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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
MARIETA PEREZ HERNANDEZ
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA CONTROLE DA HANSENÍASE
NO DISTRITO DE MARUDÁ, MUNICÍPIO MARAPANIM.
CASTANHAL/PARÁ
2018
MARIETA PEREZ HERNANDEZ
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA CONTROLE DA HANSENÍASE
NO DISTRITO DE MARUDÁ, MUNICÍPIO MARAPANIM.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Saúde da Família, Universidade Federal do Pará, para obtenção do certificado de Especialista em Saúde da Família. Orientador (a): Profª. MSc. Valquiria Rodrigues Gomes.
CASTANHAL/PARÁ
2018
MARIETA PEREZ HERNANDEZ
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA CONTROLE DA HANSENÍASE
NO DISTRITO DE MARUDÁ, MUNICÍPIO MARAPANIM.
Banca Examinadora
Professor (a). Valquiria Rodrigues Gomes – Universidade Federal do Pará
Professor (a). Denise da Silva Pinto
Aprovado em Castanhal, Pará, em ____ de ________de 2018.
DEDICATÓRIA
Este projeto é dedicado especialmente a todas as pessoas
que me ajudaram em meu desenvolvimento
profissionalmente, à minha família e a minha professora
Lanna Xantipa Lemos, que de uma forma ou outra me
ajudaram a seguir adiante com o objetivo de alcançar
minhas metas. Vocês são minha principal motivação.
RESUMO
A hanseníase é doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae. A predileção pela pele e nervos periféricos confere características peculiares a esta moléstia, tornando o seu diagnóstico simples. O Brasil continua sendo o segundo país em número de casos no mundo, após a Índia. Aproximadamente 94% dos casos conhecidos nas Américas e 94% dos novos diagnosticados são notificados pelo Brasil. Este trabalho tem como objetivo Elaborar um projeto de intervenção para diminuir a incidência de hanseníase por condição infectocontagiosa em distrito de Marudá, município de Marapanim. A intervenção será realizada na Unidade Básica de Saúde de Marudá, o público alvo são os pacientes portadores da doença na comunidade, será desenhado e aplicado o método do Planejamento Estratégico Situacional conforme as orientações da disciplina Planejamento e Avaliação em Saúde, sendo que para o reconhecimento do território e definição de problema utilizou-se a Estimativa Rápida Participativa. Entre os resultados esperados com o projeto, destacamos: melhorar a qualidade de vida e o conhecimento dos portadores sobre a sua doença; promover estilos de vida saudável através de ações de promoção da saúde e assim evitar possíveis complicações. Palavras-chave: Hanseníase. Diagnóstico. Promoção da Saúde. Marapanim.
ABSTRACT Leprosy is a chronic infectious disease caused by Mycobacterium leprae. The predilection for the skin and peripheral nerves confers features peculiar to this disease, making its diagnosis simple. Brazil remains the second largest country in the world after India. Approximately 94% of the known cases in the Americas and 94% of the new diagnosed ones are notified by Brazil. The objective of this work is to design an intervention project to reduce the incidence of leprosy due to infectious disease in the district of Marudá, municipality of Marapanim. The intervention will be carried out in the Basic Health Unit of Marudá, the target population is the patients with the disease in the community, the method of Strategic Situational Planning will be designed and applied according to the guidelines of the discipline Planning and Evaluation in Health, and for the recognition of the territory and problem definition was used the Participatory Rapid Estimate. Among the expected results of the project, we highlight: improving the quality of life and knowledge of the patients about their disease; promote healthy lifestyles through health promotion actions and thus avoid possible complications. Keywords: Leprosy. Diagnosis. Promotion of Health. Marapanim.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7
1.1 Aspectos gerais do município ........................................................................... 7
1.2 Aspectos da comunidade....................................................................................8
1.3 O sistema municipal de saúde............................................................................9
1.4 A Unidade Básica de Saúde................................................................................9
1.5 A Equipe de Saúde da Família..........................................................................10
1.6 O funcionamento da Unidade Básica de Saúde..............................................10
1.7 O dia a dia da equipe..........................................................................................11
1.8 Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade.......11
1.9 Priorização dos problemas ............................................................................. 122
2 JUSTIFICATIVA......................................................................................................13
3 OBJETIVOS............................................................................................................15
3.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 15
3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 15
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 16
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 17
6 PLANO DE INTERVENÇÃO .................................................................................. 19
6.1 Descrição do problema selecionado ............................................................... 19
6.2 Explicação do problema selecionado.............................................................. 19
6.3 Seleção dos "nós críticos"................................................................................20
6.4 Desenho das operações. .................................................................................. 20
7 CONCLUSÃO.........................................................................................................25
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 26
7
1 INTRODUÇÃO
O Município Marapanim está localizado em relação a capital do estado e
outros pontos geográficos interessantes. Ele se encontra a 160 km da capital do
estado do Pará. O acesso a partir de Marapanim é feito através das rodovias
pavimentadas. Tem uma População estimada, cadastrada pelo Sistema Único de
Saúde de 27.471 habitantes (IBGE, 2018).
