Maio 2013: Levantamento Floral e Avaliação de Impacto da NGR, CES, East London.

Relatório de Revisão da CES e Cronograma de Acompanhamento Título do Documento

Projecto de Plantação da Niassa Green Resources - Levantamento Floral e Avaliação de Impacto

Nome do cliente & Endereço

Niassa Green Resources

Referência do Documento CES/2012/148/Bot01 Estado Data de Emissão

Autor Principal Greer Hawley

Revisor Nic Davenport Líder do estudo ou Aprovação por um Profissional de Avaliação Ambiental Registado

Distribuição do Relatório Circulado para No. de cópias impressas

No. de cópias electrónicas

Este documento foi elaborado de acordo com o âmbito da nomeação da Coastal & Environmental Services (CES) e contém propriedade intelectual e informações proprietárias protegidas por direitos autorais a favor da CES. O documento não pode ser reproduzido, usado ou distribuído a terceiros sem o prévio consentimento por escrito da Coastal & Environmental Services. Este documento foi preparado exclusivamente para uso pelos clientes da CES. A CES não se responsabiliza por qualquer uso deste documento que não seja pelo seu cliente e apenas para os fins para os quais ele foi preparado. Nenhuma pessoa que não o cliente pode copiar (no todo ou em parte) usar ou contar com o conteúdo deste documento, sem a prévia autorização por escrito da CES. O documento está sujeito a todas as regras de confidencialidade, direitos autorais e segredos comerciais, direito de propriedade intelectual e as práticas de Moçambique e da África do Sul.

Coastal& Environmental Services

2 Marine Terrace Quigney

East London 5201

+27 43 7423302 [email protected]

www.cesnet.co.za Também em Grahamstown e Moçambique

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources i

SUMÁRIO EXECUTIVO A Niassa Green Resources (NGR) propõe utilizar aproximadamente 8000ha de terra para ser convertida de agricultura de rotação de culturas para plantação florestal, utilizando predominantemente espécies de árvores de Eucalyptus e Pinus. Foram identificadas quatro áreas de plantio, nomeadamente Malulu 01, Malulu 02 no norte e Malica e Ntiuile no sul. NGR pretende aplicar para a certificação do FSC. Os princípios e critérios do FSC aplicam-se aos produtos que se originam de florestas registadas e certificadas pelo FSC e no contexto de Niassa Green Resources, só poderia ser aplicada para as plantações florestais (Pinheiros, Eucaliptos e outras plantações de madeira) que foram e serão plantadas, geridas e colhidas. As duas áreas de projecto de Malulu (01 e 02) foram previamente pesquisadas em termos de riqueza de espécies de plantas e de biodiversidade por Sitoe (2008) e os resultados da pesquisa são incorporados a este relatório para continuação. Foi realizada uma pesquisa no local de 11 a 17 abril de 2012. Foi realizada uma viagem inicial em todos os quatro locais de plantio (Malulu 01 (Norte), Malulu 02 (Sul), Ntiuile e Malica) a fim de estabelecer a diversidade de habitat e o estado geral. Os locais de habitat foram seleccionados (não aleatoriamente) para a amostragem de biodiversidade com base na integridade de habitats. Foram selecionados os habitats menos intactos e bem estabelecidos, uma vez que estes reflectem a mais alta possível diversidade de espécies na área do projecto. O índice de Simpson (Simpson, 1949) foi utilizado para o cálculo da biodiversidade alfa dentro de cada habitat. Foram identificadas e mapeados cinco categorias de cobertura de vegetação/solo:

1. Floresta de Miombo, que inclui:

Vegetação ripariana

Cemitério de Floresta de Miombo

Afloramento Rochoso e Taludes 2. Savana de Arbustos 3. Terras Húmidas 4. Mosaico de Cultivo de Rotação de Culturas 5. Zonas Riparianas (cursos de água)

Os mais importantes habitats florais incluem as restantes Florestas de Miombo e Terras Húmidas, que são são brevemente descritos abaixo. A área, uma vez coberta de Floresta de Miombo, actualmente contém alguns hectares (tabela abaixo), confinados a diminuir as faixas de matas riparianas, taludes íngremes, montes altos e cemitérios. A Floresta Ripariana está totalmente restrita a poucos metros, adjacente aos rios e córregos, em toda a área do projecto da NGR. Na maioria dos casos, a floresta ripariana está ausente ou altamente degradada.

Área de plantio Área total de Floresta de Miombo (ha)

% de área coberta por Floresta de Miombo

Malulu 01 377 ha 12.6%

Malulu 02 194 ha 7%

Malica 20 ha 0.6%

Ntiuile 5 ha 0.5%

As zonas húmidas que foram amostradas nas áreas de Malulu, no momento da visita ao local, não aparecem transformadas por cultivo e não mostram sinais de impactos humanos directos ou indirectos. A presença de espécies Drosera num local indica um período de menor perturbação. Imagens aéreas recentes no Google Earth das áreas de Malica e Ntiuile, no entanto, demonstram utilização significativa de zonas riparianas para o cultivo.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources ii

A visita ao local e levantamento de plantas foi realizado em abril de 2012, que é considerado o outono. Como tal, dicotiledôneas herbáceas anuais e geófitas sazonais não teriam sido evidentes e, portanto, não registadas durante esta pesquisa. As espécies de plantas identificadas por Sitoe (2008) foram incluídos na lista total de espécies para as áreas de plantação de Malulu, Malica e Ntiuile (Apêndice B) e usada como um cálculo para a riqueza total da espécie. A Biodiversidade Alfa calculada para o Savana de Arbusto e Floresta de Miombo é fornecida na tabela abaixo:

Habitat Riqueza Total de espécies de plantas Sitoe (2008) e levantamento actual de dados combinados

Biodiversidade Alfa (Indice de Simpsons 1/D; intervalo de valores 0.0 < 1/D < 10+)

Miombo Terrestre (Secundário/degradado)

Taludes e afloramentos rochosos (Montanha de Malulu)

35 4.617

Cemitério 65

Miombo Ripariano 16 4.01

Savana de Arbustos 122 1.90

Terras Húmidas 14 100% Espécies de Gramíneas, 0-1% ervas e espécies genofíticas.

Total 230

As seguintes espécies que são consideradas espécies de interesse especial incluem:

Categoria da IUCN Total de espécies de plantas

Quase Ameaçada 1 (Synaptolepis kirkii)

Em declínio 2 (Balanites maughamii, Boophone disticha)

Menor risco # 2 (Afzelia quanzensis, Khaya anthotheca)

De modo a avaliar as áreas de plantio da NGR para terras aptas para a plantação florestal, todos os quatro locais foram mapeados em termos de tipos de cobertura do solo/vegetação. Áreas consideradas como de Alto Valor de Conservação, Floresta de Alto Valor de Conservação e ecossistemas críticos ou corredores ecológicos foram identificadas como zonas sensíveis. Os habitats e tipos de vegetação que foram identificados foram tamponados em 50 metros de área “Não-avanço” para actividades de plantio da NGR.

Área sensível Habitat e Justificativa

Alto Valor de Conservação ou Floresta de Alto Valor de Conservação

Toda Floresta de Miombo é identificada como AVC ou FAVC como o Miombo encontrado na área do projecto é considerado por especialistas como Floresta de Miombo do Alto Shire/Rift do Leste e tem sido identificada como uma área de conservação importante como resultado da elevada biodiversidade registada (+1.500 espécies) (Timberlake e Chidumayo, 2011)

Ecossistemas Críticos e Ecossistemas críticos foram identificados no relatório como:

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources iii

corredores ecológicos críticos Floresta Ripariana

Zonas Riparianas

Terras Húmidas

Cemitério de Floresta de Miombo (como refúgios isolados)

Afloramento rochoso da Floresta de Miombo

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources iv

Foram identificados os seguintes impactos na ecologia floral associados com o projecto de plantação da NGR:

Questões Impactos associados Significância pós-mitigação

1. Redução da saúde do solo e alterações nas características do solo

Modificação permanente das características e propriedades do solo: pH, os organismos do solo, outras propriedades químicas, fertilizantes

MODERADA

Fraca gestão do solo, combinada com a remoção da vegetação e exposição do solo pode resultar na erosão do solo superficial e resultar em assoreamento dos cursos de água a jusante

BAIXA

2. Perda da biodiversidade

1. Controle de invasão de plantas de Pinheiro e Eucalipto por meio de dispersão a jusante

MODERADA

2. Fragmentação do habitats: devido a infra-estrutura linear encaminhada através dos habitats

POTENCIAL ELEVADA E BENÉFICA

3. Pressão do efeito de borda sobre os ecossistemas sensíveis (Floresta de Miombo/Terras Húmidas), como resultado de actividades de plantio (durante o estabelecimento do local, colheita e construção de infra-estrutura associada)

BAIXA

4. Perda da Floresta de Miombo degradada remanescente, como um impacto indirecto, resultante de deslocamento da agricultura que pode causar extinções locais e potencial de destruição total da Floresta de Miombo e a diversidade de plantas animais associada e das pequenas bolsas remanescentes

BAIXA

5. Degradação das zonas húmidas, devido ao estabelecimento de plantações e perda dos corredores da rede naturais

MODERADA

3. Monocultura e risco de doença

1. Re-vegetação com plantação de monocultura pode aumentar o risco de doenças das plantas, vector de doençsa (insectos) e, assim, reduzir a biodiversidade natural

BAIXA

4. Alterações na hidrologia águas superficiais e subterrâneas

1. Plantação de espécies exóticas pode ter impacto sobre os regimes de fluxo de água e níveis de água subterrânea que suportam zonas húmidas e utilizadores a jusante.

MODERADA

5. Aumento do risco de incêndio

1. Carga de combustível em locais de plantação que não são mantidos livres de biomassa derrubada e crescimento de sub-bosque pode aumentar a intensidade do fogo e

BAIXA

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources v

Questões Impactos associados Significância pós-mitigação

causar danos no solo, aumento da erosão e diminuição da germinação de sementes indígenas. O aumento da frequência de queimadas reduz a diversidade de espécies naturais da Floresta de Miombo (Floresta seca).

6. Oportunidades de Conservação e compensações de biodiversidade/área Retirada

1. Potencial para uma melhor conservação da Floresta de Miombo, através de: a. Acesso à madeira alternativa b. Acesso a rendas alternativas e

meios de subsistência c. Implementação dos Programas

de Conservação (Sustentabilidade)

ELEVADA BENÉFICA

Em conclusão

A maioria dos tipos de vegetação “naturais” parecem estar em um estado de sucessão primária ou secundária constante devido à perturbação constante, como fogo, colheita, cultivo, etc.

A Floresta de Miombo continha uma alta riqueza de espécies e biodiversidade alfa e não deve ser desenvolvida ou cultivada, mas conservada como áreas naturais para que elas continuem a fornecer bens e serviços ecossistêmicos. A eficácia da gestão deve ser auditada anualmente.

Cursos de água (córregos, rios e terras húmidas), foram identificados como áreas de redes ecológicas, proporcionando caminhos lineares para a fauna e a flora.

As seguintes recomendações são feitas 1. Uma zona tampão de 50 metros “Não-avançar” em ambos os lados dos corpos de água

(incluindo rios, terras húmidas e rios), além da reabilitação e re-vegetação das linhas de drenagem irá garantir que estes corredores sejam mantidos e aumentem ainda mais sua função ecológica. Além disso, a zona tampão “Não-avançar” de 50 metros deve ser implementada em torno de toda Floresta de Miombo. Nenhuma actividades de plantio pode ocorrer dentro dessas zonas tampão.

2. A biodiversidade de plantas e animais foi rapidamente considerada em vários níveis que vão desde a conservação de espécies individuais de paisagens e ecossistemas. A NGR será obrigado a tratar os impactos através da implementação de diversos programas produzindo resultados que: a) Criam consciência do valor dos recursos naturais e da importância da conservação b) Monitorar e evitar áreas sensíveis c) Incorporar a gestão activa e informada em resposta aos resultados dos programas de

monitoramento. Em adição aos requisitos do FSC, as seguintes recomendações devem ser implementadas:

Implementar todas as medidas de mitigação apresentadas neste relatório (fornecidas abaixo), incorporando e detalhando em um Plano de Gestão de Operação sob no âmbito do Monitoramento Ecológico.

Estimular e facilitar, sempre que possível, a investigação em curso sobre a fauna e flora da região.

Reabilitar, sempre que possível, as linhas de drenagem (córregos e rios) e monitorar a pesca e cultivo de zonas húmidas.

A gestão de incêndiso deve incluir quebra-fogos ao redor e entre plantações. Controlar os regimes de fogo vai exigir a colaboração dos membros da comunidade que vivem ao redor.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources vi

Nenhumas espécies raras e ameaçadas de extinção foram observadas nas áreas do projecto (pesquisa de 2008 e 2012), caso essas espécies tornem-se aparentes no futuro, elas devem ser activamente conservadas e gerida através de um mecanismos apropriados, tais como: translocação, monitoramento ou protecção

Realizar o monitoramento exaustivo, que deve ser auditado a cada ano para os primeiros 8 anos e, posteriormente, a cada dois anos para os 12 anos seguintes.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 1

TABELA DE CONTEÚDOS 1 INTRODUÇÃO E DESCRIÇÃO DO PROJECTO .................................................................... 3

1.1 Descrição do projecto ...................................................................................................... 3 1.2 Termos de Referência ..................................................................................................... 3

2 LEGISLAÇÃO, POLÍTICA E DIRECTRIZES .......................................................................... 6 2.1 União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN): Estatutos e Regulamentos 6 2.2 Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD) ............................................................... 6 2.3 Princípios do Equador relevantes para o Estudo Ecológico ............................................. 6 2.4 Padrões de Desempenho da Corporação Financeira Internacional (IFC) relevante para a Avaliação da Biodiversidade Floral ............................................................................................. 7 2.5 Requisitos do Conselho de Gestão de Florestas (FSC) ................................................... 8

3 METODOLOGIA ................................................................................................................... 16 3.1 Revisão de literatura ...................................................................................................... 16 3.1.1 Informação actual e dados existentes ........................................................................ 16 3.1.2 Resultados do impacto de espécies de plantas exóticas no ambiente circundante .... 16

3.2 Levantamento do local................................................................................................... 16 3.3 Pesquisa Floral e cálculos da Biodiversidade ................................................................ 16 3.3.1 Abordagem da Pesquisa Floral .................................................................................. 16 3.3.2 Cálculo da Biodiversidade ......................................................................................... 17

3.4 Avaliação da IUCN e CITES .......................................................................................... 18 4 REVISÃO DE LITERATURA E CONTEXTO REGIONAL 1. ................................................. 19

4.1 Revisão de Literatura .................................................................................................... 19 4.1.1 Clima e Topografia .................................................................................................... 19 4.1.2 Tipo de vegetação e Contexto Regional .................................................................... 19 4.1.3 Levantamento realizado por Sitoe (2008): ................................................................. 21

4.2 Áreas Protegidas ........................................................................................................... 22 4.3 Espécies de plantas exóticas invasoras ........................................................................ 22

5 TIPO DE VEGETAÇÃO E DESCRIÇÃO DO LOCAL ........................................................... 23 5.1 Descrição geral dos tipos de vegetação ........................................................................ 23 5.1.1 Floresta de Miombo ................................................................................................... 24 5.1.2 Savana de arbusto..................................................................................................... 26 5.1.3 Terras Húmidas ......................................................................................................... 26

5.2 Mosaico de Cultivo de Rotação de Culturas .................................................................. 27 5.3 Descrição geral das áreas de plantio ............................................................................. 28 5.3.1 Área de plantio de Malulu 01 ..................................................................................... 28 5.3.2 Área de Plantio de Malulu 02 ..................................................................................... 28 5.3.3 Área de Plantio de Malica .......................................................................................... 29 5.3.4 Área de Plantio de Ntiuile .......................................................................................... 29

6 BIODIVERSIDADE FLORAL, CONSERVAÇÃO E AVALIAÇÃO DO STATUS ESPACIAL DE CORREDORES ECOLÓGICOS ................................................................................................... 34

6.1 Biodiversidade Floral ..................................................................................................... 34 6.2 Estado de Conservação de Espécies de Plantas: Espécies Raras, Em Perigo ou Ameaçadas ............................................................................................................................... 36 6.3 Corredores Ecológicos áreas de plantio adequadas ...................................................... 37

7 QUESTÕES IDENTIFICADAS E IMPACTOS ....................................................................... 40 7.1 Impactos Actuais: “NÃO-AVANÇAR” ou “cenário Sem o projecto” ............................... 40 7.2 Questões e impactos associados com a plantação proposta ......................................... 40

8 AVALIAÇÃO DE IMPACTO 1 ............................................................................................... 42 8.1 Questão 1: Redução da saúde do solo e alterações nas características do solo ........... 42 8.2 Questão 2: Perda de biodiversidade .............................................................................. 43 8.3 Questão 3: Aumento do risco de doença devido à plantações de monocultura ............. 46 8.4 Questão 4: Alterações na hidrologia das águas superficiais e subterrâneas (quantidade e qualidade da água) ................................................................................................................... 48 8.5 Questão 5: Aumento do Risco de Incêndios .................................................................. 48 8.6 Questão 6: Potenciais Oportunidades de Conservação ................................................. 49

9 CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO E RECOMENDAÇÕES ............................ 50

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 2

9.1 Resumo da avaliação de impacto .................................................................................. 50 9.2 Conclusões .................................................................................................................... 50 9.2.1 Padrão de Desempenho 6 da IFC ............................................................................. 50 9.2.2 Critérios do FSC e Requisitos de Conformidade ........................................................ 51 9.2.3 Observações finais: Relatórios sobre os Termos de Referência ................................ 54 9.2.4 Considerações finais ................................................................................................. 56

9.3 Recomendações............................................................................................................ 56 9.4 Medidas de mitigação associadas com questões relevantes a serem implementadas .. 57 9.5 Resumo dos requisitos de avaliação e monitoramento adicionais recomendados ......... 59

10 REFERÊNCIAS 1 ................................................................................................................. 60

LISTA DE FIGURAS Figura 1.1 Mapa de áreas de plantio da NGR. .................................................................................................. 3 Figura 4.1 Tipos de vegetação da Eco-região de Miombo, mostrando que áreas do projecto NGR estão

localizadas em Floresta Seca de Miombo (de WWR SARPO, 2003, Timberlake e Chidumayo, 2011). 20 Figura 4.2 Áreas de Importância para a Conservação da Biodiversidade (WWF-SARPO 2003, em

Timberlake e Chidumayo (2011) A área do projecto está localizada na No.16: Shire Superior/Leste do Rift área de importância. .......................................................................................................................... 21

Figura 5.1 Cobertura vegetal de Malulu 01 (Inserir: cronograma de plantio para Malulu 01) ......................... 30 Figura 5.2 Cobertura vegetal de Malulu 02 (Inserir: cronograma de plantio para Malulu 02). A floresta

cercada a vermelho é um cemitério de Floresta de Miombo de importância cultural. ............................ 31 Figura 5.3 Cobertura vegetal de Malica (Inserir: plantio programado para Malica). ....................................... 32 Figura 5.4 Cobertura vegetal de Ntiuile (Inserir: cronograma de plantio para Ntiuile). ................................... 33 Figura 6.1 Malulu 01 e Malulu 02: locais sensíveis e propostas de corredores ecológicos ........................... 38 39 Figura 6.2 Malica e Ntiuile: Locais sensíveis e propostas de corredores ecológicos ..................................... 39

LISTA DE TABELAS Tabela 2.1 e Critérios do FSC relevantes para a Avaliação Floral e Avaliação de Impacto e Comentários .... 9 Tabela 3.1 Metodologia utilizada para a amostragem do levantamento floral ................................................ 16 Tabela 5.1 Floresta de Miombo Restante por área de plantio ........................................................................ 24 Tabele 6.1 Levantamento Floral e Cálculos da Biodiversidade (2012) ........................................................... 35 Tabela 6.2 Tabela 6.2 Estado de conservação das Espécies de acordo com as Listas de Dados de

Moçambique e África do Sul .................................................................................................................... 36 Tabela 6.3 Núcleo ou Ambientes Sensíveis .................................................................................................... 37 Tabela 9.1 Resumo das avaliações de impacto antes e depois da mitigaçãoo.............................................. 50 Tabela 9.2 Requisitos e comentários do PD 6 da IFC .................................................................................... 50 Tabela 9.3 Critérios do FSC e Ações de Biodiversidade Necessário ............................................................. 51 Tabela 9.4 Termos de Referência e Comunicação da resposta ..................................................................... 54

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 3

1 INTRODUÇÃO E DESCRIÇÃO DO PROJECTO

1.1 Descrição do projecto O relatório do Levantamento Floral e Avaliação de Impacto tem por base o entendimento de que aproximadamente 8000ha de terra serão convertidos a partir de agricultura de culturas de rotação para plantação florestal, utilizando predominantemente espécies de árvores de Eucalyptus e Pinus. Quatro áreas de plantio foram identificadas, nomeadamente Malulu 01, Malulu 02 no norte e Malica e Ntiuile no sul (Figura 1.1). Ambos locais de Malulu foram submetidos a uma avaliação ambiental prévia e já foram plantadas. Os resultados do levantamento floral anterior realizado (Sitoe, 2008) foram incorporados a este relatório e as informações foram actualizado para garantir a consistência em todas as quatro áreas de plantio.

