revista montijo dezembro 2012

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1 Dezembro 2012 | REVISTA MUNICIPAL Montijo

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Page 1: Revista Montijo Dezembro 2012

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Dezembro 2012 | REVISTA MUNICIPAL Montijo

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Montijo REVISTA MUNICIPAL | Dezembro 2012

Comércio Local Saloon – 26 e 27

Feira do Porco assinala êxito – 28Combate e Prevenção da Violência Contra as Mulheres –29

Sessão Solene da Universidade Sénior no CTJA - 30

Matiné Dançante no Kaxaça – 31

Uma comunidade única – 32

Heráldica: Memória com futuro – 33

Câmara aprova orçamento para 2013 - 34

Seminário sobre Metrologia Local – 35

Esplanadas na Zona Ribeirinha – 36

Dia Internacional para a Redução de Catástrofes – 37

Obras – 38

Editorial – 3

Natal com Arte – 4

Os festejos de Natal e Ano Novo em Aldeia Gallega – 5

A sua opinião conta – 6

Montijo distinguido com prémio “Viver em Igualdade” – 7

Novos TalentosJorge Castanho – 8 e 9

Cultura em destaque – 10

Continue a “Dar de Volta” – 11

Solidariedade em Ação - 12

Junto de Si – 13

A europa em Montijo – 14

Mobilidade juvenil – 15

Maratona BTT Canha com casa cheia – 16

Inauguração do CRAM – 17

Património Artístico-Cultural do Montijo Vol. II – 18

Agregação/Extinção de Freguesias – 19 a 22

Comemorações do Dia Mundial do Turismo – 23

À descoberta do Universo – 24

Inovação e criatividade em “Cafés com Debate – 25

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Ficha Técnica

Diretora

Maria Amélia Antunes

Editor

Alcídio Torres

Redação

Ana Cantas Ribeiro,

Ana Cristina Santos – Gabinete

de Comunicação e Marketing

Fotografia

Carlos Rosa

Miguel Gervásio

Colaboração

Joaquim Baldrico

Grafismo e Paginação

Divisão de Comunicação

e Relações Públicas

Propriedade

Câmara Municipal do Montijo

Publicação semestral

Os textos desta publicação foram escritos

ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Page 3: Revista Montijo Dezembro 2012

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Dezembro 2012 | REVISTA MUNICIPAL Montijo

A Presidente da Câmara

Maria Amélia Antunes

Os portugueses foram, mais uma vez, confrontados com o agravamento bru-tal da carga fiscal para 2013, o que não augura sentimentos de confiança e esperança no futuro imediato.

Este aumento da carga fiscal atinge, fundamentalmente, as classes mais baixas e a classe média, sucessivamente martirizadas por estas políticas de austeridade.

Esta política austeritária também se refletiu na arrecadação de receitas da maior parte dos municípios portugueses. No caso do Montijo, a receita podia ter sido bem maior mas, mesmo assim, aumentou em 4,37 por cento até ago-ra e a despesa total diminuiu 0,35 por cento em termos homólogos.

A gestão que temos vindo a seguir em Montijo desde 1997 tem sido rigoro-sa e criteriosa, o que justifica o facto de, no contexto da maior crise económi-

ca e financeira das últimas décadas, o município do Montijo se possa orgulhar de ter as suas contas em dia. Ao contrário do Governo da Nação, em Montijo gerimos os destinos do município como se fosse a nossa própria casa, investindo no desenvolvimento sem aumentar a dívida pública. Na gover-nação nacional passa-se o contrário. Não há investimento, aumenta-se o desemprego, corta-se nos salários, nos apoios sociais, nas pensões, aumentam-se os impostos e a dívida e o défice continuam a crescer.

Por ter as contas em dia e por não se identificar com este assalto fiscal permanente ao bolso dos contribuintes, a Câmara Municipal do Montijo fez aprovar em reunião de câmara uma proposta para reduzir em um por cento o IRS dos contribuintes do nosso concelho e isentar do pagamento da Derrama as empresas com um volume de negócios até 150 mil euros. Ao arrecadar 95 por cento do IRS pago pelos contribuintes do Montijo devia ser o Governo da Nação a dar um sinal no sentido da redução da carga fiscal. Na ausência deste gesto de solidariedade por parte do Governo, a Câmara Municipal de Montijo decidiu, com sacrifício das suas próprias receitas, contribuir para mi-norar a carga fiscal dos contribuintes do Montijo.

Sabemos que estes gestos são apenas sinais de solidariedade e que não poderão colmatar os cortes nos subsídios de férias e de natal dos portugue-ses nem o agravamento da carga fiscal.

Todavia, com estas e outras manifestações de solidariedade, queremos es-tar ao lado dos mais necessitados e junto daqueles que têm sido os mais afetados por políticas de austeridade que não resolveram, nem vão resolver, os problemas dos portugueses.

Nesta quadra festiva endereço, com confiança, um voto de Boas Festas a todos os cidadãos que vivem e trabalham em Montijo.

“Por ter as contas em dia e por não se identificar

com este assalto fiscal permanente ao bolso dos contribuintes, a Câmara

Municipal do Montijo fez aprovar em reunião de

câmara uma proposta para reduzir em 1 por cento o IRS dos contribuintes do

nosso concelho e isentar do pagamento da Derrama

as empresas com um volume de negócios até 150 mil euros.”

