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PUERPÉRIO NORMAL
# CONCEITO
É o período do ciclo gravídico-puerperal em que as modificações locais e sistêmicas, imprimidas pela gestação no organismo materno, retornam ao estado pré-gravídico.
Seu início ocorre após a expulsão total da placenta e seu término não tem sido uniformemente definido
# CLASSIFICAÇÃO: Imediato – Tardio – Remoto
PUERPÉRIO NORMAL
# Puerpério Imediato: inicia-se após a dequitação e se
estende até o 10º dia pós parto. Caracteriza-se por
regressão manifesta da alterações gravídicas locais e
gerais
# Puerpério Tardio: 11 a 45 dias. Nas não lactantes a
recuperação do sistema genital é intensa
# Puerpério Remoto: de 46 dias até a completa
recuperação das alterações imprimidas pela gestação
e a volta dos ciclos menstruaias ovulatório normais
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
HEMORRAGIAS
# FORMAS CLÍNICAS:
- Lacerações de Trajeto: colo e vagina. Tratamento: sutura
- Atonia Uterina: Sangramento intenso. Útero amolecido e
globoso.
- Tratamento: - Massagem
- Ocitócitos
- Metilergonovina
- Prostaglandina intramiometrial
- Laqueadura da artéria uterina
ascendente ou hipogástrica
- Histerectomia
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
HEMORRAGIAS
- Inversão Uterina: útero não palpável na região
suprapúbica. Manobra de Taxe. Cirurgia
- Retenção de Restos Placentários: Útero sub-
involuído; ultrassonografia mostra material amorfo.
Tratamento: Curetagem, uterotônicos, antibiótico se
infectado
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
INFECÇÃO PUERPERAL
É localizada nos órgão genitais, após parto ou
abortamento recente
Infecção Puerperal, Febre Puerperal, Morbidade Febril
Puerperal ► aumento da temperatura corpórea, no
mínimo 38º C, durante dois dias quaisquer, dos primeiros
10 dias do pós-parto, excluídas as primeira 24 horas.
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
INFECÇÃO PUERPERAL
# ETIOPATOGENIA – FATORES PREDISPONENTES
- Cesarina - Parto Prolongado
- Amniorrexe Prematura - Circlagem
- Manipulação repetida no canal do parto
- Hemorragia ante, intra e pós parto
- Condições Sócio-econômicas
- Monitorização Interna - Gemelaridade
- Retenção de restos ovulares
- Placenta Baixa
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
INFECÇÃO PUERPERAL # FORMAS CLÍNICAS
- Períneo-Vulvovaginite e Cervicite: as infecções ocorrem
das soluções de continuidade aí produzidas pela
passagem do feto, além das episiotomias
- Infecção da Episiotomia:
- Infecção Simples: limitada à pele e à fascia supercial
adjacente. O local apresenta edema, eritema e
posteriormente deiscência da zona de sutura.
- Infecção da Fascia Superficial: como a fascia
superficial dessa área tem continuidade com as da parede
abdominal, região glútea e pernas, o edema e eritema
estendem-se para essas áreas.
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
INFECÇÃO PUERPERAL
- Necrose da Fascia Superficial: infecção muito grave:
edema ► eritema ► pele coloração azulada ou castanha
► grangrenoso, com formação de vesículas e bolhas ►
sinais tóxicos de septicemia.
- Mionecrose: atinge os músculos do períneo.
- Endometrite: surge no sítio de implantação placentária.
Aumento da temperatura (até 39º C), lóquios tornam-se
purulentos e com mal cheiro. Útero amolecido e doloroso,
engrandecido, colo permeável.
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
INFECÇÃO PUERPERAL
- Parametrite: é infecção do tecido conjuntivo fibro-
areolar, parametrial; decorrente de lacerações do colo e
da vagina, propagando-se o germe pela via linfática.
Temperatura atinge 39º C, toque: dor intensa, com
endurecimento dos paramétrios.
- Anexite (Salpingite e Ooforite): - endossalpingite ►
piossalpingite. Dor abominal aguda, predominante em
fossas ilíacas, febre alta (39 a 39,5º C) , discreta defesa
abdominal
- Peritonite: dor intensa e defesa muscular no baixo
ventre. Febre alta (40º C), perturbação funcional dos
intestino, com retenção de gases e fezes (íleo paralítico),
taquicardia, sinal de Blumberg positivo. Toque: dor em
fundo de saco vaginal posterior (abaulamento).
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
INFECÇÃO PUERPERAL
- Tromboflebite Pélvica: os agentes infecciosos são
geralmente anaeróbios, abscessos renais,
pulmonares... Febre, calafrios, taquicardia, taquipnéia,
dor torácica, tosse, hemoptise.
- Choque Septicêmico: o principal responsável é a E.
coli, a mortalidade chega cerca de 20-25%.
