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12 PROJETO PEDAGÓGICO INSTUCIONAL O Projeto Pedagógico Institucional apresenta os princípios filosóficos e as políticas para o ensino, a pesquisa, a extensão, a responsabilidade social e a gestão da Univali, buscando responder às políticas educacionais vigentes no ensino superior brasileiro e atender demandas da sociedade por meio do ensino de qualidade, do compromisso científico e social no desenvolvimento de pesquisas e da responsabilidade na gestão de projetos sociais. O documento evidencia as diretrizes políticas institucionais e as ações delas decorrentes, destacando sua inserção regional nas diferentes esferas de atuação, sua organização didático-pedagógica voltada à inovação do ensino superior e sua contribuição à inclusão social e ao desenvolvimento econômico, científico e tecnológico da região. 2.1 Inserção regional A atuação da Univali no estado de Santa Catarina abrange, geograficamente, os municípios localizados ao longo do litoral centro-norte catarinense — conforme é possível verificar na Figura 07. A Instituição apresenta estrutura composta por nove campi e uma unidade educacional, localizados nas cidades de Balneário Camboriú (Campus Balneário Camboriú), Balneário Piçarras (Campus Balneário Piçarras), Biguaçu (Campus Jardim Carandaí Biguaçu e Campus Centro Biguaçu), Itajaí (Campus Itajaí – sede), Florianópolis (Campus Florianópolis), Penha (Unidade Penha), São José (Campus Kobrasol São José e Campus Sertão do Maruim São José) e Tijucas (Campus Tijucas). Figura 07 – Distribuição física da Univali e panorama econômico nas regiões de abrangência da instituição em Santa Catarina Fonte: Adaptado do estudo Santa Catarina em Dados (FIESC, 2015) e da Resolução nº 115/Consun/2013 que trata da estrutura organizacional da Univali. Gerência de Desenvolvimento Institucional, Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, 2016.

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PROJETO PEDAGÓGICO INSTUCIONAL

O Projeto Pedagógico Institucional apresenta os princípios filosóficos e as políticas para o ensino, a pesquisa, a extensão, a responsabilidade social e a gestão da Univali, buscando responder às políticas educacionais vigentes no ensino superior brasileiro e atender demandas da sociedade por meio do ensino de qualidade, do compromisso científico e social no desenvolvimento de pesquisas e da responsabilidade na gestão de projetos sociais.

O documento evidencia as diretrizes políticas institucionais e as ações delas decorrentes, destacando sua inserção regional nas diferentes esferas de atuação, sua organização didático-pedagógica voltada à inovação do ensino superior e sua contribuição à inclusão social e ao desenvolvimento econômico, científico e tecnológico da região.

2.1 Inserção regional

A atuação da Univali no estado de Santa Catarina abrange, geograficamente, os municípios localizados ao longo do litoral centro-norte catarinense — conforme é possível verificar na Figura 07. A Instituição apresenta estrutura composta por nove campi e uma unidade educacional, localizados nas cidades de Balneário Camboriú (Campus Balneário Camboriú), Balneário Piçarras (Campus Balneário Piçarras), Biguaçu (Campus Jardim Carandaí Biguaçu e Campus Centro Biguaçu), Itajaí (Campus Itajaí – sede), Florianópolis (Campus Florianópolis), Penha (Unidade Penha), São José (Campus Kobrasol São José e Campus Sertão do Maruim São José) e Tijucas (Campus Tijucas).

Figura 07 – Distribuição física da Univali e panorama econômico nas regiões de abrangência da instituição em Santa Catarina

Fonte: Adaptado do estudo Santa Catarina em Dados (FIESC, 2015) e da Resolução nº 115/Consun/2013 que trata da estrutura organizacional da Univali. Gerência de Desenvolvimento Institucional, Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, 2016.

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Santa Catarina apresenta importante potencial de desenvolvimento socioeconômico, atestado nas pesquisas realizadas por organismos de acompanhamento dos índices de competitividade e desenvolvimento regional. O Índice Firjan de Desenvolvimento Econômico Municipal (IFDM), por exemplo, traz, na sua edição de 2015, o posicionamento de Santa Catarina como um dos estados mais desenvolvidos do país. O Índice, que monitora três áreas (emprego/renda, educação e saúde) demonstra que, das 295 cidades catarinenses, 56 delas (11,2%) estão entre os municípios com alto estágio de desenvolvimento (Top 500 –IFDM entre 0,8 e 1,0) e as demais se situam no nível de desenvolvimento moderado (entre 06 e 0,8). Além disso, a Consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), o Centro de Liderança Pública (CLP) e a Tendências Consultoria, ao analisar, pelo quinto ano seguido (2016) a competitividade de cada uma das 27 unidades da federação3 apontam que Santa Catarina ocupa a terceira posição geral do ranking, com pontuação de 74,3% na escala de notas de 0 a 100. Entre os indicadores avaliados, destacam-se a primeira posição do Estado em sustentabilidade social, a terceira em educação e inovação e a quarta em infraestrutura e segurança pública.

A Univali acompanha o desenvolvimento socioeconômico do estado e contribui para seu fortalecimento4, pois sua constituição histórica, como instituição de natureza comunitária e sua organização física e geográfica favorecem o trabalho de inserção regional. Desde a origem da Instituição em 1964, o perfil institucional é regido por valores como o “compromisso social com o desenvolvimento regional e global”5 —, o qual foi devidamente reconhecido pela Lei Federal nº 12.881/2013, que, ao lhe conferir uma identidade jurídica própria, a de Universidade Comunitária6, conforme a Portaria MEC nº 630/20147, legitimou o funcionamento das Instituições Comunitárias de Educação Superior — fundadas a partir da ambição legítima de comunidades que almejavam à emancipação e ao desenvolvimento efetivos por meio do amplo acesso ao ensino superior.

3 Os resultados dessa pesquisa foram publicados na Revista Exame.com, em 19 de setembro de 2016. Esta analisou 65 itens em 10 pilares estratégicos: segurança pública; eficiência da máquina pública; sustentabilidade social; capital humano; infraestrutura; inovação; educação; potencial de mercado; solidez fiscal e sustentabilidade ambiental. Santa Catarina situa-se entre os 13 estados que ficaram acima da média brasileira, de 50,2 pontos.

4 A contribuição da Instituição para o desenvolvimento do estado também se manifesta em seu posicionamento no ranking das universidades brasileiras, a exemplo do RUF – Ranking Universitário Folha (2016). A Univali ocupa a terceira posição entre as universidades catarinenses (públicas e privadas) e a primeira entre as universidades privadas considerando os indicadores de ensino, pesquisa, mercado, inovação e internacionalização.

5 Esses valores estão explícitos nos ordenamentos jurídicos, especialmente o Estatuto e o Regimento Geral e orientam o projeto institucional, político e pedagógico da Univali — o que caracteriza a Instituição como Universidade Comunitária.

6 O art. 20 da LDB cita a Constituição Federal (art. 213) para apontar as Universidades Comunitárias como aquelas “instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas educacionais, sem fins lucrativos, que incluam na sua entidade mantenedora representantes da comunidade”. Neste contexto, é importante observar a identidade destas Universidades, como historicamente comprometidas com a qualidade dos serviços prestados e o desenvolvimento socioeconômico.

7 Publicada pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior no DOU nº 211, de 31 de outubro de 2014 (seção 1, página 27), com base na Lei nº 12.881, de 12 de novembro de 2013, na Portaria MEC nº 863, de 03 de outubro de 2014, e na Nota Técnica nº 985/2014-DPR/Seres/MEC.

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Para tanto, a inserção regional da Univali — assentada na sua missão e nos seus valores institucionais e na sua vocação comunitária e viabilizada, em especial, pelas atividades de ensino, pesquisa, extensão, cultura e inovação nas suas diferentes frentes e áreas do conhecimento — se apresenta na oferta da Educação Básica e superior (graduação e pós-graduação nas modalidades presencial e a distância), capazes de atender a demandas tradicionais e emergenciais da sociedade e do mundo do trabalho, particularmente nas áreas de alcance institucional. Essas ofertas, além de acompanhar as diretrizes educacionais e do universo das novas profissões, são identificadas pela articulação direta de colaboradores e gestores com entidades representativas de classes e conselhos e órgãos públicos8 (comitês, grupos de trabalho, núcleos, entidades profissionais, fóruns permanentes etc.), bem como pelo permanente diálogo da comunidade acadêmica com o mercado de trabalho para mapear as necessidades sociais da região.

Complementarmente à formação qualificada de recursos humanos para acompanhar os avanços sociais e globais — ao mesmo tempo em que deles se beneficia para promover o aperfeiçoamento do sistema educacional e propagar o conhecimento científico —, a inserção regional da Univali revela-se também no enfoque e na abrangência de suas pesquisas e produções técnico científicas9 e nas suas atividade de extensão10 e prestação de serviços11, nas diferentes áreas do conhecimento, por meio de parcerias institucionais e interinstitucionais.

Para tanto, a caracterização socioeconômica do Vale do Itajaí, Grande Florianópolis — regiões de abrangência imediata da Instituição, destacada na Figura 07 — é de fundamental importância na definição do foco das ofertas e das ações, bem como na aplicabilidade de resultados delas decorrentes.

8 Em 2016, a Univali conta com representantes em dezenas de entidades como: Associação Empresarial de Itajaí, Conselho de Desenvolvimento Regional (Secretaria de Desenvolvimento Regional de Itajaí), Associação Catarinense das Fundações Educacionais, Associação Brasileira das Universidades Comunitárias, Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, Conselho Regional de Engenharia, Conselho Regional de Arquitetura e

Urbanismo, Conselho Federal de Contabilidade, Academia Catarinense de Odontologia, Associação Brasileira de Oceanografia e Conselho Regional de Administração de Santa Catarina, entre outros. 9 Em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Governos Estadual e Municipal e iniciativa privada, a Univali incentiva a iniciação científica de seus acadêmicos por meio de Programas de Bolsas de Pesquisa e redes de pesquisa no Brasil e no exterior.

10 As políticas institucionais de extensão se efetivam por meio de projetos de extensão universitária, projetos de arte e cultura e eventos. Na esfera artístico-cultural, a Univali, investe na formação integral de professores habilitados a disseminar a arte e a cultura, caso dos cursos de Letras e Literaturas em Língua Portuguesa, Artes Visuais e Música, mantém o Grupo de Dança Univali, o Grupo Instrumental, o Coral Univali e o Coral Infantojuvenil, a oferta de oficinas e cursos regulares de idiomas e musicalização infantil, a realização de festivais de arte, espetáculos musicais e teatrais, apresentações de dança e exposições de arte e a manutenção de programas culturais veiculado na Rádio e TV Univali.

11 As opções de serviços estão no endereço: www.univali.br/servicos.

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2.1.1 Cenário socioeconômico no Vale do Itajaí

Estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o ano de 2015, indicavam que a região do Vale do Itajaí, nos seus 19 municípios12, seria uma das que apresentariam maior densidade demográfica com seus 895.990 habitantes, o equivalente a 248,9 hab./km2. Trata-se de uma região com importante desenvolvimento socioeconômico, dado que seu Produto Interno Bruto (PIB) alcançou o patamar de R$ 34,4 bilhões em 2013, o segundo do estado, o equivalente a 16,1% do PIB catarinense.

Nessa região, a Univali mantém três campi e uma unidade educacional (Figura 08) cujas atividades são realizadas em estreita relação com os principais segmentos da economia regional, notadamente nas áreas da pesca, das atividades portuárias e da indústria naval, do turismo e da gastronomia, da indústria têxtil e do vestuário e da construção civil. Esses segmentos e outros, relacionados à gestão, ao desenvolvimento social, à saúde e à educação, se fortalecem e se profissionalizam, sobretudo com a atuação de acadêmicos e egressos dos cursos de graduação e pós-graduação da Instituição que, mapeados em todas estas áreas e sob a orientação de docentes e pesquisadores, desenvolvem pesquisas, projetos de extensão, estágios supervisionados, visitas técnicas e diferentes atividades sociais, cujos resultados são sistematizados em relatórios, artigos científicos e demais produções técnico científicas apontando melhorias, soluções práticas e alternativas de desenvolvimento econômico e social, sustentabilidade, gestão, inovação e prospecção para mercados potenciais.

A Figura 08 destaca os principais segmentos da atividade econômica e social da região do Vale do Itajaí e a inserção geográfica da Univali na região.

Figura 08 - Principais atividades econômicas e sociais da Região do Vale do Itajaí, SC

Fonte: Adaptado do estudo Santa Catarina em Dados (FIESC, 2015) e da Resolução nº 115/Consun/2013 que trata da estrutura organizacional da Univali. Gerência de Desenvolvimento Institucional, Vice-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, 2016.

12 Para esta análise considerou-se como região do Vale do Itajaí os municípios: Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Bombinhas, Botuverá, Brusque, Camboriú, Canelinha, Guabiruba, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luiz Alves, Major Gercino, Navegantes, Nova Trento, Penha, Porto Belo, São João Batista e Tijucas.

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A atividade pesqueira é uma das que mais se destacam na região do Vale do Itajaí, especialmente no município de Itajaí onde ocorre o maior desembarque pesqueiro do país. Por extensão, é forte na região a presença de setores da “economia do mar” que se configuram como segmentos estratégicos para a região por reunir atividades como extração de recursos, alimentos, portos, transporte marítimo e construção naval. Estes itens foram alguns dos responsáveis pela elevação de Itajaí ao posto de um dos maiores PIBs de Santa Catarina.

Atenta ao potencial dessa atividade econômica, a Univali mantém relevantes projetos em parceria com setores da área, todos destinados a: contribuir para o conhecimento dos aspectos ambientais, socioeconômicos e políticos do mar; valorizar o trabalhador da indústria de construção naval, do transporte aquaviário e da pesca, promovendo a maior produtividade dessas atividades comerciais e industriais e promover o conhecimento e a difusão de soluções para os problemas do complexo aquaviário, transportes, portos, pesca, navegação, construção naval, preservação de recursos naturais, gestão e logística, ciências do mar e comércio exterior. Para tanto, é essencial a atuação dos docentes, discentes e egressos dos Cursos do Centro de Ciências da Terra e do Mar e do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão, os quais apresentam potenciais atividades de ensino, pesquisa, extensão e prestação de serviços vinculados ao desenvolvimento desse segmento.

Nesse aspecto, é pertinente considerar que a zona costeira catarinense abriga grande variedade de ecossistemas naturais (terrestres e marinhos) dotados de significativa diversidade biológica. O litoral centro-norte do Estado — que reúne os municípios de Balneário Piçarras, Bombinhas, Balneário Camboriú, Camboriú, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luís Alves, Navegantes, Penha e Porto Belo — concentra cerca de 1/3 do total de 300 empresas pesqueiras formadoras do parque industrial pesqueiro do País que compõem a cadeia produtiva local, a exemplo de estaleiros, indústrias de pesca, terminais pesqueiros de embarcações, fábricas de gelo, transporte do pescado, supermercados, trapiches, oficinas mecânicas e outros serviços de logística.

Articulada a essa atividade, a Univali apresenta atuação expressiva por meio do Grupo de Estudos Pesqueiros, que presta suporte à atividade produtiva, à gestão da pesca marinha e de outras atividades antrópicas, bem como à conservação do meio marinho. As atividades do Grupo de Estudos Pesqueiros se direcionam à pesca industrial e artesanal em níveis local, regional, nacional e internacional, abrangendo a biologia e a dinâmica populacional dos recursos pesqueiros, a avaliação da biomassa explorável, o estudo da dinâmica das frotas, a gestão pesqueira, a tecnologia e o controle de qualidade do pescado, o aproveitamento de subprodutos do pescado, os aspectos socioeconômicos e a minimização do impacto ambiental da atividade. Além disso, o grupo realiza, em parceria com a Marinha do Brasil, estudos sobre a biodiversidade da margem continental do Sudeste e Sul do Brasil e de áreas profundas do Oceano Atlântico Sul para dimensionar os impactos ambientais da pesca e de atividades como a mineração marinha.

De modo complementar, o grupo opera sistemas de monitoramento e observação da atividade pesqueira por meio da aplicação de ferramentas de coleta e processamento de dados, do rastreamento por satélite da frota pesqueira, da utilização de tecnologias de observação submarina e de sensores de imagens e acústicos para estudar o desempenho de equipamentos de pesca e o consumo de combustíveis nas operações pesqueiras. Esse

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trabalho reflete a inserção nacional da Univali no desenvolvimento de produtos tecnológicos de apoio à Pesca e Aquicultura, envolvendo, para tanto, a expertise da Instituição nas áreas das Engenharias, Oceanografia e Ciência da Computação.

A expertise de seus pesquisadores e a atuação de seus acadêmicos e egressos também garantiu à Univali o desenvolvimento de parceria com a Petrobrás em projetos de grande relevância – como o Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira no Estado de Santa Catarina (PMAP-SC) e o Projeto de Monitoramento das Praias (PMP). O primeiro realiza a avaliação da interferência entre as atividades pesqueiras e as atividades de produção e escoamento de petróleo e gás natural da área do pré-sal da Bacia de Santos. A Univali é responsável pelo monitoramento da atividade pesqueira em cada um dos 36 municípios litorâneos catarinenses nos aspectos sociais, econômicos, de infraestrutura e de produção da pesca industrial e artesanal necessários para a caracterização e diagnóstico das relações entre a pesca e exploração e produção de petróleo no mar. Já o Projeto de Monitoramento das Praias (PMP), por sua vez, é pioneiro e desenvolve a prestação de serviços de avaliação da interferência das atividades de produção e escoamento de petróleo e gás natural da área do pré-sal da Bacia de Santos sobre aves, quelônios e mamíferos marinhos. A Univali coordena as atividades de uma rede de instituições no litoral dos estados do Sudeste e Sul do Brasil, com o monitoramento, diário, de 800 km de costa brasileira entre Ubatuba, no estado de São Paulo, e Laguna, em Santa Catarina, realizando resgate, atendimento veterinário e reabilitação de aves, tartarugas, baleias e golfinhos.

A Universidade também mantém, desde a década de 1990, o Centro Experimental de Maricultura no município de Penha, contribuindo com o desenvolvimento econômico e social da região por meio de apoio técnico e organizacional à Associação de Maricultores e à Cooperativa de Maricultores de Penha. Como resultado desse trabalho conjunto, Penha é hoje um dos maiores produtores de mexilhões do Brasil — e o cultivo de moluscos, uma das alternativas econômicas mais importantes para o setor primário local. Além disso, é importante salientar que as atividades realizadas com os produtores de moluscos, bem como os experimentos de cultivo com peixes marinhos, têm reflexo estadual, nacional e internacional, pois a evolução da maricultura na região está diretamente associada ao sucesso da parceria dos produtores com a Univali, servindo como modelo para municípios, associações e produtores do Estado de Santa Catarina.

Na região do Vale do Itajaí também se destacam as atividades econômicas vinculadas ao segmento têxtil, de confecções e calçadista. Na região, o município de Brusque destaca-se na área têxtil e de confecções e São João Batista no segmento calçadista. Para tanto, a Univali busca formar profissionais para atuação nessas áreas por meio dos cursos de Design, notadamente o curso de Design de Moda cujas atividades de formação (no ensino, na pesquisa e na extensão) requerem dos acadêmicos, a criação, o gerenciamento e o desenvolvimento de produtos, coleções de vestuário, acessórios, calçados ou joias articulando a pesquisa de moda, o planejamento, os processos de fabricação, transformação de matéria prima e a viabilidade técnica e produtiva dos produtos baseados em referenciais socioculturais, estéticos, ergonômicos e de mercado. As atividades de estágios realizam-se na região, na qual se observa maior incidência de estágios na área de confecção do vestuário, justificada pela representatividade dessas empresas na região.

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A construção civil é outra área que tem se mostrado em expansão na região, sendo significativo o crescimento de empreendimentos sofisticados, mais especificamente nas cidades de Balneário Camboriú e Itajaí. Para acompanhar o crescimento do segmento referido, a Univali tem impulsionado a oferta dos cursos nas áreas das engenharias, da arquitetura e do design, os quais tem ampliado suas áreas de atuação com o incremento de projetos em parcerias com as empresas do ramo.

Outro setor que movimenta significativamente a economia catarinense, notadamente a região do Vale do Itajaí é o turismo, motivado pela diversidade de paisagens e atrativos naturais e pelas heranças europeias — encontradas na arquitetura, na culinária e nas tradições culturais. Graças a essa atividade, o Estado recebeu mais de 8 milhões de turistas no verão 2014/2015, arrecadando aproximadamente US$ 1,4 milhão, segundo a Santa Catarina Turismo 201513. Além disso, o Estado foi eleito, pela quarta vez consecutiva, o melhor destino turístico brasileiro no Prêmio O Melhor de Viagem e Turismo 2015/2016 e o quinto Estado com maior entrada de turistas internacionais em 2015, com destaque para Florianópolis, Balneário Camboriú, Blumenau e Joinville — destinos preferidos dos visitantes.

De acordo com a pesquisa Estudo da Demanda Turística Internacional 2011-201514 –divulgada pelo Ministério de Turismo (MTur) – dos 5,8 milhões de visitantes estrangeiros, 18,7% tiveram como destino Santa Catarina, ou seja, 1.084.600 pessoas. No estudo, Florianópolis é a segunda cidade brasileira mais visitada do Brasil, Bombinhas é a sexta e Balneário Camboriú ocupa a oitava colocação nacional. A pesquisa citada entrevistou 33 mil estrangeiros em aeroportos internacionais e postos de fronteira terrestre em 2015 e indicou que opções de lazer como ecoturismo, cultura e esportes foram as principais motivações de viagem dos estrangeiros que visitaram o país.

O setor de turismo é um grande gerador de postos de trabalho, como revela a análise do Ministério do Turismo (2014), com base em dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego. O setor contribuiu com 6,25% dos empregos formais no ano de 2013, ou seja, cerca de três milhões de trabalhadores com carteira assinada, incluindo empregos diretos em serviços como hospedagem, alimentação, transporte, agências de viagens, aluguel de transporte, cultura e lazer. O crescimento do setor foi de 51,2%, de 2007 a 2013, comparados aos 1,9 milhões de trabalhadores em atividades vinculadas ao turismo computados em 200615.

Em atenção à dinâmica referida e à expansão do turismo e da gastronomia na economia catarinense, a Univali oferece cursos (de graduação, pós-graduação e de extensão) nas áreas, investindo na formação de profissionais para atuar nesses segmentos, assim como na gestão de eventos e no desenvolvimento de pesquisas voltadas ao planejamento e à gestão do turismo e da hotelaria, aos estudos do patrimônio ambiental e sua relação com o espaço turístico, aos estudos da hotelaria, gastronomia e serviços turísticos e à hospitalidade e turismo.

13 SANTA CATARINA. Santur. Santa Catarina Turismo 2015. Florianópolis: Santur, 2016.

14 BRASIL. Ministério do Turismo. Estudo da Demanda Turística Internacional 2011-2015. Brasilia: MTur, 2016.

15 Associação Brasileira de Turismólogos e Profissionais do Turismo. A importância do trabalho do turismólogo para o desenvolvimento do turismo no Brasil. Rio de Janeiro: ABBTUR, 2015.

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Do ponto de vista da inserção regional, destaca-se a atuação do curso de Turismo e Hotelaria em projetos na área de Planejamento Turístico como a realização de Planos de Desenvolvimento Turístico para diversos municípios catarinenses, num processo de parceria sistemática.

Nessa perspectiva também é relevante o projeto multidisciplinar Gentis Orientadores, instituído há mais de uma década pelo curso na Ilha de Porto Belo que se destaca como referência (destinação de excelência) nacional em desenvolvimento sustentável em ambientes insulares. O Projeto Gentis Orientadores é desenvolvido em etapas que se complementam como atividades acadêmicas de pesquisa e de extensão. Uma etapa compreende a realização dos serviços de recepção e de apoio geral aos turistas e visitantes da Ilha, incluindo o controle numérico de entrada, permanência e saída, em face da capacidade de carga estabelecida, além do monitoramento das atividades, visando à proteção e à manutenção das características naturais. A outra etapa compreende a pesquisa subsidiada pelo CNPq denominada “A ilha de Porto Belo, SC como modelo de gestão do uso turístico-recreativo para a sustentabilidade ambiental de destinos insulares no Brasil”, que tem por objetivo reestruturar e ampliar os estudos na Ilha como modelo de sustentabilidade, face à consolidação do empreendimento nela implantado. Essa pesquisa está vinculada ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu (Mestrado e Doutorado) em Turismo e Hotelaria e conta com a participação de alunos e docentes de graduação e de pós-graduação da área.

Também o Programa de Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental propõe um programa de análise da capacidade de carga física e social para o município de Bombinhas, localizado no litoral centro-norte de Santa Catarina. A população de 17 mil habitantes se multiplica por dez durante o período do veraneio devido ao turismo de segunda residência e ao elevado número de turistas que se hospedam em hotéis e pousadas. A pesquisa propõe um programa baseado em dois projetos essenciais a fim de diagnosticar a realidade socioambiental de Bombinhas, tendo como referência a análise da capacidade de carga física e social do território, a análise dos impactos do trânsito de veículos e emissão de CO2 e a avaliação da capacidade de carga para o turismo de sol e praia.

Tanto na região do Vale do Itajaí, como na grande Florianópolis, o mercado de gastronomia também vem expandindo seus domínios para além dos restaurantes tradicionais, atingindo setores como hospitalidade e empreendedorismo. Nas últimas décadas, observa-se o crescente refino do gosto dos consumidores e, com a demanda potencial na área, atividades qualificadoras do mercado de alimentação estão se desenvolvendo, ampliando o horizonte dos profissionais que atuam nessa área. A evolução desse mercado em Santa Catarina deve-se também à crescente profissionalização dos profissionais para atuação na área.

A Univali tem importante participação nesse processo, por meio da atuação do Curso de Gastronomia, o qual tem contribuído objetivamente para a disseminação de uma cultura gastronômica e para a formação e o aperfeiçoamento dos profissionais e dos consumidores do país e da região. Os eventos promovidos pela Universidade ou por entidades da comunidade que desenvolvem parcerias com a Univali, são exemplos da expressiva inserção do curso na região. Os eventos buscam integrar os acadêmicos, almejando a troca de informação e a vivência prática, levando em consideração as características específicas de cada público e a diferenciação do serviço prestado. O Campus

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Balneário Camboriú possui um intenso calendário de eventos internos e parcerias com a comunidade o que possibilita a atuação integrada dos acadêmicos do curso de Gastronomia: Chef Internacional e Pâtissier e Bacharel com os demais cursos, que atuam em áreas afins, do Campus.

Na área da Gestão, a Univali desenvolve projetos de inserção social em todos os seus campi entre os quais se destaca o Projeto Unibem voltado para o desenvolvimento de ações de suporte à gestão de organizações da sociedade civil organizada, seus participantes, trabalhadores e organizações governamentais e não governamentais, buscando a sua autonomia e sustentabilidade. O projeto busca direcionar as organizações conveniadas para uma gestão autônoma e sustentável, a partir do estudo de suas realidades, envolvendo os cursos de Administração e Logística (Campus Itajaí), Marketing e Recursos Humanos (Campus Balneário Camboriú), Administração (Campus Tijucas) e Administração e Ciências Contábeis (Campus Biguaçu).

Desde a implantação do projeto em 2014, cem empresas micro, pequeno e de médio porte e organizações não governamentais, das regiões da Grande Florianópolis, Vale do Rio Tijucas e Vale do Itajaí, participaram do projeto. Nele, a comunidade acadêmica e a sociedade atuam de forma integrada e complementar, aliando teoria, métodos e experiências aplicadas a situações reais do mercado regional. A empresa participante do projeto, conta com um grupo de acadêmicos e professores para apresentar soluções às deficiências organizacionais ou implantar inovações, com a possibilidade, ainda, de identificar grandes talentos na universidade.

Os projetos e as atividades descritas oferecem apenas uma amostra do potencial de participação da Univali no desenvolvimento regional do Vale do Itajaí, notadamente nas áreas de maior relevo do setor econômico. Outros importantes projetos são desenvolvidos em todas as áreas de atuação da Univali, os quais tem papel significativo no reconhecimento da Universidade como uma Instituição de Ensino Superior Comunitária. 2.1.2 Cenário socioeconômico na Grande Florianópolis e no Vale do Rio Tijucas

Em 2015, de acordo com estimativas do IBGE, os 16 municípios da região da Grande Florianópolis16 somavam 1.032.001 habitantes, trazendo consigo influências culturais da colonização açoriana, mais localizada ao litoral, e, em menor proporção, a alemã e a italiana, estabelecidas nos municípios da encosta da serra. A capital, Florianópolis, é responsável por 45,5% da população da região.

Os municípios que compõem essa região destacam-se pelo potencial turístico, composto por importantes balneários e pela exuberante paisagem da encosta da serra. Segundo dados do IBGE, a região registrou em 2012, um PIB de R$ 30,2 bilhões (3° do ranking estadual), o equivalente a 14,1% do estado. Nesse mesmo ano, seu PIB per capita era de R$29.281,03.

16 Compõem a região da Grande Florianópolis os municípios: Águas Mornas, Alfredo Wagner, Angelina, Anitápolis, Antônio Carlos, Biguaçu, Florianópolis, Garopaba, Governador Celso Ramos, Palhoça, Paulo Lopes, Rancho Queimado, Santo Amaro da Imperatriz, São Bonifácio, São José, São Pedro de Alcântara. De acordo com o documento da FIESC – SC em Dados (2015) - a região do Vale do Rio Tijucas também se insere na região da Grande Florianópolis.

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O setor tecnológico em desenvolvimento na região também tem se destacado no cenário brasileiro e mundial. De acordo com estudo do Grupo Economist, Santa Catarina, notadamente Florianópolis ocupa a quarta posição no ranking nacional em Inovação (2013).

Na região, a Univali tem estruturado seis campi, sendo dois em Biguaçu (Centro e Jardim Carandaí), dois em São José (Kobrasol e Sertão do Maruim), um em Florianópolis e um em Tijucas. Os cursos (de graduação e pós-graduação) ofertados nesses campi apresentam atividades de ensino, pesquisa e extensão convergentes com as atividades socioeconômicas dos municípios (Figura 09)

Figura 09 - Principais atividades socioeconômicas da Região da Grande Florianópolis e Vale do Rio Tijucas

Fonte: Adaptado do estudo Santa Catarina em Dados (FIESC, 2015) e da Resolução nº 115/Consun/2013 que trata da estrutura organizacional da Univali. Gerência de Desenvolvimento Institucional, Vice-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, 2016.

Do ponto de vista socioeconômico, no setor primário, o principal destaque da Grande Florianópolis tem sido a maricultura, já que a região é responsável pela maior produção do Estado. Somente em Florianópolis são produzidas cerca de 80% das ostras consumidas no país. A atividade, além de constituir importante fonte de renda para os maricultores tem repercutido positivamente na consolidação de uma identidade gastronômica para a região (FIESC, 2015).

A atividade industrial se desenvolve no entorno da capital, notadamente nos municípios de São José, Palhoça e Biguaçu e também na região do Vale do Rio Tijucas. Essas cidades possuem uma matriz industrial diversificada e com tendência de expansão, seja pelas facilidades logísticas, acesso a mão de obra qualificada ou mesmo por conta das limitações à implantação de indústrias de manufatura pesada na capital. Ainda na indústria, de acordo com a FIESC (2015), há o registro do fortalecimento progressivo do

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segmento de fabricação de produtos eletrônicos e ópticos e o desenvolvimento do polo náutico – que se destaca nacionalmente.