Figura 1.1 Mapa de áreas de plantio da NGR.

1.2 Termos de Referência Para o planeamento e gestão e ambiental da área, a NGR quer realizar um levantamento ecológico e avaliação da biodiversidade das terras onde vai trabalhar, com o objectivo de identificar as diferentes formações vegetais na área. Os seguintes termos de referência aplicam-se a esta avaliação (com base nos Termos de Referência fornecidos pela NGR para esta proposta, com algumas pequenas alterações): Identificar: Em todas as quatro áreas de plantio

Espécies/ecossistemas raros, em perigo e ameaçados.

A selecção de áreas plantáveis para plantações florestais. Estas foram identificadas como

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 4

áreas agrícolas modificados já utilizada para o cultivo de rotação

Áreas com necessidade de protecção por causa de espécies raras, ameaçadas de extinção (fauna).

Áreas com necessidade de proteção, tais como zonas húmidas, savanas e florestas riparianas, como estes habitats formam locais importantes para espécies de aves, em particular

Espécies invasoras - tanto dentro das áreas de plantio da NGR, assim como na zona do projecto - detectar se essas espécies estão se espalhando para dentro ou para fora do local do projecto, e, aconselhar sobre medidas correctivas e um sistema de monitoramento para essas espécies.

Identificar e avaliar as espécies de NTFP e propor gestão, colheita e monitoramento das directrizes para esses produtos.

Áreas/paisagens naturais intactas

Nas áreas de plantio de Malica e Ntiuile

Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC) e Floresta de Alto Valor de Conservação (FAVC) e fornecer uma descrição dos atributos de qualificação e:

Áreas que fornecem serviços ecossistêmicos críticos (por exemplo, serviços hidrológicos, controle de erosão, controle de fogo);

Recursos ecológicos que são utilizados para fins culturais e espirituais.

Habitats-chave e/ou espécies-chave nos diversos tipos de vegetação, para o monitoramento da biodiversidade

Outras características de interesse, por exemplo, fontes de água, zonas húmidas, áreas de conservação, áreas controladas, incluindo fundos de vale e propor métodos de monitorá-los.

Avaliação de:

Avaliar os impactos das plantações florestais com espécies exóticas nas pastagens e vegetação natural e propor formas de minimizar os impactos negativos

Nova área de plantio: Identificar e descrever em detalhe as medidas e prescrições de gestão que precisam ser postas em prática para garantir que AAVC não são de nenhuma forma impactadas negativamente pelo projecto

Nova área de plantio: Avaliar o impacto do projecto sobre a biodiversidade em torno da área do projecto.

Nova área de plantio: Avaliar o impacto do fogo como um factor ambiental na conservação da biodiversidade.

Nova área de plantio: Avaliar globalmente, regionalmente ou nacionalmente a biodiversidade significativa em termos de:

o Áreas protegida o Espécies ameaçadas o Espécies endêmicas

Rever o levantamento ecológico existente “identificação e caracterização dos ecossistemas da área Sanga actualmente ocupada pela NGR” e complementar, se necessário, para trazer até o padrão para cumprir as outras prescrições acima.

Recomendações de gestão da nova área de plantio:

Descrever como o cenário de referência “sem projecto” (usado como de costume) afectaria a biodiversidade na zona do projecto (por exemplo, a disponibilidade de habitat, a conectividade da paisagem e espécies ameaçadas).

Recomendar Sistemas de Gestão de tipos de vegetação e padrões da terra da NGR,

Propor sistema de gestão para a conservação de espécies raras, ameaçadas e em perigo, incluindo o AVC e, finalmente,

Desenvolver prescrições de gestão de fontes identificadas de água, zonas húmidas, áreas de conservação, áreas controladas, que incluem fundos de vale.

Recomendações de gestão em todas as quatro áreas de plantio:

Desenvolver um plano de monitoramento que descreve os requisitos futuros de monitoramento

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 5

para obter uma linha de base cientificamente defensável. Os dados iniciais serão fornecidos como parte do estudo de especialidade.

Em conjunto com outros especialistas, determinar as áreas que são críticas para a identidade cultural tradicional de comunidades (eg, áreas de importância cultural, ecológica, económica ou religiosa identificadas em colaboração com as comunidades).

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 6

2 LEGISLAÇÃO, POLÍTICA E DIRECTRIZES

2.1 União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN): Estatutos e Regulamentos

O objectivo da IUCN é “influenciar, encorajar e ajudar as sociedades em todo o mundo a conservar a integridade e a diversidade da natureza e assegurar que qualquer uso dos recursos naturais seja equitativo e ecologicamente sustentável”. (http://www.iucn. org / about /) Para atingir este objectivo, a IUCN implementa programas, administrados pelo Congresso Mundial de Conservação, na forma de série de actividades, tais como:

Pesquisa de espécies e função do ecossistema e garantir a utilização sustentável, equitativa e ecológica dos recursos naturais.

Determinar a diversidade biológica, identificar as ameaças e as áreas prioritárias para a conservação

Desenvolver boas práticas para o uso de espécies e ecossistemas e conservação sustentável

Desenvolver ferramentas para a reabilitação eficaz, mitigação ou compensação

2.2 Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD) Os objectivos da CDB abordam questões de conservação, uso sustentável e repartição justa / eqüitativa dos benefícios dos recursos naturais. A CBD incentivar o uso da “Abordagem de Ecossistema”, que se baseia na aplicação de metodologias científicas focada em níveis de organização biológica, incluindo processos, funções e interações entre os organismos e o ambiente (http://www.cbd.int/convention/ artigos /? a = CBD-01). Os níveis são estendidos para referir a qualquer unidade ecológica funcional em qualquer escala. A CDB enfatiza que a gestão adaptativa é necessária para os ecossistemas complexos e dinâmicos. Respostas a impacto dos ecossistemas não são lineares e muitas vezes adiadas, resultam em eventos reactivos imprevisíveis. A gestão deve ser adaptável, a fim de responder a esses eventos através da incorporação de uma abordagem de “lições aprendidas” e considerações freqüentes de “causa e efeito”. Quadro da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança Climáticas (UNFCCC), de que Moçambique é signatário, reconhece o CBD e seus objectivos.

2.3 Princípios do Equador relevantes para o Estudo Ecológico Os Princípios do Equador foram obtidos como um conjunto de exigências que devem ser cumpridas para que os credores possam financiar empreendimentos de capital (http://www.equator-principles.com/). Estes princípios garantem que as questões sociais e ambientais são abordadas, todas as considerações são levadas em conta, políticas e normas são respeitados e que todos estes elementos estão completamente resolvidos. Isto inclui a identificação e mitigação de todos os impactos negativos. Os princípios relevantes para a Biodiversidade e Estudo Ecológico incluem:

Princípio 1: Análise e categorização: determinar os potenciais impactos e riscos para o ambiente, utilizando critérios de selecção Corporação Financeira Internaciona (IFC).

Princípio 2: Avaliação Social e Ambiental: Este estudo e o REIA estão em cumprimento com este princípio.

Princípio 3: Padrões ambientais: Comparar com os padrões da IFC e Padrões de Ambiente, Saúde e Segurança do Banco Mundial e determinar o cumprimento ou justificar o desvio.

Princípio 4: Plano de Acção e Sistema de Gestão:

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 7

O REIA e estudos de especialidade devem informar o Plano de Gestão Ambiental e Social, que irá abranger todas as medidas de mitigação sugeridas pelo Estudo de Impacto Ambiental e Social.

2.4 Padrões de Desempenho da Corporação Financeira Internacional (IFC) relevante para a Avaliação da Biodiversidade Floral

Os seguintes padrões de desempenho (PD) aplicam-se a avaliação do impacto da Biodiversidade Floral:

1. PD 1: Avaliação e Gestão de Riscos e Impactos Ambientais e Sociais Identificar e avaliar os impactos ambientais, riscos e oportunidades na área de influência

do projecto

Evitar ou, quando não for possível evitar, minimizar, mitigar ou compensar os impactos adversos sobre o ambiente natura.

Promover a melhoria do desempenho ambiental das empresas através do uso efectivo de sistemas de gestão

2. PD 6: Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável dos Recursos Naturais

Vivo Objectivos e requisitos para evitar, minimizar ou compensar os riscos e impactos

Proteger e conservar a biodiversidade

Manter os benefícios dos serviços do ecossistema

Promover a gestão e o uso sustentável dos recursos naturais vivos, através da adopção de práticas que integram as necessidades de conservação e prioridades de desenvolvimento

O PD 6 aplica-se, habitats naturais e críticos modificados. Especificamente, o PD 6aplica-se a: 1. Habitats modificados que contêm um valor significativo da biodiversidade, conforme

determinado no presente relatório 2. Habitats naturais, não serão significativamente convertidos ou degradados por actividades do

projecto. As medidas de mitigação irão incluir:

Evitar impactos sobre a biodiversidade por meio da protecção da retirada de terras

Implementação de corredores biológicos

Restauração de habitats durante as operações

Implementação de compensações de biodiversidade 3. Habitats críticos são áreas consideradas de alta biodiversidade que devem permanecer em

um estado natural, sem o que, deve respeitar as condições e implementar um Plano de Acção para a Biodiversidade destinado a obter ganhos líquidos de valores de biodiversidade para o habitat

Embora NGR só estará utilizando habitats modificados, três factores precisam ser levados em conta quando se considera o mencionado acima: 1. As áreas de plantio estão localizadas em uma área de Floresta de Miombo identificada como

“Área de Importância para a Conservação da Biodiversidade” (Timberlake e Chidumayo, 2011).

2. Habitats naturais, como terras húmidas, Floresta de Miombo e Vegetação Ripariana, podem ser indirectamente (ou seja, além do limite do projecto) afectados pelas actividades florestais da NGR através de deslocamento agrícola. Como tal, a retirada dentro das áreas de projecto e de restauração de habitat podem ser considerados como compensações de biodiversidade.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 8

3. Nenhum habitat crítico associado com alta biodiversidade foi identificado, embora o habitat da Floresta de Miombo na área do projecto tenha sido identificado como uma “Área de Importância para a Conservação da Biodiversidade”, no relatório WWF-Sarpo Miombo Eco-region Vision (Timberlake e Chidumayo, 2011) .

2.5 Requisitos do Conselho de Gestão de Florestas (FSC) A missão do FSC é “promover a gestão de florestas do mundo ambientalmente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável”. A NGR pretende aplicar para a certificação FSC. Os princípios e critérios do FSC aplicam-se aos produtos que se originam a partir de florestas registadas e certificadas pelo FSC e no contexto da Niassa Green Resources, só será aplicado para as plantações florestais (Pinheiros, Eucaliptos e outras plantações de madeira) que foram e serão plantadas, geridas e colhidas. Como tal, os princípios e critérios do FSC exigem que as actividades de plantio reconheçam, mantenham e monitorem o ambiente natural da Floresta de Miombo (floresta seca indígena). Como na maior parte da área do projecto proposto serão plantadas espécies de árvores exóticas e, possivelmente invasivas, os requisitos do FSC terão de ser abordados em um Programa ou Plano geral de Gestão das Operações. Os critérios ambientais relevantes do FSC que possam ser relevantes para a avaliação do impacto da biodiversidade floral são discutidos na tabela abaixo:

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Niassa Green Resources Planation Project 9

Tabela 2.1 e Critérios do FSC relevantes para a Avaliação Floral e Avaliação de Impacto e Comentários

Princípios e Critérios do FSC Comentário sobre o Princípio 5 Benefícios da floresta Operações de maneio florestal devem incentivar o uso eficiente de produtos múltiplos da floresta e serviços para assegurar a

viabilidade económica e uma grande gama de benefícios ambientais e sociais. 1. O maneio florestal deve esforçar-se para se alcançar a viabilidade

económica, tendo em conta os custos ambientais, sociais e operacionais da produção e garantir os investimentos necessários para manter a produtividade ecológica da floresta.

O custo ambiental (floral) de produção precisa considerar:

O estado actual do ambiente natural

Potencial da biodiversidade e estado de conservação da terra a ser utilizada para plantação de florestas

A fragmentação de habitats

Deslocamento Agrícola e efeito sobre as restantes áreas ecológicas que podem ser convertidas para a agricultura

A gestão eficaz e reabilitação de áreas ecologicamente importantes pela NGR na área do projecto

2. Maneio florestal e as operações de comercialização devem estimular a utilização óptima e o processamento local da diversidade de produtos da floresta.

Produtos florestais de plantações adicionais que devem ser considerados incluem:

Os cogumelos comestíveis

Mel

Lenha (para substituir utilização de madeira de Miombo)

Vermicultura e compostagem (produção de adubo orgânico)

3. Maneio florestal deve minimizar o desperdício associado às operações de processamento no local e colheita e evitar danos a outros recursos florestais.

A minimização de resíduos pode ser tratada directamente pela implementação de mecanismos de utilização de resíduos em cada etapa de processamento, tais como bio-pelotas feitas de serradura e aparas de madeira, gaseificação de madeira restante para a geração de eletricidade, etc

4. A taxa de exploração de produtos florestais não excederá os níveis que possam ser permanentemente sustentados.

Esta não é uma questão da biodiversidade floral como as espécies de árvores da plantação são exóticas e suas taxas de colheita não têm impacto sobre a biodiversidade da vegetação nativa circundante.

6 Impacto Ambiental O maneio florestal deve conservar a diversidade ecológica e seus valores associados, os recursos hídricos, os solos, os

ecossistemas e paisagens frágeis e singulares, e, ao fazê-lo, manter as funções ecológicas e a integridade da floresta. 1. A avaliação dos impactos ambientais será concluída - apropriada

à escala e intensidade da gestão florestal e à singularidade dos recursos afcetados - e adequadamente integrada aos sistemas de gestão. As avaliações devem incluir considerações ao nível da paisagem, bem como os impactos das instalações de

Impactos do projecto sobre a biodiversidade Floral são abordados neste relatório. Processamento no local, ainda não pode ser avaliado, como estas actividades só estão programadas para implementação, nos próximos 15-20 anos. Nenhum local de processamento foi

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources

10

Princípios e Critérios do FSC Comentário sobre o Princípio processamento no local. Os impactos ambientais devem ser avaliados antes do início das operações de perturbação dos locais.

indicado.

2. Devem existir medidas para proteger as espécies raras, ameaçadas e em extinção e seus habitats (ex: ninhos e áreas de alimentação). Zonas de conservação e áreas de protecção serão estabelecidas, apropriadas à escala e intensidade da gestão florestal e à singularidade dos recursos afectados. Caça, pesca, captura e coleta inapropriadas devem ser controladas.

A possível presença de espécies de plantas raras, ameaçadas e em perigo foi estabelecida em um estudo de impacto ambiental prévio para as áreas de plantio de Malulu (Sitoe, 2008). As informações contidas no estudo tem sido incorporadas, actualizada e ampliadas para incluir Malica e Ntiuile. Actualmente não foram observadas nenhumas espécies de plantas raras, ameaçadas ou em perigo

3. Funções e valores ecológicos devem ser mantidos intactos, aumentados ou restaurados, incluindo:

Regeneração e sucessão florestal.

Genética, espécies e diversidade do ecossistema.

Ciclos naturais que afectam a produtividade do ecossistema florestal.

Há uma margem significativa para manter, melhorar e restaurar habitats naturais circundantes, como a Floresta de Miombo (também conhecida como floresta seca) e zonas húmidas.

4. As amostras representativas dos ecossistemas existentes dentro da paisagem devem ser protegidas em seu estado natural e registadas em mapas, apropriadas à escala e intensidade das operações e à singularidade dos recursos afectados.

A cobertura de vegetação natural dentro das áreas do projecto foi delineada. A efectiva protecção dos habitats representativos e amostras de plantas é limitada pela posse da terra e as leis de utilização de recursos em Moçambique. É necessário um compromisso e um acordo com a comunidade sobre este tema de forma a implementar qualquer actividade. Se NGR comprometer-se a proteger os habitats, será necessário para geri-los adequadamente.

5. Orientações por escrito devem ser elaboradas e implementadas para: controlar a erosão; minimizar danos à floresta durante a colheita, construção de estradas, e todos os outros distúrbios de ordem mecânica, e proteger os recursos hídricos.

Controle de erosão e proteção dos recursos hídricos são as questões ambientais notáveis, que foram abordadas neste relatório. Construção de estradas não pode ser avaliada, pois não foram delineadas. Danos à floresta durante a colheita da plantação não é uma questão de Biodiversidade Floral, mas os danos à vegetação natural circundante são conhecidos como um problema em potencial a ser abordado neste relatório.

6. Os sistemas de gestão devem promover o desenvolvimento e a A application de pesticidas e herbicidas (para controle de

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources

11

Princípios e Critérios do FSC Comentário sobre o Princípio adopção de métodos de maneio de pragas não-químicos e se esforçarem para evitar o uso de pesticidas químicos. Pesticidas Tipo 1A e 1B e pesticidas de hidrocarbonetos clorados da Organização Mundial da Saúde; pesticidas que são persistentes tóxicos ou aqueles cujos derivados permanecem biologicamente activos e são cumulativos na cadeia alimentar para além do seu uso pretendido, bem como quaisquer outros pesticidas proibidos por acordos internacionais, devem ser proibidos. Se forem utilizados produtos químicos, devem ser fornecidos equipamentos e treinamento adequado para minimizar os riscos ambientais e de saúde.

vegetação rasteira) poderia impactar na cobertura do solo circundante e afectar os usuários da terra (culturas) a jusante ou usuários dos recursos de água (pesca). O maneio de pragas química deve ser controlado e monitorado em termos de:

Tipo de produto químico utilizado

Frequência de aplicação

Quantidade de aplicação

7. Uso de agentes de controle biológico deve ser documentado, minimizado, monitorado e criteriosamente controlado de acordo com as leis nacionais e protocolos científicos internacionalmente aceites. A utilização de organismos geneticamente modificados deve ser proibida. (Este critério está em contradição com o critério 9 (7) abaixo)

O uso de agentes de controlo biológico em relação às espécies de plantas exóticas utilizadas no desenvolvimento da plantação pode ser adequado e não deve ser descartado. Obviamente, a liberação de tais agentes deve cumprir com os regulamentos e com base na avaliação científica detalhada.

8. O uso de espécies exóticas deve ser cuidadosamente controlado e activamente monitorado para evitar impactos ecológicos adversos.

Espécies exóticas serão utilizadas para o plantio florestal. É altamente provável, como ocorreu em outros lugares no sul da África que as sementes de ambos o eucalipto e pinheiro disperse-se e estabeleça-se bem além dos limites do projecto, através do vento e da acção da água. Mitigar contra a invasão de espécies exóticas, especialmente em cursos de água a jusante, será extremamente desafiador e difícil de controlar. Em alguns casos serão utilizadas espécies de árvores de madeira indígenas (incluindo espécies Khaya), mas a extensão desta é actualmente desconhecida.

9. A conversão de florestas para plantações ou para uso não-florestal não deve ocorrer, excepto em circunstâncias onde a conversão:

Envolve uma porção muito limitada da unidade de maneio florestal, e

não ocorre em áreas de florestas de alto valor de conservação, e

permitirá benefícios adicionais substanciais, claros seguros a longo prazo de conservação em toda a unidade de maneio florestal.

Isso não é relevante no caso do projecto de plantação da NGR como a terra impactados pela agricultura está sendo convertida em plantações florestais.

9 Manutenção de florestas de alto valor de conservação

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources

12

Princípios e Critérios do FSC Comentário sobre o Princípio Actividades de maneio de florestas de alto valor de conservação devem manter ou incrementar os atributos que definem estas

florestas. Decisões relacionadas à florestas de alto valor de conservação devem sempre ser consideradas no contexto de uma abordagem de precaução.

1. A avaliação para determinar a presença de atributos consistentes com Florestas de Alto Valor de Conservação será realizada de forma apropriada à escala e intensidade da gestão florestal.

Florestas de Alto Valor de Conservação são definidas como:

As florestas com alta biodiversidade

Grandes áreas de florestas naturais intactas

Ecossistemas raros ou ameaçados

Floresta com importância de ecossistema crítica

As áreas florestais de especial importância para as comunidades locais e povos indígenas

Embora nenhum dos critérios acima sejam alcançados, é importante considerar as áreas que são consideradas por especialistas da Floresta Miombo como "Áreas de Importância para a Conservação da Biodiversidade" (Timberlake and Chidumayo, 2011). O Local do projecto enquadra-se na tal área, portanto, qualquer Floresta de Miombo dentro da área do projecto deve ser considerada como "Florestas” de Alto Valor de Conservação. Toda Floresta de Miombo dentro das áreas de plantio foi delineada (Figure 5.1-5.4).

