projeto polÍtico pedagÓgico - paraná · 2015. 8. 25. · colÉgio estadual sÃo carlos do ivaÍ...
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COLÉGIO ESTADUAL SÃO CARLOS DO IVAÍ – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Avenida Tiradentes, 1022 – CEP: 87.770-000 – Telefone/Fax (44) 3438-1430
SÃO CARLOS DO IVAÍ – ESTADO DO PARANÁ e-mail: [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
SÃO CARLOS DO IVAÍ - PR
DEZEMBRO/2014
SUMÁRIO
I. APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................................. 3
II. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 4
III. OBJETIVOS GERAIS ................................................................................................................................... 11
IV. EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO AO ENSINO MÉDIO ........................................................................ 12
V. MARCO SITUACIONAL ............................................................................................................................... 12
VI. MARCO CONCEITUAL ............................................................................................................................... 19
VII. MARCO OPERACIONAL .......................................................................................................................... 43
VIII. AVALIAÇÃO DO PROJETO .................................................................................................................... 62
IX. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................ 63
I. APRESENTAÇÃO
Este documento contém o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual São
Carlos do Ivaí – EFM, construído a partir do diagnóstico da escola com a participação de
todos envolvidos no processo educativo: Direção e Equipe Pedagógica, professores, pais,
alunos, agentes educacionais I e II e instâncias colegiadas. Esse projeto, deverá sempre ser
atualizado, pois há sempre o que aperfeiçoar, mudar, realimentar de acordo com a necessidade
do momento histórico. Nesse sentido, deve acompanhar as mudanças internas da organização
escolar e as suas transformações na esfera econômica, social, política, educacional, ética e
cultural.
Tal proposta vem delineando as formas de pensar, sentir e conhecer o mundo e
orientando o pensamento de uma geração em constante mudança. É um modelo social e
educacional que expressa as nossas metas e propostas pedagógicas, levando-nos a refletir
sobre os fundamentos que normatizam o Projeto Político Pedagógico da escola e sobre a
dinâmica que se deve imprimir ao desenvolvimento curricular. É com o Projeto Político
Pedagógico que a escola assume sua autonomia, sua identidade, sua postura educacional,
enfim a sua função social. Torna-se então necessário que o mesmo tenha clareza quanto à
filosofia educacional da escola e que defina ações concretas para o trabalho a ser
desenvolvido de forma a superar as dificuldades encontradas, buscando assim diferentes
alternativas que transformem o ambiente escolar num lugar onde haja interação no processo
de construção do conhecimento, o qual deve acontecer de forma sistematizada, dinâmica e
democrática, garantindo assim não só o acesso do aluno à escola, mas também a sua
permanência.
As pessoas são diferentes de fato, em relação a cor de pele e dos olhos, quanto ao
gênero e à sua orientação sexual, com referência as origens familiares e regionais, nos hábitos
e gastos e no tocante ao estilo. Em resumo, os seres humanos são diferentes, pertencem a
grupos variados, convivem e desenvolvem-se em culturas distintas. É o direito à diferença.
(MENDES, 2001).
Corroborando esta reflexão, Castari (2002), enfatiza que é preciso acreditar no ser
humano para assim podermos quebrar nossos preconceitos e enxergarmos a essência das
pessoas e não somente a imagem da matéria que nos é refletida. (CASTARI, 2002).
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II. INTRODUÇÃO
1. IDENTIFICAÇÃO
O Colégio Estadual São Carlos do Ivaí – Ensino Fundamental e Médio, localiza-se à
Rua Men de Sá, 1022, no município de São Carlos do Ivaí, Estado do Paraná, telefone (44)
34381430, CEP: 87.770-000, e-mail: [email protected] - NRE de Paranavaí.
2. CARACTERIZAÇÃO GERAL
2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS
Foi fundado no ano de 1958, com o nome de Escola Regional “Regente Feijó” pelo
Decreto nº 26.797 de 30-08-58 fundada na gestão do então Prefeito Municipal Waldomiro
Roda, que contava na época com um corpo docente de 1ª a 4ª séries, todos leigos e que
precisavam estudar um pouco para o aperfeiçoamento no magistério. O prefeito entrou em
contato com sua irmã Dirce Roda que trabalhava na Secretaria da Educação na época, que tão
prontamente interveio a favor e logo foi instalado o Ensino Ginasial em nosso município. O
Doutor Silas Piolli (engenheiro) sempre deu muito apoio aos projetos do município e
colaborou na escolha do nome “Regente Feijó” por ter sido um homem preocupado com a
política e instrução das pessoas.
De 1.963 a 1.967 passou a denominar-se Escola Normal Ginasial “Regente Feijó”
pelo Decreto nº 8.120 de 22-12-67. Até esta data a Escola funcionava em prédio cedido pelo
Grupo Escolar Tiradentes.
Em 1.968 passou a denominar-se Ginásio Estadual “Regente Feijó” já funcionando
em prédio próprio.
Pelo Decreto nº 1.346 de 29-10-1979 foi reorganizado o Ginásio Estadual Regente
Feijó, Grupo Escolar Tiradentes e Escola de Aplicação, constituindo assim a Escola São
Carlos do Ivaí – Ensino de 1º Grau.
Com a Resolução nº 2.426/82 de 07-10-1982 foi autorizado o funcionamento do
Colégio São Carlos do Ivaí – Ensino de 1º e 2º Graus, que logo em seguida passou a
denominar-se Colégio Estadual São Carlos do Ivaí – Ensino de 1º e 2º Graus através da
Resolução nº 1.650/83 de 10-05-1983.
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Com a Resolução nº 3.120/98 de 31-08-1998 e a Deliberação nº 003/98 de 02-07-
1998, passou a denominar-se Colégio Estadual São Carlos do Ivaí – Ensino Fundamental e
Médio.
Foram diretores deste Estabelecimento:
1960 – Nélida R. Sampaio
1961 – 1964 – Yolanda Navarro
1965 – Aparecida Gonzaga Baroni
1966 – 1967 – Maria Ignês Guagliotti Vieira
1968 – Ilo – Francisco João Theisan
1969 – 1970 – Irene do Carmo de Castro
1971 – 1974 – Paulo Figura
1975 – Euripes Farina
1976 – 1983 – Arlindo José Flores
1984 – Maria Martins de Pádua
1985 – Arlindo José Flores
1986 – 1989 – Luiz Carlos Fernandes Pereira
1990 – 1993 – Arlindo José Flores
1994 – 1995 – Luiz Carlos Fernandes Pereira
1996 – 2001 – Hilda Filomena Magnani
2002 – 2003 – Paulo Sérgio Filipim
2004 – 2005 – Paulo Sérgio Filipim
2005 – 2006 – Paulo Sérgio Filipim
2006 – 2008 – Paulo Sérgio Filipim
2009 – 2011 – Paulo Sérgio Filipim
2.2 ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS
A partir de 2012 passou a ofertar de forma simultânea o Ensino Fundamental de
nove anos conforme Parecer 407/11 – CEE.
A educação brasileira passa por transformações no desenho estrutural da
organização básica. O país está ampliando o ensino fundamental com nove anos de duração
para crianças a partir de seis anos de idade. Esse movimento implica em rever o processo de
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formação dos educandos com uma nova organização curricular que permita a permanência
qualificada dos alunos num sistema que se propõe inclusivo. Tem por objetivo oportunizar a
preocupação com a ampliação do tempo de ensino obrigatório no Brasil, não é recente, o que
pode ser observado na legislação educacional ao longo da história da educação brasileira,
como uma demanda da sociedade em virtude de transformações sociais, econômicas e
políticas.
O Ensino Fundamental de nove anos configura-se como a efetivação de um direito,
especialmente às crianças que não tiveram acesso anterior às instituições educacionais, é
fundamental um trabalho de qualidade no interior da escola, que propicie a aquisição do
conhecimento, respeitando a especificidade da infância nos aspectos físicos, psicológicos,
intelectual, social e cognitivo.
Para uma implantação qualitativa do Ensino Fundamental de nove anos, é
importante compreender que o conceito de infância sofreu transformações historicamente, o
que evidencia tanto na literatura pedagógica, quanto na legislação e nos debates educacionais,
em especial a partir da década de 1980 no Brasil. Nos estudos realizados por Vygostsky
(2007) que, ao analisar o desenvolvimento humano privilegia a interação social na formação
da inteligência e das características essencialmente humanas.
É, portanto a partir de sua inserção num dado contexto cultural, de sua interação
com membros de seu grupo e de sua participação em práticas sociais historicamente
construídas, que a criança incorpora ativamente as formas de comportamento já consolidadas
na experiência humana.
É importante analisar criticamente o contexto social, a fim de compreender quais as
necessidades da criança e como possibilitar que todas as crianças se apropriem dos conteúdos
organizados no currículo escolar. Isso significa, por exemplo, que, se vivemos numa
sociedade letrada, espera-se que todas as pessoas na idade socialmente reconhecida como
adequada tenham asseguradas as condições para se apropriar desse conhecimento, a escola
então, em seu conjunto tem que efetivar um trabalho articulado e com unidade de propósitos
educativos.
Estes propósitos orientarão o trabalho desenvolvido pelos professores, portanto
devem ser discutidos e compreendidos pelo conjunto de profissionais da unidade escolar,
além de devidamente sistematizados na proposta pedagógica. A Constituição de 1988 (artigo
208) indica o reconhecimento da criança como cidadã, como pessoa em processo de
desenvolvimento e o seu direito de ser educada. Estes direitos vêm atendendo-se à medida que
a sociedade se reorganiza e mobiliza, reivindicando outras ou melhores formas de educar.
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2.3 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
O Colégio Estadual São Carlos do Ivaí – Ensino Fundamental e Médio compreende
uma área total de 15.211,00 m2 sendo estes divididos em: 4.413,17 m2 de área construída e
10.797,83 m2 de área livre.
Dentro da área construída contamos com 17 salas de aula, sendo as mesmas
utilizadas apenas pelo Colégio Estadual São Carlos do Ivaí – E.F.M.
Salas Específicas:
01 laboratório de ciências;
01 sala de informática adaptada;
01 sala de vídeo adaptada;
01 biblioteca (que está à disposição da instituição escolar e da comunidade em geral,
desde que estejam cadastrados, possuindo um acervo bibliográfico atualizado mesmo que
ainda seja insuficiente);
01 sala (utilizada para a organização do material pedagógico);
02 salas para direção (uma utilizada pelo diretor e outra pela direção Auxiliar);
01 sala para entrega do leite do Programa Leite da Criança;
01 sala para arquivos e materiais pedagógicos;
01 sala para a Equipe Pedagógica de Ensino Fundamental e Ensino Médio;
01 sala para professores;
01 sala para hora atividade dos professores;
04 banheiros coletivos;
01 quadra coberta sendo utilizada pelos alunos de rede estadual;
01 quadra ao ar livre, necessitando de cobertura.
01 refeitório. O Colégio Estadual utiliza o refeitório em parceria com a Escola
Municipal, pois o mesmo foi construído em terreno estadual, porém com recursos do
município.
01 banheiro masculino para professores e funcionário.
01 banheiro feminino para professores e funcionários.
Como recursos técnicos e áudio visual a escola tem:
17 televisores, sendo 12 TVs Pendrive;
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03 vídeos cassetes;
02 retroprojetores;
01 episcópio (para uso noturno, pois nossa sala de vídeo não está adequada ao uso);
01 mimeógrafo a álcool;
11 computadores;
06 impressoras;
01 projetor multimídia (data show);
02 telões;
03 caixas de som;
01 microfone;
03 rádios com CD e caixa acústica;
01 acervo de 320 fitas de vídeos;
03 aparelhos de DVD.
2.4 OFERTA DE CURSOS E MODALIDADES
O Colégio Estadual São Carlos do Ivaí, oferta Ensino Fundamental de 6º a 9º anos e
Ensino Médio, nos turnos matutinos das 07:30h às 11:50h, no vespertino das 12:50h às
17:10h e noturno das 19:00h às 23:10h; mantido pelo Governo do Estado; adota o Regime de
Seriação Anual, considerando o período letivo de 800 (oitocentas) horas, num total de 200
(duzentos) dias letivos previstos em calendário escolar, e em consonância com a LDB nº.
9394/96, funcionando em três períodos, sendo: Matutino: 02 (três) turmas de 6º ano, 02 (duas)
turmas de 7º ano, 02 (duas) turmas de 8º ano e 02 (duas) turmas de 9º ano do Ensino
Fundamental, 02 (duas) turmas de 1ª série, 02 (duas) turmas de 2ª série, 01 (uma) turma de 3ª
série do Ensino Médio. Vespertino: 02 (duas) turmas de 6º ano, 02 (duas) turmas de 7º ano, 01
(uma) turma de 8º ano, 01 (uma) turma de 9º ano do Ensino Fundamental. Noturno: 01 (uma)
turma de 1ª série, 01 (uma) turma de 2ª série e 01 (uma) turma de 3ª série do Ensino Médio,
perfazendo nos três períodos um total de 567 alunos.
O Colégio Estadual oferta também:
- 02 (duas) Salas de Apoio à Aprendizagem para os 6ºs anos, no período matutino
(07h30min às 11h00min) e vespertino (13h00min às 16h25min), duas vezes por semana
(segundas e quartas-feiras), nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, funcionando
desde 2004. Atualmente não há oferta dessa modalidade de atendimento.
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- A partir do ano 2006, contamos com uma sala de recursos multifuncional , que
atende aproximadamente 15 alunos de 6ºs e 9ºs anos no período da tarde .Uma sala de Centro
de Atendimento Especializado (CAE) – nenhum aluno foi atendido em 2014.
- Um intérprete de Libras para atender uma aluna matriculada no colégio.
- Projeto Aula Especializada em contraturno: atende 30 alunos em sistema de
contraturno, no macrocampo esporte e lazer com atividades de futsal para os alunos do ensino
fundamental. O desenvolvimento do Projeto de Futsal, além de instigar o bom
relacionamento, estará também motivando os alunos a uma participação mais ativa das
atividades esportivas.
- Curso CELEM na disciplina de Língua Espanhola que atende os alunos duas vezes
por semana (quartas e sextas-feira), no período vespertino das 13h00min às 16h25min. A
duração do curso é de dois anos. No ano de 2014, por falta de professor, não foi ofertada pelo
Colégio.
O Colégio Estadual oferta aulas nos três períodos. As aulas estão distribuídas nos
seguintes horários:
Período matutino:
Ensino Fundamental
1ª aula 07:30h às 08:20h
2ª aula 08:20h às 09:10h
3ª aula 09:10h às 10:00h
4ª aula 10:10h às 11:05h
5ª aula 11:05h às 11:50h
Período vespertino:
Ensino Fundamental
1ª aula 12:50h às 13:40h
2ª aula 13:40h às 14:30h
3ª aula 14:40h às 15:30h
4ª aula 15:30h às 16:20h
5ª aula 16:20h às 17:10h
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Período noturno:
Ensino Médio
1ª aula 19:00h às 19:50h
2ª aula 19:50h às 20:40h
3ª aula 20:40h às 21:30h
4ª aula 21:40h às 22:25h
5ª aula 22:25h às 23:10h
2.5 RECURSOS HUMANOS
De acordo com o número de alunos matriculados (567), contamos com 01 diretor
com carga horária de 40 horas, 01 diretor auxiliar com 20 horas. Como o Colégio funciona em
três períodos, há uma carga horária de pedagogo de 80 horas, sendo distribuídos essa carga
horária nos três turnos. O corpo administrativo é composto de 10 funcionários com 40 horas
cada. Na função de serviços gerais, temos 08 funcionárias, com carga-horária de 40 horas
cada. O nosso corpo docente está constituído de 35 profissionais da educação, sendo 97,14%
pós-graduados.
