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07/02/2018
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RADIOATIVIDADE
Prof. Me. Márcio R. Guimarães
Atualização: 5 de janeiro de 2018
CRQ 12100354
RADIOATIVIDADE - DESCOBERTA
Em 1896 Henri Becquerel constatou que um composto de urânio
– sulfato de potássio e uranilo, K2UO2(SO4)2 – apresentava a
cararcterística de causar uma mancha numa chapa fotográfica
mesmo no escuro e embrulhada em papel negro.
Para Becquerel era um composto que emitia algum raio capaz
de atravessar o papel e atuar sobre a chapa. Essa propriedade era
semelhante à dos raios X descoberta um ano antes por Rontgen.
Becquerel Rontgen
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RADIOATIVIDADE - DESCOBERTA
1897 - O casal Marie e Pierre Curie verificou que todos os
sais de urânio apresentavam a propriedade de impressionar
chapas fotográficas, e o responsável pelas emissões era o urânio.
Extraindo e purificando o urânio do minério pechblenda
(U3O8), proveniente da antiga Tchecoslováquia, o casal Curie
verificou que as impurezas eram mais radioativas que o próprio
urânio; dessas impurezas, eles separaram, em 1898, o polônio,
400 vezes mais radioativo que o urânio.
Novas separações feitas por Marie Curie levaram à descoberta do
elemento químico rádio, 900 vezes mais radioativo que o urânio.
Casal Curie
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“Nada na vida deve ser temido, somente compreendido. Agora é hora de compreender mais para temer menos”.
Marie Curie
Prof. Márcio R. Guimarães
É a propriedade que núcleos atômicos instáveis possuem de
emitir partículas e radiações eletromagnéticas, para se transformarem
em outros núcleos mais estáveis.
O QUE É RADIOATIVIDADE
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Radiação Alfa 1ª Lei da Radioatividade: Lei de Soddy,
Fajans e Russel
Prof. Márcio R. Guimarães
Radiação Beta 2ª Lei da Radioatividade: Lei de Soddy,
Fajans e Russel
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Radiação Gama As radiações e são constituídas por partículas, enquanto a
radiação é formada por ondas eletromagnéticas emitidas por
núcleos instáveis logo em seguida à emissão de uma partícula ou
. Exemplo:
Das várias ondas eletromagnéticas (raios X, microondas, luz visível,
e outras), apenas os raios são emitidos por núcleos atômicos.
ESPALHAMENTO DE PARTÍCULAS
DE RUTHERFORD
Em 1898, Marie Curie, ao estudar vários compostos de urânio,
demonstrou que a intensidade de radiação emitida era proporcional
à quantidade de urânio na amostra. Nesse mesmo ano, o físico
inglês Ernest Rutherford criou um experimento para estudar as
radiações. Nessa aparelhagem, as radiações emitidas pelo material
radioativo contido em um bloco de chumbo, e submetidas a um
campo eletromagnético.
Rutherford
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Características das Radiações Radiação Símbolo Constituição Carga Massa (u) Velocidade Poder de
Penetração
Alfa
Núcleo de hélio:
2p e 2n
+2
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1/10 da
velocidade da
luz
Baixo
Beta
Elétron
-1
0
9/10 da
velocidade da
luz
Médio
(moderado)
Gama
Onda
eletromagnética
de alta energia
0
0
Velocidade
da luz
Elevado
Tabela Periódica dos Elementos Químicos
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Tipos de Radiação
Radiação não ionizante: não provocam
ionizações, ou seja, não são capazes de produzir emissão de
elétrons ou moléculas com as quais interagem. Exemplos:
sônicas (vibrações, ultra-som e outros) e eletromagnéticas
(luz visível, ultravioleta, infravermelho, ondas de rádio e TV,
micro-ondas e outros).
Radiação ionizante: caracterizam-se por ionizar
átomos da matéria com a qual interagem, produzindo íons,
radicais e elétrons livres. Exemplos: raios-x, raios gama,
radiação alfa e radiação beta.
Radiações Eletromagnéticas
São ondas que se propagam no espaço, ou seja, não necessitam
de um meio material.
Espectro Eletromagnético
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Tempo de Meia-vida de um radionuclídeo
É o tempo necessário para que a metade da quantidade de
um radionuclídeo presente em uma amostra sofra decaimento
radioativo. Símbolo: t1/2
Assim ocorre o decaimento radioativo do elemento químico, e as
quantidades calculadas pela fórmula:
mO= massa inicial do nuclídeo
m = massa final do nuclídeo
x = número de meias-vidas
Curva Exponencial do decaimento radioativo
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Períodos de
Meia-vida
de alguns
elementos
químicos
Radionuclídeo Meia-vida Radiação
emitida
Po – 214 1 milissegundo , γ
Po – 218 3 minutos
K – 42 12,4 horas β, γ
I – 131 8 dias β, γ
Po – 210 138 dias
Co – 60 5,27 anos β, γ
H – 3 (trítio) 12,5 anos β
U – 235 710 milhões de anos , γ
U - 218 4,5 bilhões de anos , γ
ATIVIDADE DE UMA AMOSTRA Os núcleos instáveis de uma mesma espécie (mesmo
elemento químico) e de massas diferentes, denominados
radioisótopos, não realizam todas as mudanças ao mesmo tempo.