O município é famoso por possuir praias paradisíacas. As mais famosas são
Marudá, Camará, Crispim e Sacaiteua. Existem resquícios de povos indígenas na
região anteriores a ocupação de religiosos. A história oficial tem início no século XVII
, quando os padres jesuítas ali chegaram e fundaram uma fazenda, que chamaram
de "Bom Intento" (IBGE, 2018).
A fazenda, na época da Lei Pombalina, em 1775, foi confiscada dos jesuítas
e entregue à particulares. O domínio das terras chegou as mãos do padre José Maria
do Valle, que dela separou uma parte, doando-a para criação de uma freguesia. Em
1833, durante a Independência, a então freguesia do Bom Intento ficou sob a
jurisdição da vila de Cintra, hoje município de Maracanã. Dezessete anos mais tarde,
em 1850, já era povoado (IBGE, 2018).
Em 1869 foi elevado à categoria de freguesia, sob a proteção de Nossa
Senhora da Vitória, continuando, porém a pertencer a Cintra. A autonomia veio em
1874, porém sua instalação só ocorreu quatro anos mais tarde, em 1878, com a
eleição dos vereadores e juiz de paz. A emancipação municipal durou até dezembro
de 1930, quando o município de Marapanim foi extinto, através de um decreto, e
entregue a Curuçá (IBGE, 2018).
Entretanto, menos de um mês depois, o decreto Nº 111, de 21 de janeiro de
1931, tornou-se sem efeito a extinção. Marapanim é uma palavra da língua nheengatu,
derivada do tupi-guarani, significa "borboletinha do mar" ou "borboletinha d'água",
nome dado pelos índios da região a um rio que por ali corria, em cujas margens podia-
se ver um grande número de borboletas pequenas (IBGE, 2018).
1.1 Aspectos gerais do município
No município existe um hospital Unidade de Pronto Atendimento com os
serviços de casos de urgência e emergência com sala de parto e internação, um
8
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), serviço de saúde aberto e comunitário do
Sistema Único de saúde (SUS), um Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF),
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) com ambulâncias especializadas
assim com profissionais em urgência e emergência para assegurar a integralidade da
atenção, provendo o sistema de respostas às necessidades dos usuários, e ficam
interligados por um sistema de referência e contra referência e sustentados por um
sistema de informação que lhes garanta a unicidade necessária.
A rede de serviços de saúde esta organizada na atenção primária em nível
dos 7 Posto de Saúde da Família que tem o município, consta também com uma rede
de farmácias popular (IBGE, 2018).
1.2 Aspectos gerais da comunidade
A comunidade pertence ao município de Marapanim, localizada no interior do
município, tem uma população de 3.527 habitantes. Os moradores vivem do trabalho
da pesca e turismo, com uma entrada per capita de um salário mínimo, tendo um alto
índice de analfabetismo, onde a maioria dos trabalhadores são autônomos (IBGE,
2018).
Em relação ao saneamento básico se faz a coleta de lixo periodicamente três
vezes por semana e a reciclagem dos esgotos se fazem em fossas feitas pelos
moradores da cidade, mais ainda existem pessoas que costumam fazer suas
necessidades fisiológicas ao ar livre.
Por gestão da política do município estão fazendo reparação das ruas da
comunidade. A população tem suas crenças religiosas predominando a religião
católica.
A comunidade conta com duas escolas, creches, 2 igrejas, 01 agência do
Banco do Brasil, 01 do Bradesco e 01 da Caixa Econômica Federal, além de 01
agência dos Correios no município. Como opções culturais e de lazer, 03 jornais
diários e 01 ginásio poliesportivo.
A justiça do município dispõe de juizado de pequenas causas, sede de
comarca, juízes designados e conselho tutelar. O Município oferece incentivo para
atração de atividades econômicas e possui programa de geração de emprego e renda.
A infraestrutura urbana indica 80% das vias pavimentadas.
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As crianças se divertem na rua jogando bola ou andando de bicicleta, outra
opção de lazer para adultos e adolescentes são os bares na orla da praia. Existe por
cada micro região uma associação de moradores responsáveis e comprometidos na
luta por melhorar as condições da comunidade. A comunidade conta com serviços
telefônicos. Como meio do transporte conta com um ônibus que viaja três vezes ao
dia e táxis que viajam ao município constantemente
1.3 O sistema municipal de saúde
No município existe um hospital Unidade de Pronto Atendimento com os
serviços de casos de urgência e emergência, consta com salão de parto e internação.
