projeto polÍtico pedagÓgico - paraná...a elaboração do projeto político pedagógico tem...
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ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA MATILDE BAER
ENSINO FUNDAMENTAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
CASTRO – PARANÁ
2011
Sumário1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 62 FUNDAMENTOS LEGAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ...................................63 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ..........................................................................7
3.1 Dados Gerais ................................................................................................................... 73.1.1 Endereço .................................................................................................................. 73.1.2 E-mail ....................................................................................................................... 73.1.3 Núcleo Regional de Educação .................................................................................73.1.4 Código do Estabelecimento .....................................................................................73.1.5 Dependência Administrativa......................................................................................73.1.6 Entidade Mantenedora .............................................................................................7
3.2 Histórico do Estabelecimento de Ensino .........................................................................73.3 Fundamentação Teórica .................................................................................................. 8
3.3.1 Filosofia Educacional ...............................................................................................83.3.2 Objetivos................................................................................................................... 8
3.3.2.1 Objetivos Gerais ...............................................................................................83.3.2.2 Objetivos Específicos .......................................................................................9
4 Níveis e Modalidades de Ensino Ofertados.............................................................................95 Diagnóstico.............................................................................................................................. 9
5.1 Problemas necessidades e avanços presentes na realidade social, política, econômica, cultural e educacional da escola.............................................................................................95.2 Características da população, dos alunos, localização da escola e do bairro...............105.3 Principais ocupações, níveis de renda, escolaridade da população..............................105.4 Quantitativos do Corpo Docente, Discente, Administrativo e de Apoio..........................115.5 Distribuição de funções, vínculos funcionais, níveis de formação inicial e acesso a formação continuada............................................................................................................ 115.6 Distribuição e ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos, constituição das turmas, número de turmas, períodos ou turnos de funcionamento, organização curricular (6º ao 9º ano)........................................................................................................................ 145.7 Forma de atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais............165.8 Projetos/atividades desenvolvidos no contraturno.........................................................165.9 Condições físicas do estabelecimento...........................................................................165.10 Resultados Educacionais: aprovação, reprovação e evasão, propostas de superação, dados das avaliações externas, relação entre idade e série................................................16
6 Organização interna da Escola .............................................................................................176.1 Instâncias Colegiadas..................................................................................................... 17
6.1.1 Conselho Escolar ...................................................................................................176.1.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF ..........................................186.1.3 Grêmio Estudantil....................................................................................................19
6.2 Direção .......................................................................................................................... 196.3 Equipe Pedagógica ....................................................................................................... 216.4 Corpo Docente ............................................................................................................... 256.5 Setor Técnico-Administrativo .........................................................................................27
6.5.1 Compete ao (à) Secretário (a) Escolar: ..................................................................276.5.2 Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria da escola, sob a coordenação do (a) secretário (a) ...................................................................................296.5.3 Compete ao técnico administrativo que atua na biblioteca escolar, indicado pela direção do estabelecimento de ensino ............................................................................306.5.4 Equipe Auxiliar Operacional ...................................................................................31
6.5.4.1 Compete ao auxiliar operacional que atua na limpeza, organização e preservação do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações ........................31
6.5.4.2 Compete ao auxiliar operacional que atua na cozinha do estabelecimento ...326.5.4.3 Atribuições do auxiliar operacional que atua na área de vigilância da movimentação dos alunos nos espaços escolares .....................................................33
7 Fundamentação.................................................................................................................... 347.1 Concepção de Infância................................................................................................... 347.2 Concepção de Adolescência..........................................................................................357.3 Concepção de Homem................................................................................................... 357.4 Concepção de Sociedade ..............................................................................................367.5 Concepção de Escola ....................................................................................................367.6 Concepção de Educação ...............................................................................................377.7 Concepção de Cultura.................................................................................................... 387.8 Concepção de Trabalho.................................................................................................387.9 Concepção de Tecnologia..............................................................................................397.10 Concepção de Cidadania.............................................................................................397.11 Concepção de Conhecimento......................................................................................407.12 Concepção de Ensino-Aprendizagem .........................................................................407.13 Concepção de Avaliação .............................................................................................417.14 Concepção de Currículo ..............................................................................................427.15 Concepção de Letramento...........................................................................................437.16 Concepção de Gestão Escolar – Mecanismos de Gestão...........................................43
8 Proposição de Ações............................................................................................................. 448.1 Linhas de Ação com Base no Diagnóstico.....................................................................448.2 Forma do Processo de Avaliação e seu registro – Critérios e instrumentos utilizados........458.3 Procedimentos de Intervenção Pedagógica ..................................................................47
8.3.1 Recuperação de Estudos........................................................................................478.3.2 Conselho de Classe e os Critérios Utilizados.........................................................478.3.3 Processo de Promoção, Classificação e Reclassificação.......................................48
8.4 Aprimoramento da Prática Pedagógica – Formação Continuada..................................508.5 Como se dará a articulação do estabelecimento com a comunidade e a atração da equipe multidisciplinar, entre outras situações previstas na legislação educacional...........518.6 Projetos Específicos da Escola .....................................................................................51
8.6.1 Projeto de Leitura ................................................................................................... 518.6.2 Cidadania em dia ................................................................................................... 538.6.3 Valores ................................................................................................................... 56
8.7 Como a escola contemplará os seguintes Conteúdos Obrigatórios:..............................578.7.1 História do Paraná – Lei nº 13.381/01....................................................................578.7.2 Definição de como a escola tratará na organização dos conteúdos de todas as disciplinas, ao longo do ano letivo, conteúdos curriculares da História e Cultura Afrobrasileira ................................................................................................................... 588.7.3 Definição de como a escola contemplará o ensino da História e Cultura dos Povos Indígenas do Brasil (Lei 11645/2008) .............................................................................598.7.4 Música – Lei 645/08................................................................................................608.7.5 Prevenção ao uso indevido de drogas....................................................................608.7.6 Sexualidade Humana..............................................................................................618.7.7 Definição de como a escola contemplará a Educação Ambiental (componente obrigatório da educação formal e não-formal) nos termos da Lei 9795/1999 .................618.7.8 Educação Fiscal...................................................................................................... 628.7.9 Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o Adolescente ..............................628.7.10 Direito da Criança e do Adolescente – Lei Federal nº 11.525/07..........................638.7.11 Educação Tributária – Dec nº 1143/99, Portaria nº 413/02...................................63
9. Regime de Funcionamento................................................................................................... 6410. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ...................................................64
10.1 REFERÊNCIAS............................................................................................................ 6411. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR......................................................................66
11.1 ORGANIZAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR..............................66 11.2 ESTRUTURA DO CURSO...........................................................................................6712. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DAS DISCIPLINAS – BASE NACIONAL COMUM.................................................................................................................................... 68
12.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE....................6912.1.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS:..............................................................................6912.1.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA ................................................................7012.1.3 METODOLOGIA.................................................................................................... 7012.1.4 AVALIAÇÃO.......................................................................................................... 7112.1.5 CONTEÚDOS CURRICULARES..........................................................................7112.1.6 CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS (DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS)....................................................................................................7812.1.7 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 78
12.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS.............7912.2.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA....................................................7912.2.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA.................................................................8012.2.3 METODOLOGIA ESPECÍFICA.............................................................................8012.2.4 AVALIAÇÃO (CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS)..................................................8112.2.5 CONTEÚDOS CURRICULARES..........................................................................8212.2.6 CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS (DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS)....................................................................................................8712.2.7 REFERÊNCIAS:.................................................................................................... 87
12.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA...8812.3.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA....................................................8812.3.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA.................................................................8912.3.3 METODOLOGIA.................................................................................................... 9012.3.4 AVALIAÇÃO.......................................................................................................... 9112.3.5 CONTEÚDOS CURRICULARES..........................................................................9212.3.6 CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS, DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS QUE SERÃO TRABALHADOS EM TODAS AS SÉRIES/ANOS......9712.3.7 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 98
12.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO......10012.4.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA DISCIPLINA ...............................................10012.4.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA...............................................................10112.4.3 METODOLOGIA .................................................................................................10212.4.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA .................................................10212.4.5 CONTEÚDOS DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO, POR SÉRIE:..........10312.4.6 REFERÊNCIAS...................................................................................................104
12.5. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA......10412.5.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA:.................................................10412.5.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:..............................................................10612.5.3. METODOLOGIA.................................................................................................10712.5.4 AVALIAÇÃO........................................................................................................ 10712.5.5 CONTEÚDOS CURRICULARES........................................................................10812.5.6 CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS (DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS)..................................................................................................11312.5.7 REFERÊNCIAS.................................................................................................. 114
12.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA ..........11712.6.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA:.................................................11712.6.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA...............................................................118
12.6.3 METODOLOGIA ESPECÍFICA DA DISCIPLINA:...............................................11912.6.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:........................12012.6.5 CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO:.......................................................................12112.6.6 REFERÊNCIAS...................................................................................................127
12.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA................................................................................................................... 128
12.7.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA .................................................12812.7.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA...............................................................13012.7.3 METODOLOGIA..................................................................................................13012.7.4 AVALIAÇÃO ....................................................................................................... 13212.7.5 CONTEÚDOS CURRICULARES........................................................................13312.7.6 INSERÇÃO DOS DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS............14112.7.7 REFERÊNCIAS...................................................................................................142
12.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA.....14212.8.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA.................................................14212.8.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA ..............................................................14512.8.3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA .....................................................................14612.9.4 AVALIAÇÃO........................................................................................................ 14712.9.5 CONTEÚDOS CURRICULARES........................................................................148
12.9.5.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.............................................................14812.9.5.2 CONTEÚDOS BÁSICOS.............................................................................149
12.9.5.3 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS SÉRIE/ANOS..................................................15012.9.6 CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS PREVISTOS EM LEI E PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO................................................................................................................... 15212.9.7 REFERÊNCIAS...................................................................................................153
13. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DAS DISCIPLINAS – PARTE DIVERSIFICADA .................................................................................................................... 153
13.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE L.E.M – INGLÊS..15413.1.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA..................................................15413.1.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA...............................................................15513.1.3 METODOLOGIA ESPECÍFICA DA DISCIPLINA................................................15513.1.4 AVALIAÇÃO( CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS )...............................................15613.1.5 CONTEÚDOS CURRICULARES........................................................................15713.1.6 CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS (DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS)..................................................................................................16813.1.7 REFERÊNCIAS...................................................................................................168
Avaliação da Proposta Pedagógica Curricular .......................................................................170 MATRIZ CURRICULAR TURNO TARDE..............................................................................171 MATRIZ CURRICULAR TURNO MANHÃ.............................................................................172 CALENDÁRIO ESCOLAR 2011.............................................................................................173
6
1 APRESENTAÇÃO
O presente Projeto Político Pedagógico expressa os princípios que fundamentam e
organizam a prática pedagógica deste estabelecimento de ensino. Expressa também a
identidade e a autonomia da escola, amparada pela legislação vigente, pelos princípios
norteadores e pelos direitos garantidos
constitucionalmente ao seu coletivo.
Ao elaborar o Projeto Político Pedagógico numa linha democrática, a escola propõe
um posicionamento político da equipe escolar, para uma visão do ideal de organização da
convivência social e de um posicionamento pedagógico, a fim de definir as ações
educativas e as características
necessárias à instituição escolar na perspectiva de fazer com que o possível e o
desejável se tornem realidade.
À luz da função precípua da escola pública como via de acesso ao conhecimento, o
professor encontrará neste Projeto Político Pedagógico um apoio para facilitar sua prática
educativa. A equipe pedagógica, através do Projeto, poderá acompanhar e orientar com
maior eficiência o trabalho pedagógico, verificando as falhas e juntamente com o
professor, buscar os meios para solucioná-las. A direção acompanhará as ações
desenvolvidas durante o ano letivo e, se constatada alguma deficiência procurará analisar
as causas e num trabalho conjunto, propor alterações, visando sempre a melhoria da
qualidade de ensino e a permanência do aluno, com sucesso, na escola.
Isto posto pois o Projeto Político Pedagógico deve ser “[...] um processo
permanente da reflexão e discussão dos problemas da escola, na busca de alternativas
viáveis à efetivação de sua intencionalidade, que não é descritiva ou constativa, mas é
constitutiva” (VEIGA, 1995, p. 23).
Desta forma, o Projeto Político Pedagógico deve expressar o movimento da prática
pedagógica de forma dinâmica e não fragmentada, além de considerar as características,
anseios, necessidades e motivações dos alunos, do coletivo escolar e da comunidade
onde a escola está inserida; pois quando os alunos percebem a escola atenta às suas
necessidades e anseios, desenvolvem a autoconfiança e a confiança nos outros,
ampliando as possibilidades de um melhor rendimento escolar, querendo sempre se fazer
presente na busca do conhecimento, bem como decidindo o rumo da escola.
2 FUNDAMENTOS LEGAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
7
A elaboração do Projeto Político Pedagógico tem amparo, a nível nacional, na Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, nos artigos 13, 14 e 15.
A nível estadual, o amparo legal encontra-se no fato de que o Projeto Político
Pedagógico, em consonância com o princípio da gestão democrática, deverá ser
construído de forma coletiva, isto é, com a participação de toda a comunidade escolar:
professores, funcionários, alunos, pais ou responsáveis, diretor e professores pedagogos,
de acordo com o firmado no artigo 4º da Deliberação Nº 16/99 – CEE.
Cabe ao (à) diretor (a) da escola, juntamente com a equipe pedagógica, coordenar
a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político Pedagógico, construído
coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar.
O Projeto Político Pedagógico deve ser legitimado pelo Regimento Escolar e
aprovado pelo Conselho Escolar.
3 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
3.1 Dados Gerais
3.1.1 Endereço: Rua Jerônimo Cabral Pereira do Amaral, 2415, CEP: 84174-430
Castro, Fone/fax: (042) 3233-1499.
3.1.2 E-mail: [email protected]
3.1.3 Núcleo Regional de Educação: Ponta Grossa
3.1.4 Código do Estabelecimento: 01720
3.1.5 Dependência Administrativa: Secretaria de Estado da Educação – SEED
3.1.6 Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
3.2 Histórico do Estabelecimento de Ensino
Esta escola é denominada Escola Estadual Professora Matilde Baer, a fim de
prestar homenagem a uma das fortalezas da cultura castrense, cuja atuação foi
patrimônio de dignidade e devoção ao ensino.
A professora Matilde Baer, formada pela Escola Normal Secundária de Curitiba,
iniciou o exercício de suas funções no magistério em 1918 no Grupo Escolar de
Guarapuava. Em 1921 foi removida para o Grupo Escolar de Jaguariaíva e em 1923, para
o Grupo Escolar de Castro. Lecionou Geografia no Ginásio Diocesano de Santa Cruz. Em
1952, após 24 anos atuando no magistério primário, iniciou, por licença concedida pela
diretoria do Ensino Secundário, a sua carreira de professora de Geografia no Ginásio
8
Estadual de Castro.
Durante 57 anos consecutivos exerceu as árduas tarefas do Magistério, tendo
contribuído para a educação de milhares de jovens castrenses. Além de mestra
inigualável, a professora Matilde Baer revelou-se poetisa de rimas delicadas e
espontâneas.
Ao deixar esta vida em 1978, além de saudades, deixou como legado aos
castrenses o seu devotamento profissional e sua fidelidade à educação.
A Escola Estadual Professora Matilde Baer recebeu este nome desde sua
fundação. Criada e autorizada a funcionar pela Resolução nº 1118/87 em 12 de Março de
1987, com publicação no Diário Oficial em 01/04/87, teve seu reconhecimento pela
Resolução no 1850/88, publicada no diário oficial de 23/06/1988, com a finalidade de
ministrar o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries, nos períodos matutino e vespertino.
Nestes anos de funcionamento, estiveram na Direção da Escola a Professora
Teresinha S. L. Rolim, que exerceu a função no período de 1987 à 1994; o Professor
Pedro Tadeu Rolim, no período de 1994 à 1995 e o Professor Márcio Roberto Choma, de
1995 até a presente data.
3.3 Fundamentação Teórica
3.3.1 Filosofia Educacional
A Escola Matilde Baer tem como filosofia a formação de cidadão comprometidos
com o bem comum. Para tanto, se propõe a desenvolver no educando um potencial para
que possa realizar o exame crítico da realidade em que está inserido, para que possa
viver a cidadania e, simultaneamente, buscar soluções possíveis na construção de sua
história, podendo com isso interferir positivamente na sociedade.
A escola funciona como uma família que acolhe a todos: alunos e educadores.
Assim, percebe os valores e os problemas que trazem, principalmente os alunos,
buscando soluções, pois em educação não existe um caminho pronto e fechado a seguir;
e sim, um horizonte social a ser descortinado através de princípios e valores vigentes,
aliados a este PPP.
3.3.2 Objetivos
3.3.2.1 Objetivos Gerais
9
• Desenvolver o compromisso de formar um cidadão capaz de uma atuação
crítica, criativa e transformadora, ciente de que é no coletivo que se efetiva a
cidadania e se busca a garantia de uma sociedade mais justa, solidária e
democrática;
• Oferecer ao educando e educador condições necessárias para a construção e
reconstrução do conhecimento numa escola pública democrática e de
qualidade, que busque a minimização dos índices de evasão e de repetência;
• Possibilitar a construção de um trabalho coletivo e democrático no interior da
escola.
3.3.2.2 Objetivos Específicos
• Garantir a qualidade de ensino;
• Possibilitar a permanência do aluno, com sucesso, na escola;
• Desenvolver no aluno o senso de respeito e valorização pelo ambiente escolar;
• Desenvolver no aluno o senso de respeito e valorização pelo ambiente escolar;
• Despertar no aluno o interesse pelo seu futuro;
• Incentivar no educando a construção do conhecimento.
4 Níveis e Modalidades de Ensino Ofertados
Esta escola oferta o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries (cessação em 2011) e o
de 6º ao 9º anos (com implantação simultânea em 2012).
5 Diagnóstico
5.1 Problemas necessidades e avanços presentes na realidade social,
política, econômica, cultural e educacional da escola.
A sociedade brasileira está em constante transformação pois as novas tecnologias,
as novas descobertas científicas vem mudando os hábitos e costumes das pessoas. E o
papel da educação nessa perspectiva é desenvolver no indivíduo a capacidade de
construir significados necessários a toda e qualquer ação de cidadania.
Por isso, é necessário que a escola centralize suas expectativas entre o princípio
de participação e o exercício das atitudes e dos conhecimentos adquiridos e é aqui que a
importância do convívio escolar se faz presente, a fim de tornar a escola um espaço de
10
atuação pública dos alunos, resolvendo problemas e refletindo sobre as consequências
de seus atos. Sendo assim, a escola deve procurar selecionar a cultura predominante e
apropriá-la para a superação, definindo-a a partir das necessidades concretas do contexto
histórico social no qual se encontram os sujeitos atuantes.
5.2 Características da população, dos alunos, localização da escola e do
bairro.
A Escola Estadual Professora Matilde Baer – Ensino Fundamental está situada em
um dos bairros que compõem a periferia da cidade de Castro e este fato, torna como
público-alvo, indivíduos de baixo poder aquisitivo, com dificuldades em relações
interculturais e educacionais, pois a maioria dos alunos frequenta apenas a escola e não
tem acesso a teatro, passeios, cursos e outros recursos culturais.
Em síntese, os alunos que frequentam esta escola são relativamente carentes e
muitos tem dificuldades ou nem tem condições de comprar livros ou qualquer outro
material de apoio pedagógico.
5.3 Principais ocupações, níveis de renda, escolaridade da população
A população residente em torno da escola aparenta ser de médio a baixo nível
sócio-econômico-cultural.
Muitos pais de alunos são trabalhadores que sobrevivem com um salário mínimo
mensal, sem contar os que só tem renda da bolsa escola e ainda os que vivem com
subemprego.
Entre as profissões ou ocupações dos pais, predominam comerciantes, operários,
funcionários públicos, empregadas domésticas, diaristas e boias-frias.
Quanto a escolaridade, a maioria dos pais tem o ensino fundamental incompleto,
havendo pequena porcentagem de pais com o último nível da educação básica e do
ensino superior.
Existem pais analfabetos que não conseguem assinar o próprio nome quando vem
em reuniões da escola.
Nessas condições, a escola precisa desenvolver práticas pedagógicas que
conscientizem sobre a importância da educação para suas vidas e sobre sua função
social transformadora.
11
5.4 Quantitativos do Corpo Docente, Discente, Administrativo e de Apoio.
Nesta escola o corpo docente está constituído por 23 professores com vínculo
QPM e PSS.
O corpo discente conta com um total de 434 alunos.
Os agentes educacionais I são um número de cinco, sendo duas merendeiras e
três agentes de apoio.
Os agentes educacionais II são em número de três, sendo: uma secretária, um
técnico-administrativo e uma bibliotecária.
5.5 Distribuição de funções, vínculos funcionais, níveis de formação inicial e
acesso a formação continuada.
Disciplina Professor RGVínculo
C.H. M.
C.H. T
FormaçãoEspecializações.
ArtesSilvana de Freitas 5049521-3
REPR
12 -Artes
-
Tania de Andrade Rocco
3958558-8REPR
- 12Artes
-
Ciências
Bianca Connor Fer- reira
4639262-0 QPM9 6 Ciências
Biológicas-
Alysson Favero13048555-3
REPR
9 - Ciências Biológicas
-
João Marcos Ma-chuca de Lima
9511999-9REPR
- 12 Ciências Biológicas
-
Educação Física
Jussara Lopes Go-mes
888228-2 QPM9 6
Ed. FísicaMetodologia do Ensino de 1º e 2º grau.
Thiago Willian Schoembaecler
8134354-3REPR
- 6Ed. Física
-
Ricardo dos Santos 5879612-3REPR
- 3Ed. Física
-
Joel Acelino Freski 1981148-4 Sc02 9 - Ed. Física -
Cléa Bugdol Rugiski 6245348-6REPR
- 3Ed. Física
-
Elisangela de Cas- 5087532-6 Sc02 1 3 Matemáti-
caAdm. Superior e
12
Ensino Religioso
sia Breus Klempo- vus
Orient. Educacional: A Gestão do trabalho na Escola.
Ivonete Carneiro Tomaz
4257689-1 QPM - 1 História Magistério da Ed. Básica
Jussara Lopes Gomes
888228-2 QPM - 1 Ed. Física Metodologia do Ensino de 1º e 2º grau.
Bianca Connor Fer- reira
4639262-0 QPM- 1 Ciências
Biológicas-
Geografia
Janete Binhara Musial
4909423-0 QPM6 12
GeografiaGestão Educacional
Eni Castro Priotto 5952325-2 QPM12 8
GeografiaPsicopedagogia
História
Ivonete Carneiro Tomaz
4257689-1 QPM 15 - História Magistério da Ed. Básica
Eni Castro Priotto 5952325-2 SC023 -
GeografiaPsicopedagogia
Marcio Cristiano de Souza
6164612-4REPR
- 6História
-
Eliane da Silva 4274578-2 QPM - 15 História Magistério da Ed. Básica.
Língua Portugue-sa
Maria Odete Ribeiro 4002192-2 QPM16 8
Letras Metodologia do Ensino.
Magali da Rosa Ribeiro
9249242-7REPR
- 8Letras
-
Maristela Santos Holowchak Montag- na
5347065-3 QPM 8 8 Letras -
Matemática
Elisangela de Cas-sia Breus Klempo-vus
5087532-6 QPM
8 8
Matemáti-ca
Adm. Superior e Orient. Educacional: A Gestão do trabalho na Escola.
Jucilene Mello Milek de Jager
6178418-7 QPM 16 16Matemáti-ca
Magistério da Educação Básica.
13
Inglês Ana Lucia de Melo Tabor
6150262-9 QPM12 12
Letras Ed. Especial.
Sala de Apoio Língua Portuguesa
Magali da Rosa Ribeiro
9249242-7REPR
4 4 Letras
-
Sala de Apoio Matemáti-ca
Ricardo Ferraz Filho 6336017-1REPR
- 4Matemáti-ca
-
Atividade Contra-Turno
João Marcos Machuca de Lima
REPR
4 --
Professo-ras Pedago-gas
Dirce de Biassio 3184781-8 S100 20 - PedagogiaMagistério 1º e 2º grau.
Gisele Cristina Carneiro de Paula
6487525-6 QPM - 20 Pedagogia
Adm. Superior e Orient. Educacional: A Gestão do trabalho na Escola.
DiretorMárcio Roberto Choma
3929238-6 QPM 20 20 Ed. FísicaMagistério da Educação Física.
Função Nome RGVíncu
loM T Formação
Especializações
SecretariaLucelia Iank da Costa
4982661-3 QFEB 20 20 ENS. MÉDIO -
Tec. Adm.Oziel dos Santos Silva
91722682-2 QFEB 20 20ADMINISTRAÇÃO.
-
Bibliotecá-ria
Julyana Aparecida da Costa
7221689-0 QFEB 20 20 ENS. MÉDIO -
Merendei-ra
Edina Maria Delfrate Zahdi
4929023-3 QFEB 20 20 ENS. MÉDIO -
Merendei-ra
Rosemari Alves Zabroski
5952385-6 QFEB 20 20ENS. FUNDAMEN-TAL
-
Aux. Serv. Gerais
Isabel Carneiro Rodrigues
4274571-5 QFEB 20 20ENSINO MÉDIO
-
Aux. Serv. Gerais
Laurita Franco dos Anjos Zadra
3296665-9 QFEB 20 20ENS. FUNDAMEN-
-
14
TAL
Aux. Serv. Gerais
Rosane do Rocio Pinheiro
5744941-1 QFEB 20 20 ENS. MÉDIO -
5.6 Distribuição e ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos,
constituição das turmas, número de turmas, períodos ou turnos de funcionamento,
organização curricular (6º ao 9º ano).
O ambiente educacional da Escola Estadual Professora Matilde Baer – Ensino
Fundamental contém os seguintes espaços físicos: secretaria, sala da direção, sala da
equipe pedagógica, sala dos professores, seis salas de aula, um laboratório de
informática, dois banheiros, dois lavatórios, cozinha, refeitório, despensa para material de
limpeza, despensa para gêneros alimentícios, área de serviços e duas quadras
poliesportivas, sendo uma coberta.
A biblioteca com quarenta metros quadrados, serve também como laboratório e
guarda as vidrarias e material de ciências, além de cerca de dois mil volumes de livros da
bibliografia básica do Ensino Fundamental, como também mapas geográficos, históricos e
políticos e três globos terrestres. É nesse mesmo espaço que acontecem as aulas de
apoio pedagógico em Matemática e em Língua Portuguesa, em dias e horários
alternados.
Contém ainda nove mesas e trinta e seis cadeiras, seis banquetas altas, um
televisor de vinte e uma polegadas, um vídeo e um aparelho de DVD, oferecendo aos
alunos um ambiente educacional peculiar.
A escola também dispõe do seguinte material: retroprojetor, aparelho de som, caixa
de som amplificada, microscópio mono-ocular, duas estufas, mimeógrafo a álcool,
máquina fotográfica, material esportivo, além de dois microcomputadores, duas
impressoras, um fax, quatro máquinas de escrever, treze armários de aço, seis armários
de madeira, cinco escrivaninhas, uma geladeira, dois fogões, dois freezer, uma
enceradeira, uma lavadora de alta pressão, dois armários de cozinha, uma
batedeira industrial, um multiprocessador, uma balança de plataforma digital, dezoito
mesas de fórmica para o refeitório e nove mesas de fórmica para a biblioteca, cadeiras e
bancos em fórmica e um estadiômetro.
A escola conta ainda com um laboratório de informática com vinte e quatro
computadores e três impressoras, recebido do Paraná Digital. Na mesma sala também
15
está o laboratório de informática do Proinfo, com dezoito computadores, sendo que dois
destes são de uso administrativo e são utilizados na biblioteca escolar e ainda, uma
impressora.
A escola funciona nos turnos matutino e vespertino, sendo que de manhã estão as
seguintes turmas: 01 sexta série, 02 sétimas séries e 03 oitavas. À tarde estão 04 quintas
séries e 02 sextas séries, totalizando 12 turmas.
No início do ano letivo é feita uma reunião com direção, equipe pedagógica,
professores e agentes educacionais II para definir como serão montadas as turmas.
Procura-se deixá-las homogêneas, ou seja, com um misto de alunos com bom
rendimento, com dificuldade aprendizagem, com bom comportamento, com
comportamento mais agitado, etc. Com isso, as turmas tendem a ter bom aproveitamento
durante o ano letivo. Quando e se necessário podem ser feitos remanejamentos que
venham a contribuir com o melhor desempenho escolar dos alunos.
O espaço escolar é organizado da melhor maneira dentro das possibilidades que
se tem.
A organização do tempo escolar é muito importante dentro de pressupostos que
otimizem o aproveitamento do aluno em todas as disciplinas da grade curricular de acordo
com o padrão estabelecido pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Nesta
escola a carga horária das disciplinas é distribuída de forma semanal garantindo o total de
horas previsto pela LDBEN nº 9394/96.
A organização curricular vem sendo repensada pois em 2012 o estabelecimento de
ensino receberá alunos do 6º ano e implantará simultaneamente o 7º, 8º e 9º ano do
Ensino Fundamental.
Outro aspecto que é de suma importância, é a hora atividade, considerada pelo
professor um momento dentro da escola, destinado ao planejamento, a discussão com os
colegas da mesma área, para correção de trabalhos e avaliações, e também momento
para refletir sobre a prática cotidiana em sala de aula. Por isso, a escola organizará a
hora-atividade de forma que aconteça nos intervalos de uma aula e outra, dentro das
possibilidades será dividida por disciplinas da mesma área e com acompanhamento da
equipe pedagógica.
Portanto momento de hora atividade, é horário de trabalho efetivo na escola deverá
ser utilizado para: Planejamento, atualização do Plano de Trabalho Docente, estudo e
colaboração na efetivação do P.P.P. e Regimento Escolar, organização do livro de
chamada, estudar conteúdos pertinentes, selecionar materiais para enriquecer seu
16
trabalho e torná-lo mais atraente.
5.7 Forma de atendimento aos alunos com necessidades educacionais
especiais.
Esta escola oferece uma educação inclusiva para o seu alunado.
Também fica clara a preocupação da escola com a inclusão responsável
atendendo as expectativas da sociedade, para que a educação se posicione na linha de
frente contra exclusões; contribuindo para a promoção e integração de todos os alunos,
voltando-se à construção da cidadania.
5.8 Projetos/atividades desenvolvidos no contraturno
Em contraturno são desenvolvidas as Salas de Apoio Português e Matemática, da
5ª série, partilhando o mesmo espaço da biblioteca, no turno matutino. E Sala de Spoio de
Português, para os alunos de 8ª séries matutinas.
Oferece também o projeto Adolescência Com Ciência, que aborda diversos
assuntos relacionados à sexualidade e a adolescência, envolvendo os alunos das 6ª
séries do turno vespertino.
E, proporciona ainda o treinamento esportivo, na modalidade voleibol, com alunos
da 6ª e 7ª série do turno matutino.
5.9 Condições físicas do estabelecimento
A Escola Estadual Professora Matilde Baer se mantém sempre asseada, com
pintura recente, pois continuamente está recebendo reformas por parte desta gestão.
O problema é o espaço físico ficou pequeno para tantos alunos que a procuram.
Por isso, seria de grande valia a construção de mais algumas salas de aula, bem como
salas de direção, de equipe pedagógica e de professores.
