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Propedêutica Neurológica

Universidade Católica de Pernambuco Centro de Ciências Biológicas e Saúde

Curso de Fisioterapia Disciplina de Fisioterapia Aplicada à Neurologia

Profa. Ana Karolina Pontes de Lima

Recife, 2012

Propedêutica Neurológica

“Conjunto de técnicas utilizadas para a elaboração de uma base a partir da qual o médico se orienta para chegar a um diagnóstico.”

“As técnicas envolvem: informações orais; dados de exame físico; outros exames norteados pelo volume de conhecimento coletado.”

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Proped%C3%AAutica)

Propedêutica Neurológica (Ficha de avaliação da fisioterapia)

•Anamnese (dados pessoais, H.D.A., cirurgias, antecedentes pessoais, antecedentes familiares); • Diagnóstico clínico; •Diagnóstico físico-funcional; • Postura adotada no leito/cadeira; • Alterações (contraturas, retrações, edemas e escaras); • Trofismo muscular;


• Uso de próteses/órteses/adaptações; • Transferências posturais no leito; • AVD´s • Locomoção; • Tônus muscular; • Força muscular; • Manobras deficitárias;


• Motricidade involuntária; • Reflexos; • Sensibilidade (Superficial e Profunda); • Coordenação motora; • Equilíbrio; • Dermatómos; • Exames complementares;


• Problemas principais; • Objetivos do tratamento; • Conduta terapêutica;

Propedêutica Neurológica (Anamnese)

• Parte mais importante da avaliação clínica; • Início da relação fisioterapeuta-paciente; • O paciente deve contar sua história espontaneamente; • Na H.D.A., perguntar sobre o início dos sintomas e dados sobre seu aparecimento.

(Mutarelli, 2000)


• Antecedentes pessoais: algumas doenças neurológicas são mais frequentes e de maior risco em pessoas que tenhas antecedentes pessoais específicos. • Uso de medicamentos: algumas drogas podem apresentar reações adversas ou efeitos colaterais, com alterações no sistema nervoso central e periférico. • Antecedentes familiares: algumas doenças chamam a atenção pela predisposição genética.

(Mutarelli, 2000)


(Mutarelli, 2000)


• Diagnóstico clínico: considerar o diagnóstico médico. •Diagnóstico físico-funcional: comprometimento motor do paciente, avaliado pelo fisioterapeuta.

-Monoparesia/Monoplegia; - Paraparesia/Paraplegia; - Hemiparesia/Hemiplegia; - Tetraparesia/Tetraplegia; - Diparesia/Diplegia;




Paresia: déficit parcial de função. Plegia: déficit total de função (ausência total de movimento).

(Mutarelli, 2000)

Propedêutica Neurológica (Exame físico)

• Postura adotada no leito/cadeira: postura adotada pelo paciente no momento da avaliação ou que adota com mais frequência. • Transferências posturais em leito: quais as transferências que o paciente realiza no leito? / necessita de algum auxílio? / qual tipo de auxílio? • Uso de próteses / órteses / adaptações: se utiliza identificar o tipo e em qual estrutura.


• Alterações:

1. Contratura

2. Retração muscular

3. Edema – acúmulo anormal de líquido nos tecidos do corpo.

4. Escara - compressão e consequente falta de oxigenação e nutrição dos tecidos (pele, mucosas e tecidos subjacentes).


• Trofismo muscular:

1. Hipotrofia;

2. Atrofia (desuso);

3. Pseudo-hipertrofia (distrofias neuro-musculares).


• AVD´s: especificar! • Locomoção: como o paciente realiza? / Necessita de algum auxílio? • Tônus muscular:

1. Hipertonia (espástica ou rigída); 2. Hipotonia 3. Normotonia


Grau 5 – Mov. ativo contra resistência completa

Grau 4 – Mov. ativo contra alguma resistência

Grau 3 – Mov. ativo contra a gravidade

Grau 2 – Mov. ativo com gravidade eliminada

Grau 1 – Contração palpável ou visível

Grau 0 – Paralisia total

Força muscular

DIFERENCIAR!!! Síndrome do NMS ou NMI???


Manobras deficitárias

Mingazzini (MMSS) Raimiste

(Mutarelli, 2000)


Manobras deficitárias

Mingazzini (MMII) Barré

(Mutarelli, 2000)


• Tremores: mov. involuntários rítmicos, oscilantes, de qualquer parte do corpo.

• Clônus: contrações rítmicas mantidas após rápido estiramento.