As emissões de radiação são feitas de modo imprevisto e não
se pode adivinhar o momento em que um determinado núcleo irá emitir
radiação. Entretanto, para a grande quantidade de átomos existente
em uma amostra é razoável esperar-se um certo número de emissões
ou transformações em cada segundo. Essa “taxa” de transformações é
denominada atividade da amostra.
UNIDADES DE ATIVIDADE
A atividade de uma amostra com átomos radioativos (ou fonte
radioativa) é medida em:
Bq (Becquerel) = uma desintegração por segundo
Ci (Curie) = 3,7 x 1010 Bq
Sv (Sievert) = J kg-1
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Unidades antigas Equivalência Unidades do SI
Curie (Ci) 1 Ci = 3,7 x 1010 Bq Becquerel (Bq = s-1)
Roentgen (R) 1 R = 2,58 x 10-4 C kg-1 Coulomb por quilograma (C kg-1)
rem 1 rem = 0,01 Sv Sievert (Sv = Joule kg-1)
rad 1 rad = 0,01 Gy Gray (Gy = Joule kg-1)
mache 1 mache = 12,802 Bq L-1 Becquerel por litro (Bq L-1)
Conversão entre unidades SI e não SI
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SÉRIES RADIOATIVAS É o nome dado ao conjunto de nuclídeos relacionados por
sucessivos decaimentos radioativos (emissão de
partículas alfa e beta, resultando, como produto final, um
isótopo estável do chumbo).
● Série do urânio (U):
● Série do tório (Th):
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Transmutação Artificial
É a transformação de um nuclídeo em outro, provocada
pelo bombardeamento com uma partícula. Exemplos:
Acelerador de Partículas (LHC)
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O que é o LHC?
O Large Hadron Collider (LHC), é um
túnel de 27 quilômetros na fronteira entre
a França e a Suíça. Nele prótons são
acelerados a 99,9999991% da velocidade
da luz e se chocam uns contra os outros.
O objetivo é quebrá-los em partículas
subatômicas e estudar essas partículas. O
acelerador de partículas é a grande
ferramenta de cientistas para desvendar
os segredos da matéria e do universo. Prof. Márcio R. Guimarães
Foto aérea do LHC que fica a
100 m de profundidade
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Acelerador de Partículas (LHC) e a procura do
Bóson de Higgs (Partícula de Deus)
Esta partícula existia apenas nas equações geniais de um físico inglês Peter Higgs. Em 2012 a comunidade científica provou sua existência a partir dos experimentos do LHC.
Cern (Centro Europeu de Pesquisas de Estudo das Partículas)
Acelerador de Partículas (LHC): Detector
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Aplicação do LHC no cotidiano
Além de desvendar os segredos da matéria e do
universo, estão utilizando esse equipamento para tratar
o câncer.
O Centro de Terapia com raios iônicos fica em
Heildelberg, na Alemanha, apresenta um LHC que pesa
670 t e acelera íons de carbono a uma velocidade
menor que a da luz, 225 000 km/s. E essa partículas são
disparadas contra o tumor que está dentro do corpo de
uma pessoa. A vantagem é que o feixe disparado pela
máquina é potente e atinge apenas o tumor sem
danificar as células em volta. A Siemens investiu US$ 1
bilhão para desenvolver a tecnologia.
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Aplicações da Radioatividade
Conservação de alimentos com
raios permite matar
microorganismos que aceleram o
seu apodrecimento.
Cintilografia da tiréoide Radioterapia com
bomba de cobalto
Oetzi, um cadáver pré-histórico
(5200 anos) encontrado em 1991 na
fronteira entre a Itália e Áustria
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Aplicações da Radioatividade
● Radiografias de tubulações metálicas (irídio-
192);
● Gamagrafia (estudo para o controle de solda,
peças de fundição e outros testes na indústria
naval, petroquímica e siderúrgica, além de
outras);
● Permite estudar o mecanismo e a cinética de
reações químicas;
● Uso de radioisótopos em medicina.
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Aplicações da Radioatividade Uso de radioisótopos em medicina
Isótopos Aplicação em diagnósticos relacionados a
Cr - 51 Glóbulos vermelhos
Co - 57 Metabolismo da vitamina B12
Fe - 55 Metabolismo do ferro
Cu - 64 Tumores cerebrais
Ga - 67 Tumores em geral
Se - 75 Pâncreas
Tc - 99 Pulmões, ossos, medula óssea, placenta, rins, fígado e
baço
I - 131 Glândula tireóide
Hg - 200 Rins e cérebro
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Contador Geiger
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Contaminação Radioativa e Irradiação
Uma contaminação, radioativa ou não, caracteriza-
se pela presença indesejável de um material em
determinado local, onde não deveria estar.
Contaminação Irradiação
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Contaminação Radioativa e Irradiação
A irradiação é a exposição de um objeto ou um corpo à radiação, o que pode ocorrer a alguma distância, sem necessidade de um contato íntimo.
Irradiar, portanto, não significa contaminar. Contaminar com material radioativo, no entanto, implica em irradiar o local, onde esse material estiver.
Por outro lado, a descontaminação consiste em retirar o contaminante (material indesejável) da região onde se localizou. A partir do momento da remoção do contaminante, não há mais irradiação.
Importante: a irradiação por fontes de césio-137, cobalto-60 e similares não torna os objetos ou o corpo humano radioativos.
Irradiação não contamina, mas contaminação irradia.
BOMBAS ATÔMICAS
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Fissão Nuclear
Esse processo foi feito em 1939 pelos alemães Otto Hahn e Fritz Strassman que anunciaram a presença de bário, lantânio e criptônio numa amostra de urânio bombardeada com nêutrons. A fissão nuclear é uma reação em cadeia.