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CÂMARA REDUZIRS NO CONCELHO

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Montijo REVISTA MUNICIPAL | Dezembro 2012

{d e s t a q u e }

Este ano, Montijo tem um “Natal com Arte”! A Câmara Municipal, a Junta de Freguesia do Montijo e a Escola Profissional estão a desenvolver o “Natal com Arte”, um projeto

de criatividade com uma forte mensagem de sensibilização ambiental.

Em colaboração com a comunidade es-colar, a Associação de Comerciantes, com instituições de solidariedade social e outras entidades de intervenção social, o Natal em Montijo tem presépios, árvores de Natal, doces e outras iguarias e, sobretudo, muito talento e arte.

A abertura oficial do “Natal com Arte” foi no dia 8 de dezembro, na Praça da Repú-blica com a inauguração do presépio em tamanho real, elaborado pelos alunos das escolas básicas do Agrupamento de Esco-las do Montijo e da Árvore de Natal com seis metros de altura construída pelos alunos da Escola Profissional, com garrafas de plásti-

cas. No mesmo local, estão também colo-cadas árvores de natal de dimensão mais reduzida que foram elaboradas por diversas instituições de solidariedade, utilizando ma-teriais recicláveis.

Durante a época de Natal, a Galeria Muni-cipal recebe uma mostra dos trabalhos realizados pelos alunos das turmas de Artes da Escola Jorge Peixinho.

Paralelamente, no mesmo espaço, decor-re a exposição “Arte dos Presépios”, que se reali-za pelo terceiro ano con-

secutivo. Peças únicas realizadas nas mais diversas matérias-primas, como o barro, a rafia, a casca de ovo de avestruz e a cortiça. Esta exposição estende-se, também, às ins-

talações do Posto de Turismo.

Natal é, também, sinónimo de doces e outras iguarias e, por isso, no espaço da Galeria Munici-pal os visitantes po-dem apreciar uma mostra de doces tradicionais de Na-tal, confecionados pelas instituições de solidariedade social locais. As receitas revertem à favor das insti-tuições. No local estão, também,

iguarias de produtores locais.O “Natal com Arte” quer, também, mostrar

os talentos escondidos dos trabalhadores da Câmara Municipal do Montijo e, por isso, até 4 de janeiro, no edifício dos Paços do Concelho, pode visitar a exposição resultan-te da criatividade e do talento dos funcioná-rios autárquicos.

A solidariedade também é fundamental no Natal e, por isso, no 11 de dezembro, o Cinema Teatro Joaquim d’Almeida recebeu a Gala Solidária, que contou com a atuação dos MAXI, e com música, dança e outras performances protagonizadas pelo Grupo DansasAparte da Cerci Montijo/Alcochete, pelo Conservatório Regional de Artes do Montijo (CRAM), pela Academia de Talentos

NATALCOM ARTE

15 de dezembro | 21h30Grupo Coral do Montijo Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida Sábado | M/6 anos | 5€

16 de dezembro | 16h00Concerto de Natal - Igreja da Atalaia Entrada Livre Atuação do Grupo Animia Vox, grupo de música quinhentista.Concentração de veículos antigos e clássicos no adro da Igrejada Atalaia.Org.: AAVAC - Associação Amigos Veículos Antigos e Clássicos. Apoio: Câmara Munici-pal do Montijo

23 de dezembro | 16h00Concerto de Natal - Igreja Matriz do Divino Espírito Santo, Mon-tijo Entrada LivreAtuação do Grupo Polifónico da So-ciedade Filarmónica 1.º de Dezembro com a participação especial da Or-questra de Violinos da Sociedade Filar-mónica 1.º de Dezembro.Org.: Sociedade Filarmónica 1.º de Dezem-bro / Grupo Polifónico da Sociedade Filar-mónica 1.º de Dezembro. Apoio: Câmara Municipal do Montijo

CONCERTOS DE NATAL

TU Kontas (+ainda) e pela Tuniseti – Tuna Académica da Universidade Sénior do Mon-tijo.

A encenação do espétaculo esteve a cargo do CRAM. A entrada foi gratuita: um bilhete por um alimento. Os alimentos re-colhidos foram entregues à Rede de Apoio Alimentar do concelho do Montijo.

O “Natal com Arte” é um projeto interge-racional de criatividade e partilha e sensibili-zação ambiental.

Este Natal, queremos uma cidade atrativa e imbuída do melhor espírito natalício para os montijenses e visitantes. Venha viver um “Natal com Arte”!

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Nos derradeiros anos do século XIX e no dealbar do século XX as celebrações do Natal iniciavam-se na véspera com a rea-lização, como é hábito, da Missa do Galo a que acorriam muitos devotos, apre-sentando-se as mulheres com capote e lenço de cambraia bem engomado. Du-rante a celebração corria-se uma cortina na capela-mor, após o que, ao som dos acordes de um gaiteiro e de um tocador de gaita de foles, aparecia a imagem do Menino Jesus deitada num berço.

No dia de Natal, pelas 9h00 saía a ima-gem do menino deitado no berço acom-panhada pelo tesoureiro da Confraria da Senhora da Purificação e dois irmãos que levavam duas bacias de prata onde quem queria deitava a sua esmola e assim per-corriam as ruas da localidade ao som da gaita de foles e de um tambor.

