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COLÉGIO ESTADUAL WALFREDO
SILVEIRA CORRÊA -
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR DAS DISCIPLINAS
ARAPONGAS - PR
2012/2013

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SUMÁRIO
SUMÁRIO
ARTE ................................................................................................................... 03
BIOLOGIA ........................................................................................................... 35
CIÊNCIAS ............................................................................................................ 45
EDUCAÇÃO FÍSICA............................................................................................ 53
ENSINO RELIGIOSO .......................................................................................... 62
FILOSOFIA .......................................................................................................... 71
FÍSICA ................................................................................................................. 78
GEOGRAFIA. ...................................................................................................... 83
HISTÓRIA. .......................................................................................................... .94
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL ...................................... .102
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS ............................................. 111
LÍNGUA PORTUGUESA ................................................................................... 127
MATEMÁTICA .................................................................................................. .142
QUÍMICA ........................................................................................................... 153
SOCIOLOGIA .................................................................................................... 162
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA CELEM – INGLÊS ......................... 169
MATRIZ CURRICULAR ..................................................................................... 179

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ARTE
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A história da Arte se tornou presente, com a generalização do ensino
profissionalizante nas escolas públicas com o direcionamento às habilidades e
técnicas, valorizando a cultura do povo. O ensino da arte passou a ter enfoque na
expressividade, espontaneidade e criatividade.
A valorização da arte encontrou espaço na pedagogia da Escola Nova.
A partir dos anos 60 as produções e movimentos artísticos se intensificaram
nas artes plásticas. Em 1980 surgem movimentos para valorização da educação
partindo das influências da Pedagogia Histórico-Crítica.(Saviani 1980). Foi elaborado
em 1990, o Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Os PCNS em Arte
tiveram como fundamentação a Metodologia Triangular.
A nova LDB 9394/96 mantém a obrigatoriedade do ensino de arte nas escolas
de Educação Básica. Passam a considerar a música, as artes visuais, o teatro e a
dança como linguagem artística autônomas no Ensino Fundamental.
Durante 2003 a 2007 destaca-se uma carga horária mínima de duas aulas
semanais, a aquisição de livros de música, teatro artes visuais e dança para a
biblioteca do professor.
O ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos
conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aproximando do universo
cultural da humanidade. O pensamento, a sensibilidade e a percepção articulam-se
numa organização que expressa sentimentos, envolvendo o contexto histórico. A
arte é criação e manifestação do poder criador do homem. O sujeito por meio de
suas criações amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho.
Sendo a educação básica um processo que inicia no Ensino Fundamental e
se concluiu no Ensino Médio, é necessário considerar as características e
necessidades dos alunos nos diversos níveis de modalidades de ensino. No Ensino
Fundamental a arte é tratada numa dimensão ampliada, o professor, ao selecionar
os conteúdos que irá desenvolver, enfocará essas formas de relação da arte com a

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sociedade, abordando o objeto de estudo por meio dos Conteúdos Estruturantes;
Elementos Básicos da linguagem das Artes Visuais, Elementos Básicos da
linguagem da música, Elementos Básicos da linguagem do teatro,
Produções/Manifestações Artísticas e Elementos Contextualizadores.
No Ensino Fundamental, o enfoque cultural será abordado como resultante do
trabalho que abrange as práticas sociais historicamente constituídos pelos sujeitos.
Cada Cultura possui sua lógica, funcionando como uma lente da qual o homem se
vê, se compreende, se inclui, se localiza, se insere na diversidade. O ensino de Arte
ocupa uma posição privilegiada ao aprofundar a exploração das linguagens
artísticas e ao reconhecer os conceitos e elementos comuns, presentes nas diversas
representações culturais, pelos seus contextos.
A seleção dos conteúdos poderá partir estabelecendo relações com os
conteúdos presentes nas produções, manifestações locais, regionais, globais, das
diversas linguagens artísticas. Em suas aulas, o professor poderá explicitar através
das manifestações/produções artísticas. Esta materialização do pensamento
artístico de diferentes culturas coloca-se com um referencial (signos)que poderá ser
interpretado pelos alunos por meio do conhecimento dos códigos presentes nas
linguagens artísticas.
Outra questão importante por essas diretrizes diz respeito ao processo de
releitura entendendo como fazer artístico, a leitura da obra de arte e a informação
histórica.
Considerar a integração das linguagens artísticas, às manifestações e
produções artísticas culturais. Possibilitando o acesso e o estudo das informações
visuais, musicais, cênicas e expressões corporais.
Oferecer oportunidades ao aluno para aquisição do conhecimento, aliado à
integração e à criatividade.
Ao considerar a Arte como fruto da percepção da necessidade de expressão
e da manifestação da capacidade criadora humana, ela converte se numa síntese
superior do trabalho dos sujeitos, na medida em que a Arte é um dos modos pelos
quais o homem supera no seu fazer, os limites da utilidade material imediata, que
ultrapassam os condicionamentos da sobrevivência física e torna-se parte
fundamental no processo de humanização do sentido, no saber estético e no
trabalho artístico, contextualizados e articulados entre si.

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A partir das concepções da Arte e de seu ensino já abordadas, estas
diretrizes consideram alguns campos conceituais que contribuem para as reflexões a
respeito do objeto de estudo desta disciplina:
O conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto artístico em
seus aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e a
percepção articulam-se numa organização que expressa esses pensamentos
e sentimentos, sob a forma de representações artísticas como, por exemplo,
palavras na poesia; sons melódicos na música; expressões corporais na
dança ou no teatro; cores; linhas e formas nas artes visuais;
O conhecimento artístico está relacionado com o fazer e com o processo
criativo. Considera desde o imaginário, a elaboração e a Formalização do
objeto artístico até o contato com o público. Durante esse processo, as
formas resultantes das sínteses emocionais e cognitivas expressam saberes
específicos a partir da experiência com materiais, com técnicas e com os
elementos formais básicos constitutivos das Artes Visuais, da Dança, da
Música e do Teatro.
O conhecimento contextualizado envolve o contexto histórico (político
econômico e sociocultural) dos objetos artísticos e contribui para a compreensão de
seus conteúdos explícitos e implícitos, possibilitando um aprofundamento na
investigação desse objeto.
Apoiada nas ações realizadas no decorrer desse processo histórico recente e
na busca de efetivar uma transformação no ensino de Arte, essa disciplina ainda
exige reflexões que contemplem a arte como área de conhecimento e não
meramente como meio para o destaque de dons inatos, sendo até mesmo utilizada
equivocadamente, em alguns momentos, como prática de entretenimento e terapia.
O ensino de Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa
também a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade
construída historicamente e em constante transformação.
Segundo Faraco, quando buscamos definir um novo papel para a Arte na
escola, é importante ter clareza da dificuldade de sua definição e da diversidade
teórica relacionada a ela. Não há um dizer único e universal sobre a Arte e, portanto,
estamos sempre na situação de ter de fazer várias opções teóricas para sustentar
nossas propostas curriculares e metodológicas.

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2 JUSTIFICATIVA
A disciplina de Arte, composta por quatro áreas (Música, Teatro, Dança e
Artes Visuais) é de suma importância na formação do aluno do Ensino Médio, pois
seu ensino possibilita a este jovem expandir seus sentidos, sua capacidade de
criação, percepção e apreciação, o pensamento crítico, a interpretação e a
transformação do mundo bem como a si mesmo. Segundo Peixoto “Por meio da arte
o homem pode conseguir aprender a realidade, não só para suportá-la, mas,
principalmente, para transformá-la, ou seja, para humanizá-la e, dialeticamente
humanizar-se.”
Desde os primórdios o ser humano transformou o mundo, construiu a história,
a sociedade e a si próprio por meio do processo do trabalho, transformando a
natureza e os objetos naturais em ferramentas, acelerando o processo de
transformação do natural em humano. Tornou-se capaz de abstrair, simbolizar e
criar arte.
É importante que o aluno compreenda que a Arte está presente em todas as
sociedades, e que o ser humano produz maneiras de ver e sentir, diferentes em
cada tempo histórico, pois ele nasce em um determinado contexto histórico e este
contexto irá determinar o seu processo de criação e produção artística. “Estas
formas artísticas - como expressão concreta de visões de mundo – são
determinadas, mas também determinam o contexto histórico, social, econômico e
político, isto é, as transformações da sociedade implicam condições para uma nova
atitude estética e são por elas modificadas” (DCE, 2008, p. 55).
A partir destas transformações pretende-se que os alunos do Ensino Médio
apropriem-se dos conhecimentos sobre as diversas áreas de arte, desenvolvam um
trabalho de criação total e unitário, façam relações com a diversidade de
pensamento e de criação artística, aumentem a capacidade do pensamento crítico,
transformem a realidade, aprimorem seus sentidos humanos, enfim, humanizem-se,
superando a condição de alienação e repressão à qual estes sentidos,
historicamente, foram submetidos.

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3 OBJETIVO GERAL
Para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade
serão tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da Arte com a
cultura e da Arte com a linguagem.
Pretende-se viabilizar a aquisição de conhecimentos teórico-práticos que
possibilitem ao educando a percepção, a leitura e a interpretação de signos verbais
e não-verbais presentes na arte e suas diferentes áreas.
Através da cultura, identificar sua identidade, herança cultural e diversidade,
perceber e interpretar a cultura de massa e indústria cultural, que atende as
diferentes intenções de comunicação.
4 METODOLOGIA ENSINO FUNDAMENTAL
Na educação, o ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir
dos conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizado, aproximando-os do
universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.
Para tanto, é necessário no processo de ensino e de aprendizagem, o
desenvolvimento de uma práxis no ensino de Arte, entendida nestas diretrizes como
a articulação entre os aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa
disciplina. Nessa proposta, pretende-se que os alunos possam criar formas
singulares de pensamento, apreender e expandir suas potencialidades criativas.
Uma escola democrática necessita apresentar-se ao aluno como um espaço
no qual se reflete e se discute a realidade, sendo a prática social o ponto de partida
para as problematizações. Deve ainda propiciar aos alunos, leituras sobre os signos
existentes na cultura de massa para se discutir de que forma a indústria cultural
interfere e censura as produções/manifestações culturais com as quais os sujeitos
identificam-se.
A cultura será abordada como resultante do trabalho que abrange as práticas
sociais historicamente constituídas pelos sujeitos. Desvelar essas culturas propicia o
autoconhecimento, visto que os sujeitos são formadores por e pelas relações
culturais. As associações da arte com a cultura e com a linguagem no Ensino

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Fundamental se justificam na medida em que se considera que nesse nível de
ensino se darão os primeiros contatos formais dos sujeitos com a arte. Dessa forma,
a apropriação dos conhecimentos específicos da disciplina se dará, a princípio, a
partir da sua realidade cultural, na interação do aluno com as produções/
manifestações artísticas abordadas pelo professor, ele irá ampliar sua visão de
mundo e compreender as construções simbólicas de outros sujeitos, pertencentes
às mais diversas realidades culturais.
Em relação aos anos finais do Ensino Fundamental, o ensino de Arte toma a
dimensão de aprofundamento na exploração das linguagens artísticas, no
reconhecimento dos conceitos e elementos comuns presentes nas diversas
representações culturais.
Dessa maneira, o professor pode criar condições de aprendizagem para o
aluno ampliando as possibilidades de análise das linguagens artísticas, a partir da
idéia de que as mesmas são constituídas de produções culturais, isto é, produtos de
uma cultura em um determinado contexto histórico.
Em suas aulas, o professor poderá explicitar através das
manifestações/produções artísticas, elementos que identificam determinadas
sociedades e de que forma se deu artisticamente, a estilização de seus
pensamentos e ações. Esta materialização do pensamento artístico de diferentes
culturas coloca-se como um referencial que poderá ser interpretado pelos alunos por
meio do conhecimento dos códigos presentes nas linguagens artísticas.
As quatro linguagens artísticas têm um desenvolvimento histórico diferenciado
e ingressam na escola em momentos diferentes, no entanto possuem a mesma
importância como instrumentos educativos, quando se pretende ampliar as
possibilidades de apropriação dos conteúdos em arte durante o processo de
escolarização.
Artes Visuais
Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental nas Artes Visuais o
desenvolvimento dos conteúdos deverá contemplar os além da produção pictórica
de conhecimento universal e artistas consagrados, também formas e imagens de

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diferentes aspectos, presentes nas sociedades contemporâneas.
O cinema, televisão, vídeo-clipe e outros são formas artísticas, constituídas
pelas quatro áreas de Arte, onde a imagem tem uma referência fundamental,
composta por imagens bidimensionais e tridimensionais.
Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seu
entorno. Considerando artistas, produções artísticas e bens culturais da região, bem
como outras produções de caráter universal, dando ênfase ao cotidiano das
crianças, adolescentes e jovens, alunos da escola pública.
Uma obra de arte deve ser entendida como a forma pela qual o artista
percebe o mundo, reflete sua realidade, sua cultura, sua época, criando uma nova
realidade, dentre outros aspectos. Esse conjunto de conhecimentos deve ser o
ponto de partida para que a releitura da obra componha a prática pedagógica, que
inclui a experiência do aluno e a aprendizagem pelos elementos percebidos por ele
na obra de arte.
Estabelecer relações das artes visuais com as outras áreas artísticas, essa
prática pedagógica promove uma forma de percepção mais ao se trabalhar com as
manifestações populares e midiáticas, que são compostas por áreas artísticas.
Promover o tratamento pedagógico das questões relacionadas à Política de
Educação Ambiental, Enfrentamento à Violência, Uso Indevido de Drogas,
Cidadania e Direitos Humanos, Relações Étnico Raciais e Educação Fiscal:
Educação Ambiental - Embora não se trate de uma disciplina específica, os
conteúdos deverão estar presentes no processo curricular de todas as
disciplinas, atendendo às suas especificidades, numa perspectiva crítica. As
questões ambientais locais e mundiais serão tratadas de acordo com o
Projeto estabelecido pela Secretaria de Estado da Educação, através do
“Caderno Temático da Educação Ambiental na Escola”;
Enfrentamento à Violência – A centralidade do trabalho a ser desenvolvido
deverá ser a desigualdade social vigente em nosso país, que trás como
resultado, diferentes tipos de comportamentos violentos, corriqueiros em
nossas escolas. Para Gasparin (2003, p. 297), “a violência se caracteriza
quando os atores sociais nela envolvidos assim a qualificam, ratificando assim

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um consenso social a respeito. Deve, portanto, ser compreendida como fruto
de um determinado tempo”. A gestão democrática na escola deve ser o
caminho para a superação da violência no seu espaço. Para superar as
dificuldades que se apresentarem, o Colegiado deverá discutir com os demais
professores e funcionários, as razões da violência vivida no âmbito das
escolas, buscando capacitá-los para as soluções dos problemas que se
apresentarem;
Uso Indevido de drogas - a escola como espaço privilegiado para a
socialização dos conhecimentos historicamente construídos pela humanidade,
deve discutir sobre a problemática das drogas, buscando intervir e realizar
ações preventivas em consonância aos desafios atuais. Tais linhas devem
estar em conformidade com as Diretrizes Curriculares para a Educação
Pública do Estado do Paraná. O encaminhamento proposto é tratar o assunto
de forma crítica, histórica e pedagógica articulada aos conteúdos das
diferentes disciplinas da Educação Básica. Deve ser um processo constante e
não ações pontuais e esporádicas ou lembradas apenas em datas
comemorativas como o Dia Internacional de Combate às Drogas (26/06) e Dia
Mundial do Combate ao Fumo (31/05). Para o trabalho pedagógico,
professores e demais profissionais da educação precisam de fundamentação
teórica e formação continuada, que deverá ser desenvolvida pelo
Estabelecimento de Ensino e/ou Secretaria de Estado da Educação;
Cidadania e Direitos Humanos - A perspectiva será a valorização da
dimensão vivencial e experiencial dos alunos, buscando fugir das abordagens
prescritivas ou normativas. Dessa forma os educadores deixarão de ser
meros reprodutores de um modelo cultural, mas agentes de criação junto aos
alunos, buscando desenvolver a capacidade crítica e inovadora dos sujeitos;
Relações Étnico Raciais - O conteúdo programático das diversas disciplinas,
em especial nas áreas de Arte, Língua Portuguesa e História, incluirá
aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população
brasileira, bem como a cultura negra e indígena brasileira e suas

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contribuições nas áreas sociais, econômica e política, conforme determina a
Lei nº 11.645, de março de 2008. Assumir que a muitos brasileiros têm sido
negados os direitos humanos fundamentais há séculos, trás à consciência o
dever de garantir o respeito e a dignidade a todos, promovendo ações de
conscientização junto ao corpo discente;
Educação Fiscal - O Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF tem
como incumbência “contribuir permanentemente para a formação do
indivíduo, visando ao desenvolvimento da conscientização sobre seus direitos
e deveres no tocante ao valor social do tributo e ao controle social do Estado
democrático” (Caderno 1 do PNEF, p.3). Uma educação voltada para o
desenvolvimento de valores, deve fomentar conhecimento sobre a gestão dos
recursos públicos e traz informações sobre o sistema tributário nacional. Tais
conhecimentos trazem novo olhar dos indivíduos em relação à gestão dos
recursos públicos. Caberá a cada professor de cada disciplina, promover
atividades diferenciadas que possam favorecer a conscientização e,
consequentemente, nova postura dos cidadãos na reivindicação dos seus
direitos e no cumprimento dos seus deveres.
Dança
Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental na Dança é
fundamental buscar no encaminhamento das aulas, a relação dos conteúdos
próprios da dança com os elementos culturais que a compõem. É necessário rever
as abordagens presentes e modificar a idéia que a Dança aparece somente como
meio ou recurso “para relaxar', 'para soltar as emoções', 'para expressar-se
espontaneamente', 'para trabalhar a coordenação motora' ou até 'para acalmar os
alunos” (MARQUES, 2005, p.23).
A dança tem conteúdos próprios, capazes de desenvolver aspectos cognitivos
que, uma vez integrados aos processos mentais, possibilitam uma melhor
compreensão estética da Arte.

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Música
Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental de Música é
necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons com mais atenção, de modo que
se possa identificar os seus elementos formadores, as variações e as maneiras
como esses sons são distribuídos e organizados em uma composição musical. Essa
atenção vai propiciar o reconhecimento de como a música se organiza.
Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a uma grande
oferta musical que tanto compõe suas preferências relacionadas à herança cultural
quanto interfere na formação de comportamento e gostos instigados pela cultura de
massa. Por isso, ao trabalhar uma determinada música, é importante contextualizá-
la, apresentar suas características específicas e mostrar que as influências de
regiões e povos, misturam-se em diversas composições musicais.
No panorama musical, existe uma diversidade de estilos e de gêneros
musicais, cada qual com suas funções correspondentes a épocas e regiões. Cada
povo ou grupo cultural produz músicas diferentes ao longo de sua história; surgem
assim, diferentes gêneros musicais, cada qual com suas funções correspondentes a
épocas e regiões. Cada povo ou grupo cultural produz músicas diferentes ao longo
de sua história; surgem, assim, diferentes gêneros musicais. Eles não são isolados;
sofrem transformações com o tempo, por influência de outros estilos e movimentos
musicais que se incorporam e se adaptam aos costumes, à cultura, à tecnologia, aos
músicos e aos instrumentos de cada povo e de cada época.
Na linguagem musical, a simples percepção e memorização dos sons
presentes no cotidiano não se caracterizam como conhecimento musical.
Teatro
Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na
educação, destacam-se a: criatividade, socialização, memorização e a coordenação,
sendo o encaminhamento metodológico, proposto pelo professor, o momento para
que o aluno os exercite. Com o teatro, o educando tem a oportunidade de se colocar
no lugar de outros, experimentando o mundo sem correr risco.
Tendo em vista a inclusão, a História e Cultura afro-brasileira e Africana nos

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currículos da Educação contemplada com a lei 10.639/03 que garante os direitos
dos cidadãos afro-brasileiros e seus descendentes, bem como a lei 11645/08 da
História e Cultura dos Povos Indígenas, sempre que possível, dentro do conteúdo
programático, o tema será abordado, destacando a presença de elementos e rituais
das culturas de matriz africana e indígena nas manifestações populares. Bem como
a lei 9.795/99 despertando nos alunos o engajamento na conservação, recuperação
e melhoria do meio ambiente; Obs.: SERÁ TRABALHADO EM TODAS AS ÁREAS:
ARTES VISUAIS/ TEATRO/ DANÇA/ MÚSICA.
5 METODOLOGIA ENSINO MÉDIO
Na educação, o ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno à partir
dos conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizado, aproximando-os do
universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.
Para tanto, é necessário no processo de ensino e de aprendizagem, o
desenvolvimento de uma práxis no ensino de Arte, entendida nestas diretrizes como
a articulação entre os aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa
disciplina. Nessa proposta, pretende-se que os alunos possam criar formas
singulares de pensamento, apreender e expandir suas potencialidades criativas.
Uma escola democrática necessita apresentar-se ao aluno como um espaço
no qual se reflete e se discute a realidade, sendo a prática social o ponto de partida
para as problematizações. Deve ainda propiciar aos alunos, leituras sobre os signos
existentes na cultura de massa para se discutir de que forma a indústria cultural
interfere e censura as produções/manifestações culturais com as quais os sujeitos
identificam-se.
A cultura será abordada como resultante do trabalho que abrange as práticas
sociais historicamente constituídas pelos sujeitos. Desvelar essas culturas propicia o
autoconhecimento, visto que os sujeitos são formadores por e pelas relações
culturais. As associações da arte com a cultura e com a linguagem no Ensino
Fundamental se justificam na medida em que se considera que nesse nível de
ensino se darão os primeiros contatos formais dos sujeitos com a arte. Dessa forma,
a apropriação dos conhecimentos específicos da disciplina se dará, a princípio, a

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partir da sua realidade cultural, na interação do aluno com as produções/
manifestações artísticas abordadas pelo professor, ele irá ampliar sua visão de
mundo e compreender as construções simbólicas de outros sujeitos, pertencentes
às mais diversas realidades culturais.
Em relação aos anos finais do Ensino Fundamental, o ensino de Arte toma a
dimensão de aprofundamento na exploração das linguagens artísticas, no
reconhecimento dos conceitos e elementos comuns presentes nas diversas
representações culturais. Dessa maneira, o professor pode criar condições de
aprendizagem para o aluno ampliando as possibilidades de análise das linguagens
artísticas, a partir da idéia de que as mesmas são constituídas de produções
culturais, isto é, produtos de uma cultura em um determinado contexto histórico.
Em suas aulas, o professor poderá explicitar através das
manifestações/produções artísticas, elementos que identificam determinadas
sociedades e de que forma se deu artisticamente, a estilização de seus
pensamentos e ações. Esta materialização do pensamento artístico de diferentes
culturas coloca-se como um referencial que poderá ser interpretado pelos alunos por
meio do conhecimento dos códigos presentes nas linguagens artísticas. As quatro
linguagens artísticas têm um desenvolvimento histórico diferenciado e ingressam na
escola em momentos diferentes, no entanto possuem a mesma importância como
instrumentos educativos, quando se pretende ampliar as possibilidades de
apropriação dos conteúdos em arte durante o processo de escolarização.
Ideologia, conhecimento e trabalho criador
O enfoque no Ensino Médio das relações de arte e sociedade, com ênfase na
arte e ideologia, arte e seu conhecimento e arte e trabalho criador tem como
referência o fato de serem as três principais concepções no campo das teorias
críticas de arte. Estas formas de interpretação da arte têm o trabalho como categoria
fundante, que possibilita abordá-las de forma orgânica no conjunto dessas diretrizes.
Arte e Ideologia
As relações entre arte e ideologia são contraditórias e complexas, por isso,
deve-se ter cuidado para não cair em um dos extremos, ou seja, de que tudo na arte

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é ideologia ou de que ela não esta presente na arte. Pode-se conceituar ideologia
como conjunto de idéias, crenças e doutrinas, próprias de uma sociedade, de uma
época ou de uma classe. Ela é produto de uma situação histórica e das aspirações
desses grupos.
Torna-se fundamental trabalhar com os alunos as 3 principais formas como a
arte é produzida e disseminada na sociedade contemporânea:
O sistema de arte
O sistema de arte é o que se conhece como arte erudita, cuja forma de
divulgação e divulgação se faz em museu, teatro, etc.
Arte Popular
A arte popular é produzida e vivenciada pelo povo, grupos sociais e étnicos,
além de se caracterizar como espaço de sociabilidade e elemento constituinte da
identidade desse grupo.
A Indústria Cultural
A indústria cultural é a que se transforma arte em mercadoria para o consumo
de um grande número de pessoas; por isso, é denominada de cultura de massa.
Arte e seu conhecimento
Toda obra de arte apresenta um duplo caráter em indissolúvel unidade: é
expressão da realidade e, ao mesmo tempo, cria a realidade que não existe fora da
obra, ou antes da obra, mas precisamente, apenas na obra.
A especificidade do conhecimento em arte implica que ela apresenta um
conteúdo constituído por seus elementos formais e de composição que organizam e
estruturam a obra de arte. Ao mesmo tempo, ela tem um conteúdo social formado
pelos movimentos e períodos artísticos que resulta de sínteses emocionais e
cognitivas que impregnam a obra de arte de um sentido social e singular.

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Arte e trabalho criador
A criação ou trabalho criador é essencial no ensino de arte. Sem o trabalho
criador, a arte deixa de sê-lo e não há aprendizagem. Embora o espectador do
objeto artístico possa ampliar sua visão de mundo pelo que a obra lhe suscita, não
se deve deixar de lado a percepção de que o educando também precisa passar pelo
fazer artístico, pois ´´ao transformarmos as matérias, agimos, fazemos. São
experiências existenciais,processos de criação, que nos envolvem na globalidade,
em nosso ser sensível, no ser pensante, no ser atuante”.
Tendo em vista a inclusão, a História e Cultura afro-brasileira e Africana nos
currículos da Educação contemplada com a lei 10.639/03 que garante os direitos
dos cidadãos afro-brasileiros e seus descendentes, bem como a lei 11645/08 da
História e Cultura dos Povos Indígenas, sempre que possível, dentro do conteúdo
programático, o tema será abordado, destacando a presença de elementos e rituais
das culturas de matriz africana e indígena nas manifestações populares. Bem como
a lei 9.795/99 despertando nos alunos o engajamento na conservação, recuperação
e melhoria do meio ambiente;
Promover o tratamento pedagógico das questões relacionadas à Política de
Educação Ambiental, Enfrentamento à Violência, Uso Indevido de Drogas,
Cidadania e Direitos Humanos, Relações Étnico Raciais e Educação Fiscal:
Educação Ambiental - Embora não se trate de uma disciplina específica, os
conteúdos deverão estar presentes no processo curricular de todas as
disciplinas, atendendo às suas especificidades, numa perspectiva crítica. As
questões ambientais locais e mundiais serão tratadas de acordo com o
Projeto estabelecido pela Secretaria de Estado da Educação, através do
“Caderno Temático da Educação Ambiental na Escola”;
Enfrentamento à Violência – A centralidade do trabalho a ser desenvolvido
deverá ser a desigualdade social vigente em nosso país, que trás como
resultado, diferentes tipos de comportamentos violentos, corriqueiros em
nossas escolas. Para Gasparin (2003, p. 297), “a violência se caracteriza
quando os atores sociais nela envolvidos assim a qualificam, ratificando assim
um consenso social a respeito. Deve, portanto, ser compreendida como fruto

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de um determinado tempo”. A gestão democrática na escola deve ser o
caminho para a superação da violência no seu espaço. Para superar as
dificuldades que se apresentarem, o Colegiado deverá discutir com os demais
professores e funcionários, as razões da violência vivida no âmbito das
escolas, buscando capacitá-los para as soluções dos problemas que se
apresentarem;
Uso Indevido de drogas - a escola como espaço privilegiado para a
socialização dos conhecimentos historicamente construídos pela
humanidade, deve discutir sobre a problemática das drogas, buscando intervir
e realizar ações preventivas em consonância aos desafios atuais. Tais linhas
devem estar em conformidade com as Diretrizes Curriculares para a
Educação Pública do Estado do Paraná. O encaminhamento proposto é tratar
o assunto de forma crítica, histórica e pedagógica articulada aos conteúdos
das diferentes disciplinas da Educação Básica. Deve ser um processo
constante e não ações pontuais e esporádicas ou lembrada apenas em datas
comemorativas como o Dia Internacional de Combate às Drogas (26/06) e Dia
Mundial do Combate ao Fumo (31/05). Para o trabalho pedagógico,
professores e demais profissionais da educação precisam de fundamentação
teórica e formação continuada, que deverá ser desenvolvida pelo
Estabelecimento de Ensino e/ou Secretaria de Estado da Educação;
Cidadania e Direitos Humanos – A perspectiva será a valorização da
dimensão vivencial e experiencial dos alunos, buscando fugir das abordagens
prescritivas ou normativas. Dessa forma os educadores deixarão de ser
meros reprodutores de um modelo cultural, mas agentes de criação junto aos
alunos, buscando desenvolver a capacidade crítica e inovadora dos sujeitos;
Relações Étnicos Raciais - O conteúdo programático das diversas
disciplinas, em especial nas áreas de Arte, Língua Portuguesa e História,
incluirá aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da
população brasileira, bem como a cultura negra e indígena brasileira e suas
contribuições nas áreas sociais, econômica e política, conforme determina a

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Lei nº 11.645, de março de 2008. Assumir que a muitos brasileiros têm sido
negados os direitos humanos fundamentais há séculos, trás à consciência o
dever de garantir o respeito e a dignidade a todos, promovendo ações de
conscientização junto ao corpo discente;
Educação Fiscal - O Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF tem
como incumbência “contribuir permanentemente para a formação do
indivíduo, visando ao desenvolvimento da conscientização sobre seus direitos
e deveres no tocante ao valor social do tributo e ao controle social do Estado
democrático” (Caderno 1 do PNEF, p.3). Uma educação voltada para o
desenvolvimento de valores, deve fomentar conhecimento sobre a gestão dos
recursos públicos e traz informações sobre o sistema tributário nacional. Tais
conhecimentos trazem novo olhar dos indivíduos em relação à gestão dos
recursos públicos. Caberá a cada professor de cada disciplina, promover
atividades diferenciadas que possam favorecer a conscientização e,
consequentemente, nova postura dos cidadãos na reivindicação dos seus
direitos e no cumprimento dos seus deveres.
6 AVALIAÇÃO
A avaliação se dará em quatro bimestres anuais, de modo cumulativo, sendo
para isto utilizada a nota numérica. Em cada bimestre serão oportunizadas várias
atividades avaliativas, correspondendo aos conteúdos subdivididos naquele
bimestre. O professor tem autonomia para decidir os instrumentos a serem
utilizados, bem como, a fração da nota equivalente para cada instrumento, desde
que, em caso de testes/provas o valor não exceda o valor de 5,0 (cinco vírgula zero).
A somatória dos valores das atividades avaliativas deverá ser igual a 10,0 (dez,
vírgula zero).
A avaliação na disciplina de Arte, proposta nesta Diretriz Curricular é
diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser referência do professor para planejar
as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da
prática pedagógica. Inclui a avaliação do professor, da classe, sobre o
desenvolvimento das aulas e a auto-avaliação do aluno.