Tabela 1. Formação dos Professores
FUNÇÃO QPM PSS ACADÊMICO GRADUADO PÓS-GRADUADO
Professor 14 21 03 01 34
Tabela 2. Formação dos Agentes Educacionais I e II
FUNÇÃO QPM PSS ENSINO MÉDIO
ACADÊMICO GRADUADO PÓS-GRADUADO
Agente I 04 04 05 02 01 -
Agente II 05 05
Tabela 3. Total de Funcionários
NÚMERO DE DOCENTES NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS NÚMERO DE DISCENTES
35 22 567
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III. OBJETIVOS GERAIS
O Projeto Político Pedagógico tem por objetivo, o desenvolvimento de uma
consciência crítica de todas as pessoas envolvidas no processo educacional que fazem parte da
escola, envolvendo escola e sociedade de forma ampla, estendida a todos os segmentos,
fazendo com que os mesmos participem e cooperem das várias atividades propostas tanto
pelos docentes e discentes como a comunidade em geral. Só assim teremos, como produto do
projeto, a autonomia, responsabilidade e criatividade, conduzindo os nossos educandos na
busca do conhecimento e preparação para a vida independente da sua condição sócio-
econômico, ou outras limitações. Deve-se usar todo tipo de linguagem para uma comunicação
clara e precisa, que estão assegurados conforme a Lei 9394/96 que rege as Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB) que prevê entre as incumbências da União, estabelecer em
colaboração com os Estados, Distrito Federal e os municípios, competências e diretrizes para
a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos e
seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum, através dos
seguintes objetivos:
Fortalecer o grupo para enfrentar conflitos e contradições;
Resgatar a intencionalidade da ação educativa;
Superar o caráter fragmentado das práticas educativas efetivando assim a
aprendizagem;
Envolver a participação de todos na gestão democrática;
Cumprir a legislação vigente, LDB 9394/96, que determina a todas as
instituições escolares a elaboração e execução do Projeto Político Pedagógico.
Proporcionar à comunidade, meios informativos para que todas as famílias
que por sua vez tenham filhos com necessidades educacionais especiais,
tenham o acesso ao ensino regular, expandindo esse atendimento;
Estabelecer um trabalho articulado com os órgãos de atendimento social
estadual e municipal, com vistas ao cumprimento da Lei, no atendimento
social do educando com necessidades especiais em virtude de sua situação
socioeconômica assegurando-lhe a cidadania;
Desenvolver ações integradas nas áreas de ação social, educação, saúde e
trabalho, proporcionando ao educando sua inserção na sociedade;
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Proporcionar a qualidade do Ensino ao educando portador de necessidades
educacionais especiais, juntamente com profissionais especialistas, nas
respectivas áreas, bem como a adequação do ambiente, recursos para a
acessibilidade deste educando em suas especificidades.
IV. EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO AO ENSINO MÉDIO
Espera-se que ao encerrar o Ensino Médio, o educando seja capaz de ter uma visão
crítica, ser consciente de seus direitos e deveres como cidadão e tenha perspectiva de ter uma
vida estável, dando continuidade em sua formação profissional (seja por meio de cursos
técnicos, pós médio ou de cursos superiores) e seu ingresso no mercado de trabalho.
V. MARCO SITUACIONAL
O Brasil é um país de contrastes e tem passado nas últimas décadas, por intensas
transformações. Os últimos dados referentes à mobilidade populacional brasileira reflete uma
mudança no ritmo e nas direções seguidas pelos fluxos populacionais, ao mesmo tempo que
houve uma estabilização no ritmo do fluxo em direção às regiões norte e centro oeste. Há um
incipiente movimento populacional dos grandes centros em direção as pequenas e médias
cidades do interior.
Este movimento já se faz sentir em nossa comunidade, que tem recebido pessoas
oriundas de outros centros. Alguns destes são pessoas que ao se aposentarem, procuram uma
melhor qualidade de vida. Outros procuram fugir do desemprego e falta de oportunidades.
Ora, estas pessoas trazem novas experiências nem sempre positivas. Dessa forma,
começamos, há alguns anos, a conviver com problemas relativos ao tráfico de drogas, assaltos
e outros tipos de violência até então ausentes em nossa comunidade.
Os contrastes vividos pela sociedade brasileira, com sua diversidade cultural e
étnica, sua disparidade gritante entre níveis de renda, sua base física de dimensões
continentais, não poderiam deixar de se manifestar na escola. Atualmente, considera-se a
Educação um dos setores mais importantes para o desenvolvimento de uma nação. É através
da produção de conhecimentos que um país cresce, aumentando sua renda e a qualidade de
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vida das pessoas. Embora o Brasil tenha avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há
muito para ser feito. A Escola ou a Faculdade tornaram-se locais de grande importância para a
ascensão social e muitas famílias tem investido muito neste setor.
Pesquisas na área educacional apontam que um terço dos brasileiros frequentam
diariamente a escola (professores e alunos). São mais de 2,5 milhões de professores e 57
milhões de estudantes matriculados em todos os níveis de ensino. Estes números apontam um
crescimento no nível de escolaridade do povo brasileiro, fator considerado importante para a
melhoria do nível de desenvolvimento de nosso país.
Uma outra notícia importante na área educacional diz respeito ao índice de
analfabetismo. Recente pesquisa do PNAD - IBGE mostra uma queda no índice de
analfabetismo em nosso país nos últimos dez anos (1992 a 2002). Em 1992, o número de
analfabetos correspondia a 16,4% da população. Esse índice caiu para 10,9% em 2002. Ou
seja, um grande avanço, embora ainda haja muito a ser feito para a erradicação do
analfabetismo no Brasil.
Esta queda no índice de analfabetismo deve-se, principalmente, aos maiores
investimentos feitos em educação no Brasil nos últimos anos. Governos Municipais, Estaduais
e Federais tem dedicado uma atenção especial a esta área. Programas de bolsa educação tem
tirado milhares de crianças do trabalho infantil para ingressarem nos bancos escolares.
Programas de Educação de Jovens e Adultos (EJAs) também tem favorecido este avanço
educacional. Tudo isto, aliado as políticas de valorização dos professores, principalmente em
regiões carentes, tem dado resultados positivos.
Outro dado importante é a queda no índice de repetência escolar, que tem diminuído
nos últimos anos. Este quadro tem mudado com reformas no sistema de ensino, que está
valorizando cada vez mais o aluno e dando oportunidades de recuperação.
A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) 9394/96, trouxe um grande avanço
no sistema de educação de nosso país. Esta lei visa tornar a escola um espaço de participação
social, valorizando a democracia, o respeito, a pluralidade cultural e a formação do cidadão. A
escola ganhou vida e mais significado porque tem a responsabilidade de promover, de forma
ordenada, o aprimoramento intelectual da sociedade, levando em conta os contrastes do meio
onde está inserida.(Fonte: http://www.suapesquisa.com/educacaobrasil).
O município de São Carlos do Ivaí, que possui um IDH de 0,738, abaixo do IDH do
Estado (0,787) e País (0,813), conta com um sistema educacional com a seguinte base: 04
escolas - contamos com 01 Centro Municipal de Educação Infantil, que atende cerca de 158
crianças, 01 escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental até o 5ª ano que atende 518
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alunos, 01 escola de Educação de Jovens e Adultos (EJA) que atende 43 alunos, 01 escola
estadual que atende cerca de 625 alunos e 01 escola de Educação Especial que atende 61
alunos, onde nos defrontamos com uma realidade crítica que exige reflexão e discussão sobre
os problemas da sociedade e da educação tais como: habitação, saúde, famílias com baixa
renda, e famílias com diferentes perfis, ou seja, uma diversidade familiar, cabendo ainda
ressaltar que a nossa comunidade já enfrenta dificuldades com drogas, vícios (alcoolismo e
fumo), gravidez precoce, bem como o desemprego que levam a maioria das famílias (60%)
sobreviverem de uma renda mensal insuficiente para se ter uma vida digna e de qualidade. O
nível de escolaridade da população é baseado na sua maioria no Ensino Fundamental (55%),
poucos com o Ensino Médio (20%) e a minoria com Ensino Superior (5%), tendo assim como
aspecto negativo a evasão escolar e a repetência devido ao trabalho braçal que uma das
principais fontes de sobrevivências da maioria da população da nossa comunidade.
Quanto a aprovação, reprovação, abandono/evasão, podemos fazer uma análise
mediante os dados do quadro abaixo:
INDICADORESAprovação Reprovação Abandono/Evasão
2011 2012 2013 2011 2012 2013 2011 2012 2013ENSINO
FUNDA
MENTA
L
6° 72,8% 66,4% 69% 15,8% 22,3% 0,23% 4,6% 2,9% 00,00%7° 77,1% 62% 65% 16,1% 27% 0,27% 1,9% 2% 00,00%8° 76% 66,6% 63% 11,9% 17,1% 0,26% 6,5% 4% 00,00%9° 77,4% 71,5% 79% 12,7% 12,5% 0,12% 4,9% 5,6% 00,00%
ENSIN
O
MÉDI
O
1° 75,5% 61,4% 61,73% 10% 19,7% 30,8% 17,7% 12,5% 00,00%2° 67,9% 68,6% 77,63% 17,2% 12,7% 15,7% 11,1% 13,9% 00,00%3°
86,1% 77,4% 80,00% 1,3% 8,0% 17,1% 12,5% 11,2% 00,00%
O município oferta programas como Bolsa Família (Peti) para amenizar esta
situação ora vivida, e também proporciona atividades de aprendizado em outros programas
como o Projeto Piá que atende crianças de 07 a 14 anos, ofertando aulas de violão, culinária,
artesanato em geral e a Casa do Trabalhador que atende educandos de 09 a 18 anos
oferecendo cursos profissionalizantes como: Informática, corte-costura, manicuro e pedicuro,
culinária básica e industrial, pintura em tecido e tela, oratória, confecção de bijuterias,
encanador, eletricista, decoração de bolos, economia doméstica, relações humanas, entre
outros.
Dentro da realidade em que vive nossos educandos, podemos citar alguns pontos
relevantes no que se refere a avaliação. Nossos alunos estão ambientados em uma
comunidade socioeconômica desfavorável, tanto cultural como financeiramente. Devido a
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diversidade familiar, social e econômica afetando diretamente o desenvolvimento do ensino
aprendizagem e consequentemente o resultado da avaliação, visto que a participação dos pais
nem sempre existe.
Neste contexto a participação da Equipe Pedagógica, Direção e Professores são
fundamentais, pois é através dos mesmos que todo um trabalho é realizado com base nas
necessidades da comunidade escolar em geral, tais como: Visitas domiciliares,
encaminhamentos psicológicos, fonoaudiólogos, da ficha do Programa de Combate ao
Abandono ao Conselho Tutelar, entre outros.
Mesmo conhecendo o ambiente social e que vivem nossos alunos, é difícil atender a
todos em sua individualidade, considerando que os problemas socioculturais ainda são um
desafio a ser vencido e que, infelizmente, influencia no processo ensino-aprendizagem.
Para tanto, a escola procura desenvolver projetos de forma comprometida com os
interesses e necessidades da comunidade escolar, por isso o Colégio Estadual São Carlos do
Ivaí – EFM, em consonância com a Lei 9394/96 que preconiza em seu artigo 58 o
atendimento à pessoa portadora de necessidades educacionais especiais dispõe dos seguintes
serviços de apoio pedagógico:
a) Sala de Recursos Multifuncional – Séries Finais – Área da Deficiência
Intelectual/Transtornos Funcionais Específicos.
b) Centro de Atendimento Especializado na área de deficiência auditiva (CAE).
CELEM
O Colégio Estadual oferta o curso CELEM na disciplina de Língua Espanhola,
devido há um grande interesse dos alunos por essa língua, visto que nos localizamos no cone
Sul e dominar a língua espanhola pode significar para nossos educandos melhores
oportunidades no mercado de trabalho.
Assim, oportunizar uma nova língua faz com que nossos alunos estejam mais
preparados para enfrentar as dificuldades profissionais encontradas por eles, mesmo porque,
ao constar em seu histórico escolar um curso de dois anos de duração em uma língua
estrangeira moderna, poderá fazer a diferença ao tentar conseguir um trabalho, ou obter mais
êxito se já estiver trabalhando. No ano de 2014,por falta de professor, não foi ofertada pelo
Colégio.
Estágio não Obrigatório
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Atualmente faz-se necessário o aluno estar cada vez mais preparado para o mundo
do trabalho, tanto o aluno do Ensino Médio, como o do Profissionalizante. Visando que
nossos alunos em sua grande maioria pertencem a classe média baixa é importante, na medida
do possível, oferecermos a oportunidade de realizar um estágio. O aluno que cursa o Ensino
Médio poderá ter em mente fazer um curso superior, e o estágio o ajudará, não somente no
seu desenvolvimento intelectual, mas também na integração social. Em relação aos alunos do
curso profissionalizante, o estágio é essencial para reter os conhecimentos adquiridos
teoricamente, visto que o aprendizado pode ser muito mais eficaz quando é adquirido por
meio da experiência.
O estágio é planejado, executado e avaliado em conformidade com os objetivos
propostos para a formação profissional dos estudantes, previstos no Projeto Político
Pedagógico e descritos no Plano de Estágio. A idade mínima exigida para o estágio é de 16
anos.
O estágio não obrigatório não interfere na aprovação ou na reprovação do aluno e
não é computado como componente curricular, sua duração não poderá exceder dois anos,
exceto quando se tratar de estagiário com deficiência.
O Termo de Compromisso para realização do estágio é firmado entre a instituição
de ensino, o educando ou seu representante ou assistente legal, e a parte concedente,
observado o Termo de Convênio, por meio da Secretaria de Estado da Educação e a parte
concedente, mediante prévia e expressa autorização do Governador do Estado do Paraná.
O estágio será desenvolvido com a mediação do professor especificamente
designado para essa função, o qual será responsável pelo acompanhamento e avaliações das
atividades. A jornada de estágio não ultrapassa quatro horas diárias e vinte horas semanais
para alunos da Educação Especial dos anos finais do Ensino Fundamental e seis horas diárias
e trinta horas semanais, para alunos do Ensino Médio.
1. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA REALIDADE
Este estabelecimento de ensino procura envolver todos os segmentos na construção
de um Projeto Político Pedagógico possível e sempre aperfeiçoável, para consolidá-la como
lugar central da educação numa visão descentralizada, considerando-se a necessidade do
16
fortalecimento das relações entre a escola e o sistema de ensino, para a concretização da
escola cidadã, onde os direitos são reconhecidos como naturais.