Entravam em todas as casas que de-sejassem receber a imagem do Menino Jesus, onde a mesma era dada a beijar e, havendo doentes na residência, o me-nino era levado até aos pés da cama para abençoar o enfermo.

Aquando do beijar da imagem o ho-mem que a carregava dizia a seguinte quadra “A esta casa venho / Com prazer e alegria / P’ra beijarem o Menino / Filho da Virgem Maria”1.

Este cortejo era também acompanhado por cerca de 20 irmãos da Confraria que, vestindo opas brancas, iam arrematando pelo trajeto as Fogaças que recebiam como oferendas, e que consistiam em cestinhos de marmelos, romãs e uvas, além de casais de pombos, bandejas com bolos ou chouriças de carne enfei-tadas com laços de fita que facilitavam o seu carregamento.

No dia de Ano Novo repetia-se o cor-tejo. Mais uma vez, os homens da Irman-dade da Senhora da Purificação vestidos de calça, colete e jaleca de pano nacional e calçando sapatos de sola grossa ocor-riam, pelas 9h00, à sacristia da matriz onde envergavam as opas brancas, sím-bolo da Confraria.

Após o que, se preparavam para saí-

Os festejos de Natal e Ano Novo em Aldeia Gallega

{r e g i s t o s }

rem acompanhados da imagem do Me-nino Jesus que, desta vez, saía sentado numa cadeirinha, e todos repetiam o per-curso já efetuado pelo Natal e a mesma solenidade.

No entanto, ao entrarem novamente nas casas os versos já eram outros: “Veio hoje visitar a humanidade / O nosso bom Deus Omnipotente / Despedir-se de toda a gente / Com oito dias de idade / Numa cadeira assentado. / Foi Elle que veio ao

mundo / Com sua Divindade, / Para sal-var o género humano / Em dia que foi ba-tizado / Para que de todos seja beijado”2. Ou então, segundo outra fonte, a quadra seria “Sentado numa cadeirinha, / Entra o Menino Jesus / Filho do Padre Eter-no / Que está pregado na Cruz”3. Con-tudo, durante o percurso e aquando da arrematação das fogaças, eram também ditos alguns versos para que cativassem os possíveis arrematadores de tais ofe-rendas. Ouvia-se então “Arrematou es-tas fogaças / Que a todos sabem bem, / P´ra comerem ao jantar / Ou para darem a alguém. / Digo, digo, digo, dó, / Quem arremata o pão de ló / Que me deu a mi-nha avô?”4.

Terminavam os festejos no dia 2 de janeiro com um jantar oferecido em sua casa pelo tesoureiro da Irmandade. A este banquete presidia a figura do Me-nino Jesus sentado na sua cadeirinha abençoando os membros da Confraria da Senhora da Purificação que tinham participado nas celebrações e saído an-tes ao som do tambor e da gaita de foles pelas ruas da vila acompanhados pelo lançamento de inúmeros foguetes.

NOTA: Por lapso no anterior artigo intitulado “João Cotrim e a Ermida da Nossa Senhora da Piedade”, publicado na Revista Montijo n.º 28 - junho de 2012, não foi indicada a fonte de onde foram extraídas as transcrições, e que era a obra de Mário Balseiro Dias intitulada Visitações e Provimentos da Ordem de Sant’Iago em Aldeia Galega de Ribatejo, Volume I 1486-1537.

Joaquim Baldrico

1 DUARTE, Afonso, O Ciclo do Natal na Literatura Oral Portuguesa, Barcelos, Companhia Editora do Minho, 1936, pág. 37.2 RAMA, José de Sousa, Coisas da Nossa Terra – Breves Noticias da Villa de Aldeia Gallega do Riba-Tejo, Ed. Fac-simile, Montijo, Câmara Municipal de Montijo, 2001, pág. 25.3 DUARTE, Afonso, ob., cit., pág. 38.4 VALENTE, Álvaro, Daqui … Fala Ribatejo – Contos Monográficos, Montijo, Ed. do Autor, 1942, pág. 102.

“O Menino Jesus”. In Coisas da Nossa Terra, 1906.

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Montijo REVISTA MUNICIPAL | Dezembro 2012

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A Câmara Municipal do Montijo realizou, entre 16 de janeiro e 5 de fevereiro, um inquérito de opinião junto dos novos resi-dentes do concelho, para avaliar o conhe-cimento dos inquiridos sobre o concelho; os recursos culturais, desportivos e am-bientais existentes; e saber como ocupam os seus tempos livres.

Por outro lado, a Câmara pretendeu, também, realizar uma caracterização des-ta população, saber porque residem no Montijo e conhecer os seus gostos/op-ções para priorizar áreas de atuação.

O inquérito foi realizado junto de pesso-as que habitam há cinco ou menos anos nas freguesias de Montijo, Afonsoeiro e Atalaia, pois de acordo com os CENSOS 2011, é nestas freguesias que se concen-tra 77 por cento da população do conce-lho e onde se localizam novas áreas resi-denciais.

O método utilizado foi a entrevista dire-ta, na rua, junto de uma amostra aleatória de residentes, correspondente a cinco por cento da população residente nas fregue-sias em análise.

