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Patrícia Cecília Teixeira
RA: 3040109 - 4o ano
Tatyana Nascimento Moraes
RA: 001200200325 - 4o ano
AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES POSTURAIS EM MULHERES PORTADORAS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO
Bragança Paulista
2005
12
Patrícia Cecília Teixeira
RA: 3040109 – 4o ano
Tatyana Nascimento Moraes
RA: 001200200325 – 4o ano
AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES POSTURAIS EM MULHERES PORTADORAS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO
Monografia apresentada ao Curso de Fisioterapia doCentro de Ciências Biológicas e da Saúde da UniversidadeSão Francisco, sob a orientação da Profa. Ms. KatiusciaRosette Scasni, como exigência parcial para conclusão docurso de graduação.
Bragança Paulista
2005
13
TEIXEIRA, Patrícia Cecília; MORAES, Tatyana Nascimento. Avaliação do Padrão
Postural em Mulheres Portadoras de Incontinência Urinária de Esforço.
Trabalho de Conclusão de Curso defendido e aprovado na Universidade São
Francisco em 07 de Dezembro de 2005 pela banca examinadora constituída pelos
professores:
_____________________________________
Profª Ms. Katiuscia Rosette Scasni
USF – orientadora
______________________________________
Profª Ms. Andréa Vasconcelos Gonçalves
USF – examinadora
______________________________________
Profª Ms. Rosimeire Simprini Padula
USF - examinadora
14
Dedicamos este trabalho a nossa família, especialmente aos nossos pais,
Paulo César Teixeira e Magali Aparecida Cecília, Maria de Fátima Nascimento
Moraes e José Edevaldo de Moraes, ao Anderson Fernandes da Santos e a Bianca
Nascimento Moraes.
AGRADECIMENTOS
A realização desta Monografia só aconteceu devido ao apoio de
inúmeras pessoas em modo particular:
primeiramente a Deus, por ter nos ajudado a ultrapassar os obstáculos que
apareceram, dando-nos força e sabedoria, tornando-nos vitoriosas;
ao Paulo César Teixeira, Maria de Fátima Nascimento Moraes e José
Edevaldo de Moraes, por terem colaborado financeiramente para nossa formação e
acreditado em nossa capacidade;
à Magali Aparecida Cecília, por ter dado conselhos sábeis nas horas mais
difíceis, muitas vezes amenizando os problemas e nunca deixando de acreditar em
nossa capacidade;
à Bianca Nascimento Moraes, que mesmo morando à distância, esteve sempre
disposta a nos ajudar, enriquecendo tanto com sabedoria quanto com material o
nosso trabalho;
ao Anderson Fernandes dos Santos, pela sua paciência e compreensão,
durante as fases mais difíceis e sempre dando seu apoio para vencer os obstáculos;
15
à nossas professoras Katiuscia Rossete Scasni e Rosimeire Simprini Padula,
que contribuíram para o nosso crescimento intelectual e pessoal, nos apoiando
sempre que foi preciso;
à Maria Flávia Cardoso de Oliveira e Andressa Cintra Toledo, por ter ajudado
na coleta de materiais enriquecendo assim nosso trabalho.
16
Fácil é sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um sonho.
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com
tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o
resgata.
(Carlos Drummond de Andrade)
17
TEIXEIRA, Patrícia Cecília; MORAES, Tatyana Nascimento. Avaliação do Padrão
Postural em Mulheres Portadoras de Incontinência Urinária de Esforço. 2005.
31f. Trabalho de Conclusão de Curso em fisioterapia Bragança Paulista.
RESUMO
Introdução: A Incontinência Urinária de Esforço (IUE) é a perda involuntária de
urina pelo óstio uretral externo, por ausência da contração do músculo detrusor,
associado a esforços mínimos como: tosse e espirros em que a mulher terá perda de
urina gravitacionalmente ou com a mudança de posição. Alguns dos fatores que
causam a IUE na mulher são: franqueza dos músculos do assoalho pélvico (MAP) e
músculos abdominais, hábito de realizar manobras de Valsalva associada à tosse,
espirro, riso e esvaziamento vesical ou intestinal, obesidade andróide, entre outros.