As ações da escola estão seguindo a formação que é dada aos trabalhadores que nela
atuam. Sua ação pedagógica está girando numa velocidade onde o tempo não é percebido. A
impressão que se tem é que fugiu-se de tudo que alicerçava a Escola Pública, “o Aprender”.
Precisamos parar um pouco e olhar para a educação que sustenta o País. A diversidade
cultural brasileira sempre foi um desafio para a formação unificada dos educandos e
educadores.
2. PERFIL DA COMUNIDADE ATENDIDA
Podemos destacar que o poder aquisitivo das famílias dos alunos tem aumentado,
pois a nossa cidade oferece oportunidades de trabalho em diferentes setores como corte e
plantio de cana-de-açúcar, olaria e agricultura, bem como diversas funções na Coopcana e
Raudi, empresa de bicarbonato de sódio.
Não só a televisão e rádio são utilizados pela população, mas também o acesso à
Internet, devido, especialmente à aquisisção de celulares que possibilitam isso, e a
implantação de rede wifi gratuita na praça central da cidade.
Outra questão que nos chama a atenção é o fato de que temos recebido muitas
pessoas advindas de grandes centros e outras regiões do país, o que proporciona uma
interação com outros costumes, linguagens e até mesmo nível de conhecimento.
Enfrentamos muitos problemas de indisciplina, especialmente no período
vespertino, o que em certa forma pode estar ligado ao fato de que nem todos os nossos alunos
pertencem à famílias com pais e mães, com recursos suficientes para uma vida digna e
também por conta das situações adversas ligadas à essa instâncias: os pais estão separados e o
aluno vive com um deles; o aluno é órfão; o aluno vive com algum parente, normalmente com
avós ou casais homossexuais.
Diante do trabalho desenvolvido pela Instituição as expectativas dos pais são
positivas, uma vez que sempre que necessário a escola envolve em seu trabalho tanto os pais
quanto outros setores parceiros como Conselho Tutelar, Posto de Saúde, Centro Terapêutico,e
Atendimento psicológico. Além dessas ações quando há necessidade a família é convocada a
comparecer na escola para ajudar nas decisões a repeito do aluno.
17
Além disso, há várias instituições religiosas e a escola tem respeitado todas elas Em
relação às atividades culturais, o Colégio promove o Bingo de páscoa, a Festa Julina, com
apresentações de diversas danças e isso proporciona uma interação Escola/Comunidade.
Destacamos também outras atividades culturais que ocorrem no município: a Grande Festa da
Igreja Católica(junho); a Procissão de Nossa Senhora aparecida (12 de outubro); o Rally
Ecológico no Rio Ivaí (setembro).
Por fim, não menos importante estão as atividades esportivas que são desenvolvidas
não só no Colégio com aulas Treinamento, mas também no Programa Esportivo Municipal, o
qual incentiva a prática diversificada do esporte.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)
O IDEB foi criado pelo Inep em 2007 e representa a iniciativa pioneira de reunir
num só indicador dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: fluxo
escolar e médias de desempenho nas avaliações. Agrega ao enfoque pedagógico das
avaliações do Inep a possibilidade de resultados sintéticos facilmente assimiláveis, e que
permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas.
O IDEB é calculado a partir de dois componentes: taxa de rendimento escolar e
médias de desempenho nos exames padronizados aplicados pelo Inep. Os índices de
aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar. As médias de desempenho utilizadas são as
da Prova Brasil e do Saeb, sendo que a Prova Brasil é usada para calcular os IDEBs dos
estados e do IDEB nacional.
O IDEB é uma ferramenta de acompanhamento das metas de qualidade da educação
básica, no âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação (PDE), do MEC.
O PDE estabelece como meta que 2022 o IDEB do Brasil seja 6, média que
corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável a dos países desenvolvidos.
As metas intermediárias de cada município e estados são diferentes. Aqueles com
IBEB mais baixos terão que fazer maior esforços para chegar mais próximos da meta
nacional. Aqueles com IDEB mais alto deverão superar a meta para o Brasil. Nesse quadro,
cada município e estado deverá ter um desempenho que, em conjunto leve o Brasil a atingir a
meta nacional proposta e a reduzir a desigualdade entre as redes.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2013 do nosso
Colégio foi de 4,0; a taxa de abandono no Ensino Fundamental (anos finais) foi de 0,0 e no
Ensino Médio 0,0.
18
VI. MARCO CONCEITUAL
1. CONCEPÇÕES:
1- Educação
Transmissão do saber. Ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada
indivíduo singular a sua mediação com a prática social global. A prática social se põe,
portanto, como ponto de partida e o ponto de chegada da prática educativa. Para Saviani
entende que o processo educativo é a passagem de desigualdade para a igualdade pela
mediação da educação articulada com as demais modalidades e configuram a prática social
global. O objetivo da Educação é convencer e não vencer.
2- Homem
É a formação de homem numa visão sócio-histórica, sendo que este possa
transformar-se num sujeito ético, construtor da democracia e da justiça social. Segundo
MARCHORATO (2004) “Um homem síntese de múltiplas relações sociais, capaz de
reinventar a autonomia do ser humano.” Isto é, buscamos a construção de cidadãos para uma
sociedade aberta e democrática, capazes de abrir caminhos e democratizar a sociedade, a fim
de transformar as informações que surgem de maneira caótica nos vários espaços sociais, em
conhecimentos reais e saberes organizados.
Nessa perspectiva, a escola possibilita a formação de um sujeito ético que seja capaz
de construir a democracia promovendo a justiça social, através do diálogo, da conscientização
sobre a igualdade e diversidade, oportunizando expressar-se livremente, construindo um
cidadão preparado para o verdadeiro exercício da cidadania.
3- Mundo
Queremos um mundo em que as relações de conflito entre capital e trabalho, raças,
credos, culturas entre sistemas políticos seja substituído pela cooperação, tecnológica,
19
científica, cultural, religiosa e política. Onde as minorias sejam respeitadas de maneira
igualitária e a cultura de todos valorizada.
Onde educadores e educandos respeitam as individualidades e as imagens sociais
trazidas por nossos alunos, considerando as diferenças individuais. A forma e o
reconhecimento desses referenciais contribuem para a valorização da cultura em troca de
experiências e aprendizados que cada educando traz consigo. Se tais diferenças forem
realmente consideradas, respeitando-as e elaborando tarefas de conscientização, estaremos
valorizando a diversidade cultural, possibilitando a aprendizagem do saber sistematizado.
4- Sociedade
Vivemos numa sociedade em que os valores estão cada vez mais ausentes.
Sociedades consumistas, devastadora dos recursos naturais, permeada por violência, miséria,
injustiça, que acentuam cada vez mais a desigualdade racial existente. Se estamos
descontentes com esta sociedade, precisamos pensar e projetar uma mais justa, fraterna,
esclarecida, crítica, a ponto de discutir, debater os problemas existentes; indivíduos que
através do conhecimento passa a pensar de forma global e agir local, mudando por exemplo,
hábitos e costumes da sociedade capitalista. Sujeitos que não fazem a crítica pela crítica, mas
sim, indivíduos que reivindiquem seus direitos e que respeitem as diferenças, lutem por
igualdade, dignidade, por uma sociedade mais justa; superando assim as relações de
dominação que os impedem de alcançarem a cidadania plena.
5- Cultura
“Sistema de significações mediante o qual necessariamente (...) uma dada ordem
social é comunicada, reproduzida, vivenciada e estudada.” (Willians, 1992). Cultura é o
conjunto de manifestações artísticas, sociais, linguísticas e comportamentais de um povo ou
civilização. Portanto, fazem parte da cultura de um povo as seguintes atividades e
manifestações: música, teatro, rituais religiosos, língua falada e escrita, mitos, hábitos
alimentares, danças, arquitetura, invenções, pensamentos, formas de organização social, etc.
Uma das capacidades que diferenciam o ser humano dos animais irracionais é a capacidade
de produção de cultura.
6- Conhecimento
20
A apropriação do conhecimento é um direito fundamental, é uma exigência da
cidadania. Portanto, cabe a escola através dos educadores a transmissão do conhecimento
elaborado, tornando-se necessário viabilizar as condições da transmissão e apropriação
destes conhecimentos. Nesse sentido, pensamos num conhecimento que promova a reflexão
e ação sobre a realidade, possibilitando um processo mais significativo de apropriação e
socialização da produção do saber.
Enfim, a escola deve usar o conhecimento científico em consonância com o
conhecimento popular para de fato haver a transformação social.
7- Concepção de Infância e Adolescência
À medida que a sociedade organizada exerceu pressões sobre o Estado, este passa a
incorporar, nos textos legais, o atendimento da criança como sujeito de direitos, exemplos
destes textos legais são a Constituição de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente, nos
anos de 1990, a LDB N°. 9394/96, além de textos curriculares que tratam da especificidade da
infância (KRAMER, 2006).
Para Kramer (1995) o conceito de infância se diferencia conforme a posição da
criança e de sua família na estrutura socioeconômica em que se inserem. Portanto, não há uma
concepção infantil homogênea, uma vez que as crianças e suas famílias estão submetidas a
processos desiguais de socialização e de condições objetivas de vida. Nesse sentido, cabe à
escola, reconhecer esses sujeitos como capazes de aprender os diferentes conhecimentos
acumulados pela humanidade e sistematizados como conteúdos pela escola, respeitando a
singularidade da infância.
A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção histórica
foi uma das grandes contribuições dos estudos de Vygostsky (2007) que, ao analisar o
desenvolvimento humano privilegia a interação social na formação da inteligência e das
características essencialmente humanas. É, portanto, “a partir de sua inserção num dado
contexto cultural, de sua interação com membros de seu grupo e de sua participação em
práticas sociais historicamente construídas, que a criança incorpora ativamente as formas de
comportamento já consolidadas na experiência humana” (REGO, 1995, p. 55). Os estudos de
Vygostsky (2007) indicam que é importante analisar criticamente o contexto social, a fim de
compreender com que criança se está trabalhando, quais suas necessidades e como possibilitar
que todas as crianças se apropriem dos conteúdos organizados no currículo escolar. Isso
21
significa que, por exemplo, se vivemos numa sociedade letrada, espera-se que todas as
pessoas, na idade socialmente reconhecida como adequada, tenham asseguradas as condições
para se apropriar deste conhecimento.
A compreensão da infância como historicamente situada implica que a escola, em
seu conjunto, efetive um trabalho articulado e com unidade de propósitos educativos. Estes
propósitos orientarão o trabalho desenvolvido pelos professores, portanto, devem ser
discutidos e compreendidos pelo conjunto dos profissionais da unidade escolar, além de
devidamente sistematizados na proposta pedagógica.
A adolescência é a fase do desenvolvimento humano que marca a transição entre a
infância e a idade adulta. Com isso essa fase caracteriza-se por alterações em diversos níveis -
físico, mental e social - e representa para o indivíduo um processo de distanciamento de
formas de comportamento e privilégios típicos da infância e de aquisição de características e
competências que o capacitem a assumir os deveres e papéis sociais do adulto.
Os termos "adolescência" e "juventude" são por vezes usados como sinônimos, por
vezes como duas fases distintas mas que se sobrepõem: para Steinberg a adolescência se
estende aproximadamente dos 11 aos 21 anos de vida, enquanto a ONU define juventude
como a fase entre 15 e 24 anos de idade - sendo que ela deixa aberta a possibilidade de
diferentes nações definirem o termo de outra maneira; Organização Mundial de Saúde define
adolescente como o indivíduo que se encontra entre os dez e vinte anos de idade e, no Brasil o
Estatuto da Criança e do Adolescente, estabelece ainda outra faixa etária - dos 12 aos 18 anos.
8 – Trabalho
Diferentemente dos animais, o homem modifica a natureza de acordo com suas
necessidades criadas histórica e socialmente. Essa transformação, por meio do trabalho, é o
que diferencia substancialmente o homem dos demais animais, ou seja, transforma sua
capacidade mental, psíquica de adequar a natureza às suas necessidades, por meio da criação e
uso de instrumentos. Marx (1989), em relação ao conceito de trabalho assim se expressa: O
trabalho é um processo de que participam o homem e a natureza, processo em que o ser humano com
sua própria ação, impulsiona, regula e controla seu intercâmbio material com a natureza. Defronta-se
com a natureza como uma de suas forças. Põe em movimento as forças naturais de seu corpo braços e
pernas, cabeça e mãos, a fim de apropriar-se dos recursos da natureza, imprimindo-lhes forma útil à
vida humana. Atuando assim sobre a natureza externa e modificando-a, ao mesmo tempo modifica sua
22
própria natureza. Desenvolve as potencialidades nela adormecidas e submete ao seu domínio o jogo
das forças naturais (MARX, 1989, p. 202).
Entendemos que o trabalho tem a potencialidade de transformar o sujeito e a
natureza, sabemos que por meio do trabalho intencional do professor há a possibilidade de
transformação do sujeito.
9- Tecnologia
O uso da palavra tecnologia tem sido cada vez mais frequente no contexto atual e
em razão do amplo e indiscriminado emprego, torna-se uma noção, ao mesmo tempo
essencial e confusa. Dessa forma, podemos destacar diversas acepções do termo tecnologia,
dentre elas descrevemos a seguir algumas:
De acordo com o primeiro significado etimológico a “tecnologia” tem de ser a
teoria, a ciência, o estudo, a discussão da técnica, abrangida nesta última noção as artes, as
habilidades do fazer, as profissões e, generalizadamente, os modos de produzir alguma coisa.
No segundo significado, “tecnologia” equivale pura e simplesmente à técnica. Estreita e
ligada à significação anterior encontramos o conceito de tecnologia entendido como o
conjunto de todas as técnicas de que dispõe uma determinada sociedade, em qualquer fase
histórica de seu desenvolvimento. Por fim, o sentido de tecnologia é aquele que para nós irá
ter importância capital, ou seja, a ideologização da tecnologia.
A tecnologia pode ser entendida ainda como uma das linguagens que o homem se
utiliza enquanto comunicação e também uma construção social a qual se realiza e se amplia
historicamente, servindo para a transformação das relações sócio econômicas e culturais.
Considerando a definição acima, ressaltamos que o uso das tecnologias na
educação proporcionam novas relações de trabalho pedagógico que através da mediação do
professor oportuniza melhorias na qualidade social da educação. Assim ao nos apropriarmos
da tecnologia na prática pedagógica, podemos destacar o uso do vídeo, TV pendrive,
computador e outros recursos tecnológicos que possam dinamizar e tornar o processo de
ensino e aprendizagem mais interessante e contextualizado com a realidade social na qual
estamos inseridos.
Para tanto, desenvolver o Projeto Político Pedagógico no contexto atual, pressupõe
a incorporação das novas tecnologias como mediadoras instrumentais na construção da
práxis pedagógica. Além disso, o conhecimento destas mediações instrumentais ,
23
materializadas nas tecnologias requer um trabalho coletivo na busca da unidade total do
conhecimento no fazer pedagógico.
