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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIENCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE SOLOS E ENGENHARIA AGRÍCOLA
LABORATÓRIO DE MODELAGEM DE SISTEMAS AGRÍCOLAS
PLATAFORMA MORETTI
PROJETO TECNOLOGIA SOCIAL
Laboratório de Modelagem de Sistemas Agrícolas
Rua dos Funcionários, 1540
Prédio administrativo – Bairro Cabral – CEP: 80035-050 – Curitiba, Paraná
[email protected] | www.moretti.agrarias.ufpr.br | (41) 3350-5689
ÍNDICE:
1. INTRODUÇÃO 7
2. ESTADOS FÍSICOS DA ÁGUA 7
3. CICLO HIDROLÓGICO 9
3.1 Como encontramos a água no ciclo hidrológico 11
3.1.1. Lençol freático 11
3.1.2. Neve 11
3.1.3. Rio 12
3.1.4. Nuvem de chuva 12
3.1.5. Granizo 12
3.1.6. Animais e plantas – transpiração 13
3.1.7. Orvalho 13
3.1.8. Geleiras 14
4. FALTA D'ÁGUA 14
5. POLUIÇÃO DAS ÁGUAS 15
6. CHUVA ÁCIDA 17
7. ENCHENTES 18
8. TRATAMENTO DA ÁGUA 18
8.1 Estação de tratamento de água 19
8.1.1. Produtos utilizados para o tratamento da água 20
9. ESTRATÉGIAS PARA EVITAR A FALTA DE ÁGUA NO PLANETA 21
9.1 Dessalinização 21
9.2 Irrigação 21
9.3 Geleiras 22
10. ATITUDES PARA ECONOMIZAR ÁGUA 22
11. AGRADECIMENTOS 25
7
1. INTRODUÇÃO
Se pudéssemos olhar a Terra de cima,
veríamos uma grande esfera azul: é
porque o mar toma conta de quase todo o
planeta.
Os oceanos compõem cerca de
70% da superfície da Terra, e os
continentes ocupam o restante. Ou seja:
quase 2/3 do planeta são cobertos de
água.
Mas a maior parte desse montão de água é imprópria para consumo. Do total, 97%
é água do mar, muito salgada para beber e para ser usada em processos industriais;
1,75% está congelada na Antártica, na região do pólo Norte e em outras geleiras; 1,243%
fica escondida no interior da Terra. Sobra apenas 0,007% de água boa para ser usada.
Setenta por cento do corpo humano é
composto de água, o que a torna vital para nossa
sobrevivência, sendo o elemento em maior
quantidade nas células e no sangue dos animais e
também na seiva das plantas. Sem água, o planeta
seria uma imensidão sem vida. Especialistas
afirmam que é muito mais difícil suportar a sede
que a fome. Além de sua importância em nosso
organismo, a água é fundamental em processos
produtivos da agricultura e indústria.
2. ESTADOS FÍSICOS DA ÁGUA
Todos os materiais são formados por moléculas
(menor parte da matéria que conserva as características de
uma substância), sendo que a maioria dos materiais que
encontramos na natureza são formados pela mistura de
diferentes substâncias. O aumento de energia térmica
(calor) em um material aumenta a velocidade com que as
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moléculas se movem no material. É estas moléculas vibram!!! O aumento de temperatura se
dá porque a temperatura que sentimos é um indicativo do grau de agitação das moléculas, ou
seja, o quão rápido as moléculas estão vibrando.
O estado físico de um material deve-se à interação existente entre as moléculas das
substâncias de que é formado o material. A água e outras substâncias possuem três estados
físicos básicos denominados fases.
Fase Sólida: O corpo tem forma e volume definidos. A matéria em
estado sólido pode se apresentar compacta, em pedaços ou em pó.
Os corpos são formados pela reunião de moléculas, e entre as
moléculas desenvolvem-se duas forças: coesão (força que tende a
aproximar as moléculas entre si) e repulsão (força que tende a afastá-las umas das outras).