10 Plantações

As plantações devem ser planeadas e geridas de acordo com os Princípios e Critérios 1 - 9, e o Princípio 10 e seus Critérios. Considerando que as plantações podem proporcionar um leque de benefícios sociais e económicos e contribuir para satisfazer

as necessidades globais por produtos florestais, elas devem complementar o maneio, reduzir as pressões e promover a restauração e conservação das florestas naturais.

1. Os objectivos do maneio de plantações, incluindo a conservação de florestas naturais e os objectivos de restauração, devem ser explicitados no plano de gestão e claramente demonstrados na implementação do plano.

Não foram definidos a conservação da floresta ou os objectivos de restauração em termos de Floresta de Miombo indígena (floresta seca). Não há certeza de que NGR estaria em uma posição legal para realizar este objecto.

2. A concepção e disposição das plantações devem promover a protecção, restauração e conservação das florestas naturais, e não aumentar as pressões sobre as florestas naturais. Corredores de fauna, matas riparianas e um mosaico de talhões de diferentes idades e períodos de rotação devem ser utilizados no traçado da plantação, consistentes com a escala da operação. A escala e a

No momento, pequenas manchas de Floresta de Miombo associadas com cemitérios e em alguns montes altos com taludes íngremes, estão espalhadas em torno das áreas de plantio. A área do projecto 01 de Malulu contém a maior área de Miombo, que não será utilizada para plantações.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources

13

Princípios e Critérios do FSC Comentário sobre o Princípio disposição dos talhões dos plantios deverão ser compatíveis com os padrões de povoamentos florestais encontrados na paisagem natural.

Grande parte da Floresta de Miombo existe de forma precária e está sujeita a colheita para a produção de carvão vegetal. Plantações florestais podem aliviar o impacto humano sobre a Floresta de Miombo, fornecendo às comunidades as alternativas de emprego e estratégias de subsistência e proporcionando às comunidades com fontes alternativas de madeira. Também é importante reconhecer que a NGR pode indirectamente aumentar o impacto sobre os recursos naturais na área do projecto, substituindo a terra usada para fins comerciais ou de produção de alimentos de subsistência. O resultado deste deslocamento pode causar um efeito de arrastamento do aumento de corte-e-queima pelas comunidades para o cultivo envolvente, sobre os remanescentes da Floresta de Miombo na área do projecto. Corredores Ecológicos (redes) na área do projecto foram identificados neste relatório, principalmente associados com córregos e rios nas áreas de plantio, que serão conservados pela NGR.

3. A diversidade na composição das plantações é preferível, de modo a melhorar a estabilidade económica, ecológica e social. Esta diversidade pode incluir o tamanho e a distribuição espacial das unidades de maneio dentro da composição de espécies, as classes de idade e as estruturas paisagem, o número e a genética.

Dois gêneros principais estão sendo propostos, a saber:

Pinus spp

Eucalyptus spp Como as florestas plantadas serão compostas de espécies exóticas, a diversidade na composição pode não ser tão relevante em termos de questões ecológicas no ambiente natural envolvente.

4. A selecção das espécies para plantio deve ser baseada na sua adequação geral ao local e sua adequação aos objectivos de gestão. A fim de melhorar a conservação da diversidade biológica, as espécies nativas são preferíveis às exóticas no estabelecimento de plantações e na restauração de ecossistemas degradados. As espécies exóticas, que só devem ser utilizadas

As florestas plantadas serão compostas de espécies exóticas, e podem incluir algumas espécies de árvores nativas. Focos de doenças e insectos devem ser monitorados, no que diz respeito ao seu impacto sobre a vegetação natural circundante.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources

14

Princípios e Critérios do FSC Comentário sobre o Princípio quando o seu desempenho é maior do que o das espécies nativas, devem ser cuidadosamente monitoradas para detectar taxas anormais de mortalidade, doenças ou surtos de insectos e impactos ecológicos adversos.

5. A proporção da área de maneio florestal em geral, apropriada à escala da plantação e a ser determinada nos padrões regionais, deve ser gerida de forma a restaurar o local à cobertura florestal natural.

A restauração efectiva da Floresta de Miombo (floresta seca) pode ser severamente limitada pela posse da terra e as leis de utilização dos recursos naturais em Moçambique. Parece improvável que a NGR, mesmo com um DUAT, estaria em uma posição de excluir a utilização de recursos naturais da Floresta de Miombo restaurada. Enquanto os produtos não-madeireiros seria inofensivos, a colheita carvão tornaria fútil as tentativas de restaurar a floresta. Terras para restauração daFloresta de Miombo poderiam ser garantidas pela NGR, mas um profundo envolvimento e acordo com a comunidade será necessário para que não ocorra nenhuma extração de árvore de madeira viva para implementar qualquer actividade

6. Devem ser tomadas medidas para manter ou melhorar a estrutura do solo, fertilidade e actividade biológica. As técnicas e taxas de exploração, construção e manutenção estrada e pista e a escolha de espécies não podem resultar na degradação do solo a longo prazo ou em impactos adversos na qualidade da água, a quantidade ou em alterações significativas dos padrões de drenagem.

Desvio de drenagem da água não está previsto para o projecto NGR, porém árvores de Eucalyptus e Pinus são bem conhecidas por sua alta demanda de água e altas taxas de transpiração, o que pode afectar os fluxos de água a jusante e o lençol freático nas imediações das plantações (Le Maitre et ai. de 2002). Embora a degradação do solo a longo prazo não está prevista, alterações de longo prazo (ou permanente) nas características do solo são prováveis em associação com Eucalyptus e Pinus. O pH do solo, humidade e composição microbiana podem ser alterados. Terá que se realizar a Vigilância Sanitária do solo, a fim de estabelecer condições de base e monitorar as mudanças, como resultado das plantações da NGR.

7. Devem ser tomadas medidas para prevenir e minimizar o aparecimento de pragas, doenças, incêndios florestais e a introdução de plantas invasoras. A gestão integrada de pragas deve constituir uma parte essencial do plano de gestão, com principal ênfase em métodos de prevenção e controle biológico em lugar de pesticidas e fertilizantes químicos. A gestão das

NA NGR precisará empregar todas as medidas possíveis para reduzir o potencial de invasão de Eucalyptus e Pinus para a vegetação natural (quando aplicável). Isto é especialmente importante nas zonas riparianas da área do projecto. Nos Critérios 6,8 (texto Azul acima), os métodos de controle

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources

15

Princípios e Critérios do FSC Comentário sobre o Princípio plantações deve fazer todo esforço para afastar-se de pesticidas e fertilizantes químicos, inclusive seu uso em viveiros. A utilização de agentes químicos é também abrangida nos Critérios 6.6 e 6.7.

biológico são devem ser minimizados, contradizendo isto como um método de confiança primário

8. Apropriado à escala e diversidade da operação, o monitoramento das plantações deve incluir a avaliação regular do potencial de impactos ecológicos e sociais no local e fora do local (por exemplo, a regeneração natural, os efeitos sobre os recursos hídricos e fertilidade do solo, e os impactos no bem-estar local e bem-estar social), para além dos elementos tratados princípios 8, 6 e 4. Nenhuma espécie deve ser plantada em larga escala até que ensaios locais e/ou experiência têm mostrado que elas são ecologicamente bem adaptada para o local, não são invasivas e não têm impactos ecológicos negativos significativos sobre outros ecossistemas. Atenção especial será dada às questões sociais de aquisição de terra para plantações, especialmente quanto à protecção de direitos locais de posse, uso ou acesso.

Os potenciais impactos ecológicos negativos devem ser monitorados e incluem o seguinte:

Hidrologia das terras húmidas e do fluxos do curso de córregos

Estabelecimento de plantas exóticas dentro de zonas riparianas (a 50 metros)

Incidência e frequência de incêndios

A erosão do solo

9. Plantações estabelecidas em áreas convertidas de florestas naturais após Novembro de 1994 normalmente não podem ser qualificadas para a certificação. A certificação pode ser permitida em circunstâncias em que evidências suficientes são submetidas ao certificador de que o gestor/proprietário não é responsável directa ou indiretamente por tal conversão.

Devido à extensa, descontrolada, constante e aparente colheita de rotação dos pequenos bolsões esparsos de remanescente secundário da floresta de Miombo, habilitado pela protecção de direitos locais para a utilização de recursos, não é possível estabelecer transformações de cobertura do solo, já que em 1994 os padrões de cobertura como terra são dinâmicos e mudam de ano para ano. No entanto, será importante para a NGR independentemente verificar no terreno e verificar as condições do local, antes do plantio, a fim de demonstrar a conformidade com este critério.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Niassa Green Resources Planation Project 16

3 METODOLOGIA 3.1 Revisão de literatura Foi realizada a revisão da literatura existente sobre a vegetação natural e da biodiversidade vegetal, a presença e o estado das espécies de plantas exóticas/invasoras e os efeitos de plantações de Pinus e Eucalyptus pode ter sobre a ecologia da vegetação circundante. 3.1.1 Informação actual e dados existentes

As duas áreas de projceto de Malulu (01 e 02) foram previamente pesquisadas em termos de riqueza de espécies de plantas e de biodiversidade por Sitoe (2008) e os resultados da pesquisa são incorporados a este relatório para a continuação. Além disso, foram utilizadas diversas fontes de referência sobre a ecologia e biodiversidade da Floresta Seca e Floresta de Miombo Seca para informação de fundo. 3.1.2 Resultados do impacto de espécies de plantas exóticas no ambiente circundante

Como não parece haver nenhum repositório de informações sobre as espécies de plantas exóticas e invasoras de Moçambique, tem sido usadas informações provenientes da África do Sul e do Malawi para inferência de cenários potenciais e impactos associados com o projecto de plantação da NGR.

3.2 Levantamento do local Foi realizada uma pesquisa no local de 11 a 17 abril de 2012. Foi realizada uma viagem inicial em todos os quatro locais de plantio (Malulu 01 (Norte), Malulu 02 (Sul), Ntiuile e Malica) a fim de estabelecer a diversidade de habitat e o estado geral.

3.3 Pesquisa Floral e cálculos da Biodiversidade 3.3.1 Abordagem da Pesquisa Floral

Durante o levantamento do local, os locais seleccionados que representam habitats naturais foram amostrados para riqueza e abundância de espécies, que foi realizada através da identificação das espécies e contando o número de indivíduos dentro de uma área pré-determinada. A metodologia aplicada variou entre habitats e está resumida na Tabela 3.1 a seguir. Os locais de habitats foram seleccionados (não aleatoriamente) com base na integridade de habitats para a amostragem de biodiversidade. Foram selecionados os habitats menos intactos e bem estabelecidos, uma vez que estes reflectem a mais alta possível diversidade de espécies na área do projecto. Além disso, a riqueza total de espécies foi observada para a área do projceto durante todo a visita de campo das secções dos quatro locais. Tabela 3.1 Metodologia utilizada para a amostragem do levantamento floral

Habitats amostrados

Metodologia da Abundância da Biodiversidade

Área total por amostra

Nº de amostras

por habitat

Floresta de Miombo Ripariana

Amostragem aleatória estratificada: Local pré-seleccionado, o ponto de início do transecto selecionado aleatoriamente. Corte transversal ao longo de 50 metros de

500m2 2

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 17

Habitats amostrados

Metodologia da Abundância da Biodiversidade

Área total por amostra

Nº de amostras

por habitat

comprimento da margem do curso de água. Foram observadas todas as espécies de miombo (variável de largura, mas até 10 metros) e registadas a abundância.

Miombo Terrestre Degradada

Amostragem aleatória estratificada: Local pré-selecionado, o ponto de início do transecto seleccionado aleatoriamente. Parcelas de 10x10 metros alternadas ao longo do comprimento de transectos de 50 metros. Foram anotadas todas as espécies de plantas dentro das parcelas e registadas abundância.

500m2 2

Afloramento Rochoso de Protea

Amostragem aleatória estratificada: Local pré-selecionado, o ponto de início do transecto selecionado aleatoriamente. Parcelas de 10x10 metros alternadas ao longo do comprimento de transectos de 50 metros. Foram anotadas todas as espécies de plantas dentro das parcelas e registadas abundância.

500m2 1

Terras Húmidas Amostragem aleatória estratificada: Local pré-seleccionado, lotes seleccionados aleatoriamente Foram avaliadas parcelas de 1x1 metros utilizando % de cobertura vegetal. O método foi usado uma vez que uma única espécie (gramíneas) dominou as parcelas integrais e ca ontagem de plantas individuais não era possível (tufos de capim a cobrir a superfície do solo).

1 m2 5

Pradarias Amostragem aleatória estratificada: Local pré-seleccionado, lotes seleccionados aleatoriamente. Foram seleccionadas aleatoriamente parcelas de 5x5 metros. Todas as espécies de plantas dentro da parcela foram anotadas e a abundância registadas.

25m2 1

3.3.2 Cálculo da Biodiversidade

O índice de Simpson (Simpson, 1949) foi utilizado para o cálculo do biodiversidade alfa dentro de cada habitat. O índice de Simpson mede a probabilidade de dois indivíduos, seleccionados aleatoriamente de uma amostra pertencerem à mesma espécie. O cálculo considera um índice de dominância, porque pesa no sentido da abundância das espécies mais comuns. Também é relativamente simples, assegurando ao mesmo tempo uma interpretação significativa da biodiversidade de habitat. A equação para o índice de Simpson é dada abaixo:

D = Σ(n1(n1 -1)/N(N-1))

Onde: D = Índice Simpson

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 18

n1 = Número de indivíduos da sp 1 N = Número total de spp na comunidade Com o aumento da biodiversidade, o valor do índice de Simpson vai ficar menor. Invertendo esse valor (1/D), é conseguida uma correlação positiva fazendo com que a interpretação do valor seja mais fácil de aplicar. Este estudo utilizou o formato inverso do Índice de Simpsons.

3.4 Avaliação da IUCN e CITES As listas compiladas de espécies de plantas foram analisadas para a presença de Espécies de Interesse Especial (EIE), como elas aparecem na Lista Vermelha Internacional de Dados (IUCN) e na Lista Vermelha de Dados de Moçambique (MICOA, 2003). Como o espécies na Lista Vermelha do MICOA parece basear-se em pesquisas limitadas dentro do país, foi feita referência adicional a um Lista Vermelha de dados da Flora de Moçambique actualizada, bem como Lista Vermelha Sul-Africana de 2009. Para os fins do presente relatório:

Espécies ameaçadas são definidas como: a) As espécies listadas nas Categorias Criticamente em Perigo, Ameaçadas ou Vulneráveis;

As espécies sensíveis são definidas como aquelas espécies listadas nas categorias de Dados Deficiente ou Quase Ameaçadas.

Além disso, a lista de espécies de plantas foi analisada em termos do Apêndice 1 e 2 da Convenção do Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES).

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 19

4 REVISÃO DE LITERATURA E CONTEXTO REGIONAL 1. 4.1 Revisão de Literatura 4.1.1 Clima e Topografia

A área do projecto está localizada numa altitude relativamente alta que varia entre 1000-1300 metros acima do nível do mar. Como resultado, a área do projecto tem um clima sub-tropical relativamente moderado, com temperaturas máximas e mínimas de 25°C e 16°C, e temperaturas máximas e mínimas de inverno de 23°C e 12°C, respectivamente (www.worldclimateguide.co.uk). A estação das chuvas começa em Novembro e termina em Abril (www.worldclimateguide.co.uk), com um total de aproximadamente 1100 milímetros por ano. A precipitação anual é usada como factor delineante que distingue a Floresta de Miombo Húmida (+1,000 milímetros/a) e Seca (-1000mm/D). Embora isso possa classificar a Floresta de Miombo na área do projecto como "Húmida", a composição de espécies e estrutura da vegetação indicam que esta é "Floresta de Miombo Seca" (ver discussão na Secção 4.1.2 abaixo). A topografia da área do projecto pode ser descrita como levemente ondulada, ocasionalmente interrompida por sulcos e afloramentos rochosos, tipicamente associados com taludes acentuados. Cursos de água são estreitos e rasos, ocasionalmente, principalmente ampliando em zonas húmidas. 4.1.2 Tipo de vegetação e Contexto Regional

As áreas de plantio da NGR encontram-se dentro do bioma da Floresta de Miombo. Discussões e pesquisas giram em torno das florestas de miombo na África actuais são na sua maioria como premissa no trabalho original e mapeamento realizado por White (1983), que classificou a vegetação na área do projecto da NGR como Floresta de Miombo. A floresta seca sub-húmida da África Austral foi significativamente reduzida ou transformada em pastagem ou pastagem arborizada por incêndios e destruição humana (Timberlake et al., 2010). Os demais remanescentes de floresta são tipicamente caracterizados por espécies como Brachystegia spiciformis, Parinari curatellifolia, Marquesia macroura e Daniellia alsteeniana. Em áreas que sofrem altas frequências de fogo, espécies de árvores, como Pterocarpus angolensis, Burkea africana, Dialium englerianum e espécies de sub-bosque Protea, Combretum e Strychnos tornar a espécie dominante, devido à resistência ao fogo. De acordo com o mapeamento mais recente (Timberlake e Chidumayo de 2011, Timberlake et al., 2010), a Floresta de Miombo que ocorre dentro da área do projecto das plantações da NGR é considerada como Miombo Seco (apesar de receber +1000/ano), que é dominada por espécies de árvores, tais como: Brachystegia spiciformis, B. boehmii e Julbernardia floribunda (Figura 4.1). A extensão geográfica de Miombo Seco estende-se por todo o sul-leste de Angola, sul da Zâmbia e Zimbabwe, ao sul, centro e norte de Moçambique, sul do Malawi e centro e sul da Tanzânia (Timberlake et al., 2010). A WWF (website WWF, 2010) publicou o mapa descrevendo eco-regiões globais e seu estado de conservação associado. Este mapa coloca o local de plantação NGR no “Floresta de Miombo Oriental”, que é actualmente classificada como "Vulnerável" em termos de estado de conservação.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 20

Posteriormente, e através de financiamento e mecanismo da WWF, Timberlake e Chidumayo (2011) publicou um mapa gerado por especialistas regionais e uma série de mapas WWT-Sarpo que indica as áreas de importância para a biodiversidade (Figura 4.2). O mapa leva em consideração uma série de taxa em termos de alta biodiversidade, endemismo, espécies ameaçadas e os corredores ou movimento ou migração. A área do projecto está localizada em uma área de interesse conhecida como o Shire Superior/Leste do Rift (Figura 4.2). o Shire Superior/Leste do Rift tem sido identificado como uma importante área de conservação como resultado da elevada biodiversidade registada (1.500 espécies) (Timberlake e Chidumayo, 2011). Segundo o Relatório Nacional de Implementação da Convenção sobre Diversidade Biológica em Moçambique (2007), existem sete principais tipos de vegetação em Moçambique. A Floresta de Miombo é a mais extensa e predomina nas partes norte e central do país, e é caracterizada pela presença de espécies de árvores, como Brachystegia, Julbernardia e Pteleopsis, em muitos casos, misturado com Pterocarpus, Vitex payos, V. Doniana e Cussonia.

Figura 4.1 Tipos de vegetação da Eco-região de Miombo, mostrando que áreas do projecto NGR estão localizadas em Floresta Seca de Miombo (de WWR SARPO, 2003, Timberlake e Chidumayo, 2011).

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 21

Figura 4.2 Áreas de Importância para a Conservação da Biodiversidade (WWF-SARPO 2003, em Timberlake e Chidumayo (2011) A área do projecto está localizada na No.16: Shire Superior/Leste do Rift área de importância. 4.1.3 Levantamento realizado por Sitoe (2008):

O estudo realizado por Sitoe, em 2008, foi críticamente revistos. Um resumo é discutido em mais detalhe abaixo. Embora a agricultura de subsistência em pequena escala foi identificada como o padrão dominante do uso da terra, Sitoe (2008) reconheceu ou identificou três grandes ecossistemas nas áreas de plantio de Malulu (01 e 02), que incluíram:

Pradaria (alto e baixo)

Savana de Arbusto e

Floresta (Miombo e Ripariana) Os ecossistemas descritos por Sitoe (2008) foram consistentes com as descrições fornecidas por Wild e Fernandes (1967), que descreveu o Miombo (dominado por Brachystegia e Julbernardia), Savana de Arbusto (dominada por Protea e Cussonia) e Campos (dominado por Hyparrhenia e Cymbopogon) . Além disso, Sitoe (2008) sugere que estes são os ecossistemas em estado estacionário como um comparador do histórico, com a vegetação corrente revela uma semelhança em termos de espécies dominantes. Sitoe (2008) também discute as principais espécies madeireiras comerciais utilizadas pelas comunidades locais e relatou que eles são representados por árvores de pequeno porte em baixa abundância, com excepção de Brachystegia e Julbernardia, que eram altos em abundância e volume, mas foram representados por amostras com pequenas medidas DAP (diâmetro-da altura-do-peito-) (<42 centímetros), indicando que estas espécies estão representadas por espécimes consistentemente jovens. Espécimes de Brachystegia maturas em encostas suaves normalmente têm valores de DAP variando de 84 95 centímetros (Saidi e Tshipala-Ramatshimbila, 2006).