No segmento terciário, Florianópolis aparece como importante polo comercial e de serviços da região, notadamente os vinculados à atividade turística. Neste sentido, é expressivo o número de estabelecimentos de hospedagem na região, além de uma variada gastronomia.

Dentre as tendências de desenvolvimento regional destaca-se o fortalecimento da atividade turística de Florianópolis, o que vem sendo reforçada nos últimos anos pela qualidade de sua infraestrutura e ampla oferta de opções de hospedagem, gastronomia e diversão. A qualidade de vida é outro importante fator de atratividade.

A capital também é reconhecida por seu importante polo tecnológico – crescentemente estimulado pela ampliação de cursos de graduação e pós-graduação na área da Engenharias e pela forte presença de incubadoras tecnológicas e de iniciativas estruturantes (FIESC, 2015).

Outras áreas tecnológicas têm ganhado crescente espaço na região, como é o caso de aplicações no campo da nanotecnologia, biotecnologia, tecnologia da informação e comunicação, eletroeletrônica, farmacologia, saúde e energia. A área de desenvolvimento de jogos, também vem ganhando relevância com iniciativas que buscam o desenvolvimento de um polo na cidade de Florianópolis, dispondo Santa Catarina como o quarto Estado em número de empresas desenvolvedoras de jogos no Brasil.

No campo da inovação tecnológica, a inserção regional da Univali se efetiva por meio da oferta de cursos nas áreas das Engenharias (Campus Sertão do Maruim São José), da Ciência da Computação (Campus Kobrasol São José), do Design e da Arquitetura (Campus Florianópolis). Para tanto, acadêmicos atuam no desenvolvimento de projetos em diversas áreas do conhecimento – na universidade e/ou em empresas parceiras – selecionando e aplicando métodos, técnicas e ferramentas tecnológicas diversificadas para resolver problemas, apresentar soluções eficientes e criativas, identificar tendências e desenvolver novos produtos para nichos de mercado específicos, demonstrando capacidade empreendedora nas suas áreas de atuação.

A inserção regional da Instituição também se visualiza na parceria firmada com o Governo Estadual na execução do Programa Geração TEC – Etapas Itajaí e Grande Florianópolis, voltado a suprir a carência de recursos humanos na área da Tecnologia da Informação e Comunicação por intermédio da qualificação profissional, favorecendo o necessário avanço tecnológico nas áreas de absorção dos concluintes — jovens a partir de 16 anos com interesse na capacitação referida.

Também é relevante a representação da Univali no Programa Catarinense de Inovação (PCI) coordenado pela Secretária de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapesc), a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae/SC). O programa está baseado em três eixos: capacitar pessoas e empreendedores para os desafios do futuro, atrair novos investidores de setores estratégicos e criar hábitats de inovação.

No âmbito da pesquisa, são destaques as atividades do Programa de Pós-Graduação em Administração, tanto na formação de Recursos Humanos, como no

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desenvolvimento de pesquisas de interesse da região. Nesse caso, o projeto de Análise das competências para a sustentabilidade no turismo: um estudo em empreendimentos hoteleiros de Florianópolis/SC e Rio de Janeiro/RJ merece relevo, ao desenvolver uma pesquisa bibliométrica sobre competências para a sustentabilidade, identificando as competências organizacionais e individuais para meios de hospedagem, balizadas pelo Triple Bottom Line, descrevendo o perfil dos meios de hospedagem pesquisados e das suas práticas de sustentabilidade e identificando o nível de implementação dessas práticas, bem como as competências individuais para a sustentabilidade e identificar as estratégias organizacionais adotadas em relação à sustentabilidade.

Para alavancar o desenvolvimento regional, o Programa também desenvolve, por meio do grupo de pesquisas em Tecnologias de Gestão, pesquisas direcionadas à gestão de pequenos negócios, de forma a discutir as estruturas de mercado e de operações, os aspectos financeiros, e o planejamento estratégico, bem como identificar e reconhecer as políticas e os programas de incentivo à criação de pequenos negócios. Entre as principais áreas de estudo do grupo estão: Estratégia e Desempenho Empresarial; Gestão de Operações Logísticas; Supply Chain Management, Lean Manufacturing; Operações de Serviços; Gestão de Custos; Métodos de Prospecção em Ciência, Tecnologia e Inovação.

No campo da inovação tecnológica, o Grupo de Estratégia em Serviços, Inovação e Conhecimento (GESICON) desenvolve pesquisas com foco em inovação, estratégias em serviços e gestão do conhecimento. Os campos empíricos investigados são: empresas desenvolvedoras de softwares, polos tecnológicos, modelos institucionais startups, empreendedorismo internacional, cadeia de serviços, cidades criativas, setor de varejo e oportunidades de negócios por relacionamentos nacionais e internacionais.

Também o curso da Arquitetura e Urbanismo (Campus Florianópolis), por estar localizado em uma região onde o desenvolvimento da atividade turística possui especial relevância, enfatiza os projetos arquitetônicos de equipamentos turísticos, bem como o planejamento e gestão urbana de cidades turísticas estabelecendo parcerias com empresas da área da construção civil e da área do turismo, de forma a envolver seus acadêmicos e professores no desenvolvimento dessa atividade na região.

Em todas as suas regiões de abrangência (Vale do Itajaí e Grande Florianópolis) a Univali, desenvolve importantes projetos de inserção regional no âmbito do desenvolvimento social, da educação e da saúde, os quais se encontram consolidados pelas parcerias com organizações e instituições públicas e privadas. Nas áreas referidas destacam-se as parcerias com Municípios, Estado e instituições públicas federais para a prestação de atendimento à população, formação continuada de recursos humanos e consultorias nas mais diversas áreas do conhecimento.

Atenta ao cenário socioeconômico das regiões e com base nas áreas do conhecimento mantidas na Instituição17, a Univali presta, a diferentes segmentos da

17 Sob a estrutura de Centros, cada qual com infraestrutura física e social condizente com o desenvolvimento qualificado do ensino, da pesquisa e da extensão no seu âmbito: Centro de Ciências da Saúde; Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer; Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão; Centro de Ciências Sociais e Jurídicas; e Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar.

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sociedade, serviços18 técnicos como consultoria jurídica, assessoria em comércio exterior, desenvolvimento de sistemas embarcados, avaliação do teor de flúor da água de abastecimento público e elaboração de planos de desenvolvimento turístico municipais e regionais. Tais serviços procuram suprir demandas localizadas, de acordo com o panorama socioeconômico vigente nas áreas de inserção da Universidade, e se estendem ao território nacional, por meio de parcerias com o Governo Federal.

Na área da saúde, esse ajustamento às demandas regionais pode ser observado no ingresso da Univali nos editais do Programa Nacional de Reorientação Profissional da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde) e do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) e na manutenção do Centro de Especialidades Odontológicas — que é referência para quatro municípios da região. Em parceria com a Secretaria de Saúde de Itajaí, há a Unidade de Saúde Familiar e Comunitária no Campus Itajaí com três equipes de Estratégia de Saúde da Família. Outro destaque é o Serviço de Atenção à Saúde Auditiva, credenciado no Ministério da Saúde como serviço de alta complexidade, que presta atendimento a 53 municípios da Foz, do Médio e do Alto Vale do Itajaí.

Em parceria com o Ministério da Saúde e as Secretarias Estadual e Municipal de Itajaí, a Univali mantém convênio para a implantação do Centro de Especializado em Reabilitação Física e Intelectual — que conta com equipe multidisciplinar e compõe a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, com atendimento a pessoas com deficiência intelectual, especialmente crianças com Transtorno do Espectro do Autismo, e pessoas com deficiência física. O serviço se iniciou em 2014 e recebe pacientes encaminhados pelo Sistema Único de Saúde por meio das Secretarias de Saúde dos municípios da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri) e Balneário Camboriú.

Reconhecido em 2015 com o Prêmio Empresa Cidadã da ADVB/SC, na categoria “Participação Comunitária”, o Projeto Escolhas, criado em 2012, é uma iniciativa voltada para a comunidade, que atende quase mil pessoas por ano. Ele foi concebido e é realizado por professores e acadêmicos dos cursos de Enfermagem, Biomedicina, Farmácia, Medicina, Psicologia e Design Gráfico. O Projeto realiza capacitações sobre prevenção ao uso de drogas à profissionais que atuam com adolescentes, ampliando o conhecimento técnico-científico relacionado ao uso de substâncias psicoativas. Além disso, sensibiliza os profissionais para a identificação de vulnerabilidade e fatores protetores relacionados à dependência química.

O Hospital Infantil Pequeno Anjo, administrado pela Fundação Universidade do Vale do Itajaí desde 2003 representa um dos mais importantes projetos de inserção regional da Instituição no Vale do Itajaí. Ele atende, mensalmente, em média, 4,1 mil crianças provenientes de todos os municípios da Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí (Amfri). Mais de 80% dos atendimentos na Unidade de Saúde são gratuitos para a população e custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Desses, 64,09% são de Itajaí; 11,37% são de Navegantes; 6,1% são de Balneário Camboriú; 4,55% de Camboriú; 2,57% de Penha; 2,45% de Itapema; 1,85% de Ilhota; 1,58% de Piçarras; 0,58% de Luiz Alves; 0,72% de Porto Belo; e 0,53% de Bombinhas (Relatório de Responsabilidade Social da Univali, 2016).

18 As opções de serviços estão no endereço: www.univali.br/servicos

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Além dos projetos citados, na área da saúde os professores e acadêmicos da Univali tem ampla inserção regional por meio da pesquisa e da formação dos profissionais de saúde e da participação na Comissão Permanente de Integração Ensino-Serviço — instituída pela Portaria do Ministério da Saúde nº 1.996 (20 de agosto de 2007) e com atuação nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Luís Alves, Ilhota, Penha, Porto Belo, Bombinhas, Itapema, Navegantes e Camboriú. Cabe às Comissões a responsabilidade de elaborar um plano de ação regional de educação permanente em saúde coerente com os Planos de Saúde Municipal e Estadual relacionados à educação na saúde.

No âmbito da gestão de políticas públicas, a Univali mantém o Programa Observatório de Políticas Públicas, que atua na formação continuada e no assessoramento de lideranças, organizações da sociedade civil e de conselhos municipais. O programa articula a prestação de serviços desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas Sociais, o Núcleo de Estudos Sociais e Políticos e a extensão desenvolvida pela Incubadora Social para ampliar a interação institucional com a comunidade regional.

Por outro lado, a Univali investe na construção da cidadania e nas ações de defesa e promoção dos direitos humanos especialmente por meio do atendimento e da orientação da população nas questões jurídicas, nas áreas civil e criminal, sob a orientação de professores advogados. Essa prática é oferecida nos Escritórios Modelos de Advocacia mantidos em Itajaí, Balneário Camboriú, Tijucas, Biguaçu e São José. Essa prática também ocorre por meio de ações de extensão coordenadas pelo Núcleo de Assessoria Jurídica das Organizações da Sociedade Civil — que presta assessoria a Organizações Não Governamentais, Associações Comunitárias, Associações de Moradores, Centros de Apoio e Interesse Social, Cooperativas, Empreendimentos Solidários e Conselhos Comunitários. Esse Núcleo oferece também cursos sobre associativismo e cooperativismo e executa a avaliação e o monitoramento de políticas públicas com o acompanhamento dos Conselhos Gestores com representação da Instituição.

Na esfera da gestão, a inserção regional da Universidade se efetiva na assessoria prestada a empreendimentos sociais por meio da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares, voltada à promoção da economia solidária e ao desenvolvimento do empreendedorismo voltado à autogestão — ações que viabilizam a inserção em cadeias produtivas locais e regionais, contribuindo para o desenvolvimento sustentável desses empreendimentos nos aspectos econômico, social e ambiental.

Ainda na esfera da gestão se destaca o projeto Univali Faz que envolve todos os cursos da área de Gestão, em todos os campi. O projeto prevê ações comunitárias e mobiliza, por semestre, cerca de 600 alunos Bolsistas do Art. 170 em atividades de cunho comunitário, administrativo e social. O objetivo é possibilitar, aos acadêmicos, a construção de solidariedade e respeito ao outro, em ações de promoção do bem-estar comum, por meio de atividades voluntárias.

Nesta perspectiva, a Instituição promove a capacitação de gestores públicos e lideranças multissetoriais para os desafios das mudanças climáticas e da governança ambiental na região da Foz do Rio Itajaí, atendendo mais de 1,1 mil pessoas e 21 entidades por ano. A capacitação aborda desafios e oportunidades da gestão socioambiental contemporânea, destacando os desafios globais (mudança climática, riscos socioambientais), novas iniciativas e tendências (economia verde e a governança

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ambiental) e sua adaptação à realidade local em questões como a gestão de uso e ocupação do solo.

Além disso, a Univali, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia e as Secretarias de Estado de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis, Brusque e Itajaí, oferece o Curso Superior de Extensão para o Desenvolvimento Regional. Este integra um conjunto de atividades de ensino, pesquisa e extensão voltadas à formação do cidadão, capacitando-o para intervir nas políticas públicas mediante a articulação entre sua formação acadêmica e o desenvolvimento socioeconômico da região.

Na área da educação, a Universidade viabiliza a sua inserção regional empreendendo esforços na formação de professores da Educação Básica — notadamente por meio do Programa de Formação Continuada, realizado em parceria com Prefeituras, do Programa Nacional de Incentivo à Leitura, vinculado à Fundação Biblioteca Nacional, e do Programa de Iniciação à Docência na Educação Básica (Pibid), subsidiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).

O Programa de Iniciação à Docência na Educação Básica promove a qualificação para a docência de estudantes de licenciatura, desde o início de sua formação acadêmica, professores da Educação Básica e do Ensino Superior, incentivando a atuação colegiada destes em escolas públicas de Educação Básica, com incentivos financeiros. Essas atividades estão articuladas ao projeto pedagógico da escola, mobilizando alunos, professores, pais e a comunidade em geral.

O Programa Nacional de Incentivo à Leitura visa à formação de uma rede nacional de encontros regionais de incentivo à leitura e à escrita. São parceiros da Univali neste Programa: a Secretaria Municipal de Educação de Itajaí, a Fundação Cultural de Itajaí, o Serviço Social do Comércio (Sesc) de Itajaí, a Secretaria Municipal Educação de Balneário Camboriú, a Fundação Cultural de Balneário Camboriú, a Secretaria Municipal de Educação de Balneário Piçarras, o Instituto Caracol (Navegantes) e a Biblioteca Pública Municipal e Escolar Norberto Cândido Silveira Junior. Na Instituição, o Programa está organizado nos eixos: Produção de arte e bens simbólicos; e Cultura, educação e cidadania.

Ainda na esfera da Educação Básica, a atuação da Univali se destaca na oferta do Programa de Formação Continuada para professores nas redes de ensino de Itajaí e Navegantes, com ampliação progressiva de participantes, carga horária e temáticas capazes de contemplar todos os segmentos da escola e do currículo.

Para melhorar a infraestrutura urbana e local quanto ao desenvolvimento sustentável dos municípios da sua região de abrangência, a Univali presta assessoria a gestores públicos no processo de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Territorial de municípios da região da Amfri — que abriga as cidades de Balneário Piçarras, Bombinhas, Camboriú, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luís Alves, Navegantes, Penha e Porto Belo —, contemplando as áreas urbana e rural, por meio de princípios metodológicos de planejamento e gestão participativa, visando ao desenvolvimento urbano socialmente inclusivo e sustentável.

A Univali também desenvolve ações de apoio à implantação de Unidades de Conservação, em parceria com diferentes segmentos da sociedade, por meio de reuniões com os Conselhos dos Parques Estadual e municipais, saídas a campo para levantamento e

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mapeamento de recursos hídricos da região, subsídio à implantação, ao planejamento e à gestão dos parques, discussão e recategorização da reserva biológica e indicação de delimitação para os parques.

Várias iniciativas e expressivas premiações atestam a inserção referida. No âmbito da responsabilidade social, a Univali detém, por exemplo, as seguintes certificações: - O Certificado de Responsabilidade Social 2015, concedido em 2016, pela Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina com base na Lei Estadual nº 12.918/2004. Tal certificação (concedida pela quarta vez à Univali) reconhece as empresas e entidades com fins não econômicos que mantém políticas de gestão com ações de responsabilidade socioambiental; - A Certificação do Selo Social de Itajaí 2015, concedida em 2016, pelo Município de Itajaí com base na Lei Municipal nº 5.403/2009, que reconhece as empresas e entidades com fins não econômicos que realizam investimentos nas áreas social e ambiental, tendo como parâmetro os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU) – a Instituição vem sendo certificada com o Selo Social de Itajaí/SC, desde 2007; - A Certificação Selo Social de Balneário Camboriú 2015, concedida no ano de 2016, pelo Instituto Abaçaí, que reconhece as empresas e entidades com fins não econômicos que desenvolveram ações, projetos e iniciativas nas áreas social e ambiental tendo como parâmetro os oito ODM´s preconizados pela ONU – essa foi a primeira edição da certificação em Balneário Camboriú, SC; - A Certificação da Associação Nacional dos Procuradores da República do Ministério Público Federal (ANPR), concedida em 2016 na categoria Responsabilidade Social – a Univali participou a primeira vez da referida premiação e foi finalista, com o projeto Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares.

Nessa esfera, é prudente pontuar que a Instituição empreende, em sua política de responsabilidade social, ações e iniciativas nas seguintes áreas: ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos e igualdade étnica e racial; ações de fomento à memória cultural, à produção artística e ao patrimônio cultural; ações de promoção e defesa do meio ambiente; ações voltadas à inclusão social; ações voltadas ao desenvolvimento econômico e social e ações voltadas à valorização do seu capital social, todas devidamente registradas em seu Relatório de Responsabilidade Social 201519.

Em resumo, a Univali, conforme detalha no Plano de Desenvolvimento Institucional, prospecta a consolidação da sua identidade como Instituição Comunitária, característica esta que acompanha a sua criação, e a reconhecida inserção no desenvolvimento econômico, tecnológico e cultural na sua área de abrangência, assim como o fortalecimento do seu trabalho no contexto do ensino superior brasileiro.

2.2 Princípios filosóficos e técnico-metodológicos norteadores das práticas acadêmicas

A Univali fundamenta seu compromisso com a produção da ciência e com a universalização do saber em todas as áreas do conhecimento tendo como objetivo geral,

19 A versão digital pode ser conferida em: http://www.univali.br/institucional/balanco-social.

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conforme dispõe o Art. 2º do seu Estatuto, promover o desenvolvimento da filosofia, da cultura, da educação, da ciência, da tecnologia, das letras e das artes, visando ao bem-estar e à valorização do homem.

Para alcançar esse objetivo, a Instituição norteia as ações que daí decorrem, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, desenvolvendo um processo educacional que considera a realidade histórico-cultural na formação do acadêmico, possibilitando que este expresse sua criatividade e exerça sistematicamente a crítica da realidade na qual se insere e a autocrítica da sua atuação no mundo. O processo educacional na Univali está sustentado em uma ação pedagógica20 dinâmica, baseada no diálogo, compartilhada e construída com base na vivência e na interação dos sujeitos da aprendizagem com a cultura.

A formação pessoal e profissional promovida pela Univali, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, nos diversos campos do conhecimento considera a contextualização histórica e as transformações culturais e tecnológicas orientadas às necessidades sociais e aos objetivos de desenvolvimento da sociedade. Todavia, assume que cabe à Universidade o trabalho de orientar seus acadêmicos no esforço de interpretação, no exercício da crítica e contextualização desses “referentes culturais” em benefício da formação.

O modus faciendi dessa mediação cultural, pelo trabalho dos professores e pesquisadores, dá-se por meio do trabalho de provimento aos alunos dos meios de aquisição de conceitos científicos e de desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas, dois elementos da aprendizagem interligados e indissociáveis (LIBÂNEO, 2004).

Neste sentido, construir conhecimentos implica uma ação compartilhada, um processo de interação social pelos sujeitos desse ato — prática que sugere o redimensionamento do valor das interações professor-aluno no contexto acadêmico e compreende:

– O diálogo, a cooperação, a troca de informações, o confronto de pontos de vista divergentes;

– Atividades que correspondam a aprendizagens21 relevantes para solucionar os problemas, enfrentar dilemas, tomar decisões, formular estratégias de ação, as quais enfrentarão como profissionais e cidadãos;

– A troca de repertórios, as diferentes visões de mundo, o desenvolvimento da ajuda mútua e a ampliação de capacidades individuais;

– Estudos complementares, monitorias, atendimentos adicionais, atividades optativas, instruções escritas que facilitem a apropriação/produção do conhecimento.

No ato pedagógico, constituído pelo processo de ensinar e aprender, esse contexto não pode ser negligenciado. Ele requer

20 A ação pedagógica baseia-se no diálogo e na ética comunicacional, direcionando-se para a tomada de consciência do ato de aprender e de ensinar. Este pressupõe uma postura de investigação e de autorregulação da aprendizagem por parte do aluno e do professor em face do conhecimento e do domínio dos modos de sua produção.

21 A construção das aprendizagens se realiza num percurso de crescente complexidade.

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[...] a realização de estudos voltados para o entendimento dos processos de construção da aprendizagem e de incentivar os estudantes universitários a explicitar os próprios processos de aprendizagem, focando a auto-regulação da atenção, da memória e do planejamento da ação de aprendizagem e a atribuição de sentidos para o conteúdo, processos essenciais na construção de aprendizagens significativas. (OLIVEIRA, 2004, p. 11).

O acompanhamento sistemático do processo de aprendizagem22 implica descrever, notificar e interpretar os erros e os acertos do processo, de modo que seja possível, se necessário, criar situações capazes de reorientar os alunos e redimensionar sua própria prática. Assim, a Instituição, seus docentes e acadêmicos são responsáveis pela implementação de condições apropriadas para a aprendizagem23. Este processo compreende que a educação é uma prática constituída e constituinte das relações sociais e, enquanto tal, vai se efetuar de forma contínua ao longo da vida.

Transformar a prática docente sob a inspiração de tais concepções é ação coletiva. A compreensão, a sistematização e a assimilação de um conhecimento somente têm valor se promoverem alteração na conduta do educador e do educando. Uma nova forma de pensar deve gerar novas formas de agir e de sentir. Sendo assim, convém compreender a necessidade de organização do trabalho pedagógico como prática concreta. Gestores, professores e acadêmicos realizam essas concepções ao implementá-las nos projetos pedagógicos e efetivá-las no cotidiano da universidade.

Os princípios24 constituem a base de referência para o trabalho educativo, pois orientam as ações em todas as suas etapas de realização — da concepção de ensino ao uso dos resultados das avaliações. Neste contexto, o Projeto Pedagógico Institucional norteia-se pelos seguintes princípios:

- Excelência na produção técnica e científica;

- Excelência no processo de ensino/aprendizagem nos diferentes níveis de ensino;

- Interação com a comunidade local e regional;

- Integração dos processos de gestão administrativa, acadêmica e pedagógica.

2.3 Políticas de ensino

As atividades de ensino — da Educação Básica à educação superior e nas diversas modalidades acadêmicas —, em articulação com a pesquisa, a extensão e a cultura, constituem o eixo do planejamento da Instituição orientado pelas diretrizes de ensino registradas no Projeto Pedagógico Institucional (PPI).

22 A avaliação formativa permite o acompanhamento passo a passo da aprendizagem. 23 Alunos diferentes exigem procedimentos diferenciados e alternativas de aprendizagem. 24 Princípio é a origem de algo, de uma ação ou de um conhecimento. Apresenta uma razão que orienta as decisões, que aponta para uma direção; não exige, porém, uma decisão específica no sentido apontado. Para tornar efetivos os ideais e os propósitos da Universidade expressos em seus princípios, é indispensável examiná-los e compreendê-los.

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2.3.1 Educação Básica

A Univali cumpre seu papel fundamental na área da educação à medida que abre espaço para a Educação Básica, em seus Colégios de Aplicação — em Itajaí, Tijucas e Balneário Camboriú —, cuja proposta educacional está centrada na inovação para a formação de crianças e jovens com autonomia e conhecimentos voltados ao exercício da cidadania plena. A razão de ser dos Colégios de Aplicação é a formação de seus alunos com vistas ao desenvolvimento de competências por meio de um ensino que tem como base a interdisciplinaridade, a problematização e a contextualização dos componentes escolares.

Articulando os quatro princípios básicos da Univali e os explicitados na Lei 9.394/96, o processo de ensino da Educação Básica dos Colégios de Aplicação norteia-se pelos princípios da solidariedade, da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, de modo inovador, a cultura, o pensamento, a arte e o saber; do pluralismo de ideias; do apreço à tolerância; da valorização da experiência cotidiana e da vinculação entre a educação escolar, o mundo do trabalho e as práticas sociais.

Neste contexto, a proposta pedagógica para a Educação Infantil na Univali, voltada para o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças de 2 a 6 anos, privilegia situações-problema que possibilitam à criança a construção da sua identidade, a autonomia e a apropriação do conhecimento por meio de atividades dinâmicas, socializadoras e criativas.

O Ensino Fundamental tem como objetivo o desenvolvimento da aprendizagem crítico-reflexiva, da investigação, da problematização do conteúdo curricular e da participação consciente na sociedade.

No Ensino Médio, as atividades de aprendizagem são elaboradas a partir da perspectiva de preparar para a vida, possibilitando ao aprendiz a apropriação de conhecimentos e competências. Assim, a ação investigativa dos alunos amplia-se progressivamente das questões do conteúdo escolar à inserção no mundo do trabalho e à plena atuação na vida cidadã.

Desde 2015, reorganiza-se o tempo da jornada escolar e a proposta pedagógica no Ensino Fundamental e Médio nos Colégios de Aplicação na perspectiva de uma escola de formação integral. Uma formação integral do cidadão supõe considerar e reconhecer o ser humano como sujeito que produz, por meio do trabalho, as condições de (re) produção da vida, modificando os lugares e os territórios de viver, revelando relações sociais, políticas, econômicas, culturais e socioambientais.

2.3.2 Ensino de graduação e sequenciais

A Univali desenvolve, acompanha e avalia as diretrizes definidas no Projeto Pedagógico Institucional (PPI) na perspectiva do constante aprimoramento da qualidade do ensino.

Os cursos de graduação têm como propósito a formação de nível superior — contínua, autônoma e permanente — fundamentada na competência teórico-prática, segundo um perfil de cidadão/profissional capaz de recriar-se em face de novas demandas, com visão sistêmica, capacidade crítica e envolvimento ativo com o conhecimento e com as práticas sociais, de modo a interagir os múltiplos cenários que configuram o contexto de sua profissão.

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Os cursos sequenciais qualificam profissionais de nível superior, atuam na complementação de estudos, na atualização de conhecimentos em diferentes campos do saber e no aprimoramento de técnicas profissionais. A oferta dessa modalidade de ensino se efetiva em parceria com organizações governamentais, instituições de classe e outras.

Na dinâmica da organização do ensino na Univali busca-se fortalecer os programas implementados e a formação continuada dos professores, consolidar a política de qualificação do Capital Social, assegurar os processos internos e externos de avaliação planejando ações corretivas de melhoria de resultados, otimizar a cadeia de processos administrativos e acadêmicos, consolidar a política de internacionalização nos cursos de graduação.

No âmbito das suas ações, a Universidade tem procurado implantar mudanças nos seus programas, projetos e cursos, políticas de revisão do sistema de ingresso e apoio aos estudos do acadêmico, com criação de mecanismos para progressão e aproveitamento dos estudos e modelos curriculares inovadores com maior flexibilidade, permitindo uma formação acadêmica por área.

As características de flexibilidade, interdisciplinaridade, articulação teoria-prática, acessibilidade pedagógica e atitudinal sobre as quais se assenta a estrutura curricular estão expressas em métodos e processos de ensino-aprendizagem diversificados, que reconhecem a coexistência de variados perfis de estudantes, com capacidades distintas entre si.

O processo ensino-aprendizagem na Univali adota a cultura da avaliação formativa, que busca auxiliar o ensino e orientar a aprendizagem, conforme procedimentos estabelecidos no Regimento Geral da Universidade. A avaliação neste paradigma é concebida como um processo mediador na construção do currículo, intimamente ligada à gestão da aprendizagem dos alunos e tem como objetivos: esclarecer acadêmicos e professores sobre o processo de aprendizagem em ação; privilegiar a autorregulação do processo ensino/aprendizagem; diversificar a prática pedagógica; explicitar o que se espera construir e desenvolver por meio do ensino; tornar os dispositivos e critérios de avaliação transparentes; e ampliar o campo de observação dos avanços e progressos do aluno pelo uso de variados instrumentos, procedimentos e critérios de avaliação.

Esses objetivos se viabilizam nas normas regimentais vigentes e por meio da transparência dos instrumentos e critérios de avaliação divulgados no Plano de Ensino, da publicação periódica das médias parciais, da diversificação dos instrumentos e da devolução, discussão e análise dos resultados com os acadêmicos.

Ao assumir a concepção da avaliação formativa, a Instituição busca qualidade de ensino por meio da interação ensino/aprendizagem/avaliação. O atual sistema resulta do compromisso da Universidade e de seus professores em promover uma avaliação capaz de possibilitar aos alunos a construção de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades e atitudes.

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2.3.3 Ensino de pós-graduação

2.3.3.1 Pós-Graduação Stricto Sensu

Na área da pós-graduação, a Univali forma recursos humanos capacitados para compor o próprio quadro funcional e docente e suprir os diversos setores do mercado de trabalho, incluindo o educacional. Para isso, ao definir a oferta, tem o compromisso de satisfazer às exigências da sociedade e dos segmentos produtivos da região e do país, observando a concentração de recursos humanos e materiais para a docência, disponíveis na Instituição.

A Instituição mantém programas de pós-graduação stricto sensu — com cursos de mestrado (acadêmicos e profissionais) e de doutorado recomendados pela CAPES/MEC —, contribuindo para a formação de docentes e pesquisadores de alto nível, em consonância com as políticas nacionais de Educação. A consolidação dos cursos tem propiciado também a implementação de parcerias nacionais e internacionais, com intercâmbio efetivo de professores e alunos e consequente aumento da produção científica de qualidade.

Quanto às metas e às respectivas estratégias previstas no Plano Nacional de Educação que, direta ou indiretamente, dizem respeito aos seus programas de pós-graduação, a política de ensino de pós-graduação da Univali tem sua atenção voltada para as seguintes diretrizes:

– Articulação entre os programas de pós-graduação lato e stricto sensu e os cursos de formação de professores para a educação infantil e a Educação Básica;

– Consolidação e ampliação de programas e ações de incentivo à mobilidade estudantil e docente.

– Apoio à pesquisa institucionalizada pelos programas de pós-graduação stricto sensu para elevar o padrão de qualidade da produção acadêmica e da Universidade;

– Incentivo e/ou consolidação de programas, projetos e ações que objetivem a internacionalização da pesquisa e da pós-graduação da Univali;

– Consolidação dos programas de pós-graduação Stricto Sensu existentes com a oferta de cursos de doutorado;

– Fomento à formação de redes de pesquisa disciplinares e interdisciplinares;

– Fomento à produção científica;

– Ampliação da atuação de doutores na Univali;

– Fomento aos processos de melhoria dos resultados da avaliação interna e externa de cursos de pós-graduação.