5.10 Resultados Educacionais: aprovação, reprovação e evasão, propostas
de superação, dados das avaliações externas, relação entre idade e série
Dentro da realidade social em que a escola está inserida, ela trabalha
insistentemente para oferecer ensino de qualidade, bem como facilitar o bom
desempenho dos alunos, obtendo os seguintes índices de aprovação, reprovação e
evasão escolar:
• Em 2007, 85% de alunos aprovados, 14,2% de reprovados e 0% de evasão de um
17
total de 351 alunos;
• Em 2008, 84,8% de alunos aprovados, 15,2% de reprovados e 0% de evasão de
um total de 373 alunos;
• Em 2009, 86,7% de alunos aprovados, 13,3% de reprovados e 0% de evasão de
um total de 368 alunos.
• Em 2010, 88% de alunos aprovados, 12% de reprovados e 0% de evasão de um
total de 405 alunos.
Se levarmos em conta o porte da escola, estes índices podem ser considerados
baixos. No entanto, há uma reflexão constante sobre a prática escolar para atingir índices
cada vez mais elevados de aprovação.
Para tanto, buscamos desenvolver atividades educacionais que melhor possam
garantir a qualidade do ensino, que atendam às necessidades e curiosidades dos alunos,
envolvendo os desafios educacionais contemporâneos que precisam ser desenvolvidos
de forma eficaz e enriquecedora.
Os alunos com defasagem de idade em relação às séries, são sujeitos de uma
educação inclusiva, com vistas a melhoria da autoestima e, consequentemente, dos
resultados escolares.
6 Organização interna da Escola
A organização interna da Escola Estadual Profª Matilde Baer está centrada em
torno do seu PPP e dele depende o convívio de um grupo produtivo e cooperativo.
Dele também emana a criação de um clima favorável para a efetiva participação de
toda a comunidade escolar integrada por pais, alunos, funcionários, professores, equipe
pedagógica e direção.
6.1 Instâncias Colegiadas
Os segmentos sociais organizados e reconhecidos como Instâncias Colegiadas de
representação da comunidade escolar estão legalmente instituídos por Estatutos e
Regulamentos próprios. São eles: o Conselho Escolar, a Associação de Pais , Mestres e
Funcionários – APMF e Grêmio Estudantil.
6.1.1 Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva,
avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e
18
administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação
educacional vigente e orientações da Secretaria do Estado da Educação.
O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade escolar e
representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos com a educação
pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu membro nato, o (a) diretor (a)
escolar.
O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e acompanhar a
efetivação do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.
Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares, mediante
processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a representatividade dos
níveis e modalidades de ensino.
O Conselho Escolar da Escola Matilde Baer, de acordo com o princípio da
representatividade, está assim constituído:
1. Diretor: Marcio Roberto Choma
2. Representante da Equipe Pedagógica: Gisele Cristina Carneiro de Paula
3. Representante dos Professores: Elisângela de Cássia Breus Klempovus
4. Representante da Equipe Técnico-Administrativa: Lucélia Iank da Costa
5. Representante da Equipe Auxiliar Operacional: Édina Maria Delfrate Zadhi
6. Representante dos alunos: João Augusto Marcondes Ribas
7. Representante dos Pais ou Responsáveis por Alunos: Sara Ruth Bomfim e
Claudemir Agostinho
8. Representante dos Movimentos Sociais Organizados da Comunidade (APMF):
Rogério das Brotas Flugel
O Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio, aprovado por 2/3 (dois terços) de
seus integrantes.
6.1.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF é pessoa jurídica de direito
privado, sendo um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do
estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso, racial e nem fins
lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo constituída
por prazo determinado.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é regida por Estatuto próprio,
aprovado e homologado em Assembleia Geral, convocada especialmente para
19
este fim.
A APMF desta escola está assim constituída:
Presidente: Rogério das Brotas Flugel; Vice-Presidente: Juarez Pinheiro de Lara;
Tesoureira: Sara Ruth Bomfim; Tesoureiro Geral: Divanir Agostinho; 1a
Secretária:Elisângela de Cássia Breus Klempovus; Secretária Geral: Lucélia Iank da
Costa; Diretora Social: Maria José Cardoso; Diretora Cultural: Angela Maria Pinheiro;
Diretor Esportivo: Arlete Moraes da Luz; Conselho Fiscal: Benvinda Aparecida Santana
Marcondes, Misael Bento de Almeida, Claudinir Agostinho, Tiburcia Costa Machado,
Maria Zelaine Silva de Almeida, Maria Odete Ribeiro.
6.1.3 Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do
estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e
coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus
membros.
O Grêmio Estudantil é regido por Estatuto próprio, aprovado e homologado em
Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim.
6.2 Direção
A direção escolar é exercida neste estabelecimento de ensino pelo diretor,
Professor Marcio Roberto Choma, escolhido democraticamente entre os componentes da
comunidade escolar, conforme legislação em vigor.
A função do diretor, como responsável pela efetivação da gestão democrática, é a
de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos neste Projeto Político
Pedagógico.
São competências do diretor:
1. Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
2. Responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato de sua
posse;
3. Coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político
Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar;
4. Coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da
educação;
5. Implementar a Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino, em
20
observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
6. Coordenar o Plano de ação do estabelecimento de ensino e submetê-lo à
aprovação do Conselho Escolar;
7. Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento
às decisões tomadas coletivamente;
8. Elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,
consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;
9. Prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do
Conselho Escolar e fixando-os em edital público;
10. Coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a
legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após,
encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para a devida aprovação;
11.Garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os
órgãos da administração estadual;
12. Encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no
ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;
13. Deferir os requerimentos de matrícula;
14.Elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o Calendário Escolar, de
acordo com as orientações da Secretaria de Estado de Educação, submetê-lo à
apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo Regional da Educação para
homologação;
15. Acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente e o
cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de conteúdo aos discentes;
16. Assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aulas e horas- atividades
estabelecidos;
17. Promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar
e propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa
no âmbito escolar;
18. Propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação,
após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou
fechamento de cursos;
19. Participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los
ao Conselho Escolar para aprovação;
20. Supervisionar a cantina comercial e preparo da merenda escolar, ao
21
cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativas a exigências
sanitárias e padrões de qualidade nutricional;
21. Presidir o Conselho Escolar, dando encaminhamento às decisões tomadas
coletivamente;
22. Definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico- administrativa
e equipe auxiliar operacional;
23. Articular processos de integração da escola com a comunidade;
24. Solicitar ao Núcleo Regional de Educação suprimento e
cancelamento de demanda de funcionários e professores do
estabelecimento, observando as instruções emanadas da Secretaria de Estado da
Educação;
25. Organizar horário adequado para realização da Prática Profissional
Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos
Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no horário de trabalho, correspondendo a
50% da carga horária da Prática Profissional Supervisionada, conforme orientação da
Secretaria de Estado de Educação, contida no Plano de Curso;
26. Participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a
serem inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino,
juntamente com a comunidade escolar;
27. Cooperar com o cumprimento das orientações técnicas da vigilância
sanitária e epidemiológica;
28. Disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de serviços e Apoios
Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas de Educação Especial;
29. Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
30. Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
31. Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
32. Assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;
33. Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
6.3 Equipe Pedagógica
22
A Equipe Pedagógica neste estabelecimento de ensino está assim constituída:
Turno Matutino: Professora Pedagoga Gisele Cristina Carneiro de Paula
Turno Vespertino: Professora Pedagoga Dirce de Biassio
É de competência da Equipe Pedagógica:
1. Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-
Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
2. Orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em
uma perspectiva democrática;
3. Participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico
escolar, no sentido de realizar a função social e especificidade da educação
escolar;
4. Coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica
Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das política educacionais da Secretaria
de Estado de Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
5. Orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao
coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
6. Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudos para reflexão
e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de
propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;
7. Participar da elaboração dos projetos de formação continuada dos profissionais
do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o
aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
8. Organizar junto a direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos
Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre
o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
9. Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de
intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
10. Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores
do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de
experiência, debates e oficinas pedagógicas;
11. Organizar a hora atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de
maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;
12. Proceder à análise dos dados de aproveitamento escolar de forma a
desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar,
23
com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;
13. Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento
Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;
14. Participar do Conselho Escolar quando representante do seu segmento
subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da
organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
15. Orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e
demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC- FNDE;
16. Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de
materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático, a partir do Projeto Político
Pedagógico da escola;
17. Participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento
de ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas fomentando ações e
projetos de incentivo à leitura;
18. Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua
participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
19. Coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;
20. Colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da
Secretaria de Estado da Educação;
21. Acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às atividades a
serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
22. Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as
formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
23. Coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
24. Acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino;
25. Participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;
26. Orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-
pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,
reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme
legislação em vigor;
27. Organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de dias
24
letivos, horas e conteúdos aos discentes;
28. Orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros Registro de Classe;
29. Organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
30. Organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos
profissionais do estabelecimento de ensino;
31. Solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação
Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades
educacionais especificas;
32.Coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto
Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando
encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se
necessário;
33. Acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,
realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu
desenvolvimento integral;
34. Acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e
encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
35. Acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver
necessidade de encaminhamentos;
36. Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com
necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações
físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;
37. Manter contato com professores dos serviços e apoio especializados
de alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e
trocas de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação
Especial e ensino regular;
38. Assegurar e realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
39. Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas,
alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;
40. Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, funcionários e famílias;
41. Elaborar seu Plano de Ação;
42. Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
25
6.4 Corpo Docente
A equipe docente deste estabelecimento de ensino é constituída de professores
regentes, devidamente habilitados. Compete aos docentes:
1. Participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político
Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo
Conselho Escolar;
2. Elaborar, com a equipe pedagógica, a Proposta Pedagógica Curricular do
estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político Pedagógico e as
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
3. Participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos
livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político Pedagógico do
estabelecimento de ensino;
4. Elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
5. Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do
conhecimento pelo aluno;
6. Proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos,
quando se fizer necessário, a fim de cumprir o Calendário Escolar, resguardando
prioritariamente o direito do aluno;
7. Proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se
de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
8. Promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,
estabelecendo estratégicas diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer
do período letivo;
9. Participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos
com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do
pedagogo, com vistas à identificação de possíveis necessidades educacionais especiais e
posterior encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial,
se necessário;
10.Participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola,
com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;
11. Participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
12.Assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório
em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo,
26
ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;
13. Viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,
respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no
processo de ensino aprendizagem;
14. Participar de reuniões e encontros para planejamento e
acompanhamento, junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados,
da Sala de Apoio à Aprendizagem, da Sala de Recursos e de contra turno, afim de
realizar ajustes e modificações no processo de intervenção educativa;
15.Estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e
criação artística;
16.Participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de
alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional,
responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais são
registradas e assinadas em Ata;
17. Propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento de autonomia
intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;
18. Zelar pela frequência do aluno na escola, comunicando qualquer irregularidade
à equipe pedagógica;
19. Cumprir o Calendário Escolar, quanto aos dias letivos, horas aulas e horas
atividades estabelecidos,além de participar integralmente dos períodos dedicados ao
planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
20. Cumprir suas horas atividades no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,
pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe
pedagógica, conforme determinações da Secretaria de Estado de Educação;
21.Manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe
pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de ensino;
22.Participar do planejamento e da realização de atividades de articulação da
escola com as famílias e a comunidade.
23.Desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo;
24.Dar cumprimento aos preceitos institucionais, à legislação educacional
em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática
educacional e educativa.
25. Participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a
27
serem inseridos no projeto político pedagógico do estabelecimento de ensino;
26. Comparecer no estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias
que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias quando convocado;
27. Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores e famílias;
28. Manter o relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
29. Participação da avaliação institucional, conforme orientação da Secretaria de
Estado de Educação;
30. Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
Os docentes deste estabelecimento de ensino tem vínculo QPM ou PSS.
6.5 Setor Técnico-Administrativo
A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam na
área de secretaria e biblioteca do estabelecimento de ensino.
O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário(a) escolar é
indicado pela direção da escola e designado pelo Ato Oficial, conforme normas da
Secretaria de Estado da Educação e tem seu serviço coordenado e supervisionado pela
direção.
6.5.1 Compete ao (à) Secretário (a) Escolar:
1. Conhecer o Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;
2. Cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da
Secretaria de Estado da Educação, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal
do estabelecimento de ensino;
3. Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais técnicos
administrativos;
4. Receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;
5. Organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções e
instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;
6. Efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência e conclusão de concurso;
7. Elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados
às autoridades competentes;
8. Encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser
28
assinados;
9. Organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de
forma a permitir em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade da vida
escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;
10. Responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do
aluno, respondendo por qualquer irregularidade.
11. Manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado;
12. Organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais davida legal da
escola, referentes a sua estrutura e funcionamento;
13. Atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando
orientações e informações sobre a legislação vigente e a organização e funcionamento do
estabelecimento de ensino, conforme disposição do regimento escolar;
14. Zelar pelo uso adequado dos materiais e equipamentos da secretaria;
15. Orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de
Classe com os resultados da frequência e do aproveitamento da vida escolar dos alunos;
16. Cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas
da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação
comprobatória, de adaptação,
aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e e
regularização da vida escolar;
17. Organizar o livro ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor
competente a sua frequência, em formulário próprio;
18. Secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;
19. Conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;
20. Comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na
secretaria da escola;
21. Participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando o aprimoramento profissional de sua
função;
22. Auxiliar a equipe pedagógica e direção para manter atualizados os dados no
Sistema de Controle e remanejamento de Livros Didáticos;
23. Fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar,
quando solicitado;
24. Participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
29
Estado da Educação;
25. Zelar pelo sigilo de informações pessoais dos alunos, professores, funcionários
e famílias;
26. Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com demais segmentos da comunidade escolar;
27. Participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas de sua função.
6.5.2- Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria da escola,
sob a coordenação do (a) secretário (a):
1. Cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da
secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória,
necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,
classificação e regularização de vida escolar;
2. Atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e
orientações;
3. Cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;
4. Participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de
sua função;
5. Controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações
sobre os mesmos a quem de direito;
6. Organizar em colaboração com o secretário(a) escolar, os serviços do seu setor;
7. Efetivar os registros na documentação oficial como na Ficha Individual, Histórico
Escolar, Boletins, Certificados , Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;
8. Organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da
escola; 9. Classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a
movimentação de expedientes;
10. Realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial
do estabelecimento, sempre que solicitado;
11. Coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e
atualizando o sistema informatizado;
12. Executar o trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;
13. Participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
30
Estado da Educação;
14. Zelar pelo sigilo de informações pessoais dos alunos, dos professores,
funcionários e famílias;
15. Manter e promover o relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e demais segmentos da comunidade escolar;
16. Exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas
que concernem à especificidade de sua função.
6.5.3- Compete ao técnico administrativo que atua na biblioteca escolar, indicado
pela direção do estabelecimento de ensino:
1. Cumprir e fazer cumprir o regulamento do uso da biblioteca, assegurando
organização e funcionamento;
2. Atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o
empréstimo de livros, de acordo com Regulamento próprio;
3. Auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na Proposta
Pedagógica Curricular do estabelecimento de ensino;
4. Auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs, entre
outros;
5. Encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das
necessidades indicadas pelos usuários;
6. Zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;
7. Registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;
8. Receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da
biblioteca;
9. Manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais , zelando pela
sua manutenção;
10. Participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando o aprimoramento
profissional de sua função;
11. Auxiliar na distribuição e recolhimento de livro didático;
12. Participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
Estado de Educação;
13. Zelar pelo sigilo de informações pessoais dos alunos, professores, funcionários
e famílias;
31
14. Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
15. Exercer as demais atribuições do Regimento Escolar e aquelas que concernem
à especificidade de sua função.
6.5.4 Equipe Auxiliar Operacional
O auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de conservação, manutenção,
preservação, segurança e da alimentação,no âmbito escolar, sendo coordenado e
supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.
6.5.4.1- Compete ao auxiliar operacional que atua na limpeza, organização
e preservação do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações:
1. Zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as normas
estabelecidos na legislação sanitária vigente;
2. Utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com
antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;
3. Zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer
irregularidade à direção;
4. Auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio,
início e término, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes, quando solicitado pela
direção;
5. Atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais especiais
temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e de
alimentação;
6. Auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso da cadeira de rodas,
andadores, muletas, e ouros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e participação no
ambiente escolar;
7. Auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto à
alimentação, durante o recreio, atendendo às necessidades básicas de higiene e as
correspondentes ao uso do banheiro;
8. Auxiliar nos serviços correlatados à sua função, participando das diversas
atividades escolares.
9. Cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas,
respeitando seu período de férias;
32
10.Participar de eventos,cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando o aprimoramento profissional de sua
função;
11. Coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe o
devido destino, conforme exigências sanitárias;
12. Participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
Estado da Educação;
13. Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários
e famílias;
14. Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com demais segmentos da comunidade escolar;
15. Exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas
que concernem à especificidade de sua função.
6.5.4.2- Compete ao auxiliar operacional que atua na cozinha do estabelecimento:
1. Zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo
as normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;
2. Selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de
qualidade nutricional;
3. Servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e
segurança;
4. Informar o diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição
do estoque da merenda escolar;
5. Conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda
escolar, conforme legislação sanitária em vigor;
6. Zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da
merenda escolar;
7. Receber, armazenar e prestar contas de todo o material adquirido para a cozinha
e da merenda escolar;
8. Cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas,
respeitando o seu período de férias;
9. Participar de eventos,cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;
10. Auxiliar nos demais serviços correlatados à sua função, sempre que se fizer
33
necessário;
11. Respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de
preparação ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;
12. Participar da avaliação institucional, conforme orientações de Secretaria de
Estado da Educação;
13. Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
14.Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
15. Participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas de sua função.
6.5.4.3 Atribuições do auxiliar operacional que atua na área de vigilância da
movimentação dos alunos nos espaços escolares:
1. Coordenar e orientar a movimentação dos alunos, desde o início até o término
dos períodos de atividades escolares;
2. Zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as
normas disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes no estabelecimento de
ensino;
3. Comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à
segurança dos alunos;
4. Percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando os alunos
quanto às necessidades de orientação e auxílio em situações irregulares;
5. Encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os alunos que
necessitarem de orientação ou atendimento;
6. Observar a entrada e a saída dos alunos para prevenir acidentes e
irregularidades;
7. Acompanhar as turmas de alunos em atividades escolares externas, quando se
fizer necessário;
8. Auxiliar a direção, equipe pedagógica, docentes e secretaria na divulgação de
comunicados no âmbito escolar;
9. Cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas,
respeitando o seu período de férias;
10. Participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
34
própria desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;
11. Zelar pela preservação do ambiente físico, instalações, equipamentos e
materiais didático-pedagógicos;
12. Auxiliar a equipe pedagógica no remanejamento, organização e instalação de
equipamentos e materiais didático-pedagógicos;
13. Atender e identificar visitantes, prestando informações e orientações quanto
à estrutura física e setores do estabelecimento de ensino;
14. Participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
Estado da Educação;
15. Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
16. Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com demais segmentos da comunidade escolar;
17. Participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
7 Fundamentação
O presente Projeto Político Pedagógico além de estar fundamentado na legislação
vigente, procura ancorar-se nas seguintes concepções:
7.1 Concepção de Infância
A concepção de infância é uma noção historicamente construída e está ligada à
cultura que vivemos e a sociedade que criamos.
No momento atual a infância é a fase do ser humano em que a educação é um ato
de formação da criança para o futuro.
A infância, nesta perspectiva, deve ser compreendida como um m odo particular de
se pensar a criança desde o seu nascimento até o seu ingresso na puberdade, por volta
dos doze anos de idade.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), criança é considerada a
pessoa até os doze anos incompletos e tem a necessidade de uma educação formal que
lhe permita amadurecer de modo mais sadio.
O ensino fundamental de nove anos vem com um novo olhar sobre a criança e
considera o conhecimento que a criança já tem, ou seja, conhecimentos do âmbito social
de seu contexto, pois ela como participante da sociedade em que vive, aprende e é
35
influenciada por esta em seus conhecimentos e vivências, portanto, tem conhecimento,
não é alguém vazio, até porque a criança aprende com o mundo dos adultos e ressignifica
a realidade, o aprendizado que viveu a seu modo, para melhor atendê-lo.
Portanto, a educação deve pensar a infância e ainda suas práticas devem
favorecer o desenvolvimento da criança e valorizar esta etapa da vida.
7.2 Concepção de Adolescência
Adolescência é a fase do desenvolvimento humano que marca a transição entre a
infância e a idade adulta. É nela que a pessoa descobre a sua identidade e define a sua
personalidade.
Nesse processo, manifesta-se uma crise, na qual se reformulam os valores
adquiridos na infância e se assimilam uma nova estrutura mais madura.
Essa fase caracteriza-se por alterações em diversos níveis: físico, mental e social e
representa para o indivíduo um processo de distanciamento de formas de comportamento
e privilégios típicos da infância e de aquisição de características que o capacitem a
assumir os deveres e papéis sociais do adulto.
O desenvolvimento cognitivo é, ao lado das mudanças corporais, uma das
características mais marcantes da adolescência, razão pela qual o ensino fundamental,
nos anos finais, deve atender os anseios e as expectativas do aluno desta faixa etária.
7.3 Concepção de Homem
Segundo o Dicionário Aurélio, homem significa qualquer indivíduo pertencente à
equipe animal que apresenta maior grau de complexidade, sendo o homem o centro da
ordem social.
Na escala evolutiva, Weber coloca o homem como ser social, sendo responsável
por suas ações.
Na visão de Rousseau, o homem inicia sua ação de individualidade, passando de
criatura a criador e se vê responsável por si e pelo outro.
Assim, o homem é um sujeito condicionado pelo meio físico e social, é um ser livre,
capaz de decidir, além de produto e produtor das relações econômicas, sociais, culturais
e políticas, sendo o único ser dotado de uma personalidade exclusiva: que necessita de
afeto, compreensão, aceitação,
autoestima e autorrespeito.
O homem tem sua essência na busca de sua origem, destino, bem como seu lugar
36
no universo, questionando-se sobre o sentido do mundo e não somente agindo sobre o
mesmo.
7.4 Concepção de Sociedade
A sociedade brasileira vive um momento de rápidas transformações econômicas e
tecnológicas, ao mesmo tempo em que há avanços na cultura e na educação. Em função
de uma economia dependente, não se desenvolveu uma cultura e um sistema
educacional que pudessem alterar a economia, fazendo-a caminhar para a
autossuficiência. Embora a modernização brasileira tenha se efetivado de forma
surpreendentemente rápida, principalmente ocorrida pela importação de bens
tecnológicos e pela abertura da economia para o capital estrangeiro, não se fez
acompanhar da construção de uma consciência em torno de um desenvolvimento auto
sustentado. Ao lado de um progresso “milagroso”, a injusta distribuição de renda
marginalizou a sociedade, fazendo com que grande parte da população não possa fazer
valer seus direitos e seus interesses fundamentais, tornando cada vez mais agudo o
descompasso social. Esta sociedade vem usando como válvula de escape injustiças
como a violência na cidade e no campo, segregação racial, preconceitos, consumo de
drogas e outros. A solidariedade é pouco vivida nas comunidades, bem como os valores
culturais são pouco valorizados.
A sociedade brasileira precisa preocupar-se com o que temos e o que seremos
amanhã. A degradação está em toda parte, principalmente nos ambientes urbanizados,
nos quais se insere a maior parte da população brasileira e nos quais a fome, a miséria, a
injustiça social, a violência e a baixa qualidade de vida estão fortemente presentes. O
aumento do desemprego e as
mudanças no mundo do trabalho são outros aspectos que atingem a sociedade
brasileira. Demonstra-se a preocupação com o grande contingente de jovens, que,
mesmo com alguma escolarização estão mal preparados para compreenderem o mundo
em que vivem e nele atuarem de maneira crítica, responsável e transformadora e
especialmente serem absorvidos por um mercado de trabalho instável e cada vez mais
exigente.
7.5 Concepção de Escola
No âmbito escolar encontramos sujeitos marcados por práticas sociais e históricas,
e é a partir daí que se faz necessário o reconhecimento e a valorização das
37
características específicas e singulares e a atuação da escola deve ser de cunho
eminentemente pedagógico, de modo a garantir a transformação de si próprio e daqueles
que estão sob sua responsabilidade.
A escola está incumbida de promover ao educando a seleção de conteúdos e as
relações entre currículo formal, elaborado a partir das diretrizes da política educacional
vigente, incluindo o currículo oculto, dimensão implícita em que circulam os valores,
atitudes e normas de comportamento.
Diante desta conjuntura, fica clara a preocupação com a inclusão responsável
atendendo as expectativas da sociedade, para que a educação se posicione na linha da
frente contra as exclusões, contribuindo para a promoção e integração de todos os
brasileiros, voltando-se a construção da cidadania, não como meta a ser alcançada em
um futuro distante, mas como prática efetiva, trabalhada dentro da escola e no seio da
sociedade.
A escola deve gerar o conhecimento de tal forma, que a compreensão, integração
e inserção no mundo em que estamos inseridos torne a prática escolar comprometida
com a independência escola-sociedade. Isto posto, tendo como objetivo situar o
educando como participante ativo da sociedade,
apontando com clareza seu projeto educativo para que de fato possa constituir uma
unidade com maior grau de autonomia e que todos nela estejam imbuídos da sua
importância para a transformação da sociedade e o resgate dos conceitos de valorização
do ser humano.
Nessas condições, a escola precisa desenvolver trabalhos educativos e de
conscientização sobre a importância da educação e sobre a sua função.
7.6 Concepção de Educação
Educação é o ato consciente ou não de procurarmos entender o mundo, de
perpetuação de modos culturais e ajustamento de um membro à sociedade em que vive.
Visa a formação do cidadão autônomo que exerça com competência e dignidade,
seus direitos e deveres. Ela acontece por meio do processo ensino-aprendizagem quando
a educação é formal ou no dia a dia com a educação informal.
Na educação formal, a escola deve proporcionar uma educação de qualidade para
todas as camadas da população e quando falamos em educação de qualidade estamos
nos referindo ao exercício da cidadania onde as mudanças provocam um paradigma de
ideias e valores capazes de situar os membros de uma comunidade em seu determinado
38
contexto social, possibilitando a compreensão da realidade e a atuação a partir dos
valores comuns.
“A educação não pode se perder no mundo das reflexões, ela precisa ser ágil para se mover, para criar paradigmas próprios que lhe garantam um saber de qualidade e compromissada com o desenvolvimento atual, mas , sobretudo e acima de tudo, como compromisso na (re) construção da cidadania.” (SILVA, p. 63)
No nosso P.P.P. reafirmamos que a educação tem que ser construtiva, o que
compromete a criação de meios que levem ao desafio de formar o cidadão como sujeito
histórico, competente e inovador, merecedor de respeito e consideração. É necessário
também que os planejamentos de projetos e programas de educação sejam
compromissados com a participação de todos. Para que a tomada de decisões seja
fundamental para o bom desempenho da instituição, a educação deve proporcionar a
emancipação humana no sentido mais amplo, o pleno desenvolvimento do educando e a
sua consciência enquanto sujeito capaz de construir e direcionar seu projeto de vida.
7.7 Concepção de Cultura
A palavra cultura vem do latim colere, que significa cultivar. Logo cultura é o todo
complexo que incluí o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e
todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade.
A cultura também é associada a altas formas de manifestações artísticas e/ou
técnicas da humanidade.
Por ter sido associada ao conceito de civilização, a cultura muitas vezes se
confunde com noções de desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta e
comportamentos de elite.
No contexto filosófico, que é o adotado por essa escola, cultura é um conjunto de
conhecimentos teóricos e práticos que se aprende e se transmite aos contemporâneos e
os vindouros.
A cultura é o resultado dos modos como os diversos grupos humanos foram
resolvendo os seus problemas ao longo da história.
A cultura é um fator de humanização. O homem só se torna homem porque vive no
seio de um grupo cultural; pois, a cultura é um sistema de símbolos compartilhados com
que se interpreta a realidade e que conferem sentido à vida dos seres humanos.
7.8 Concepção de Trabalho
39
Em uma perspectiva materialista histórico-dialética, o trabalho é a fonte de toda
riqueza, fonte também de prazer e de realização humana.
O trabalho é a atividade pela qual o homem domina as forças naturais, humaniza a
natureza; é a atividade pela qual o homem se cria a si mesmo, é a condição natural para
a realização do ser humano.
A concepção de trabalho pedagógico feito nesta escola faz referência a uma noção
ampliada do trabalho desenvolvido pelo professor e aluno e de suas possibilidades de
articulação entre a estrutura sócio-politica e o cotidiano da docência nos espaços
escolares, onde o que importa é a prática da docência: observar o fazer, aprender como
fazer e o fazer dos alunos.
7.9 Concepção de Tecnologia
Tecnologia é um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e as
ferramentas, processos e materiais criados ou utilizados a partir de tal conhecimento.
O termo tecnologia também pode ser usado para descrever o nível de
conhecimento científico, matemático e técnico de uma determinada cultura.
Paulo Freire (1968) entendia a tecnologia como uma das “grandes expressões da
criatividade humana” e como a “expressão natural do processo criador em que os seres
humanos se engajam no momento em que forjam o seu primeiro instrumento com que
melhor transformam o mundo”.
A tecnologia como prática humana não é neutra. Pelo contrário, ela é permeada
pela ideologia. Ela tem um fim determinado, serve a um grupo de pessoas, é intencional e
não produz nem se usa sem uma visão de mundo, de homem e de sociedade que a
fundamente. Por isso, o educador deve conhecer as tecnologias e fazer uso favorável
delas em sua práxis pedagógica.
7.10 Concepção de Cidadania
Devemos compreender a cidadania, como a participação do indivíduo na vida
social e política do meio onde vive, bem como exercer seus direitos e deveres políticos,
civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às
injustiças, respeitando o outro, e exigindo para si o mesmo respeito. Faz-se necessário,
posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações
sociais, utilizando-se do diálogo como forma de mediar conflitos e tomar decisões
coletivas.
40
Hoje em dia, não basta visar capacitação dos alunos para futuras habilitações nas
especializações tradicionais. Trata-se de ter em vista a formação dos estudantes para o
desenvolvimento de suas capacidades, em função de novos saberes que se produzem e
que demandam de um novo indivíduo. O currículo escolar deve absorver, os conteúdos,
de forma que se criem meios, para que os alunos desenvolvam as capacidades que lhes
permitam produzir bens culturais, sociais e econômicos e deles usufruir., exercendo,
desta forma, a sua cidadania.
7.11 Concepção de Conhecimento
O conhecimento é um processo humano, histórico, incessante de compreensão, de
organização, de transformação do mundo vivido, segundo Paulo Freire.
Só o homem, por ser pensante, pode ser sujeito do conhecimento, que é também
uma ação humana atrelada ao desejo de saber.
Nesta escola leva em conta que a teoria dialética do conhecimento deve estar a
serviço de e para uma ação transformadora, por isso deve-se respeitar a caminhada de
cada aluno e do grupo, visto que é uma aprendizagem necessária e fundamental numa
vivência dentro de uma perspectiva interdisciplinar, sendo necessário eliminar as barreiras
que se criam entre alunos para o estabelecimento de uma relação dialógica.
Se tomarmos o homem, em sua história evolutiva, foi só depois de muitas
experiências que ele começou a acumular conhecimentos que serviam para resolver
problemas de sua existência diária. Foi juntando estes conhecimentos que eram
repassados ao longo da história, que o homem chegou no estágio em que está, porém o
conhecimento não é algo que esteja pronto e acabado.