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 22

Este relata questões, o uso do termo “estado estacionário” para descrever a Floresta de Miombo na área do projecto. O facto de que nenhum espécime de árvore maduras foram observadas certamente indica que os ecossistemas são, mesmo se espécies de plantas dominantes permanecem constantes, sendo mantidas em um nível sub-clímax, ou seja, a floresta nunca é permitida de atingir o estado de clímax ecológico. Além disso, Sitoe (2008) menciona que o material lenhoso é utilizado por comunidades locais, de forma selectiva, não causando alteração na sua cobertura. Este não era o modus operandi observado durante a visita ao local. O método aparente utilizado para a produção de carvão vegetal é a colheita não-selectiva de secções inteiras da Floresta de Miombo, eliminando completamente a cobertura arbórea. A riqueza de espécies foi estabelecida através da identificação de 175 espécies de plantas de ervas, arbustos, árvores, lianas, epífitas, palmeiras e bambus (Sitoe, 2008). Khaya anthotheca foi a única espécie listada na lista vermelha de dados de Moçambique como menor risco.

4.2 Áreas Protegidas Nenhuns Parques Nacionais ocorrem em proximidades com as áreas do projecto da Niassa Green Resources de Malulu, Ntiuile e Malica. A mais próxima Reserva é a Reserva do Niassa, que é um dos maiores ecossistemas protegidos de floresta de miombo do mundo, com uma área de 42,200 km². A Reserva do Niassa é a maior área de conservação de Moçambique e contém, de longe, a maior concentração de fauna do País (USAID 2008).

4.3 Espécies de plantas exóticas invasoras Uma vez que as espécies de árvores utilizadas pela NGR para as plantações são espécies de plantas exóticas, e são consideradas por alguns países circundantes da África Austral como invasivas, é adequado discutir o risco potencial que espécies de árvores de Pinus e Eucalyptus podem ter sobre o ambiente circundante. Dois documentos de referência têm sido usados para avaliar o risco potencial invasivo de espécies de Pinus e Eucalyptus; relatórios Nacionais da África Austral e do directório de espécies exóticas invasoras (Macdonald et al, 2003.) e Lei Nacional de Gestão Ambiental da Biodiversidade Sul Africana (No. 10 de 2004), que enumeram e classificam as espécies de plantas exóticas de acordo com o risco de invasão e proposta de controle de gestão. O relatório nacional de espécies exóticas invasoras para Moçambique não forneceu uma lista completa e comentários das espécies de plantas exóticas invasoras, e está ausente principalmente em Pinus e Eucalyptus. Por esta razão, os países mais próximos ao projecto da NGR foram usados como referência, tais como Malawi e Zimbabwe. O Banco de Dados de Espécies Exóticas Invasoras da IUCN (http://www.issg.org/) depende fortemente de contribuições de informação, e não é uma referência abrangente. No Malawi, Pinus patula e Eucalyptus camaldulensis foram identificados como espécies de plantas exóticas invasoras com o impacto associado "Deslocam plantas indígenas ou são sérios invasores de ecossistemas nativos" (Mwanyongo et al., 2003). Nenhuma outro espécie de Pinus ou Eucalyptus aparecem na lista. Na Zâmbia (Sithole et al, 2003) foram identificadas uma série de espécies de Pinus e Eucalyptus como invasivas e estão listadas abaixo:

Pinus patula, P., taeda, P.,elliotii, P. kesiya, P. radiate, P. roxburghii

Eucalyptus mearnsii, E., microcorys, E. camaldulensis, E. tereticornis, E. robusta, E. macarthurii, E. paniculata, E. globulus, E. citriodora.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 23

A legislação implementada na África do Sul tem procurado classificar todas as espécies de acordo com o risco da espécie em questão na integridade do habitat natural circundante. Controle e maneio dessas espécies também é prescrito. As categorias são descritas abaixo

a) Categoria 1-A: As espécies invasoras que requerem controle obrigatório. Remover e destruir. Os eventuais modelos de espécies listadas na categoria 1A precisam, por lei, de ser erradicadas do meio ambiente. Nenhmas licenças serão emitidas.

b) Categoria 1b: As espécies invasoras que necessitam de controlo obrigatóriao, como

parte de um programa de controle de espécies invasoras. Remover e destruir. Estas plantas são consideradas como tendo um elevado potencial como invasivas que as infestações podem qualificar-se para serem colocadas em um programa de gestão de espécies invasoras patrocinado pelo governo. Nenhmas licenças serão emitidas.

c) Categoria 2: Espécies invasoras regulamentadas por área. A autorização de

demarcação é necessária para importar, possuir, crescer, reproduzir, mover, vender, comprar ou aceitar como um presente todas as plantas listadas como de plantas categoria 2. Nenhmas licenças serão emitidas para plantas de Categoria 2 em zonas riparianas.

d) Categoria 3: Espécies invasoras reguladass por actividade. É necessária uma licença

individual de plantas para realizar qualquer das seguintes actividades restritas (importar, possuir, crescer, reproduzir, mover, vender, comprar ou aceitar como um presente), envolvendo uma espécies de Categoria 3. Nenhmas licenças serão emitidas para plantas de Categoria 3 em zonas riparianas.

Todas as espécies de Eucalyptus são listadas como espécies de categoria 2 onde elas ocorrem em povoamentos densos ou plantações. Nas áreas riparianas e zonas húmidas, todas as espécies de Eucalyptus são listadas como espécies de Categoria 1B, o que indica que espécies de eucalipto são de alto risco nessas áreas. As implicações para o projecto da NGR são de projectar a plantação para garantir que povoamentos de Eucalyptus não são colocadas ao lado do curso de água ou zonas húmidas. As espécies Pinus foram designadas tanto como categoria 2 ou 3. As implicações que precisam ser considerados pela NGR são as de garantir que as árvores de Pinus não são colocadas dentro de zonas riparianas. A manutenção de uma zona tampão entre o suporte de Pinus e zonas riparianas também é recomendad.

5 TIPO DE VEGETAÇÃO E DESCRIÇÃO DO LOCAL 5.1 Descrição geral dos tipos de vegetação Durante a visita ao local realizada em Abril de 2012, foram observadas nas seguintes categorias ecológicas em termos de cobertura do solo (Figura 5,1-5,4): 1. Floresta de Miombo, que inclui:

Ripariana: a estreita faixa de vegetação ao longo dos córregos e rios. A colheita continua a ameaçar a vegetação ripariana

Cemitério: pequenas manchas preservadas por razões culturais/religiosas. Extensões maiores de Floresta de Miombo estão presentes nas porções norte e nordeste da área de plantio de Malulu 01 (Norte).

Afloramento rochoso e Taludes: taludes íngremes e rochosos que não podem ser cultivados e não são ideais para a produção de carvão vegetal. As árvores são colhidas, mas a um nível mais sustentável como o acesso é um obstáculo significativo.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 24

2. Savana de Arbusto: apenas um único representante desse tipo de vegetação foi observado na área de plantio da Malica

3. Mosaico de Cultivo de Rotação de Culturas: Cerca de 85% da cobertura do solo foi modificada e foi classificada como de Mosaic Rotação de Culturas neste relatório, seja activamente cultivado ou de pousio.

4. Terras Húmidas: um número de zonas húmidas associadas com cursos de água foi identificado. Barragens feitas pelo homem também estão incluídas na definição de uma zona húmida.

5. Zonas Riparianas: são definidas neste relatório como áreas associadas com todos os cursos de água e são delineadas por um tampão de 50 metros da margem e não são descritas mais adiante.

5.1.1 Floresta de Miombo A área, uma vez coberta de Floresta de Woodland, actualmente contém alguns hectares (Tabela 5.1), confinados a diminuir faixas de matas riparianas, taludes íngremes,montes altos e cemitérios. Tabela 5.1 Floresta de Miombo Restante por área de plantio

Área de plantio Área total de da Floresta de Miombo (ha)

% de área coberta por Floresta de Miombo

Malulu 01 377 ha 12.6%

Malulu 02 194 ha 7%

Malica 20 ha 0.6%

Ntiuile 5 ha 0.5%

Toda a cobertura vegetal que formou um canopy ou potencial foi categorizada como Floresta. A Floresta de Miombo foi associada com cemitérios e afloramentos rochosos e Floresta Ripariana, que consistia de um conjunto de espécies diferentes (espécies de árvores que estavam hidrofílicas), foi associada com cursos de água. Elas são descritas e avaliadas separadamente neste estudo. Manchas de vegetação ripariana menores ao longo de cursos de água e floresta terrestre estão sob ameaça constante de colheita por actividades de cultivo, madeira, combustível e carvão. A existência do restante da Floresta de Miombo na área do projecto é precária nas condições actuais. Cemitério e Afloramento Rochoso da Floresta de Miombo Pequenos bolsões de Floresta de Miombo são espalhados sobre as áreas de plantio. As florestas parecem ser secundárias e são colhidas para fins madeireiros e não-madeireiros. Malulu 01 tem a maior área de Floresta de Miombo (± 377ha). Manchas de cemitério pode ser descritas como florestas terrestres estabelecidas, pois não é colhida a madeira, devido a razões espirituais (placa 5.1). Foi observada a colheita de não-madereiras (casca para fins medicinais). Apesar de pequena área, a diversidade de espécies é relativamente elevada nestes bolsos. Todas as florestas do cemitério que foram pesquisadas foram semelhantes em estrutura e composição de espécies. Espécies típicas incluído Brachystegia, Uapaca, Cussonia, Securidaca e Julbernadia (ver Apêndice A para todas as espécies encontradas neste habitat). Nem todas as florestas do cemitério foram anotadas e é necessário levantamento social detalhado e de imagens de alta definição para mapeá-las com precisão. Foi observado um sub-conjunto diferente de espécies em maior altitude de afloramentos rochosos e taludes íngremes (Foto 5.2) (ver Apêndice A para todas as espécies encontradas neste habitat).

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 25

As florestas foram colhidas para o combustível ou madeira, mas desde a colheita dessas áreas exige um esforço significativo, a colheita é mais selectiva e ocorre a um nível sustentável.

Gravura 5.1 Cemetério de Floresta de Miombo

Gravura 5.2 Afloramento Rochoso da Floresta de Miombo Floresta. Espécimes de árvores maiores são notadas nos taludes mais elevados, mais íngremes Vegetação da Floresta Ripariana A Floresta Ripariana consistiu de um número de espécies hidrófilas, tais como Syzygium. A Floresta Ripariana é totalmente restrita a poucos metros, ao lado de rios e córregos, em toda a área do projecto da NGR. Na maioria dos casos, a Floresta Ripariana está ausente ou altamente degradada. As estreitas faixas de árvores riparianas eram indetectáveis na imagem aérea Google Earth, limitando o mapeamento preciso desse tipo de vegetação. A espécie dominante é Syzygium guineense (ver Apêndice A para todas as espécies encontradas neste habitat).

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 26

Gravura 5.3 Faixas estreitas de vegetação da floresta ripariana, ou totalmente desprovidas de vegetação arbórea 5.1.2 Savana de arbusto

Apenas uma única amostra representativa deste tipo de vegetação foi observada na área de plantio de Malulu 02 em um talude virado a sul de uma crista rochosa. As espécies dominantes incluem Protea, Brachystegia e Uapaca (Figura 5.4).

Gravura 5.4 Savana de Arbustos 5.1.3 Terras Húmidas

Todas as zonas húmidas no local foram identificadas como flow-through como sistemas de terras húmidas que são alargadas, secções achatadas de cursos de água, onde os solos são sazonalmente ou permanentemente inundados com água. As espécies de plantas nestas áreas

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 27

húmidas são tipicamente aquáticas e são caracterizadas por gramíneas, que dominam, assim como espécies bulbosas e herbáceas. As zonas húmidas nas áreas de plantio não aparecem transformadas por cultivo e não mostram quaisquer sinais de impactos humanos directos ou indirectos (Figura 5.5 e 5.6).

Gravura 5.5 Terras húmidas dominadas por espécies de capim

Gravura 5.6 Terras húmidas perto da grande Comunidade de Malulu. Diferença na composição de espécies pode ser atribuída à hidrologia e exploração dos recursos vegetais por membros da comunidade

5.2 Mosaico de Cultivo de Rotação de Culturas A cobertura da terra dominante (± 85%) das áreas de plantação propostas é cultivo em vários estágios de utilização (Placa 5.7). Culturas que são actualmente produzidas incluem o milho e a mandioca, que são plantados numa base rotativa. Corte e queima da floresta secundária para o cultivo ainda é evidente (placa 5.7). A paisagem do mosaico de cultivo é composta por pradarias (onde a terra foi deixada em pousio), o cultivo activo (plantada com culturas), e árvores de mangueiras dispersas (Gravura 5.8). O padrão é consistente em todas as áreas de plantio.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 28

Gravura 5.7 Troncos de árvores cortadas e queimadas permanecem em primeiro plano.

Gravura 5.7 Paisagem de Mosaico de Cultivo de Rotação de Culturas pontuada com árvores de manga

5.3 Descrição geral das áreas de plantio Todas as quatro áreas de plantio foram pesquisadas e são descritas em termos de cobertura vegetal neste estudo, a fim de garantir a consistência. Cada local é discutido abaixo em termos de cobertura vegetal em geral e características florais/habitat importantes. 5.3.1 Área de plantio de Malulu 01

Malulu 01 foi objecto de uma avaliação ambiental prévia. O plantio já começou e é limitado a oeste e ao sul da área de plantio de acordo com o cronograma de plantio fornecido pela NGR (Figura 5.1). As áreas actualmente cultivadas com Pinus e Eucalyptus não foram evidentes a partir das imagens do Google Earth utilizadas para o mapeamento e, portanto, não foram delineadas no mapa de vegetação de Malulu 01, porém as áreas marcadas para o plantio recai dentro do “ Mosaico de Cultivo de Rotação de Culturas” (Figura 5.1) . Porções significativas no leste estão cobertas por Floresta de Miombo, mas a delimitação utilizando a imagem do Google Earth foi um desafio devido à qualidade da imagem. Por esta razão, foi utilizada uma abordagem de precaução e todas as áreas que pareciam ser densa vegetação foram mapeadas como floresta. 5.3.2 Área de Plantio de Malulu 02

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 29

Malulu 02 foi igualmente submetida a uma avaliação ambiental prévia e o plantio já aconteceu em uma escala relativamente grande. A imagem aérea Google Earth identificou o que parecia serem pequenas manchas de Floresta de Miombo na parte central e ocidental, mas a imagem usada é datada de 2006, e pode reflectir cobertura vegetal desactualizada (Figura 5.2). Um único cemitério de Floresta Miombo foi observado durante a visita ao local (S12 ° 58'31 .02 "E35 ° 25'20 .10"), mas pequenos pedaços podem passar despercebidos (Figura 5.2). 5.3.3 Área de Plantio de Malica

A área de plantação de Malica é geralmente coberta por aquilo que é descrito como “Mosaico de Cultivo de Rotação de Culturas” (Figura 5.3). O plantio já começou no Noroeste do local. Terras húmidas foram delineadas. Um cemitério da floresta (S13 ° 8'3 .41 "E35 ° 13'33 .90") foi observado no norte, e Savana de Arbusto no norte-oeste (Figura 5.3). 5.3.4 Área de Plantio de Ntiuile

A maior parte desta área de plantio é impactada pelo cultivo e é descrita como “Mosaico de Cultivo de Rotação de Culturas” (Figura 5.4). Algumas manchas que pareciam ser pequenas manchas de Floresta de Miombo da imagem aérea do Google Earth foram delineadas, mas nenhuma floresta foi observada durante a pesquisa no local. Terras húmidas associadas com cursos de água foram mapeadas.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 30

Figura 5.1 Cobertura vegetal de Malulu 01 (Inserir: cronograma de plantio para Malulu 01)

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 31

Figura 5.2 Cobertura vegetal de Malulu 02 (Inserir: cronograma de plantio para Malulu 02). A floresta cercada a vermelho é um cemitério de Floresta de Miombo de importância cultural.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Niassa Green Resources Planation Project 32

Figura 5.3 Cobertura vegetal de Malica (Inserir: plantio programado para Malica).

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 33

Figura 5.4 Cobertura vegetal de Ntiuile (Inserir: cronograma de plantio para Ntiuile).

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 34

6 BIODIVERSIDADE FLORAL, CONSERVAÇÃO E AVALIAÇÃO DO STATUS ESPACIAL DE CORREDORES ECOLÓGICOS

6.1 Biodiversidade Floral A visita ao local e levantamento de plantas foram realizados em Abril de 2012, que é considerado o outono. Como tal, dicotiledôneas herbáceas anuais e geófitas sazonais não teriam sido evidente e, portanto, não foram registadas durante esta pesquisa. As espécies de plantas identificadas por Sitoe (2008) foram incluídas na lista total de espécies para as áreas de plantação de Malulu, Malica e Ntiuile (Apêndice B) e utilizadas como um cálculo para a riqueza total da espécie. Os dados davabundância de espécies (número de plantas por unidade de área) em Florestas de Miombo (Ripariano e Cemitério) e Savana arbustivas têm sido usados para calcular a biodiversidade. Em zonas húmidas, a cobertura vegetal percentual foi utilizada para estimar a abundância das espécies. Para o monitoramento futuro, os cálculos da biodiversidade alfa dentro de cada habitat serão ferramentas de gestão úteis. A Biodiversidade Alpha considera a riqueza de espécies e abundância relativa com o habitat. Neste relatório foi utilizado o Índice de Simpsons para calcular a biodiversidade alfa, por três razões: 1. É um cálculo relativamente simples que pode ser utilizado para monitoramento 2. É bastante robusto e não depende de grandes conjuntos de dados 3. É abundância ponderada, o que permite um melhor reflexo da biodiversidade em habitats que

são dominadas por poucas espécies

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 35

Tabele 6.1 Levantamento Floral e Cálculos da Biodiversidade (2012)

Habitat Riqueza total de espécies de plantas Sitoe (2008) e dados combinados do levantamento actual

Biodiversidade Alfa (Índice de Simpsons 1/D, faixa de valor 0,0 <1/D <10+)

Táxons ou espécies indicadoras Ecologicamente importantes (pedra fundamental)

Espécies pioneiras (indicativo de perturbação) ou espécies de Borda

Miombo Terrestre (Secundário / degradado)

Talude e afloramentos rochosos (Montanha de Malulu)

35 4.617

Erythrina sp Cussonia sp

Todas espécies Brachystegia, Uapaca Protea sp

Cemitério 65

Miombo Ripariano 16 4.01 Khaya anthotheca Syzygium cf cordatum

Savana de Arbustos 122 1.90

Terras Húmidas 14

100% de espécies de gramíneas, 0-1% de ervas e espécies geofíticas.

Drosera sp (espécie Indicatora)

Total 230

A maior biodiversidade foi observada no tipo de vegetação da Floresta de Miombo terrestre. A Savana de arbustos foi dominada por poucas espécies, que é a razão para a observação de um biodiversidade alfa relativamente baixa. A Floresta Ripariana, onde amostrado, estava fortemente degradada e foi amplamente dominada por uma única espécie, Syzygium. Se mantida através de um programa de conservação, espera-se ter maior biodiversidade. Também é interessante notar que, embora o maior número de espécies foi observado no Savana de arbustos, esta alcançou a pontuação mais baixa de biodiversidade. Isto poderia ser devido ao período de amostragem em que o estudo teve lugar (realizado quase no começo do Outono).