Otto Hahn Fritz Strassman
Reações Químicas da Fissão Nuclear do
Urânio-235
A energia liberada na fissão nuclear é muito grande, muito
maior que aquelas envolvidas nas reações de combustão. É
possível calcular pela tabela abaixo que a fissão de 1 g de urânio-
235 equivale a energia da combustão de 30 t de TNT.
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ENERGIA DE PROCESSOS
PROCESSO ENERGIA LIBERADA
(KJ/g)
Fissão do U-235 8,4 107
Emissão de partículas
pelo Ra-226
2,0 106
Explosão do TNT 2,8
Bomba Atômica de Fissão Nuclear
O físico alemão Oppennheimer e colaboradores, em Los Álamos
(Novo México-EUA), conseguiu construir a bomba de fissão nuclear
(bomba A), testada na manhã de 16 de julho de 1945, no deserto do
Novo México. Tinha 12 quilotons (1 quiloton = poder destrutivo de mil
toneladas de TNT). E esse poder foi usado na 2ª Guerra Mundial.
Oppennheimer
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Avião B29 partindo de uma Ilha do Pacífico
levando a bomba atômica para uma cidade
japonesa
Little Boy
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Foto aérea da explosão da Little Boy
Foto aérea a 8 km
de altitude de
Hiroshima após a
explosão da Little
Boy
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A barbárie cometida... No dia 6 de agosto de 1945, uma bomba atômica
baseada na fissão do urânio-235, batizada de Little Boy, de
20 quilotons foi detonada sobre a cidade japonesa de
Hiroshima.
Hiroshima destruída após o ataque
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Hiroshima nos dias seguintes ao ataque
(chuva negra)
Hiroshima nos dias seguintes ao ataque
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Escombros de teatro a 800 metros
da explosão da bomba
Relógio encontrado nas ruínas de
Hiroshima: registro do instante da tragédia.
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Escadas de pedra de um Banco, onde uma
pessoa foi incinerada pelos raios de calor
Adultos e crianças foram incinerados
instantaneamente ou paralisados em suas rotinas
diárias, os seus organismos internos entraram em
ebulição e seus ossos carbonizados.
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Olho de uma vítima que olhou a explosão. O
olho ficou opaco próximo à pupila.
População de Hiroshima logo após a
explosão da Little Boy
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Sobreviventes da Bomba de Hiroshima
aguardando ajuda
Mais uma vergonha...
No dia 9 de agosto de 1945, uma outra bomba
atômica, dessa vez baseada em plutônio-239,
batizada de Fat Man, explodiria sobre Nagasáqui. Em
14 de agosto de 1945 os japoneses se renderam.
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Réplicas das Bombas Atômicas de
Hiroshima (artefato menor) e
Nagasáki (artefato maior)
Resultados das Explosões das
Bombas
☢ Aproximadamente 71 mil pessoas foram mortas
instantaneamente em Hiroshima.
☢ As mortes nos cinco anos subseqüentes, devido à
exposição à radiação, são estimadas em 200 mil.
☢ Quase 98% das construções de Hiroshima foram
destruídas ou seriamente danificadas.
☢ Em Nagasáqui, algo em torno de 74 mil pessoas
morreram na explosão, que arrasou 47% da cidade.
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Fusão Nuclear É a junção de núcleos pequenos formando núcleos
maiores e liberando uma quantidade muito grande de energia.
● Ocorre no sol e nas estrelas.
● Bomba de hidrogênio (500 megatons = 500 000 000 t de
TNT). A espoleta é uma bomba atômica, pois o processo
necessita de alta temperatura para acontecer sendo chamada
de bomba termonuclear. Essa bomba é cerca de 50 vezes
mais potente que a bomba lançada em Hiroshima.
Processo Energia liberada (KJ/g)
Fusão do hidrogênio 5,9 ∙ 108
Fissão do U-235 8,4 ∙ 107
“Cogumelo Atômico’’ Explosão de Bomba de Hidrogênio, testada em 31 de outubro de
1952, no atol Eniwetok, Oceano Pacífico..
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Usina
de
Angra
☺ Potência de 626 MW e produz energia para o sistema elétrico Rio-São
Paulo.
☺ Opera com urânio enriquecido (3% U-235) colocado em 3000 varetas
metálicas. A fissão do urânio aquece a água a uma pressão de 160 atm.
☺ Angra opera desde 2001 com vários anos de atraso e custo superior ao
previsto. Com potência de 1300 MW pode abastecer uma cidade de 1,5
milhões de habitantes.
Reservas de
Urânio
no Brasil
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Produção de Energia Elétrica
● 1 g de carvão produz energia suficiente para manter acesa uma
lâmpada de 200 W durante 1 minuto.
● 1 g de urânio produz energia para iluminar uma cidade de 500 000
habitantes, durante 1 hora.
Há 440 reatores em atividade em 32 países, mas eles se
concentram em 10 países principais.
Fonte: Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)
Entrada do depósito de material radioativo do
complexo da Montanha Yucca, no estado de
Nevada (EUA)
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Acidente Nuclear de
Chernobyl
Acidente Nuclear de Chernobyl
† Na manhã de 26 de abril de 1986, como resultado de uma série de falhas de
engenharia e controle, ocorreu o superaquecimento do reator 4 da usina em
Pripyat, situada próxima a cidade de Kiev, na Ucrânia (ex-URSS).