7.12 Concepção de Ensino-Aprendizagem
A escola democrática busca o enfoque na qualidade das relações humanas
existentes, promovendo uma relação de cooperação, diálogo, autonomia, ou seja,
capacidade de pensar sem repressão. Se temos como objetivo tornarmos nossos alunos
seres democráticos, é necessário que proporcionemos oportunidades de praticar a
democracia falando o que pensam, submetendo suas idéias ao julgamento dos outros,
fazendo escolhas e assumindo as consequências.
O espaço escolar tem que oferecer ao educando um ambiente no qual se sinta
valorizado e respeitado, para que o mesmo em sua relação com os outros consiga
promover o seu crescimento na tomada de decisões e consciência sobre valores num
41
movimento de afirmação de autonomia.
Segundo Freire, “O educador e a educadora críticos não podem pensar que, a
partir do curso que ministram podem transformar o país. Mas podem demonstrar que é
possível mudar. E isto reforça nele ou nela a importância de sua tarefa político-
pedagógica.” (1997, p. 127). Caracteriza-se assim, a escola, como o espaço de
diversidades, tendo que afirmar os valores de acordo com princípios, estimulando a
participação na construção da aprendizagem de acordo com uma série de condutas que
levem o professor juntamente com o aluno à ampliação do conhecimento de si mesmo,
possibilitando o desenvolvimento das atitudes desejáveis. Do ponto de vista ético, é
fundamental, que o professor ao planejar suas atividades, selecione conteúdos que
despertem a curiosidade pelas diferentes formas de organização social e cultural
existentes no mundo e pelos diferentes valores que sustentam o convívio, na escola, no
lar e fora deles. Para isto, é necessário que os valores estejam presentes no processo
educativo tais como: respeito mútuo, solidariedade, diálogo...
Na escola o desenvolvimento de atitudes solidárias tem que ser concretizada pelo
ensino, contemplando a valorização de atitudes como o aprendizado de formas concretas
de atuação no âmbito político e comunitário. Refletindo os valores presentes e os
princípios a serem assumidos por todos.
Destacamos aqui, a importância sobre as informações e a preparação dos
educandos para receber os colegas que são portadores de deficiência, direcionando para
aceitação de dificuldades e para valorização das diferenças e da cooperação. Isto nos
mostra que o educando precisa desenvolver o compromisso da cidadania e que coloque
acima de tudo a busca por justiça. Por isso é importante que se promova dentro da escola
o debate de opiniões, formulação de situações-problema, analisando as hipóteses
levantadas, as opiniões diferenciadas, promovendo assim a construção de conhecimentos
e contribuindo para a conquista da autonomia moral e intelectual
dos educandos.
7.13 Concepção de Avaliação
Quanto a avaliação, a escola fundamentou-se em Libâneo (2001, p.199), que diz
que “a avaliação é um termo que diz respeito a um conjunto de ações voltadas para o
estudo sistemático, um processo, um evento, uma pessoa visando a emitir um juízo
valorativo”. Essas ações resultam na coleta de dados e informações para saber se os
objetivos previstos estão sendo atingidos.
42
Entende também que a avaliação institucional visa a obtenção de dados
quantitativos e qualitativos sobre os alunos, professores, a estrutura organizacional, os
recursos físicos e materiais, as práticas de gestão, a produtividade dos cursos e dos
professores. A acadêmica visa a produção de informações sobre os resultados da
aprendizagem escolar em função do acompanhamento e revisão das políticas
educacionais, do sistema escolar e das escolas. Portanto, a avaliação é um processo que
deve ocorrer durante todo o período de ensino e aprendizagem, nunca ocorrendo
somente ao fechamento de grandes etapas de trabalho.
A avaliação deve estar a serviço das funções sociais da escola, dos objetivos de
ensino, do projeto político pedagógico da escola, do currículo e das metodologias.
As expectativas de aprendizagem que se têm para os alunos, devem ser
claramente expressas nos objetivos e nos critérios de avaliação propostos. Assim,
devemos ter clareza de que será considerado o testemunho de aprendizagem. Das
diferenças entre os critérios de avaliação e os indicadores expressos na produção dos
alunos, surge o objetivo do valor.
A avaliação subsidia o professor com elementos concretos, para uma reflexão
contínua sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a
retomada de conteúdos que devem ser revistos. Para a escola, possibilita definir
prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam de maior apoio.
A avaliação deve ser compreendida como elemento integrador, entre o ensino e a
aprendizagem, que envolve vários aspectos:
• O ajuste e a orientação pedagógica, para que o aluno aprenda da melhor forma;
• Obtenção de informação sobre os objetivos que foram alcançados;
• Obtenção de informação sobre o que foi aprendido e como;
• Reflexão contínua para o professor, sobre sua prática pedagógica;
• Tomada de consciência de seus avanços, dificuldades e possibilidades.
7.14 Concepção de Currículo
“O conhecimento deve ser uma rede de relações no qual o educador ajuda os
jovens a fazer as conexões necessária”, afirma Kátia Stocco Smole. Assim, o educador
deve estabelecer em seu planejamento, conteúdos com objetivos reais do cotidiano,
dando a importância para a formação crítica e independente que se desenvolve nos
educandos, as habilidades necessárias para a sua prática social, para serem cidadãos
que saibam analisar, decidir, planejar, expor suas ideias e ouvir os outros.
43
Os conteúdos e o tratamento que a eles devem ser dado assume papel
fundamental, uma vez que é por meio deles que os propósitos da escola se realizam.
Desta forma, a seleção e a organização interdisciplinar que será dado aos conteúdos,
devem ser procedidos de grande discussão pela equipe escolar. A seleção dos conteúdos
deve levar em conta, a relevância social e sua contribuição efetiva para o
desenvolvimento intelectual do aluno. Na escolha dos conteúdos devemos levar em
conta, não somente os conteúdos de natureza conceitual, mas também os de natureza
procedimental e atitudinal.
O currículo articulando os diversos saberes, proporcionará oportunidades de
conhecer, aplicar e transformar as realidades em que alunos, professores e comunidade
escolar se inserirem, dando sentido às realidades vividas e estudadas.
7.15 Concepção de Letramento
O termo letramento passou a integrar o discurso de especialistas do cenário
educacional brasileiro a partir de 1986.
A alfabetização que é a aquisição do código da leitura e da escrita pelo sujeito, é o
pré-requisito para o letramento que constitui-se na apropriação e uso social da leitura e da
escrita pelo sujeito.
Para ser considerado letrado ou em processo de letramento o sujeito precisa no
mínimo ser alfabetizado, ou seja, ter adquirido a tecnologia da leitura e da escrita, pois o
termo letramento, desde a sua origem até as suas mais variadas concepções, está
relacionado com a escrita.
Esta escola adota a concepção de letramento como um mecanismo capaz de levar
o sujeito a organizar seu pensamento de forma sistematizada, levando-o à reflexão crítica
e assim viver sua cidadania com possibilidade de provocar transformações sociais.
Portanto, a escola é o ambiente de letramento e os professores são os agentes.
7.16 Concepção de Gestão Escolar – Mecanismos de Gestão
A presença da gestão democrática naLei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional nº 9394/96 foi sem dúvidas uma grande conquista para as escolas.
A gestão democrática de acordo com Dourado(1998) é um processo de
aprendizado e de luta que vislumbra nas especificidades da prática social e em sua
relativa autonomia, a possibilidade de criação de meios de efetiva participação de toda a
comunidade escolar na gestão da escola.
44
A escola, tendo uma gestão democrática, busca o enfoque na qualidade das
relações humanas existentes, promovendo uma relação de cooperação, diálogo,
autonomia, ou seja, capacidade de pensar sem repressão.
Se temos como objetivo tornarmos nossos alunos pessoas democráticas, é
necessário que proporcionemos oportunidades de praticar a democracia falando o que
pensam, submetendo suas ideias ao julgamento dos outros, fazendo escolhas e
assumindo as consequências.
A gestão democrática é um princípio estabelecido pela legislação vigente e
abrange as dimensões pedagógica, administrativa e financeira da escola, preocupando-se
em instaurar uma forma de organização do trabalho escolar que supere s conflitos e
rompa com as relações competitivas e autoritárias, garantindo, dessa forma, que se
concretize a educação de qualidade.
A gestão democrática exige uma ruptura histórica na prática
administrativa da escola, bem como exige a compreensão em profundidade dos
problemas postos pela prática pedagógica. Leva ao repensar da estrutura de poder da
escola, tendo em vista sua socialização e inclui, necessariamente, a participação dos
representantes de todos os segmentos da escola nas
decisões e ações desenvolvidas.
8 Proposição de Ações
A escola, tendo uma gestão democrática, busca o enfoque na qualidade das
relações humanas existentes, promovendo uma relação de cooperação, diálogo,
autonomia, ou seja, capacidade de pensar sem repressão.
Diante do exposto, propões as seguintes ações:
8.1 Linhas de Ação com Base no Diagnóstico
Frente ao diagnóstico constatado, a escola tem procurado desenvolver um trabalho
em parceria com as famílias dos alunos, buscando, desta forma resolver problemas
apresentados tanto na escola, como no entorno, com o apoio dos pais ou responsáveis
pela tarefa de educar os alunos.
Além das reuniões feitas para a entrega de boletins e acompanhamento do
rendimento escolar dos alunos, a escola se propõe a promover atividades como palestras
educativas e encontros para a comunidade escolar, envolvendo assuntos que possam
fortalecer o comprometimento dos participantes para com o rendimento escolar dos
educandos.
45
Procura-se abordar temas indispensáveis à educação de nossas crianças e
adolescentes como: ECA, violência, segurança, prevenção ao uso abusivo de drogas,
indisciplina escolar, bullyng e outros assuntos que contribuam com o aprimoramento da
educação.
Para garantir um bom desempenho escolar dos alunos a escola oferece, neste ano,
em contra turno, salas de apoio de português e matemática para as 5ªs séries e
português para as 8ªs séries.
Para prevenir e preparar cidadão com uma sexualidade responsável e sadia e sem
riscos, a escola oferece o projeto Adolescência com Ciência, com a finalidade de orientar
e fornecer informações sobre a temática.
E, partindo do princípio que o aluno que pratica esportes não tem tempo de ficar na
rua, a escola oportuniza treinamento na modalidade de voleibol, além de encaminhar
alunos para as escolinhas esportivas municipais.
Todo este trabalho que vem sendo realizado está voltado para a melhoria do
processo ensino-aprendizagem e a vivência da cidadania dos alunos.
8.2 Forma do Processo de Avaliação e seu registro – Critérios e instrumentos
utilizados
A Escola Estadual Professora Matilde Baer – Ensino Fundamental tem como
concepção de avaliação o elo entre o ensino e a aprendizagem, e isso, deverá levar o
professor a refletir continuamente sua prática, reorganizando sua metodologia e fazendo
com que o estabelecimento defina prioridades sobre as ações educacionais. Por
isso, serão adotados os seguintes procedimentos avaliativos:
• A avaliação deve ser um dos parâmetros do ensino que encaminhará o professor a
rever e interpretar os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho;
• A avaliação obedecerá à ordenação e sequência do processo de ensino e
aprendizagem e a orientação do plano curricular;
• A avaliação servirá para diagnosticar falhas de conteúdos, dando condições ao
professor de tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento de situações de
aprendizagem, para reformulação dos currículos e métodos de ensino sempre que
se fizer necessário. A realidade individual do aluno e o domínio de conteúdos
necessários determinarão os procedimentos a serem adotados;
• A avaliação traduzirá um trabalho cooperativo entre direção, equipe pedagógica e
46
corpo docente, buscando o apoio dos pais para a motivação de seus filhos, quanto
à sua aprendizagem;
• A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o
desempenho do aluno em diferentes experiências de aprendizagem;
• Como instrumentos e técnicas de avaliação serão utilizados: testes de
aproveitamento orais e escritos, tarefas específicas, trabalhos de criação, trabalhos
de pesquisa, discussões, observações, experimentações, relatórios, debates,
exposições.
A avaliação, para que efetivamente cumpra sua finalidade, deverá ser diária,
contínua, permanente e acumulativa. A avaliação deve utilizar procedimentos que
assegurem a comparação entre os parâmetros indicados, no plano curricular, evitando-se
a comparação entre educandos. Deverão preponderar os aspectos qualitativos da
aprendizagem, dando-se maior importância à atividade crítica, à capacidade de síntese e
a elaboração pessoal sobre a memorização. Portanto, não significa verificar a reprodução
do conhecimento trabalhado nas aulas e, sim, problematizar, analisar o
posicionamento e a postura do aluno frente ao saber.
Na avaliação serão considerados os resultados obtidos durante um período
bimestral, num processo contínuo cujo resultado final venha a incorporá-los, expressando
a totalidade do aproveitamento escolar.
O resultado do processo avaliativo será expresso através de notas, numa escala de
0,0 (zero) a 10,0 (dez), somadas todas as avaliações, obtem-se a média bimestral. No
final do período letivo será calculada a média final dos alunos, somando-se os resultados
bimestrais e dividindo o total por 04 (quatro), ou seja,
MA= nota 1o B + nota 2o B + nota 3o B + nota 4o B = 6,0
4
O rendimento mínimo para aprovação do educando é de 6,0 (seis), a avaliação
assim elaborada e colocada em prática, deverá ser registrada em documentos próprios, a
fim de ser assegurado a regularidade e autenticidade da vida escolar do aluno.
As disciplinas de Educação Física e Artes do Ensino Fundamental serão objeto de
avaliação conforme critérios adotados para os demais componentes curriculares.
A disciplina de Ensino Religioso sendo facultativa, não se constituirá em objeto de
reprovação. Conforme o inciso IV do Art. 24o da Lei 9394/96, o aluno será obrigado a
uma frequência mínima de 75% do total de aulas dadas, estando assim aprovado.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
47
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
8.3 Procedimentos de Intervenção Pedagógica
8.3.1 Recuperação de Estudos
Este estabelecimento, obedecendo a Lei 9394/96, adota a recuperação paralela
aos conteúdos, feita no período regular, sempre que o aluno tirar nota inferior a 60% do
valor concebido ao instrumento avaliativo utilizado.
Com a recuperação paralela, os alunos com baixo rendimento serão reavaliados, e,
a revisão permitirá saber se houve a recuperação pretendida, consequentemente será
feita a revisão dos resultados anteriores, como estímulo ao compromisso com o processo.
A reavaliação ocorrerá paralelamente e deve ser feita quando detectado a
deficiência de aprendizagem do educando. Tão importante quanto “o que” e “como”
avaliar, são as decisões pedagógicas para recuperação do educando, elas orientam a
reorganização da prática educativa do professor no seu dia-a-dia e as ações de
acompanhamento individualizado do educando.
A recuperação poderá acontecer de formas diferenciadas, dependendo das
propostas curriculares de cada disciplina, e respeitando suas peculiaridades.
Ao final de cada bimestre ou extraordinariamente, reunir-se-ão os componentes do
Conselho de Classe, que são: Direção, Equipe técnica-pedagógica, Professores, um
representante do Conselho Escolar e um representante dos pais de alunos, para o
acompanhamento do processo de avaliação do estabelecimento.
8.3.2 Conselho de Classe e os Critérios Utilizados
Caberá ao Conselho de Classe o acompanhamento do processo de avaliação do
Estabelecimento. Debater e analisar todos os dados intervenientes à aprendizagem de
cada educando. Discutir propostas para melhoria da aprendizagem e resolução de
problemas que por ventura possam vir a ocorrer entre professor e aluno.
Avaliar as diferentes capacidades dos alunos. Os conteúdos curriculares
ministrados no Estabelecimento. Contrastar os dados obtidos e observar a transferência
das aprendizagens em contextos diferentes.
A observação dos avanços e da qualidade da aprendizagem alcançada pelos
alunos ao final de um período letivo (bimestre), ou de um ano.
As decisões do Conselho de Classe serão soberanas e deverão assegurar a
48
manutenção dos critérios avaliativos.
8.3.3 Processo de Promoção, Classificação e Reclassificação
A classificação é o procedimento que o estabelecimento de ensino adota para
posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade, experiência e
desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais, podendo ser realizada:
• Por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série anterior,
na própria escola;
• Por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do
exterior, considerando a classificação da escola de origem;
• Independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar
o aluno na série, compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência,
adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as
seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais:
• Organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para
efetivar o processo;
• Proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
• Comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para
obter o respectivo consentimento;
• Arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
• Registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
A Reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o
grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em
conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível
com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre o seu
Histórico Escolar.
Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série/disciplina,
dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de
reclassificação.
49
A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno e/ou seus
responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de obter o
devido consentimento.
A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela equipe do
Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações emanadas da
Secretaria de Estado da Educação, a fim de discutir as evidências e documentos que
promovem a necessidade da reclassificação.
Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões, anexando
os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para que sejam
arquivados na Pasta Individual do aluno.
O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica, durante
dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.
O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e integrará a
Pasta Individual do aluno.
O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo estabelecimento de
ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à Secretaria de Estado da
Educação.
A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.
O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com Progressão
Parcial.
As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas
serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
Os estudos concluídos com êxito serão aproveitados.
A carga horária efetivamente cumprida pelo aluno, no estabelecimento de ensino
de origem, será transcrita no Histórico Escolar, para fins de cálculo da carga horária total
do curso.
A avaliação para fins de aproveitamento de estudos será realizada conforme os
critérios estabelecidos no Plano de Curso.
A Escola Estadual Professora Matilde Baer adotará 5 (cinco) formas diferenciadas
de avaliação no decorrer do bimestre, podendo ser atividades desenvolvidas em grupo,
trabalhos individuais, atividades extra-classe, produções, participação-envolvimento de
acordo com a realidade de cada disciplina.
Serão atribuídos o valor máximo de 2,0 (dois vírgula zero) para cada atividade na
qual obteremos o total ao final do bimestre:
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Fórmula 2,0 (dois vírgula zero) + 2,0 (dois vírgula zero) + 2,0 (dois vírgula zero) +
2,0 (dois vírgula zero) + 2,0 (dois vírgula zero) igual a 10,0 (dez vírgula zero).
A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica
desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica Curricular,
para que o aluno possa seguir o novo currículo.
A adaptação de estudos será feita pela Base Nacional Comum.
Na conclusão do curso, o aluno deverá ter cursado, pelo menos, uma Língua
Estrangeira Moderna.
A adaptação de estudos será realizada durante o período letivo.
A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da equipe
pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o aluno está sujeito,
elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno.
Ao final do processo de adaptação, será elaborada Ata de resultados, os quais
serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no Relatório Final.
8.4 Aprimoramento da Prática Pedagógica – Formação Continuada
É o aprimoramento profissional do pessoal docente, técnico-
administrativo no próprio contexto de trabalho. É a chave para o efetivo aprendizado e
melhoramento da performance dos alunos e da escola.
A formação continuada caracteriza-se pela pela capacitação pedagógica dos
professores, do pessoal administrativo e de apoio, sem precisarem se afastar do trabalho.
Ela é voltada para a formação dos recursos humanos, de maneira a interferir
positivamente na qualidade da educação e da escola.
Os educadores estão sendo desafiados a mudar e a inovar sua prática educativa
com o intuito de atender às necessidades da atual sociedade, pois se faz necessário um
profissional habilitado e capacitado para desenvolver diversas atividades de maneira
contextualizada, dinâmica, significativa e interdisciplinar, para assim garantir uma
aprendizagem significativa aos educandos.
A instituição escolar tem como meta destacar a importância da formação
continuada para professores atuantes, a fim de refletirem criticamente sobre o seu papel e
sua prática pedagógica, investigando, selecionando e assimilando ideias, coletivamente.
Sendo assim, propomos: oportunizar as participações nos encontros pedagógicos,
previstos pelo NRE/SEED, também promover encontros pedagógicos, previstos em
calendário, sob a responsabilidade da equipe pedagógica e direção, onde os professores
51
serão colocados a par das novidades relacionadas com a educação, além de leis, projetos
e outros referenciais, num momento especial para compartilhar experiências e
promover a autoestima.
Quanto aos funcionários, estes se reunirão periodicamente com
orientações e informações relevantes aos seus interesses, em encontros que promovam a
valorização da autoestima e a capacitação para o trabalho, atendendo a qualificação
profissional e objetivando a prática social voltada para a intervenção superadora da
realidade com intuito de uma sociedade mais justa e humana.
8.5 Como se dará a articulação do estabelecimento com a comunidade e a
atração da equipe multidisciplinar, entre outras situações previstas na legislação
educacional
O estabelecimento de ensino procura estabelecer uma relação de parceria com a
comunidade, visto que o foco, os alunos, trazem suas vivências na comunidade, as
transformam e voltam para sua família, refletindo suas experiências no espaço escolar.
Há uma troca de vivências, pois a escola não existe isolada.
No intuito de enfrentar algumas situações adversas do dia a dia da escola, a equipe
multidisciplinar vem trabalhar junto da comunidade as questões de enfrentamento ao
preconceito, realizando um trabalho de mediação na elaboração do Plano de Trabalho
Docente, subsidiando professores , equipe pedagógica, gestores, funcionários, alunos e
Conselho Escolar na realização de enfrentamento ao preconceito, descriminação e
racismo no ambiente escolar.
8.6 Projetos Específicos da Escola
A escola desenvolverá os seguintes projetos:
8.6.1 Projeto de Leitura
Justificativa:
Devido à alta defasagem no ensino público desde as séries iniciais, a qual é
agravada pela grande influência da mídia (rádio, televisão), observa-se a falta de pré-
requisitos para a apreensão e compreensão do que se lê, para o desenvolvimento da
52
escrita e da oralidade, o que gera desinteresse e desmotivação no aluno para realizar as
atividades escolares propostas.
Tendo percebido em nossa instituição que nossos alunos possuem dificuldades de
leitura, escrita e interpretação e o descontentamento que isso gera em nossos
profissionais de educação, decidiu-se desenvolver um projeto visando melhorar a referida
situação.
Através do presente projeto esperamos que nossos alunos possam desenvolver o
gosto pela leitura, o que poderá levá-los à uma melhor interpretação do que leem e ao
aprimoramento de sua escrita e oralidade.
Objetivos:
- Despertar o interesse para a leitura;
- Desenvolver o hábito da leitura e da escrita;
- Transformar a prática semanal da leitura, escrita e interpretação numa ação
educativa e prazerosa;
- Proporcionar, através das leituras de textos variados, a ampliação do
vocabulário e sua concepção;
- Favorecer, através dos momentos de aprendizagem, a expressão oral, escrita, a
correção ortográfica.
- Desenvolver a criatividade e o senso crítico.
Fundamentação teórica:
A leitura é parte essencial do trabalho, do empenho, da perseverança, da
dedicação em aprender. No entanto, o ato de ler nem sempre é agradável, seja pelo
conteúdo, pela forma do texto, pelas habilidades requeridas (atenção, concentração), pelo
nosso momento emocional ou pelos interesses que nos motivam, nem sempre atendidos
pelo texto.
Contudo, agradável ou não, prazerosa ou não, confortável ou não, ela se faz
necessária e indispensável para a aprendizagem em qualquer nível e qualquer
circunstância, seja na escola ou fora dela, em grupo ou só.
Não se pode separar a fala, a leitura, a criação e a escrita, pois são partes de um
mesmo método, elos de uma mesma corrente. Cabe, portanto, ao professor, promover um
encontro estimulante do aluno com o texto, não esquecendo de que a leitura só se realiza
plenamente quando se estabelece uma ligação entre o leitor e o que se lê, adicionando a
53
ela toda experiência de vida possível. Mas isso só pode ser feito através da leitura em
sentido mais amplo, não como uma simples decodificação de símbolos gráficos.
Tão importante quanto a leitura é a expressão oral do aluno, que deve ser
valorizada independentemente da variante linguística em que se manifeste (seja balde ou
“barde”, vamos ou “vamo”), pois a fala reflete a bagagem existencial do emissor e a leitura
que ele faz do mundo que o cerca.
Sendo assim, é necessário que todos os envolvidos com a educação unam forças
e trabalhem juntos em prol do mesmo objetivo, que é o de tornar os educandos, através
da leitura, escrita e oralidade, pessoas críticas e com autonomia para viver melhor em
sociedade.
Metodologia:
O projeto será executado através da interdisciplinaridade, sendo que professores e
alunos estarão envolvidos, realizando a leitura de diferentes textos, a integração, a
expressão oral, escrita e a correção ortográfica, pretendendo-se uma significativa melhora
no desempenho integral do aluno.
Cronograma:
Será realizado semanalmente, com textos variados que podem ser aproveitados
por todas as disciplinas do currículo.
Avaliação:
Será feita de forma contínua, através da observação, participação, desempenho,
interesse e envolvimento com as atividades propostas.
REFERÊNCIAS:
RANGEL, Mary. Dinâmicas de leitura para sala de aula. 15a ed. Petrópolis, Rio
de Janeiro: Vozes, 2001.
ROSA, Riche; HADDAD, Luciane.: Oficina da palavra: ler e escrever bem para
viver melhor! 5a ed. São Paulo: FTD, 1994
8.6.2 Cidadania em dia
54
Justificativa:
Com a expansão da cidade em direção as periferias, que tem na maioria da sua
população evadidos da zona rural e excluídos sociais (má distribuição de renda) detectou-
se um grande problema de ser estrangeiro em sua própria cidade. Constatamos que a
maioria dos nossos alunos não possui uma “Identidade Histórica”, isto é, não conhecem o
passado, nem o presente de sua cidade não podendo assim ser um dos autores do seu
futuro.
Eles não conhecem o passado histórico de Castro, ignoram a sua realidade atual
(pontos históricos, culturais, turísticos ou mesmo outros bairros mais distantes), ficando
reféns da limitação do seu próprio bairro.
A escola tem consciência da importância do indivíduo saber se situar no tempo e
no espaço e daí partir como co-autor da própria história.
Assim os professores das disciplinas: História, Português, Geografia e Artes das 8a
séries uniram-se para concretizar este projeto que será feito através de textos explicativos
e folders, viagens aos locais selecionados, trabalhos realizados e posteriores avaliações.
Objetivos:
- Conhecer a história de Castro na teoria e na prática;
- Expressar a história de Castro através da escrita e do desenho;
- Localizar-se e deslocar-se dentro de Castro;
- Agilizar a interdisciplinaridade escolar;
- Auxiliar o aluno a ser co-autor da própria história;
- Demonstrar a importância da preservação do patrimônio histórico.
Fundamentação teórica:
A ocupação e colonização dos Campos Gerais do Paraná ocorreram a partir do
início do século XVIII, visto que, no período anterior, o território era ocupado por índios
dos troncos linguísticos tupi e gê e a penetração no interior, pelo civilizado, em forma
de entradas e bandeiras, destinava-se apenas à posse da terra, à procura de metais e
pedras preciosas e apresamento dos silvícolas.
A abundância de pastagens em forma de campos nativos e de capões de mato de
florestas araucária, favorecia a atividade pastoril, atraindo os criadores de gado bovino e
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tropeiros. Pelo regime sesmarias, a Coroa Portuguesa concedia vastas extensões de
terras às famílias que pretendessem aqui se fixar.
Para realizar o trabalho de desbravamento, disputando o território com índios
bravios, o sesmeiro contava com um grupo de pessoas formado por familiares, parentes,
agregados, índios amansados e escravos de origem africana.
Metodologia:
O presente trabalho será desenvolvido através da fundamentação teórica em sala
de aula. Posteriormente, passeios aos pontos turísticos e históricos.
A sistematização será feita através de: relatórios, ilustrações, pesquisas, cartazes,
etc.
Avaliação:
Pelo conhecimento demonstrado pelos nossos alunos após as excursões
expresso através de desenhos, textos e relatos. Também através de conversas e
observações dos alunos.
Cronograma:
Os passeios serão realizados a partir do 2º bimestre durante o ano letivo e
obedecerão a seguinte escala:
• 2º Bimestre --> Fazenda Capão Alto
• 3º Bimestre --> Centro Histórico de Castro – Casa da Cultura, Museu do Tropeiro,
Igreja Matriz Nossa Senhora Sant’Ana, Casa da Praça, Casa da Sinhara, Artecastro.
• 4º Bimestre --> Colégio Agrícola Estadual Olegário Macedo.
REFERÊNCIAS:
BORBA, Oney B. Os Iapoenses. 2o ed. Curitiba, Litero-Técnica, 1986.
ROSAS, José Pedro Novaes. A Fundação da Cidade de Castro. Curitiba, Gráfica
Vicentina.
LAVALLE, Aída Mansani. Nos tempos da Província, Kugler, 1992.
56
BUENO, Fidelis. Pouso do Iapó: contribuição à história de Castro. Castro, 2002.
8.6.3 Valores
Justificativa:
A nossa escola situa-se na periferia, onde a comunidade enfrenta problemas com
violência física, moral e simbólica. Portanto, há uma preocupação da escola em
desenvolver este projeto visando resgatar valores, para que o jovem aprenda a repudiar
atitudes violentas e possa prevenir-se contra elas, tornando-se assim um cidadão
consciente, atuante e modificador da sociedade.
Objetivos:
- Compreender que as pessoas precisam respeitar e ser respeitadas;
- Valorizar os conceitos de justiça, respeito e solidariedade, para que os mesmos
sejam vivificados e compreendidos por toda comunidade escolar;
- Respeitar o diálogo como instrumento de cooperação, expondo as próprias ideias,
além de também aceitar argumentos do outro e sabendo rever pontos de vista sempre
que necessário;
- Levar alunos a adotar uma postura na escola, em casa e em sua comunidade,
que os leve a interações construtivas, justas, ambientalmente sustentáveis;
- Aproveitar-se das informações para desenvolver o senso crítico e tornar o aluno
um cidadão crítico,participativo e consciente na sociedade familiar e comunitária.
Fundamentação teórica:
Faz-se necessário desenvolver ações que tenham como foco os fatores de risco e
proteção voltados ao indivíduo, à família e à escola, bem como proporcionar momentos
de reflexão, debate e conscientização dos estudantes a respeito do pleno exercício de
sua cidadania conforme o proposto pelo Decreto no 4588 de 05 de abril de 2005.
Metodologia:
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Este projeto será desenvolvido interdisciplinarmente, com atividades teóricas e
práticas, como: palestras, textos, vídeos, filmes, músicas, dinâmicas, teatro,
dramatização, cartazes, produções escritas, painel, etc.
Avaliação:
A avaliação será contínua, através da observação das atividades realizadas pelos
alunos e pelas atitudes no decorrer do projeto.
Cronograma:
1º bimestre – Responsabilidade
2º bimestre – Autoestima
3º bimestre – Respeito
4º bimestre – Cidadania Plena
O planejamento é flexível, podendo adequar-se às necessidades urgentes.
REFERÊNCIAS:
CORREA, Arulino Antonio. Educação Moral e Cívica v. I e II.
DIMENSTEIN, Gilberto. Educação Moral e Cívica para uma Geração
Consciente. Editora Saraiva – 1a e 2a. Graus.
ENGELHARDT, Lisa. O que é certo e o que é errado .Coleção Terapia infantil.
CATRIM, Gilberto. DSPB – Organização Social e Política do Brasil: para uma
geração consciente editora Saraiva. 6a edição – 1a e 2a Graus.
LUCCI, Elian Alabi. Educação moral e Cívica. Editora Saraiva – 1a volume.
8.7 Como a escola contemplará os seguintes Conteúdos Obrigatórios:
8.7.1 História do Paraná – Lei nº 13.381/01
A Lei Estadual 13381/01 torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio, o
estudo de conteúdos da disciplina de História do Paraná, com o objetivo de formar
58
cidadãos conscientes da identidade, da potencialização e da valorização do Estado em
que vivemos.