Devido à fraqueza dos MAP e músculos abdominais é esperado encontrar um
padrão postural que abrange protusão abdominal, anteroversão pélvica e
hiperlordose lombar. Por isso este estudo avaliou se há realmente um padrão
postural em mulheres com IUE condizente a este exposto, como é referido na
literatura. Métodos: foi realizada revisão das fichas de avaliação postural das
mulheres com IUE da Clínica de Fisioterapia da Universidade São Francisco (USF).
Foram selecionadas 57 avaliações de pacientes realizadas no período de fevereiro
de 2003 a março de 2005, sendo divididas em dois grupos um abaixo de 60 anos e
outro acima de 60 anos. Os dados dessas mulheres foram transcritos para uma
ficha de coleta elaborada para este estudo e posteriormente transcritos para um
programa de cálculos estatísticos. Resultados: os resultados obtidos no grupo
acima de 60 anos foram a protusão abdominal 81,2%(13), hiperlordose lombar
37,5%(6), hipercifose torácica 56,2%(9) e no grupo abaixo de 60 anos foram a
hiperlordose lombar 68,3%(28), protusão abdominal 82,9%(34), anteroversão
pélvica 41,5%(17) e hipercifose torácica 41,5%(17). As alterações encontradas no
grupo com idade abaixo de 60 anos são compatíveis com a literatura. E no grupo
com idade acima de 60 anos foram encontradas três das quatro alterações
descritas na literatura como presentes em mulheres com IUE. Porém, estas
alterações também são descritas como compatíveis com a idade avançada, não
sendo possível afirmar a sua relação com a IUE.
18
Palavras-chave: INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO, POSTURA,
PADRÃO POSTURAL. ABSTRACT
Introduction: the Urinary Incontinence of Effort (IUE) it is the involuntary loss of
urine for the external urethral ostium, for absence of the contraction of the muscle
detrusor, associate to minimum efforts as: he/she coughs and sneezes in that the
woman will have loss of urine gravitacionalmente or with the position change.
Devido à fraqueza dos MAP e músculos abdominais é esperado encontrar um padrão
postural que abrange protusão abdominal, anteroversão pélvica e hiperlordose
lombar. Therefore this study evaluated if there is really a pattern postural in women
with suitable IUE to this exposed, as it is referred in the literature. Methods: revision
of the records of the women's evaluation postural was accomplished with IUE of the
Clinic of Physiotherapy of the Universidade São Francisco (USF). 57 evaluations of
patients were selected accomplished in the period of February from 2003 to March of
2005, being divided in two groups one below 60 years and other above 60 years.
Those women's data were transcribed for a collection record elaborated for this study
and later transcribed for a program of statistical calculations. Results: the results
obtained in the group above 60 years were the abdominal protrusion 81,2%(13),
lumbar Hiperlordose 37,5%(6), thoracic hipercifose 56,2%(9) and in the group below
60 years were the lumbar hiperlordose 68,3%(28), abdominal protusão 82,9%(34),
pelvic anteroversão 41,5%(17) and thoracic hipercifose 41,5%(17). Conclusion: The
alterations found in the group with age below 60 years are compatible with the
literature. And in the group with age above 60 years three of the four alterations were
found described in the literature as presents in women with IUE. However, these
alterations are also described as compatible with the advanced age, not being
possible to affirm his/her relationship with IUE.
Word-key: URINARY INCONTINENCE OF EFFORT, POSTURE, STANDARD
POSTURAL.
