raízes e a morte de jesus

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1 27 de Agosto de 2011 Culto baseado nos textos de: Mateus 27: 27-31 Temos aqui a descrição do momento de maior tristeza e angústia de todas as Escrituras. Muitos sentimentos nos assaltam quando lemos estas passagens: Que sentimentos vos acorrem irmãos? Dor, tristeza, amor, salvação, rancor, nojo, arrogância. Então façamos um exercício de imaginação: A rua enchia-se de multidão, das casas de pedra sobressaiam cabeças curiosas que soltavam gargalhadas e iam juntar-se aos uivos ruidosos de uma multidão que apopava o mestre caminhante lento e ensanguentado. Era uma cerimónia, uma cerimónia burlesca e grotesca, ao que se dizia rei ser-lhe-ia colocado o manto da cor da realeza: a púrpura. O circo tinha como protagonistas: escarnecedores, zombadores, atormentadores que se davam ao trabalho de desdenhosamente representar a cena real curvando os seus joelhos diante daquele ser tão puro. De repente deram-se conta: Faltava algo! Um rei não seria bem representado sem uma coroa. E alguém, alguém engenhosamente empreendeu a tarefa de trazer uma coroa para este rei a brincar. Esse alguém, provavelmente um soldado romano imbuído de todo um espírito de euforia satânica corre até junto de um arbusto espinhoso e, com os dentes a ranger e contraindo os lábios ao sentir os espinhos, arranca um galho e ainda com o sangue a escorrer pelos dedos emerenhou o ramo e ali estava, ali se encontrava a coroa perfeita para este rei. Será que foi assim irmãos? Não conhecemos pormenores mas sabemos uma coisa: Sabemos que infelizmente esta cena é personificada muitas vezes no nosso mundo actual considerado livre, politicamente correcto, civilizado e evoluído. As vozes dos escarnecedores desta cerimónia infeliz, hoje ainda ecoam nos nossos ouvidos mais vezes do que desejaríamos. De uma forma tida com inteligente, jocosamente se brinca com a palavra do Senhor e com toda a panóplia de assuntos bíblicos que levianamente são estudados com o simples mas dito evoluído objectivo de as contestar.

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Page 1: Raízes e a morte de Jesus

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27 de Agosto de 2011

Culto baseado nos textos de: Mateus 27: 27-31

Temos aqui a descrição do momento de maior tristeza e angústia de todas as Escrituras.

Muitos sentimentos nos assaltam quando lemos estas passagens:

Que sentimentos vos acorrem irmãos?

Dor, tristeza, amor, salvação, rancor, nojo, arrogância.

Então façamos um exercício de imaginação:

A rua enchia-se de multidão, das casas de pedra sobressaiam cabeças curiosas que soltavam

gargalhadas e iam juntar-se aos uivos ruidosos de uma multidão que apopava o mestre

caminhante lento e ensanguentado.

Era uma cerimónia, uma cerimónia burlesca e grotesca, ao que se dizia rei ser-lhe-ia colocado o

manto da cor da realeza: a púrpura.

O circo tinha como protagonistas: escarnecedores, zombadores, atormentadores que se davam

ao trabalho de desdenhosamente representar a cena real curvando os seus joelhos diante

daquele ser tão puro. De repente deram-se conta: Faltava algo! Um rei não seria bem

representado sem uma coroa. E alguém, alguém engenhosamente empreendeu a tarefa de

trazer uma coroa para este rei a brincar.

Esse alguém, provavelmente um soldado romano imbuído de todo um espírito de euforia

satânica corre até junto de um arbusto espinhoso e, com os dentes a ranger e contraindo os

lábios ao sentir os espinhos, arranca um galho e ainda com o sangue a escorrer pelos dedos

emerenhou o ramo e ali estava, ali se encontrava a coroa perfeita para este rei.

Será que foi assim irmãos? Não conhecemos pormenores mas sabemos uma coisa:

Sabemos que infelizmente esta cena é personificada muitas vezes no nosso mundo actual

considerado livre, politicamente correcto, civilizado e evoluído.