Em atendimento a esta lei, nossa escola distribui estes conteúdos aliados aos
conteúdos curriculares da disciplina de História, que são trabalhados nas quatro últimas
séries do Ensino Fundamental.
A História do Paraná sendo um domínio de estudos da História do Brasil, pode ser,
portanto, trabalhada juntamente com os tópicos de História, visto que o procedimento
metodológico também pode ser o mesmo.
Como os Conteúdos Estruturantes das disciplinas são os conhecimentos de grande
amplitude que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina e em
História são: Relações de Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais, e apontam
para o estudo das ações e relações humanas que constituem o processo histórico, fica
fácil articulá-los aos demais conteúdos de História e História do Paraná, respectivamente,
estabelecendo-se relações e comparações com a História Mundial.
Nesse sentido, o trabalho pedagógico com os conteúdos históricos deve ser
fundamentado de forma que o aluno venha a concluir que não existe uma verdade
histórica única e sim verdades que são produzidas a partir de evidências que organizam
diferentes problematizações em diversas épocas e lugares, constituindo-se nos
momentos históricos.
Portanto, os Conteúdos Estruturantes de História permitem o acesso ao
conhecimento de múltiplas ações humanas integrantes das histórias locais e do Brasil,
bem como suas relações e analogias com a História Geral e ajudam a construir uma
consciência histórica que possibilite ao aluno compreender a realidade contemporânea e
as implicações do passado em sua constituição.
8.7.2 Definição de como a escola tratará na organização dos conteúdos de todas
as disciplinas, ao longo do ano letivo, conteúdos curriculares da História e Cultura
Afrobrasileira
A Escola Matilde Baer vem repensando as práticas de sala de aula que promovam
a igualdade social e a inclusão. Por esse motivo, propõe um novo olhar sobre o currículo
escolar, de forma a garantir que os alunos do Ensino Fundamental tenham a oportunidade
de discussão de atividades relacionadas às temáticas: História e Cultura Afrobrasileira,
em atendimento à Lei 11645/2008, Lei 10.639/2003, Art. 26 e a Deliberação CEE 04/06,
bem como as maneiras pelas quais esses conteúdos serão levados aos alunos.
59
Para tanto, a escola lança mão de tarefas desafiadoras, envolvendo todas as
séries e disciplinas, sempre pensando em formar um aluno crítico e reflexivo, dentro da
problemática proposta.
Atividades como discussões em grupo, trabalhos de pesquisa, reflexões e suportes
teóricos são utilizadas por todas as disciplinas do currículo escolar, dentro da temática
proposta, de modo que “a educação esteja comprometida com a inserção das minorias e
não com a exclusão de grupos minoritários”, conforme afirma FERREIRA (2006).
Sendo assim, a escola propõe discussões sobre questões que preparem o
professor para lidar com situações de racismo que possam ocorrer dentro do ambiente
escolar, de tal forma que ajudem os alunos a desconstruírem o racismo existente e
favoreçam a inclusão de conceitos e de bases teóricas na perspectiva da re educação das
relações étnico-raciais e do ensino e aprendizagem da História e Cultura Afro-Brasileira.
Todas as disciplinas do currículo escolar tem o compromisso e a responsabilidade
de discutir e explorar questões que busquem a formação de um cidadão crítico, segundo
FREIRE (1996), sendo assim, o espaço escolar também é responsável pela construção
da cidadania; por isso, é necessária uma maior atenção sobre as práticas pedagógicas
desenvolvidas pelos professores ante a superação do racismo e da discriminação racial.
8.7.3 Definição de como a escola contemplará o ensino da História e Cultura dos
Povos Indígenas do Brasil (Lei 11645/2008)
A História e a Cultura dos Povos Indígenas do Brasil determina a seleção de
conteúdos voltados para uma aproximação do conhecimento da realidade cultural
brasileira. Esses conteúdos, nesta escola, devem ser trabalhados em todas as disciplinas
e séries, conforme o contido na Lei 11645/2008.
Esta seleção deve proporcionar aos alunos, novas informações e vivências que
propiciem a percepção de uma situação social e cultural mais ampla e complexa do que
seu mundo imediato.
A diversidade cultural dos povos indígenas pode ser medida pelo número de
línguas faladas por eles, já que os índios não formam um único povo. Cada povo tem sua
própria língua, sua própria cultura.
O patrimônio cultural dos índios não se resume à língua falada pois inclusive há
povos indígenas que perderam sua língua de origem e falam o português.
Os índios, morando na floresta e extraindo dela o que necessitam para viver,
dominam um conhecimento único da natureza, que precisa ser preservado e difundido.
60
O conhecimento dos índios auxilia na preservação da natureza. A forma como
cultivam os alimentos, que não destrói a terra, pois é feito em rodízio nos locais de plantio
e não há excedente de produção, já que os alimentos não são destinados ao comércio. A
forma como caçam e pescam e que não é predatória, são exemplos que podem ser
citados.
O saber indígena é transmitido de forma oral, dos mais velhos para os mais novos,
por meio dos mitos e das lendas, que contam desde o surgimento do mundo até o que os
índios podem ou não fazer. Tudo isso deve ser estudado e valorizado.
Diante do exposto, os conteúdos referentes à História e Cultura dos Povos
Indígenas serão selecionados e abordados em diferentes aproximações e níveis de
aprofundamento, conforme as peculiaridades regionais, sem deixar de contemplar os
conteúdos que se voltam para uma percepção do Brasil como um todo.
8.7.4 Música – Lei 645/08
A música é um dos elementos formadores de vários grupos que se distinguem
pelas roupas que vestem, pelo comportamento que os identificam e pelos estilos musicais
de sua preferência: rock, tecno, dance, reggar, pagode, rap, entre tantos outros.
O adolescente é o grande receptador das músicas da moda, e assim, esta escola
proporciona-lhe nas aulas de arte e de educação física, a oportunidade de discutir e
apreciar música, acompanhando os sucessos musicais, assistindo a videoclipes,
escolhendo programas específicos de rádio e televisão, escutando fitas, CD's, utilizando
walkman e outros recursos que vão auxiliar na formação do gosto musical dos alunos.
Atividades como apresentações musicais, shows e festivais são oportunidades que
o aluno tem para desenvolver sua consciência estética, que é elaborada no cotidiano, nas
suas vivências doárias e que contribuem para o conhecimento da pluralidade cultural
brasileira e o respeito que lhe é devido.
Também esta escola considera os desafios da implementação da Lei do Ensino da
História e da Cultura Afro brasileira, Africana e Indígena e temas afins. E, sempre que
possível insere nas disciplinas temas como: a diversidade étnica da escola e suas
preferências musicais; a vivência de valores que são propagados através da música e o
reconhecimento da identidade cultural e da origem, numa perspectiva interdisciplinar.
8.7.5 Prevenção ao uso indevido de drogas
Nos últimos tempos constata-se entre adolescentes novos comportamentos
61
relacionados ao uso abusivo de drogas, quer seja medicamentos, como também o uso de
drogas sintéticas, além de álcool e do fumo. Geralmente o uso de drogas está relacionado
a atos violentos.
Assim, nesta escola pretende-se discutir com os alunos, numa perspectiva
interdisciplinar,a prevenção ao uso abusivo de drogas, para implementar
pedagogicamente, ações relativas a este tema.
A problemática das drogas está presente no cotidiano do entorno da escola e o seu
uso constitui-se num tema polêmico, complexo e desafiador, sobretudo ao ser abordado
no campo educacional. Por essa razão, o uso abusivo de drogas, nesta escola, vem
sendo tratado como um dos desafios educacionais contemporâneos.
8.7.6 Sexualidade Humana
Tendo em vista a realidade social na qual a escola está inserida é de grande
importância a abordagem do tema constantemente em sala de aula. A sexualidade é um
conteúdo estruturante da disciplina de ciências trabalhado anualmente com todas as
séries, considerando o grau de maturidade e complexidade do conteúdo de acordo com a
idade e realidade observada.
De acordo com a necessidade, a escola ainda pode promover palestras e
orientações aos alunos buscando suprir as carências de informações referentes à
sexualidade consciente, responsável e segura, atendendo desse modo uma educação
sexual que busque a efetiva conscientização dos alunos que estão imersos em uma
sociedade que em sua maioria inicia a sua atividade sexual precocemente, sem
segurança e muitas vezes de modo promíscuo. Isso acarreta em grande número de
adolescentes grávidas, o que certamente trará mudanças na vida desses envolvidos.
Buscando ainda promover ações que venham ampliar as oportunidades de
orientações aos alunos, a escola através do Programa de Atividades Complementares em
Contra Turno, oferta o projeto Adolescência Com Ciência que aborda com o uso de
diferentes atividades diversos assuntos relacionados a sexualidade priorizando o
atendimento aos alunos avaliados em risco.
8.7.7 Definição de como a escola contemplará a Educação Ambiental (componente
obrigatório da educação formal e não-formal) nos termos da Lei 9795/1999
Este estabelecimento de ensino, em relação à Educação Ambiental, parte do
princípio que a escola pode transformar-se no espaço em que o aluno terá condições de
62
analisar a natureza em um contexto entrelaçado de práticas sociais.
A questão ambiental exige uma integração de todas as áreas, pois é necessário
que se enxergue as diferentes facetas e implicações dos problemas ambientais e dos
conhecimentos, a fim de possibilitar ações mais consequentes e de menor impacto.
A educação ambiental, além de possibilitar aos alunos o reconhecimento de fatores
que produzam bem-estar ao conjunto da população, deve despertar no aluno um espírito
de crítica às induções ao consumismo, além de desenvolver o senso de responsabilidade
quanto ao uso dos bens comuns e dos recursos naturais, de modo que respeite o
ambiente e as pessoas da comunidade.
A complexidade da temática ambiental e a diversidade da realidade brasileira
tornam mais difícil a seleção dos conteúdos de forma que se garanta aos alunos a
aprendizagem que lhes possibilite posicionar-se em relação às questões ambientais e
atuar na melhoria de sua qualidade. Também a cultura, a história e os costumes irão
determinar diferenças no trabalho com o tema Meio Ambiente, visto que ele se altera
segundo as diferentes formas de organizações socioculturais.
8.7.8 Educação Fiscal
Educação Fiscal é um processo que visa a construção de uma consciência voltada
ao exercício da cidadania.
O objetivo da educação fiscal é propiciar a participação do aluno, como cidadão, no
funcionamento e aperfeiçoamento dos instrumentos de controles social e fiscal do Estado.
A educação fiscal surgiu para que o cidadão possa adquirir informações confiáveis
e com isso, passe a entender os eficientes mecanismos, para fiscalizar as ações do
Estado sobre o uso dos tributos, como fontes de recursos públicos.
É nesse contexto que os alunos desta escola recebem noções de educação fiscal,
numa perspectiva interdisciplinar, tendo como meta a formação de cidadãos conscientes
do cumprimento do seu dever em relação às obrigações tributárias e o direito de cobrar a
adequada destinação dos recursos provenientes dos tributos arrecadados pelo Estado.
8.7.9 Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o Adolescente
Considerando o quadro de violência a que estão submetidas crianças e
adolescentes no Brasil, como maus tratos, abandono e negligência, abuso e exploração
sexual comercial, trabalho infantil, dentre outros, há necessidade de abordar estes
assuntos com os alunos, num viés interdisciplinar.
63
A violência contra a crianças e adolescentes pode ocorrer no lar, na família, nas
escolas e outros ambientes educacionais, em sistemas assistenciais e de justiça, nos
locais de trabalho e na comunidade, de um modo geral, pois esta violência constitui-se em
todo ato ou omissão, cometido pelos pais, parentes, outras pessoas e instituições
capazes de causar dano físico, sexual e/ou psicológico à vítima.
Neste contexto de discussão deve-se abordar com os alunos aspectos legais e
sociais que dêem subsídios ao enfrentamento a este tipo de violência.
8.7.10 Direito da Criança e do Adolescente – Lei Federal nº 11.525/07
O Estatuto da Criança e do Adolescente especifica que toda criança deve ser
protegida de ações que possam prejudicar seu desenvolvimento. Entretanto, a realidade
de transgreção a esse direito atinge uma parcela significativa de crianças e adolescentes
que tem em seu cotidiano permeado por variadas formas de violência.
Frente a esta colocação, a Lei Federal nº 11.525/07 inclui no currículo do Ensino
Fundamental, conteúdos que tratem dos direitos das crianças e adolescentes. Em
entendimento à Lei citada é que a escola se dispõe a explorar conteúdos referentes ao
ECA, numa perspectiva interdisciplinar.
8.7.11 Educação Tributária – Dec nº 1143/99, Portaria nº 413/02
É papel da escola fornecer, aos alunos, noções sobre a educação tributária para
que conheçam o Estado e sua estrutura, a função socioeconômica dos tributos, o valor da
arrecadação tributária, além de incentivar o acompanhamento da aplicação dos recursos
arrecadados.
O tema educação tributária vem sendo discutido em nossa escola, no sentido de
fazer os alunos refletirem sobre a função do Estado de arrecadar tributos e sobre os
investimentos feitos com esses valores.
Para atender as necessidades públicas como saúde, educação, habitação,
saneamento, transportes, segurança, urbanismo, justiça e outras, o Estado precisa obter,
administrar e empregar meios patrimoniais que lhe possibilitem o desempenho de tais
atividades.
A atividade financeira do Estado desenvolve-se em termos de receita(obtenção de
recursos patrimoniais), de gestão(administração e conservação do patrimônio público) e
de despesa (emprego de recursos patrimoniais para realização dos fins públicos).
Uma vez compreendidos o funcionamento do Estado e a gestão de recursos, os
64
alunos recebem noções específicas sobre tributação.
9. Regime de Funcionamento
A escola está organizada em séries e a partir de 2011, em anos do Ensino
Fundamental e funciona nos turnos matutino e vespertino.
Sua Matriz Curricular compreende o Núcleo Comum, integrado por oito disciplinas
e a Parte Diversificada que é constituída pela LEM (língua estrangeira moderna) que no
caso é o inglês.
O calendário escolar, que com base no que determina a LDB 9394/96, estabelece
um mínimo de 800 horas, distribuídas num mínimo de 200 dias de efetivo trabalho
escolar, é proposto pela própria escola e tem aprovação do NRE de Ponta Grossa.
10. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A avaliação constitui-se parte integrante do PPP e sua função diagnóstica se
reforça, pois a partir da reflexão a respeito dos resultados observados, o coletivo escolar
poderá fazer retomadas propondo novas atividades que permitam alcançar as metas
estipuladas.
A avaliação do presente PPP deve ser contínua, de múltiplas formas de alcance
dos objetivos que ainda não foram atingidos, como também os que foram alcançados
parcialmente.
Portanto, a avaliação é o instrumento que permitirá o coletivo escolar realimentar o
PPP, redimencionando-o com vistas a superação das dificuldades e o alcance de uma
escola de qualidade, com melhoria no processo ensino-aprendizagem.
10.1 REFERÊNCIAS
GADOTTI, Moacir. História das Ideias Pedagógicas. São Paulo: Editora Ática,
1997. VEIGA, I. P. A. Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção coletiva. In:
Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível. Capinas: Papirus, 1995.
FORQUIN, Jean – Claude. Escola e Cultura – as bases sociais e epistemológicas
do conhecimento escolar. Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda, 2003.
65
SACRISTÁN, J. Gimeno. O Currículo: uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre:
Art Med, 2000.
LIBÂNEO, J. C. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. Goiânia:
Alternativa, 2001.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
SEED, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Paraná, 2008.
FERREIRA, Aparecida de Jesus. Formação de Professores / Raça e Etnia:
reflexões e sugestões de materiais de ensino. Cascavel: Coluna do Saber, 2006.
66
11. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
11.1 ORGANIZAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
A Proposta Pedagógica Curricular desta escola é o resultado de uma construção
coletiva que vem complementar o Projeto Político Pedagógico, em consonância com o
Regimento Escolar do estabelecimento de ensino.
Esta Proposta Curricular obedece às Diretrizes Curriculares da Educação Básica
do Estado do Paraná que ressalta que a escola pública, nas últimas décadas, passou a
atender a um número cada vez maior de estudantes vindos das classes populares, razão
pela qual a escola deve estabelecer discussões sobre o papel da educação básica,
evidenciando o tipo de sociedade que se quer para o país.
Ao definir o tipo de formação que se quer para os alunos, a escola, como lugar de
socialização do conhecimento produzido pela humanidade, deve oferecer a mesma
oportunidade a todos os educandos, independente das diferentes origens étnicas e
culturais, bem como das posses dos alunos.
Os conteúdos disciplinares devem ser tratados de maneira contextualizada,
partindo sempre dos conteúdos estruturantes que, conforme as DCEs são os
conhecimentos de grande amplitude, conceito ou práticas que identificam e organizam os
campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para
compreender seu objeto de estudo / ensino.
Nesse sentido, a escola propõe que os conhecimentos contribuam para a crítica às
contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade
contemporânea e ajudem na compreensão da produção científica, da reflexão filosófica,
da criação artística, nos contextos em que se constituem.
Por isso, a escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em
diferentes metodologias, valorizando as concepções de ensino, de aprendizagem e de
avaliação que favoreçam aos professores e alunos uma transformação emancipadora.
E, em caráter de complementação, prevê-se a inclusão, em todas as séries/anos,
dos desafios educacionais sócios contemporâneos como recortes sendo eles: História e
Cultura dos Povos Indígenas, História e Cultura Afrobrasileira e Africana, Educação
Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente
– ECA, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e Sexualidade Humana, entre outros,
67
cabendo ao professor perceber as possíveis articulações e inter-relações, programando-
as conforme a realidade dos sujeitos, de maneira a garantir contribuição significativa para
o processo ensino-aprendizagem.
Fundamentando-se nos princípios teóricos expostos é que propõe-se que a
presente Proposta Pedagógica Curricular tenha um compromisso com a construção da
democracia e da justiça social e vise a garantir a todos os alunos um ensino de qualidade.
11.2 ESTRUTURA DO CURSO
O curso Ensino Fundamental – séries finais é formado pelas 5as, 6as, 7as e 8as séries
(cessação em 2011) da modalidade de Educação Básica, do Ensino Fundamental de 8
anos, de acordo com os princípios definidos pela LDB nº 9394/96, que prevê organização
a partir de séries anuais e dos 6os, 7os, 8os e 9os anos como apregoa o Ensino Fundamental
de 9 anos, que a partir de 2012 será implantado simultaneamente.
Para o desenvolvimento do seu currículo disciplinar, propomos na matriz curricular
uma Base Nacional Comum e uma Parte Diversificada que, como um todo integrado,
asseguram as relações contextualizadas vinculadas a conteúdos estruturantes articulados
com relações interdisciplinares, capazes de viabilizarem uma educação comprometida
com a cidadania.
Para dar conta de cumprir com uma prática pedagógica articulada e integrada, é
que propõe-se a seguinte matriz curricular com funcionamento nos turnos matutino e
vespertino:
São integrantes da Base Nacional Comum, as seguintes disciplinas:
- Arte: com 02 aulas semanais, perfazendo nas quatro séries/anos de curso, 320
horas/aula ou 266,64 horas;
- Ciências: com 03 aulas semanais na 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries e 6º, 7º, 8º e 9º anos,
perfazendo 480 horas/aula ou 399,96 horas;
- Educação Física: com 03 aulas semanais, perfazendo nas quatro séries/anos de
curso, 480 horas/aula ou 399,96 horas;
- Ensino Religioso: com 01 aula semanal na 5ª e 6ª séries e 6º e 7º anos,
perfazendo 80 horas/aula ou 66,66 horas;
- Geografia: com 03 aulas semanais na 5ª, 6ª e 8ª séries e 6º, 7º e 9º anos e 04
aulas na 7ª série e 8º ano do curso, perfazendo 560 horas/aula ou 466,62 horas;
- História: com 03 aulas semanais na 5ª, 6ª e 7ª séries e 6º, 7º e 8º anos e 04
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aulas na 8ª série e 9º ano, perfazendo 560 horas/aula ou 466,62 horas;
- Língua Portuguesa: com 04 aulas semanais, perfazendo nas quatro séries/anos
do curso, 640 horas/aula ou 533,28 horas;
- Matemática: com 04 aulas semanais, perfazendo nas quatro séries/anos do curso,
640 horas/aula ou 533,28 horas.
E a Parte Diversificada é formada por:
- Língua Estrangeira Moderna – Inglês, com 02 aulas semanais na 5ª, 6ª, 7ª e 8ª
séries e 6º, 7º, 8º e 9º anos, perfazendo nas quatro séries/anos de curso 320 horas/aula
ou 266,64 horas.
O Curso Ensino Fundamental está organizado em séries anuais, de forma regular e
presencial, até terminar o curso com características de seriação e com a implantação
simultânea, a partir de 2012, do Ensino Fundamental de Nove Anos, nos anos finais, a
partir do 6º ano. As aulas tem duração de 50 minutos (50') iniciando no período matutino
às 7 horas e 30 minutos, com intervalo de quinze minutos entre a terceira e a quarta aula
e com término às 11 horas e 55 minutos.
E no período vespertino as aulas tem início às 13 horas, com intervalo de quinze
minutos entre a terceira e a quarta aula e término às 17 horas e 25 minutos.
Portanto, observa-se os seguintes horários:
AULAS MATUTINO VESPERTINO
1ª aula 07h30min às 08h20min 13h às 13h50min
2ª aula 08h20min às 09h10min 13h50min às 14h40min
3ª aula 09h10min às 10h 14h40min às 15h30min
Recreio 10h às 10h15min 15h30min às 15h45min
4ª aula 10h15min às 11h05min 15h45min às 16h35min
5ª aula 11h05min às 11h55min 16h35min às 17h25min
Evidencia-se que a construção da Proposta Pedagógica Curricular leva em conta o
respeito à diversidade e ainda o contido na LDB 9394/96, quanto as especificidades e as
características do desenvolvimento das crianças e dos adolescentes, em seus aspectos
físico, psicológico, intelectual e social, considerando a organização e a implantação
gradativa do Ensino Fundamental de Nove Anos.
12. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DAS DISCIPLINAS – BASE
69
NACIONAL COMUM
12..1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE
12.1.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS:
A arte nasceu com o homem. Conforme Ozinski (2011,p.11) “as origens da arte
coincidem com as do próprio homem”. Desde a pré-história a necessidade de
manifestação artística acompanha a evolução humana. Constantemente o homem vem se
atualizando da arte como forma de expressão, de integração, além de através dela
desenvolver na pessoa uma análise crítica daquilo que vê.
No Brasil o início da Arte como ensino formal segundo Biasoli (1999, p.49), se deu
com os Jesuítas, atraindo a atenção dos índios por meio da música, dança, teatro e
poesia.
D. João VI trouxe para o Brasil a Missão Artística Francesa, que fundou e dirigiu a
Academia Nacional de Belas-Artes no Rio de Janeiro, que desenvolveu o Neoclassicismo
trazido pelos franceses, mas devido ao custo elevado, poucos tinham a oportunidade de
estudar.
Na década de 1870, houve grandes transformações culturais, e a partir dai, surgem
novas vertentes no ensino da Arte no Brasil. Novas tendências pedagógicas vão surgindo:
Pedagogia Tradicional – o desenho deveria servir à produção industrial, utilitária e a
ciência. A aprendizagem era passiva e mecânica. Surge por volta de 1930, a escola
Nova- considerando as necessidades, interesses, motivações dos alunos, enfatizando o
“aprender a aprender”.
Nos anos 60 e 70, foi instaurada no Brasil e Escola Tecnicista - com o objetivo de
preparar os indivíduos para o mercado de trabalho.
Em 1971, a Arte foi incluída no currículo escolar, com o nome de Educação
Artística através da LDB- Lei nº9.394/96.
Com mobilizações de grupos de professores de Arte, surgiram novas concepções e
metodologias para seu ensino e aprendizagem.
Em 1997 e 1998 foram apresentados, os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs) de todas as disciplinas, inclusive de Arte.
Atualmente o Ensino da Arte não é apenas voltado para o Desenho Geométrico ou
Artes Plásticas, mas abrange também as linguagens artísticas: a dança, a música e o
70
teatro.
Em 2008, é sancionada a Lei Federal nº11.769 que torna obrigatório o Ensino da
Música.
12.1.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Para a elaboração dos conteúdos levou-se em consideração os PCNs e as
propostas das DCEs que indicam,como objetivos do ensino fundamental,que os alunos
sejam capazes de:
• Utilizar as diferentes linguagens artísticas para produzir,expressar e comunicar
suas ideias;
• Respeitar e valorizar a pluralidade etnocultural,que compõe o patrimônio
sociocultural brasileiro;
• Entender a arte como produto cultural e histórico em constante transformação e
sua contextualização com as histórias do mundo.
12.1.3 METODOLOGIA
Para abordar os conteúdos estruturantes em Arte, é necessário utilizar um
encaminhamento metodológico em que estejam presentes o conhecimento,as práticas e a
fruição artística em todos os momentos da prática pedagógica.
Três momentos de organização pedagógica são necessários, para a metodologia
do ensino da Arte:
• Teorizar: privilegia a cognição, onde o conhecimento historicamente produzido
sobre arte é apreendido através da racionalidade.
• Sentir e perceber: é pelos sentidos que, inicialmente, acontece a percepção e a
apropriação das obras artísticas. O professor possibilita o acesso e faz a mediação
da percepção e da apropriação dos conhecimentos sobre arte.
• Trabalho artístico: é o exercício da imaginação e criação. O processo de produção
do aluno acontece quando ele interioriza e se familiariza com os processos
artísticos e humaniza seus sentidos.
71
12.1.4 AVALIAÇÃO
A avaliação é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do
professor para planejar as aulas e avaliar os alunos, é processual por pertencer a todos
os momentos da prática pedagógica, sendo assim, inclui as formas de avaliação da
aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a autoavaliação dos
alunos.
A avaliação em Arte busca propiciar aprendizagens socialmente signifivativas para
o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos,
discute dificuldades e progressos de cada um a partir da própria produção, de modo que
leva em conta a sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais efetiva da
realidade.
O professor avalia como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele
se relaciona com os colegas nas discussões de grupo.
Para avaliar tanto o indivíduo quanto o grupo, são necessários diversos
instrumentos de verificação:
- Trabalhos artísticos individuais e em grupo;
- Pesquisas bibliográficas e de campo;
- Debates em forma de seminários e simpósios;
- Avaliações teóricas e práticas;
- Registros em forma de relatórios, gráficos, portfolio, audiovisual e outros.
O professor precisa diagnosticar as seguintes expectativas de aprendizagem:
- A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua
relação com a sociedade contemporânea;
- A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua
realidade singular e social;
- A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas
diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
12.1.5 CONTEÚDOS CURRICULARES
Os conteúdos no Ensino de Artes devem ser selecionados a partir dos elementos
formadores: música, artes visuais, teatro e dança abordada por meio de uma análise
histórica, do conhecimento estético e da produção artística. Permitindo ao aluno uma
72
percepção da arte em suas múltiplas dimensões cognitivas.
Os conteúdos estruturantes para a disciplina de Arte, no Ensino Fundamental, são
os seguintes:
● Elementos formais: recursos artísticos empregados numa obra.
● Composição: elementos formais que constituem uma produção artística.
● Movimentos e períodos: este conteúdo revela aspectos sociais, culturais e
econômicos presentes numa composição artística, e explicitam as relações internas ou
externas de um movimento artístico em suas especificidades, gêneros, estilos e correntes
artísticas.
● Tempo e espaço: tem dupla dimensão, pois constitui uma categoria articuladora
na Arte e tem um caráter social. É categoria articulada porque está presente em todas as
áreas da disciplina e é conteúdo específico dos elementos formais, da composição e dos
movimentos ou períodos.
5ª Série/6º ano
ARTES VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS - Ponto, Linha, Superfície, Textura, Volume, Luz, Cor
COMPOSIÇÃO - Bidimensional, Figurativa, Geométrica,simetria.
Técnicas: Pintura,escultura,arquitetura.
Gêneros: cenas da mitologia
MOVIMENTOS E PERÍODOS - Arte Greco-Romana, Arte Africana, Arte Oriental,
Arte Pré-Histórica
DANÇA
ELEMENTOS FORMAIS - Movimento Corporal, Tempo, Espaço
COMPOSIÇÃO – Kinesfera, Eixo, Ponto de Apoio
73
Movimentos: articulares, Fluxo (livre, interrompido) Rápido e lento, Formação:
Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto indireto) Dimensões (pequeno e grande)
Técnica:
Improvisação, Gênero: Circular
MOVIMENTOS E PERÍODOS - Pré-história, Greco-Romana, Renascimento, Dança
Clássica
MÚSICA
ELEMENTOS FORMAIS – Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade
COMPOSIÇÃO – Ritmo, Melodia, Escalas: diatônica, pentatônica, cromática.
Improvisação
MOVIMENTOS E PERÍODOS - Greco-Romana, Oriental, Ocidental, Africana.
TEATRO
ELEMENTOS FORMAIS - Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e
faciais), Ação, Espaço.
COMPOSIÇÃO - Enredo, roteiro, espaço Cênico, adereços, Técnicas: jogos
teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara.Gênero: Tragédia,
Comédia, Circo.
MOVIMENTOS E PERÍODOS - Greco-Romana, Teatro Oriental, Teatro Medieval,
Renascimento
6ª Série/7º ano
74
ARTES VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS –Ponto, Linha, Superfície, Textura, Volume, Luz, Cor
COMPOSIÇÃO – Proporção, Tridimensional, Figura e fundo, Abstrata.
Perspectiva, Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura.
Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta
MOVIMENTOS E PERÍODOS – Arte indígena, Arte Afro-brasileira, Arte Popular
Brasileira e Paranaense, Renascimento, Barroco
DANÇA
ELEMENTOS FORMAIS - Movimento Corporal, Tempo, Espaço
COMPOSIÇÃO - Ponto de Apoio, Rotação, Coreografia, Salto e queda, Peso (leve,
pesado), Fluxo (livre, interrompido e conduzido), Lento, rápido e moderado. Níveis (alto,
médio e baixo), Formação, Direção
Gênero: Folclórica, popular, étnica
MOVIMENTOS E PERÍODOS – Dança Popular, Brasileira, Paranaense, Africana,
Indígena
MÚSICA
ELEMENTOS FORMAIS – Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade
COMPOSIÇÃO – Ritmo, Melodia, Escalas, Gêneros: folclórico, indígena, popular e
étnico, Técnicas: vocal, instrumental, mista, Improvisação.
MOVIMENTOS E PERÍODOS – Música popular e étnica (ocidental e oriental)
Música Afro-brasileira
75
TEATRO
ELEMENTOS FORMAIS - Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e
faciais), Ação, Espaço
COMPOSIÇÃO – Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos
teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas.
Gêneros: Rua, arena, Caracterização.
MOVIMENTOS E PERÍODOS – Comédia Dell' arte, Teatro Popular, Brasileiro e
Paranaense, Teatro Africano.
7ª Série/8º ano
ARTES VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS – Ponto, Linha, Superfície, Textura, Volume, Luz, Cor
COMPOSIÇÃO – Semelhanças, Contrastes, Ritmo Visual, Estilização, Deformação
Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual, mista.
MOVIMENTOS E PERÍODOS – Indústria Cultural, Arte no Séc. XX, Arte
Contemporânea, Arte Afro-brasileira.