De nada adianta termos em nossas mãos a última geração de determinados artefatos
tecnológicos, sem ter no profissional da Educação o principal ator no processo ensino
aprendizagem, pois ele deve ser problematizador, mediador, inventivo, transformador dos
conhecimentos científicos, históricos e culturalmente produzidos pela humanidade, deve-se
também reconhecer que entre outras necessidades a capacitação deste profissional que é
agente de mudanças torna-se prioridade para que os objetivos educacionais sejam
devidamente alcançados.
Por fim é fundamental que a escola, o professor e o aluno tenham clareza de quais
são os fins ou os motivos da atividade de ensino e de aprendizagem, contextualizem seus
objetivos, definam as ações e procedimentos necessários para a consecução desses fins e
considerem os objetos ou recursos disponíveis (tecnologias), para o trabalho escolar,
partindo de uma análise crítica da realidade e criando assim condições para formação da
consciência crítica comprometida com a transformação da sociedade.
10- Ensino Aprendizagem
Entende-se o ensino como um processo reflexão – ação sobre a aprendizagem,
possibilitando assim a produção do saber, a apropriação e a socialização. Já a aprendizagem
faz do conhecimento um instrumento político que une o educando a realidade social, assim ele
consegue estabelecer relações entre os conteúdos escolares e os conhecimentos previamente
construídos, que atendem as expectativas, intenções e propósitos de aprendizagem do aluno.
Relações escolares de ensino-aprendizagem implicam situações comunicativas, nas
quais professores e alunos têm uma participação em conjunto influenciando definitivamente
para o êxito do processo.
Para que ocorra um bom ensino é preciso construir a relação dinâmica existente
entre o conhecimento e a ação-reflexão, sendo assim educador e educando criam um vínculo
com o conhecimento e podem atribuir sentidos ao que fazem e ao que aprendem.
Portanto, o professor é diretamente responsável pelo processo pedagógico na sala de
aula, cabendo a este profissional, num encontro dialógico com outros profissionais da escola,
tais como outros professores, equipe pedagógica e direção, definir de maneira organizada e
planejada, o processo intencional de ensino.
24
Nesse sentido, é papel do educador o domínio acerca dos conteúdos a serem
ensinados e da metodologia mais adequada à sua assimilação pelos alunos, ou seja, trata-se da
mediação do professor por meio do domínio dos métodos e procedimentos didáticos que
possibilitam a compreensão dos conteúdos pelos alunos.
Assim, ao elaborarem seus planos, os professores buscam utilizar diferentes
metodologias para que os conteúdos que ministram em suas aulas possam atender a
necessidade de seus educandos.
11– Cidadania
A cidadania é entre outras coisas, aprender a agir com respeito, solidariedade,
responsabilidade, justiça, não-violência, aprender a usar o diálogo nas mais diferentes
situações e comprometer-se com o que acontece na vida coletiva da comunidade e do país.
Esses valores suas atitudes são aprendidos e desenvolvidos pelos estudantes e, portanto,
podem e devem ser ensinados nas escolas.
Para que os estudantes aprendam e assumam os princípios éticos, são necessários
pelo menos dois fatores:
1-) Que os princípios se expressem em situações reais, nas quais possam ter
experiências e nas quais possam conviver com a sua prática.
2-) Que haja um desenvolvimento da sua capacidade de autonomia moral, isto é, da
capacidade de analisar e eleger valores para si, consciente e livremente.
12- Avaliação
A avaliação tem sido uma das principais preocupações no contexto escolar, visto
que não podemos mais utilizá-la como uma prática educativa tirana que classifica e pune os
alunos.
Segundo Luckesi (2004), a avaliação da aprendizagem escolar se faz presente na
vida de todos nós que somos comprometidos com atos e práticas educativas. Assim, pais,
educadores, gestores das atividades públicas e particulares, administradores da educação,
todos, estamos comprometidos com esse fenômeno, que cada vez mais ocupa espaço em
nossas preocupações educativas.
Nesse contexto, defendemos uma concepção de avaliação contínua, permanente e
cumulativa,(definida também pela legislação vigente – Deliberação 07/99). Desta forma, a
25
escola assume um compromisso de ir além de momentos pontuais de avaliação, como semana
de provas, simulados, entre outros, preponderando fatores qualitativos de aprendizagem.
Ao avaliar o aluno, é importante que o professor utilize diferentes instrumentos de
avaliação, estabelecendo também critérios adequados para cada um deles. Por outro lado, os
instrumentos de avaliação da aprendizagem, também não podem ser quaisquer instrumentos,
mas sim os adequados para coletar os dados essenciais para configurar o nível de
aprendizagem do educando.
Produzir bons e adequados instrumentos para coletar dados na avaliação da
aprendizagem dos nossos educandos, significa preparar uma avaliação intencional e bem
planejada. Esse processo de avaliação requer instrumentos que ofereçam desafios, sejam
contextualizados, coerentes com as expectativas de ensino e aprendizagem, possibilitem que o
aluno reflita, elabore hipóteses, expresse seu pensamento, exponham com clareza o que se
pretende, revelem claramente o que e como se pretende avaliar.
Os instrumentos de coleta de dados sobre o desempenho da aprendizagem devem
ser subsídios para avançar no processo educativo e que seja adequado como recurso de
investigação (pesquisa) sobre as aprendizagens dos educandos, de tal forma que possibilitem
uma intervenção adequada de reorientação do trabalho pedagógico.
Uma vez que a avaliação é entendida com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar
o processo de ensino-aprendizagem, ela torna-se um conjunto de procedimentos investigativos
que possibilitam o ajuste e os encaminhamentos necessários para tornar possível a
aprendizagem eficaz. Assim a avaliação funcionará como um instrumento que possibilite ao
professor analisar de forma crítica sua prática educativa detectando avanços, dificuldades e
possibilidades. Será sempre aplicada no mínimo 2(dois)instrumentos de avaliação
diversificado por conteúdo/bloco de conteúdos afins.
A recuperação de estudos é um dos aspectos da aprendizagem no seu
desenvolvimento contínuo pelo qual o aluno com o aproveitamento escolar abaixo da média
trimestral (6,0), dispõe de oportunidades para revisar conteúdos, e por meio dos diferentes
instrumentos de avaliação recuperar suas notas.
A Recuperação de estudos é direito dos alunos que obtiveram menor rendimento
segundo a LDB (Art. 13, inciso IV e Art. 24, inciso IV, critério e), assim, ao final dos blocos
de avaliação com valores 3,5 (três vírgula cinco) cada um, e do bloco de valor 3,0, os alunos
que não obtiveram média 6,0, têm a oportunidade de recuperar estudos e notas; o bloco de
valor 3,0 é recuperado com o mesmo instrumento ou outro diferenciado conforme a
necessidade. A nota do bloco de valor 3,0 estará condicionada a entrega em data marcada, das
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atividades de avaliação pré estabelecidas pelos professores, assim o aluno que não entregar a
atividade em dia agendado ou não quis realizar a atividade terá o direito de fazer a
recuperação desse bloco suprimido, salvo o resguardo legal de atestado médico ou licença
saúde
Avaliar é investigar para intervir. Para realizar essa tarefa, o professor poderá
construir os mais variados instrumentos, com a condição de que eles sejam elaborados e
adequados as suas finalidades. Assim, se os instrumentos forem planejados e elaborados com
certos requisitos metodológicos, coletarão verdadeiramente os dados da aprendizagem dos
educandos proporcionando condições para reorganização da ação docente, caso seja
necessário.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
a- Atividade de leitura compreensiva de textos
Instrumento por meio do qual o professor pode verificar a compreensão dos
conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento prévio do aluno e aquele adquirido
na Educação Básica. O texto deve ser escolhido de maneira criteriosa, referindo-se sempre à
discussão apresentada em sala de aula, para que não se perca o foco do conteúdo abordado.
Esse instrumento permite, com a reflexão e discussão, ampliar os horizontes de conhecimento
do aluno.
b- Projeto de pesquisa bibliográfica
Instrumento que tem como finalidade propiciar ao aluno o contato com o que já foi
escrito ou pensado sobre o tema que ele está pesquisando. A partir desse contato, o aluno
constrói o conhecimento, e cabe ao professor o papel de orientador. É preciso que o professor
conheça o acervo bibliográfico escolar, para fazer indicações de leituras para os alunos. Esse
instrumento dá ao aluno, subsídios de qualidade para fundamentar a produção de seu texto.
c- Produção de texto
As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e
interativa da linguagem – e, por conseguinte, os textos – se constroem justamente nas práticas
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de linguagem que se concretizam nas atividades humanas. Qualquer texto produzido é sempre
uma resposta a outros textos, está sempre inserido num contexto dialógico. Há diversos
gêneros, nas diferentes disciplinas da Educação Básica, que podem e devem ser trabalhados
em sala de aula para aprimorar a prática de escrita numa abrangência maior de esferas de
atividade.
d- Palestra/apresentação oral
A apresentação oral é uma atividade que possibilita avaliar a compreensão do aluno
a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a organização e exposição de
ideias. Tanto pode ser a apresentação oral de um trabalho que foi escrito como pode ter a
forma de uma palestra, logicamente adequada em questões como tempo de duração (não se
vai pedir a um aluno da Educação Básica que pronuncie uma palestra de grande duração,
esgotando as possibilidades de um conteúdo).
e- Atividades experimentais
São aquelas atividades que têm, de fato, a característica de experimentação. São
práticas que dão espaço para que o aluno crie hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo.
As atividades experimentais levam em consideração as dúvidas, o erro, o acaso e a intuição.
Não se deve, portanto, antecipar para o aluno os resultados ou os próprios caminhos da
observação, uma vez que, na construção do conhecimento, o processo que ocorre é tão
importante quanto o produto. É fundamental que o experimento seja significativo no contexto
daquele conhecimento com o qual os alunos estão envolvidos, entendendo que esta
significação está diretamente relacionada a uma discussão teórica consistente, muito mais do
que com a sofisticação dos equipamentos.
f- Projeto de pesquisa de campo
O trabalho de campo é um método capaz de auxiliar o professor na busca de novas
alternativas para o processo de ensino-aprendizagem, colaborando com eficácia para a
construção do conhecimento e para a formação dos alunos como agentes sociais.
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O projeto de pesquisa de campo possibilita que o professor avalie o desempenho dos
alunos durante todo o processo, observando a adequação de seus procedimentos em relação ao
tema de pesquisa e aos dados que se quer coletar.
g- Relatório
O relatório é um instrumento que pode ser utilizado a partir de quaisquer atividades
desenvolvidas durante o processo de ensino-aprendizagem, pois possibilita ao aluno fazer um
conjunto de descrições e análises das atividades desenvolvidas.
É também um instrumento de ensino, visto que instiga o estudante à reflexão sobre
o que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento, o qual foi desenvolvido a aula de campo,
pesquisa, laboratório, atividade experimental entre outras.
h- Seminário
O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivo a pesquisa, a
leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de ideias, onde cada um
participa questionando de modo fundamentado, os argumentos apresentados.
A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as explicações
feitas em aula, cria, ainda, a possibilidade de colocar o estudante em contato direto com a
atividade científica, engajando-o na pesquisa.
i- Debate
É no debate que podemos expor nossas ideias e, ouvindo os outros, nos tornarmos
capazes de avaliar nossos argumentos. Além disso, é preciso garantir a participação de todos e
assegurar a ética e a qualidade do debate.
j- Atividades com textos literários
Ao utilizar textos literários como recursos de aprendizagem, o professor poderá
entre várias possibilidades, enriquecer as discussões acerca do conteúdo que está sendo
discutido, apresentando o conteúdo no contexto de outra linguagem.
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O trabalho com o texto literário pode passar por três momentos necessários para a
efetivação da proposta: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si e dos critérios de
avaliação.
k- Atividades a partir de recurso audiovisuais
Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino-aprendizagem, que podem
enriquecer o trabalho como os conteúdos das disciplinas. Para tanto, o trabalho com filmes,
documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda pesquisa do professor sobre recurso a
ser levado para os alunos.
É importante ressaltar que ao se escolher um recurso, é preciso didatizá-lo, pois o
conteúdo abordado naquela mídia não está adequado ao processo de ensino-aprendizagem.
l- Trabalho em grupo
O trabalho em grupo tem como objetivo desenvolver dinâmicas com pequenos
grupos, na tentativa de proporcionar aos alunos, experiências que facilitem a sua
aprendizagem.
Assim ao propor tais atividades, é preciso definir atitudes que promovam uma
interação social, ou seja, que o aluno compartilhe o conhecimento construído, contribuindo
assim de forma significativa para a sua aprendizagem.
Nesse sentido, as ações do professor são as de um orientador que acompanha o
trabalho do grupo e que na medida da necessidade redireciona as atividades. É importante que
esse tipo de trabalho seja proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas escritas, orais,
gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, murais, jogos e outros abrangendo-os
conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.
m- Questões discursivas
As questões discursivas devem fazer parte do cotidiano da escola, pois possibilitam
verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala. Uma questão
discursiva contribui para que o professor avalie o processo de investigação e reflexão
realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo.
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Além disso, uma resposta discursiva permite que o professor identifique com maior
clareza o erro do aluno, para que possa dar ele a importância pedagógica que tem no processo
de construção de conhecimento.
n- Atividades expressivas e corporais
São momentos onde o educando terá a oportunidade de expressar através do seu
corpo, as suas emoções, sentimentos, expectativas e ansiedades. E também, demonstrar com
gestos se houve apreensão do conteúdo estudado e a transformação nos seus atos e atitudes.
13- Tempo
Pode ser entendido como um dos aspectos da cultura escolar, é um tempo
específico, é institucional e organizativo. É parte de uma organização cultural e específica e
como tal, resulta de uma construção histórica. O tempo escolar não é uma estrutura neutra, é
um dos instrumentos mais poderosos para generalizar uma ideia de tempo como algo
mensurável e objetivo que traz implicitamente determinadas concepções pedagógicas,
proporciona uma visão de aprendizagem como processo de seleção e opções de ganhos e
perdas, de avanços e progressos.
14 - Interdisciplinaridade
A interdisciplinaridade é um fator importante para que os aspectos pedagógicos
sejam efetivados dentro da sala de aula, oportunizando aos alunos um conhecimento mais
sistematizado. De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, desta
perspectiva, estabelecer relações interdisciplinares não é uma tarefa que se reduz a uma
readequação metodológica curricular, como foi entendido, no passado, pela pedagogia dos
projetos. A interdisciplinaridade é uma questão epistemológica e está na abordagem teórica e
conceitual dada ao conteúdo em estudo, concretizando-se na articulação das disciplinas cujos
conceitos, teorias e práticas enriquecem a compreensão desse conteúdo.