Foram realizadas 579 entrevistas: 183 no Afonsoeiro, 46 na Atalaia e 350 no Montijo. No total, 281 dos inquiridos eram homens e 298 mulheres. De salientar a excelente recetividade dos munícipes aos inquiridores, respondendo às perguntas formuladas e colocando questões, suges-tões e reclamações.

Os resultados

A Revista Montijo apresenta-lhe os re-sultados deste inquérito de opinião aos novos residentes.

- 46 por cento dos inquiridos residem há quatro ou cinco anos e 19 por cento há um ano no concelho;

- São, na sua maioria, jovens: 45 por cento situam-se no intervalo de idades entre os 21-35 anos e 49 por cento têm um agregado familiar composto por 2 a 4 pessoas;

- 38 por cento desempenham profissões qualificadas, sendo 20 por cento profes-sores. 35 por cento têm habilitações aca-

Inquérito A sua opinião conta!

démicas ao nível do ensino superior e 34 por cento ao nível do secundário;

- 72 por cento afirmou conhecer as ofer-tas culturais e desportivas do concelho. Em termos culturais, o mais assinalado foi o Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida (46 por cento) e o mais conhecido a nível des-portivo são as ciclovias (58 por cento);

- Dos 28 por cento dos entrevistados que responderam não conhecer a oferta cultu-ral e desportiva do concelho, na sequência da entrevista 42 por cento referiram conhe-cer a Zona Ribeirinha e o Centro da Cidade e 38 por cento o Parque Municipal;

- 45 por cento afirmaram que o muni-cípio deve melhorar a sua intervenção na área ambiental e na área das atividades desportivas e culturais. 33 por cento op-taram pela área da educação (escolas e infantários) e 30 por cento indicou a rede viária e sinalização;

- 50 por cento dos inquiridos indicou que merece especial cuidado e melhoria a lim-peza/manutenção de espaços públicos, 14 por cento referiram a deficiente rede de transportes e 10 por cento a segurança;

- Os novos residentes ocupam o seu tempo livre com atividades culturais e des-portivas, respetivamente 34 e 38 por cento dos inquiridos;

- A qualidade de vida, com 39 por cento, e o preço/qualidade das habitações (31 por cento) são os dois principais motivos que conduziram estes novos residentes a habitar no Montijo.

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Dezembro 2012 | REVISTA MUNICIPAL Montijo

O município do Montijo foi um dos quatro municípios do país a ser distinguido com o prémio “Viver em Igualdade” pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG). Os outros municípios distinguidos fo-ram os de Abrantes, Seixal e Valongo.

O prémio visa distinguir os municípios com boas práticas na integração da dimen-são da igualdade de género, cidadania e não-discriminação, quer na sua organiza-ção e funcionamento, quer nas atividades por si desenvolvidas.

A Câmara Municipal do Montijo iniciou, há mais de uma década, um trabalho continua-do e consistente no combate às desigualda-des e à discriminação com base no género, que se tem desenvolvido em várias frentes e assumido diferentes formas.

O Prémio entregue tomou em considera-ção os projetos levados a cabo pela autar-quia, ao longo dos anos, tais como o Espa-ço Informação Mulheres, a Rede de Apoio a Mulheres em Situação de Violência, o Plano Municipal para a Igualdade de Género do Montijo e o Projeto Bola de Neve.

O Espaço Informação Mulheres (EIM) aberto ao público desde 2000, atendeu mais de 800 mulheres, prestando acompa-nhamento psicológico e dando resposta a questões relacionadas, entre outras, com si-tuações de violência, processos de divórcio ou assuntos relacionados com o Direito do Trabalho.

Por se verificar um aumento do número de atendimentos no EIM por motivos de violên-cia doméstica, procurou envolver-se na inter-venção toda a comunidade institucional do concelho. Assim, surge em março de 2001 a RAMSV - Rede de Apoio a Mulheres em Si-tuação de Violência constituída por múltiplas entidades e instituições do concelho com o intuito de disponibilizar uma resposta eficaz às sobreviventes de violência doméstica e prevenir a reincidência do agressor.

Em 2007, a Câmara Municipal do Montijo tornou-se pioneira ao ser a primeira Autar-quia a nível nacional, a elaborar o I Plano Municipal para a Cidadania e Igualdade de Género, um desafio da CIG, no âmbito do projeto Igualdade de Género e Desenvolvi-mento Local (MALTA).

Em 2008, na prossecução do trabalho desenvolvido na área da igualdade de gé-nero, a Câmara Municipal do Montijo candi-datou-se ao POPH - Programa Operacional Potencial Humano, no seu Eixo Prioritário 7

Montijo distinguido com prémio “Viver em Igualdade”– Igualdade de Género, Tipologia de Inter-venção 7.2 – Plano para a Igualdade, com o Projeto Bola de Neve.

Este Projeto, que teve o seu início em 1 de julho de 2008 e o seu término em 30 de junho de 2010, visava reforçar a integração da perspetiva de género a nível local. Du-rante a vigência do Projeto Bola de Neve, foi possível cumprir os objetivos propostos em candidatura, que se efetuou em três frentes: ações de formação/informação, ações de sensibilização/informação e ações de inter-venção técnica. No âmbito deste Projeto, em junho de 2010, foi elaborado um Diag-nóstico da Igualdade de Género na Câmara Municipal do Montijo.

