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Ocupação de Tempos Escolares 2012-2013 38 Projeto Educação para a Saúde/Oferta Complementar

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Projeto Educação para a Saúde/Oferta Complementar

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1. RAZÕES JUSTIFICATIVAS DO PROJECTO E SUA INSERÇÃO NO PLANO DE

ACTIVIDADES DA ESCOLA

A Escola, entendida como espaço de cidadania, de convívio e educação, necessita de um

projeto que sugira temas prioritários a abordar no âmbito da “Educação para a Saúde”, dinamizando

atividades que promovam a saúde individual e/ou coletiva de todos os que fazem parte da comunidade

educativa e que faça a articulação das iniciativas entre os vários ciclos de escolaridade.

Face à legislação em vigor, os temas considerados prioritárias são: ”Alimentação e Atividade

Física”, “Saúde Oral”, “Consumo de substâncias psicoativas”, ”Sexualidade”, “Infeções sexualmente

transmissíveis, designadamente VIH/SIDA” e “Violência em meio escolar”. A seleção dos conteúdos

para cada um destes temas, deve ter em consideração as características da comunidade educativa do

agrupamento e a especificidade da área curricular não disciplinar onde vai ser prioritariamente

desenvolvido – Oferta complementar.

2. INTRODUÇÃO

Saúde é a capacidade de cada Homem, Mulher ou Criança para criar e lutar pelo seu projeto

de vida, pessoal e original, em direção ao bem-estar.

(C. Déjours)

No Sistema Educativo, cada vez mais, surgem novos desafios que se colocam: a par do

trabalho de gestão de conhecimentos e competências, que sustentem as aprendizagens ao longo da

vida e promovam a autonomia, organizados em disciplinas. A escola deve, também, educar para os

valores, promover a saúde, a formação e a participação cívica dos alunos.

De acordo com o Despacho n.º 12.045/2006 (2.ª série), publicado no Diário da República n.º

110 de 7 de Junho, referente ao Programa Nacional de Saúde Escolar “A escola ocupa um lugar

central na ideia de saúde. Aí aprendemos a configurar as ‘peças’ do conhecimento e do

comportamento que irão permitir estabelecer relações de qualidade. Adquirimos, ou não, equipamento’

para compreender e contribuir para estilos de vida mais saudáveis, tanto no plano pessoal como social,

serviços de saúde mais sensíveis às necessidades dos cidadãos e melhor utilizados por estes”.

(Constantino Sakellarides. in Rede Europeia e Portuguesa de Escolas Promotoras de Saúde. 1999).

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A escola tem sido vista como um local de eleição para o estabelecimento de hábitos de vida

saudáveis. O Projeto Educação para a Saúde é um processo de capacitação, participação e

responsabilização que inclui como objetivos levar os jovens a sentirem-se competentes e valorizados,

ao adotarem e manterem estilos de vida saudáveis.

Todas as escolas deverão ser promotoras da saúde. Uma escola que se proponha promover a

saúde, deve mobilizar a participação direta da comunidade, desde as decisões sobre o projeto, ao

envolvimento da própria escola, dos serviços de saúde, da comunidade, de pais, Encarregados de

Educação, dos voluntários, das empresas, dos parceiros diversos, até à sua execução e avaliação. No

entanto, uma escola deverá distinguir-se pela inovação, cultura de desenvolvimento individual e

organizacional, bem como pela implementação efetiva dos princípios e das práticas da promoção da

saúde, devendo, para isso, criar mecanismos de avaliação do processo. Atualmente, uma Escola

Promotora da Saúde (EPS) encontra-se definida como aquela que inclui a Educação para a Saúde no

currículo e possui atividades de saúde escolar.

A Educação para a Saúde deve fazer parte de um programa global da escola e, de acordo com

o Despacho n.º 2506/2007 de 20 de Fevereiro, a adoção de medidas que visem a promoção da saúde

da população escolar tem sido um dos objetivos do Ministério da Educação, devendo os projetos

desenvolvidos nesta área integrar o Projeto Educativo e Projeto Curricular de Escola de cada

agrupamento/escola, e cabendo à direção executiva a designação de um professor coordenador de

projeto.

A promoção da saúde na escola constitui uma estratégia prioritária de educação e saúde pelas

suas repercussões nos ganhos de saúde da população e no desenvolvimento de competências para o

exercício da cidadania.