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 36

6.2 Estado de Conservação de Espécies de Plantas: Espécies Raras, Em Perigo ou Ameaçadas

A lista total de espécies foi avaliada novamente com a publicação da IUCN e do Lista Vermelha de Dados de Moçambique. Tabela 6.2 Tabela 6.2 Estado de conservação das Espécies de acordo com as Listas de Dados de Moçambique e África do Sul

Categoria da IUCN Total de espécies de plantas

Pouco Preocupante 113

Provavelmente Pouco Preocupante * 21

Desconhecido (nenhuma informação

disponível) 83

Deficiência de Dados 8

Quase Ameaçada 1 (Synaptolepis kirkii)

Em Declínio 2 (Balanites maughamii, Boophone disticha)

Menor Risco # 2 (Afzelia quanzensis, Khaya anthotheca)

Total 230

* Não está presente na lista da IUCN, mas há outras espécies no gênero identificadas como ameaçadas de extinção, vulneráveis ou quase ameaçada # Espécies na Lista Vermelha de Dados de Moçambique Duas espécies de especial interesse aparecem na Lista Vermelha de Dados da África do Sul e são classificadas como “Em Declínio” e “Quase ameaçadas”. Isso reflete o estado das espécies em Moçambique, mas não indica (usando a abordagem de precaução) que alguma consideração para o espécie deve ser inferida. Espécies em declínio incluem:

Balanites maughamii é uma grande árvore que foi largamente encontrada em grande nos afloramentos rochosos

Boophone disticha é uma geofítica (planta bulbosa) com uma forma de crescimento distinta e floração característica.

A espécies de planta nas proximidades anotadas como Quase Ameaçadas na Lista Vermelha de Dados da Áfirca do Sul, Synaptolepis kirkii, é uma planta medicinal usada tradicionalmente para, doenças de pele, parasitas, tumores, ofidismo, etc. Os compostos na raiz também foram encontrados como sendo neurotróficos, potencialmente tóxicos e promotores de tumores (Weidong HE, 2001). De acordo com a Lista Vermelha de Dados de Moçambique, duas espécies são consideradas de “menor risco”, como resultado da sobre-exploração e incluem Afzelia quanzensis e Khaya anthotheca. Duas espécies CITES ambas que ocorrem no gênero Aloe aparecem no Apêndice II, que não estão necessariamente ameaçadas, mas são controlados em termos de comércio internacional.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 37

6.3 Corredores Ecológicos áreas de plantio adequadas A fim de avaliar as áreas de plantio da NGR para terras aptas para plantação florestal, todos os quatro locais foram mapeados em termos de tipos de cobertura do solo/vegetação. Áreas consideradas como de Alto Valor de Conservação, Floresta de Alto Valor de Conservação e ecossistemas críticos foram identificadas (de acordo com a Tabela 6.3) como núcleos ou áreas sensíveis. Habitats e tipos de vegetação que foram identificados foram tamponados numa área de 50 metros “Não-avançar” para actividades de plantio da NGR. Deve-se ter em mente que a precisão de mapeamento é limitada devido à baixa resolução e natureza potencialmente desactualizada da imagem aérea do Google Earth. Tabela 6.3 Núcleo ou Ambientes Sensíveis

Área sensível Habitat e Justificativa

Alto Valor de Conservação ou Floresta de Alto Valor de Conservação

Toda Floresta de Miombo é identificada como Alto Valor de Conservação ou Floresta de Alto Valor de Conservação, uma vez que o Miombo encontrado na área do projecto é considerado por especialistas como Floresta de Miombo do Alto Shire/Rift do Leste e tem sido identificada como uma importante área de conservação como resultado da elevada biodiversidade registada (1.500 espécies) (Timberlake e Chidumayo, 2011)

Ecossistemas e Críticos Corredores ecológicos críticos

Ecossistemas críticos foram identificados no relatório como:

Floresta Ripariana

Zonas Riparianas

Terras Húmidas

Cemitério de Florestas de Miombo (como refúgio isolado)

Afloramento Rochoso da Floresta de Miombo

Áreas de rede ecológica fornecem importantes corredores ecológicos e pedras de piso que garantem movimento e fluxo de genes que sustentam a biodiversidade. Áreas de rede consistem em:

1. Núcleo ou vegetação sensível ou paisagens, 2. Corredores que ligam as áreas sensíveis e 3. Zonas tampão.

Dois mapas de sensibilidade (Figura 6.1 e 6.2) foram gerados que indicam todas as áreas sensíveis, com uma zona tampão de 50 metros. Funcionalidades aquáticas são por natureza corredores lineares que facilitam o movimento a montante e a jusante e são, portanto, por padrão, identificados como áreas de redes ecológicas. Foi mapeada uma área adicional de rede que liga o Rio Lucheringo, a afloramento rochoso da Floresta de Miombo ao longo de cumes estendidos, ligando para floresta de terras planas baixas na área de plantio de Malulu 01 e juntando-se novamente no Rio Lucheringo mais ao norte (veja a Figura 6.1).

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 38

Figura 6.1 Malulu 01 e Malulu 02: locais sensíveis e propostas de corredores ecológicos

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 39

Figura 6.2 Malica e Ntiuile: Locais sensíveis e propostas de corredores ecológicos

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 40

7 QUESTÕES IDENTIFICADAS E IMPACTOS

7.1 Impactos Actuais: “NÃO-AVANÇAR” ou “cenário Sem o projecto” A fim de contextualizar os potenciais impactos das plantações propostas pela NGR, os impactos existentes (ou status quo), associados com condições ecológicas actuais, precisa ser descrita em termos de padrões de vegetação, estrutura e composição. Esta linha de base ou status quo deve ser usada como comparação com a qual os impactos do projecto são avaliados. As principais questões identificadas com o status quo são discutidas abaixo: 1. As condições actuais da vegetação em áreas de plantio do projecto podem ser descritas

como: grandemente modificadas e transformadas através de práticas de corte-e-queima para o cultivo agrícola. Terras húmidas parecem intactas e a Floresta de Miombo seleccionadas foram mantidas.

2. Queimadas descontroladas continuamente impedem a sucessão de Pradarias para Florestas

de Miombo e formam uma paisagem artificial remanescente dispersa de espécies de plantas tolerantes ao fogo.

3. A colheita descontrolada de secções inteiras (não selectiva) de Floresta de Miombo tanto

ripariana como terrestre, provavelmente resultou em extinções localizadas de espécies animais e vegetais sensíveis.

7.2 Questões e impactos associados com a plantação proposta Uma série de questões e impactos potenciais estão tipicamente associados com projectos de plantação e são discutidos no contexto das áreas de plantio da NGR e as condições ambientais circundantes.

Questões Impactos associados

1. Redução da saúde do solo e alterações nas características do solo

1. Características permanentes e modificação das propriedades do solo: pH, os organismos do solo, outras propriedades químicas, fertilizantes

2. Pobre gestão do solo, combinada com vegetação de compensação e exposição do solo pode resultar na erosão do solo e resultar em assoreamento dos cursos de água a jusante

2. Perda de biodiversidade 1. Falta de controle de invasão de plantas de Pinus e Eucalipto a jusante através da dispersão

2. Fragmentação de habitats: infra-estrutura linear

3. Pressão efeito de borda sobre os ecossistemas sensíveis (Floresta de Miombo/Terras Húmidas), como resultado de actividades de plantio (Durante o estabelecimento do local, colheita e construção de infra-estruturas associadas)

4. Perda da Floresta de Miombo remanescente degradada, como um impacto indirecto, resultante do deslocamento da agricultura local que pode causar extinções e destruições potenciais de Florestas de Miombo e diversidade vegetal e animal associada das pequenas bolsas remanescentes

5. Degradação das zonas húmidas, devido ao estabelecimento de plantações e perda da rede de corredores naturais

3. Monocultura e risco de doença

1. Re-vegetação com monocultura pode aumentar o risco de doenças de plantas, vector da doença (insectos) e, assim, reduzindo naturalmente a biodiversidade

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 41

Questões Impactos associados

4. Alterações da hidrologia das águas superficiais e subterrâneas

1. Plantação de espécies exóticas podem ter impacto sobre os regimes de fluxo de água e níveis de água subterrânea que apoiam as zonas húmidas e utilizadores a jusante.

5. Aumento do risco de incêndio 1. Carga de combustível em locais de plantação que não são mantidos limpos de biomassa derrubada e crescimento da sub-mata poderiam aumentar a intensidade do fogo e causar danos no solo, aumento da erosão e diminuição de germinação de sementes de piscinas indígenas. O aumento da frequência de queimadas reduzi naturalmente a diversidade de espécies da Floresta de Miombo (Floresta Seca).

6. Oportunidades de Conservação e Compensação da Biodiversidade

1. Potencial para uma melhor conservação da Floresta de Miombo, através de: a. Acesso à madeira alternativa b. Acesso a rendas e meios de subsistência

alternativos c. Implementação dos Programas de Conservação

(Sustentabilidade)

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 42

8 AVALIAÇÃO DE IMPACTO 1 8.1 Questão 1: Redução da saúde do solo e alterações nas características do

solo Impacto 1.1: Modificação permanente/irreversível dos constituintes do solo, características e propriedades Causa e Comentário: propriedades do solo, como pH e solubilidade/disponibilidade de nutrientes são susceptíveis de serem alterados devido à actividades de plantio, como a aplicação de fertilizantes inorgânicos, calagem e aumento da matéria orgânica no solo da plantação. Além disso, a fauna e flora naturais do solo, provavelmente, passarão por uma mudança na composição devido ao aumento da matéria orgânica, simbioses mútuas e os níveis de decréscimos associados de pH. Um dos principais indicadores de solo saudável é um componente activo da fauna/flora, que poderia ser prejudicado pela aplicação de pesticidas (por exemplo, fungicidas). As alterações nas propriedades do solo são susceptíveis de serem localizadas, mas levaria tempo e esforço considerável para remediar. Medidas de Mitigação 1. Como são esperadas alterações na estrutura do solo e características químicas, o solo deve

ser testado e monitorado para assegurar que é mantida a saúde do solo. Isso pode ser realizado através do desenvolvimento e implementação de um Plano de Monitoramento da Saúde do Solo (ver o Programa de Gestão e Monitoramento de Impacto para mais detalhes).

2. É necessário um monitoramento permanente das propriedades do solo e gestão adaptativa de solos.

3. Aplicação de produtos químicos e pesticidas deve ser bem registada e geriada. 4. A gestão de águas pluviais deve assegurar que a água poluída não corre em zonas húmidas e

outros ecossistemas sensíveis. 5. Águas superficiais e subterrâneas devem ser regularmente monitoradas em busca de traços

de poluentes (pesticidas orgânicos residuais). Isso pode ser realizado através do desenvolvimento e implementação de um Plano de Monitoramento da Qualidade da Água (ver o Programa de Gestão e Monitoramento de Impacto para mais detalhes).

6. Um Plano de Gestão Ambiental de Operação da Plantação precisa ser desenvolvido para lidar com estas questões e riscos.

Declaração de Significância: Esse impacto ocorrerá na escala da área de estudo a longo prazo. Sem mitigação pode resultar em impactos graves sobre o solo. A gestão adequada dos nutrientes do solo e da composição química, em relação às medidas de redução acima mencionados, irá reduzir a gravidade do impacto a moderadamente grave, resultando numa redução da significância de ELEVADA a MODERADA.

CL

AS

SIF

ICA

ÇÃ

O

Escala de

tempo Escala

espacial Gravidade do

impacto Probabilidade

Significância do Impacto

Sem mitigação

Longo Prazo

Área do Projecto

Grave Definitivo ELEVADA

Com mitigação

Longo Prazo

Área do Projecto

Moderadamente grave

Definitivo MODERADA

Impacto 1.2: Impacto 1.2: Gestão deficiente do solo, combinada com a vegetação de compensação e exposição do solo pode resultar na erosão do solo e resultar em assoreamento de cursos d'água a jusante. Causa e Comentário: Durante o estabelecimento de plantações e desenvolvimento inicial do projecto de infra-estrutura geral, o solo é susceptível de ser exposto, tornando-o vulnerável à erosão eólica e hídrica. Os principais perdas de solo superficial devido à erosão lamina terão um impacto sobre a fertilidade do solo e resultarão em sedimentação a jusante dos cursos de água.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 43

Medidas de mitigação: 1. Garantir que que o desmatamento/colheita, preparo do solo e replantio é rápido e não

coincide com a estação chuvosa. 2. Garantir que um Plano de Gestão Ambiental de Desmatamento é desenvolvido para

resolver este problema. Declaração da Significância: O senso comum e uma consciência deste impacto pode percorrer um longo caminho no sentido de mitigar os efeitos de períodos prolongados de exposição do solo. O impacto pode ocorrer, e poderia certamente ter um impacto moderadamente grave a curto prazo. Isto pode ser reduzido a um impacto ligeiro de BAIXA significância ambiental.

CL

AS

SIF

ICA

ÇÃ

O

Escala de

tempo Escala

espacial Gravidade do

impacto Probabilidade

Significância do Impacto

Sem mitigação

Curto prazo Área do Projecto

Moderadamente grave

Possível MODERADA

Com mitigação

Curto prazo Área do Projecto

Ligeiro Pouco provável

BAIXA

8.2 Questão 2: Perda de biodiversidade Impacto 2.1: Potencial de invasão de espécies de plantas exóticas que estão sendo utilizadas pela NGR para o estabelecimento de plantações em ambientes envolventes, especialmente ao longo das margens dos cursos d'água Causa e Comentário: espécies de plantas exóticas que estão sendo utilizadas pela NGR e que escapam para além das áreas de plantio geridas, irão estabelecer e proliferar na vegetação natural circundante e deslocar espécies nativas, reduzindo a biodiversidade global. Além disso, algumas espécies exóticas (tais como Pinus e Eucalyptus sendo que ambas são plantadas pela NGR) são alelopáticas, impedindo a germinação de espécies de plantas nativas. Medidas de Mitigação: 1. Um Programa de Monitoramento de Plantas Exóticas Invasoras foi desenvolvido e deve ser

implementado. Este programa deve envolver relatórios anuais e actualizações. O programa deve monitorar a presença de espécies exóticas fora de lotes de plantações e para além da área de projecto NGR (locais de plantação). Ele será fundamental para monitorar os cursos de água, tanto quanto 10 km a jusante.

2. O Programa de Monitoramento de Plantas Exóticas Invasoras e os seus resultados devem ser introduzidos em um Programa de Erradicação de Plantas Exóticas e Invasoras. Devem ser implementadas medidas imediatas para remover espécies vegetais exóticas invasoras.

Declaração da Significância: As espécies vegetais utilizadas pela NGR são exóticas e conhecidas por serem invasivas em países vizinhos, em diferentes graus. Os impactos associados de planta exóticas invasoras sobre a biodiversidade (e águas subterrâneas) são Graves e o risco é de longo prazo, uma vez que continuará por toda a vida do projecto, resultando em um impacto ELEVADO avaliado. A implementação das medidas de mitigação descritas acima pode reduzir a probabilidade de invasão de plantas exóticas na vegetação natural circundante, mitigando o impacto a MODERADO.

CL

AS

SIF

ICA

ÇÃ

O

Escala de tempo

Escala espacial

Gravidade do impacto

Probabilidade Significância do

Impacto

Sem mitigação

Longo prazo

Área do projeto ea jusante

Grave Provável ELEVADA

Com mitigação

Longo prazo

Área do projecto e a jusante

Ligeiro Possível MODERADA

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 44

Impacto 2.2: Fragmentação de habitats devido à infra-estrutura linear e estabelecimento de plantações e operação Causa e Comentário: Habitats, que se tornam isolados podem parar de funcionar como uma unidade do ecossistema, e, portanto, a fragmentação de habitats pode levar à perda de populações viáveis, especialmente em animais que necessitam de grandes áreas de uso. A interrupção ao fluxo de genes entre as populações “ilha”, reduz a aptidão biológica a longo prazo. Ela também compromete a capacidade das populações de se adaptarem a futuras perturbações ambientais Espécies propensas a fragmentação do habitat são sésseis, especialistas do habitat com baixa fecundidade. A maioria das espécies com estas características já podem estar localmente extintas. A área de estudo já está em grande parte transformada, e uma grande quantidade de fragmentação do habitat já ocorreu. A manutenção de corredores ecológicos e áreas de rede é crítica. Medidas de Mitigação: 1. Parcelas de plantio e actividades lineares não devem bifurcar ecossistemas sensíveis

(Floresta Ripariana ou de Miombo e Terras húmidas) ou fragmentos de ecossistemas. 2. Recomendação: áreas de retirada de terras, identificadas como sensíveis e/ou redes

ecológicas dentro dos DUAT da NGR devem ser geridos pela NGR para garantir a preservação e conservação. Terras húmidas, zonas riparianas e Florestas de Miombo adjacentes a áreas de plantio ou na área de plantações devem ser preferencialmente selecionadas para fins de gestão. O objectivo das terras retiradas da produção é reconectar habitats ao longo de corredores ecológicos (redes riparianas). Este deve ser facilitado e gerido através do desenvolvimento e implementação de um Plano de Gestão de Conservação.

3. Recomendação: Zonas-tampão em torno de Terras Húmidas, zonas riparianas e Florestas de Miombo também podem ser consideradas para a reabilitação da floresta que envolvem a colheita de sementes de árvores nativas, crescendo no viveiro existente e plantio adjacente de plantações futuras ou actuais.

Declaração da Significância: A fragmentação de habitats, provavelmente irá resultar em uma diminuição da biodiversidade floral que terá um impacto de gravidade moderada a longo prazo dentro da área do projecto NGR. A significância ambiental do impacto absoluto seria NEGATIVA MODERADA. A Biodiversidade nas áreas de retirada de terras e a oportunidade de reabilitação da Floresta iria transformar iste em um impacto ALTAMENTE BENÉFICO.

CL

AS

SIF

ICA

ÇÃ

O Escala de

tempo Escala

espacial Gravidade do

impacto Probabilidade

Significância do Impacto

Sem mitigação

Longo prazo

Área do Projecto

Moderadamente grave

Provável MODERADO

Com mitigação

Longo prazo

Área do Projecto

Benéfico elevado

Possível ALTAMENTE BENÉFICO

Impacto 2.3 Pressão efeito de borda sobre os ecossistemas sensíveis (Floresta de Miombo / Terras Húmidas), como resultado de actividades de plantio (durante o estabelecimento do local, colheita e construção de infra-estrutura associada) Causa e Comentário: A gestão inadequada de actividades de plantio pode resultar em impactos indirectos sobre os limites do ecossistema (por exemplo, perturbação incêndios, pragas de plantações impactando os sistemas naturais, etc), causando perturbação substancial e efeitos de borda extensos. Medidas de Mitigação:

1. Uma zona tampão de 50 metros de Floresta de Miombo (Ripariana e Terrestre) bem estabelecida ou zonas riparianas devem ser implementadas quando apropriado e respeitadas durante a disposição e concepção do projecto.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 45

2. Nenhuma actividade agrícola, dentro dos terrenos de plantação/ propriedades, devem a ocorrer nessas áreas-tampão

3. O monitoramento deve ser realizado em uma base anual, utilizando imagens de satélite. Se a análise por satélite identificar áreas afectadas, um levantamento do local deve ser realizado para confirmar os resultados.

Declaração da Significância: O efeito de borda resultante do actual o uso da terra(pré-NGR) é um impacto a longo prazo grave, na área de estudo. O projecto pode reduzir o impacto actual dos efeitos de borda pela implementação e gestão de uma zona tampão em torno de ecossistemas sensíveis, habitats fragmentados e corredores da rede ao longo dos afluentes e das linhas de drenagem. Esta redução iria reduzir a classificação da significância de ELEVADA para BAIXA.

CL

AS

SIF

ICA

ÇÃ

O Escala de

tempo Escala

espacial Gravidade do

impacto Probabilidade

Significância do Impacto

Sem mitigação

Longo prazo

Área do Projecto

Grave Provável ELEVADA

Com mitigação

Longo prazo

Área do Projecto Ligeiro Possível BAIXA

Impacto 2.4: Perda da Floresta de Miombo remanescente degradada (como um impacto indirecto), como resultado do deslocamento da agricultura que pode causar extinções locais e potencial de destruição total da Floresta de Miombo e plantas e animal associadas e diversidade das pequenas bolsas remanescentes Medidas de Mitigação: 1. Como sugerido por Sitoe (2008) a NGR deve reservar muitas plantações especificamente para

a propagação de espécies da floresta que são recursos importantes para as comunidades (eg Uapaca para a fruta).

2. Ajudar as comunidades a desenvolver um em método de rotação de culturas agricultura mais intensiva, providenciando formação e maquinaria, etc.

3. Desenvolver uma série de cisão de sectores económicos para aumentar as oportunidades de emprego para os membros da comunidade que não serão mais capazes de produzir culturas, tais como:

Lascar árvores derrubadas e galhos e produção de adubo orgânico por compostagem (vermicultura).

Produção de mel: embora a apicultura aumentaria o risco de incêndios de forma significativa, a localização das colmeias de abelhas pode ser estabelecida.

Declaração da Significância: É possível que os membros da comunidade que foram deslocados pela plantação da NGR possam procurar terras alternativas para a produção agrícola. A consequente perda da Floresta de Miombo, enquanto considerada como moderadamente grave em uma escala regional, pode ser considerada como grave em uma escala localizada. Implementação da mitigação acima reduziria a significância do impacto de MODERADA a BAIXA.

