quem emprega quem?
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Em um recente artigo, Tim
Brown lista cinco novas
carreiras de design para o
século 21. Entre elas, destaca a
Pesquisa Híbrida de Design, uma
prática para quem gosta tanto
de pessoas quanto de dados,
como ele mesmo descreve. O
uso de métodos tradicionais de
pesquisa em design ainda se
mantêm importantes, mas agora
passam a ser combinados com
pesquisa de dados quantitativos
e auxílio de tecnologia e
ciências exatas na formação de
inteligência de projeto.
O uso de diferentes recursos de design
em setores da indústria no Brasil Q U E M
E M P R E G A
Q U E M ? Por DUCO
www.cbd.org.br
www.ducontact.com
Gestã
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n -
DUCO
Este tipo de pesquisa em design tende a funcionar
como base de decisões para gerentes de design ou
gestores em suas organizações, do privado ao público.
Nesta prática, os desafios vão bem além da coleta
de dados. Para que sejam úteis, dados precisam
ter significado. O desafio para designers reside na
habilidade de analisar os dados, ratificar, cruzar
referências, comprovar e apresentar a informação de
maneira a torna-la valiosa na tomada de decisão.
Os gráficos a seguir são parte de um estudo complexo
solicitado pelo Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e comércio Exterior (MDIC) e a Agência
Brasileira de Promoção de Exportações e
Investimentos (Apex-Brasil), onde este trabalho
de pesquisa com coleta e análise de dados é
demonstrado. O Diagnóstico do Design Brasileiro foi
publicado em 2014 e traça uma panorama do uso de
design pela indústria no Brasil, além do perfil do setor
de design no país. O projeto foi realizado pelo Centro
Brasil Design e contou com uma equipe de mais de
10 pesquisadores envolvidos, entre eles a equipe da
DUCO. A compilação de fatos e dados estatísticos
neste projeto tem como um dos objetivos informar
a tomada de decisões em programas e políticas
públicas ligados à incorporação do design nos setores
industrial e de serviços no Brasil.
O gráfico acima ilustra o uso dos diversos
recursos de design em diferentes setores da
indústria brasileira. Cada ícone representa
um recurso diferente sendo o tamanho do
ícone representativo da frequência de uso (em
porcentagem) pelo setor. Por exemplo, todas as
empresas do setor Têxtil e Confecção da amostra
contam com uma equipe de design interna,
comparando, por exemplo, com o setor Médico-
odonto-hospitalar que tem apenas 31% de suas
empresas com uma equipe de design interna.
Em destaque, o setor de Cerâmica de
Revestimento faz uso de diversos recursos de
design. Esta diversidade de práticas garante uma
riqueza de ideias e inovação em uma empresa,
mas também exige grande habilidade em gestão
de design. Em um mercado competitivo como
o de Revestimentos, é necessário possuir essa
habilidade a fim de criar vantagens competitivas.
No portfólio do setor HPPC destaca-se
claramente o uso de designers freelancers.
O uso de designers freelancers pode ser
uma indicação da capacidade limitada das
equipes de design das empresas em lidar
com diferentes demandas. Pode ainda ser um
indicativo de falta de planejamento quando
freelancers são chamados para o cumprimento
de demandas repentinas.
O único setor que utiliza com mais frequência
consultorias de design externas do que um
departamento interno é o Médico-odonto-
hospitalar. Como característica, este setor
investe muito em pesquisa e desenvolvimento,
mas apenas trabalha com designers externos
no final de processo de desenvolvimento, para
envolver suas novas tecnologias, desperdiçando
oportunidade de acúmulo de know-how e
potencial de inovação em seus produtos.
Fonte: Diagnóstico do Design Brasileiro, 2014. Disponível para download: www.cbd.org.br/downloads
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