A Câmara Municipal do Montijo continua a desenvolver atividades, na área da promo-ção das políticas de igualdade de género, dinamizando ações internas e externas e mantendo os serviços de apoio à comuni-dade.

Montijo mais Familiarmente ResponsávelO Observatório das Autarquias Familiar-mente Responsáveis revelou que a au-tarquia do Montijo integra a lista dos 35 municípios portugueses distinguidos com o título “Autarquia+Familiarmente Respon-sável 2012 . Este reconhecimento resulta de um in-quérito realizado a nível nacional ao qual responderam 103 autarquias e onde fo-ram analisadas as políticas de família dos municípios em dez áreas de atuação: apoio à maternidade e paternidade; apoio às famílias com necessidades especiais; serviços básicos; educação e formação; habitação e urbanismo; transportes; saú-de; cultura, desporto, lazer e tempo livre; cooperação, relações institucionais e par-ticipação social; e outras iniciativas. São ainda analisadas as boas práticas das

autarquias para com os seus funcionários autárquicos em matéria de conciliação en-tre trabalho e família. A cada município vencedor foi entregue a bandeira verde da iniciativa «Autarquia + Familiarmente Responsável 2012», numa cerimónia que teve lugar no dia 24 de ou-tubro, no Auditório Nacional dos Municí-pios, em Coimbra.

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Fotografia by Jorge Castanho

Uma arte que é a paixão de Jorge Casta-nho, 25 anos, de Santo Isidro de Pegões, que encontrou na fotografia a sua forma de expressão e que, através dela, nos dá a sua visão do Mundo, das pessoas, do nosso tempo.

“Um artista em part-time”, como o pró-prio refere, porque “para já não é uma ati-vidade rentável”, mas que tem consegui-do, gradualmente, trilhar o seu caminho no mundo da fotografia com a “participa-ção em concursos, diversas exposições,

Uma arte que capta um instante do tempo, um instante de uma pessoa, de uma situação, do Mundo.Uma arte que transmite a visão e as emoções do seu autor, mas que ao mesmo tempo, dá oportunidade ao olhar, a análise, a interpretação de quem vê.Uma arte construída por olhares. Uma arte feita de sensibilidade. Uma arte de imagens. Que arte é esta? A fotografia.

revistas de âmbito nacional e trabalhos fotográficos de moda e de eventos em-presariais”.

Entre os seus trabalhos, Jorge destaca um evento empresarial que conjugou o seu gosto pela fotografia e pelo mundo da moda: a apresentação de um novo produ-to da empresa Investwood (uma empresa portuguesa de produção e comercializa-ção de placas de fibras de madeira) na nova loja da estilista Lidija Kolovrat, uma das designers assíduas da Moda Lisboa.

A paixão pela fotografia começou muito cedo, aos quatro anos. “Ganhei a minha primeira máquina fotográfica. Na altura fotografava tudo: natureza, zonas mais ur-banas, pessoas, etc. Muitos dos rolos não cheguei a revelar”.

A pouco e pouco, Jorge descobriu que tinha “uma sensibilidade diferente. As mi-nhas fotografias sempre tiveram um toque mais artístico, mesmo sem ter qualquer tipo de conhecimento para isso”, revela.

Os conhecimentos de caráter mais téc-nico foram adquiridos com formação na área da fotografia, mas Jorge considera que “não se aprende a fotografar. Nasce connosco. Pode é aprender-se a trabalhar

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“Enquadro-me melhor num meio e numa cultura mais urbanas, mas a minha família está em Santo Isidro e as minhas raízes são lá”.

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com a máquina fotográfica. Cada pessoa tem o seu talento: uns para a escrita, ou-tros para a dança. Eu sempre tive para a fotografia”.

A primeira experiência mais séria neste mundo aconteceu aos 18 anos. “Candida-tei-me a um concurso. Mandei três foto-grafias, sem saber se correspondiam ao exigido, e uma delas ganhou o primeiro prémio. Fiquei surpreendido”.

“Este prémio permitiu-me adquirir um equipamento mais profissional. Nessa al-tura, comecei também a viajar, a conhecer outros países e culturas e, assim, alarguei os meus horizontes em termos de criativi-dade”, acrescenta.

A moda e a paisagem urbana são as áreas de eleição de Jorge para as suas fotografias que, segundo afirma, “por ve-zes são um pouco macabras. Por norma, as minhas fotografias puxam para o lado mais escuro da vida. Neste momento, o país não atravessa uma fase feliz e as minhas fotos transmitem esse estado de espírito. Numa fase mais otimista da mi-nha vida, do país, do Mundo, as minhas fotografias já deixam transparecer outros sentimentos. Acho que a fotografia tem a

capacidade de ser transparente, de trans-mitir os sentimentos do fotógrafo”.

De momento, os projetos ligados à foto-grafia estão em standby, mas admite apre-sentar “uma proposta à Câmara para uma exposição de fotografia sobre o Montijo, com fotografias com requinte que revelem um olhar diferente sobre a nossa terra”.

Outro projeto, a longo prazo, é a publi-

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cação de um livro de fotografia. “Quero que seja um livro tipo diário com fotogra-fias minhas de diversos lugares do mun-do, mas com espaço para os leitores es-creverem as emoções transmitidas pelas minhas fotos”.