CL

AS

SIF

ICA

ÇÃ

O Escala de

tempo Escala

espacial Gravidade do

impacto Probabilidade

Significância do Impacto

Sem mitigação

Longo prazo

Área do Projecto

Moderadamente grave

Possível MODERADA

Com mitigação

Longo prazo

Localizado Ligeiro Possível

BAIXA

Impacto 2.5 Degradação das zonas húmidas, devido ao estabelecimento de plantações e perda dos corredores de rede naturais

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 46

Causa e Comentário: As Terras húmidas fornecem habitat importante para os anfíbios e aves e realizam importantes funções ecológicas. O avanço das plantações sobre as zonas húmidas terá impacto sobre a hidrologia das zonas húmidas e flora aquáticas obrigatórias. Medidas de mitigação: 1. Um tampão 50 metros de zonas riparianas deve ser implementado quando apropriado e

respeitado durante a disposição e concepção do projecto. 2. Não há plantações agrícolas ou actividades devem ocorrer nessas áreas tampão. 3. Terras Húmidas são monitoradas anualmente para a riqueza de espécie e espécies

indicadoras. 4. Declaração da Significância: O possível impacto das actividades do projecto do NGR em

zonas húmidas seria considerado Grave e tem implicações de longo prazo e, portanto, um impacto ALTAMENTE SIGNIFICATIVO. Implementação de zonas-tampão e monitoramento consistente pode reduzir a probabilidade e a gravidade e mitigar o impacto a significância MODERADA importância.

CL

AS

SIF

ICA

ÇÃ

O Escala de

tempo Escala

espacial Gravidade do

impacto Probabilidade

Significância do Impacto

Sem mitigação

Longo prazo

Área do Projecto

Grave Provável ELEVADA

Com mitigação

Longo prazo

Área do Projecto

Moderadamente grave

Possível MODERADA

8.3 Questão 3: Aumento do risco de doença devido à plantações de monocultura

Impacto 3.1: Re-vegetação com monocultura pode aumentar o risco de doenças de plantas, vector da doença (insectos) e, assim, reduzir a biodiversidade natural Causa e Comentário: O risco de propagação de doenças de plantas é geralmente associado com culturas mono-cultura. Populações de insectos, muitas vezes os vectores da doença, explodir devido a uma fonte constante de “alimento”. Doenças que podem ser abrigadas em espécies de plantação podem ser fatais para espécies de plantas indígenas. Mono-cultura tem sido apontada como a principal causa de mudanças significativas nas plantas, animais e comunidades de fungos. Grandes povoamentos da mesma espécie de planta irão beneficiar, preferencialmente, (muitas vezes generalista) espécies (incluindo doenças) seleccionadas e negativamente contra as espécies sensíveis. A mudança comunidade tem um efeito imprevisível, o que acaba resultando em extinções localizadas e redução da biodiversidade. Medidas de Mitigação: 1. Deverá ser realizado o monitoramento constante e medidas preventivas. Um Plano de Gestão

de Operação da Plantação deve detalhar e desenvolver estratégias adequadas para reduzir este risco

2. 1. Deve ser empregada a gestão adaptativa para lidar com eventos específicos de acordo com princípios de melhores práticas, e se concentrar em maneiras de prevenir e controlar que as doenças se espalhem.

3. Monitoramento constante e atento das plantações e plantas de viveiro será crucial para o sucesso da detecção precoce de doenças de plantas.

4. É importante para permitir um “caminho de trabalho” das plantações, separado por flora indígena, para permitir uma paisagem de mosaico heterogénea.

5. Mudanças nas comunidades de plantas, animais, insectos, pássaros e microbiana terão de ser monitoradas e aplicada a gestão adaptativa. Algumas considerações podem ser dadas às plantações de árvores nativas.

6. Manter corredores naturais e ecossistemas sensíveis.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 47

Declaração da Significância: Os riscos associados com as monoculturas são bem pesquisados e compreendidos. Supõe-se que o monitoramento da doença será uma parte integrante das actividades operacionais da NGR. Com um programa de monitoramento rigoroso em uso, o impacto é avaliado como MODERADO. Através da implementação das medidas de mitigação acima, a significância do impacto pode ser reduzido a BAIXA.

CL

AS

SIF

ICA

ÇÃ

O Escala de

tempo Escala

espacial Gravidade do

impacto Probabilidade

Significância do Impacto

Sem mitigação

Longo prazo

Área do Projecto

Moderadamente grave

Possível MODERADA

Com mitigação

Longo prazo

Área do Projecto Ligeiro

Possível BAIXA

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 48

8.4 Questão 4: Alterações na hidrologia das águas superficiais e subterrâneas (quantidade e qualidade da água)

Impacto 4.1: espécies de plantas exóticas podem causar impacto sobre os regimes de fluxo de água e níveis de água subterrânea que suportam as zonas húmidas e utilizadores a jusante. Causa e Comentário: Pesquisa significativa realizada na África do Sul demonstrou que as espécies de plantas exóticas podem ter um impacto dramático sobre águas subterrâneas e superficiais, reduzindo a humidade do solo e a redução dos níveis de água. Um dos factores que contribuem são as taxas de transpiração significativamente mais elevadas e, portanto, uma demanda maior de água associada com as espécies de Eucalyptus e Pinus. Devido à consequente baixa da humidade do solo, algumas plantas da sub-mata são capazes de estabelecer, resultando em maior escoamento superficial e redução de recarga da água subterrânea. As plantações podem, portanto, ter um impacto sobre as zonas húmidas presentes nas quatro áreas do projecto Medidas de Mitigação: 1. Assegurar que os tampões da zona ripariana a jusante a partir de lotes de plantações estão

completamente vegetadas. Nenhuma actividade de produção agrícola pode ser feita nos tampões riparianos. A NGR deve garantir que a terra é adquirida para a gestão neste sentido.

2. Deve ser realizado o monitoramento de zonas húmidas em termos de indicadores de anfíbios (veja a Avaliação de Impacto Faunal) para determinar o impacto e sua significância em sistemas de terras húmidas.

3. Devem ser estabelecidos o mais rápido possível dados de base sobre a quantidade de água em locais seleccionados (por exemplo, barragens). A qualidade e quantidade da água podem ser controlados eficazmente através do desenvolvimento e implementação de uma de Plano de Monitoramento da Qualidade e Quantidade da Água Superficial e Subterrânea (consulte Programa de Gestão e Monitoramento de Impacto).

Declaração da Significância: Impactos sobre a hidrologia local e humidade do solo, provavelmente irão ocorrer e podem resultar em impactos moderadamente graves, a longo prazo. A implementação e gestão de zonas-tampão vai reduzir a ELEVADA significância do impacto, garantindo o máximo de retenção de água de escoamento superficial, permitindo a recarga de águas subterrâneas e manter as funções das zonas húmidas, numa significância MODERADA.

CL

AS

SIF

ICA

ÇÃ

O Escala de

tempo Escala

espacial Gravidade do

impacto Probabilidade

Significância do Impacto

Sem mitigação

Longo prazo

Área do Projecto

Grave Provável ELEVADA

Com mitigação

Longo prazo

Área do Projecto

Moderadamente grave

Possível MODERADA

8.5 Questão 5: Aumento do Risco de Incêndios Impacto 5.1: O risco de incêndios pode aumentar devido ao aumento da carga de biomassa combustível Causa e Comentário: As cargas de combustível em locais de plantação que não são mantidas livres de biomassa derrubada e crescimento da sub-mata podem aumentar a intensidade do fogo e causar danos no solo, aumento da erosão e diminuição da germinação de sementes de piscinas indígenas. A actual frequência dos incêndios descontrolados já está impactando a vegetação natural da Floresta de Miombo. A NGR estará fazendo esforço concertado para reduzir essa frequência, a fim de proteger as plantações. Medidas de Mitigação:

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 49

1. Todas as árvores abatidas e ramos durante o crescimento de uma plantação devem ser removidos do local. O material da árvore pode ser coberto de folhas e convertido em fertilizantes para a aplicação a fim de evitar a perda de nutrientes a partir do sistema

2. Devem ser estabelecidos aceiros de nada menos que 50 metros em torno de todas plantações, exótica e indígena. Aceiros internos devem estar de acordo com as melhores práticas florestais.

Declaração da Significância: a intensidade do fogo aumento devido a carga de combustível, que pode ser um impacto moderadamente grave de significância MODERADA, pode ser efectivamente reduzido e controlado. A redução da frequência de fogos exigirá a co-operação da comunidade local. A significância do impacto é, portanto, classificada como BAIXA, embora a probabilidade de o risco de incêndio continuar a ser provável.

CL

AS

SIF

ICA

ÇÃ

O Escala de

tempo Escala

espacial Gravidade do

impacto Probabilidade

Significância do Impacto

Sem mitigação

Curto prazo Área do Projecto

Moderadamente grave

Provável MODERADA

Com mitigação

Curto prazo Área do Projecto

Moderadamente grave

Provável BAIXA

8.6 Questão 6: Potenciais Oportunidades de Conservação Impacto 6.1: Uma oportunidade para a melhoria da conservação e preservação da Floresta de Miombo ripariano e terrestre remanescente é possível através da identificação e gestão de áreas de conservação Causa e Comentário: Embora NGR esteja a propagar e estabelecer plantações de espécies de plantas exóticas, lotes florestais de espécies autóctones foram incluídas. Além disso, para lotes florestais indígenas, que serão explorados comercialmente, existe uma oportunidade para NGR implementar um programa de conservação e reabilitação. Isto poderá implicar a obtenção de terras, como por negociação da plantação, e activamente re-vegetando a terra ao seu estado natural para fins de conservação. Embora nenhuma colheita de produtos de madeira pelas comunidades vizinhas seria permitida dentro dessas áreas, poderá ser incentivada a utilização de recursos não-madeireiros. Nenhuma colheita madeira ou carvão vegetal seria permitida. Como prioridade, as áreas de rede e corredores ecológicos, que são principalmente associadas com cursos de água e zonas húmidas, devem ser seleccionadas. Uma área representativa de alta biodiversidade de Miombo deve também ser gerida com a mesma finalidade, pela NGR. O estabelecimento de Reabilitação e áreas de Conservação serão uma compensação considerável contra os impactos negativos acima mencionados. Medidas de Mitigação:

Desenvolver e implementar um programa de Plano de Gestão e Monitoramento da Reabilitação e Conservação com o objectivo de seleccionar terras adequadas para essas actividades e monitorar o sucesso em termos de indicadores de biodiversidade.

Declaração da Significância: O impacto elevado benéfico, a longo prazo resultaria em uma classificação de significância ALTAMENTE BENÉFICA.

CL

AS

SIF

ICA

ÇÃ

O Escala de

tempo Escala

espacial Gravidade do

impacto Probabilidade

Significância do Impacto

Sem mitigação

Longo prazo

Regional Benéfico Provável ELEVADA

BENÉFICA

Com mitigação

Longo prazo

Regional Benéfico Provável ELEVADA

BENÉFICA

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 50

9 CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO E RECOMENDAÇÕES

9.1 Resumo da avaliação de impacto Os impactos associados ao projecto de plantação da NGR foram identificados e a significância de cada questão/impacto foi avaliada em termos de significância elevada, moderada e baixa. Em cada caso, foram previstas medidas de mitigação para reduzir os impactos negativos e re-avaliados, a fim de determinar se o impacto pode ser mitigado a um nível aceitável. Tabela 9.1 Resumo das avaliações de impacto antes e depois da mitigaçãoo

Significância do impacto

Pré-mitigação Pós- mitigação

Impacts negativos Baixa 0 6

Moderada 5 (+ 1 torna-se benéfico) 4

Elevada 5 0

Impacts benéficos ELEVADA BENÉFICA 2 2

Os impactos identificados na tabela acima indicam que os impactos classificados como ELEVADOS pode ser mitigados de forma satisfatória a um nível aceitável. Da mesma forma, os impactos classificados como MODERADOS podem ser mitigados, a significância BAIXA. No total, 10 impactos negativos foram avaliados, com faixa de significância ALTA-MODERADA, o que indica que uma atenção especial deve ser dada às medidas de mitigação, e que os impactos sobre a biodiversidade são considerados de alta prioridade.

9.2 Conclusões 9.2.1 Padrão de Desempenho 6 da IFC

A Avaliação do Impacto da Biodiversidade e Ecológico precisa satisfazer os requisitos dos padrões da IFC, com referência específica ao Padrão de Desempenho 6. Para fácil referência, estes requisitos são tabulados e anotados com comentários. Tabela 9.2 Requisitos e comentários do PD 6 da IFC

PD6: Requisitos Comentários

Habitat modificado (natural ou modificado): deve ser minimizada uma maior degradação.

Nenhuma Floresta será transformada em plantação. Só terra cultivada existente (já transformada) será utilizada. Sempre que possível, uma maior degradação da vegetação natural circundante será minimizada através da implementação de medidas de mitigação. Florestas de Miombo e Riparianas também são consideradas como habitats modificados como elas são submetidas a perturbação frequente e grave. Estes sistemas, no entanto, são capazes de regenerar durante longos períodos de sucessão

Habitat Natural/Crítico: incluindo habitats necessários para espécies ameaçadas de extinção ou manutenção da alta biodiversidade.

A NGR não estará destruindo habitats naturais, mas poderia estar contribuindo para a conservação através da criação de áreas protegidas e criação de oportunidades para uma plantação de utilização de recursos que poderiam substituir a colheita da Floresta de Miombo.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 51

Áreas legalmente protegidas Nenhuma área legalmente protegidas ocorre na área de estudo

Espécies Exóticas Invasoras: introdução de novas espécies exóticas

Como discutido na Secção 4.3 Eucalyptus e Pinus serão utilizado como espécie de plantação primárias. Esforço significativos para controlar o potencial de invasão dessas espécies, especialmente na proximidade de zonas riparianas, devem ser implementados. Recomenda-se que seja desenvolvido um Programa de Erradicação e Monitoramento de Plantas Exóticas e Invasoras.

Florestas Naturais e Plantações Quanto à plantação e colheita, habitats críticos ou naturais não podem ser convertidos ou degradados.

9.2.2 Critérios do FSC e Requisitos de Conformidade

Os seguintes requisitos mínimos deverão ser implementados a fim de cumprir os critérios do FSC Tabela 9.3 Critérios do FSC e Ações de Biodiversidade Necessário

Critérios FSC Acções de conformidade

Operações de gestão florestal devem incentivar o uso eficiente dos múltiplos produtos e serviços da floresta para assegurar a viabilidade económica e uma grande gama de benefícios ambientais e sociais

O custo ambiental (floral) de produção precisa considerar:

O estado actual do ambiente natural

Potencial da biodiversidade e estado de conservação da terraa ser utilizada para florestas plantadas

Fragmentação de habitats

Deslocamento Agrícola e efeito sobre as restantes áreas ecológicas que podem ser convertidas para a agricultura de culturas

Gestão eficaz e reabilitação de áreas ecologicamente importantes pela NGR na área do projecto

Produtos florestais adicionais da plantação incluem que devem ser considerados:

Os cogumelos comestíveis

Mel

Lenha (para substituir Utilização de madeira de Miombo

Vermicultura e compostagem (produção de adubo orgânico)

A gestão florestal deve conservar a diversidade ecológica e seus valores associados, os recursos hídricos, os solos, os ecossistemas e paisagens frágeis e singulares, e, ao fazê-lo, manter as funções ecológicas e a integridade da floresta.

Há uma margem significativa para manter, melhorar E restaurar habitats nativos circundantes tais como Floresta de Miombo (também conhecida como Floresta Seca) e zonas húmidas.

A efectiva protecção dos espécimes vegetais dentro de amostras representativas é

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 52

Critérios FSC Acções de conformidade

severamente limitada pela posse da terra e as leis de utilização de recursos em Moçambique. É necessário compromisso e um acordo sobre este tema com a comunidade de forma a implementar qualquer atcividade. Controle de Erosão e protecção de recursos hídricos são questões ambientais dignos de nota

Danos à vegetação nativa circundante foram abordados neste relatório.

Pesticidas e herbicidas (para controle de vegetação rasteira) podem ter impacto sobre cobertura da terra vizinha e afectar os usuários a jusante (culturas) ou usuários de recursos hídricos (pesca). Um Plano de Gestão Química de Pragas deve ser controlado e monitorado em termos de:

Tipo de produto químico utilizado

Frequência de aplicação

Quantidade de aplicação

O uso de agentes de controle biológico com respeito às espécies de plantas exóticas no desenvolvimento da plantação deve ser apropriado e não deve ser descartado. Obviamente, a liberação de tais agentes deve cumprir com os regulamentos e com base na avaliação científica detalhada.

Actividades de gestão de florestas de alto valor de conservação devem manter ou incrementar os atributos que definem tais florestas. Decisões relacionadas à florestas de alto valor de conservação devem sempre ser consideradas no contexto de uma abordagem de precaução.

Florestas de Alto Valor de Conservação (áreas de FAVC) são definidas como:

As florestas com alta biodiversidade

Grandes áreas de florestas intactas naturais

Ecossistemas raros ou ameaçados

Floresta com ecossistema de importância crítica

As áreas florestais principalmente de importância para as comunidades locais e povos indígenas

Cemitério de Florestas de Miombo são um exemplo de uma área de floresta seca, com importância para as comunidades locais e devem ser protegidos. Todos Floresta de Miombo conforme a descrição na Secção 5.1 devem ser consideradas como áreas de FAVC.

Considerando que as plantações podem proporcionar um leque de benefícios sociais e económicos e contribuir para satisfazer as necessidades globais por produtos florestais, elas devem complementar a gestão, reduzir as pressões e promover a restauração e conservação das florestas naturais.

Nenhuma conservação da floresta ou objetivos de restauração foi estabelecida em termos de Floresta de Miombo indígena (Floresta Seca). Não é certo de que a NGR estaria em uma posição legal para realizar esse objectivo, mas a consideração de compensações de biodiversidade exigirá da NGR a considerar

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 53

Critérios FSC Acções de conformidade

mecanismos de potencial conservação. O Plano de Monitoramento e Gestão da Reabilitação e da Conservação deve ser desenvolvido de modo a facilitar este processo.

Corredores Ecológico (redes) nas áreas do projecto foram identificados neste relatório, principalmente associados com córregos e rios nas áreas de plantio.

As florestas plantadas serão compostas de espécies exóticas, e podem incluir algumas espécies de árvores nativas. Surtos de doenças e insectos devem ser monitorados, com respeito ao seu impacto sobre a vegetação nativa circundante.

Terra para restauração da Floresta de Miombo poderia ser assegurada pela NGR, mas será necessário um profundo envolvimento e acordos com a comunidade de forma a implementar qualquer actividade.

Embora a degradação do solo a longo prazo não está prevista, alterações nas características do solo de longo prazo (ou permanente) estão provavelmente em associação com plantações de Eucalipto e Pinheiros. O pH do solo, humidade e composição microbiana podem ser alterados. Monitoramento da Saúde do Solo será necessário a fim de estabelecer condições de base e monitorar as mudanças como resultado das plantações da NGR

A NGR precisará empregar todas as medidas possíveis para reduzir o potencial de invasão do eucalipto e pinus para vegetação natural (quando aplicável). Isto é especialmente importante nas zonas riparianas na área do projecto

Os potenciais impactos ecológicos negativos devem ser monitorados e incluem o seguinte:

Hidrologia das terras húmidas e curso de água: Plano de Monitoramento Quantidade de Água deve estabelecer os fluxos de referência e relatar sobre as mudanças como resultado das plantações da NGR

Estabelecimento de plantas exóticas dentro de zonas riparianas (cerca de 50 metros): avaliado no Programa de Monitoramento e Erradicação de Plantas Exóticas Invasoras.

Incidência e frequência de incêndios

Plano de Monitoramento da Saúde do Solo

Será importante para NGR Independentemente verificar as condições do local, antes do plantio, a fim de demonstrar a conformidade com este

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 54

Critérios FSC Acções de conformidade

critério

9.2.3 Observações finais: Relatórios sobre os Termos de Referência

Os Termos de Referência providenciados estão tabulados abaixo (Tabela 9.4). É fornecida uma descrição de onde cada item é relatado, Tabela 9.4 Termos de Referência e Comunicação da resposta

Requisito Relatório de Avaliação/resposta

Espécies/ecossistemas raros, em perigo e ameaçados.

Consulte a Secção 6.2

A seleçcão de áreas plantáveis para plantação florestal. Estas foram identificadas como áreas agrícolas modificadas já utilizada para o cultivo de rotação

Consultar a Secção 6.3 e mapas associados

Áreas que precisam de proteção por causa de espécies (fauna). raras, em perigo ou ameaçadas

Consulte a Secção 6.3 e mapas associados

Áreas que necessitam de protecção, tais como zonas húmidas, savanas e florestas riparianas como estes habitats constituem locais importantes para espécies de aves, em particular

Consulte a Secção 6.3 e mapas associados

As espécies invasoras - tanto dentro de áreas de plantio da NGR, bem como na zona do projecto - detectar se essas espécies estão se espalhando para dentro ou fora do local do projeto, e aconselhar sobre medidas correctivas e um sistema de monitoramento para essas espécies

Nenhuma espécie fora identificada como invasiva. Para o monitoramento futuro das espécies arbóreas da NGR foi desenvolvido Programa de Monitoramento e Erradicação de Plantas Exóticas e Invasoras (consulte Programa de Gestão e Monitoramento de Impacto).

