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1 Junho 2011 | REVISTA MUNICIPAL Montijo

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Junho 2011 | REVISTA MUNICIPAL Montijo

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Montijo REVISTA MUNICIPAL | Junho 2011

Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico do Concelho do Montijo – 22

9.º Encontro Nacional de Técnicos de Metrologia da Administração Pública – 23

“Hoje há uma falta de respeito pela vida humana” – 24

Contrato Local de Segurança em ação – 25

A mensagem de Fernanda Freitas – 26

II edição do Fórum “Juntos pelo bem estar e pela solidariedade” – 27

Empresas e EmpresáriosUniceram – 28 a 29

Autarquia assinala Dia Internacional dos Museus – 30

Mexe Montijo 2011 foi um sucesso – 31

Autarquia distribui oliveiras – 32

1.ª Exposição Canina Nacional do Montijo – 33

Executivo municipal visitou Afonsoeiro – 34

Pegões recebeu executivo municipal – 35

Executivo municipal na Atalaia – 36

Canha recebeu visita do executivo camarário – 37

Notícias das reuniões de câmara – 38

Editorial -3

As ofertas formativas em Montijo – 4 e 5

Jovens montijenses participam em projetos internacionais – 6

Paulo Futre no Montijo – 7

Fregueses e FreguesiasCristina Archer – 8 e 9

João Cutileiro na Galeria Municipal– 10

Semana aberta da Universidade Sénior – 11

Novos TalentosMarisa Mota– 12 e 13

Câmara lança obras do V Concurso Montijo Jovem – 14

Mais um ano de sucesso – 15

Nova sede em Pegões – 16

A obra – 17

Atalaia em livro - 18

Festas Populares de S. Pedro – 19 a 21

{í n d i c e }

Ficha Técnica

Directora

Maria Amélia Antunes

Editor

Alcídio Torres

Redacção

Ana Cantas Ribeiro,

Ana Cristina Santos

Fotografia

Carlos Rosa

Miguel Gervásio

Colaboração

Joaquim Baldrico

Grafismo e Paginação

Divisão de Comunicação

e Relações Públicas

Propriedade

Câmara Municipal de Montijo

Impressão

Armazéns Papeis do Sado

Publicação Trimestral

Distribuição Gratuita

Depósito Legal

121058/98

ISSN

1645-7218

5000ex.

Os textos desta publicação foram escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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Junho 2011 | REVISTA MUNICIPAL Montijo

A Presidente da Câmara

Maria Amélia Antunes

Os municípios enfrentam, atualmente, dificuldades financeiras, que condicio-nam, por um lado, a prestação de um serviço público de qualidade e, por ou-tro, debatem-se com problemas de eficiência e economia na gestão pública.

Na verdade, o grande objetivo da gestão pública é transformar ideias e políticas, democraticamente sufragadas, em programas de ação, levados à prática e, posteriormente, avaliados pelos cidadãos. Estes programas corres-pondem ou devem corresponder à satisfação de objetivos públicos que, por sua vez, resultam das aspirações e expectativas de cada munícipe.

A Câmara Municipal do Montijo completou no início do ano um processo de reestruturação orgânica, cujo objetivo foi agilizar e simplificar a máquina administrativa, de forma a continuar a prestar aos cidadãos um serviço de qualidade.

Neste contexto, o papel dos trabalhadores e dos dirigentes é fundamental num relacionamento que se pretende frutuoso e inovador.

Todavia, este relacionamento deve ser, cada vez mais, for-talecido por práticas administrativas simplificadoras da vida dos cidadãos e não por atuações administrativas burocráti-cas que complicam o relacionamento simples e célere entre o município e o munícipe.

Às organizações públicas pede-se, muito mais ainda no atual momento de recessão financeira, que se comportem com eficiência, com eficácia, com economia sem perder de vista os valores éticos.

Uma gestão moderna implica envolver os recursos huma-nos na definição da estratégia e, em particular, no planea-mento. Esta preocupação será, por um lado, potenciadora de uma maior motivação de quem é, internamente, chamado a dar o seu contributo para a organização e, por outro, de um corte com a visão estanque entre departamentos municipais.

A tomada de consciência de que a satisfação das exigências dos munícipes, com celeridade e ao menor custo, só é possível envolvendo e empenhando todos os trabalhadores e dirigentes, de forma a orientarem as suas atividades sempre na perspetiva do cidadão, constitui um pré-requisito essencial para uma gestão responsável.

À governação local compete também inovar a prática democrática, colo-cando o acento tónico em debates mais amplos em torno da participação qualificada, que é fundamental para um desempenho económico e social efe-tivo.

No atual contexto de dificuldades económicas e financeiras, o modelo de gestão dos municípios pode revelar-se fundamental para administrar os re-cursos financeiros e humanos com economia e eficiência, de modo a não colocar em causa a qualidade de vida.

“O grande objetivo da gestão pública é

transformar ideias e políticas, democraticamente

sufragadas, em programas de ação, levados à

prática e, posteriormente, avaliados pelos cidadãos.

Estes programas correspondem ou devem

corresponder à satisfação de objetivos públicos que, por sua vez, resultam das aspirações e expectativas

de cada munícipe.”

{e d i t o r i a l }

Gerir com eficiência e responsabilidade

para manter qualidade

de vida

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Montijo REVISTA MUNICIPAL | Junho 2011

{d e s t a q u e }

A Escola Profissional do Montijo (EPM) já abriu as pré inscrições referentes ao ano letivo 2011-2012 para os cursos de Edu-cação e Formação de jovens, bem como de Eletricista de Instalações e Assistente/Empregado Comercial. Os interessados devem possuir o 7.º ano (como ou sem aproveitamento) ou o 8.º ano (sem apro-veitamento), idade igual ou superior a 15 anos e realizar uma entrevista individual.

Em relação aos cursos profissionais, nível 4 | 12.º ano, também estão abertas as pré-inscrições para Animador Socio Cultural, Técnico de Frio e Climatização,

Técnico de Serviços Jurídi-cos, Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos e Técnico de Turismo.

Recorde-se que a EPM, no ano lectivo 2010/2011, formou 13 turmas do en-sino profissional, o que significa uma frequência de 228 formandos. No que respeita a oferta formativa do 1.º ano, pela primeira vez, foi aberto o curso Téc-nico de Apoio à Infância e

o curso Técnico de Instalações Elétricas.Cerca de 125 alunos realizaram está-

gios curriculares em mais de 60 empresas e instituições. No que concerne aos diplo-mados, é de referir que, dos 50 finalistas, 37 formandos já terminaram o seu percur-so.

Em relação ao Programa de Aprendi-zagem das turmas do Curso de Técnico de Refrigeração e Climatização, do Sis-tema de Aprendizagem em Alternância, promovido pelo IEFP, desenvolvido em articulação com o Centro de Formação Profissional do Seixal, é de realçar o facto

As ofertas Formativas em Montijo

As ofertas de formação disponibilizadas pela Escola Profissional do Montijo (EPM), pela Escola Secundária Jorge Peixinho e pela Escola Secundária Poeta Joaquim

Serra permitem, pela sua diversidade, múltiplas e interessantes escolhas aos alunos. Cursos de Animador Socio Cultural; Técnico de Frio e Climatização; Técnico de Serviços Jurídicos; Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos;

Técnico de Turismo; Práticas Técnico-Comerciais; Instalação e Operação de Sistemas Informáticos; Ciências e Tecnologias; Ciências Socioeconómicas e de

Línguas e Humanidades são alguns dos cursos ministrados pelas três escolas acima referidas.

Escola Profissional do Montijo do grupo de formandos que iniciou o 3.º período/ano de formação terem concluído com sucesso o seu percurso formativo (de três anos).

No ano lectivo em curso a EPM propôs como oferta formativa dos percursos de educação e formação de jovens dois cur-sos, um na área dos Cuidados de Beleza Tipo II e outro na área da Electromecâni-ca de Refrigeração e Climatização Tipo II. Iniciaram estas formações 38 formandos, contabilizando um total de 48 formandos, dado existir também uma turma no 2.º ano com dez formandos.

No decurso do ano lectivo funcionaram, ainda, dois cursos de Educação e Forma-ção de Adultos, Manutenção Hoteleira, Assistente Familiar e de Apoio à Comuni-dade, que conferem o 2.º ciclo do Ensino Básico e nível II de formação.

Este estabelecimento de ensino é, tam-bém, entidade promotora de um Centro Novas Oportunidades (CNO). Em 2010, a EPM atribuiu 190 certificados ao nível do ensino básico, secundário e RVCC – PRO.

No âmbito do Projeto Formativo Empre-sas, ao longo do ano de 2010, desenvol-veram-se 42 ações de formação frequen-tadas por 516 formandos.

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Junho 2011 | REVISTA MUNICIPAL Montijo

Escola Secundária Jorge Peixinho

Escola Secundária Poeta Joaquim Serra

A Escola Secundária Jorge Peixinho (ESJP) ofe-rece um vasto leque de opções formativas aos alunos do nosso concelho, divididas em ensino básico e secundário, regime diurno e noturno.

Para além dos cursos vocacionados para o prosseguimento de estudos, a escola tem dado particular atenção aos cursos de dupla

certificação, como sejam os Cursos de Edu-cação e Formação (CEF) e os Cursos Profis-sionais, no sentido da formação profissional dos nossos jovens.

No que diz respeito aos cursos profissio-nais, na ESJP vão abrir inscrições referentes ao ano lectivo 2011/12 para Técnico de Ener-gias Renováveis – Técnico Instalador de Sis-temas Solares Térmicos e Técnico de Ges-tão. Em relação aos CEF estão disponíveis os cursos de Logística e Armazém, Práticas Técnico-Comerciais e Instalação e Operação de Sistemas Informáticos.

Aos alunos que concluírem com aproveita-mento os referidos cursos será atribuído um diploma de conclusão do nível secundário de educação e um certificado de qualificação profissional de nível 3.

Recorde-se que estes cursos privilegiam a inserção dos alunos no mundo do trabalho e permitem o prosseguimento de estudos.

Em relação aos Cursos de Educação e Formação destinados a jovens candidatos ao primeiro emprego, ou a novo emprego, com idades compreendidas entre os 15 e os 25 anos o leque de ofertas formativas da ESJP abrange os cursos de Logística e Ar-mazenagem, Práticas Técnico-Comerciais, Instalação e Operação de Sistemas Informá-ticos.

A frequência destes cursos, com aprovei-tamento, garante a obtenção de uma quali-ficação profissional de nível 2, associada a uma progressão escolar, com equivalência ao 9.º ano de escolaridade.

Em relação ao ano transacto importa referir que a ESJP recebeu, no ensino secundário, 452 alunos, nos Cursos de Educação e For-mação 60 alunos, na Educação e Formação de Adultos (EFA) 11 alunos e no ensino Re-corrente 111 alunos.

A ESJP dinamizou diferentes estágios em regime de formação em contexto de traba-lho, que mereceram a colaboração de enti-dades públicas e privadas do concelho do Montijo e que após este período probatório deram origem à inserção de alguns alunos em situação de primeiro emprego.

Tal como a Escola Secundária Jorge Peixi-nho, a Escola Secundária Poeta Joaquim Serra (ESPJS) tem à disposição dos jovens ofertas formativas que abrangem o ensino básico e secundário, incluindo cursos profis-sionais e cursos de educação e formação.

No que diz respeito aos cursos profissio-nais, para o ano lectivo 2011/12, vão existir vagas nos cursos de Técnico de Multimédia, Técnico de Gestão Desportiva, Técnico de Apoio Psicossocial, Técnico de Processa-mento e Controlo de Qualidade Alimentar e Técnico de Informática e Gestão.

Em relação aos cursos Científico – Huma-nísticos a oferta formativa estende–se aos cursos de Ciências e Tecnologias, Ciências Socioeconómicas e de Línguas e Humani-dades.

No ano transato, ao nível do ensino se-cundário, a escola teve em funcionamento 21 turmas, num total de mais de 400 alunos.

Das 21 turmas, dez foram de cursos profis-sionais.

Em relação aos Cursos de Educação e Formação, foram constituídas cinco turmas abrangendo um total de 81 alunos.

O Agrupamento de Escolas Poeta Joa-quim Serra tem em funcionamento um Cen-tro de Novas Oportunidades (CNO), há qua-se três anos, que possibilita a adultos sem qualificação ou com uma qualificação desa-justada ou insuficiente face as suas próprias necessidades e do mercado de trabalho a aquisição, o reconhecimento, a validação e a certificação de competências.

Não querendo ser um mero interlocutor pas-sivo no processo de reconhecimento e valida-ção de competências, para além das diversas sessões de informação efetuadas pelas Profis-sionais RVC foram ainda assinados protocolos de cooperação com diversas empresas, insti-tuições de reabilitação e associações.

O estabelecimento destes protocolos foi, e continua a ser, uma forte aposta deste CNO. Por um lado, o estabelecimento de parcerias com entidades formadoras, permite uma resposta mais célere e eficaz aos seus for-mandos e às suas ações de formação.

Por outro lado, a articulação com entida-des empregadoras e da administração cen-tral ou local é fulcral para alcançar o objetivo geral da Iniciativa Novas Oportunidades e, além disso, esta modalidade torna-se muitas vezes a forma mais eficaz de se conseguir chegar à população que pretende aumentar a sua qualificação escolar.

A Revista Montijo agradece a colaboração da Escola Profissional do Montijo, da Escola Secundária Jorge Peixinho e da Escola Secundária Poeta Joaquim Serra.

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No âmbito do protocolo de parceria e colaboração celebrado entre o Município do Montijo e a Escola Secundária de Al-cochete, 20 alunos deste estabelecimen-to de ensino, realizaram, entre 30 de abril e 28 de maio, estágios profissionais na Roménia.

Estes estágios resultaram da candida-tura “Youngsters for Europe” apresenta-da à Agência Nacional do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida Leo-nardo da Vinci, da União Europeia, pela autarquia montijense e pela Escola Se-cundária de Alcochete

Os alunos dos cursos profissionais de Comunicação, Marketing, Publicidade e Relações Públicas; Informática de Ges-tão; Informática de Gestão de Redes; e Contabilidade e Gestão tiveram opor-tunidade de adquirir conhecimentos, competências e qualificações nas suas áreas de formação, que facilitaram o seu desenvolvimento pessoal, a empregabi-lidade e a participação no mercado de trabalho europeu.