† O superaquecimento provocou uma explosão que deslocou a tampa do reator, de
duas mil toneladas, lançando na atmosfera uma nuvem contendo isótopos
radioativos.
† A nuvem radioativa subiu até cerca de 5 Km de altitude e se alastrou por vários
países da Europa, sendo detectada a muitos quilômetros de distância.
† O incêndio foi controlado quando helicópteros jogaram cinco mil toneladas de
areia no topo do reator.
† Na Ucrânia e Bielorrússia os habitantes não podem beber a água do local ou
ingerir vegetais, carne e leite ali produzidos. Cerca de 20% do solo e 15% das
florestas não poderão ser ocupados por mais de um século.
† 8 mil ucranianos já morreram como consequência da tragédia. Há previsões de
que até 17 mil pessoas poderão morrer de câncer nos próximos 70 anos devido à
radiação espalhada no acidente. Para se ter uma ideia, Chernobyl liberou ao menos
100 vezes mais radiação do que as bombas atômicas lançadas em Nagasaki e
Hiroshima. Além da Ucrânia, as partículas radioativas de Chernobyl se espalharam
pela Bielorrússia e Rússia. Apesar de 350 mil pessoas terem sido removidas dessas
áreas, cerca de 5.5 milhões ainda permanecem por lá.
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Vista aérea de Chernobyl após acidente em 1986.
Vista aérea de Chernobyl após acidente em 1986.
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Canais que levavam água para resfriamento
dos reatores da usina de Chernobyl
A figura mostra uma simulação da disseminação do
material radioativo em todo o Hemisfério Norte após 4 dias
do acidente em Chernobyl.
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Liquidatários (ou “bio-robôs‟ como assim ficaram sendo conhecidos) limpando
o teto do reator. No início, as autoridades tentaram limpar os restos radioativos usando
robôs japoneses e russos, mas eles não funcionaram adequadamente com a extrema
radiação. Por isto, as autoridades decidiram utilizar seres humanos para o trabalho. Os
soldados não podiam ficar geralmente mais de 40 segundos cada vez que subiam no
teto do reator, tamanha era a radioatividade naquele local. Muitos já morreram ou sofrem
de problemas de saúde graves. Observem as “nuvens brancas‟ intercaladas na foto,
resultado da radiação no local.
“Pé de Elefante” Parte externa do reator 4 da Usina Nuclear de Chernobyl que devido ao
superaquecimento e explosão parte do material radioativo se fundiu tendo a
aparência de um pé de elefante. O local é extremamente radioativo e foi letal ao
indivíduo da foto abaixo.
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Imenso túmulo (sarcófago 1) feito com 300 mil t de
concreto na área afetada.
O sarcófago 1 construído de concreto às pressas em 1986, quando do acidente nuclear de Chernobyl,
tem uma duração de vida limitada. Segundo alguns especialistas, em torno de 30 anos (2016). O sarcófago foi
construído em 8 meses e é uma estrutura gigante de metal e concreto, com o nome oficial de “Obyekt Ukrytiye”, que
significa abrigo ou cobertura. É estimado que dentro desse sarcófago haja mais de 200 toneladas de Corium
radioativo, 30 toneladas de terra contaminada e 16 toneladas de urânio e plutônio.
O grande problema é que esta estrutura foi construída como um recurso de emergência, quando simplesmente não
havia tempo para elaborar um projeto consistente. Por ter sido construído em cima das estruturas já fragilizadas da
usina, o sarcófago nunca foi sólido e já era esperado que em cerca de 20 anos ele teria que ser reparado.
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Sarcófago 1
Em 1996 foi considerado impossível reparar o sarcófago devido aos níveis de
radiação altíssimos acima de 10.000 Röntgens por hora. Apenas como referência, o
normal em uma cidade é em torno de 20-50 microröntgens por hora e uma dose
considerada letal é de 500 Röntgens durante 5 horas.
Em 12 de fereveiro de 2013 uma sessão do telhado da usina ao lado do
sarcófago acabou colapsando. Após análise de especialistas, estava claro que o
complexo todo estava com alto risco de desabar, o que poderia expor todo o material
radioativo ao ambiente mais uma vez.
A estrutura do sarcófago 2 foi construída a centenas de metros da central
nuclear afim de limitar a exposição dos trabalhadores às radiações. Um vez
concluído, o edifício será deslizado sobre trilhos para cobrir o reator 4.
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Sarcófago 2 pronto em 2017
Cidade fantasma de Pripyat com a
Usina Nuclear de Chernobyl ao fundo
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Prédio abandonado após o
Acidente Nuclear em Chernobyl
O Acidente Nuclear de Chernobyl aumentou a incidência de
câncer, de doenças cardiovasculares e do número de mal formações
fetais e mutações cromossômicas
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A alta radioatividade em torno da usina de Chernobyl, que
explodiu em 1986, matou os fungos do local. Segundo um estudo
desenvolvido recentemente, isso está impedindo a decomposição das
plantas – há árvores mortas há mais de 15 anos, mas ainda não
começaram a apodrecer.
ACIDENTE RADIOLÓGICO
DE GOIÂNIA
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HISTÓRICO
† Em 13 de setembro de 1987, um aparelho de radioterapia contendo césio-137 encontrava-se abandonado no prédio do Instituto Goiano de Radioterapia (hoje Centro de Cultura e Convenções de Goiânia), desativado há cerca de 2 anos.