No estado sólido a força de coesão é muito forte. Por isso, a vibração das moléculas é
pequena.
Fase Líquida: O corpo tem forma variável (por exemplo, se colocarmos em
um copo redondo terá forma redonda) e volume definido. As moléculas têm
menos força de coesão do que nos sólidos. Por isso, elas se deslocam mais.
Fase Gasosa: O corpo tem forma e volume variáveis. Nos
gases, as moléculas se movem livremente e com grande
velocidade. A força de coesão é mínima e a de repulsão é
enorme.
Com o aumento da energia térmica das moléculas, ou seja, com o aumento da
intensidade com que vibram as moléculas, chega-se a uma certa temperatura em que a
intensidade da vibração é suficiente para alterar a interação molecular existente. Então ocorre
a mudança de estado e isso depende principalmente das condições de pressão e temperatura
9
a que estão expostas. Existem nomes que representam cada uma destas "passagens" entre
estados físicos (mudanças de fase), veja abaixo quais são:
Observação: Cada substância possui uma temperatura em que as mudanças de estado
costumam ocorrer (esta temperatura depende da pressão). A esta temperatura damos o nome
de ponto de fusão (começa a derreter), ponto de vaporização (começa a evaporar), ponto
de liquefação (o vapor começa tornar-se líquido), ponto de solidificação (começa a
congelar), ou ponto de sublimação (passa direto de sólido para vapor ou de vapor para
sólido), dependendo do fenômeno que estiver ocorrendo.
3. CICLO HIDROLÓGICO
O Sol aquece a água na superfície do planeta, mudando
seu estado físico para vapor, que por ser mais leve sobe até as
camadas mais frias da atmosfera onde se condensa, formando
nuvens. E essas, posteriormente, acabam se precipitando, na
forma de chuva, neve ou granizo. São as etapas de
evaporação, condensação e precipitação.
A atmosfera contém vapor de água que se evapora da
superfície dos rios, mares e do solo, pela ação conjunta do vento e
do calor do Sol. O vapor é invisível como o ar, mas se torna visível
quando sobe e se condensa, principalmente nos dias quentes,
encontrando camadas mais frias do ar, em gotículas de água
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muito leves que flutuam no ar sob a forma de nevoeiro. Se o resfriamento aumenta, as
gotinhas se agrupam, avolumam-se e, quando atingem peso suficiente, precipitam-se na
superfície na forma de chuva, granizo ou neve. Isso acontece após percursos muito variáveis,
que podem ultrapassar 1000 km.
Ao voltar à superfície, a água escorre de volta para os cursos de água, ou infiltra-se até
os lençóis freáticos, alimentando os rios, mares, oceanos ou dando origem às nascentes,
fechando assim o ciclo.
Por meio dos rios, a água retorna ao mar, onde novamente se evapora. Este é o ciclo
da água.
A água que usamos para beber, tomar banho, lavar as casas, prédios, ruas e
calçadas, na agricultura, na indústria e também em outras áreas como lazer em parques
aquáticos é captada de nascentes, rios e lagos.
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3.1 Como encontramos a água no ciclo hidrológico
3.1.1. Lençol freático
Água descansando embaixo da Terra
Outro local onde também encontraremos água disponível
é no lençol freático. Os lençóis não são rios subterrâneos, pois a
água não corre embaixo da Terra. A água dos lençóis fica
parada ou movimenta-se lentamente, armazenada entre pedras,
areia e outros minerais, como calcário.
A água não ultrapassa certa profundidade pois encontra
rochas impermeáveis. Quando a água é pressionada para a
superfície, surge uma fonte natural, também chamada de poço
artesiano.
Os lençóis são menos sujeitos aos efeitos da poluição, pois são reservas subterrâneas
de água. Mas quando há poluição do solo, substâncias podem se infiltrar e contaminar até
mesmo essas caixas d'água sob o chão.