As vozes dos escarnecedores desta cerimónia infeliz, hoje ainda ecoam nos nossos ouvidos

mais vezes do que desejaríamos.

De uma forma tida com inteligente, jocosamente se brinca com a palavra do Senhor e com

toda a panóplia de assuntos bíblicos que levianamente são estudados com o simples mas dito

evoluído objectivo de as contestar.

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Crianças que nasceram na igreja. Crianças que aprenderam o valor da Palavra, o tesouro que

lhes foi confiado, hoje jovens e adultos, juntam-se à multidão que naquelas ruas zombava do

nosso amoroso Deus.

E Porquê?

O que foi que os fez mudar de equipa, trocando o eterno pelo efémero?

Têm sabedoria, inteligência e conhecimento suficientes para fazer escolhas acertadas porém…

O grande Eu: Eu quero, Eu sei, Eu vou… impõe-se e conjuga-se com outros mundos falsamente

paralelos ao de Deus. A teoria da evolução, a permissividade, a moda, o direito à libertinagem

(que é diferente do direito à liberdade), o facilitismo e o prazer fugaz são grandes ferramentas

a favor do mundanismo e da secularização.

O medo de ser diferente, de ser gozado, a insegurança do que sou são os ingredientes que

cozinham a cabeça de muitos jovens nascidos na igreja e que gradualmente se afastam.

E que grande papel cabe à igreja! Trazer os seus cordeiros de novo para o aprisco.

Não é tarefa fácil por isso trabalhemos agora, preventivamente com os nossos pequeninos

para que, o nosso Cristo se torne o seu Cristo, o Jesus amigo em todos os momentos.

Criar raízes é fundamental, quem cria raízes sólidas, dificilmente se afasta.

E poderemos enumerar diversos tipos de raízes:

Raízes verticais: Ensinemos os nossos pequenos a terem um relacionamento pessoal

com Deus.

Raízes horizontais: Ou seja relacionamentos amigos, e quão importantes eles são na

fase da adolescência e juventude.

Criar amizades sólidas dentro da igreja é sinónimo de laços fraternos para a

eternidade.

Raízes com a causa: Os cargos ou responsabilidades na igreja para que se sintam

integrados.

Raízes com o lugar de Adoração: através da reverência no local de culto tornando-se

participantes de um espaço sagrado, especial e diferente de todos os outros.

Se frequentemente soubermos nós, adultos, revelar o quanto estamos enraizados em Cristo,

certamente o nosso exemplo fará toda a diferença no momento da decisão e escolha de cada

criança e jovem.

E o problema é mesmo esse, estamos nós enraizados em Cristo irmãos? Criámos raízes

verticais e horizontais, e raízes com a causa, e com o espaço de Adoração?

Estudo a minha lição e oro diariamente? Tenho verdadeiras amizades com os meus irmãos?

Aceito os cargos que me convidam a desempenhar, chego cedo à igreja e respeito em silêncio

o lugar de culto? Que exemplos damos nós às nossas crianças?

Quantas vezes todas estas minhas más atitudes ferem Jesus com espinhos?

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Cada pecado é representado por um espinho a macerar a cabeça do meu Cristo:

Quando lanço palavras como pedras, estou a enterrar um espinho da coroa na cabeça

de Jesus.

Quando vejo alguém em necessidade e nada faço, estou a decalcar a coroa de

espinhos na fronte do meu Salvador.

Quando perco uma oportunidade de falar do Seu amor, acentuo a dor pela coroa que

levianamente colocaram sobre o meu Cristo Redentor.

E quando paro e tomo consciência que essa coroa, esses espinhos deveriam estar a ferir-me a

mim, qual é a minha atitude? Caio aos pés de Jesus e derramo-me inteiramente esvaziando-

me do meu eu?

Salmos 39: 7- “ Agora, pois, Senhor, que espero eu? A minha esperança está em ti”.