† Os Catadores de sucata, Roberto e Wagner, invadiram o local e encontraram o aparelho que foi levado e vendido ao dono de um ferro-velho (Devair).
† Desmontaram o aparelho e foram expostos ao ambiente 19,26 g de cloreto de césio-137, pó branco semelhante ao sal de cozinha, que, no entanto no escuro brilha com uma coloração azulada. O dono do ferro-velho passou a mostrá-lo e até distribuí-lo a amigos e parentes.
† Primeiros sintomas da contaminação (tonturas, náuseas, vômitos e diarréia) aparecem algumas horas após o contato com o pó, levando as pessoas a procurar farmácias e hospitais, sendo medicadas como portadoras de alguma doença contagiosa. Os sintomas só foram caracterizados como contaminação radioativa em 29 de setembro de 1987 quando a esposa de Devair levou parte do aparelho desmontado até a sede da Vigilância Sanitária em Goiânia.
Roberto Wagner Devair
Escombros no centro de Goiânia da antiga
sede do Instituto Goiano de Radioterapia (IGR)
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Escombros no centro de Goiânia da antiga
sede do Instituto Goiano de Radioterapia (IGR)
Escombros no centro de Goiânia na antiga
sede do Instituto Goiano de Radioterapia (IGR)
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Parte do
equipamento de
radioterapia
desmontado que
estava no prédio
abandonado do IGR
Rua 57 onde foi aberta a cápsula com Césio 137
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MARIA GABRIELA
(ESPOSA DE DEVAIR)
†
Cadeira com a peça do equipamento de
radioterapia na Vigilância Sanitária
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Cápsula de césio-137 isolada e selada em
um barril cheio de concreto
Cápsula de césio-137 isolada e selada em
um barril cheio de concreto
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Parte do equipamento de radioterapia sem a cápsula de
Cs – 137 encontrado no pátio do ferro-velho
Monitoramento das áreas atingidas
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Descontaminação no local em que a cápsula de
césio-137 foi aberta na Rua 57 (casa do Roberto)
Descontaminação no local em que a cápsula de
césio-137 foi aberta na Rua 57 (casa do Roberto)
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Auto-Radiografia de uma folha de mangueira próxima
ao local de abertura da cápsula. A imagem foi obtida no
escuro. O césio-137 presente na folha emitiu radiação
que impressionou o filme.
Local em que a cápsula de
césio-137 foi aberta após a descontaminação
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Foto atual do local em que a cápsula de
césio-137 foi aberta após a descontaminação
Descontaminação do ferro-velho do Devair
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Leide das Neves Ferreira (6 anos). Passou o CsCl
pelo corpo e ingeriu ovo cozido com as mãos
impregnadas do material radioativo.
† Maria Gabriela morreu em 23
de outubro de 1987. Ela ficou
doente cerca de três dias depois
de entrar em contato com a
substância. Seu estado de saúde
piorou e ela desenvolveu
hemorragia interna,
principalmente nos membros,
olhos e do trato digestivo, além da
perda de cabelo.
Leide das Neves Ferreira
morreu duas horas depois de sua
tia.
†
Ivo, pai de Leide
Fila para
monitoramento
da radiação na
população
no antigo
Estádio Olímpico
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Antigo Estádio Olímpico de Goiânia
Pessoas irradiadas ou contaminadas
dentro do antigo Estádio Olímpico
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Contêiner contendo lixo radioativo do acidente em
Abadia de Goiás, onde se encontra o depósito
definitivo desses resíduos.
Latões com materiais contaminados com
Cs – 137 no depósito em Abadia de Goiás
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Caixas metálicas de 1 m3 utilizadas para
armazenar rejeitos radioativos
Construção do deposito definitivo dos rejeitos radioativos
provenientes do acidente radiológico em Goiânia
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Depósito definitivo dos rejeitos radioativos
Entrada do Depósito definitivo dos Rejeitos
Radioativos em Abadia de Goiás
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Sede administrativa da CNEN em
Abadia de Goiás
O depósito final localiza-se a uma distância média em linha reta
de cerca de 1 km do centro da cidade de Abadia de Goiás. O terreno
pertence ao Estado de Goiás, e é administrado pela Agência Ambiental
de Goiás. O local se transformou em Área de Proteção Ambiental (APA),
e denominado de Parque Estadual Telma Ortegal.
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Os depósitos de rejeitos de nível baixo e intermediário ficam
sob controle institucional após o seu fechamento por um tempo
predeterminado garantindo a integridade física ao que se refere a
radioatividade.
Aluno SESC verificando a radioatividade natural
no auditório CNEN em Abadia de Goiás
07/02/2018
64
Devair e a atriz Betty Faria no Hospital Naval Marcílio
Dias na cidade do Rio de Janeiro
Pessoas contaminadas indo para o Rio de Janeiro
no dia 1 de outubro de 1987
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Dose absorvida por cada vítima
Nome da Vítima Dose absorvida
Devair Alves Ferreira 700 rad
Maria Gabriela Ferreira 550 rad
Leide Alves Ferreira 600 rad
Roberto Santos Alves 600 rad
Admilson Alves de Souza 500 rad
Resposta Biológica à Doses de Radiação
Dose Efeitos biológicos
5 Rad Nenhum.
5-50 Rad Ligeira variação na contagem do sangue.
50-150 Rad Ligeira variação na contagem do sangue e sintomas
de náusea, vômito, fadiga, etc.
150-1.100 Rad
Severas mudanças no sangue e sintomas.