19
De acordo com a LDB (n.9.394/96, art.24, inciso V) a avaliação é “contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais
provas finais”. Na deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capítulo I,
art.8º), avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e de
“levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua
participação nas atividades realizadas”.
De fato, a avaliação requer parâmetros para o redimensionamento das
práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a
produção do aluno. Ou seja, a avaliação permite que se saia do lugar comum, dos
gostos pessoais, de modo que se desvincula de uma prática pedagógica
pragmatista, caracterizada pela produção de resultados e valorização tão-somente
do espontaneísmo. Ao centrar-se no conhecimento, a avaliação gera critérios que
dialogam com os limites do gosto e das afinidades, uma vez que o conhecimento
permite objetivar o subjetivo.
A avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição da
apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagem socialmente significativa
para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre
os alunos: discute dificuldades e progressos de cada um a partir da própria
produção. Assim, verifica-se o pensamento estético e leva-se em conta a
sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade.
O método de avaliação proposto nestas Diretrizes inclui observação e registro
do processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos em suas
criações. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os problemas
apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo.
Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar seus registros de
forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, com
oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos
colegas, sem perder de vista a dimensão sensível contida na aprendizagem dos
conteúdos da Arte.
Para se tratar da avaliação em Arte no Ensino Fundamental, é preciso referir-
se ao conhecimento específico da linguagem artística, tanto em seus aspectos
práticos quanto conceituais e teóricos, pois uma avaliação consistente permite ao

20
aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.
Ainda, é preciso que o professor conheça a linguagem artística em questão.
Esse diagnóstico é a base para planejar futuras aulas, pois, ainda que sejam
definidos os conteúdos a serem trabalhados, a forma e a profundidade de sua
abordagem dependem do conhecimento que os alunos trazem consigo.
Essa é outra dimensão da avaliação, a zona de desenvolvimento proximal,
conforme o conceito elaborado por Lev Semenovich Vigotsky. A distância entre o
nível de desenvolvimento real, determinado pela capacidade de resolver um
problema sem ajuda, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado pela
resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou em colaboração com
outro colega é denominada de zona de desenvolvimento proximal.
Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os
colegas e, ao mesmo tempo, deve constituir referência para o professor propor
abordagens diferenciadas. A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do
grupo, são necessários vários instrumentos de verificação, como o diagnóstico inicial
e o acompanhamento da aprendizagem no percurso e no final do período letivo, por
meio de trabalhos artísticos, pesquisas e provas teóricas e práticas, debates,
seminários.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários
vários instrumentos de verificação tais como:
Trabalhos artísticos individuais e em grupo;
Pesquisas bibliográficas e de campo;
Debates em forma de seminários e simpósios;
Provas teóricas e práticas;
Registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.
Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário
para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo,
realizando a retomada dos conteúdos quando necessário, visando às seguintes
expectativas de aprendizagem:
A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua
relação com a sociedade contemporânea;

21
A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua
realidade singular e social;
A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas
diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo;
A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples:
conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno,
então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele
aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao
conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a
possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples
decorrência da recuperação de conteúdo.
Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como
questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela
perspectiva de investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os
encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a
intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de
avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de
expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos
seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos.
Por fim, destaca-se que a concepção de avaliação que permeia o currículo
não pode ser uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação
deve envolver o coletivo da escola, para que todos (direção, equipe pedagógica,
pais, alunos) assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico
relevante para a formação dos alunos.

22
7 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas: diatônica, pentatônica
Cromática
Maior, menor,
Improvisação
Gêneros: erudito, popular
Greco-Romana
Oriental
Ocidental
Idade Média
Música Popular (folclore)
6º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativa/Abstrato
Geométrica
Técnicas: Pintura, desenho, baixo e alto relevo, escultura, arquitetura..
Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia
Arte Greco-Romana
Arte Africana
Arte Oriental
Idade Média
Arte Popular (folclore)
Arte Pré-Histórica
Renascimento
Barroco

23
6º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação, máscara
Gênero: Tragédia, Comédia, enredo, roteiro. Espaço Cênico, circo.
Adereços
Greco-Romana
Teatro Oriental, Africano
Teatro Medieval
Renascimento
Teatro Popular
6º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Eixo
Deslocamento
Ponto de Apoio
Formação
Técnica: Improvisação
Gênero: Circular
Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Idade Média
Arte Popular (folclore)

24
7º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Estrutura
Gêneros: folclórico, popular, étnico
Técnicas: vocal, instrumental, mista
Improvisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
Brasileira
Paranaense
Africana
Renascimento
Neoclássica
Caipira/Sertanejo Raiz
7º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativa
Abstrata
Geométrica
Técnicas: Pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura, mista, pontilhismo...
Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta.
Arte indígena
Arte Popular Brasileira e Paranaense
Abstracionismo
Expressionismo
Impressionismo

25
7º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação
Leitura dramática
Cenografia
Gêneros: Rua, Comédia, arena
Caracterização
Técnicas: jogos dramáticos e teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas...
Comédia dell'arte
Teatro Popular
Teatro Popular Brasileiro e Paranaense
7º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Gênero: Folclórica, popular, étnica
Ponto de Apoio
Formação
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Níveis(alto, médio e baixo)
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Renascimento

26
8º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e a fusão de ambos.
Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista
Sonoplastia
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
Sertanejo pop
Vanguardas
Clássica
8º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Abstrato
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Cenografia
Técnicas: pintura, desenho, fotografia, audiovisual, gravura...
Gêneros: Natureza morta, retrato, paisagem.
Indústria Cultural
Arte Digital
Vanguardas
Arte Contemporânea
Arte Cinética
Pop Art
Classicismo

27
8º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)
Texto dramático
Cenografia
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro, enredo
Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
Vanguardas
Classicismo
8º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Direções
Dinâmicas
Aceleração
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria Cultural, espetáculo
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
Dança Clássica

28
9º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Estrutura
Técnicas: vocal, instrumental, mista
Gêneros: popular, folclórico, étnico.
Música Engajada
Música Popular Brasileira
Música contemporânea
Hip Hop, Rock, Punk
Romantismo
9º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Geométrica
Figura-fundo
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Cenografia
Técnica: Pintura, desenho, performance
Gêneros: Paisagem urbana, idealizada, cenas do cotidiano
Realismo
Dadaísmo
Arte Engajada
Muralismo
Pré-colombiana
Grafite (Hip Hop)
Romantismo

29
9º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio,
Teatro-Fórum, Teatro Imagem
Representação
Roteiro, enredo
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Gêneros
Teatro Engajado
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do Absurdo
Romantismo
9º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Ponto de Apoio
Níveis (alto, médio e baixo)
Rotação
Deslocamento
Gênero: Salão, espetáculo, moderna
Coreografia
Arte Engajada
Vanguardas
Dança Contemporânea
Romantismo

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8 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS ENSINO MÉDIO
ÁREA: MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Modal, Tonal e fusão de ambos.
Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop
Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista
Improvisação
Música Popular Brasileira
Paranaense
Popular
Indústria Cultural
Engajada
Vanguarda
Ocidental
Oriental
Africana
Latino-Americano
ÁREA: ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Forma
Textura
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Arte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Arte Popular
Arte de Vanguarda
Indústria Cultural

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Superfície
Volume
Cor
Luz
Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas...
Gêneros: paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos...
Arte Engajada
Arte Contemporânea
Arte Digital
Arte Latino-Americana
ÁREA: TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum
Roteiro
Encenação, leitura dramática
Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico
Dramaturgia
Representação nas mídias
Caracterização
Cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação
Direção
Produção
Teatro Greco-Romano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro Paranaense
Teatro Popular
Indústria Cultural
Teatro Engajado
Teatro Dialético
Teatro Essencial
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro de Vanguarda
Teatro Renascentista
Teatro Latino-Americano
Teatro Realista
Teatro Simbolista

32
ÁREA: DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Eixo
Dinâmica
Aceleração
Ponto de Apoio
Salto e Queda
Rotação
Níveis
Formação
Deslocamento
Improvisação
Coreografia
Gêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea.
Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Renascimento
Dança Clássica
Dança Popular
Brasileira, Paranaense
Africana, Indígena
Hip Hop
Expressionismo
Indústria Cultural Dança Moderna
Arte Engajada
Vanguardas
Dança Contemporânea
Tendo em vista a inclusão, a História e Cultura afro-brasileira e Africana nos
currículos da Educação contemplada com a lei 10.639/03 que garante os direitos
dos cidadãos afro-brasileiros e seus descendentes, bem como a lei 11645/08 da
História e Cultura dos Povos Indígenas, sempre que possível, dentro do conteúdo
programático, o tema será abordado, destacando a presença de elementos e rituais
das culturas de matriz africana e indígena nas manifestações populares. Bem como
a lei 9.795/99 despertando nos alunos o engajamento na conservação, recuperação
e melhoria do meio ambiente; Obs.: SERÁ TRABALHADO EM TODAS AS ÁREAS:
ARTES VISUAIS/ TEATRO/ DANÇA/ MÚSICA.

33
9 REFERÊNCIAS
ALALEONA, Domingos. História da Música de João C. Caldeira Filho. São Paulo.
Ricordi Brasileira, 1942.
Regimento Escolar
DCEs 2008 – Seed
PPP – PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Walfredo Silveira
Corrêa- Ensino Fundamental e Médio – 2010.
BARBOSA, A . M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino de arte. SãoPaulo:
Cortez, 2002.
BARBOSA, A . M.B. Recorte e colagem: influência de John Dewey no ensino da arte
no Brasil, São Paulo: Cortez, 1989.
______. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo:
Perspectiva, 1996.
BIBLIOTECA MULTIMÍDIA, Centro Difusor de Cultura, Enciclopédia Digital, 1999.
BOSI, Afredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.
BRASIL, Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.
CALDEIRA, Eny. Ensino da Arte:os primeiros e a influencia estrangeira na arte-
educação em Curitiba. Tese de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. 1998.
DISTRITO FEDERAL, Currículo e Educação Básica das Escolas Públicas. Educação
Artística - Distrito Federal, 1993.
DUARTE JUNIOR, J. F. Fundamentos estéticos da educação. 4ª ed. Campinas, SP:
Papirus, 1995.
LEI Nº 10.436/02 - Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais
LEI Nº 10.639/03 - Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo
oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-
Brasileira".

34
LEI Nº 7.853/89 - Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua
integração social, sobre a
Coordenadoria para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – CORDE
LOPONTE, l. G. O ensino da arte na nova LDB: resgate histórico e perspectivas.
São Paulo: Perspectiva, 1996.
MAGALDI, Panorama do Teatro Brasileiro. São Paulo, 1997.
MARCHESI, Isaias Jr. Atividades de Educação Artística 1° Grau. São Paulo. Editora
Ática, 1995.
MORAIS, Frederico. Arte é o que Eu e Você Chamamos Arte. Rio de Janeiro.
Editora Ática, 1995.
OSTROWER, Fayga Perla. Universos da Arte. Rio de Janeiro. Campus,1989.
PEIXOTO, M. I. Arte e grande público: a distância a ser extinta Campinas: Autores
Associados, 2003.
PILLAR, A . D. (org). A educação do olhar e o ensino das artes. Porto Alegre:
Mediação, 1999.
TAYLOR ( Shapiro). Dança em uma época de crise social: em Direção a uma visão
transformadora de dança e educação. Revista Comunicação e Artes, 1994.
TAVARES, Isis Moura. Educação Artística 1° grau.Curitiba. Módulo, 1996.
VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.

35
BIOLOGIA
ENSINO MÉDIO
1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA.
Diferentes concepções de vida foram elaboradas ao longo da história da
humanidade, sempre com a preocupação de compreender os seres vivos e os
fenômenos naturais a fim de garantir a própria sobrevivência humana.
Durante muito tempo a ciência foi permeada por uma visão teocêntrica, onde
as concepções sobre a natureza e a vida tinham origem divina e não poderiam ser
explicadas. O rompimento dessa concepção teocêntrica ocorreu lentamente e como
resposta às várias transformações sofridas pela sociedade que, a cada contexto
histórico era influenciada por razões religiosas, políticas, econômicas e sociais.
Para compreender o desenvolvimento da Biologia é necessário estudar a
história da ciência, em todo seu contexto, buscando em diferentes pensamentos
científicos a concepção para o fenômeno VIDA construído em cada momento
histórico.
A história da ciência começa a influenciar o conhecimento científico a partir do
pensamento biológico descritivo que recebeu relevante contribuição do filósofo
Aristóteles (384 a.C. – 322 d.C.). Segundo Mayr (1998), o pensamento aristotélico
baseava-se no método da observação e descrição, numa visão empírica da
natureza. Sob esse pensamento, Carl von Linné organizou o moderno sistema de
classificação científica dos organismos, em sua obra Systema Naturae (1735).
O domínio do ser humano sobre a natureza permeou o desenvolvimento do
pensamento biológico mecanicista, que ganhou força com a invenção e
aperfeiçoamento de instrumentos que permitiam um estudo mais detalhado da
anatomia e fisiologia dos seres vivos. O filósofo Francis Bacon (1561 – 1626)
introduziu idéias sobre a aplicação prática do conhecimento, enquanto René
Descartes assegurava que a razão humana é quem permitia que essas práticas se

36
transformassem em procedimentos seguros levando a um conhecimento mais
aprimorado.
Neste contexto, o médico Willian Harvey (1578 – 1657) propôs um novo
modelo referente a circulação sanguínea, o que para Descartes viria a se constituir
uma das bases do pensamento biológico mecanicista. Nesse mesmo período,
Francesco Redi (1626 – 1698) apresentou estudos sobre a Biogênese travando
embate a respeito da origem da vida.
O pensamento biológico evolutivo começou a ser desenhado no início do
século XIX, época em que a Biologia sofreu uma grande revolução em suas bases
fixadas na imutabilidade da vida. Charles Darwin elaborou sua teoria sobre a origem
das espécies baseada na seleção natural, onde afirmava que todos os seres vivos,
atuais e do passado, tiveram origem evolutiva. Registros fósseis, distribuição
geográfica das espécies, anatomia e embriologia comparadas e a modificação de
organismos domesticados foram utilizados como provas e suporte para as
concepções de Darwin, consolidando sua teoria. Porém, para que ela fosse
totalmente aceita, era preciso explicar as causas das variações existentes em uma
população onde a seleção natural poderia atuar e manter vivos os indivíduos mais
aptos.
A resposta à questão não explicada por Darwin viria através de Gregor
Mendel, um monge estudioso das ciências naturais que elaborou as leis que
regulam a hereditariedade. Em 1865, Mendel apresentou sua pesquisa sobre a
transmissão das características entre os seres vivos. Mas, seus trabalhos só foram
confirmados no início do século XX por uma nova geração de geneticistas, o que
levou a uma grande revolução conceitual da Biologia.
A partir do século XX e com os avanços tecnológicos decorrentes das
grandes guerras, a Biologia passou a ser vista como algo útil à sociedade através
das suas aplicações no campo da medicina, agricultura e em outras áreas. Assim, o
pensamento biológico evolutivo dá lugar a um pensamento voltado para a
manipulação genética, onde o conhecimento sobre os cromossomos possibilitou o
desenvolvimento de técnicas que permitiram intervir na estrutura do material
genético e assim, compreender, manipular e modificar a estrutura físico-química dos
seres vivos. Nasce o pensamento biológico da manipulação genética.

37
No Brasil, a disciplina de Biologia nos currículos escolares começou a ser
esboçada após a fundação do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro em 1838. Nesse
período o ensino das ciências era muito sutil, com poucas atividades e predomínio
da formação humanista. A metodologia utilizada era centrada em aulas expositivas,
reforçando a tradição descritiva, teórica e memorística da época. Essa metodologia
permaneceu mesmo após a criação dos cursos superiores de ciências naturais, em
1930.
A formação humanista só foi superada entre 1950 e 1960, onde a corrida pela
conquista espacial entre os EUA e a antiga URSS abriu caminhos para o
desenvolvimento científico e tecnológico. O enfoque pedagógico passou a ser a
formação do futuro cientista. O método científico e a resolução de problemas
passaram a ser aplicados para ensinar o aluno a agir como cientista. O ensino de
ciências é visto como fator imprescindível ao desenvolvimento do país.
Na década de 60, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 4.024
transfere as decisões curriculares da administração federal para um sistema de
cooperação entre a União, os Estados e os municípios. Surgem os Centros de
Ciências com o objetivo de melhorar o ensino, treinar professores, produzir e
distribuir textos didáticos e materiais de laboratório para as escolas de seus
respectivos estados.
Uma reestruturação significativa ocorreu na década de 70, com a
promulgação da Lei nº5692/71. Estabeleceu-se o ensino tecnicista e a formação
técnica para o segundo grau. Passa-se a discutir nos currículos escolares as
implicações sociais do desenvolvimento tecnológico e científico, principalmente as
questões ambientais decorrentes da industrialização. Para o ensino de Biologia, há
predomínio do empirismo sobre os conhecimentos científicos construídos ao longo
da história.
O Programa de Reestruturação do Ensino de Segundo Grau realizado no
Paraná na década de 90 tinha como proposta a superação do ensino tradicional e
tecnicista através da pedagogia histórico-crítica, onde o conteúdo é visto como
produção histórica e social que o aluno tem direito a conhecer. Porém, os conteúdos
de biologia ainda eram apresentados em blocos, reunidos em temas geradores.
Ainda na década de 90, instituíram-se os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais)
que tiveram como consequência o esvaziamento dos conteúdos formais, tornando-

38
os reduzidos e com maior ênfase nos resultados obtidos pela ciência e não nos
processos para alcançá-los.
Após ampla discussão, entre 2004 e 2008, que envolveu os professores da
rede estadual de ensino, foram elaborados as DCEs (Diretrizes Curriculares da
Educação Básica) que privilegiam a retomada dos conteúdos formais
fundamentando-se na concepção histórica articulada aos princípios da filosofia da
ciência. Nessas Diretrizes Curriculares, consolida-se uma proposta voltada à
formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico, capaz de compreender os avanços
tecnológicos, considerando a Bioética, a diversidade cultural, étnico-racial e o
desenvolvimento sustentável, visando bens coletivos priorizando a conservação da
vida e do ambiente, usufruindo sem destruir.
A disciplina de Biologia, portanto, deve ser considerada uma ciência em
constante transformação, cujo caráter provisório permite mudar conceitos e teorias
elaborados em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural,
visando uma melhor compreensão do fenômeno VIDA e sua complexa relação com
o mundo.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
Conteúdos estruturantes são os saberes que identificam e organizam os
campos de estudo de uma disciplina escolar. Cada conteúdo estruturante da
disciplina de Biologia permite conceituar VIDA em distintos momentos da história e,
dessa forma, dá embasamento para que as grandes problemáticas da
contemporaneidade sejam entendidas como uma construção humana.
De acordo com as DCEs (2008), os Conteúdos Estruturantes são:
Organização dos seres vivos: este conteúdo estruturante possibilita
conhecer os modelos teóricos construídos que propõem a organização dos
seres vivos, relacionando-os à existência de características comuns entre
estes e sua origem única;
Mecanismos biológicos: este conteúdo estruturante privilegia o estudo dos
mecanismos que explicam como os sistemas orgânicos dos seres vivos
funcionam;

39
Biodiversidade: este conteúdo estruturante possibilita o estudo, a análise e a
indução para a busca de novos conhecimentos, na tentativa de compreender
o conceito biodiversidade;
Manipulaçao Genética: este conteúdo estruturante trata das implicações dos
conhecimentos da biologia molecular sobre a VIDA, na perspectiva dos
avanços da Biologia, com possibilidade de manipular o material genético dos
seres vivos e permite questionar o conceito biológico da VIDA como fato
natural, independente da ação do ser humano.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Organização dos seres vivos
Mecanismos biológicos
Biodiversidade
Manipulação genética
Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e Filogenéticos;
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;
Mecanismos de desenvolvimento embriológico;
Teoria celular; mecanismos celulares, biofísicos e bioquímico;
Teorias evolutivas;
Transmissão das características hereditárias;
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente;
Organismos geneticamente modificados.
3 METODOLOGIA
O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes deve dar-se de forma
integrada, na medida em que se discute um determinado conteúdo, para que se
possa compreender que a VIDA se organiza na Terra.

40
É importante que esses conteúdos sejam abordados numa perspectiva
diferenciada, em que se observe que a construção do pensamento biológico ocorre
dentro de um contexto histórico e é parte da construção humana.
Conteúdos prévios, calcados em uma determinada cultura, podem agir como
obstáculos na construção de novos conhecimentos. Então, faz-se necessário
conhecer e respeitar a diversidade social e cultural dos alunos para superar essas
dificuldades e leva-los à compreensão da VIDA sob um olhar científico.
Segundo GASPARIN (2002); e SAVIANI (1997); o ensino dos conteúdos
específicos de Biologia ressalta para o seguinte processo pedagógico: Prática social:
caracteriza-se por ser o ponto de partida onde se observa o senso comum dos
alunos a respeito do conteúdo a ser trabalhado.
Problematização: fase de detecção e apontamento das questões que
precisam ser resolvidas;
Instrumentalização: e a apresentação sistematizada dos conteúdos;
Catarse: é a fase em que o aluno confronta o conhecimento adquirido com o
problema em questão;
Retorno à prática social: É o retorno ao ponto de partida, mas agora com um
saber concreto e pensado de maior clareza e compreensão voltado para o
âmbito social.
Compreendendo a proposta dos Conteúdos Estruturantes o professor em
suas aulas pode contemplar as mais variadas estratégias de ensino, como:
Exposição oral feita pelo professor, acompanhado de discussões onde o
aluno emita opiniões, levante hipóteses e construa novos conhecimentos;
Pesquisas, entrevistas, relatórios, resolução de atividades que explorem a
interpretação de gráficos, mapas e charges;
Debates em grupos e seminários; Aulas práticas; Visitas de estudo para
buscar informações em outros ambientes; TV multimídia, pen drive; Data
show e outros.
As aulas de Biologia devem, segundo LIBÂNEO (1983), propiciar ao
educando a compreensão da prática social, pois revelam a realidade concreta de

41
forma crítica e explicitam as possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de
transformação desta realidade.
Ainda com relação a abordagem metodológica, é importante que o professor
de biologia ao elaborar seu plano de trabalho docente, garanta o previsto na Lei nº
10.639/03 que torna obrigatório a presença de conteúdos relacionados a história e
cultura dos povos indígenas, em concordância com a Lei nº 11.645/08.
Quanto ao trabalho envolvendo a educação ambiental, em concordância com
a Lei nº 9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, este deverá
ser uma prática educativa integrada, contínua e permanente no desenvolvimento
dos conteúdos específicos. Portanto é necessário que o professor contextualize esta
abordagem em relação aos conteúdos estruturantes, de tal forma que os conteúdos
sobre as questões ambientais não sejam trabalhados isoladamente na disciplina de
Biologia.
Os documentos: Lei nº 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental;
Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Prevenção ao uso indevido de
Drogas, serão trabalhados através de ações que propiciem informação adequada ao
aluno para o conhecimento dos valores e cultura dos povos africanos e indígenas e
compreensão dos temas citados.
Dessa forma visa-se a formação de um cidadão critico, reflexivo e atuante em
seu meio.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento cuja finalidade prática é obter informações
necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela interferir e
reformular os processos de aprendizagem. É indispensável, uma vez que, permite
ao professor recolher, analisar e julgar dados sobre a prática pedagógica e ao
mesmo tempo verificar a qualidade do desempenho de seu trabalho.
A avaliação deve ser: diagnóstica, contínua e cumulativa, onde se analisa o
processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que

42
professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de
superarem os obstáculos existentes.
Convém registrar todas as avaliações, sendo dessa forma realizadas por meio
vários instrumentos como: testes objetivos e subjetivos, pesquisas, relatórios,
debates, interpretação de gráficos, mapas e charges etc.
Ao aluno que demonstrar deficiência no processo de apreensão do
conhecimento, de forma a prejudicar o processo de aprendizagem dos conteúdos
selecionados será ofertado a recuperação de estudos, através da retomada de
conteúdos e com uso de metodologias diversificadas, buscando assegurar a
possibilidade de aprendizagem por parte do educando.
Espera-se que o aluno:
Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
Estabeleça relações entre as características específicas dos micro-organismos, dos organismos vegetais e animais, e dos vírus;
Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e
pluricelular), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de
obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e
assexuada);
Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural
e molecular) dos seres vivos;
Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas
biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino,
muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso);
Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;
Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e
biofísicos que ocorrem no interior das células;
Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão,
reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;
Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais
freqüentes nos sistemas biológicos (histologia);

43
Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a
evolução das espécies;
Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da
diversidade dos seres vivos;
Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre
os seres vivos;
Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e
as relações existentes entre estes;
Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para
manutenção do equilíbrio dos ecossistemas;
Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes
com o meio em que vivem;
Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os
resultados decorrentes de sua aplicação/utilização;
Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos
biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à
solução de problemas sócio-ambientais;
Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo
homem na diversidade biológica;
É necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem claros para
os alunos, como direito que têm de acompanhar todo o processo.
A recuperação de estudos é direito de todos os alunos, no sentido do
aperfeiçoamento da aprendizagem e não apenas no alcance da média. O
estabelecimento proporcionará a recuperação bimestral no valor 10,0 (dez) a todos
os alunos que não atingirem nota bimestral 6,0 (seis). Quanto ao registro
quantitativo, caso o aluno tenha obtido um valor acima daquele anteriormente
atribuído, no processo de recuperação a nota deverá ser substitutiva, uma vez que a
legislação é clara quanto ao caráter cumulativo, ou seja, a melhor nota expressa o
melhor rendimento do aluno em relação à aprendizagem.

44
5 REFERÊNCIAS
GASPARIN, J. L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-crítica. Campinas:
Autores Associados, 2002.
PARANÁ, Secretaria de ESTADO DA Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Biologia para a
Educação Básica. Curitiba, 2008.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico- crítica: primeiras aproximações. Campinas/
SP: Autores Associados, 1997.
SEED, GOVERNO DO PARANÁ. Como Trabalhar a Lei. Nº 10.639/2003 e as
Diretrizes Curriculares para a Educação das relações Étnico-raciais e História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola. Curitiba. 2006.

45
CIÊNCIAS
ENSINO FUNDAMENTAL
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de ciências foi inserida no currículo em 1931, a partir da Reforma
Francisco Campos, com objetivo de transmitir conhecimentos científicos
provenientes de ciências naturais de referência já consolidadas no currículo escolar
brasileiro.
Tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da
investigação da Natureza. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os
fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos
fundamentais. A ciência passou a ser tomada como um saber distinto das ciências
matemáticas, sociais e aplicadas, bem como dos conhecimentos filosóficos,
artísticos e do saber cotidiano. Tal conhecimento proporciona ao ser humano uma
cultura científica com repercussões sócias, econômicas, éticas e políticas.
Na década de 1940, com a reforma Capanema, o ensino objetivava a
preparação de uma „‟elite condutora,‟‟ onde a escola deveria contribuir para a
divisão de classes, separada pelas diferenças de chances de aquisição cultural,
dirigentes e dirigidos.
Em meados de 1950, o contexto mundial acompanhava uma tendência em
que a ciência e tecnologia foram reconhecidas como atividades essenciais no
desenvolvimento econômico, cultural e social, os movimentos tanto internacionais
como nacionais contribuíram para que o ensino de Ciências passasse por um
processo de transformação no âmbito escolar, justificado na necessidade do
conhecimento científico para a superação da dependência tecnológica.
O golpe militar, ocorrido na década de 60, impôs mudanças direcionando o
ensino como um todo, envolvendo o conhecimentos científicos para a formação do
trabalhador. Assim o ensino de Ciências assume o compromisso de suporte de base
para a formação de mão-de-obra técnico-científica no segundo grau, visando às

46
necessidades do mercado de trabalho e do desenvolvimento industrial e tecnológico
do país.
O objetivo primordial do ensino de ciências, anteriormente focado na
formação do futuro cientista ou na qualificação do trabalhador, mudando na década
de 1980 passando assim orientar-se por um currículo centrado nos conteúdos e
atrelado a discussão sobre os problemas sociais que se avolumaram no mundo,
como crises ambientais, aumento da poluição, crise energética.
Nos anos 90 implantou-se o Currículo Básico para a Escola Pública do Estado
do Paraná onde apresentou avanços consideráveis para o ensino de Ciências que
buscava responder às necessidades sociais e históricas do Brasil deste período.
Sua proposta baseava-se em três eixos norteadores: Noções de Astronomia;
Transformação e Interação da Matéria e Energia; Saúde: Melhoria da Qualidade de
Vida.
Após a promulgação da lei 9394/ 96 que estabeleceu as Diretrizes e Bases
para a Educação Nacional, foram produzidos os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN), substituindo o Currículo Básico para o Estado do Paraná pelos PCN cujos
fundamentos contribuíram para a descaracterizacão da disciplina de Ciências. Com
os PCNS, os conteúdos foram reorganizados em eixos temáticos: 1. Terra e
Universo; 2. Vida e Ambiente; 3. Ser humano e Saúde; 4. Tecnologia e Sociedade,
entretanto o ensino desses conteúdos sofreu interferências dos projetos curriculares
e extracurriculares propostos por fundações, organizações não-governamentais e
empresas que passaram intervir na escola pública nesse período histórico.
A partir da reformulação da política educacional do Estado em 2003, institui-
se o currículo escolar como eixo fundante da escola. As Diretrizes Curriculares para
a Educação Básica buscam levar o corpo decente a uma reflexão da sua prática,
incentivando sua formação através de grupos de estudo, seminários estaduais,
simpósios, cadernos pedagógicos, criação do Portal dia-a-dia Educação, Projetos do
Governo do Estado com atividades extraclasse e Jogos Escolares, levando a escola
a uma maior interação com a comunidade.
A educação científica nos dias atuais, a partir do Ensino Fundamental, muito
além da necessidade de preparar os estudantes para inserção em uma sociedade
que baseia cada vez mais seus valores em produtos da ciência e da tecnologia,
deve possibilitar o aprendizado dos conceitos científicos escolares capazes de

47
inserir os estudantes no debate social a respeito de ciência e tecnologia e suas
implicações.
2 METODOLOGIA
O processo pedagógico deve partir do conhecimento prévio dos estudantes,
no qual se incluem as ideias preconcebidas sobre o conhecimento de Ciências que
deverá ser sistematizada em conhecimento científico.
Destaca-se, também que o ensino de Ciências necessita estabelecer relações
com o cotidiano do estudante, no sentido de criar conexões entre o que estudante já
sabe e o conhecimento específico a ser ensinado pela mediação do professor.
Relacionar a organização dos conteúdos com o cotidiano do estudante de forma não
arbitrária é uma das premissas da teoria da aprendizagem significativa (MOREIRA,
1999).
Essas interações podem se dar auxiliadas por recursos como leituras de
textos diversificados (jornais, revistas, livros, rótulos de produtos, livro didático
público, etc.), utilização de materiais audiovisuais, sites disponíveis na internet e
demonstrações experimentais propiciando aos alunos uma reflexão entre a teoria e
a prática, visando a construção e a elaboração de conceitos.
Serão desenvolvidas algumas temáticas que contemplam as relações étnico-
raciais da cultura afro-brasileira, africana e educação ambiental.
No processo ensino e aprendizagem é fundamental que o aluno possa
compreender melhor os fenômenos e a natureza questionando conscientemente o
meio em que vive e isso pode ser direcionado partindo da observação do próprio
meio.
As atividades experimentais serão estudadas e intercaladas durante os
estudos dos conteúdos onde o aluno observará, acompanhará e/ou aplicará o
experimento que poderá se seguir de um relatório a partir dos dados coletados
relatando sua conclusão sobre os fatos observados.
A utilização de textos pode partir do estudo do livro didático público que
sugere formas de leitura e pesquisa, como também solicitação de textos de
interesse trazidos pelos alunos com apresentação e discussão das questões.