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Pela Sua infinita misericórdia o Senhor prepara nos Céus uma coroa celestial para mim

enquanto eu aqui na Terra ando afadigada por coisa nenhuma, por trapos de imundície que

preenchem o lugar do estudo, da oração, do relacionamento com o meu Salvador.

É desejo de Deus substituir a coroa de espinhos que me estava destinada por uma coroa

gloriosa, e que faço eu para merecer tal amor?

O maravilhoso da salvação é que o amor de Deus é imerecido. Arrepender-me, amá-lo e

deixar-me transformar é tudo quanto o Senhor me pede. Estarei eu disposta a deixar a infame

coroa terrestre que fere?

Existe uma história muito bonita chamada o colar de turquesa azul, quem conhece?

Certa vez um homem por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída. Uma menina aproximou se da loja esborrachando o narizinho contra o vidro da vitrine. Os olhos, da cor do céu, brilhavam quando viu um determinado objecto. Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesa azul.

Ela disse: - É para minha irmã. Pode fazer um embrulho bonito?

O dono da loja olhou desconfiado para a menina e perguntou lhe:

- Quanto dinheiro tens?

Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e feliz, disse:

- Isso dá? Eram apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa. E com a ingenuidade de criança disse:

- Sabe, quero dar este presente à minha irmã mais velha. Desde que a nossa mãe morreu ela cuida da nós e não tem tempo para si. Hoje é o dia do aniversário dela e tenho a certeza que ficará muito feliz com o colar que é da cor de seus olhos.

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O homem foi para o interior da loja, colocou o colar dentro de um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço o melhor que sabia com uma fita verde e emocionado entregou o embrulho à linda menina.

Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo.

Ainda não acabara o dia, quando uma linda jovem de cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis entrou na loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e perguntou:

- Este colar foi comprado aqui?

- Sim senhora, disse o dono da loja.

Ela perguntou:

- E quanto custou?

O dono da loja disse:

- O preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente.

A moça insistiu e explicou:

- Mas minha irmã tinha somente algumas moedas. O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagá-lo.

O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e o devolveu à jovem, dizendo:

- Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar: ELA DEU TUDO O QUE TINHA.

O silêncio encheu a pequena loja e as lágrimas rolaram pela face emocionada da jovem enquanto suas mãos agarravam o presente.

E nós, QUANTO de nós estamos dispostos a entregar ao Mestre? Ele deu-se por completo

sem reservas e qual é a nossa resposta?

Olha Senhor, eu compreendo que me queiras dar essa coroa celestial mas, na verdade eu não

tenho tempo, desculpa mas ando demasiado ocupado com a minha vida, tenho muitas

despesas mensais por isso tenho que trabalhar muito e já sabes, pouco tempo e disposição

restam para estudar e orar, um dia eu vou aceitar, mas agora não, desculpa mas toma a tua

coroa de espinhos, sei que te magoa um pouco mas… pode ser que encontres alguém que

aceite o teu presente…

O Senhor Jesus olha para mim com ternura e responde-me com tristeza:

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Que pena minha filha, eu tenho saudades de ti, gostaria muito de passar a eternidade contigo,

tinha tantas coisas para te contar! Mas sabes o que mais me entristece? É a terrível

consequência da tua escolha, desculpa mas esta coroa de espinhos que me colocaste já não

me pertence, cabe-te seres tu a levá-la.

Não, isto é apenas um sonho mau, eu não quero isto para mim e vos irmãos? É este o fim que

escolheram para o filme da vossa vida, é este o fim que cremos para os nossos filhos e jovens

da igreja?

Algures na Internet encontrei este texto:

“Coroas sempre foram sinal de autoridade e realeza. Existem coroas com plaquetas de ouro

revestidas de esmeraldas e pérolas. Coroas que atravessaram séculos, sendo admiradas pela

sua beleza e pelo seu valor histórico.

Mas todas estas coroas não têm valor algum em comparação às coroas que Cristo tem.

A Bíblia diz que Ele tem muitos diademas. Ele tem a coroa da justiça. Ele possui a coroa da

glória e tem a coroa da vida. Ele usa uma coroa de paz e poder.