Para além do acesso a novas tecno-logias e processos de organização e de gestão inovadores, a nível profissional e pessoal, estes alunos adquiriram com-petências transversais e aperfeiçoaram o domínio do inglês, num ambiente de espírito empresarial.

O reconhecimento formal dos estágios foi assegurado através do registo no Eu-ropass, um sistema que permite que as competências e qualificações adquiridas sejam apresentadas de uma forma clara e facilmente compreensível em todos os Estados Membros da União Europeia.

Este projeto não trouxe quaisquer en-cargos à Escola Secundária de Alcoche-te, nem à Câmara Municipal de Montijo.

Câmara envia jovens para estágios na Roménia

{j u v e n t u d e }

Jovens montijenses participam em projetos internacionaisDesde o início do ano que o Gabinete de Juventude tem enviado cidadãos montijenses para participarem em inter-câmbios de jovens, seminários e cursos de formação que decorrem no espaço europeu ao abrigo do Programa Comu-nitário “Juventude em Ação”.

No total, e até ao momento, mais de 30 jovens tiveram a oportunidade de participar neste programa comunitá-rio que funciona como uma importante ferramenta para a aquisição e desen-volvimento de competências, propor-cionando aos jovens oportunidades de aprendizagem de educação não formal e informal de dimensão europeia.

Até setembro, o Gabinete da Juven-tude vai continuar a promover a mobili-dade europeia dos jovens montijenses e por isso tem inscrições abertas para diferentes projetos do programa Juven-tude em Ação.

Os jovens interessados podem ins-crever-se nos seguintes projetos:

- Curso de formação: “Mission Pos-sible”, na República Checa de 3 a 11 de julho;

- Intercâmbio: “Youth Selections”, na Turquia de 9 a 15 de julho;

- Curso de formação: “Gender in your lives” na Irlanda do Norte de 10 a 17 de julho;

- Curso de formação: “Guides on the road to social Inclusion ” na Hungria de 16 a 26 de setembro

Como habitualmente, o Programa Juventude em Ação assegura o paga-mento de 70 por cento das passagens aéreas e todas as despesas com aloja-mento e alimentação.

Para mais informações e inscrições contactar o Gabinete da Juventude, na Rua António Manuel da Silva, através do e-mail [email protected] ou do telefone 212 327878.

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Paulo Futre esteve no Montijo, sua terra na-tal, no dia 31 de maio para a apresentação do livro “El Portugués”, da autoria de Luís Aguilar, que retrata o seu percurso pessoal e profissional.

A cerimónia teve lugar no Jardim da Casa Mora, a poucos metros da casa onde cres-ceu, como o próprio Paulo Futre referiu, e contou com a presença de Maria Amélia Antunes, presidente da Câmara Municipal do Montijo.

A autarca mostrou-se orgulhosa deste ci-dadão montijense. “ O Paulo tem mostrado que ama a sua terra e isso é motivo para nos orgulharmos dele. O Paulo tem talento, é sincero, genuíno e honesto. O Montijo está orgulhoso e reconhecido ao Paulo por ter le-vado longe o nome do nosso concelho”.

Paulo Futreno Montijo

Paulo Futre, emocionado, mostrou gran-de satisfação em estar na sua terra e orgu-lhoso de ser montijense e deixou uma pala-vra para os jovens futebolistas que iniciam agora a carreira: “é muito importante que os jovens tenham consciência do poder de um primeiro autógrafo. O primeiro autógrafo

pode ser tremendo. É importante não perder a humildade.”

Por sua vez, o autor, Luís Aguilar, referiu que esta experiência serviu para “conhecer um ser humano maravilhoso. Temos estado com milhares de pessoas e o Paulo tem sido sempre atencioso com todas, simpático e frontal. É um exemplo de humildade”.

Após a apresentação do livro, Paulo Futre mostrou-se afável e disponível para autogra-far os livros e tirar fotografias com os seus conterrâneos.

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{e v e n t o s }Junho 2011 | REVISTA MUNICIPAL Montijo

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{f r e g u e s e s e f r e g u e s i a s }

Uma vidasingular

Filha de pais emigrantes, Cristina Archer nasceu “por acaso” no Brasil, mas cedo veio para Portugal, a infância e a juventude passou-a na capital. Sem ninguém na famí-lia ligada ao circo, nem a própria consegue explicar quando começou esta paixão pela arte circense. “Sempre gostei do filme Tra-pézio, com Burt Lancaster e Gina Lollobrigi-da (risos)”, afirma Cristina, que fez um curso de expressão circense, “o primeiro curso do género que houve na escola de circo da Te-resa Ricou”.

“A parte artística sempre esteve presente ,pois era uma coisa que me preenchia e que eu gosto muito de fazer”, comenta Cristina Archer.“Fiz teatro amador, e de rua entre ou-tras coisas. Formei um grupo de animação circense que era o Cesta D’Artes. Fazíamos animações com circo.”

Foi por esta altura de sua vida que um dos mais prestigiados encenadores portu-gueses, Filipe La Feria, surge no seu cami-nho, convidando o grupo para fazer parte da equipa que deu vida ao musical “Passa por mim no Rossio” e ao espetáculo “Grande Noite”.

O leitor que aguarda que a história de Cristina Archer se fixe, agora, nos maiores palcos nacionais, desengane-se. As luzes da ribalta não lhe travaram o desejo de trilhar novos caminhos “Sempre que podia viajar,

fazia-o. Acho que as pessoas precisam ter mais alguma bagagem, é uma questão de aproveitar oportunidades nas alturas certas e não ter medo de arriscar”.

Foi com esta convicção que a dada altura, com a formação circense em trapézio, pa-lhaços e corda vertical, na bagagem, colo-cou “mãos à obra”, ou, neste caso, “à arte” e procurou Soledad Cardinali, proprietária do famoso Circo Cardinali “. Levei o meu trapézio, e fui propor-me em plena Praça de Espanha. Convidei-me para fazer o natal com eles. Acabei por andar em tournée com o circo, cerca de três anos, em Portugal e Espanha, essencialmente”, recorda.

A experiência da maternidade fê-la, de novo, mudar de rumo: “aquele ambiente era um bocado complicado, não o é para quem nasce no circo, mas não sendo o meu caso sempre me fez um pouco de confusão a questão da educação dos filhos. Isso levou-me a deixar o circo e ir para Inglaterra”.

Em terras britânicas, numa pequena cida-

Oscar Wilde afirmou “Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe”. Cristina Archer é caso raro. Cresceu em

Lisboa. Estudou arte circense. Foi trapezista e mostrou talento na corda vertical. Animou festas. Fez teatro. Trabalhou com Filipe la Feria.

Viajou com o Circo Cardinalli por todo o país e em terras de nuestros hermanos. Viveu em Inglaterra. Encontrou na pintura uma outra forma

de manifestar o seu lado artístico. Hoje é uma espécie de guardiã no Monte de Escatelar, onde cuida dos casarios, dos animais, e do

mais que for preciso, naquele pacato miradouro sobre vastos campos agrícolas da freguesia de Canha. O futuro? Nunca se sabe onde a

inspiração a pode levar.

Cristina Archer

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de, a nostalgia da vida artística levou-a a procurar novas formas de se exprimir. “Foi aí que abracei mais a pintura, quan-do desisti da parte artística, tinha de en-contrar algo que me preenchesse”.

As saudades de Portugal leva-a a co-locar um anúncio na internet. A resposta veio da Herdade do Monte de Escatelar, em Canha. Há uma década, Cristina Ar-cher deu início a mais um capítulo da sua história. De volta a Portugal, mas longe do frenesim das metrópoles, elegeu a tranquila vila de Canha como morada. “Vim pelo trabalho. Fixei-me aqui porque a vila tem muito para oferecer. As pesso-as são muito generosas e há muita quali-dade de vida na vila. Gosto sobretudo do escatelar, onde vivo e trabalho, é um sítio que me dá muita paz.”

A sua sede de viver contagiou a fre-guesia. Criou a associação de pais da freguesia e iniciou um ciclo de exposi-ções com outros artistas da terra, que deram cor às paredes do museu da ter-ra. Nos seus quadros, pintados a óleo, está patente o que a motiva, o mundo que a rodeia, desde os cavalos, às belas paisagens de Canha, “os meus quadros são um pouco naïf, porque nunca tirei nenhum curso de pintura. Aquilo que pinto é o que vejo, ou aquilo que quero passar aos outros.”

Determinada em chamar a atenção para a vila que tanto aprecia, Cristina Archer organizou a exposição “Trilhos de Cor” patente, no Museu Etnográfico de Canha, até 30 de Junho e prepara uma

nova exposição para o mês das Festas de Canha, setembro. “Penso que existem muitas ações culturais, no Montijo, mas acabam por ser muito localizadas, na ci-dade. Esta descentralização é importante. Normalmente exponho com dois ou três artistas daqui, mas acho que deveria ser uma exposição para ficar aberta a todo o concelho de maneira que as pessoas pos-sam cá vir, ver e participar”.

Cristina lança o repto “gostaria de deixar o convite às pessoas do concelho do Mon-tijo que gostem de pintar, façam desenhos ou tirem fotografia, que enviem um e-mail para [email protected]”ou para [email protected].

Da sua vida “um pouco diferente do co-mum”, como afirma, Cristina Archer garan-te não haver espaço para arrependimentos nem certezas absolutas, “não penso a mi-nha vida para sempre, mas neste momen-to, estou aqui bem, gosto muito da vila e desejo estar na linha da frente em projetos que contribuam para a desenvolver”.

Quem entra na Igreja de Nossa Senhora da Oli-veira em Canha, construção do século XIII com sucessivas remodelações, sendo o edifício que hoje se observa uma reconstrução do sé-culo XVII, não pode deixar de observar do lado da epístola, o arco de cantaria de lioz ao gosto renascentista que dá acesso à atual capela do Santíssimo Sacramento.

Edificada no século XVI, e originalmente de-dicada a Nossa Senhora do Rosário, foi man-dada construir pelo Padre António Gonçalves cujo túmulo datado de 1585 se pode observar no pavimento da mesma. Nesta capela este-ve também sediada a Confraria de Nossa Senhora do Rosário.

De planta retangular e o teto em abóbada pintada com motivos geométricos, ostenta ao centro a cruz da Ordem de Santiago símbolo importante nesta zona denotando assim a antiquíssima posse destas terras por parte dos cavalei-ros espatários.

As paredes são por sua vez revestidas de azulejos enxaquetados em verde e branco entrecortados pontualmen-te por conjuntos policromos com motivos florais trilobados. O revestimento azulejar é também delimitado e seccionado por um friso policro-mo de motivos geométricos que dividem o re-ferido revestimento azulejar em secções.

O retábulo da capela construído ao gosto maneirista possui na sua composição diversas pinturas de iconografia mariana: A Adoração dos Pastores, A Visitação da Virgem a Santa Isabel, Santiago Maior, A Adoração dos Magos e como não podia deixar de ser a imagem do Orago Nossa Senhora do Rosário que coroa todo o conjunto.

De realçar também no espólio artístico desta capela o belíssimo frontal de altar quinhentista em azulejos policromos, reproduzindo broca-do de seda lavrado, sebastos e sanefa de pro-dução espanhola, possivelmente de Talavera de La Reina.

Joaquim Baldrico

Capela de Nossa Senhora do Rosário

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João Cutileiro na Galeria Municipal

Até 30 de julho, está patente na Galeria Municipal uma exposição de escultura e desenho de um dos mais conceituados escultores portugueses – João Cutileiro.

A exposição tem como tema principal os pássaros, mas apresenta, também, ao público trabalhos onde a mulher é a figura central.

Ana Dias Sousa, no texto introdutório do catálogo da exposição, pergunta, aliás, “quantas mulheres terá desenha-do João Cutileiro? Esta foi a pergunta que me veio à cabeça quando vi os desenhos que es-colheu para esta expo-sição, em papel ou em pedra. Alguns desenhos de corpos femininos re-

tomam figuras de clássicos, como Ingres ou Botticelli, num exercício que tantos artistas têm repetido (…). É verdade que as esculturas de pássaros esguios são o centro desta exposição. Pássaros feitos para viver ao ar livre, a enfrentar a chuva, o sol e o vento com a impassibilidade das estátuas antigas.”

João Cutileiro nasceu em Lisboa, em 1937. Frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (1953-1954) e, em Londres, a Slade School of Art (1955-1959), onde, mais tarde, foi assistente de Reg Buttler.

Em 1966, Cutileiro começou a usar má-quinas elétricas de corte de pedra, o que possibilitou dedicar-se exclusivamente ao mármore.

João Cutileiro tem exposto tanto em Portugal como no estrangeiro. É autor de obras marcantes no contexto da escultu-ra portuguesa contemporânea, como a Estátua de D. Sebastião em Lagos ou a escultura de homenagem ao 25 de Abril no Parque Eduardo VII, em Lisboa.

Horário da Exposição: Segunda a Sexta: 09h30-12h30 e 14h00-17h30Sábados: 15h00-19h00De 28 de junho a 3 de julho (durante as

Festas Populares de S. Pedro) a exposi-ção estará patente ao público das 21h00 às 23h00 e nos dias 29 de junho, 2 e 3 de julho, das 16h00 às 19h00.

O Museu Municipal do Montijo recebe, entre 28 de junho e 16 de dezembro, a exposição “O património azulejar do concelho do Montijo”. A inauguração será no dia 28 de junho, às 19h00.

A mostra, que abrange um perío-do entre o século XVI e o século XX, procura dar a conhecer o património azulejar do concelho e contribuir para a preservação desta manifestação ar-tística tão portuguesa e rica nas suas dimensões estéticas e históricas.

Esta exposição foi concebida com base no estudo de Isabel Pires e Ro-sário Salema de Carvalho, com coor-denação científica de Maria Alexandra da Câmara, que originou o livro “O património azulejar do concelho do Montijo” da coleção Estudos Locais, editada pela Câmara do Montijo.