19
SUMÁRIO
LISTA DE SIGLAS........................................................................................................... 09
LISTA DE TABELAS ...................................................................................................... 10
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 11
2. OBJETIVO ................................................................................................................... 18
2.1 Objetivo geral ............................................................................................................. 18
3. MÉTODO ..................................................................................................................... 19
3.1 Amostra ....................................................................................................................... 19
3.2 Procedimento .............................................................................................................. 19
4. RESULTADOS ............................................................................................................ 21
5. DISCUSSÃO ................................................................................................................ 26
6. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 29
ANEXO 1 ......................................................................................................................... 32
ANEXO 2 ......................................................................................................................... 24
20
LISTA DE SIGLAS
IU - Incontinência Urinária
IUE - Incontinência Urinária de Esforço
MAP - Músculos do Assoalho Pélvico
USF - Universidade São Francisco
G.O - Ginecologia e Obstetrícia
MMSS - Membros Superiores
MMII - Membros Inferiores
EIAS - Espinha Ilíaca Ântero - Superior
EIPS - Espinha Ilíaca Póstero - Superior
D - Direita
E - Esquerda
21
LISTA DE TABELAS
TABELA 1............................................................................................................. 21
TABELA 2 .............................................................................................................. 22
TABELA 3 .............................................................................................................. 23
TABELA 4 .............................................................................................................. 24
TABELA 5 .............................................................................................................. 25
22
1-) INTRODUÇÃO
Incontinência urinária (IU) é definida pela Sociedade Internacional de
Continência (ICS), como "perda involuntária de urina, que representa um problema
social ou higiênico, devendo ser objetivamente demonstrada" (PALMA &
RICCETTO, 1999).
Apesar do diagnóstico da IU ser basicamente clínico para saber a causa e
melhor classificá-la utiliza-se o estudo urodinâmico, podendo ser classificada em: IU
de urgência ou urge-incontinência, IU de esforço (IUE), IU mista, IU reflexa, e IU por
transbordamento ou paradoxal, de acordo com características pré-determinadas de
cada tipo (BARROSO, 2002; WEY & YOUNG, 2000;).
Dentre estas destaca-se a IUE a qual apresenta maior prevalência (15% a
52%) frente aos demais tipos, apresentando perda de urina em manobras de
esforços como levantar peso, subir escadas e tossir com conseqüente aumento da
pressão intra-abdominal e, portanto vesical, não correspondido pelo aumento
concomitante e proporcional da pressão de fechamento da uretra (MOREIRA et al.,
2000; WEY & YOUNG, 2000).
A IUE é uma condição que afeta principalmente a população feminina
durante o período de climatério e perimenopausa, variando a incidência entre 30%
e 60% das mesmas, interferindo negativamente na qualidade de vida de muitas
mulheres, causando desconforto e perda de autoconfiança (HERRMANN et al.,
2003; GUASIRI et al., 2001 B).
A menopausa é um dos fatores mais abordados quando se fala em IUE. A
terapia de reposição hormonal (TRH) tem sido utilizada como medida de proteção
para a IU devido à íntima relação dos receptores estrogênicos com as estruturas
que formam o sistema genito-urinário inferior, localizados no epitélio da base
vesical e da uretra, e no músculo estriado das estruturas do suporte perineal
(HARWARDT et al., 2004; GUARISI et al., 2001 B).
O assoalho pélvico, intimamente relacionado com a IUE é formado pelo
diafragma pélvico, com o músculo levantador do ânus e seu ramo puborretal,
pubococcígeo e iliococcígeo mais o músculo coccígeo, e pelo diafragma urogenital,
do qual fazem parte os músculos esfíncteres da uretra e transverso profundo do
períneo. Tem como principais funções sustentar as vísceras pélvicas, resistindo às
pressões exercidas pelo aumento da pressão abdominal, além de atuar em
23
sinergismo com os músculos da parede anterior do abdômen, mantendo o conteúdo
abdominal e pélvico durante os movimentos (ZUCCHI et al., 2003).
Quando não há alteração mecânica, a causa mais comum é a fraqueza da
musculatura do assoalho pélvico (MAP), que se acredita estar relacionada à
mudança da posição de quatro apoios para a bipodal da espécie humana em sua
evolução, o que levou a uma ação máxima da gravidade sobre a bexiga. Vários
estudos demonstraram que no assoalho pélvico, principalmente em sua porção
periuretral, existe uma predominância de fibras do tipo I (cerca de 70%) que
mantém estável o tônus muscular deste assoalho, auxiliando a continência
(ZUCCHI et al., 2003).