Após residir cinco anos em Lisboa e de um passagem, de oito meses, por Londres onde confessa “ter aprendido imenso, in-clusive sobre fotografia”, Jorge Castanho regressou às suas origens rurais de Santo Isidro. “Não me sinto mal, nem bem em Santo Isidro. Enquadro-me melhor num meio e numa cultura mais urbanas, mas a minha família está em Santo Isidro e as minhas raízes são lá”.

Sobre o Montijo, Jorge gostaria que a “Câmara apostasse mais nos jovens. Sei que existem muitos talentos no Montijo, ligados a áreas como a música, o teatro, a dança, a fotografia, a moda e o Montijo poderia aproveitar esses talentos. Por que não um concurso de moda e fotografia no Montijo?”.

Fica, então, a sugestão deste Novo Ta-lento do Montijo. Ficam, também, as suas imagens. O seu talento. A sua sensibilida-de…enfim a sua arte.

Por norma, as minhas fotografias puxam para o lado mais escuro da vida.

Neste momento, o país não atravessa uma fase feliz e as minhas fotos transmitem esse

estado de espírito. Numa fase mais otimista da minha

vida, do país, do Mundo, as minhas fotografias já

deixam transparecer outros sentimentos.

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A Câmara Municipal do Montijo, através da Divisão de Cultura, Bibliotecas e Turismo (DCBT), vai continuar, ao longo do ano 2013, a promover projetos e atividades que ape-lam à interação com os cidadãos, motivan-do uma participação ativa dos mesmos.

Das ações que estão no terreno desta-cam-se, pelo seu significado e abrangência, as seguintes:

Ciclo de Autores de Língua Portuguesa Iniciativa que consiste na realização de ex-posições, conferências e apresentações de livros de autores de língua portuguesa clás-sicos e contemporâneos na Biblioteca Mu-nicipal. Associadas a estas exposições têm vindo a ser realizadas várias conferências, as quais, pela qualidade dos seus oradores, têm captado a atenção dos participantes.

À conversa com Escritores Projeto que procura dar a conhecer o traba-lho e o talento de diversos escritores locais e nacionais. Com periodicidade mensal, a sala da Biblioteca Municipal tem recebido convidados como Fernando D’ Acosta, Bris-sos Linos, entre outros, que para a apresen-tação das suas mais recentes obras.

Oficinas e cursos de escrita criativa Em parceria com a Alfarroba Formação, já foram muitos os participantes, que aprende-ram, relembraram ou simplesmente treina-ram a arte da escrita, tendo Bruno Barão da Cunha como cicerone.

Clube de Leitura em voz alta Fomentar a leitura, a expressividade, o talen-to e a participação ativa em projetos cole-tivos e sociais são os objetivos deste Clube.

A estes quatro projetos, a DCBT junta

as visitas guiadas ao património local para estimular o conhecimento e incentivar a pre-servação do nosso património cultural; pro-move na Biblioteca, no Museu e em outros espaços municipais exposições artísticas e temáticas de caráter diversificado; e realiza iniciativas promotoras do artesanato e da gastronomia local.

Com muita recetividade junto do pú-blico infantil, a Biblioteca Municipal con-tinua a promover, mensalmente, a “Hora do Conto” e a “Leitura em voz alta para crianças”. Para além disso, as crianças do concelho podem aprender e conviver com o universo dos livros através das vi-sitas aos espaços públicos de leitura.

Apesar do atual contexto socioeconó-mico, a Câmara quer continuar a levar junto dos cidadãos projetos que abran-gem na sua diversidade várias áreas da cultura e diversos públicos-alvo.

{c u l t u r a }

Culturaem destaque

Para tal, vai continuar a apostar numa política de estabelecimento de protocolos e acordos com instituições e associações para fomentar e envolver estes agentes em parceiras ativas nas dinâmicas locais que promovam o desenvolvimento local, rentabilizando recursos humanos, logísti-cos e físicos.

A programação, criada numa lógica de manutenção de ações regulares, diversificadas e generalistas, visa a promoção das mais diversas formas e expressões culturais tendo como prin-cipais objetivos a captação de novos públicos, a sua fidelização e a sua par-ticipação ativa nos projetos e ações em desenvolvimento.

Continuamos a convidá-lo a usufruir da cultura, a preservar e estimular a criação do nosso património artístico. Contamos consigo!

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Dezembro 2012 | REVISTA MUNICIPAL Montijo

{c u l t u r a }Entre janeiro e outubro de 2012, a Biblio-teca Municipal Manuel Giraldes da Silva, através do projeto “Dar de Volta - Montijo”, já deu mais de 400 manuais escolares. Em termos monetários, esta quantidade de li-vros representa mais de oito mil euros.

No total, no período referido, a Biblioteca recebeu 771 livros e manuais escolares do 5.º ao 12.º ano de escolaridade e também do ensino recorrente. Desses 771, entre-gou 403.

O projeto “Dar de Volta – Montijo” consiste na recolha de livros e manuais escolares já utilizados e em bom estado, que serão entre-gues gratuitamente a quem deles necessitar.