3.1.2. Neve
Floquinhos gelados
Se a temperatura das nuvens fica baixa
demais, as gotículas de água congelam e
começam a cair. É assim que se forma a neve.
Mas, lá do alto até aqui embaixo, existe um longo
caminho. Por isso, a maior parte da neve,
quando encontra com as altas temperaturas
perto do solo, acaba derretendo e caindo como chuva mesmo.
Como os floquinhos de neve são bem pequenos, eles derretem fácil, fácil. Diferente do
granizo, que é formado por pedras de gelo bem maiores e consegue "aguentar" melhor o calor
das baixas altitudes. Por isso, chove granizo até no verão, mas só neva quando o clima está
super-ultra-mega frio!
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3.1.3. Rio
As estrelas do ciclo da água
Os rios são superimportantes no ciclo da
água. Embora a gente não consiga ver, a
superfície dos rios está sempre evaporando. E é
esse vapor de água que vai formar as nuvens.
Os maiores "produtores" de nuvens são
os rios grandes que ficam em lugares quentes.
Afinal, a evaporação é um "trabalho" do Sol.
Mas é claro que nem toda a água do rio
evapora: uma parte dela fica lá guardada, e se renova quando chove. E tem também uma
parcela dessa água que é consumida pelos seres vivos!
3.1.4. Nuvem de chuva
Lá vem água!
Quando a atmosfera está cheia de vapor de ar, esse
vapor vai virando líquido e as micro-gotículas que formam as
nuvens começam a crescer. Quanto mais pesadas elas ficam,
mais rápido caem. Na confusão da queda, as gotinhas
"esbarram" umas nas outras, formam gotas ainda maiores, e
começam a cair cada vez com mais velocidade. E, aqui em baixo, a gente olha para cima e
diz: Xii, começou a chover!
3.1.5. Granizo
Gelo que vem do céu
Quando a chuva chega acompanhada de ventos muito
fortes - ou seja, quando acontece uma tempestade das bravas
-, as gotinhas que já caíram da nuvem podem ser
arremessadas de volta pelo vento para grandes altitudes.
Como estão grandes e gorduchas, ao chegar lá no alto
(onde a temperatura é bem baixa), as gotas congelam e caem
de novo, na forma sólida. É a chuva de granizo!
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3.1.6. Animais e plantas – transpiração
Seu suor também entra no ciclo da água!
Uma parte da água que cai na Terra volta
para as nuvens através da transpiração dos
seres vivos. Mas, espera aí: a transpiração não é
o suor da gente? É sim! Isso quer dizer que
quando você passa a tarde praticando esportes
debaixo do Sol, seu corpo perde água, essa
água evapora e vai virar nuvem! Não é legal?
E não são somente os animais que transpiram,
não: as plantas também "suam" para chuchu! A
transpiração das plantas acontece na superfície das
folhas, e é superimportante para o ciclo da água!
3.1.7. Orvalho
O orvalho não pode cair, porque ele sempre esteve
aqui embaixo! Não é só lá no céu, em forma de nuvens,
que existe vapor de água, não: o ar que a gente respira
aqui na Terra também é cheio de água no estado gasoso.
Durante a noite, quando a temperatura cai, o vapor
de água volta ao estado líquido. E é por isso que, de
manhã, as plantas acordam cheias de gotinhas d'água em
cima das folhas. Mas se o tempo esfriar muito, o vapor
acaba congelando, e aí acontece a geada. Que nada mais é do que orvalho congelado!
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3.1.8. Geleiras
Água presa
Uma parte grande das águas que existem
na Terra está "presa" nas geleiras dos pólos, ou no
topo das montanhas bem altas. Essa água
congelada não participa muito do ciclo da água,
porque raramente evapora. Mas, com o
aquecimento do planeta causado pelo efeito estufa,
as geleiras estão derretendo cada vez mais rápido,
e isso pode causar enorme desequilíbrio ecológico.