Têm-se associado várias causas para a fraqueza desta musculatura como
gravidez e paridade, iatrogenia, anomalias uretrais, distúrbios da condução nervosa
para tais músculos, idade (por desnervação parcial, atrofia de músculos e
ligamentos induzidos pela diminuição do estrógeno pós-menopausa) e aumento da
pressão intra-abdominal que leva ao aumento da pressão na bexiga urinária e
uretra, podendo ainda contribuir para o prejuízo do fluxo sanguíneo e inervação da
bexiga, como ocorre na obesidade, por exemplo, (GLASHAN, 1999; BORGES et
al., 1997).
Além destas, cirurgias anteriores (histerectomia), hipoestrogenismo, alto
índice de massa corpórea (IMC), tabagismo, etilismo, atividade física, acidente
vascular encefálico (AVE), diabetes, defeitos anatômicos adquiridos, anomalias,
diminuição da síntese de colágeno e fatores neurológicos estão de alguma forma
relacionados com a incontinência urinária (GUARISI et al., 2001 A; WEY & YOUNG,
2000).
Incluem-se no tratamento desta patologia, diversos fármacos que,
melhoram a capacidade volumétrica da bexiga, o esvaziamento vesical, a contração
e o relaxamento do esfíncter, dentre estes podemos citar os estrógenos exógenos
para evitar a hipotrofia da musculatura da uretra (PALMA & RICCETTO, 1999).
Apesar de serem estudados há muito tempo tratamentos conservadores
desta alteração, ultimamente é que a fisioterapia tem ganhado maior importância
como um fator contribuinte para prevenção, melhora ou cura desta alteração,
apresentando excelentes resultados em IUE leves e moderadas, ou mesmo
associadas a tratamentos cirúrgicos (TURKAN et al., 2005; MOREIRA et al., 2000).
O principal objetivo dos tratamentos da IU é a restauração mais completa possível,
24
sendo a meta central em última análise a melhora da qualidade de vida do indivíduo
(KOFF, 2001 apud BARROSO, 2002).
A principal modalidade de tratamento conservador são os exercícios de
Kegel. Ele foi o primeiro a introduzir o fortalecimento dos músculos do assoalho
pélvico para tratar a incontinência urinária, e sugeriu um grande número de
repetições diárias das contrações musculares pubococcígeas obtendo cura em 70%
dos seus casos após um ano de tratamento (MORENO, 2004).
Diversos outros recursos são utilizados para o tratamento conservador da
incontinência urinária de esforço, dos quais podem ser citados: treinamento vesical,
micção programada, cones vaginais, pressários vaginais, obturadores uretais,
adesivos uretrais, eletromiografia por biofeedback, exercícios de fortalecimento da
musculatura do assoalho pélvico (BERNARDES et al., 2000; PALMA & RICCETTO,
1999).
O tratamento cirúrgico visa à correção da hipermobilidade do colo vesical,
por diversas técnicas que, no entanto apresentam muitas vezes baixa eficácia. As
cirurgias são feitas por via vaginal, suprapúbica ou via combinada de controle
endoscópico; e correção da insuficiência esfincteriana através de injeções
periuretrais (substâncias biocompatíveis entre a submucosa uretral e o envelope
muscular da uretra, que produz coaptação uretral) ou slings pubovaginais
(BARROSO, 2002; PALMA & RICCETTO, 1999).
Estudos como o de Guarisi et al. (2001 A) mostram que a porcentagem de
mulheres que procuram atendimento médico por apresentar incontinência é
diminuída, isso se deve a desvalorização dos sintomas, ou seja, o incomodo da
perda urinária parece não ser suficiente para justificar uma consulta médica ou para
ter prioridade sobre suas outras atividades. É como se a perda urinária fosse uma
ocorrência natural do avançar da idade e fizesse parte dos problemas que as
mulheres têm que aceitar ao se aproximar da velhice.
Outro dado que tem dificultado a descrição dos fatores de risco e proteção
na IUE é a grande diversidade da população. Também por isso, não tem sido fácil
obter dados confiáveis, comparáveis e reprodutíveis, principalmente porque a
aceitação da incontinência varia de acordo com a cultura local, idade e atividade
desta mulher, o que pode mascarar o real número de acometidas e a descrição dos
sintomas (GUARISI et al. 2001 A)
Apesar dos poucos estudos encontrados sobre a prevalência de IUE e
seus fatores associados no Brasil, este assunto tem despertado a atenção de
25
pesquisadores já que tem grande impacto nas atividades ocupacionais destas
mulheres, afetando tanto a vida pessoal como o desempenho profissional, gerando
um déficit da qualidade de vida desta população (HIGA & LOPES, 2005).