3. FINALIDADES DO PROJECTO

· Desenvolver a consciência cívica de toda a comunidade como elemento fundamental no

processo de formação de cidadãos responsáveis, ativos e intervenientes.

· Consciencializar os alunos para a importância da aquisição de valores / atitudes, com vista

à sua integração na sociedade.

· Fomentar o reconhecimento da saúde como um bem precioso que todos desejamos e

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devemos promover.

· Sensibilizar os diversos agentes da comunidade educativa para a necessidade da

Educação para a Saúde e da Educação Sexual, fomentando a sua adesão e envolvimento

neste projeto.

· Fomentar hábitos de vida saudável.

· Estimular o apreço pelo seu próprio corpo e pela conquista da saúde individual.

· Promover uma cultura de respeito e responsabilidade no campo da sexualidade.

· Promover a relação Escola – Família, Escola – Centro de Saúde e/ou outras instituições /

recursos comunitários.

· Desenvolver as vertentes de pesquisa e intervenção, promovendo a articulação dos

diferentes conhecimentos disciplinares e não disciplinares.

4. ESTRATÉGIAS NECESSÁRIAS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PROJECTO

A. Inclusão das temáticas da Educação para a Saúde nos planos curriculares disciplinares e não

disciplinares, nomeadamente em Oferta complementar.

B. Interação e intercolaboração mais estreita entre os órgãos de gestão intermédios, no sentido

de uma maior produção de situações potencialmente construtivas e integradoras dos vários

saberes e temáticas, referindo qual o contributo que a disciplina pode dar para a dinâmica da

“Educação para a Saúde”;

C. Criação de articulações/parcerias com a(s):

· Câmara Municipal da Sesimbra, Centro de Saúde da Quinta do Conde, Centro de Saúde

de Sesimbra, Instituto da Droga e das Toxicodependências, Associação de Pais…

· Famílias;

· Conselhos de Turma e respetivos PCT (integração das várias temáticas).

· Coordenadores de Diretores de Turma.

D. Criação de um Grupo de Coordenação do Projeto (partindo da “auscultação” dos vários

departamentos para selecionar interessados em colaborarem no projeto) para a dinamização das

articulações necessárias, para a análise, discussão e planificação das atividades, para o

estabelecimento de contacto.

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5. METODOLOGIA

A implementação do projeto será efetuada numa perspetiva interdisciplinar, numa lógica de

transversalidade, combinada com a inclusão temática nas áreas curriculares não disciplinares,

nomeadamente em Oferta complementar.

O desenvolvimento deste projeto deverá ser adequado aos diferentes níveis etários e utilizará

um modelo pedagógico compreensivo, envolvendo a comunidade educativa, e será dinamizado em

colaboração estreita com os Serviços de Saúde, Pais e Encarregados de Educação, e outras entidades

externas.

· Transmissão e análise do projeto nas reuniões de Diretores de Turma e de ano e quando

necessário, nas reuniões de departamento/disciplina.

· Formação dos professores nas temáticas inerentes ao projeto.

6. TEMÁTICAS PRIORITÁRIAS

Dentro do quadro de autonomia dos Agrupamentos / Escolas, o Projeto Educativo da Escola

(PEE) deve ser concebido de acordo com as prioridades anteriores e em articulação com as famílias

dos alunos. A Coordenadora da Educação para a Saúde sugere que, neste Agrupamento, a

abordagem destas temáticas seja distribuída, por ano de escolaridade, conforme o quadro que se

segue.

Ciclos

Temáticas

Pré-

escolar

1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo

1.º

Ano

2.º

Ano

3.º

Ano

4.º

Ano

5.º

Ano

6.º

Ano

7.º

Ano

8.º

Ano

9.º

Ano

a) Alimentação e Atividade

Física; x x x x x x x x x x

b) Saúde Oral; x x x x x

c) Consumo de Substâncias

Psicoativas;

x x x

d) Sexualidade; x x x x x x x x x x

e) Infeções Sexualmente

Transmissíveis,

designadamente VIH –

x x x x

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SIDA;

f) Violência em Meio

Escolar.

x x x x x x x

g) Higiene x x x x x x x

h) Cidadania x x x x x x x

7. ÁREAS / CONTEÚDOS A ABORDAR

· Comunicação interpessoal.