Pode visitar esta exposição de segunda a sexta-feira das 9h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Duran-te as Festas de São Pedro, nos dias 28, 30 de junho e 1 de julho, também, das 21h00 às 23h00 e nos dias 29 de junho e 2 e 3 de julho das 16h00 às 19h00.

Visita esta exposição e venha co-nhecer melhor o património do Mon-tijo!

Património azulejar em exposição

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{a ç ã o s o c i a l }De 21 de junho a 2 de julho terá lugar mais uma edição da Semana Aberta da Universidade Sénior de Montijo. À seme-lhança dos anos anteriores, a semana que assinala o términus de mais um ano letivo ,contará com diversas iniciativas abertas à comunidade em geral.

Viver de forma mais saudável, partilhan-do saberes, é o lema que move a Sema-na Aberta, que pretende ser um espaço de debate e aceitação dos princípios da Igualdade de Oportunidades para Todas e Todos.

No dia 21 de junho terá lugar, pelas 15h00, no R/C da Junta de Freguesia do Montijo – Casa do Pateo D’Água, a inau-guração da exposição dos trabalhos re-alizados pelos alunos da Universidade Sénior, ao longo do ano, nas disciplinas práticas.

No dia 22 de junho, os alunos da UNI-SETI e a comunidade em geral terão opor-tunidade de fazer rastreios ao Colesterol, Hiper-Tensão e Glicemia, entre as 10h00 e as 12h00, na Praça da República. Será, ainda, realizada uma pequena demonstra-ção da disciplina de Ginástica de Manu-tenção e de Dança Tradicional.

No mesmo dia terá lugar um Workshop de Expressão Dramática, pelas 16h00, na Universidade Sénior. A sessão, dinamiza-da por Sónia Benite e Ana Rita Fernades, ligadas profissionalmente ao mundo do espetáculo, será um trabalho de imagi-nação, conceção, de entreajuda, coope-ração e criatividade coletiva, para desen-volverem, capacidades psicossomáticas, mas também de interação social.

No dia 24 de junho, no restaurante Moi-nho da Praia, às 20h00, terá lugar o jantar da Semana Aberta para os alunos. Este encontro, um momento simbólico do per-curso “académico”, pretende fomentar as relações interpessoais e a amizade entre alunos/as, professores/as e responsáveis pela UNISETI.

O Cinema Teatro Joaquim d’Almeida, no dia 28 de junho, pelas 21h00, será pal-co do Espetáculo de Apresentação dos trabalhos elaborados nas disciplinas de Mandarim e Cultura Chinesa, Escrita Cria-tiva, Tuna Académica, Oficina de Dança,

De 21 de junho a 2 de julho

Semana Aberta da Universidade Sénior

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Língua e Literatura Portuguesa, Dança Tra-dicional, Oficina de Música e Inglês.

A Semana Aberta encerra o ciclo de atividades no dia 2 de julho com a peça de teatro “O Gato”, de Henrique Santana, sendo o culminar de todas as aprendiza-gens lecionadas na Oficina de Teatro da Universidade Sénior.

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O sonho de MarisaFoi a “Chamar a Música” que Ma-risa Mota, 22 anos, de Pegões, começou o seu percurso no mun-do da música, aos nove anos de idade. Hoje, após a edição do seu 1.º álbum, intitulado “Sonho”, co-meçou a cumprir o seu maior de-sejo: o lançamento internacional da sua carreira.

“Neste momento estou a gravar em Inglaterra. Vou lançar um álbum interna-cional. Estou a trabalhar com produtores como Diane Worren e Rick Nowels que escrevem músicas para Celine Dion, Joss Stone ou Madonna. Vai ser um ál-

bum com dez músicas em inglês, uma em espanhol e outra em português”.

Marisa assume-se como uma jovem determinada e, por isso, é perentória so-bre o tipo de carreira que deseja cons-truir no mundo da música. “Não quero ser um produto-chiclete, que toda a gen-te conhece agora e ao fim de um ano já cá não está. Quero aparecer com calma e ser reconhecida pelo meu trabalho”.

A carreira musical de Marisa Mota co-meçou aos nove anos, num “festival da canção em Vendas Novas. Nunca tinha participado em nada do género e ga-nhei. Depois surgiu a oportunidade de abrir os espetáculos do Toy, mais tarde dos Anjos e dos Delfins. Aos 16 anos,

tive, como costumo dizer, a minha ‘pro-va de fogo’ com a abertura da primei-ra parte do João Pedro Pais, na Fatacil em Lagoa. Foi um dos espetáculos que mais gostei”.

O primeiro álbum surge aos 18 anos, pela mão de Rui Fingers, músico e produtor de Paulo Gonzo. “Saiu o ano passado, chama-se ‘Sonho’. Umas das baladas, ‘Eu Avisei’, ganhou mais visi-bilidade, porque fez parte da banda so-nora da novela da TVI ‘Mar de Paixão’”.

Para Marisa, a música é a sua vida, mas viver exclusivamente dela é uma impossibilidade e, por isso, a jovem de 22 anos dá aulas de educação musical nas Atividades de Enriquecimento Cur-ricular, trabalha num escritório de con-tabilidade e numa loja de roupa.

“Hoje, em Portugal, é impossível viver da música. Para fazer um espetácu-lo não vou sozinha, tenho uma banda, uma equipa por trás que custa dinheiro e, por vezes, as comissões de festas não têm como pagar. Para além disso, há uma enorme dificuldade na venda de discos devido à internet”, afirma.

O sonho de Marisa está, devagar e planeadamente, a concretizar-se e, por isso, é com determinação e ilusão que a jovem de Pegões encara o futuro. Se depender dela, a sua história terá, cer-tamente, um final feliz!

“Neste momento estou a gravar em Inglaterra. Vou lançar um álbum internacional. Estou a trabalhar com produtores como Diane Worren, Rick Nowels que escrevem músicas para Celine Dion, Joss Stone ou Madonna.”

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Discurso direto

Um dia ideal – Dormir, passear, ver o mar, ir ao cinema e estar com os amigos.

Maior sonho – Lançar um álbum internacional. Espero realmente conseguir o que sempre sonhei que é lançar um álbum para o todo o Mundo.

Cantora Preferida – Whitney Houston

Se ganhasse o euromilhões… - Era ótimo! Dava a volta ao mundo e ajudava algumas instituições.

A maior qualidade – Ser uma pessoa responsável

O pior defeito – Muito teimosa

O que não suporta – A mentira

O que a deixa feliz – Fazer os outros felizes

Se mandasse em Portugal, por um dia – Proibia as cópias de música na internet

Onde estará a Marisa daqui a dez anos – Gostava de ter uma família e de continuar a cantar imenso. Talvez daqui a dez anos possa estar no estrangeiro. Espero estar bem na vida, na música, que as pessoas me reconheçam pelo meu trabalho, que não me olhem de lado e espero continuar a ser quem sou.

Quem é a Marisa – Sou uma pessoa tímida, acho que sou uma pessoa humilde, que gosta de lutar pelos seus objetivos.

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Câmara lança obras do V Concurso Montijo Jovem

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No dia 21 de maio, no auditório da Biblioteca Municipal Manuel Giraldes da Silva, cumpriu-se o sonho dos vencedores do V Concurso de Poesia e Ficção Narrativa Montijo Jovem, Fábio Lima e David Erlich. com o lançamento das suas obras.

Ambos os autores demonstraram a sua sa-tisfação pela materialização do seu trabalho e pela vitória no V Concurso Montijo Jovem.

Fábio Lima, autor da obra “Pecados de Família”, vencedora na categoria de ficção narrativa, apresentou a sua obra como “uma história sobre um grande amor”.

David Erlich, para além de apresentar o seu trabalho “O Verso dos Pássaros”, vencedor

na modalidade de poesia, aproveitou a oca-sião para relembrar a importância da edição impressa de livros numa era onde imperam as novas tecnologias.

Na opinião de Manuel Frias Martins, presi-dente do júri do Concurso Montijo Jovem, Fá-bio Lima e David Erlich “mostraram nas suas obras que são bons leitores dos outros escri-tores e isso é essencial. Serem bons leitores para sonharem serem bons escritores”.

“O Montijo Jovem é um prémio que dá a possibilidade dos jovens escritores terem algo premiado pela qualidade para mostra-rem aos editores profissionais”, acrescentou.

O vereador do Pelouro da Juventude,

Renato Gonçalves, reforçou esta ideia, afir-mando que é “um prémio que incentiva quem gosta e pretende escrever e não tem possibilidade de publicar a sua obra. Incen-tiva o gosto pela escrita, contribui para a criatividade, a inovação, a originalidade e o mérito cultural”.

Desde 2001, que a Câmara do Montijo promove o Concurso de Poesia e Ficção Narrativa Montijo Jovem, demonstrando a sua aposta na descoberta e divulgação de novos talentos na área da literatura, possi-bilitando aos jovens escritores, entre os 15 e os 25 anos, uma maior visibilidade das suas obras.

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Desde 2008, que o Programa Pedagó-gico para o Público Escolar, promovido pelo Serviço Educativo do Museu Mu-nicipal, é uma fórmula de sucesso jun-to dos estabelecimentos de ensino do concelho.

Na edição deste ano, que decorreu de Outubro de 2010 a Junho de 2011, parti-ciparam mais de 2300 crianças de todas as escolas básicas do 1.º ciclo e jardins-de-infância do Montijo.

Este Programa pretendeu desencade-ar, junto do público escolar, o desenvol-vimento de competências no âmbito da salvaguarda e do conhecimento do pa-trimónio cultural do Montijo.

Para cumprir este propósito, o Serviço Educativo do Museu Municipal desen-volveu um conjunto de atividades que se dividem em visitas-jogo e oficinas, direccionadas para os diferentes níveis de ensino dos participantes.

As visitas-jogo, tal como o nome indi-ca, foram visitas em forma de jogo onde, através da técnica do diálogo orientado e do recurso a materiais e jogos apela-tivos, se pretendeu reforçar o processo de descoberta e aprendizagem lúdica.

As oficinas pedagógicas consistiram num conjunto de atividades de carácter lúdico e pedagógico, com o objetivo de colocar as crianças a pesquisar, experi-mentar e construir.

Os alunos, com idades compreendidas entre os três e os dez anos de idade, puderam tomar contacto, de forma di-vertida e lúdica, com elementos chave do património arquitetónico e cultural do concelho, como o Moinho de Maré, o Moinho de Vento ou a Quinta Nova da Atalaia.

Para além do conhecimento do patri-mónio material do Montijo, as crianças tiveram à sua disposição actividades que privilegiaram o património imaterial e cultural, como é exemplo a atividade “A Lenda da Nossa Terra” que contou às crianças, através da personagem “Alda a Galega”, a lenda da constituição de Montijo (Aldeia Galega), ou a atividade que pretendeu descobrir a vida e obra do Maestro Jorge Peixinho.

Os participantes puderam, também, através da visita-jogo “As pedrinhas dos romanos” realizar um jogo tradicional dos primeiros anos do Império Romano

{e n s i n o}

e assim conhecer as técnicas, as ex-pressões artísticas e o “modus vivendi” do povo Romano.

O Programa Pedagógico para o Pú-blico Escolar é um exemplo da política integradora do município ao nível da cul-tura, integrando o Programa “Educação para a Cultura Montijo 2010/2011” que é constituído por atividades de diversos serviços da Câmara.

“Educação para a Cultura Montijo 2010/2011” faz parte do Projeto Cultural Concelhio e é um contributo para esti-mular a curiosidade e a participação das crianças, refletindo uma linha de orien-tação geral e articulada da Câmara no que concerne à sua política educacional e cultural.

Mais um anode sucesso

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Nova sede em Pegões

O 37.º aniversário do 25 de Abril, um dia his-tórico para o país, vai ficar marcado na his-tória da freguesia de Pegões. Nesse dia, 25 de Abril de 2011, Pegões ganhou um novo edifício sede da Junta, pólo da Biblioteca Municipal, Espaço Internet e auditório.

Largas dezenas de pessoas, incluindo bas-tantes populares, não faltaram à cerimónia de inauguração, onde a presidente da Câmara Municipal do Montijo, Maria Amélia Antunes, realçou que o edifício é “a transformação do sonho em realidade. Estamos hoje a viver este sonho porque projetámos o futuro com visão estratégica e, por isso, afirmamos que projetar o futuro só tem sentido se nos mobilizarmos na transformação do presente, segundo os princípios da solidariedade, da coesão territo-rial, do desenvolvimento e do progresso”.

O presidente da Junta de Freguesia de Pe-gões, António Miguens, mostrou a sua satis-fação pela concretização deste “importante passo no desenvolvimento da freguesia. Um amplo e moderno edifício que permitirá um atendimento com melhores condições aos nossos fregueses, bem como melho-res condições de trabalho aos funcionários. Inauguramos, hoje, um condigno espaço há muito tempo merecido pela Freguesia”.

Para além dos dois autarcas, estiveram presentes Armando Vieira, presidente da Associação Nacional de Freguesias, e Má-rio Cristovão, representante do Governador

Civil do Distrito de Setúbal. Ambos realça-ram a importância da obra para uma maior e melhor proximidade entre os órgãos autár-quicos da freguesia e os cidadãos.

O novo edifício da Junta de Freguesia de Pegões dá continuidade a uma política de dignificação dos órgãos autárquicos do município e de dinamização e promoção do acesso das populações à cultura, pois, para além de sede da Junta de Pegões, alberga um pólo da rede pública da Biblioteca Muni-cipal Manuel Giraldes da Silva, um espaço internet e um auditório.

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O novo edifício da Junta de Pegões é um edifício multiusos que, para além da funcio-nalidade sede da Junta tem, também, um Pólo da Biblioteca Municipal, um Espaço Internet e um Auditório.

A obra, adjudicada por mais de 77 mil euros, dá assim continuidade a uma política de dignificação dos órgãos autárquicos do município e de dinamização e promoção do acesso das populações à cultura.