A importância do estudo de fatores etiológicos vem da possibilidade de se
agir de maneira a prevenir ou minimizar a IU, ou ainda evitar e prorrogar processos
cirúrgicos em pacientes sabidamente de risco, através do conhecimento da real
dimensão da origem dos problemas (GLASHAN, 1999).
Frente aos trabalhos científicos publicados que correlacionam alguns
fatores de risco e proteção com a IUE e sua gravidade, este estudo pretende
verificar a presença destes nas mulheres atendidas na Clínica escola de fisioterapia
da Universidade São Francisco de Bragança Paulista - SP.
26
2-) OBJETIVO GERAL:
Investigar fatores de risco e proteção das mulheres com incontinência
urinária de esforço da Clínica escola da Universidade São Francisco.
2.1-) OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Verificar se há associação entre a perda urinária e tabagismo, IMC, atividade
física e paridade.
- Verificar se há associação das perdas urinárias e o uso de TRH.
27
3-) MÉTODO
A população de estudo foi constituída por mulheres com diagnóstico médico
de incontinência urinária de esforço, encaminhadas para a Clínica escola da
Universidade São Francisco. Foram selecionadas, no arquivo morto do setor de
Saúde da Mulher e Urologia deste estabelecimento, as 283 fichas encontradas de
fevereiro de 2003 a setembro de 2006, sendo que apenas 77 fichas de pesquisa
apresentavam o diagnóstico supra citado.
Após a seleção dos prontuários, foi realizada análise sobre os seguintes
fatores: uso de TRH, IMC, tabagismo, prática de atividade física e paridade.
3.1 PROCEDIMENTOS
As mulheres, ao concordarem receber tratamento neste estabelecimento,
assinaram um termo de consentimento para que seus dados pudessem ser
utilizados em estudos, sem que seus dados pessoais fossem revelados.
Para a coleta dos dados foram verificadas as 283 fichas de avaliação feita
por acadêmicos do último ano de fisioterapia que passaram por este setor e em que
constavam o diagnóstico de IUE, excluindo-se aquelas que relataram sintomas
irritativos associados.
Os dados coletados foram retirados da primeira avaliação contida no
prontuário sendo a perda urinária considerada apenas pela ficha geral de IU sem a
utilização do diário miccional. Depois de coletados os dados relevantes para este
trabalho e para melhor organização e visualização, estes foram inseridos numa
planilha de Excel, onde também realizou-se os cálculos necessários.
Após análise de prontuário foi verificado que as mulheres do estudo tinham
entre 30 e 70 anos e que para análise dos dados foram subdivididas em três grupos
etários : < 40, entre 40 e 55 e > 55 anos.
A paridade foi analisada apenas através do número de partos normais
sendo divididos de um em um até a quantidade de 5 partos e em mais dois grupos
com > 5 e < 10, e ≥ 10 .
Na avaliação do dado IMC as mulheres foram divididas segundo a
classificação descrita na literatura, como estando abaixo do peso (< 18,5 kg/cm²),
no peso ideal (18,5 – 24,9 kg/cm²), com sobrepeso (25 - 29,9 kg/cm²), obesidade
grau I (30 – 34,9 kg/cm²), II (35 a 39,9 kg/cm²) e III (> 40 kg/cm²) (CUPPARI, 2005).
28
Os dados sobre TRH, tabagismo e atividade física foram separados em
apenas dois grupos, um afirmando e outro negando o dado.
3.2 ANÁLISE DE DADOS
Após a divisão dos dados deste estudo, foi feita análise descritiva para
cálculos de valores de média, desvio padrão (DP), com valores mínimos e máximos
quando o desvio padrão foi considerado alto.
Os dados coletados foram inseridos em um banco de dados, utilizando-se o
programa Excel para os cálculos e verificação de valores de média e desvio padrão.
