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1 Proposta de recuperação de área degradada: O caso do IFMG- GV Celso de Freitas Guimarães 5º Período do Curso de Tecnologia em Gestão Ambiental do IFMG, campus Governador Valadares, [email protected] Daniela Martins cunha Professora Msc. Do IFMG, campus Governador Valadares, [email protected] RESUMO O uso da terra de forma indiscriminada vem causando impactos que na maioria das vezes provocam degradações. Como os recursos são finitos, há de se preocupar com a futura escassez dos mesmos. Na encosta localizada aos fundos da área construída do IFMG / GV (Instituto Federal de Minas Gerais / Governador Valadares), a situação é análoga, portanto, carente de cuidados para preservar e recuperar tais recursos. Diante destes fatos, este trabalho vem propor a recuperação da referida área através da sua revegetação. Portanto, este trabalho visa apresentar de forma descritiva a caracterização física da área onde está localizada a encosta compreendida no terreno do IFMG/GV, bem como uma proposta, segundo dados obtidos no IEF (Instituto Estadual de Florestas), de revegetação da referida área. Foram utilizados como recursos metodológicos: pesquisas literárias, consulta à legislação vigente e ao IEF, testes de densidades do solo, trabalho de campo na área para fotografar, coletar amostra e realizar perfil do solo, além da realização de mapeamento através do uso de arquivo vetorial no formato CAD (Computer Aided Design) cedidos pelo IFMG-GV, do uso de GPS (Global Position System) e do SIG (Sistema de Informações Geográficas) ArcGis 10. Assim, como principais resultados da pesquisa chegou-se, dentre outros, aos mapas de altimetria e declividade que reafirmam junto aos dados de densidade do solo a necessidade de recuperação da área, a qual conforme sugestão do órgão estadual consultado deve ser realizada com o replantio de árvores de mudas nativas da região. Palavras-chave: erosão, encosta e revegetação. ABSTRACT The careless land use is causing impacts that most often cause degradation. As resources are limited, there is the concern about future shortages. Located on the hillside to the back of the building area located on IFMG / GV (Instituto Federal de Minas Gerais / Governador Valadares), the situation is analogous, therefore, lacking in care to preserve and restore these resources. Given these facts, this paper proposes the recovery of that area through their re-vegetation. Therefore, this paper presents a descriptive characterization of the physical area where the slope is located on the IFMG / GV grounds, as well as a

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Proposta de recuperação de área degradada: O caso do IFMG- GV

Celso de Freitas Guimarães – 5º Período do Curso de Tecnologia em Gestão

Ambiental do IFMG, campus Governador Valadares, [email protected]

Daniela Martins cunha – Professora Msc. Do IFMG, campus Governador Valadares, [email protected]

RESUMO

O uso da terra de forma indiscriminada vem causando impactos que na maioria das vezes provocam degradações. Como os recursos são finitos, há de se preocupar com a futura escassez dos mesmos. Na encosta localizada aos fundos da área construída do IFMG / GV (Instituto Federal de Minas Gerais / Governador Valadares), a situação é análoga, portanto, carente de cuidados para preservar e recuperar tais recursos. Diante destes fatos, este trabalho vem propor a recuperação da referida área através da sua revegetação. Portanto, este trabalho visa apresentar de forma descritiva a caracterização física da área onde está localizada a encosta compreendida no terreno do IFMG/GV, bem como uma proposta, segundo dados obtidos no IEF (Instituto Estadual de Florestas), de revegetação da referida área. Foram utilizados como recursos metodológicos: pesquisas literárias, consulta à legislação vigente e ao IEF, testes de densidades do solo, trabalho de campo na área para fotografar, coletar amostra e realizar perfil do solo, além da realização de mapeamento através do uso de arquivo vetorial no formato CAD (Computer Aided Design) cedidos pelo IFMG-GV, do uso de GPS (Global Position System) e do SIG (Sistema de Informações Geográficas) ArcGis 10. Assim, como principais resultados da pesquisa chegou-se, dentre outros, aos mapas de altimetria e declividade que reafirmam junto aos dados de densidade do solo a necessidade de recuperação da área, a qual conforme sugestão do órgão estadual consultado deve ser realizada com o replantio de árvores de mudas nativas da região.