DANÇA
ELEMENTOS FORMAIS - Movimento Corporal, Tempo, Espaço
COMPOSIÇÃO – Giro, Rolamento, Saltos, Aceleração e, desaceleração
Direções (frente, lado, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia
Gênero: Indústria, Cultural e espetáculo
MOVIMENTOS E PERÍODOS – Hip Hop, Musicais, Expressionismo
Indústria Cultural, Dança Moderna
76
MÚSICA
ELEMENTOS FORMAIS – Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade
COMPOSIÇÃO – Ritmo, Melodia, Harmonia, Tonal, modal e a fusão de ambos.
Técnicas: vocal, instrumental e mista
MOVIMENTOS E PERÍODOS – Indústria Cultural, Eletrônica, Minimalista, Rap,
Rock, Tecno.
TEATRO
ELEMENTOS FORMAIS - Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e
faciais), Ação, Espaço
COMPOSIÇÃO - Representação no Cinema e Mídias, Texto dramático
Maquiagem, Sonoplastia, Roteiro
Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica.
MOVIMENTOS E PERÍODOS – Indústria Cultural, Realismo, Expressionismo
Cinema Novo.
8ª Série/9º ano
ARTES VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS – Ponto, Linha, Superfície, Textura, Volume, Luz, Cor.
COMPOSIÇÃO – Bidimensional, Tridimensional, Figura-fundo, Ritmo Visual
Técnica: Pintura, grafitte, performance.
Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano.
77
MOVIMENTOS E PERÍODOS – Realismo, Vanguardas, Muralismo e Arte Latino-
americana, Hip Hop, Arte Afro-brasileira.
DANÇA
ELEMENTOS FORMAIS - Movimento Corporal, Tempo, Espaço
COMPOSIÇÃO – Kinesfera, Ponto de Apoio, Peso, Fluxo, Quedas, Saltos, Giros,
Rolamentos, Extensão (perto e longe), Coreografia, Deslocamento
Gênero: Performance, moderna
MOVIMENTOS E PERÍODOS – Vanguardas, Dança Moderna. Dança
Contemporânea
MÚSICA
ELEMENTOS FORMAIS – Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade
COMPOSIÇÃO – Ritmo, Melodia, Harmonia
Técnicas: vocal, instrumental, mista
Gêneros: popular, folclórico, étnico
MOVIMENTOS E PERIODOS – Música Engajada
Música Popular Brasileira
Música contemporânea
TEATRO
ELEMENTOS FORMAIS - Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e
faciais), Ação, Espaço
COMPOSIÇÃO - Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-
Fórum, Dramaturgia, Cenografia, Sonoplastia, Iluminação, Figurino.
78
MOVIMENTOS E PERÍODOS – Teatro Engajado, Teatro do Oprimido, Teatro
Pobre, Teatro do Absurdo, Vanguardas.
12.1.6 CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS (DESAFIOS EDUCACIONAIS
CONTEMPORÂNEOS)
A disciplina Arte tem uma forte característica interdisciplinar, pois seus conteúdos
de ensino envolvem diálogos com a história, a filosofia, a geografia, a matemática, a
sociologia, a literatura, inserindo nestes estudos as legislações vigentes contempladas:
- Lei 10639/03 – Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
- Lei 11645/08 – Historia e Cultura dos Povos Indígenas;
- Lei 13.381/01 _ História do Paraná;
- Lei 11769/08 _ Música;
- Lei Estadual 14607/05 _ Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade
humana, educação ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança
e o adolescente. Direito da criança e do adolescente;
- Lei Federal 11.5252/07 _ Educação Tributária.
12.1.7 REFERÊNCIAS
BARRETO, Débora. Dança... Ensino, sentidos e possibilidades na escola. 2ª
edição, Autores Associados, Campinas, SP, 2005.
CANTELE, Bruna Renata. Arte – Linguagem Visual. 1ª e 2ª edições, São Paulo:
IBEP.
COMBRICH, E. H. A História da Arte. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
FISCHER, ERNEST. A Necessidade da Arte. 9ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara
Koogam, 2002.
MACHADO, Maria Clara. Teatro I e II, Rio de Janeiro: Ed. Agir, 1993.
79
PARANÁ/SEED, Diretrizes Curriculares para a Disciplina de Arte. Secretaria do
Estado da Educação – SEED. Curitiba, 2008.
12..2 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
12.2.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Ao tratarmos do ensino de Ciências é fundamental o entendimento do próprio
conceito de Ciência. A Ciência é uma atividade humana complexa, histórica e
coletivamente construída que interfere e também sofre interferências de questões sociais,
tecnológicas, culturais, éticas e políticas. (KNELLE, 1980; ANDERY et.al.; 1998)
Desde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos a sua volta e a
aprender com eles, a ciência já estava presente. Mesmo antes da descoberta do fogo o
homem já utilizava técnicas para apanhar alimentos, caçar com instrumentos feitos de
pedra e usar outros materiais disponíveis na natureza, satisfazendo suas necessidades
cotidianas.
A descoberta do fogo foi o marco na história da humanidade pois, a partir dela o
ser humano apresentou outras necessidades.
O homem começou a interferir diretamente na natureza há aproximadamente dez
mil anos, tornando-se um observador ainda mais atento aos conhecimentos naturais e
estabelecendo relação entre a observação do céu e os ciclos vitais de animais e plantas,
com o objetivo de tirar maior proveito da natureza para sua subsistência.
Segundo Gaston Bachelar (1884-1962) existem três grandes períodos do
desenvolvimento do conhecimento científico:
– O estado pré-científico: marcado pela construção racional e empírica do
conhecimento científico utilizando métodos de investigação reduzido ao uso de
instrumentos e técnicas isolados numa busca pela superação das explicações
místicas (como nos séculos XVI, XVII e até XVIII).
– O estado científico (fim do século XVIII e início do século XX): neste período
buscou-se a universalidade do método cartesiano de investigação dos fenômenos
da Natureza, publicações do conhecimento científico com uma linguagem mais
compreensível; e as novas pesquisas permitiram o entendimento de uma unidade
da qual se pudesse originar a imensa diversidade de seres vivos (evolução
80
tecnológica dos microscópios.)
– O estado de novo espírito científico: momento marcado pela aceleração da
produção científica e tecnológica e a necessidade de divulgação. Dando a
possibilidade de discussões sobre como a Ciência realmente funciona.
É necessário entender que o ensino de Ciências não deve ser exclusivamente uma
transmissão de conteúdo científico, precisa ser vivenciado. Nele deve existe formação de
conceitos científicos, onde o estudante constrói e atribui significados. A construção de
significados pelo estudante é o resultado de uma complexa rede de interações composta
por principalmente 3 elementos: o estudante, os conteúdos científicos escolares e o
professor de Ciências como mediador do processo de ensino-aprendizagem.
12.2.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
- Propor uma abordagem crítica, que priorize os conhecimentos científicos, físicos,
químicos e biológicos para o estudo dos fenômenos naturais, sem deixar de considerar o
aspecto ético e moral das relações entre Ciência,
- Permitir a identificação do conhecimento científico como resultado do trabalho de
gerações de homem e mulheres em busca do conhecimento para compreensão do
mundo resgatando a história da Ciência como ferramenta para o ensino-aprendizagem.
- Oferecer ao educando capacidade para compreender de modo crítico e analítico
(cidadãos críticos que possibilitem a inclusão social) a dimensão do mundo que o cerca,
fazendo analogias com sua prática social buscando alternativas para construção de um
mundo melhor.
12.2.3 METODOLOGIA ESPECÍFICA
A realidade escolar hoje está imersa em um complexo processo de subjetivação e
de produção de identidades, o que se referencia como “revolução cultural” (COSTA,
2003). As crianças e adolescentes, fora do ambiente escolar, estão entregues aos
sabores e dissabores de uma indústria cultural que invariavelmente é guiada pelos
interesses da sociedade capitalista que dissemina inúmeras informações na velocidade
de um “click”. Essa nova realidade que se apresenta suscita maiores reflexões acerca do
alcance das nossas práticas pedagógicas na qualidade de professores também
contemporâneos desse novo tempo, no qual o aprendizado vai muito além dos muros
escolares, influenciado pela cultura da mídia (GIROUX, 1995).
81
Porém, ainda hoje, há um desajuste entre a realidade escolar e as novas
tecnologias. A sala de aula permanece ocupada por uma pedagogia tradicional e
conservadora, e o discurso dos meios de comunicação ainda estão no âmbito da escola
de maneira clandestina (BACCEGA, 2003).
Ao organizar um Plano de Trabalho Docente é necessário que o professor tenha
claro os conteúdos estruturantes, básicos e específicos da disciplina de Ciências
(relações conceituais) para então alcançar as expectativas de aprendizagem, das
estratégias e recursos que serão utilizados.
Esses conteúdos podem ser compreendidos pela mediação didática estabelecida
pelo profesor ao fazer relações com conceitos de outras disciplinas (interdisciplinar) e
questões contextuais (tecnológicas, sociais, culturais, éticas e políticas).
Tudo isso terá sentido se também houver uma preocupação com a aprendizagem
significativa do aluno, ou seja, aquela que o estudante aprende conteúdos científicos
escolares quando lhe atribui significados, estabelecendo relações substantivas e não
arbitrárias entre o que já sabe e o que aprende de novo.
Sabemos que cada aluno, cada sala de aula, cada momento é um desafio
complexo onde o professor pode se deparar com situações imprevisíveis, e que é preciso
desenvolver esforços como resultado de seus problemas e de suas possibilidades.
Esses elementos podem auxiliar no processo de ensino-aprendizagem, onde
podemos fazer uso de abordagens teórico-metodológicas como:
1- Recursos pedagógicos/tecnológicos:
Quadro negro, livro didático, texto de jornal, revistas, figuras, modelo didático,
microscópio, jogos, recursos multimídias, música, globo, etc.
2- Recursos instrucionais:
Mapas conceituais, organogramas, gráficos, tabelas, infográficos, etc.
3- Pesquisas
4- Atividades em grupo:
Feiras, seminários, debates, etc.
5- Atividades experimentais
6- Problematizações e observações
7- Visitas a museus, exposições de ciências, parques, etc.
12.2.4 AVALIAÇÃO (CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS)
82
A avaliação é parte integrante e essencial do processo ensino-aprendizagem. Na
disciplina de Ciências, como nas demais, ela deve priorizar os aspectos qualitativos sobre
os quantitativos, constituindo-se na avaliação mediadora que é entendida como “ação,
movimento, provocação, na tentativa de reciprocidade intelectual entre os elementos da
ação educativa. Professor e aluno buscando coordenar seus pontos de vista, trocando
ideias, reorganizando-as” (HOFFMANN, 1991, p. 67).
A ação avaliativa deve ser um processo contínuo e sistemático; portanto, deve ser
constante e planejada, fornecendo um feedback ao professor e permitindo a recuperação
do aluno. Deve ser funcional, porque verifica se os objetivos previstos estão sendo
atingidos e orientadora, pois permite ao aluno conhecer erros e corrigí-los o quanto antes;
integral, pois considera o aluno como um todo, ou seja, não são apenas os aspectos
cognitivos que são analisados, mas os comportamentais e sua habilidade psicomotora
também, favorecendo portanto, as necessidades educacionais especiais, sempre que
necessária efetuando as adaptações de acordo com individualidade do aluno.
A avaliação será feita através de provas pontuais utilizando-se de diferentes formas
de exercícios favorecendo a pluralidade metodológica, de autoavaliação, trabalhos de
pesquisa; tarefas em classe, trabalho integrado e participação.
Nesta escola a avaliação é somatória e deve envolver pelo menos quatro
momentos com instrumentos avaliativos valendo 3,0 – 3,0 – 2,0 – 2,0 respectivamente e
com recuperação sempre que o aluno não atingir 60% do valor aplicado.
12.2.5 CONTEÚDOS CURRICULARES:
Os conteúdos curriculares (estruturantes) envolvem conhecimentos de grande
amplitude que identificam e organizam os campos de estudo que são considerados
fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino (a NATUREZA). São
eles:
5ª Série/6º Ano
I – ASTRONOMIA
- Origem do universo;
- Noções de astronomia;
- Movimentos terrestres;
83
- Movimentos celestes;
- Astros;
II – MATÉRIA
- Constituição geológica da Terra
- Atmosfera, crosta, solos, rochas, minerais, manto e núcleo;
- Atividades geológicas da terra;
- Formação Geológica do Paraná e seu contexto histórico;
- Transformação e reaproveitamento da matéria;
- Recursos minerais e extrativismo;
- Definição de matéria;
- Estados físicos da matéria;
- Ciclo da água;
- Unidades de medidas e grandezas;
III – SISTEMAS BIOLÓGICOS
- Características gerais dos seres vivos;
- Alimentação e fontes de energia;
- Cuidados relacionados a saúde;
- Educação sexual;
- Fisiologia do sistema reprodutor;
- Métodos contraceptivos;
- Doenças sexualmente transmitidas;
IV – ENERGIA
- Fontes de recursos naturais e de energia;
- Recursos renováveis e não renováveis;
- Transformações e transferências de energia;
V - BIODIVERSIDADE
- Conceito de Biodiversidade;
- Adaptações dos seres vivos no meio ambiente;
- Impactos da civilizações humanas sobre o ambiente;
- Manejo dos recursos naturais;
6ª Série/7º Ano
I – ASTRONOMIA
84
• Movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra;
• Movimentos aparentes do céu;
• Movimentos terrestres e as estações do ano;
• O sol e a produção de energia solar;
II – MATÉRIA
- Fluídos;
- Pressão atmosférica;
- Mudanças de estado físico da matéria;
- Propriedades específicas da matéria;
- Formas de transmissão de calor;
- Substâncias e misturas;
- Soluções;
- Técnicas de separação de mistura;
III – SISTEMAS BIOLÓGICOS
- Transformação dos alimentos em energia;
- Funções da digestão;
- A respiração e a obtenção de energia;
- Tipos de respiração pelos seres vivos;
- Movimentação e sustentação dos seres vivos;
- Tipos de reprodução dos seres vivos;
IV – ENERGIA
- Movimento e suas causas;
- Velocidade;
- Força;
- Massa;
- Calor e temperatura;
V – BIODIVERSIDADE
- Os seres vivos e o ambiente;
- Cadeia e teia alimentar;
- Diversidade e interações biológicas;
- Organização dos seres vivos (indivíduos, populações e comunidades);
- Habitat e Nicho ecológico;
- Adaptações biológicas no meio ambiente;
- Transferência de matéria e energia dentro de uma comunidade;
85
- Técnicas de controle biológico;
- Origem da vida;
- Classificação dos seres vivos;
- Vírus;
- Reino Monera, Protista e Fungi;
- Reino Plantae;
- Reino Animal.
7ª Série/8º Ano
I – ASTRONOMIA
- Evolução do universo;
- Classificação cosmológica;
- Cuidados com os raios ultravioletas provenientes do sol;
II – MATÉRIA
- Alimentos, classificação e cuidados;
III – SISTEMAS BIOLÓGICOS
- Sistema sensorial;
- Sistema neural;
- Sistema endócrino;
- Pele;
- Gametogênese e união dos gametas;
- Sistema genital;
- Métodos anticoncepcionais e prevenção;
- Puericultura;
- Sistema imunitário;
- Sistema digestório;
- Sistema Circulatório/linfático;
- Sistema respiratório;
- Sistema excretor;
IV – ENERGIA
- Força;
- Vetores;
- Trabalho e energia;
86
- Máquinas;
- Ondas;
- Som;
- Luz;
V - BIODIVERSIDADE
- Teorias evolutivas.
8ª Série/9º Ano
I – ASTRONOMIA
- Magnetismo terrestre
- Leis de Kepler;
- Leis de Newton e a gravitação universal;
- Sistema solar;
II – MATÉRIA
- Constituição e conceito de matéria com base nos modelos atômicos;
- Átomos, íons, substâncias, ligações e reações químicas;
- Classificação periódica dos elementos químicos;
- Transformações físicas e químicas;
- Equações químicas;
- Funções químicas;
III – SISTEMAS BIOLÓGICOS
- Constituição dos seres vivos;
- Organização celular;
- Fecundação e hereditariedade;
- Fundamentos básicos da genética;
- Etnias e o estudo do patrimônio genético;
IV – ENERGIA
- Eletricidade e magnetismo;
- Ondas: eletromagnéticas, mecânicas e sons;
V - BIODIVERSIDADE
- Conceitos de sociedade humana
- Sociobiologia;
87
12.2.6 CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS (DESAFIOS EDUCACIONAIS
CONTEMPORÂNEOS)
A partir de conteúdos complementares em todas as séries/anos serão
considerados conteúdos os desafios educacionais sócios contemporâneos: História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana, História e Cultura dos povos Indígenas, História do
Paraná, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação
Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência contra a Criança e o
Adolescente, ECA, Música, entre outros; serão chamados transversalmente como
conteúdos se relacionando aos conteúdos da disciplina à partir das questões políticas,
sociais, históricas, culturais e econômicas.
12.2.7 REFERÊNCIAS:
ARRUDA, Sérgio de Mello. LABURU, Carlos Eduardo. NARDI, Roberto.
Pluralismo Metodológico no Ensino de Ciências. Ciência e Educação, v.9, n.2, p.
247-260, 2003.
BACCEGA, M.A. Televisão na escola. Televisão e Escola, uma mediação
possível? São Paulo: Editora Senac, 2003.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: Ciências Naturais / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC /
SEF, 1998. 138 p.
COSTA, M.V. A pedagogia da cultura e as crianças e jovens das nossas escolas.
Jornal "a Página", ano 12, n. 127, Outubro 2003, p. 34. Disponível em:
http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=2703. Acesso em: 05 abr. 2008.
GIROUX, H. A. Praticando estudos culturais nas faculdades de educação. In:
SILVA, T.T. (org.) Alienígenas na sala de aula. Petrópolis: Vozes, 1995.
KRASILCHIK, M. O professor e o currículo de Ciências. São Paulo: EPU/Edusp,
1987.
88
MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília: Unb, 1999.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Básica / Departamento de Educação
Básica Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Biologia. . Curitiba: SEED, 2008.
12.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
12.3.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Historicamente a disciplina de Educação Física no Brasil iniciou-se com práticas
corporais oriundas de teorias europeias com a denominação de ginástica, que tinha como
objetivo desenvolver a saúde e a formação moral dos(as) cidadãos(ãs) brasileiros,
principalmente nas instituições militares.
Após a desmilitarização da Educação Física no término da década de 30, teve
início a popularização do esporte, passando a ser um dos principais conteúdos
trabalhados nas aulas com o objetivo de formação de atletas.
A partir da década de 70, a disciplina se estende atravessando por diversas
concepções, correntes ou tendências, sendo elas: psicomotricidade, desenvolvimentista,
construtivista, crítico-superadora, crítico-emancipatória e a histórico-crítica.
Logo após a LDB (nº 9.394/96), são lançados os Parâmetros Curriculares
Nacionais - PCNs com a intenção de passar a constituir-se referencial para construção
das propostas curriculares nas esferas estaduais e municipais em nosso país.
Nesse sentido, a Educação Física, compondo um artefato curricular da Educação
Básica, traz uma proposta articulada com o Projeto Político Pedagógico que procura
democratização, humanização e diversificação da prática pedagógica da área,
incorporando as dimensões afetivas, cognitivas e socioculturais dos/as educandos/as.
Tentando romper com a visão que na Educação Física não basta a repetição de
gestos estereotipados, automatizados e reproduzidos, sendo assim é necessário que o/a
educando/a se aproprie do processo de construção do conhecimento relativo ao corpo e
ao movimento e construa uma possibilidade autônoma de utilização de seu potencial.
Preponderando a Educação Física com objetivo próprio de estudo o corpo em
89
movimento; este corpo não é entendido como mera manifestação sinestésica, mas como
um corpo humano em movimento.
Assim o papel da Educação Física será o de transcender aquilo que se apresenta
como senso comum, desmistificando formas já arraigadas e equivocadas sobre o
entendimento das diversas práticas e manifestações corporais. Desse modo, prioriza-se a
construção do conhecimento sistematizado, como oportunidade ímpar de re-elaboração
de ideias e práticas que, por meio de ações pedagógicas, intensifiquem a compreensão
do/a educando/a como sujeito, sobre a gama de conhecimentos produzidos
historicamente pela humanidade e suas implicações para a vida. O objetivo último das
práticas corporais da Educação Física, deve ser a modificação das relações do ser
humano interativo.
Que segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais (DCEs, p. 123, 2008) centra seu
ensino e objeto de estudo na Cultura Corporal, como forma “[...] de garantir o acesso ao
conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais
historicamente produzidos pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais
amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito,
que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.”
Portanto fundamentam-se os conteúdos estruturantes da Educação Física: no
esporte, jogos e brincadeiras, ginástica, danças e lutas, onde cada um deles será tratado
sob uma abordagem que contemple os fundamentos da disciplina, e garanta a articulação
entre os elementos de ampliação (corpo, ludicidade, saúde, mundo do trabalho,
desportivização, técnica e tática, lazer, diversidade e mídia). Estes como conhecimentos
da realidade permitem conexões com os determinantes políticos, históricos, sociais,
econômicos, culturais, que representados atuam na integração e valorização do trabalho
conjunto, na convivência com as diferenças, na formação e participação social, crítica,
democrática e autônoma em benefício do ensino que considera a afirmação de valores na
construção crítica da cidadania.
12.3.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Conhecer e vivenciar os fundamentos específicos dos conteúdos básicos que
forem trabalhados;
• Identificar historicamente os conteúdos básicos selecionados ampliando seus
conhecimentos sobre o mundo atual através da cultura corporal;
90
• Garantir o acesso e a reflexão sobre as práticas esportivas como um instrumento
de melhoria da qualidade de vida, de socialização e de formação de um cidadão
que é ao mesmo tempo sujeito e agente do conhecimento.
12.3.3 METODOLOGIA
Considerada a referência do/a educando/a, os conteúdos da disciplina serão
abordados de forma contextualizada e interdisciplinar, considerando aspectos históricos,
políticos e sociais buscando o estabelecimento das relações com a realidade local,
cultural e econômica. Sendo apresentados de forma desafiadora, questionadora pelo/a
educador/a organizador/a conduzindo a problematização e, posteriormente ao
desenvolvimento das atividades referenciando-se á apreensão do conhecimento e
finalmente a reflexão sobre a prática passível de recriação e outras variações através de
seus conteúdos estruturantes:
Esportes
Visa o desenvolvimento das qualidades físicas e aproximação das habilidades com
bola, através da prática dos fundamentos básicos de cada modalidade, bem como
reconhecimento das regras principais, para que se possa vivenciá-lo como jogo.
Através da forma simplificada do jogo podendo colaborar para reforçar valores,
como: respeito aos limites seus e do outro, cooperação e cumprimento das regras.
Articulando-se com outras possibilidades corporais, utilizando-se da reflexão crítica
dos signos sociais, expressos por meio do preconceito racial ou ético, da sexualidade, da
diferenciação entre gênero da violência simbólica.
Jogos e Brincadeiras
Momento privilegiado que busca através da exposição, o estabelecimento de
relações entre jogos e brincadeiras antigas com os jogos e brincadeiras de hoje,
vivenciados na prática.
Ginástica
Possibilitada através da prática de movimentos naturais do nosso dia-a-dia e de
atividades diferenciadas, como movimentos de imitação de animais para oportunizar o
91
reconhecimento do corpo e percepção de alterações que ocorrem no organismo com a
prática de exercícios e através da movimentação, o descobrir-se e reconhecer as
possibilidades e limitação do próprio corpo.
Lutas
Abordar as lutas como um conhecimento que permite a identificação de valores
culturais, histórica e cronologicamente situadas onde foram ou são praticadas. Esclarecer
aos alunos as suas funções, transformações ocorridas e caracterizá-lo como uma
relevante manifestação da cultura corporal.
Dança
Experienciada através da expressão corporal e facial, realizando diveros tipos de
danças, buscando sua história, trajes, regiões.
Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas, através de mímicas,
imitações e representações em grupo e individuais, expressões corporais com e sem
materiais.
Considerando, como recorte transversal, em todas as séries ainda, os Desafios
Educacionais Contemporâneos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, História e
Cultura dos povos Indígenas, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade
Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência contra a
Criança e o Adolescente, ECA, entre outros; como recortes chamados pelos conteúdos da
disciplina.
12.3.4 AVALIAÇÃO
A avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos/as os/as
educandos/as, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não como um
elemento externo a este processo. Não pode deixar de estar atrelada ao Projeto Político
Pedagógico da instituição escolar, sendo confirmada, identificando os processos do/a
educando/a durante o ano letivo.
A partir da avaliação diagnóstica, tanto educador/a quanto os/as educandos/as
poderão analisar o processo desenvolvido até então para identificar lacunas no processo
92
de ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros ensinamentos que
visem à superação das dificuldades constatadas.
Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o/a educador/a estará
organizando e reorganizando o seu trabalho, tendo no horizonte as diversas
manifestações corporais evidenciadas nas formas de ginástica, do esporte, dos jogos, das
brincadeiras, das lutas, da dança, do teatro levando os/as educandos/as a refletirem e a
se posicionarem criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o
mundo.
Assim, devemos entender que a avaliação deverá partir da observação do agir e
interagir com o/a educando/a no meio ambiente como consequência do conhecimento re-
elaborado e das práticas vivenciadas e não apenas dos gestos, das técnicas, da
performance e dos resultados de competições.
Nesta disciplina serão avaliados:
− Grau de apreensão, envolvimento e participação na ação educativa para a
construção do conhecimento;
− Disciplina na ação educativa;
− Trabalhos individuais e em grupos;
− Avaliações teóricas e práticas.
O processo avaliativo também incluirá outros instrumentos avaliativos requeridos
pelos conteúdos abordados, podendo ter momentos formalizados que enfatizam outra
categoria já expressa nas DCEs, devendo ser claros, coerentes e do conhecimento
dos/as educandos/as.
A avaliação deverá ainda oportunizar momentos de autoavaliação para o/a
educando/a e para o/a educador/a, visando uma reflexão sobre o desempenho, os
resultados obtidos, a metodologia e a organização do trabalho, e dando subsídios que
irão balizar a continuidade do processo educativo de acordo com o papel a que a
Educação Física se propõe.
12.3.5 CONTEÚDOS CURRICULARES
Conteúdos Estruturantes/ Conteúdos Básicos da disciplina e específicos.
Elementos articuladores: Cultura corporal e corpo;
93
Cultura corporal e saúde;
Cultura corporal e ludicidade;
Cultura corporal e o mundo do trabalho;
Cultura corporal e desportivização;
Cultura corporal – Técnica e tática;
Cultura corporal e lazer;
Cultura corporal e diversidade;
Cultura corporal e mídia.
Conteúdos Estruturantes/ Conteúdos Básicos e Específicos/ Conteúdos Obrigatórios.
5ª série/6º Ano
- Conteúdo Estruturante: Esporte.
-Conteúdos Básicos e específicos:
Coletivos: handebol, basquetebol, voleibol e futsal.
Individuais: atletismo, tênis de mesa.
Origem, evolução, contexto atual, regras.
-Conteúdo Estruturante: Jogos e brincadeiras.
-Conteúdos Básicos e específicos:
Jogos e brincadeiras populares: bete-ombro, bulica, queimada, amarelinha, alerta, pular
corda, entre outras.
Brincadeiras e cantigas de roda: lenço atrás, ciranda cirandinha, entre outras.
Jogos de tabuleiros: xadrez.
Jogos dramáticos: improvisação, imitação, mímica.
Jogos cooperativos:
Origem, histórico, contexto atual, confecção, movimentação.
-Conteúdo Estruturante: Dança.
-Conteúdos Básicos e específicos:
Danças folclóricas;
Danças de rua;
Danças criativas;
94
Origem, histórico, contextualização, expressão e ritmo.
-Conteúdo Estruturante: Ginástica.
-Conteúdos Básicos e específicos:
Ginástica rítmica;
Ginástica olímpica;
Ginástica geral;
Origem, histórico, manifestações, movimentação, modalidades ginásticas, consciência
corporal.
-Conteúdo Estruturante: Lutas.
-Conteúdos Básicos e específicos:
Lutas de aproximação: judô e jiu-jítsu; Capoeira, karatê, taekwondo;
Lutas à distância.
Origem, histórico, material alternativo, música, movimentação.
6ª série/7º Ano
-Conteúdo Estruturante: Esporte.
-Conteúdos Básicos e específicos:
Coletivos: handebol, basquetebol, voleibol e futsal;
Individuais: atletismo, tênis de mesa;
Origem, mudança na história, regras e elementos básicos do esporte, fundamentos das
diversas modalidades desportivas, competição esportiva.
-Conteúdo Estruturante: Jogos e brincadeiras
-Conteúdos Básicos e específicos:
Jogos e brincadeiras populares: bets, bulica, queimada, amarelinha, alerta, pular corda,
entre outras.
Brincadeiras e cantigas de roda: lenço atrás, ciranda cirandinha, entre outras.
Jogos de tabuleiro: xadrez;
Jogos dramáticos: improvisação, imitação, mímica.
Jogos cooperativos.
Recorte histórico, diferenciação, construção, diferenças regionais.
95
-Conteúdo Estruturante: Dança.
-Conteúdo Básico e específico:
Danças folclóricas;
Danças de rua;
Danças criativas;
Danças circulares;
Recorte histórico, movimentos, coreografias, instrumentos musicais.
-Conteúdo Estruturante: Ginástica.
-Conteúdos Básicos e específicos:
Ginástica rítmica;
Ginástica olímpica;
Ginástica geral;
Aspectos históricos e culturais, posturas e elementos ginásticos.
-Conteúdo Estruturante: Lutas.
-Conteúdos Básicos e específicos: Lutas de aproximação: judô, jiu-jítsu; Capoeira, karatê,
taekwondo.
Origem e mudanças históricas, jogos adaptados, movimentação.
7ª série/8º ano
-Conteúdo Estruturante: Esporte.
-Conteúdos Básicos e específicos:
Individual: atletismo, tênis de mesa (individual e dupla).
Coletivos: handebol, basquetebol, voleibol, futsal.
Radicais.
Recorte histórico, possibilidades do esporte como atividade corporal, esporte como
fenômeno de massa, contexto, fundamentos das diversas modalidades esportivas, ética
na competição esportiva.
-Conteúdo Estruturante: Jogos e brincadeiras.
-Conteúdos Básicos e específicos:
96
Jogos e brincadeiras populares: mãe pega, stop, mãe com números (várias
diferenciações de mãe).
Jogos de tabuleiro: xadrez(estratégias e jogadas), dama e tria.
Jogos dramáticos.
Jogos cooperativos: futpar, mãe corrente, grupos com números.
Recorte histórico, festivais, estratégias.
- Conteúdo Estruturante: Dança.
-Conteúdos Básicos e específicos:
Danças criativas;
Danças circulares: folclórica;
Recorte histórico, elementos e técnicas, esquetes.
-Conteúdo Estruturante: Ginástica.
-Conteúdos Básicos e específicos:
Ginástica rítmica;
Ginástica geral: de condicionamento físico, alongamento, circuitos, ginástica aeróbica;
Recortes históricos e culturais, posturas e elementos ginásticos, origem, manuseio dos
elementos, movimentação.
-Conteúdo Estruturante: Lutas.
-Conteúdos Básicos e específicos:
Lutas com instrumentos, mediador;
Capoeira;
Roda de capoeira, jogos de oposição.
8ª série/9º ano
-Conteúdo Estruturante: Esporte.
-Conteúdos Básicos e específicos:
Individual: atletismo, tênis de mesa (individual e dupla).
Coletivos: handebol, basquetebol, voleibol, futsal;
Radicais;
Recorte histórico, festivais esportivos, contexto social e econômico, regras oficiais e
97
sistemas táticos, fundamentos, competição esportiva: tabela, súmula.