4. FALTA D'ÁGUA
Um problema mundial
Normalmente, não temos consciência da
importância da água. Somente nos períodos de
estiagem, quando falta água nas nossas casas,
lembramos, um tanto "nervosos", que dependemos da
água para as mais variadas atividades domésticas. E,
com paciência, temos que esperar. Para que possamos
usufruir desse bem natural de vital importância para
todos nós, temos que nos conscientizar que não podemos desperdiçar, usando-a de
forma racional, ou seja, sem desperdício.
Dificilmente alguém se pergunta quanto
consome de água por mês; a maior parte das
pessoas somente paga a conta no banco.
Essa inconsciência pode ser explicada pelo
fato de vivermos em regiões onde a oferta de
água é bastante satisfatória. Os moradores do
Sertão, no Nordeste Brasileiro, provavelmente
atribuem um valor bem diferente à água.
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A grande preocupação mundial com a
dificuldade de encontrar água com qualidade, para
uso doméstico, industrial e irrigação, faz sentido. A
água potável está com os dias contados e a
ciência busca novas soluções para o
abastecimento do século XXI.
O problema é que a água utilizada pelo
homem nem sempre é devolvida em condições
adequadas. Além disso, a atividade humana também interfere no ciclo da água,
principalmente nas cidades, com o desmatamento e a impermeabilização desordenada do
solo, para a construção de ruas e habitações.
5. POLUIÇÃO DAS ÁGUAS
A água tem várias fontes de poluição, a maior
delas está nas cidades. A falta de saneamento
básico contribui para que grande parte do esgoto
das casas e das indústrias seja jogado nos rios e
córregos. Muitas das estações de tratamento de
esgoto descartam o lixo produzido diretamente nas
águas correntes.
O lixo dos aterros municipais quando vaza acaba
atingindo as águas subterrâneas. Produtos químicos
usados nas casas e apartamentos como solventes de
tinta e limpadores de forno são jogados no lixo ou no
esgoto. De uma maneira ou de outra acabam sempre
indo parar na água que abastece as cidades.
Os produtos agrotóxicos usados nas lavouras
infiltram-se no solo e escorrem até as águas subterrâneas, ou podem ficar sobre o solo e
serem carregados pela enxurrada até rios e lagos. Caso utilizemos esta água, corremos um
sério risco de intoxicação.
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Quando ocorre um acidente com
derramamento de óleo na água, muitos mamíferos,
peixes e aves morrem intoxicados, e a população
ribeirinha (que vive perto do rio) é muito
prejudicada. E ainda demora muito tempo para a
flora e a fauna do local se recuperarem do estrago.
As várias atividades humanas e o acúmulo de usos múltiplos produzem diferentes
ameaças e problemas para a disponibilidade de água, conforme mostra a tabela abaixo.
Atividade Humana Impacto nos Ecossistemas Aquáticos Valores/Serviços em risco
Construção de represas. Altera fluxo nos rios, transporte de nutrientes e sedimento, interfere na migração e reprodução de peixes.
Altera habitats, pesca comercial e esportiva.
Construção de diques e canais.
Destrói a conexão do rio com as áreas inundáveis.
Afeta a fertilidade natural das várzeas, e os controles das enchentes.
Alteração do canal natural dos rios.
Danifica os rios ecologicamente. Modifica os fluxos dos rios.
Afeta os habitats, pesca comercial e esportiva. Afeta produção de hidroeletricidade e transporte.
Drenagem de áreas alagadas.
Elimina um componente chave fundamental dos ecossistemas aquáticos.
Perda de biodiversidade. Perda de funções naturais de filtragem e reciclagem de nutrientes. Perda de habitats para peixes e aves aquáticas.
Desmatamento / Uso do solo.
Altera padrões de drenagem, inibe a recarga natural dos aquíferos, aumenta a sedimentação.