O novo edifício sede da Junta de Pegões e pólo da Biblioteca Municipal encontra-se localizado numa zona central da freguesia, facilitando assim o acesso da população ao local.

Funcionalmente, o edifício encontra-se di-vidido em três áreas de utilização:

- Na parte posterior da entrada encontra-se o Pólo da Biblioteca Municipal;

- Na ala nascente concentram-se os ser-viços administrativos da Junta de Freguesia de Pegões, com sala de atendimento múlti-plo, secretaria e gabinete do presidente.

- A ala poente inclui os espaços de carac-ter lúdico, nomeadamente o auditório, bem como uma área destinada às reuniões da assembleia de freguesia.

No exterior, existe um pequeno pátio com uma faixa de circulação pedonal em madei-ra e uma zona relvada.

O edifício possui diversas entradas ver-ticais de luz e outras cilíndricas, nomeada-mente na Biblioteca, que para além de es-teticamente originais, servem para fazer o controlo da luminosidade.

Novo edifício da Junta de Pegões A Obra

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As comemorações do 25 de Abril em Montijo encerraram no Museu Agrícola da Atalaia com o lançamento da obra “Mono-grafia da Atalaia”, de Helena Barros, com edição da Câmara do Montijo.

A autarca montijense, Maria Amélia An-tunes, salientou que o lançamento desta obra é mais um passo para o enriqueci-mento da história do concelho, afirmando que “comemorar abril é também comemo-rar a liberdade de expressão, a cultura, a nossa identidade e as nossas raízes”.

A autora, Helena Barros, confessou que a obra “Monografia da Atalaia” começou a desenhar-se no dia 25 de Abril de 2009. “Este livro é um registo que se pretende fidedigno, mas também afetivo, do lugar que escolhi para viver. Foi escrito a pensar nos leitores que se interessam por conhe-cer as raízes da nossa identidade. É um contributo para o enriquecimento da nos-sa história local”.

A obra “Monografia da Atalaia” ilustra o caráter, simultaneamente rural e urba-no, da Atalaia, contemplando a caracte-rização do território, em várias vertentes: demográfica, habitacional e toponímica. O estudo abrange, ainda, entre outros aspe-tos, as instituições, os equipamentos e o património da freguesia.

Atalaia em livro

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As Festas Populares em honra de São Pedro estão de volta à cidade do Montijo, de 28 de junho a 3 de julho. À semelhança de anos anteriores espera-se a presença de centenas de foliões.

São seis dias de festa em que não vão faltar, como é habitual, as largadas de touros, os espetáculos taurinos, a noite de Comes e Bebes, o desfile de marchas populares e a tradicional procissão fluvial.

O programa é vasto e oferece divertimento para todas as idades. Nos momentos dedicados à música destaque para o concerto de Mickael Carreira que será, sem dúvida, um dos momentos altos. Os foliões podem contar também com o Festival de Tunas Académicas, Rão Kyao e fado com gente da terra.

Terão ainda lugar o VII Encontro de Embarcações Tradicionais de São Pedro com Desfile e o Cortejo Marialva de Campinos trajados a rigor, nestas festas que termi-narão com um espetáculo de fogo de artifício piromusical e a tradicional Queima do Batel.

Não Perca!

Festas Popularesde S. Pedro

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19h00 - Abertura Oficial das Festas Populares de São Pedro Receção aos convidados e entidades oficiais junto ao Edifício dos Paços do Concelho Hastear das Bandeiras com a Fanfarra dos Bom-beiros Voluntários do Montijo e Grupo de Percussão da E.B.2 D. Pedro Varela pelas principais artérias da cidade com Entidades OficiaisDegustação de Produtos RegionaisProva de Vinhos pela Cooperativa Agrí-cola de PegõesEnólogo Convidado: Eng. Jaime Quendera

19h30 - 1ª Largada de Toiros Local: Rua Joaquim d’ Almeida

21h00 - Atuação de Danças pela So-ciedade Filarmónica 1.º DezembroPalco da Avenida dos Pescadores

22h15 - Concerto pelo CRAM (Conservatório Regional de Artes do Montijo)Palco da Praça da República

22h30 - Baile Popular com Paulo Gamito Local: Jardim Municipal da Casa Mora Organização: Motoclube do Montijo

22h45 - Musical “Whisper for a Girl”Escola de Musicais “Whisper” da Banda Democrática 2 de Janeiro Palco da Praça da República

23h00 - Noite de Fados da SCUPAFrancisco Quendera; João Lourenço; José António Aranha; José Casanova; Luciano Cavaco; Manuel Salgueiro; Manuela Cavaco; Sara Lourenço; Vitor CondeÀ Guitarra: Victor LopesÀ Viola: Emílio Heitor No Baixo: Manuel Mendonça Local: Sede da SCUPA

00h00 - Bibe ElétricoDesfile musical com o grupo Pão com ManteigaLocal: Artérias das Festas

00h00 - 2ª Largada de ToirosLocal: Rua Joaquim d’ Almeida

08h00 - Alvorada com Salva de 21 morteiros

10h00 - Romagem ao Cemitério de São SebastiãoHomenagem aos Pescadores e elemen-tos da Comissão de Festas já falecidosLocal: Cemitério de São Sebastião, junto ao Monumento

14h15 - Saída da Procissão Fluvial do Cais dos Vapores rumo à BA6

15h00 - Saída da Procissão Fluvial da BA6 rumo ao Cais das Faluas

15h45 - Receção da Procissão no Cais das Faluasseguido de Procissão até à Igreja Matriz acompanhada pela Fanfarra dos Bom-beiros Voluntários do Montijo Missa Solene de São Pedro (após a Procissão Fluvial)Local: Igreja Matriz do Montijo

22h00 - Procissão Noturna de São PedroGuarda Nacional RepublicanaFanfarra Bombeiros Voluntários do MontijoBanda da Academia Musical União e TrabalhoBanda da Sociedade Filarmónica Pro-gresso e Labor SamouquenseBanda da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro

24h00 - Baile Popular com Pão com ManteigaLocal: Jardim Municipal da Casa MoraOrganização: Motoclube do Montijo

08h00 - Alvorada com Salva de 21 morteiros

08h00 - Tradicional “Lavagem” com CharangaPercurso: Saída junto à sede da SCUPA até à Ermida do Senhor dos Aflitos e volta ao ponto de saída

10h00 - Tradicional Arrematação de Bandeiras e ImagensLocal: Frente à SCUPA

13h00 - Tradicional Almoço da Classe PiscatóriaLocal: Sede da SCUPA

19h30 - 3ª Largada de ToirosLocal: Rua Joaquim d’ Almeida

20h30 - Sessão de Ginástica (Ginásti-ca, Trampolins)Local: Praça da República Organização: Ginásio Clube do Montijo

22h30 - Concerto com Mickael CarreiraPalco do Largo da Caldeira (Junto à Rodoviária)

23h00 - Baile Popular com Nélio PintoJardim Municipal da Casa MoraOrganização: Motoclube do Montijo

23h30 - Noite do PescadorConcerto com Pão com Manteiga Comes e Bebes com a Tradicional Mas-sa de PeixeLocal: Frente à SCUPA

28 de Junho | Terça-feira

29 de Junho | Quarta-feira

30 de Junho | Quinta-feira

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Festas no ConcelhoFestas em Honra de São João (Freguesia de Pegões) – 22 a 27 de JunhoFestas em Honra de São Jorge (Freguesia de Sarilhos Grandes) – 15 a 17 de JulhoFestas de Foros do Trapo (Freguesia de Santo Isidro) – 12 a 14 de AgostoFestas de Nossa Senhora da Atalaia – 26 a 29 de AgostoFestas de Nossa Senhora da Oliveira (Freguesia de Canha) – 2 a 4 de Setembro

08h00 - Alvorada com Salva de 21 morteiros

13h00 - Dia do Páteo das FaenasSardinhadaLocal: Rua Comandante Francisco da Silva Júnior, nº 3 (Páteo das Faenas)Organização: Pateo das Faenas

18h00 - 2ª Largada de ToirosLocal: Rua Joaquim d’ Almeida Organização: Tertúlia Tauromáquica de Montijo

20h00/22h00 - Animação de RuaAcademia de Talentos “Tu Kontas + Ainda”Local: Avenida dos Pescadores

19h30 - 4ª Largada de ToirosLocal: Rua Joaquim d’ Almeida

21h30 - Concerto de Cavaquinhos pela Sociedade Filarmónica 1.º DezembroPalco da Avenida dos Pescadores

22h00 - Festival de Tunas Académicas Tusófona - Real Tuna Lusófona TAFUÉ - Tuna Académica Feminina da Universi-dade de Évora Tuna Académica da Universidade Sénior do Montijo ESTuna - Tuna de Engenharia da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal A Feminina - Tuna Feminina da Faculdade de Farmácia da Universidade de LisboaPalco da Praça da República

22h30 - Baile Popular com Carla CarrapetoJardim Municipal da Casa MoraOrganização: Motoclube do Montijo

00h00 - Bibe ElétricoDesfile musical com o grupo Pão com Manteiga Local: Artérias das Festas

00h00 - 5ª Largada de Toiros Local: Rua Joaquim d’ Almeida

08h00 - Alvorada com Salva de 21 morteiros

09h00/18h00 - Torneio de Kayak Polo “Cidade de Montijo”Local: Espelho de ÁguaOrganização: Associação de Canoa-gem da Bacia do Tejo Clube Atlético do Montijo

14h00 - Regata de São Pedro 2011Local: Frente RibeirinhaOrganização: Câmara Municipal do Mon-tijo; Clube Atlético do Montijo; Associação de Canoagem da Bacia do Tejo

21h00 - Atuação do Rancho Juven-tude Atalaiense e Rancho Águias Negras do Alto Estanqueiro Palco da Avenida dos Pescadores

21h00 - Concerto pela Banda da 1.º de DezembroPalco da Praça da República

22h00 - Grandiosa Corrida de S. Pedro com os Cavaleiros Joaquim Bastinhas, Rui Salvador e Vítor Ribeiro, Grupos de Forcados Amadores da Tertúlia Tauro-máquica do Montijo, ABV Alcochete e Forcados Queretanos (México)Toiros da Ganadaria Herdeiros Infante da CâmaraLocal: Praça de Toiros Amadeu Augusto dos Santos

22h30 - Atuação de Marchas Popula-resPraça da República e Av. dos Pescado-res (frente à SCUPA)

22h30 - Baile Popular com Pão com ManteigaJardim Municipal da Casa MoraOrganização: Motoclube do Montijo

00h00 - Grande Noite de Comes e Bebes (após a Corrida de Toiros) 6ª Largada de ToirosLocal: Rua Joaquim d’Almeida

08h00 - Alvorada com Salva de 21 morteiros

10h00 - Encierro Juvenil seguido de aulas práticas de toureio pela Escola de Toureio da Moita com o Maestro Luís Procuna Local: Praça de Toiros Amadeu Augusto dos Santos

13h00 - Almoço Volante para a Tripula-ção de Embarcações Tradicionais Local: Sede da SCUPA

16h00 - VII Encontro de Embarcações Tradicionais de São Pedro com Desfile Local: Cais das Faluas/Zona Ribeirinha

22h30 - Manuela Cavaco convida… Rão KyaoGuitarra: Luís Ribeiro Viola: João ChoraPalco da Praça da República

22h30 - Baile Popular com Pão com Manteiga Local: Jardim Municipal da Casa MoraOrganização: Motoclube do Montijo

00h00 - Encerramento das FestasEspetáculo de Fogo de Artificio Piromusi-cal com a tradicional Queima do BatelLocal: Zona Ribeirinha do Montijo (junto ao espelho de água)

01 de Julho | Sexta-feira

02 de Julho | Sábado

03 de Julho | Domingo

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{t u r i s m o }Câmara associa-se

ao Centenário da Institucionalização

do Turismo em Portugal

A Câmara Municipal de Montijo acedeu ao convite proposto pela Associação de Municí-pios Portugueses e pela Comissão Organiza-dora do Centenário da Institucionalização do Turismo em Portugal, no sentido de selecionar duas imagens distintas, uma por volta de 1911 e outra atual, representativas do seu ícone ur-bano mais distinto – a Frente Ribeirinha – para constarem no site oficial do Centenário da Ins-titucionalização do Turismo em Portugal.

As imagens funcionam como postais do concelho e são elucidativas das transforma-ções ocorridas num dos principais pólos de atração turística da cidade – a Frente Ribei-rinha, outrora marcada pela vida económica e social do concelho, hoje um local de lazer, convívio, animação e cultura.

O Centenário da Institucionalização do Tu-rismo em Portugal, com o alto patrocínio do Presidente da República, permite evocar o passado, nomeadamente a criação da Repar-tição de Turismo, anunciada durante o IV Con-gresso Internacional de Turismo, que decorreu entre 12 e 19 de maio de 1911, na Sociedade de Geografia de Lisboa, mas também perspe-tivar o futuro, através do debate sobre os no-vos caminhos para o turismo em Portugal.

Para saber mais informações sobre as co-memorações do Centenário da Institucionali-zação do Turismo em Portugal pode consultar o site www.centenariodoturismo.org.

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No dia 6 de maio, a sala da Assembleia Mu-nicipal foi palco da apresentação pública do Plano Estratégico de Desenvolvimento Turís-tico do Concelho do Montijo (PEDTM).

O PEDTM resulta de um protocolo cele-brado, em dezembro de 2008, entre a Câ-mara Municipal do Montijo e o Centro de Investigação em Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal.

A abertura contou com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, e do vice-presidente do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), Pedro Dominguinhos. A apresentação do PETDM ficou a cargo das professoras Luísa Carvalho e Teresa Costa, responsáveis pela Coordenação Técnico/Científica do Plano.

Nuno Canta recordou que o Plano Estra-tégico Nacional de Turismo “orienta as autar-quias a desenvolverem um Plano de Turismo a nível local”, desafio esse “que o município do montijo abraçou e quis desenvolver”.

O autarca mostrou-se satisfeito com o re-sultado final, uma vez que “aborda as poten-cialidades turísticas do concelho de forma sistémica e global”.