Para análise estatística foi utilizado o teste de correlação de Pearson para dados
paramétricos e Spearman para os demais dados.
29
4-) RESULTADOS
Os grupos formados para análise da relação perda diária com a idade
constaram de 13 mulheres no grupo correspondente a idade inferior a 40 anos, 33
para idade entre 40 e 55 anos e, 31 para idade superior a 55 anos.
Nenhuma das mulheres avaliadas apresentavam-se abaixo do peso nem em
obesidade grau III. Quanto ao número de mulheres em cada faixa de IMC temos 28
no peso ideal , 31 em sobrepeso, 16 em obesidade grau I e duas em grau II.
Em relação à paridade, o número de mulheres para cada grupo foi de 10, 5,
12, 15, 10, 8, 13 e 4 respectivamente
Os dados supra citados com a divisão de tais grupos podem ser melhor
visualizados na Tabela 1.
Tabela 1. Distribuição das mulheres quanto a idade, IMC e paridade.
Variável Categoria N (%)
Idade < 40 13 16,88
40 a 55 33 42,86
> 55 31 40,26
Paridade 0 10 12,99
1 5 6,49
2 12 15,58
3 15 19,48
4 10 12,99
5 8 10,39
>5 e < 10 13 16,88
≥ 10 4 5,19
IMC <18,5 0 0
18,5 a 24,9 28 36,36
25 a 29.9 31 40,26
30 a 34,9 16 20,78
35 a 39,9 2 2,60
> 40 0 0
30
Dos prontuários analisados, a média de idade encontrada foi de 52,42,
± 11,58, sendo a idade mínima de 30 e a máxima de 75. A relação entre a faixa
etária e número de perdas, mostra uma tendência ao aumento da média de perdas
com o avançar da idade (Figura 1).
2,923,33
3,93
0
1
2
3
4
5M
édia
s de
per
das
< 40 40 a 55 > 55
Faixas etárias
Figura 1. Faixas etárias x Média da freqüência de perdas diárias
Na Figura 2 encontram-se os dados referentes à paridade, onde observou-
se um aumento progressivo da média do número de perdas diárias relacionado ao
número de partos vaginais.
1,72,8
2,23,1
4,83,8
4,6
7,0
012345678
0 1 2 3 4 5 >5<10 ≥10
Partos
Méd
ia d
e pe
rdas
Figura 2. Partos vaginais x Média da freqüência de perdas diárias
Quanto à relação entre IMC e número de perdas urinárias, observou-se
neste estudo que houve uma relação diretamente proporcional entre a média de
perdas e o aumento do IMC (Figura 3).
31
3,58
35
0,00
2,43 23,87
27,48
4,94 31,25
6,5 35,98
0,00
0 5 10 15 20 25 30 40 45
IMC (Kg/cm2)
1
2
3
4
5
6
Núm
ero
de p
erda
s
Média de perdas
Média de IMC
Figura 3. IMC x Freqüência de perdas diárias.
Da população estudada, 14 (18,2%) dessas mulheres eram fumantes, com
uma média de perdas de 3,78 contra 3,44 das não fumantes.
A análise populacional dessas mulheres mostrou que 12 (15,6%) delas
realizaram a TRH, com uma média de 3 perdas diárias. Já o grupo de 65 (84,4%)
mulheres que não a realizaram, mostrou uma média de 3,6 perdas.
Apenas 10 (13%) dessas mulheres praticaram atividade física regularmente,
enquanto as 87% restantes relataram não praticar atividade física, no entanto as
médias de perdas não foram diferentes nos dois grupos, apresentando uma média
de aproximadamente 3,5 perdas diárias.
Esses dados considerados não-paramétricos encontram-se listados na
Tabela 2.
Tabela 2. Relação entre a presença das variáveis TRH, tabagismo e atividade física, e o
número de perdas
Sim Não Variável N (%) Média nº de
perdas N (%) Média do nº de perdas
TRH 12 15,6 3 65 84,4 3,6 Tabagismo 14 18,2 3,78 63 81,8 3,44 Atividade
física 10 13 3,5 67 87 3,5
32
A análise de Pearson aponta correlação estatística significante apenas para
o dado IMC e é demonstrada na Tabela 3 junto ao dado paridade também
analisado com este programa.