-Conteúdo Estruturante: Jogos e brincadeiras.
-Conteúdos Básicos e específicos:
Jogos e brincadeiras populares;
Jogos de tabuleiros: xadrez (estratégias e jogadas);
Jogos dramáticos;
Jogos cooperativos;
Organização, criação, interpretação e diferenciação, jogos competitivos.
-Conteúdo Estruturante: Dança.
-Conteúdos Básicos e específicos:
Danças criativas;
Danças circulares: dança folclórica.
Recorte histórico, organização, elementos e técnicas.
-Conteúdo Estruturante: Ginástica.
-Conteúdos Básicos e específicos:
Ginástica rítmica;
Ginástica geral;
Origem, trajetória, ginástica e cultura de rua, ginásticas desportivas, recursos
ergogênicos.
-Conteúdos Estruturantes: Lutas.
-Conteúdos Básicos e específicos:
Lutas com instrumento, mediador;
Capoeira;
Origem e aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de
lutas.
12.3.6 CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS, DESAFIOS EDUCACIONAIS
CONTEMPORÂNEOS QUE SERÃO TRABALHADOS EM TODAS AS SÉRIES/ANOS
• História do Paraná – Lei nº 13.381/01.
98
• História e Cultura Afro – Brasileira, africana e indígena – Lei nº 11.645/08.
• Música – Lei nº 11769/08.
• Prevenção ao uso de drogas – Lei Estadual nº 14607/05
• Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento a
Violência contra a Criança e o Adolescente. Direito da Criança e do Adolescente –
Lei Federal nº 11.525/07.
• Educação Tributária – Portaria nº 413/02.
• Educação Ambiental – Lei Federal nº 9795/99 – Decreto nº 4281/02.
12.3.7 REFERÊNCIAS
AMARAL, J.D. Jogos cooperativos. 2. ed. São Paulo: Phorte,2007.
ANTUNES, C.; Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências ; 8ª ed.;
Editora vozes.
BRASIL. Confederação Brasileira de Voleibol, Regras oficiais do voleibol. Rio de
Janeiro: Ed. Sprint, 2005
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: Ciências Naturais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF,
1998. 138 p.
BRASIL. Lei n. 9.394/96. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 20 de dezembro de 1996.
________. Lei no 9394/06. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
________. Lei no 10639/03. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, para incluir no currículo oficial a obrigatoriedade da temática “História e
Cultura Afro-Brasileira”.
BRASIL. Ministério da Educação e da Cultura. Secretaria de Educação Física e
99
Desportos.Secretaria de Estado Educação-PR. Coordenação de Educação Física.
Caderno Pedagógico do Voleibol.Curitiba.1984.
BORSARI, J.B. Educação física da pré escola à Universidade 5 reimpressão
São Paulo E.P.U. 1980.
BROTTO, F. O. Jogo cooperativo: o jogo e o esporte como um exercício de
convivência. Santos,SP: Projeto Cooperação,2001.
CAVALLARI. V.R.; Trabalhando com recreação 5ª ed.;Cone editora.
DAIUTO,M.; Basquetebol metodologia do ensino,;5ª ed.;Editora Brasipal Ltda.
ESCAMEZ, J.L.M.; Iniciação nos jogos esportes alternativos coletânea; Editora
Itatiaia Belo Horizonte.
- FLOR, I. et AL. Manual de Educação Física. Tradução ALMEIDA, Adriana de;
SANTOS, Flávia Ferreira dos; CIRONE, Mônica Iglesias de. Brasil, Gráfica Grecco e
Melo, 2008.
GUERRA, M. Recreação e lazer 4ª ed Editora Sagra-DCLuzzatto Porto Alegre.
MATTOS, M.G. de. Construindo o movimento na escola 3ª ed.;São Paulo 2000
MORENO, G.; Recreação 10000 com acessórios 2ª ed; Sprint
PARANÁ. Secretaria de Estado da Cultura e do Esporte. Coordenadoria do
esporte. Apostila de Educação Física e Desportos. Curitiba: Imprensa Oficial do Estado
do Paraná, nº 1, p. 13 – 81, 1981.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Educação Física/ Vários autores.
Curitiba: SEED-PR, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Básica / Departamento de Educação
100
Básica Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Educação Física. Curitiba:
SEED, 2008.
PARANÁ, Superintendência da Educação. Currículo Básico para a escola
pública do estado do Paraná. 3. Ed. Curitiba. 1997.
RODRIGUES, M. Manual teórico prático de educação física infantil ; 5ª edição;
Editora Cone.
SANTOS, Rogério dos. Handebol 1000 exercícios. Rio de Janeiro,RJ: Editora
Sprint, 1997.
_________ Regras Oficiais de Atletismo, Handebol, Futsal e Voleibol. Rio de
Janeiro, RJ: Editora Sprint, 1999.
SAVIANI, Demerval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações.
Campinas: Autores Associados, 1997.
TEIXEIRA, H.V. Educação física e desportos 3ª ed – 1997 Editora Saraiva São
Paulo.
12.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO
RELIGIOSO
12.4.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA DISCIPLINA
No Brasil, a disciplina de Ensino Religioso faz parte dos currículos escolares há muito
tempo, assumindo diferentes características pedagógicas e legais conforme os períodos
históricos.
No Brasil Colônia deu-se a primeira forma de inclusão dos temas religiosos no Brasil, que
perdurou até a Constituição da República em 1891, onde as atividades de evangelização
eram promovidas por integrantes da Companhia de Jesus e outras instituições religiosas
católicas existentes na época e durou cerca de trezentos anos.
101
Com a vonda da república surgiu o impulso de reestruturar a educação com um cunho
laical, no sentido da neutralidade religiosa.
Em 1934, o Estado Novo introduziu na educação a disciplina de Ensino Religioso,
salvaguardando o direito individual da liberdade de credo, porém abordava unicamente a
doutrina cristã e suscitava ainda a incoerência de propor uma disciplina integrante da
formação básica do cidadão e, ao mesmo tempo, propor seu caráter facultativo ao aluno.
Em meados da década de 60 foi suprimido o aspecto confessional do Ensino Religioso,
abrindo-se a possibilidade de reelaboração da disciplina em função de uma perspectiva
aconfessional de ensino. Porém, as aulas continuavam sem acarretar ônus ao poder
público e relegadas a professores voluntários ligados a denominações religiosas e,
consequentemente, sofriam forte influência do caráter confessional dessas instituições.
A possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional e público só se concretizou
legalmente com a atual LDB 9394/96, onde pela primeira vez na história dos temas
religiosos na educação brasileira, foi proposto um modelo laico e pluralista com a intenção
de impedir qualquer forma de prática catequética nas escolas públicas.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação básica, ao definir qual formação
se quer proporcionar a seus alunos, a escola contribui para determinar o tipo de
participação que lhes caberá na sociedade. Nesse sentido, a escola deve incentivar a
prática pedagógica fundamentada e voltada para atender igualmente o aluno, seja qual for
sua condição social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural e sua religião.
12.4.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Abordar conteúdos escolares que tratem das diversas manifestações
culturais e religiosas, dos seu ritos, das suas paisagens e doas seus
símbolos, e relações culturais sociais de que são impregnadas as formas
diversas de religiosidade.
• Propiciar a compreensão, comparação e análise das diferentes
manifestações do Sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos
significados.
• Subsidiar os educandos na compreensão de conceitos básicos no campo
religioso, tanto na afirmação quanto na negação do Sagrado.
• Entender o conhecimento religioso como um patrimônio por estar presente
102
no desenvolvimento histórico da humanidade.
12.4.3 METODOLOGIA
O trabalho pedagógico proposto pelas Diretrizes Curriculares da Educação Básica
para a disciplina de Ensino Religioso está ancorado na perspectiva da superação das
práticas tradicionais que marcaram o ensino escolar. Para tanto, propõe-se um
encaminhamento metodológico baseado na aula dialogada, isto é, partindo da experiência
religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios para, em seguida, apresentar o
conteúdo que será trabalhado.
O professor deve posicionar-se de forma clara, objetiva e crítica quanto ao
conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-cultural, exercendo a tarefa de
mediador entre os saberes que o aluno já possui e os conteúdos a serem trabalhados em
sala de aula.
Num segundo momento didático propõe-se a problematização do conteúdo, que
consiste na elaboração de questões que articulem o conteúdo em estudo à vida do
educando, repudiando-se quaisquer juízos de valor sobre esta ou aquela prática religiosa.
É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do
educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão aspectos
reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da diversidade sociocultural. É
vedado toda e qualquer forma de proselitismo e doutrinação, entendendo-se que os
conteúdos de Ensino Religioso devem ser trabalhados enquanto conhecimento da
diversidade sócio-político e cultural.
Para que o processo pedagógico na disciplina realmente se efetive, propõe-se que
seja destacado o conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das
diferentes culturas, nas quais estão firmadas o Sagrado e suas expressões coletivas,
aliando-os aos conteúdos obrigatórios que integram os Desafios Educacionais Sócio
Contemporâneos.
12.4.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
103
Na disciplina de Ensino Religioso, para se efetivar o processo de avaliação, é
necessário estabelecer os instrumentos avaliativos e definir os critérios que explicitem o
quanto o aluno se apropriou de determinado conteúdo da disciplina, sendo capaz de
relacioná-lo com as outras disciplinas.
Diante da sistematização dos resultados, que na disciplina de Ensino Religioso não
são transformados em notas para fins de aprovação ou reprovação, é que o professor terá
elementos para planejar as necessárias intervenções no processo pedagógico, bem como
retomar as lacunas identificadas na aprendizagem dos alunos.
12.4.5 CONTEÚDOS DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO, POR SÉRIE:
5ª série/6º Ano
• Organizações Religiosas;
- Os fundadores e / ou líderes religiosos;
• Lugares Sagrados;
• Textos Sagrados Orais ou Escritos;
• Símbolos Religiosos
- Dos ritos;
- Dos mitos;
- Do cotidiano.
6ª série/7º Ano
• Temporalidade Sagrada
- Calendário e temporalidade sagrada;
• Festas Religiosas
- Peregrinações;
- Festas Familiares;
- Festas nos Templos;
- Datas Comemorativas;
• Ritos
- Os ritos de passagem;
- Os mortuários;
- Os propiciatórios, entre outros.
104
• Vida e Morte
12.4.6 REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de
dezembro de 1996.
ELIADE, M. O Sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
SAVIANI, D. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1991.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ensino Religioso,
Secretaria de Estado da Educação, 2008.
12.5. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE
GEOGRAFIA
12.5.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA:
Desde a sua origem, o homem estabeleceu relações com a natureza, buscando es-
tratégias para sua sobrevivência, começou a modificar a natureza, plantando e colhendo,
criando animais, erguendo construções, observando as dinâmicas naturais e podendo as-
sim se adaptar as novas mudanças.
A partir da Antiguidade Clássica, ampliaram-se os conhecimentos com relação à
sociedade e natureza. Desenvolveu-se novos conhecimentos sobre o espaço como a ela-
boração de mapas, tamanho e forma da Terra, distribuição de terras e águas.
Já na Idade média o pensamento geográfico foi influenciado pela visão de mundo
imposta pelo poder e pela organização socioespacial então estabelecida.
Neste momento o conhecimento sobre o espaço passou a ser uma preocupação
não só dos pensadores como do Estado e da Sociedade.
Nos fins do século XVII a disciplina de Geografia começa a passar pelo olhar objeti-
vado da ciência, mas não existia como ciência. Após o século XVIII, ampliaram as con-
quistas de novas terras por parte de alguns países europeus, criando sociedades geográ-
105
ficas, pois havia interesses econômicos e territoriais. E, no século XIX, surgem as escolas
nacionais de pensamento geográficas, caso da alemã (Humboldt e outras) e a francesa
(principalmente com Vidal de La Blache).
Para Ratzel, escola alemã, quanto mais culto fosse um povo, maior o domínio so-
bre a natureza, proporcionando assim melhores condições de vida.
A geografia Clássica criou alguns princípios básicos, sendo eles: de unidade terres-
tre, sendo a terra como um todo; da individualidade, apresenta características próprias de
cada lugar, que podem ser reproduzidos em outros lugares; da atividade, a natureza é, di-
nâmica e esta em constante atividade; da conexão, pressupõe a inter-relação entre os
elementos da superfície terrestre; da comparação, as diferenças individuais de cada lugar,
da extensão, determina que todo fenômeno manifesta numa porção variável do planeta e
por fim o da localização, todo fenômeno pode ser delimitado.
Desde o século XIX, na Europa, a Geografia estava presente nas Universidades,
porém no Brasil só aconteceu mais tarde de forma indireta.
Na década de 1930 o governo brasileiro institucionaliza a Geografia, criando o
IBGE com o intuito de desenvolver pesquisas, buscando compreender e descrever o terri -
tório para servir aos interesses políticos e econômicos do Estado, essa abordagem per-
maneceu até 1960. A partir daí, dá-se a ênfase a memorização de fatos e informações va-
lorizando os conteúdos em si e não necessariamente a compreensão de espaço, ficando
conhecida como Geografia tradicional, perdurando até o início dos anos 80.
Na metade do século XX surgem novos enfoques para a análise do espaço geográ-
fico, além de reformulações no campo temático da Geografia, com a internacionalização
da economia mundial, provocando assim a degradação da natureza, aumentando as desi-
gualdades e injustiças, bem como as questões culturais e demográficas; com tais mudan-
ças do pensamento geográfico, o ensino da geografia tornou-se mais significativo, contra-
pondo-se então a Geografia Tradicional surge a Geografia Crítica que faz uma análise crí-
tica do espaço geográfico.
No ano de 1990, há uma crítica sobre a Geografia Tradicional quanto a Geografia
Crítica, onde são introduzidos assuntos como geografia cultural e geografia socioambien-
tal.
Atualmente, as Diretrizes Curriculares Estaduais se apresentam como um docu-
mento, fruto das construções e reconstruções dos (as) educadores (as) paranaenses a
que vem nortear para um repensar da prática pedagógica escolar a partir de questões
epistemológicas, teóricas, metodológicas que estimulam a reflexão sobre a disciplina res-
106
tabelecendo seu objeto de estudo, seu ensino e aprendizagem.
Nesse sentido, considerando a especificidade da disciplina enquanto campo do co-
nhecimento que tem por objeto de estudo (DCEs, 2008, p. 258) “o espaço produzido e
apropriado pela sociedade [...] composto pela inter-relação entre sistemas e objetos – na-
turais, culturais, e técnicos – sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e
econômicas [...] ” torna claro o objeto que é o espaço geográfico compreendido como pro-
duto social e os seus conceitos geográficos tais como: lugar, paisagem, região, território,
natureza, sociedade que desenvolvidos fornecem a instrumentalização para a análise,
compreensão da interação com o espaço natural e a intervenção na realidade tendo em
vista a sua transformação social.
Assim, o ensino, estudo e a aprendizagem como processo da Geografia tem por fi-
nalidade a compreensão crítica do espaço geográfico que vivemos, suas características,
diferenciações, aproximações e organização tornando possível a aquisição de uma cons-
ciência maior dos vínculos afetivos e de identidade para com o espaço que ocupamos e o
compromisso com a sociedade e a natureza vindo ainda, a possibilitar ao (a) educando(a)
ampliação da capacidade de observação, conhecimento, explicação, comparação e repre-
sentação de sua realidade local, entorno e de diferentes espaços/paisagens geográficas.
Esse enfoque alerta para as transformações que a sociedade passa que impõe a
disciplina, de geografia, novas funções que no momento pode ser atendida, segundo
(Marçal & Moreira, 2009) por uma abordagem relacional, [...] [trabalhando] com diferentes
noções espaciais e temporais, bem como com os fenômenos sociais, culturais e naturais
[permitindo ao(a) educando(a) atuação consciente, crítica e] uma compreensão proces-
sual e dinâmica de sua constituição, [procurando] identificar e relacionar aquilo que na
paisagem representa as heranças.
12.5.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
• Apropriar-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza, socie-
dade e lugar;
• Localizar-se e orientar-se utilizando a linguagem cartográfica;
• Entender o processo de transformação das paisagens, levando em consi-
deração as formas de ocupação, as atividades econômicas desenvolvidas, a dinâmica
populacional e a diversidade cultural;
• Compreender a regionalização do espaço mundial e a importância das re-
lações de poder na configuração das fronteiras e territórios;
107
• Entender a importância de uma atitude responsável de cuidado com o
meio em que vivem, percebendo os cuidados que se devem ter na preservação e con-
servação da natureza.
12.5.3. METODOLOGIA
O encaminhamento metodológico da disciplina se dará de forma contextualizada e
interdisciplinar, através da articulação crítica, criativa, dinâmica, integrada e permanente
dos conteúdos estruturantes numa abordagem histórica, social, econômica, cultural e polí -
tica relacionada aos conteúdos específicos garantindo o desenvolvimento dos conteúdos
básicos.
Para buscar a efetivação do aprendizado possibilitando a apropriação e construção
ativa do conhecimento geográfico específico e seus conceitos a intervenção mediadora
do(a) educador(a) buscará a problematização, a reflexão e o raciocínio para despertar o
interesse no trabalho pedagógico com os conteúdos partindo do conhecimento prévio, co-
tidiano imediato, do(a) educando(a) sujeito consciente do processo dialogado que estimu-
lado a perceber o local pleno de significações como ponto de partida e de chegada para a
realidade passível de intervenções.
A compreensão do espaço geográfico, das conceituações, das relações socioespa-
ciais nas diversas escalas geográficas exige a utilização de: aulas de campo, recursos áu-
dio visuais, linguagem cartográfica, prática de leitura e releitura de obras de arte e de lite-
ratura, entre outras provendo uma educação voltada para a qualidade de ensino e de
aprendizagem.
12.5.4 AVALIAÇÃO
A avaliação do processo ensino e aprendizagem esta vinculada ao Projeto Político
Pedagógico, sendo realizada de forma formativa, diagnóstica, processual, contínua, per-
manente, cumulativa como meio de acompanhamento da apropriação dos conteúdos,
exame da realidade, re-exame da prática pedagógica e norteadora da ação do(a) educa-
dor(a) que planeja e propõe encaminhamentos para enfrentamento das fragilidades cons-
tatadas e ou avanços conquistados.
Considerando os vários ritmos de aprendizagem, observará o posicionamento críti-
co, a formação conceitual geográfica, a concepção científica e o entendimento das rela-
ções socioespaciais manifestada pelo(a) educando(a) para com o meio natural e cultural
108
em termos de relações entre espaço-tempo-sociedade-natureza.
Além da observação com registro da participação de cada educando(a) a aplicação
de diferentes instrumentos que envolvam a expressão oral, escrita, pictórica, gráfica e nu-
mérica, de forma a se obter informações que melhor favoreçam a aprendizagem, serão
utilizadas, com valores pré-estabelecidos e do conhecimento dos envolvidos, como: pes-
quisas bibliográficas; relatórios de filmes; documentários ou seminários; interpretação e
produções textuais de Geografia; interpretações de mapas, charges, gráficos; construção
de mapas e representações espaciais; elaboração de resumos; análise de espaços; pro-
vas teóricas e práticas, entre outros.
Como parte do processo pedagógico se efetivará individualmente, sob a forma de
grupos permitindo a retomada do conteúdo e redimensionamento da prática pedagógica.
12.5.5 CONTEÚDOS CURRICULARES
5ª série/6º ano
Conteúdos básicos:
A formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção;
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço ge-
ográfico;
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população;
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultu-
ral;
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Conteúdos específicos:
O que estuda a Geografia:
Homem, Paisagem e Espaço Geográfico;
Localização no Espaço Terrestre;
Orientação no Espaço Geográfico;
109
Cartografia;
Ambiente Terrestre:
Litosfera;
Atmosfera;
Hidrosfera;
Biosfera.
Divisão Social do Trabalho;
Sociedade e Trabalho;
Atividades Econômicas – Caracterização das principais atividades econômicas do
Estado do Paraná.
Setor Primário da Economia – Destaque para a produção agropecuária paranaen-
se.
Setor Secundário da Economia – Destaque para o crescimento industrial no Estado
do Paraná.
Setor Terciário da Economia – Características dos serviços e circulação de rique-
zas no Paraná.
Impactos Ambientais.
6ª série/7º ano
Conteúdos Básicos:
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de explora-
ção e produção;
As diversas regionalizações do espaço brasileiro;
As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural;
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população;
Movimentos migratórios e suas motivações;
O espaço rural e a modernização da agricultura;
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urba-
nização;
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geo-
gráfico;
110
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações;
Conteúdos específicos:
Aspectos Gerais do Brasil:
Extensão;
Posição Geográfica;
Fusos Horários;
Relevo;
Clima;
Vegetação;
Meio Urbano e Rural;
Regionalização do Brasil:
IBGE;
Geoeconômicas – Complexos Regionais;
Região Sul – Destaque para a Geografia do Paraná.
Aspectos físicos do Paraná (Relevo, vegetação, hidrografia e clima);
Caracterização do Espaço Agrário do Paraná e a Modernização Agropecuária;
Tipos de indústrias do Paraná, destaque para a cidade industrial de Curitiba;
Geografia Cultural do Paraná: a participação dos imigrantes na atual sociedade pa-
ranaense;
Impactos ambientais no Estado do Paraná;
Aspectos Naturais;
Aspectos Sociais;
Aspectos Econômicos;
Região Sudeste:
Aspectos Naturais;
Aspectos Sociais;
Aspectos Econômicos;
Região Nordeste:
Aspectos Naturais;
Aspectos Sociais;
Aspectos Econômicos;
Região Centro-Oeste:
Aspectos Naturais;
Aspectos Sociais;
111
Aspectos Econômicos;
Região Norte:
Aspectos Naturais;
Aspectos Sociais;
Aspectos Econômicos.
7ª série/8º ano
Conteúdos básicos:
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do conti-
nente americano;
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
O comércio e suas implicações socioespaciais;
A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço ge-
ográfico;
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
O espaço rural e a modernização da agricultura;
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população;
Os movimentos migratórios e suas motivações;
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
Conteúdos específicos:
Regionalização do Espaço Mundial:
Continentes;
Divisões Sócio-Econômicas – Norte e Sul, Desenvolvidos e Subdesenvolvidos;
Paisagens;
Globalização:
Blocos Econômicos;
Sistemas Econômicos;
Capitalismo e Socialismo;
Demografia;
112
IDH.
América:
Aspectos Naturais;
Aspectos Sociais;
Aspectos Econômicos;
Destaque para o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), e a participação do esta-
do do Paraná;
O Paraná na rota do MERCOSUL, o impulso na atividade industrial e na agropecu-
ária;
A importância da consolidação do MERCOSUL para a economia do Estado do Pa-
raná;
Regionalização da América:
América do Norte;
Aspectos Naturais;
Aspectos Sociais;
Aspectos Econômicos.
América Central:
Aspectos Naturais;
Aspectos Sociais;
Aspectos Econômicos.
América do Sul:
Aspectos Naturais;
Aspectos Sociais;
Aspectos Econômicos.
8ª série/9º ano
Conteúdos Básicos:
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da pro-
dução;
O comércio e suas implicações socioespaciais;
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
113
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população;
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
Os movimentos migratórios e suas motivações;
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) or-
ganização do espaço geográfico;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de explora-
ção e produção;
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração ter-
ritorial;
Conteúdos específicos:
Geopolítica;
Urbanização Mundial:
Questões Ambientais;
Capitalismo;
Organizações Mundiais: ONU, UNICEF, etc.
Europa:
Aspectos Naturais;
Aspectos Sociais;
Aspectos Econômicos.
Ásia:
Aspectos Naturais;
Aspectos Sociais;
Aspectos Econômicos.
África:
Aspectos Naturais;
Aspectos Sociais;
Aspectos Econômicos.
Oceania:
Aspectos Naturais;
Aspectos Sociais;
Aspectos Econômicos.
12.5.6 CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS (DESAFIOS EDUCACIONAIS
114
CONTEMPORÂNEOS):
A partir de conteúdos complementares em todas as séries/anos serão considera-
dos conteúdos os desafios educacionais sócios contemporâneos: História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana, História e Cultura dos povos Indígenas, Prevenção ao Uso Indevido
de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento
à Violência contra a Criança e o Adolescente, ECA, Música, entre outros; serão chamados
transversalmente como conteúdos se relacionando aos conteúdos da disciplina à partir
das questões políticas, sociais, históricas, culturais e econômicas.
12.5.7 REFERÊNCIAS:
ADAS, Melhem. Geografia: Noções básicas de Geografia. 2a ed. São Paulo: Mo-
derna, 1998.
ADAS, Melhem. Geografia: Brasil e suas regiões econômicas. 2a ed. São Pau-
lo: Moderna, 1998.
ALVES, Luci Imaculada de Oliveira & Cia. Espaço em Construção. 4a ed. Belo
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BRASIL. Lei n. 9.394/96. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacio-
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________. Lei no 9394/06. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
________. Lei no 10639/03. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Na-
cional, para incluir no currículo oficial a obrigatoriedade da temática “História e Cul-
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MAGNOLI, Demétrio & SCALZARETTO. A nova Geografia. 1a ed. São Paulo: Mo-
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cação ambiental na escola. /SEED/ Departamento da Diversidade. Coordenação de De-
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São Paulo: Contexto, 2005.
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São Paulo: Edusp, 2006.
SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil – território e sociedade no
início do século XXI. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2005.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização – do pensamento único à consci-
ência universal. 12a ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2005.
TANURI, Maria Regina Petrus: Rua, João et al. Para ensinar Geografia. Rio de
Janeiro. Acesso, 2005.
VESENTINI, José Willian & VLACH, Vânia Rúbia Farias. Geografia Crítica. 3a ed.
São Paulo: Editora Ática, 1995.
12.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
12.6.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA:
A criação da disciplina de História data de 1873, com características da história
metódica e do positivismo, uma época em que prevalecia a racionalidade histórica,
verdade absoluta e valorização política dos “heróis” mantida até 1889. Em 1901, passou a
compor a cadeira de História Universal retornando a História do Brasil em 1937
perdurando até 1945 com enfoque moral e cívico. Tendo diversas denominações como de
Programa de Ciências Sociais. Instituído como ensino de Estudos Sociais em 1950,
tornando em 1964 seu ensino de caráter político permanecendo durante todo o período
de ditadura militar. Com períodos de formação tecnicista, pragmático, tradicional,
funcionalista, presentista onde linhas teóricas se confrontavam com a organização dos
conteúdos: suprimindo, esvaziando ou supervalorizando-os se desdobrando em diversas
abordagens. Correspondendo aos ideais e interesses de dirigentes, governantes, ou seja,
a elite, privilegiando contradições presentes, até o ano de 2002; ano em que a
coletividade de profissionais inicia discussões sob uma perspectiva de inclusão social
objetivando a construção das Diretrizes Curriculares Estaduais que se finda em meio às
evidências e contradições sociais da sociedade buscando contemplar a diversidade
118
cultural, a memória paranaense, e as novas demandas sociais, concluída no ano de 2008.
Assim, enfatizando a problematização social entende-se a história atual como
campo de investigação, pesquisa, produção, reprodução e transformação de saberes e
objeto permanente de indagações, significações e ressignificações.
O ensino e a aprendizagem da História no mundo contemporâneo se voltam para a
possibilidade de entendimentos, compreensões dos conhecimentos científicos e
tecnológicos do mundo como ele se apresenta na realidade e nos seus contextos
históricos espacial, temporal, refletindo a inserção e intervenção de forma consciente e
crítica dos sujeitos visando à inclusão cidadã.
Nessa perspectiva, a disciplina aborda conteúdos estruturantes que são saberes,
conhecimentos construídos historicamente e considerados fundamentais para a
compreensão do objeto e organização dos campos de estudo da disciplina. O(a)
educando(a) como um ser pensante, autônomo, capaz de colocar-se como cidadão que
vive numa sociedade não pode ficar a mercê de compreender a história através de
recortes, com sentido fechado em si, mas deve ser estimulado a compreender os
fenômenos de amplo efeito sobre diferentes recortes sincrônicos, diacrônicos,
permanências e continuidades, a partir de movimentos de inter-relações, onde os
conteúdos não sejam tomados de forma isolada.
Assim sendo, pensa-se a história como ciência social enquanto conhecimento
ampliado através de seu objeto de estudo que se traduz nas ações e relações humanas
do sujeito no tempo com a finalidade de um ensino contextualizado e interdisciplinar,
baseado nas tendências historiográficas atuais, em diversas fontes considerando a
diversidade cultural, a memória, e as estruturas que definem as ações de permanências,
rupturas e transformações humanas na realidade atual que depende de participação
política e social.
12.6.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de
direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando no dia a dia atitudes de
solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o
mesmo respeito;
Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtora nas diferentes situações
sociais,utilizando o diálogo como forma de medir conflitos e de tomar decisões coletivas;
119
Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como
aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer
discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de
etnia ou de outras características sócios individuais.
12.6.3 METODOLOGIA ESPECÍFICA DA DISCIPLINA:
Os conteúdos estruturantes serão desenvolvidos de forma a garantir a articulação
com os conteúdos básicos, específicos e complementares partindo da realidade social,
cultural e local dos(as) educandos(as) das suas experiências de vida, valores e história
sendo tomados como objetos provocativos para comparações, associação,
estabelecimento de relações, questionamentos, confrontos e generalizações
contextualizadas e interdisciplinares conduzindo para um processo cognitivo dialogado
que permita o debate, a crítica, a narração, a descrição, a problematização, a
sistematização de ideias, fatos ou contextos históricos entre os conhecimentos da história
local e do Brasil, ampliando-se para o mundo globalizado, atentando para as condições
históricas.
A pretensão com o ensino de História é de contribuição para a construção da
consciência histórica, sendo imprescindível levar o(a) educando(a) a retomar
constantemente de maneira mais concreta possível o processo de construção do
conhecimento histórico. Como ele é produzido, destacando o papel do pesquisador que
tem como objeto de estudos os processos históricos relativos ás ações humanas
praticadas no tempo e espaço, bem como os sentidos que os sujeitos deram as mesmas
de forma consciente ou não.
Para tanto, a metodologia adotada vem oportunizar a exploração das relações
entre passado, presente e futuro, numa relação que se torna possível o chamamento para
a percepção de complementaridade, ruptura e continuidade entre os diversos atores
individuais e sujeitos históricos coletivos, interlocutores e ainda, as fontes nos
documentos bem como o uso do acervo específico que estão nos livros da biblioteca
escolar ou no uso das novas tecnologias do laboratório de informática, promovendo
autonomia na busca do conhecimento para a produção de conhecimento histórico.
Dessa forma, como propõe a (DCEs, p.352, 2008) quando as situações de
aprendizagens possibilitarem serão utilizadas “ [...] imagens, livros, jornais, histórias em
120
quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras, museus, filmes [trechos de filmes], músicas
[como] documentos que podem ser transformados em materiais didáticos de grande valia
na constituição do conhecimento histórico.[...] na elaboração de biografias, na confecção
de dossiês, representação de danças folclóricas, exposição de objetos”,na construção de
quadro sinótico, na elaboração de consultas bibliográficas, na análise, problematização e
comentários, na construção e análise de gráficos, na elaboração de maquetes, nos
registros orais e escritos de testemunhos].
A atuação do(a) educador(a) será de organizador do trabalho pedagógico por meio
de vestígios de fonte histórica diversas, fundamentando-se na historiografia, gerando a
problematizando do conteúdo e utilizando-se das narrativas históricas produzidas pelos
sujeitos, se destacando na expectativa de tornar o(a) educando(a) autônomo
intelectualmente, de consciência crítica e sujeito da sua história pela criação de condições
favoráveis, para que haja aproximação dos processos históricos, propiciando a
identificando as relações de poder e a probabilidade de interferência no mundo histórico e
aqueles que possuem necessidades especiais compreendam sua participação no
contexto histórico.