Palavras-chave: erosão, encosta e revegetação.

ABSTRACT The careless land use is causing impacts that most often cause degradation. As resources are limited, there is the concern about future shortages. Located on the hillside to the back of the building area located on IFMG / GV (Instituto Federal de Minas Gerais / Governador Valadares), the situation is analogous, therefore, lacking in care to preserve and restore these resources. Given these facts, this paper proposes the recovery of that area through their re-vegetation. Therefore, this paper presents a descriptive characterization of the physical area where the slope is located on the IFMG / GV grounds, as well as a

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proposal, according to data obtained in IEF (Instituto Estadual de Florestas), which proposes the re-vegetation of that area. Methodological resources were used such as: literary research, consultation with current legislation and the IEF testing, soil bulk density, field work in the area to collect photographs, collect samples and perform soil profile, besides conducting mapping through the use of documents in CAD (Computer Aided Design) format, ceded by IFMG-GV, the use of GPS (Global Position Sistem) and GIS (Geographic Information System) ArcGIS 10 software. Thus, the conclusion of the main research results, among others, the altimetry maps and slopes, reaffirm within the data of density of the soil, the necessary of area recovery, which as suggested by state organ consulted must be undertaken with the replanting of trees of native plants of the region. Keywords: erosion, slope and re-vegetation.

1. INTRODUÇÃO

O solo, como a água, é um recurso vital para a humanidade, todavia

somente 11% da área mundial são agricultáveis, o restante apresenta

limitações como clima muito seco com 28%, muito úmido 10%, desequilíbrios

químicos críticos 23%, muito rasos 22% e 6% estão permanentemente

congelados (FAO apud ARAUJO et. al, 2005, p. 19).

Desde que o homem deixou de ser nômade e consequentemente

passou a explorar o solo para cultivar, iniciou as alterações, que por sua vez

causaram impactos e degradações. Nos últimos séculos, com o aumento da

população, estas mudanças se tornaram mais agressivas ao meio ambiente.

Com a migração do homem para as grandes cidades, o cultivo da terra teve

que se mecanizar para suprir as necessidades, que agora não eram mais

apenas para a subsistência, aumentando ainda mais o uso intensivo da terra e

consequentemente o processo de degradação.

Degradação de um solo se dá quando são modificadas suas

características físicas, químicas e biológicas. Esta modificação pode ser por

compactação, erosão, esgotamento etc. Grande parte da erosão é causada

pela água que lava a camada superficial do solo. Outro fator a ser considerado

é o cultivo sucessivo sem períodos de pousio suficientes ou sem reposição de

nutrientes com culturas de cobertura, esterco ou fertilizantes, que pode vir a

esgotar os nutrientes do solo (ARAUJO et.al, 2005). Ainda segundo Tavares et

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al (2008, p. 2), podem ocasionar degradação, o desmatamento, o superpastejo,

as atividades agrícolas entre outros.

A literatura técnica e os textos de legislações ambientais brasileira em

vários níveis deixam dúvidas e contradições sobre definições exatas dos

termos recuperação e restauração que em muitos casos são tratados como

diferentes e em outros como sinônimos, mas há certo consenso que

recuperação é o retorno do sitio degradado a uma forma de utilização de

acordo com um plano pré-estabelecido para uso do solo, visando uma

estabilidade do meio ambiente. Já restauração refere-se à obrigatoriedade do

retorno ao estado original da área, antes da degradação (TAVARES et. al.

2008, p. 5).

Uma das formas de se recuperar uma área erodida ou em processo é

através da revegetação, a qual consiste em replantar espécies da flora

regional, na tentativa de deixa-la da forma o mais próximo possível de como

era originalmente.