Um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), um Núcleo de Apoio a Saúde da
Família (NASF). Serviço de SAMU com ambulâncias especializadas assim com
profissionais em urgência e emergência para assegurar a integralidade da atenção,
provendo o sistema de respostas às necessidades dos usuários, e ficam interligados
por um sistema de referência e contra referência e sustentados por um sistema de
informação que lhes garanta a unicidade necessária.
A rede de serviços de saúde está organizada com a atenção primária a nível dos
7 Programas de Saúde da Família (PSF).
1.4 A Unidade Básica de Saúde
Atualmente, nossa ESF está integrada, por um consultório médico, uma sala
de enfermagem, sala onde se realiza a triagem, sala de curativos, sala de vacina, uma
recepção com sala de estar, uma farmácia, área da cozinha, área de observação com
duas camas e consulta odontológica.
Com uma estrutura bem conservada e boa amplitude para o acolhimento dos
pacientes, com suficientes cadeiras para os pacientes em espera dos atendimentos.
Com serviços odontológicos todas as semanas que iniciaram se tendo boa acolhida
pela população igual as consultas médicas.
Temos um salão amplo para fazer as reuniões com a equipe todos os meses.
Atualmente contamos com os equipamentos e recursos humanos necessários para
oferecer os serviços com a melhor qualidade possível (IBGE, 2018).
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1.5 A Equipe de Saúde da Família
A Equipe de Saúde Básica (EBS) é composta por uma médica do programa,
um dentista, um enfermeiro (responsável pela Estratégia de Saúde da Família (ESF),
três técnicas de enfermagem, cinco agentes de saúde, serviços gerais e uma
secretária.
Os pacientes são acolhidos pela recepcionista e são organizados os
atendimentos tendo em conta o nível de prioridade de cada caso atendendo a suas
necessidades.
Nossa equipe é regida por um horário de trabalho semanal, onde é priorizada
atenção aos grupos planejados, no entanto, é servida toda a população prevista,
independentemente do grupo populacional planejado.
1.6 O funcionamento da Unidade de Saúde
O processo de trabalho da equipe é adequado pois se faz todas as ações para
melhorar o atendimento do paciente, faz-se educação em saúde com a população
fazendo palestras e pesquisas das doenças e ensinando a comunidade os sintomas
e fatores de risco das doenças mais prevalentes, se faz acolhimento a todos os
pacientes em dependência de sua condição médica, faz-se atendimento da demanda
espontânea, atendimento de demanda programada, visitas domiciliares, projetos e
grupos de pacientes (IBGE, 2018).
No âmbito dos programas atendidos pela nossa ESF, são os seguintes:
- Atenção às mulheres grávidas;
- Atenção para a criança menor de um ano;
- Atenção a criança de 1-12 anos;
- Atenção para as mulheres (especialmente em idade fértil);
- Atenção ao homem;
- Atenção ao Idoso;
- Atenção às doenças crônicas não transmissíveis (Hipertensão Arterial, Diabetes
Mellitus, Epilepsia e outras);
- Atenção às doenças infecciosas (Hanseníase, Tuberculose, Leishmaniose,
parasitoses intestinais, entre outras).
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O Programa de Assistência Farmacêutica assegura acesso da população aos
medicamentos que fazem parte da REMUME e RENAME. A Assistência Farmacêutica
funciona junto com as Equipes de Saúde da Família, onde realiza a estocagem e
distribuição dos medicamentos, estando sobre a supervisão de um farmacêutico
responsável pelo planejamento, estocagem e distribuição dos medicamentos.
A Saúde Bucal no município além de suas atividades de rotina nas Unidades
de Saúde vem desenvolvendo em todas as escolas da rede municipal e estadual
localizadas na zona urbana e rural, inclusive na Creche municipal; ações que visam à
redução de cáries através de palestras, teatros, levantamento epidemiológico,
evidenciação de placa bacteriana, aplicação tópica de flúor e técnica de escovação.
1.7 O dia a dia da equipe
Se fazem visitas domiciliarias pelos ACS em uma proporção de 5 à 6 visitas
domiciliarias diárias em cada micro área detectando os casos de mais vulnerabilidade
na área e programando-se visitas médicas e de enfermagem para os casos mais
necessitados.
Em relação às consultas do médico e enfermeiro se fazem, cumprindo com a
programação para as puericulturas, acompanhamento de gestantes, Hipertensos,
Diabéticos, Tuberculose, Hanseníase etc. Também se fazem pesquisas para câncer
de colo de útero e mama assim como se levam ações de vacinação, curativos,
reuniões com os grupos de Hipertensos e Diabéticos.