Para tanto, a Instituição mantém os seguintes programas de apoio à pós-graduação:

- Apoio à qualificação docente — com o objetivo de qualificar seu corpo docente, a Univali concede bolsas de estudo aos professores para realização de mestrado e/ou doutorado em programas recomendados pela Capes por meio da Resolução nº 007/CAS/2013. Essa Resolução prevê desconto de 35 a 55% nas mensalidades dos professores que estudam na própria Universidade. Além disso, periodicamente, editais institucionais são publicados internamente para atender à demanda de professores que cursam mestrado e/ou doutorado também recomendados pela Capes em outras Instituições, a exemplo dos editais nº 001/Proppec-Proen/2012, nº 002/Proppec-Proen/2012 e nº 002/Proppec -

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Proen/2012 (Programa de Apoio à Titulação Docente), possibilitando apoio com carga horária docente e ajuda para custeio.

- Apoio ao estágio de pós-doutorado — com o objetivo de apoiar e qualificar seus docentes, a Univali prevê, por meio da Resolução nº 011/CAS/2008, o estágio pós-doutoral, que pode ser realizado por professores vinculados aos cursos de mestrado ou doutorado da Instituição, inseridos como docentes permanentes ou categoria similar estabelecida pela Capes/MEC – pelo estágio pós-doutoral, possibilitam-se: o intercâmbio acadêmico, contribuindo para o desenvolvimento científico e tecnológico; a possibilidade de consolidação e atualização de conhecimentos e/ou reorientação de linhas de pesquisa por meio de investigações realizadas em conjunto com grupos de pesquisa consolidados; o aumento da produção científica dos cursos e do programa nos quais o professor está inserido de modo permanente; estabelecimento de novas parcerias e redes de pesquisa.

No Quadro 01, relacionam-se os programas de pós-graduação stricto sensu da Univali, reconhecidos e recomendados pela Capes, com suas respectivas áreas e linhas de pesquisa e conceitos.

Quadro 01 - Áreas de concentração e linhas de pesquisa dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu da Univali, 2016

Modalidade Conceito Área concentração Linhas de pesquisa

Mestrado Profissional em Gestão de Políticas Públicas

3

Gestão de Políticas Públicas: Instituições Cultura e Sustentabilidade

Dinâmicas Institucionais das Políticas Públicas Políticas Públicas: aspectos socioculturais, territorialidade e sustentabilidade ambiental

Mestrado Profissional em Saúde e Gestão do Trabalho

3 Saúde da Família

Saúde da Família na perspectiva interdisciplinar Educação na Saúde e Gestão do Trabalho na perspectiva interdisciplinar

Mestrado Acadêmico em Computação Aplicada

4 Computação Aplicada Engenharia de Software Inteligência Aplicada Sistemas Embarcados e Distribuídos

Mestrado Acadêmico em Administração

5 Estratégia, Gestão e Sociedade

Estratégia nas Organizações Tecnologias de Gestão Sustentabilidade, Organizações e Sociedade

Doutorado em Administração

5 Estratégia, Gestão e Sociedade

Estratégia nas Organizações Tecnologias de Gestão Sustentabilidade, Organizações e Sociedade

Mestrado Acadêmico em Educação

4 Educação Práticas Docentes e Formação Profissional Políticas para a Educação Básica e Superior Cultura, Tecnologia e Aprendizagem

Doutorado em Educação

4 Educação Práticas Docentes e Formação Profissional Políticas para Educação Básica e Superior Cultura, Tecnologia e Aprendizagem

Mestrado Acadêmico em Ciências Farmacêuticas

4 Produtos Naturais e Substâncias Bioativas

Pesquisa e Desenvolvimento de Ensaios Analíticos, Insumos e Medicamentos Fitoquímica e Atividade Biológica

Doutorado em Ciências Farmacêuticas

4 Produtos Naturais e Substâncias Bioativas

Pesquisa e Desenvolvimento de Ensaios Analíticos, Insumos e Medicamentos Fitoquímica e Atividade Biológica

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Modalidade Conceito Área concentração Linhas de pesquisa

Mestrado Acadêmico em Ciência Jurídica

5 Fundamentos do Direito Positivo

Constitucionalismo e Produção do Direito; Direito e Jurisdição; Direito Ambiental, Transnacionalidade e Sustentabilidade; Direito, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.

Doutorado em Ciência Jurídica

5 Constitucionalismo, Transnacionalidade e Produção do Direito

Principiologia Constitucional e Política do Direito Estado e Transnacionalidade e Sustentabilidade.

Mestrado Acadêmico em Ciência e Tecnologia Ambiental

4 Ciências Ambientais Tecnologia e Gestão Ambiental Ecossistemas Aquáticos

Doutorado em Ciência e Tecnologia Ambiental

4 Ciências Ambientais Tecnologia e Gestão Ambiental Ecossistemas Aquáticos

Mestrado Acadêmico em Turismo e Hotelaria

5 Planejamento e Gestão do Turismo e da Hotelaria

Planejamento do Destino Turístico Gestão das Empresas de Turismo

Doutorado em Turismo e Hotelaria

5 Planejamento e Gestão do Turismo e da Hotelaria

Planejamento do Destino Turístico Gestão das Empresas de Turismo

Mestrado Profissional em Administração – Gestão, Logística e Internacionalização

3

Geral: Administração. Específica: gestão, internacionalização e logística

Gestão Empresarial e Internacionalização e Logística

Fonte: Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, 2016.

Além destes Programas, há também oferta de cursos de pós-graduação stricto

sensu avaliados pela Capes com conceito 5 em regiões que se encontram fora dos centros consolidados em ensino e pesquisa, ampliando assim a formação de mestres e doutores no país. Desde 2015, encontram-se em funcionamento o Mestrado Interinstitucional em Administração, na Faculdade Luciano Feijão, no Ceará, e o Doutorado Interinstitucional em Ciência Jurídica, na Faculdade Católica de Rondônia — os quais foram aprovados pela Capes no final de 2014. Nesta modalidade, a Univali já ofereceu o Mestrado Interinstitucional em Turismo e Hotelaria, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão; e em Ciência Jurídica, na Faculdade Guarapuava no Paraná, ambos já encerrados.

Buscando a compatibilidade entre os objetivos e as linhas de pesquisa dos programas, a Univali, seguindo as diretrizes da Capes em relação aos critérios de organicidade dos programas, orienta, por meio das coordenações dos cursos stricto sensu, que as pesquisas sejam organizadas segundo os objetivos dos grupos de pesquisa e das suas linhas. Essa afinidade gera, consequentemente, a compatibilidade da produção intelectual com os objetivos e com as linhas dos programas. Esta, por sua vez, é acompanhada pela coordenação dos programas e da Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, via Curriculum Lattes, Sistema de Avaliação da Produção Institucional (Sapi) e Coleta Capes (plataforma Sucupira) na perspectiva de analisar a evidência ou não dessa compatibilidade e, em face dela, orientar a tomada de decisões.

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Nos últimos triênios 2007-2009 e 2010-201225 de avaliação dos Programas pela Capes, o principal indicador de avaliação de excelência tem sido a produção científica permanente veiculada tanto em periódicos indexados quanto em livros, principal forma de expressão das áreas no âmbito nacional e internacional. A ênfase avaliativa sobre os produtos – basicamente, a produção bibliográfica qualificada – indica a expectativa de ampla divulgação dos resultados de pesquisa instalada. Com um modelo de pós-graduação voltada à pesquisa, a produção bibliográfica permanente ganha importância e se justifica como indicador de avaliação.

Neste sentido, no período de 2012 a 2016, os docentes dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu da Univali apresentaram a seguinte produção intelectual, demonstrada na Tabela 01.

Tabela 01– Produção intelectual docente nos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu, Univali, 2012-2016

Ano Artigos Publicados Em

Periódicos Indexados Trabalhos em Anais Livros e Capítulos

2012 300 332 150

2013 401 273 195

2014 226 181 145

2015 343 353 199

2016 320 253 235

Total 1.590 1.392 924

Fonte: Gerência de Pós-Graduação e Pesquisa/Vice-Reitoria de Pós-Graduação/2016.

A produção apresentada evidencia não somente o quanto se produziu de pesquisas na pós-graduação stricto sensu, mas aponta para as possibilidades de visibilidade do pesquisador e da universidade, especialmente porque, vinculada a ela, encontra-se a qualidade do veículo de divulgação. Somente é possível saber da produção científica quando ela é publicada. É quando ela se torna fecunda, quando se expõe a críticas e quando pode influenciar leitores e levá-los a citá-la em suas próprias pesquisas. Publicar é então o meio de difundir a produção dos programas de pós-graduação da instituição, de socializá-la, de torná-la disponível à sociedade, de perpetuar a ciência.

2.3.3.2 Pós-Graduação Lato Sensu

Em atendimento às estratégias institucionais, os cursos de pós-graduação lato sensu são ofertados semestralmente, vinculados às áreas de atuação dos cursos de graduação, mestrados e doutorados.

Para ofertá-los, os professores e/ou coordenadores de Cursos, em consonância com os projetos pedagógicos de curso e com as metas projetadas no PDI, apresentam seus projetos ao Colegiado de Curso e Colegiado de Centro. Tais propostas se baseiam na vocação dos cursos de graduação a que estão vinculados e nas necessidades do mercado de trabalho, que é o foco desta modalidade de ensino. Estando estes aprovados, o Diretor

25 A partir de 2014, por meio da Resolução Nº 05, de 11 de dezembro de 2014, a avaliação dos Programas passou a ser realizada abrangendo o período avaliativo de quatro anos (quadriênio). A primeira avaliação quadrienal da Capes será realizada no decorrer do ano de 2017.

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de Centro os encaminha à Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura que, por sua vez, analisa e atendendo aos critérios exigidos, submete-os à avaliação na Câmara de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Cultura (Cappec) e, caso aprovado, submete-os para homologação do Conselho Universitário (Consun).

Trata-se de cursos cuja carga horária concentra-se entre 360 e 400 horas e são oferecidos em dias de semana e/ou nos finais de semana — sextas-feiras e sábados. O Capítulo 3 detalha a projeção dos cursos para oferta no período 2017-2021.

2.3.4 Educação a Distância

A Educação a Distância da Univali, ao combinar a tecnologia e a flexibilidade, tem à disposição a estrutura de uma grande universidade, com suas bibliotecas e laboratórios, contando com materiais didáticos de qualidade, ambiente virtual de aprendizagem e vídeoaulas geradas a partir de estúdios equipados com tecnologia atualizada. Para tanto, conta com as seguintes diretrizes: - Desenvolvimento de produtos e serviços que atendam às demandas sociais e possibilitem a produção e socialização do conhecimento; - Ampliação de parcerias internas e externas para a oferta de cursos e serviços em educação a distância; - Consolidação de uma cultura de utilização de tecnologias de informação e comunicação em todos os âmbitos da comunidade acadêmica; - Adequação e aplicação de tecnologias de informação e comunicação como suporte aos projetos em Educação a Distância; - Formação continuada do corpo de docentes e técnico-administrativos para atuação na modalidade Educação a Distância, em todos os níveis de ensino da Instituição; - Adequação e aprimoramento dos processos administrativos e acadêmicos da instituição para atendimento às especificidades da Educação a Distância; - Qualificação permanente dos processos pedagógicos na modalidade Educação a Distância.

O modelo de educação a distância projetado para os cursos de educação superior da Univali segue um desenho híbrido, ou seja: - A disponibilização de videoaulas em ambiente virtual, em conjunto com o uso de materiais impressos, mostra características do modelo multimídia. O formato das videoaulas com os professores falando diretamente aos alunos, com acompanhamento de um professor para cada disciplina, remete ao modelo de Educação a Distância como sala de aula tecnologicamente estendida. E, finalmente, formando uma tríade de apoio ao aluno, prevê uso de um ambiente virtual de aprendizagem, configurando-se o modelo de Educação a Distância em rede. - A coerência entre o modelo de Educação a Distância apresentado pelo projeto pedagógico do curso e o modelo consolidado nas práticas institucionais é resultado dos investimentos em estrutura e na qualificação dos profissionais envolvidos na execução.

No que diz respeito à estrutura, foram efetivamente construídos e implantados na própria instituição estúdios para produção de materiais audiovisuais e ambiente virtual de aprendizagem, além disso, toda uma estrutura direcionada para a produção de material didático impresso de qualidade, tais como equipe qualificada e laboratórios de produção gráfica.

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No que envolve a organização didático-pedagógica da modalidade, é importante registrar que a tutoria é desempenhada por professores especialistas na área de conhecimento da disciplina, selecionados por edital, que acompanham o progresso do aluno e as dificuldades, presencialmente ou por meio do ambiente virtual de aprendizagem Sophia. Para tanto, a tutoria a distância obedece aos seguintes critérios: - Carga horária e respectivo número de créditos da disciplina, pelo atendimento a turmas formadas por até cem alunos; - Acréscimo de 1 hora/aula a cada 25 alunos, ultrapassado o limite de cem alunos; - O desdobramento de turmas será realizado quando o número de alunos efetivamente matriculados ultrapassar 150, utilizando-se a tolerância de até mais 10 alunos.

O professor que desempenha o papel de tutor a distância poderá registrar, no máximo, 300 alunos na modalidade a distância, podendo assumir até três disciplinas de uma mesma turma.

O projeto pedagógico do curso detalha a metodologia de outros encontros presenciais, além dos obrigatórios previstos. Essas atividades são realizadas nos polos de apoio presencial selecionados para cada curso.

Em consonância com a sistemática geral de avaliação no processo ensino-aprendizagem da Univali, a avaliação da aprendizagem na modalidade Educação a Distância, o registro da frequência e os processos acadêmicos seguem o disposto no Regimento Geral da Instituição.

A Avaliação Presencial (AP) é uma avaliação obrigatória que o aluno realiza de forma presencial ao final da disciplina. Há uma avaliação presencial para cada disciplina do curso. As Avaliações Presenciais são obrigatoriamente compostas por cinco questões discursivas e realizadas ao final da disciplina. Essa avaliação é organizada pelo professor que desempenha o papel de tutor a distância da disciplina.

As Avaliações a Distância (AD) também são obrigatórias. O aluno desenvolve durante a disciplina no ambiente virtual da disciplina. Em cada disciplina, são realizadas duas atividades de avaliação a distância compostas por questões objetivas e discursivas. Para a realização das avaliações, é utilizada a ferramenta Questionários do ambiente Sophia. Essa avaliação é elaborada pelo professor que desempenha o papel de tutor a distância da disciplina. O projeto pedagógico do curso estabelece, com clareza, a metodologia adotada para o desenvolvimento dessas avaliações, que deverão ser associadas a uma ferramenta de controle no ambiente virtual da disciplina.

As notas das avaliações a distância (AD1 e AD2) são publicadas quando transcorridos, aproximadamente, 1/3 e 2/3 da disciplina, no Sistema Acadêmico. Todas as avaliações são corrigidas e comentadas pelo professor da disciplina. Já a média final (MF) para aprovação em cada disciplina se dá pela média das duas avaliações: Avaliação a Distância (AD) + Avaliação Presencial (AP), sendo que a nota da AD será a média simples das duas atividades de avaliação a distância.

Os pesos das referidas avaliações estão assim distribuídos: - Avaliação Presencial: 50%; - Médias das Avaliações a Distância: 50%. A média para aprovação em cada disciplina deverá ser igual ou superior a 6 (seis).

A frequência aos encontros presenciais previstos é obrigatória, sendo vedado o abono de faltas, ressalvadas as determinações legais, mediante processo de justificativa de faltas.

No caso de falta às avaliações presenciais, o aluno pode requerer prova de 2ª chamada, que será aplicada ao final do semestre. A solicitação para realizar 2ª chamada de

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AP deve ser feita mediante processo, com fundamentação objetiva justificando a ausência. São aceitos como justificativa os casos previstos em legislação específica; outras ocorrências devidamente comprovadas ficarão sujeitas à análise e deferimento da coordenação de curso. As avaliações das disciplinas de estágio e trabalhos de conclusão de curso são normatizadas em documento próprio.

Além de cursos de graduação na modalidade a distância, a instituição oferta disciplinas a distância nos cursos de graduação presencial, conforme preveem os seus projetos pedagógicos. As disciplinas a distância se caracterizam pela apresentação de um plano de ensino, previamente aprovado pela coordenação do curso, com mediação de recursos didáticos organizados em diferentes suportes de informação que utilizam recursos da modalidade a distância conforme determinam a Portaria MEC nº 1.134, de 10 de outubro de 2016 e Resolução nº 014/Consun/2015. Sob tais determinações, há a oferta de disciplinas com, no mínimo, cinco e, no máximo, nove encontros presenciais.

A carga horária cumprida a distância pelos alunos varia entre 50% e 70% da carga horária total de cada disciplina cursada nesta modalidade, observado o limite de 20% da carga horária total do curso, conforme dispõe legislação do MEC. Nos encontros presenciais, além de atividades de discussão e revisão, são realizadas, obrigatoriamente, pelo menos, três avaliações distribuídas ao longo do semestre. A frequência dos alunos aos encontros presenciais é registrada em formulário próprio. São exigidos, no mínimo, 75% de presença nos encontros presenciais.

Para a organização dessas disciplinas, são obrigatórios: - No mínimo cinco encontros presenciais destinados à realização das avaliações e de outras atividades; - Postagem de cronograma com a descrição das atividades presenciais e a distância; - Elaboração de um Plano de Estudo de acordo com o modelo proposto pela Coordenação de Educação a Distância.

Para o desenvolvimento das atividades de ensino e aprendizagem nas disciplinas a distância, são oferecidas oficinas de formação específicas aos professores. Professores e alunos dispõem do ambiente virtual Sophia (baseado no Moodle) e de materiais e planejamento voltados às especificidades da modalidade a distância. O ambiente virtual Sophia é integrado ao Sistema de Controle Acadêmico e ao Portal do Aluno na internet/intranet.

As diversificadas estratégias definidas pelos professores dos cursos nos seus planos de ensino, as videoaulas, a interação mediante uso do ambiente virtual de aprendizagem e diferentes mídias, os fóruns, a discussão de textos e os estágios, entre outras atividades, viabilizam aprendizagens que alternam o trabalho individual com o de grupo, assim como uma abordagem pedagógica dialética voltada à melhoria do desempenho dos alunos.

2.4 Organização didático-pedagógica da Instituição

A Univali tem sua organização estruturada para a oferta de cursos nos níveis da Educação Básica (nos seus três Colégios de Aplicação) e superior. A educação superior está organizada para oferta de cursos de graduação — superiores de tecnologia, licenciaturas e

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bacharelados —, nas modalidades presencial e a distância, e de pós-graduação — lato e stricto sensu, por meio de seus Centros e Núcleo26.

O planejamento destes níveis e modalidades de ensino é coordenado pela Vice-Reitoria de Graduação, pela Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura e pela Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional. Este toma como referenciais organizadores a LDBEN 9394/96, o Decreto 5773/06 — que dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de Instituições de Educação Superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino – e as Diretrizes Curriculares Nacionais e outras normativas do Ministério da Educação (MEC) e do Conselho Nacional de Educação (CNE), além das diretrizes estabelecidas no Estatuto da Fundação Univali e no Regimento Geral da Universidade.

A organização didático-pedagógica da educação superior está definida em Centros, distribuídos por grandes áreas do conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas – Gestão e Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer; Ciências Jurídicas; Ciências da Saúde; Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar; e Licenciaturas. Desta organização, decorrem a criação e a implantação dos cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação, que, no seu desenvolvimento e manutenção, contam com colegiados específicos por curso, Núcleos Docentes Estruturantes e Colegiados de Centro articulados aos Órgãos superiores da Universidade e da Fundação Univali.

Nos colégios contempla-se a oferta da educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, norteada pelos princípios da solidariedade; da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar; da divulgação da cultura, do pensamento, da arte e o do saber; do pluralismo de ideias; do apreço à tolerância; da valorização da experiência cotidiana; da vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais; a articulação entre Educação Básica e ensino superior como fonte de desenvolvimento.

As diretrizes que norteiam o Projeto Pedagógico Institucional da Univali e seu PDI orientam os projetos pedagógicos dos cursos de graduação e dos colégios, os quais apresentam na sua estrutura: a concepção orientadora do curso, os objetivos, a organização curricular, a sistemática de estágios obrigatórios e não obrigatórios, as atividades de iniciação científica e as complementares, as atividades teórico-práticas, as formas de interação entre ensino-pesquisa-extensão, os processos de avaliação da aprendizagem, autoavaliação e avaliação externa, o perfil do corpo docente, discente e técnico-administrativo, a estrutura física e tecnológica de funcionamento do curso e o planejamento de curso articulado ao PDI e ao Planejamento Estratégico Institucional (PE).

A matriz curricular dos cursos está organizada de forma a que todos os créditos (com unidade equivalente a 15 horas cada) possam ser obtidos dentro de um conjunto de períodos letivos (semestrais), previamente estabelecidos de acordo com a legislação em vigor. Esta define o corpo de disciplinas, organizado a partir de um desenho matricial convergente, coerente e ordenado, considerando o perfil de formação desejado, os níveis

26 Como apresentado no Capítulo 1, a Univali tem os Centros e o Núcleo organizados por áreas do conhecimento, sendo eles: Centro de Ciências Sociais e Aplicadas – Gestão (Ceciesa Gestão), Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação Turismo e Lazer (Ceciesa CTL), Centro de Ciências Sociais e Jurídicas (Cejurps), Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar), Centro de Ciências da Saúde (CCS) e Núcleo das Licenciaturas (NL).

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de flexibilização e integralização curricular e a carga horária total e por disciplina. Esta organização curricular é construída, avaliada e periodicamente atualizada e/ou reformulada (a partir de um período superior a dois anos de funcionamento) com a participação do corpo docente e discente, de modo a responder às necessidades de cada área de formação, em atenção às mudanças no mundo do trabalho, na sociedade e, consequentemente, nos perfis profissionais.

As disciplinas configuram-se como um conjunto de conteúdos selecionados a partir de um campo definido de conhecimento, organizados em ementas correspondentes a um programa a ser desenvolvido num período letivo, com determinado número de créditos e fundamentado em referenciais bibliográficos atualizados. Além disso, são organizadas conforme as características de seus conteúdos, podendo ser compostas de atividades em sala de aula, em laboratórios ou outros cenários de prática e em visitas técnicas, entre outros. Há a possibilidade, ainda, de serem organizados na modalidade semipresencial, com atividades em campo e ou em projetos específicos de ambientação profissional.

Os docentes responsáveis pelas disciplinas constroem seu plano de ensino tendo como referenciais o projeto pedagógico do curso e seu conhecimento sobre as disciplinas que ministram. No plano de ensino, atualizado semestralmente, o professor define seus objetivos de aprendizagem em diálogo com o perfil de formação, detalha as unidades da ementa em conteúdos programáticos, escolhe as estratégias de ensino e os instrumentos e critérios de avaliação do desempenho discente, assim como as bibliografias básica e complementar.

A definição dos instrumentos e critérios de avaliação do discente no plano de ensino atende às normativas de avaliação do desempenho acadêmico aprovadas no Regimento Geral da Universidade. Os instrumentos de avaliação, os respectivos critérios e pesos são definidos previamente no plano de ensino e/ou redefinidos no decorrer do semestre, com a ciência dos acadêmicos, devendo resultar em três médias parciais: M1, M2, M3. Os resultados das avaliações são objeto de discussão e análise com os acadêmicos de acordo com as normas em vigor. É facultado ao acadêmico requerer a revisão da avaliação à coordenação do curso, observando-se as normas específicas aprovadas no Conselho Universitário por meio da Câmara de Ensino. As médias parciais são publicadas, aproximadamente, nos períodos que completam um terço, dois terços e ao final da carga horária da disciplina e expressas por notas, graduadas de zero a dez, com duas casas decimais, sem arredondamento.

O registro das notas e a frequência são efetuados no diário on-line. No final do semestre, este é impresso, assinado e entregue à coordenação e arquivado na Secretaria Acadêmica e, posteriormente, no acervo acadêmico do Arquivo Central da Instituição.

Essa rede convergente de processos que se iniciam nas deliberações do projeto pedagógico institucional e dos projetos pedagógicos de curso e dos colégios e se revela nos planos de ensino de cada disciplina e na prática pedagógica dos professores é orientada, monitorada e avaliada por uma equipe liderada pela Vice-Reitoria de Graduação, Direções de Centro e Coordenações de Curso. Trata-se de uma estrutura de apoio pedagógico e tecnológico que busca assegurar essa convergência e oferecer suporte aos docentes no desenvolvimento de suas atividades.

A Vice-Reitoria de Graduação tem estruturada uma equipe de suporte, acompanhamento e avaliação da organização didático-pedagógica institucional

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coordenada pela Gerência de Ensino e Avaliação. Esta equipe está constituída por professores e técnicos responsáveis pelos Apoios Pedagógicos dos Centros, os quais assumem a função de acompanhar, avaliar e articular o desenvolvimento das políticas de ensino da Instituição; oferecer apoio didático-pedagógico aos docentes; organizar e oferecer o Programa de Formação Continuada para Docentes que se constitui em importante suporte às atividades docentes, pois visa oferecer estudos de aperfeiçoamento na área de formação docente aprofundar discussões sobre os princípios filosóficos e técnico-metodológicos norteadores das práticas acadêmicas e debater inovações pedagógicas relevantes no contexto atual do ensino superior, esse programa e sua proposta curricular, conforme detalhamento apresentado no Capítulo 4; implementar projetos e programas de ação educativa e promover discussões pertinentes à área da educação, no âmbito dos projetos pedagógicos dos cursos e Centros, em busca da qualidade de ensino.

Essa equipe de suporte subsidia as coordenações de curso na elaboração do projeto pedagógico do curso, dos regulamentos e processos de reconhecimento dos cursos e dos processos de alteração da matriz curricular. Esta participa também do processo de avaliação dos projetos pedagógicos dos cursos, organiza os processos de avaliação institucional e sua divulgação nos cursos. A equipe acompanha a elaboração dos planos de ensino pelos docentes, assessora a construção dos planos de ensino de forma integrada e interdisciplinar; acompanha a atuação dos docentes, efetuando o levantamento de suas necessidades didático-pedagógicas; e orienta as questões de relacionamento professor e aluno, melhorando a qualidade do trabalho docente e do ambiente acadêmico.

A Gerência de Ensino e Avaliação organiza o Programa de Avaliação Institucional, implantado em 1993, que se constitui em um processo de contínuo aperfeiçoamento do desempenho didático-administrativo. A equipe atualiza os instrumentos, acompanha o processo, analisa os resultados e elabora os relatórios, apresentando-os ao Grupo Gestor. Além da avaliação, também realiza o diagnóstico do perfil socioeconômico dos acadêmicos. Essas ações visam sinalizar mudanças necessárias ao processo interno e subsidiar o planejamento e a avaliação realizada pela Comissão Própria de Avaliação. O detalhamento desse programa e seu funcionamento estão explicitados no Capítulo 8.

Como suporte adicional às ações docentes, a Instituição tem estruturado um sistema tecnológico de apoio que favorece os processos de documentação da atividade acadêmica, otimiza o tempo do professor e torna mais transparentes os processos de ensino e avaliação para a comunidade acadêmica. Trata-se do sistema on-line de plano de ensino, de diários de classe, de comunicação com os acadêmicos e de recursos e materiais didáticos. O acadêmico tem acesso a esses documentos via intranet, e o professor conta com esses suportes em qualquer lugar que esteja.

A Universidade em sua dinâmica realiza um movimento de integração docente, objetivando a elaboração de projetos coletivos que possibilitem a definição da identidade institucional: o Plano de Desenvolvimento Institucional e o Projeto Pedagógico Institucional e os Projetos Pedagógicos dos Centros e dos Cursos. Esse movimento contempla a análise compartilhada e crítica e promove a discussão, a construção e a sistematização desses projetos, para que eles expressem metas e definam prioridades de ações pertinentes a cada área de forma articulada à missão e às diretrizes institucionais.

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2.4.1 A construção do PPC

O Plano de Desenvolvimento Institucional e o Projeto Pedagógico Institucional são os documentos norteadores do processo de construção do Projeto Pedagógico de Curso (PPC). Deles decorrem os princípios e o direcionamento das políticas institucionais, que atuam como eixos estruturantes do projeto de curso.

Como afirmado, o PPC identifica os aspectos que dão sustentabilidade ao processo de formação acadêmica e profissional. Nele, gestores, docentes e acadêmicos compartilham ideias, desejos e propósitos dos quais derivam planos, metas e ações a serem realizadas pelos envolvidos. A execução e o cumprimento das metas do PPC são geridos pelos indicadores qualitativos e quantitativos estabelecidos no Planejamento Estratégico Institucional (PE), averiguados periodicamente por meio de seminários internos e reuniões de acompanhamento – Reuniões de Análise Crítica (RAC) – envolvendo os diversos níveis da estrutura hierárquica.

A participação de docentes e discentes no desenvolvimento do PPC é viabilizada por meio da representatividade nos colegiados de curso, do trabalho de discussão sistemática no Núcleo Docente Estruturante (NDE), dos debates na formação continuada docente, em fóruns e semanas acadêmicas.

A dinâmica de socialização e discussão do PPC se efetiva, sob diferentes abordagens como nos fóruns de avaliação dos projetos pedagógicos, em grupos de discussão e em oficinas. Nesses encontros, são discutidos a atualização da matriz curricular, ementas e bibliografias, os resultados da avaliação institucional interna e externa do curso — que tem, entre os indicadores, a percepção do docente sobre sua participação nos projetos pedagógicos dos cursos e da Instituição e o nível de conhecimentos dos alunos —, a socialização de experiências de ensino, pesquisa e extensão e as deliberações coletivas sobre regulamentos das atividades de conclusão de curso. Nessa mesma linha, são promovidos seminários com convidados externos e egressos para discussão de temáticas atuais e exigências do mundo do trabalho e da formação profissional, entre outros.

A sistematização do PPC é realizada em um sistema próprio, denominado PP on-line, sob a liderança do coordenador de curso, que assume a tarefa de coordenar o processo de registro das decisões, encaminhadas e acompanhadas com auxílio direto do seu NDE e do colegiado de curso. Os projetos pedagógicos dos cursos e dos colégios são avaliados pelo próprio curso e pela equipe da Gerência de Ensino e Avaliação, no fluxo de renovação, de dois em dois anos.

A partir de 2017, os cursos de graduação também serão avaliados pela Comissão de Avaliação de Curso (CAC), efetivando um conjunto de ações participativas que promove a ação-reflexão-ação de cada um dos professores e do seu conjunto na construção coletiva e contínua do fazer pedagógico.

2.4.2 Plano para atendimento às diretrizes pedagógicas

2.4.2.1 Currículo

A) Inovações pedagógicas

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A Educação Superior tem sido foco de debates em nível mundial. Prevendo ampliar seu alcance, discutem-se a ampliação de redes acadêmicas e a implantação de novos modelos e possibilidades de aprendizagem, pesquisa e inovação, as quais requerem mudança de paradigma ou mudança “nos modelos mentais que orientam o currículo” (TIDD; BESSANT; PAVITT, 2008, p.30). A inovação nessa perspectiva é incremental e implica no reposicionamento da percepção sobre processo de construção e configuração do currículo que busca superar os modelos lineares e hierárquicos para assumir modelos matriciais.