Conforme Araujo et. al,

A forma mais comum de erosão é a perda da camada superficial do solo pela ação de água e/ou do vento. O escoamento superficial da água carrega a camada superior do solo; isso ocorre sob a maioria das condições físicas e climáticas. [...] A perda dessa camada de solo reduz a fertilidade por que: (a) conforme o solo se torna mais denso e fino, fica menos penetrável às raízes e pode tornar superficial demais a elas; (b) reduz-se a capacidade de o solo reter água e torná-la disponível às plantas, e (c) os nutrientes para as plantas são levados com as partículas do solo erodidas. (ARAUJO et al, 2005, p24).

O processo de erosão pode ser agravado por vários fatores, dentre eles

o formato das encostas. As encostas são áreas com inclinação, podendo ser

natural quando são produtos da evolução natural, ou antropogênicas quando

causada pela ação do homem. As encostas são alvo de preocupação maior,

posto que devido sua inclinação, estarão mais sujeitas a maior ou menor perda

de rendimentos pela ação de precipitações, entre outros fatores. A legislação

brasileira através da Lei nº 12.651/maio de 2012, em seu Art. 4º, Inciso V,

considera Área de Preservação Permanente (APP), em zonas rurais ou

urbanas, portanto passiva de proteção da cobertura vegetal, encosta com

inclinação superior a 45º, equivalente a 100%, na linha de maior declive.

Na região de Governador Valadares, MG, predomina a pecuária, e com

isso observa-se que extensas áreas de gramíneas com o pastoreio extensivo

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propiciam o processo de degradação “O superpastoreio destrói a cobertura do

solo, causando compactação e aceleração de espécies arbustivas

indesejáveis” (ARAUJO et al, 2005, p32). São causadores de degradação, pelo

uso de pecuária, o desmatamento, condução de gados, entrada excessiva de

água/drenagem insuficiente, excesso de fertilização ácida e reduzido tempo de

pousio. Existem ainda fatores naturais como topografia, textura e composição

do solo, cobertura vegetal, regimes hidrográficos, chuvas fortes, alagamentos e

ventos fortes (FAO apud ARAUJO, 2005). Ainda, segundo Tavares, (2008, p.

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o solo apresenta vocações ou aptidões distintas para utilização, seja agricultura, engenharia (estradas, usinas, prédios, etc), lazer, reflorestamento, etc. Quando tais vocações não são respeitadas, com uso inadequado de manejo, ocorre a degradação, principalmente através da erosão.

Na região de Governador Valadares, pela sua ocupação histórica, vários

tipos de manejos foram utilizados, mas principalmente a pecuária intensiva e a

indústria madeireira, que pelo tipo de solo da região, se mostraram

inadequados (DIAS, 2003).

Estudos comprovam que para uma eficiente recuperação de terrenos em

processo de degradação, são necessárias pesquisas geomorfológicas, análise

dos componentes do solo, pesquisas sobre as espécies a serem inseridas,

grau e tipo de degradação, fatores causadores, impactos no ambiente

proveniente da degradação, etc. (ARAUJO et. al. 2005; CURY et. al. 2011;

WADT 2003). Através destes estudos pode-se optar pelos tipos de processos a

serem utilizados na recuperação do solo.

Considerando a inclinação da encosta e o grau de degradação

apresentado na mesma, situado dentro das dependências do IFMG, surgiu a

proposta de recuperar a flora para amenizar futuros problemas como a erosão.

Portanto, este trabalho tem como objetivo apresentar de forma descritiva a

caracterização física da área onde está localizada a encosta compreendida no

terreno do IFMG/GV, bem como uma proposta, segundo dados obtidos no IEF,

de revegetação da referida área.

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2. METODOLOGIA

2.1 Caracterização da área de estudo IFMG, Campus Governador

Valadares

A área em estudo, está localizada no município de Governador

Valadares, Minas Gerais, entre as coordenadas 41°58'27.71" e 41°58'39.63"

Oeste e 18°49'46.32" e 18°49'58.25" Sul, (Mapa 01). Sua dimensão é de

125.334,35 m2, sendo que a área a ser recuperada, mede 38.899,00 m2.

