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Projeto filosofia e cinema
Colégio Estadual Jardim Europa
Filme : Carol
Henrique Pacheco Précoma
Pâmela A. da R. Corrêa Elger
Renildo Amaral
Marcia C. R. da S. da Conceição
Filme: CAROL 2015.
Tema transversal: Gênero.
Filosofo: John Stuart Mill. A sujeição das mulheres.
Objetivos metodológicos
Preparada a sala:
-Tem o objetivo de sensibilizar previamente os alunos para a
temática;
Entrega das Cartilhas:
- Causar estranhamento pela inversão de valores
apresentados
Produção dos desenhos:
- Demonstrar em menor escala a disparidade de tratamento
oferecida aos homens e mulheres.
Metodologia
1- Cartilhas contendo dicas para os meninos
cuidarem de casa e como tratarem as mulheres; e
para as meninas como se desenvolverem
profissionalmente.
2- Divisão entre meninos e meninas, entrega de
desenhos para colorir, disponibilizando mais materiais
para as meninas e menos para os meninos,
incentivando posteriormente as meninas e
questionando os meninos.
3- Terminado o momento da atividade prática, os alunos
serão brevemente questionados sobre como se sentiram ao
receberem tratamentos totalmente diferenciados.
4- Logo em seguida, serão projetados trechos da obra
cinematográfica Carol e ao fim da exibição do filme será
iniciada com os alunos uma discussão sobre a realidade da
mulher na sociedade hoje em dia.
Resenha do Filme:
Carol se passa nos anos 50, período característico de
opressão sob as mulheres, é um filme é uma história de amor
entre duas mulheres em Nova York e retrata a atração entre as
protagonistas sem esconder a opressão da homofobia
Cate Blanchett é Carol, mulher de meia idade, casada e com
uma filha. Ela está em processo de separação, em uma
sociedade que já começa a aceitar o divórcio, mas não admite
a homossexualidade.
Ela conhece a jovem Therese, vendedora de loja e aspirante a
fotógrafa. Carol é em torno de 15 anos mais velha que
Therese.
Therese está noiva de Richard, que trabalha na mesma loja
que ela. Pouco a pouco, as duas vão se conhecendo melhor
e percebendo como o mundo a sua volta reage ao que
nasce e cresce entre as duas.
Em uma viagem de fuga, Carol e Therese têm uma
experiência única, se conhecendo profundamente,
ganhando intimidade e criando laços firmes. O romance
floresce e o relacionamento ganha outro nível. Ao final, as
duas fazem uma escolha que mudará completamente suas
vidas e se libertam das amarras de uma sociedade
opressora. Ao final do filme Carol abre mão da custódia de
sua filha para poder finalmente ter a sua tão necessitada
liberdade.
5- O filme será relacionado como o livro de Stuart Mill. A
explanação dos conceitos será trabalhada do seguinte modo,
inicialmente apresentar-se-á uma breve bibliografia do autor
em slides; posteriormente, conforme a discussão com os
alunos for dando continuidade serão expostos os conceitos do
autor junto ao debate, com o apoio de apresentação de slides,
contendo trechos da obra.
John Stuart Mill (Londres, 20 de Maio de 1806 —
Avignon, 8 de Maio de 1873) foi um filósofo e
economista britânico nascido na Inglaterra, e um dos
pensadores liberais mais influentes do século XIX. Foi
um defensor do utilitarismo, a teoria ética proposta
inicialmente por seu padrinho, Jeremy Bentham. É
conhecido pelos seus trabalhos nos campos da
filosofia política, ética, economia política e lógica,
apesar de também ter escrito críticas literárias e até
poesias.
Biografia.
Nome completo John Stuart Mill
Escola/Tradição: Empirismo, Utilitarismo, Liberalismo
Nascimento: 20 de maio de 1806 Londres, Inglaterra.
Falecimento: 8 de maio de 1873 (66 anos) Avinhão, França
Principais interesses: Ética, Filosofia política, raciocínio
indutivo, economia.
Influenciado por: Jeremy Bentham, Platão, Aristóteles,
Epicuro, Thomas Hobbes, John Locke, David Hume, Adam
Smith, Tocqueville, Auguste Comte.
Obra do autor.
John Stuart Mill, em sua obra Sujeição das mulheres
(1869) apresenta uma análise crítica do contexto social
feminino em sua época. Para Mill, as discrepâncias
encontradas no tratamento entre os sexos não tinham
nenhuma explicação lógica a não ser a pura e simples
dominação do mais forte sobre o mais fraco, na qual,
irremediavelmente, prevaleceu a questão da força
física.
De acordo com o pensador, os homens sujeitavam as
mulheres a um regime similar a escravidão,
impossibilitando qualquer desenvolvimento destas fora
das regras estabelecidas por eles socialmente. Ao
impedirem que as mulheres desenvolvessem
plenamente as suas capacidades, alegando que eram
inferiores aos homens, criava-se um círculo vicioso,
visto que não havia maneiras de elas se provarem
capazes, já que não tinham as mesmas
possibilidades, assim elas se mantinham na
subserviência.
Conceitos:
Discução do Gênero:
A não inferioridade da mulher nos aspectos
psicológicos.
A dominação e escravização feminina pela força
física.
6- Apresentação de propagandas e reconstrução
delas com os alunos.
Gravatas Van Heusen
"Mostre para ela que o mundo é dos
homens“. O anúncio das gravatas
Van Heusen era o exemplo claro de
como a mulher deveria ser submissa
ao homem. Imagine a polêmica se
este anúncio fosse veiculado nos
dias atuais.
Calças Dracon
“É bom ter uma mulher perto
de casa”. A polêmica formada
neste anúncio de calças em
uma revista americana nos
anos 60
Dormeyer - Artigos para o
Lar
"Olhem esta propaganda com
carinho. Circule os produtos
que vocês quer para o Natal.
Mostre para o seu marido. Se
ele não for à loja
imediatamente, chore um
pouco. Não chore muito. Um
pouco. Ele irá, ele irá".
REFERÊNCIAS
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos:
apresentação dos temas transversais. Secretaria de Educação Fundamental.
Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos:
Orientação Sexual. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF,
2006.
CAROL. Direção de Todd Haynes. Reino Unido, EUA, França: Warner Bros.
Pictures, 2015. 1 DVD (118 min.) Color. Son.
MILL, John Stuart. A sujeição das mulheres. Tradução de Leila de Souza
Mendes Pereira. Gênero, Niterói, v. 6, n. 2 – v. 7, n. 1, p. 181-202, 1. – 2. Sem.
2006. Disponível em:
<http://www.revistagenero.uff.br/index.php/revistagenero/article/view/351>.
Acesso em: 03 de julho de 2017.