• Tiques: mov. esteriotipados breves, repetitivos, usualmente rápidos e sem propósito.

Motricidade Involuntária

“Um olhar vale mais que mil palavras”

(Mutarelli, 2000)


Reflexos

Profundos (miotáticos)

(Mutarelli, 2000)

Percussão do tendão ou fáscia do músculo

Reflexo Bicipital (n. musculocutâneo - C5-C6)

Reflexo Tricipital (n. radial - C7- C8)


Reflexos


(Mutarelli, 2000)


Reflexo Patelar (n. femoral – L2-L4)

*Manobra de Jendrassik


Reflexos


(Mutarelli, 2000)


Reflexo Aquileu (n. tibial – L5-S2)


Reflexos

Superficiais (exteroceptivos)

(Mutarelli, 2000)

Estimulação das regiões cutâneas ou mucosas

Reflexo Cutâneo-abdominal (n. torácicos – superior T6-T9, médio

T9-T11 e inferior T11-T12)


Reflexos

Superficiais (exteroceptivos)

(Mutarelli, 2000)

Estimulação das regiões cutâneas ou mucosas

Reflexo Cutâneo-plantar (n. tibial – L4-S2)

Sinal de Babinski


Reflexos (Graduação)

(Mutarelli, 2000)

Descritiva Qualitativa Descrição

Ausente 0 Mesmo com manobras facilitadoras, não é possível obter o reflexo.

Diminuído + O reflexo é conseguido com alguma dificuldade ou o movimento da articulação é de pequena intensidade.

Normal ++ O reflexo é obtido com facilidade e intensidade normais

Vivo +++ O reflexo é obtido com facilidade aumentada, sendo amplo e brusco.

Exaltado ++++ O reflexo é obtido em uma área maior do que a que se consegue habitualmente (aumento da área reflexógena), sendo policinético (com uma percussão ocorre várias contrações), amplo e brusco.


Sensibilidade

(Mutarelli, 2000)

Sistema sensorial

Capta estímulos físicos

Transforma em impulsos elétricos

Leva ao SNC Elaboração de uma resposta

adaptativa


• Superficial:

1. Tato

2. Dor

3. Temperatura

Sensibilidade

(Mutarelli, 2000)


• Profunda:

1. Cinético-postural: o paciente indica, de olhos fechados, a posição final de um segmento do seu corpo deslocado de forma passiva pelo examinador.

2. Sinal de Romberg: verifica a reação do paciente ao fechar os olhos, quando o mesmo perde o equilíbrio, considera-se positivo.

Sensibilidade

(Mutarelli, 2000)


• Dismetria (erro de medida)

• Erro de direção (prova índex-narix, índex-índex e calcanhar-joelho)

• Diadococinesia: realização de movimentos sucessivos e alternados de supinação e pronação.

Coordenação motora

(Mutarelli, 2000)


Coordenação motora

(Mutarelli, 2000)


• Estático:

- pcte em pé parado;

- observar base de apoio do pcte;

- o pcte deve estar descalço;

- pequenas oscilações não são patológicas;

- Sinal de Romberg.

Equilíbrio

(Mutarelli, 2000)


• Dinâmico:

- solicita-se que o pcte ande;

- marcha anterior e posterior;

- com os olhos abertos e fechados;

- atenção para o tipo de marcha.

Equilíbrio

(Mutarelli, 2000)


• Marcha ceifante (helicoidal ou hemiplégica)

Marcha

(http://neurootic.wordpress.com/2010/10/02/marchas-patologicas/)


• Marcha escarvante

Marcha



• Marcha cerebelosa (ebriosa ou atáxica)

Marcha



• Marcha anserina (miopática)

Marcha



• Marcha parkinsoniana

Marcha



• Área cutânea inervada por uma única raiz nervosa dorsal (área sensitiva).

Dermátomos

(http://www.slideshare.net/calipani/sistema-nervoso-perifrico)

Miótomos

• Grupo de músculos inervados a partir de um único segmento medular.


(Fonte: google imagens)


• Exames complementares; • Problemas principais; • Objetivos do tratamento; • Conduta terapêutica;

Referências

• MUTARELLI, E. G. Propedêutica Neurológica – Do sintoma ao diagnóstico. Ed. Sarvier, p. 28, 2000. • http://neurootic.wordpress.com/2010/10/02/marchas-patologicas • Semiotécnica neurológica. Disponível em: http://www.fmrp.usp.br/revista/1996/vol29n1/semiotecnica_neurologica.pdf

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