De forma geral na comunidade existem alguns problemas relacionados com
o saneamento ambiental, e as doenças mais frequentes são as respiratórias devido
às poeiras nos caminhos e as oscilações constantes de temperaturas, sendo na maior
parte do ano o clima frio.
1.8 Estimativa Rápida: problemas de saúde do território e da comunidade
De acordo com a equipe de saúde em discussão realizada durante uma
reunião os principais problemas de saúde na população na área adstrita são:
- Alta incidência de hanseníase no território;
- Alta incidência de hipertensão arterial da comunidade de Marudá;
- Alta incidência de Diabetes Mellitus;
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- Alta incidência de grávidas menores que 20 anos;
- Inadequado abastecimento de água para o consumo da população do município.
1.9 Priorização dos problemas
Quadro 1 - Classificação de prioridade para os problemas identificados no diagnóstico da comunidade adscrita à equipe de Saúde da Comunidade de Marudá, Unidade Básica de Saúde de Marudá, município de Marapanim, estado do Pará.
Principais problemas
Importância Urgência Capacidade de enfrentamento
Seleção
Alta incidência de hanseníase no território
Alta 7 Parcial 1
Alta incidência de hipertensão arterial da comunidade de Marudá
Alta 5 Parcial 2
Alta incidência de Diabetes Mellitus
Alta 5 Parcial 2
Alta incidência de grávidas menores que 20 anos
Alta 5 Fora 3
Inadequado abastecimento de água para o consumo da população do município
Alta 4 Fora 4
Fonte: Diagnóstico Situacional, 2018, elaborado pelo autor.
2 JUSTIFICATIVA
13
A ação programática de saúde do paciente com hanseníase é muito
importante em qualquer contexto da atenção primária à saúde. A hanseníase ainda é
considerada como sendo um sério problema de saúde pública o que exige uma
vigilância resolutiva. O conhecimento das características epidemiológicas da doença
é importante ferramenta para o controle da endemia (BRASIL, 2001).
A despeito da redução drástica no número de casos - de 17 para cinco por 10
mil habitantes - no período de 1985 a 1999. Embora o impacto das ações, no âmbito
dessa endemia, não ocorra em curto prazo, o Brasil reúne atualmente condições
altamente favoráveis para a sua eliminação como problema de saúde pública,
compromisso assumido pelo País em 1991 - a ser cumprido até 2005 - e que significa
alcançar um coeficiente de prevalência de menos de um doente em cada 10 mil
habitantes (BRASIL, 2002).
As maiores prevalências da doença encontram-se no sudeste asiático, na
América do Sul e na África. O Brasil é considerado o segundo país com maior número
de casos de hanseníase no mundo, visto que é uma doença infectocontagiosa
populacional e uma realidade da maioria das sociedades do mundo moderno
(BRASIL, 2001).
A hanseníase, quando diagnosticada e tratada tardiamente pode trazer graves
consequências para os portadores e seus familiares, não só pelas lesões que os
incapacitam fisicamente, mas pelas repercussões psicossociais, em decorrência de
preconceitos, medos e rejeições por parte da sociedade (BRASIL, 2001).
Em 2011, 228.474 casos foram detectados no mundo. O Brasil ocupa o
segundo lugar em número absoluto de casos, atrás apenas da Índia. É o único país
que não atingiu a meta de eliminação da doença como problema de saúde pública,
definida pela prevalência menor que 1 caso/10.000 habitantes. Em 2011, 33.955
casos novos foram detectados, com coeficiente de prevalência de 1,54/10.000
habitantes (LASTÓRIA; ABREU, 2002).
Nossa área tem atividades de promoção e prevenção como, por exemplo:
Exame dermato neurológico dos contatos, observação de cicatriz vacinal de BCG:
recomendação conforme exame físico, dentre outros. Toda e qualquer pessoa que
resida ou tenha residido com o doente de hanseníase nos últimos 5 (cinco) anos
deverá realizar a vigilância de contatos como medida fundamental para o
enfrentamento da endemia.
14
Este trabalho se justifica pela alta incidência de casos novos de hanseníase
na área de abrangência, visando fornecer ao profissional de saúde subsídios que
facilitem o seu desempenho no diagnóstico e tratamento da hanseníase, visando
eliminar fontes de infecção e evitar sequelas.
3 OBJETIVOS
15
3.1 Objetivo Geral
- Elaborar um projeto de intervenção para diminuir a incidência de hanseníase por
condição infectocontagiosa no distrito de Marudá, município de Marapanim.
3.2 Objetivos Específicos
- Identificar os fatores de risco e determinantes da Hanseníase;
- Determinar o nível de conhecimento sobre Hanseníase;
- Reduzir a propagação da hanseníase acrescentando medidas higiênicas
sanitárias;
- Diminuir o número de casos com Hanseníase e suas complicações.