Mas de todas as coroas que Jesus possui, uma é a mais querida de todas. Essa coroa não foi

feita de ouro ou prata. Ela não é coberta de jóias. Essa coroa não foi formada por um mestre

artesão. Esta coroa foi formada pelas mãos rudes de um soldado romano. Esta coroa não foi

colocada na cabeça de Jesus numa cerimónia de glória e honra. Mas foi um acto de deboche e

humilhação.

É uma coroa de espinhos.

O impressionante nesta coroa, a coroa que Jesus escolheu para ele, é que de todas as coroas

que Ele poderia ter escolhido, esta não pertencia a Ele. Nós merecíamos usar esta coroa. Nós

merecíamos sentir os espinhos. Nós merecíamos sentir o sangue a escorrer pelo nosso o rosto.

Nós merecíamos toda a dor. Mas é a cada um de nós, que Ele oferece a coroa da vida. Ele

tomou a nossa e oferece-nos a Sua até aos dias de hoje. Foi tremendo este gesto de amor pela

humanidade.

Aceite esse Deus que é Digno de toda a honra, glória e adoração.

Permita que o amor de Jesus entre no seu coração.”

Os espinhos têm uma conotação negativa pelo simples facto de que: ferem.

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Ao longo da bíblia temos a revelação do que simbolizam os espinhos na nossa vida:

Leiamos Marcos 4: 18-19

Cuidados deste mundo

Enganos de riqueza

Ambições

Vamos fazer uma pausa para ouvir A Selma e o Fábio, eles vão cantar sobre a coroa de Jesus

ou nossa.

No mundo moderno e acelerado não existe espaço para coroas de espinhos, existe sim espaço

para coroas brilhantes, sem qualquer valor mas banhadas por um brilho que ofusca a vista.

Essas coroas podem ser várias coisas: a fama que se atingiu, a roupa da moda, o telemóvel

topo de gama, o carro último modelo e etc, etc, etc. Digam-me onde, onde cabem coroas de

espinhos? Não, os espinhos magoam, sacrifícios? Não. Posso não usar as palavras que há

pouco disse a Jesus mas muitas vezes o meu comportamento é isso que diz.

Conta-se uma história certamente conhecida de todos vós que ilustra realmente a

dificuldade que muitas vezes temos em aceitar os contratempos da vida:

A cruz e a ponte

Certa vez um homem foi visitado pôr um anjo do Senhor.

O anjo disse-lhe: Vim trazer a tua cruz para que possas carregá-la na tua jornada da vida.

Ele agarrou a cruz e seguiu.

Quando já estava bem adiante, ele encontrou um homem que lhe disse o seguinte:

" O que estás a fazer com essa cruz? Estás louco? Ela deve ser muito pesada.

E homem respondeu: "- não estou louco não, cada um deve carregar a sua cruz. Mas realmente é está pesada."

"-Então por que não cortas um pedaço do pé da cruz? Vai ficar mais leve."

"- Eu não posso fazer isso, é a minha cruz, eu tenho que carregá-la."

"- que disparate. Corta só um bocadinho, ninguém vai saber. Assim fica mais leve para carregares.

E assim o homem foi convencido a cortar um pedaço.

"- Vez, não ficou mais leve?"

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"- Sim, tinhas razão, só um pouco não vai fazer mal.

Ele continuou a caminhada. Mais à frente, eis que ele encontra novamente aquele homem.

"- Então, continuas a carregar isso? Pensei que tivesses desistido."

"- Sim, eu continuo a carregar a minha cruz."

"- Mas ela deve estar muito pesada. Por que não cortas mais um bocadinho? Vai ficar mais leve."

"- Sim, pode ser, não doeu nada da outra vez."

"- Vamos cortar. Só que vamos cortar um pouco mais para ela ficar ainda mais leve?"

Ele concordou em cortar e depois seguiu a sua jornada.

Muito tempo depois ele avista a cidade de Deus: cheia de ouro, pedras preciosas, prata.

Era a visão mais maravilhosa que ele já teve em toda a sua vida. Era tão iluminada que não precisava do sol. Brilhava tanto...