48
Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências devem ser abordados
considerando aspectos essenciais: a história da ciência, a divulgação científica e as
atividades experimentais. A abordagem desses conteúdos específicos deve
contribuir para a formação de conceitos científicos escolares no processo ensino
aprendizagem da disciplina de Ciências e de seu objeto de estudo (o conhecimento
científico que resulta da investigação da Natureza).
Para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos
científicos escolares devem estar presentes as problematizações, contextualizações
e interdisciplinaridade, lançando mão de fontes textuais (jornais, revistas, livros,
internet); programas de televisão e vídeo; TV pendrive; saber vivencial de
profissionais especialistas, por meio de palestras e entrevistas; aulas expositivas e
dialogadas; trabalhos e dinâmicas em grupos; jogos, debates, dramatizações e
atividades lúdicas; passeios ecológicos vivenciais e informativos; painéis e mostras
de trabalhos; pesquisas e leituras científicas; atividades experimentais; entre outros.
Esta disciplina, assim como as demais áreas do conhecimento, deve articular
em seus conteúdos, a partir das possibilidades abertas pelos seus referenciais, a
abordagem de temas abrangentes e contemporâneos que devem permear o
desenvolvimento dos conteúdos do currículo: saúde, prevenção ao uso indevido de
drogas; sexualidade e gênero, vida familiar e social, assim como os direitos das
crianças e adolescentes de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei
nº 8069/90); preservação do meio ambiente, nos termos da política nacional de
educação ambiental (Lei nº 9795/99); educação para o consumo, educação fiscal,
trabalho, ciência e tecnologia, diversidade cultural, educação para o trânsito (Lei nº
9503/97); História do Paraná (Lei nº 13381/01); Educação Tributária (Dec. Nº
1143/99); música (Lei nº 11769/2008); Direito das Crianças e Adolescentes (Lei
Federal nº 11525/07); A história e as culturas indígenas e afro-brasileiras (Lei nº
11645/2008).
A inclusão dessa Lei possibilita ampliar o leque de referências culturais de
toda população escolar e contribui para a mudança das suas concepções de mundo,
transformando os conhecimentos comuns veiculados pelo currículo e contribuindo
para a construção de identidades mais plurais e solidárias.

49
3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia
Universo
Sistema solar
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Astros
Matéria Constituição da matéria
Sistema biológico Níveis de organização celular
Energia
Formas de energia
Conversão de energia
Transmissão de energia
Biodiversidade
Organização dos seres vivos
Ecossistema
Evolução dos seres vivos
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia
Astros
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Matéria Constituição da matéria
Sistema biológico
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Energia Formas de energia
Transmissão de energia
Biodiversidade
Origem da vida
Organização dos seres vivos
Sistemática

50
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia Origem e evolução do Universo
Matéria Constituição da matéria
Sistema biológico Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Energia Formas de energia
Biodiversidade Evolução dos seres vivos
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia Astros
Gravitação universal
Matéria Propriedades da matéria
Sistema biológico Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética
Energia Formas de energia
Conservação de energia
Biodiversidade Interações ecológicas
3 AVALIAÇÃO
A avaliação não possui uma finalidade em si mesma, mas deve subsidiar e
mesmo redirecionar as ações no processo ensino e aprendizagem tendo em vista
garantir a qualidade do processo educacional. Sendo assim, diversas atividades
vivenciadas podem tornar-se atividades de avaliação. Nesse entendimento, deve ser

51
concebida de forma processual e formativa, devendo ser contínua, diagnóstica e
diversificada nas suas formas de aplicação, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos, é ainda maior a preocupação com aspectos
qualitativos, pois as crianças apresentam maneiras peculiares e diferenciadas de
vivenciar as situações e de interagir com os fenômenos naturais.
Em Ciências o principal critério de avaliação é a formação de conceitos
científicos. Valoriza-se, desta forma, uma ação pedagógica includente dos
conhecimentos anteriores dos alunos e a interação da dinâmica dos fenômenos
naturais por meio de conceitos científicos.
Nesta perspectiva a avaliação dar-se-á por meio de prova oral e escrita,
trabalhos de pesquisas, trabalhos extraclasse (individual/grupo), exercícios
propostos, painéis, debates, grupos de estudo, feira de ciências, experimentos,
textos diversos, dentre outros.
Finalmente é necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem
claros para os alunos, como direito que têm de acompanhar todo o processo
A avaliação é indispensável no processo de ensino aprendizagem, uma vez
que permite ao professor recolher, analisar e julgar dados sobre a prática
pedagógica e ao mesmo tempo verificar a qualidade do desempenho de seu
trabalho. Deve ser diária e contínua, onde analisa-se a participação do aluno em
sala de aula e interesse nas atividades propostas pelo professor.
É assim que o professor verificará se houve ou não assimilação e
compreensão dos alunos em relação ao que foi trabalhado, bem como independente
dos resultados retomar os conteúdos com novas estratégias metodológicas
proporcionando a recuperação de estudos seguindo o critério estabelecido pela
escola que perfaz a somatória de 100 pontos assim divididos: 50 (prova) e 50 (
trabalhos). O valor da recuperação de estudos é de 100 pontos.

52
4 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Secretaria de Estado da Educação
do Paraná-SEED -2008.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da Educação
do Paraná. Educação no campo.
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas:
Autores Associados, 2002.
Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual ''Walfredo Silveira Corrêa'' – 2010
Regimento Escolar - Colégio Estadual “Walfredo Siveira Corrêa”.

53
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1.APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física encontra-se hoje no âmbito escolar assumindo cada vez
mais o papel de formadora integral e total do “homem”. Pois, nos seus conteúdos a
abordagem critica faz com que haja reflexão, questionamento, superação,
autonomia, comunicação, determinação, respeito, ordem e acima de tudo
aprendizagem, porque quando se trata de “corpo” é impossível isolá-lo da mente. Ou
seja, não tem como executar um trabalho corporal sem pensá-lo ou repensá-lo afinal
é a “mente” que comanda o “corpo”.
Nessa formação continua por meio das práticas corporais, seja esporte,
dança, ginástica, jogos, brincadeiras e brinquedos, busca-se ir além da dimensão
motriz considerando a multiplicidade de experiências produzidas para que haja
entendimento da importância da atividade física para a saúde (qualidade de vida) e
/ou despertar para futuros atletas de rendimento que passa todos pela escola
fundamental.
A disciplina de Educação Física ao longo de sua caminhada escolar
apresentou vários e importantes avanços, apresentando hoje uma proposta de
trabalho baseada em conhecimentos elementares sobre o corpo, as relações
corporais com o mundo e elementos da cultura corporal do movimento.
Como objetivos a disciplina propõe:
Formar indivíduos (aluno) na sua amplitude que seja motora, social e moral;
Desenvolver durante o processo escolar, a autonomia da atividade física
voltada para a saúde;
Contextualizar o esporte, a dança, a corporal idade no mundo e seu
momento;
Refletir sobre as formas “natulizada” de preconceito entendendo e
respeitando “o diferente” (inclusão), o gordo, o magro, o diferente, etc;

54
Possibilitar a aquisição de conhecimentos dos fundamentos esportivos,
visando a descoberta de talentos; ou mesmo preparando o aluno (que gosta)
para futuramente integrar equipes competitivas;
Melhorar a concentração, o raciocínio lógico, a estratégia, atenção, a ordem,
o respeito através de jogos de tabuleiro (xadrez, dama, trilha, dominó, etc.);
Repudiar qualquer espécie de violência, adotando atitude de respeito mútuo,
dignidade e solidariedade nas práticas da cultura corporal do movimento;
Colaborar para adoção de hábitos saudáveis de higiene, alimentação e
atitudes corporais melhorando a sua saúde e a saúde coletiva;
Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma bem como
reivindicar locais adequados para promoção de atividades corporais de lazer,
reconhecendo-as como uma necessidade do ser humano e um direito do
cidadão em busca de uma melhor qualidade de vida;
Desenvolver a aptidão física no contexto das necessidades individuais e de
grupo como uma das bases do crescimento biopsicossocial;
Formar o aluno como ser pensante critico e responsável social;
Propiciar ao aluno uma visão critica do mundo e da sociedade na qual está
inserido;
Propiciar a inclusão;
Superar a visão de Educação Física como mera atividade “prática pela
prática”.
Aplicar aos alunos a prática esportiva que privilegie o coletivo, e que todos os
alunos tenham acesso.

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2 CONTEÚDOS ESTRURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
ENSINO FUNDAMENTAL
6º
an
o
CONTÉUDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos;
Individuais.
Jogos e Brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares;
Brincadeiras e cantigas de roda;
Jogos de tabuleiro;
Jogos cooperativos.
Dança
Danças Folclóricas;
Danças de rua;
Dança criativa.
Ginástica
Ginástica rítmica;
Ginástica circense;
Ginástica geral.
Lutas
Lutas de aproximação
Capoeira.
7º
an
o
CONTÉUDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte
Coletivos;
Individuais.
Jogos e Brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares;
Brincadeiras e cantigas de roda;
Jogos de tabuleiro;
Jogos cooperativos.
Dança
Danças Folclóricas;
Danças de rua;
Dança criativa.
Ginástica
Ginástica rítmica;
Ginástica circense;
Ginástica geral.
Lutas de aproximação

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Lutas Capoeira. 8
º a
no
CONTÉUDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos;
Radicais.
Jogos e Brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares;
Brincadeiras e cantigas de roda;
Jogos de tabuleiro;
Jogos cooperativos.
Dança Danças Circulares;
Danças criativas.
Ginástica
Ginástica rítmica;
Ginástica circense;
Ginástica geral.
Lutas Lutas com instrumento mediador;
Capoeira.
9º
an
o
CONTÉUDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte
Coletivos;
Radicais.
Jogos e Brincadeiras
Jogos Dramáticos;
Jogos de tabuleiro;
Jogos cooperativos.
Dança
Danças Circulares;
Danças criativas.
Ginástica
Ginástica rítmica;
Ginástica geral.
Lutas
Lutas com instrumento mediador;
Capoeira.

57
ENSINO MÉDIO
3 ELEMENTOS ARTICULADORES DOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA
A EDUCAÇÃO BÁSICA.
Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos têm sido
tratados na Educação Física, faz-se necessário integrar e interligar as práticas
CONTÉUDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte
Coletivos;
Individuais;
Radicais.
Jogos e Brincadeiras
Jogos dramáticos;
Jogos de tabuleiro;
Jogos cooperativos.
Dança
Danças de rua.
Danças Folclóricas;
Danças de salão;
Ginástica
Ginástica artística/olímpica
Ginástica de condicionamento Físico;
Ginástica geral.
Lutas
Lutas de aproximação;
Lutas que mantém distância;
Lutas com instrumento mediador;
Capoeira.

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corporais de forma mais reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos
Elementos Articuladores.
Tais elementos não podem ser entendidos como conteúdos paralelos, nem
tampouco trabalhados apenas teoricamente e/ou de maneira isolada. Como
articuladores de conteúdos, podem transformar o ensino da Educação Física na
escola.
Nestas Diretrizes, propõem-se os seguintes elementos articuladores:
Cultura Corporal e Corpo;
Cultura Corporal e Ludicidade;
Cultura Corporal e Saúde;
Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
Cultura Corporal e Desportivização;
Cultural Corporal - Técnica e Tática;
Cultura Corporal e Lazer;
Cultura Corporal e Diversidade;
Cultural Corporal e Mídia.
4 METODOLOGIA
A Educação Física procurando a integração com o trabalho desenvolvido na
escola, coloca o seu programa curricular no mesmo patamar de seriedade e
compromisso com a produção de conhecimento que conduzirá o processo de ensino
e aprendizagem. Este processo será caracterizado pela participação efetiva do aluno
e do professor com o educando.
O professor exercerá um papel de mediador levando mensagens e
informações, sendo que os alunos também trarão questionamentos e assuntos
relacionados ao tema desenvolvido.
A interação e cooperação promovem a autonomia, sendo assim, atividades
serão elaboradas de forma a favorecer a fala e a escrita como meios de
reorganização e reconstrução das experiências compartilhadas com os alunos.

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Serão desenvolvidas atividades teóricas e práticas em pequenos e grandes
grupos, propondo situações desafiadoras para resolução de problemas e
desenvolvimento de projetos educacionais.
O trabalho de elaboração de projetos com os alunos será compartilhado com
outras áreas mais interessantes e significativos, utilizando recursos dos mais
diversos, onde o aluno passa a perceber a inter-relação entre o conhecimento
crítico-teórico e volta novamente para a prática social concreta.
Usando a metodologia histórico-crítica, o conteúdo é transmitido levando-se
em conta o momento político, histórico, econômico e social em que o aluno está
inserido, seguindo os passos sugeridos por Gasparin: prática social inicial,
problematização, instrumentalização, catarse e retorno á prática social (final).
Os seguintes conteúdos serão trabalhados de forma gradativa durante os três
anos do Ensino Médio, mudando o grau de complexidade com atualidades dos
conteúdos.
O esporte individual e coletivo como desenvolvimento prático e como
fenômeno social, a sociedade atual, através de suas várias manifestações sociais,
culturais, de informação de massa, requer a participação de pessoas em atividades
coletivas organizadas. O aluno como parte integrante do Sistema do Ensino Médio,
deve ser contemplado com esses conhecimentos que permitem sua inclusão,
promovendo as relações sociais, privilegiando o coletivo em detrimento do individual.
Os jogos em sua amplitude de ações devem permear o raciocínio lógico, a
socialização, a expressão corporal, a dramatização, o espírito de equipe, como
resgate e potencialização de valores e como possibilidades de lazer.
A ginástica como fator histórico deve levar em consideração a discussão de
vários problemas e modismos atuais. As lutas servem como representação das
desigualdades de classes, seus simbolismos e significados e sua história. A dança,
o teatro, o folclore, a mímica, seus conhecimentos e suas possibilidades, resgatam
valores sociais e culturais através de suas manifestações sociais.
Esta disciplina, assim como as demais áreas do conhecimento (seja base
nacional comum ou parte diversificada), deve articular em seus conteúdos, a partir
das possibilidades abertas pelos seus referenciais, a abordagem de temas
abrangentes e contemporâneos que devem permear o desenvolvimento dos
conteúdos do currículo: saúde, prevenção ao uso indevido de drogas; sexualidade e

60
gênero, vida familiar e social, assim como os direitos das crianças e adolescentes,
de acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente (Lei nº 8.069/90), preservação
do meio ambiente, nos termos da política nacional de Educação ambiental (Lei
9797/99), educação para o consumo, educação fiscal, trabalho, ciência e tecnologia,
diversidade cultural, educação para o trânsito (Lei nº 9.503/97), História do Paraná
(Lei 13381/01); Educação Tributária (Dec. nº 1143/99); música (Lei nº 11.769/2008);
Direito das Crianças e Adolescentes (Lei Federal nº 11525/07); a história e as
culturas indígenas e afro-brasileiras (Lei nº 11.645/2008). A inclusão dessa Lei
possibilita ampliar o leque de referencias cultural de toda a população escolar e
contribuir para a mudança das suas concepções de mundo, transformando os
conhecimentos comuns veiculados pelo currículo e contribuindo para a construção
de identidades mais plurais e solidárias.
5 AVALIAÇÃO
O processo avaliativo será continuo, incluindo o aluno como participante
contribuindo para o desenvolvimento da responsabilidade e compreensão na
construção do conhecimento.
No decorrer do processo ensino-aprendizagem, o conteúdo programático
pode ser reavaliado e alterado para melhor aproveitamento.
Em relação ás atividades culturais corporais, o procedimento avaliativo
priorizará como ação cooperativa a integração grupal, atitudes de respeito mútuo,
dignidade e solidariedade, respeito ás características físicas de cada aluno, sem
distinções físicas, raciais ou sociais.
A avaliação consistirá em verificar se o aluno perceberá os limites e
possibilidades corporais com domínio, e aplicá-las na melhoria de sua aptidão física;
bem como a aplicação prática na rotina de vida do aluno visando a promoção da
saúde e da qualidade de vida.
Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para
requisitar o processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem
como planejar e propor outros encaminhamentos que vise à superação das

61
dificuldades constatadas nas diversas manifestações corporais, evidenciadas nas
brincadeiras, jogos, ginástica, dança, teatro e manifestações esportivas.
6 REFERÊNCIAS
BRACH. Valter. A Constituição das Teorias Pedagógicas da Educação Física. Caderno CEDES, vol. 19, nº 48. Campinas, 1999.
CRESPO, Jorge. A história do corpo. Lisboa: Diel, 1990.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Educação Física, 2008.
Dossiê Corpo Educação. Caderno CEDES, nº 48, Campinas: Unicamp, 1999.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes, 1990.
FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação Física. São Paulo: Scipione, 1992.
GASPARIN, J. L. Uma Didática para a pedagogia Histórico - critica. Campinas: Autores Associados, 2002.

62
ENSINO RELIGIOSO
ENSINO FUNDAMENTAL
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso no Estado do Paraná tem como objeto de Estudo O
SAGRADO. Ela é uma disciplina que contribui para o desenvolvimento humano,
além de possibilitar o respeito e a compreensão de que nossa sociedade é formada
por diversas manifestações culturais e religiosas.
Para a Disciplina de Ensino Religioso, três são os conteúdos estruturantes a
saber: Paisagem Religiosa, Universo Simbólico Religioso e Texto Sagrado.
Fundamentando-se nos conteúdos estruturantes, a disciplina de Ensino
Religioso tem os conteúdos básicos.
O conhecimento religioso é um patrimônio da humanidade. Refletir sobre esse
fenômeno é pensar criticamente sobre a nossa condição existencial, o que não
passa, necessariamente, pela prática de uma crença em particular. Antes, esse
pensar está marcado pela busca incansável do entendimento das questões ligadas à
própria vida, à transcendência e à orientação ética que dá sentido às realizações
pessoais e sociais. A dimensão religiosa, por constituir uma propriedade humana,
deve ser abordada com seriedade no espaço escolar, de modo que crianças e
jovens estudantes possam estabelecer posições autênticas e referenciadas
eticamente diante das expressões e manifestações religiosas. Há muito essa
discussão deixou de ser privilégio de poucos esclarecidos e transposição para a
escola de dogmas e sacramentos utilizados pela Igreja. Hoje, a liberdade de crença
e de exercício religioso, garantida constitucionalmente, permite a leitura e o debate
crítico dos lugares sagrados, dos textos sagrados orais e escritos, das organizações
religiosas, do universo simbólico que reúne ritos e festas, danças e músicas, forças
sociais que sustentam as tradições religiosas.
As orientações sugeridas neste Caderno Pedagógico O Sagrado no Ensino
Religioso demonstram claramente, sem proselitismos, que é possível organizar
conhecimentos básicos sobre o assunto para ampliar as oportunidades de
desenvolvimento humano. Aqui está o esforço comprometido das equipes

63
pedagógicas da SEED e consultoria das IES com a formação de nossos estudantes
do Ensino Fundamental. Trata-se de um trabalho orientado para apresentar
didaticamente a riqueza da diversidade do fenômeno religioso, pela via do sagrado,
para uma escola laica e pluralista.
O Sagrado, na Disciplina de Ensino Religioso, é o objetivo de estudo do
Fenômeno Religioso, que está presente em todas as tradições religiosas,
favorecendo uma abordagem ampla dos conteúdos específicos da disciplina,
perpassando por todo o currículo da disciplina permitindo assim uma análise mais
completa de sua presença nas diferentes manifestações.
São objetivos da disciplina:
1. Propiciar aos alunos a oportunidade de identificação, de entendimento,
de conhecimento, de aprendizagem em relação às diferentes manifestações do
Sagrado através da religiosidade presente na pluralidade e prática social dos povos,
favorecendo o respeito à diversidade de expressão cultural religiosa;
2. Analisar e compreender o Sagrado, como cerne da experiência
religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo cultural
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA1
6º ANO
CONTÉUDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Texto Sagrado
Organização Religiosa
Lugares Sagrados
Textos Sagrados orais ou escritos
Símbolos Religiosos
1 As especificidades de oferta e de frequência dos alunos nesta disciplina não exime o professor de
implementar práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação do conhecimento pelo aluno, tendo como objeto de estudo o Sagrado. (PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ensino Religioso. Curitiba, 2008.)

64
7º ANO
CONTÉUDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Texto Sagrado
Temporalidade Sagrada
Festas Religiosas
Ritos
Vida e Morte
3 METODOLOGIA
Ao analisar os conteúdos básicos para a 5.ª e 6.ª séries , pode-se identificar
sua proximidade e mesmo sua recorrência em outras disciplinas. Tal constatação
não deve constituir um problema; apenas explicita que, na escola, o conhecimento é
organizado de modo a favorecer a sua abordagem por meio de diferentes
disciplinas, conforme as prioridades de cada uma. No caso do Ensino Religioso, o
Sagrado é o objeto de estudo e o tratamento a ser dado aos conteúdos estará
sempre a ele relacionado.
A organização dos conteúdos deve partir do estudo de manifestações
religiosas menos conhecidas ou desconhecidas, a fim de ampliar o universo cultural
dos educandos. Por exemplo, no conteúdo básico da 5ª série/6º ano, L ugares
Sagrados, devem ser apresentados e analisados com os alunos a composição e o
significado atribuído a esses lugares pelos adeptos da manifestação religiosa que os
consideram Sagrados. Depois serão tratados os lugares Sagrados já conhecidos
pelos alunos, pela comunidade e manifestações religiosas a eles familiares.
Assim, os alunos terão mais elementos para analisar as configurações e
significados dos Espaços Sagrados tanto desconhecidos, quanto conhecidos e
próximos.
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos de modo
institucionalizado. Serão tratadas como conteúdos, sob a ênfase das principais
características, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam

65
as diferentes formas de compreensão e de relações com o Sagrado. Poderão ser
destacados:
Os fundadores e/ou líderes religiosos;
As estruturas hierárquicas.
Ao tratar dos líderes ou fundadores das religiões, o professor enfatizará as
implicações da relação que eles estabelecem com o Sagrado, quanto a sua visão de
mundo, atitudes, produções escritas, posições político-ideológica, etc. Entre os
exemplos de organizações religiosas mundiais e regionais e seus respectivos líderes
estão: o budismo (Sidarta Gautama), o cristianismo (Cristo).
Conforme orientação das Diretrizes Curriculares do Ensino Religioso é
importante também o professor ter sempre em vista a correlação entre os conteúdos
estruturantes, que são: os Símbolos, a Paisagem Religiosa e o Texto Sagrado. Isto
é, apresentar os conteúdos deste tópico mostrando, como em qualquer outro, que
este também faz parte do Conteúdo Símbolos e do Conteúdo Paisagem Religiosa; já
que, neste caso os Textos Sagrados, em boa medida, explicam os Símbolos e se
referem inicialmente, para este tópico, pode-se propor como encaminhamento
metodológico uma pesquisa bibliográfica sobre os textos sagrados de diferentes
tradições religiosas, procurando contemplar o maior número possível de textos
sagrados, relacionando os nomes das tradições religiosas aos seus respectivos
textos sagrados.
Posteriormente, poderão ser elaborados cartazes, murais, colagens ou outras
formas para expor na sala de aula e na escola o resultado da pesquisa. A pesquisa
poderá ser elaborada tomando como base os exemplos de textos sagrados
mencionados na fundamentação deste conteúdo. Ainda, poder-se-ia relacionar,
nesta mesma idéia, algumas frases ou idéias importantes dos textos sagrados que
são significativas em sua tradição religiosa e disponibilizá-las para toda escola. O
professor pode propor também a leitura das frases dos textos sagrados, pois a
oralidade é a base de sua origem, enfatizando-se, com isso, o quanto é importante
nas tradições religiosas a expressão oral da mensagem sagrada.
A seguir, apresentam-se frases ou idéias de tradições religiosas que orientam
os seus seguidores quanto à forma de se viver, que, fundamentalmente, são frutos
do mesmo sentimento, o humano, e, por isso, estas orientações são muito próximas
umas das outras.

66
Observa-se que o conteúdo destas idéias é da esfera da alteridade, da
importância do respeito ao próximo, que deve ser a base das inter-relações sociais.
Por meio disto se pode dimensionar aos alunos a necessidade do respeito à
diversidade de culto (cultural), à diversidade religiosa.em à Paisagem Religiosos Na
prática pedagógica, ainda, pode-se organizar um cartaz, no qual os educandos
poderão desenhar uma estante com vários livros, sendo que cada um deles constará
o nome dos livros sagrados pesquisados pela turma.
Na conclusão do conteúdo, em sala de aula, o professor poderá pedir que os
educandos escrevam no quadro negro frases ou palavras relacionadas ao estudo
sobre os textos sagrados. Logo após, quando o quadro estiver repleto de frases e
palavras, solicitar que produzam em seus cadernos, textos a partir do que estiver
exposto.
Esta disciplina, assim como as demais áreas do conhecimento (seja base
nacional comum ou parte diversificada), deve articular em seus conteúdos, a partir
das possibilidades abertas pelos seus referenciais, a abordagem de temas
abrangentes e contemporâneos que devem permear o desenvolvimento dos
conteúdos do currículo: saúde, prevenção ao uso indevido de drogas; sexualidade e
gênero, vida familiar e social, assim como os direitos das crianças e adolescentes,
de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90),
preservação do meio ambiente, nos termos da política nacional de educação
ambiental (Lei nº 9.795/99), educação para o consumo, educação fiscal, trabalho,
ciência e tecnologia, diversidade cultural, educação para o trânsito (Lei nº 9.503/97),
História do Paraná (Lei nº 13381/01); Educação Tributária (Dec. Nº 1143/99); música
(Lei nº 11.769/2008); Direito das Crianças e Adolescente ( Lei Federal nº 11525/07);
A história e as culturas indígena e afro-brasileira (Lei nº 11.645/2008). A inclusão
dessa Lei possibilita ampliar o leque de referências culturais de toda a população
escolar e contribui para a mudança das suas concepções de mundo, transformando
os conhecimentos comuns veiculados pelo currículo e contribuindo para a
construção de identidades mais plurais e solidárias.

67
4 AVALIAÇÃO
Para efetivar o processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário
estabelecer os instrumentos e definir os critérios que explicitem o quanto o aluno se
apropriou do conteúdo específico da disciplina e foi capaz de ministrá-lo com as
outras disciplinas. A avaliação pode revelar também em que medida a prática
pedagógica, fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e
religiosa, contribui para a transformação social.
A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em
diferentes situações de ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões que podem
ser tomadas como amplos critérios de avaliação no Ensino Religioso:
O aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm
opções religiosas diferentes da sua?
O aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?
O aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de
identidade de cada grupo social?
O aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes
manifestações do Sagrado?
A avaliação é um elemento integrante do processo educativo na disciplina do
Ensino Religioso. Cabe, então, ao professor implementar práticas avaliativas e
construir instrumentos de avaliação que permitam acompanhar e registrar o
processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno em articulação com a
intencionalidade do ensino explicitada nos planos de trabalho docente. O que se
busca, em última instância, com o processo avaliativo é identificar em que medida os
conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do
Sagrado pelos alunos.
Diante da sistematização dos resultados da avaliação, o professor terá
elementos para planejar as necessárias intervenções no processo pedagógico, bem
como para retomar as lacunas identificadas na aprendizagem do aluno.
Terá também elementos indicativos dos níveis de aprofundamento a serem
adotados em conteúdos que desenvolverá a posteriori e da possível necessidade de
reorganização do trabalho com o objeto e os conteúdos estruturantes.