4 METODOLOGIA
16
Para a elaboração do Plano de Intervenção foi utilizado o Método do
Planejamento Estratégico Situacional (PES) (CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2010). Os
seguintes passos foram realizados: desenho das operações, identificação dos
recursos críticos, análise de viabilidade do plano (construção de meios de
transformação das motivações dos atores através de estratégias que tinham como
objetivo mobilizar, convencer, ou mesmo pressionar estes, a fim de mudar sua
posição), a elaboração do plano operativo, em que foram designados os responsáveis
por cada operação e definido os prazos para a execução e o modelo de gestão do
plano de ação (CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2010).
Este é um estudo de intervenção educativa que será realizada com a
população portadora de hanseníase da área de abrangência da Equipe de Saúde da
Família de Marudá localizada no município de Marapanim. A captação dos pacientes
será feita nas visitas domiciliares organizadas pela equipe, com apoio dos Agentes
Comunitários de Saúde (ACS), tendo duração de seis meses.
Será utilizado o Planejamento Estratégico Situacional para estimativa rápida
dos problemas observados e definição do problema prioritário, dos nós críticos e das
ações. Planejamento, avaliação e programação das ações em saúde.
Serão consultados prontuários individuais dos pacientes cadastrados na ESF,
informações aportadas pelos agentes comunitários de saúde e documentos de órgãos
públicos (ministérios, secretarias, etc.) e de outras fontes de busca para revisão
bibliográfica. Sendo que os descritores utilizados nesse trabalho foram: Hanseníase,
Diagnóstico, Promoção da Saúde e Marapanim.
Para redação do texto foram aplicadas as normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) e as orientações do módulo Iniciação à metodologia:
Trabalho de Conclusão de Curso.
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
17
Hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, de evolução lenta, que se
manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos: lesões
na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés. O
comprometimento dos nervos periféricos é a característica principal da doença,
dando-lhe um grande potencial para provocar incapacidades físicas que podem,
inclusive, evoluir para deformidades (BRASIL, 2002).
Causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. Apresenta alta contagiosidade e
baixa morbidade. Se não tratada na forma inicial, a doença quase sempre evolui,
torna-se transmissível e pode atingir pessoas de qualquer sexo ou idade, inclusive
crianças e idosos. Essa evolução ocorre, em geral, de forma lenta e progressiva,
podendo levar a incapacidades físicas (LASTÓRIA; ABREU, 2012; BRASIL, 2017).
O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado à
capacidade de penetração do Mycobacterium leprae na célula nervosa e seu poder
imunogênico (BRASIL, 2007).
O homem é considerado a única fonte de infecção da hanseníase. O contágio
dá-se através de uma pessoa doente, portadora do bacilo de Hansen, não tratada,
que o elimina para o meio exterior, contagiando pessoas susceptíveis. A principal via
de eliminação do bacilo, pelo indivíduo doente de hanseníase, e a mais provável porta
de entrada no organismo passível de ser infectado são as vias aéreas superiores, o
trato respiratório. No entanto, para que a transmissão do bacilo ocorra, é necessário
um contato direto com a pessoa doente não tratada (BRASIL, 2002).
Observa-se que crianças, menores de quinze anos, adoecem mais quando há
uma maior endemicidade da doença. Há uma incidência maior da doença nos homens
do que nas mulheres, na maioria das regiões do mundo. Além das condições
individuais, outros fatores relacionados aos níveis de endemia e às condições
socioeconômicas desfavoráveis, assim como condições precárias de vida e de saúde
e o elevado número de pessoas convivendo em um mesmo ambiente, influem no risco
de adoecer (BRASIL, 2002).
A Organização Mundial da Saúde, em 1982, para fins terapêuticos, classificou
a hanseníase, conforme o índice baciloscópico, em paucibacilar (índice baciloscópico
menor que 2+) e multibacilar (índice baciloscópico maior ou igual a 2+). Em 1988,
estabeleceu critérios clínicos, considerando paucibacilares casos com até cinco
lesões cutâneas e/ou um tronco nervoso acometido e multibacilares casos com mais
de cinco lesões cutâneas e/ou mais de um tronco nervoso acometido. Onde o exame
18
baciloscópico é disponível, pacientes com resultado positivo são considerados
multibacilares, independentemente do número de lesões (LASTÓRIA; ABREU, 2012).
Entretanto, alguns pacientes não 10 apresentam lesões facilmente visíveis na
pele, e podem ter lesões apenas nos nervos (hanseníase primariamente neural), ou
as lesões podem se tornar visíveis somente após iniciado o tratamento. Assim, para
melhor compreensão e facilidade para o diagnóstico, neste guia utilizamos a
classificação de Madri (1953): hanseníase indeterminada (PB), tuberculóide (PB),
dimorfa (MB) e virchowiana (MB) (BRASIL, 2017).