De repente deparou-se com um abismo e ele não entendeu o porquê do abismo. E tamanho era o desespero que ele começa a gritar e gritar e gritar:

"- Socorro, ajudem-me, quero atravessar, socorro alguém por favor me ajude, quero entrar na cidade!!!"

Cansado de tanto gritar, ele vê do outro lado do abismo o anjo, aquele que lhe entregou a cruz. E o anjo pergunta a ele: "- o que estás a fazer aí do outro lado? Por que é que ainda não atravessaste?"

"- Como? Não vez o abismo que nos separa?"

"- Sim vejo", respondeu o anjo.

"- então, como que eu vou atravessar?"

"- onde está a ponte que eu te entreguei?"

"- que ponte? Entregaste- me uma cruz e ela está comigo."

E o anjo disse: " - então coloque-a no meio do abismo, porque o tamanho dela é exacto para que possas atravessar."

Fica a pergunta : Será a minha cruz pesada demais, os espinhos da coroa terrestre estão a ferir o meu ser? talvez estejamos a carregar a cruz sozinhos.

Mateus 11:28-30

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O Senhor pede que levemos a nossa cruz porque a nossa coroa de espinhos Ele já suportou. A nossa cruz tem o peso certo, se a carregarmos com o auxílio divino ela servirá para a nossa santificação, para o nosso aperfeiçoamento e ela poderá ser a personificação de diferentes adversidades:

Uma doença, um casamento infeliz, a falta de emprego, a solidão, N outras situações; não esqueçamos contudo que seja qual for a nossa cruz poderemos obter forças do alto para chegarmos ao destino final.

A cruz e a Piscina

Conta-se que um excelente nadador tinha o costume de correr até a água e de molhar somente o dedo do pé antes de qualquer mergulho.

Alguém intrigado com aquele comportamento, perguntou lhe a razão daquele hábito.

O nadador sorriu e respondeu: Há alguns anos atrás eu era um professor de natação.

Eu ensinava a nadar e a saltar do trampolim.

Uma noite, eu não conseguia dormir, e fui à piscina para nadar um pouco.

Não acendi a luz, pois a lua brilhava através do tecto de vidro do clube.

Quando eu estava no trampolim, vi minha sombra na parede da frente.

Com os braços abertos, a minha sombra formava uma magnífica cruz.

Em vez de saltar, fiquei ali parado, a contemplar a minha sombra.

Nesse momento pensei na cruz de Jesus Cristo e no seu significado.

Eu não era cristão, mas em criança aprendi que Jesus tinha morrido para nos salvar pelo seu precioso sangue.

Naquele momento as palavras daquele ensinamento vieram me à mente e me fizeram recordar do que eu tinha aprendido sobre a morte de Jesus.

Não sei quanto tempo fiquei ali parado com os braços estendidos.

Finalmente desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água.

Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso do fundo da piscina.

Tinham esvaziado a piscina e eu não tinha percebido.

Tremi todo, e senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse saltado seria o meu último salto.

Naquela noite a imagem da cruz na parede salvou a minha vida.

Fiquei tão agradecido a Deus, que me ajoelhei na beira da piscina, confessei os meus pecados e me entreguei a DEUS e, consciente de que foi excatamente numa cruz que Jesus morreu para me salvar. Naquela noite fui salvo duas vezes para nunca mais me esquecer.

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Quer a coroa de espinhos quer a cruz são símbolos: de vitória, de morte, de amor, e salvação. E o evangelho pode ser contado a partir destes 2 elementos. Amorosamente o Senhor deixou os para entendimento de todo e qualquer ser humano, mesmo aqueles que não tiveram o privilégio de aprender a ler.

O amor de Jesus é universal.

Quantos de nós estão dispostos a dizer sim a Jesus, mto obrigada por teres carregado a coroa de espinhos que me pertencia, eu quero estar contigo na eternidade.

Amén.

1º Hino:

2ª Hino:

Os espinhos de Paulo: II Coríntios 12:7-10