No ensino dos conteúdos escolares, as relações interdisciplinares evidenciam, por um
lado, as limitações e as insuficiências das disciplinas em suas abordagens isoladas e
individuais e, por outro, as especificidades próprias de cada disciplina para a compreensão de
um objeto qualquer. Desse modo, explicita-se que as disciplinas escolares não são herméticas,
31
fechadas em si, mas, a partir de suas especialidades, chamam umas às outras e, em conjunto,
ampliam a abordagem dos conteúdos de modo que se busque, cada vez mais, a totalidade,
numa prática pedagógica que leve em conta as dimensões científica, filosófica e artística do
conhecimento.Tal pressuposto descarta uma interdisciplinaridade radical ou uma
antidisciplinaridade , fundamento das correntes teóricas curriculares denominadas pós-
modernas.
15- Espaço escolar
Assim como o currículo, o espaço escolar não é neutro, de uma forma ou outra ele
sempre educa. O local de aprendizagem, a arquitetura do prédio e seus elementos, a
localidade das escolas, o tipo e a disposição das salas de aula e de outras instalações, o tipo e
a disposição das carteiras e dos móveis escolares e os tempos disponíveis. Cada disciplina
também não são elementos neutros na educação. Todos esses aspectos, desde a estrutura
arquitetônica de prédio ao mínimo detalhe decorativo devem ser considerados como também
fazendo parte do currículo escolar, uma vez que correspondem a “padrões culturais e
pedagógicos que a criança internaliza e aprende”.
16- Formação continuada
A formação continuada tem como objetivo preparar todos os profissionais
inseridos no processo educativo para que sua formação e desempenho sigam em busca de
uma efetiva aprendizagem.
Trata-se de um trabalho de contextualização dos conteúdos, ou seja, vinculando os
conhecimentos ao seu dia a dia e ao mundo do trabalho. Também, surge a importância da
interdisciplinaridade na organização escolar. O que se busca com isso é, de modo geral, o
estabelecimento de uma intercomunicação efetiva entre as disciplinas, por meio de
enriquecimento das relações entre elas.
Através de jornadas com tempo para estudo, leitura e discussão entre professores,
constatadas no calendário escolar, além de promover a integração entre os educadores
promovem a interdisciplinaridade. Dessa forma para que a formação continuada seja
aperfeiçoada é preciso uma postura profissional, onde todos estejam compromissados e com
interesses voltados na Educação para melhoria de suas funções e aprimoramento de
oportunidades.
32
17- Gestão
A gestão democrática se dá com base nos princípios de participação, autonomia e
liberdade.
Uma gestão escolar democrática inclui a participação dos representantes de
diferentes segmentos da escola nas decisões, ações administrativas e pedagógicas
desenvolvidas no interior da escola visando: A Participação – Envolvimento da comunidade
escolar no acompanhamento, controle e definição das políticas educacionais e na organização
do trabalho educativo; Autonomia – A concepção emancipadora da educação, liderando,
mobilizando e organizando-se; Liberdade – Os profissionais expressam suas ideias e opiniões,
sobre ensino e aprendizagem. Dessa forma, garantimos a participação efetiva de todos os
segmentos da escola na construção da concepção, na execução e a avaliação da proposta
pedagógica do Colégio.
18- Currículo
O termo currículo tem um sentido e significado muito amplo, pois ele está
diretamente relacionado à experiência coletiva e cultural de cada comunidade, além de conter
o conjunto de saberes e atividades programadas pela escola de forma sequenciada.
A organização do currículo, colocando-se a serviços de uma educação formadora
voltada para a interação entre as diversas culturas.
19- Inclusão
Definir inclusão no que se refere ao ambiente escolar exige uma compreensão do
termo, e qual o seu real entendimento neste ambiente. O termo inclusão apresenta-se como
uma evolução da integração, onde busca-se a adaptação dos ambientes físicos e
procedimentos educativos com vistas a atender a diversidade dos educandos.
É dentro desse contexto, que as escolas levam em conta em seus projetos
pedagógicos, as necessidades de todos os alunos, qualidades e especificidades. O objetivo
geral da inclusão escolar é que todas as crianças sejam atendidas em escolas comuns, classes
comuns e com parceiros da mesma idade. (SANCHES, PALAMINO; TORRES,
GONZÁLES, 1998). Vale ressaltar que no processo inclusivo não é o aluno que deve se
33
adaptar à escola, a escola na dinâmica ensino-aprendizagem deve facilitar ao educando novas
situações de aprendizagem, provocar mudanças internas nos esquemas de conhecimento,
buscando através de diferentes estratégias e possibilitando a construção do saber.
A escola ao elaborar seu Projeto Político Pedagógico deve entender em seus
objetivos que a inclusão é um processo gradual que pode tomar distintas formas, de acordo
com as necessidades e habilidades das crianças. Considera-se que a integração educativa
escolar refere-se ao processo de educar, ensinar no mesmo grupo a criança com e sem
necessidades educativas especiais, durante uma parte ou na totalidade do tempo de
permanência na escola.
A escola não deve limitar-se a promover a inclusão, exclusivamente em adaptações
do espaço, mas sim ultrapassar os limites desse espaço, levando-o às demandas sociais.
Conforme enfatiza Terezinha Belanda (2008) o encaminhamento da prática pedagógica da
escola tanto pode promover um aprendizado centrado em uma formação voltada
exclusivamente para a adaptação dos sujeitos às demandas sociais quanto promover uma
formação que ultrapasse esses limites. Pautado em um referencial teórico-metodológico que
nos dê subsídio.
20- Intérprete
O Tradutor e Intérprete de Libras/Língua Portuguesa-TILS é o profissional bilíngüe
que oferece suporte pedagógico à escolarização de alunos surdos matriculados na Educação
Básica, da rede regular de ensino, por meio da mediação lingüística entre aluno(s) surdo(s) e
demais membros da comunidade escolar, de modo a assegurar o desenvolvimento da proposta
de educação bilíngüe (Libras/Língua Portuguesa).
Terão direito à mediação de profissional tradutor e intérprete, no processo ensino-
aprendizagem, alunos surdos que utilizam a Língua Brasileira de Sinais como meio de
comunicação e uso corrente nas situações cotidianas, regularmente matriculados nos
Estabelecimentos de Ensino da rede regular, nos diferentes níveis e modalidades da Educação
Básica.
Compete ao profissional intérprete o cumprimento das seguintes atribuições:
Mediar situações de comunicação entre os alunos surdos e demais membros da
comunidade escolar.
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Viabilizar a interação e a participação efetiva do aluno nas diferentes situações de
aprendizagem e interação no contexto escolar.
Informar à comunidade escolar sobre as formas mais adequadas de comunicação com
o(s) alunos(s) surdo(s).
Interpretar, de forma fidedigna, as informações e conhecimentos veiculados em sala de
aula e nas demais atividades curriculares desenvolvidas no contexto escolar.
Dar oportunidade à expressão do(s) aluno(s) surdo(s) por meio da tradução, de forma
fidedigna, de suas opiniões e reflexões.
Ter conhecimento prévio e domínio dos conteúdos e temas a serem trabalhados pelo
professor, evitando a improvisação e proporcionando maior qualidade nas informações
transmitidas.
Ter um relacionamento amistoso com o professor regente de turma, oferecendo
informações adequadas sobre a importância da interação deste com o(s) alunos(s)
surdo(s).
Sugerir aos docentes a adoção das estratégias metodológicas visuais mais adequadas
ao favorecimento da aprendizagem dos alunos surdos.
Cumprir integralmente a carga horária designada (20 ou 40 horas), de modo a oferecer
apoio especializado aos alunos surdos em todas as disciplinas previstas na matriz
curricular semanal para a série em questão.
Participar das atividades pedagógicas que envolvem o coletivo da escola (reuniões
pedagógicas, conselhos de classe, atividades festivas, entre outros).
Submeter-se aos direitos e deveres previstos aos demais profissionais, no regimento da
escola.
Cumprir o Código de Ética que regulamenta a prática da interpretação/tradução em
Libras, emitido pela Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos - Feneis,
o qual deve ser de conhecimento da equipe técnico-pedagógica do Estabelecimento de
Ensino.
O Tradutor e Intérprete deverá atuar em período integral na série/turma/turno para o
qual foi designado, não sendo permitido a divisão de sua carga horária entre várias turmas.
21- CAE - Centro de Atendimento Especializado
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O Centro de Atendimento Especializado na Área da Surdez – CAES é um serviço de
apoio pedagógico especializado, para alunos surdos, que funciona em estabelecimentos do
ensino regular da Educação Básica, com oferta de Ensino Fundamental das redes: estadual,
municipal e particular de ensino. O Centro de Atendimento Especializado na área da Surdez
poderá funcionar em estabelecimentos de ensino regular (público ou particular) que ofertam
Educação Básica, devidamente autorizados pela Secretaria de Estado da Educação, de acordo
com as normas emanadas pelo Conselho Estadual de Educação.
O CAES destina-se ao atendimento de pessoas surdas que, em função da perda
auditiva, comunicam-se e interagem com o mundo por meio de experiências visuais,
manifestando sua cultura, principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais – Libras.
Poderá freqüentar o Centro de Atendimento Especializado na área da surdez:
alunos surdos, a partir de seis (06) anos, regularmente matriculados no Ensino Fundamental,
Ensino Médio e/ou Educação de Jovens e Adultos.
Tem como principal finalidade a garantia, em turno contrário ao da escolarização,
do ensino da Libras e da Língua Portuguesa, como segunda língua para alunos surdos,
obrigatoriamente desde a educação infantil, conforme prevê o Decreto Federal nº 5626/2005:
a) a oferta do atendimento à alunos surdos matriculados nas diferentes etapas da
Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio) ou na modalidade de
Educação de Jovens e Adultos, por meio da proposta de educação bilíngüe – Língua Brasileira
de Sinais (Libras) e Língua Portuguesa escrita, para o acesso ao conhecimento formal e à
aprendizagem;
b) a oferta do atendimento pedagógico especializado a todos os alunos surdos
matriculados na Educação Básica e na Educação de Jovens e Adultos do município,
independentemente da rede de sua matrícula (municipal, estadual ou particular), considerando
que a educação bilíngüe constitui direito subjetivo do aluno.
Para ingresso no CAES, os pais e/ou responsáveis pelo aluno deverão apresentar
exame audiológico que comprove a surdez bilateral, parcial ou total, de 41 decibéis (dB) ou
mais.
A carga horária mínima para funcionamento do CAES é de 20 horas semanais, nos
turnos matutino, vespertino e/ou noturno, a depender da necessidade dos alunos matriculados
e das condições de oferta do município, poderá atender, no máximo, dez (10) alunos, de forma
individual e/ou coletiva, no contraturno de sua matrícula no ensino regular, esse atendimento
não poderá ultrapassar o limite de duas (02) horas diárias, resguardando-se o tempo do aluno
para lazer e outras atividades nos casos em que haja problemas para o deslocamento diário do
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aluno, o atendimento poderá ser realizado em período integral (4 horas diárias), desde que
seja oferecido em dias alternados.
A permanência do aluno no CAES estará condicionada à necessidade de apoio ao
processo de escolarização na Educação Básica, independentemente de sua faixa etária ao
concluir o programa de estudos previstos para o Ensino Médio, ou na modalidade de
Educação de Jovens e Adultos, o desligamento do aluno far-seá automaticamente. Em caso
de transferência e/ou desligamento do CAES, o Estabelecimento de Ensino deverá fornecer ao
aluno, relatório descritivo que sintetize aspectos do desenvolvimento e aprendizagem em seu
percurso acadêmico, desde o ingresso no CAES.
22- Sala de Recursos Multifuncional
Sala de Recursos Multifuncional é um serviço de Apoio Especializado, de natureza
pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns do
Ensino Fundamental. Alunos regularmente matriculados que freqüentam o Ensino
Fundamental nas séries finais e apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem com
atraso acadêmico significativo, decorrentes de Deficiência Mental/Intelectual e/ou
Transtornos Funcionais Específicos.
O aluno deve ser:
I. egresso de Escolas de Educação Especial, Classes Especiais e/ou Salas de
Recursos das séries iniciais do Ensino Fundamental, com avaliação no contexto escolar,
realizada por equipe multiprofissional;
II. da classe comum, com atraso acadêmico significativo decorrente da Deficiência
Mental/Intelectual, com avaliação no contexto escolar, realizada por equipe multiprofissional.
III. da classe comum, com Transtornos Funcionais Específicos, com Avaliação no
Contexto Escolar, realizada por equipe multiprofissional.
A avaliação de ingresso na Sala de Recursos deverá ser realizada no contexto do
ensino regular pelos professores da classe comum, professor especializado, pedagogo da
escola, com assessoramento de uma equipe multiprofissional externa – (Universidades,
Faculdades, Escolas Especiais, Secretarias Municipais da Saúde, através do estabelecimento
de parcerias, entre outros) e equipe do NRE, devidamente orientada pela SEED/DEEIN.
O processo de avaliação deverá ser orientado e vistado pela equipe de Educação
Especial do Núcleo Regional de Educação.
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O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com
indicativos de Deficiência Mental/Intelectual, deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à
aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos, cálculos, sistema de
numeração, medidas, entre outros e das áreas do desenvolvimento considerando as
habilidades adaptativas, práticas sociais e concentuais, acrescida do parecer psicológico.
O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com
indicativos de Transtornos Funcionais Específicos ( Distúrbios de Aprendizagem – dislexia,
disortografia, disgrafia e discalculia), deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à
aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração,
medidas, entre outras, acrescida de parecer psicológico e complementada com parecer
fonoaudiológico e/ou de especialista em psicopedagogia e/ou de outros que se fizerem
necessários.
O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com
indicativos de Transtornos Funcionais Específicos (transtorno de atenção e hiperatividade),
deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita,
interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outras, acrescido de
parecer psiquiátrico e/ou neurológico e complementada com parecer psicológico.
Os resultados pertinentes à avaliação realizada no contexto escolar, deverão ser
registrados em relatório, com indicação dos procedimentos de intervenção para o plano de
trabalho individualizado e/ou coletivo, bem como demais encaminhamentos que se fizerem
necessários, devidamente datado e assinado por todos os profissionais que participaram do
processo.
O horário de atendimento na Sala de Recursos deverá ser em período contrário ao
que o aluno está matriculado e frequentando a classe comum. O aluno da Sala de Recursos
deverá ser trabalhado de forma individualizada ou em grupos e o tempo de trabalho coletivo
não deverá exceder o tempo do trabalho individual. Os atendimentos realizados em grupos
deverão ser organizados por faixa etária e/ou conforme as necessidades pedagógicas.
23- CELEM
O CELEM possui oferta de ensino extracurricular, plurilinguista em LEM, destinados
aos educandos da Rede Estadual de Educação Básica que estão matriculados no Ensino
Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, Educação Profissional e Educação de Jovens e
Adultos, aos professores e funcionários em efetivo exercício de suas funções nos
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estabelecimentos de ensino da Rede Pública Estadual de Educação Básica, SEED e NRE, e a
comunidade desde que comprovada a conclusão dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Os cursos são anuais e com a seguinte duração:
Curso Básico: espanhol, francês, italiano, polonês (dois anos);
Curso de Aprimoramento para todos os idiomas ( um ano).
As turmas dos cursos do CELEM terão carga horária de quatro horas/aulas semanais e
não contarão no Momento Referencial, Merenda Escolar e Fundo Rotativo.