O diagnóstico de hanseníase deve ser baseado na história de evolução da
lesão, epidemiologia e no exame físico (nervos periféricos espessados e/ou lesões de
pele ou áreas de pele com alterações de sensibilidade térmica e/ou dolorosa e/ou tátil,
alterações autonômicas circunscritas quanto à reflexia à histamina e/ou à sudorese).
Em algumas situações, os exames subsidiários (baciloscopia e biópsia de pele)
podem ser necessários para auxiliar o diagnóstico, porém sempre devemos
considerar as limitações desses exames, valorizando essencialmente os achados
clínicos encontrados (BRASIL, 2017).
A poliquimioterapia emprega esquemas baseados na classificação
operacional. Para paucibacilares, são 6 doses, incluindo 1 dose de rifampicina 600
mg/mês e dapsona 100 mg/dia. Para multibacilares, são 12 doses, acrescentando
clofazimina, 1 dose de 300 mg/mês e 50 mg/dia (LASTÓRIA; ABREU, 2012).
Para a qualidade da atenção, é fundamental que as equipes busquem a
integralidade nos seus vários sentidos e dimensões, como: propiciar a integração de
ações programáticas e demanda espontânea; articular ações de promoção à saúde,
prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento, reabilitação e manutenção da
saúde; trabalhar de forma interdisciplinar e em equipe; coordenar o cuidado aos
indivíduos-família-comunidade; integrar uma rede de serviços de maior complexidade
e, quando necessário, coordenar o acesso a esta rede (BRASIL, 2007).
Para a integralidade do cuidado, fazem-se necessárias mudanças na
organização do processo de trabalho em saúde, passando a Atenção Básica/Saúde
da Família a ser o lócus principal de desenvolvimento dessas ações (BRASIL, 2007).
6 PLANO DE INTERVENÇÃO
6.1 Descrição do problema selecionado
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O Diagnóstico situacional em saúde é uma importante ferramenta pra definir
os principais problemas que afetam na comunidade de Marudá e poder fazer um
melhor planejamento das ações encaminhadas à solução dos mesmos. Para a
determinação dos problemas a equipe reuniu-se com todos os integrantes onde os
agentes comunitários foram determinantes na avaliação dos mesmos, também
participaram atores sociais e pessoas da população em geral enfatizando sobre os
principais problemas para eles na comunidade.
Foi realizada uma análise dos dados registrados nos prontuários assim como
uma permanente observação da área, das condições socioeconômicas, dos riscos do
meio ambiente, das doenças com maior demanda dos serviços de saúde detectando-
se finalmente que um dos maiores problemas que afetam na comunidade é a alta
incidência de doenças crônicas descompensadas sem tratamento (Hipertensão
Arterial).
6.2 Explicação do problema selecionado
Dentro do momento explicativo, tratando a tentativa de explicação da
realidade do problema e tendo em conta o alto impacto sobre os fatos que revelam
sua existência e os sintomas que o manifestam (vetor de descrição do problema), o
centro prático de ação, ou seja, deve poder-se agir de modo prático, efetivo e direto
sobre a causae o centro oportuno de ação política durante o período do plano.
É preciso ampliar o acesso da população aos recursos e aos serviços das
Unidades Básicas de Saúde: a utilização dos serviços e dos recursos de saúde nem
sempre ocorrem de forma que quem mais precisa consiga acesso.
Frequentemente, pessoas com menores riscos à saúde têm número de
consultas considerado maior que o necessário para o adequado acompanhamento de
suas condições de saúde, enquanto outras com maiores riscos e vulnerabilidade não
conseguem acesso ao cuidado, além disso, é necessário buscar maior qualidade da
atenção à saúde, o seja, maior capacidade dos serviços de saúde em responder de
forma efetiva às necessidades de saúde, no momento em que as pessoas precisam,
e a integralidade da atenção, que compreende promoção da saúde, prevenção e
tratamento de doenças e recuperação da saúde.
Refere-se, ainda, à abordagem integral do indivíduo (todos os sistemas
fisiológicos, bem como os aspectos psicológicos, contexto familiar e social).
20
Na comunidade de Marudá a Hanseníase é o principal problema de saúde,
pois:
1. Tem alta incidência de casos a comunidade.
2. A população não faz orientações médicas.
3. Tem inadequados hábitos e estilos de vida.
4. Tem baixo nível de conhecimento da doença e os fatores de risco.
5. Tem muitas pessoas alcoólatras.
6. Tem inadequadas condições higiênicas- ambiental.
7. Muitas pessoas que moram na mesma casa.
8. Tem alimentação não saudável.
As pessoas q moram com contatos de hanseníase não fazem medidas
profiláticas da doença e contribuem para a aparição de novos casos, já que a doença
e muito infectocontagiosa.