Quando se trata de currículo, a questão a ser reposicionada são os processos. Como afirmam Tidd, Bessant e Pavitt, “[...] nossa apreciação da natureza do processo de inovação evoluiu a partir de simples modelos lineares (característicos dos anos 1960) para modelos cada vez mais interativos” (2008, p.97). Essa é a proposta de inovação paradigmática que se busca instalar nos currículos dos cursos da Univali.

Na Instituição, os currículos são organizados com modelos matriciais por eixos de conhecimento que percorrem a matriz do primeiro ao último período, os quais são potenciais viabilizadores de interação e compreensão ampliada do aluno em relação ao seu processo de formação. Trata-se de uma organização curricular focada no conjunto de competências necessárias à constituição do profissional da educação engajado e comprometido com o processo de produção e socialização do conhecimento. Desenvolve-se a matriz curricular pautada na articulação entre os diversos saberes necessários à profissão, com o estabelecimento de um equilíbrio entre formação científica, técnica e específica da área.

No modelo matricial, os alunos, desde o ingresso no curso, obtêm uma visão do conjunto de conhecimentos e habilidades de pensamentos necessários à formação. As matrizes curriculares são organizadas a partir de critérios que têm como referencial eixos articuladores das diferentes dimensões da formação profissional. Do primeiro ao último período, o aluno lida com os conceitos e métodos afetos a sua profissão, por meio de disciplinas de natureza teórica, teórico-prática, básica e de formação específica, reconhecendo a interação entre diferentes elementos, como um processo combinatório de conhecimentos e práticas em que a interação é elemento chave.

No contexto atual, boa parte dos currículos dos cursos da Univali está estruturada nesta perspectiva de inovação paradigmática e incremental. “A inovação incremental é uma estratégia gerencial de grande potencial porque inicia a partir de algo conhecido que vamos aprimorando” (TIDD, BESSANT, PAVITT, 2008, p.35). Para esses autores, a inovação está associada a uma gama de conhecimentos que são arranjados em uma dada configuração. O êxito na gestão da inovação depende tanto da capacidade de mobilizar e utilizar o conhecimento disponível, como em combiná-los em uma arquitetura de inovação.

Neste sentido, a Instituição trabalha para aperfeiçoar os processos, tendo em mente que, como inovação, este é ainda um movimento que se renova, pois encontra becos sem saída, novos cenários e resistências, configurando-se um processo de alta complexidade. Neste contexto, os professores universitários também se veem diante de exigências que visam à adaptação da Universidade às premissas do modelo hegemônico, à

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crescente mercantilização do conhecimento e da pesquisa e à necessidade de organização de currículos que ofereçam produtos renováveis para o mercado. (FERRI27, 2014). De acordo com a autora, tais exigências reforçam o compromisso dos professores na seleção do conhecimento e do modo como trata-lo em sala de aula, considerando: a intencionalidade, conscientemente presente no planejamento de ensino, pautada na diversidade de estratégias mentais a fim de mobilizar diferentes formas de aprender, na interação, cooperação e negociação de sentidos entre pares e no registro e sistematização das informações, de modo a favorecer o desenvolvimento do saber heurístico.

Ao considerar estes aspectos, a Univali projetou as ações demonstradas na Figura 10 para os próximos cinco anos:

Figura 10 - Inovações pedagógicas previstas para o próximo quinquênio na Univali

Fonte: Gerência de Ensino e Avaliação, Vice-Reitoria de Graduação, 2016.

A inovação pedagógica perpassa as concepções assumidas, dá suporte à implementação dos currículos organizados em matrizes e orienta a dinâmica dos cursos com atividades intencionalmente preparadas para este fim, atribuindo qualidade à formação no ensino superior. B) Flexibilização curricular

A Instituição tem trabalhado com a flexibilização curricular que possibilite ao acadêmico transitar intercursos, cursar diferentes arranjos de disciplinas, interagir com

27 Trabalho apresentado no XI Colóquio sobre Questões Curriculares, VII Colóquio Luso-Brasileiro e I Colóquio Luso-Afro-Brasileiro de Questões Curriculares, realizado em Braga, Portugal de 18 a 20 de setembro de 2014 na Mesa Redonda denominada Currículo e Ensino Superior.

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colegas e professores de cursos que convergem com sua área e ampliar seu repertório de formação.

Para tanto, há núcleos de disciplinas comuns entre cursos e núcleos de disciplinas comuns entre Centros de áreas conexas – como: o Núcleo das Licenciaturas que reúne as disciplinas de formação pedagógica; o Núcleo comum de disciplinas do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer cujos objetivos e concepção pedagógica buscam a convergência interdisciplinar, o trânsito flexível e ágil entre os campos do saber de áreas afins; o Núcleo Básico do CTTMar , que se constitui em uma organização pedagógica de um conjunto de disciplinas de conhecimentos básicos, busca a unidade, a coerência e a consistência em relação à orientação teórico-metodológica dos cursos. Além disso, os Centros de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão e de Ciências Sociais e Jurídicas apresentam organização que possibilita a diplomação nas duas áreas (Administração e Direito) em menor tempo, além da integração entre áreas e cursos.

A Instituição busca extrapolar a visão meramente disciplinar e propiciar o trânsito do acadêmico por áreas comuns de interesse, ampliando suas possibilidades de realizar trajetórias diferenciadas de formação. Há oferta de disciplinas eletivas que atendem as demandas locais e acadêmicas e disciplinas com equivalências entre cursos e entre Centros, como também, por exemplo, a organização das disciplinas Tópicos Especiais – que permitem troca de informação e enriquecimento na diversidade de conhecimento. Adicionalmente, o acadêmico tem a possibilidade de cursar disciplinas presenciais e semipresenciais nos diferentes campi da instituição e nos diferentes turnos de oferta dos cursos.

Constantemente, há estudos para fortalecer o modelo de disciplinas comuns nos Centros, ofertar disciplinas integradoras a partir de planejamento conjunto e redesenhar as matrizes curriculares dos cursos de modo a viabilizar flexibilização.

Com base na experiência da Instituição almeja-se para o período 2017-2021 (Figura 11):

Figura 11 - Ações de Flexibilização Curricular, período 2017–2021

Fonte: Gerência de Ensino e Avaliação, Vice-Reitoria de Graduação, 2016.

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Como se observa na Figura 11, o investimento da Instituição no período 2017-2021 está voltado para a oferta de experiências de formação que congreguem conhecimentos de diferentes áreas, o trânsito por diferentes cursos e Centros e a abordagem interdisciplinar e intercultural.

2.4.2.2 Oportunidades diferenciadas de integralização curricular e internacionalização

A) Integralização curricular

O Parecer CNE/CES nº 67/2003, sobre o referencial para as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação, divulgado no início da década de 2000, orientava que a formação de nível superior se constituísse em processo contínuo, autônomo e permanente, com sólida formação básica e formação profissional fundamentada na competência teórico-prática, observada a flexibilização curricular, a autonomia e a liberdade das Instituições de inovar seus projetos pedagógicos de graduação para o atendimento das contínuas e emergentes mudanças para as quais o futuro formando deverá estar apto a atuar com sucesso. Com base nessas diretrizes, as Universidades têm envidado esforços para organizar oportunidades diferenciadas de integralização curricular.

Dentre as oportunidades, a Univali possibilita a realização de Trabalhos de Iniciação Científica e dos Trabalhos de Conclusão de Curso, quando os alunos escolhem uma área de atuação baseados nos conceitos, teorias e práticas trabalhados ao longo do curso.

Outras ações institucionais que visam desenvolver as competências técnico-científicas e aplicação de fundamentos metodológicos inovadores são a oferta de projetos integrados e viagens técnicas. Estas possibilitam o enriquecimento da experiência e a ampliação do repertório. Também estão previstos nas matrizes curriculares os estágios obrigatórios, estudos e práticas e as atividades complementares.

A inclusão de atividades complementares nos currículos dos cursos de graduação tem por finalidade: o enriquecimento do processo de aprendizagem, a complementação da formação social e profissional, o estímulo às práticas de estudo independentes. O reconhecimento de competências e conhecimentos adquiridos pelos acadêmicos no ambiente escolar ou fora dele.

Caracterizadas pela flexibilidade e diversidade, as atividades complementares são organizadas nas categorias ensino, pesquisa, extensão, cultura e trabalhos técnicos, previstas em Regulamento próprio e reconhecidas mediante documentação comprobatória. Estimula-se, por exemplo, a participação dos estudantes em eventos internos e externos à Univali, semanas acadêmicas, congressos, seminários, palestras, conferências, atividades culturais, integralização de cursos de extensão e/ou atualização acadêmica e profissional, atividades de iniciação científica e de monitoria, entre outras.

Como ampliação de diferentes possibilidades de integralização curricular a Univali projeta para o período 2017-2021 (Figura 12)

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Figura 12 - Ações de Integralização Curricular, período 2017-2021, Univali

Fonte: Gerência de Ensino e Avaliação, Vice-Reitoria de Graduação, 2016.

Como na flexibilização curricular, as propostas de integralização do currículo têm como foco criação de espaços híbridos de experimentação que congreguem a investigação e a construção de conhecimentos, o acesso a temas emergentes e inovadores, a interação entre grupos e dimensões variadas do conhecimento.

B) Internacionalização

A inclusão de disciplinas ministradas em línguas estrangeiras (inglês e espanhol), incluindo as avaliações e os materiais didáticos internacionais como optativas nas matrizes curriculares dos cursos representa uma das ações da internacionalização dos seus currículos, tendo em vista o objetivo institucional de incorporar componentes e abordagens internacionais aos currículos dos cursos das diferentes áreas.

Os conteúdos programáticos dessas disciplinas foram selecionados com base na análise das matrizes curriculares, considerando: a) as Diretrizes Curriculares Nacionais e as demais orientações do MEC para cada curso; b) a interdisciplinaridade dos conteúdos entre os cursos; c) a disponibilidade de professores com conhecimento da língua estrangeira e dos conteúdos programáticos; e d) as áreas de interesse de intercambistas, que também são público-alvo da proposta.

As disciplinas com maior número de alunos internacionais matriculados, desde a implantação em 2012, são: Intercultural Communication, Marketing Aspects in the Brazilian Consumer Behaviour, Global Markets and Negotiation e Society and Culture. Os alunos brasileiros se matriculam com maior frequência nas disciplinas de Negociaciones Internacionales, Global Markets and Negotiation, Intercultural Communication e Major Brazilian Tropical Diseases.

A internacionalização dos currículos dos cursos de graduação é uma das metas da instituição, parte-se da concepção de internacionalização como um processo que não se restringe à cooperação acadêmica com Universidades estrangeiras. Ela é, sobretudo, o processo pelo qual dimensões internacionais, interculturais e globais são infundidas ao conteúdo do currículo, bem como aos resultados de aprendizagem, tarefas de avaliação, métodos de ensino e serviços de apoio de um programa de estudos.

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Essa Internacionalização no próprio Campus ou Internacionalização at Home (IaH) visa também à atração de alunos internacionais que podem trazer maior diversidade étnica, linguística e cultural às salas de aula. Assim, são propostas várias ações estratégicas que visam viabilizar a consecução do objetivo de consolidar a mobilidade discente (inbound e outbound). Dentre elas, destacam-se, na mobilidade inbound a oferta do curso de Português Língua Estrangeira (PLE) e a reorganização do módulo internacional com 36 disciplinas.

O módulo internacional, cuja matriz curricular está apresentada no Apêndice 7, se apresenta articulado de modo a contemplar todas as áreas de conhecimento ministradas na Univali, esboçado nos projetos pedagógicos dos cursos e vinculado a Política de Internacionalização da Univali. Por conseguinte, para atingir o patamar de um currículo internacionalizado, os planos de ensino das disciplinas precisam ser infundidos com perspectivas globais, internacionais e interculturais;

Além disto, outras ações são necessárias e estão planejadas para o período 2017-2021, como demonstra a Figura 13.

Figura 13 - Ações de Internacionalização, período 2017-2021, Univali

Fonte: Gerência de Ensino e Avaliação, Vice-Reitoria de Graduação, 2016.

2.4.2.3 Atividades Práticas e Estágios

a) Atividades práticas

As atividades de natureza prática se integram ao currículo de todos os cursos por meio da experimentação nas atividades de laboratório e iniciação científica, nas metodologias de estudo de casos e diagnósticos e na resolução de situações-problemas articulada ao conteúdo abordado nas disciplinas.

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Além disso, a Instituição também contempla, em sua política de formação na graduação, a valorização da prática profissional dos acadêmicos em formação por meio do aproveitamento parcial da experiência profissional dele no cômputo da carga horária dos estudos e práticas na integralização do currículo.

As atividades práticas são realizadas em sala de aula na articulação entre teoria e prática, nas saídas de campo, viagens técnicas, bem como no desenvolvimento de atividades específicas de pesquisa, extensão e prestação de serviços, devidamente previstas, documentadas e aprovadas.

A Instituição tem infraestrutura e suporte que permite aos cursos a realização de variadas atividades práticas, previstas e descritas nos projetos pedagógicos dos cursos, seja em eventos ou nos laboratórios didáticos especializados que atendam às especificidades das disciplinas, hospital, rádio, TV, unidades de saúde, clínicas, escritórios escolas, incubadoras, quadras, piscinas, unidades de ensino, escritório modelo de advocacia, laboratório escola de gastronomia, empresas juniores, fórum universitário, entre outros, que visam desenvolver as competências necessárias a cada profissão.

Os alunos além de realizarem a carga horária prática prevista nas matrizes curriculares, podem utilizar os laboratórios em horário extraclasse sob orientação dos professores e supervisão dos monitores para fixação das aulas, aprimoramento das práticas e desenvolvimento de projetos, como também nos estágios obrigatórios e não obrigatórios.

b) Estágios

O estágio curricular supervisionado, regulamentado em cada curso, integra as situações de ensino-aprendizagem na formação do acadêmico e está previsto no projeto pedagógico de cada curso de graduação conforme determina a Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, ou seja: como o ato educativo supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo do aluno que esteja frequentando o ensino regular em Instituições de Educação Superior.

Os estágios obrigatórios têm carga horária estabelecida na matriz curricular do curso, conforme as diretrizes curriculares nacionais, e constituem requisito para aprovação do aluno e obtenção do diploma. São administrados pelos cursos, discutidos pelo Núcleo Docente Estruturante e normatizados por regulamento próprio, aprovado na Câmara de Ensino e publicado em meio digital para consulta da comunidade acadêmica.

Os estágios obrigatórios e os trabalhos de conclusão de curso são avaliados no Programa de Avaliação Institucional, semestralmente, abordando: aspectos do campo de estágio que devem ser melhorados, nível de conhecimento do aluno sobre o regulamento do estágio, processo de orientação e atuação do aluno, nível de exigência da disciplina em relação ao perfil profissional e importância para a formação.

Os estágios não obrigatórios, caracterizados como atividades adicionais à formação acadêmico-profissional, são realizados por livre escolha do aluno, com aprovação da Instituição. As atividades visam ao inter-relacionamento de conceitos e aprendizagens das diferentes áreas que compõem a matriz curricular dos cursos e ao desenvolvimento de

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uma postura investigativa pelo futuro profissional, por meio de experiências de exercício profissional capazes de ampliar e fortalecer atitudes, habilidades e conhecimentos.

A avaliação de estágio não obrigatório está prevista nos incisos V e VII do artigo 9º da Lei 11.788/08. Para dinamizar o processo, a avaliação está disponível na intranet (www.univali.br/intranet - Avaliação dos Estágios). O questionário deve ser respondido pelo supervisor da parte concedente, pelo estagiário e pelo professor orientador da Univali nas situações, a saber: a cada seis meses, a partir do início do estágio; ao término do contrato de estágio; e na rescisão do contrato de estágio. Posteriormente, a avaliação é apresentada ao professor orientador. Analisados os resultados, o programa de atividades de estágio poderá ser alterado para adequar o estágio ao determinado por lei.

A realização dos estágios segue o Regulamento Geral dos Estágios da Univali mediante convênios com pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta, autárquica e fundacional, bem como profissionais liberais de nível superior devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional. Também são campos de estágios na Instituição, organizações como escritório escola e empresa Jr.

A socialização das atividades de conclusão de curso ocorre de diferentes formas, como nas semanas de iniciação científica dos cursos, jornadas, simpósios, fóruns, mostras, semanas integradas dos Centros e em outros eventos internos e externos.

2.4.2.4 Desenvolvimento de materiais pedagógicos - EAD

Os materiais pedagógicos favorecem a mediação professor, aluno e conhecimento e viabilizam diferentes linguagens simbólicas — escrita, icônica, gráfica, visual e audiovisual — e diferentes ferramentas intelectuais analógicas e virtuais necessárias para a articulação das estruturas educacionais.

Para tanto, a Univali tem viabilizado, aos professores e alunos, o acesso às tecnologias de informação e comunicação paulatinamente mais latentes e comuns ao cotidiano de todos. Isso pode ser verificado nos laboratórios gerais e específicos para cada curso — equipados com hardwares e softwares atualizados, rede wi-fi, multimeios (projetores, televisores, vídeos, smartboard), simuladores e materiais analógicos e gráficos diversificados, os quais são mediadores pedagógicos importantes no processo de ensino e aprendizagem.

O processo de ensino e aprendizagem a distância tem como suporte o Ambiente Virtual de Aprendizagem Sophia, que é o mecanismo de interação entre docentes, tutores e estudantes. Disponibilizado na intranet, é a sala de aula onde se desenvolve as disciplinas. Nele também são postados o material didático, textos complementares, manual da modalidade, o cronograma de atividades presenciais e avaliações, indicativos de sites e bibliografia complementar, que auxiliam o aluno no desenvolvimento da disciplina. O objetivo desse ambiente é proporcionar dinamização, colaboração, interação e contextualização do processo de aprendizagem. Nesse ambiente virtual, o professor/tutor acompanha os alunos enquanto desenvolvem atividades a distância; orienta-os na elaboração dos trabalhos e no momento das avaliações de aprendizagem e promove debates em grupo que favorecem a interação entre os participantes.

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O Curso de Pedagogia EAD investe na qualidade do material didático institucional disponibilizado aos estudantes visando executar a formação definida no projeto pedagógico do curso considerando a abrangência dos conteúdos, o cuidado com a seleção de bibliografia adequada às exigências da formação, o aprofundamento dos conteúdos e a coerência teórica.

Assim sendo, são utilizados no desenvolvimento do Curso os seguintes materiais: manuais de orientação, material didático impresso, material didático audiovisual.

Os manuais, a seguir descritos, são desenvolvidos com o objetivo de apresentar e orientar os alunos sobre os procedimentos institucionais e a modalidade de educação a distância. As orientações vão desde as formas de organização para os estudos e sistemática de avaliação até a exploração das ferramentas tecnológicas que permitirão sua comunicação com colegas e professores.

- Guia do aluno: é entregue aos alunos no início do curso com o objetivo de orientar o aluno que está ingressando na Instituição e traz informações detalhadas de todos os procedimentos acadêmicos e administrativos compreendidos desde a primeira matrícula até o ato de colação de grau. É também divulgado em diferentes suportes, com informações claras e completas sobre a modalidade a distância, os objetivos a serem alcançados no curso, as formas de interação entre docentes, tutores e alunos, bem como explica detalhadamente as normas referentes à avaliação e demais orientações para o curso.

- Manual de Orientações da Educação a Distância: é disponibilizado no início no curso, com o objetivo de apresentar a modalidade de Educação a Distância e a metodologia de oferta do curso.

Os materiais didáticos impressos (Livro Didático) são importantes canais de comunicação nos cursos a distância sob diferentes formas de apresentação. No curso de Pedagogia EAD os materiais didáticos serão apresentados sob a forma impressa e audiovisual. A combinação adequada dessas diferentes formas associada ao apoio e à mediação pedagógica facilita a construção do conhecimento.

Os materiais didáticos são produzidos por professores especialistas na área de conhecimento, que planejam e executam suas atividades de acordo com a proposta pedagógica do Curso. Sua função principal é oferecer ao aluno o “mapa” da trajetória que este deverá seguir para cursar a disciplina, ou seja, é guiar, passo a passo, os estudos do conteúdo da disciplina que vai cursar.

A disciplina, no entanto, não tem existência isolada, independente; ela integra uma matriz curricular, a qual, por sua vez, está inserida no Projeto Pedagógico do Curso, assim, caberá a cada disciplina, mediante o material didático, a responsabilidade de oferecer aos alunos a possibilidade de desenvolverem competências compreendidos no âmbito da respectiva área da ciência, os quais irão, juntamente com a contribuição das demais disciplinas integrantes da matriz curricular, formar um determinado profissional.

O material didático audiovisual é uma mídia fundamental para auxiliar o processo de ensino e aprendizagem. Os recursos audiovisuais são geralmente mais atraentes para o aluno do que outros recursos para o estudo a distância, pois possibilitam explorar imagem

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e som para ilustrar os conteúdos trabalhados no material impresso ou digital. O material didático audiovisual é produzido na forma de videoaulas.

Nos núcleos de práticas (jurídicas, experimentais, gráficas, projetuais, clínicas e hospitais, entre outros), assim como nos laboratórios de informática e no ambiente virtual de aprendizagem, os professores compartilham materiais diferenciados: slides, livros, videoaulas, videobooks e apostilas — produzidos por eles ou adquiridos pela Universidade.

Também são relevantes os materiais pedagógicos produzidos pela Vice-Reitoria de Graduação como mediadores das aprendizagens docentes. A Universidade edita, regularmente, a série intitulada Cadernos de Ensino – como suporte à ação docente. A cada edição, a publicação reúne assuntos diferenciados sobre experiências pedagógicas, estratégias de ensino e métodos avaliativos. A publicação é referência pedagógica aos trabalhos dos professores, que passam a dispor de uma produção coletiva, impregnada por diferentes posições teóricas que, no embate de técnicas e conceitos diversificados, traduz a diversidade própria da prática pedagógica. O objetivo é subsidiar e instigar o professor na geração de novos traçados pedagógicos e no desenvolvimento do exercício docente.

Com teor mais informativo, a Universidade publica o Guia Docente, com orientações e legislações atualizadas, fornecendo subsídios ao seu fazer educacional e a sua vivência na instituição. Essas publicações estão hospedadas na intranet: www.univali.br/intranet, link Downloads/manuais.

Além disso, essa Vice-Reitoria de Graduação oferece oficinas aos docentes durante a semana de formação continuada, realizada nos meses de fevereiro e julho, que visam discutir e estudar o desenvolvimento de material pedagógico.

2.4.2.5 Incorporação de avanços tecnológicos

Em conformidade com os objetivos e as metas institucionais, a Univali, por meio do uso de novas tecnologias de informação e comunicação, estabelece canais mais eficientes de comunicação com a comunidade acadêmica e de otimização das suas atividades meio e fins. No âmbito da comunicação, destaca-se sua inserção no mundo virtual com presença nas redes sociais — Twitter, Facebook, Foursquare, Instagram, Linkedin, Youtube — e nos blogs, portais (do egresso e do aluno) e site institucional.

No âmbito da otimização e desenvolvimento do ensino, da pesquisa e extensão, destacam-se sistemas internos como: Matrícula on-line, Plano de ensino on-line, Diário on-line, Sistema de notas on-line, Controle de Projetos, Sistema de Bibliotecas Integrado ao Sistema Pergamum, Biblioteca Virtual, Cadastro na Formação Continuada de docentes, Avaliação Institucional, Módulo Mestrado/Doutorado, Módulo Colégio de Aplicação, Material Didático (ambiente para socialização de materiais e atividades), Sistema Reserve (laboratórios), Sistema de cópias, Banco de Talentos e ambiente virtual de aprendizagem Sophia (para cursos a distância e disciplinas semipresenciais),

O Sophia oferece fórum de discussão, chat, ferramenta para envio de atividades com controle de prazos, ferramenta Questionários, que permite ao professor fazer avaliações on-line com correção automatizada, ferramentas de relatório de acessos e disponibilização de materiais. Além desses recursos foram desenvolvidas várias ferramentas específicas para as necessidades da Univali, tais como: caixa de mensagens –

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um e-mail interno ao ambiente; portfólio – um repositório de trabalhos dos alunos que permite compartilhamento entre aluno-professor e entre colegas, com a opção de professor e acadêmicos fazerem comentários nos portfólios da turma.

O ambiente Sophia está integrado a todos os serviços da Univali. Desta forma, o aluno possui login único e senha para toda a universidade e efetua o acesso ao ambiente por uma interface chamada de Portal do Aluno. Neste local, o acadêmico visualiza notas, programação acadêmica, questões financeiras e de biblioteca. Disponível para todos os professores, muitos deles utilizam-no como forma de sugerir materiais, organizar a disciplina, interagir com o grupo em fóruns de discussão e comunicar-se pelo correio eletrônico.

Para otimizar o uso da ferramenta, desde o 2º semestre de 2014, o ambiente Sophia foi utilizado somente nos cursos a distância e nas disciplinas semipresenciais. O apoio às disciplinas presenciais passou a ter a ferramenta “Material Didático On-Line”. Este recurso é articulado ao plano de ensino online e tem como objetivo auxiliar os professores na disponibilização de materiais tendo em vista as questões da informatização, ambientais e a melhoria no processo ensino-aprendizagem.

Adicionalmente, a Vice-Reitoria de Graduação implantou a informatização dos projetos pedagógicos dos cursos (Projeto Pedagógico on-line,) bem como a elaboração do perfil discente — que foi reformulado e passou a ser on-line, incorporado ao processo de avaliação institucional. Tais melhorias preveem otimizar tempo e custos na elaboração dos projetos e possibilitar a permanente atualização das informações em diálogo com outros sistemas que compõem a Rede Integrada de Planejamento e Gestão.

Em paralelo ao uso desses recursos de ensino-aprendizagem, o corpo docente adota outras tecnologias, como as redes sociais, para compartilhamento de informações e apresentações.

A Universidade mantém uma rede wireless de qualidade, acessível a toda comunidade acadêmica, e laboratórios de informática com equipamentos e softwares atualizados em todos os campi.

Além disso, oferece a cada aluno ativo e egresso um serviço de e-mail. Este serviço de e-mail, por sua vez, possui integração com o Microsoft Office 365 Professional Plus, com disponibilidade de 1 terabyte de espaço na nuvem do serviço OneDrive para a organização e a elaboração de arquivos de texto, planilhas, apresentações e anotações.

Também desenvolveu aplicativos móveis – mobile (smartphones e tablets) para seus acadêmicos. No momento, (02) dois aplicativos estão à disposição: 1) App Institucional (App Univali) contendo informações gerais sobre a Instituição e um teste de orientação vocacional; 2) App Consulta Notas e Frequências (App UnivaliNotas) com dados específicos do desempenho acadêmico e acessado mediante login e senha do próprio aluno.

Para garantir que todos os acadêmicos empreguem adequadamente as TICs, os professores incluem em suas aulas explicações sobre o funcionamento e a operação dos recursos; aos calouros tais orientações são oferecidas já no evento de recepção ao ambiente universitário e continuam a ser relembradas e/ou atualizadas no decorrer da formação.

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Esses sistemas, no seu conjunto, viabilizam o acesso descentralizado aos serviços e sua otimização, além de tornar os processos pedagógicos mais transparentes, conectados e com uma janela aberta para o conhecimento em rede.

Para o período 2017-2021, a Instituição prevê (Figura 14):

Figura 14 - Avanços Tecnológicos previstos para o período 2017-2021, Univali

Fonte: Gerência de Ensino e Avaliação, Vice-Reitoria de Graduação, 2016.

2.4.3 Divulgação das ações inovadoras

A divulgação das ações, práticas e produtos inovadores da Univali se dá por um

conjunto diversificado de veículos de comunicação constituídos pelo seu site na

internet/intranet, mensagens eletrônicas, eventos institucionais, jornais, revistas, rede

social, boletins e pelo Sistema Educativo de Rádio e TV. A Instituição também mantém a

Editora Univali, com publicações anuais de livros e periódicos submetidos previamente ao

Conselho Editorial. Além disso, a Universidade tem suas pesquisas, práticas e produções

divulgadas em eventos e periódicos científicos.

O Programa de Formação Continuada Docente constitui-se em um dos mais

importantes veículos de divulgação e discussão das ações inovadoras no ensino e na

pesquisa, assim como a série Cadernos de Ensino, vinculada a este Programa. Nesse

espaço de formação pedagógica, os docentes têm acesso a experiências desenvolvidas no

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interior da universidade e fora dela, de modo a retirar, desses momentos, valiosas

aprendizagens para a prática docente.

Outros informativos como a newsletter Univali em Dia e o Univali Notícias são

dirigidos a todos os funcionários (administrativos e docentes) com o objetivo de compartilhar informações do cotidiano da Instituição.

O Sistema Educativo de Rádio e TV, composto pela Rádio Univali FM (94,9 MHz –

20 kw) e pela TV Univali (Canal 26 da Viacabotv), está aberto à participação de todos os

cursos da Universidade, tanto para divulgação de suas produções científicas, como para

realização de programas específicos das áreas de conhecimento.

A Rádio Educativa Univali pode ser sintonizada em mais de 30 municípios

catarinenses e em todo o mundo pelo site: www.univali.br ou www.univali.br/radio. Além

da programação jornalística e de entretenimento, a Rádio Univali desenvolve projetos de

ensino/aprendizagem por intermédio de programas que veiculam noticiosos de caráter

educativo, cultural, social, comunitário, político, econômico, técnico-científico, religioso e

esportivo.

A TV Univali tem como principais objetivos contribuir para complementar a

formação escolar, divulgar a produção científica da Universidade, os valores culturais e

artísticos da região e, sobretudo, incentivar o debate de ideias e a liberdade de expressão

em âmbitos interno e externo. A TV Univali é parceira do Canal Futura e transmite a

programação educativa nacional desta emissora.

Para fortalecer a comunicação com a comunidade, a Univali, por meio da

Coordenadoria de Marketing e Comunicação, coleta e organiza periodicamente os clippings

educacionais, nos quais são mapeadas e catalogadas notícias sobre as ações de ensino,

pesquisa, extensão e cultura da Instituição divulgadas nas diferentes mídias da imprensa.

2.5 Políticas de pesquisa

A Univali tem como um de seus objetivos promover a produção e a disseminação do conhecimento, por meio do fomento à produção científica e tecnológica docente e discente e do investimento em parcerias que consolidem a pesquisa, a formação de recursos humanos e a cultura. Estes objetivos se concretizam por meio dos programas institucionais de apoio à pesquisa e pela inter-relação entre pesquisa e ensino — do ensino médio à pós-graduação. Esses programas estimulam o desenvolvimento do espírito científico, fortalecem o ambiente institucional para o desenvolvimento da pesquisa e promovem a construção e a disseminação de conhecimentos.

A Instituição tem na pesquisa uma atividade básica para a formação universitária, o que lhe permite formar jovens pesquisadores mais preparados para o mercado de trabalho e melhorar consideravelmente a qualificação e a atuação de seus professores.

No âmbito da universidade, tem-se privilegiado o fortalecimento do ambiente institucional para o desenvolvimento da pesquisa, o incremento dos grupos e das redes interinstitucionais de pesquisa, a ampliação e a atualização da infraestrutura, a

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consolidação do corpo docente e o apoio ao processo de formação e qualificação de novos pesquisadores.