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Para a avaliação do conhecimento na disciplina de Ensino Religioso, deve-se
levar em conta as especificidades de oferta e ministra-la dos alunos nesta disciplina
que todo professor ao ministrá-la deve estar ciente, pois tal disciplina está em
processo de implementação nas escolas e, por isso, a avaliação pode contribuir para
sua legitimação como componente curricular.
Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem
aprovação ou reprovação do aluno, recomenda-se que o professor registre o
processo avaliativo por meio de instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos
seus pais ou responsáveis a identificação dos progressos obtidos na disciplina. A
avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo, como
resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de concepção da
realidade social e, como, enfim, ampliou o seu conhecimento em torno do objeto de
estudo do Ensino Religioso, o Sagrado, sua complexidade, pluralidade, amplitude e
profundidade.
4 REFERÊNCIAS
ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes,
2003.
BRASIL, Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, 1934.
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, 1967.
BRASIL, Lei nº. 4.024, de 20 de dezembro de 1961.
BRASIL, Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL, Lei nº. 9.475, de 22 de julho de 1997.
Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-Brasileira e Africana - Lei nº. 10639/03.
CALLAI, H. C. Estudar o lugar para compreender o mundo. in: CASTRO GIOVANNI.
A. C. (org.) Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto
Alegre: Mediação, 2003.
CLASTRES, P. A. Fala sagrada: mitos e cantos Sagrados dos índios guarani.
Campinas, SP: Papirus, 1990.

69
COSTELLA, D. O. Fundamento epistemológico do ensino religioso. In:
JUNQUEIRA,S.; WAGNER, R. (Orgs.) O ensino religioso no Brasil. Curitiba:
Champangnat, 2004.
Diretriz Curricular do Estado da Educação do Paraná. SEED, 2008.
ELIADE, M. O Sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
ELIADE, M. Tratado de História das Religiões. Lisboa: Cosmos, 1977.
ENSINO RELIGIOSO: MEMÓRIAS E PERSPECTIVAS. Curitiba: Champangnat,
2005, v. 01, p. 51-83.
ESPINOSA, B. Tratado Teológico-Político. Brasília: Imprensa Nacional – Casa da
Moeda. 1988.
FERRATER MORA, J. F. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2001.
FEUERBACH, L. A essência do Cristianismo. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian,2002.
FRANCA, L. O Método Pedagógico Jesuítico. O “Ratio Studiorium”: Introdução e
Tradução. Rio de Janeiro: Agir, 1952.
GEERTZ, C. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.
GIL FILHO, S. F. ; ALVES, Luis Alberto Sousa . O Sagrado como foco do Fenômeno
Religioso. In: JUNQUEIRA, Sergio Rogério Azevedo; OLIVEIRA, Lílian Blanck de.
GIL FILHO, S. F. Espaço de Representação e Territorialidade do Sagrado: Notas
para uma teoria do fato religioso. Ra’e Ga O Espaço Geográfico em Análise,
Curitiba, v. 3 n. 3, p 91-120, 1999.
HÖFFE, O. Immanuel Kant. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
KANT, I. A religião nos limites da simples razão. São Paulo: Escala Educacional,
2006.
KANT, I. Crítica da razão pura. 3. ed. São Paulo Nova Cultural, 1987.
LARAIA, R. de B. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editor, 1999.
MARX, K. Contribuição à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel - Introdução.
In:_____. Manuscritos Econômico-filosóficos. Lisboa: Edições 70, 1993.

70
RANCIÈRE, J. O dissenso. In: NOVAES, A. (orgs.) A crise da razão. São Paulo:
Companhia das Letras, 1996.
SAVIANI, D. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1991.

71
FILOSOFIA
ENSINO MÉDIO
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Filosofia volta a ocupar um espaço no sistema educacional nacional e com
a possibilidade de ajudar os estudantes diante de um mundo cada vez mais
complexo polêmico, multicultural, no qual problemas tais como, o sentido da moral,
da ética, da política, dos valores estéticos e, sobretudo, as concepções em torno da
Teoria do Conhecimento, epistemologia, estão em evidência. Dada a sua
especificidade, a Filosofia problematiza e conceitua a realidade historicamente
construída, possibilitando a discussão crítica e criativa, dessa forma, contribuindo
para a ação transformadora do homem.
Entre seus objetivos, poderíamos citar o desejo de formar cidadãos com uma
visão pluridimensional e democrática, oferecendo aos estudantes a possibilidade de
compreender a complexidade do mundo atual, suas particularidades e
especializações. Num mundo fragmentado, a Filosofia busca alcançar a totalidade,
operando por meio de questionamentos, conceitos e categorias de pensamento que
brota da experiência e das representações humanas.
A Filosofia ainda possibilita o diálogo com outras disciplinas e ciências na
tentativa de racionalizar o mundo. Na perspectiva do ensino-aprendizagem, a
importância da Filosofia também se apresenta no exercício colocado a disposição
dos estudantes para o desenvolvimento de um discurso e estilo próprio,
independente, crítico, contestador, inovador de pensamento. É um conhecimento
que abre para os alunos as amplas possibilidades dos saberes e contribui
plenamente para a formação de um sujeito ativo e integrado ao seu tempo.

72
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Mito e filosofia Saber mítico;
Saber filosófico;
Relação Mito e Filosofia;
Atualidade do mito;
O que é Filosofia?
Teoria do conhecimento Possibilidade do conhecimento;
As formas do conhecimento;
O problema da verdade;
A questão do método;
Conhecimento e lógica.
Ética Ética e moral;
Pluralidade ética;
Ética e violência;
Razão, desejo e vontade;
Liberdade, autonomia do sujeito e a
necessidade das normas.
Filosofia política Relação entre comunidade e poder;
Liberdade e igualdade política;
Política e ideologia;
Esfera pública e privada;
Cidadania formal e/ou participativa;
• Cidadania formal e/ou
Filosofia da ciência
Concepção de ciência;
A questão do método científico;
Contribuições e limites da ciência;
Ciência e ideologia;
Ciência e ética.

73
Estética Natureza da arte;
Filosofia e arte;
Categorias estéticas - feias, belas,
sublimes, trágicas, cômicas, grotesco,
gosto, etc.
Estética e sociedade.
3 METODOLOGIA
O ensino e o trabalho metodológico de Filosofia buscam inicialmente criar no
estudante o desejo, à vontade, a sensibilidade necessária para seu estudo, fazendo-
o ver que essa disciplina trabalha com questões problemas, que para encontrar
respostas, possíveis soluções e novos problemas, é fundamental uma postura
investigativa, que somente será possível com a leitura dos textos filosóficos, o
domínio de categorias e conceitos próprios da filosofia, para que assim, o estudante
possa criar ou recriar conceitos, formar seu pensamento reflexivo, crítico e
questionador da realidade.
O ensino da filosofia está ligado ao ato de filosofar, é inseparável deste. Por
sua especificidade, a Filosofia necessita da exposição clara e objetiva dos seus
temas, a leitura dos clássicos, a apreensão do discurso filosófico e a compreensão
dos contextos nos quais viveram e escreveram os principais pensadores.
Nessa perspectiva, o ensino de filosofia pode começar com a leitura de
frases, textos, literatura, produção jornalística, revistas, apresentação de filmes,
músicas. Todo esse trabalho possibilita iniciar a atividade filosófica propriamente
dita, que visa a problematização, a investigação, a criação de conceitos e a busca
de resoluções dos problemas, sem dogmatismo e absolutismos.
O ensino de Filosofia visa alcançar a leitura reflexiva, o debate democrático, a
contestação do cotidiano, a produção de textos por parte dos alunos. O livro didático
é mais uma ferramenta, que pode e deve ser utilizada, mas não a única, faz parte da
estratégia do professor, que utilizará de recursos de multimídia, pen-drive, internet,
filmes, dvd's, cd's, a biblioteca, jornais, revistas e outros.
Esta disciplina, assim como as demais áreas do conhecimento ( seja base
nacional comum ou parte diversificada), deve articular em seus conteúdos, a partir

74
das possibilidades abertas pelos seus referenciais, a abordagem de temas
abrangentes e contemporâneos que devem permear o desenvolvimento dos
conteúdos do currículo: saúde, prevenção ao uso indevido de drogas; sexualidade e
gênero, vida familiar e social, assim como os direitos das crianças e adolescentes,
de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90),
preservação do meio ambiente, nos termos da política nacional de educação
ambiental (Lei nº 9.795/99), educação para o consumo, educação fiscal, trabalho,
ciência e tecnologia, diversidade cultural, educação para o trânsito (Lei nº 9.503/97),
História do Paraná (Lei nº 13381/01); Educação Tributária (Dec. Nº 1143/99); música
(Lei nº 11.769/2008); Direito das Crianças e Adolescente ( Lei Federal nº 11525/07),
A história e as culturas indígena e afro-brasileira (Lei nº 11.645/2008). A inclusão
dessa Lei possibilita ampliar o leque de referências culturais de toda a população
escolar e contribui para a mudança das suas concepções de mundo, transformando
os conhecimentos comuns veiculados pelo currículo e contribuindo para a
construção de identidades mais plurais e solidárias.
Logicamente não descartamos as avaliações estabelecidas pela escola e
pelas diretrizes da educação, e da LDB, são necessárias, e serão solicitadas na
forma de provas, trabalhos, pesquisas, debates, seminários, discussões em sala,
etc. Também serão disponibilizados os instrumentos necessários para a
recuperação de notas e conteúdos, em conformidade com o PPP da escola e outros
instrumentos legais.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação na disciplina de filosofia é concebida como função diagnóstica,
não para medir a capacidade de pensar e a quantidade de conhecimento adquirido
pelos alunos. A avaliação ajuda como subsídio para novos caminhos e métodos que
possibilitem o verdadeiro processo de ensino-aprendizagem e a aquisição da
capacidade de pensar e agir filosoficamente. Quando avaliamos em filosofia
devemos levar em consideração as opiniões e posições dos estudantes, pois o que
está em jogo e a capacidade de argumentar e de identificar as limitações das nossas
ideias e posições. Leva-se mais em conta a elaboração de conceitos, a capacidade
de ter uma opinião construída filosoficamente, estruturada e de conformidade com

75
os temas abordados, não é o responder e pensar o que o estudante acha que é
certo, e sim, aquilo que está racionalmente fundamentado no conhecimento dado.
4.1 Critérios de Avaliação
1º Ensino Médio
É necessário que o aluno seja capaz de:
Entender os conceitos de cultura humana, o Cosmo e o ser humano;
Compreender as característica do ser humano nos seus atos e atitudes o
qual esta inserido nas mais diversas culturas e de modo especial no seu
cotidiano escolar;
Compreender a importância do trabalho na sociedade humana.
É necessário que o aluno conheça:
Os conceitos de senso comum e senso crítico;
Sobre o nascimento da Filosofia na Grécia desde o aspecto mitológico ao
racional;
As principais questões dos chamados filósofos pré-socráticos, que refletiram
sobre a origem do Cosmo e do ser humano;
É necessário que o aluno compreenda:
As principais questões e problemas da Teoria do Conhecimento, nas diversas
fases da Filosofia :(Filosofia antiga, Filosofia Medieval, Filosofia moderna,
Filosofia iluminista, Filosofia contemporânea);
A importância do Mito. Pois é através dos mitos gregos é que se chegou ao
conhecimento racional.
2º Ensino Médio
É necessário que o aluno compreenda:
As principais questões discutidas pelos filósofos do período Clássico ao
Greco-Romano;
As questões levantadas refletidas e questionadas pelos Filósofos
modernistas, iluministas, empiristas e criticistas

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É necessário que o aluno conheça:
A filosofia do período helenístico;
As principais questões que foram levantadas, e debatidas na chamada
filosofia pagã e o inicio do cristianismo nesse mesmo período;
As principais ideias discutidas e que posteriormente vieram a fazer parte da
Filosofia Patrística e da Filosofia Escolástica;
As principais questões/ideias da Filosofia Moderna: destacamos os filosofos
Francis Bacon, René Descartes e outros;
Sobre o pensamento: romântico, idealista, positivista, hegelianismo e o
pensamento marxista.
3º Ensino Médio
É necessário que o aluno conheça:
As principais questões/problemas da Filosofia Contemporânea do
existencialismo à Filosofia Pós-Moderna.
É necessário que o aluno analise:
As principais questões levantadas pela Filosofia da Ciência;
As questões levantadas pela estética e pela filosofia da arte.
É necessário que o aluno compreenda:
As principais questões discutidas pela ética e pela filosofia moral;
O pensamento político e filosófico dos principais pensadores da Filosofia
Política: de Platão a Marx.
4.2 INSTRUMENTOS DE RECUPERAÇÃO
Serão disponibilizados todos os instrumentos para que os alunos possam ter
acesso ao processo de recuperação de conteúdos e notas de acordo com o PPP, o
PPC, o PTD da disciplina e em concordância com as Diretrizes Curriculares da
disciplina de Filosofia, tais como: retomadas de conteúdos, avaliações de
recuperação, provas orais, indicação de trabalhos relacionados com os temas
discutidos em sala e não apreendidos pelos alunos, assim como, outros

77
instrumentos que possam apoiar no processo pleno de ensino-aprendizagem: textos,
trabalhos escritos, pesquisas, etc. A recuperação terá um valor de 100 pontos.
5 REFERÊNCIAS
ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da Filosofia no Ensino Médio como
experiência filosófica. Cadernos CEDES. Campinas. N.64, 2004
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares do ensino
médio.Brasília: MEC/SEB, 2006
Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da Educação
do Paraná.Filosofia.2008
FAVORETTO, c.f. Notas sobre o ensino da filosofia. In: ARANTES, P.E. et all (Org).
A filosofia e seu ensino. Petrópolis/São Paulo: Vozes/Educ, 1995.
Livro Didático Publico: Filosofia; SEED-Pr, 2006.

78
FÍSICA
ENSINO MÉDIO
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física é parte da ciência que estuda os fenômenos da natureza, suas leis e
implicações. Representa uma produção cultural construída pelas relações sociais e
que está em constante evolução, faz parte do conhecimento sistematizado pela
humanidade. É uma ciência voltada ao desenvolvimento tecnológico e social.
A Física deve estar voltada para a formação do educando, proporcionando-
lhe conhecimento para a vida, independente da sua escolaridade futura. Deve
possibilitar aos jovens adquirir instrumentos para a vida, para o raciocínio, para a
compreensão das causas e razões das coisas, para exercer seus direitos, para
cuidar da sua saúde, para participar das discussões em que estão envolvidos, para
atuar, para transformar; enfim, para realizar-se, para viver. Sendo assim, uma
educação para a cidadania.
Esta disciplina, portanto, atua como um campo estruturado de conhecimentos
que permite a compreensão dos fenômenos físicos que cercam o mundo
macroscópico e microscópico. O universo é o objeto de estudo da Física,
considerando sua evolução, suas transformações e as interações que se
apresentam, devendo ser estudada como construção humana, nos aspectos de sua
história e relações nos contextos cultural, social, ambiental, político e econômico.
A disciplina tem como objetivos:
Garantir uma cultura científica o mais abrangente possível, do ponto de vista
da Física;
Observar a Física enquanto construção humana, nos aspectos de sua história
e relações nos contextos cultural, social, ambiental, político e econômico
proporcionando ao aluno;
Compreender a utilidade da Física em outras áreas do saber científico;
Analisar e interpretar notícias científicas;
Diferenciar grandezas e identificar parâmetros relevantes;

79
Analisar leis, teorias e conceitos físicos;
Discutir situações-problema, identificando o aspecto físico;
Observar o quadro de degradação em que se encontra nosso planeta e
contribuir para revertê-lo .
1.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento Momentum e Inércia;
Conservação da quantidade de movimento;
Variação da quantidade de movimento (Impulso);
Segunda Lei de Newton;
Terceira Lei de Newton e condições de equilíbrio;
Energia;
Princípio da Conservação da Energia;
Trabalho e Potência
Gravitação
Termodinâmica Lei Zero,
Primeira e Segunda Leis da Termodinãmica
Eletromagnetismo
Carga elétrica;
Corrente elétrica;
Campo e ondas eletromagnéticas,
Equações de Maxwell;
Leis de Gauss para eletrostática;
Lei de Coulomb;
Lei de Ampère;
Lei de Gauss magnética:
Lei de Faraday:
A Natureza da luz e suas propriedades
3 METODOLOGIA
O Ensino de Física deve desenvolver metodologia que enfatiza construção de
estratégias, comprovação e justificativas de resultados, a criatividade, a iniciativa

80
pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia advinda da confiança da própria
capacidade para enfrentar desafios.
O planejamento do trabalho de sala de aula é a base da construção do
processo de ensino-aprendizagem. Pois assim, tem-se a possibilidade de saber
exatamente o ponto de partida e o de chegada para cada tema abordado em seu
curso. Sendo o ensino-aprendizagem um processo ativo e coletivo, deve estar
baseado nas interações aluno-aluno, aluno-professor, professor-aluno e objetivo do
conhecimento.
Nas DCES (2008 - p.63) também consta:
O processo pedagógico, no ensino de física, parte do conhecimento prévio dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou concepções espontâneas. O estudante desenvolve suas concepções espontâneas sobre os fenômenos físicos no dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e as traz para a escola quando inicia seu processo de aprendizagem.
Cabe, então, ao professor levar o conhecimento científico socialmente
construído e sistematizado ao aluno, para que este supere os limites do
conhecimento vulgar; destacando que não há conhecimento definitivo. E para
embasar melhor seu trabalho, após análise criteriosa, pode utilizar os seguintes
encaminhamentos metodológicos no Ensino de Física: Livros Didáticos; Modelos
Científicos, História da Ciência; Experimentação; Leitura Cientifica e Uso de
Tecnologias (computadores, Tv, pendrive, retroprojetores e outros).
Esta disciplina, assim como as demais áreas do conhecimento (seja base
nacional comum ou parte diversificada), deve articular em seus conteúdos, a partir
das possibilidades abertas pelos seus referenciais, a abordagem de temas
abrangentes e contemporâneos que devem permear o desenvolvimento dos
conteúdos do currículo: saúde, prevenção ao uso indevido de drogas; sexualidade e
gênero, vida familiar e social, assim como os direitos das crianças e adolescentes,
de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90),
preservação do meio ambiente, nos termos da política nacional de educação
ambiental (Lei nº 9.795/99), educação para o consumo, educação fiscal, trabalho,
ciência e tecnologia, diversidade cultural, educação para o trânsito (Lei nº 9.503/97),
História do Paraná (Lei nº 13381/01); Educação Tributária (Dec. Nº 1143/99); música
(Lei nº 11.769/2008); Direito das Crianças e Adolescente ( Lei Federal nº 11525/07);

81
A história e as culturas indígena e afro-brasileira (Lei nº 11.645/2008). A
inclusão dessa Lei possibilita ampliar o leque de referências culturais de toda a
população escolar e contribui para a mudança das suas concepções de mundo,
transformando os conhecimentos comuns veiculados pelo currículo e contribuindo
para a construção de identidades mais plurais e solidárias.
4 AVALIAÇÃO
O resultado, a observância e a concepção do conhecimento devem ser
diagnosticados na avaliação. A avaliação deve ser um processo contínuo e
acumulativo, levando-se em conta os pressupostos teóricos da disciplina. Deve estar
presente tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto
como instrumento de investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume
uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou
a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da
prática pedagógica.
A avaliação se caracteriza como um processo que objetiva explicitar o grau de
compreensão da realidade, emergentes na construção do conceito. Isso ocorre com
o confronto de textos, trabalhos em grupos, avaliações escritas, experimentações,
seminários, debates, etc.
Como prática reflexiva, a avaliação direciona a recuperação de estudos que
deverá ser contínua e paralela. A recuperação é o esforço de retomar, de voltar ao
conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a
possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples
decorrência da recuperação de conteúdo. Os critérios de avaliação desta disciplina,
presentes nas DCES (2008- p.80) devem averiguar:
A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e
aprendizagem planejada;
A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;

82
A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as
leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que
envolva os conhecimentos da Física.
5 REFERÊNCIAS
COLÉGIO ESTADUAL WALFREDO SILVEIRA CORRÊA - EFM. Regimento
interno, 2011.
_______. Projeto político pedagógico, 2010.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação – Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Física, Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação - Cultura e Sociedade - Prevenção
ao Uso Indevido de Drogas na Escola. Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais.
Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – PR,
2010 - 237 p. - (Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
_______. Educação Ambiental na Escola. Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais.
Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – PR,
2010 - 216 p. - (Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
_______. Educando para as Relações Étnico-Raciais II. Secretaria de Estado da
Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas
Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba:
SEED – PR, 2008. - 208 p. - (Cadernos temáticos dos desafios educacionais
contemporâneos).

83
GEOGRAFIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MEDIO
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Cada vez mais, fala-se, de nosso mundo em transformação do crescente
impacto da sociedade sobre o meio ambiente, da influência de uma cultura sobre as
outras culturas, da interdependência cada vez maior dos povos e das nações. Sabe-
se que hoje, mais do que nunca, os eventos de uma parte do mundo têm impactos
diretos e imediatos sobre outras; mas pouca gente conhece esses impactos.
A Geografia tem a responsabilidade de ensinar sobre os lugares, os espaços,
as estruturas e conexões e todas as interrelações do mundo no qual vivemos,
visando à ampliação das capacidades dos alunos do ensino fundamental de
observar, conhecer, explicar, comparar e representar as características do lugar em
que vivem, de diferentes paisagens e espaços geográficos sempre levando em
conta o conhecimento para a intervenção na realidade social.
O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como o
espaço produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto pela
inter-relação entre os objetos – naturais, culturais e sistemas de objetos – naturais,
culturais e técnicos – e sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e
econômicas (SANTOS, 1996).
O objeto aqui – espaço geográfico – é entendido como interdependente do
sujeito que o constrói. Trata-se de uma abordagem que não nega o sujeito do
conhecimento nem supervaloriza o objeto, mas antes, estabelece uma relação entre
eles, entendendo-os como dois pólos no processo do conhecimento. Assim, o sujeito
torna-se presente no discurso geográfico (SILVA, 1995).
Portanto, para a compreensão desse espaço a ciência geográfica deve levar
em consideração os conceitos de lugar, paisagem, território, redes, região,
sociedade e natureza possibilitando a análise desses espaços sob diversas
abordagens: natural, histórica, econômica, cultural e política em escala local,
regional, nacional e mundial.

84
Ao longo do ensino fundamental os alunos devem construir um conceito
critico de conhecimentos que lhes permitam formar opiniões, procedimentos e
atitudes que os possibilite a identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade;
conhecer o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações; analisar e
compreender a paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção,
identificando suas relações problemas e contradições, de forma que ele (o aluno)
possa pensar, agir e compreender as inter-relações entre estes diversos elementos
que compõe o espaço geográfico.
Cabe a Geografia segundo a Dce trabalhar com os alunos as dimensões
econômicas, política, cultural, demográfica e sócio-ambiental do espaço geográfico.
2 BREVE HISTÓRICO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
Desde a mais tenra idade da sociedade humana, constata-se a necessidade
de se estabelecer estratégias para sobrevivência, em um ambiente tão hostil quando
inóspito. Para os povos caçadores e coletores, foi fundamental observar e conhecer
o ciclo reprodutivo da natureza; para os povos pescadores, conhecer a direção e a
dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes marítimas eram
condições sine quo non para sua continuidade no espaço geográfico.
Na Antiguidade Clássica, muito se avançou na elaboração dos saberes
geográficos. Ampliaram-se os conhecimentos sobre as relações Sociedade-
Natureza, sobre a extensão e características físicas e humanas dos territórios
imperiais.
Na Idade Média, o pensamento geográfico foi influenciado pela visão de
mundo imposta pelo poder e pela organização socioespacial então estabelecidas
pela nobreza e pela Igreja, esta última portadora de todo saber produzido até então.
A partir do século XVI, de modo especial, as necessidades econômicas foram
mais forte do que qualquer pensamento religioso institucionalizado, e os viajantes
colonialistas passaram a mapear o mundo descoberto conforme suas visões e
experiências pessoais, trazendo a luz do mundo invenções que pudessem auxiliá-los
nestas descobertas.

85
Até o século XIX, contudo, não houve uma sistematização de produção do
saber geográfico, cada povo tinha sua visão e resposta para os acontecimentos
geográficos, e principalmente usava um método próprio, dentro de suas
necessidades, para catalogar a natureza.
Humbolt, Ritter estão entre os precursores que tentaram sistematizar esta
ciência, mas foi com Ratzel que ela finalmente elevou-se ao estatos de ciência
definitivamente, não mais agora como simplesmente um compêndio de descrições
naturalistas, mas sim com informações práticas e precisas sobre as relações do
homem com a natureza, e suas conseqüências para as sociedades formadas e ou
descobertas a partir de então.
As idéias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no século
XIX a apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras; o intuito inicial
era de descrever nosso território, sua dimensão e suas belezas naturais .
Definitivamente começa a fazer parte do currículo escolar a partir de1930, com o
objetivo de servir aos interesses políticos do Estado, na perspectiva do nacionalismo
econômico.
No pós Segunda Guerra Mundial o pensamento geográfico passa por uma
grande modificação; a Geografia Tradicional agora não serve mais para a
sociedades, o que se busca é um cidadão mais atuante, que use o conhecimento
geográfico para atuar mais decisivamente em seu estado; a Geografia passa agora
a ser reconhecida como um instrumento de saber crítico.
Este saber no Brasil, durante o período militar foi duramente combatido e
voltou mesmo aos saberes tradicionais de descrição e de contemplação.
Passado este período hoje nos deparamos com uma ciência que não para de
crescer em sua atitude exploratória do conhecer, mas respeitando sempre os
conceitos originais (espaço geográfico, território, lugar) e as inter-relações destes
com a sociedade humana.

86
1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
Dimensão econômica, política, sócio-ambiental e cultural do espaço geográfico:
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
A formação, a localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do
espaço geográfico;
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural;
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
7º ANO
Dimensão econômica, política, cultural e demográfica, socioambiental do espaço
geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território
brasileiro;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
As diversas regionalizações do espaço brasileiro;
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

87
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
Movimentos migratórios e suas motivações ;
O espaço rural e a modernização da agricultura;
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização;
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico;
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e informações.
8º ANO
Dimensão econômica, política, cultural e demográfica, socioambiental do
espaço demográfico.
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano;
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
O comércio em suas implicações socioespaciais;
A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico;
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
O espaço rural e a modernização da agricultura;
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos;
Os movimentos migratórios e suas motivações;
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

88
9º ANO
Dimensão econômica, política, cultural e demográfica, socioambiental do
espaço geográfico.
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
A revolução tecnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
O comércio mundial e as implicações socioespaciais;
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos;
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
Os movimentos migratórios mundiais e suas implicações;
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re)organização do espaço geográfico;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração
territorial.
ENSINO MÉDIO
Dimensão econômica, política, cultural e demográfica, socioambiental do
espaço geográfico.
A formação e a transformação das paisagens;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do
espaço geográfico;
A formação, localização, exploração e a utilização dos recursos naturais;

89
A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
O espaço rural e a modernização da agricultura;
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial;
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente;
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os
indicadores estatísticos;
Os movimentos migratórios e suas motivações;
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
O comércio e as implicações socioespaciais;
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
As implicações socioespaciais do processo de mundialização;
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
4 METODOLOGIA
A metodologia de ensino permitirá que os alunos se apropriem dos conceitos
fundamentais da Geografia e compreendam o processo de produção e
transformação do espaço geográfico. Para isso os conteúdos da Geografia serão
trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a realidade próxima e
distante dos alunos, em coerência com os fundamentos teóricos propostos.
No ensino de Geografia é importante considerar o conhecimento espacial que
os alunos possuem para relacioná-lo com o conhecimento científico. Cabe a escola
ensinar o conhecimento científico e que os alunos ultrapassem o senso comum e
ampliem suas condições de análise e interpretação da realidade socioespacial.

90
Antes da apresentação dos conteúdos serão criadas situações
problematizadoras que leve o aluno a se defrontar com o problema para resolver
envolvendo o conteúdo em estudo e seus conhecimentos.
A problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para o
conhecimento. Por isso deve se constitui de questões que estimulem o raciocínio, a
reflexão e a crítica, delegando-lhe o papel de sujeito do seu processo de
aprendizagem.
A contextualização do conteúdo será outro passo metodológico importante.
Contextualizar o conteúdo é mais do que relacioná-lo à realidade vivida do aluno, é,
principalmente, situá-lo historicamente e nas relações políticas, sociais, econômicas
e culturais, em manifestações especiais concretas, nas diversas escalas
geográficas.
Serão feitas também relações interdisciplinares para que os alunos aprendam
os conteúdos e possam posicionar-se de forma crítica frente à realidade social. O
professor ainda conduzirá o processo de aprendizagem de forma dialogada,
possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a
compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam.
Os conteúdos estruturantes, como dimensões geográficas da realidade,
fundamentam as abordagens dadas aos conteúdos específicos. Então, cada
conteúdo específico deve ser abordado nas dimensões econômica, cultural-
demográfica, política e sócio-ambiental, todas constituidoras do espaço geográfico.
Em algumas situações a depender do enfoque que o professor considerar
necessário, um dos conteúdos estruturantes poderá ser mais enfatizado na
abordagem do conteúdo específico em estudo.
Outras ações serão utilizadas na medida do possível de acordo com as
necessidades surgidas no decorrer das aulas, com são sugeridas a seguir:
Reconhecimento dos conceitos e categorias geográficas e como operá-los ao
longo dos conteúdos abordados utilizando-se dos procedimentos padrão para
a pesquisa geográfica;
Uso de leituras de imagens, inclusive imagens gráficas, de dados e de
documentos de diferentes fontes de informação que sejam capazes de
representar a espacialidade dos fenômenos geográficos;

91
A construção de textos, por meio da linguagem escrita e oral, um discurso
articulado sobre as diferenças entre o seu lugar e a pluralidade de lugares
que constituem o mundo;
Leitura clara de diversas cartas em diferentes escalas, apropriando-se da
representação cartográfica em seu cotidiano;
Atuação dinâmica diante de questões sociais, culturais e ambientais de seu
espaço de vivência;
Valorização do patrimônio sociocultural e respeitar a pluralidade cultural,
reconhecendo-os como direitos dos povos e indivíduos e elementos de
fortalecimentos da democracia.
A aula de campo é um rico encaminhamento metodológico para que o aluno
analise a área em estudo, partindo de uma realidade local, bem delimitada para uma
investigação de sua constituição histórica e das relações que estabelece com outros
lugares próximos e distantes.
Serão utilizados filmes, trechos de filmes, programas de reportagens e
imagens em geral (fotografias, slides, charges, ilustrações) para a contextualização
dos conteúdos da Geografia dando dessa forma ao recurso audiovisual o papel de
problematizador, estimulador para pesquisas mais aprofundadas sobre os assuntos
que, podem desvelar preconceitos e leituras rasas, ideológicas ou estereotipadas
sobre os lugares e os povos.
O uso de imagens não animadas (fotografias, pôsteres, cartões -postais,
outdoors) auxiliarão o trabalho com a formação de conceitos geográficos,
diferenciando paisagem de espaço e, dependendo da abordagem dada ao conteúdo,
desenvolverá os conceitos de região, território e lugar.
A cartografia será utilizada como instrumento para que os alunos sejam
capazes de interpretações, problematizações e análises críticas dos mapas e seus
conteúdos, indo além das utilizações dos mesmos como mero instrumento de
localização dos eventos e acidentes geográficos.
Tendo em vista a inclusão, a História e Cultura afro-brasileira e Africana nos
currículos da Educação contemplada com a lei 10.639/03 que garante os direitos
dos cidadãos afro-brasileiros e seus descendentes bem como a lei 11645/08 da
História e Cultura dos Povos Indígenas, sempre que possível, dentro do conteúdo
programático, o tema será abordado.