· Identificação e solução de problemas e gestão de conflitos.

· Aquisição de competências sociais básicas e complexas.

· Identificação e gestão de emoções.

· Prevenção de consumos de substâncias aditivas e escolha de estilos de vida alternativos.

· Gestão do stress, da ansiedade, das “crises”.

· Promoção de uma alimentação saudável, educação do consumidor, promoção de cuidados

de higiene, promoção da saúde oral, valorização da diferença e reflexão sobre o corpo e a

aparência.

· Educação para a igualdade e diversidade individual, de género e de culturas.

· Promoção do bem-estar, do lazer, da prática de desporto e da atividade física.

· Educação para a sexualidade, prevenção do HIV / SIDA e outras IST’s, promoção da saúde

sexual e reprodutiva.

· Gestão do tempo de trabalho e lazer.

· Prevenção da violência e exclusão social, promoção da segurança.

· Promoção da comunicação e participação na família, pares, escola, comunidade.

· Promoção da saúde mental positiva e relações interpessoais.

· Proteção do ambiente, cidadania e construção do futuro.

· Promoção da saúde, prevenção da doença e de riscos: vacinação, doenças infeciosas,

doenças crónicas.

· Expectativas positivas de um futuro “escolarizado”.

· Prevenção do abandono escolar.

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8. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS POR CICLO, NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO PARA A

SAÚDE

(Definidas pelo GTES)

· No 1.º Ciclo (do 1.º ao 4.º ano), as questões que aparecem da maior relevância são

competências pessoais e sociais, competências de prevenção da provocação / violência, e

ainda algumas competências de proteção da sua saúde:

o Comunicação com os outros (aspetos verbais e não verbais).

o Identificação e resolução de problemas e conflitos (“para e pensa”).

o Distinção entre pensamentos, sentimentos e ações (identificação, expressão e

distinção de pensamentos, sentimentos e ações).

o Defesa de opiniões, resistência à pressão de pares e procura de informações e ajudas.

o Relação positiva com a escola, família, tempo de lazer e amigos.

o Gestão do tempo de trabalho e de lazer.

o Educação para a igualdade e diversidade individual, de géneros e de culturas.

o Prevenção da provocação / vitimização.

o Proteção do seu corpo (promoção do bem-estar, da higiene, dos bons hábitos

alimentares, da atividade física, da segurança pessoal e da vacinação, prevenção das

parasitoses, dos acidentes e das lesões).

o Expectativas positivas no seu futuro “escolarizado”.

o Prevenção do abandono escolar.

· No 2.º Ciclo (5.º e 6.º anos), as questões que aparecem da maior relevância são ainda as

competências pessoais e sociais com uma maior complexidade, e ainda a proteção da

saúde e prevenção do risco, nomeadamente nas áreas da sexualidade, consumos,

comportamento alimentar e provocação / violência:

o Comunicação com os outros (aspetos verbais e não verbais, especificidades culturais,

de género e outras).

o Identificação e resolução de problemas e conflitos (pensamento alternativo e

consequencial, antecipação de consequências).

o Diferenciação entre pensamentos, sentimentos e ações (identificação, expressão e

distinção de pensamentos, sentimentos e ações).

o Gestão do stress, da ansiedade, das “crises”.

o Defesa de direitos e opiniões, resistência à persuasão e procura de ajudas.

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o Relação positiva com a escola, família, tempo de lazer e amigos.

o Gestão do tempo de trabalho e de lazer.

o Educação para a igualdade e diversidade individual, de géneros e de culturas.

o Prevenção da provocação / vitimização.

o Proteção do seu corpo (promoção do bem-estar, da higiene, dos bons hábitos

alimentares, da atividade física, prevenção dos acidentes, das lesões dos consumos).

o Educação para os afetos e para a sexualidade.

o Expectativas positivas no seu futuro “escolarizado”; Prevenção do abandono escolar.