Para consolidar a pesquisa institucional, a Univali pauta suas ações nas seguintes diretrizes:

- Articulação da investigação científica no ensino e na extensão para atendimento às demandas sociais e ao desenvolvimento regional;

- Fortalecimento da pesquisa como princípio educativo;

- Estímulo à inserção dos docentes na orientação à pesquisa, proporcionando infraestrutura para este fim;

- Organização e consolidação de grupos de pesquisa em áreas afins de conhecimento, os quais são formados a partir das linhas básicas de pesquisa estabelecidas nos projetos pedagógicos dos cursos e nos programas de pós-graduação da Instituição;

- Viabilização de intercâmbio de pesquisadores mediante a captação de novas parcerias nacionais e internacionais para formação de redes e projetos conjuntos de pesquisa;

- Incentivo à pesquisa aos jovens talentos - Ensino Médio;

- Incentivo à iniciação e à produção científica em todas as áreas de conhecimento;

- Incentivo às parcerias Universidade/Empresas para o desenvolvimento de pesquisas;

- Divulgação interna e externa dos resultados das pesquisas;

- Fomento à pesquisa interdisciplinar, transdisciplinar e com viés inovador;

- Fomento a estudos e pesquisas que analisem a necessidade de articulação entre formação, currículo e mundo do trabalho;

- Avaliação da produção científica institucional;

- Ampliação da captação de fomento externo para a pesquisa institucional.

Com base nessas diretrizes, a Universidade mantém os seguintes programas de incentivo à pesquisa:

- Programa de Bolsas de Iniciação Científica (Probic) – tem como objetivo principal dar condições para que os alunos regularmente matriculados na Instituição participem de projetos e atividades nos grupos de pesquisa. Objetiva, também, despertar a vocação científica e incentivar a formação de perfis acadêmicos voltados à investigação e à produção do conhecimento, orientados por pesquisadores qualificados.

- Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) – trata-se de um programa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que visa à iniciação científica de acadêmicos em todas as áreas do conhecimento.

- Programa de Bolsas de Pesquisa do Artigo 170 da Constituição Estadual – tem como objetivo incentivar talentos científicos potenciais entre os estudantes de graduação com grau de carência econômica e financeira, estimulando, igualmente, docentes pesquisadores iniciantes, no desenvolvimento de pesquisa qualificada.

- Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Ensino Médio (PIBIC_EM) – é um Programa do CNPq que prevê fortalecer o processo de disseminação das informações e dos conhecimentos científicos e tecnológicos básicos, bem como desenvolver as atitudes, as habilidades e os valores necessários à educação científica e tecnológica dos estudantes do Ensino Médio.

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- Art. 171 – Fundo de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior, do Governo do Estado de SC – este programa visa à inserção de jovens no universo da pesquisa como forma de contribuir para o fomento do desenvolvimento econômico e social e das potencialidades regionais.

- Programa de Pesquisa Voluntária – objetiva incentivar a participação de acadêmicos e professores iniciantes em projetos de pesquisa voluntária, de modo a formar uma ambiência acadêmica e um perfil voltado à investigação.

- Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti/CNPq) – este programa possibilita maior interação entre atividades de desenvolvimento tecnológico na graduação, bem como contribui para o engajamento de recursos humanos em atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação.

- Programa Institucional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Proinova) – este programa visa estimular docentes pesquisadores e estudantes de graduação ou pós-graduação stricto sensu ao desenvolvimento e à transferência de novas tecnologias e inovação.

Além desses programas, a Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura possui como meta relançar, em 2017, o Programa Integrado de Pós-Graduação e Graduação (PIPG), objetivando fomentar a integração da pesquisa nos Programas de Mestrado e Doutorado, com intuito de promover a articulação entre graduação e pós-graduação, através da participação de doutores, mestrandos e doutorandos e alunos de graduação em projetos conjuntos de pesquisa.

Por meio da Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, a Instituição destina um fomento à iniciação científica equivalente a 45% das bolsas. Os outros 55% são obtidos com órgãos externos como: CNPq, Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Petrobras, prefeituras, governo estadual e empresas privadas. Os recursos financeiros de infraestrutura e de pagamento de carga horária docente são de responsabilidade da Fundação Univali.

Também os programas de pós-graduação stricto sensu desenvolvem pesquisas qualificadas, subsidiadas por fontes externas, notadamente pelo CNPq, pela Finep, pela Fapesc, pelas Centrais Elétricas do Estado de Santa Catarina, Petrobras e outros organismos nacionais e internacionais. Estas decorrem de aprovação em editais divulgados por esses órgãos, que financiam o custeio e o capital requerido na pesquisa e, em determinados casos, oferecem bolsas aos docentes, aos mestrandos e aos doutorandos envolvidos nas pesquisas.

Como forma de promover as atividades de inter-relacionamento entre ensino e pesquisa, os programas de pós-graduação desenvolvem o programa de estágio de docência, em que mestrandos e doutorandos atuam na tutoria de classes da graduação em determinadas disciplinas.

Outra ação importante é a integração de alunos graduandos nos grupos de pesquisa. Nesse ambiente, os graduandos convivem com colegas pós-graduandos e com pesquisadores que orientam trabalhos de pesquisa no âmbito das duas esferas: graduação e pós-graduação. A experiência vivenciada pelos graduandos é extremamente rica, pois oportuniza a participação dos acadêmicos em atividades como palestras e seminários de pesquisa, eventos, workshops, etc.

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Grupo de Pesquisa (GP) é o nome dado ao grupo de pesquisadores que se organizam em torno de uma ou duas lideranças, o qual se dedica ao desenvolvimento de pesquisas com afinidades entre si, sendo elas estabelecidas pela(s) linha(s) de pesquisa do grupo.

Os Grupos de Pesquisa são formados no âmbito do Curso ou do Centro e sua constituição deve ser informada à Gerência de Pós-Graduação e Pesquisa. No âmbito da Univali, os Grupos de Pesquisa estão assim classificados: GP do CNPq e GP de base institucional.

Os Grupos de Pesquisa do CNPq são os grupos de pesquisa mais consolidados, e os de base institucional são os grupos iniciantes, que demandam maior acompanhamento da Vice-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa. À medida que em que se verifica a maior maturidade dos grupos de base institucional, eles migram para o CNPq.

As Tabelas 02 e 03 demonstram o número de GP tanto do CNPq como de base institucional, bem como a quantidade da produção científica de 2014 a 2016.

Tabela 02 – Número de Grupos de Pesquisa CNPq e produção científica por Centro no período de 2014 a 2016

Centro Nº de

Grupos Produção Científica

(Quantidade) Centro de Ciências da Saúde 21 5.922 Centro de Ciências Tecnológicas e do Mar 24 3.259 Centro de Ciências Sociais e Jurídicas 24 8.775 Centro de Ciências Sociais Aplicadas - Gestão 18 5.601 Centro de Ciências Sociais Aplicadas - Comunicação, Turismo e Lazer

16 5.151

Núcleo das Licenciaturas 11 1.123

Total 114 29.831 Fonte: Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, 2016.

Tabela 03 – Grupos de Pesquisa no âmbito da UNIVALI por Centro no período de 2014 a 2016

Centro Nº de

Grupos Produção Científica

(Quantidade) Centro de Ciências da Saúde 10 1.336 Centro de Ciências Tecnológicas e do Mar 8 774 Centro de Ciências Sociais e Jurídicas 3 690 Centro de Ciências Sociais Aplicadas - Gestão 6 1.403 Centro de Ciências Sociais Aplicadas - Comunicação, Turismo e Lazer

5 1.559

Núcleo das Licenciaturas 0 0 Total 32 5.762

Fonte: Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, 2016.

2.5.1 Política de apoio à participação em eventos

Criado em 1995, por meio das Resoluções nº 006/Cepe/95 e nº 011/CUN/95, o Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP) objetiva incentivar e facilitar o desenvolvimento e a

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promoção da excelência de pesquisa da Univali, por meio do financiamento à qualificação de recursos humanos, às atividades de pesquisa e à infraestrutura de apoio e serviços. O FAP28 apoia, especialmente, a apresentação e a publicação de artigos científicos pelos docentes pesquisadores em eventos nacionais e internacionais, além de viabilizar o custeio das bolsas relacionadas às pesquisas institucionais e dos recursos humanos (docentes). Seus critérios incluem: vínculo à programa stricto sensu da universidade; vínculo a grupo de pesquisa oficializado na Instituição; produção científica verificada no Sistema de Avaliação da Produção Institucional (Sapi/Módulo Pesquisa); titulação; apresentação de trabalho.

Na Tabela 04, detalham-se os investimentos da Instituição no apoio à pesquisa, no período de 2012 a 2016.

Tabela 04 - Investimento em apoio à participação docente em eventos e número de trabalhos apresentados com apoio no período 2012-2016

Ano Valores (R$) Número de trabalhos apresentados

2012 28.668,47 60

2013 46.239,76 59

2014 55.487,00 70

2015 63.805,57 85

2016 61.373,21 65 Fonte: Gerência de Pós-Graduação e Pesquisa/Vice-Reitoria de Pós-Graduação/2016.

Também é prática regular o encaminhamento de projetos institucionais para fontes de financiamento externo (Fapesc, Capes e CNPq), para apoio à participação em eventos nacionais e internacionais e apoio à realização de eventos na universidade. Esses eventos, que ocorrem semestral e/ou anualmente em todas as áreas, são importantes veículos de divulgação do conhecimento produzido na instituição e de atualização dos docentes e discentes, além de oportunidades para efetivação de parcerias científicas.

2.5.2 Política de divulgação da produção docente e discente

A Instituição considera a produção científica um dos parâmetros mais relevantes das atividades docente e discente, especialmente por seu compromisso com a produção e a socialização do conhecimento. Por meio dela, pode-se dar visibilidade às atividades institucionais de pesquisa e de iniciação científica.

No caso da pós-graduação stricto sensu, ela é determinante para avaliação da qualidade dos programas. Desse modo, a Univali dedica especial atenção a esse quesito, notadamente para a contratação do docente, assim como para a sua continuidade nos programas de pós-graduação, conforme já explicitado no item da pós-graduação stricto sensu.

A difusão da produção científica e tecnológica na Univali ocorre principalmente por intermédio de eventos e publicações (meio impresso e digital).

28 Atualmente, o FAP é regulamento pela Resolução nº 014/CAS/2011.

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Os resultados das pesquisas oriundas de editais internos são apresentados anualmente pelos docentes e pelos bolsistas no Seminário de Iniciação Científica (SIC), cuja 15ª edição foi realizada no início de outubro de 2016. O evento tem por objetivo socializar e avaliar os resultados das pesquisas realizadas por meio dos Programas Institucionais de Iniciação Científica. Espera-se, assim, promover a interação entre pesquisadores experientes e novatos, contribuindo para a disseminação da cultura de pesquisa junto à comunidade acadêmica. Além desse evento institucional, a Vice-Reitoria de Pós-Graduação incentiva, por meio do custeio de despesas previstas no orçamento do projeto, a participação dos acadêmicos em eventos externos.

Na graduação, no âmbito do projeto pedagógico dos cursos, são definidos critérios e formas de acompanhamento da produção científica docente, especialmente nos casos de professores que submetem projetos de pesquisa para aprovação nos editais internos e externos.

Para incentivar a publicação em periódicos, os cursos stricto sensu ainda mantêm suas próprias revistas científicas com periodicidade normal, além de números especiais, a saber: Revista Novos Estudos Jurídicos, iniciada em 1997; Revista Alcance, lançada em 1997; Revista Turismo-Visão e Ação, publicada desde 1998; Revista Brazilian Journal of Aquatic Science and Technology, lançada em 1998; Revista Contrapontos, lançada em 2001; e Revista Brasileira de Tecnologias Sociais, lançada em 2014.

As publicações institucionais, incluindo anais, periódicos, revistas, etc., estão disponibilizadas de forma gratuita no portal de periódicos da Univali (disponível em: http://www.univali.br/busca/results.aspx?k=peri%C3%B3dicos&s=Todos%20os%20Sites), o qual é mantido pela Editora da Instituição.

Quadro 02 – Estratificação Qualis das revistas institucionais, considerando-se a melhor qualificação (de acordo com consulta em: periódicos Qualis/Plataforma Sucupira)

Fonte: Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, 2016.

Como revela o Quadro 02, os periódicos de divulgação científica institucionais são nacionalmente qualificados e referendados pela CAPES e encontram-se classificados nos níveis de melhor qualidade (A e B). Estão ao alcance da comunidade científica institucional, nacional e internacional para publicação de suas pesquisas e disponíveis para acesso livre on-line por toda comunidade interna e externa.

Além da produção científica resultante dos programas institucionais, a Universidade socializa todas as teses e dissertações dos programas stricto sensu no portal dos cursos; e os trabalhos de iniciação científica também são defendidos em bancas públicas abertas às comunidades externa e interna e, posteriormente, dirigidos à rede de bibliotecas da Instituição.

Revista Qualis

Alcance B3

Brasileira de Tecnologias Sociais B5

Brazilian Journal of Aquatic Science and Technology B2

Contrapontos B1

Novos Estudos Jurídicos A1

Turismo – Visão e Ação B2

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2.5.2.1 Sapi

A Univali, para gerar indicativos da produção científica docente, utiliza, desde 2003, o Sistema de Avaliação de Produção Institucional (Sapi). O Sapi é um sistema on-line vinculado à Intranet da Univali para validar a produção intelectual dos docentes da instituição. Foi criado para atender às necessidades específicas de avaliação da produção científica dos docentes e é baseado nos dados fornecidos pelo Currículo Lattes (produção Lattes) e inseridos diretamente no sistema (produção Não Lattes). O sistema é capaz de gerar relatórios da produtividade com a respectiva pontuação do professor, do curso, do Centro.

Cada produção do docente que estiver classificada no Qualis29 terá sua pontuação multiplicada, conforme demonstrado a seguir.

Quadro 03 - Multiplicadores do escore Sapi

Qualis Internacional Nacional Local

A 4.0 2.5 1.4 B 3.0 2.0 1.3 C 2.0 1.6 1.2

Fonte: Gerência de Pós-Graduação e Pesquisa, Vice-Reitoria de Pós-Graduação, 2016.

O índice de desempenho do Sapi serve de subsídio para concessão de benefícios e auxílios ao professor no que tange à pesquisa.

A Resolução nº 015/CAS/2014 define os grupos de produção que são validados na Pesquisa, no Ensino e na Extensão. Para a Pesquisa, consideram-se os seguintes indicadores: trabalhos em eventos (0,5); artigos publicados em periódicos (3,0); livros (3,0); capítulos de livros (2,0); orientações concluídas (1,5); coorientações concluídas (0,5); participação como membro de banca (0,25); projetos aprovados em editais externos (1,5); participação em comissões de pesquisa (2,0); atuação em eventos (0,5); bolsista de produtividade CNPq - PQ ou PDTI (1,0).

2.6 Políticas de extensão, arte e cultura

A extensão universitária na Univali é compreendida como um processo acadêmico-pedagógico, que promove o intercâmbio de saberes entre a Universidade e a comunidade, com o desenvolvimento de atividades que contribuam na formação profissional e cidadã dos acadêmicos e no desenvolvimento regional. Esta prioriza o desenvolvimento de ações que envolvam a comunidade externa, em interação com os acadêmicos e professores, de

29 Qualis é o conjunto de procedimentos utilizados pela Capes para estratificação da qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação. Tal processo foi concebido para atender as necessidades específicas do sistema de avaliação. Como resultado, a Capes apresenta uma lista com a classificação dos veículos utilizados pelos programas para a divulgação da sua produção. O Qualis afere a qualidade dos artigos e de outros tipos de produção, a partir da análise da qualidade dos veículos de divulgação, ou seja, periódicos científicos. A classificação de periódicos é realizada pelas áreas de avaliação e passa por processo anual de atualização. Esses veículos são enquadrados em estratos indicativos da qualidade - A1, o mais elevado; A2; B1; B2; B3; B4; B5; C - com peso zero.

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modo a viabilizar a vivência dos valores essenciais ao exercício da cidadania e a reflexão sobre o conhecimento produzido na Universidade.

A partir deste entendimento, a política de extensão da Univali busca orientar e qualificar o desenvolvimento dos projetos e atividades, com a compreensão de que extensão universitária é uma dimensão do fazer acadêmico, um processo didático-pedagógico articulado ao ensino e à pesquisa.

Neste sentido, a extensão na Universidade tem como objetivos:

- Promover à participação da comunidade acadêmica nas problemáticas social e ambiental, local, regional e nacional, evidenciado por um posicionamento humanístico, técnico-político, de ação-reflexão-intervenção, na produção de serviços e conhecimentos para a população local e regional;

- Viabilizar o acesso da comunidade à informações e conhecimentos necessários a melhoria da sua qualidade de vida;

- Manter a Universidade aberta à participação da população, estabelecendo parcerias solidárias com as organizações públicas, privadas e da sociedade civil;

- Socializar os conhecimentos culturais, científicos e técnicos, as conquistas e os benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição;

- Desenvolver um processo acadêmico-pedagógico com vistas à formação profissional e cidadã dos alunos, comprometidos com a transformação social.

Sendo a extensão um processo acadêmico-pedagógico, interdisciplinar, de interação com a sociedade e coerente com os objetivos e valores que regem a Universidade e seu Projeto Pedagógico Institucional, busca-se o desenvolvimento de projetos voltados à melhoria da qualidade de vida, à garantia dos direitos e da dignidade humana e a promoção da sustentabilidade.

Desse modo, a política de extensão da Univali estabelece que o processo de concepção de programas/projetos e atividades de extensão é originário nos cursos de graduação e de pós-graduação, a partir de questões e demandas que se estabelecem na relação do ensino e da pesquisa e suas interfaces com a comunidade. Para tanto, as atividades de extensão mantêm coerência com os projetos pedagógicos dos cursos e os planos de desenvolvimento dos Centros e devem ter como princípio estruturante o papel desta na formação acadêmica e profissional dos alunos e no atendimento às demandas dos grupos sociais e da comunidade.

A partir da definição das áreas e linhas de extensão priorizadas nos cursos, o planejamento de projetos/programas requer a definição da metodologia de trabalho comunitário. Esta contempla a definição: do processo de diagnóstico da realidade social, das estratégias de intervenção, das disciplinas e/ou projetos de pesquisa envolvidos, das formas de envolvimento destes e dos indicadores de avaliação dos resultados, todos pautados em referenciais teórico-metodológicos. Todas as atividades são registradas nos planos de ensino e projetos pedagógicos.

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2.6.1 Programas/Projetos de extensão, acadêmicos e professores envolvidos, pessoas da comunidade atendidas

Os projetos e programas de extensão desenvolvidos beneficiam uma parcela significativa da população catarinense, notadamente da região de abrangência da Univali. Por meio delas, a Instituição fortalece o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, a partir dos seguintes parâmetros: autossustentabilidade dos projetos, racionalidade, resolutividade, eficácia e eficiência, custo-efetividade e impacto social.

As atividades de extensão envolvem todos os cursos da Universidade, somando esforços de acadêmicos e professores no trabalho com a comunidade. Por essa razão, são critérios orientadores das atividades de extensão: o envolvimento interdisciplinar, privilegiando ações integradas, com maior impacto social, a indissociabilidade entre ensino e/ou pesquisa, a troca de experiências e a produção do conhecimento teórico-prático, baseado nas necessidades apresentadas pela comunidade.

As ações de extensão estão estruturadas em:

- Programa e Projetos de Extensão – viabiliza a participação de professores e acadêmicos em atividades de extensão para a comunidade e fortalece o processo ensino-aprendizagem – além dos benefícios para as comunidades, a extensão estimula professores e acadêmicos a produzir artigos para a disseminação do conhecimento e a integração das propostas com o ensino e a pesquisa;

- Programas de Extensão de Caráter Permanente que envolvem todos os cursos da Universidade e fortalecem o vínculo da Instituição com diversos segmentos sociais, ao mesmo tempo em que retroalimentam o ensino e a pesquisa;

- Projetos de Extensão com recursos via edital externo, envolvendo professores, acadêmicos e comunidade;

- Programa de Serviço Voluntário – promove a prestação de serviço voluntário não remunerado e sem vínculo empregatício, com equipes compostas por acadêmicos e professores que buscam atender às populações, nas mais diversas áreas do conhecimento;

- Setor de Arte e Cultura – é responsável por promover, estimular e despertar o gosto pela arte no meio acadêmico e na comunidade em geral, promovendo seminários, cursos práticos e teóricos de arte, publicações, festivais, apresentações musicais e de dança, exposições e restauração e conservação do patrimônio artístico da Instituição;

- Coordenadoria de Gestão de Eventos, visa garantir a organização, a sistematização e o registro estatístico de eventos no âmbito da Univali, bem como estabelecer o correto fluxo administrativo, financeiro e contábil dos eventos realizados internamente e/ou por meio de parcerias e convênios com outras entidades – além de estimular novos eventos, possibilitando o intercâmbio do conhecimento dentro e fora da Universidade, servindo à comunidade acadêmica e regional.

As ações institucionais de extensão possibilitam a vivência do acadêmico e seus professores em um volume significativo de experiências que articulam ensino e pesquisa e demonstram que a Universidade pode e deve contribuir para:

- Expandir o desenvolvimento econômico e social e melhorar as condições e qualidade de vida da população;

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- Valorizar a diversidade, o meio ambiente, a memória cultural, a produção artística e o patrimônio natural e cultural;

- Desenvolver práticas de inclusão social e promoção dos direitos e igualdade étnico-racial.

Tais práticas contribuem também para disseminar conhecimentos e ações de interesse da Universidade em torno do interesse público, respeitando o conceito de cidadania e responsabilidade social.

No conjunto de programas e projetos desenvolvidos, merece destaque, pela sua abrangência e inovação social, o programa da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares, que prevê favorecer o desenvolvimento do empreendedorismo voltado à autogestão, viabilizando a inserção em cadeias produtivas locais e regionais e, consequentemente, contribuindo para a promoção do desenvolvimento sustentável dos empreendimentos nos aspectos econômico, social e ambiental — na área da economia solidária.

Neste sentido, o referido programa tem priorizado o atendimento das famílias em situação de risco social, agricultores urbanos e periurbanos, desempregados, mulheres em condições de vulnerabilidade, jovens, idosos, grupos organizados em cooperativas e associações, entre outros.

Com base na abordagem da economia solidária e da política pública do setor, a atuação da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares se organiza em quatro grandes eixos: 1) A Rede de Cooperativas de Catadores da Foz do Rio Itajaí, composta por quatro cooperativas – Cooperfoz, de Itajaí, Coopermar, de Balneário Camboriú, Cooperitapema, de Itapema, e a Recinave, de Navegantes; 2) A Rede de Comercialização Solidária, composta por empreendimentos de Navegantes (feira permanente mensal), Itajaí (Centro Público de Economia Solidária de Itajaí, formado por 19 empreendimentos de economia solidária), Balneário Camboriú (dois empreendimentos), Itapema (duas lojas de artesanato e de bazar de reutilizáveis, mais Lixo é Arte); 3) A Rede dos Grupos de Alimentação: Feira Orgânica de Itajaí, grupo de alimentação do Cepesi e dos consumidores; 4) A Rede de Espaços de Políticas Públicas: Fórum Litorâneo (envolve os municípios de Itajaí, Navegantes, Penha, Balneário Camboriú, Itapema e Porto Belo), Conselho Municipal de Economia Solidária de Itajaí, Fórum Regional de Economia Solidária de Florianópolis, Fórum Catarinense de Economia Solidária, Rede de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares, Conselho Estadual de Artesanato e Economia Solidária e a Frente Parlamentar de Economia Solidária.

O programa Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares atua com uma rede de parceiros, entre os quais: a Secretaria Nacional de Economia Solidária, a Rede Nacional de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares, o Fórum Catarinense de Economia Solidária, as Prefeituras de Itajaí e Balneário Camboriú, a Rede de Economia Solidária do Vale do Itajaí, o Fórum Litorâneo de Economia Solidária, o Fórum Regional de Economia Solidária de Florianópolis, os Laboratórios do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra do Mar da Univali (Laboratório de Educação Ambiental e Laboratório de Valoração e Gestão de Resíduos Sólidos), o projeto de extensão da Univali chamado Observatório de Políticas Públicas, o Centro Público de Economia Solidária de Itajaí e o Conselho Municipal de Economia Solidária de Itajaí.

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O trabalho desenvolvido na estruturação da Rede de Catadores tem gerado importante discussão sobre a gestão do lixo, em consonância com a Política Nacional de Resíduos Sólidos nas cidades de Itajaí, Navegantes, Itapema e Balneário Camboriú, bem como o processo de inclusão dos catadores na coleta seletiva dos municípios.

O projeto de extensão Educação para a Transformação: Meio Ambiente, Saúde e Gênero atua na promoção da educação popular em saúde, meio ambiente e relações de gênero para o desenvolvimento social, econômico e ambiental da agricultura familiar, estimulando a participação cidadã como estratégia de mudança e autonomia. O projeto ainda evidencia a importância das mulheres agricultoras na agricultura familiar, como multiplicadoras na disseminação de informação e conhecimento sobre meio ambiente, saúde e relações de gênero.

No âmbito da promoção da igualdade étnico-racial, o Projeto Diversidade Étnico-Racial: Diálogos Emergentes em Educação tem como objetivo qualificar docentes que atuam no ensino fundamental para a construção do processo educativo que trabalhe as diferenças, em respeito à Lei Federal nº 10.639/03 e a Lei nº 11.645/08. O projeto promove encontros de formação dirigidos ao público interno e externo à instituição. As oficinas são dirigidas aos professores da Educação Básica da Rede Municipal de Ensino e do Colégio de Aplicação da Univali, acadêmicos dos cursos de graduação e egressos, sobre temáticas como: “África-Brasil: hibridações religiosas e resistência”, “Escravidão, Abolição e Pós-Abolição: até onde a memória alcança” e “A diversidade étnico-racial no currículo da Educação Básica”. A perspectiva é ampliar as atividades do projeto, de modo a que se articulem aos currículos dos cursos de graduação e aos projetos de pesquisa.

Na perspectiva da garantia dos direitos sociais, destacam-se os projetos Mais e Melhor Idade, Univida e Criativa Idade, que reúnem na Universidade — campi de Itajaí, Balneário Camboriú e Florianópolis — homens e mulheres acima dos 40 anos de idade para ensinar, aprender e trocar conhecimentos e experiências nas áreas do lazer, da cultura, da saúde e da qualidade de vida. Os cursos — módulos básico e avançado — contam com professores articuladores que convidam outros professores, técnicos e/ou profissionais das diversas áreas para expor as temáticas propostas. Entre as disciplinas oferecidas, estão Conforto Intelectual, Iniciação à Arte-Cultura e Folclore e Saúde e Qualidade de Vida.

A experiência tem favorecido a inclusão social de pessoas idosas por meio do lazer e da cultura, melhorando a qualidade de vida pelo estabelecimento de vínculos com pessoas que não pertencem ao círculo familiar e pela ampliação das relações pessoais. Nas atividades de lazer, o idoso expõe suas experiências, aproximando-o do grupo e possibilitando o intercâmbio de conhecimentos e sentimentos. Este trabalho, realizado desde 2008, projeta manter continuidade e crescer, ampliando o número de vagas e de disciplinas.

No âmbito da inclusão e garantia de direitos o Programa Integra Ação com o Projeto de Escritório de Relações Internacionais tem desenvolvido o atendimento aos cidadãos estrangeiros e brasileiros com demandas internacionais. O trabalho beneficia principalmente a comunidade de haitianos que residem em Itajaí e região.

Do mesmo modo, a Universidade vem realizando um conjunto de ações de atenção e inclusão de pessoas com deficiência. O projeto Grupo de Apoio aos Profissionais que Compõem a Rede de Atenção à Pessoa com Deficiência atua para fortalecer a rede de

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cuidados da pessoa com deficiência auditiva, física e intelectual. Para tal, utiliza como estratégias a realização de estudos de casos, tutoria a distância e oficinas de capacitação para gestores e profissionais da saúde, para a participação efetiva no processo de organização da rede. Espera-se que o projeto contribua para o fortalecimento da rede e a formação de multiplicadores nos municípios de abrangência atendidos pelo Serviço de Saúde Auditiva e pelo Centro Especializado em Reabilitação Física e Motora (CER II/Univali).

Em 2016 a Universidade implantou o Projeto Uninclui, que visa contribuir para a inclusão e qualificação de pessoas com deficiência no trabalho. Este desenvolve um conjunto de atividades de sensibilização e formação constante da comunidade interna em relação às questões da deficiência e inclusão. Indiretamente as atividades contribuem para o desenvolvimento local e regional, ampliando as oportunidades de inclusão de pessoas com deficiência no trabalho formal e promovendo o fortalecimento e a ampliação da convivência comunitária e do exercício da cidadania.

Uma das iniciativas em desenvolvimento na linha da garantia de direitos é o Projeto Jovem Aprendiz Univali. Este tem por objetivos: promover a qualificação profissional de adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social, advindos de escolas públicas e privadas; oportunizar a formação pessoal; e estimular a responsabilidade social de empresas, incentivando-as a atender a Lei da Aprendizagem e cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). O Programa Jovem Aprendiz Univali se iniciou no ano de 2014, no Campus Balneário Camboriú, em 2015, expandiu-se para o Campus São José e, a partir de 2017, será realizado em Florianópolis, com o intuito de atender aproximadamente 500 jovens até 2021. Em Itajaí, há parceria com o Instituto Crescer, que atende cerca de 200 alunos/ano.

Para o desenvolvimento dos projetos/programas apresentados, os acadêmicos são beneficiados com Bolsas de Extensão e os professores recebem carga-horária específica para esse fim.

A análise ampliada do conjunto de programas e projetos desenvolvidos, assim como o número de acadêmicos e cursos envolvidos e de pessoas da comunidade atendidas, permite identificar que a extensão é uma dimensão do processo didático-pedagógico na Universidade. Tais atividades se tornam mais relevantes se associadas aos programas de apoio à cultura detalhados a seguir.

2.6.2 Programa de apoio à cultura, produção artística e patrimônio cultural

Em face das diretrizes da política de extensão e cultura estabelecidas, a Univali desenvolve ações direcionadas à produção artística e cultural e à disseminação da memória e do patrimônio culturais — entendidos como bens materiais e imateriais que encontram lugar importante na cultura. A função social da Universidade é resguardá-los e difundi-los para a sociedade, de modo que mais pessoas tenham acesso a eles.

O Setor de Arte e Cultura promove atividades voltadas ao desenvolvimento cultural e artístico visando valorizar e difundir a produção artística, a formação de plateia e o estímulo à cadeia econômica da cultura. As ações envolvem a comunidade acadêmica e estão centradas nos seguintes eixos culturais (Figura 15): 1) Exposições; 2) Festivais; 3)

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Ações de Comunicação: Linguagem Radiofônica, Mídias e Redes Sociais; 4) Grupos de Produção Artística – Dança, Teatro e Música; e 5) Participação em órgãos de representação política e social.

Figura 15 – Eixos culturais orientadores das ações culturais na Univali

Fonte: Gerência de Extensão, Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, 2016.