Identificar e avaliar as espécies de NTFP e propor directrizes de gestão, colheita e monitoramento para esse produtos

Deficiência em dados não permitiu relatório completo sobre este tema.

Áreas naturais /paisagens intactas Consulte a Secção 6.3 e mapas associados

Áreas de Plantio de Malica e Ntiuile

Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC) e Floresta de Alto Valor de Conservação (FAVC) e fornecer uma descrição dos atributos de qualificação

Consulte a Secção 6.3 e mapas associados

Áreas que fornecem serviços ecossistêmicos críticos (por exemplo, serviços hidrológicos, controle de erosão, controle de fogo)

Consulte a Secção 6.3 e mapas associados

Recursos ecológicos que são utilizados para fins culturais e espirituais

Os únicos recursos ecológicos que estão sendo utilizados para fins culturais e espirituais são pequenos bolsões da Floresta de Miombo (Figura 5.3 e 5.3), que são usados como cemitérios. Apenas o corte limitado deárvores foi observada nestas bolsas.

Habitats-chave e/ou espécies-chave nos diversos tipos de vegetação, para o monitoramento da biodiversidade

Consulte a Secção 6.3 e mapas associados

Outras características de interesse, por exemplo, fontes de água, zonas húmidas, áreas

Consulte a Secção 6.3 e mapas associados

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 55

Requisito Relatório de Avaliação/resposta

de conservação, áreas controladas, incluindo fundos de vale e propor métodos de monitorá-los

Avaliação de:

Avaliar os impactos de plantações florestais com espécies exóticas nas pastagens e vegetação natural e propor formas de minimizar os impactos negativos

Consulte a Secção 8 deste relatório.

Nova área de plantio: Identificar e descrever em detalhe as medidas e prescrições de gestão que precisam ser postas em prática para garantir que AVC não são de forma nenhuma impactadas negativamente pelo projecto.

Consulte a Secção 6.3. Nenhuma actividades de plantio da NGR deve ocorrer dentro da área sensível identificada ou dentro da zona tampão de 50 metros.

Nova área de plantio: Avaliar o impacto do fogo como um factor ambiental na conservação da biodiversidade

Consulte a Secção 8 deste relatório

Nova área de plantio: Avaliar o impacto do projecto sobre a biodiversidade em torno da área do projecto

Consulte a Secção 8 deste relatório

Nova área de plantio: Avaliar Globalmente, as áreas de biodiversidade regional ou nacional significativas em termos de:

áreas protegidas

espécies ameaçadas

espécies endêmicas

Embora nenhum dos critérios listados se aplicam às áreas de plantio da NGR, a Floresta de Miombo foi alocada como recurso significativo da biodiversidade e avaliada em conformidade. As novas áreas de plantio (Malica e Ntiuile) têm muito pouca floresta.

Rever o levamento existente da "identificação e caracterização ecológica dos ecossistemas da área de Sanga actualmente ocupada pela NGRs. e complementar, se necessário, como para trazer até o padrão para cumprir as outras prescrições acima.

Consulte a Secção 4 deste relatório. Para facilidade de referência e de coerência, todas as áreas de plantio foram incluídas em termos de pesquisa, descrição e avaliação.

Recomendações de gestão na nova área de plantio:

Descrever como o cenário de referência “sem projecto” (usado como usualmente) afectaria a biodiversidade na zona do projceto (por exemplo, a disponibilidade de habitat, a conectividade da paisagem e espécies ameaçadas)

Consulte a Secção 7.1 deste relatório.

Recomendar Sistemas de Gestão de tipos de vegetação e padrões de terra da NGR

Secção 9.5 fornece uma lista de planos e programas recomendados que podem ser implementados.

Propor sistema de gestão para a conservação de espécies raras, ameaçadas e em perigo Incluindo AVC

Consulte o Programa de Gestão e Monitoramento de Impacto.

Desenvolver prescrições de gestão para as fontes de água identificadas, zonas húmidas, áreas de conservação, áreas controladas que incluem fundos de vale

Consulte o Programa de Gestão e Monitoramento de Impacto.

Recomendações de gestão e plantio em todas as quatro áreas:

Desenvolver um plano de monitoramento que descreve futuros requisitos de monitoramento para obter uma linha de base cientificamente defensável. Os dados iniciais serão fornecidos como parte do estudo de especialista

Consulte o Programa de Gestão e Monitoramento de Impacto.

Em conjunto com outros especialistas, De acordo com a observação no local, as

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 56

Requisito Relatório de Avaliação/resposta

determinar as áreas que são críticas para a identidade cultural tradicional de comunidades (por exemplo, áreas de importância cultural, ecológica, económica ou religiosa identificadas em colaboração com as comunidades).

únicas áreas importantes parecem ser a floresta do cemitério.

9.2.4 Considerações finais

A maioria dos tipos de vegetação "naturais" parecem estar em um estado de sucessão primária ou secundária constante devido à perturbação constante, como fogo, colheita, cultivo, etc.

A Floresta de Miombo continha uma alta riqueza de espécies e biodiversidade alfa e não deve ser desenvolvida ou cultivadas, mas gerida como áreas naturais para que elas continuem a fornecer bens e serviços ecossistémicos. A eficácia da gestão deve ser auditadas anualmente.

Cursos de água (córregos, rios e terras húmidas), foram identificados como áreas de redes ecológicas, proporcionando caminhos lineares para a fauna e a flora.

9.3 Recomendações Os 50 metros da zona tampão “Não-avançar” de ambos os lados dos corpos de água, para além da reabilitação e re-vegetação de linhas de drenagem vai assegurar que são mantidos corredores e aumentar ainda mais a sua função ecológica. Além disso, 50 metros da zona tampão “Não-avançar” devem ser implementados em torno de toda Floresta de Miombo. Não Nenhuma actividades de plantio pode ocorrer dentro dessas zonas tampão (Veja Secção 6.3, Figura 6,1-6,2). A saúde do solo é fundamental para a continuação das fazendas de plantação. Portanto, é do interesse da NGR manter a integridade para utilização futura. A gestão dos solos pode exigir uma abordagem de “Lições aprendidas”, que incorpora a experiência adquirida em uma base contínua. A alternativa não-avançar ou status quo não parecem ser uma opção mais ecologicamente viável, uma vez que a terra proposta já está transformada, sendo utilizado para a agricultura de subsistência e comercial. O estado actual do ambiente é, em algumas áreas, já fortemente impactado. Se o projecto de plantação proposto for gerido e monitorado, os benefícios do desenvolvimento sobre o meio ambiente social e económico são susceptíveis de superar os impactos negativos sobre o meio ambiente natural. A Biodiversidade de plantas e animais foi brevemente considerada em vários níveis que vão desde a conservação de espécies individuais de paisagens e ecossistemas. A NGR será obrigada a abordar os impactos através da implementação de diversos programas de produção de resultados que:

1. Criam consciência do valor dos recursos naturais e da importância da conservação 2. Monitorarm e evitam áreas sensíveis 3. Incorporam a gestão activa e informada em resposta aos resultados dos programas de

monitoramento. Além dos requisitos do FSC, as seguintes recomendações devem ser implementadas:

Implementar todas as medidas de mitigação apresentadas neste relatório (fornecidas abaixo), incorporando e detalhando estas em um Plano de Gestão de Operação sob Monitoramento Ecológico.

Estimular e facilitar, sempre que possível, a investigação em curso sobre a fauna e flora da região.

Reabilitar, sempre que possível, as linhas de drenagem (córregos e rios) e monitorar a pesca e cultivo de zonas húmidas.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 57

A gestão dos incêndios incluirá aceiros ao redor e entre as plantações. Controlar regimes de incêndios vai exigir a colaboração de membros da comunidade que habitam ao redor.

Nenhumas espécies raras e em perigo foram observadas nas áreas do projecto (da pesquisa de 2008 e 2012), mas devem ser activamente conservadas e geridas caso estas espécies tornam-se aparentes no futuro, através de mecanismos apropriados, tais como: translocação, monitoramento ou protecçã.o

Realizar monitoramento exaustivo, que deve ser auditado a cada ano para os primeiros 8 anos e, posteriormente, a cada dois anos para os 12 anos seguintes.

9.4 Medidas de mitigação associadas com questões relevantes a serem implementadas

Questão 1: Redução da saúde do solo e alterações nas características do solo

Como as alterações na estrutura do solo e as características químicas são esperadas, o solo deve ser testado e monitorado para assegurar que é mantida a saúde do solo. Isso pode ser realizado através do desenvolvimento e implementação de um Plano de Monitoramento da Saúde do Solo

É necessário um monitoramento contínuo das propriedades do solo e gestão adaptativa dos solos.

A aplicação de produtos químicos e pesticidas devem ser bem registados e geridos.

A gestão de águas pluviais deve assegurar que a água poluída não corre em zonas húmidas e outros ecossistemas sensíveis.

Águas superficiais e subterrâneas devem ser regularmente monitoradas em busca de traços de poluentes (pesticidas orgânicos residuais). Isso pode ser realizado através do desenvolvimento e implementação de um Plano de Monitoramento da Qualidade da Água.

Um Plano de Gestão Ambiental de Operação da Plantação precisa ser desenvolvido para lidar com estas questões e riscos.

Garantir que a limpeza/colheita, preparo do solo e replantio são rápidas e não coincidem com a estação chuvosa.

Garantir que um Plano de Gestão Ambiental de Desmatamento é desenvolvido para resolver este problema.

Questão 2: Perda da Biodiversidade

Um Programa de Monitoramento de Plantas Invasoras DEVE ser desenvolvido e implementado. Este programa deve envolver relatórios anuais e actualizações. O programa deve monitorar a presença de espécies exóticas fora de lotes de plantações e para além da área de projecto NGR (locais de plantação). Ele será fundamental para monitorar cursos de água, tanto quanto 10 km a jusante.

O Programa de Monitoramento de Plantas Invasoras e os seus resultados devem se alimentar em um Programa de Erradicação de Planta Exóticas Invasoras. Devem ser implementadas medidas imediatas para remover espécies vegetais exóticas invasoras.

Parcelas de plantação e actividades lineares não devem dividir ecossistemas sensíveis (Floresta de Miombo ou Ripariana e Terras Húmidas) ou ecossistemas fragmentos.

Deve ser implementada a compensações de biodiversidade em termos de aquisição /locação da terra a longo prazo, para a duração do projecto NGR, para a gestão activa da conservação da Floresta de Miombo (onde a colheita de recursos é rigorosamente controlada e limitada a não utilização de recursos madeireiros). Áreas para esta actividade devem ser destinadas a reconectar habitats ao longo de corredores ecológicos (redes reparianas). Tal deve ser facilitado e gerido através do desenvolvimento e implementação de um Programa de Reabilitação e Monitoramento da Conservação e Plano de Gestão.

Áraes tampão de 50 metros de Floresta de Miombo (Ripariana e Terrestre) estabelecida ou zonas riparianas devem ser implementadas quando apropriado e respeitadas durante a concepção e disposição do projecto.

Nenhum plantio ou actividades agropecuárias devem ocorrer nessas áreas tampão.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 58

As terras húmidas devem ser monitoradas anualmente para riqueza de espécie e espécies indicadoras.

Nenhumas actividades agrícolas, dentro das parcelas/propriedades de plantação, devem ocorrer nessas áreas tampão.

O monitoramento da biodiversidade deve ser realizado em uma base anual, utilizando imagens de satélite e incorporadas no Plano de Gestão e Monitoramento Reabilitação da Conservação e Auditoria.

Como sugerido por Sitoe (2008) a NGR deve reservar muitas parcelas de plantações especificamente para a propagação de espécies da floresta que são recursos importantes para as comunidades (ex. Uapaca para a fruta).

Ajudar as comunidades a desenvolver um método mais intensiva e menos baseado de rotação de culturas agricultura, através do fornecimento de formação e maquinaria etc.

Develop a number of spin-off economic industries to enhance job opportunities for community members who will no longer be able to produce crops such as:

Desenvolver uma série de cisão de sectores económicos para aumentar as oportunidades de emprego para os membros da comunidade que não serão mais capazes de produzir culturas, tais como:

a. Lascar árvores derrubadas e galhos e produção de adubo orgânico por compostagem (vermicultura).

b. Produção de mel: embora a apicultura aumentaria o risco de incêndios de forma significativa, a localização das colmeias de abelhas pode ser estabelecida.

Questão 3: Risco de doença aumentou devido à plantação de monocultura

Deverá ser realizado o monitoramento constante e medidas preventivas. Um Plano de Gestão de Operação da Plantação deve detalhar e desenvolver estratégias adequadas para reduzir este risco

Deve ser empregada a gestão adaptativa para lidar com eventos específicos de acordo com princípios de melhores práticas, e se concentrar em maneiras de prevenir e controlar que as doenças se espalhem.

Monitoramento constante e atento das plantações e plantas de viveiro será crucial para o sucesso da detecção precoce de doenças de plantas.

É importante para permitir um “caminho de trabalho” das plantações, separado por flora indígena, para permitir uma paisagem de mosaico heterogénea.

Mudanças nas comunidades de plantas, animais, insectos, pássaros e microbiana terão de ser monitoradas e aplicada a gestão adaptativa. Algumas considerações podem ser dadas às plantações de árvores nativas.

Manter corredores naturais e ecossistemas sensíveis Questão 4: Alterações na hidrologia das águas superficiais e subterrâneas (quantidade e qualidade da água)

Assegurar que os tampões da zona ripariana a jusante a partir de lotes de plantações estão completamente vegetadas. Nenhuma actividade de produção agrícola pode ser feita nos tampões riparianos. A NGR deve garantir que a terra é adquirida para a gestão neste sentido.

Deve ser realizado o monitoramento de zonas húmidas em termos de indicadores de anfíbios (veja a Avaliação de Impacto Faunal) para determinar o impacto e sua significância em sistemas de terras húmidas.

Devem ser estabelecidos o mais rápido possível dados de base sobre a quantidade de água em locais seleccionados (por exemplo, barragens). A qualidade e quantidade da água podem ser controlados eficazmente através do desenvolvimento e implementação de uma de Plano de Monitoramento da Qualidade e Quantidade da Água Superficial e Subterrânea (consulte Programa de Gestão e Monitoramento de Impacto).

Questão 5: Aumento de risco de incêndio

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 59

Todas as árvores abatidas e ramos durante o crescimento de uma plantação devem ser removidos do local.

Devem ser estabelecidos aceiros de nada menos que 50 metros em torno de todas plantações, exótica e indígena.

Questão 6: Potenciais Oportunidades de Conservação

Desenvolver e implementar um de Plano de Gestão e Monitoramento da Reabilitação e Conservação com o objectivo de seleccionar terras adequadas para essas actividades e monitorar o sucesso em termos de indicadores de biodiversidade.

9.5 Resumo dos requisitos de avaliação e monitoramento adicionais recomendados

1. Plano de Gestão de Química de Pragas (não incluído no Âmbito do Trabalho) 2. Plano de Monitoramento de Doenças e Surto insecto (não incluído no Âmbito do

Trabalho) Como parte do Programa de Gestão e Monitoramento de Impactos

3. Plano de Erradicação e Monitoramento de Plantas Exóticas e Invasoras. 4. Plano de Gestão e Monitoramento da Reabilitação e Conservação. 5. Plano de Monitoramento da Saúde do Solo 6. Plano de Monitoramento da Qualidade e Quantidade das Água Superficiais e

Subterrâneas.

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 60

10 REFERÊNCIAS 1 http://www.cbd.int/convention/articles/?a=cbd-01 http://www.equator-principles.com/ http://www.iucn.org/about/ Le Maitre, DC, Van Wilgen, BW, Gelderblom, CM, Bailey, C, Chapman, RA, Nel, JA. (2002). Invasive alien trees and water resources in South Africa: case studies of the costs and benefits of management. Forest Ecology and Management, vol 160, 03 January, pp 143-159 Macdonald, I.A.W., J.K. Reaser, C. Bright, L.E. Neville, G.W. Howard, S.J. Murphy & G., Preston (eds.). 2003. Invasive alien species in southern Africa: national reports & directory of resources. Global Invasive Species Programme, Cape Town, South Africa. National Report on Implementation of the Convention on Biological Diversity in Mozambique (2007), Saidi TA and Tshipala-Ramatshimbila TV. ( 2006). Ecology and Management of a Remnant Brachystegia spiciformis (Miombo) Woodland in North Eastern Soutpansbergy, Limpopo Province. South African Geographical Journal 88(2) 205-212. Simpson, E. H. (1949) Measurement of diversity. Nature,163, 688. Sitoe, A. (2008) Ecological identification and characterisation of ecosystems of the Sanga area held by Malonda Tree Farms. Departamento de Engenharia Florestal, Universidade Eduardo Mondlane. Timberlake et al., (2010) Chidumayo EN and Gumbo (eds). The Dry Forests and Woodlands of Africa: Managing for Products and Services, Earthscan, London, Uk USAid 2008: Mozambique Biodiversity and Tropical Forests 118/119 Assessment Weidong HE. (2001). Study of biological active principles from Kenyan medicinal plants. Phd Thesis in Applied Biological Sciences: Chemistry, Ghent University. White, F. (1983). The vegetation of Africa: a descriptive memoir to accompany the Unesco/AETFAT/UNSO vegetation map of Africa. (Natural Resources Research: 20). Paris: United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization 356p. WWF-SARPO (2011) Miombo Ecoregion Vision Report (Timberlake J. and Chidumayo E, 2011). Occasional Publications in Biodiversity No. 20. Biodiversity Foundation for Africa, Zimbabwe www.worldclimateguide.co.uk

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Niassa Green Resources Planation Project 61

APÊNDICE A Todas as espécies por habitat

Gêneros / espécies Família Sitoe

(2008)

Current Survey

2012 Montanha

Floresta de Miombo

Ripariana

Savana de Arbustos

Terras húmidas

Dados da Lista Vermelha IUCN / Moz CITES

Abelmoschus esculentus Malvaceae 1

1

Desconhecido

Acacia karroo Fabaceae: Mimosoideae 1

1

1

Pouca Preocupação (PP)

Acacia nilotica Leguminasaea 1 1

1

PP

Acalypha villicaulis Euphorbiaceae 1

1

PP

Aeschynomene fina Leguminasaea 1

1

Desconhecido

Afzelia quanzensis Fabaceae: Caesalpinioideae

1 1

Menor Risco

Ageratum conyzoides Asteraceae 1

1

Desconhecido

Albizia antunesiana Fabaceae: Mimosoideae 1 1

1

PP

Aleanotis sp. Poaceae 1

1

Desconhecido Alectra sp Orobanchaceae

1 1

Prov. PP

Aloe parvibracteata Aloaceae 1

1

PP 2

Aloe zebrina Aloaceae 1 1

1 1 PP 2

Andropogon gayanus Poaceae 1

1

PP

Annona senegalensis Annonaceae 1 1

1

1

PP

Antidesma venosum Euphorbiaceae 1

1

Desconhecido

Aspalathus sp Fabaceae

1 1

1

Desconhecido

Asparagus sp. Asparagaceae 1

1

Prov. PP Asteraceae Forb Asteraceae

1

1

Desconhecido

Balanites maughamii Balanitaceae 1 1 1 1

1

Em declíneo

Bauhinia galpinii Fabaceae: Caesalpinioideae

1 1 1

1

PP

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 62

Gêneros / espécies Família Sitoe

(2008)

Current Survey

2012 Montanha

Floresta de Miombo

Ripariana

Savana de Arbustos

Terras húmidas

Dados da Lista Vermelha IUCN / Moz CITES

Bauhinia petersiana (White)