· No 3.º Ciclo (do 7.º ao 9.º anos), as questões que aparecem da maior relevância são para

além da complexidade crescente das competências pessoais e sociais, a proteção da saúde

e bem-estar, a proteção face ao risco, a participação na vida social / comunitária e a

construção de expectativas positivas face ao futuro:

o Comunicação com os outros (dificuldades e características).

o Identificação e resolução de problemas e conflitos (tomada de decisões, adiamento de

decisões).

o Identificação de dificuldades em lidar com sentimentos e ações.

o Gestão do stress, da ansiedade e das “crises”.

o Culto da assertividade: espaços de escolha positiva.

o Relação positiva com a escola, família, tempo de lazer, amigos e namorados.

o Gestão do tempo de trabalho e de lazer.

o Proteção e prevenção da violência e do abuso físico e sexual.

o Proteção do seu corpo (promoção da higiene e dos bons hábitos alimentares, da

atividade física, prevenção dos acidentes, das lesões e dos consumos, prevenção dos

comportamentos sexuais de risco).

o Promoção da saúde sexual e reprodutiva: parentalidade.

o Proteção do ambiente.

o Participação na vida social e na comunidade.

o Educação para os direitos do consumidor.

o Proteção rodoviária.

o Manutenção da escola no seu futuro.

o Valorização da escolaridade nas suas expectativas de futuro; Construção do futuro.

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8.1. CONTEÚDOS MINIMOS, NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO SEXUAL

(Definidos pelo GTES)

· 1.º Ciclo

o Noção de corpo.

o O corpo em harmonia com a Natureza e seu ambiente social e cultural.

o Noção de família.

o Diferenças entre rapazes e raparigas.

o Proteção do corpo e noções dos limites, dizendo não às aproximações abusivas, e

disso dando conhecimento à família e/ ou professor(a).

· 2.º Ciclo

o Puberdade: aspetos biológicos e emocionais.

o O corpo em transformação.

o Carateres sexuais secundários.

o Normalidade e importância e frequência das suas variantes biopsicológicas

(heterocronia).

o Diversidade / tolerância.

o Sexualidade e género.

o Reprodução humana e crescimento.

o Contraceção e planeamento familiar.

o Compreensão do ciclo menstrual e ovulatório.

o Prevenção dos maus tratos e das aproximações abusivas.

o Dimensão ética da sexualidade humana.

· 3.º Ciclo (7º ao 9º Anos)

Dimensão ética da sexualidade humana:

o Compreensão da sexualidade como uma das componentes mais sensíveis da pessoa,

no contexto de um projeto de vida que integre valores (por exemplo: afetos, ternura,

crescimento e maturidade emocional, capacidade de lidar com frustrações,

compromissos, abstinência voluntária) e uma dimensão ética;

o Compreensão da fisiologia geral da reprodução humana;

o Compreensão do ciclo menstrual e ovulatório;

o Compreender a prevalência, uso e acessibilidade dos métodos contracetivos e

conhecer, sumariamente, os mecanismos de ação e tolerância (efeitos secundários).

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o Compreender a epidemiologia e prevalência das principais Infeções Sexualmente

Transmitidas em Portugal e no mundo (incluindo a infeção por VIH / Vírus da

Imunodeficiência Humana; VPH / Vírus do Papiloma Humano - e suas consequências),

bem como os métodos de prevenção.

o Saber como se protege o seu próprio corpo, prevenindo a violência e o abuso físico e

sexual e comportamentos sexuais de risco, dizendo não a pressões emocionais e

sexuais.

o Conhecer as taxas e tendências nacionais da maternidade em geral e da adolescência

em particular e compreensão do respetivo significado.

o Conhecer as taxas e tendências das interrupções voluntárias de gravidez, suas

sequelas e respetivo significado.

o Compreender a noção de parentalidade no quadro de uma saúde sexual e reprodutiva

saudável e responsável.

8.2. COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS A DESENVOLVER ENTRE O 6.º E O 9.º ANO, NO

ÂMBITO DA EDUCAÇÃO SEXUAL

(Definidas pelo GTES)

· Compreensão da fisiologia geral da reprodução humana.

· Compreensão do ciclo menstrual e ovulatório.

· Compreensão da sexualidade como uma das componentes mais sensíveis da pessoa, no

contexto de um projeto de vida que integre valores (ex.: afetos, ternura, crescimento e

maturidade emocional, capacidade de lidar com frustrações, compromissos, abstinência

voluntária) e uma dimensão ética.

· Compreensão da prevalência, uso e acessibilidade dos métodos contracetivos e

conhecimento, sumário, dos mecanismos de ação e tolerância (efeitos secundários).