Tabela 3. Associação das variáveis paramétricas do estudo com a queixa de perdas
urinárias diárias
Variáveis R
IMC 0,447048
Paridade 0,042215
Na Tabela 4 são apresentados os demais dados avaliados neste estudo,
para os quais foi utilizado o teste de correlação de Spearman e este não mostra
correlação estatística significante para nenhum dos itens.
Tabela 4. Associação das variáveis não paramétricas do estudo com a queixa de
perdas urinárias
Variáveis R
Tabagismo 0,03
TRH - 0,077
Atividade física - 0,048
33
5-) DISCUSSÃO
Os resultados deste estudo mostraram uma variação na média de perdas
urinárias em relação à idade, e esta tendeu a aumentar com o avançar da idade. A
variação destas médias pôde ser explicada por vários fatores como o número de
indivíduos de cada faixa etária ter sido bastante variado neste estudo, mudanças
hormonais, características próprias de cada faixa etária e os próprios fatores do
envelhecimento.
O número de mulheres entre 40 e 55 anos mostrou-se como maioria neste
estudo, sendo nesta faixa etária, portanto, a maior incidência de IUE neste
estabelecimento. Estudos mostram que os sintomas urinários têm maior
prevalência justamente nesta faixa etária, porém afirmam que há um declínio após
esta idade como mostra Guarisi et al. (2001 A), o que não ocorreu no presente
estudo em que houve um aumento da média de perdas com a avançar da idade. No
entanto, Higa & Lopes (2005) afirmam que há relação entre o aumento da idade e
as chances de desenvolver IUE, porém apontam dois estudos brasileiros em que
não se observou associação significativa entre idade e a IUE. Já nos Estados
Unidos, estudos mostram que a prevalência da IUE ocorre principalmente em
mulheres acima de 60 anos como mostra o estudo de Glashn & Lelis (1999).
Reis et al. (2003) aponta como uma possível causa para o aumento do
número de perdas com o decorrer da idade a atrofia dos músculos, tecidos e
declínio funcional do sistema nervoso e circulatório que ocorre no envelhecimento.
De acordo com Luft e Vriheas (1998) outras alterações anatomopatológicas podem
ser observadas nos idosos como incapacidade de retenção da urina (por flacidez do
detrusor) e a substituição da elastina por colágeno. Tais fatores poderiam justificar
a maior prevalência dos sintomas com o decorrer da idade como observado no
presente estudo e demonstrado por Glashn & Lelis (1999).
Apesar das variações com queda na média de freqüência de perdas, houve
um gradativo aumento destas de acordo com o crescente número de partos
vaginais. A literatura aponta como causa para a IUE nestas pacientes o
deslocamento do colo vesical para a posição extra-abdonimal, esperando-se,
portanto que ocorra um agravamento de acordo com o aumento do número de
partos vaginais como aponta Girão et al. (1995). Outros autores como Zucchi et al.
(2003), afirmam que a paridade não é o único ou maior fator predisponente para a
34
IUE, pois mulheres nulíparas podem apresentar IUE em igual ou maior grau que as
demais.
O IMC foi o único dado que apresentou correlação estatística significante, o
que é apoiado pela literatura que relata que o excesso de peso pode causar
aumento da pressão na bexiga urinária e na uretra, assim como contribuir para o
prejuízo do fluxo sangüíneo e inervação da bexiga favorecendo assim a IUE, o que
pode ter índices ainda mais altos quando esta alteração de peso ultrapassa o IMC
de 30 kg/cm² como descreve Brown (1996). Apesar da variabilidade do número de
integrantes de cada grupo de IMC e da maioria se encontrar abaixo de 30 kg/cm²
ainda assim é possível observar que o número de perdas é maior para os grupos
que se encontram com IMC de classificação acima de obesidade Grau I.