O número de alunos por turma será:
Curso Básico: mínimo 20 e máximo 30 alunos.
Curso de Aprimoramento: mínimo 15 e máximo 28 alunos.
Sobre o número de alunos por turma no curso básico e aprimoramento 10% das vagas
são destinadas a professores e funcionários ativos da SEED, NRE, estabelecimentos de ensino
e 30% para a comunidade. No ano de 2014,por falta de professor, não foi ofertada pela
Colégio.
24 - Planejamento
Planejamento de ensino abrange a elaboração, execução e avaliação de planos de
ensino. A organização do trabalho pedagógico na escola pública envolve, então, a elaboração
do Projeto Político Pedagógico, do qual decorrem a Proposta Pedagógica Curricular, o Plano
de Trabalho Docente e o Plano de Ação da Escola, todos regulamentados pelo Regimento
Escolar.
Visto que o planejamento é um processo, deve ser vivenciado pelo educador em
relação às intenções que tem em relação aos indivíduos que os cercam, e que estão inseridos,
por sua vez na dinâmica social e cultural de que emergiram.
Nesta perspectiva o planejamento é tomado como: “processo de análise crítica que o
educador faz de suas ações e intenções, onde ele procura ampliar a sua consciência em relação
aos problemas do seu cotidiano pedagógico, às origens deles, à conjuntura na qual aparecem e
quais as formas para a superação dos mesmos” (FUSCRI, s/d).
O plano é a representação escrita do planejamento do professor. Nesse sentido, ele
contempla o recorte do conteúdo selecionado para um dado período (bimestral, trimestral ou
semestral). Entretanto, o conteúdo traz consigo essa intencionalidade que se expressa nos
critérios de avaliação. Para que isto se efetive, o professor deve ter clareza do que o aluno
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deve aprender (conteúdos), o porquê aprender tais conteúdos (intencionalidade, objetivos),
como trabalhá-los em sala (encaminhamentos metodológicos) e como serão avaliados
(critérios e instrumento de avaliação).
25- Letramento e Alfabetização
Letramento é um vocábulo originário do termo inglês literacy e pode ser
interpretado em caráter de produto (TFOUNI, 1995), como:
Aquisição da leitura e da escrita, enquanto código (alfabetização tradicional
neste sentido);
A relação do uso da leitura e escrita, como avanço da civilização e de um
processo tecnológico;
O aprendizado, como produto de atividades mentais do indivíduo. E, nessa
perspectiva, concebendo o indivíduo como fundamentalmente responsável
pela aquisição da escrita, desconsiderando os contextos socioculturais do
processo de ensino-aprendizagem.
Para a autora, no entanto, Letramento é um processo cuja natureza é sócio-histórica,
procurando não se restringir à investigação daquele que é alfabetizado (adquiriu as
“capacidades” de leitura e escrita), mas, sobretudo, caracterizar o impacto ou a ausência da
escrita em comunidades ou em indivíduos perpassados pelos valores das sociedades letradas.
Desse modo, Tfouni pondera que o Letramento pode “atuar indiretamente e até
influenciar culturas e indivíduos que não dominam a escrita” (1995, p. 38). Assinalando
inclusive, que tal movimento aponta que o termo Letramento é mais amplo do que
Alfabetização, porém, intrinsecamente ligado à existência e a influência do código escrito,
considerando por fim indivíduos iletrados somente os que pertencem a uma sociedade que não
possui nem recebe, mesmo de forma indireta a influência de um sistema de escrita.
Já a Alfabetização, para Tfouni (1995), refere-se à aquisição da escrita, “à
aprendizagem das práticas de leitura e escrita, sobretudo levada a efeito no processo de
educação regular (instrução formal)”. Todavia, a autora aponta níveis de Alfabetização
considerando-a um processo inacabado, primeiro intimamente ligado à instituição escolar, e,
depois, seguindo um percurso determinado pelas buscas sociais, nas quais os sujeitos se
engajam.
26- Cultura Afro-Brasileira
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Denomina-se cultura afro-brasileira o conjunto de manifestações culturais do Brasil
que sofreram algum grau de influência da cultura africana desde os tempos do Brasil colônia
até a atualidade. A cultura da África chegou ao Brasil, em sua maior parte, trazida pelos
escravos negros na época do tráfico transatlântico de escravos.
No Brasil a cultura africana sofreu também a influência das culturas européia
(principalmente portuguesa) e indígena, de forma que características de origem africana na
cultura brasileira encontram-se em geral mescladas a outras referências culturais. Traços
fortes da cultura africana podem ser encontrados hoje em variados aspectos da cultura
brasileira, como a música popular, a religião, a culinária, o folclore e as festividades
populares.
A Lei n°. 10.639, de janeiro de 2003, altera a Lei n°. 9.394, de 20 de dezembro de
1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo
oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”.
A partir daí passa a ser obrigatório o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos
negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional,
resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e políticas pertinentes à
História do Brasil.
A Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, inclui diversos aspectos da história e da
cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos
étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos
indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da
sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política,
pertinentes à história do Brasil. Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e
dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em
especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.
27- Classificação
A classificação do aluno em qualquer série/ano do Ensino Fundamental e Médio,
exceto para a 1ª série do Ensino Fundamental, independente da escolaridade anterior, prevista
na alínea com Art. 22 da Deliberação n°. 09/01 – CEE exige as medidas administrativas
contidas no Art. 23 da mesma Deliberação.
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O resultado da avaliação será registrado em ata, as cópias das atas de classificação e
das avaliações deverão ser arquivadas na Pasta Individual do Aluno, dispensando-se o envio
de cópia da ata à CDE/SEED.
A idade do aluno deverá ser compatível com a série/ano, para a qual for declarado
apto a cursar. A classificação do aluno não vinculado ao estabelecimento de ensino, poderá
ser realizada em qualquer época do ano, sendo que o controle da frequência far-se-á a partir
da data efetiva da matrícula, de acordo com o Parágrafo Único do Art. 5 da Deliberação n°.
09/01 – CEE.
28- Reclassificação
A reclassificação destina-se ao aluno com matrícula e frequência no estabelecimento
de ensino, que avaliará o seu grau de desenvolvimento e experiência levando em conta as
normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatíveis com sua
experiência e desempenho, independentemente do que registre o seu histórico escolar.
A reclassificação dar-se-á de acordo com a Proposta Pedagógica, o Regimento
Escolar e ao disposto na Instrução Conjunta n°. 20/08 – SUED/SEED. O resultado da
avaliação deverá ser registrado em ata, a cópia da ata e as avaliações serão arquivadas na
Pasta Individual do aluno, dispensando-se o envio de cópia à DAE/CDE.
29. Adaptação
De acordo com os artigos 28 e 29 da Deliberação 09/01 - CEE, a adaptação é
adaptação de estudos é o conjunto de atividades didático-pedagógicas desenvolvidas, sem
prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica da escola onde o aluno se
matricular, para que esse possa seguir o novo currículo. Para efetivação do processo de
adaptação, o setor responsável do estabelecimento de ensino deverá comparar o currículo ,
especificar as adaptações a que o aluno estará sujeito, elaborar um plano próprio, flexível e
adaptado a cada caso e, ao final do processo, elaborar a ata de resultados e registrá-los no
Histórico Escolar do aluno e no Relatório Final encaminhado à SEED.
30- Estágio não Obrigatório
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Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, que deve ser desenvolvido no
ambiente de trabalho, suas atividades devem estar adequadas às exigências pedagógicas
relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, onde o aspecto
produtivo deve prevalecer. Podemos citar dois tipos de Estágios: obrigatório e não
obrigatório.
Profissional Obrigatório – quando previsto na legislação vigente, nas
Diretrizes Nacionais, devendo objetivar o atendimento de exigências para o curso,
decorrentes da própria natureza dos eixos tecnológicos dos Cursos de Educação
Profissional Técnico de Nível Médio, planejado executado e avaliado de acordo
com o perfil profissional exigido para conclusão do curso.
Profissional não Obrigatório – assumido pela instituição de ensino a partir da
demanda dos alunos, desenvolvido como atividade opcional para o aluno, acrescida
à carga-horária regular e obrigatória.
Tanto o Estágio Obrigatório, como o Não Obrigatório poderá funcionar como um
intercâmbio entre a escola e as situações reais de trabalho, atenuando o impacto da passagem
da vida estudantil para o mundo do trabalho.
VII. MARCO OPERACIONAL
1. GRANDES LINHAS DE AÇÃO
Uma das preocupações constante da escola é oferecer aos educandos um ensino-
aprendizagem de qualidade.
Esse processo consiste basicamente, centrado no professor e aluno, cuja
transformação acontecerá no interior da realidade humana, que historicamente a constituiu. A
escola embora não seja a única instância de transmissão do conhecimento é, por excelência a
instituição incumbida disto. A posse desses conhecimentos, oportunizam outras formas de ver
e compreender o mundo, abrindo possibilidades de mudanças no cotidiano das pessoas.
Dessa forma, para que essas linhas de ações sejam colocadas em prática se faz
necessário:
A escola deve voltar-se para a formação integral do ser humano, nas questões
científicas, o que leva à transformação da realidade da qual está inserido;
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A escola baseie-se na gestão democrática atendendo às necessidades
individuais e respeite a diversidade;
Que a escola consiga a permanência de seus alunos no espaço de
aprendizagem;
Que a escola não seja só obrigatória e gratuita, mas também de qualidade que
tenha profissionais comprometidos com o processo de ensino-aprendizagem;
Que a escola resgate e conserve os princípios e valores humanos;
Que a escola estreite a distância que há entre escola X família;
Que a escola seja direito do cidadão e dever do estado;
Que a escola construa coletivamente o trabalho pedagógico;
Que a escola aponte elementos sobre a identidade dos trabalhos da educação
no mundo atual, buscando sentidos e significados que reafirmem novos
princípios e indiquem caminhos. Insistimos em escola como território de luta.
Contra a discriminação, a exclusão, a ignorância, entre outros;
Que a escola ofereça suporte técnico, pedagógico e financeiro as ações de
desenvolvimento do ensino;
A escola prima pelo cumprimento dos dias letivos assegurando aos educandos
a formação pedagógica necessária;
Os professores devem promover ações em sala de aula que visem retormar
conteúdos defasados junto aos alunos;
De acordo com calendário escolar será ofertado cursos de capacitação e
formação continuada aos professores da escola;
Primando pela integração da diversidade, a cultura afro e indígena deverá
fazer parte dos conteúdos curriculares.
Sendo a escola o lugar de concepção, realização e avaliação de seu projeto
educativo, e que necessita organizar seu trabalho pedagógico com base em seus princípios,
torna-se fundamental que os educandos tenham:
1. A liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber, seja um princípio básico de toda a comunidade
escolar;
2. A igualdade de condições para acesso e permanência na escola;
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3. O pluralismo de ideias e concepções pedagógicas;
4. O respeito à liberdade e apreço à tolerância;
5. A gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
6. A valorização do profissional da educação;
7. A gestão democrática do ensino público, na forma desta lei 9394/96 e da
legislação do sistema de ensino;
8. Valores éticos como tolerância, respeito, justiça, responsabilidade, paz sejam
buscados por toda a comunidade escolar;
9. A inclusão de todos os que estejam excluídos pelas necessidades educativas
especiais, condições sócio-econômicas, discriminações étnico-raciais e tantas
outras sejam buscadas por toda a comunidade escolar;
10. A garantia do padrão de qualidade;
11. A valorização da experiência extra-curricular;
12. A vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
A ação do Conselho Escolar deverá estar fundamentada nos seguintes pressupostos:
A educação é um direito inalienável de todo cidadão;
A escola deve garantir o acesso e permanência a todos que pretendem ingressar
no ensino público;
A universalização e a gratuidade da educação básica é um dever do Estado;
A construção contínua e permanente da qualidade da educação pública está
diretamente vinculada a um projeto de sociedade;
Qualidade de ensino e competência política pedagógica são elementos
indissociáveis num projeto democrático de escola pública;
O trabalho pedagógico escolar, numa perspectiva emancipadora, é organizado
numa dimensão coletiva;
A democratização da gestão escolar é responsabilidade de todos os sujeitos que
constituem a comunidade escolar;
A gestão democrática privilegia a legitimidade, a transparência, a cooperação,
a responsabilidade, o respeito, o diálogo e a interação em todos os aspectos
pedagógicos, administrativos e financeiros da organização de trabalho escolar.
Inclusão – Linhas de Ação
45
Realizar encontros trimestrais obedecendo ao calendário escolar, com
lideranças das comunidades para conhecer, discutir e analisar como ocorre o
processo de inclusão escolar, com o objetivo de divulgar e expandir a oferta
deste ensino aqueles que necessitam.
Organizar um cronograma em conjunto com Secretaria de ação social,
Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria de Educação e Cultura, Conselho
Tutelar com ações a serem desenvolvidas para garantir o cumprimento da Lei
no pleno atendimento social do educando excluído.
Promover eventos esportivos, oficinas de teatro, dança, música, oportunizando
a participação dos educandos, de necessidades educativas especiais.
Adaptação Curricular de pequeno porte, tais como: promoção e acesso ao
currículo, objetivos de ensino, conteúdo ensinados, método de ensino,
processo de avaliação e temporalidade, capacitação continuada.
Adaptação Curricular de grande porte, como: organização do espaço dos
aspectos físicos da sala de aula; adaptação e seleção dos equipamentos e
mobiliários; transporte.
Aquisição de equipamentos e material de apoio pedagógico específico ao
atendimento.
Acesso à tecnologia de informação com programa específico de acordo com a
necessidade de cada educando.
Provisão de ambientes favoráveis para aprendizagem de alunos com altas
habilidades.
Aquisição de equipamentos que facilitem o trabalho educativo a alunos com
altas habilidades (computadores, laboratórios, ateliês, bibliotecas e softwares
específicos).
Estabelecer no calendário escolar, dias para troca de experiência com os
professores por meio de oficinas, estudos em grupos.
Estabelecer uma relação de integração técnico-pedagógica entre os educadores
que atuam nas salas de ensino regular e de educação especial.
Propiciar a integração das equipes de planejamento da Educação comum com
os da educação especial, em todas as instâncias administrativas e pedagógicas
do colégio.
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Potencializar a avaliação diagnóstica aplicada ao aluno no decorrer do ano
letivo, objetivando sua inclusão em sala de apoio ou sala de recursos do
estabelecimento e no Centro de Atendimento Especializado (CAE).
Propiciar através do CAE, e da intérprete em sala de aula uma educação
bilíngüe, ou seja, língua de sinais em todos os contextos de interação e
aprendizagem e o ensino de Língua Portuguesa na modalidade escrita, como
segunda língua.
No espaço do Conselho de Classe, tornam-se possíveis as mudanças gradativas e
que seguem uma mesma direção, pois o mesmo se estrutura a partir de duas dimensões.
O Pré Conselho de Classe: levantamento de dados, análise retomada e
redirecionamento do processo ensino;
O Conselho de Classe: discussão dos diagnósticos e argumentações levantadas
precisam ser revistas e que ações serão tomadas a partir de estratégias que
levem em conta as necessidades dos alunos.