1) As exposições - são realizadas mensalmente no espaço cultural da Biblioteca Central Comunitária, por meio de parcerias com entidades culturais da região visando à divulgação das obras de artistas locais, regionais e nacionais. Além das exposições, são realizadas vitrines temáticas que contribuem com a memória cultural com temas relacionados ao folclore, à música, à literatura, às artes visuais, ao teatro, ao cinema, à fotografia e a todas as manifestações culturais que valorizem a memória e o patrimônio cultural.

2) Os festivais – acontecem anualmente na Universidade, com destaque para: o Festival Cultural Univali, evento institucional realizado para a comunidade em geral, o Festival Nacional Universitário de Dança de Itajaí30 e o Festival de Música de Itajaí31, no qual a Univali tem expressiva participação, coordenando as oficinas e as palestras.

30 Anual, possui caráter não competitivo e visa fomentar a dança universitária em todo país, constituindo um panorama da linguagem estética desenvolvida por grupos de dança universitários. O festival estimula a formação de público para a fruição cultural da comunidade acadêmica, promovendo o aprofundamento técnico dos bailarinos, por meio de oficinas e workshops, e a troca de saberes entre grupos de dança universitários.

31 O Festival de Música de Itajaí, organizado pela Fundação Cultural de Itajaí, oferece, a músicos da região, oficinas e workshops com músicos de renome nacional. Além disso, dispõe, à população, apresentações musicais de variados gêneros em pontos diversos da cidade. O festival conta, anualmente, com o apoio do Setor de Arte e Cultura da Univali, tanto no que se refere à estrutura física e de materiais, como na organização do evento.

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À programação do Festival Cultural Univali foram incorporadas diversas ações voltadas à participação das comunidades interna e externa, destacando-se:

- Noite da Poesia: incentiva a imaginação e a criatividade a partir de experiências de fruição e sensibilidade no trabalho com poesia, auxiliando no desenvolvimento pleno e integral dos estudantes das escolas participantes. Além das questões emocionais, o trabalho com declamação, com o fazer poético, com a emancipação artística e com a interpretação verbalizada de textos possibilita, de forma intensa e eficiente, o desenvolvimento de habilidades e competências comunicativas, imprescindíveis aos sujeitos sociais.

- Concurso de Talentos Musicais: reúne apresentações no Teatro Adelaide Konder da Universidade. Este projeto é aberto à população em geral e visa ao desenvolvimento musical e à profissionalização de artistas amadores da região.

- Oficinas de Artes: têm o objetivo de promover a iniciação artística e o aprofundamento técnico intermediário, além de viabilizar o contato do público com artistas profissionais.

- Mostra de cinema sobre direitos humanos da América do Sul: evento gratuito com a participação da comunidade em geral. O ciclo de exibições de curtas, médios e longas-metragens aborda questões sociais, de gênero e de respeito à diversidade.

- Noite Cultural Inclusiva em comemoração ao Dia do Surdo: é realizada com a participação de familiares, acadêmicos e comunidade, reunindo apresentações artísticas (música, dança e teatro) desenvolvidas por acadêmicos surdos e por associações do gênero.

- Concurso de Fotografia: tem o objetivo de integrar acadêmicos, egressos, funcionários da Univali e comunidade em geral nas atividades do Festival Cultural Univali. Busca estimular o desenvolvimento da criatividade e do sentido estético, a capacidade de observação do meio e a sensibilidade para a preservação dos patrimônios físico e humano da Universidade. A partir disso, a Universidade possibilita a criação de uma exposição permanente de fotos artísticas ao ar livre. Esta é uma ação de democratização do acesso da população à arte neste segmento.

- Mostra Cultural: visa fomentar o desenvolvimento cultural e artístico na região do Vale do Itajaí, a partir da comunidade universitária de todos os campi. A Mostra possibilita o intercâmbio entre artistas amadores e profissionais nos segmentos de música, dança, poesia e artes visuais, com apresentações, oficinas e exposições, além de mobilizar o envolvimento de entidades socioculturais e escolas.

A perspectiva para 2017-2021 é a realização de atividades do Festival Cultural Univali em todos os campi da Univali.

3) As Atividades de Comunicação envolvem o uso da mídia como veículo de educação e disseminação da cultura e do patrimônio cultural. Neste caso, destaca-se o projeto Mix Cultural que apresenta, na linguagem radiofônica, informações voltadas para o segmento cultural e a divulgação de atividades artísticas da região de Itajaí. Criado em 2000, o programa de arte e cultura, que vai ao ar semanalmente pela Rádio Educativa Univali FM, reúne entrevistas exclusivas, atrações artístico-culturais da região, agenda de eventos culturais, dicas de filmes e o quadro “Momento Mix”, que traz diferentes histórias e curiosidades sobre as manifestações artísticas em todo o mundo.

4) Os grupos de produção artística envolvem variadas atividades e são formados por:

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- Grupo de Dança Univali: realiza, com a participação de acadêmicos e funcionários com experiência em dança, criação coletiva e pesquisa orientada de temáticas e movimentos coreográficos e participa de festivais estaduais e nacionais com trabalhos/coreografias nas áreas de jazz, contemporâneo e street dance. Este faz apresentações para público aberto, nos campi da Univali e em outras cidades da região, e produz pesquisas acadêmicas em dança, com publicação de artigos e reflexões na área.

- Projeto Tem Música na Biblioteca: promove e estimula os talentos artísticos da universidade. Semanalmente acontecem apresentações musicais no Hall da Biblioteca Central Comunitária, com repertório que abrange variados gêneros de Música Popular Brasileira.

- Grupo Instrumental Univali: o projeto dedica-se à pesquisa e à valorização das grandes obras de compositores brasileiros, com foco na música contemporânea instrumental brasileira.

- Grupo Voz Universitária: é um grupo vocal de formação mista, composto por músicos e acadêmicos da universidade, com repertório de Música Popular Brasileira.

- Coral Univali: mantém um repertório de música popular nacional e internacional para apresentações em eventos da região. Conta com a participação de 45 vozes, além de instrumentistas (acadêmicos e funcionários da instituição). O Coral Infantojuvenil, por sua vez, busca desenvolver a musicalidade nas crianças e nos adolescentes.

- Banda Univali (Big Band): fomenta a música instrumental brasileira em apresentações musicais, dentro e fora dos campi da Univali, com repertório voltado para as grandes composições brasileiras de gêneros variados. É formada por acadêmicos, docentes e funcionários para apoiar e difundir talentos na área da música, contribuindo para a constituição e produção profissional no cenário cultural brasileiro.

- Projeto Jazz Pra Uma: visa fomentar o estudo e prática de standards da música instrumental, ampliando o repertório e a formação de plateia para esse gênero musical.

- Projeto Dança de Salão: proporciona, a jovens e adultos, benefícios físicos, mentais, terapêuticos e culturais na sua formação geral, por meio de aulas semanais de dança de salão. As aulas desenvolvem vários aspectos do ser humano, tais como: a postura, a criatividade e o ritmo, podendo atuar também como terapia.

- Aulas de Extensão em Música: são cursos de instrumentação musical oferecidos à comunidade interna e externa. Nestas aulas são realizadas práticas musicais com conteúdo em rítmica, harmonia e melodia (canto e instrumental) com um repertório específico a cada aluno. Além de esclarecer as especificidades dos instrumentos, também são oferecidas aulas teórico-práticas.

- Aulas de Extensão em Teatro: as aulas têm o intuito de desenvolver a comunicação oral e corporal e o trabalho em grupo. São desenvolvidos exercícios voltados a determinadas áreas como: raciocínio, agilidade, improvisação, imaginação e criatividade. As aulas são realizadas no Colégio de Aplicação da Univali com objetivo de levar aos alunos conhecimentos sobre as artes cênicas, buscando o desenvolvimento individual e o trabalho em grupo.

- Aulas de Clow: possibilitam o contato do indivíduo com seus aspectos ingênuos e ridículos, desenvolvendo a "lógica" do palhaço num estado de ação plena e em relação ao espectador, com intuito de incentivar a relação de confiança entre pessoas e promover um ambiente de descontração e espontaneidade por meio de jogos e brincadeiras. O

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serviço prático de experimentação é base do curso, sendo trabalhadas referências teóricas e discussões a partir delas.

5) No que se refere à participação em órgãos de representação política e social, o Setor de Arte e Cultura mantém parcerias, como membro titular, no Conselho Municipal de Políticas Culturais de Itajaí, no Conservatório de Música de Itajaí, no Museu Histórico de Itajaí, no Serviço Social do Comércio de Itajaí e na Fundação Genésio Miranda Lins.

Além das atividades descritas, o Setor de Arte e Cultura da Univali realiza o tombamento e a organização do acervo de obras de arte da Universidade e possui em seu acervo 155 obras de artistas brasileiros conceituados, com vários segmentos, técnicas e tendências na área das artes visuais.

Além disso, a Universidade atua, com a Fundação Genésio Miranda Lins, na realização do evento Cidade Revelada, que ocorre anualmente na cidade de Itajaí e tem como tema central a preservação do patrimônio histórico-cultural, por meio da manutenção e restauração dos prédios públicos da cidade. O evento, que reúne oficinas e palestras, recebe o apoio dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e História.

Outro aspecto relevante relacionado ao patrimônio cultural do município de Itajaí está no Centro de Memória e Documentação Histórica da Univali, que conta com um acervo expressivo em documentos, fotos e peças como quadros, vestimentas e troféus que registram a trajetória histórica da Univali, além de possibilitar o entendimento da história da cidade e da inserção regional da Universidade no contexto dos municípios em que atua.

O Museu Oceanográfico Univali, localizado no Campus Balneário Piçarras, e o Ecomuseu Univali, localizado na Ilha de Porto Belo, representam importantes projetos de valorização do meio ambiente, da memória cultural e do patrimônio natural e histórico-cultural. O primeiro possui uma das mais expressivas coleções biológicas de importância científica como: a maior coleção de conchas e tartarugas marinhas da América Latina, a maior coleção de mamíferos marinhos do Brasil, a maior coleção de tubarões e raias da América Latina e a quarta maior do mundo.

Parte do acervo do museu é composta por animais marinhos da fauna brasileira, especialmente do Sul do Brasil. Além das coleções biológicas, referência para atividades didáticas e de pesquisa, o museu possui uma biblioteca com mais de mil livros especializados, 6,2 mil artigos científicos e mais de 500 títulos de periódicos nacionais e internacionais, além de fototeca e videoteca. O acervo está disponível à comunidade científica para disseminação do conhecimento e para testemunhar a minuciosa biodiversidade brasileira.

O Ecomuseu Univali atua no resgate e na valorização dos costumes, dos hábitos e da história das comunidades litorâneas de Santa Catarina e no cuidado da biodiversidade regional. Com exposições que divulgam e preservam o patrimônio natural, este exibe coleções de espécies de cetáceos e tartarugas marinhas e mostra, permanentemente, exemplares de grandes mamíferos que viveram na América do Sul durante a Era do Gelo. O espaço apresenta também o laboratório do naturalista Carlos Nicolau Gofferjé, estudioso das ciências naturais da primeira metade do século 20. São 500m2 divididos em diversos ambientes (saguão principal, duas salas de exposição, dois terraços, plenário ao ar livre, deck de entrada e auditório para 45 pessoas). Integrado à natureza, o local se distingue do

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perfil de um museu estático e se encaixa na nova tendência de espaços culturais, nos quais os visitantes podem interagir, brincar, questionar e conversar.

2.6.3 Divulgação dos resultados dos projetos de extensão e cultura

A política de extensão estabelece que os programas e os projetos, na sua concepção, contemplem as estratégias de divulgação dos resultados — divulgação das atividades para a comunidade por meio de assessoria de imprensa da Universidade, estratégias dirigidas (cartaz e folder), uso das mídias sociais digitais, divulgação no Sistema de Rádio e TV Univali, produção e publicação de artigos científicos em eventos e publicações acadêmicas.

O portal institucional da Univali (site) é fundamental na socialização das atividades da extensão. Os projetos, eventos e cursos e ações comunitárias já possuem links para a divulgação das atividades.

A política de extensão enfatiza a necessidade de: sistematização e avaliação dos projetos, reflexão sobre a metodologia adotada e produção do conhecimento com a publicação de artigos científicos em revistas e periódicos da área de extensão. Desta forma, ao final de cada ano, além dos relatórios de atividades, os projetos elaboram um artigo científico com a sistematização e avaliação do conhecimento produzido e contribuem na elaboração do relatório de responsabilidade social da mantenedora da Universidade.

Além disso, todas as ações da cultura são divulgadas, mensalmente, por meio de cartazes, painéis e vitrines, eventos internos e externos, no programa Mix Cultural da Rádio Univali e nas redes sociais vinculadas ao Setor de Arte e Cultura.

Adicionalmente, a Coordenadoria de Marketing e Comunicação dissemina as informações para vários órgãos da imprensa (revistas, jornais, rádio, TV), com veiculação de produções jornalísticas, cartazes e convites (Informarte). Também é construído um informativo com a agenda mensal de atividades culturais promovidas na instituição e região. Este é distribuído para as comunidades interna e externa à instituição.

2.6.4 Política de eventos

Na Univali, caracterizam-se como eventos: cursos de extensão e aperfeiçoamento, feiras, exposições, simpósios, seminários, semanas, jornadas, festivais, mostras, congressos, visitas técnicas, encontros, palestras, conferências, oficinas, workshops, fóruns e outras ações com características similares.

A Coordenadoria de Gestão de Eventos, vinculada à Gerência de Extensão e Cultura, atende e orienta professores e acadêmicos na elaboração e execução de cursos e eventos no âmbito institucional, incentiva a proposição de novos projetos de eventos, fornece informações referentes a eventos ao público externo e recebe, analisa e emite parecer às propostas de eventos.

Os eventos podem ser propostos, internamente, por coordenadores de curso, professores, alunos, funcionários e entidades estudantis. Além disso, empresas e instituições externas podem solicitar ou propor eventos.

A cada ano, novas temáticas e formatos de cursos e eventos são oferecidos, buscando atender às necessidades das comunidades interna e externa à Univali

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participantes com o intuito de proporcionar uma formação atualizada, com foco na qualidade e na inovação.

Esta constante complementação de estudos contribui diretamente com a valorização dos profissionais formados pela Universidade, além de manter a proximidade entre a Universidade e o mercado de trabalho regional.

Com os constantes investimentos em estrutura, que atrai, cada vez mais, eventos nacionais e internacionais, e com o estímulo aos docentes para a oferta de cursos de atualização de alta qualidade, a tendência é que haja uma expansão ainda maior na área de eventos nos próximos anos, contribuindo para consolidar a Universidade como referência na realização de eventos técnico-científicos no país.

A Instituição dispõe, aos usuários, o Sistema de Gerenciamento de Eventos Técnico-Científicos Elis. O sistema, desenvolvido pela Gerência de Tecnologia da Instituição, é constantemente atualizado para atender às demandas existentes e está disponível aos organizadores de eventos internos, podendo ser utilizado por parceiros, por meio de convênios, para a inscrição em eventos e a submissão de trabalhos pelo acesso online — fator que facilita a realização de eventos nacionais e internacionais. Este sistema permite o gerenciamento de inscrições, submissões de trabalhos, pagamentos, controle de presença, certificação online, além de uma ampla gama de relatórios e um vasto banco de dados.

2.7 Políticas de gestão

A política de gestão da Univali está incorporada às práticas eficazes da governança corporativa, que demonstra, em seu conjunto de processos, regulamentos e decisões, o exercício da sua autonomia na gestão financeira e patrimonial. Em conformidade com os princípios da colegialidade e da ciência administrativa, a Universidade administra o patrimônio colocado à sua disposição pela Fundação Univali, planeja, executa e avalia estratégias, ações e indicadores definidos no seu planejamento estratégico e orçamento e busca recursos e cooperação por meio de convênios e contratos com entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais. O desenvolvimento de tais atividades orienta-se pelas seguintes diretrizes vinculadas às dimensões do Planejamento Estratégico Institucional (PE): capital social, processos, crescimento e desenvolvimento e sustentabilidade econômico-financeira.

Quadro 04– Diretrizes das políticas de gestão na Univali

Dimensões Diretrizes Capital Social – Valorização do corpo docente e técnico-administrativo pela sua

qualificação, produtividade, permanência, comprometimento e atitude; - Valorização do corpo discente pela trajetória acadêmica e científica de egressos e pela inserção em mercados regionais, nacionais e internacionais.

Processos – Garantia de um padrão de qualidade nos serviços prestados e oferecidos à sociedade, notadamente nas atividades fins de ensino, pesquisa, extensão, cultura; – Interação com a sociedade para identificação de suas necessidades, buscando e proporcionando soluções compartilhadas às demandas sociais e tecnológicas.

Crescimento e Desenvolvimento

- Criatividade, inovação e proatividade na proposição de novos produtos, processos e serviços que qualifiquem a ação da universidade no

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Dimensões Diretrizes desenvolvimento econômico-social e cultural da comunidade. - Desenvolvimento de recursos pedagógicos e tecnológicos inovadores que propiciem aprendizagens e mobilidades da capacidade crítica e criativa de alunos e docentes. - Acompanhamento e respostas às necessidades e cenários transformadores da sociedade. – Responsabilidade no desenvolvimento da ciência e tecnologia para a inovação de serviços e produtos que proporcionem efeitos sociais positivos

Sustentabilidade econômico-financeira

– Garantia da sustentabilidade mediante a utilização de processos que valorizem todas as formas de capital humano, natural e financeiro; – Responsabilidade na geração de informações a fim de prestar contas a respeito da gestão a todos os agentes interessados; – Avaliação e gerenciamento sistemático do impacto da atuação da Univali em relação à sociedade; – Descentralização e delegação de competências e responsabilidades que garantam a condução adequada das atividades da Instituição; – Atendimento às políticas institucionais e aos resultados de avaliações internas e externas, por meio do planejamento, organização, direção e controle das ações administrativas, de ensino, de pesquisa, de extensão e de cultura.

Fonte: Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, 2016.

Para tanto, a Univali mantém alguns programas e ações de apoio à gestão. São estes:

- Acompanhamento e avaliação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI);

- Acompanhamento e gestão dos resultados da avaliação emitidos pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) para orientação no planejamento e gestão;

- Implementação, acompanhamento e avaliação do Planejamento Estratégico Institucional (PE) em articulação com os resultados da avaliação, o PDI e o orçamento;

- Acompanhamento da política de sustentabilidade financeira da Instituição;

- Implementação, acompanhamento e avaliação do Plano de Carreira, Sucessão e Remuneração;

- Atualização e qualificação contínua dos Programas de Formação Continuada de Docentes, de Gestores e de Técnico-Administrativos;

- Atualização e qualificação contínua dos sistemas de informação que compõem a Rede Integrada de Planejamento e Gestão, para suporte à tomada de decisão;

- Implementação de sistema de controle interno para garantir a proteção dos ativos, a fidedignidade dos dados gerados pelos diversos sistemas, a adesão às políticas da administração e a eficiência operacional;

- Acompanhamento do sistema de incentivo e acompanhamento da produção científica docente;

- Acompanhamento, avaliação e aperfeiçoamento do Programa de Avaliação Institucional;

- Ampliação e fortalecimento dos Programas Institucionais de Intercâmbio interno, nacional e internacional de docentes, graduandos e pós-graduandos;

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- Implementação, acompanhamento e avaliação das ações institucionais voltadas à inserção regional da Univali em relação ao desenvolvimento econômico-social e à inclusão social;

- Implantação e acompanhamento da Política de Inovação;

- Implementação da Política de Responsabilidade Socioambiental;

- Investimentos na política de conservação, manutenção, atualização e expansão da infraestrutura física e tecnológica.

2.8 Política de Responsabilidade Socioambiental

A Univali, como Universidade Comunitária de origem pública com personalidade jurídica de direito privado, tem suas ações voltadas à elevação da qualidade de vida e do desenvolvimento econômico e social do país — sobretudo das regiões nas quais se encontra inserida, conforme explicitado na sua missão, visão e valores e nos múltiplos projetos, ações e iniciativas que desenvolve com o ensino, a pesquisa, a extensão e a cultura.

Desse modo, a responsabilidade socioambiental é um dos eixos norteadores de sua gestão, por meio de ações voltadas à consolidação da ética em sua governança corporativa e em suas relações com alunos, colaboradores, governos, fornecedores, empresas e sociedade, bem como à inclusão social, à preservação do meio ambiente e da memória cultural e a busca do máximo aproveitamento dos recursos utilizados e programas voltados ao desenvolvimento econômico e regional.

Para tanto, a Instituição desenvolve programas, projetos e ações com e para a comunidade, objetivando promover a inclusão social, o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida e da infraestrutura urbana/local, além da inovação social.

A atuação social da Universidade é um processo de mão dupla. Embora seu caráter comunitário a vincule naturalmente às necessidades da sociedade de seu entorno, ela acaba por acumular importante expertise ao abraçar, como desafios seus, as muitas demandas e necessidades sociais.

Por meio dos indicadores — ferramentas de gestão que objetivam apoiar a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental em suas estratégias de negócio, de modo que esse venha a ser sustentável e socialmente responsável —, a Instituição aprovou, no ano de 2016, a sua política de responsabilidade socioambiental e sustentabilidade. Essa expressa um conjunto de princípios, diretrizes e ações a serem assumidos coletivamente no âmbito da Instituição, considerando suas responsabilidades como Instituição Comunitária de Ensino superior.

A política de responsabilidade socioambiental e sustentabilidade da Fundação Univali apresenta como objetivo geral: consolidar um sistema de governança organizacional lastreado nos princípios e nas diretrizes de responsabilidade socioambiental, norteadores da tomada de decisões e das ações de identificação e qualificação dos impactos econômicos, sociais e ambientais, promovendo a cidadania, os direitos humanos e a sustentabilidade para as atuais e futuras gerações.

Por seu turno, como objetivos específicos desta política, destacam-se:

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a) Promover a incorporação da cultura de responsabilidade socioambiental e dos princípios estabelecidos na política, perante os diferentes sujeitos, grupos e instituições com os quais a Univali se relaciona e interage.

b) Sensibilizar e orientar a comunidade interna e externa, fornecedores e prestadores de serviços em relação às diretrizes e medidas de responsabilidade socioambiental adotadas pela instituição.

c) Consolidar o plano institucional de ambientalização e responsabilidade socioambiental, que possibilite a intervenção consultiva nos processos decisórios e na governança institucional.

d) Consolidar a atuação da Comissão de Responsabilidade Socioambiental.

e) Promover a integração de sistemas, políticas, processos e documentos institucionais na implementação da política de responsabilidade socioambiental.

f) Garantir o cumprimento das diretrizes ambientais contidas no PDI, no Planejamento Estratégico (PE) e nos demais documentos institucionais, com base nos eixos: 1) preservação, conservação e sustentabilidade ambiental; 2) gerenciamento de resíduos, efluentes, emissões atmosféricas e prevenção/combate à poluição; 3) eficiência energética; 4) urbanização e ocupação racional; 5) educação e comunicação ambiental.

g) Implementar as diretrizes e ações de desenvolvimento, produção e preservação cultural e artística no ensino, pesquisa, extensão e cultura da Univali.

h) Implantar um sistema de gestão, monitoramento e avaliação dos indicadores de ambientalização e responsabilidade socioambiental.

i) Incorporar os temas de ambientalização e sustentabilidade nas ações de ensino, pesquisa, extensão e cultura, nos currículos de graduação e pós-graduação e nas ações de formação da comunidade interna e externa.

j) Fortalecer o intercâmbio de experiências entre Instituições de Ensino Superior e Redes Universitárias nacionais e internacionais sobre a incorporação dos temas de meio ambiente e sustentabilidade em suas atividades acadêmicas e administrativas.

k)Promover a governança institucional e a gestão ambiental da Univali.

Em face desses propósitos a Instituição apresenta, anualmente, seu Relatório de Responsabilidade Social, além de outros relatórios necessários à concessão de certificações e reconhecimentos nas esferas federal, estadual e municipal. Resumidamente, as informações são apresentadas, tomando-se como referenciais indicadores sociais internos e externos, bem como indicadores ambientais.

Em face da preocupação com o bem-estar, o clima organizacional e a qualidade de vida de seu capital social, a Instituição desenvolve ações e benefícios que se alinham à busca de uma linguagem e cultura comuns, capazes de promover a inclusão de todos na organização em prol de um bem comum. Para tanto, algumas ações e benefícios são oferecidos de forma permanente: Programa Uniforma, Programa de Formação Continuada de Docentes, Ginástica Laboral, Plano de Saúde, Plano Odontológico, Bolsas de Estudos e Previdência Complementar.

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Sendo a responsabilidade socioambiental um processo em contínua construção e aprimoramento, a Univali oferece serviços, programas, projetos e ações abrangendo importantes áreas de atuação, conforme dispõe o Quadro 05, as quais abrangem: a) Ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos e igualdade étnica e racial; b) Fomento à memória cultural, à produção artística e ao patrimônio cultural; c) Promoção e defesa do meio ambiente; d) Inclusão social; e) Desenvolvimento econômico e social, com vistas à consecução de uma sociedade mais justa, sustentável e com melhor qualidade de vida; f) Valorização do capital social; g) Inovação social.

Quadro 05 – Programas, projetos e ações de responsabilidade socioambiental por áreas de atuação

ÁREA DE ATUAÇÃO

Defesa e Promoção dos Direitos Humanos e Igualdade Étnico-racial

Projeto Ciranda: Combater a Violência Sexual para Resgatar a Alegria da Criança e do Adolescente

Programa Cejurps Integra Ação: Promovendo a Sustentabilidade Social

Assessoria na Construção de Rede de Apoio para Sujeitos Afásicos de Itajaí e Região

Programa Interdisciplinar a Mulheres com Síndrome de Fibromialgia

Diversidade Étnico-Racial: Diálogos Emergentes em Educação

Assistência Social no Escritório Modelo de Advocacia - EMA - Itajaí

Assistência Social no Escritório Modelo de Advocacia - EMA - Balneário Camboriú

Assistência Social no Escritório Modelo de Advocacia - EMA -Tijucas

Assistência Social no Escritório Modelo de Advocacia - EMA - Biguaçu

Assistência Social no Escritório Modelo de Advocacia - EMA - São José

Projeto Cidadania em Foco

Protejá: violência contra criança e adolescente é crime

Desenvolvimento Econômico e Social

Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares

Capacitação em Informática de Jovens da Grande Florianópolis para o Mercado de Trabalho

Educação Alimentar e Nutricional para Promoção da Cidadania, da Saúde e Prevenção de Doenças

Educação em Saúde com os Cuidadores, Crianças e Adolescentes no Hospital Universitário Pequeno Anjo (Hupa) e Usuários do Ambulatório de Saúde Familiar e Comunitária (USFC).

Mãos De Vida: Empoderamento para a Cidadania

Balneário Camboriú Quem Gosta Cuida

Comissão de Integração Ensino e Serviço da Foz do Rio Itajaí

Jovem Aprendiz Univali

Envelhecimento Saudável

Projeto Escolhas

Antonio Gramsci: Fomentando a Concepção Ativista de Educação

Projeto Unibem

Projeto de Extensão Gestão para Cidadania

Meu Amigo Capaz - Marcenaria Sustentável

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ÁREA DE ATUAÇÃO

Mulheres do Bairro

Atelier Solidário

Projeto Introdução a Programação, Robótica e Implementação de Processadores: Atraindo Talentos para as Áreas de Engenharia e Computação

Educação & Ensino Médio Inovador

Diversidade

Serviço de Atendimento a Pessoa Surda (Saps)

Promoção à Saúde do Idoso Juntamente com seus Familiares/Cuidadores

Coisas de Mulher

Discutindo a Relação (#D.R.)

Educação Física, Saúde, Esporte e Lazer (Efsel)

Gesta Vida - Curso Para Gestantes

Casulo*

Doações aos fundos municipais de atendimento à criança e ao adolescente - FIA

Formação continuada para a rede de ensino de Itajaí

Responsabilidade Social: Inclusão Social

Grupo de Apoio aos Profissionais que Compõe a Rede de Atenção à Pessoa com Deficiência

Inclusão Digital de Idosos

Doutores da Beleza

Univali Faz

Univida

Mais e Melhor Idade

Ambulatório Interdisciplinar de Doenças Inflamatórias Intestinais (DII)

Atividade/Terapia Assistida por Animais (A/TAA) como Alternativas de Humanização dos Cuidados em Saúde

Universidade da Criativa Idade

Terapeutas da Alegria

Ação Social nas escolas/Ação Social nos Projetos de Extensão/Ação Social em Empresas/Entidades

Bolsas de Estudo

Meio Ambiente

Univali - Jeitos de Mudar o Mundo

Unidades de Conservação é Preciso

Papel Social

Sala Verde

Aquecedor Solar com Materiais Recicláveis

Trilha da Vida

Educação em Sustentabilidade: Reduzir e Reciclar

Água Viva

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ÁREA DE ATUAÇÃO

Oceanos

Educação para Transformação: Meio Ambiente, Saúde e Gênero

Faça seu Papel

Conhecer o Mar, para Preservar

Ambientalização e Sustentabilidade na Educação Superior: Subsídios às políticas institucionais em SC

Ambientalização e Sustentabilidade nas universidades: subsídios e compromisso com boas práticas socioambientais

Compra de Energia Verde

Definición de indicadores para la evaluación de las politicas de sustentabilidad em Universidades Latinoamericanas

Gerenciamento de resíduos

Implantação da bacia evapotranspiração BET

Paisagismo sustentável (agricultura orgânica)

Palestras e capacitações sobre jardins biodiversos, jardins comestíveis da agricultura orgânica

Participação em redes universitárias nacionais e internacionais de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental nas universidades

Projeto de extensão: engenharia natural e tratamento de efluentes domésticos

Univali limpando o Mundo

Memória Cultural

Patrimônio da Barra

Patrimônio Cultural

Proler Univali

Na Ponta Língua – Tudo o que Você já Sabia, Mas Acabou de Esquecer*

Produção Artística

Articulando A Educação Musical em Projetos de Assistência Social

Univali em Movimento

Capacitação Docente: Assessoria, Produção e Socialização do Conhecimento Musical para Professores da Educação Básica do Município de Itajaí e Região

Estação Univali - Programas Pirão Catarina e Viva Voz

Projeto Aquarela Musical

Promoção da Saúde

Ação Social Dia da Mulher

Ações Comunitárias do curso de graduação em Enfermagem

Acolhimento e cuidado em Odontologia

Hospital Infantil Pequeno Anjo - HUPA

Fonte: Coordenadoria de Filantropia e Responsabilidade Social, Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, 2016.

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A análise dos projetos e ações descritos no Quadro 05 expõe mais do que o repertório de atuação e o raio de interesse social da Universidade, revelando a responsabilidade com que assume e desenvolve seu papel na sociedade.

Complementarmente, a Univali desenvolve Programas de Atenção à Comunidade e Inclusão Social, os quais também se caracterizam como ações de responsabilidade socioambiental, envolvendo disciplinas curriculares, acadêmicos e professores e contribuindo para a garantia de direitos e o desenvolvimento econômico e social da região. Entre esses programas, destacam-se o Programa de Ações Comunitárias, o Programa de Promoção Sociocultural, os Serviços de Saúde, o Programa de Assistência Judiciária e o Hospital Infantil Pequeno Anjo.