50 % morte ~ 2 semanas depois.
300-500 Rad Morte em 30 dias .
1.000-2.000 Rad +/- 100% morte ~ 1 ou 2 semanas.
Sintomas iniciais aparecem imediatamente.
> 2.000 Rad
Morte
> 5.000 Rad - Sistema nervoso central para de
funcionar.
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Números da tragédia de Goiânia
● A descontaminação dos locais produziram 13,4 t de
lixo contaminado com césio-137 (roupas, utensílios,
plantas, restos de solo e materiais de construção)
armazenado em 1200 caixas, 2900 tambores e 14
contêineres.
● Segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear,
112800 pessoas foram monitoradas no Estádio
Olímpico (rua 57, centro), 129 apresentaram
contaminação corporal interna e externa. 49 foram
internadas e 21 exigiram tratamento médico intensivo.
Prof. Márcio R. Guimarães
Mortos na tragédia de Goiânia
No caso das pessoas, procedeu-se a um processo de
descontaminação, interna e externamente, o que foi feito com
sucesso, com exceção das 4 vítimas fatais imediatas (Leide das
Neves Ferreira, Maria Gabriela das Graças Ferreira, Israel Batista
dos Santos e Admilson Alves Sousa da esquerda para direita nas
fotos abaixo). Israel e Admilson eram funcionários do ferro-velho.
Aquele que poderia ser a quinta vítima (Devair Alves Ferreira), por
ter sido altamente contaminado (e que foi descontaminado), morreu
de cirrose hepática muitos anos após o acidente.
Leide Maria Gabriela Israel Admilson
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Vítimas da tragédia de Goiânia
Catador Roberto ficou sem o braço direito.
Catador Wagner ficou com problemas
nas mãos.
Ivo, pai de Leide, morreu após o acidente
de complicações decorrentes do
tabagismo (enfisema pulmonar).
Números da tragédia de Goiânia Quanto aos objetos (móveis, eletrodomésticos etc.), foram tomadas
providências drásticas, em razão da expectativa altamente negativa e dos
temores da população. Móveis e utensílios domésticos foram considerados
rejeitos radioativos e como tal foram tratados.
Casas foram demolidas e seus pisos, após removidos, passaram também a
ser rejeitos radioativos. Parte da pavimentação das ruas foi retirada. Estes
rejeitos radioativos sólidos foram temporariamente armazenados em
embalagens apropriadas, enquanto se aguardava a construção de um
repositório adequado.
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Números da tragédia de Goiânia
Segundo o Greenpeace:
Cerca de 60 mortos posteriormente entre funcionários
que realizaram a descontaminação dos locais afetados,
funcionários da Vigilância Sanitária de Goiânia e vítimas
altamente contaminadas.
628 vítimas contaminadas diretamente e reconhecidas
pelo Ministério Público, entre eles Policiais Militares,
bombeiros, vizinhos e familiares. A Associação de
Vitimas do Césio-137 estima que mais de 6 mil pessoas
foram atingidas pela radiação.
Atualmente os equipamentos de radioterapia
utilizam o elemento cobalto – 60 que está na forma de
pastilhas. Desse modo, se acontecesse o mesmo roubo e
abertura da cápsula do equipamento não haveria uma
contaminação como no acidente com césio -137 que
estava em pó em 1987.
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Submarino Nuclear Kurski
Submarino Nuclear Kurski
No dia 12 de agosto de 2000, um acidente com o submarino nuclear russo chocou o mundo. Com uma tripulação de 118 pessoas, a embarcação afundou nas frias águas do Mar de Barents devido a duas explosões de origens desconhecidas. Quando o submarino afunda devido a uma colisão ou devido a uma explosão, a tripulação imediatamente envia uma mensagem de socorro e, dependendo do desastre, o reator nuclear é desligado e a energia elétrica é mantida apenas por baterias. O socorro poderá ser feito por um veículo de resgate (minissubmarino) para remover a tripulação. Apesar das tentativas de resgate, todos os tripulantes morreram.
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Submarino Nuclear Kurski
KURSK após a operação da recuperação
dos Salvados do Mar de Barents
07/02/2018
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Destroços do Submarino Kurski
USINA NUCLEAR DE
FUKUSHIMA TERREMOTO E TSUNAMI SEGUIDO DE EXPLOSÃO EM REATOR NUCLEAR
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Imagem de satélite: Usina de Fukushima
(antes e depois do acidente)
A catástrofe iminente
Um terremoto seguido de um tsunami ocorrido em
11 de março de 2011 atingiu a usina e provocou uma
avaria no sistema de refrigeração do reator Nuclear de
Fukushima I. No dia 12 de março na Central ocorreu a
explosão.
O corte de eletricidade impediu a recuperação
desse sistema, permitindo que os bastões do
combustível continuassem a aquecer, aumentando a
pressão e originando a explosão.
Prof. Márcio R. Guimarães
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Explosão do reator
Imagem de Satélite da Usina de Fukushima
durante a explosão de reator
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No dia anterior foi declarado estado de emergência na central
nuclear e, apesar da informação de que não existiam fugas radioativas,
evacuaram-se cerca de 3000 residentes num raio de 3 km do reator.
Horas depois o raio de evacuação tinha sido elevado para 10 km,
afetando já 45000 pessoas. Na semana seguinte o raio de evacuação
era de 30 km.