Pós-conselho: desenvolvimento dos encaminhamentos e ações previstos no
Conselho de classe. Momento de por em ação as medidas definidas e
acompanhar o desenvolvimento das mesmas.
É necessário considerar a definição de critérios para o Conselho, os quais devem ser
qualitativos e não quantitativos, ou seja, não há nota mínima estabelecida, não há número de
disciplinas para aprovar ou reprovar, as questões disciplinares não são indicativos para
reprovação.
A escola tem autonomia para se organizar e realizar reuniões pedagógicas ao longo
do ano letivo, desde que previstas em calendário.
Diante da necessidade de garantir avanços e qualificar o trabalho do educador a
Hora Atividade ocorre por disciplina em conjunto, onde de acordo com a possibilidade no
horário é feita por área de ensino, com a finalidade de discutir, planejar, organizar, preparar
aulas, pesquisar para melhorar seus conhecimentos, corrigir avaliações, a fim de promover
dessa forma, a integração entre os educadores e Equipe Pedagógica.
O Grêmio Estudantil tem por objetivos:
Representar condignamente o corpo discente;
47
Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do colégio;
Incentivar a cultura literária, artística e desportiva, buscando alternativas para
melhoria e bem estar do colégio, promovendo eventos e auxiliando na
organização do dia-a-dia.
CELEM
Fazer a divulgação do curso para os pais, professores, funcionários e demais
pessoas da comunidade interessados em participar.No ano de 2014,por falta
de professor, não foi ofertada pela Colégio.
Enviar comunicado aos pais para que os mesmos fiquem cientes da
responsabilidade que compete a eles com relação à permanência e a
frequência do filho(a) durante a durabilidade do curso.
Acompanhar a frequência dos alunos por meio de conversas e contato com a
família, enfatizando aos mesmos a importância de se ter no currículo uma
Língua Estrangeira Moderna.
Acompanhar o trabalho do professor na elaboração das atividades
oferecendo suporte sempre que necessário.
Estágio não Obrigatório
Indicar pedagogo, orientador, responsável pelo acompanhamento e avaliação
das atividades de estágio;
Zelar pelo cumprimento do Plano de Estágio;
Avaliar se o estágio está contribuindo para a formação do aluno.
Adaptação, regularização da vida escolar, recuperação e progressão parcial
Dar suporte ao educando e aos professores na organização e realização do
processo quando se fizer necessário.
Comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado,
para obter o respectivo consentimento.
48
2. PROPOSTAS DE ARTICULAÇÃO PEDAGÓGICA ENTRE ANOS INICIAIS E
FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Troca de informações entre Equipe Pedagógica da rede municipal e estadual
(anos iniciais e finais) para discutirem sobre a aprendizagem dos educandos e
sua continuidade.
Maior interação entre direção, secretaria e Equipe Pedagógica da rede
municipal e estadual e a partir daí elaborar atividades que privilegiem a
promoção da aprendizagem, assim como a organização do espaço de uso
mútuo.
Atividades extra classe em conjunto.
Desenvolver ações de conscientização que não existem duas escolas, e sim um
única, de acordo com o documento “Ensino Fundamental de 9 anos”, que
afirma que é imprescindível a unificação e articulação entre os anos iniciais e
finais.
3. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
3.1 ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
A Direção deve administrar e acompanhar o trabalho pedagógico, procurando
sempre oferecer meios, para a realização das atividades propostas, além de gerenciar
juntamente com a equipe administrativa, toda a parte financeira e jurídica da escola.
Os Professores Pedagogos devem assessorar os professores, ouvindo, orientando e
procurando apoiar o grupo nas suas necessidades, principalmente atento aos problemas do
educando, buscando através do diálogo e técnicas, ajudar alunos e pais a encontrarem
soluções para os problemas detectados. São responsáveis ainda pela coordenação,
implantação e implementação no Estabelecimento de Ensino das ações pedagógicas emanadas
da Secretaria de Estado da Educação.
Professor – Cabe ao professor estabelecer e participar do processo de
ensino/aprendizagem visando sempre a aquisição do conhecimento do educando, promovendo
também um bom relacionamento cooperativo de trabalho tanto em sala de aula como entre os
49
educadores, resguardando e assegurando os direitos e deveres de todos os envolvidos no
processo educacional.
Funcionários – O Agente Educacional I concentra-se nas áreas de manutenção de
infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente, alimentação escolar e interação com o
educando, tendo as seguintes atribuições: zelar pelo ambiente escolar, preservando,
valorizando e integrando o ambiente físico escolar; executar atividades de manutenção e
limpeza, tais como: varrer, encerar, lavar salas, banheiros, corredores, pátios, quadras e outros
espaços utilizados pelos estudantes, profissionais docentes e não docentes da educação,
conforme a necessidade de cada espaço; utilizar aspirador ou similares e aplicar produtos para
limpeza e conservação do mobiliário escolar; abastecer máquinas e equipamentos, efetuando
limpeza periódica para garantir a segurança e funcionamento dos equipamentos existentes na
escola; efetuar serviços de embalagem, arrumação, remoção de mobiliário, garantindo
acomodação necessária aos turnos existentes na escola; disponibilizar lixeiras em todos os
espaços da escola, preferencialmente, garantindo a coleta seletiva de lixo, orientando os
usuários – alunos ou outras pessoas que estejam na escola para tal; coletar o lixo diariamente,
dando ao mesmo o destino correto; executar serviços internos e externos, conforme demanda
apresentada pela escola; racionalizar o uso de produtos de limpeza, bem como zelar pelos
materiais como vassouras, baldes, panos, espanadores, etc.; comunicar com antecedência à
direção da escola sobre a falta de material de limpeza, para que a compra seja providenciada;
abrir, fechar portas e janelas nos horários estabelecidos para tal, garantindo o bom andamento
do estabelecimento de ensino e o cumprimento do horário de aulas ou outras atividades da
escola; guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição, quando for o caso, ou
deixar as chaves nos locais previamente estabelecidos; zelar pela segurança das pessoas e do
patrimônio, realizando rondas nas dependências da instituição, atentando para eventuais
anormalidades, bem como identificando avarias nas instalações e solicitando, quando
necessário, atendimento policial, do corpo de bombeiros, atendimento médico de emergência
devendo, obrigatoriamente, comunicar as ocorrências à chefia imediata; controlar o
movimento de pessoas nas dependências do estabelecimento de ensino, cooperando com a
organização das atividades desenvolvidas na unidade escolar; encaminhar ou acompanhar o
público aos diversos setores da escola, conforme necessidade; acompanhar os alunos em
atividades extra classe quando solicitado; preencher relatórios relativos a sua rotina de
trabalho; participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários ou outros encontros
correlatos às funções exercidas ou sempre que convocado; agir como educador na construção
de hábitos de preservação e manutenção do ambiente físico, do meio-ambiente e do
50
patrimônio escolar; efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas; preparar a alimentação
escolar sólida e líquida observando os princípios de higiene, valorizando a cultura alimentar
local, programando e diversificando a merenda escolar; responsabilizar-se pelo
acondicionamento e conservação dos insumos recebidos para a preparação da alimentação
escolar; verificar a data de validade dos alimentos estocados, utilizando-os em data própria, a
fim de evitar o desperdício e a inutilização dos mesmos; atuar como educador junto à
comunidade escolar, mediando e dialogando sobre as questões de higiene, lixo e poluição, do
uso da água como recurso natural esgotável, de forma a contribuir na construção de bons
hábitos alimentares e ambientais; organizar espaços para distribuição da alimentação escolar e
fazer a distribuição da mesma, incentivando os alunos a evitar o desperdício; acompanhar os
educandos em atividades extracurriculares e extraclasse quando solicitado; realizar
chamamento de emergência de médicos, bombeiros, policiais, quando necessário,
comunicando o procedimento à chefia imediata; preencher relatórios relativos a sua rotina de
trabalho; comunicar ao(à) diretor(a) , com antecedência, a falta de algum componente
necessário à preparação da alimentação escolar, para que o mesmo seja adquirido; efetuar
outras tarefas correlatas às ora descritas.
O Agente educacional II concentra-se nas áreas de administração escolar e operação
de multimeios escolares e tem como atribuições: realizar atividades administrativas e de
secretaria da instituição escolar onde trabalha; auxiliar na administração do estabelecimento
de ensino, atuando como educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e
tecnologia; manter em dia a escrituração escolar: boletins estatísticos; redigir e digitar
documentos em geral e redigir e assinar atas; receber e expedir correspondências em geral,
juntamente com a direção da escola; emitir e assinar, juntamente com o diretor, históricos e
transferências escolares; classificar, protocolar e arquivar documentos; prestar atendimento ao
público, de forma pronta e cordial; atender ao telefone; prestar orientações e esclarecimentos
ao público em relação aos procedimentos e atividades desenvolvidas na unidade escolar;
lavrar termos de abertura e encerramento de livros de escrituração; manter atualizados dados
funcionais de profissionais docentes e não docentes do estabelecimento de ensino; manter
atualizada lista telefônica com os números mais utilizados no contexto da escola; comunicar à
direção fatos relevantes no dia-a-dia da escola; manter organizado e em local acessível o
conjunto de legislação atinente ao estabelecimento de ensino; executar trabalho de
mecanografia e de reprografia; acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades
extraclasse ou extracurriculares; participar de reuniões escolares sempre que necessário;
participar de eventos de capacitação sempre que solicitado; manter organizado o material de
51
expediente da escola; comunicar antecipadamente à direção sobre a falta de material de
expediente para que os procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados; executar
outras atividades correlatas às ora descritas; catalogar e registrar livros, fitas, DVD, fotos,
textos, CD; registrar todo material didático existente na biblioteca, nos laboratórios de
ciências e de informática; manter a organização da biblioteca, laboratório de ciências e
informática; restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura; atender aos alunos e
professores, administrando o acervo e a manutenção do banco de dados; zelar pelo controle e
conservação dos documentos e equipamentos da Biblioteca; conservar, conforme orientação
do fabricante, materiais existentes nos laboratórios de informática e de ciências; reproduzir
material didático através de cópias reprográficas ou arquivos de imagem e som em vídeos,
“slides”, CD e DVD; registrar empréstimo de livros e materiais didáticos; organizar agenda
para utilização de espaços de uso comum; zelar pelas boas condições de uso de televisores e
outros aparelhos disponíveis nas salas de aula; zelar pelo bom uso de murais, auxiliando na
sua organização, agir como educador, buscando a ampliação do conhecimento do educando,
facilitada pelo uso dos recursos disponíveis na escola; quando solicitado; participar das
capacitações propostas pela SEED ou outras de interesse da unidade escolar; decodificar e
mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos na prática escolar; executar outras
atividades correlatas às ora descritas.
Pais – É de responsabilidade dos pais, acompanharem seus filhos no
ensino/aprendizagem e de comparecer ao Estabelecimento de Ensino todas as vezes que for
solicitados ou convocados.
Alunos – Compete aos alunos seguir as normas vigentes do Estabelecimento de
Ensino, como também participar de todas as atividades escolares e de tomar conhecimento de
todo o processo ensino/aprendizagem e a do seu rendimento escolar.
Biblioteca – A Biblioteca constitui-se em um espaço pedagógico, cujo acervo está à
disposição de toda a comunidade, tendo suas normas e procedimentos específicos, sob a
orientação da Equipe Pedagógica com aprovação da Direção e do Conselho Escolar.
3.2 O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Conselho de Classe – É um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa
em assuntos didáticos-pedagógicos, pois é parte integrante do processo de avaliação
desenvolvido pela escola. É o momento privilegiado para redefinir práticas pedagógicas com
52
o objetivo de superar a fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas diferenciadas
de ensino que realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem.
O Conselho de Classe não é um instrumento apenas de aprovação ou reprovação
enquanto resultado de um processo educativo fragmentado, onde não cabe a prática do voto
para decidir a sorte do aluno, já que por ser de natureza deliberativa requer uma decisão
precedida de discussão, reflexão, ponderação, consideração de diferentes aspectos do
problema, exame das possibilidades, para então tomar uma decisão conjunta de modo a
encaminhar uma providência ou determinação.
Os princípios básicos do Conselho de Classe são:
A autoavaliação do professor;
A autoavaliação da equipe pedagógica;
A análise diagnóstica das turmas;
A definição e registro das linhas de ação.
Conselho Escolar – O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da
comunidade escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a
organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em
conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição,
a LDB, o ECA, o Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar, para o cumprimento da
função social e específica da escola.
O Conselho Escolar não tem finalidade e/ou vínculo político partidário, religioso,
racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a não ser aquela que diz respeito diretamente à
atividade educativa da escola, prevista no seu Projeto Político Pedagógico.
Com o Conselho Escolar, a gestão da escola passa a ser uma gestão colegiada, onde
os segmentos escolares e a comunidade local se congregam para, juntos, construírem uma
educação de qualidade e socialmente relevante. Com isso, divide-se o poder e as consequentes
responsabilidades, incluindo as responsabilidades do Estado com a escola pública.
No desafio de construir uma educação de qualidade, o Conselho Escolar, como um
parceiro de todas as atividades que se desenvolvem no interior da escola, elege a essência do
trabalho escolar como sua prioridade. Portanto, sua tarefa mais importante é a de acompanhar
o desenvolvimento da prática educativa e, consequentemente, o processo ensino-
aprendizagem.
53
A presidência do Conselho Escolar será exercida pelo Diretor da escola, cabendo a
este diligenciar pela efetiva realização das decisões do colegiado, e da consolidação do
Projeto Político Pedagógico da escola.
O Conselho Escolar deverá reunir-se periodicamente a fim de propor, renovar,
acompanhar e avaliar permanentemente, as ações implementadas na escola, os projetos
desenvolvidos, os obstáculos encontrados e o nível de alcance das metas como os objetivos
estabelecidos no Projeto Político Pedagógico da escola.
Sendo que todos os membros titulares e suplentes do Conselho Escolar devem
participar de cursos de capacitação, formação continuada, promovidos pela Secretaria de
Estado da Educação, Núcleos Regionais de Educação e pela própria escola.
Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) – É uma associação que ajuda
a manter a qualidade na educação, interferindo nas decisões da escola, proporcionando
também, segurança e divisão de tarefas e responsabilidades entre os membros e direção, ajuda
ainda angariar recursos financeiros, servindo como base das necessidades da escola. É a
unidade executora dos recursos federais na escola.
Grêmio Estudantil – Compõem uma das mais duradouras tradições da juventude.
Suas atividades representam para muitos jovens os primeiros passos na vida social, cultural e
política. Contribuem decisivamente, para a formação e o enriquecimento educacional de
grande parcela da nossa juventude.
O Grêmio deve ser resultado da vontade dos próprios alunos. Ele é formado apenas
por alunos, que desenvolvem atividades culturais e esportivas, organizando debates sobre
assuntos de interesse dos estudantes, que fazem e alguns que não fazem parte do Currículo
Escolar, organizando reivindicações, tais como, a compra de livros para a biblioteca,
transporte gratuito para estudantes e muitas outras coisas.