Até ao final do ano, poderá continuar a entregar os livros e manuais escolares no balcão de Atendimento da Biblioteca Muni-cipal ou nos Pólos localizados nas fregue-sias do concelho: Montijo (Esteval), Afon-soeiro, Alto Estanqueiro, Atalaia, Pegões e Canha, dentro dos horários de funciona-mento habituais.

Os livros/manuais são organizados, inse-ridos numa base de dados, disponível em www.mun-montijo.pt, e distribuídos gratui-tamente a qualquer pessoa, independente-mente da condição ou extrato social.

Este é um projeto intermunicipal, pro-movido pela Associação de Municípios do Distrito de Setúbal (AMRS), ao qual a Câ-mara Municipal do Montijo aderiu no ano de 2011, que pretende promover a leitura, o conhecimento e a solidariedade; rentabi-lizar recursos através da partilha dos manu-ais escolares; utilizar e difundir os serviços proporcionados pelas Bibliotecas.

“Dar de Volta - Montijo” tem ainda por base questões de ordem ambiental. Os li-vros que não forem redistribuídos ou que não estiverem nas devidas condições, se-rão recolhidos para reciclagem ou entre-gues à campanha “Papel por Alimentos” do Banco Alimentar contra a Fome.

Para mais informações contacte a Biblio-

Continue a “Dar de Volta”

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teca Municipal Manuel Giraldes da Silva: na Avenida 25 de Abril nº 13, 2870-150 Montijo, através dos telefones: 21 232 77 72/21 232 7870, do e-mail [email protected].

Faça a diferença, seja solidário!

Unidos no Amor contra a IndiferençaO auditório da Biblioteca Municipal Manuel Giraldes da Silva recebeu a apresentação do livro “Unidos no Amor contra a Indife-rença”, de Isabel Barata e Manuel Matos, no dia 5 de dezembro.

“Unidos no Amor contra a Indiferença” é uma história de dois concidadãos nossos que se recusaram a ser emocionalmen-te “deficientes” e a aceitar a recusa que lhes foi imposta de construírem um futuro a dois.

O futuro comum já não existe, pois Ma-nuel Matos faleceu durante o processo de produção do livro. Contudo, através desta

obra chega ao leitor a mensagem de am-bos os autores, a sua luta por direitos fun-damentais, como o direito a amar e pela visibilidade enquanto elementos válidos, produtivos e necessários ao funcionamen-to da sociedade.

Isabel Barata falou do seu livro como “um filho. É a minha motivação para viver sem o Manuel”.

Para além da autora, o evento contou com a presença de Ana Garrett, dou-torada em psicologia clínica, que con-siderou a obra como uma “ode contra a indiferença, uma ode ao amor e uma

grande lição de vida. Faz-nos equacio-nar muita coisa à nossa volta. Não se trata apenas de um livro sobre a histó-ria de vida de duas pessoas com defi-ciência, mas, se quisermos extrapolar, é um livro sobre as minorias que nos rodeiam”.

A apresentação de “Unidos no Amor contra a Indiferença” inseriu-se na inicia-tiva “À conversa com escritores” que a Câmara Municipal do Montijo está a pro-mover para dar a conhecer, ao público em geral, o trabalho e o talento de diversos escritores locais e nacionais.

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Em dezembro de 2010, numa altura em que as dificuldades do país já colocavam à prova inúmeras famílias que se viam (e veem) forçadas a recorrer a instituições de apoio social, a Câmara deu início ao proje-to da Loja Social.

A Loja Social surgiu como um recurso municipal social integrado, direcionado para a população em situação de maior vulnerabilidade social, com a finalida-de de colmatar carências urgentes dos munícipes. Com esta finalidade, recebe bens novos ou usados, doados por par-ticulares ou entidades e entrega-os, a título gratuito, aos agregados que após sinalizados e avaliados se consideram prioritários.

Entre 2011 e setembro de 2012 foram realizados, pela Divisão de Solidariedade e Promoção da Saúde (DSPS) da Câmara Municipal do Montijo, 1634 atendimentos motivados por carência de bens que re-sultaram em encaminhamento para a Loja

Social. A este número, acresce, no mesmo período mais 1350 atendimentos realiza-dos diretamente na Loja Social. Isto signi-fica que, em menos de dois anos, foram encaminhados para a Loja Social quase 3000 atendimentos.

Durante o ano de 2012 e até meados de setembro, a DSPS tinha atendido 94 novos utentes por motivo de carência de bens.

Os bens mais solicitados pelos utentes da Loja Social são vestuário e calçado; pro-dutos de puericultura e incontinência; mo-biliário, nomeadamente camas, colchões e roupeiros; e eletrodomésticos, sobretudo fogão, frigorífico e máquina de lavar roupa. São também os eletrodomésticos, o tipo de bens pelos quais os utentes aguardam um período maior de tempo.

São beneficiários da Loja Social os mu-nícipes que revelem vulnerabilidade so-cioeconómica sinalizados pelas seguintes entidades: Câmara Municipal de Montijo, Serviço Local de Ação Social, Juntas de

Freguesia do concelho, Centro de Saúde, Comissão de Proteção de Crianças e Jo-vens, Instituições de Solidariedade Social e outros.