Altera qualidade e quantidade da água, pesca comercial, biodiversidade e controle de enchentes.
Poluição não controlada. Diminui a qualidade da água. Altera suprimento de água. Aumenta os custos de tratamento. Altera a pesca comercial. Diminui a biodiversidade. Afeta a saúde humana.
Remoção excessiva de biomassa.
Diminui os recursos vivos e a biodiversidade. Altera pesca comercial e esportiva. Diminui a biodiversidade. Altera os ciclos naturais dos organismos.
Introdução de espécies exóticas.
Elimina as espécies nativas. Altera ciclos de nutrientes e ciclos biológicos.
Perda de habitats, pesca comercial. Perda da biodiversidade natural e estoques genéticos.
Poluentes do ar (chuva ácida) e metais pesados.
Altera a composição química de rios e lagos. Altera a pesca comercial. Afeta a biota aquática. Afeta a recreação. Afeta a saúde humana. Afeta a agricultura.
Mudanças globais no clima. Afeta drasticamente o volume dos recursos hídricos. Altera padrões de distribuição de precipitação e evaporação.
Afeta suprimento de água, transporte, produção de energia elétrica, produção agrícola, pesca e aumenta enchentes e fluxo de água em rios.
Crescimento da população e padrões gerais do consumo humano.
Aumenta a pressão para construção de hidroelétricas, aumenta poluição da água. Altera ciclos hidrológicos.
Afeta praticamente todas as atividades econômicas que dependem dos serviços dos ecossistemas aquáticos.
Fonte: http://www.iie.com.br/cartilha.htm
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6. CHUVA ÁCIDA
Você acha que a água da chuva é sempre pura e
limpinha? Nem mesmo na água da chuva dá para
confiar... Em alguns lugares, banho de chuva pode virar
um banho de ácido, principalmente para as plantas e para
o solo. A chuva ácida é outra das grandes fontes de
poluição da água. Sua capacidade de destruição é tão
grande que chega a acabar com a vida nos lagos, nos
rios, nas florestas e nas plantações.
Ela acontece porque o céu está cheio
de dois gases: óxido de nitrogênio (NO) e
dióxido de enxofre (S02). Quando os pingos
da chuva começam a cair, arrastam com
eles partículas dessas substâncias tóxicas.
As gotas chegam aqui embaixo cheias
desse veneno e queimam o que acham pela
frente: plantas e pequenos organismos que
vivem na água ou no solo.
Sem poluição do ar não tem chuva ácida, os gases
que contaminam as chuvas são liberados pela queima de
combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. O
grande problema é que hoje em dia esse é o processo
mais comum para se conseguir energia.
Na Europa, na China e na Tailândia existem
muitas usinas termoelétricas, que extraem a energia
elétrica do carvão. Os carros também soltam esses gases
pois são movidos a gasolina, que é feita de petróleo.
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No Canadá e nos Estados Unidos, onde existem
milhões de automóveis, a chuva ácida é um problema sério.
O mais complicado de tudo é que não há como controlar para
onde os gases estão indo, pois as nuvens se deslocam,
viajam de um país para outro, levando com elas a poluição.
A chuva ácida também pode derreter os prédios, as
casas, as estátuas, os shoppings, os parques. Claro que isso
não acontece da noite para o dia, mas aos pouquinhos, sem
percebermos. Com o tempo, a sujeira e os buracos vão aparecendo. Para tratar da chuva,
precisamos antes tratar do ar.
7. ENCHENTES
Nas cidades as enchentes causam muitos
transtornos. Não só dificuldades de acesso e
problemas de trânsito mas também aumento de
doenças. Lembre-se da capacidade de transporte da
água: podem ser levados organismos nocivos de um
local a outro da cidade. As enchentes são causadas
por dificuldades de escoamento da água. Nas cidades
existe muito asfalto e concreto que dificultam a infiltração da água, até mesmo bueiros
entupidos por lixo contribuem. É preciso lembrar que algumas enchentes são naturais,
acontecem em rios durante a época das chuvas e as consequências podem ser previstas.