O Grêmio Estudantil não terá caráter político partidário, religioso, racial e também
não deverá ter fins lucrativos.
3.3 CALENDÁRIO ESCOLAR
Calendário Escolar – A Direção juntamente com a equipe pedagógica, professores,
funcionários e o conselho escolar após receber o calendário da SEED, realizam as mudanças
necessárias ao referido calendário de acordo com as datas comemorativas municipais
54
(aniversário da cidade e o dia do padroeiro), visando a adequação do mesmo e encaminhado
ao Núcleo Regional de Educação-Paranavaí, sempre obedecendo à legislação vigente.
O Calendário Escolar fixará:
a) Início e término do ano letivo;
b) Dias para encontros pedagógicos;
c) Dias destinado à reuniões de Conselho de Classe;
d) Férias do professor e aluno;
e) Feriados oficiais;
f) Recessos.
As datas previstas em calendário de Semana de Integração
Escola/Comunidade são consideradas dias letivos. As faltas dos professores ocasionadas por
atestados médicos são repostas por meio de módulo de atividades entregues aos alunos.
Quando as faltas são por motivos particulares, os professores fazem reposição presencial em
contraturno. As complementações de carga horária são realizadas para os alunos do período
noturno e são realizadas aos sábados.
3.4 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO E PEDAGÓGICO DA ESCOLA
Critérios para utilização do Laboratório de Ciências – Normalmente é utilizado
sempre que os professores das disciplinas de ciências, química, física e biologia, ministram
suas aulas e observam que com a prática os educandos obtêm um desempenho satisfatório no
processo ensino-aprendizagem. As visitas no laboratório são agendadas previamente pelos
professores, juntamente com o profissional (Agente de Execução) que por sua vez colabora
com os professores na preparação das atividades.
Laboratório de Informática – O professor utiliza como fonte de recursos para
pesquisa dos conteúdos ministrados em sala de aula, vindo acrescentar nas suas ações de
trabalho, sendo previamente agendado por um responsável (técnico administrativo), porém, só
é permitido a utilização do mesmo com o acompanhamento do professor responsável pela
turma. Com isso o educando tem a oportunidade de estar buscando conhecimento, utilizando
sempre deste instrumento como alternativa para a melhoria do aprendizado.
Quadra de Esportes – O Estabelecimento de Ensino possui 02 (duas) quadras de
esportes, sendo utilizada pelo professor para a prática da disciplina de Educação Física.
55
Sala de Vídeo – É realizado um agendamento com antecedência com um
responsável (técnico administrativo) e o professor acompanha os alunos, utilizando-o como
recurso estratégico em todas as áreas, sempre que surgir assuntos de relevante importância.
Sala de Apoio – É a oportunidade concedida pelo Governo do Estado do Paraná, aos
nossos educandos dos 6ºs e 9ºs anos com dificuldades de aprendizagem, visando assim a
recuperação de alunos com defasagem de conteúdos dos anos iniciais do Ensino Fundamental
em Língua Portuguesa e Matemática.No ano de 2014 não houve a oferta dessa atividade
pedagógica.
Centro de Atendimento Especializado (CAE) e Sala de Recursos – É a oportunidade
dos educandos portadores de deficiências auditivas, e que apresentam problemas de
aprendizagem com atraso significativo, de complementarem a escolarização, bem como
proporcionar atividades específicas de acordo com as dificuldades de cada um, para que o
mesmo se sinta integrado na comunidade e favorecido pelo programa ofertado.
Critérios para a organização das turmas – Normalmente as turmas de 6ºs anos são
formadas, após uma conversação com a Equipe Pedagógica e Professores de Ensino
Fundamental da fase inicial, para obter um conhecimento melhor sobre a realidade dos
educandos com os quais vamos trabalhar. Quanto às demais turmas, respeitamos a ordem de
chegada e muitas vezes recorremos aos professores do ano anterior para a separação das
pastas de matrículas de forma homogênea, facilitando assim a melhoria da qualidade de
ensino.
Avaliação – A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo
qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e do seu próprio trabalho, com
a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como
diagnosticar seus resultados. Esses resultados serão comunicados aos pais em reuniões
trimestrais, por telefonemas, anotações nos cadernos, bilhetes informando a frequência e o
rendimento escolar do aluno através do professor e da Equipe Pedagógica. Os critérios de
avaliação e o aproveitamento escolar serão elaborados em consonância com a organização
curricular do Estabelecimento de Ensino.
Sendo a avaliação contínua, permanente e cumulativa ela deverá refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar com preponderância os aspectos qualitativos
sobre os quantitativos.
Dentre os instrumentos de avaliação que poderão ser utilizados destacamos alguns
critérios.
56
1- Atividade de Leitura Compreensiva de Textos
Ao avaliar a leitura dos alunos o professor deve considerar se:
Houve compreensão das ideias presentes no texto, com o aluno interagindo
com o texto por meio de questionamentos, concordância ou discordâncias;
O aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas ideias com clareza e
sistematizou o conhecimento de forma adequada;
Foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de
aula;
2- Produção de Texto
Na prática da escrita, há três etapas articuladas:
Planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção;
Escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;
Revisar, reestruturar e reescrever o texto, na perspectiva da intencionalidade
definida.
Critérios de avaliação:
Produzir textos atendendo às circunstancia de produção (gênero, interlocutor,
finalidade, etc.);
Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão);
Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe
diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades
da disciplina em termos de léxico, de estrutura;
Elaborar argumentos consistentes;
Produzir textos respeitando o tema;
Estabelecer relações entre as partes do texto;
Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
3- Palestra/Apresentação Oral/Debate/Seminário
Conhecimento do conteúdo;
57
Argumentos selecionados;
Adequação da linguagem;
Sequência lógica e clareza na apresentação;
Produção e uso de recursos;
Consistência os argumentos;
A adequação e relevância das intervenções do grupo que assistem a apresentação.
4- Atividades Experimentais
A atividade experimental possibilita que se avalie o estudante quanto à sua
compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a
qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades.
Ressalte-se que o uso adequado e conveniente dos materiais, só poderá ser avaliado de fato se
as atividades de experimentação forem sistemáticas.
5- Relatório
Este é um instrumento que pode ser utilizado a partir de quaisquer atividades
desenvolvidas durante o processo de ensino e aprendizagem.
São elementos do relatório;
Introdução: Informações iniciais que apresentem o trabalho que de origem ao
relatório, apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a
relevância do conteúdo abordado, dos conceitos construídos.
Metodologia e materiais: descreve, objetiva claramente, como realmente se
deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja, uma descrição sucinta,
não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor
compreenda a respeito do que está falando, ou para uma reflexão que permita
que se aprimore a atividade.
Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos
resultados que foram obtidos. Na análise podem constar os elementos e
situações interessantes que tenham acontecido. Nesta parte do relatório, o
estudante pode utilizar tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma
visualização melhor dos resultados. É importante, na análise, que se
58
estabeleçam relações entre a atividade, os procedimentos realizados e o objeto
de estudo e as discussões teóricas que deram origem à atividade em questão.
Considerações finais: Neste item do relatório será possível observar se a
atividade desenvolvida foi significativa na construção do conhecimento, já
que, aqui, o aluno vai apresentar os resultados obtidos de forma crítica,
confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item
importante, pois vai possibilitar ao estudante a apreciação sobre o trabalho
realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.
6. Atividades com Textos Literários/Audiovisuais
A atividade com o texto literário possibilita que o professor avalie:
A compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto;
A articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto
literário lido, ou o conteúdo apresentado pelo audiovisual;
O reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário e ou
do audiovisual.
7- Trabalho em Grupo
Nessas atividades, o professor pode avaliar-se cada aluno:
Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula,
na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados;
Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua
relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
8- Questões Discursivas
Alguns critérios devem ser considerados:
Verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve esta
compreensão, é preciso considerar se está havendo falha na leitura do aluno ou
se o próprio enunciado carece de clareza e objetividade;
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Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa tentativa
foi adequada;
Capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-se da
norma padrão da Língua Portuguesa;
Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada.
9- Questões Objetivas
A questão objetiva possibilita que se avalie a leitura compreensiva do enunciado; a
apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar de
conhecimentos adquiridos.
10- Atividades Expressivas e Corporais
Critérios:
Identificar as capacidades do seu próprio corpo;
Analisar o grau de superação de dificuldade de expressão corporal,
observando se seu corpo está consciente para expressar idéias, emoções e
sentimentos;
Identificar os conteúdos estudados permitindo entendê-los, além do viés
biológico, abordando de forma ampla a partir de uma visão critica dentro de
uma dimensão histórico social contraria as tendências dominantes;
Avaliar como o aluno se apropria de informações e experiências da cultura
corporal do movimento e de que modo estabelecem relações entre estes
conhecimentos no plano dos procedimentos, conceitos, valores e atitudes.
A recuperação de estudos é um dos aspectos da aprendizagem no seu
desenvolvimento contínuo pelo qual o aluno com o aproveitamento escolar abaixo da média
trimestral (6,0), dispõe de oportunidades para revisar conteúdos, e por meio dos diferentes
instrumentos de avaliação recuperar suas notas.
A Recuperação de estudos é direito dos alunos que obtiveram menor rendimento
segundo a LDB (Art. 13, inciso IV e Art. 24, inciso IV, critério e), assim, ao final dos dois
blocos de avaliação com valores 3,5 (três vírgula cinco), os alunos que não obtiveram média
60
6,0, têm a oportunidade de recuperar estudos e notas e o bloco de valor 3,0 também é
recuperado com o mesmo instrumento ou outro diferenciado conforme a necessidade.
Os professores deverão propor recuperação de estudos concomitante aos alunos que
obtiveram segundo a LDB (Art. 13, inciso IV e Art. 24, inciso IV, critério e) menor
rendimento, garantindo aos mesmos, novas oportunidades de recuperação de estudos e notas.
Havendo a necessidade os procedimentos para realizar a classificação e ou a
reclassificação dos alunos será procedida para assegurar o direito do aluno.
11- Hora Atividade
Planejar o ensino é algo amplo que requer elaboração para seguinte execução e
avaliação de planos de ensino e deve ser repensado constantemente com a finalidade de
atender as necessidades do aluno, assim há de ser garantido a Hora Atividade, espaço este
garantido por lei para que os docentes possam se reunir e discutir e aperfeiçoar o seu trabalho
e elaborar meios para a melhoria da aprendizagem.
12- CELEM
É ofertado como ensino extra-curricular, plurilinguístico e gratuito de cursos básicos
e de aprimoramento em L.E.M.- Espanhol, destinados aos alunos da rede estadual de ensino,
professores, funcionários e a comunidade, desde que comprovada a conclusão dos anos
iniciais do Ensino Fundamental.No ano de 2014,por falta de professor, não foi ofertada pelo
Colégio.
13- Programa de Atividades Complementares Aulas Especializadas em
Contraturno
Este projeto oferta atividades esportivas destinados aos alunos do Ensino Regular
das Séries finais do Ensino Fundamental em horários contrários ao turno, indo de encontro ao
princípio da escola para o aprimoramento na formação pessoal dos educandos. O
desenvolvimento do Projeto de Futsal, além de instigar o bom relacionamento, está também
motivando os alunos a uma participação mais ativa das atividades esportivas.
14- ENEM
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O ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) tem como objetivo fundamental,
avaliar o desempenho do aluno ao término da escolaridade básica, para aferir o
desenvolvimento de competências fundamentais ao exercício pleno da cidadania.
15- Programa de Combate ao Abandono
A evasão escolar é uma realidade em nossas escolas que precisa ser combatida.
Com este fim, a SEED assume o papel para mediar o contato com as secretarias do
Estado, Ministério Público, Conselho Tutelar, no sentido de instrumentalizar a escola sobre as
ações que competem a escola e pode ser buscado por ela, uma vez esgotadas as possibilidades
de retorno e permanência do aluno.
Para combater a evasão escolar foi criado o Programa de Combate ao Abandono que
tem como objetivo acompanhar os casos de evasão e abandono de todos os alunos a partir do
momento em que apresentem ausência de cinco dias consecutivos e sete dias alternados. É
importante destacar que o Programa tem sido utilizada como um importante instrumento, não
somente de comunicação do aluno ausente, mas de análise dos principais motivos que levam à
evasão escolar.
A escola tem um papel fundamental na ação em combate ao abandono e as vezes
consequente evasão, pois o aluno está diretamente vinculado a ela em seu dia a dia.
VIII. AVALIAÇÃO DO PROJETO
Partindo do princípio de que avaliar é levantar informações, dados, qualidade,
quantidade, e que não é um fim e si mas um processo que contribui para a excelência do que é
produzido, que a avaliação deve existir, seja no âmbito escolar, social, político ou outro
segmento.
No que diz respeito à Escola, a avaliação deve ser uma engrenagem no seu
funcionamento didático e, mais globalmente na interação entre seus membros (professor x
direção x aluno x funcionários x pais x comunidade) e com isso gerar mudanças, adaptações e
o crescimento de qualidade de ensino oferecido.
62
Para tanto, o Projeto Político Pedagógico nasceu da necessidade de se manter mais
transparente possível as ações da comunidade escolar, tanto no plano pedagógico como na
administração. Pois, o compromisso com a construção da cidadania pede, necessariamente,
uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade social, dos direitos e da
responsabilidade em relação à vida social e coletiva daqueles que nela estão inseridos.
É fundamental citar que um dos fatores mais importantes, deste projeto é a
participação de todos na sua construção, bem como a determinação de caminhos e objetivos
viáveis a serem alcançados. Para que isso aconteça, é preciso que a comunidade escolar
analise e avalie todas as ações que são executadas, durante o período letivo, e estas após o seu
término possam ser reavaliadas em sua elaboração, para assim poder redimensionar metas e
ações que, por ventura, não foram adequadamente desenvolvidas com sucesso.
Ao avaliar o resultado das ações do Projeto Político Pedagógico, a escola favorecerá
igualdade de direitos, a participação, a dignidade do ser humano e a corresponsabilidade pela
vida social.
Além disso, a autonomia do Projeto se dá no fato de que as alterações necessárias de
sua execução ocorrerão, conforme os resultados das ações e que os integrantes de sua
construção poderão revê-las, reconstruí-las e ou alterá-las em qualquer momento do ano
letivo. Estas ocorrerão através de reuniões, debates, observações de todos envolvidos na
escola.
Assim, todas as mudanças e os problemas levantados, a busca de suas soluções, terá
cada vez mais um compromisso efetivo com a educação, visando manter a escola em ordem,
organizada, demonstrando assim progresso e competência voltada para uma educação com
responsabilidade e de qualidade para todos.
IX. BIBLIOGRAFIA
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Wania Nely dos Santo Gilmara Belmiro da Silva Lurdes Ap. C. Mendes Equipe Pedagógica Equipe Pedagógica Equipe Pedagógica
PAULO SÉRGIO FILIPIMDIRETOR
Res. 6012/11 DOE 06/01/2012
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