O campus do IFMG Governador Valadares é construído em um terreno

de relevo irregular, com encostas de morro em processo de degradação (Fig.

01 e 02). A cobertura vegetal deu lugar a pastagens, deixando o terreno à

mercê de intempéries, podendo vir a ocorrer erosão, o que além de piorar a

situação, assorear a lagoa existente no sopé da encosta em períodos

chuvosos, o qual se dá na região de Governador Valadares de outubro a março

(VIANELLO apud Cupolillo, 2008).

Mapa 01 – Localização.

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Fig. 02 - Terreno íngreme com solo exposto – Fonte: Autor 2013

O clima talvez seja o mais importante componente do ambiente natural.

Ele afeta os processos geomorfológicos, da formação dos solos e o

crescimento e desenvolvimento das plantas [...] O clima e as variações

climáticas exercem grande influência sobre a sociedade. O impacto do clima e

das variações climáticas sobre a sociedade pode ser positivo (benéfico ou

desejável) ou negativo (maléfico ou indesejável). (AYOADE, 1996, p. 286 e

288).

Fig. 01 - Vista panorâmica do IFMG – Fonte: Autor 2013

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O Clima da região de Governador Valadares é Tropical, Quente, com

temperatura média superior a 18º, Semi-úmido, com seca de quatro a cinco

meses. (IBGE, 2002). Ainda, o clima da bacia do Rio Doce é influenciado pela

dinâmica atmosférica regional, que atua no estado de Minas Gerais, e pela

larga escala que atua no Brasil (CUPOLILLO, 2008). Na região sudeste do

Brasil, devido ao posicionamento latitudinal, caracteriza-se como uma região de

transição entre os climas quentes de latitudes baixas e os climas mesotérmicos

de tipo temperado das latitudes médias, que apresenta uma sazonalidade

responsável por duas estações distintas e bem definidas, um verão úmido e

quente e um inverno seco e ameno entremeados por duas transições,

primavera e outono (NIMER apud CUPOLILLO, 2008, p 26).

2.2 Revisão de literatura e pesquisa de campo

Para elaboração deste estudo foram feitas pesquisas bibliográficas

sobre conceitos, formas de recuperação de terrenos em processo de

degradação e métodos de replantio, análise do solo, utilização de imagens

fotográficas, pesquisas sobre o clima da região, mapeamento espacial do

terreno, bem como identificação declividade do terreno.

Foram feitas fotografias do terreno, utilizando-se uma câmera digital não

profissional da marca Canon, a data de 30 de agosto de 2012 e em 16 de julho

de 2013. E para fazer a localização geográfica foi utilizado um GPS, (Global

Positioning System) “Sistema de Posicionamento Global”, marca Garmin 76S.

Foi feito ainda, pesquisa/entrevista junto a órgãos públicos em busca de

possíveis parcerias além de orientação sobre formas de plantio e sobre as

espécies da flora da região. O IEF, com conhecimento empírico disponibilizou

apoio técnico, além de fornecimento de mudas para o replantio pelo. Também

foram realizadas consultas à legislação brasileira em vigor, para comprovação

da necessidade da implantação do presente projeto.

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2.3 Análise do solo

Para análise do solo, foram feitas 4 (quatro) escavações em forma de

trincheiras, em locais preestabelecidos, sendo o P01 de 50 cm, os P02 e P03

com 73 cm e o P04 com 67 cm. A localização foi determinada levando-se em

conta a distribuição espacial, e a profundidade, levando-se em conta a

necessidade de verificação das tonalidades dos solos, para comparação com a

literatura. Foram analisados, de acordo com Oliveira, (1992). Ainda foram

recolhidas amostras do solo para análise de densidade do solo conforme

metodologia da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agripecuária),

Apud TAVARES 2008, (Torrão parafinado),

Que consiste em separar um torrão, arredonda-lo com auxilio de um instrumento cortante, pesar o torrão seco, envolve-lo em parafina, coloca-lo em um becker de volume conhecido com água, para medir o deslocamento da água, assim chegando-se ao volume do torrão, e pela fórmula (D=M/V), chega-se à densidade (EMBRAPA apud Tavares, 2008, p. 35).