8. TRATAMENTO DA ÁGUA
Para se falar em água, é necessário que se
conheça o tipo e qualidade da água que estamos
bebendo e usando.
Aproximandamente 70% das doenças que
contraímos são transmitidas por meio da água
poluída, suja ou contaminada. Para evitar que
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fiquemos doentes, a água dos rios, antes de chegar às nossas casas, passa por tratamento
para ficar mais limpa e possamos bebê-la. Toda cidade deve ter sua estação de tratamento.
Mas o tratamento das águas praticamente não é feito nem nas regiões que dispõe de
coleta de esgotos, pois apenas 20% das águas de esgoto vão para as estações. Os outros
80% são lançados no mar, nos rios, nas represas e nos córregos com toda a sujeira,
causando também a poluição da água.
O processo de coleta de esgoto é chamado de saneamento e é de responsabilidade do
governo.
Agora imagine como vive a população pobre e carente do nosso país, que muitas
vezes mora em barracos superlotados, em condições miseráveis, sem higiene adequada e
com falta de saneamento. Essas pessoas estão sujeitas a todo tipo de doença.
8.1 Estação de tratamento de água
Estação de Tratamento de Água é a instalação destinada à purificação das águas de
abastecimento e consumo da população.
São formadas por tanques e filtros que realizam o tratamento da água que chega dos
mananciais. A água chega até a estação de tratamento através de túneis e adutoras e passa
por processo de purificação em etapas até chegar às nossas casas, veja o esquema a seguir:
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A água é puxada dos rios por bombas para tanques;
No primeiro tanque ela é misturada com sulfato de alumínio;
Estas substâncias fazem com que as impurezas e micróbios se juntem e se depositem no
fundo do tanque, ficando e água bem mais limpa;
Em seguida, a água passa por um filtro de areia que retira as impurezas que ainda restam;
Depois são acrescentados cloro, cal e flúor à água, porque o cloro mata os micróbios ali
existentes e o flúor evita as cáries dentárias;
Finalmente, à água tratada é bombeada para o reservatório e depois vai para as grandes
caixas d'água, situadas nos pontos mais elevados da cidade, para ser distribuída à população.
8.1.1. Produtos utilizados para o tratamento da água
Sulfato de Alumínio: Substância que agrega as partículas
de sujeira que estão na água.
Cal: Produto que corrige o pH da água.
Cloro: Substância que mata as bactérias e
microorganismos presentes na água.
Flúor: Substância que auxilia na redução das cáries
dentárias.
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9. ESTRATÉGIAS PARA EVITAR A FALTA DE ÁGUA NO PLANETA
9.1 Dessalinização
Outra solução para acabar com a falta d'água no
planeta é a dessalinização, sendo possível aproveitar as águas
dos mares, se elas forem tratadas em processos de
purificação. Já existem projetos de dessalinização da água do
mar em Israel, na Austrália, nos Estados Unidos e no Kwait.
A água obtida por esse processo não é potável, ou seja
não pode ser usada para beber, mas pode ser útil para
irrigação e no sistema de esgoto doméstico.
9.2 Irrigação
É um processo em que a água é normalmente captada em rios e
lagos e transportada através de tubulações até o local da plantação. No
Brasil, já se estuda essa solução para amenizar a seca no Nordeste, com
a transposição das águas do rio São Francisco.
Quando a irrigação é realizada "espirrando" sobre a planta
grandes quantidades de água, perde-se grande parte dela por
evaporação e por escorrimento superficial (enxurrada), o que
acarreta em problemas com erosão de solo. Para evitar isso, a água
pode ser colocada diretamente no subsolo, embaixo das plantas, ou
borrifada no solo com chuveirinhos. Pode também ser gotejada
diretamente no chão por longos canos cheios de furos.