Plano Estratégico de Desenvolvimento

Turístico do Concelho do Montijo

O vice-presidente do Instituto Politéc-nico de Setúbal, Pedro Dominguinhos, sublinhou que a elaboração do Plano Estratégico só foi possível graças à “disponibilidade de todos os que con-tribuíram para este estudo” referindo-se, nomeadamente, a “técnicos da Câmara Municipal do Montijo, a presidentes de junta e a empresários” da região.

Luísa Carvalho e Teresa Costa, res-ponsáveis pela Coordenação Técnico/Científica do Plano, procederam à apre-sentação do Plano, explicaram aos pre-sentes que o PEDTM estará em consul-ta pública e foi desenvolvido em quatro vertentes: criar e desenvolver infraestru-turas /projetos públicos e/ou privados

de apoio ao turismo; garantir a educa-ção e formação que assegure o desen-volvimento de competências no setor turismo; projetar a região como destino turístico nos segmentos identificados, através de uma estratégia de marketing adequada e, por último, reforçar parce-rias e a coordenação entre estas e os agentes de outras regiões.

Em todas as freguesias foram diag-nosticados os principais produtos turís-ticos, como por exemplo, a gastronomia e vinhos, o espaço rural nas freguesias de Canha, Pegões e Santo Isidro de Pe-gões, o património religioso da Atalaia e o eixo ribeirinho das freguesias de Mon-tijo, Afonsoeiro e Sarilhos Grandes.

Recorde-se, que as ações constantes no plano serão calendarizadas, aten-dendo à possibilidade de execução num horizonte temporal 2011-2020.

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No Dia Mundial da Metrologia, 20 de maio, a autarquia do Montijo organizou o 9.º En-contro Nacional de Técnicos de Metrologia da Administração Pública, com o apoio da Bruel e da Sartorius, no Cinema Teatro Joa-quim d´Almeida.

O encontro subordinado ao tema “Com-petências dos Serviços Municipais de Me-trologia - Desafios e Oportunidades”, teve como objetivo refletir sobre a possibilidade e o interesse de alargar as competências dos Serviços Municipais de Metrologia, no âmbi-to da Metrologia Legal, e sobre o acumular de outras competências em áreas como a calibração ou a acústica, com o objetivo de melhorar os serviços prestados à popula-ção, bem como valorizar e dignificar os Ser-viços Municipais de Metrologia.

Na sessão de abertura, a presidente da Câmara, Maria Amélia Antunes, sublinhou que a utilidade do trabalho dos técnicos de metrologia “é muito importante em termos da fiabilidade, da qualidade e da acredita-ção dos serviços que prestam para todos nós consumidores”

A autarca referiu, ainda, que a metrologia, necessita de evoluir no que se refere à le-gislação, apelando ao empenho dos técni-cos que, para além “da padronização, da normatização e naturalmente das questões da qualidade e do rigor (..), valeria a pena evoluir no sentido de melhorar também a

legislação, que data de 1990, ou seja, tem mais de 20 anos.”

“Competências de Qualificação do Institu-to Português da Qualidade (IPQ) ” foi o título do primeiro painel, moderado pelo vereador da Câmara Municipal do Montijo, Renato Gonçalves, que contou com as intervenções de António Arrais, (presidente da Associa-ção Nacional de Técnicos de Metrologia), Marina Dias (Metrologia da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica - ASAE), João Pimentel (Diretor de Qualidade da Di-reção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo) e Cartaxo dos Reis (Diretor da Unidade de Metrologia Legal do IPQ).

Da parte da tarde, o painel intitulado “Competências de Acreditação do Instituto Português de Acreditação - IPAC” e modera-do pela vereadora Clara Silva, vereadora da Câmara Municipal de Montijo, foi apresenta-do por Luís Soares, responsável da BRUEL em Portugal, João Matos, da Agência Portu-guesa do Ambiente, e Ana Santos Carreira, avaliadora do IPAC.

9.º Encontro Nacional de Técnicos de Metrologia da Administração Pública

O Encontro contou, no encerramento da cerimónia, com a intervenção de Nuno Canta, vice-presidente da Câmara Muni-cipal do Montijo. O autarca mostrou-se satisfeito pelo “elevado grau técnico de participação”, referindo que “proteger os cidadãos de medições desadequadas que não estão conforme a legalidade, ob-jetivo principal dos serviços de metrologia, é uma responsabilidade primeira do Esta-do”.

Para o vice-presidente, a metrologia atual “estende-se aos novos desafios e aos no-vos direitos da sociedade, como o ambien-te, a segurança e a saúde. Nestas áreas há também medições e a necessidade de defender os consumidores, a sociedade em geral”.

No final, os participantes visitaram a exposição “Sabe o que é a Metrologia?”, no Museu Municipal da Casa Mora, onde se encontravam os instrumentos de pe-sar e medir utilizados em diversas ativi-dades.

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“HOJE HÁ UMA FALTA DE RESPEITO PELA

VIDA HUMANA”O Conselho Municipal de Segurança reu-niu, pela primeira vez este mandato, no passado dia 26 de maio, no Salão Nobre. A ordem de trabalhos incluiu uma apre-sentação sobre criminalidade e segurança por José Manuel Anes, reconhecido perito nestas temáticas.

Este especialista começou por referir-se ao atual contexto socioeconómico e à sua influência nas questões de segurança. “Associada à crise, há a criminalidade, os furtos em estabelecimentos comerciais, alguns realizados por gangs, que já au-mentaram e vão continuar a aumentar”.

José Manuel Anes afirmou, também, a sua estupefação com os métodos violen-tos de alguns criminosos. “Hoje há uma falta de respeito pela vida humana. Muitas vezes o herói é quem mata. É um proble-ma educacional, que começa na família e continua na escola. As pessoas têm de-veres e não só direitos e têm de respeitar o outro”.

Câmara quer criar Dia Municipal da Proteção Civil e SegurançaA Câmara Municipal do Montijo pretende instituir o Dia Municipal da Proteção Civil e Segurança, com o objetivo de envolver todas as entidades com responsabilida-des na área da proteção e segurança e de alertar os cidadãos para estas temáticas.

Com esta decisão, que foi comunicada ao Conselho Municipal de Segurança, a autarquia demonstra a sua preocupação com o trabalho que é necessário desen-volver no âmbito da proteção civil e segu-rança, consciente de que são áreas de grande exigência e responsabilidade e o garante da tranquilidade das populações.

O futuro Dia Municipal da Proteção Ci-vil e Segurança servirá como forma de mobilizar todos os agentes da sociedade para temas como os novos fenómenos de criminalidade, a insegurança urbana, os novos fenómenos emergentes resultantes das alterações climáticas, bem como para questões como a possibilidade de disse-minação do risco tecnológico e industrial no concelho e as matérias altamentes pe-rigosas que circulam nos acessos rodovi-ários ao Montijo.

Para combater estas problemáticas, a autarquia apela a uma atitude proacti-va de todas as entidades e agentes com responsabilidades na prevenção, socorro e segurança, mas também de todos os cidadãos.

A proteção civil e a segurança come-çam em si!

Para ser possível diminuir a criminalidade e, consequentemente, aumentar o clima de segurança José Manuel Anes consi-dera importantes duas medidas: o policia-mento de proximidade e a videovigilância. “A polícia de proximidade é fundamental porque está presente, dissuade, cria um sentimento de segurança e recolhe infor-mação. A videovigilância, desde que as imagens sejam apenas usadas para fins judiciais, pode ser um instrumento útil”.

“Curar o problema da criminalidade é ir às questões sociais e educacionais. O que as autoridades policiais e judiciais fa-zem é dar uma aspirina, mas para fazer

isso precisam ter recursos e do envolvimento da comu-nidade. A polícia precisa ser respeitada por todos. Nós, ci-dadãos, sociedade civil temos de refletir com as autoridades para encontrar soluções. Não somos nós e eles. Somos nós com eles”, concluiu.

José Manuel Anes é doutorado em An-tropologia Social e Cultural. É presidente da direção do Observatório de Segurança,

Criminalidade Organizada e Terrorismo e professor auxiliar da Universidade Lusíada de Lisboa e do Instituto Superior de Ciên-cias da Saúde “Egas Moniz”. Foi perito superior de criminalística do laboratório da Polícia Científica da Polícia Judiciária.

Tem diversas publicações na área da se-gurança e antropologia das religiões, in-tervindo, regularmente, como comentador em diversos órgãos de informação sobre temas como o terrorismo, a criminalida-de organizada, violenta e grave, a polícia científica e a segurança interna.

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Contrato Local de Segurança em ação

A Câmara Municipal do Montijo, o Governo Civil de Setúbal e o Ministério da Administra-ção Interna encontram-se a implementar o Contrato Local de Segurança do Montijo, o primeiro celebrado no distrito de Setúbal.

Nesse sentido, já foram desenvolvidas algu-mas atividades de sensibilização para ques-tões de segurança junto dos munícipes.

Exemplo disto foi a iniciativa “Censos 2011 – Princípios Básicos de Segurança” , que decorreu no dia 18 de março, na Casa do Ambiente. Dirigida à população sénior, esta ação pretendeu fornecer conselhos precio-sos aos idosos sobre os procedimentos de segurança a adotar durante o processo, já terminado, dos Censos 2011.

Os Contratos Locais de Segurança são estabelecidos entre os poderes públicos e a sociedade civil (agentes económicos, so-ciais, culturais e cidadãos em geral), tendo em vista uma cooperação estratégica na execução de políticas preventivas de segu-rança, numa abordagem sistémica da segu-

rança, de médio e longo prazo, onde a co-munidade e a polícia trabalham em conjunto para resolver problemas e reduzir o crime.

O Contrato Local de Segurança do Mon-tijo tem como âmbito territorial de atuação as freguesias do Montijo e do Afonsoeiro e como áreas de intervenção prioritárias a delinquência juvenil e escolar, a pequena criminalidade, a violência doméstica e a se-gurança da população sénior.

{p r o t e ç ã o c i v i l }

Com o Contrato Local de Segurança pre-tende-se reduzir a criminalidade na comuni-dade, aumentar o sentimento de segurança na população, criar comunidades mais se-guras para os grupos mais vulneráveis, for-talecer os mecanismos de cooperação entre a administração pública e a sociedade civil, melhorar a circulação de informação entre a população e a polícia e promover uma cultu-ra de segurança, assente na cidadania parti-cipativa e na responsabilização dos agentes da sociedade civil.

Recorde-se, que o Contrato Local de Se-gurança do Montijo foi assinado no dia 9 de dezembro no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com a presença do Ministro da Administração Interna, Rui Pereira.

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NOVA COMISSÃO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVILA nova Comissão Municipal de Proteção Civil de Montijo tomou posse no dia 20 de janeiro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

A nova Comissão tem a seguinte consti-tuição:- Presidente da Câmara Municipal de Monti-jo, Maria Amélia Antunes;- Vereador do Pelouro da Proteção Civil, Nuno Canta;- Serviço Municipal de Proteção Civil, Jorge Mares;- Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, Ruben Raposo;- Polícia de Segurança Pública, Chefe Antó-nio Manuel Oliveira;

- Guarda Nacional Republicana, Tenente Jorge Filipe Castanheira;- Estado Maior da Armada, Capitão-Tenente José Sevivas Marracho;- Base Aérea nº 6 de Montijo, MAJ/TOCART António Francisco E. Rito;- Agrupamento de Centros de Saúde da Pe-nínsula de Setúbal III-Arco Ribeirinho, Nata-lina Ganhão;- Delegação de Montijo da Cruz Vermelha Portuguesa, Álvaro Pereira;- Bombeiros Voluntários de Montijo, 2.º Co-mandante Américo Moreira;- Bombeiros Voluntários de Canha, Coman-dante Urbano Emídio.

Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil de Montijo

O novo Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil de Montijo encontra-se em fase de conclusão, prevendo-se para breve o envio do mesmo à Autoridade Nacional de Proteção Civil, para parecer, e à Comissão Nacional de Proteção Civil para aprovação final. O Plano foi elaborado segundo a reso-lução 25/2008 da ANPC e da Lei nº 65/2007 e Lei de Bases e esteve em consulta pública de 28 de janeiro a 27 de fevereiro.

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A mensagem de Fernanda

FreitasNo dia 18 de março, a Galeria Municipal do Montijo encheu-se para ver e ouvir Fernanda Freitas, reconhecida jornalista, apresentadora da RTP2 e presidente do Ano Europeu do Voluntariado.

Fernanda Freitas juntou-se a Maria Amélia Antunes, presidente da Câmara

Municipal do Montijo, e Teresa Fragoso, presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, na abertura desta mesa redonda dedicada ao “Voluntariado no feminino”.

A mensagem deixada pela jornalista foi clara: “para o voluntariado não pode haver desculpas. Quem quer fazer arranja ma-neira. Não arranje desculpas, seja voluntá-rio. Certamente vai estar a ajudar alguém que precisa e muito de si.”

A autarca referiu que apesar de existir “em Portugal, legislação (lei n.º71/98) que, faz o enquadramento do voluntariado há, neste domínio, muito para fazer, mas nes-te ano europeu é importante o reconheci-mento das mulheres no voluntariado e do voluntariado em geral”

Maria Amélia Antunes recordou que “a Câmara Municipal do Montijo, para além de desenvolver um trabalho de parceria, interação e cooperação com as Institui-ções de Solidariedade Social tem, tam-bém, um Banco local de Voluntariado com perto de 100 voluntários, dos quais 90 por cento são mulheres”.

No âmbito do Dia Internacional da Mu-lher foram homenageadas as mulheres que, como Paula Reis, Custódia Elias, Ana Cruz, Maria João Carmo e Marisa Reis, fa-zem do voluntariado uma forma de vida.

A animada soirée confirmou que quem inicia caminho no voluntariado não volta atrás, que dar é também receber e que quem quer ser voluntário não arranja des-culpas.

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Foi com um excerto da peça “Gato que brin-cas na rua”, recintando poesia de um dos heterónimos de Fernando Pessoa que os alunos da Academia de Talentos do projeto Tu Kontas + Ainda abriram a II Edição do Fórum pelo Bem-estar e Solidariedade. A iniciativa, que decorreu nos dias 2 e 3 de ju-nho, nas instalações da Escola Profissional do Montijo, abordou as principais problemá-ticas sociais e de promoção da saúde, que atravessam a agenda local e nacional.