Precede o choque a septicemia: calafrios, elevação da
temperatura a 40º C, taquicardia (120-140 bpm) e estado
geral mau.
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
TRATAMENTO
Em todas as formas clínicas de infecção puerperal a
terapêutica antiinfecciosa é fundamental e em geral
suficiente para a cura do processo.
Medidas complementares como hidratação venosa,
antitérmicos, antiinflamatórios, oxigênio são
indispensáveis para garantir a sobrevivência das
pacientes.
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
TRATAMENTO
Etiologia é Polimicrobiana
# Esquema de Antibióticos:
1. Penicilina Cristalina – Cloranfenicol – Metronidazol
2. Penicilina Cristalina – Gentamicina – Metronidazol
3. Ampicilina – Gentamicina – Metronidazol
4. CLINDAMICINA - GENTAMICINA
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
MASTITES
- É um processo inflamatório agudo das mamas, de
origem infecciosa, associado à lactação – entre 2 a 4
semanas de puerério.
- Incidência: 1 – 5%
- Etiologia: Staphylococcus aureus: 50% dos casos (ou +)
- Casos Graves: (lesões extensa, ulceradas e
necrosantes) Gram-negativos aeróbicos (E. coli,
Pseudomonas, Serratia) e anaeróbios (bacterióides)
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
MASTITES
# FATORES PREDISPONENTES:
- Malformações da papila mamária
- Primiparidade (maior sensibilidade da pele)
- Fissuras
- Técnica incorreta de amamentação
- Ingurgitamento mamário
- Higiene local inadequada
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MASTITES
# QUADRO CLÍNICO – MANIFESTAÇÕES
- GERAIS: febre, cefaléia, anorexia e mal-estar
- LOCO-REGIONAIS: aumento de volume, dor, edema de
pele, sinais flogísticos (dor, hiperemia e hipertermia);
abscessos superficiais com flutuação ou drenagem
espontânea (subareolares ou subcutâneos)
- PROFUNDAS: de difícil identificação (intramamários ou
retromamários)
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
MASTITES
# DIANGNÓSTICO
- Clínico
- Laboratorial
- Ultrassonográfico
- Mamografia
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
MASTITES
# TRATAMENTO
- PROFILÁTICO: preparação dos mamilos e aréolas,
higiene local, manutenção dos mamilos e aréolas secas,
elevação das mamas, evitar ou tratar fissuras, esvaziar
os ingurgitamentos.
- CLÍNICO: antibióticos, anti-inflamatórios e antitérmicos
- CIRÚRGICO: drenagem
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
MASTITES
# TRATAMENTO CLÍNICO
- Casos Leves: Cefalexina (7-10 dias)
- Casos Graves: Oxacilina 500 mg a 1 grama EV de 6/6
horas associado ou não à cefoxitina 1 grama EV de 8/8
horas – durante 7 a 10 dias
# TRATAMENTO CIRÚRGICO
- Drenagem do abscesso sob anestesia geral
- + antibioticoterapia endovenosa
NÃO SUSPENDER A AMAMENTAÇÃO
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
PSICOPATOLOGIA PUERPERAL
# TRANSTORNOS DO HUMOR
- Disforia do Pós-Parto (“puerperal bues”): grau de
tristeza ou humor depressivo nos primeiro dias do pós
parto (85% das puéperas); labilidade emocional,
irritabilidade, tensão, cefaléia, cansaço/fadiga, déficito de
memória, sentimentos de inadequação. Diminui após 10º
dia de pós parto.
- Depressão Puerperal: incide em 10 a 15% das
puérperas, normalmente após a segunda ou terceira
semana pós parto. Sintomas de ansiedade, inquietude,
insônia, humor deprimido, idéias delirantes, alucinações,
humor lábil.
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
PSICOPATOLOGIA PUERPERAL
# TRANSTORNOS PSICÓTICOS – Psicose Puerperal
- Em até 3 semanas de puerério: Início agudo, sintomas
afetivos realcionados à mania ou à hipomania
(desinibição, hiperatividade motora, distraibilidade,
euforia e disforia)
- Quadro mais tardio (até o sexto mês): mais frequentes
os quadros esquizofrênicos: desconfiança, ideação
paranóide, alucinações, discurso incoerente e
desorganizado, mutismo, atos irracionais)
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
PSICOPATOLOGIA PUERPERAL
# TRATAMENTO
- Transtornos mentais no pós-parto interferem não apenas
na segurança da paciente, mas também na de seu bebê.
- Psicoterapia
- Antidepresivos tricíclicos de 2ª geração
- Suporte Psiquiátrico
- Diazepínicos (crises confuso-delirantes)
- Todo medicamento passa pelo leite em maior ou menor
proporção - avaliar cada paciente.