No Programa de Ações Comunitárias e Promoção Sociocultural, os acadêmicos prestam atendimento à comunidade em bairros periféricos de Itajaí em dia preestabelecido, envolvendo as áreas Desenvolvimento profissional, Geração de emprego e renda, Novas tecnologias, Inovação pedagógica, Sustentabilidade socioambiental, Inovação social, Inclusão social, Direitos humanos, Promoção da saúde, Preservação de memória, Preservação do patrimônio histórico, Desenvolvimento social, Redução de danos, Internacionalização, Empoderamento e Promoção da educação.

Nos Programas de promoção de Saúde, os acadêmicos vinculados aos cursos de Nutrição, Medicina, Odontologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Enfermagem, Farmácia e Psicologia prestam atendimento à população da região nos inúmeros espaços organizados para este fim, tais como: Clínica de Fisioterapia, Unidade de Saúde Familiar e Comunitária, Serviços de Atendimento Clínico em Fonoaudiologia, Serviço de Atenção à Saúde Auditiva e Clínicas de Odontologia, entre outros.

Os Programas de Assistência Judiciária envolvem ações que se desenvolvem por meio do Escritório Modelo de Advocacia, que assume uma função ativa e potencializadora do desenvolvimento da cidadania, inclusão social, direitos humanos, redução de danos e empoderamento. Desta forma, este se apresenta como espaço que possibilita ao curso de Direito estender os conhecimentos jurídicos e o seu potencial humano à comunidade, com o desenvolvimento de projetos de extensão, no atendimento das demandas de interesses coletivos, definindo a sua atuação a partir da interação com a própria comunidade.

O Hospital Infantil Pequeno Anjo (Hupa), administrado pela Fundação Univali desde abril de 2002, exerce papel significativo no atendimento em saúde infantil a pacientes de 0 a 14 anos para toda a microrregião da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí-Açu (Amfri), que abrange Itajaí, Bombinhas, Camboriú, Itapema, Porto Belo, Navegantes, Ilhota, Penha, Piçarras e Luís Alves. Além desta microrregião, que possui população infantil de 120 mil crianças, o Hospital atende pacientes de cidades próximas, como Joinville, Barra Velha, Tijucas e Brusque.

O hospital ocupa a área de 3.313,60m² no centro da cidade de Itajaí, possui cem leitos e conta com serviços qualificados de nutrição e dietética, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, assistência social, radiodiagnóstico por imagem, análises clínicas e farmácia hospitalar. O corpo clínico é formado por aproximadamente 50 médicos, que atendem em diversas especialidades. Nele, ainda são realizadas atividades de ensino, pesquisa e extensão dos cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia, Psicologia,

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Fisioterapia, Odontologia, Fonoaudiologia, Pedagogia, Nutrição, Educação Física, Administração e Gastronomia, entre outros.

Com a participação de acadêmicos e professores, vários projetos são desenvolvidos no Hupa, entre eles: Projeto Humanizar, destinado a acolhimento dos pacientes internados, bem como aos pais e cuidadores, prestando atendimento e orientação dirigida, sempre promovendo saúde; e Terapeutas da Alegria, voltado principalmente a auxiliar a formação de profissionais da saúde preocupados com a qualidade de vida do paciente e capazes de abordá-lo de forma integral e transdisciplinar, colaborando para a melhoria do atendimento nos estabelecimentos de saúde.

Mediante suas atividades, o Hospital tem oportunizado a recuperação da criança/adolescente, por meio da expertise das equipes multiprofissionais que atuam também na promoção e prevenção de saúde, juntamente com a família. Além disso, o Hospital tem promovido a melhoria da qualidade de vida da criança portadora de doença crônica, auxiliando na formação profissional de universitários e alunos de escolas técnicas, e fomentado a produção e a publicação de pesquisas cientificas mediante estudos de casos envolvendo pacientes (crianças e adolescentes) nas mais diversas áreas da saúde.

Acerca disso, é importante ressaltar que os Programas de Atenção à Comunidade e Inclusão Social representam relevante impacto em relação à inserção da Universidade na comunidade, considerando o número de atendimentos prestados, a diversidade e a abrangência dos programas. Estes são desenvolvidos sistematicamente, com a atuação permanente de professores e acadêmicos, em uma relação direta com as disciplinas curriculares e com estreita convergência aos propósitos da Política de Responsabilidade Social da Instituição.

2.8.1 Capacidade de atendimento e recursos aplicados

A estratégia da Instituição para os próximos anos consiste não apenas em manter as ações existentes, mas promover a ampliação dos investimentos em termos da melhoria da qualidade dos programas e projetos desenvolvidos. Além disso, integram a estratégia institucional a efetivação e a implementação de outros indicadores mais abrangentes relacionados à responsabilidade socioambiental, que se encontram devidamente contemplados na Política, com o incremento das respectivas ações neste sentido.

Para tanto, o Comitê de Responsabilidade Socioambiental, composto por representantes dos mais variados segmentos da Instituição, será responsável pela qualificação de processos e ações, assegurando organicidade e coerência nas ações, programas e projetos desenvolvidos, assim como o acompanhamento e a avaliação deles.

2.8.2 Divulgação das ações de responsabilidade social para a comunidade

A Instituição promove a divulgação permanente de todas as suas ações de responsabilidade social por meio do site www.univali.br, da publicação eletrônica semanal Univali em Dia (http://www.univali.br/imprensa/univali-em-dia/Paginas/default.aspx), dos seus programas de Rádio e TV e de outros relatórios com informações detalhadas sobre estas atividades, que traduzem as ações da Univali.

No 2016, a Instituição implantou um Sistema eletrônico para registro de indicadores de projetos, ações e iniciativas de responsabilidade socioambiental. Esta ferramenta foi desenvolvida em parceria com demais setores – Extensão,

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Desenvolvimento Institucional, CPA e Tecnologia da Informação –, com vistas a atender às múltiplas demandas institucionais relacionadas a projetos de extensão, de ações comunitárias e de responsabilidade socioambiental.

Destacam-se alguns dos principais relatórios e certificações conferidas à Universidade pelas organizações responsáveis por conferir certificados, títulos, prêmios e reconhecimentos de responsabilidade socioambiental:

- Relatório de Responsabilidade Social/Balanço Social – é um documento que apresenta, à sociedade, a síntese das ações de responsabilidade socioambiental desenvolvidas pela Univali. Esse evidencia, nos indicadores de qualidade e números associados à cinco dimensões de atuação: institucional: acadêmica, social, socioambiental e cultural, o compromisso institucional e o esforço de centenas de profissionais docentes e administrativos envolvidos na superação das metas da Instituição.

- Selo Social de Itajaí – é um programa do Município de Itajaí, desenvolvido em parceria com a Associação Empresarial de Itajaí, que visa reconhecer os investimentos efetuados por organizações na melhoria da qualidade de vida da comunidade na qual estão inseridas. Recebem o Selo Social empresas e instituições que realizam investimentos na área social em âmbito interno (com seus colaboradores) ou externo (comunidade), tendo como parâmetro de análise os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas: 1 – Combate à fome e a miséria, 2 – Acesso à Educação Básica, 3 – Igualdade entre sexos e a valorização da mulher, 4 – Redução da mortalidade infantil, 5 – Melhoria na saúde das gestantes, 6 – Combate à Aids, à Malária e outras doenças, 7 – Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente e 8 – União de toda a sociedade em prol do desenvolvimento. Anualmente, a Univali cadastra seus programas/projetos e serviços e concorre ao Selo desde 2007. Em 2016, a Instituição foi certificada pela nona vez em relação aos projetos e ações realizadas no ano de 2015.

- Selo Social de Balneário Camboriú – promovido pelo Instituto Abaçaí, trata-se de um projeto de mobilização, organização e desenvolvimento socioterritorial que envolve empresas, órgãos públicos e entidades, com objetivo de promover o desenvolvimento social especificamente no município de Balneário Camboriú, visando contribuir com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, criados pela ONU. No ano de 2015, primeiro ano de realização do projeto, a Instituição foi certificada pela primeira vez.

- Certificação de Responsabilidade Alesc – com base na Lei Estadual nº 12.918, de 23 de janeiro de 2004, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, instituiu o Certificado de Responsabilidade Social de Santa Catarina e o Troféu Responsabilidade Social - Destaque SC, tendo por finalidade reconhecer e destacar as empresas privadas e entidades com fins não econômicos que tenham a responsabilidade socioambiental incluída em suas políticas de gestão visando à promoção do bem-estar da sociedade e a preservação ambiental. Em 2016, a Univali foi certificada pela quarta vez.

- Prêmio República de Responsabilidade Social: promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República – ANPR, a referida premiação objetiva reconhecer e homenagear as iniciativas, projetos e ações da sociedade civil relacionadas à proteção do meio ambiente, promoção dos direitos humanos e da justiça social, aí incluídas ações relacionadas à infância e juventude, respeito e valorização dos idosos, educação, saúde, combate às drogas, transparência e combate à corrupção, comunidades tradicionais,

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mobilidade urbana e pessoas portadoras de deficiência. No ano de 2016, primeira vez em que participou da referida premiação, a Univali foi finalista na categoria “sociedade civil”.

- Movimento Nós Podemos SC - em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o Movimento Nós Podemos Santa Catarina está realizando eventos em diversos municípios catarinenses para auxiliar os gestores municipais a entender a condição dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio em cada município e o que é necessário fazer para alcançar os objetivos e as metas em cada localidade. Durante os eventos, é proposta uma agenda para a constituição de um comitê municipal, que pode ser formado por representantes do poder público municipal, de organizações da sociedade civil, de universidades, de empresas, etc. A Univali é Embaixadora no Movimento Estadual no Objetivo 6 (Combater a Aids, a Malária e outras doenças) e mobilizadora no comitê do município de Itajaí. Após alguns anos de discussão, a Organização das Nações Unidas aprovou a construção de uma nova ferramenta em substituição aos ODM´s – Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Tratam-se dos ODS´s – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que, composto de 17 Objetivos e 169 metas, complementarão o trabalho referente aos ODM´s e responderão a novos desafios, constituindo um conjunto integrado e indivisível de prioridades globais para o desenvolvimento sustentável. Considerando a nova diretriz estabelecida pela ONU, a Instituição já está alinhando seus programas, projetos e ações para atender aos referidos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e suas respectivas metas.

- Conselho Municipal de Assistência Social – com base na Resolução nº 16, de 05 de maio de 2010, do Conselho Nacional de Assistência Social, a Instituição apresenta, anualmente, o relatório de Atividades de Assistência Social do exercício anterior e o Plano de Ação do ano vigente para todos os Conselhos Municipais de Assistência Social nos quais a Instituição atua com ações de assistência social. Compete ao Conselho Municipal o monitoramento do plano de ação e a fiscalização dos serviços e atividades realizadas.

- Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – periodicamente, a Instituição apresenta as ações desenvolvidas ao público infanto-juvenil nos municípios de Itajaí, Balneário Camboriú, Tijucas e São José para manter regular sua inscrição nestes órgãos.

2.9 Política de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Univali

No que se refere ao desenvolvimento de um modelo de gestão de ciência, tecnologia e inovação que viabilize a pesquisa, o desenvolvimento e a transferência de conhecimento técnico-científico para a sociedade, a Univali, como instituição científica e tecnológica, tem projetado um modelo de política direcionado para o processo de inovação tecnológica e social por meio da cooperação entre a Universidade, o setor produtivo e outros agentes da sociedade.

Afinal, a Universidade considera estratégico para o desenvolvimento econômico e social do país que suas ações estimulem, de forma institucionalizada, a transformação do conhecimento científico, técnico e tecnológico em produtos, processos e serviços que gerem benefícios para a sociedade. Por essa razão, estabeleceu, com a política interna de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, parâmetros e procedimentos institucionais para a participação da comunidade acadêmica em projetos de pesquisa, desenvolvimento e

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inovação (PD&I), proteção da propriedade intelectual e prestação de serviços em PD&I com base nas seguintes diretrizes:

- Avaliar, compartilhar e replicar os resultados do fomento à PD&I na Univali, objetivando maximizar sua competitividade com reflexos na qualificação da produção de conhecimento;

- Promover a cultura de pesquisa com vista à inovação de produtos, de processos, de metodologias e de gestão, garantidos por uma prospecção sistemática e contínua do ambiente externo;

- Avaliar as oportunidades de comercialização de tecnologias (produtos, processos ou serviços) resultantes de projetos de PD&I, por meio do licenciamento, transferência, cessão ou direito de uso;

- Fomentar o trabalho dos grupos de pesquisa envolvendo profissionais das diferentes áreas do conhecimento para dinamizar os Colégios de Aplicação e os cursos de graduação e pós-graduação lato e stricto sensu da Univali;

- Incentivar formas de cooperação (redes e instituições de ensino superior) que articulem interesses e capacidades para a complementação das potencialidades entre a Univali, a comunidade científica, os setores público e privado, tais como: intercâmbio institucional, desenvolvimento de projetos cooperativos com incubadoras, empresas e consórcios de empresas;

- Apoiar a infraestrutura laboratorial da Univali para incentivo à PD&I;

- Definir um conjunto de indicadores para a gestão de PD&I com o objetivo de avaliar os resultados obtidos, de modo a aperfeiçoar processos e maximizar a aplicabilidade na Univali em conformidade com as características do desenvolvimento regional.

Para tanto, o Plano de Desenvolvimento Institucional, o Planejamento Estratégico Institucional (PE), o Projeto Pedagógico Institucional e os projetos pedagógicos dos cursos são instrumentos dinamizadores da política PD&I.

Vinculada a Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, a coordenação desta política está sob a responsabilidade da Diretoria de Inovação, que assume o trabalho de planejar, executar e avaliar a política no âmbito da Universidade, em articulação com organizações governamentais e não governamentais, nos níveis local, nacional e internacional.

Vinculado à Diretoria de Inovação, o Núcleo de Inovação Tecnológica (Uniinova) é responsável pela promoção e gestão das atividades de empreendedorismo, inovação e proteção da propriedade intelectual da Univali. O Uniinova é constituído por um responsável institucional, equipe de apoio administrativo e um representante dos incubados, nomeados pelo Reitor, e sua estruturação baseia-se nos eixos: Inovação e Propriedade Intelectual, Empreendedorismo e Relações com a Sociedade.

Entre as competências do Núcleo, destacam-se: o apoio e a assessoria às iniciativas de fortalecimento da política de PD&I no âmbito da Univali e em sua área de inserção; o acompanhamento e a avaliação dos resultados decorrentes de atividades e projetos de PD&I para o atendimento da legislação vigente; a avaliação de solicitação de criador independente para adoção de invenção na forma da legislação vigente; a emissão de parecer pela conveniência da proteção e divulgação das criações desenvolvidas na

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instituição; o acompanhamento dos pedidos e a manutenção dos títulos de propriedade intelectual da Instituição.

A política institucional de pesquisa, desenvolvimento e inovação define também as diretrizes relacionadas à propriedade, transferência e gestão dos direitos de propriedade intelectual vinculados à criação ou à produção científica e/ou tecnológica da Univali. Nesta política, toda criação, produção científica e/ou tecnológica realizada na Univali e com característica de PD&I está sujeita às normativas de proteção e/ou registro da propriedade intelectual. É competência da Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional a gestão dos aspectos relacionados com a propriedade, a transferência e aos direitos de propriedade intelectual, inerentes ou vinculados à criação ou produção científica e/ou tecnológica da Univali, a ser exercida por meio do Uniinova.

Todas as pessoas envolvidas com atividades dessa natureza — professores, acadêmicos, funcionários e/ou técnicos e pessoas físicas ou jurídicas em regime de associação com a Univali — comunicarão à Univali suas criações, obrigando-se, na defesa do interesse da Universidade, a manter a devida confidencialidade e apoiar a Univali nas atividades de proteção e/ou registro da propriedade intelectual.

Os rendimentos líquidos efetivamente auferidos da transferência de tecnologia e da exploração econômica de criações e direitos conexos pela Univali, sob a forma de royalties, comissões e outras rendas, participação regulada por convênios ou contratos, lucros de exploração direta, ou outras formas, obedecerão aos limites estabelecidos pelo § 2º do Art. 3º do Decreto n.º 2.553, de 16/04/98 — que regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Neste sentido, é reservado um terço do valor dos rendimentos líquidos ao criador, um terço para o Fundo de Apoio à Inovação (FAI), administrado pela Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional e um terço à(s) unidade(s) de origem da criação — para investimentos em infraestrutura, prioritariamente, na melhoria da qualidade de ensino.

Adicionalmente, a Diretoria de Inovação é responsável pelo acompanhamento dos processos de transferência de tecnologia, de modo a promover a exploração econômica das criações intelectuais de propriedade da Univali, dar publicidade e promover o marketing das criações e negociar contratos de transferência de tecnologia.

A transferência de tecnologia por meio da venda ou do licenciamento das criações intelectuais ou da transferência de know-how é objeto de contrato específico firmado entre as partes, no qual serão estabelecidas as condições de utilização da criação, objeto do acordo.

A partir da deliberação e aprovação da política pelos Órgãos Colegiados, as principais metas da Diretoria de Inovação são: a formação continuada do corpo docente para orientação nos processos de pesquisa, desenvolvimento e inovação e a atuação na Prefeitura Municipal no que se refere às ações de implantação do Centro de Inovação Tecnológica na cidade de Itajaí, sob coordenação do Governo de Estado de SC.

Em 2014, foi assinado o convênio de R$ 45 milhões para a construção de Centros de Inovação em sete cidades catarinenses. Itajaí foi uma das cidades contempladas para instalação de um edifício-sede, a ser construído na área do Distrito de Inovação de Itajaí, localizado no Bairro de Itaipava.

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O Projeto do Centro de Inovação foi viabilizado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, a partir do Programa SC@2022 — Estado Máximo da Inovação — com a visão de tornar Santa Catarina referência nacional e internacional no uso da inovação para o desenvolvimento sustentável. Programas estratégicos foram formulados para buscar a construção de uma nova economia, capaz de promover o desenvolvimento socioeconômico pautado pela inovação. Nesse programa, algumas ações tidas como prioritárias, e que se encontram em consonância com as iniciativas federais, permeiam o apoio à implantação e à modernização de parques tecnológicos e de incubadoras de empresas de base tecnológica e a atividades ligadas à inovação.

Itajaí foi contemplada porque apresenta características e iniciativas que fazem a cidade despontar regionalmente, tais como: 1) Presença de grupos de pesquisas consolidados e constituídos por mestres e doutores que compõem o quadro docente da Univali; 2) Incubadoras e núcleos de inovação tecnológica implantados; 3) Presença de gestores capacitados em gestão de polos e inovação tecnológica; 4) Ambientes de promoção à inovação tecnológica; 5) Parceria consolidada com a maior Universidade Comunitária do Estado, com cursos associados à tecnologia/inovação; 6) Projeto arquitetônico elaborado pela Univali para a instalação futura do parque tecnológico no Distrito de Inovação; 7) Localização como cidade-polo na região geográfica.

A construção do Centro de Inovação encontra-se em fase adiantada – e sua inauguração está prevista para março/abril de 2017. A instalação deste Centro em Itajaí representa um projeto de alto valor estratégico para o aumento da competitividade de economia local e estadual, uma vez que aumentará a capacidade de atração e permanência de empresas inovadoras. Com isso, a viabilização de negócios de valor agregado será multiplicada, a qualidade do capital humano ganhará incremento.

A Univali, por meio da Diretoria de Inovação, coordenou em parceria com a Rede Catarinense de Inovação (Recepeti), a estruturação do modelo ocupacional do Centro de Inovação de Itajaí. A equipe da Recepeti, após ouvir os atores/empreendedores locais em inovação, produziu a matriz SWOT (Força, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças), que tem por objetivo oferecer um arcabouço simples e visual da análise do cenário para implantação do Centro de Inovação na região. A matriz foi validada e complementada por lideranças da tríplice hélice de Itajaí e região em audiência realizada em 2016, na Univali.

Como resultado da matriz SWOT obteve-se (Figura 16):

Figura 16 - Matriz SWOT de análise de cenário para implantação do Centro de Inovação de Itajaí

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

- Proximidade do litoral: Itajaí, Balneário Camboriú e Costa Esmeralda.

- Presença de uma Universidade de grande porte na região.

- Nova área, fora do núcleo central urbano (saturado, sem condições de crescimento da atividade econômica).

- Possibilidade deslocamento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Itajaí

- Não viabilização de moradias no local.

- Não alocação de serviços públicos importantes para o local pela Prefeitura Municipal de Itajaí.

- Baixa atração de empresas-âncora me decorrência do habitat.

- Baixo engajamento de empresas e instituições existentes em relação às vocações regionais do Distrito.

- Baixas ambições de abarcar mercados globais.

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OPORTUNIDADES AMEAÇAS

para o distrito, além de outros serviços públicos.

-Atração de pessoas de alta renda para a região nos últimos anos.

- Qualidade de vida.

- Proximidade do Aeroporto.

Possibilidade de implantação de Centros de serviços e software (BRFoods – SAP) no local.

- Falta de adesão da administração pública e de entidades representativas de classe.

- Conflitos de interesses e de tempo de resolução de problemas entre as forças da tríplice hélice.

- Tempo de implantação do projeto que pode elevar o grau de ceticismo dos stakeholders e comunidade.

- Divergências políticas na integração do Centro com os demais Centros de Inovação do Estado.

FORÇAS FRAQUEZAS

- Estímulo à inovação, cooperação e gestão de negócios. - Estímulo à ocupação habitacional da região com a mão de obra qualificada atraída pelo distrito e pela redução de tempo de deslocamento. - Capacidade de articulação ações que fortaleçam a comunidade interna e externa. - Benefícios indiretos à mobilidade urbana e redução do impacto ambiental. - Especialização regional capaz de alimentar a rede de inovação de SC. - Economia forte e empreendedora do Estado considerando os programas de empreendedorismo e inovação em andamento.

- Ecossistema de Inovação imaturo, tanto local quanto nacionalmente, se comparado com ambientes globais.

- P&D com poucas atividades e investimentos

- Universidade sem cultura de inovação desenvolvida e com pesquisa essencialmente subsidiadas por financiamento público.

- Tendência a colocar os targets em âmbito nacional em vez de global.

- Falta de profissionais com domínio na língua inglesa.

- Cadeia de investimentos fraca ou inexistente (anjos, Venture Capital e demais iniciativas).

- Obstáculos regulatórios.

-Fraca cultura de empreendedorismo inovador.

Fonte: Diretoria de Inovação, Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, 2016.

Como se observa, são inúmeras as possibilidades e também as ameaças e fraquezas que podem interferir na efetiva consolidação do Centro de Inovação na região de Itajaí, porém, não se pode negar o potencial de desenvolvimento econômico do município. Realizado o mapeamento de ecossistemas de inovação na região, membros do Comitê de Implantação do Centro de Inovação de Itajaí, no 2º Workshop de Gestão de Habitats de Inovação, identificaram os atores a serem envolvidos pelo ecossistema da região. Entre eles destacam-se: Portos; Indústria naval, náutica e pesqueira; Empresas de construção civil; Empresas de logística e exportação; Empresas de turismo e gastronomia; Empresas da indústria farmacêutica e hospitalar; Empresas de serviços compartilhados; Instituições de ensino e pesquisa; Empreendedores individuais e startups; Entidades representativas de setores.

A Univali terá participação relevante no processo de consolidação do Centro de Inovação de Itajaí, atuando como estrutura de apoio às mais diversas iniciativas de inovação, educação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, tal como a gestão e o acompanhamento das incubadoras e a capacitação de empreendedores, gestores e professores, especialmente da rede pública. Desse modo, Universidade e Centro de Inovação de Itajaí contribuirão para o desenvolvimento local e a consequente melhoria da qualidade de vida da população, além de desencadear uma série de avanços nas dimensões socioeconômicas, culturais e humanas. Espera-se, também, que a implantação resulte em maior capilaridade das estratégias de inovação da Universidade e do Município de Itajaí, da região e do Estado.

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2.10 Política de Internacionalização

A internacionalização tem grande potencial para impactar positivamente o desenvolvimento da educação superior em todo o mundo (European Parliament, 2015). Esse movimento é percebido como uma resposta das instituições de ensino superior (IES) aos inúmeros desafios advindos do processo de globalização. Na última década, a atração de estudantes internacionais, o recrutamento de talentos no ensino e na pesquisa em universidades estrangeiras e o posicionamento das IES nos rankings internacionais parecem ser um dos mais importantes desafios a serem enfrentados pelas IES no desenvolvimento de seus processos de internacionalização.

No Brasil, apenas recentemente a internacionalização passou a ser reconhecida como um diferencial de qualidade na oferta do ensino superior. Apesar do Plano Nacional de Educação-PNE (2014-2024), prever estratégias referentes à mobilidade acadêmica (discente e docente) e à internacionalização da pesquisa e pós-graduação (Metas 12 e 14), observa-se nas políticas educacionais a inexistência de objetivos relativos à promoção de ações ou programas de internacionalização no campus (IaH) e/ou de internacionalização de currículos (IoC).

Programas com esses conceitos – IaH e IoC – são abrangentes, inclusivos e objetivam expor todos os alunos de uma instituição de ensino (domésticos e internacionais) a um currículo que contemple a orientação internacional e multicultural, no qual perspectivas diversas são integradas, possibilitando a formação de cidadãos questionadores e críticos, com habilidades, atitudes e valores que lhes permitam trabalhar e conviver com a diversidade, solucionar questões locais e globais, transformando o planeta em um lugar mais sustentável e justo.

Algumas poucas IES brasileiras começaram a desenhar suas políticas de internacionalização fundamentadas nas premissas acima descritas, em meados da última década. A Univali vem assumindo esse conceito desde 2005, em decorrência de sua participação nos Fóruns da Associação das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais (Faubai) e em eventos realizados pela International Education Association -(Nafsa/América do Norte) e pela European Association of International Education (EAIE/Europa). A atuação da Univali nestes amplos contextos de debates possibilitou o desenho de sua política com base na concepção inclusiva de internacionalização.

Nessa perspectiva, em 2011 foi aprovado o Plano do Processo de Desenvolvimento da Internacionalização da Univali - PDPI (Resolução nº 042/CONSUN) que estabeleceu como eixos de sustentação de internacionalização, as dimensões da Mobilidade Docente, da Mobilidade Discente e da Internacionalização de Currículos.

Baseando-se no fato concreto de que as dimensões da Mobilidade estão em curso na Univali desde 1992 – quando esta deu início ao processo de internacionalização – a dimensão acrescentada (Internacionalização de Currículos) passa a representar uma nova concepção e um grande desafio de internacionalização a ser desenvolvido nos cursos de graduação e pós-graduação.

O objetivo desta dimensão é possibilitar que todos os alunos sejam expostos a um currículo internacionalizado. Para tanto, duas ações estratégicas passaram a ser desenvolvidas a partir de 2012. A primeira foi o oferecimento institucional e permanente de oficinas sobre Internacionalização de Currículos e Desenvolvimento de Competências

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Interculturais, na Formação Continuada Docente, promovida semestralmente pela Vice-Reitoria de Graduação. A segunda, igualmente importante no desenvolvimento da aprendizagem internacional e intercultural no próprio campus (IaH), foi a aprovação e implementação das primeiras disciplinas do Módulo Internacional em 2011. Em 2016, foi aprovada (Resolução n 067/CONSUN-CaEn/2016) a reformulação do Projeto do Módulo Internacional aumentando o número de disciplinas para 37 e garantindo equivalência curricular para a maioria delas. Este representa um exemplo de inovação curricular voltada à internacionalização.

A implementação do Módulo Internacional tem como objetivos estratégicos a atração de alunos internacionais sem conhecimento prévio da língua portuguesa, a integração dos alunos da Univali com alunos internacionais e, finalmente, a preparação linguístico-cultural de alunos que pretendam estudar no exterior durante ou após a conclusão de seus cursos de graduação.

A permanente atração de alunos, professores e pesquisadores internacionais no presente e nas décadas que se seguirão e o incremento do número de acordos de cooperação pressupõe o reconhecimento da Univali como universidade internacionalizada. E por assim o ser, a partir de 2014, a Instituição consolidou suas iniciativas com a constituição de comissão responsável pela elaboração da política de internacionalização, liderada pela Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, à qual se vincula a Coordenadoria de Assuntos Internacionais – CoAI, protagonista deste processo.

A Política de Internacionalização da Univali foi aprovada em dezembro de 2016 e tem como objetivo difundir e incentivar a cultura da internacionalização, no âmbito da Educação Básica e superior, de modo a incrementar a qualidade do ensino e da pesquisa, consolidando a imagem e a reputação institucionais da Univali. A Política está pautada em três grandes eixos: Mobilidade (docente, discente e técnico-administrativa), Internacionalização de currículos e Reputação institucional.

Sua principal premissa é de que não deva ser um fim em si mesmo, mas antes uma das estratégias de desenvolvimento de um currículo de qualidade, infundido de perspectivas internacionais e interculturais, dentro e fora das fronteiras da universidade ou do país e proporcionando a seus acadêmicos a oportunidade de desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes que lhes permita viver, trabalhar e transitar, com sucesso, na sociedade global.

No eixo da mobilidade a política prevê objetivos em três dimensões:

1) Mobilidade docente:

- implementar e regulamentar o Programa de Mobilidade Docente na Educação Básica e no Ensino Superior;

- promover a intermediação da relação entre os Programas de pós-graduação da Univali e das universidades parceiras, priorizando a prospecção de oportunidades de participação em programas e pesquisas fomentados por órgãos nacionais e estrangeiros;

- intensificar a rede internacional de pesquisas dos Programas de pós-graduação da Univali.

2) Mobilidade discente:

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- ampliar a diversidade linguística, cultural e geopolítica cultural dos programas de mobilidade com universidades conveniadas no exterior;

- incentivar e implementar a Mobilidade Discente na Educação Básica e no Ensino Superior;

- equilibrar os indicadores de mobilidade inbound e outbound;

- desenvolver programas de conscientização e competência interculturais para os alunos intercambistas inbound e outbound.

3) Mobilidade Técnico-Administrativa

- Preparar o pessoal técnico-administrativo para atuar em ambientes multiculturais, pelo desenvolvimento de competências de comunicação e flexibilidade intercultural;

- contribuir para a formação de uma consciência social favorável aos processos de integração;

- promover a troca de experiências entre o pessoal técnico-administrativo da Univali e de universidades estrangeiras;

- incrementar o conhecimento de línguas estrangeiras do corpo técnico-administrativo da Univali;

- preparar o pessoal técnico-administrativo da Instituição para atuar de modo competente em situações interculturais.

No eixo da Internacionalização no campus (IaH) a política contempla os seguintes objetivos:

- Fomentar e apoiar a criação e o desenvolvimento de uma ‘mentalidade’ (mindset) organizacional voltada à internacionalização.

- Integrar a perspectiva internacional e intercultural ao ensino, pesquisa e extensão.

- Promover o desenvolvimento das competências interculturais essenciais para a formação do cidadão global.

- Fortalecer a dimensão internacional e intercultural no processo de capacitação docente.

- Prover os cursos de graduação e de pós-graduação da possibilidade de dupla diplomação dos seus estudantes.

O último Eixo da Política, Reputação Institucional, tem como objetivos:

- Ampliar a visibilidade internacional da instituição.

- Construir a imagem da Univali como instituição de ensino internacionalizada.

- Melhorar o posicionamento internacional da Univali nos rankings especializados.

- Fortalecer as ações internas de internacionalização.

- Fortalecer as ações externas de internacionalização.