“Rumo à equidade Social: Que Respostas Inovadoras?”, “As Redes e a Capacitação Comunitária”, “Incluir, Integrar: Estratégia para combater a (in) Diferença”, “A Dialética da Exclusão: Velhas Questões Novas Res-postas”, “(re) Equacionar a imigração e as minorias , “(Re) criar o Bem Estar em Meio Urbano”, “Dar Felicidade aos Anos” e “(Re) Pensar a Saúde nas Escolas” foram os te-mas debatidos no Fórum.

A iniciativa contou com nomes sonantes das mais diversas áreas, entre eles, Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Con-tra a Fome e, Maria de Belém Roseira, depu-tada e membro da Associação Raríssimas.

No atrium da Escola decorreu uma expo-sição de documentos e trabalhos ligados às áreas de intervenção e resultados práticos da ação quotidiana de diversas instituições parceiras do CLASS de Montijo, bem como da própria RPCS.

A sessão de abertura contou com a pre-sença de Maria Amélia Antunes, presidente da Câmara Municipal do Montijo, e de Corá-lia Loureiro, representante da Presidência do Conselho de Administração da Rede Portu-guesa de Cidades Saudáveis.

Maria Amélia Antunes referiu a importân-cia de abordar o tema “em tempos difíceis e de dificuldades” onde emerge a necessi-dade de “descobrir caminhos para percorrer

em nome da solidariedade”. Para a autarca “o inimigo público da solidariedade, hoje, é o individualismo que decorre de uma com-petição orientada para os interesses, para o dinheiro, não para os valores mais éticos da pessoa humana”.

Corália Loureiro, representante da Presi-dência do Conselho de Administração da Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis (RPCS), saudou todos os parceiros do mu-nicípio do projeto “Montijo Saudável” pelo trabalho desenvolvido quer na área da saú-de, quer na área social. “Todos nós já perce-bemos que sozinhos é extremamente difícil iniciar qualquer caminho, mas se tivermos juntos, em parceria, se rentabilizarmos es-forços, equipamentos, materiais, ou seja, se abraçarmos uma causa comum, esse cami-nho será mais fácil.”

“Montijo tem sido um dos membros mais ativos desta rede e muito tem contribuí-do para o desenvolvimento desta associação de mu-nicípios e para a sustenta-bilidade do seu trabalho”, sublinhou Corália Loureiro.

No decorrer do fórum procedeu-se à entrega de Prémios do Concurso Curtas-metragens “Ser Voluntário faz a diferença”. O prémio do concurso de-senvolvido pelo Gabinete de Juventude da Câmara Municipal do Montijo foi atribuído à peça “Entusias-mo”, realizada por Pedro Cardita.

A sessão de encerramento contou com a presença de Rui Geirinhas, diretor do Departamento de Desenvolvimento Social, Cultural e de Saúde da Câmara Municipal do Montijo, Cristina Lira, em representação do Centro Distrital de Segurança Social de Setúbal e Clara Silva, vereadora do pelouro da Solidariedade e Promoção da Saúde da Câmara da Câmara Municipal do Montijo

{a ç ã o s o c i a l }

Para Rui Geirinhas foi “muito proveitoso ver abordadas as grandes problemáticas sociais e de promoção da saúde, numa re-flexão cruzada entre muitos saberes e mui-tas entidades”. Na sua opinião há a neces-sidade de “continuar a proporcionar mais e melhor serviço (público e não só) junto das crianças e jovens, pessoas com deficiência, idosos, imigrantes e pessoas em risco de pobreza e de exclusão social”

A representante do Centro Distrital de Segurança Social de Setúbal, afirmou que “quem participou no fórum saiu mais enri-quecido”. Cristina Lira defende que é preci-so “tornar esta teoria, este entendimento de que hoje não há uma forma a não ser este funcionamento em rede, traduzindo isto numa prática efetiva”.

Maria Clara Silva encerrou a II Edição do

Fórum pelo Bem-estar e Solidariedade de-fendendo que é necessário uma “gestão rigorosa, transparente e firme na defesa dos princípios com consciência dos deveres e obrigações”, recordando que “uma cida-de, exige políticas com consciência social, a promoção da saúde não diz apenas res-peito ao bem-estar físico, à ausência de do-ença, mas também ao bem-estar psíquico e social e ao ambiente que nos rodeia”.

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II edição do Fórum “Juntos pelo Bem Estar e pela Solidariedade”

“Todas as cartas de amor são Ridículas.

Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas.”

Álvaro de Campos

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{e m p r e s a s e e m p r e s á r i o s }

A história dos tijolos é antiga. Há vestígios de construções que remon-tam à Mesopotâmia. Os Gregos e os Romanos também contribuíram para a sua implementação. É uma história, também, evolutiva, onde os proces-sos de produção sofreram e continu-am a sofrer mudanças. Já a história da Uniceram - Cerâmicas Associadas, S. A. aparentemente, é bem mais recente, mas também ela marcada pela inovação e mudança.

A crise que se instalou, desde 2001, no mercado da construção imobiliária levou seis empresas - Cerâmica Avelar, A Silva e Silva, Cerâmica de Pegões, Cerâmica Vala, Cerâmica Vicente e Filhos e Faceril - a juntar esforços para enfrentar as dificuldades. “Es-tas empresas decidiram unir-se, numa fór-mula que diria inovadora, e ceder a explora-ção da sua atividade a uma nova empresa, a Uniceram, que faz a gestão, a exploração das seis unidades industriais e a comercia-lização dos produtos”, explica Amílcar Go-mes da Silva, administrador da Uniceram.

UNICERAM Um Novo Começo

Para o projeto avançar, a Uniceram teve apoio da PME Investimentos – Sociedade de Investimentos, S. A., através do Fun-do Autónomo de Apoio à Consolidação e Concentração de Empresas (FACCE), e do Fundo de Capital de Risco BES PME Capital Growth, gerido pela Espírito Santo Ventures – Sociedade de Capital de Risco, S. A..

“No fim de 2008, em termos económicos, tínhamos o processo aprovado. Mas, devi-do a questões jurídicas e depois de muita pressão dos industriais, só se conseguiu o arranque da Uniceram em 1 de outubro de 2010. Hoje, estaríamos certamente melhor se o projeto tivesse arrancado em 2008”.

A criação desta nova empresa justificou-se pelo importante contributo que deu ao redimensionamento e reestruturação deste sector industrial, reduzindo substancialmen-te a excessiva oferta existente. Por isso, das seis empresas acionistas, apenas a Unida-de do Ramalhal (antiga Cerâmica Avelar), a Unidade de Montijo (antiga A Silva e Silva) e a Unidade de Pegões (antiga Cerâmica de Pegões) se mantiveram a laborar, sendo a gestão feita de modo a adequar a produ-ção ao volume de encomendas.

Neste momento, a Uniceram detém uma posição privilegiada no mercado. “De Leiria para Sul somos líderes de mercado em ter-mos de capacidade instalada, que é cerca de 2200 toneladas de tijolo por dia, mas devido à grave crise do país e em particu-lar à do setor da construção, só estamos a produzir metade dessa capacidade.”. Pe-rante estes dados e a situação dramática do país, a “Uniceram, tal como as outras empresas do setor, tem agora de lutar pela sua sobrevivência, quando à partida tinha todas as condições para ser um projeto com futuro ”.

A aposta na qualidade é um dos eixos fundamentais da estratégia empresarial da Uniceram. Contudo, “temos concorren-tes cuja política é o preço baixo. É preciso as pessoas perceberem que a estrutura de uma casa deve ser feita com tijolos de qualidade, porque não é um material que seja substituível. Neste sentido, devia ha-ver também mais fiscalização nas obras públicas. Vejo, por exemplo, escolas em construção com tijolos sem o mínimo de qualidade só porque são baratos”, afirma o administrador.

A focalização das vendas em revendedo-res, a aposta na qualidade e numa política comercial transparente são, na opinião de Amílcar Gomes da Silva, as marcas distinti-vas da Uniceram. “Há anos que, neste setor, se vive uma grande confusão, que é a exis-tência de uma tabela de preços em fábrica e outra na obra. A obra exige o transporte dos tijolos e quando entramos num período de crise o que acontece é uma ocultação dos preços, deixa de haver preço do transporte. Nós ao entrarmos no mercado apostámos numa política de faturação transparente. Fa-turamos aos nossos clientes, na sua maioria revendedores, o preço do produto, da em-balagem e do transporte”.

Apesar de todas as dificuldades, Amílcar Gomes da Silva está prudente mas espe-rançoso quanto ao futuro. “Acredito neste projeto, pois não há alternativa. Simples-mente atravessamos uma fase muito difí-cil. Seria importante mais apoio, como por exemplo, uma maior exigência de materiais de qualidade nas obras públicas, uma le-gislação ambiental mais forte, porque en-quanto nós realizámos investimentos para reduzir as emissões de CO2, através da produção a biomassa, outros queimam re-síduos com grande conteúdo de enxofre”.

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Novo produto em desenvolvimentoUma das ideias por detrás da criação da

Uniceram foi o lançamento de novos pro-dutos no mercado. É esta a aposta futura da empresa. “Desenvolvemos, em conjun-to com o Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, a Universidade do Minho e a Universidade do Porto, um protótipo de um tijolo de furação vertical com características mais adequadas às exigências de hoje em dia. A fase seguinte será construir um edi-fício com esse protótipo para ser avaliado. Queríamos em 2012 ter esse produto para venda”.

Este novo produto, de acordo com o administrador da Uniceram, implica um programa de marketing forte e um esforço na área da formação porque “mais que um novo produto, é um novo sistema de cons-trução. Enquanto os tijolos se vendem e qualquer pessoa sabe aplicá-los, este novo produto é como se fosse um Lego, implica a construção por módulos. Para implemen-tá-lo no mercado é preciso desenvolver um programa de marketing junto dos projetis-tas e dos construtores e é necessária for-mação junto dos pedreiros”.

Cerâmica de Pegões – Unidade ModeloÉ uma das unidades mais antigas da

Uniceram e uma das indústrias de maior longevidade do concelho do Montijo. A história da Cerâmica de Pegões tem mais

de meio século. “Com os atuais proprietá-rios existe desde 1957. Hoje é uma fábrica tecnologicamente evoluída. Tem no seu quadro de pessoal 21 funcionários, mas a gestão fabril e comercial é realizada pela

Uniceram, cujos serviços centrais estão sediados no Alto Estanqueiro”, esclarece Amílcar Gomes da Silva.

A Cerâmica de Pegões é uma unidade de referência no grupo Uniceram. “É uma unidade modelo pois trabalha a biomassa. Em 2006, realizou-se um investimento para deixarmos de trabalhar com combustíveis fosséis e passar a fazê-lo através da bio-massa, o que permite à fábrica ser mais amiga do ambiente e também baixar os custos de produção”.

Amílcar Gomes da Silva, químico de for-mação, por questões familiares está liga-do à indústria de produção de tijolo. O pai, juntamente com mais dois sócios, foi um dos fundadores da Cerâmica de Pegões. Quando em 1980, a empresa passou a ser inteiramente familiar, tornou-se um dos sócios-gerentes, mas não trabalhava na empresa. “Em 2001, passei a dedicar-me a tempo inteiro à administração da Ce-râmica de Pegões, em substituição do meu pai. Com a criação da Uniceram fui escolhido para administrador executivo da nova empresa. Em termos associativos sou vice-presidente da APICER- Associa-ção Portuguesa de Indústrias de Cerâmi-ca”.

Sobre o Montijo, concelho onde de-senvolve a sua atividade profissional, Amílcar Gomes da Silva destaca o “cres-cimento a nível imobiliário e o equilíbrio entre a área urbana e a rural. Só tenho pena que a zona rural faça parte da Comissão de Coordenação e Desen-volvimento Regional de Lisboa e Vale

“É uma unidade modelo pois trabalha a biomassa. Em 2006, realizou-se um investimento para deixarmos de trabalhar com combustíveis fosséis e passar a fazê-lo através da biomassa, o que permite à fábrica ser mais amiga do ambiente e também baixar os custos de produção”

do Tejo (CDRLVT), porque devido a isso não temos, como é o caso da Cerâmi-ca de Pegões, determinados incentivos. Estamos no campo, a poucos quilóme-tros do Alentejo, mas é como se tivés-semos na zona mais evoluída do país. Essa assimetria a nível administrativo é prejudicial, porque sofremos exigências como se fizéssemos parte de uma gran-de zona industrial e não podemos con-correr a determinados apoios”.

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A Câmara Municipal do Montijo assinalou o Dia Internacional dos Museus (18 de maio) com o espetáculo “Alda a Galega”, no Cinema Teatro Joaquim d’Almeida.

O espetáculo, dinamizado pelos alunos do Curso de Animação Sócio-Cultural da Escola

Autarquia assinala Dia Internacional dos Museus

Profisssional do Montijo (EPM) e pelo grupo de Hip Hop da Sociedade 1.º de Dezembro, “We can dance”, contou com a assistência de mais de 170 crianças do 3.º e 4.º anos das escolas básicas do 1.º ciclo do Bairro da Liber-dade, da Caneira e Ary dos Santos.

Para além deste espetáculo, decorreu a en-trega dos prémios do concurso “Moinhos do Montijo”, um desafio lançado aos alunos do Curso Técnico de Artes Gráficas da EPM que pretendeu criar material de merchandising so-bre este património concelhio.

Os trabalhos participantes neste concur-so estão expostos ao público no Moinho de Maré, durante as Festas de São Pedro.

Esta ação, integrada na relação de parceria da autarquia com a EPM, decorreu no âmbito do Programa Educação para a Cultura, tendo como objetivos promover a divulgação e defe-

A Biblioteca Municipal recebeu, no dia 29 de abril, a conferência de encerramento da ex-posição “Res Publica – Cidadania e Repre-sentação Política em Portugal 1820-1926”, que esteve patente no Museu Municipal, entre 29 de janeiro e 29 de abril. Pedro Tava-res de Almeida, professor na Universidade Nova de Lisboa e comissário da referida ex-posição, foi o orador convidado.