92
5 AVALIAÇÃO
A avaliação faz parte do processo de ensino-aprendizagem, sendo assim
deve ser formativa, contínua, diagnóstica e processual. Ela deve tanto acompanhar
aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.
Deve se constituir numa contínua ação reflexiva sobre o fazer pedagógico.
Nessa perspectiva, ela deixa de ser um momento terminal do processo educativo
(como hoje é concebida) para se transformar na busca incessante de compreensão
das dificuldades do educando e na dinamização de novas oportunidades de
conhecimento.
Nessa concepção de avaliação, considera-se que os alunos têm diferentes
ritmos de aprendizagem, identificam-se dificuldades e isso possibilita a intervenção
pedagógica a todo o tempo. O professor pode, então, procurar caminhos para que
todos os alunos aprendam e participem das aulas.
Assim, a avaliação em Geografia é mais do que a definição de uma nota ou
um conceito. Desse modo, as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo
devem possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico
frente aos diferentes contextos sociais.
O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e
atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de ensino/
aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a
participação dos alunos.
A avaliação será, através de trabalhos, pesquisas, relatórios, debates,
participação em aulas, leituras, resumos, produção de textos, seminários, provas e
testes.
O sistema de avaliação do Estabelecimento de Ensino é bimestral e composto
e será composto da seguinte somatória dos instrumentos específicos: 4,0 referentes
a atividades diversificadas e 6,0 referentes a provas escritas e/ou orais.
É importante destacar que será proporcionado a recuperação de estudos a
todos os alunos de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e
aprendizagem e àqueles que não alcançarem a média 6,0 será proporcionado uma
recuperação bimestral, ou seja, uma nova avaliação no valor 10,0, possuindo valor
substitutivo, prevalecendo sempre a maior nota.

93
7.REFERÊNCIAS
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental. Brasília:
Ministério da Educação, 2002.
PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da
Educação do Paraná. Geografia.2008
GASPARIN,J.L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas:
Autores Associados, 2002.
SENE, Eustáquio. Espaço Geográfico e Globalização. São Paulo: Scipione. 1999.

94
HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MEDIO
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A História permanece um campo de batalha, o lugar de confrontos primordiais
onde se joga não tanto o passado enquanto tal mas as grandes escolhas do
presente. É muito importante que o aluno e o professor estejam conscientes de que
toda narrativa é na verdade uma leitura do mundo. Não existem verdades absolutas,
puritanismos, neutralidades, imparcialidades. Todo observador honesto e científico é
também um intérprete e um avaliador da realidade sob um determinado ponto de
vista, essa visão objetiva da história, não pode nos levar a uma via totalmente
subjetivista da história, isso poderia levar a falsa idéia de que todas as versões se
equivalem, portanto, pensar assim seria facilitar manipulações.
Dessa forma, a História aqui apresentada utilizasse das contribuições mais
recentes do pensamento histórico, a saber: Nova História, Nova História Cultural,
Nova Esquerda Inglesa, sem esquecer as importantes contribuições do pensamento
marxista. A História apresenta como seu objetivo de estudo a ação transformadora
do homem - sujeito ativo, todos os seres humanos, não apenas os grandes nomes –
no tempo, na sua relação passado/presente. Entender o processo histórico ajuda-
nos a pensar como poderemos transformar a nossa realidade.
A apropriação desses conteúdos e conceitos produzidos historicamente pelo
conjunto da humanidade é fundamental para a formação dos estudantes, como
sujeitos ativos e críticos da realidade. É importante ressaltar que os conteúdos
selecionados abrem a possibilidade de abordagem de temas antes colocados como
secundários e que na atualidade estão sendo revisados e revisitados com um olhar
mais crítico, procurando corrigir erros do passado, trazendo nova luz para os
mesmo, e merecendo um trabalho todo especial de acordo com as DCE de História:
os temas que serão abordados tratam da história dos povos nativos das Américas e
em especial do Brasil, sua contribuição em todos os aspectos, a história afro-
brasileira e temas atuais de caráter social e relevante para a sociedade brasileira.

95
De acordo com os conteúdos estruturantes, básicos e específicos esperamos
que os alunos, entre outros objetivos:
Compreendam que o ser humano é o resultado de um processo de evolução;
Saibam trabalhar com as diversas fontes históricas e identificá-las;
Compreendam o processo de formação humana na Pré-história, a partir da
origem africana;
Entendam a importância do trabalho transformador dos primeiros seres
humanos e a descoberta da agricultura como uma Revolução dentro desse
processo evolutivo;
Compreendam a importância do estudo das primeiras civilizações e suas
contribuições;
Conheçam e analisem os principais aspectos e contribuições da Antiguidade
Clássica para a sociedade ocidental;
Conheçam o processo de ocupação da América e a formação das primeiras
civilizações americanas e em especial do Brasil;
Conheçam o processo de feudalização da Europa e a formação dos reinos
medievais;
Conheçam a cultura do período;
Compreendam o processo de transição do feudalismo para o capitalismo e
suas conseqüências;
Conheçam as características principais do renascimento e as mudanças
ocorridas no pensamento ocidental;
Compreendam o contexto europeu do século XVII;
Analisem as implicações e conseqüências das Revoluções na Inglaterra do
século XVII;
Identifiquem as causas do declínio econômico ibérico;
Conheçam o processo de consolidação do capitalismo;
Conheçam os motivos e conseqüências da expansão territorial no Brasil
colonial;
Entendam a importância e as transformações ocorridas no Brasil durante o
ciclo minerador;
Conheçam a administração portuguesa na colônia brasileira;
Compreendam o alcance e a importância das idéias iluministas e do liberalismo.

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2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de poder
A experiência humana no tempo
Relações de trabalho Os sujeitos e suas relações sociais no
tempo
Relações culturais
A cultura local e cultura e a cultura comum
Cultura paranaense (Lei n° 13.381/01)
Cultura afro-brasileira (Lei 10.639/03)
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de poder As relações de propriedade
Relações de trabalho
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade
As relações entre campo e cidade
Relações culturais
A cultura local e cultura e a cultura comum
Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade
Cultura afro-brasileira e indígena

97
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de poder História das relações da humanidade com
o trabalho
Relações de trabalho O trabalho e a vida em sociedade
Relações culturais
O trabalho e as contradições da modernidade
Os trabalhadores e as conquistas de direito
A questão do trabalho no âmbito do Paraná
Cultura afro-brasileira e indígena
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de poder
A constituição das instituições sociais
Relações de trabalho
A formação do Estado
Relações culturais
Os sujeitos, guerras e revoluções
O estado paranaense
Cultura afro-brasileira e indígena

98
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de poder Trabalho escravo, servil, assalariado e o
Trabalho livre
Relações de trabalho
Urbanização e industrialização
A questão do trabalho no Paraná
Cultura afro-brasileira e indígena
Relações culturais
O Estado e as relações de poder
Os sujeitos, as revoltas e as guerras
Conflitos no Paraná
Movimentos sociais, políticos, culturais
As guerras e revoluções
Cultura e religiosidade
O Estado paranaense
Cultura afro-brasileira e indígena
3 METODOLOGIA
O trabalho pedagógico com os Conteúdos Estruturantes, básicos e
específicos tem como finalidade a formação do pensamento histórico dos
estudantes. Isso se dá quando professor e alunos utilizam, em sala de aula e nas
pesquisas escolares, os métodos de investigação histórica articulados pelas
narrativas históricas desses sujeitos. Assim, os alunos perceberão que a História
está narrada em diferentes fontes (livros, cinemas, canções, palestras, relatos de
memória, etc.), sendo que os historiadores se utilizam dessas fontes para
construírem suas narrativas históricas.
O aluno deverá ter contato com elementos necessários à análise crítica das
fontes. Para isto:
Organizar o trabalho pedagógico a partir da identificação e exploração de fontes é condição fundamental para que o aluno compreenda como a história é construída. Para além do conhecimento sobre fatos e histórias, os alunos devem aprender a lidar com o passado de ima maneira histórica. Isso significa indagar o passado a partir dos vestígios do presente a fim de

99
conseguir determinadas respostas. Para isso, toda produção humana pode ser utilizada em sala de aula como fonte de investigação.[...] O principal objetivo de trabalho com fontes é levar o aluno a fazer interferências válidas, ou sela, perguntas pertinentes sobre o passado e que possam ter na fonte um início de resposta. (Paraná,2010)
Nesse sentido, o trabalho pedagógico com os conteúdos históricos deve ser
fundamentado em vários autores e suas respectivas interpretações, seja por meio de
manuais didáticos disponíveis ou por meio de textos historiográficos referenciais.
Espera-se que, ao concluir a Educação Básica, o aluno entenda que não existe uma
verdade histórica única, e sim que verdades são produzidas a partir de evidências
que organizam diferentes problematizações fundamentadas em fontes diversas,
promovendo a consciência da necessidade de uma contextualização social, política
e cultural em cada momento histórico.
Serão relacionados os conteúdos da história nacional com a história geral,
levando em consideração a abordagem da história das culturas nativas na América e
em especial do Brasil, assim como, a história das sociedades africanas e a cultura
afro-brasileira, respeitando as necessárias seqüências espaços-temporais. A
proposta utilizará para o ensino os temas históricos, com a finalidade de incentivar o
debate democrático e a busca de soluções para os problemas apresentados pela
História. Todo esse trabalho tem como objetivo pedagógico a formação do
pensamento histórico dos educandos, que será realidade no momento em que o
professor e os estudantes possam utilizar no trabalho em sala os métodos de
investigação histórica, dessa forma, os alunos perceberão que a narrativa histórica
utiliza-se de várias fontes, desde as tradicionais às mais modernas fontes
disponibilizadas pela tecnologia atual.
Com essa perspectiva de ensino-aprendizagem, os alunos perceberão que no
encaminhamento das aulas, utilizaremos autores diversos, interpretações múltiplas,
manuais didáticos, documentos, mapas, com a certeza de que os alunos entendam
que a história não pode ser um conhecimento dogmático, uma verdade definitiva,
que ela é construída por interpretações produzidas a partir de evidências,
contextualizadas social, política e culturalmente, respeitando cada momento
histórico particular. Esse tipo de processo, principalmente na História, jamais poderá
alcançar os resultados aqui propostos, sem a prática e o ensino expositivo,
explicativo, teórico em sala, que faz parte dos métodos de ensino da História,

100
fundamentais para a formação de uma capacidade intelectual reflexiva, racional e
crítica, que buscamos propiciar para os nossos estudantes.
Além das aulas expositivas, teóricas, serão utilizados instrumentos de
multimídia, TV pen drive, internet, músicas, filmes, documentários, textos
especializados de história, livro didático da disciplina, com o objetivo de ampliar as
possibilidade de ensino e aprendizagem dos conteúdos e uma melhor interação e
participação dos alunos e do professor.
Esta disciplina, assim como as demais áreas do conhecimento (seja base
nacional comum ou parte diversificada), deve articular em seus conteúdos, a partir
das possibilidades abertas pelos seus referenciais, a abordagem de temas
abrangentes e contemporâneos que devem permear o desenvolvimento dos
conteúdos do currículo: saúde, prevenção ao uso indevido de drogas; sexualidade e
gênero, vida familiar e social, assim como os direitos das crianças e adolescentes,
de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90),
preservação do meio ambiente, nos termos da política nacional de educação
ambiental (Lei nº 9.795/99), educação para o consumo, educação fiscal, trabalho,
ciência e tecnologia, diversidade cultural, educação para o trânsito (Lei nº 9.503/97),
História do Paraná (Lei nº 13381/01); Educação Tributária (Dec. Nº 1143/99); música
(Lei nº 11.769/2008); Direito das Crianças e Adolescente ( Lei Federal nº 11525/07),
A história e as culturas indígena e afro-brasileira (Lei nº 11.645/2008). A inclusão
dessa Lei possibilita ampliar o leque de referências culturais de toda a população
escolar e contribui para a mudança das suas concepções de mundo, transformando
os conhecimentos comuns veiculados pelo currículo e contribuindo para a
construção de identidades mais plurais e solidárias.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação em História não deve apenas buscar a classificação dos alunos,
embora, ainda esse seja o critério para a passagem de uma etapa para outra, a
nota. O que deveremos buscar nessa proposta de avaliação, é a possibilidade de
realizar diagnósticos do ensino-aprendizagem, que deveriam permitir o
reordenamento constante das práticas e dos resultados em sala de aula.

101
A avaliação deverá ser permanente, contínua, no processo, paralela,
buscando a participação efetiva dos alunos, criando neles a responsabilidade na
construção desse processo de ensinar e aprender, portanto, a avaliação deverá ser:
diagnóstica, formativa e somativa. Deve-se avaliar aquilo que foi trabalhado em sala,
valorizando as idéias apreendidas pelos alunos, sua capacidade de pensar
historicamente, sua capacidade de sintetizar, produzir textos coerentes, avaliar o que
ele sabia e o que ela sabe depois da apresentação e estudo dos temas, sua
capacidade de leitura e interpretação dos temas históricos e a utilização das
diversas formas de comunicação e linguagens contemporâneas.
2 REFERÊNCIAS
CADERNOS TEMÁTICOS-LEI N° 10639/03 – A inserção dos conteúdos de História
e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares
HISTÓRIA – uma abordagem integrada – Vol. Único, Nicolina Luiza, Ed. Moderna
HISTÓRIA GLOBAL. Vol. Único. Gilberto Cotrim, Ed. Saraiva
LIVRO PÚBLICO DIDÁTICO DE HISTÓRIA – SEED
NOVA HISTÓRIA CRÍTICA. Mario Schmitd, Ed. Nova Geração
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da
Educação do Paraná. História. 2010
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do Colégio Estadual Walfredo Silveira Corrêa
– Ensino Fundamental e Médio, 2010.

102
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL
ENSINO MÉDIO
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Espanhola no sistema educativo brasileiro, remonta aos
últimos cento e vinte anos e, em especial, ao período entre 1888 e 1930 que,
segundo Fernández (2005:18) “mais de quatro milhões de imigrantes dos quais 12%
eram espanhóis os quais ocuparam as terras das regiões Sul e Sudeste em
conseqüência das graves crises econômicas que acometiam a Espanha desde os
meados do século XIX.
No entanto, essa imigração espanhola ao Brasil deixou expressa muito mais a
sua cultura e não a sua língua, a qual deu lugar, no ensino das línguas vivas
estrangeiras, os idiomas francês, inglês e alemão.
Em 1950 com a reforma do ensino, proposta pelo Ministro Gustavo
Capanema, o ensino secundário se dividiu em dois ciclos: O Ginásio (quatro anos) e
o Colegial (três anos).
No caso de línguas estrangeiras foi ressaltada a importância das línguas
clássicas e modernas, ao lhe destinar 35 horas, o que representas 19,6% do
currículo, ao Ensino Instrumental dos idiomas: latim, francês e inglês no então atual
Ensino Fundamental; Francês, inglês e, pela primeira vez, o espanhol substituiu o
latim no Ensino Médio aparece como recomendação do CFE, cujo texto está na
resolução 8/71 cujo teor afirma:
Recomenda-se que em Comunicação e Expressão, a título de acréscimo, se
inclua uma língua estrangeira moderna, quando tenha no estabelecimento condições
de ministrá-la com eficiência.
Retomando momentos históricos significativos quando se analisa a trajetória
do ensino de Língua Estrangeira no Brasil, percebe-se que, a escola pública foi
marcada pela seletividade, tendência e interesses. Então, diante da realidade
brasileira, o acesso a uma língua estrangeira consolidou-se historicamente como
privilégio de poucos. Atualmente, o interesse da escola pública vem demonstrando
mudanças e propostas para que o ensino de Língua Estrangeira possa ter um papel

103
democratizante das oportunidades e um instrumento de educação que auxilie ao
aluno como sujeito e construa seu processo de aprendizagem. Ao contrário de
épocas passadas, o ensino de Língua Estrangeira se alicerça em dar suporte aos
educando sobre a língua e cultura da disciplina afim . A Língua Estrangeira Moderna
norteia-se no princípio de que o desenvolvimento do educando, deve incorrer por
meio da leitura, oralidade e da escrita. O que se busca hoje é o ensino de Língua
Estrangeira Moderna direcionada à construção do conhecimento e a formação
cidadã e, que a língua aprendida seja caminho para o reconhecimento e
compreensão das diversidades lingüísticas e culturais já existentes e crie novas
maneiras de construir sentidos do e no mundo. Então, a leitura a oralidade e a
escrita se configuram em discurso como prática social e, portanto, instrumento de
comunicação.
Ao conhecer outras culturas e outras formas de encarar a realidade, o aluno
passa a refletir mais sobre a sua própria cultura e amplia sua capacidade de analisar
o seu entorno social com maior profundidade e melhores condições de estabelecer
vínculos, semelhanças e contraste em ter sua forma de ser, agir, pensar e sentir
outra cultura, fatores que ajudarão no enriquecimento de sua formação.
O caráter prático do ensino de Língua Estrangeira permite a produção de
informação, e o acesso a ela, o fazer e o buscar autônomo, a comunicação e a
partilha com semelhantes e diferentes possibilidades analise de paradigmas já
existentes e cria novas maneiras de construir sentidos do mundo, construir
significados para entender e estabelecer uma nova realidade ser compreender as
diversidades lingüísticas e culturais que influenciarão de forma positiva no
aprendizado da língua como discurso para que o aluno se constitua socialmente.
No Brasil, aprender o Espanhol se faz indispensável tanto do ponto de vista
cultural como econômico, permitindo integrar-se com os países que tenham como
língua oficial o Espanhol.
O Brasil com o advento do MERCOSUL, a Língua Estrangeira Moderna
deixou de ser um luxo intelectual para se tornar uma emergência. Com a exceção de
três pequenos enclaves não hispânicos no extremo norte do continente (a Guiana, o
Suriname e a Guiana Francesa) todos os países desse mercado falam o espanhol.
Mas além da América do Sul, temos a América Central e o México onde também
predomina o idioma espanhol. (SEDYCIAS, 2005: 35).

104
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICO DA DISCIPLINA
2.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE
A língua, entendida como interação, enquanto espaço de produção de
sentidos, marcada por relações contextuais de poder, terá como conteúdo
estruturante o “Discurso como prática social”, efetivado por meio das práticas
discursivas: leitura, escrita, oralidade.
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
Leitura Escrita Oralidade
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Marcadores do discurso;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Recursos linguísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia.
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Presença de informações necessárias para a coerência do texto;
Vozes sociais presentes no texto;
Vozes verbais;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Variedade linguística;
Ortografia.
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.

105
Os conteúdos por série serão desdobrados a partir de textos (verbais e não-
verbais) de diferentes gêneros, considerando seus elementos linguísticos-
discursivos (fonético–fonológicos, léxico–semânticos e sintáticos), manifestados nas
práticas discursivas (leitura, escrita e oralidade). Portanto, os textos escolhidos para
o trabalho pedagógico definirão os conteúdos lingüísticos-discursivos, bem como as
práticas discursivas a serem trabalhadas.
Serão, também, explorados temas que falem sobre a cultura afro-brasileira
em músicas de origem espanhola e trechos de filmes norte-americanos que
abordam o problema racial.
3 METODOLOGIA
Envolver os alunos em atividades críticas e problematizadoras, que se
concretizam por meio da língua como prática social.
O texto, enquanto unidade de linguagem em uso (escrita, oral ou visual), será
o ponto de partida da aula de língua estrangeira. Ao interagir com textos
provenientes de vários gêneros, o aluno perceberá que as formas linguísticas não
são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis
e variam dependendo do contexto e da situação em que a prática social do uso da
linguagem ocorre.
Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por
finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Serão
selecionados a partir das necessidades de cada gênero trabalhado.
Os textos literários serão apresentados aos alunos de modo que provoquem
reflexão e façam com que os percebam como uma prática social de um determinado
contexto sociocultural particular.
O ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do
currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa
obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer
com que o aluno perceba que conteúdos de disciplinas distintas podem muitas
vezes estar relacionados entre si.

106
Deve-se propiciar aos alunos a prática de leitura de textos de diferentes
gêneros, encaminhando discussões e reflexões sobre tema, intenções,
intertextualidade, situacionalidade, vozes sociais e ideologia. É necessário relacionar
o tema com o contexto atual, oportunizando a socialização das ideias dos alunos
sobre o texto.
Para melhor estabelecer a referência textual, procurar usar adequadamente
palavras e expressões, estimulando a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero
propostos.
Serão também contempladas as leis abaixo citadas:
A Lei 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
A Lei 11.645/08 - História e Cultura dos Povos Indígenas; valorizando a
história e cultura de seus povos;
A Lei 9795/99 - Política Nacional de Educação Ambiental;
Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e
Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento
à Violência; Prevenção ao uso indevido de Drogas e Educação Ambiental (já citada-
Lei); e a Diversidade: Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência; Educação
Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo.
Abordagem teórico-metodológica
Leitura: propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
considerar os conhecimentos prévios dos alunos; formular questionamentos que
possibilitem inferências sobre o texto; encaminhar discussões sobre tema,
intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,
temporalidade, vozes sociais e ideologia; proporcionar análises para estabelecer a
referência textual; conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas;
contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; utilizar
textos verbais diversos que dialoguem com não verbais, como gráficos, fotos,
imagens, mapas e outros; relacionar o tema com o contexto atual; oportunizar a
socialização das ideias dos alunos sobre o texto; instigar a identificação e reflexão

107
das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido denotativo
e conotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; estimular
leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros;
Escrita: planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do
interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade,
situacionalidade, temporalidade e ideologia; proporcionar o uso adequado de
palavras e expressões para estabelecer a referência textual; conduzir a utilização
adequada das partículas conectivas; estimular a ampliação de leitura sobre o tema e
o gênero proposto; acompanhar a produção do texto; encaminhar e acompanhar a
reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos elementos que compõem
o gênero; instigar o uso de palavras e/ou expressões no sentido denotativo e
conotativo, bem como de expressões que denotem ironia e humor; estimular
produções em diferentes gêneros; conduzir a uma reflexão dos elementos
discursivos, textuais, estruturais e normativos.
Oralidade: organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos
levando em consideração a aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e
finalidade do texto; orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral
selecionado; preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal; estimular contação de histórias de diferentes
gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões
facial, corporal e gestual, pausas e outros; selecionar discursos de outros para
análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenho, programas infanto-
juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino
portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É
um elemento de reflexão contínua do professor sobre sua pratica educativa e revela
aos alunos suas dificuldades, progressão e possibilidades.

108
A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro
significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem
sucedida. Depreende-se, portanto que avaliação da aprendizagem da língua
estrangeira precisa superar a concepção do mero instrumento de mediação da
apreensão de conteúdos, visto que ela se configura como processual e, como tal,
objetiva subsidiar discussões a cerca das dificuldades e avanços dos alunos
sujeitos, a partir de suas produções, no processo de ensino aprendizagem.
Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de conjunto no
processo de avaliação:
Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve contemplar a
avaliação diagnóstica, contínua, formativa e reflexiva;
O processo de ensino-aprendizagem do conteúdo deve contemplar o
acompanhamento metodológico e avaliativo;
Na avaliação contínua, é necessário que o professor e os alunos analisem
quanto e como conseguiram aproximar-se dos objetivos propostos;
O registro e a observação do desempenho do aluno devem ser feitos pelo
professor de forma contínua e reflexiva;
A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre professor e
aluno, o que favorece a pratica e auto-avaliação entre ambos;
A aprendizagem dos alunos deve ser considerada como parâmetro para
realimentação dos encaminhamentos adotados.
Nessa proposta avaliativa, a língua é concebida como prática social e
discursiva. A avaliação formativa, na sua condição contínua e diagnostica deve ser
privilegiada, a fim de promover a análise e reflexão nos encaminhamentos das
intervenções pedagógicas.
A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, fazer com que o
professor repense a sua metodologia planeje suas aulas de acordo com as
necessidades de seus alunos. E, através dela, é possível perceber quais são os
conhecimentos lingüísticos, discursivo, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas
de leitura, escrita oralidade e compreensão auditiva – que ainda não foram
suficientemente trabalhadas e que precisam ser abordadas mais exaustivamente
para garantir a efetiva interação do aluno com os discursivos em língua estrangeira.

109
Considerando que alguns alunos apresentam dificuldades de aprendizagem
acentuadas poderão ser utilizados diferentes métodos avaliativos que respeitem seu
ritmo e suas limitações. De acordo com a Lei nº. 10.436 de 24 e abril de 2002, em se
tratando do aluno com deficiências auditivas, deve-se respeitar sua primeira língua
(LIBRAS), que apresenta uma forma de funcionamento lingüístico cognitivo
diferenciado ou podendo também ser avaliado em LIBRAS, com o auxilio de
intérprete.
Para a avaliação será utilizadas as provas objetivas e discursivas, leitura de
textos de diversos gêneros textuais, debates, seminários, interpretação de textos,
diálogos orais e escritos, elaboração de narrações dissertações, resumos, trabalhos
individuais e em grupos, música, teatro, filmes, jogos, dentre outros. As avaliações
para alunos com deficiência auditiva poderão ser em libras e com auxilio de um
intérprete. (Caso o colégio receba algum caso de inclusão).
Para que essa avaliação aconteça com êxito, faz-se necessário que a mesma
deixe de ser utilizada, segundo Luckesi (2005: 166) como “recurso de autoridade e
assuma papel de auxiliadora do crescimento”
5 REFERÊNCIAS
ALMEIDA FILHO, José Carlos P. de Almeida (org.) O professor de Língua
Estrangeira em Formação. 2. ed. Campinas: Pontes,2005.
ALVES, Adda –Nari M. Vale!: Comenzamos : 1 / Adda-Nari.Alves, Angélica Mello, -
2. ed. São Paulo: Moderna, 2002.
BRASIL, Lei nº10639, 09 de janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de
educação, Cadernos Temáticos História da Cultura afro-brasileira e Africana.
Ministério da Educação – Ministério de Educação, 2004.
CAZAUX HAYDT, Regina: Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem. 6. ed.
São Paulo: Ática, 2004.
LEFFA, V. J. A interação na aprendizagem das línguas. Pelotas: EDUCAT,2006.
Martin,Ivan. Síntesis: Curso de Lengua Española. São Paulo:Àtica:2010

110
MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-
Raciais e parta o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília –
DF,2004.
SEED PARANÁ, Inclusão e diversidade: reflexões para a construção do Projeto
Político-Pedagógico. Curitiba 2006.
SEED, Secretaria de Estado da Educação: Língua Estrangeira Moderna - Espanhol
e Inglês / vários autores – Curitiba : SEED-Pr, 2006, - p. 256.

111
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
ENSINO FUNDAMENTAL
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizado depois
da chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.
Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil,
apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de
alemão. Em 1916, com a publicação de Cours de Lingüistic Générale por Ferdinand
Saussure, inauguram-se os estudos da linguagem em caráter científico, sendo a
língua objeto de estudo para a Linguística.
Em 1942, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um caráter
patriótico e as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o espanhol, que é
introduzido no lugar do alemão.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do
Brasil, em relação aos Estados Unidos, intensificou-se e, com isso, a necessidade
de aprender inglês tornou-se cada vez maior.
Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma
ensinado nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no
Colégio Estadual do Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o Estado.
Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, nº 9394,
determinou no Ensino Fundamental a oferta obrigatória de pelo menos de uma
Língua Estrangeira Moderna, escolhida pela comunidade escolar. Em relação ao
Ensino Médio, a Lei determina que seja incluída uma Língua estrangeira moderna
como disciplina obrigatória, e uma segunda, em caráter optativo, dependendo das
disponibilidades da instituição.
Uma das argumentações utilizadas para justificar a pluralidade da oferta de
Línguas Estrangeiras é que sua aprendizagem propicia um espaço de reflexão sobre
a língua como “discurso e prática social”, de forma a refletir os sentidos oferecidos
pelas múltiplas culturas inseridas em cada sociedade.

112
Por outro lado, se considerarmos que a expansão de uma Língua Estrangeira
é também a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, é fundamental
observar se o ensino dessa segunda língua corrobora para a perpetuação de ideias,
de dominação ou emancipação. O ensino de língua estrangeira deve garantir que os
alunos não se tornem consumidores passíveis de cultura e de conhecimento, e sim,
criadores ativos.
Assim sendo, a aprendizagem de uma língua estrangeira adquire um caráter
político como forma de ação para transformar o mundo. Nessa perspectiva, a
responsabilidade do ensino da língua estrangeira amplia-se e exige uma reflexão
ampla do educador sobre o modo como se ensina e por que é ensinado.
Somente assim haverá uma apropriação crítica e histórica do conhecimento
para uma maior compreensão da realidade sócio cultural do aluno, tornando-o um
agente transformador e democrático do seu ambiente de convívio.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS
O conteúdo estruturante de Língua Estrangeira Moderna é o discurso como
prática social a partir de diferentes gêneros discursivos manifestados nas práticas
sociais de leitura, escrita e oralidade permeada pela análise linguística.
O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a perceber a
gama de discursos existentes nos mais variados contextos, bem como, as vozes que
permeiam as relações sociais e as relações de poder. É preciso que os níveis de
organização linguística sirvam para a compreensão da linguagem na produção
escrita, oral, verbal e não verbal.
Entretanto, os conteúdos específicos para o Ensino Fundamental, por série,
serão desdobrados a partir de textos (verbais e não verbais), considerando seus
elementos linguístico-discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos e
sintáticos), manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita e oralidade), pois
serão consequentes e inerentes aos textos trabalhados.