No documento original, a Política de Internacionalização da Univali está constituída por 25 objetivos e diretrizes que, nortearão o processo de internacionalização da Univali nos próximos cinco anos. Para efetivação da política, a universidade conta com

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programas já instituídos, para os quais se apresentam perspectivas de expansão no período 2017-2021.

Em relação à mobilidade acadêmica (docente e discente) destacam-se os programas de mobilidade (incoming e outgoing) de curta e longa duração com incentivos institucionais e/ou organizacionais. Constituem programas de mobilidade discente na Univali: o Programa de Intercâmbio de Estudantes, o Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G) e os Programas Santander Fórmula e Iberoamericano.

O Programa de Intercâmbio de Estudantes destina-se a acadêmicos regularmente matriculados, a partir do 3º período, em um curso de graduação da Univali, com idade mínima de 18 anos completos e média de desempenho acadêmico superior ou igual a 7.

O Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), desenvolvido pelos Ministérios das Relações Exteriores e da Educação, em parceria com universidades públicas, comunitárias e particulares, tem o objetivo de oferecer gratuitamente formação superior, em nível de graduação, a acadêmicos oriundos de países ‘em desenvolvimento’ com os quais o Brasil mantenha acordos educacionais e culturais. Em contrapartida, deve atender a alguns critérios; entre eles, provar que é capaz de custear suas despesas no Brasil, ter certificado de conclusão do ensino médio ou curso equivalente e proficiência em língua portuguesa.

O Programa Fórmula Santander destina-se a acadêmicos que atendam aos requisitos e critérios dispostos nos editais correspondentes. Seu objetivo é o intercâmbio acadêmico de dois estudantes de graduação ou de pós-graduação stricto sensu da Univali com Universidades conveniadas no exterior, com bolsa do Santander Universidades, para custear transporte aéreo, hospedagem e despesas pessoais durante um semestre de estudos.

O Programa Ibero-Americano contempla acadêmicos de cursos de graduação para intercâmbio com universidades conveniadas, também com bolsa para custear transporte aéreo, hospedagem, seguro de viagem internacional com cobertura médica e despesas pessoais durante um semestre de estudos.

A Tabela 05 apresenta o número de acadêmicos participantes dos Programas de Mobilidade Discente (outgoing) no período 2012-2016.

Tabela 05 – Número de acadêmicos participantes dos programas de mobilidade discente (outgoing) no período 2012-2016

Programas 2012 2013 2014 2015 2016 Programa de Intercâmbio de Estudantes – PIA

79 52 50 78 68

Ciência sem Fronteiras 02 24 34 59 19 Programa Fórmula Santander

02 02 02 02 02

Programa Santander Ibero-americanas

04 05 15 8 05

Total 87 83 101 147 94 Fonte: Coordenadoria de Assuntos internacionais, Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, 2016.

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Observe-se que, a despeito do contexto desfavorável à mobilidade provocado tanto pela elevação cambial do dólar e do euro (a partir de 2014) quanto pelos atentados terroristas na França (2015) e Bélgica (2016), o número de estudantes em mobilidade para universidades no exterior se manteve constante. Mesmo para aqueles alunos do PIA, que não recebem bolsas para custear moradia, alimentação e passagens aéreas para o exterior, o número de alunos se manteve dentro da média para o período 2012-2016, que é de 65.4 aluno/ano.

Além de divulgação dos programas de mobilidade acadêmica e de sua importância no diferencial de formação do acadêmico de graduação, acredita-se que o incremento no número de acordos de cooperação no período e a maior diversidade de destinos oferecida acabou por neutralizar o contexto desfavorável apresentado.

Com relação ao Programa Ciências sem Fronteiras (CsF), a projeção é negativa devido ao anuncio de término do programa em julho de 2016.

A Univali também recebe acadêmicos de países estrangeiros desde 1994. O processo se inicia com os contatos e a celebração de convênios com Universidades estrangeiras interessadas em realizar a mobilidade acadêmica. A Univali tem 140 convênios firmados com Universidades estrangeiras visando os processos de mobilidade (incoming e outgoing) de acadêmicos e professores.

Em 2016 foram firmados os seguintes convênios, conforme se observa no Quadro 06.

Quadro 06 - Países e Universidades com acordos de cooperação com a Univali 2016

País Universidade Modalidade Argentina Universidad de Moron Renovação Convênio Marco Argentina San Pablo de Tucuman Convênio Marco Áustria University of Innsbruck Renovação Convênio Marco-PIA Bélgica Artevelde University College Ghent Convênio PIA-Comunicação Chile Universidade Finnis Terrae Convênio Marco/PIA China Universidade Fuzhou Convênio Marco Colômbia Universidad Simon Bolivar Convênio Marco

Espanha Universidad de Alicante Convênio Marco – Programa de Doutorado em Ciência e Tecnologia

Espanha Universidad Católica de Valência Convênio Dupla Diplomação Curso de Oceanografia Espanha Universidad de Girona Convênio PIA Espanha Unisics (Brasil e Salamanca) Convênio de Rede de Pesquisa Itália Università Per Stranieri di Perugia Renovação Convênio Marco Itália Università Degli Studi di Firenzi Convênio Pós-Graduação Itália Universitá di Trento Renovação Convênio PIA Portugal Universidade do Porto Renovação Convênio Marco e Renovação Convênio PIA Portugal Universidade do Minho Convênio de Dupla Diplomação em Ciências Jurídicas Paraguai Universidad Autónoma de Asunción Convênio Marco e Convênio PIA Suíça Bern University of Applied Sciences Convênio PIA Fonte: Coordenadoria de Assuntos internacionais, Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, 2016.

Como se observa no Quadro 06, mantendo-se a tendência observada de 2012 a 2015, a maioria dos acordos foi firmada com Universidades europeias. Todavia, a Univali vem buscando firmar parcerias nas América Latina e na Ásia para uma efetiva colaboração acadêmica e uma maior diversidade cultural em seus campi. Na América Latina e na Ásia

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foram firmados seis novos convênios: um com a Argentina, dois com o Chile, um com Colômbia, um com o Paraguai e um com a China.

Outros acordos de cooperação cujas negociações iniciaram em 2016 já estão em fase de assinatura. Dentre eles citam-se as Universidade Piloto de Colombia, Universitá di Torino (Itália), University of Pace (EUA) e Universidade de Lisboa (Portugal).

Como os acordos de cooperação preveem, em suas cláusulas, a reciprocidade de ações, a Univali tem também recebido, ao longo dos anos, alunos intercambistas — que são regularmente matriculados nos cursos de graduação e pós-graduação e podem usufruir as mesmas oportunidades e facilidades proporcionadas aos alunos regulares.

Tabela 06 – Número de estudantes internacionais na Univali e convênios realizados no período 2012-2016

Indicadores 2012 2013 2014 2015 2016 Estudantes internacionais 36 43 39 24 33 Convênio PEC-G - - - - 01 Acordos de cooperação 08 13 11 05 17 Fonte: Coordenadoria de Assuntos internacionais, vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, 2014.

Ressalte-se que, dos 21 convênios firmados, 6 são de renovação de cooperação. Isto significa que a Univali tem procurado manter as suas parcerias de longos anos, a exemplo das parcerias com as universidades de Alicante, Católica de Valência e Minho, com o intuito de estender e aprofundar a cooperação, que pode culminar em uma dupla-diplomação.

Os programas de mobilidade docente, por sua vez, constituem o intercâmbio de professores com instituições estrangeiras conveniadas visando à realização de atividades de docência e de pesquisa, a participação de professores em eventos técnico-científicos (como palestrantes ou ministrantes de oficina/cursos) e/ou a realização de estágio pós-doutoral no exterior.

São critérios de elegibilidade para o intercâmbio de professores: o tempo de contratação (professor com 5 anos ou mais na Instituição); a titulação (doutorado); a atuação nos cursos de graduação e/ou de pós-graduação stricto sensu da Univali; a confirmação com carta de aceite da Instituição estrangeira especificando as atividades (docência e/ou pesquisa) a serem desenvolvidas; a anuência e a aprovação, por parte dos coordenadores de curso ou programa a que está vinculado; a ciência do plano de atividade pela Coordenadoria de Assuntos Internacionais; a aprovação, pela Univali, na prova de idioma da Instituição estrangeira ou comprovação de proficiência.

A Univali também recebe docentes de instituições estrangeiras conveniadas para a realização de atividades de docência e pesquisa. São critérios para recepção destes: ser professor doutor, atuar na pós-graduação stricto sensu da Instituição estrangeira, ter carta de apresentação da sua Instituição especificando plano de trabalho e tempo de permanência e ter anuência e aprovação dos coordenadores de curso/programa a que está vinculado.

No período 2012-2016, visitou a Univali e seus cursos de graduação e pós-graduação um número significativo de professores conforme Tabela 07.

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Tabela 07 – Número de professores em atividades de mobilidade docente (incoming e outgoing) na Univali no período 2012-2016

Indicadores 2012 2013 2014 2015 2016 Nº Professores (incoming) 34 42 48 53 22 Nº Professores (outgoing) 20 26 30 33 57 Fonte: Coordenadoria de Assuntos internacionais, Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, 2016.

A mobilidade docente está condicionada a uma série de variáveis internas, como o interesse e a disponibilidade do professor e externas, como as políticas governamentais de seleção e concessão de bolsas para programas de doutorado e pós-doutorado.

Em relação à internacionalização de currículos, a Univali passou a desenvolver, desde 2011, o Programa de Internacionalização no Campus ou Internationalization at Home. Este tem na internacionalização dos currículos de todos os cursos uma das principais estratégias para o desenvolvimento da internacionalização inclusiva, que visa preparar todos os acadêmicos da Univali para atuar com sucesso na sociedade global e intercultural do século 21.

Em termos conceituais, a internacionalização dos currículos é compreendida como um processo de incorporação das dimensões internacional, intercultural e global ao ensino, à pesquisa e aos serviços de uma Instituição de Ensino Superior. Em termos operacionais, é possível elencar algumas das estratégias de internacionalização de currículos com as quais a Coordenadoria de Assuntos Internacionais vem atuando para implantar a proposta de Internationalization at Home na Univali:

- A infusão da perspectiva internacional e intercultural em objetivos, conteúdos programáticos, avaliação e bibliografia dos cursos;

- O uso de estratégias de ensino interdisciplinares, tais como estudos regionais ou de área que cubram mais de um país e a oferta de disciplina (em português e/ou em línguas estrangeiras) que explicitamente abordem aspectos da comunicação intercultural;

- O emprego de currículo do qual uma parte compulsória é oferecida na ou por Instituições estrangeiras, incluindo-se programas de intercâmbio;

- A oferta de disciplina curricular na qual o conteúdo é especificamente desenhado para estudantes internacionais;

- O ensino compulsório de uma segunda língua para todos os estudantes;

- O fomento ao ensino e à aprendizagem de línguas estrangeiras;

- A integração das atividades curriculares com as atividades internacionais promovidas na instituição;

- As experiências de ensino intercultural e internacional (ex: semanas internacionais com debates, exposições e ciclos temáticos multi e interculturais, cinema e outras artes, colóquios e eventos literários);

- A utilização de peer tutoring e serviço voluntário que promova a cooperação entre estudantes nacionais e internacionais;

- O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação para facilitar a mobilidade virtual;

- A oferta de cursos de extensão sobre outras culturas;

- A oferta de formação em comunicação intercultural;

- A existência de projetos de assistência para o desenvolvimento internacional;

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- O fomento à ligação entre grupos étnicos e culturais da comunidade.

Essa perspectiva ampliada de internacionalização significa mais que a mobilidade docente ou discente, pois requer uma visão de internacionalização com foco no currículo e nas práticas educacionais. Ela conduz o acadêmico e o professor a pensar de modo internacionalizado, a analisar dados e a discutir fatos que extrapolam o contexto mais imediato no qual vivem ou atuam.

O maior dos desafios da Univali é a institucionalização da internacionalização do currículo e da internacionalização no campus. Isto significa que todos os atores da instituição – gestores, professores, pesquisadores e funcionários – estarão comprometidos com a árdua tarefa de consolidar a reputação da instituição como uma universidade internacionalizada, apta a cooperar e competir com IES de todo o mundo.

2.11 Política de Prestação de Serviços

A Prestação de Serviços da Univali é de responsabilidade da Coordenadoria de Projetos e Prestação de Serviços, vinculada a Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional. Esta Coordenadoria tem como objetivo desenvolver a prestação de serviços a pessoas físicas, instituições e empresas visando à inserção da universidade no desenvolvimento econômico e social da região, por meio de projetos de melhoria, inovação e/ou desenvolvimento e a consequente sustentabilidade financeira da instituição, com a captação de recursos externos. São atividades especificas da Coordenadoria de Projetos e Prestação de Serviços: a) Prospectar novos negócios e consolidar os já existentes, que compreende: Monitorar os contratos/convênios vigentes visando a continuação da prestação do

serviço; Cadastrar a universidade como fornecedora de serviços nos órgãos Federais, Estaduais

e Municipais; Estabelecer canais institucionais de relação com as empresas privadas, Governo

Federal, Estadual e Municipal, no que compete a prestação de serviços; Diagnosticar, mapear e divulgar as potencialidades e vocações internas à instituição; Comercializar os serviços.

b) Apoiar, coordenar, monitorar e controlar as atividades de prestação de serviços desenvolvidas pela UNIVALI, que abrange: Dar suporte administrativo e gerencial aos projetos; Orientar sobre normas e procedimentos institucionais; Monitorar as diretrizes do projeto (escopo, prazo e custo); Controlar e atuar na resolução dos impedimentos do projeto; Fiscalizar e auditar as ações ligadas a prestação de serviços realizadas por professores

e funcionários da Universidade; Comunicar os responsáveis pelos projetos, caso as regras institucionais não estejam

sendo cumpridas.

A Univali possui um Portfólio de Serviços distribuído em oito áreas de conhecimento. A Figura 17 demonstra as áreas e subáreas de atuação no processo de

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prestação de serviços. Informações detalhadas sobre os serviços oferecidos encontram-se no site da universidade (www.univali.br/servicos)

Figura 17 – Áreas de atuação da Prestação de Serviços da Univali

Fonte: Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, Coordenadoria de Prestação de Serviços, 2016.

Os principais projetos executados (concluídos e em andamento) no período de 2016 estão apresentados no Quadro 07, com identificação da área de vinculação e objetivos.

Quadro 07 – Projetos da Prestação de Serviços executados (concluídos e em andamento) em 2016 na Univali

ÁREA NOME DO PROJETO OBJETIVO

CCS

AZIMUTMED Aplicação medicamento Benlysta

Prestar suporte técnico-científico ao programa do Medicamento Benlysta.

AZIMUTMED Aplicação medicamento Tysabri

Prestar suporte técnico-científico ao programa do Medicamento Tysabri (Natalizumab).

Duas Rodas

Desenvolver um produto antioxidante micro/nanoencapsulado contendo concentrado de acerola (Malpighia emarginata D.C.) com teor mínimo de 22% (vinte e dois por cento) de Vitamina C.

Hospital do Coração – Estudo Clínico

Realizar estudo clínico do tipo “Efeito do Programa Alimentar Brasileiro Cardioprotetor na redução de eventos e fatores de risco na prevenção secundária para doença cardiovascular: Um Ensaio Clínico Randomizado”

Íntegra Medical Prestar serviço especializado para aplicação/infusão do medicamento Remicade nos Pacientes.

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ÁREA NOME DO PROJETO OBJETIVO

Ceciesa Comunicação,

Turismo e Lazer

Boardgames for Business Desenvolver, implementar e testar um Boardgame corporativo.

Desenvolvimento de Produtos para Houseware

Desenvolver produtos na área de houseware em termoplásticos de forma cooperativa e interdisciplinar para desenvolvimento de novos produtos em nichos mercadológicos diferenciados.

Ceciesa - Gestão

Convênio Rádio Costeira Gerenciar o Centro de Rádio Comunicação e Salvamento Marítimo de Itajaí.

Cursos de Capacitação CFA

Realizar cursos de Capacitação para Administradores Consultores de Micro e Pequenas Empresas.

Programa de Capacitação PORTONAVE

Oferecer curso de Capacitação para os Analistas da Empresa PORTONAVE.

Cejurps

Câmara de Vereadores - Penha

Realizar o Programa de Qualificação dos Profissionais de Câmara de Vereadores de Penha.

Capacitação e Incentivo a Qualificação Funcional

Realizar cursos de Capacitação e Incentivo à Qualificação Funcional no âmbito da Câmara de Vereadores de Itajaí.

Curso de capacitação e incentivo funcional para os servidores públicos de Itajaí

Realizar cursos de Capacitação e Incentivo à Qualificação Funcional para os servidores públicos de Itajaí.

CTTMar

Análises - PORTONAVE Prestar serviços de análise de água de lastro

Área de Proteção Ambiental - APA Praia Brava

Executar estudos para a delimitação/demarcação da Área de Proteção Ambiental - APA Municipal da região abrangida pela orla e morrarias das praias da Atalaia, Cabeçudas, Canto Norte da Praia Brava e Parque Linear do Ribeirão do Cassino da Lagoa.

Caracterização da Pesca

Realizar serviços de caracterização socioeconômica da atividade de pesca e aquicultura nas áreas de abrangência das atividades de E&P da Petrobrás na Bacia de Santos.

Control Ambiental Realizar análises biológicas (ecotoxicidade aguda e crônica) em amostras de água do mar.

Meio Biótico – EIA do Parque de Tancagem do Porto de Imbituba

Realizar serviços técnicos na área de meio biótico, relativos ao licenciamento ambiental do empreendimento Parque de Tancagem do Porto de Imbituba

Monitoramento da Atividade Pesqueira no Estado de Santa Catarina – PMAP-SC

Gerenciar e executar o Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira no Estado de Santa Catarina – PMAP-SC

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ÁREA NOME DO PROJETO OBJETIVO

Monitoramento das Praias - PMP

Avaliar a interferência da atividade de E&P no pólo Pré-sal da Bacia de Santos sobre as aves, quelônios e mamíferos marinhos e estruturação da rede de atendimento veterinário no litoral de estados do Sudeste e Sul do Brasil.

Monitoramento do Porto de Itajaí

Implantar o Programa de Assessoria e Monitoramento Ambiental do Porto de Itajaí.

Monitoramento do Saco da Fazenda

Assessorar os monitoramentos ambientais para a realização do Plano Básico Ambiental – PBA, na área de dragagem do canal de acesso, área de circulação e aterro hidráulico do Complexo Náutico e Ambiental da Baía Afonso Wippel – Saco da Fazenda.

Recuperação de Aves Marinhas

Realizar o recebimento, tratamento e recuperação da Fauna Marinha originária dos atendimentos e resgates realizados pela FAMAI.

Verificação de desempenho de placas anticrustantes

Verificar o desempenho de tintas antiincrustantes aplicadas em placas metálicas em relação à colonização de organismos bentônicos em um ponto amostras da enseada da Armação do Itapocoroy - Penha - SC

WEG

Verificar o desempenho de tintas antiincrustantes aplicadas em placas metálicas em relação à colonização de organismos bentônicos em um ponto amostral da Enseada da Armação do Itapocoroy – Penha – SC.

Gerência de Extensão

SENAES Apoiar a implantação de Ações Municipais integradas de Economia Solidária

Gerência de Pesquisa

CLEAN Análises laboratoriais

Laboratório Santa Terezinha

Obter subsídios científicos, através de estudos químicos, tecnológicos e farmacológicos, que permitam a obtenção de um novo fitocosmético a partir da planta Litchi chinesis Sonn.

Sapi

Assessorar os serviços de customização, suporte e manutenção, migração de banco de dados e treinamento para o Sistema de Avaliação da Produção Institucional – Sapi

Núcleo das Licenciaturas

Consultoria UNIFICADO Assessorar na elaboração do projeto pedagógico do Colégio Unificado.

Convênio PARFOR

Oferta de turmas especiais em cursos de licenciatura, programas de segunda licenciatura e de formação pedagógica, na modalidade presencial, para profissionais do magistério das redes públicas da Educação Básica, nos termos do Decreto nº 6.755, de 29 de Janeiro de 2009, conforme detalhado no plano de trabalho.

Formação Continuada Prefeitura de Itajaí

Prestar serviço especializado para a formação continuada de servidores vinculados a Secretaria Municipal de Educação.

Fonte: Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, Coordenadoria de Prestação de Serviços, 2016.

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O Centro de Ciências da Terra e do Mar – CTTMar apresenta maior demanda de projetos na prestação de serviços. Os demais Centros demonstram crescimento com oferta direcionada às necessidades de desenvolvimento local e regional. 2.12 Comunicação com a sociedade

A Univali mantém uma série de serviços que compõem a rede de comunicação institucional para o constante diálogo entre a Instituição e sociedade. Atualmente, as diretrizes que constituem a atuação da Coordenadoria de Marketing e Comunicação, vinculada à Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional e responsável pela aplicação da política de comunicação institucional, são:

- Planejamento, execução e avaliação do plano de marketing e da comunicação da Fundação Univali buscando articulações com seus públicos de interesse;

- Coordenação das ações de promoção e merchandising;

- Coordenação e realização de pesquisas de marketing;

- Gerenciamento de estratégias de publicações, assessoria de imprensa e gestão da comunicação institucional para o fortalecimento da marca Univali;

- Padronização e execução das atividades de cerimonial e protocolo de eventos institucionais.

O Plano de Comunicação, revisado anualmente, estabelece como objetivos estratégicos:

a) Definir o Plano de Marketing Institucional para acompanhamento e avaliação permanente da imagem institucional da Univali junto aos seus públicos (interno e externo).

b) Consolidar a Política de Comunicação, com a ampliação de estratégias de publicações, assessoria de imprensa e gestão da comunicação institucional para o fortalecimento da marca Univali.

c) Desenvolver inteligência de marketing, por meio de pesquisas periódicas que possibilitem a avaliação permanente do fluxo de informações do ambiente externo, para apoio à tomada de decisões.

d) Aprimorar a comunicação interna na Univali, com o fortalecimento de ferramentas digitais, ações de reconhecimento e valorização da comunidade acadêmica (alunos, professores, funcionários) e implantação da cultura de endomarketing.

e) Ampliar a captação de novos alunos aprimorando ações nas escolas e outros ambientes

externos da região de abrangência da instituição.

f) Ampliar a satisfação e retenção dos alunos com o fortalecimento da política de fidelização e relacionamento e avaliação dos índices de qualidade e satisfação com os serviços.

g) Ampliar a presença digital da Univali mantendo um núcleo de estratégia digital que estabeleça um canal contínuo de divulgação dos cursos, de autoatendimento online, de monitoramento do perfil do usuário no site e nas redes sociais.

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Todos os objetivos e ações decorrentes tiveram início em 2015 com planejamento de implantação total até 2021.

Embasada nos objetivos que norteiam as atividades de comunicação e marketing a instituição desenvolve atividades, serviços e ações de comunicação, veiculados em canais permanentes de comunicação institucional, de acesso aos públicos com os quais a Univali se relaciona. Para exemplificar, a universidade organiza publicações especiais, como: o Relatório de Responsabilidade Social (anual, impresso), destinado à distribuição na comunidade externa, notadamente organizações públicas e privadas com as quais a Univali mantém parcerias para divulgação pública das atividades desenvolvidas nesta área; os Guias Acadêmicos (anual, impresso e digital) distribuídos para a comunidade interna, com orientações sobre o calendário letivo e outras informações acadêmicas; o caderno didático Pró-Docência (anual, digital) para uso pelos professores; e relatórios específicos a determinadas áreas, como os relativos ao Programa de Avaliação Institucional.

Outros meios de divulgação formais e institucionais são: o Catálogo de Curso, que divulga princípios e procedimentos que norteiam o processo de ensino e aprendizagem nos cursos de graduação; os projetos pedagógicos dos cursos de graduação e Educação Básica; os relatórios dos fóruns institucionais; os relatórios do Programa de Formação Continuada para Professores; os processos de implantação de cursos de graduação; e os regulamentos de estágios e de Trabalhos de Conclusão de Curso, para citar alguns.

Deste modo, a comunicação da Univali com a sociedade acontece por meio de diferenciados canais e fluxos, detalhados na sequência.

2.12.1 Canais e Fluxos de comunicação com a sociedade

A Instituição tem definida na sua política, a comunicação sistemática com a comunidade interna e periódica com a comunidade externa.

A comunicação interna se realiza por meio da divulgação de informações de forma efetiva e dinâmica aos colaboradores, tanto em suportes digitais e impressos, como em seminários internos. Na forma impressa, há o informativo mensal Univali Notícias e os murais nos campi. Entre os digitais, há o Mural eletrônico (que reúne, na intranet, as informações veiculadas diariamente por e-mail), a newsletter semanal Univali Em Dia, distribuída por e-mail, e o grupo na rede social Facebook, exclusivo para funcionários, que dinamiza e amplifica as informações institucionais.

Atenta aos avanços da tecnologia da informação, aos meios digitais e à velocidade do fluxo de comunicação, a Instituição também mantém perfis nas principais redes sociais, com o objetivo de: ouvir seus públicos; distribuir informações relevantes; conquistar multiplicadores/defensores; divulgar a marca; e criar mensagens para ativar o boca-a-boca on-line por meio das mídias sociais.

Outro importante canal de comunicação é a intranet, acessada via código pessoal e senha e segmentada por público. O ambiente permite o acesso a informações e serviços, como a visualização da folha de pagamento, a inscrição em oficinas de formação continuada e a publicação de planos de ensino. Na intranet estão disponíveis as edições dos Cadernos de Ensino e dos Documentos Institucionais.

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A comunicação externa efetiva-se de diversas formas, de acordo com os objetivos institucionais e os segmentos de interesse. Entre as ações empreendidas pela Instituição para tal, há:

- Produção da Revista Abstract, publicação on-line semestral, dirigida à comunidade interna e externa com divulgação principalmente dos resultados mais relevantes do ensino (pós-graduação), pesquisa, extensão e cultura pelos docentes da Univali;

- Produção da Revista Rumos, publicação impressa bimestral de distribuição para vários públicos de interesse, como formadores de opinião, associações da sociedade civil, escolas e colégios.

- Assessoria de imprensa e relacionamento com os veículos de comunicação, com a elaboração/distribuição do Guia de Fontes Univali, o contato direto e telefônico e a distribuição diária de releases, fotos e sugestão de pautas;

- Relacionamento comercial com agências de comunicação e propaganda e mídias;

- Relacionamento com alunos e comunidade por meio da Central de Atendimento Univali e do site (www.univali.br);

- Manutenção do Portal do Aluno, na internet, para o controle de informações acadêmicas e acesso a serviços;

- Divulgação e acompanhamento de eventos institucionais via cerimonial e protocolo institucional;

- Produção/veiculação de vídeo institucional e distribuição de folder institucional;

- Padronização da sinalização interna nos campi;

- Relacionamento com outras Universidades pela representação da área em entidades como a Associação Catarinense das Fundações Educacionais e a Associação Brasileira das Universidades Comunitárias;

- Produção/distribuição de livros e periódicos pela Editora Univali;

- Execução do Programa Visita às Escolas para palestras, encontros, conversas sobre as profissões e os cursos oferecidos pela Instituição e atividades de orientação vocacional;

- Realização do evento Opção Profissional por Área (OPA);

- Manutenção do site (www.univali.br) — com divulgação de editais, notícias e informações gerais da Instituição, sua história e seus serviços;

- Produção/distribuição da newsletter digital semanal Univali em dia e das mensagens eletrônicas (e-mail) — segmentadas por objetivo e público;

- Manutenção do Portal do Egresso (www.univali.br/egresso);

- Produções informativas, culturais e educativas pelo Sistema Educativo de Rádio — Rádio Univali FM (94,9 MHz – www.univali.br/radio) — e TV Univali (Canal 26 da Viacabotv), como o programa semanal Conexão Egresso.

- A Universidade mantém dois aplicativos para facilitar a comunicação direta com seus públicos: o Aplicativo Univali com informações institucionais sobre cursos e infraestrutura, mapa de localização e informações sobre profissões e o Aplicativo Univali Notas, voltado à comunidade interna com acesso à programação acadêmica do aluno, suas notas e histórico financeiro.

Complementarmente, a imagem pública da Univali é trabalhada em ações desenvolvidas pela Coordenadoria de Marketing e Comunicação. Por seu intermédio, são

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divulgadas as ações da Universidade aos veículos de comunicação por meio de releases, imagens e notas ou articulações individuais. Para tanto, utiliza-se de ferramentas como:

- Sala de imprensa (www.univali.br/saladeimprensa) — para a comunicação e o relacionamento com a imprensa;

- Guia de fontes (impresso e on-line, www.univali.br/guiadefontes);

- Avaliação — monitoramento de pautas enviadas aos veículos de comunicação e do retorno de imprensa, por meio da clipagem;

- Site institucional (www.univali.br) — que apresenta as ofertas da Universidade;

- Inserção comercial de campanhas institucionais e anúncios especiais;

A Univali também tem forte presença comunitária por meios dos seus programas e projetos de extensão, além das atividades pedagógicas e serviços prestados pelas unidades de Saúde.

Por fim, a Univali mantém dois canais de atendimento, com fluxo direto de comunicação com clientes e a comunidade em geral: a Ouvidoria e a Central de Atendimento Univali.

A Ouvidoria presta atendimento personalizado por telefone, e-mail ou pessoalmente. Esta atende presencialmente das 8h às 17h30 ou pelo e-mail: [email protected]. Todas as reclamações, críticas e sugestões recebidas são devidamente registradas pelo ouvidor e respondidas de forma individual, de acordo com a demanda. Por esse meio, o ouvidor aborda o assunto com isenção e providencia o seu encaminhamento interno para garantir o parecer final a quem o requisitou, atuando como elo entre a administração universitária, nas suas diversas instâncias, e a comunidade.

A Central de Atendimento Univali oferece serviço semelhante ao da Ouvidoria, embora de forma generalizada, prestando informações, esclarecimentos e orientações acerca dos serviços mantidos pela Instituição, além de apoio a processos acadêmicos, e efetuando o registro de sugestões, reclamações, críticas e elogios por telefone e por e-mail. A Central de Atendimento está disponível via telefone (0800 623 1300) das 8 às 20 horas e pelo e-mail [email protected] 24 horas. Esta recebe, em média, 575 e-mails e 5.055 contatos via telefone de solicitações de informações e/ou críticas e sugestões mensais. Desses, todos são retornados aos solicitantes, com respostas totais ou parciais. Além do atendimento passivo, a Central de Atendimento Univali, em deferência às demandas institucionais, também trabalha na divulgação de serviços da Universidade a segmentos definidos.

Ambos os setores passam por avaliações institucionais regulares e são responsáveis pela organização de relatórios periódicos que oferecem, ao gestor direto e à Administração Superior, informações relevantes para a tomada de decisão nos níveis administrativo e acadêmico.

O fluxo de comunicação se estabelece tanto da Universidade para com a comunidade quanto das demandas da sociedade para com a Univali.

No primeiro caso, as atividades de comunicação são centralizadas via Coordenadoria de Marketing e Comunicação, que busca os canais mais adequados para cada tipo de mensagem a fim de estabelecer a comunicação com a sociedade.

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No segundo caso, a sociedade pode entrar em contato com a Universidade pelos canais supracitados, estabelecendo-se o fluxo de identificação das demandas, compreensão dos setores adequados à resposta apropriada e retorno aos solicitantes.