Fabaceae: Caesalpinioideae

1

1

1

PP

Bidens pilosa Asteraceae 1

1

Desconhecido Boophone disticha Amaryllidaceae 1

1

Em declíneo

Boraginaceae Boraginaceae

1

1

Desconhecido

Brachystegia allenii Fabaceae: Caesalpinioideae 1

1

Desconhecido

Brachystegia boehmii Fabaceae: Caesalpinioideae 1 1

1

1

Desconhecido

Brachystegia spiciformis

Fabaceae: Caesalpinioideae 1 1 1 1

1

PP

Brachystegia utilis Fabaceae: Caesalpinioideae 1

1

1

Desconhecido

Brackenridgea zanguebarica Ochnaceae 1

1

Desconhecido

Breonadia salicina Rubiaceae 1 1

1

PP

Bridelia cathartica Euphorbiaceae 1

1

PP

Bulbostylis burchellii Cyperaceae 1

1 1 PP

Burkea africana: not confident ID

Fabaceae: Mimosoideae

1

PP

Carissa bispinosa subsp zambesiensis Apocynaceae 1 1 1 1

PP

Carissa edulis Apocynaceae

1 1 1

PP

Cassytha filiformis Lauraceae 1

1

1

Desconhecido

Catunaregam spinosa Rubiaceae 1

1

Desconhecido

Celosia sp. Amaranthaceae 1

1

Prov. PP Ceratia sp. poaceae 1

1

Desconhecido

Chamaecrista mimosoides

Fabaceae: Mimosoideae 1

1

PP

Chloris gayana Poaceae 1

1

PP

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 63

Gêneros / espécies Família Sitoe

(2008)

Current Survey

2012 Montanha

Floresta de Miombo

Ripariana

Savana de Arbustos

Terras húmidas

Dados da Lista Vermelha IUCN / Moz CITES

Clematis viridiflora Rununculaceae 1 1

1

Desconhecido

Coix lacrima Poaceae 1

1

Desconhecido

Combretum apiculatum Combretaceae 1

1

1

PP

Combretum collinum Combretaceae 1

1

PP

Combretum molle Combretaceae

1 1 1

PP

Combretum sp Combretaceae

1 1

PP

Commelina benghalensis Commelinaceae 1 1 1

PP

Commiphora (Chiumbo) Burseraceae

1

1

Prov. PP

Conostomium sp Rubiaceae

x

1

Prov. PP

Corchorus sp. Malvaceae 1

1

Prov. PP

Craibia brevicaudata Fabaceae (Pap)

1 1

Desconhecido Craibia zimmermannii Fabaceae (Pap) 1

1

PP

Crinum sp. Amaryllidaceae 1

1

1

Desconhecido

Crotalaria assungens Fabaceae 1

1

Desconhecido

Crotalaria brevidens Fabaceae 1

1

Desconhecido

Crotalaria monteiroi Fabaceae 1

1

PP Crotalaria sp Fabaceae

1

1

Desconhecido

Crotalaria sp B Fabaceae

1

1 Cussonia arborea Araliaceae 1 1

1 1

Desconhecido

Cussonia paniculata Araliaceae 1 1 1

1

PP Cyanotis sp Commelinaceae

1

1

Prov. PP

Cymbopogon dieterlenii Poaceae 1

1

1

PP

Cymbopogon excavatus Poaceae 1

1

1

Desconhecido

Cymbopogon nardus Poaceae 1

1

1

PP

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 64

Gêneros / espécies Família Sitoe

(2008)

Current Survey

2012 Montanha

Floresta de Miombo

Ripariana

Savana de Arbustos

Terras húmidas

Dados da Lista Vermelha IUCN / Moz CITES

Cyperus sp. Cyperaceae 1 1

1 Prov. PP Cyphostemma sp Vitaceae 1

Desconhecido

Dichrostachys cinerea Fabaceae: Mimosoideae 1 1 1 1

1

PP

Dicoma sessiliflora Harv. Asteraceae 1

1

Desconhecido

Digitaria eriantha Poaceae 1

1

PP Diospyros kirkii Ebenaceae 1

1

Desconhecido

Diospyros mespiliformis Ebenaceae

1

1

PP

Diospyros usambarensis Ebenaceae 1 1 1

Desconhecido

Diplorhynchus condylocarpon Apocynaceae 1

1

1

PP

Dissotis canescens Melastomataceae

1

1 PP

Dolichos kilimandscharicus Fabaceae (Pap) 1

1

Desconhecido

Droogmansia pteropus Fabaceae (Pap) 1

1

Desconhecido

Drosera sp Droseraceae

1

1 Dados Deficientes

Eclipta prostrata Asteraceae 1

1 Desconhecido

Eleusine indica Poaceae 1

1

Desconhecido

Enneapogon sp. Poaceae 1

1

Prov. PP Eragrostis aspera Poaceae 1

1

PP

Eragrostis ciliaris Poaceae 1

1

PP

Eragrostis superba Poaceae 1

1

PP

Eriosema ellipticum Fabaceae 1

1

1

PP

Eriosema shirense Fabaceae 1

1

1

Desconhecido

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 65

Gêneros / espécies Família Sitoe

(2008)

Current Survey

2012 Montanha

Floresta de Miombo

Ripariana

Savana de Arbustos

Terras húmidas

Dados da Lista Vermelha IUCN / Moz CITES

Erythrina abyssinica Fabaceae: Papilinoideae

1 1 1

Desconhecido

Euphorbia hirta Euphorbiaceae 1

1

Desconhecido

Fabaceae (pink) Fabaceae

1 1

Desconhecido

Faidherbia albida Fabaceae: Mimosoideae 1

1

PP

Ficus sycomorus Moraceae 1 1 1

1 1 1 PP

Flacourtia indica Saliaceae 1 x

1

PP

Flaveria sp. Asteraceae 1

1

Desconhecido

Unknown: double leaf

1 1 1 1 1

Desconhecido

Unknown Furo (Local name)

1

1

Desconhecido

Garcinia livingstonei Clusiaceae 1

1

PP

Gardenia volkensii Rubiaceae 1

1

PP

Gerbera sp. Asteraceae 1

1

Desconhecido

Gladiolus sp Liliaceae

1 1

Dados Deficientes

Gnidia sp Thymelaeaceae

1

1 Dados Deficientes

Grewia sp Malvaceae 1 1

1

Prov. PP Gymnosporia sp. Celastraceae 1 1

1

1 1 Desconhecido

Harrisonia abyssinica Simaroubaceae

1

1

Desconhecido

Helichrysum longifolium Asteraceae 1

1

PP

Helichrysum sp 1 Asteraceae

1

1

Desconhecido

Helichrysum sp 2 Asteraceae

1

1

Desconhecido

Heteromorpha ara(?) Apiaceae 1

Desconhecido

Heteromorpha arborescens Apiaceae 1

1

PP

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 66

Gêneros / espécies Família Sitoe

(2008)

Current Survey

2012 Montanha

Floresta de Miombo

Ripariana

Savana de Arbustos

Terras húmidas

Dados da Lista Vermelha IUCN / Moz CITES

Heteropogon contortus Poaceae 1

1

PP

Hyacinthaceae sp Hyacinthaceae

1 1

1 Desconhecido

Hymenocardia acida Phyllanthaceae 1

1

1

Desconhecido

Hyparrhenia anamesa Poaceae 1

1

PP

Hyparrhenia dichroa Poaceae 1 1

1

PP

Hyparrhenia filipendula Poaceae 1

1

PP

Hyperthelia dissoluta Poaceae 1

1

PP

Impatiens sp Apiaceae

1

1 Dados Defiientes

Imperata cylindrica Poaceae 1

1

PP Impolopolo (Local

name)

1

1

Desconhecido

Indigofera arrecta Fabaceae: Papilinoideae 1

1

PP

Indigofera sp A Fabaceae: Papilinoideae

1

1

Desconhecido

Jacquemontia sp. Convolvaceae 1

1

Prov. PP

Julbernadia globiflora Fabaceae: Caesalpinioideae 1 1

1

1

Desconhecido

Julbernadia paniculata Fabaceae: Caesalpinioideae

1

?

Desconhecido

Khaya anthotheca Meliaceae 1 1

1

Menor Risco Kigelia africana Bigonianceae 1

1

PP

Kohautia subverticillata Rubiaceae 1

1

PP

Laggera crispata Asteraceae 1

1

PP

Lamiaceae Herb Lamiaceae 1

1

Desconhecido Lannea discolor Anacardiaceae 1

1

1

PP

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 67

Gêneros / espécies Família Sitoe

(2008)

Current Survey

2012 Montanha

Floresta de Miombo

Ripariana

Savana de Arbustos

Terras húmidas

Dados da Lista Vermelha IUCN / Moz CITES

Leonotis intermedia Lamiaceae 1

1

PP

Leonotis nepetifolia Lamiaceae 1

1

PP

Leonotis ocymifolia Lamiaceae 1

1

PP

Lippia javanica Verbenaceae 1

1

PP

Lobelia sp Campanulaceae

1 Desconhecido Loudetia simplex Poaceae 1

1

PP

Melinis repens Poaceae 1

1

PP

Mimusops zeyheri Sapotaceae 1

1 1 1

PP

Monocymbium ceresiiforme Poaceae 1

1

PP

Monodora junodii Annonaceae 1

1

PP

Monotes engleri Dipterocarpaceae 1 1 1 1

1

Desconhecido

Mucuna coriacea Fabaceae: Papilinoideae 1

1

PP

Mucuna pruriens Fabaceae: Papilinoideae 1 1 1 1

PP

Ochna arborea Ochnaceae 1

1

1

PP

Ochna cf schweinfurthiana Ochnaceae

1 1

Desconhecido

Ocimum sp. Lamiaceae 1

1

Prov. PP Orchidaceae

(Mountain) Orchidaceae

1 1

Dados Deficientes

Orchidaceae (Wetland) Orchidaceae

1

1

Dados Deficientes

Ormocarpum kirkii Fabaceae (Pap) 1

PP Oxyanthus sp. Rubiaceae 1

1

Prov. PP

Oxytenanthera abyssinica

Poaceae (Bambusoideae) 1 1

1

Desconhecido

Ozoroa reticulata Anacardiaceae 1 1

1

Desconhecido

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 68

Gêneros / espécies Família Sitoe

(2008)

Current Survey

2012 Montanha

Floresta de Miombo

Ripariana

Savana de Arbustos

Terras húmidas

Dados da Lista Vermelha IUCN / Moz CITES

(Mbewe)

Ozoroa cf obovata Anacardiaceae

1 1 1

PP

Panicum heterostachyum Poaceae 1

1

PP

Panicum maximum Poaceae 1

1

PP

Parinari curatellifolia Chrysobalanaceae 1 1

1

1

PP

Paspalum scrobiculatum Poaceae 1

1

PP

Pavetta crassipes Rubiaceae 1

1

Desconhecido

Pennisetum setaceum Poaceae 1

1

Desconhecido

Pericopsis angolensis Fabaceae: Papilinoideae 1

1

1

Desconhecido

Peucedanum sp. Apiaceae

1

Dados Deficientes

Philenoptera violacea Fabaceae: Papilinoideae 1

PP

Phoenix reclinata Arecaceae 1 1

PP

Phragmitis australis Poaceae 1

1 PP

Piliostigma thonningii Fabaceae: Caesalpinioideae 1

1

PP

Pogonarthria squarrosa Poaceae 1

Desconhecido

Polygala sphenoptera Polygalaceae 1

PP Protea angolensis Proteaceae

1

Desconhecido

Protea gaguedi Proteaceae

1

PP

Protea caffra (red) Proteaceae

1

PP

Protea (white, smooth lvs) Proteaceae 1 1

Desconhecido

Pseudolachnostylis maprouneifolia Euphorbiaceae 1 1

1

1

PP

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 69

Gêneros / espécies Família Sitoe

(2008)

Current Survey

2012 Montanha

Floresta de Miombo

Ripariana

Savana de Arbustos

Terras húmidas

Dados da Lista Vermelha IUCN / Moz CITES

Pterocarpus angolensis

Fabaceae: Papilinoideae 1 1 1 1

PP

Pychnostachys sp (Blue)

Fabaceae: Papilinoideae

1

Prov. PP

Pychnostachys sp Fabaceae: Papilinoideae

1

Prov. PP

Rhynchosia minima Fabaceae: Papilinoideae 1

PP

Rottboellia cochinchinensis Poaceae 1

PP

Rourea orientalis Connaraceae 1

1

1

Desconhecido

Rubiaceae Herb Rubiaceae

1

Desconhecido

Sansevieria hyacinthoides Dracaenaceae 1

PP

Schizachyrium sp. Poaceae 1

1

PP

Sebaea sp Gentianaceae

1

Desconhecido Securidaca

longepedunculata Polygalaceae 1 1

1

1

PP

Senecio madagascariensis Asteraceae 1 ?

PP

Senecio sp 1 (Purple) Asteraceae

1

Prov. PP Senecio sp 2 (Purple) Asteraceae

1

Prov. PP

Senecia sp 3 (Yellow) Asteraceae

Prov. PP

Senna petersiana Fabaceae: Caesalpinioideae 1 1

PP

Sesamum calycinum Pedaliaceae 1

Desconhecido

Sesbania sesban Fabaceae: Papilinoideae

1

1

PP

Setaria sphacelata Poaceae 1

PP

Sida cordifolia Malvaceae 1

PP

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 70

Gêneros / espécies Família Sitoe

(2008)

Current Survey

2012 Montanha

Floresta de Miombo

Ripariana

Savana de Arbustos

Terras húmidas

Dados da Lista Vermelha IUCN / Moz CITES

Smilax anceps Smilacaceae 1

PP

Smilax kraussiana Smilacaceae 1

Desconhecido Sorghum bicolor Poaceae 1

PP

Steganotaenia araliacea Apiaceae 1

PP

Stereospermum kunthianum Bigonianceae 1

1

Desconhecido

Sterculia africana Malvaceae

1 1

Dados Deficientes

Striga gesnerioides Scrophulariaceae 1

LC Strophanthus sp. Apocynaceae 1

Prov. PP

Strychnos spinosa Strychnaceae 1 1

PP Swartzia

madagascariensis Fabaceae: Papilinoideae 1 1

1

Desconhecido

Synaptolepis kirkii Thymelaeaceae 1

Quase Ameaçada

Syzygium cf cordatum Myrtaceae

1

1

PP

Syzygium guineense Myrtaceae 1 1

1

1

PP

Terminalia gazensis Combretaceae 1

1

1

Desconhecido Terminalia prunioides Combretaceae

1 1

PP

Terminalia sericia (Nhanhua) Combretaceae 1 1 1

PP

Terminalia sp (denate leaf) Combretaceae

1

Desconhecido

Themeda triandra Poaceae 1 1

1

PP Tricalysia delagoensis Rubiaceae 1

Desconhecido

Trichodesma zeylanicum Boraginaceae 1

1

PP

Tridax procumbens Asteraceae 1

1

Desconhecido

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 71

Gêneros / espécies Família Sitoe

(2008)

Current Survey

2012 Montanha

Floresta de Miombo

Ripariana

Savana de Arbustos

Terras húmidas

Dados da Lista Vermelha IUCN / Moz CITES

Tristachya leucotrix Poaceae 1

1

PP

Triumfetta pentandra Tiliaceae 1

1

PP

Triumfetta pilosa Tiliaceae 1

PP

Turraea floribunda Meliaceae 1

PP

Uapaca kirkiana (sml) Euphorbiaceae 1 1 1 1 1 1

Prov. PP Uapaca nitida (lrg) Euphorbiaceae 1 1 1 1 1 1

Prov. PP

Uapaca sansibarica Euphorbiaceae 1

1

Desconhecido Vangueria infausta Rubiaceae 1

1

PP

Vernonia adoensis Asteraceae 1 1

Desconhecido

Vernonia cf chrysanth Asteraceae

1

Desconhecido

Vernonia colorata Asteraceae 1

1

PP

Vernonia poskeana Asteraceae 1

PP

Vernonia sp (orange) Asteraceae

1 1

Desconhecido

Vigna vexillata Fabaceae: Papilinoideae 1

1

PP

Vitex doniana Verbenaceae 1

1

Desconhecido

Vitex mombassae Verbenaceae

1 1

1

Desconhecido

Ximenia caffra Olacacaea 1

1

PP Zanha golungensis Sapindaceae 1

1

1

Desconhecido

172 96 35 65 16 122 14

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Niassa Green Resources Planation Project 72

APÊNDICE B: CÁLCULO DA BIODIVERSIDADE COM O ÍNDICE DE SIMPSON

Cálculos da Biodiversidade com o Índice de Simpson foram calculados como segue:

D = Σ(n1(n1 -1)/N(N-1))

Where: D = Índice Simpson n1 = Número de indivíduos da sp 1 N = Número total de spp na comunidade Floresta Ripariana

Transecto de 40 metros 13° 9'45.32"S 35°18'22.37"E

Transecto de 100 metros 13° 9'34.34"S 35°13'2.89"E

Total (n)

Brachestegia spiciformis 1 1 2 0.000173

Syzigium sp 8 44 52 0.229491

Combretum 1

1 0

Bamboo 1

1 0

Uapaca large leaf 3 1 4 0.001038

Euclea sp 1

1 0

Espécies desconhecida 2

2 0.000173

Impolopolo 5 6 11 0.009519

Terminalia sp (Nhanhua) 2

2 0.000173

Protorhus cf Faurea 2

2 0.000173

Erythrina sp 1

1 0

Hippobromus cf 1

1 0

Espécies desconhecida 2 1

1 0

Annona senegalensis 1 1 2 0.000173

Bauhinia gal large leaf 2 2 4 0.001038

Commiphora sp 1

1 0

Sesbania sp.

1 1 0

Desconhecida: Folhas lanceoladas

0 0

Ficus sp

1 1 0

Grewia sp

1 1 0

Decídua desconhecida

1 1 0

Brachestegia boehmii

9 9 0.006231

Cussonia sp

1 1 0

Ll1

4 4 0.001038

FW1

1 1 0

N = 107

D = 0.249221

1/D = 4.0125

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 73

Savana de Arbustos

Transecto único de 40 metros 13° 9'2.49"S 35°11'44.03"E Total (n)

Uapaca nitida 184 184 0.512

Protea sp (Red flwr) 10 10 0.001

Protea sp (Furry) 2 2 0.000

Parinari curtellifolia 10 10 0.001

Brachestegia boehmii 27 27 0.011

Mbewe_Ozoroa 1 1 0.000

Syzygium sp 3 3 0.000

Carissa sp 8 8 0.001

Protea White 3 3 0.000

Cussonia sp 1 1 0.000

Brachestegia spiciformis 5 5 0.000

Protea sp (folhas largas) 1 1 0.000

Desconhecida: Folhas lanceoladas 1 1 0.000

Decídua desconhecida 1 1 0.000

N= 257 D = 0.527

1/D = 1.899

Floresta de Miomo

Miombo Degradado (Ntiuile) 13°10'6.18"S 35°17'56.01"E

Extração de areia (Malulu 01) 12°57'29.68"S 35°27'58.90"E

Cemitério(Malulu 02) 12°58'31.02"S 35°25'20.10"E Total

(n)

Plots de transecto de 50m

Transecto de 50m

Transecto de 70m

Securidaca longepedunculata 16 2 7 25 0.00312

Cussonia sp 2 1 19 22 0.002403

Uapaca kirkiana 5 1 19 25 0.00312

Uapaca nitida 2 5 11 18 0.001591

Brachestegia spiciformis 49 18 122 189 0.184791

Syzigium sp 1

1 0

Parinari curatellifolia 29 9 2 40 0.008113

Protea sp (big leaf) 3 2 2 7 0.000218

Chiumbo (Commiphora sp) 1

1 0

Terminalia cerisia (Nhanhua) 6 1

7 0.000218

Brachestegia boemii 2 10 12 24 0.002871

Carissa edulis 2 1

3 3.12E-05

Terminalia sp (folha 9 1

10 0.000468

Levantamento Floral e Avaliação de Impacto – Setembro 2012

Coastal & Environmental Services Projecto de Plantação da Niassa Green Resources 74

Miombo Degradado (Ntiuile) 13°10'6.18"S 35°17'56.01"E

Extração de areia (Malulu 01) 12°57'29.68"S 35°27'58.90"E

Cemitério(Malulu 02) 12°58'31.02"S 35°25'20.10"E Total

(n) dentada)

Pseudolachnostyis maprinuifolia (Msolo) 1

4 5 0.000104

Bi-denate lf 1

4 5 0.000104

Desconhecida: Nome local Furo 1

1 0

Julbernadia globiflora

25 4 29 0.004223

Swartzia sp

3

3 3.12E-05

Bauhinia petersiana

2

2 1.04E-05

Folha machada

1

1 0

Não identificada: TF1

1

1 0

Dovyalis/Gymnosporia

15 1 16 0.001248

Não identificada: ST1

1

1 0

Albizia sp

1

1 0

Aloe sp

1 1 2 1.04E-05

Não identificada: Bb

1 1 0

Vitex mombassae

3 3 3.12E-05

cf Burkea africana

3 3 3.12E-05

Deciduous tree sp

5 5 0.000104

Afzelia guan

1 1 0

Não identificada: Sp Al

1 1 0

Annona senegalensis

14 14 0.000947

Não identificada: folha com margem dentada

22 22 0.002403

Acacia sp

8 8 0.000291

Bauhinia cf galpinii (orange flwr)

5 5 0.000104

Ficus sp

1 1 0

Total

N = 439 D = 0.216588

1/D = 4.617058