O conferencista abordou o tema da ci-dadania e da representação política, na-quele período histórico, focando as rutu-ras e as continuidades entre os regimes monárquico e republicano.

Um sinal de continuidade entre os dois regimes políticos foi “o sufrágio restrito. Durante o período monárquico perdura-ram as restrições censitárias (…). Os re-publicanos recuperaram a tradição de só puderem votar os chefes de família. Em 1913, os republicanos decidiram adotar uma nova legislação muito restritiva, por-que só tinha direito a votar quem sabia ler e escrever, o que num contexto social de

“ResPublica” em debategrande nível de analfabetismo veio restrin-gir significativamente o eleitorado”.

De acordo com Pedro Tavares de Almeida, uma das ruturas entre os dois regimes foi a caracterização da classe política. “A partir de 1910 emergiram novas classes profissionais, como os médicos, na política. A elite política central sofreu uma renovação significativa e profunda. A hegemonia dos parlamentares com formação jurídica existente na Monar-quia deixou de existir com a República”.

“O parlamento teve um papel mais ativo na República do que na Monarquia. Metade dos governos republicanos caíu por falta de poder parlamentar”, concluiu.

Pedro Tavares de Almeida é professor doutor na Universidade Nova de Lisboa e foi, juntamente, com Fernando Catroga, da Universidade de Coimbra, comissário da exposição “Res Publica – Cidadania e Representação Política em Portugal 1820-1926”, organizada pela Biblioteca Nacio-nal e que esteve patente no Museu Muni-cipal do Montijo.

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A mostra ilustrava o processo de cons-trução da cidadania e das instituições re-presentativas dos cidadãos, desde 1820 até ao final da 1.ª República, em 1926.

Fernando Catroga também esteve em Montijo, no dia 29 de janeiro, para a confe-rência de abertura da referida exposição, tendo, na altura, afirmado que “o conceito de cidadania ativa está umbilicalmente li-gado ao conceito de República”.

sa do património histórico/cultural edificado do concelho do Montijo e apoiar a formação dos jovens através dos diversos espaços museo-lógicos do concelho.

{c u l t u r a }

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{d e s p o r t o }No dia 14 de maio cerca de 200 pessoas concentraram-se no Parque Urbano das Piscinas, para participarem na iniciativa “Mexe Montijo 2011”. A iniciativa foi organi-zada pela Divisão de Desporto e Juventude da Câmara Municipal do Montijo, no âmbito de um protocolo de parceria estabelecido entre a autarquia e o Departamento da Li-cenciatura em Desporto da Escola Superior de Educação – Instituto Politécnico de Se-túbal (IPS).

Segundo a organização, o evento, que teve como missão a promoção da prática regular de atividade física e a divulgação da oferta desportiva concelhia (coletividades e ginásios), foi um sucesso.

Renato Gonçalves, vereador do desporto da Câmara Municipal do Montijo, elogiou o mentor do projeto “Ivan Romero, finalista do curso educação física e desporto do IPS. Esta iniciativa foi a resposta a um desafio proposto por Ivan que teve a oportunidade de construir a ação, fazer os contactos e es-truturar esta iniciativa.”

A autarquia montijense tem, segundo o autarca, “como uma das suas prioridades de intervenção, a promoção da solidarieda-de e dos estilos de vida ativa e saudável e é também dentro dessa opção que surge esta iniciativa e outras que, ao longo do ano, são promovidas pela autarquia na área do desporto.”

Durante o dia foram realizadas inúmeras atividades físicas, como bodycombat, bo-dybalance, bodyvive, ginástica localizada, futebol, basquetebol, ténis, mini-golfe, entre outras. O evento contou, também, com de-monstrações/exibições de diversas modali-dades por parte do movimento associativo do concelho.

Recorde-se, que este evento contou, ain-da, com o apoio de várias entidades, como a Delegação do Montijo da Cruz Vermelha Portuguesa, o 2BFit Club, o VivaFit Montijo, o Ginásio Clube Montijo, a Montijo Basket Associação, o Centro Cultural Desportivo de Montijo, a Academia Desportiva Infantil-Juvenil Bairro Miranda e o Aldegalense An-debol Clube.

“Mexe Montijo 2011” foi um sucesso

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O Forum Montijo, centro comercial gerido pela Multi Mall Management, associou-se, no presente ano letivo, ao projeto Hortas Es-colares, dinamizado pela Câmara Municipal do Montijo, através da Casa do Ambiente, oferecendo o material vegetal necessário para o início das atividades de sementeira e plantação de primavera, realizadas em 11 escolas do Montijo.

O Projeto Hortas Escolares iniciado no ano letivo 2003/2004 possibilita às escolas aderentes apoio técnico e formativo, bem como diversos utensílios e equipamentos necessários ao desenvolvimento das suas atividades.

Este ano o Forum Montijo ofereceu o material vegetal necessário para dar início às atividades de sementeira e plantação de primavera, realizadas em 11 escolas do Montijo.

Recorde-se, que o Projeto Horta Escola-res já contribuiu para a construção de cerca de 15 hortas dentro das escolas do Montijo, permitindo às crianças e jovens aprender diariamente as lições da natureza e aumen-tar os seus níveis de consciência ecológica.

A horta constitui um ‘habitat educativo’, que permite às crianças e jovens aprender diariamente as lições da natureza e aumen-tar os seus níveis de consciência ecológica.

Forum Montijo colabora com projeto Hortas Escolares

Autarquia distribui Oliveiras

Sabia que a oliveira pode durar mais de dois mil anos? Os jovens da Escola Bá-sica do Esteval não o vão esquecer. Foi pelas suas mãos que as oliveiras da es-cola foram plantadas no dia 21 de março – Dia Mundial da Árvore.

A iniciativa decorreu no âmbito da Semana Verde, que a Câmara Munici-pal do Montijo desenvolveu, de 21 a 25 de março, sob o lema “Florestas para todos”.

Nuno Canta, vereador responsável pelo pelouro do ambiente da Câmara Municipal do Montijo, realçou a relevân-cia desta iniciativa no ano, declarado pela ONU como o Ano Internacional das Florestas.

No dia 23 teve lugar a palestra “A im-portância da floresta mediterrânica”, na Casa do Ambiente, proferida por Pedro Ochôa de Carvalho, docente no Instituto Superior de Agronomia e Ana Paula San-tos Coelho, engenheira agronóma.

O encontro foi mediado pelo vereador Nuno Canta e contou com a presença do Governador Civil de Setúbal, Manuel Malheiros.

Durante a semana, em frente à Galeria Municipal, foram distribuídas gratuita-mente oliveiras aos munícipes.

Com estas e outras iniciativas, realiza-das ao longo do ano, a autarquia pre-tende apelar à participação dos muníci-pes para a preservação do património ambiental e promover a sustentabilidade dos espaços verdes que, afinal, são de todos nós.

Montijo REVISTA MUNICIPAL | Junho 2011

De 1 a 12 junho esteve patente no Forum Montijo a exposição dos trabalhos partici-pantes do concurso “Moinhos no Forum Montijo – 2011”, organizado pela Câmara Municipal de Montijo, através da Casa do Ambiente, e pelo Forum Montijo.

Os Moinhos construídos com mate-riais recicláveis foram apreciados pelo júri, constituído por elementos da autar-quia e do Forum Montijo, que avaliaram os trabalhos de acordo com critérios de originalidade, estética e organização do conjunto de todos os elementos dos tra-balhos apresentados.

Participaram no concurso “Moinhos no Forum Montijo – 2011”, 12 turmas das se-guintes escolas: Jardim de Infância Joa-quim De Almeida, JI das Figueiras, Esco-la Básica Pegões Velhos, Escola Básica 3 (Bairro do Areias), Escola Básica Ary dos Santos e Escola Básica Afonsoeiro.

Foram atribuídos prémios a um Jardim de Infância e a uma Escola Básica do 1.º Ciclo. O Prémio atribuído foi uma visita ao Jardim Zoológico de Lisboa, para todos os elementos de cada turma, oferecido pelo Forum Montijo.

Moinhos no Forum Montijo 2011

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1.ª Exposição Canina Nacional do Montijo

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Mahatma Gandhi disse “a grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo como os seus animais são tratados.” A julgar pelo tratamento VIP dado aos cerca de 400 cães presentes na 1.ª Exposição Canina Nacional do Montijo, no dia 17 de abril, confirma-se: Portugal é uma grande nação.

Centenas de pessoas acederam ao con-vite do Clube Português de Canicultura e in-vadiram o Parque de Exposições de Montijo para ver e admirar os seletos caninos.

O certame, que contou com o apoio da Câmara Municipal do Montijo, exibiu exem-plares de inúmeras raças originárias de vá-rios cantos do mundo.

Pequenos, grandes, com muito ou pouco pêlo, todos estavam lá, exuberantes, aceitan-do com agrado os olhares arregalados de miúdos e graúdos.

O júri observou-os minuciosamente e, no final, foram atribuídos inúmeros prémios. O mais cobiçado, o prémio de melhor exemplar da exposição, foi atribuído ao Cão de Água Português, de Isabel Gomes Santos.

No final, os donos desfilaram pelo tapete vermelho e exibiram orgulhosamente, os ca-nídeos com as medalhas alcançadas.

No dia 30 de abril teve lugar a Campanha de Adoção “Os Sem Coleira”, na zona ribei-rinha do Montijo, com objetivo de sensibilizar a população para as dezenas de animais de companhia, que aguardam adoção no Canil Municipal do Montijo. Um gato e quatro cães foram adotados neste dia.

A iniciativa partiu de seis alunas do Grupo de área de projeto do 12.º ano, da Escola Secundária Poeta Joaquim Serra (Andreia Ferreira, Catarina Silva, Inês Martins, Joana Pires e Soraia Gomes) e contou com apoio da Câmara Municipal do Montijo.

Os Sem ColeiraRecorde-se, que 80 animais aguardam

adoção no Canil Municipal. Caso queira um animal de companhia poderá optar por visitar o site www.mun-montijo.pt, dirigir-se ao Canil Municipal – na Figueira da Vergo-nha, no Afonsoeiro, de 2ª a 6ª, das 09h00 às 13h30 (sábados, domingos e feriados, das 09h30h às 11h30h) ou contactar o Gabinete de Sanidade Pecuária, na Av. Bombeiros Voluntários do Montijo – Parque de Exposições do Montijo, através do tel/Fax 21 232 78 27 ou por e-mail: [email protected].

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No dia 15 de Fevereiro a presidente da Câ-mara Municipal de Montijo, Maria Amélia An-tunes, e os vereadores Nuno Canta, Maria Clara Silva e Renato Gonçalves realizaram uma visita à freguesia do Afonsoeiro.

No período da manhã, os autarcas, tive-ram a oportunidade de conhecer o resultado das obras de remodelação no r/c da sede da junta realizadas pela Junta de Freguesia do Afonseiro e de visitar a empresa Ibergrês – Materiais de Construção, Lda.

À tarde, o executivo visitou o Centro Social de S. Pedro e a sede do Grupo Típico de Danças e Cantares do Afonsoeiro, reunindo-se posteriormente para fazer uma síntese da visita à freguesia. Com o executivo da junta foram debatidas, entre outras, questões so-bre a construção do jardim de infância na EB1 N.º 4 de Montijo, a possibilidade de prolongamento da ciclovia até ao Apeadeiro de Sarilhos; a requalificação da iluminação pública na parte mais antiga da freguesia; e a colocação de abrigos nas paragens de transportes públicos.

À noite, munícipes da freguesia desloca-ram-se à sede da junta de freguesia para apresentarem as suas preocupações aos autarcas. Entre as questões de caráter pú-blico, uma munícipe do Alto das Vinhas Grandes colocou o problema da inseguran-ça, no período da noite, no jardim na zona da Urbanização dos Pinheirinhos, uma vez que a iluminação pública é insuficiente. Referiu-se também à qualidade da água, no mesmo local, que, por vezes, tem um tom acastanhado.

A presidente referiu que “é sempre possí-vel reforçar a iluminação. Pode ser dissuasor do vandalismo e/ou roubos, mas esta é uma questão mais geral, a da segurança. Tam-bém tem a ver com a ação das forças de segurança”. Mas garantiu estudar o assunto e tomar medidas tendentes a solucionar o problema da iluminação pública.

Por sua vez, o vereador Nuno Canta, res-ponsável pelo pelouro das Obras e Meio

Ambiente, explicou que a água, em geral, no concelho, é de boa qualidade. No entan-to, “no Afonsoeiro, a rede de distribuição de água ainda não está toda construída, pois o desenvolvimento urbanístico não está completo. Nestes pontos terminais da rede, acumulam-se detritos que podem provocar esse problema. A solução pode passar por os serviços abrirem, com maior frequência, esses terminais para escoar esses detritos”, referiu o autarca.

Outra das questões colocadas refere-se à acumulação de lixo em terrenos privados. A presidente da câmara esclareceu que “é obrigação dos proprietários cuidar da limpe-za dos terrenos. A câmara tem o dever de fiscalizar, sinalizar e coimar, mas só vai inter-vir se oferecer perigo para a saúde pública, porque o dinheiro público não é para tratar de propriedade privada”.

A questão da degradação dos parques infantis foi outra das preocupações aponta-da pelos munícipes, à qual o vereador Nuno Canta esclareceu existir “uma comissão que está a avaliar o nível de degradação dos 54 parques existentes no Montijo e Afonsoeiro. Na freguesia estão referenciados para se-

Executivo municipal visitou Afonsoeiro

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rem remodelados os parques junto ao Cen-tro Comercial e ao Centro de Saúde”.

Maria Amélia Antunes afirmou, também, que em relação à construção de piscinas na Rua Padre António Vieira, “a autarquia não tem condições financeiras para executar o projeto, não obstante, estarmos a avaliar a hipótese de uma parceria para construção/concessão, com privados, que possam ge-rir o espaço, durante determinado tempo, com garantias de utilização do espaço pela autarquia em determinados horários”.

