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PSICODIAGNÓSTICO
O EXAME DO ESTADO MENTAL E
SUAS TRANSFORMAÇÕES
Leonice de Paula Ramos
Wendel Ribeiro dos Santos
O que é exame do estado
mental? (EEM) • É definida como a avaliação acurada e
sistemática dos sintomas objetivos e subjetivos dos transtornos mentais.
O uso de testes ou tarefas para avaliação cognitiva pode ser útil na determinação de forças
e fraquezas relacionadas ao perfil neuropsicológico, possibilitando o planejamento de intervenções adequadas.(Jurado & Rosselli,
2007)
A anamnese
História
O exame físico
O raciocínio clínico
raramente são vistos como procedimentos científicos, e sim muitas das vezes, como talentos, intuições,
“ olho clínico” vocação, em geral associados a
sentimentos e humanismo.
A DESUMANIZAÇÃO DA ATENÇÃO
• Tendência em todas as especialidades
médicas, incluindo a psiquiatria
• O atual sistema de saúde é amplamente
insensível ao psiquismo dos pacientes.
A DESUMANIZAÇÃO DA ATENÇÃO
• Médicos sendo encorajados a embasar as
decisões quanto aos psicofármacos em
diagnósticos feitos depois de uma
entrevista “ RAPIDINHA”
A DESUMANIZAÇÃO DA ATENÇÃO
• Com alguns poucos sintomas
supostamente relevantes, ignora que cada
paciente é uma pessoa com sua história
singular, vivendo em um ambiente único.
A DESUMANIZAÇÃO DA ATENÇÃO
• A ânsia pela rapidez e pela objetividade,
estimulou o desenvolvimento de
entrevistas de 30 minutos, com etapas
cronometradas em que quatro minutos
são dedicados ao EEM (Nussbaum, 2013)
Miniexame do estado mental
(MEEM)
• Na busca por trabalhos sobre o Mental
Status Exam no PubMed outubro/2014
em dois terços das pesquisas este é o
instrumento de pesquisa mais utilizado.
Miniexame do estado mental
(MEEM)
• Estudantes e profissionais devem
considerar que o MEEM ou outros
recursos utilizados em pesquisas são
instrumentos de rastreamento e
monitoramento da evolução, e não de
diagnóstico.
• Sua sensibilidade deixa muito a desejar
quando utilizado isoladamente.
Sinais de organicidade ou dano
cerebral
• Hoje é preciso que se desenhem
entrevistas clínicas e EEMs capazes de
proporcionar indicações suficientemente
claras dos prejuízos cognitivos e,
particularmente das disfunções executivas
no mundo real do dia a dia de cada
paciente.
Cenários da vida real dos pacientes
• Recomendações de Kristensen (2006),
bem como de Lezak e colaboradores
(2012) e Royall, Mahurin e Gray (1992),
para adaptar ou flexibilizar as entrevistas
clínicas de avaliação de forma realista.
Cenários da vida real dos pacientes
• As avaliações neuropsicológicas de
filósofos, psicanalistas, bioquímicos,
CEOs, jogadores de futebol ou top models
naturalmente não poderão ser as
mesmas.
Orientação teórica
• O entrevistador deve estar atento,
todavia, ao efeito que tem sua própria
orientação teórica na obtenção dos dados
semiológicos e da história do examinado,
pelo risco de algumas formas de
reducionismo
Orientação teórica
• (Jaspers (1985, p 17) Não conhecemos
nenhum conceito fundamental que possa
conceber o homem exaustivamente.
Nenhuma teoria em que se possa
aprender ... Toda a sua realidade. Por isso
a atitude científica fundamental é estar
aberto para todas as possibilidades de
investigação empírica. E resistir a toda a
tentativa de reduzir o homem ...a um
denominador comum
Orientação teórica
• Jaspers (1985, p. 41) Reforçar a
necessidade do pluralismo metodológico
na psicopatologia, bem diferente dos
“ ecletismo de conveniência”
Orientação teórica
• Jaspers (1985, p. 41) Diz:
Ao contrário de forçar os fatos
investigados em uma camisa de força de
uma teoria sistematizada, tento discernir
entre os diversos métodos de pesquisa,
pontos de vista e abordagens, de modo
que a trazê-los para um foco mais claro e
demonstrar a diversidade dos estudos
psicopatológicos.