2.4 Levantamento altimétrico e elaboração de mapas

Para elaboração dos mapas foram utilizadas plantas de origem do

próprio IFMG - Governador Valadares, que foram processadas no ArcGis 10,

para conseguir imagens do relevo, área do local, altimetria, declividade e

localização geográfica, conforme segue:

Elevação: as curvas de nível foram inseridas, e com auxílio da

ferramenta 3DAnalist, criando um TimDatabase, que posteriormente são

determinados os números de classes, valores das classes e cores das

mesmas, sabendo que os valores correspondem a altitudes em metros.

Para declividade, efetivados os mesmos procedimentos, com a adição

do procedimento (Face Slope), para determinação da declividade, e que os

valores das classes, correspondem à declividade em porcentagens.

Para calculo da área foi criado um polígono sobre a área alvo, em

seguida foi convertida em shipefile, através do atributo, cria-se nova coluna

para inserir área em (m2), foi dado o comando para calcular geometria,

resultando na área desejada em m2.

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3. RESULTADO E DISCUSSÃO

3.1 Recuperação Florestal

Para recuperação da área degradada, deverão ser utilizadas plantas

para cobertura do solo com técnicas a serem seguidas de acordo com a

geomorfologia, análise do solo e clima. Recomenda-se a utilização de espécies

da flora nativa da região, conforme orientação de profissionais do IEF tanto

quanto às espécies quanto à densidade de plantio.

Existem várias técnicas de plantio, de acordo com a tipologia do terreno

e o resultado desejado, como cercamento para evitar invasão de animais,

acero, para evitar invasão de fogo, limpeza do terreno, corveamento, etc.

Conforme Araujo et. al. (2005), é recomendado um estudo das formas da

encosta, côncava, convexa e retilínea, que como se pode observar, nas

encostas côncavas, com a presença de precipitação, as águas tendem a se

acumular e escorrer por espaços mais estreitos, aumentando assim a

velocidade e a capacidade de erodir o terreno, bem como da sua declividade e

do seu comprimento. Também é recomendado identificar quais os principais

tipos de solos existentes, bem como suas propriedades físicas e químicas, que

podem ter um peso importante no processo de degradação e recuperação. Por

fim a compreensão da dinâmica dos processos atuantes que deram origem à

degradação, que podem ser relacionados à presença de erosão dos solos ou

então de movimentos gravitacionais de massa.

Para recuperação florestal em áreas de pastagens antigas, como é o

caso em estudo, o potencial de regeneração natural é considerado de nível

médio, com algumas técnicas simples, ou seja: Supressão do fogo, controle de

erosões, descompactação do solo, controle de gramíneas invasoras e plantio

ou semeadura de espécies de rápido crescimento e tolerantes ao sol (CURY et

al 2011).

A Resolução 429 de 02 de março de 2011 do CONAMA estabelece que

a recuperação de APP (Área de Preservação Permanente), possa ser feita

pelos seguintes métodos: Condução da regeneração natural de espécies

nativas, plantio de espécies nativas e plantio de espécies nativas conjugado

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com a condução da regeneração natural de espécies nativas. E que devem ser

observados os seguintes itens: proteção das espécies nativas mediante

isolamento ou cercamento da área a ser preservada, medidas de controle e

erradicação de espécies exóticas invasoras, medidas de prevenção e combate

ao fogo, medidas de controle da erosão se necessário.

Assim, uma APP, que de acordo com a Lei 12.651/2012, Art. 3º Inciso II,

é uma área protegida coberta ou não por vegetação nativa, com a função

ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade

geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o

solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. No Inciso I do Artigo

6º da referida lei, é previsto como área de preservação permanente ainda,

quando for destinada a conter erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e

deslizamentos de terra e rocha.