113
a. Gêneros Discursivos:
Serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme
suas esferas sociais de circulação. Para o trabalho das práticas de leitura, escrita,
oralidade e análise linguística.
Os conteúdos serão aplicados nas práticas da oralidade, leitura e escrita. A
fala, a leitura e a escrita deverão ser trabalhadas juntas, já que uma atividade
possibilita a outra e vice-versa, permeadas pela análise linguística.
Leitura Escrita Oralidade
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Contexto de produção da obra literária;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
Progressão referencial;
Partículas conectivas do texto;
Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
Semântica:
Operadores
Conteúdo temático;
Interlocutor;
inalidade do texto;
Intencionalidade;
Informatividade;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Referência textual;
Vozes sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão referencial;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Semântica:
Operadores argumentativos;
Modalizadores;
Figuras de linguagem;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
Vícios de linguagem;
Conteúdo temático;
Finalidade;
Intencionalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

114
argumentativos;
Modalizadores;
Figuras de linguagem.
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência.
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO
GÊNEROS TEXTUAIS PRÁTICAS DISCURSIVAS:
Apresentações
História em quadrinhos
Charada
Cartaz em sala de aula
Sequência de fatos
Cartaz
Informações em murais
Horário escolar
Organizações de arquivos em tela de computador
Painel de exposição
Álbum de retrato
Entrevista
Conversa informal
Caça palavras
Informações nutricionais em alimentos
Pôster
Informações sobre pessoas em revistas
Reportagem de revistas de celebridades
Panfleto de promoção turística
Texto informativo e promocional
Imagem
Tema do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Finalidade do texto;
Argumentos do texto;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos e outros;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Contexto de produção;
Informatividade;
Divisão do texto em parágrafos;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica/ortografia;
Concordância verbal/nominal;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos, função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

115
Cartão postal
Letra de música
7º ANO
GÊNEROS TEXTUAIS PRÁTICAS DISCURSIVAS:
Páginas principais de Website
História em quadrinhos
Descrição pessoal
Blog – Estratégias de leituras
Conversa informal
Pôster
Newsletter eletrônico
Diálogo.
Diário sobre consumo de legumes
Classificação de vídeos game
Entrevista
Cartaz com preferências pessoais
Questionário de revistas
Cartaz informativo sobre celebração
Carta formal
Games
Desenho de moda
Carta Informal (descritiva)
Rotina diária
Descrição de rotina
Recomendações de segurança
Conversa informal
Lista de estratégias de escritas
Comentários de fotos
Tabela
Pôster informativo
Questionários
Quis
Tema do texto
Papel do locutor e interlocutor
Finalidade do texto
Argumento do texto
Intertextualidade
Ambiguidade
Informações explícitas e implícitas
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos e outros
Discurso direto e indireto
Elementos composicionais do gênero
Léxico
Adequação do discurso ao gênero
Turnos de fala
Variações linguísticas
Contexto de produção
Informatividade
Divisão do texto em parágrafos
Processo de formação de palavras
Acentuação gráfica/ortografia
Concordância verba/nominal
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos, função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Semântica

116
8º ANO
GÊNEROS TEXTUAIS PRÁTICAS DISCURSIVAS:
Notícia de jornal
Reportagens
Textos informativos
Blog
Pôster
MSN
História descrevendo ações
Planos
Legendas de fatos
Diálogo
Diálogo com imagens
Discrição: hábitos relativos à TV
Material de referência online
História em quadrinhos
Mensagem em código
Receitas
Menu
Narrativa com imagens
Entrevista
Texto de referência
Censo
Narrativa histórica
Pôster informativo com resultado de pesquisa
Jogo de computador
Jogo projeto virtual
Diário
Narrativa de acontecimentos passados
Linha do tempo
Resenha
Propaganda
Cartas descrevendo problemas
Entrevista de radio
Conteúdo temático
Papel do locutor e interlocutor
Finalidade do texto
Argumentos do texto
Intertextualidade
Vozes sociais presento no texto
Informações explícitas e implícitas
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
Discurso direto e indireto
Elementos composicionais do gênero
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
Léxico
Adequação do discurso ao gênero
Turnos de fala
Variações linguísticas
Contexto de produção
Divisão do texto em parágrafos
Processo de formação de palavras
Acentuação gráfica/ortografia
Concordância verba/nominal
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos, função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto
Semântica: operadores argumentativos/ ambiguidade/ sentido figurado/ significados das palavras/ expressões que denotam ironia e humor no texto.

117
9º ANO
GÊNEROS TEXTUAIS PRÁTICAS DISCURSIVAS:
Entrevista online
Apresentação – Palestra
Blog
Ficha
Linha do tempo
Filmes e fotos
Diário
Texto em Camiseta
Fact File
Texto informativo
Discussão online
Artigos de Jornal
Entrevista
Poema
Cartum
Textos informativos p/ referência
Sites
Quiz
Texto com diferentes pontos de vista.
História em quadrinhos
Diálogo
Placa informativa
Faixa – Banner
Carta (e respostas) sobre problemas pessoais
Cartão
Roteiro de Teatro
Peça de Teatro
Resenha
Conteúdo temático
Papel do locutor e interlocutor
Finalidade do texto
Argumentos do texto
Intertextualidade / Informatividade
Discurso ideológico no texto
Vozes sociais presento no texto
Informações explícitas e implícitas
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
Discurso direto e indireto
Elementos composicionais do gênero
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
Léxico
Adequação do discurso ao gênero
Turnos de fala
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódias...)
Contexto de produção
Divisão do texto em parágrafos
Processo de formação de palavras
Acentuação gráfica/ortografia
Concordância verbal/nominal
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos, função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto
Semântica: operadores argumentativos/ modalizadores/ polissemia
Adequação da fala ao contexto (gírias, repetições, etc.)
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

118
3.METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a escola
como um espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do
conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social e da
atuação crítica e democrática para a transformação da realidade. A escolarização
tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que não apenas
assimilem o saber enquanto resultado, mas apreendam o processo de sua
produção, bem como as tendências de sua transformação. (DCEs).
Partindo desses princípios, a pedagogia crítica é o referencial teórico que
sustenta este documento de Diretrizes Curriculares, por ser esta a tônica de uma
abordagem que valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela
apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão
das relações sociais e para a transformação da realidade.
Ancorada nos pressupostos da pedagogia crítica, entende-se que a escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que não apenas assimilem o saber como resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. A escola tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas. Inspirando-se nas palavras de Simon (apud JORDÃO, 2004a, p. 164), (DCE: 2008, p.52).
O estudo da Língua Estrangeira será realizado através da Abordagem
Comunicativa “que favorece o uso da língua pelos alunos, mesmo de forma
limitada, e evidencia uma perspectiva utilitarista de ensino, na qual a língua e
concebida como uma sistema para a expressão do significado, num contexto
interativo.” (DCE 2008).
A proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e reflexão
sobre os fenômenos Linguísticos e culturais como realizações discursivas, as quais
se revelam na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo. Como
afirma as DCEs.
O Objeto de estudo da Língua estrangeira contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o ensino da Língua Estrangeira na Educação Básica, ou seja: ensinar e aprender línguas, é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que reconheçam no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido (DCE: 2008, p.55)

119
As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira
com o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento às
demais no trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma
simultânea utilização de todas as práticas discursivas: leitura, escrita, oralidade e
compreensão auditiva. É nesta abordagem que leitura, escrita e oralidade se
interagem. Texto e leitura são indissociáveis. Referem-se às estratégias de
compreensão, discussão, organização e produção de textos, bem como ao contexto
social, aos papéis que leitores e escritores exercem em seus grupos sociais e seus
propósitos.
A proposta do Ensino de L.E.M. considera a leitura como interação entre os
múltiplos textos e ocorrem na relação entre o leitor, texto, autor e outros leitores. A
leitura ancorada numa perspectiva crítica promove a construção e a percepção de
mundo do sujeito leitor, tornando-o capaz de criar significados e sentidos que
contribuam para uma maior compreensão diante do texto. Esse processo de
construção de sentido, apoiado na bagagem cultural e com acesso permanente a
língua inglesa, são fundamentais para a prática social do cidadão e interpretação
dos discursos de sua comunidade.
Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por
finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Serão
selecionados a partir das necessidades de cada gênero textual.
Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao
contrastar a sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-crítico e
socialmente constituído e, assim, elabore a consciência da própria identidade. Em
relação à escrita, não podemos esquecer que ela deve ser vista como atividade
sócia interacional, ou seja, significativa.
Os Gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira que
dispõem as formas gramaticais. Aprendemos a moldar nossa fala às formas do
gênero. "Se não existissem gêneros e se não os dominássemos, tendo que criá-los
pela primeira vez no processo da fala, a comunicação verbal seria quase
impossível". (Bakhtin, 1998). Portanto, é fundamental que se apresente ao aluno
textos em diferentes gêneros textuais, mas sem categorizá-los.

120
O objetivo da língua será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de
interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.
Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários, jornalísticos,
literários, informativos, de opinião, etc., ressaltando as suas diferenças estruturais e
funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do público a que se destina e,
sobretudo, aproveitar o conhecimento que ele já tem das suas experiências com a
língua materna, é imprescindível.
Os textos literários serão apresentados aos alunos de modo que provoquem
reflexão e façam com que os percebam como uma prática social de um determinado
contexto sócio cultural particular.
O ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do
currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa
obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer
com que o aluno perceba que conteúdos com disciplinas distintas podem, muitas
vezes, estar relacionados entre si.
Serão promovidas reflexões, juntamente com o aluno, de forma a desvendar
os valores subjacentes, abordando criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo
tempo, levá-lo a contemplar a diversidade regional e cultural.
A Lei nº 10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana na escola, será trabalhado através de ações que propiciem
o contato com a cultura africana e afro-descendente, dentro da Língua Inglesa,
culminando em exposições de obras literárias de escritores negros, documentários,
filmes com temáticas sobre o racismo e preconceito, costumes e hábitos, procurando
destacar a contribuição da cultura dos povos negros, falantes da língua inglesa.
A Lei nº 9795/99, que afirma “Que a educação Ambiental é um componente
essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma
articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter
formal e não formal.” Sendo assim serão trabalhas nas diferentes disciplinas através
da interdisciplinaridade onde deverá ser uma prática integrada, contínua e
permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos. Sendo assim serão
adotadas metodologias diversificadas, para despertar em todos à consciência de
que o ser humano faz parte do meio ambiente, lembrando que os problemas
ambientais refletem com a consciência que atinge a todos nós.

121
A Lei nº 11645/0o8, que trata da História e Cultura dos Povos Indígenas por
fazer parte da nossa história e da cultura de outros países. Além desses temas
serão trabalhados o Desenvolvimento sócio educacional: Cidadania e direitos
Humanos; Enfrentamento à Violência; Prevenção ao uso indevido de Drogas;
Gênero e Diversidade Sexual; Educação do campo e outros temas contemporâneos
de acordo com a necessidade dos alunos, escola e comunidade.
A princípio, é preciso levar em conta o processo de continuidade, ou seja, a
“manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as especificidades
da língua estrangeira ofertadas, as condições de trabalho existentes na escola, o
projeto político-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o
perfil dos alunos” (DCE: 2008,p.62).
Ao se trabalhar os textos, propõe-se uma análise linguística discursiva dos
elementos não só de natureza linguística, mas, principalmente, os de fins
educativos, visando à abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária,
conforme os interesses dos alunos, ressaltando a importância de se trabalhar os
diversos tipos de textos, com diferentes graus de complexidade da estrutura
linguística.
Propõe-se a participação do aluno na escolha temática dos textos, visto que
um dos objetivos é possibilitar a participação do mesmo, permitindo, assim, a
construção de relações entre ações individuais e coletivas. A prática de tal
experiência permite que os alunos compreendam os interesses do grupo e escolham
conteúdos mais significativos promovendo a participação de todos os alunos
observando a escolha de textos que não priorizem uma “visão monolítica e
estereotipada de cultura” (DCE: 2008 p. 51). Assim, os conteúdos poderão dar ao
aluno indicativo para perceber os avanços nos estudo na medida em que forem
baseados no planejamento estabelecidos entre professores ao longo do ano.
É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir
das escolhas textuais, enfatizando o conteúdo e não a forma. O uso do texto é
fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita e da
oralidade.
Serão observados os diferentes níveis de aprendizagem e bagagem de
conteúdos diagnosticados no início do ano de acordo com cada série.

122
3 AVALIAÇÃO
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio
de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de
investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão
formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação
dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática
pedagógica.
Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o
novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.
Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o
desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar
as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer
emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002).
No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho. Tem por objetivo
proporcionar subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do processo
educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento. A avaliação se
concretiza de acordo com o que se estabelece nos documentos escolares como o
Projeto Político Pedagógico e, mais especificamente, a Proposta Pedagógica
Curricular e o Plano de Trabalho Docente, documentos necessariamente
fundamentados nas Diretrizes Curriculares.
De acordo com as Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe-se
formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam
criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao
conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na
sociedade.
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das
dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias
para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da
comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço
onde os alunos estão inseridos.
Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o
aluno aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas

123
como sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos
que se apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em
suas contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de
aula precisa contribuir para essa formação.
Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve constituir um projeto
de futuro social, pela intervenção da experiência do passado e compreensão do
presente, num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica, em movimentos na
direção da aprendizagem do aluno.
Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como
questão metodológica, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A
seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios
de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de
instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas
oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Cabe acompanhar a
aprendizagem dos alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos.
a.Critérios de Avaliação
A avaliação deve ser processual, contínua, cumulativa, e concomitante, sendo
que 5,0(cinco pontos) será de trabalhos diversificados e 5,0 (cinco pontos) de prova
escrita, mas sempre considerando o esforço do educando e suas características
individuais no processo de ensino-aprendizagem, havendo preponderância nos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Sendo assim, buscaremos em todas as oportunidades, instrumentos de
avaliação que produzam a interação entre professor e aluno em relações de
crescimento e aquisição de conhecimentos que levem nossos educandos a
transformar o meio em que vivem. Caso o aluno não alcance o resultado esperado
pelo professor será necessário à retomada de conteúdos para que posteriormente o
aluno tenha a recuperação de estudos.
O processo de avaliação será contextualizado dentro da realidade
socioeconômica e cultural dos alunos, para que esta seja alicerçada na vida do
cidadão e suas necessidades. Serão avaliadas a expressão oral, escrita, leitura e
interpretação textual, bem como as produções orais e escritas, análise linguística

124
abrangendo a oralidade, a leitura e a escrita dentro de situações reais e/ou criadas
em sala de aula. A função da avaliação é alimentar, sustentar e orientar a ação
pedagógica, uma vez que dá retorno ao professor sobre como melhorar o ensino,
possibilitando correções no percurso e retorno ao aluno.
Considerando que alguns alunos apresentam dificuldades de aprendizagem
acentuada poderão ser utilizados diferentes métodos avaliativos que respeitem seu
ritmo e suas limitações.
Serão avaliadas as práticas da oralidade, onde se considerará a participação
nos diálogos, relatos e discussões e a clareza que o aluno mostrar ao expor suas
ideias através da fluência.
Na prática da leitura, o professor avaliará as estratégias que os alunos
empregaram no decorrer da mesma, a compreensão do texto lido e o seu
posicionamento diante do tema.
Em relação à escrita, será importante ressaltar a qualidade e a adequação de
um texto, os elementos linguísticos utilizados nas produções dos alunos precisam
ser avaliados e contextualizados. Serão utilizados diferentes métodos avaliativos
oportunizando diferentes formas de aprendizagens como: seminários, debates,
trabalhos, discussões, avaliação bimestral e testes. Incluem-se ainda trabalhos
individuais e em grupo; leitura de textos para análise oral e gráfica.
a. Instrumentos de Avaliação
Serão utilizados:
Leitura e debates de textos
Diálogos orais e escritos
Produções textuais
Trabalhos individuais e em grupos
Interpretações de textos subjetivos e objetivos
Avaliações
A recuperação de conteúdos não assimilados será de forma paralela
procurando sanar as dificuldades dos alunos por meio de orientação de estudos,
atividades diversificadas e avaliações orais e/ou escritas.

125
Na recuperação de Estudos o professor considera a aprendizagem do aluno
no decorrer do processo e, para aferição do bimestre, entre a nota da Avaliação e da
Recuperação, prevalecerá sempre a maior.
Após a apuração dos resultados finais do aproveitamento e frequência serão
definidas as situações de aprovação ou reprovação dos alunos.
Será considerado aprovado o aluno que apresentar:
Frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da
carga horária do período letiva e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula
zero), resultante da média aritmética dos bimestres, nas respectivas disciplinas.
Será considerado reprovado o aluno que apresentar:
Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga
horária do período letiva e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero);
Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga
horária do período letivo com qualquer média anual.
O critério para avaliação acima descrito segue o contido no regimento escolar
e no Projeto Político Pedagógico desse Estabelecimento de Ensino.
4.REFERÊNCIAS
Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-brasileira e Africana – Lei 10639/03.
DCEs: Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua Estrangeira Moderna -
Inglês – EF e EM – 2009.
PPP: Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Walfredo Silveira Corrêa
Regimento Escolar – Colégio Estadual Walfredo Silveira Corrêa
Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / Vários autores. Curitiba: SEED –
Paraná, 2006.
BRASIL. Lei – n° 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de
Educação. Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-brasileira e Africana.
Ministério da Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004.

126
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira
Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
SANTOS, Denise MARQUES, Amadeu. Links – English for teens. 1 ed. São Paulo:
Ática, 2009.

127
LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO FUNDAMENTAL E MEDIO
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar passou a integrar os
currículos brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de há
muito organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do
professor desta disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.
Depois de institucionalizada como disciplina as primeiras práticas de ensino
moldavam-se ao ensino do Latim, para os poucos que tinham acesso a uma
escolarização mais prolongada. Tratava-se de um ensino eloquente, retórico,
imitativo, elitista e ornamental.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o ensino
da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da Língua
Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas Gramática,
Retórica e Poética, abrangendo esta última, a Literatura. Somente no século XIX, o
conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português e, em 1871, foi criado, no
Brasil, por decreto imperial o cargo de professor de Português.
O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até
meados do século XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir de 1967, “um processo
de democratização’’ do ensino, com a ampliação de vagas, eliminação dos
chamados de admissão, entre outros fatores [...].”.
A Lei 5692/71 amplia e aprofunda esta vinculação dispondo que o ensino
devia estar voltado a qualificação para o trabalho. Desse vínculo decorreu, para o
ensino, a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na Língua Portuguesa, estava
pautada nas teorias da comunicação, com um viés mais pragmático e utilitário do
que com o aprimoramento das capacidades linguísticas do falante, passou então a
denominar-se Comunicação e Expressão, nas quatro primeiras séries e
Comunicação em Língua Portuguesa, nas quatro últimas séries.

128
Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980, o
ensino de Língua Portuguesa pautava-se então, em exercícios estruturais, técnicas
de redação e treinamento de habilidades de leitura.
No que tange ao ensino da Literatura restringiu-se ao então segundo grau,
com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário.
O ensino de Língua Portuguesa e Literatura requerem novos posicionamentos
em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja
pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.
Na atual concepção da disciplina de Língua Portuguesa temos o Discurso
como Prática Social (oralidade, literatura, escrita e análise linguística). E é através
desta concepção que se procurou fundamentar esse trabalho pedagógico. Têm-se
como objetivos Gerais da Disciplina:
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas
nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos,
o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de
produção/leitura;
Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e
tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização;
Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura,
a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do
trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
ENSINO FUNDAMENTAL
Discurso como Prática Social

129
2.1 Gêneros Discursivos:
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas
esferas sociais de circulação.
Os conteúdos serão aplicados nas práticas da oralidade, leitura e escrita. A
fala, a leitura e a escrita deverão ser trabalhadas juntas, já que uma atividade
possibilita a outra e vice-versa, permeadas pela análise linguística.
Leitura Escrita Oralidade
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Contexto de produção da obra literária;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
Progressão referencial;
Partículas conectivas do texto;
Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
Semântica:
Operadores
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade;
Informatividade;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Referência textual;
Vozes sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão referencial;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Semântica:
Operadores argumentativos;
Modalizadores;
Figuras de linguagem;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão,
Conteúdo temático;
Finalidade;
Intencionalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

130
argumentativos;
Modalizadores;
Figuras de linguagem.
negrito, etc.;
Vícios de linguagem;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência.
2.2 Conteúdos Básicos
6º ANO
GÊNEROS TEXTUAIS PRÁTICAS DISCURSIVAS:
Escrita, Leitura e Oralidade – Análise Linguística
Advinhas/Anedotas
Bilhetes
Cantiga de rodas
Cartão/Convites
Aviso
Biografias/Autobiografia
Contos de fadas
Tirinhas
Lendas
Cartazes
Músicas
Piadas
Quadrinhas
Receitas
Trava-língua
Poemas
Cartum
Tiras
Classificados
Tema do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Finalidade do texto;
Argumentos do texto;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos
e outros;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Contexto de produção;
Informatividade;
Divisão do texto em parágrafos;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica/ortografia;
Concordância verbal/nominal;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,

131
Regras de jogo
Rótulos/Embalagens
Fábulas
História em quadrinho
Narrativas de enigmas
repetição, recursos semânticos, função das classes
gramaticais, pontuação, recursos gráficos (aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem.
7º ANO
GÊNEROS TEXTUAIS PRÁTICAS DISCURSIVAS:
Escrita, Leitura e Oralidade – Análise Linguística
Narrativa: aventura/
Fantástica /mística
Narrativas de humor
Crônica de ficção
Fábulas
Músicas/ letras
Paródias
Lendas
Diário
Exposição oral
Debate
Causos
Comunicado
Provérbios
Notícia
Reportagem
Horóscopo
Manchete
Tema do texto
Papel do locutor e interlocutor
Finalidade do texto
Argumento do texto
Intertextualidade
Ambiguidade
Informações explícitas e implícitas
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,
gestos e outros
Discurso direto e indireto
Elementos composicionais do gênero
Léxico
Adequação do discurso ao gênero
Turnos de fala
Variações linguísticas
Contexto de produção
Informatividade / Informatividade
Divisão do texto em parágrafos
Processo de formação de palavras

132
Classificados
Fotos
Placas
Pinturas
Propagandas/slogan
Histórias em quadrinhos
Bulas
Acentuação gráfica/ortografia
Concordância verba/nominal
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos semânticos, função das classes
gramaticais, pontuação, recursos gráficos (aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem.
Semântica
8° ANO
GÊNEROS TEXTUAIS PRÁTICAS DISCURSIVAS:
Escrita, Leitura e Oralidade – Análise Linguística
Contos populares
Contos
Memórias
Resumo
Debate
Palestras
Pesquisa
Relatório
Exposição oral
Mesa redonda
Abaixo-assinado
Entrevista oral/escrita
Seminário
Carta ao leitor
Depoimento
Artigo de opinião
Cartum
Charge
Classificados
Anúncios
Crônica jornalística
Diálogo/discussão
argumentativa
Cartazes
Conteúdo temático
Papel do locutor e interlocutor
Finalidade do texto
Argumentos do texto
Intertextualidade
Vozes sociais presento no texto
Informações explícitas e implícitas
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,
gestos...
Discurso direto e indireto
Elementos composicionais do gênero
Relação de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto
Léxico
Adequação do discurso ao gênero
Turnos de fala
Variações linguísticas
Contexto de produção
Divisão do texto em parágrafos
Processo de formação de palavras
Acentuação gráfica/ortografia
Concordância verba/nominal
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos semânticos, função das classes

133
Comercial para tv
Filmes
Resenha crítica
Sinopses de filmes
Vídeo clip
Blog
Chat
Fotoblog
gramaticais, pontuação, recursos gráficos (aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem.
Papel sintático e estilístico dos pronomes na
organização, retomadas e sequenciação do texto
Semântica: operadores argumentativos/ ambiguidade/
sentido figurado/ significados das palavras/
expressões que denotam ironia e humor no texto.
9ºANO
GÊNEROS TEXTUAIS PRÁTICAS DISCURSIVAS:
Escrita, Leitura e Oralidade – Análise Linguística
Crônicas de ficção
Literatura de cordel
Memórias
Pinturas
Romances
Poesias
Músicas
Resumo
Paródias
Relatório
Cartazes
Resenha
Seminário
Texto de opinião
Diálogo/discussão
argumentativa
Carta ao leitor
Editorial
Conteúdo temático
Papel do locutor e interlocutor
Finalidade do texto
Argumentos do texto
Intertextualidade / Informatividade
Discurso ideológico no texto
Vozes sociais presento no texto
Informações explícitas e implícitas
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,
gestos...
Discurso direto e indireto
Elementos composicionais do gênero
Relação de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto
Léxico
Adequação do discurso ao gênero
Turnos de fala
Variações linguísticas (lexicais, semânticas,

134
Entrevista
Notícia/reportagem
Carta de reclamação
Carta de solicitação
Ofício
Procuração
Leis
Requerimento
Telejornal
Telenovela
Teatro
prosódias...)
Contexto de produção
Divisão do texto em parágrafos
Processo de formação de palavras
Acentuação gráfica/ortografia
Concordância verbal/nominal
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos semânticos, função das classes
gramaticais, pontuação, recursos gráficos (aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem
Papel sintático e estilístico dos pronomes na
organização, retomadas e sequência do texto
Semântica: operadores argumentativos/
modalizadores/ polissemia
Adequação da fala ao contexto (gírias, repetições,
etc.)
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e
escrito.
ENSINO MÉDIO
GÊNEROS TEXTUAIS PRÁTICAS DISCURSIVAS:
Escrita, Leitura e Oralidade – Análise Linguística
Contos
Crônicas
Conto de fada
contemporâneo
Textos dramáticos
Narrativas em geral
Romance
Conteúdo temático
Papel do locutor e interlocutor
Intencionalidade do texto e informatividade
Finalidade do texto
Referência textual
Argumentos do texto
Conteúdo de produção

135
Sinopses de filmes
Charge
Cartum
Tiras
Novela fantástica
Poemas
Fábulas
Textos argumentativos
Diários
Testemunhos
Biografia
Artigos de opinião
Carta ao leitor
Manchete
Letras de músicas
Editorial
Paródias
Propaganda/slogan
Carta de emprego
Carta de reclamação
Carta de solicitação
Currículo vitae
Resumo
Resenha
Relatório científico
Debate regrado
Diálogo/discussão
argumentativa
Júri simulado
Intertextualidade
Discurso ideológico no texto
Vozes sociais presento no texto
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,
gestos...
Discurso direto e indireto
Elementos composicionais do gênero
Relação de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto
Contexto de produção do texto literário
Progressão referencial
Léxico
Adequação do discurso ao gênero
Turnos de fala
Variações linguísticas (lexicais, semânticas,
prosódias...)
Relação de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto
Partículas conectivas do texto
Progressão referencial do texto
Divisão do texto em parágrafos
Processo de formação de palavras
Acentuação gráfica/ortografia
Concordância verbal/nominal
Sintaxe de regência
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos semânticos, função das classes
gramaticais, pontuação, recursos gráficos (aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem.
Semântica: operadores argumentativos/
modalizadores/ polissemia

136
Telejornal
Teatro
Blog
Chat
Fotoblog
Notícia/reportagem
Vídeo clip
Escolas literárias
Adequação da fala ao contexto (uso de gírias,
repetições, conectivos, etc.)
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e
escrito.
Elementos semânticos
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Portuguesa segue os princípios de interação, baseando-
se nas Diretrizes Curriculares apresentando maneiras possíveis de se trabalhar
atendendo assim a uma perspectiva sociointeracionista, baseado nas teorias de
Bakhtin.
Dessa forma, busca-se trabalhar a clareza de objetivos dos seus conteúdos
estruturantes e encaminhamentos necessários para uma prática contextualizada e
significativa para o aluno, considerando que a sala de aula é um laboratório onde
muitas coisas podem acontecer.
A prática de ensino está baseada na oralidade, leitura e escrita e análise
linguística sendo necessário trabalhar com temas a partir de leituras e estudos de
diferentes tipologias textuais, aproveitando o conhecimento intuitivo de maneira a
despertar o interesse, utilizando assim estratégias com o propósito de atingir uma
meta determinada visando à interdisciplinaridade e à contextualização.
O trabalho a ser realizado em literatura deve ter como um alicerce o fato de
provocar o aluno a estabelecer relações entre os textos selecionados e o contexto.
Isto nos leva a acreditar na capacidade cognitiva de nossos alunos.
Sob essa perspectiva, o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa
aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles
possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir

137
com esses discursos. Para isso, é relevante que a língua seja percebida como uma
arena em que diversas vozes sociais se defrontam, manifestando diferentes
opiniões.
Os conteúdos poderão ser trabalhados na forma de exposição oral e
dialogados, estudo de trabalhos científicos com o auxílio de data-show, vídeos, TV
Pen-drive, TV. Paulo Freire e a própria lousa. Uso da Internet, análise de textos
extraídos da Web, jornais, revistas especializadas, trabalhos de pesquisas para
debates e estudos dirigidos como também apresentações sobre os temas
estudados.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos, ou seja, Lei 11645/08 – História
e Cultura dos Povos Indígenas, Lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e
Africana e Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e
Direitos Humanos; Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência na Escola;
Prevenção ao uso Indevido de Drogas são assuntos que carregam grandes
transformações no espaço escolar e cultural
Sendo assim, os desafios Educacionais Contemporâneos, serão trabalhados
de forma interdisciplinar e também através dos Cadernos Temáticos, pretende-se
apoiar as aulas, aprofundando as reflexões e tomadas de decisões importantes para
o real ensino na escola.
4. AVALIAÇÃO
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio
de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de
investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão
formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação
dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática
pedagógica.
Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o
novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.
Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o
desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar

138
as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer
emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002).
No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho. Tem por objetivo
proporcionar subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do processo
educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento. A avaliação se
concretiza de acordo com o que se estabelece nos documentos escolares como o
Projeto Político Pedagógico e, mais especificamente, a Proposta Pedagógica
Curricular e o Plano de Trabalho Docente, documentos necessariamente
fundamentados nas Diretrizes Curriculares.
De acordo com as Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe-se
formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam
criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao
conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na
sociedade.
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das
dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias
para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da
comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço
onde os alunos estão inseridos.
Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o
aluno aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas
como sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos
que se apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em
suas contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de
aula precisa contribuir para essa formação.
Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve constituir um projeto
de futuro social, pela intervenção da experiência do passado e compreensão do
presente, num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica, em movimentos na
direção da aprendizagem do aluno.
Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como
questão metodológica, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A
seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios
de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de

139
instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas
oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Cabe acompanhar a
aprendizagem dos alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos.
a) Critérios de Avaliação
A avaliação deve ser processual, contínua, cumulativa, e concomitante, sendo
que 5,0 (cinco pontos) será de trabalhos diversificados e 5,0 (cinco pontos) de prova
escrita, mas sempre considerando o esforço do educando e suas características
individuais no processo de ensino-aprendizagem, havendo preponderância nos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Sendo assim, buscaremos em todas as oportunidades, instrumentos de
avaliação que produzam a interação entre professor e aluno em relações de
crescimento e aquisição de conhecimentos que levem nossos educandos a
transformar o meio em que vivem. Caso o aluno não alcance o resultado esperado
pelo professor será necessário à retomada de conteúdos para que posteriormente o
aluno tenha a recuperação de estudos.
O processo de avaliação será contextualizado dentro da realidade sócio-
econômica e cultural dos alunos, para que esta seja alicerçada na vida do cidadão e
suas necessidades. Serão avaliadas a expressão oral, escrita, leitura e interpretação
textual, bem como as produções orais e escritas, análise linguística abrangendo a
oralidade, a leitura e a escrita dentro de situações reais e/ou criadas em sala de
aula. A função da avaliação é alimentar, sustentar e orientar a ação pedagógica,
uma vez que dá retorno ao professor sobre como melhorar o ensino, possibilitando
correções no percurso e retorno ao aluno.
Considerando que alguns alunos apresentam dificuldades de aprendizagem
acentuada poderão ser utilizados diferentes métodos avaliativos que respeitem seu
ritmo e suas limitações.
Serão avaliadas as práticas da oralidade, onde se considerará a participação
nos diálogos, relatos e discussões e a clareza que o aluno mostrar ao expor suas
ideias através da fluência.