Considerando a diversidade cultural, a memória paranaense além de se fazerem
conteúdos a História do Paraná, a história e cultura afro-brasileira e africana, a história e
cultura indígena se farão recortes complementares chamados pelos diversos conteúdos
incluindo ainda os demais desafios educacionais sócios contemporâneos: Prevenção ao
uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e
Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, ECA, entre outros;
compreendendo as mudanças nas formas de pensar historicamente, suas interferências e
influências relacionados as questões políticas, sociais, históricas, culturais e econômicas.
12.6.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
Em conformidade com a LDB (9.394/96), as DCEs e o Projeto Político Pedagógico
da instituição escolar a avaliação na disciplina de História esta colocada a serviço do
ensino e da aprendizagem, tendo como referência os conteúdos essenciais para o
desenvolvimento da consciência histórica através da apropriação dos conceitos históricos,
de temporalidades, de diversidade étnico-racial, religiosa e social, ou seja, a compreensão
do conhecimento histórico e da sua conjuntura num processo formativo, contínuo,
permanente, somatório, cumulativo, diversificado, constante de reflexão, de grande valia
121
para orientação e reorientação da prática pedagógica escolar diversificada de modo que
permeie continuamente o conjunto de ações pedagógicas e atenda o que propõe a
disciplina.
Tendo como objetivo colaborar para a formação de sujeitos conscientes e
competentes a avaliação servirá como instrumento para aquisição de informações sobre
os avanços e possibilidades, diagnosticando dificuldades, lacunas dos(as) educandos(as)
possibilitando a tomada de consciência para necessidade da retomada dos conteúdos
necessários ao desenvolvimento e a reorganização qualitativa da intervenção pedagógica
do(a) educador(a).
Assim, a avaliação se dará de forma individual e coletiva envolvendo os elementos
históricos, e considerando três aspectos destacados pelas DCEs ( p. 356, 2008):
· A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes;
· A compreensão das relações da vida humana (Conteúdos estruturantes);
· O aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.
Como instrumentos serão utilizados: análise e produção de textos, trabalhos
individuais e em grupo, pesquisas, provas, análise de gráficos, mapas e demais formas
registradas durante o processo ensino aprendizagem e ainda a apresentação de
seminários, debates.
12.6.5 CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO:
5ª Série/6º Ano:
Conteúdos estruturantes:
I – Relações de Trabalho
II – Relações de Poder
III – Relações culturais
Conteúdos básicos:
I - A experiência humana no tempo.
II – Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
III – As culturas locais e a cultura comum.
Conteúdos específicos:
122
Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações:
·Teorias do surgimento do homem na América
·Mitos e lendas da origem do homem
·Desconstrução do conceito de Pré-história
·Povos ágrafos, memória e história oral
As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia:
·Egito, Fenícios, Mesopotâmicos, Persas
·Hebreus, gregos e romanos
*Observação: não se trata aqui de “esgotar” a história destas civilizações, mas sim,
levantar alguns aspectos como religiosidade, organização social...
Produção do conhecimento histórico:
·Historiador e a produção do conhecimento histórico
·Tempo, temporalidade
·Fontes, documentos
·Patrimônio material e imaterial
· Pesquisa.
Articulação da História com outras áreas do conhecimento:
·Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia, sociologia, filosofia,
etnologia e outras.
Conteúdos complementares
A Humanidade e a História
·De onde viemos, quem somos, como sabemos?
*Observação: o estudo da produção do conhecimento histórico e a articulação da
História com outras áreas do conhecimento se fazem necessário em todas as séries do
Ensino Fundamental, não necessariamente no início do ano letivo como está posto para a
5ª série/6º ano.
Arqueologia no Brasil
·Lagoa Santa: Luzia (MG)
·Serra da Capivara (PI)
123
·Sambaquis (PR)
Povos Indígenas no Brasil e no Paraná:
· Ameríndios do território brasileiro
· Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng
6ª Série/7º Ano:
Conteúdos estruturantes:
I – Relações de Trabalho
II – Relações de Poder
III – Relações culturais
Conteúdos básicos:
I- As Relações de propriedade
II- As relações entre o campo e a cidade
III- A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade
IV- Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
Conteúdos Específicos:
A formação das primeiras vilas paranaenses (lugares, cidades e freguesias)
A formação da Europa Feudal
A África dos grandes reinos: agricultores, pastores, caçadores e coletores
Europa: o crescimento das cidades e do comércio
O Renascimento
A Reforma Protestante
Nascimento das Monarquias Nacionais
A Expansão Marítima Portuguesa e Espanhola
América: terra de grandes civilizações – Incas Maias e Astecas
A colonização portuguesa na América
A administração da América portuguesa
A administração da América portuguesa
O Nordeste Colonial – a economia açucareira
A vida nos engenhos
124
Escravidão: captura, resistência e luta
A expansão colonial – a conquista do sertão
Conteúdos complementares:
.A formação das primeiras vilas paranaenses (lugares, cidades e freguesias)
·Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa
·Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa (Zimbabué) e outros
·Comércio
*Manifestações culturais
*Organização social
*Uso de tecnologias, engenho de açúcar, a bateá, construção civil ...
7ª Série/8º Ano:
Conteúdos estruturantes:
I – Relações de Trabalho
II – Relações de Poder
III – Relações culturais
A Inglaterra absolutista e as 13 colônias
A época do ouro no Brasil
As minas paranaenses
A Revolução Industrial
Revoluções na América e na Europa
A era de Napoleão e a independência da América Espanhola
O indígena paranaense
Ocupação dos Campos Gerais: tropeirismo
Emancipação política do Paraná
A independência do Brasil e o Primeiro Reinado
O Período Regencial
O Segundo Reinado
Campanhas abolicionistas no Paraná
Imigração
125
Conteúdos complementares:
Emancipação política do Paraná (1853)
O Segundo Império
Doutrinas Sociais
A unificação da Itália e da Alemanha
8ª Série/9º Ano:
Conteúdos estruturantes:
I – Relações de Trabalho
II – Relações de Poder
III – Relações culturais
Conteúdos básicos:
Primeira Guerra Mundial
Revolução Russa
Os primeiros anos da República
*Ideias positivistas
*Imigração asiática
*Oligarquia, coronelismo e clientelismo
*Movimentos de contestação: campo e cidade
*Movimentos messiânicos
*Revolta da vacina e urbanização do Rio de Janeiro
*Movimento operário: anarquismo e comunismo
*Paraná:
*Guerra do Contestado
*Greve de 1917 – Curitiba
*Paranismo: movimento regionalista – Romário Martins, Zaco Paraná, Langue de
Morretes, João Turim.
A Revolução Mexicana
Crise de 29
Ascensão dos regimes totalitários na Europa
Movimentos populares na América Latina
126
Segunda Guerra Mundial
Guerra Fria
A “Revolução” de 30 e o Período Vargas (1930 a 1945)
*Leis trabalhistas
*Voto feminino
*Ordem e disciplina no trabalho
*Mídia e divulgação do regime
*Criação do SPHAN, IBGE
*Futebol e carnaval
*Contestações à ordem
*Integralismo
Participação do Brasil na II Guerra Mundial
Populismo no Brasil e na América Latina
*Cárdenas – México
*Perón – Argentina
*Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart – Brasil
Conteúdos específicos:
A consciência do Terceiro Mundo
A crise do populismo
América Vermelha
Movimentos de contestação no Brasil
Resistência armada
Tropicalismo
Jovem Guarda
Novo sindicalismo
Movimento Estudantil
Movimentos de contestação no mundo
*Maio de 68 – França
*Movimento Negro
*Movimento Hippie
*Movimento Homossexual
*Movimento Feminista
*Movimento Punk
127
*Movimento Ambiental
Conteúdos complementares
Fim da bipolarização mundial
*Desintegração do bloco socialista
*Neoliberalismo
*Globalização
*11 de setembro nos EUA
África e América Latina no contexto atual.
* Patrimônios históricos e culturais do Município.
12.6.6 REFERÊNCIAS:
ARRUDA, José L. de A. Toda a História. São Paulo; Ática, 1996.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: Geografia/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Lei n. 9.394/96. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 20 de dezembro de 1996.
________. Lei nº 9394/06. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
________. Lei nº 10639/03. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, para incluir no currículo oficial a obrigatoriedade da temática “História e
Cultura Afro-Brasileira”.
COTRIM, Gilberto. História e Consciência do Brasil. São Paulo; Saraiva, 1997
Martins, José Roberto F. História (4 volumes).
FREIRE, Paulo. Pedagogia o Oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra,
1970.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
128
Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a escola pública do
estado do Paraná, Curitiba: SEED, 1990.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Básica / Departamento de
Educação Básica Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. Curitiba:
SEED, 2008.
SCHIMIDT, Mario. Nova História Crítica. São Paulo: Editora Nova Geração, 2005.
12.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
PORTUGUESA
“Existem situações sociais diferentes; logo, deve haver também padrões
de uso da língua diferentes. A variação, assim, aparece como uma coisa
inevitavelmente normal. Ou seja, existem variações linguísticas não
porque as pessoas são ignorantes ou indisciplinadas; existem, porque as
línguas são fatos sociais, situados num tempo e num espaço concretos,
com funções definidas. E, como tais, são condicionados por esses
fatores”.
Irandé Antunes
12.7.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa, no Brasil, possui uma história de exclusão e de negação do
particular. Enquanto disciplina escolar, passou a integrar os currículos escolares
brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX e as primeiras práticas de ensino
moldavam-se ao ensino do latim, para os poucos que tinham acesso a uma escolarização
mais prolongada. Tratava-se de um ensino eloquente, retórico, imitativo, elitista e
gramatical, visando à construção de uma civilização de aparência com base em uma
educação raramente reprodutivista voltada para a perpetuação de uma ordem patriarcal e
colonial, recomendando-se a obediência à fé, ao rei e à lei. No século XIX, o conteúdo
gramatical ganhou a denominação de “Português” e, em 1871, foi criado no Brasil, por
decreto imperial, o cargo de “Professor de Português”.
Hoje, o ensino de Língua Portuguesa está disponível a todos que frequentam a
129
escola, tendo como conteúdo estruturante “o discurso como prática social”. Porém,
ensinar a língua padrão, aquela da cultura dominante, é quase como ensinar uma língua
estrangeira. Essa é uma realidade para a qual se faz impossível escamotear o nosso
olhar. Após submeter os alunos a uma reflexão sobre o papel da linguagem na sociedade,
suas diversidades e, após levá-los a se reconhecerem em linguagem, poderíamos nos
perguntar até que ponto nossos alunos estão expostos à norma padrão? Qual o seu nível
de distanciamento, de rejeição ou de identificação com essa norma? A partir dessas
respostas será possível trabalhar níveis diferenciados de apreensão dessa norma, através
de estratégias que não passem exclusivamente pelas suas regras de estruturação.
Assim, excluir a gramática normativa do processo significaria privar os alunos do
seu direito de dominar a variedade padrão da língua como possibilidade de plena
participação social; significaria diminuir ou esvaziar o papel da escola como principal
responsável por garantir esse direito. No entanto, é de fundamental importância
compreender que o ensino e a aprendizagem da Língua Portuguesa não se resumem à
mera capacidade de nomear as categorias gramaticais. Conhecê-las auxilia no processo,
mas os conceitos e os conhecimentos que efetivamente desenvolvem habilidades e
competências são muito mais abrangentes.
Uma vez que a escola é o local propício para o desenvolvimento de tais
competências, deve haver um olhar diferenciado para as práticas de letramento, as quais
objetivam o uso autônomo e a socialização da língua, não só no ambiente escolar, como
também em outras esferas de comunicação.
A proposta de ensino de língua está pautada em uma concepção de linguagem. É
essa concepção que, conscientemente ou não, determina objetivos, objetos de
conhecimento e procedimentos que orientam o processo de ensino e aprendizagem. A
opção por uma concepção interacionista de linguagem impõe a adoção de um conjunto de
referências para pensar e interpretar a realidade, bem como implica variadas posturas
diante do ensino e, consequentemente, em respeito a diferentes valores e visões de
mundo.
É essa concepção a norteadora das atividades propostas e, por conseguinte, das
habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos.
Assume-se que o processo deve, desde o início, ser permeado pelo significado da
linguagem que se estabelece nas relações sociais. Portanto, contemplar a sua dimensão
discursiva em um processo de ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa implica o
uso e a realização efetiva da linguagem em situações concretas e diversas.
130
A linguagem deve ser concebida como produto sócio-histórico, o que significa que
é por meio dela que os homens se comunicam, com objetivos que vão desde a
transmissão de um recado até a manipulação persuasiva para adoção de pontos de vista
ou atitudes. Pode-se afirmar, com esse pressuposto, que é pela linguagem que os
sujeitos se identificam ou se repudiam ideologicamente, defendem valores e adotam
posturas e, portanto, produzem cultura. O acesso e domínio dos mecanismos linguísticos
e discursivos dessa produção cultural – ou discursiva – é que garantirá aos alunos a sua
condição de sujeitos históricos plenos, porque estarão conscientes de suas opções e
competentes para expor suas opiniões.
Para que os objetivos referentes aos p
12.7.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
- Refletir sobre a linguagem enquanto constituidora dos desejos e saberes, a fim de
expressar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações
sociais, adequando o seu uso (formal e informal) de acordo com o contexto.
- Desenvolver as habilidades de leitura, escrita, compreensão e interpretação de
textos diversificados, reconhecendo as suas finalidades e intencionalidades aplicadas em
situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os
interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o
contexto de produção/leitura.
- Aprimorar pelo contato com os textos literários a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da leitura a constituição
de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da
oralidade, da leitura e da escrita.
12.7.3 METODOLOGIA
O encaminhamento metodológico da Língua Portuguesa terá como unidade de
ensino o texto, em sua grande diversidade de gêneros, levando em conta que mesmo
coloca o aluno sempre frente a tarefas globais e complexas para garantir apropriação
efetiva dos múltiplos aspectos envolvidos. Além da escrita, leitura e oralidade, é
necessária a realização de atividades que envolvam manifestações sobre a língua e suas
propriedades, tais como a observação e descrição, por meio das quais se constroem
explicações para os fenômenos linguísticos, característicos das práticas discursivas. Para
tal, serão empregadas estratégias de compreensão dos diversos tipos de textos,
131
articulando elementos linguísticos a outros de natureza não-verbal, os quais poderão ser
apresentados oralmente ou por escrito.
Através do levantamento e da análise de indicadores linguísticos e extralinguísticos
presentes no texto, serão possibilitados a identificação das várias vozes do discurso e do
ponto de vista que determina o tratamento dado ao conteúdo, com a finalidade de
confrontá-lo com outros textos, com outras opiniões e para que se possa posicionar
criticamente diante dele.
Sabendo-se que o conhecimento se constitui a partir do saber existente no aluno
somado ao que o professor detém, ocorrerá a sua real construção do conhecimento
através do diálogo e da interação, viabilizando, assim, a verdadeira troca de experiências
e, consequentemente, a aprendizagem de forma efetiva. Dessa forma, aluno e professor
vivenciarão as práticas da linguagem que devem envolver o seu todo (leitura, produção de
texto, análise linguística), não fragmentando a transmissão e conhecimento da língua,
mas contextualizando-a no seu universo. O aluno fará a construção de seu próprio saber,
a aquisição da língua escrita que ocorrerá num contexto de interação e interlocução, para
que o mesmo possa perceber a capacidade de vivenciar o todo que internalizou na
sociedade em que está inserido.
Juntamente com os conteúdos sistemáticos previstos, serão incorporados os
Desafios Educacionais Contemporâneos (temas paralelos que evidenciam as dificuldades
sociais e particularidades do nosso Estado), os quais serão abordados e inseridos
simultaneamente ou à parte, de acordo com a necessidade.
Partindo desses pressupostos, as aulas de Língua Portuguesa serão ministradas
de maneira participativa, numa interação direta professor-aluno, bem como aluno-aluno, e
que terão como base:
• Leitura e interpretação de textos de gêneros diversificados: descrição,
narração, poesia, prosa, contos, histórias, lendas, notícias, tirinhas, informação científica,
manuais, entre outros, o que promove a interdisciplinaridade e amplia a visão de mundo;
• Discussões e debates sobre temas abordados em textos;
• Resolução de exercícios e demais atividades propostas;
• Execução de trabalhos que exijam não somente a pesquisa de um tema,
mas também a reflexão crítica do mesmo;
• Aplicação prática de conhecimentos previamente estudados.
A metodologia de ensino a ser utilizada deverá sempre promover a articulação dos
132
objetivos propostos e do conteúdo programático, de maneira que oportunize o
pensamento reflexivo e auxilie na formação de um cidadão crítico, relembrando que
[...] os aspectos intelectuais, físicos, emocionais e sociais são importantes no
desenvolvimento da vida do indivíduo, levando em conta, além disso, que terão de ser
objeto de tratamentos coerentes para que se consigam finalidades tão diversas, ter-se-
á que ponderar, como consequência inevitável, os aspectos metodológicos do ensino,
já que destes depende a consecução de muitas dessas finalidades e não de conteúdos
estritos de ensino. Desde então, a metodologia e a importância da experiência estão
ligadas indissoluvelmente ao conceito de currículo. O importante do currículo é a
experiência, a recriação da cultura em termos de vivências, a provocação de situações
problemáticas [...] (SACRISTÁN, 2000, p. 41).
Para dinamizar a metodologia de ensino proposta, além do quadro de giz e livros
didáticos, serão utilizados recursos tecnológicos, como: TV pendrive, retroprojetor,
laboratório de informática, CDs, DVDs, biblioteca (livros, revistas, jornais, gibis), entre
outros que forem disponibilizados pelo estabelecimento.
12.7.4 AVALIAÇÃO
Entende-se a avaliação como parte integrante contínua e permanente do processo
educativo, a qual tem como função auxiliar alunos e professores a identificar como a
aprendizagem está se desenvolvendo. Não deve ter apenas caráter de finalização de
etapas, pois, além de indicar que competências estão sendo construídas ou ainda
precisam ser abordadas, permite ao professor uma reflexão para rever as estratégias que
vem utilizando, bem como a necessidade de retomar determinados conteúdos, buscando
conhecer mais sobre o pensamento de seus alunos, a fim de oportunizar cada vez mais a
aquisição do conhecimento de forma significativa e eficiente.
A avaliação deve ser formativa e contínua, abrangendo todas as áreas do
conhecimento abordados pela disciplina de Língua Portuguesa (oralidade, escrita, leitura
e análise linguística), as quais incluem: avaliação diagnóstica, produção oral e escrita,
trabalhos (dupla ou individual), testes (dupla ou individual), pesquisas, atividades diárias
realizadas em sala e/ou em casa e participação/desempenho dos educandos.
A recuperação será feita de forma contínua e paralela através de atividades que
retomem e revisem os assuntos/temas abordados até então, a fim de sanar as dúvidas
pendentes, visando à aquisição plena e efetiva dos conteúdos que não foram apropriados
133
significativamente, buscando uma melhora qualitativa (conhecimento) e não objetivando
meramente uma mensuração quantitativa (aumento da nota).
Quanto aos alunos portadores de necessidades educacionais especiais, serão
providenciadas atividades que respeitem os seus limites, mas ao mesmo tempo,
promovam o seu desenvolvimento integral. Assim, a sala de aula deve ser lugar de
inclusão e interação, de encontro entre sujeitos. As atividades devem ser significativas e
acessíveis, para que todos os alunos tenham a mesma oportunidade de participar do
processo educativo.
12.7.5 CONTEÚDOS CURRICULARES
5ª. Série/6º. Ano
Conteúdo estruturante: discurso como prática social.
1. Conteúdos básicos:
1.1 Leitura
Tema do texto
Interlocutor
Finalidade
Aceitabilidade do texto
Informatividade
Discurso direto e indireto
Elementos composicionais do gênero
Léxico
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem
1.2 Escrita
Tema do texto
Interlocutor
Finalidade do texto
134
Informatividade
Argumentatividade
Elementos composicionais do gênero
Divisão do texto em parágrafos
Marcas Linguísticas: coesão, coerência, a função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem
Processo de formação de palavras
Acentuação gráfica
Ortografia
Concordância verbal/nominal
1.3 Oralidade
Tema do texto
Finalidade
Argumentatividade
Papel do locutor e interlocutor
Elementos extralinguísticos, entonação, pausas, gestos...
Adequação do discurso ao gênero
Turnos de fala
Variações linguísticas
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos
1.4 Conteúdos específicos
Fonema e letra
Sílaba e sua estrutura, separação de sílabas
Encontros fonéticos
Tipos de frases
6ª. Série/7º. Ano
135
Conteúdo estruturante: discurso como prática social.
1. Conteúdos básicos
1.1 Leitura
• Conteúdo temático
• Interlocutor
• Finalidade do texto
• Aceitabilidade do texto
• Informatividade
• Discurso direto e indireto
• Vozes sociais presentes no texto
• Elementos composicionais do gênero textual
• Léxico
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito, entre outros)
1.2 Escrita
• Conteúdo temático
• Interlocutor
• Finalidade do texto
• Informatividade
• Argumentatividade
• Situacionalidade
• Elementos composicionais do gênero textual
• Divisão do texto em parágrafos
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito, entre outros)
• Processo de formação de palavras
• Acentuação gráfica e pontuação
• Ortografia
• Concordância verbal e nominal
136
1.3 Oralidade
• Conteúdo temático
• Finalidade
• Argumentatividade
• Aceitabilidade da fala
• Linguagem formal e informal
• Papel do locutor e do interlocutor
• Elementos extralinguísticos, entonação de voz, pausa, expressão facial, corporal e
gestual
• Adequação do discurso ao gênero
• Turnos de fala
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras)
• Marcas linguísticas (coesão, coerência, gírias, entre outras)
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
1.4 Conteúdos específicos
• Ortografia, acentuação e pontuação
• Leitura, interpretação e produção de textos variados
• Verbo (estrutura)
• Verbos regulares e irregulares
• Formas nominais do verbo
• Locuções verbais
• Tempos do subjuntivo
• O subjuntivo na construção do texto
• Advérbios
• Sujeito
• Tipos de sujeito
• Concordância do verbo com o sujeito
• Verbos de ligação
• Predicativo do sujeito
• Preposições
• Transitividade verbal
• Objeto direto e indireto
• Pronomes pessoais
137
• Pronomes retos e oblíquos
• Predicado
• Tipos de predicado
• Adjuntos adnominais
• Adjuntos adverbiais
7ª. Série/8º. Ano
Conteúdo estruturante: discurso como prática social.
1. Conteúdos básicos
1.1 Leitura
- Conteúdo temático
- Interlocutor
- Finalidade do texto
- Aceitabilidade do texto
- Informatividade
- Situacionalidade
- Intertextualidade
- Vozes sociais presentes no texto
- Elementos composicionais do gênero textual
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito, entre outros)
- Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido conotativo e
denotativo das palavras no texto.
1.2 Escrita
- Conteúdo temático
- Interlocutor
- Finalidade do texto
- Aceitabilidade do texto
- Informatividade
138
- Situacionalidade
- Intertextualidade
- Vozes sociais presentes no texto
- Elementos composicionais do gênero textual
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito, entre outros)
- Concordância verbal e nominal
- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto
- Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, intencionalidade, sentido
conotativo e denotativo, significado das palavras, expressões que representam
ironia e humor no texto.
1.3 Oralidade
- Conteúdo temático
- Finalidade
- Aceitabilidade da fala
- Linguagem formal e informal
- Papel do locutor e do interlocutor
- Elementos extralinguísticos, entonação de voz, pausa, expressão facial,
corporal e gestual
- Adequação do discurso ao gênero
- Turnos de fala
- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras)
- Marcas linguísticas (coesão, coerência, gírias, entre outras)
- Elementos semânticos
- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, entre
outros)
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
1.4 Conteúdos específicos
- Ortografia, acentuação e pontuação
- Leitura, interpretação e produção de textos variados
139
- Texto, contexto e discurso
- Sujeito indeterminado
- Oração sem sujeito
- Vozes do verbo
- Predicativo o objeto
- Predicado verbo-nominal
- Modo imperativo
- Ortoepia e prosódia
- Figuras de linguagem (comparação, metáfora, metonímia, personificação,
hipérbole e eufemismo)
- Complemento nominal
- Aposto e vocativo
- Conjunção
- Período simples e período composto.
8ª. Série/9º. Ano
Conteúdo estruturante: discurso como prática social.
1. Conteúdos básicos
1.1 Leitura
- Conteúdo temático
- Interlocutor
- Finalidade do texto
- Aceitabilidade do texto
- Informatividade
- Situacionalidade
- intertextualidade
- Temporalidade
- Vozes sociais presentes no texto
- Elementos composicionais do gênero
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
- Partículas conectivas do texto
- Progressão referencial no texto
140
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito)
- Semântica:
- operadores argumentativos
- polissemia
- sentido conotativo e denotativo
- expressões que denotam ironia e humor no texto
1.2 Escrita
- Conteúdo temático
- Interlocutor
- Finalidade do texto
- Informatividade
- Situacionalidade
- Intertextualidade
- Vozes sociais presentes no texto
- Elementos composicionais do gênero
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
- Partículas conectivas no texto
Marcas Linguísticas: coesão, coerência, a função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito, etc.)
Sintaxe de concordância
Sintaxe de regência
- Processo de formação de palavras
- Vícios de linguagem
- Semântica:
- operadores argumentativos
- modalizadores
- polissemia
1.3 Oralidade
Conteúdo temático
Finalidade
141
Aceitabilidade do texto
Informatividade
Papel do locutor e interlocutor
Elementos extralinguísticos, entonação, pausas, expressão facial, corporal e
gestual...
Adequação do discurso ao gênero
Turnos de fala
Variações linguísticas (lexicais. semânticas, prosódicas, entre outras)
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conetivos
Semânticas
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.)
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito
1.4 Conteúdos específicos
Período composto por subordinação
Orações subordinadas: substantivas, adverbiais, adjetivas e reduzidas
Colocação pronominal
Concordância verbal e nominal
Emprego do hífen
12.7.6 INSERÇÃO DOS DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
Simultaneamente aos conteúdos específicos previstos, serão incorporados os
Desafios Educacionais Contemporâneos mencionados abaixo:
História do Paraná;
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena;
Música;
Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação
ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente.
Esses temas serão abordados e inseridos aos conteúdos paralelamente ou à
142
parte, de acordo com a viabilidade e necessidade. Para que isso ocorra, as atividades
curriculares serão enriquecidas através de textos específicos, filmes, repertório do
cancioneiro popular/folclórico, letras de músicas, palestras, dramatizações, entrevistas,
entre outros.
12.7.7 REFERÊNCIAS
ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola,
2003.
CEREJA, W.R., MAGALHÃES, T.C. Português: linguagens, 6º, 7º, 8º e 9º Ano.
5ª. ed. reformulada. São Paulo: Atual, 2009.
PARANÁ - Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Portuguesa. Paraná: 2008.
12.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE
MATEMÁTICA
12.8.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
A matemática como conhecimento, existe desde as antigas civilizações, desde os
babilônicos que já trabalhavam com formas, tamanhos e quantidades.
Como ciência, a Matemática surgiu na Grécia nos séculos VI e V a.C., onde
buscava-se principalmente, através das ideias pitagóricas, um instrumento para
desenvolver o pensamento humano. No século VI a.C. a Matemática era abordada de
forma abstrata, distanciando-se da ideia de prática para encontrar resposta sobre a
origem do mundo. Até o século XVII d.C. ocorreu a sistematização das Matemáticas
estáticas, onde desenvolveu-se a aritmética, a geometria, a álgebra e a trigonometria.
No século V d.C. o ensino teve um caráter estritamente religioso. A Matemática era
ensinada como objetivo de entender os cálculos do calendário litúrgico e determinar as
143
datas religiosas. Entre os séculos VIII e IX o ensino passa por mudanças significativas
com o surgimento das escolas e organizações dos sistemas de ensino, aparecem as
primeiras ideias que privilegiam o aspecto empírico da Matemática. Após o século XV, o
avanço das navegações e as atividades comerciais possibilitam novas descobertas na
Matemática.
No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos com
uma educação de caráter clássico-humanista.
No século XVII a Matemática desenvolveu o papel fundamental para a
comprovação e generalização de resultados. A utilização e criação de máquinas
industriais levaram a novos elementos aos estudos da Matemática em virtude das
resoluções francesa e industrial, marcando o início da intervenção estatal na educação,
sendo a pesquisa Matemática se direcionou a atender os processos da industrialização.
No Brasil, ministrava-se um ensino de Matemática de caráter técnico visando a
preparação para academias militares. Com chegada da corte portuguesa, em 1808,
ocorreu a separação dos conteúdos matemáticos. A Matemática elementar era ensinada
para estudantes de nível primário até o nível hoje, conhecido como médio. No final do
século XIX e início do século XX, levantaram-se preocupações voltadas para o ensino da
Matemática, iniciando um movimento mundial de renovação do ensino da Matemática.
O início da modernização do ensino da Matemática aconteceu juntamente com
mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional, o desenvolvimento da
agricultura o aumento da população urbana e as ideias políticas após a primeira guerra
mundial.
As ideias reformadoras do ensino da Matemática iniciaram a partir de discussões
introduzidas pelo movimento da Escola Nova. Trazendo a concepção Empírico-ativista,
valorizando os processos de aprendizagem e o envolvimento dos estudantes em
atividades de pesquisa, atividades lúdicas, resolução de problemas jogos e experimentos.
Até o final dos anos 1950 a tendência que prevaleceu no ensino da Matemática no
Brasil foi a Formalista Clássica. Esta tendência baseava-se no “modelo euclidiano e na
concepção platônico da Matemática”, a principal finalidade do ensino da Matemática era o
desenvolvimento do pensamento lógico-dedutivo. O ensino era livresco e conteudista e a
aprendizagem consistia na memorização consistia na memorização e na repetição precisa
de raciocínios e procedimentos.
Após a década de 1950, com a tendência Formalista Moderna que valorizava os
desenvolvimentos lógicos estruturais das ideias matemáticas com a modernização do
144
currículo escolar através do movimento da Matemática Moderna. Com o movimento da
Matemática Moderna acreditava-se que o rigor e a precisão da linguagem Matemática
facilitaram o seu ensino.
A tendência pedagógica Tecnicista, instaurada juntamente com o regime militar
brasileiro, tinha a função de manter e estabilizar o sistema de produção capitalista,
preparando o indivíduo para ser útil e servir ao sistema. Esse método enfatizava a
memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de
manipulação de algarismos e expressões algébricas e de resolução de problemas.
Nas décadas de 1960 e 1970 surgiu no Brasil a tendência Construtivista, onde o
conhecimento matemático resultava de ações interativas e reflexivas dos estudantes no
ambiente ou nas atividades pedagógicas. A tendência Histórico-crítica concebia a
Matemática como um saber vivo, dinâmico construído historicamente para atender as
necessidades sociais e teóricas. A aprendizagem efetiva da Matemática não consistia
apenas no desenvolvimento de habilidades, ou fixação de alguns conceitos,
possibilitavam ao aluno dar sentido e significado às ideias matemáticas e, tornar-se capaz
de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar.
Após todas essas discussões e tendências desenvolveu-se uma nova visão da
disciplina de Matemática. O ensino da Matemática tem por finalidade desenvolver o
educando, assegurando-lhe formação indispensável para o exercício da cidadania, é um
instrumento a serviço do ser humano cujos recursos podem ser aplicados às
necessidades do cotidiano e de comunicação e leitura do mundo.