Algumas barreiras à regeneração natural podem ocorrer, e, portanto é

necessário identifica-las para neutralizá-las, são elas: solos compactados e/ou

erodidos; presença de gramíneas agressivas; ausência de matas preservadas

próximas que podem diminuir a chegada de sementes; ambiente desfavorável

à germinação e o crescimento das mudas, com excesso de luminosidade,

pouca umidade e nutrientes no solo (CURY et al. 2011, p. 31).

Algumas técnicas para distribuição das mudas são apresentadas, entre

elas, em linha intercaladas com espécies pioneiras (espécies mais rústicas, de

rápido crescimento e formação de copa) e espécies não pioneiras (espécies

diversas, como frutíferas, árvores de porte baixo e/ou de crescimento mais

lento) (CURY, et al 2011, p. 39).

No Plano Diretor da prefeitura de Governador Valadares, são previstas

medidas ambientais visando a preservação e recuperação de áreas degradas.

O Inciso IX do Art. 39 do referido Plano Diretor visa promover a recuperação

das áreas ambientalmente degradadas nas áreas urbanas que apresentarem

problemas de erosão.

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3.2 Levantamentos Altimétrico e Clinográfico

Com auxilio da ferramenta ArcGis 10, um arquivo no formato CAD

oferecido pelo IFMG – Governador Valadares, foi processado fornecendo

informações importantes para a conclusão dos trabalhos, a saber: Área total do

estudo; área reservada para plantio das mudas; elevação do terreno; conforme

modelo tridimensional do terreno (mapa 02), obtido do levantamento altimétrico

do campus. Pode-se observar que as altitudes variam de 182 a 254 m,

concentrando a parte mais acentuada na porção sul, ou seja, nos fundos da

área construída do campus.

Nas áreas de maior altitude do terreno também é possível localizar as

áreas de maior declividade do terreno, principalmente aquelas cuja encosta

tem inclinação superior mais acentuada, declividade esta mostrada nas cores

mais escuras, Mapa 03.

Mapa 02 – Altimetria. Fonte: Autor, 2013

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3.3 Análise do solo

Analisado o solo pela coloração, pode-se conhecer, até mesmo pela

região onde ele se insere que as amostras P01, P02 e P03 (Figuras 03, 04 e

05) tratam-se de Latossolo vermelho-amarelo, cujas características principais

são a coloração vermelho-amarelos, profundos ou muito profundos de

sequência de horizontes A-Bw-C, com aparência relativamente bem

individualizada, devido à distinção de cor, especialmente entre os horizontes A

e B. O horizonte A mais comum é o moderado enquanto o B pode apresentar

ampla variação de cor. Já a amostra P04 (Figura 06) foi considerada

Cambissolo, que compreende solos minerais não hidromórficos, com drenagem

variando de acentuada até imperfeita, horizonte A seguido de B incipiente. São

solos desde rasos a profundos possuindo sequência de horizontes A-Bi-C, com

diferenciação de horizontes usualmente modesta e apresenta diversidade de

cores, mais frequentemente de tonalidades amareladas, (Oliveira, 1992, p. 104

e 159).

Mapa 03 – Declividade. Fonte: Autor, 2013

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Fig. 03: Perfil 01 - Latossolo Fig. 04: Perfil 02 – Latossolo Fonte: Autor, 2013 Fonte: Autor, 2013

Fig. 05: Perfil 03 - Latossolo Fig. 06: Perfil 04 – Cambissolo Fonte: Autor, 2013 Fonte: Autor, 2013

Deve-se observar que as amostras de solos P01, P02 e P03 apresentam

uma coloração um pouco mais escura devido a umidade presente nas

amostras, considerando que se encontravam sob vegetação, enquanto a P04

em solo descoberto, apresentando a coloração mais próxima da realidade.