Ao dar por encerrada a visita, a edil agra-deceu a presença dos munícipes, mostran-do-se disponível para os receber, recor-dando que o atendimento ao público na autarquia se realiza às segundas-feiras.

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Pegões recebeu executivo municipal

A presidente da Câmara Municipal do Mon-tijo, Maria Amélia Antunes, e o executivo mu-nicipal, acompanhados pelo executivo da Junta de Freguesia, visitaram a freguesia de Pegões no dia de 15 de março.

Os autarcas da câmara municipal e da junta de freguesia reuniram-se com a Asso-ciação do Lar de Idosos de Pegões – Centro de Dia (ALIP), com os Escuteiros de Pegões e tiveram oportunidade de visitar alguns lo-cais e constatar certos problemas que pre-ocupam os autarcas da freguesia e a popu-lação.

Ao final da tarde, vereadores e presiden-te da câmara reuniram com o executivo da junta para uma síntese da visita à freguesia. A ligação dos esgotos domésticos à ETAR, nomeadamente na Quinta da Lua e da fossa coletiva da Rua 5 de Outubro, foi uma das prioridades apontadas pelo executivo da freguesia. O estado de conservação da an-tiga Estrada Nacional n.º 10, o alargamen-to e novo piso da rua da Estremadura (nas Craveiras), o asfaltamento da Rua da Água e da Rua 5 de Outubro foram outros temas debatidos.

A sala da Junta de Freguesia de Pegões foi pequena para os fregueses que, ao final da tarde, não quiseram perder a oportunidade de questionar a presidente sobre problemas da sua freguesia. Os distúrbios provocados pela empresa EnerMontijo e as deficiências existentes nas escolas da freguesia foram os temas em destaque.

A presidente recordou que foi feito “um investimento colossal, nos últimos dez anos, no parque escolar do concelho” e que há dois anos foi apresentado um projeto para desenvolver o Centro Escolar de Pegões, que “permitirá agrupar todos os alunos num mesmo espaço, o que levará ao encerra-mento das escolas agora existentes”.

A autarca explicou que candidatura ao QREN, desenvolvida numa primeira fase, não foi aprovada. “A autarquia está a de-senvolver esforços no sentido de apresentar nova candidatura. Não será nos próximos dois anos que teremos o centro escolar, mas talvez, dentro de três/quatro anos. Não faz sentido, agora, uma intervenção de fundo, porque significaria desperdiçar recursos”, acrescentando que, no entanto, “é obriga-ção da autarquia melhorar as condições das escolas e minimizar as deficiências aponta-das”.

A empresa EnerMontijo, localizada em Pontal Cruzamento, Pegões Velhos), foi um

dos temas em destaque. Os fregueses criti-caram a laboração ininterrupta da empresa, os ruídos durante a noite, o pó que paira no ar e que se acumula nas habitações, provo-cando danos físicos em pessoas e animais.

Amélia Antunes sublinhou que a fábrica é “um benefício para a região, e para o país, porque gera emprego, fonte de riqueza devi-do a ser uma empresa exportadora”, acres-centando que tem feito esforços no sentido de melhorar a situação. “A câmara fez me-dições de ruído e detetou que estavam aci-

ma do previsto na lei. Insistimos, junto dos responsáveis no sentido da empresa laborar entre as 8h00 e as 22h00 ou 24h00, obten-do dos responsáveis a resposta de que a mesma “tem picos de laboração e prazos para cumprir”.

Para a autarca é preciso “continuar a lutar, nomeadamente, insistindo em novas me-dições, pois, apesar de ser um sucesso, a empresa não reúne todas as condições para laborar, ao ritmo que o faz, necessitando de reduzir os níveis de ruído e de poeira”.

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Executivo municipal na Atalaia

O périplo de visitas da presidente da Câma-ra Municipal do Montijo, Maria Amélia Antu-nes, e dos vereadores Nuno Canta, Clara Silva e Renato Gonçalves, às freguesias do concelho para avaliar os principais proble-mas que preocupam os autarcas, o movi-mento associativo e as populações locais, prosseguiu no dia 12 de Abril com a visita à freguesia da Atalaia.

A visita incluiu reuniões com representan-tes da Sociedade Recreativa Atalaiense e do Rancho Folclórico Juventude Atalaiense, para conhecer as necessidades destas as-sociações, com a Comissão de Festas em Honra de Nossa Senhora da Atalaia, para projetar a edição deste ano, e com o execu-tivo da Junta da Atalaia para abordar assun-tos prioritários como a remoção de alguns postes junto à Igreja da Atalaia, a limpeza

de terrenos camarários, a pintura exterior da Igreja e a requalificação da zona da Feira.

Como habitualmente, a visita terminou com um encontro entre os autarcas e os munícipes, na sede da junta de freguesia. Um dos assuntos abordados foi a necessi-dade de requalificação da zona da Feira. A presidente da câmara explicou que “toda a área até à escadaria é espaço público, com exceção de um lote. Há um projeto para dar outra imagem ao local, mas neste momen-

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to não temos condições financeiras para avançar com este investimento. Estamos, também, a aguardar a disponibilidade do loteador para comparticipar a obra. Para já, vamos construir os sanitários nesta zona”.

Os munícipes colocaram questões relati-vas à falta de limpeza e de manutenção de espaços verdes, parques infantis e espaços de equipamento camarários. O vereador Nuno Canta, responsável pelo pelouro do Ambiente, concordou com a necessidade

de uma maior intervenção nesta área, refe-rindo que “a Câmara rescindiu com a em-presa que fazia a manutenção, por falta de qualidade do serviço, e vai contratar uma nova empresa”. A presidente acrescentou que este tipo de espaços “devem ser limpos e a Câmara tem de dar o exemplo”.

Um morador alertou, também, para a existência de água acumulada, numa quan-tidade considerável, num prédio inacabado junto ao Pólo da Biblioteca. “Fomos verificar

essa situação. Agora a fiscalização técnica deslocar-se-á lá, avaliará e, se for neces-sário, vamos entaipar o prédio”, garantiu a presidente.

O presidente da Associação de Pais das Escolas da Atalaia e do Alto Estanqueiro-Jardia questionou o executivo municipal sobre a necessidade de obras na EB1 da Atalaia e a possibilidade da carreira dos TST, que abrange a freguesia, ter paragem junto a EB do Esteval.

“Foram realizadas reuniões com os TST. Penso que no próximo ano letivo, a carreira, no horário de entrada e de saída dos alunos, já vai parar junto a EB do Esteval. Em rela-ção às obras na EB1 da Atalaia, vamos ve-rificar se temos condições, nestas férias, de realizá-las”, referiu a vereadora Maria Clara Silva, do pelouro da Educação.

Outros problemas focados foram a fal-ta de pressão da água na Urbanização da Adega, a alteração de sinalização na Urba-nização do Cruzeiro; o ruído excessivo e os dejetos provocados pelos cães nesta mes-ma urbanização; o escoamento deficiente de águas junto ao chafariz; a necessidade de mais ecopontos, de melhor iluminação em algumas artérias, de reparação de al-guns passeios; e de melhor funcionamento e segurança na fossa da Urbanização do Cruzeiro.

No final da reunião, Maria Amélia Antunes salientou que “nestes momentos difíceis, é objetivo da Câmara manter a nossa qualida-de de vida. Tivemos uma grande quebra de receitas, um grande corte na despesa, mas há investimentos que temos vindo a adiar e não sabemos se iremos realizar. Não temos possibilidade de criar mais despesa, mas sim de manter e assegurar com qualidade as nossas funções básicas, como a recolha de lixo, o transporte escolar ou a qualidade da água”.

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{o b r a s }A presidente da Câmara Municipal de Mon-tijo, Maria Amélia Antunes, e os vereadores Nuno Canta, Maria Clara Silva e Renato Gonçalves visitaram, dia 24 de maio, a fre-guesia de Canha.

O executivo municipal visitou o centro da freguesia, a Casa do Povo de Canha, o Cen-tro de Saúde de Canha, alguns caminhos rurais da freguesia, as moradias do bairro Almansor e os balneários para funcionários da junta e da câmara.

Na reunião com o presidente da Junta de Canha, António Saltão, e outros autarcas, o executivo inteirou-se dos principais proble-mas e necessidades da freguesia, como a necessidade de pintura do depósito de água da vila, de arranjos nas calçadas e as obras no quartel da GNR.

No final da tarde, na Junta de Freguesia de Canha, os munícipes questionaram a presi-dente e os vereadores sobre vários temas, entre os quais, a revisão do Plano Diretor Mu-nicipal (PDM), as moradias do bairro Alman-sor, o estado das calçadas, a ETAR de Canha e as casas devolutas no centro da vila.

No que diz respeito ao facto de não ha-ver permissão de construir nos terrenos da zona por imposição do PDM, a presidente admitiu que “existem constrangimentos, uma vez que o PDM data de fevereiro de 1997”, acrescentando que o mesmo está a ser revisto desde 2004: “Tem-se vindo a fazer o diagnóstico daquilo que vai ocupar os solos, em termos urbanísticos, mas tam-bém agrícolas. No momento próprio, o PDM será discutido com a população e ver-se-á se é para mudar ou não. A nossa perspetiva é que possa haver uma construção para o agricultor (habitação própria).”

A autarca informou os presentes que a área de Canha está abrangida pelas Medi-das preventivas, por causa do novo aeropor-to e que para construir é necessário o pare-cer do NAL (Novo Aeroporto de Lisboa).

Em relação ao estado das calçadas, o vereador Nuno Canta, acrescentou que “de-vido à crise financeira que passamos não vai ser possível executar o projeto para as novas calçadas, não obstante virmos a fazer trabalhos de reparação”.

No que diz respeito às três moradias do bairro Almansor, a autarca esclareceu os fregueses que as mesmas foram cedidas, a título de equipamento, à autarquia pela Cooperativa Almansor, na segunda fase de loteamento do bairro. “As moradias, que

Canha recebeu visita do executivo camaráriodurante muito tempo tiveram desocupadas, foram recuperadas, no seu interior, pela au-tarquia que as irá arrendar. Para os interes-sados as inscrições estão abertas até 17 de junho, posteriormente serão analisadas pela Câmara que receberá a renda.

Em relação às questões colocadas sobre a ETAR de Canha, a presidente explicou que “a ETAR em funcionamento é insuficiente para suprir as necessidades da freguesia, estando, por isso, prevista a ampliação da ETAR, pela empresa Simarsul, da qual o município do Montijo é acionista. A obra está impedida de avançar, pois o terreno neces-sário é propriedade da Herdade Gil Vaz, que no momento está entregue à Direçãoção-

geral do Tesouro.” A autarca adiantou que “este é um obstáculo que terá que ser ultra-passado, em breve, uma vez que encontrar outro terreno seria mais oneroso e a obra será realizada com fundos comunitários e tem prazos a cumprir.”

Sobre os prédios devolutos, Maria Amélia Antunes informou os fregueses que “a autar-quia pode desenvolver um processo que leve à posse administrativa, demolir, retirar o entu-lho e limpar a zona, mas este processo é mui-to oneroso para a autarquia e significa gastar dinheiro público em propriedade privada”.

Ao dar por encerrada a visita, a autarca mostrou-se satisfeita com o número de mu-nícipes presentes.

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Contas de 2010 com resultados positivosNa reunião de câmara de 6 de abril foram aprovados os documentos de prestação de contas referentes ao ano de 2010, com os votos a favor do PS, as abstenções do PSD e o voto contra da CDU.

A Câmara Municipal do Montijo iniciou o ano de 2010 com um orçamento de 40.930.351,00€. No contexto de grandes dificuldades económicas, a execução or-çamental traduziu-se num resultado líqui-do de 2.426.316 euros, que reflete bem o esforço da gestão desenvolvida no ano passado.

O resultado positivo é reflexo do au-mento das receitas, por um lado, e da di-minuição das despesas de pessoal, dos fornecimentos de serviços externos e das transferências concedidas, por outro.

Entre os investimentos realizados, em 2010, salienta-se a Escola Integrada do Esteval/Areias, o Parque Urbano das Pis-cinas, o Polidesportivo do Alto das Vinhas Grandes, o edifício Multiusos de Pegões, a recuperação e reabilitação do interior

Câmara aprova subsídios para festasNas reuniões de câmara de 18 de maio e 1 de junho, a Câmara Municipal do Mon-tijo aprovou um conjunto de subsídios a coletividades para a organização das di-versas festividades do concelho.

Para as Festas Populares de São Pedro foram atribuídos 20 mil euros à Sociedade Cooperativa União Piscatória Aldegalense, para a organização da dimensão religiosa das festas, almoço e noite do pescador, e 13 860 euros à Tertúlia Tauromáquica do Montijo para a organização da noite de comes/bebes e das largadas de touros.

Foram, ainda, atribuídos verbas para as Festas da Atalaia (2500 euros), Festas de Sarilhos Grandes (1000 euros), Festas de Pegões (1750 euros), Festas das Taipa-das (250 euros), Festas de Foros do Trapo (250 euros), Festas de Santo Isidro de Pe-gões (250 euros) e Festas das Figueiras (250 euros).

Estes números representam um inves-timento da autarquia na ordem dos 40 mil euros.

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dos edifícios da Quinta do Pateo D’Água e os arruamentos do Bairro do Marreco, em Sarilhos Grandes.

Os resultados líquidos alcançados só foram possíveis, segundo a presidente da Câmara, Maria Amélia Antunes, devido a uma gestão rigorosa, responsável e de defesa intransigente do interesse geral.

Em relação à prestação de contas dos serviços Municipalizados de Água e Sa-neamento, a execução da receita foi de 5 milhões e 486 mil euros, correspondendo a 88% do valor orçamentado (5 milhões e 900 mil euros). Este valor reflete o cresci-mento da receita devido à atualização do preço da água e do saneamento.

O presidente do Conselho de Administra-ção dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), Nuno Canta, refe-riu que, nos últimos dez anos, foi realizado um investimento de 7 milhões de euros, na rede e nos reservatórios de água do con-celho e de 22 milhões de euros, através da SIMARSUL, nas Estações de Tratamento de Águas Residuais.

Aprovação das contas dos SMAS

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