Diversos estudos apontam o fumo como fator de risco para o
desenvolvimento da IUE, sendo que a maioria deles não cita qual seria o
mecanismo desencadeador relacionado a este vício. No entanto, o estudo de
Hannestad et al. (2003), associa o tabagismo com a doença pulmonar obstrutiva
crônica, em que a tosse demasiada aumenta a pressão intra-abdominal, resultando
em perda urinária. Além disso, o fator tabagista, não-tabagista pode ter sido omitido
por algumas pacientes, o que observamos com freqüência na prática clínica.
Apesar do pequeno número de fumantes em relação ao de não fumantes e de não
ter havido correlação estatística dentre as pacientes estudadas, observou-se que
há um aumento da média de perdas apesar de pouco representativo nas
tabagistas.
O número de mulheres que realizavam TRH é também pouco representativo
na população de estudo, porém foi observada uma menor média de perdas nesse
grupo. De acordo com Glashan & Lelis (1999), a relação deste fator com a IUE é
justificado fisiologicamente pela pelve feminina ser ricamente aderida por
receptores hormonais. A menopausa pode alterar a habilidade do assoalho pélvico
devido a depleção de estrógeno que aumenta a atrofia da mucosa vesical, uretra e
vagina.
Como já é sabido, a atividade física é de grande importância para
prevenção de diversas patologias, porém esta relação não parece ter real valor
quando se trata de IUE. Zucchi et al. (2003) aponta alguns possíveis mecanismos
relacionados à IUE e a prática de atividades físicas. Dentre as suas hipóteses
encontram-se a transmissão do impacto gerado durante as atividades para o
assoalho pélvico de acordo com a modalidade da atividade física praticada; a fadiga
35
dos MAP que seriam constantemente solicitados durante atividades repetitivas
como correr, saltar; a transmissão do sinal neural através da junção neuromuscular
após a atividade prolongada que reduz muito a eficiência da contração muscular,
demonstrada em alguns estudos; e alteração de fatores endócrinos na prática de
atividade física.
O presente estudo apontou que a média é aproximadamente igual para os
dois grupos (praticante/não-praticantes). No entanto deve-se atentar ao fato de que
o número de mulheres que praticavam alguma atividade física foi menor das que
não praticavam e a atividade física questionada durante a avaliação das mulheres
deste estudo, não se compara às atividades descritas na maioria dos estudos que
se referem basicamente a atletas de elite. Portanto não encontramos razão para a
avaliação e descrição deste dado como um fator de risco para o desenvolvimento
de IUE.
36
6-) CONCLUSÃO
Os dados IMC, tabagismo, paridade, atividade física mostram associação
com o aumento do risco ou por vezes podem ser caracterizados como causa da
IUE.
O fator de proteção TRH mostrou discreta redução do número de perdas
urinárias.
37
7-) CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A incontinência urinária é um problema freqüente e sério com repercussões
físicas, psicológicas e sociais na vida dos indivíduos por ela acometidos.
Para um tratamento efetivo e baseado em todos os níveis de prevenção faz-
se necessário o estudo dos principais fatores que podem levar a desencadear tal
distúrbio, assim como o que poderia preveni-lo.
Os estudos sobre prevalência de IUE no Brasil são escassos, em especial
aos que dizem respeito a fatores de risco e de proteção associados a esta
patologia, não sendo encontrada nenhuma avaliação com base em inquérito
populacional na literatura nacional, como afirma Guarisi et al. (2001B).
A despeito das controvérsias quanto aos fatores de risco para a
incontinência urinária de esforço e de sua alta prevalência, aponta-se à importância
de se abordar rotineiramente essa queixa. Ao mesmo tempo, persiste a
necessidade de se continuar buscando conhecer os fatores de risco associados, o
que pode contribuir para auxiliar os profissionais de saúde a identificar mulheres
com maior risco e atuar mediante estratégias preventivas, visando diminuir a
prevalência de incontinência urinária nessa população.
Em um momento em que é cada vez maior o número de pessoas de 45
anos ou mais que se mantém em plena atividade e desejam usufruir uma vida
social sem restrições, torna-se imperativo contribuir para a melhoria da qualidade
de vida dessas pessoas, fazendo-se necessária a continuidade e o aprofundamento
de estudo com versões mais amplas sobre o tema.
38
9-) BIBLIOGRAFIA:
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