Prof. Márcio R. Guimarães
Oficiais medindo a radiação com
Contadores Geiger
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Segundo Yukio Edano, chefe de gabinete do primeiro-ministro, após a explosão no reator 4 da usina, os níveis de radiação atingiram 400 mSV (miliSieverts), 4 vezes mais que os níveis que tecnicamente não ofereceriam riscos à saúde.
Um dos principais perigos que agora as autoridades tentam resolver é o risco de derretimento nos reatores da usina. Quando o urânio (combustível nuclear) atinge temperaturas muito altas, ele deve ser resfriado, porém, isto se configurou o grande problema em Fukushima. Caso o aquecimento não fosse controlado, o urânio poderia derreter, aumentando ainda mais o risco de explosão e liberação de gases radioativos na atmosfera. Se isso acontecesse o desastre seria incalculável.
Prof. Márcio R. Guimarães
As bombas (sistema de refrigeração) que faziam o
resfriamento do reator foram religadas e houve o
resfriamento do mesmo.
Foram detectados vazamentos de radioatividade
que contaminaram o mar. Esses vazamentos após
algumas semanas foram contidos. A radiação chegou,
via Oceano Pacífico, até os Estados Unidos, Havaí e
Alasca. Em 2013, detectou-se que a radiação afetava as
crianças recém-nascidas na região de Fukushima com
hipertireoidismo, a vida marinha e a fauna terrestre.
Peixes achados a cerca de 20 quilômetros da usina
de Fukushima têm taxa de radiação 258 vezes mais alta
que o máximo permitido pelo governo japonês para
consumo.
Prof. Márcio R. Guimarães
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100 mil pessoas foram retiradas de suas casas.
Cerca de 4 cm de profundidade do solo fértil da região
está contaminado. A pesca está inviabilizada. O césio
vazado para o oceano estava em dezembro de 2013 em
nível três vezes mais alto que em 2012.
Prof. Márcio R. Guimarães
O Futuro da Energia Nuclear
No mundo, caminha-se para o abandono da energia
nuclear, por causa de seus riscos e porque outras
energias se tornam a cada dia mais viáveis.
Atualmente o governo japonês devido a pressão
popular anunciou que desligará seus reatores nucleares
nas próximas décadas, mas não indicou um plano de
substituição de sua matriz energética.
O plano anunciado pelo Japão se alinha ao da
Alemanha, que prometeu desligar todos os seus 17
reatores nucleares até 2022.
Prof. Márcio R. Guimarães
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Outros países estão seguindo o Japão e a
Alemanha fazendo estudos para a substituição da matriz
energética.
No Brasil segue a construção de Angra 3 que já
custou R$ 13,9 bilhões e custará mais. Esta usina manterá
seu lixo radioativo em piscinas dentro da usina pelo fato de
não possuirmos um depósito definitivo e seguro para lixo
nuclear. Assim, com o uso das piscinas minimiza-se os
riscos de contaminação de áreas externas a usina nuclear.
Segundo, o governo a usina nuclear de Angra 3 ficará
pronta somente em 2019. Comenta-se na implantação de
pelo menos mais quatro usinas nucleares em nosso país,
estando sob forte pressão de fabricantes de equipamentos
para avançar rapidamente nessa área.
Prof. Márcio R. Guimarães
Usina Angra 3 em construção no Brasil. Angra 3 será a terceira
usina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), localizada
na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ).
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Essa ação do governo brasileiro na implantação de
mais usinas nucleares está na contramão das decisões de
outros países de abandonar a energia nuclear. Muitos
países estão investindo em energias limpas como,
hidrelétrica, eólica, solar, geotérmica, biomassa, mare
motriz e outros.
A Justiça Federal já determinou que a União, a
Eletrobrás e a Companhia Nacional de Energia Nuclear
(CNEN) incluam nos orçamentos para 2014, recursos para
construir um depósito definitivo para o lixo radioativo,
incluindo Angra , , . Também determinou que o
Ministério Público faça relatórios a cada dois anos sobre o
cumprimento da sentença.
Prof. Márcio R. Guimarães
Rússia irá construir a primeira usina
nuclear flutuante
Fonte: https://paginamundodaciencia.wordpress.com/2013/08/05/russia-ira-construir-a-primeira-usina-nuclear-fl
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Rússia irá construir a primeira usina
nuclear flutuante O governo russo anunciou que até 2016 irá construir a primeira usina nuclear flutuante do
mundo. O planejamento já era feito desde 2007, contudo teve várias implicações: dificuldades técnicas,
financeiras e até acusação de corrupção entre as empresas construtoras. No começo de julho, Aleksandr
Voznesensky, diretor do maior estaleiro do país, anunciou que a usina deve finalmente ficar pronta em três
anos.
O navio será abastecido com dois reatores nucleares de 35 megawatt do tipo KLT-40S, semelhantes aos
usados para o fornecimento de propulsão a navios e porta-aviões russos. A diferença é que o navio não terá
propulsores para se locomover, eles irão ser rebocados até as cidades que terão energia fornecida por essa
usina.
Essas usinas irão produzir energia a partir da fissão de elementos radioativos, como urânio e plutônio. Com
o calor gerado, será possível mover as turbinas instaladas no navio. Além disso, as construtoras planejam
utilizar o navio para dessalinizar a água do mar, fornecendo água para os habitantes. Os projetistas
acreditam que a usina terá uma vida útil de 40 anos e deverá passar por manutenção a cada 12 anos.