· Compreensão da epidemiologia e prevalência das principais IST em Portugal e no mundo

(incluindo a infeção por VIH – vírus da imunodeficiência humana; VPH – vírus do papiloma

humano; e suas consequências), bem como os métodos de prevenção.

· Conhecimento das taxas e tendências de maternidade na adolescência e compreensão do

respetivo significado.

· Conhecimento das taxas e tendências das interrupções voluntárias de gravidez, suas

sequelas e respetivo significado.

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9. ACTIVIDADES A REALIZAR

· Divulgação do projeto à comunidade.

· Constituição de uma equipa de trabalho.

· Promoção do cumprimento do Programa Nacional de Vacinação.

· Comemoração de dias relacionados com a saúde.

· Sessões temáticas de esclarecimento/ reforço/ Workshops com técnicos especializados

exteriores à escola, para os alunos, os professores e os Pais/ Encarregados de Educação,

na área da sexualidade e prevenção de comportamentos sexuais de risco, prevenção dos

consumos, prevenção da obesidade, prevenção da violência, distúrbios alimentares, etc.

· Realização de rastreios (tensão arterial; glicemia; higiene oral…).

· Realização de atividades físicas.

· Exploração de filmes.

· Continuação das atividades do Espaço Escola Saudável.

· Dinamização do Gabinete de Apoio ao Aluno, onde os alunos poderão ter atendimento

individualizado por parte de um técnico especializado ou de um Professor com formação e

disponibilidade.

· Jogos de papéis (“role play”) e Dramatizações.

· Produção e divulgação de materiais específicos.

· Acompanhamento dos projetos a nível das áreas curriculares não disciplinar de Oferta

complementar.

· Concurso de mini-spots (com recurso ao Windows Movie Maker) no âmbito das temáticas

prioritárias.

· Trabalhos interpares.

· Atividades lúdicas, com participação das famílias.

· Exposições de trabalhos.

· Congresso do GISC (Grupo de Intervenção de Saúde Comunitária).

10. POPULAÇÃO – ALVO

· Todos os alunos do Agrupamento, do Pré-Escolar ao 3.º Ciclo do Ensino Básico.

· Professores e Educadores de Infância do Agrupamento.

· Funcionários dos estabelecimentos de ensino do Agrupamento.

· Pais e Encarregados de Educação.

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11. PARCERIAS

· Escolas e Jardim-de-infância do AEQC, nos quais é desenvolvido o projecto.

· Centro de Saúde de Sesimbra e da Quinta do Conde.

· Câmara Municipal de Sesimbra.

· GNR (Escola Segura).

· Ausónia.

· IDT (Instituto da Droga e Toxicodependência).

· Outras a definir.

12. CALENDARIZAÇÃO

O presente projeto vem dar seguimento ao que foi implementado a partir de Setembro de 2008,

e será desenvolvido e naturalmente ampliado também durante no ano letivo de 2012/2013.

13. AVALIAÇÃO DO PROJETO

· Indicadores de Avaliação

o Grau de consecução dos objetivos /Aumento de conhecimentos.

o Aumento de competências pessoais e/ou sociais.

o Grau de satisfação e interesse dos alunos nas atividades.

o Nível de participação/envolvimento.

o Grau de resolução do(s) problema(s) inicialmente identificado(s).

o Taxa de concretização das atividades (N.º de atividades programadas/concretizadas).

· Instrumentos de Avaliação

o Questionários/Inquéritos/Estudos.

o Relatórios.

o Fichas de autoavaliação.

o Trabalhos produzidos pelos alunos.

No final do ano letivo, a avaliação será feita pelos intervenientes, incidindo sobre o

plano de atividades desenvolvido no âmbito do projeto. Terá como objetivo fomentar as boas práticas

decorrentes da implementação do projeto, assim como a reformulação das metodologias inerentes às

ações desenvolvidas, que tiveram menor impacto nos alunos. Daqui resultará uma reflexão, que deverá

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servir de base à elaboração de propostas de trabalho para o ano letivo seguinte.

Com a colaboração de todos conseguiremos Promover Estilos de Vida Saudáveis na

nossa escola e na comunidade.

· A riqueza e a importância deste projeto merecem que este seja acarinhado por todos nós!

· Formar jovens informados, esclarecidos e conscientes, mais que uma obrigação, é um

dever de todos!