A Matemática é uma ciência construída pelo ser humano, com características
próprias e formas de raciocínio específicas que contribuem para o desenvolvimento de
determinadas habilidades de pensamento.
O ensino da Matemática pode contribuir para a formação ética, desenvolvimento da
autonomia e o pensamento crítico e de atitudes de confiança dos alunos na própria
capacidade e na dos outros para construir conhecimentos matemáticos.
A Matemática é fundamental no trabalho interdisciplinar para entender informações
como interpretação de estatísticas, compreensão de área, volume e proporcionalidade,
realização de cálculos e formulação de hipóteses e deve ser vista pelo aluno como um
conjunto de técnicas e estratégias tanto para serem aplicadas a outras áreas do
conhecimento quanto para a atividade profissional.
Não se espera que os alunos dominem muitas e sofisticadas estratégias, mas que
desenvolvam a iniciativa e a segurança para adaptá-las a diferentes contextos usando-as
145
adequadamente no momento oportuno.
O ensino da Matemática tratará a construção do conhecimento matemático, por
meio de uma visão histórica em que os conceitos foram apresentados, discutidos,
construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento humano e na
produção de sua existência por meio das ideias e das tecnologias.
Os objetivos básicos da Educação Matemática visam desenvolvê-la enquanto
campo de investigação e de produção de conhecimento (natureza científica) e a melhoria
da qualidade do ensino e da aprendizagem da Matemática (natureza pragmática). Para
Miguel e Miorim (2004, p.71) “a finalidade da Educação Matemática é fazer com que o
estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de
natureza diversa, visando à formação integral do ser humano e, particularmente, do
cidadão, isto é, do homem público”.
A Matemática tem a função de garantir o desenvolvimento de diferentes formas de
raciocínio e habilidades, como uma condição necessária para interferirem na sociedade
em que vivem, estabelecendo maiores elos de significação entre as diversas ideias.
12.8.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Compreender a cidadania como participação social e político, assim como
exercícios de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia a dia,
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeito o outro e
exigindo para si o mesmo respeito;
• Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes
situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar
decisões coletivas;
• Resolver situações e problemas, sabendo validar estratégias e resultados,
desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como intuição, indução, dedução,
analogia, estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem
como instrumentos tecnológicos disponíveis;
• Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da
realidade, estabelecendo inter-relações entre eles, utilizando o conhecimento
matemático (aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório,
probabilístico);
146
• Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos,
desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de soluções;
• Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e
transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogos intelectuais,
característicos da matemática, como aspecto que estimula o interesse, a
curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para
resolver problemas.
12.8.3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Educação Matemática deve ser trabalhada de forma significativa e não
dependente da pura memorização. A prática docente deve estimular os alunos à
resolução de problemas, oportunizando a aplicação de conhecimentos previamente
adquiridos em novas situações. Na solução de um problema , o aluno terá condições de
buscar várias alternativas para determinar a solução, pois é necessário levantar hipóteses
e realizar testes, não apenas chegando num resultado imediato.
É preciso que o conteúdo matemático seja trabalhado na sala de aula de forma
contextualizada para que possa ganhar sentido; é necessário que o docente conduza o
aluno a um processo de análise, de modo que este enxergue claramente que o
conhecimento envolvido pode ser utilizado em outras e diferentes situações, levando em
consideração que não existe um único saber, mais vários saberes distintos e nenhum
menos importante que o outro. Por meio da Educação Matemática o indivíduo deve
relacionar-se com o ambiente, as relações de trabalho, assim articulando manifestações
culturais como arte e religião.
Visando superar os entraves e formalismos presentes nas concepções de ensinos
anteriores, propõe-se a retomada dos conteúdos, numa visão mais ampla do
conhecimento matemático. Essa concepção de ensino da matemática tem como
pressuposto o caráter social do conhecimento historicamente produzido e a lógica de sua
duração, enquanto fatores intimamente ligados.
O ensino da matemática deve propor a valorização do aluno no contexto social,
procurando levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações da vida,
contribuindo para a formação do educando, possibilitando um aprendizado mais
significativo.
É esperado que nas aulas de Matemática ofereça uma sensibilização para o
147
conhecimento dos recursos da tecnologia enfatizando um aspecto fundamental na
proposta pedagógica da disciplina: a experimentação. Os recursos tecnológicos sejam
eles o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da internet, entre outros, têm
favorecido as experimentações matemáticas, potencializando formas de resolução de
problemas, valorizando o processo de produção do conhecimento.
A História da matemática pode oferecer uma importante contribuição ao processo
de ensino e aprendizagem dessa área do conhecimento. Ao revelar a matemática como
criação humana, ao mostrar necessidades e preocupações de diferentes culturas, em
diferentes momentos históricos, ao estabelecer comparações entre os conceitos e
processos matemáticos do passado e do presente, o docente cria condições para que os
educandos desenvolvam valores e praticas mais favoráveis diante desse conhecimento,
assim também os desafios educacionais contemporâneos podem e devem ser discutidos
como expressões históricas, políticas e econômicas da realidade. Tornam-se parte do
conteúdo e, portanto, da proposta pedagógica curricular quando e se inerentes à
compreensão dos mesmos na totalidade e são desafios do cotidiano que conduzem o
coletivo escolar a buscar os fundamentos conceituais sobre os mesmos, entendo-os nas
dimensões históricas, sociais, políticas e econômicas, suscitando a busca por suportes
concretos dada a compreensão dos mesmos em sua concretude.
É necessário que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e sua
relevância na vida da humanidade, vinculando as descobertas matemáticas aos fatos
sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que
determinavam o pensamento e influenciavam no avanço de cada época.
12.9.4 AVALIAÇÃO
A avaliação em Matemática será baseada principalmente no caminho percorrido
pelo aluno, nas suas tentativas de solucionar os problemas que lhes são propostos e, a
partir do diagnóstico de suas deficiências, procurar ampliar a sua visão, o seu saber sobre
o conteúdo em estudo.
Caberá ao professor explorar questões que envolvam conceitos e algoritmos, de
forma a permitir os questionamentos e alargamentos das ideias, ainda limitadas,
oportunizando a fixação e a automação de elementos já dominados. Deve-se evitar a
cobrança de coisas acessórias e reprovar os alunos que não sabem citar alguns nomes
ou reconhecer algumas propriedades formais. É necessário que o professor reconheça
148
que o conhecimento matemático não é fragmentado e seus conceitos não são concebidos
isoladamente, o que pode limitar as possibilidades do aluno expressar seus
conhecimentos.
O resultado não é o único elemento a ser contemplado na avaliação. É necessário
observar o processo de construção do conhecimento e para isso a avaliação deverá ser
necessariamente diagnóstica.
Os erros não devem ser apenas constatados. Havendo uma diagnose, é
necessário que haja um tratamento adequado. Deve-se trabalhar os caminhos trilhados
pelos alunos e explorar as possibilidades advindas destes erros, que resultam de uma
visão parcial que o aluno possui do conteúdo.
A avaliação ocorrerá dentro de todo processo de aprendizagem e possibilitará ao
aluno múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão do conteúdo
trabalhado. Isto ocorrerá sem perder de vista o conhecimento, cuja apropriação será
fundamental para o aluno. É esse conhecimento, sintetizado no plano de curso, que dará
o critério final de avaliação.
Os diferentes instrumentos avaliativos deverão ser contínuos e cumulativos,
divididos no mínimo em 4 (quatro) momentos nos valores de : 3,0/3,0/2,0/2,0 pontos. A
recuperação dos conteúdos não apropriados será de forma paralela às atividades
desenvolvidas.
12.9.5 CONTEÚDOS CURRICULARES
12.9.5.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Conhecimentos de grande amplitude que estruturam e organizam os campos de
estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para sua compreensão,
propostos nas DCEs, para a Educação Básica da Rede Pública Estadual, sendo:
– Números e Álgebra
– Grandezas e Medidas
– Geometrias
– Funções
– Tratamento da Informação
149
12.9.5.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos estruturantes se desdobram nos seguintes conteúdos básicos:
• Números e Álgebra
-conjuntos numéricos e operações
- equações e inequações
- polinômios
- proporcionalidade
• Grandezas e Medidas
- sistema monetário
- medidas de comprimento
- medidas de massa
- medidas de tempo
- medidas derivadas: área e volume
- medidas de ângulos
- medidas de temperatura
- medidas de velocidade
- trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações trigonométricas
nos triângulos.
• Geometrias
- geometria plana
- geometria espacial
- geometria analítica
- noções básicas de geometria não-euclidiana.
• Funções
- função afim
- função quadrática
• Tratamento de Informação
- noções de probabilidade
- estatística
- matemática financeira
150
- noções de análise combinatória
12.9.5.3 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS SÉRIE/ANOS
5°série/ 6° Ano:
1° Bimestre
Sistema de numeração;
Números Naturais (as quatro operações e problemas);
Potenciação e radiciação.
2° Bimestre
Sistema monetário;
Dados, tabelas e gráficos;
Múltiplos e divisores;
Número primo e composto.
3° Bimestre
Mínimo múltiplo comum;
Números fracionários.
4° Bimestre
Números decimais;
Porcentagem;
Unidade de medidas (comprimento, massa e capacidade, área, tempo e ângulos);
Poliedros.
6° Série/ 7° Ano:
1° Bimestre
Potências;
Conjunto dos números inteiros (Z);
Plano Cartesiano.
151
2° Bimestre
Conjunto dos números racionais (Q).
3° Bimestre
Ângulos;
Equações do 1º grau;
Razão e proporção .
4° Bimestre
Regra de três simples;
Porcentagem.
7° Série/ 8° Ano:
1° Bimestre
Conjuntos numéricos;
Potenciação e notação científica.
2° Bimestre
Cálculo algébrico;
Produtos notáveis;
Fatoração.
3° Bimestre
Frações algébricas;
Equações fracionárias.
4° Bimestre
Sistema de equações;
Ângulos e polígonos.
8° Série/ 9° Ano:
152
1° Bimestre
Números reais;
Potenciação;
Propriedades dos radicais;
Porcentagem e juros simples;
Noções de Probabilidade;
Noções elementares de Estatística.
2° Bimestre
Equações do 2° grau;
Sistemas de equações do 2° grau;
Equações biquadradas;
Equações irracionais.
3 ° Bimestre
Congruência e semelhança de figuras;
Relações métricas do triângulo retângulo;
Teorema de Pitágoras;
Áreas de superfícies planas.
4° Bimestre
Trigonometria;
Noções de funções de 1° e 2° graus;
Relações métricas na circunferência.
12.9.6 CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS PREVISTOS EM LEI E PLANO NACIONAL
DE EDUCAÇÃO
A partir de conteúdos complementares em todas as séries/anos serão
considerados conteúdos os desafios educacionais sócios contemporâneos:
– História do Paraná – Lei nº 13.381/01;
– História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena – Lei nº 11.645/08;
153
– Música – Lei nº 11.769/08;
– Prevenção ao uso indevido de drogas – Lei Estadual nº 14.607/05, sexualidade
humana, educação ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência contra
a criança e o adolescente. Direito da Criança e do Adolescente – Lei Federal nº
11.525/07, Educação Tributária – Portaria nº 413/02, Educação Ambiental- Lei
federal nº 9795/99, Dec nº 4281/02.
Serão chamados transversalmente como conteúdos se relacionando aos
conteúdos da disciplina a partir das questões políticas, sociais, históricas, culturais e
econômicas.
12.9.7 REFERÊNCIAS
ANDRINI, Álvaro. Novo Praticando Matemática – São Paulo: Editora do Brasil,
2002.
DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática – São Paulo; Editora Ática, 2003.
GIOVANY, José Ruy. A conquista da Matemática – A + Nova – São Paulo: FTD,
2002.
SEED, Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental,
2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de primeiro
grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG,
1993.
13. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DAS DISCIPLINAS – PARTE
DIVERSIFICADA
154
13.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE L.E.M –
INGLÊS
13.1.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo
escolar sofrem constantes interferências da organização social no decorrer da história.As
formas de ensinar e o currículo são cotidianamente instigadas a atender as expectativas e
demandas sociais contemporâneas e a garantir ás novas gerações a aprendizagem dos
conhecimentos historicamente produzidos.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil em
relação aos Estados Unidos, ainda que eminente após o final da Guerra Fria, mas que já
acompanhava o Brasil desde a independência, intensificou-se, e com isso, a necessidade
de aprender inglês, tornou-se cada vez maior. Professores universitários, militares,
cientistas, artistas, imbuídos por missões de boa vontade americana, na década de 40,
vêm para o Brasil e, com eles, a produção cultural americana. Assim falar inglês passou a
ser um anseio das populações urbanas e o ensino dessa língua ganhou cada vez mais
espaço no currículo.
Identifica-se ainda o predomínio da oferta de Língua Inglesa que continua a ser
prestigiada pelos estabelecimentos de ensino, por corresponder mais diretamente às
demandas da sociedade contemporânea.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (p. 55, 2008), “ensinar e
aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de
atribuir sentidos, formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os
diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido”.
Com base no exposto e na concepção defendida nas Diretrizes, de que a língua,
objeto de estudo dessa disciplina contempla as relações com a cultura, o sujeito e a
identidade, serão estabelecidos os conhecimentos que identificam e organizam os
campos de estudo desta disciplina, os quais são concebidos como conteúdos
estruturantes e são considerados basilares e fundamentais para a compreensão do objeto
de estudo, a língua inglesa.
Assim, o ensino de Língua Estrangeira assume a relevância no processo ensino
aprendizagem como disciplina que reconhece o princípio da inclusão, pois a Língua
Inglesa contribui para a formação de educandos (as) ativos, conscientes, críticos,
155
solidários e transformadores.
13.1.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Por ir ao encontro do principal objetivo da escola de Ensino Fundamental (de 5ª a
8ª séries/ 6º a 9º anos), que é a formação global do aluno, o ensino de Língua Estrangeira
é de grande importância, pois o ensino de Língua Inglesa contribui para formar alunos
críticos e transformadores.
Dentre os benefícios do ensino de língua estrangeira, destacam-se os seguintes:
usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas,
compreendendo assim que os significados são sociais e historicamente
construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade, reconhecendo e
compreendendo a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios
para o desenvolvimento cultural do país.
13.1.3 METODOLOGIA ESPECÍFICA DA DISCIPLINA
Oportunizar a aprendizagem de uma língua estrangeira aumenta a capacidade do
aluno de se perceber como ser humano e cidadão.Nesta perspectiva é fundamental que
compreenda-se que ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções
de mundo e maneiras de construir sentidos , é formar subjetividades , considerando as
relações que podem ser estabelecidas entre inclusão social e o reconhecimento da
diversidade cultural.
Diante da abordagem da língua como prática social, o trabalho da língua
estrangeira em ambiente escolar parte do entendimento sobre o papel das línguas nas
sociedades como possibilidades de conhecimento, expressão e transformação para
compreensão do mundo, e construção de significações e interações.
Para tanto, é importante o trabalho envolvendo as práticas que concretizam o
discurso (oralidade, leitura e escrita) em gêneros textuais diversificados, com temas
referentes a questões sociais emergentes, abordando assuntos relevantes, objetos de
156
divulgação na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial, com uma metodologia
capaz de suscitar a consciência crítica da língua, superando a criticidade e
desenvolvendo uma atitude problematizadora.
A inferência é um processo cognitivo relevante nesta abordagem de conteúdos,
pois na medida que o processo inferencial possibilita a construção de novos
conhecimentos, a partir dos já existentes na memória do aluno(a), a disciplina de língua
estrangeira vai se tornando mais interessante e produtiva.
Nesta abordagem, os alunos(as) são encorajados a ter uma postura crítica frente
aos diversos textos, envolvendo análise, reflexão e questionamentos que facilitem a
interação e a compreensão dos mesmos como unidades de linguagem em uso .
A leitura constitui-se, portanto, num processo de negociação de sentidos, de
contestação de significações possíveis. É necessário que o(a) educador(a) recorra a
estratégias que coloquem em evidência a heterogeneidade da língua e suas relações de
produção com a realidade num sentido de aproximações e significações.
Nessa perspectiva, o ponto de partida será os conteúdos estruturantes para os
conteúdos denominados conhecimentos lingüísticos, sóciopragmáticos, culturais e
discursivos, bem como a diversidade de gêneros textuais: verbais e não verbais tomados
como referencial da realidade.
Para compreensão dos diversos gêneros textuais: de opinião, publicitários,
literários, informativos, didáticos utiliza-se (DCEs, p. 63, 2008) de “atividades
diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição
de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos
coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si”, nas atividades
orais e escritas, consultas, estudos, discussões e produções textuais proporcionadas
aos(as) educandos(as).
13.1.4 AVALIAÇÃO( CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS )
A avaliação como parte integrante do processo de ensino e de aprendizagem da
disciplina de Língua Estrangeira Moderna – Inglês tem por intenção a promoção de
melhorias mediante a revisão de avanços e entendimento do erro, das dificuldades.
Para tanto se realiza de forma: formativa, diagnóstica, processual, contínua,
somatória, permanente, articulada com os conteúdos como forma de diagnosticar a
necessidade de intervenção pedagógica do(a) educador(a) na organização e ou
157
reorganização do trabalho pedagógico, preservando o papel do(a) educando(a) enquanto
construtor do conhecimento.
A apropriação do saber sistematizado pelo(a) educando(a) será acompanhado
tendo em vista o que (DCEs, p.56, 2008) espera-se do aluno(a), que:
− use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
− vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
− compreenda que os significados são sociais e historicamente
construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
− tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
− reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Desse modo, a avaliação numa relação reflexiva e dialógica, individual e ou
coletiva será realizada através de instrumentos diversificados, tais como: provas escritas
e orais, pesquisas, produção e interpretação textual, apresentações de trabalhos,
dramatizações, participação durante a aula, bem como a observação do professor e
confecção de painéis e cartazes.
A avaliaçãoé a problematização da própria ação , desta forma deve-se fazer com
que o aluno e o professor tenham oportunidade de verificar e modificar, se necessário,
sua forma de ensinar e aprender. A avaliação em nossa escola, ocorrerá da seguinte
maneira:
*Trabalhos - 3,0
*Tarefas - 2,0
*Exercícios -2,0
*Avaliação com registro-3,0
*Total: 10,0
Sendo prevista a recuperação paralela mediante a retomada dos conteúdos, das
discussões, ou seja, de todo o processo de ensino e de aprendizagem.
13.1.5 CONTEÚDOS CURRICULARES
5ª Série/ 6º Ano:
158
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS:
Álbum de família, anedotas, bilhetes, receitas, história em quadrinhos, cartazes, tiras,
filmes, músicas, fotos, diários, vídeos clipes.
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade lingüística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
159
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Pronúncia.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
Vocabulário e conteúdos gramaticais
• Verbo to be;
• pronomes pessoais do caso reto;
• pronome demonstrativo: this;
• relações pessoais e pronomes de tratamento; saudações e apresentações; números
cardinais (1 – 20); esportes;
• pronome demonstrativo: these;
• países;
• pronome interrogativo: what, how;
• pronomes possessivos adjetivos: my, your;
• alfabeto;
• pronomes possessivos adjetivos: his , her, its, your, their;
• membros da família;
• artigos indefinidos : a, na/ ausência de artigo;
• plural dos substantivos (em “s”);
• objetos pessoais e materiais escolares;
• pronomes demonstrativos: this x these;
160
• cores;
• pronome interrogativo: how old;
• números cardinais (21 – 110);
• pronome interrogativo: Who;
• profissões;
• caso genitivo;
• pronomes demonstrativos: this x that;
• disciplinas escolares e alguns adjetivos para descrevê-las;
• conectivos: “e” e “mas” (and, but);
• horário e atividades de rotina;
• preposições: in, on, under, behind, in front of, between, next to;
• pronomes demonstrativos: this, that, these, those;
• roupas;
• pronomes interrogativos: when, what time, where;
• dias da semana e meses do ano;
• números ordinais: 1º. – 31º.;
• Preposições de tempo: in, on, at.
6ª Série/ 7º Ano:
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS:
Cartão pessoal, cartão (datas comemorativas), cartão postal, história em quadrinhos,
receitas, charge, tiras, filmes, músicas, fotos, vídeos clipes.
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);
161
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade lingüística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, entre outros;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Pronúncia.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
162
Vocabulário e conteúdos gramaticais
• Nacionalidades e idiomas;
• presente do verbo to be;
• perguntas sobre a série escolar (what grade);
• preposições: from, in;
• ambientes da escola;
• verbo haver (presente, singular e plural);
• atividades de lazer;
• verbo can para expressar habilidade;
• habilidades artísticas (dançar, cantar, tocar instrumentos musicais, desenhar, pintar e
confeccionar máscaras);
• diferença entre os verbos do e make;
• advérbios: well, very well, not very well, not at all;
• presente simples (formas interrogativa e negativa);
• tipos de programas de TV e alguns adjetivos para descrevê-los;
• verbos para expressar preferência: love, like, don’t like, hate, prefer;
• guloseimas;
• palavras contáveis e incontáveis (apenas uma noção);
• atividades de rotina;
• advérbios/ locuções de frequência;
• advérbios/ locuções adverbiais de tempo;
• presente simples (forma afirmativa);
• traços físicos;
• ordem das palavras (adjetivo + substantivo);
• caso genitivo e pronomes possessivos;
• tipos de música e filmes;
• instrumentos musicais;
• falsos cognatos;
• animais de estimação;
• profissões e locais de trabalho;
• plural dos substantivos (alguns exemplos de formas irregulares);
• perguntas sobre frequência de atividades: how often;
163
• atividades de lazer;
• artigos indefinidos: a, an/ ausência de artigo.
• uso de some e any;
• comida de festa e talheres;
• pronomes pessoais do caso oblíquo;
• perguntas sobre preferência (what kind);
• tipos de música;
• presente contínuo;
• alguns verbos indicando ações em desenvolvimento (gerúndio);
• partes da casa e atividades domésticas.
7ª Série/ 8º Ano:
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS:
Comunicado, piadas, autobiografia, fotos, músicas, lendas, horóscopo, charge,
entrevista, sinopses de filmes, blog, chat
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
164
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Pronúncia.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
Vocabulário e conteúdos gramaticais
• Imperativo afirmativo e negativo;
• edifícios comerciais e lugares da cidade;
• palavras que indicam direção (preposições: in, on at, between, behind, on the corner of,
165
across from, in front of, next to);
• verbo haver (presente simples);
• fast food e preços;
- oferecer, aceitar e/ou recusar comida (auxiliar would);
-pronomes interrogativos: what, how much e how many;
-uso de “a, some, any”;
-futuro imediato (going to);
-advérbios e locuções adverbiais de tempo;
-pronomes interrogativos: “what, where, what time, who”;
-pronomes objetivos “him, her, them”;
-artigos para presents;
-perguntas com: “why/ why not”;
-estrutura: verbo + gerúndio, verbo + infinitivo (verbos: like, enjoy, hate, want, -would like,
need);
-alguns adjetivos para descrever uma cidade;
-estações do ano e condições climáticas;
-comparativo dos adjetivos (palavras curtas e longas);
-traços de personalidade;
-profissões;
-passado simples do verbo “to be”;
-passado simples do verbo “to be born”;
-pronomes interrogativos: who, where, when;
-verbos regulares e irregulares no passado simples;
-advérbios e locuções adverbiais de tempo;
-Partes do corpo, algumas doenças e medicamentos;
8ª SÉRIE/ 9º Ano:
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS:
Comunicado, piadas, autobiografia, fotos, músicas, lendas, horóscopo, charge, entrevista,
provérbios,poesias,reportagens,slogans, filmes, blog, chat, narrativas, imagens.
166
LEITURA
Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
ORALIDADE
167
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.
• Pronúncia.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
Vocabulário e conteúdos gramaticais
Passado simples: verbos regulares e irregulares;
-destinos de viagem, transporte e acomodações;
-expressões de tempo;
-fases da vida e eventos;
-passado contínuo;
-pronomes reflexivos;
-atividades, pequenos acidentes, partes do corpo;
-passado do verbo haver;
-quantificadores: no, a/ one, few, not many, a lot of, many;
-parques de diversão e parques temáticos;
-grau superlativo dos adjetivos;
-estrutura: verbo (know, think, don’t know, am sure, am not sure) + that / if +
complemento;
-geografia física e meio ambiente;
-pronomes relativos: that / who;
-perguntas diretas e indiretas (can you tell me.../ do you know + if...);
-vida selvagem;
-uso de have to e can para expressar permissão;
-uso de can e could para expressar pedidos;
-centros de recreação comunitários;
-verbos frasais;
-futuro simples (usado em promessas);
-1º. condicional: if / when, can go;
-arrumações e outras atividades;
168
-ordens, pedidos, afirmações e perguntas diretas e indiretas;
-discurso indireto;
-verbos frasais usados em conversas telefônicas;
-voz passiva;
-dispositivos eletrônicos;
-presente perfeito;
-experiências típicas de adolescentes;
-uso de may e might;
-educação e carreira.
13.1.6 CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS (DESAFIOS EDUCACIONAIS
CONTEMPORÂNEOS)
Como conteúdos obrigatórios serão abordados, em todas as séries/ anos, os
desafios sociais contemporâneos previstos em lei: História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana, História e Cultura dos povos Indígenas, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas,
Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Educação Ambiental, Enfrentamento à Violência
contra a Criança e o Adolescente, ECA, entre outros; sendo chamados pelos conteúdos
de todas as séries/ anos da disciplina instigando os(as) educandos(as) a reflexão e a
pesquisa.
Como instrumentos serão aproveitados livros didáticos e paradidáticos, dicionários,
os filmes, revistas, músicas, material relativo as novas tecnologias entre outros que venha
favorecer a contextualização e interdisciplinaridade necessárias ao processo de ensino e
aprendizagem da disciplina.
Faz parte do trabalho do(a) educador(a) o uso, em sua prática pedagógica escolar,
utilizar-se de material didático disponível na instituição escolar, que em consonância com
o Projeto Político Pedagógico e sob a luz das Diretrizes Curriculares, permita a
incorporação de especificidades além de despertar o interesse dos(as) educandos(as).
13.1.7 REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: Língua estrangeira Moderna - Inglês. /Secretaria de Educação
169
Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Lei n. 9.394/96. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional.
Diário Oficial da União. Brasília, 20 de dezembro de 1996.
Chin,Elizabeth Young&Maria Lucia Zaorob. Keep in mind,6º,7º,8º,9º anos,1ª
ed.São Paulo:SCIPIONE, 2010.
________. Lei no 9394/06. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
________. Lei no 10639/03. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, para incluir no currículo oficial a obrigatoriedade da temática
“História e Cultura Afro-Brasileira”.
ROCHA, Ana Lúcia Machado & Ferrari, Zuleika Águeda. Take your Time, volumes
1,2,3 e 4.
MARQUES, Amadeu – Inglês: Volume único; 6a ed., São Paulo. Ática, 2005
GIMENEZ,T. Inovação educacional e o ensino de línguas estrangeiras
modernas: o caso do Paraná, Signum, V.2, 1999.
JORDÃO, C.M. A Língua estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba: Mimeo,
2004.
___________.O ensino de língua estrangeira: de código a discurso. In: Boni.
V.V. Tendências Contemporâneas sobre o Ensino de Línguas, Editora Kaygangue, União
da Vitória, 2005.
MENEZES SOUZA, L.M.T. O conflito de vozes na sala de aula. In. CORACINI,
CORACINI, M.J. (Org.) O jogo discursivo na sala de leitura: língua materna e língua
estrangeira. Campinas: Pontes,1995.
170
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua
estrangeira Moderna: Inglês Versão preliminar, julho, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Básica / Departamento de Educação
Básica Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Estrangeira Moderna:
Inglês. Curitiba: SEED, 2008.
Avaliação da Proposta Pedagógica Curricular
A Escola Estadual Professora Matilde Baer, visa atender as especificidades do
aluno do Ensino Fundamental – fase final e tem como objetivo principal assegurar as
condições necessárias à permanência do aluno com sucesso escolar, além de preocupar-
se em manter padrões de qualidade no ensino.
Para tanto, a avaliação da PPC será periódica, utilizando-se como instrumento
questionários, indicadores educacionais, relatórios e outros. Estarão envolvidos alunos,
pais, professores, equipe pedagógica, direção, APMF e o Conselho Escolar.
Desta maneira, todos os segmentos que compõem a organização deste
estabelecimento de ensino serão responsáveis pela qualidade da educação oferecida e
atuantes no sentido de se fazerem agentes transformadores dessa educação.
As informações obtidas servirão de apoio à efetivação da proposta, para orientar o
processo ensino-aprendizagem e, se necessário, reestruturar a Proposta Pedagógica
Curricular.
171
MATRIZ CURRICULAR TURNO TARDE
172
MATRIZ CURRICULAR TURNO MANHÃ
173
CALENDÁRIO ESCOLAR 2011 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA MATILDE BAER CALENDÁRIO 2011
JANEIRO FEVEREIRO MARÇOD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 52 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 6 7 8 9 10 11 129 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 13 14 15 16 17 18 1916 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 20 21 22 23 24 25 2623 24 25 26 27 28 29 27 28 27 28 29 30 3130 31
18 dias
ABRIL MAIO JUNHOD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 1110 11 12 13 14 15 16 8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 1817 18 19 20 21 22 23 15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 30
19 dias 29 30 31
JULHO AGOSTO SETEMBROD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 33 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 4 5 6 7 8 9 1010 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 1717 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 2424 25 26 27 28 29 30 28 29 30 31 25 26 27 28 29 3031
23 dias
OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBR0D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 1 2 3 4 5 1 2 32 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 4 5 6 7 8 9 109 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 11 12 13 14 15 16 1716 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 18 19 20 21 22 23 2423 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 3130 31
20 dias 19 dias 11 dias
20 Dia Nacional da Consciência Negra
LEGENDAIníc io e Término 08/02- 05/07 – 27/07-16/12 1º bimestre (08/02 -29/04) =57 dias
Férias para alunos 01/01 a 07/02 – 07/07 a 24/07-19/12 a 31/12 2º bimestre (02/05 -06/07) =45 dias
Formação Continuada 03-04-07/02 – 20-21-22/07 3º bimestre (27/07 -03/10) =50 dias
Planejamento/Reunião Pedagógica 01-02/02 27/05-29/08 4º bimestre (04/10 -16/12) =50 dias
Recessos 31/01- 09/03-24/06-14/11 TOTAL = 202 dias letivos
Conselho de Classe 30/04-06/07-08/10-15/12
Fera/Com Ciênc ia
Dia Nac ional da Consciência Negra 20/11
Replanejamento 27/07
Castro, 06 de dezembro de 2010.
1 Dia Mundial da Paz20 Aniversário da Cidade
20 dias 8 – carnaval
21 Tiradentes 22 Paixão 24 Páscoa
22 dias 1 Dia do Trabalho
20 dias 23 Corpus Christi
03 dias - 06 dias 26 N.S.Sant’Ana
21 dias 7 Independência
12 N.S.Aparecida 15 Dia do Professor
2 Finados 15 Proclamação da República
19 Emancipação Política do PR 25 Natal
174
“Um projeto de educação requer a prática do trabalho coletivo e a ousadia de
inventar, de produzir nosso próprio caminho” (COELHO, 1996, P. 128).
Castro, 30 se setembro de 2011.
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Marcio Roberto Choma – Diretor
Res. 5909/08 – D. O. E. 24/12/2008