Para análise de densidade, foram recolhidas amostras, nos mesmos

locais das amostras de perfis de solo. As amostras foram arredondadas com

auxilio de uma faca, secada ao sol, pesada, e posteriormente envolvida em

parafina, em seguida colocada em um recipiente (Becker), com água, medindo-

se o deslocamento da água, e da parafina utilizada, para se chegar ao volume

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do torrão, pela fórmula de densidade, (D=V/M), onde D=Densidade (g/cm3),

V=Volume (cm3) e M=Massa (g). Os torrões, denominados T 01 a T04, coluna

1 são amostras do terreno, na segunda coluna são apresentadas as massas

das amostras, secas, conforme métodos apresentados, na terceira coluna

apresentam-se o volume que correspondem ao deslocamento da água no

recipiente, demonstrando o volume ocupado pela amostra, sendo descontado o

volume da parafina, e na última coluna, os resultados, que correspondem à

densidade aparente das amostras, Fig. 07, 08 e 09 e Tabela 01.

Torrão Massa Torrão (g) Vol. Líq. (cm3) D=M/V (g/Cm3)

T 01 399,5 220,99 1,808

T 02 487,5 270,74 1,801

T 03 695,5 381,99 1,821

T 04 790,5 435,23 1,816 Tabela 01 – Densidade do solo

Segundo Reinert, o crescimento normal das plantas de cobertura ocorre até o

limite de densidade de 1,75 Mg m-3. Entre a faixa de 1,75 e 1,85 Mg m-3,

ocorre restrição com deformações na morfologia das raízes em grau médio e,

acima de 1,85 Mg m-3, essas deformações são significativas, com grande

engrossamento, desvios no crescimento vertical e concentração na camada

mais superficial.

Fig. 07 Torrões naturais Fonte: Autor, 2013

Fig. 09 Torrão parafinado Fonte: Autor, 2013

Fig. 08 Impermeabilização do torrão Fonte: Autor, 2013

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Pela identificação visual das classes de solo do local e a densidade do

solo não há empecilho para o plantio de espécies da mata atlântica.

3.4 Proposta de Recuperação segundo o IEF

Um questionário foi feito ao representante do IEF Instituto Estadual de

Florestas, o qual forneceu subsídios técnicos e logísticos como segue

descrição: Foi informado que representante do Instituto visitou a área, portanto

a conhece a qual mencionou como medida de área total de 51.718,65 m2,

sendo a área para plantio de 4,2 ha, com presença de pastagem de capim

Colonião e Brachiária. Ao ser questionado sobre a quantia de espécies a serem

introduzidas na referida área, bem como a diversidade das mesmas, foi

mencionado que deveriam ser utilizados espaçamentos de cerca de 3m x 3m e

que cerca de 10 (dez) espécies nativas da mata atlântica, deveriam ser usadas,

conforme tabela 2.

Nome popular Nome científico Familia

Angico vermelho Anadenanthera macrocarpa Fabaceae-Mimosoideae

Angico branco Chloroleucon tortum Fabaceae-Mimosoideae

Ipê amarelo Handroanthus albus Bignoniaceae

Ipê mulato Handroanthus avellanedae Bignoniaceae

Ipê rosa Handroanthus avellanedae Bignoniaceae

Ipê roxo Handroanthus avellanedae Bignoniaceae

Açaí Euterpe Oleracea Arecaceae

Caju Anacardium occidentale L. Anacardiaceae

Cajá manga Spondias dulcis Anacardiaceae

Jequitibá rosa Cariniana estrellensis Lecythidaceae

Pau brasil Caesalpiniaechinata Lam. Fabaceae-Caesalpinioideae

Pau d’alho Gallesiaintegrifolia Phytolaccaceae

Sapucaia Lecythis pisonis Cambess Lecythidaceae

Tabela 02: Sugestão de mudas a serem plantadas conforme IEF Fonte: (IEF, 2013).

Sobre a melhor época para plantio foi respondido que com as

experiências sobre a região, deveria ser no início da estação chuvosa, a qual

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ocorre no mês de novembro e replantio para janeiro. Perguntado sobre a

ocorrência de enxurradas que poderia carrear a terra revolvida causando

perdas significativas no trabalho de plantio, foi nos respondido que poderíamos

sim ter problemas, pois parte da área tem declividade acentuada, assim

poderiam ser utilizadas técnicas para minimização do problema, mas que

seriam muito onerosas, e, portanto inviáveis.