6.3 Seleção dos nós críticos
1. Hábitos e estilos de vida inadequados;
2. Baixo nível de conhecimento dos fatores de risco;
3. Estrutura deficiente dos serviços de saúde;
4. Processo de trabalho da equipe de saúde com predomínio do modelo
assistencial.
6.4 Desenho das operações
Após da seleção do problema e identificação das causas, se estabeleceram
estratégias para o enfrentamento com a elaboração do plano de ação. As operações
sobre cada um dos “nós críticos” relacionados ao problema deverão ser detalhados a
seguir nos quadros.
Quadro 2 - Operações sobre o “nó crítico 1” relacionado ao problema “Hábitos e estilos de vida inadequados”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família de Marudá, do município Marapanim, estado do Pará.
Nó crítico 1 Hábitos e estilos de vida inadequados.
Operação Modificar hábitos e estilo de vida.
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Projeto Mais Saúde.
Resultados esperados
Diminuir os fatores de risco da Hanseníase.
Produtos esperados
População com melhor qualidade de vida. Programa de saúde na rádio de SMC. Palestras aos grupos vulneráveis da população com a doença. Campanha educativa na radio local sobre a importância de mudança de medidas higiênicas ambientais.
Recursos necessários
Estrutural: Organizativo: para realização de palestras. Adequação de um espaço físico, recursos humanos (Equipe de Saúde da Família, Núcleo de Apoio a Família) e equipamentos (recursos audiovisuais). Cognitivo: informação e atualização sobre o tema. Elaboração de projeto de linha de cuidado e de protocolos. Financeiro: Obtenção dos recursos audiovisuais, elaboração de folhetos educativos. Político: Agendar espação na radio local. Mobilização social. Articulação entre os setores da saúde e adesão dos profissionais.
Recursos críticos Estrutural: Difícil acesso, por falta de especialistas no município. Cognitivo: Explicações diretas. Político: Adesão do vereador do bairro. Financeiro: Recurso disponível.
Controle dos recursos críticos
Secretario de saúde. Secretaria Municipal de Saúde. Setor de comunicação.
Ações estratégicas
Apresentar projeto após as ações.
Prazo 6 meses, incluindo a realização de todas as ações da intervenção.
Responsáveis pelo acompanhamento das ações
Secretaria Municipal de Saúde. Médico e enfermeiro. Dermatologista do município.
Processo de monitoramento e avaliação das ações
Secretaria Municipal de Saúde Para diminuir em 50% o número de pacientes com Hanseníase.
Quadro 3 - Operações sobre o “nó crítico 2” relacionado ao problema “Baixo nível de conhecimento dos fatores de risco”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família de Marudá, do município Marapanim, estado do Pará.
Nó crítico 2 Baixo nível de conhecimento dos fatores de risco.
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Operação Elevar nível de informação das pessoas sobre as consequências da doença.
Projeto Saber mais.
Resultados esperados
Melhorar o conhecimento das pessoas sobre a doença. População com mais conhecimento sobre os riscos das complicações. Diminuição da incidência de hanseníase na comunidade e manter adequado controle. Diminuição do índice de complicações associados à Hanseníase.
Produtos esperados
Palestras no posto para pacientes com hanseníase e com fatores de risco. Campanha educativa na rádio local do município. Campanhas educativas no jornal local. Trabalho sistemático com o grupo de pacientes com hanseníase.
Recursos necessários
Financeiro: Obtenção dos recursos audiovisuais, recursos que se precisam para realização das palestras. Cognitivo: Conhecimento e atualização sobre o tema. Politico: Articulação intersetorial. Estrutural: Organização adequada das palestras em postos e comunidade.
Recursos críticos Estrutural: Difícil acesso, por falta de especialistas no município. Cognitivo: Explicações diretas. Financeiro: Recurso disponível.
Controle dos recursos críticos
Secretario de Saúde.
Ações estratégicas
Apresentar projeto. Campanha educativa na radio local
Prazo 6 meses, incluindo a realização de todas as ações da intervenção.
Responsável pelo acompanhamento das ações
Médico e enfermeiro. Dermatologista do Município. Campanha educativa na radio local.
Processo de monitoramento e avaliação das ações
Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Saúde.
Quadro 4 - Operações sobre o “nó crítico 3” relacionado ao problema “Estrutura deficiente dos serviços de saúde”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família de Marudá, do município Marapanim, estado do Pará.
Nó crítico 3 Estrutura deficiente dos serviços de saúde.
Operação Melhorar a estrutura dos serviços para o acompanhamento dos portadores de hanseníase.
Projeto Melhor acompanhamento.