140
Na prática da leitura, o professor avaliará as estratégias que os alunos
empregaram no decorrer da mesma, a compreensão do texto lido e o seu
posicionamento diante do tema.
Em relação à escrita, será importante ressaltar a qualidade e a adequação de
um texto, os elementos linguísticos utilizados nas produções dos alunos precisam
ser avaliados e contextualizados. Serão utilizados diferentes métodos avaliativos
oportunizando diferentes formas de aprendizagens como: seminários, debates,
trabalhos, discussões, avaliação bimestral e testes. Incluem-se ainda trabalhos
individuais e em grupo; leitura de textos para análise oral e gráfica.
b) Instrumentos de Avaliação
Serão utilizados:
Leitura e debates de textos
Diálogos orais e escritos
Produções textuais
Trabalhos individuais e em grupos
Interpretações de textos subjetivos e objetivos
Avaliações
A recuperação de conteúdos não assimilados será de forma paralela
procurando sanar as dificuldades dos alunos por meio de orientação de estudos,
atividades diversificadas e avaliações orais e/ou escritas. Na recuperação de
Estudos o professor considera a aprendizagem do aluno no decorrer do processo e,
para aferição do bimestre, entre a nota da Avaliação e da Recuperação, prevalecerá
sempre a maior. Após a apuração dos resultados finais do aproveitamento e
frequência serão definidas as situações de aprovação ou reprovação dos alunos.
Será considerado aprovado o aluno que apresentar: Frequência igual ou
superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letiva
e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), resultante da média
aritmética dos bimestres, nas respectivas disciplinas.
Será considerado reprovado o aluno que apresentar: Frequência inferior a
75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária do período letiva e
média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero); Frequência inferior a 75% (setenta e

141
cinco por cento) sobre o total da carga horária do período letivo com qualquer média
anual.
Nota-se que e o critério para avaliação acima descrito segue o contido no
regimento escolar e no Projeto Político Pedagógico desse Estabelecimento de
Ensino.
5 Referências
Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-brasileira e Africana – Lei 10639/03.
DCEs: Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua Portuguesa/Literatura –
EF e EM – 2009.
PPP: Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Walfredo Silveira Corrêa
Regimento Escolar – Colégio Estadual Walfredo Silveira Corrêa

142
MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O homem faz uso da matemática independente do conhecimento escolar, nas
mais diversas atividades humanas, isto é, utiliza-se da matemática não
sistematizada. Nem sempre esta “matemática” permite solucionar e conhecer todos
os problemas, sendo em muitas situações, necessários conhecimentos
sistematizados.
A Ciência Matemática veio se desenvolvendo desde os tempos antigos
juntamente com os processos econômicos e culturais, buscando acompanhar as
necessidades de cada época. Assim também a própria disciplina sofreu
transformações para atender às exigências sociais.
Hoje temos a necessidade de mudar a visão formalista da matemática, pois
aprender matemática é muito mais do que manejar fórmulas ou dominar os
algoritmos, mas sim interpretar, criar significados, construir seus próprios
instrumentos para resolver problemas, desenvolver o raciocínio lógico.
A construção de um conceito matemático deve ser iniciada valorizando os
conhecimentos diversificados do educando e a partir deste promover a aquisição do
conhecimento científico adquirindo assim o conhecimento sintético.
A Educação Básica tem como objetivo a formação básica do cidadão
mediante: o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o domínio da leitura, da escrita e do cálculo, o desenvolvimento da
capacidade de aprendizagem, habilidades e a formação de atitudes e valores.
A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade
moderna, apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribui
para a formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo do trabalho, das
relações sociais, culturais e políticas.
Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar, comparar,
medir, calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar

143
resultados, argumentar logicamente, conhecer formas geométricas, organizar,
analisar e interpretar criticamente as informações, localizar, representar, etc.
É fato inquestionável que a matemática está presente em nossas vidas, é
reconhecida como uma disciplina útil que ajuda a organizar, compreender e explicar
problemas da realidade. Perceber isso é compreender o mundo à nossa volta e
poder atuar nele. É preciso que o saber informal, cultural, se incorpore ao trabalho
matemático escolar, diminuindo a distância entre a Matemática da escola e a
Matemática da vida.
A Ciência Matemática veio se desenvolvendo desde os tempos antigos
juntamente com os processos econômicos e culturais, buscando acompanhar as
necessidades de cada época. Assim também a própria disciplina sofreu
transformações para atender às exigências sociais.
Hoje temos a necessidade de mudar a visão formalista da matemática, pois
aprender matemática é muito mais do que manejar fórmulas ou dominar os
algoritmos, mas sim interpretar, criar significados, construir seus próprios
instrumentos para resolver problemas, desenvolver o raciocínio lógico.
A construção de um conceito matemático deve ser iniciada valorizando os
conhecimentos diversificados do educando e a partir deste promover a aquisição do
conhecimento científico adquirindo assim o conhecimento sintético.
A disciplina tem como objetivos:
Proporcionar ao educando a capacidade de observar, pensar, estabelecer
relações, analisar, interpretar, ensinar, justificar, argumentar, verificar,
generalizar, concluir e abstrair;
Incentivar estratégias variadas que envolvam tendências matemáticas,
habituando os educandos a procurar o porquê dos fatos matemáticos,
estimulando a argumentação e auxiliando-os na sua formação para que se
tornem cidadãos críticos;
Proporcionar ao aluno acepção no campo do trabalho, como ser que participa
e contribui na construção de uma sociedade igualitária, levando em
consideração valores éticos, morais, estéticos e humanos associados aos
conteúdos qualitativos e quantitativos;
Desenvolver no aluno, valores e atitudes de natureza diversa, por intermédio
do conhecimento matemático, visando a sua formação integral como cidadão.

144
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
ENSINO FUNDAMENTAL
ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO
Números e Álgebra
Sistema de numeração;
Números Naturais;
Múltiplos e divisores;
Potenciação e radiciação;
Números fracionários;
Números decimais
Grandezas e Medidas
Medidas de comprimento;
Medidas de massa;
Medidas de área;
Medidas de Volumes;
Medidas de tempo;
Medidas de ângulos;
Sistema monetário.
Geometrias
Geometria Plana;
Geometria Espacial.
Tratamento da Informação Dados, tabelas e gráficos;
Porcentagem.
ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Números e Álgebra
Números Inteiros;
Números Racionais;
Equação e Inequação do 1º grau;
Razão e Proporção;
Regra de três simples.
Grandezas e Medidas Medidas de temperatura;

145
7º ANO Medidas de ângulos.
Geometrias
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometrias não-euclidianas.
Tratamento da Informação
Pesquisa Estatística;
Média Aritmética;
Moda e mediana;
Juros simples.
ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
8º ANO
Números e Álgebra
Números Racionais e
Irracionais;
Sistemas de Equações do 1º
Grau;
Potências;
Monômios e Polinômios;
Produtos Notáveis.
Grandezas e Medidas
Medidas de comprimento;
Medidas de área;
Medidas de volume;
Medidas de ângulos.
Geometrias
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria analítica;
Geometrias não-euclidianas.
Tratamento da Informação Gráfico e Informação;
População e amostra.
ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Números e Álgebra
Números Reais; Propriedade dos radicais; Equação do 2º grau; Teorema de Pitágoras; Equações Irracionais; Equações biquadradas;

146
9º ANO
Regra de Três composta
Grandezas e Medidas
Relações Métricas no
Triângulo Retângulo; Trigonometria no triângulo
Retângulo.
Geometrias
Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometria não-euclidianas.
Tratamento da Informação
Noções de Análise
Combinatória; Noções de Probabilidade; Estatística; Juros Compostos.
Funções
Noção intuitiva de Função Afim;
Noção intuitiva de Função
Quadrática.
ENSINO MÉDIO
Números e Álgebra
Números Reais;
Números Complexos;
Sistemas Lineares;
Matrizes e Determinantes;
Polinômios;
Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares
Grandezas e Medidas
Medidas de Área;
Medidas de Volume;
Medidas de Grandezas Vetoriais;
Medidas de Informática;
Medidas de Energia;
Trigonometria
Geometrias
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Geometria não-eucliadianas.

147
Tratamento da Informação
Análise Combinatória;
Binômio de Newton;
Estudo das Probabilidades;
Estatística;
Matemática Financeira.
Funções
Função Afim;
Função Quadrática;
Função Polinomial;
Função Exponencial;
Função Logarítmica;
Função Trigonométrica;
Função Modular;
Progressão Aritmética;
Progressão Geométrica.
3 METODOLOGIA
Os conteúdos matemáticos devem ser articulados para possibilitar a produção
de um ensino significativo ao educando, estabelecendo o inter-relacionamento do
assunto presente com os vindouros.
O aluno deve ter consciência que os conteúdos a serem abordados foram
elaborados historicamente e são utilizados e aceitos universalmente pela sociedade.
Quando necessário cabe a cada realidade escolar se aprofundar num ou
noutro tópico, de acordo com as exigências. É preciso que o conhecimento
matemático seja selecionado, organizado e transformado em saber escolar, o qual
deverá ser expresso pelos conteúdos contemplando às tendências matemáticas.
O homem faz uso da matemática independente do conhecimento escolar, nas
mais diversas atividades humanas, isto é, utiliza-se da matemática não
sistematizada. Nem sempre esta “matemática” permite solucionar e conhecer todos
os problemas, sendo em muitas situações, necessários conhecimentos
sistematizados.
A construção de um conceito matemático deve ser iniciada valorizando os
conhecimentos sincréticos do educando e a partir deste promover a aquisição do
conhecimento científico adquirindo assim o conhecimento sintético. É preciso que o

148
conhecimento matemático seja selecionado, organizado e transformado em saber
escolar, o qual deverá ser expresso pelos conteúdos.
A definição dos conteúdos é considerada fator fundamental para que o
conhecimento matemático, anterior/fragmentado seja agora visto em sua totalidade.
Daí, a necessidade do desenvolvimento conjunto e articulado das questões relativas
aos números, operações, geometria, tratamento de informações e o papel que as
medidas desempenham ao permitir uma maior aproximação entre matemática e a
realidade.
As atividades diárias deverão ser planejadas de forma a valorizar o trabalho
em grupo, para que os alunos desenvolvam o hábito de discutir e validar resultados.
O professor deve ter consciência de seu papel como mediador.
Os conceitos básicos poderão ser desenvolvidos a partir das Tendências em
Educação Matemática: Resolução de Problemas, Etnomatemática, Modelagem
Matemática, Mídias Tecnológicas e História da Matemática.
Nossa sociedade exige uma informação globalizada, então a matemática não
deve ser vista como um instrumento de forma isolada nas outras áreas da ciência,
mas sim, como um importante elemento para permitir uma visão mais abrangente do
cotidiano e agir criticamente e concretamente sobre ele. É fundamental a
demonstração matemática, através de teoremas e métodos que levam os nossos
alunos a compreensão da sua aplicabilidade, porém não devemos exigir o rigor
dessas abstrações.
Para que os alunos alcancem os objetivos, os recursos didáticos e as
estratégias de ensino visam multiplicar as oportunidades para os alunos construírem
o conhecimento matemático e refletirem sobre o conhecimento adquirido. Os
principais recursos para isso, entre outros são:
Diálogo e troca de ideias entre alunos e entre estes e o professor;
Atividade de pesquisa;
Jogos em sala de aula;
Livros didáticos e paradidáticos;
Vídeos, jornais e revistas;
Quadro e giz;
Trabalhos em grupo;

149
Computador e calculadora;
TV multimídia
Esta disciplina, assim como as demais áreas do conhecimento ( seja base
nacional comum ou parte diversificada), deve articular em seus conteúdos, a partir
das possibilidades abertas pelos seus referenciais, a abordagem de temas
abrangentes e contemporâneos que devem permear o desenvolvimento dos
conteúdos do currículo: saúde, prevenção ao uso indevido de drogas; sexualidade e
gênero, vida familiar e social, assim como os direitos das crianças e adolescentes,
de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90),
preservação do meio ambiente, nos termos da política nacional de educação
ambiental (Lei nº 9.795/99), educação para o consumo, educação fiscal, trabalho,
ciência e tecnologia, diversidade cultural, educação para o trânsito (Lei nº 9.503/97),
História do Paraná (Lei nº 13381/01); Educação Tributária (Dec. Nº 1143/99); música
(Lei nº 11.769/2008); Direito das Crianças e Adolescente ( Lei Federal nº 11525/07),
A história e as culturas indígena e afro-brasileira (Lei nº 11.645/2008).
A inclusão dessa Lei possibilita ampliar o leque de referências culturais de
toda a população escolar e contribui para a mudança das suas concepções de
mundo, transformando os conhecimentos comuns veiculados pelo currículo e
contribuindo para a construção de identidades mais plurais e solidárias.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação do aprendizado em matemática deve ser diagnóstica. Isso porque
a construção do conhecimento constitui um processo mais amplo. É para o aluno a
capacidade de buscar soluções utilizando o conhecimento matemático quando
deparar com uma situação.
A avaliação deve ser processual e ocorrer ao longo da aprendizagem,
proporcionando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua
visão do conteúdo trabalhado, não perdendo de vista o conhecimento apropriado
pelo aluno e sendo coerente com a proposta pedagógica da escola e com a
metodologia utilizada pelo professor.

150
Ao avaliar, o professor deve averiguar a compreensão dos conceitos a
criatividade das soluções e do desenvolvimento de atividades e procedimentos.
Além da prova escrita, o professor pode explorar argumentações orais. Elas
fornecem outros aspectos de raciocínio que nem sempre ficam evidentes na escrita.
Através da avaliação, o aluno demonstra o desenvolvimento das capacidades e
competências que serão úteis em sua vida escolar, e, mais tarde, na vida
profissional.
A avaliação é um subsídio para que o professor possa considerar os erros de
raciocínio e de cálculo dos alunos do ponto de vista do processo de aprendizagem e
a partir daí, planejar novos encaminhamentos metodológicos, que vão nortear o
processo de recuperação dos conteúdos, que por muitas vezes a abstração é
presente nas várias áreas científicas.
A avaliação fará parte integrante do processo do ensino aprendizagem
permitindo continuidade ou uma nova abordagem, com alternativas na forma de
encaminhar a aprendizagem como um todo. Contemplará os diferentes momentos
do ensino da matemática com oportunidade de análise pedagógica da metodologia
utilizada e através de erros constatados possibilitar o aluno novas formas de estudo,
ou seja, avaliação será instrumento de medida na aquisição de conhecimento,
tornando o aluno responsável e interessado pelo que deve aprender.
Antes de tudo, a avaliação dever ser uma orientação para o professor, como
ponto de partida, para a continuidade de sua prática, docente levando o aluno a
organizar suas idéias, relacionar conceitos e tomar decisões, ou seja, contínua
diversificada considerando não somente uma formação matemática dirigida para o
desenvolvimento social intelectual do aluno, como também seu esforço individual,
sua cooperação com os colegas, a construção de sua personalidade. Quanto mais o
professor diversificar a avaliação e conseguir interpretá-la como um meio para
analisar se juntamente com os alunos está conseguindo alcançar os objetivos
propostos, mais ele se aproximará de um novo tipo de avaliação que leva em conta
os sonhos e projetos dos alunos, até mesmo a auto-avaliação.
A recuperação paralela acontecerá durante todo o bimestre, quando se fizer
necessária, baseada na revisão dos conteúdos que o aluno não se apropriou e será
através de teste escrito e/ou oral, trabalhos ou pesquisas.

151
A avaliação deve ser vista como um diagnóstico contínuo e dinâmico,
tornando-se um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos,
para que realmente o aluno aprenda.
Segundo as DCE(p.69):
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor, possibilitando verificar se o aluno:
Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);
Compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
Elabora um plano que possibilite a solução do problema;
Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
Realiza o retrospecto da solução de um problema.
Dentro deste processo avaliativo, o aluno deve elaborar e testar suposições,
valendo-se de pesquisa sobre o assunto, organizando o conhecimento adquirido.
Construir generalizações e ter condições de socializar o assunto e argumentar
sobre o mesmo. E, como foi dito anteriormente, a construção de um conceito
matemático deve ser iniciado valorizando os conhecimentos diversificados do
educando e a partir deste promover a aquisição do conhecimento científico
adquirindo assim o conhecimento sintético.
5 Referências
COLÉGIO ESTADUAL WALFREDO SILVEIRA CORRÊA - EFM. Regimento
interno, 2011.
_______. Projeto político pedagógico, 2010.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação – Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Matemática, Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação - Cultura e Sociedade - Prevenção
ao Uso Indevido de Drogas na Escola. Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais.
Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – PR,
2010 - 237 p. - (Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).

152
_______. Educação Ambiental na Escola. Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais.
Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – PR,
2010 - 216 p. - (Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos).
_______. Educando para as Relações Étnico-Raciais II. Secretaria de Estado da
Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas
Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba:
SEED – PR, 2008. - 208 p. - (Cadernos temáticos dos desafios educacionais
contemporâneos).

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QUÍMICA
ENSINO MÉDIO
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Química é uma ciência que está fortemente inserida em nosso cotidiano
exercendo uma influência muito grande no contexto político, social e econômico sob
diversos ângulos e perspectivas em nossa sociedade.
De acordo com Chassot (1993), o conhecimento químico possibilita às
pessoas uma nova leitura de mundo, o que permite aos indivíduos uma integração
mais ativa e consciente na sociedade. O conhecimento químico permite ao homem
atuação de forma específica na natureza, modificando-se e modificando-a através
das interações e desenvolvimentos tornados possíveis pelo conhecimento químico.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná (2008), o
desenvolvimento de saberes e práticas ligadas à transformação dos materiais estão
presentes na formação das diversas civilizações, estimulado por necessidades
humanas, tais como: a comunicação, o domínio do fogo e, posteriormente, o
domínio do processo de cozimento, necessários à sobrevivência.
Estes saberes (manipulação dos metais, vitrificação, chás, remédios,
iatroquímica, entre outros), em sua origem, não podem ser classificados como a
ciência moderna denominada Química, mas como um conjunto de ações e práticas
que contribuíram para a elaboração do conhecimento químico desde o século XVII.
Inicialmente, o ser humano conheceu a extração, produção e o tratamento e
metais como o cobre, o bronze, o ferro e o ouro. As civilizações antigas
desenvolviam artes práticas tais como o preparo da liga metálica de bronze e do
vidro pelos egípcios em cerca de 3000 a.C. Cerâmicas, corantes e vinhos no Oriente
Médio. Enquanto estas artes estavam sendo desenvolvidas, os antigos filósofos da
Grécia, Índia e China tentavam pela primeira vez descrever a composição das
substâncias. Estas atividades levaram à alquimia, que na busca da pedra filosofal
(que teria o poder de transformar qualquer metal em ouro) e do elixir da longa vida

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(que daria a imortalidade), desenvolveram técnicas laboratoriais e descobriram
produtos que são utilizados até hoje.
Segundo a revista Química, Tecnologia e Sociedade a palavra “Química” tem
várias versões para sua origem. Uma hipótese é que ela seja advinda da palavra
egípcia, Khemeia, arte relacionada com mistérios, superstições, ocultismo e religião.
Outra hipótese é que tenha surgido da palavra grega Chyma, que significa fundir ou
moldar metais.
Em outra versão explicada por Sardella (2000, p.8): “o termo química tem
origem no latim Chimica, palavra que deriva de Alchimia, modificação da expressão
árabe al kêmiya, cujo significado é grande arte dos filósofos herméticos e sábios da
Idade Média”.
A Química começou a existir como ciência somente no século XVII, época em
Boyle publicou o livro “O Químico Cético”. E embora Robert Boyle seja considerado
o fundador da Química, “o pai da Química” é Lavoisier, pois a partir das
contribuições desse cientista francês é que ela se desenvolveu de forma rápida e
com características de verdadeira ciência.
O estudo da disciplina de Química no ensino secundário no Brasil foi
implantado em 1862, segundo dados do 3º Congresso sul-americano de Química.
Segundo Schnetzler (1981) em 1875 foi produzido o primeiro livro didático de
Química para o ensino secundário. A construção dos currículos, nessa época, teve
por base três documentos históricos produzidos em Portugal, na França e no Brasil.
As recomendações de Coimbra definiram o que seria o ensino em Portugal e
marcaram fortemente todo o período imperial brasileiro. O texto do cientista Lavoisier
foi decisivo, porque foi adotado nas escolas militares brasileiras, nas escolas de
engenharia e nas escolas preparatórias para o ensino superior. As diretrizes para a
cadeira de Química, elaboradas pelo Conde da Barca, influenciadas por uma carta
do rei de Portugal, reconheciam a importância da Química para o progresso dos
estudos da medicina, cirurgia e agricultura. Além disso, indicavam o ensino dos
princípios práticos da Química e seus diferentes ramos aplicados às artes e à
farmácia para o perfeito conhecimento dos muitos e preciosos produtos naturais do
Brasil. (DCE, 2008).
De acordo com Schwartzman (1979), a Primeira Guerra Mundial (1914 -1918)
impulsionou a industrialização brasileira e acarretou aumento na demanda da

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atividade dos químicos. Em consequência, abriram-se as portas para o ensino de
Química de nível superior, oficializado com um projeto para criação do curso de
Química Industrial, aprovado em 1919, subsidiado pelo governo federal.
A partir de 1931, com a Reforma Francisco Campos, a disciplina de Química
passou a ser ministrada de forma regular no currículo do Ensino Secundário no
Brasil. Documentos da época apontam alguns objetivos para o ensino de Química
voltado para a apropriação de conhecimentos específicos e também despertar o
interesse científico nos alunos e enfatizar a sua relação com a vida cotidiana
(MACEDO; LOPES, 2002).
De acordo com Krasilchik:
Tomando como marco inicial a década de 50, é possível reconhecer nestes últimos 50 anos movimentos que refletem diferentes objetivos da educação modificados evolutivamente em função de transformações no âmbito da política e economia, tanto nacional como internacional. Na medida em que a Ciência e a Tecnologia foram reconhecidas como essenciais no desenvolvimento econômico, cultural e social, o ensino das Ciências em todos os níveis foi também crescendo de importância, sendo objeto de inúmeros movimentos de transformação do ensino, podendo servir de ilustração para tentativas e efeitos das reformas educacionais. (Krasilchik, 2000, p. 85).
Em dezembro de 1961, entrou em vigor a lei n. 4.024, na qual a Química
adquire, em diversos países, inclusive no Brasil, configurações semelhantes às
propostas dos EUA, no ensino experimental. Enquanto que nos anos 80, o
documento de Química intitulado Reestruturação do Ensino de 2º grau, apresentava
uma proposta de conteúdos essenciais para a disciplina e tinha como objetivo
principal a aprendizagem dos conhecimentos químicos historicamente construídos.
(DCE, 2008).
No início dos anos de 1990, com a aprovação da nova Lei de Diretrizes e
Base da Educação Nacional (LDB n. 9394/96), priorizou-se a contextualização dos
conteúdos e pela interdisciplinaridade, a fim de evitar a compartimentação do
conhecimento.
Na concepção atual, as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do
Paraná (DCE), a abordagem dos conteúdos no ensino da Química é norteada pela
construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada a
contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais e tem com objetivo
possibilitar novos direcionamentos e abordagens no processo ensinoaprendizagem,

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para formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz de
refletir criticamente sobre o meio em que está inserido.
De acordo com Chassot (1995), a Química não deve ser entendida como um
conjunto de conhecimentos isolados, prontos e acabados, mas sim como uma
construção da mente humana, em contínua mudança, que pode proporcionar à
nossa sociedade, meios de se atingir um desenvolvimento sustentável capaz de
garantir saneamento básico, alimentação adequada, saúde e educação. Fatores
estes indispensáveis para assegurar a qualidade de vida e o progresso de uma
nação.
Esse processo de elaboração e transformação do conhecimento ocorre a
partir das necessidades humanas, uma vez que a Ciência é construída pelos
homens e mulheres, falíveis e inseparáveis dos processos sociais, políticos e
econômicos. “A ciência já não é mais considerada objetiva nem neutra, mas
preparada e orientada por teorias e/ou modelos que, por serem construções
humanas com propósitos explicativos e previstos, são provisórios”. (CHASSOT,
1995, p. 68).
Na atualidade é imprescindível pensar em educação sem vinculá-la a questão
da cidadania, no sentido de que os indivíduos estejam preparados para o exercício
de direitos e deveres, voltados à soberania popular. Nesse contexto emerge a
perspectiva de uma educação que restabeleça a ética, resgate os valores, preserve
a cultura, a vida e que, acima de tudo, torne o ensino de disciplinas, como a
Química, algo contextualizado, compreensível e útil.
Deve-se ter como centro do estudo da Química uma proposta (substâncias e
materiais: composição, propriedades e transformações) onde se pretende
estabelecer uma interação do aluno com a Química e se contrapõe à idéia de que
esta ciência reduz-se a um conjunto de inúmeras fórmulas e nomes complexos.
Nessas diretrizes propõe-se que a compreensão e apropriação do
conhecimento químico aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto da
Química, que é o estudo da composição, propriedade e transformações da matéria,
que será contemplado através dos conteúdos estruturantes: Matéria e sua natureza,
Biogeoquímica e Química sintética, além dos desdobramentos em conteúdos
específicos, os quais poderão ser abordados durante a prática pedagógica.
A disciplina tem como objetivos:

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Oportunizar ao aluno o desenvolvimento científico, a apropriação dos
conceitos da Química e sensibilizá-lo para um comprometimento com a vida
do planeta;
Possibilitar ao educando o entendimento do mundo e sua interação com ele,
formando cidadãos capazes de interpretar a linguagem química através da
resolução de problemas, tendo autonomia, oportunidade, liberdade de adquirir
experiências, aprendizado do conhecimento científico em estreita relação com
a tecnologia e suas implicações ambientais, sociais e econômicas.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos, considerados
fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino: Substâncias e
Materiais.
São conteúdos estruturantes de Química:
Matéria e sua natureza;
Biogeoquímica;
Química sintética.
Matéria e sua natureza
É o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da disciplina
de Química por se tratar especificamente de seu objeto de estudo: a matéria e sua
natureza. É ele que abre o caminho para um melhor entendimento dos demais
conteúdos estruturantes.
Biogeoquímica
Biogeoquímica é a parte da Geoquímica que estuda a influência dos seres
vivos sobre a composição química da Terra, caracteriza-se pelas interações
existentes entre hidrosfera, litosfera e atmosfera e pode ser bem explorada a partir
dos ciclos biogeoquímicos.