Segundo o site World Nuclear News, que pertence à Associação Nuclear Mundial, organização que
promove o uso de energia nuclear e reúne empresas do setor, a Akademik Lomonosov deve custar cerca
de 525 milhões de dólares. As embarcações seguintes serão mais baratas. Ainda segundo o site, os
construtores já foram procurados por representantes de países como China, Indonésia, Malásia e Argentina,
já que o governo da Rússia pretende comercializar a tecnologia.
A embarcação poderá produzir 70 megawatt, energia suficiente para abastecer os 200.000 habitantes da
cidade de Vilyuchinsk, localizada no frio e isolado leste da Rússia.
Fonte: https://paginamundodaciencia.wordpress.com/2013/08/05/russia-ira-construir-a-primeira-usina-nuclear-fl
Rússia irá construir a primeira usina
nuclear flutuante
Apesar de parecer uma solução para o problema de cidades isoladas da Rússia,
ambientalistas acreditam que haverá problemas com a construção das embarcações. Ao contrário de
usinas construídas em terra, na água as usinas são mais vulneráveis a acidentes e podem apresentar
um risco maior de contaminação da água do mar. Os cientistas russos afirmam usar reatores
nucleares em mar a mais de 50 anos, sem registro de acidentes. Além disso, eles afirmam que, por
estarem em alto-mar, as embarcações estão mais protegidas de terremotos e tsunamis do que outras
usinas instaladas em zonas costeiras.
Fonte: https://paginamundodaciencia.wordpress.com/2013/08/05/russia-ira-construir-a-primeira-usina-nuclear-fl
07/02/2018
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Espião Russo envenenado com
Polônio - 210 Alexander Litvinenko foi supostamente
envenenado em um hotel com uma xícara de chá na qual foi
colocado polônio-210 - uma substância radioativa disponível
apenas em instalações nucleares -, em uma história digna de
filme sobre a Guerra Fria.
O ex-agente da KGB, morto no dia 23 de
novembro de 2006, se transformou em um investigador
independente crítico ao Kremlin e acusou publicamente o
presidente Vladimir Putin de ordenar seu assassinato.
A morte de Litvinenko provocou indignação na
Grã-Bretanha depois que rastros do veneno radioativo foram
encontrados em vários locais de Londres. O advogado que
representa a família da vítima considerou seu assassinato um
"ato de terrorismo nuclear".
Quando foi envenenado, Litvinenko estava
trabalhando para a agência de espionagem britânica MI6 e
ajudava as forças de segurança espanholas no combate à
máfia russa.
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/01/concluida-investigacao-sobre-assassinato-
de-ex-espiao-russo.html
Fiocruz e UFPE esterilizam Aedes
com energia nuclear em Noronha
Mosquitos modificados estão sendo soltos na ilha desde dezembro 2015.
Dados ainda estão sendo avaliados para saber se há redução.
A Fiocruz Pernambuco e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) estão
trabalhando em conjunto em um teste que busca diminuir a população do mosquito Aedes aegypti,
através da esterilização dos machos com radiação gama. O projeto piloto está liberando mosquitos
em quatro pontos da Vila da Praia da Conceição, no arquipélago de Fernando de Noronha.
De dezembro até a primeira quinzena de fevereiro foram feitas nove liberações, cada uma
com três mil machos estéreis. Esses mosquitos foram produzidos no insetário da Fiocruz e passaram
pelo ainda Irradiador Gammacel, do Departamento de Energia Nuclear da UFPE (DEN/UFPE), cuja
fonte radioativa é o Cobalto 60, antes da fase alada.
Os machos esterilizados com energia nuclear são soltos no meio ambiente, onde
disputam com outros o acasalamento. A fêmea do mosquito costuma ficar disponível para acasalar
somente uma vez em sua vida. Ao cruzar com os estéreis, elas acabam não se reproduzindo e,
assim, há a diminuição da densidade populacional do Aedes.
07/02/2018
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Fiocruz e UFPE esterilizam Aedes
com energia nuclear em Noronha
A escolha por Noronha foi estratégica, segundo a Fiocruz. Além do isolamento da ilha, há
um sistema de monitoramento do vetor que já está consolidado no local - o SMCP-Aedes,
desenvolvido pela Fiocruz PE e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O sistema conta
com 103 ovitrampas instaladas e mapeou, nos últimos três anos, os locais e os períodos do ano de
maior infestação.
Em laboratório, foi observada uma redução de 70% da viabilidade dos ovos com a
inserção dos novos mosquitos. Os resultados em campo ainda estão sendo avaliados pelos
pesquisadores. A coordenadora do projeto, a pesquisadora da Fiocruz PE Alice Varjal, lembra que
uma das dificuldades em controlar o Aedes aegypti é a existência de uma população inativa – os ovos
dormentes, com potencial para produzir larvas. Eles aguardam apenas que os criadouros onde foram
depositados, que estão temporariamente secos, voltem a receber a água para nascer.
Conscientização
Mais de 7 mil militares do Exército, Aeronáutica e Marinha percorrem, neste sábado (13),
44 municípios pernambucanos no Dia Nacional de Combate ao Aedes. A ministra do
Desenvolvimento Social, Tereza Campello, participou da ação no Recife e conversou com moradores,
que relataram casos frequentes de dengue e chikungunya nas famílias durante as abordagens. No
Grande Recife serão 31 bairros visitados.
Fonte: http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2016/02/fiocruz-e-ufpe-esterilizam-aedes-com-energia-nuclear-em-noronha.html
Bom estudo a todos!
Prof. Márcio R. Guimarães