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Melhorar a estrutura do serviço para o atendimento dos pacientes com Hanseníase, garantir seu acompanhamento em rede e a integralidade, equidade e universalidade dos tratamentos oferecidos pelo SUS.
Resultados esperados
Assegurar a consulta especializada e garantir a contra-referência da mesma. Garantir exames previstos para população com hanseníase. Garantir os medicamentos a população com hanseníase. Garantir a permanência dos profissionais de saúde para atendimento continuado destes pacientes.
Produtos esperados
Exigir a contra-referência escrita dos especialistas. Capacitação sistemática dos profissionais de saúde. Contratação no município de profissionais especializados e médicos de PSF suficientes para conseguir o acompanhamento da população em questão. Compra dos medicamentos.
Recursos necessários
Financeiro: Obtenção dos recursos audiovisuais, confecção de folhetos. Cognitivo: Conhecimento e atualização do tema. Politico: Agendar na rádio local. Mobilização social. Articulação Intersetorial. Estrutural: Organizativo para realização de palestras.
Recursos críticos Estrutural: Difícil acesso, por falta de especialistas no município. Cognitivo: Explicações diretas. Financeiro: Recurso disponível.
Controle dos recursos críticos
Secretario de saúde.
Ações estratégicas
Campanha educativa na rádio local.
Prazo 6 meses, incluindo a realização de todas as ações da intervenção.
Responsável pelo acompanhamento das ações
Médico e enfermeiro. Dermatologista do Município. Campanha educativa na rádio local.
Processo de monitoramento e avaliação das ações
Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Saúde. Para Melhorar conhecimento das pessoas sobre a doença.
Quadro 5 - Operações sobre o “nó crítico 4” relacionado ao problema “Processo de trabalho da equipe de Saúde da família com predomínio do modelo assistencial”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família de Marudá, do município Marapanim, estado do Pará.
Nó crítico 4 Processo de trabalho da equipe de Saúde da família com predomínio do modelo assistencial.
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Operação Organizar o processo de trabalho para melhorar a efetividade do cuidado.
Projeto Linha de cuidado. Implantar a linha de cuidados para Hanseníase incluindo os mecanismos de referência e contra-referência.
Resultados esperados
Cobertura de 100% dos pacientes com hanseníase.
Produtos esperados
Linha de cuidado para determinar pacientes com risco de desenvolver complicações. Protocolos implantados. Recursos humanos capacitados. Gestão de linha de cuidado.
Recursos necessários
Cognitivo: Elaboração de projeto de linha de cuidado e de protocolos. Político: Articulação entre os setores da saúde e adesão dos profissionais. Organizacional: Adequação de fluxos de pesquisa e atendimento de pacientes com risco de complicações (referencia e contra-referência). Financeiro: Para aumento das consultas com especialistas e recursos necessários.
Recursos críticos Político: Articulação entre os setores da saúde e adesão dos profissionais.
Controle dos recursos críticos
Secretario Municipal de Saúde.
Ações estratégicas
Campanha educativa na radio local.
Prazo 6 meses, incluindo a realização de todas as ações da intervenção.
Responsável pelo acompanhamento das ações
Médico e enfermeiro. Dermatologista do Município.
Processo de monitoramento e avaliação das ações
Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Saúde. Para melhorar o conhecimento das pessoas sobre a doença.
7 CONCLUSÃO
A proposta de intervenção é viável no contexto de nossa equipe de saúde da
família, podendo influenciar na qualidade de vida da população atendida. Este plano
de ação abrange todas as operações a desenvolver para resolver o problema
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prioritário da população atendida no PSF Marudá, vai garantir a eficiente utilização
dos recursos, promovendo a comunicação entre os planejadores e executores.
É uma forma de enfrentar os problemas de maneira mais sistemática, onde é
fundamental que a equipe acompanhe cada passo e os resultados das ações
implementadas para garantir a qualidade de seu trabalho.
Recomendamos realizar trabalhos nas comunidades, aplicando propostas de
intervenção, tendo em conta a relevância dos mesmos.
REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle da hanseníase na atenção básica: guia prático para profissionais da equipe de saúde da família. Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de Atenção Básica; elaboração de Maria Bernadete Moreira e Milton Menezes da Costa Neto. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia para o Controle da hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vigilância em Saúde: Dengue, Esquistossomose, Hanseníase, Malária, Tracoma e Tuberculose. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção a Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia prático sobre a hanseníase [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. CAMPOS, F. C. C.; FARIA, H. P.; SANTOS, M. A. Planejamento e avaliação das ações em saúde. 2. ed. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2010. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo Demográfico. Brasília: IBGE, 2018. LASTÓRIA, J. C.; ABREU, M. A. M. M. Hanseníase: diagnóstico e tratamento. Diagn. Tratamento. v. 17, n. 4, p. 173-9, 2012.