A superfície total irrigada em todo o mundo ainda é
pequena: cerca de 250 milhões de hectares (menos de um
terço da área do Brasil). Os países que mais utilizam a irrigação
são a China e a Índia, principalmente em plantações de arroz.
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Existem técnicas de irrigação muito antigas, de até
5000 a.C., usadas pelos povos da Mesopotâmia. O
aproveitamento das águas do rio Nilo, um dos maiores do
mundo, também é muito antigo e fundamental para a
região do deserto do Saara no Egito.
No entanto, menos de 20% das áreas agrícolas de todo o mundo utilizam métodos de
irrigação porque é um processo muito caro.
9.3 Geleiras
É o processo mais difícil de obtenção e
armazenamento de água. As geleiras são
grandes massas de neve que se transformam
em gelo, quando acontece a expulsão do ar
que normalmente fica misturado à neve. A
maioria das geleiras fica na Antártica e
Groenlândia, mas existem algumas em regiões
montanhosas da Europa e do Alasca. Mesmo
localizadas em regiões marítimas, as geleiras
são sempre formadas por água doce.
10. ATITUDES PARA ECONOMIZAR ÁGUA
Nunca deixe a torneira pingando. Em um só dia, ela é capaz de
desperdiçar mais de 40 litros de água.
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Se a descarga disparar, troque o reparo o mais rápido
possível.
Na construção ou reforma, opte por vasos sanitários que usem o
sistema V.D.R. (Volume de Descarga Reduzido), que economiza até
40% de água. Alguns fabricantes de louças sanitárias já oferecem
produtos que adotam esse sistema.
Ao lavar a louça, primeiro jogue fora os restos de alimentos de pratos
e panelas e encha a cuba da pia de água pela metade. Ensaboe as
louças com a torneira fechada. Encha a cuba novamente e enxágue
toda a louça.
No banho, feche o chuveiro enquanto está se ensaboando.
Deixe a torneira fechada toda vez que for escovar os dentes.
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Lave de uma vez só, na máquina ou a mão, toda a roupa acumulada.
No verão, regue o jardim pela manhã ou no final da tarde, para
que a água não evapore rápido demais.
Em vez da mangueira, use um balde para retirar a sujeira do
veículo e da calçada. Prefira varrer o chão sempre que puder.
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11. AGRADECIMENTOS
A todas as fontes consultadas, por disponibilizarem conteúdo para a elaboração do
presente material:
Agencia Nacional de Águas (ANA) < www.ana.gov.br>
Águas de Limeira < www.aguasdelimeira.com.br>
Águas do Amazonas < www.aguasdoamazonas.com.br>
Animal Show < www.animalshow.hpg.ig.com.br>
Canal Kids < www.canalkids.com.br>
Cia do Conforto </www.ciadoconforto.com>
Coco Raceme < coco.raceme.org>
Departamento de água e esgoto de Araraquara < www.daaeararaquara.com.br>
Departamento de água e esgoto (DAEA) < www.daea.com.br>
Democracia a Politica <www.democraciapolitica.blogspot.com>
Department of Natural Resources (DNR) < www.dnr.state.wi.us>
Dream Time <www.dreamstime.com>
Estancia Mimosa < www.estanciamimosa.com.br>
Extension < www.extension.iastate.edu>
Geocities < www.geocities.yahoo.com.br>
Harding <www.harding.ed>
Instituto Federal / Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IF/UFRGS) < www.if.ufrgs.br>
Instituto Internacional de Ecologia (IIE) < www.iie.com.br>
Jardim de Flores < www.jardimdeflores.com.br>
OUL < www1.uol.com.br>
Serviço Autônomo de Água e Esgoto Jacareí (SAAE Jacareí) < www.saaejacarei.com.br>
Solnet < www.solnet.com.br>
TV Cultura < www.tvcultura.com.br>
Windows < www.windows.ucar.edu>
Yaranazare < www.yaranazare.com>
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