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Adota-se o termo biogeoquímica como forma de entender as complexas
relações existentes entre a matéria viva e não viva da biosfera, suas propriedades e
modificações ao longo dos tempos para aproximar ou interligar saberes biológicos,
geológicos e químicos.
Química Sintética
Esse conteúdo estruturante tem sua origem na síntese de novos produtos e
materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria
alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), dos
fertilizantes e dos agrotóxicos.
Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os
conteúdos estruturantes da Química devem considerar, em sua abordagem teórico-
metodológica, as relações que estabelecem entre si e entre os conteúdos básicos
tratados no dia-a-dia da sala de aula.
Entende-se por conteúdos básicos, os conhecimentos fundamentais para
cada série, considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes
nas diversas disciplinas da Educação Básica.
3 METODOLOGIA
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná
(2008), é importante que o processo pedagógico parta do conhecimento prévio dos
estudantes, no qual se incluem as ideias pré-concebidas sobre o conhecimento da
Química, ou as concepções espontâneas, como a vivência dos alunos, os fatos do
dia-a-dia, a tradição cultural, a mídia e a vida escolar, busca-se construir os
conhecimentos químicos; a partir dos quais será elaborado um conceito científico.
Uma sala de aula reúne pessoas com diferentes costumes, tradições e ideias
que dependem também de suas origens, isso dificulta a adoção de um único
encaminhamento metodológico para todos os alunos, além disso, torna-se
necessário abordar a cultura e história afro-brasileira Lei n. 10.639/03, a história e
cultura dos povos indígenas respaldado pela Lei n. 11.645/08 e a educação
ambiental com base na Lei 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação

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Ambiental. Também destacamos neste contexto temas que contemplem o
enfrentamento à violência nas escolas e prevenção de drogas, relacionando-os aos
conteúdos estruturantes de modo contextualizado.
Essas interações podem se dar auxiliadas por recursos como leitura de textos
diversificados (jornais, revistas, rótulos de produtos...), como elemento motivador
para a aprendizagem da Química, contribuindo para a criação do hábito da leitura.
Utilização de material áudio-visual, TV Pendrive, sites disponíveis na internet,
demonstrações experimentais, propiciando aos alunos uma reflexão sobre a teoria e
a prática, visando à construção e elaboração dos conceitos.
A educação científica nos dias atuais, a partir dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, muito além da necessidade de preparar os estudantes para inserção
em uma sociedade que baseia cada vez mais seus valores em produtos da ciência e
da tecnologia, deve possibilitar o aprendizado dos conceitos científicos escolares
capazes de inserir os estudantes no debate social a respeito de ciência e tecnologia
e suas implicações.
4 AVALIAÇÃO
Todas as atividades realizadas sobre determinado conteúdo ensinado devem
ser avaliadas de forma processual e formativa, sob os condicionantes do
diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em interações recíprocas, no
dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual, portanto,
está sujeita a alterações no seu desenvolvimento.
A avaliação não possui uma finalidade em si mesma, mas deve subsidiar e
mesmo redirecionar as ações no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista
garantir a qualidade do processo educacional.
Trata-se de um processo de "construção e reconstrução de significados dos
conceitos científicos" (Maldaner, 2003, 144), permitindo ao professor indicar falhas
durante o processo e retomar um determinado conteúdo.
Diversas atividades vivenciadas podem tornar-se atividades de avaliação.
Nesse entendimento, deve ser concebida de forma processual e formativa. Assim,
deve ser contínua, diagnóstica e diversificada nas suas formas de aplicação.

160
Os textos podem ser utilizados como forma de avaliação, bem como a
participação nas aulas teóricas e práticas, atividades experimentais com relatórios.
Destacando também, os instrumentos avaliativos como testes e provas, com
questões que avaliem os alunos nos aspectos de análise, interpretação, ponderação
e avaliação, fundamental para o seu entendimento conceitual. O que se busca é
desenvolver no aluno o questionamento do outro, do mundo e de sis mesmo,
contribuindo para a formação de um cidadão crítico.
São instrumentos que poderão ser utilizados: relatórios de aulas em
laboratórios, apresentação de trabalhos em grupo, leitura e interpretação de textos,
pesquisas bibliográficas, produção de textos, resolução de exercícios, prova escrita
individual e outros.
Finalmente, é necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem
claros para os alunos, como direito que têm de acompanhar todo o processo.
A recuperação de estudos é direito de todos os alunos, no sentido do
aperfeiçoamento da aprendizagem e não apenas no alcance da média. O
estabelecimento proporcionará a recuperação bimestral no valor 10,0 (dez) a todos
os alunos que não atingirem nota bimestral 6,0 (seis). Quanto ao registro
quantitativo, caso o aluno tenha obtido um valor acima daquele anteriormente
atribuído, no processo de recuperação a nota deverá ser substitutiva, uma vez que a
legislação é clara quanto ao caráter cumulativo, ou seja, a melhor nota expressa o
melhor rendimento do aluno em relação à aprendizagem.
5 REFERÊNCIAS
CHASSOT, A. Para que(m) é útil o ensino. Canoas: Ed. da Ulbra, 1995.
CHASSOT, A. Catalisando Transformações na Educação. Ijuí, Ed. Unijuí, 1993.
GASPARIN, J.L. Uma didática para a pedagogia histórica-crítica. Campinas: Autores Associados, 2002.
KRASILCHIK, M. Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências. Perspectiva. São Paulo, v.14, n.1, p.85-93, jan/mar. 2000.

161
MACEDO, E; LOPES, A. C. A estabilidade do currículo disciplinar: o caso das ciências. In: LOPES, A. C. MACEDO, E. (org.). Disciplinas e integração curricular: história e políticas. Rio de Janeiro: DP &A,2002.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química:
professor/pesquisador. 2.ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003.
MORTIMER, E.F.; MACHADO.A.H. Química. São Paulo: Scipione, 2007.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação do Paraná. Superintendência da
Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de
Química. Curitiba, 2008.
SARDELLA, A. Química v. único. Série Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2000.
SCHNETZLER, R. Um estudo sobre o tratamento do conhecimento químico em ivros
didáticos dirigidos ao ensino secundário de Química de 1875 a 1978. Química
Nova, v.4, n.1, p.6-15, 1981.
SCHWARTZMAN, S. Formação da comunidade científica no Brasil. Rio de Janeiro:
FINEP, 1979.

162
SOCIOLOGIA
ENSINO MÉDIO
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Como Ciência a Sociologia delineou-se no rastro do pensamento positivista,
vinculada à ordem das Ciências Naturais. O caráter científico, tão buscado e
valorizado na época (século XIX), estava ligado à lógica da ciências ditas
“experimentais”. Ou seja, para ascender ao estatuto de ciência, deveria atender a
determinados pré-requisitos e seguir métodos “científicos” que pretendiam também a
neutralidade e o estabelecimento de regras.
São representantes desse pensamento Augusto Comte (1798-1857), o
primeiro a usar o termo Sociologia, relacionando-o com a ciência da sociedade, e
Émile Durkheim (1858-1917) que adotou conceitos elaborados por Comte,
especialmente o de ordem social, para delinear uma das correntes representativas
do pensamento sociológico.
Ambos os pensamentos tiveram em comum a busca de soluções para os
graves problemas sociais gerados pelo modo de produção capitalista; isto é, a
miséria, o desemprego e as conseqüentes greves e rebeliões operárias. Cada um
desses sintomas sociais foi analisado por esses pensadores como desvios ou
anomalias da sociedade, que poderiam ser corrigidos ou mesmo solucionados pelo
resgate de valores morais – como a solidariedade – os quais restabeleceriam
relações estáveis entre as pessoas, independentemente da classe social a que
pertencessem.
Um dos mecanismos responsáveis por essa tarefa seria a educação, capaz
de adequar devidamente os indivíduos à nova sociedade. Apesar de sua origem
conservadora e de sua proposta inicial conformista, a Sociologia desenvolveu
também um olhar crítico e questionador sobre a sociedade. De acordo com o
pensamento de Marx, não há soluções conciliadoras numa sociedade cujas relações
se baseiem na exploração do trabalho e na crescente espoliação da maioria. Para
Marx, a teoria apenas tem sentido se transformada em práxis, ou seja, em ação
fundamentada politicamente, para transformar as estruturas de poder vigente e

163
construir novas relações sociais, fundadas na igualdade de condições a todos os
indivíduos.
Na realidade contemporânea, não há mais espaço para discussões
pretensamente neutras, como se fazia no século XIX; pois, no presente, a Sociologia
tem a função de ir além da leitura e da interpretação teórica da sociedade. De fato,
tornou-se questionável explicar e compreender normas sociais e institucionais, pelo
interesse de simplesmente adaptar sujeitos ao meio ou, mesmo, para que eles
façam a mera crítica da sociedade. Espera-se da disciplina de Sociologia que ela
contribua para que os sujeitos, nesse contexto, os envolvidos no processo
pedagógico, tenham recursos para desconstruir e desnaturalizar conceitos tomados
historicamente como irrefutáveis, de maneira que melhorem seu senso crítico e
também possam transformar a realidade e conquistar mais participação ativa na
sociedade.
Os grandes problemas que vivemos hoje, provenientes do acirramento das
forças do capitalismo mundial e do desenvolvimento industrial desenfreado, entre
outras causas, exigem sujeitos capazes de refutar a lógica neoliberal da destruição
social e planetária. É tarefa inadiável da escola e da Sociologia a formação de novos
valores, de uma nova ética e de novas práticas que indiquem a possibilidade de
construção de novas relações sociais.
Proporcionar ao aluno o conhecimento sobre o que é a Sociologia, sua
importância, as diferentes formas de explicação de sociedade, suas problemáticas,
suas diferentes formas de organizações sociais, políticas, econômicas, culturais,
institucionais, etc., vai oportunizar uma melhor compreensão da sociedade atual,
para que desenvolva sua capacidade de reflexão, comunicação, observação e
posicionamento, tornando-se dessa forma um cidadão consciente, responsável,
dinâmico e que respeite as diferenças existentes na sociedade.
A concepção sociológica deve ressaltar o indivíduo como elemento
ativo,participante das dinâmicas sociais resultantes das ações sociais
complementares e antagônicas, fornecendo elementos necessários para a formação
de um cidadão consciente de sua realidade social, econômica, política, de suas
potencialidades, capaz de agir e reagir à essa mesma realidade.
A disciplina tem como objetivos:
Introduzir o aluno no conhecimento das principais teorias sociológicas;

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Conhecer as diferentes formas de explicação da sociedade;
Identificar e analisar a problemática dos meios rurais e urbanos dentro do
contexto da sociedade capitalista;
Proporcionar aos alunos oportunidades de desenvolver suas competências
comunicativas, discursivas, acumulando reflexões e interpretações sobre os
fenômenos sociais;
Introduzir conceitos-chave com os quais os alunos possam operar para o
resto de suas vidas, mesmo quando surjam fenômenos sociais e culturais
novos, instrumentalizando-os nas suas ações e comportamentos.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Processo de Socialização e as Instituições Sociais
Processo de Socialização e as Instituições sociais: Familiares, Escolares, Religiosas;
Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc)
Cultura e Indústria Cultural Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades;
Diversidade cultural;
Identidade;
Indústria cultural;
Meios de comunicação de massa;
Sociedade de consumo;
Indústria cultural no Brasil;
Questões de gênero;
Cultura afro-brasileira e africana;
Culturas indígenas

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Trabalho, produção e classes sociais
O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
Globalização e Neoliberalismo;
Relações de trabalho;
Trabalho no Brasil.
3 METODOLOGIA
A Sociologia se propõe a interpretar o mundo em suas mais diversas faces. É
uma Ciência que se posiciona, influencia posições e ações ao estudar o homem e o
mundo que eles criam ao longo da História.
Para o Ensino Médio, onde encontramos educandos, jovens e adolescentes,
apenas vamos introduzi-los nessa área, ou seja, colocar para os alunos os
fundamentos, conceitos-chave de tal modo que possam beneficiar-se dos seus
conhecimentos para o resto de suas vidas. Essa é uma responsabilidade social que
a educação, a escola e os professores de Sociologia devem ter com os alunos. A
Sociologia crítica, pensa na transformação da sociedade e fundamenta-se no
materialismo histórico, partindo do conhecimento historicamente acumulado e que
parte das Teorias Sociais, Clássicas e Contemporânea. Cada conceito ou tema
precisa ser abordado com várias perspectivas, com várias abordagens, só assim a
Sociologia fará sentido para os alunos.
No ensino de Sociologia, é fundamental a adoção de múltiplos instrumentos
metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a
exposição, a leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da lógica dos
textos (teóricos, temáticos, literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo,
os recursos áudio visuais, os grupos de estudos, textos suplementares,
sistematização por meio de produção de um texto ou de outro meio da produção de

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um texto ou de outro meio de expressão visual, musical, literário, que compõe a
atividade.
O conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação,
descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É
tarefa primordial do conhecimento sociológico, explicitar e explicar problemáticas
sociais concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir pré-noções e
preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia
intelectual e de ações políticas direcionadas à transformação social.
O ensino de Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como
sujeito de se aprendizado; não importa que o encaminhamento seja a leitura, o
debate, a pesquisa de campo ou a análise de filmes, mas importa que o aluno seja
constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos
e a reconstruir coletivamente novos saberes.
Esta disciplina, assim como as demais áreas do conhecimento (seja base
nacional comum ou parte diversificada), deve articular em seus conteúdos, a partir
das possibilidades abertas pelos seus referenciais, a abordagem de temas
abrangentes e contemporâneos que devem permear o desenvolvimento dos
conteúdos do currículo: saúde, prevenção ao uso indevido de drogas; sexualidade e
gênero, vida familiar e social, assim como os direitos das crianças e adolescentes,
de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90),
preservação do meio ambiente, nos termos da política nacional de educação
ambiental (Lei nº 9.795/99), educação para o consumo, educação fiscal, trabalho,
ciência e tecnologia, diversidade cultural, educação para o trânsito (Lei nº 9.503/97),
História do Paraná (Lei nº 13381/01); Educação Tributária (Dec. Nº 1143/99); música
(Lei nº 11.769/2008); Direito das Crianças e Adolescente ( Lei Federal nº 11525/07),
A história e as culturas indígena e afro-brasileira (Lei nº 11.645/2008). A inclusão
dessa Lei possibilita ampliar o leque de referências culturais de toda a população
escolar e contribui para a mudança das suas concepções de mundo, transformando
os conhecimentos comuns veiculados pelo currículo e contribuindo para a
construção de identidades mais plurais e solidárias.

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4 AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática social presente em atitudes cotidianas,
informalmente e em ações organizadas, normatizadas pela Instituição Social e
Educacional.
Avaliar no processo educacional é diferente de avaliar no processo de
produção, porque estamos lidando com a formação humana e não com a produção
de objetos.
A avaliação deve ser diagnóstica e processual e não classificatória. Avaliar
para detectar os problemas no processo educacional e para subsidiar a nossa
intervenção. Assim deve ser entendida a avaliação, ser considerada como
instrumento auxiliar da aprendizagem. Dessa forma, as atividades de avaliação
podem ser processuais, ou seja, a cada conteúdo trabalhado, se estabelece quais
práticas sociais quer se desenvolver no aluno: oralidade, escrita, capacidade de
pesquisar, entre outras, podem ser trabalhadas e avaliadas. Deve-se diversificar as
atividades de avaliação utilizando-se de textos, filmes, teatro, pesquisas, músicas,
seminários, palestras, provas dissertativas e objetivas entre outras.
As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acompanham as próprias
práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos
debates, que acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de
campo, seja a produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre
teoria e prática, enfim várias podem ser as formas, desde eu se tenha como
perspectiva ao selecioná-las a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no
sentido da apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo aluno.
Por fim, entendemos que não só o aluno, mas também professores e a
instituição escolar devem constantemente se auto-avaliarem em suas dimensões
práticas e discursivas e principalmente em seus princípios políticos com a qualidade
e a democracia.

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5 REFERÊNCIAS
Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-Brasileira e Africana - Lei nº. 10639/03
GASPARIN,J.L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas:
Autores Associados, 2002.
MEUCCI, Simoni. A Institucionalização da Sociologia no Brasil: os primeiros
manuais e cursos. Campinas: UNICAMP, 2000.
MORAES, Amaury César. GUIMARÃES, Elisabeth da Fonseca. TOMAZI, Nelson
Dácio. Orientações Curriculares do Ensino Médio - Sociologia, MEC-SEB-
Departamento de Políticas de Ensino Médio, 2000.
OLIVEIRA, Pérsio Santos. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática. 2000.
PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio. Secretaria de
Estado da Educação. Superintendência

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
CELEM – INGLÊS
1.APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizado depois
da chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.
Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil,
apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de
alemão. Em 1916, com a publicação de Cours de Lingüistic Générale por Ferdinand
Saussure, inauguram-se os estudos da linguagem em caráter científico, sendo a
língua objeto de estudo para a Linguística.
Em 1942, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um caráter
patriótico e as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o espanhol, que é
introduzido no lugar do alemão.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do
Brasil, em relação aos Estados Unidos, intensificou-se e, com isso, a necessidade
de aprender inglês tornou-se cada vez maior.
Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma
ensinado nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no
Colégio Estadual do Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o Estado.
Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, nº 9394,
determinou no Ensino Fundamental a oferta obrigatória de pelo menos de uma
Língua Estrangeira Moderna, escolhida pela comunidade escolar. Em relação ao
Ensino Médio, a Lei determina que seja incluída uma Língua estrangeira moderna
como disciplina obrigatória, e uma segunda, em caráter optativo, dependendo das
disponibilidades da instituição.
Uma das argumentações utilizadas para justificar a pluralidade da oferta de
Línguas Estrangeiras é que sua aprendizagem propicia um espaço de reflexão sobre
a língua como “discurso e prática social”, de forma a refletir os sentidos oferecidos
pelas múltiplas culturas inseridas em cada sociedade.

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Por outro lado, se considerarmos que a expansão de uma Língua Estrangeira
é também a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, é fundamental
observar se o ensino dessa segunda língua corrobora para a perpetuação de ideias,
de dominação ou emancipação. O ensino de língua estrangeira deve garantir que os
alunos não se tornem consumidores passíveis de cultura e de conhecimento, e sim,
criadores ativos. Assim sendo, a aprendizagem de uma língua estrangeira adquire
um caráter político como forma de ação para transformar o mundo. Nessa
perspectiva, a responsabilidade do ensino da língua estrangeira amplia-se e exige
uma reflexão ampla do educador sobre o modo como se ensina e por que é
ensinado. Somente assim haverá uma apropriação crítica e histórica do
conhecimento para uma maior compreensão da realidade sócio cultural do aluno,
tornando-o um agente transformador e democrático do seu ambiente de convívio.
Desta forma, espera-se que o aluno:
Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
Vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar
as diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um
norte comum na seleção de conteúdos específicos. Entende-se que o ensino de
Língua Estrangeira deve considerar as relações que podem ser estabelecidas entre
a língua estudada e a inclusão social, objetivando o desenvolvimento da consciência
do papel das línguas na sociedade e o reconhecimento da diversidade cultural.

171
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS:
O conteúdo estruturante esta relacionado com o momento histórico social. Ao
tomar a língua como interação verbal e espaço de produção de sentidos, buscou-se um
conteúdo que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim, define-se como conteúdo
estruturante da Língua Estrangeira Moderna o DISCURSO COMO PRATICA SOCIAL. A
língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que
são as praticas que efetivam o discurso.
LEITURA ESCRITA ORALIDADE
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua,
pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística.
Acentuação gráfica;
Ortografia.
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos
Recursos estilísticos
( figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão,
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.

172
negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
GÊNEROS TEXTUAIS
1º ANO 2º ANO 3º ANO
Esfera cotidiana
Adivinhas
Album de familia
Fotos
Anedota
Bilhete
Cartao postal
Cartão
Comunicados
Exposicao oral
Musicas
Parlendas
Proverbios
Quadrinhas
Receitas
Trava linguas
Esfera da imprensa
Anuncio de emprego
Cartum
Charge
Classificados
Horoscopo
Manchetes
Noticias
Sinopse
Tiras
Esfera publicitária
Anuncios
Comercial
Slogans
Esfera cotidiana
Adivinhas
Músicas
Parlendas
Anedotas
Provérbios
Comunicados
Carta pessoal
Receitas
Trava-línguas
Exposição oral
Convite
Quadrinhas
Curriculum vitae
Diário
Preenchimento de cheques
Esfera da imprensa
Anúncio de emprego
Cartum
Charge
Manchete
Notícia
Sinopse de filmes
Tiras
Reportagens
Esfera publicitária
Anúncios
Comercial para tv
Parodias
Esfera cotidiana
Músicas
Parlendas
Provérbios
Comunicados
Carta pessoal
Receitas
Trava-línguas
Exposição oral
Curriculum vitae
Diário
Esfera da imprensa
Anúncio de emprego
Cartum
Charge
Manchete
Notícia
Sinopse de filmes
Reportagens
Esfera publicitária
Anúncios
Comercial para tv
Parodias
Carta de emprego
Panfletos
Esfera literária
Biografia
Contos
Fábula

173
Placas
Filmes
Video clip
Esfera literária
Autobiografia
Biografia
Contos
Fabulas
Historias em quadrinhos
Narrativas
Poemas
Esfera científica
Resumo
Verbetes
Esfera escolar
Cartazes
Diálogos
Mapas
Relatos de experiências
Carta de emprego
Panfletos
Esfera literária
Biografia
Contos
Fábulas
Historia em quadrinhos
Narrativas
Poemas
Lendas
Esfera científica
Resumo
Verbetes
Artigo
Esfera escolar
Cartazes
Dialogos
Mapas
Relatos de experiencia
Textos argumentativos
Esfera midiática
Filmes
Blogs
Video clips
Chat
Esfera de produção e consumo
Bula
Manual
Rotulos
Embalagens
Regras de jogo
Narrativas
Poemas
Lendas
Esfera científica
Resumo
Verbetes
Artigo
Esfera escolar
Cartazes
Dialogos
Mapas
Relatos de experiencia
Textos argumentativos
Esfera midiática
Filme
ANALISE LINGUISTICA
1º ANO 2º ANO 3º ANO
Emprego das formas verbais (presente do
Concordância nominal Concordância nominal

174
3 METODOLOGIA
O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna em sala de aula a partir do
entendimento do papel das línguas na sociedade é mais que meros instrumentos de
acesso à informação. O aprendizado de línguas estrangeiras são também
possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos e entender o mundo e
construir significados . Dessa forma, que o ensino de Língua Estrangeira se constitui
por meio da compreensão da diversidade lingüística e cultural para que o aluno se
indicativo)
Artigo (definido e indefinido)
Pronomes pessoais
Advérbios
Numerais (cardinais, ordinais)
Horas
Verbos regulares e irregulares (1ª. 2ª, 3ª conjugações)
Adjetivos possessivos demonstrativos
Pronomes possessivos
Acentuação
Pronomes indefinidos
Pronomes interrogativos
Ortografia
Preposição
Adjetivos qualificativos
Divisão silábica
Classes gramaticais
Léxico (vestimenta, objetos de sala, cores, alimentos, corpo humano, partes da casa, dias da semana, meses do ano, estações, e outros que serão trabalhados.
e verbal
Colocação pronominal
Verbos: subjuntivo e imperativo
Condicional
Tempos e modos verbais (pret. perf. / futuro...)
Particípio, gerúndio
Complementos verbais
Pronomes relativos e interrogativos
Léxico: vocabulário a partir dos textos trabalhados
Os héteros
Perífrase verbal
e verbal
Colocação pronominal
Verbos: subjuntivo e imperativo
Condicional
Tempos e modos verbais (pret. perf. / futuro...)
Particípio, gerúndio
Complementos verbais
Pronomes relativos e interrogativos
Léxico: vocabulário a partir dos textos trabalhados
Os héteros
Perífrase verbal

175
envolva discursivamente e desenvolvas as práticas de leitura, escrita e oralidade
levando em conta o seu conhecimento prévio.
A utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno identifique as
diferenças estruturais e funcionais, a autoria e a que público se destina devem ser
levadas em consideração as estratégicas metodológicas devem voltar-se para que
o aluno conheça novas culturas e que não há uma cultura melhor que a outra, mas
sim diferentes.
A princípio, é preciso levar em conta o processo de continuidade, ou seja, a
manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as especificidades da
língua estrangeira ofertadas, as condições de trabalho existentes na escola, o
projeto político-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o
perfil dos alunos (DCE: 2006, p.37).
Ao se trabalhar o texto propõe-se uma análise linguístico-discursiva dos
elementos não só de natureza lingüística, mas, principalmente, os de fins
educativos, visando a abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária,
conforme os interesses dos alunos. Vale ressaltar a importância de se trabalhar os
diversos tipos de texto, com diferentes graus de complexidade da estrutura
lingüística.
É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir
das escolhas temáticas e textuais, enfatizando o conteúdo e não a forma. O uso do
texto é fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita,
da oralidade.
Serão observados os diferentes níveis de aprendizagem e bagagem de
conteúdos diagnosticados no inicio do ano, bem como será dada especial atenção
ao Ensino Noturno, considerando suas peculiaridades
É importante propiciar ao aluno: práticas de leitura de textos de diferentes
gêneros, reflexões sobre o tema,intertextualidade,aceitabilidade, informatividade,
situcionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia, proporcionar o uso
adequado de palavras e expressões para estabelecer a referencia textual;conduzir a
utilização adequadas das partículas conectivas sempre partindo do conhecimento
prévio do aluno.
A exploração de vários recursos como aulas expositivas e dialogadas,
trabalhos em grupos, produção escrita e produção oral de forma interativa em busca

176
de melhores resultados na aprendizagem, serão utilizados para isso, materiais como
livro didático, dicionário, vídeo, CD, DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia serão
utilizados para facilitar o contato e a interação com a língua e a cultura.
Serão trabalhados assuntos sobre vida e sociedade da cultura afro-brasileira
e africana e cultura indígena referente a Lei 11645/08, pelo fato da realidade da
origem e formação da sociedade brasileira e latino-americana e, que no continente
africano há um país que fala o espanhol como língua oficial. A Lei 9795/99 que trata
da Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos,
Educação Fiscal; Enfrentamento a Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido
de Drogas e Sexualidade, todos esses temas serão abordados para que os alunos
conheçam e analisem de forma critica como outras sociedades tratam tais assuntos.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e,
portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É
um elemento de reflexão contínua do professor sobre sua pratica educativa e revela
aos alunos suas dificuldades, progressão e possibilidades.
A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro
significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem
sucedida. Depreende-se, portanto que avaliação da aprendizagem da língua
estrangeira precisa superar a concepção do mero instrumento de mediação da
apreensão de conteúdos, visto que ela se configura como processual e, como tal,
objetiva subsidiar discussões a cerca das dificuldades e avanços dos alunos
sujeitos, a partir de suas produções, no processo de ensino aprendizagem.
Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de conjunto no
processo de avaliação.
Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve contemplar a
avaliação diagnóstica, contínua, formativa e reflexiva;
O processo de ensino-aprendizagem do conteúdo deve contemplar o
acompanhamento metodológico e avaliativo;

177
Na avaliação contínua, é necessário que o professor e os alunos analisem
quanto e como conseguiram aproximar-se dos objetivos propostos;
O registro e a observação do desempenho do aluno devem ser feitos pelo
professor de forma contínua e reflexiva;
A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre professor e
aluno, o que favorece a pratica e auto-avaliação entre ambos;
As aprendizagens dos alunos devem ser consideradas como parâmetros para
realimentação dos encaminhamentos adotados;
Nessa proposta avaliativa, a língua é concebida como prática social e
discursiva. A avaliação formativa, na sua condição contínua e diagnostica deve ser
privilegiada, a fim de promover a análise e reflexão nos encaminhamentos das
intervenções pedagógicas.
A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, fazer com que o
professor repense a sua metodologia planeje suas aulas de acordo com as
necessidades de seus alunos. E, através dela, é possível perceber quais são os
conhecimentos lingüísticos, discursivo, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas
de leitura, escrita oralidade e compreensão auditiva – que ainda não foram
suficientemente trabalhadas e que precisam ser abordadas mais exaustivamente
para garantir a efetiva interação do aluno com os discursivos em língua estrangeira.
Considerando a necessidade de contemplar a diversos modos de
aprendizagem poderão ser utilizados diferentes instrumentos de avaliação que
respeitem o ritmo dos alunos e limitações.Tais como: seminários,debates,feiras
culturais, pesquisas,jogos entre outros. De acordo com a Lei nº 10.436 de 24 e abril
de 2002, em se tratando do aluno com deficiência auditivas, deve-se respeitar sua
primeira língua (LIBRAS), que apresenta uma forma de funcionamento lingüístico
cognitivo diferenciado ou podendo também ser avaliado em LIBRAS, com o auxilio
de intérprete.
Para a avaliação será utilizadas as provas objetivas e discursivas, leitura de
textos de diversos gêneros textuais, debates, seminários, interpretação de textos,
diálogos orais e escritos, elaboração de narrações dissertações, resumos, trabalhos
individuais e em grupos, música, teatro, filmes, jogos e outras atividades. As
avaliações para alunos com deficiência auditiva poderá ser em libras e com auxilio
de um interprete.(caso o colégio receba algum caso de inclusão).

178
Segundo o Projeto Político Pedagógico da escola o valor das avaliações ficou
da seguinte maneira: O valor total de cem pontos sendo, 50 pontos de trabalhos e
50 pontos de avaliações.
A recuperação será de cem por cento do conteúdo trabalhado.
Para que essa avaliação aconteça com êxito, faz-se necessário que a mesma
deixe de ser utilizada, segundo Luckesi (2005,p.166) como “ recurso de autoridade e
assuma papel de auxiliadora do crescimento”.
5 REFERÊNCIAS
ALMEIDA FILHO, José Carlos P. de Almeida (org.) O professor de Língua
Estrangeira em Formação. 2ª Ed. Campinas: Pontes,2005.
ALVES, Adda Nari M. Vale!: Comenzamos : 1 / Adda-Nari.Alves, Angélica Mello, - 2º
Ed. – São Paulo, Ed. Moderna, 2002.
BRASIL, Lei nº10639, 09 de janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de
educação, Cadernos Temáticos História da Cultura afro-brasileira e Africana.
Ministério da Educação – Ministério de Educação, 2004.
Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-Brasileira e Africana - Lei nº. 10639/03
CAZAUX HAYDT, Regina: Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem. Editora
Ática- 6ªª edição São Paulo – SP, 2004.
COLÉGIO ESTADUAL WALFREDO SILVEIRA CORREA. Regimento Escolar.
Arapongas, 2011.
DCEs. Diretrizes Curriculares Estaduais. Curitiba,SEED,2009
LEFFA, V. J. A interação na aprendizagem das línguas. Pelotas: EDUCAT, 2006.
SEED PARANÁ, Inclusão e diversidade: reflexões para a construção do Projeto
Político-Pedagógico. Curitiba 2006.
SEED, Secretaria de Estado da Educação: Língua Estrangeira Moderna - Espanhol
e Inglês / vários autores – Curitiba : SEED-Pr, 2006, - p. 256.
WWW.diaadiaeducacao.pr.gov.br

179
MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96.
Matriz Curricular Matutino e Vespertino.
Ano de implantação 2013
Fonte: http://www.educacao.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=4077

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