UM PROCESSO DE REABILITAÇÃO E (RE)INTEGRAÇÃOENVOLVENDO ACTORES LOCAIS, REGIONAIS E INTERNACIONAIS

— ORGANISMOS PÚBLICOS, EMPRESAS TÊXTEIS, DESIGNERS DE MODAEM COLABORAÇÃO PARA TRANSFORMAR UM BAIRRO SOCIAL DEGRADADO

NUMA NOVA MARCA URBANA DA CIDADE

REABILITAÇÃO DO BAIRRO

Divisão MAPa2012 © 2012

DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

Localização

AZURÉM, GUIMARÃES

DataJUNHO DE 2011

Reabilitação do Bairro de Nossa Senhora da Conceição

CoordenaçãoDIVISÃO MAPa2012 - C. M. DE GUIMARÃES

Área de intervenção15.364,10 M2 (área exterior)38.460,68 M2 (área edificada)

Orçamento (proposto em projeto)30.090,06 € CMG (área exterior)2.263.999,98 € IHRU (área edificada)

ProjetoRICARDO RODRIGUES, arquiteto MAPa2012

O projeto de reabilitação do Bairro de Nossa Senhora da Conceição partiu de uma vontade comum de proporcionar melhores condições de habitabilidade e salubridade a uma franja de população do centro urbano de Guimarães à altura segregada numa zona de habitação social em franca degradação.

O envolvimento dos parceiros Dyrup, Lucios e Lameirinho, contribuiu para o estabel-ecimento de uma sinergia orgânica, que capacitou o projeto de se tornar mais sustentado no tempo.

Em termos de estratégicos, a reabilitação do bairro enquadra-se num programa de mediatização com o objetivo de tornar este um caso visível por força do que nele é singular e específi co, através de um trabalho que compreende a médio prazo o favorecimento de novas formas de aprendizagem dentro do próprio bairro e o apoio à criação e à expressão popular, num espírito integrador considerando que também é nestes espaços que se sedimenta uma história comum e urbana da cidade de Guimarães.

Aproveitando o desejo anunciado à fábrica Lameirinho pela designer espanhola Agatha Ruíz de La Prada, de oferecer um mural à cidade, o MAPa2012 propôs que esse mural fosse aproveitado para a transformação positiva de uma das prin-cipais entradas na cidade, designadamente na transformação do Bairro de Nossa Senhora da Conceição.

As habitações do bairro são, na sua grande maioria, propriedade do IHRU - Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana que, em outubro de 2010, iniciou um processo de reabilitação dos edifícios com

especial incidência na sua envolvente externa (coberturas, caixilharias, revestimento das fachadas) e nas partes comuns.

Esta intervenção constituiu uma opor-tunidade para a CMG - Câmara Municipal de Guimarães, através do MAPa2012 , desenhar uma proposta mais alargada, envolvendo os espaços públicos, a população residente e várias associações e entidades locais interessadas em aderir ao projeto.

Paralelamente à intervenção material, a ideia do mural, então concebido especifi camente para cada uma das faces dos 4 blocos, serviu de base para se repensar a entrada noroeste da cidade e inverter um ciclo depreciativo a que esta zona e os seus habitantes estavam sujeitos. A cooperação e participação dos residentes foi essencial.

Os moradores foram envolvidos em todas as decisões, numa assembleia plenária onde votaram as várias propostas apresen-tadas pelo MAPa2012. Esta ação participada no processo de reabilitação proporcionou aos moradores a possibilidade de serem agentes ativos, apropriando-se e abraçando um projeto primeiramente a si destinado.

EspecialidadesJOÃO PESSOA, arquiteto paisagistaNURI BATISTA, engenheira civil