As técnicas recomendadas, assim como as literaturas indicam,

consistem em Isolamento da área com cercas para evitar continuação do

processo de degradação pelo pisoteio de gado, controle de pragas, que no

caso são as formigas cortadeiras, especialmente as do gênero Acromyrmex

Atta, Quem-quem e Saúvas respectivamente, que são considerados

predadores, principalmente na fase inicial, quando as mudas ainda são tenras

e a quantidade de folhas ainda é pequena, podendo dizimar as plantas.

Roçada manual seletiva que consiste na roçada das plantas competidoras com

uso de uma foice ou motoroçadeira com cuidado para não cortar as espécies

arbustivas e arbóreas existentes na área de acordo com a necessidade

especificada no cronograma.

Assim faz-se também o coroamento manual que consiste na diminuição

da competição entre lianas, cipós e gramíneas com uso de enxadas, devendo

ser realizado num raio de 50 cm, e após deve distribuir a vegetação cortada ao

redor da planta não permitindo que o mato encoste-se ao colo da planta. As

covas deverão ser feitas com medidas em torno de 40 x 40 x 40 cm, com

espaçamento de 3 x 3 m. para a adubação foi indicado uma análise do solo

para uma correta aplicação, mas, de forma generalizada pode-se usar uma

porção de 100g de NPK (Nitrogênio Fósforo e Potássio) , sendo a formulação

definida pelo IEF, adicionado a 3 Kg de esterco de gado bem curtido por cova.

O replantio, ainda como recomendação do IEF, deverá ser feito quando

houver perdas significativas, estimado em cerca de 10% do plantio. Deverá ser

dada manutenção até dois anos após o plantio, pois não adianta escolher boas

espécies, preparar a área e plantar na época adequada se não houver um bom

manejo, todo projeto pode dar em nada. Ainda foi recomendado que no

primeiro ano após o plantio fosse feito quatro retornos para procedimentos de

tratos culturais, sendo: controle de formigas, replantio, roçada manual seletiva

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e coroamento das mudas. No segundo ano a recomendação é: Roçada

manual, controle de formigas e coroamento.

.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A implantação da referida proposta é de suma importância para, além da

recuperação da flora do espaço em estudo, haja também recuperação indireta

da fauna, que certamente retornará ao habitat, repovoando em parte o que

antes era um ambiente rico. Ainda há de se considerar a beleza cênica que

representa uma área reflorestada com espécies naturais e regionais da mata

atlântica. No que diz respeito ao microclima do espaço, é de considerável

importância o repovoamento da flora. Se considerarmos outros benefícios,

como diminuição da erosão, minimização do assoreamento dos corpos hídricos

a jusante, infiltração da água no solo, entre outros, chega-se a um número

considerável, pois os benefícios são imensuráveis.

Considerando os resultados dos estudos e de acordo com contato visual

do local, pode-se concluir que a recuperação se dará em pouco tempo pois a

terra local é aparentemente rica em nutrientes considerando observações de

brotos de plantas que nascem espontaneamente no local, a terra é pouco

densa o que facilita o crescimento das raízes, a recuperação natural de

algumas espécies demonstra que com a intervenção o processo será mais ágil.

Há de se considerar que acima da divisa da Instituição de ensino, existe

terreno com elevação superior e com inclinação, que deve ser considerada a

necessidade de estudos, uma vez que, levando-se em conta a topografia,

problemas com chuvas mais densas podem resultar em enxurradas capazes

de prejudicar os trabalhos.

Diante do exposto, pode-se afirmar que o projeto em pauta deve ser

considerado de importância vital para o local.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BRASIL, Lei 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa;

altera as Leis nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nºs 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial da União – Brasil, 25 de maio de 2012.

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Plano diretor de Desenvolvimento do município de Governador Valadares – Minas Gerais e dá outras providências. Quadro de Publicações – Prefeitura de Governador Valadares, 27 de dezembro de 2006.

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