A Loja Social tem também uma vertente pedagógica, no que diz respeito à gestão familiar e à economia doméstica. Neste sentido, cada utente deverá listar os produ-tos que efetivamente necessita, sendo-lhe entregue um cartão através do qual lhes é atribuído um conjunto de pontos (que se designam LS). Estes pontos poderão ser “gastos” durante todo o ano e têm rela-ção direta com o tipo de agregado familiar e o número de pessoas que o compõem. Acresce ainda que cada família deverá deslocar-se a este equipamento apenas uma vez por mês.

Para que a Loja Social possa apoiar quem necessita, todos podemos colaborar através da doação de bens como, mobili-ário, brinquedos, material didático, eletro-domésticos, têxteis, vestuário, produtos de higiene pessoal e habitacional.

Os bens a doar deverão ser entregues na Loja Social, às quartas-feiras das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Em alterna-tiva contacte a Divisão de Solidariedade e Promoção da Saúde, na Rua José Joaquim Marques n.º 124 ou através do telefone 21 232 77 39.

Se tem em casa alguns dos bens referi-dos, já não os usa e estão em boas con-dições, colabore com a Loja Social. A sua contribuição por mais pequena que seja pode fazer a diferença!

Loja Social Solidariedade

em Ação

São beneficiários da Loja Social os munícipes que revelem vulnerabilidade socioeconómica sinalizados pelas seguintes entidades: Câmara Municipal de Montijo, Serviço Local de Ação Social, Juntas de Freguesia do concelho, Centro de Saúde, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, Instituições de Solidariedade Social e outros.

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Devido ao período de dificuldades eco-nómicas e sociais que o país atraves-sa, ao elevado número de habitantes idosos no concelho e considerando o maior risco de isolamento e exclusão social das freguesias rurais, a Câmara Municipal do Montijo apresentou o pro-jeto “Junto de Si” na sede da freguesia do Alto Estanqueiro Jardia. O projeto com financiamento do PRODER, desde o dia 25 de Abril que dá continuidade a um trabalho social, desenvolvido pela autarquia, apoiando pessoas idosas em situação de maior isolamento, através da Academia Sénior e da Oficina ao Do-micílio.

A população alvo do projeto são os munícipes das freguesias rurais do con-celho: Pegões, Canha, Santo Isidro de Pegões, Alto Estanqueiro Jardia e Sari-lhos Grandes.

A Academia Sénior funciona na antiga Junta de Freguesia de Pegões visando o desenvolvimento de atividades lúdicas e formativas dirigidas à população sénior das freguesias de Pegões, Stº Isidro de Pegões e Canha, com a preocupação fulcral de quebrar o isolamento e incre-mentar o convívio intergeracional.

São utilizadores da Academia 110 seniores,14 residem na freguesia de Santo Isidro, cinco na freguesia de Ca-nha e 89 na freguesia de Pegões.

Criar, dinamizar, organizar atividades culturais, recreativas de convívio e de aprendizagem têm sido as metas traça-das pela Academia. Todas as semanas são realizados ateliers de informática, dança, animação desportiva/ cogniti-va, artes decorativas, teatro, bordados, língua portuguesa/alfabetização, bem como, aulas de ginástica e uma oficina de leituras animadas.

A Oficina ao Domicílio (localizada na antiga Junta do Alto Estanqueiro/Jardia) disponibiliza um serviço de pequenas reparações ao domicílio para famílias em situação de maior vulnerabilidade social. Toda a população pode utilizar este serviço. No entanto, a mão-de-obra será gratuita para os beneficiários do Cartão Municipal Sénior ou indivíduos cujo agregado familiar tenha um ren-dimento, per capita, igual ou inferior a 150€/mês.

Através desta Oficina são realizadas

pequenas reparações de carpintaria, eletricidade, serralharia, etc. Este servi-ço tem como objetivo melhorar as con-dições habitacionais das pessoas ido-sas e socialmente mais vulneráveis, das zonas rurais.

Recorde-se, que o projeto Junto de Si tem, também, mais duas vertentes: o atendimento social/jurídico e acon-selhamento na área da saúde, sendo neste último campo muito importante o papel da Cruz Vermelha – Delegação do Montijo, a qual realiza a monitorização

Junto de Si

da condição de saúde, da população idosa, daquelas freguesias.

A Câmara Municipal do Montijo preten-de com este e outros projectos comba-ter o isolamento, privilegiar o convívio e melhorar a qualidade de vida dos idosos do concelho. Para mais informações di-rija-se à Divisão de Solidariedade e Pro-moção da Saúde, na Rua José Joaquim Marques n.º 124 ou contacte através dos telefones, 265 898 196 – (Academia Sénior) ou 21 232 77 37 (Oficina ao Do-micílio).

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A candidatura do Projecto Tu Kont@s à 5.ª geração do Programa Escolhas (Ja-neiro de 2013 a Dezembro de 2015), foi uma das 110 candidaturas selecionadas num universo de 273 candidaturas ao ní-vel nacional, com um financiamento total previsto de 208.621,00€ para os três anos de intervenção.

O Projecto Tu Kont@s aposta na inter-venção social e comunitária no território do Bairro da Caneira com o objetivo de mini-mizar o ciclo de pobreza e exclusão social junto de crianças, jovens e famílias de con-textos socioeconómicos mais vulneráveis, promovendo a igualdade de oportunidades e o reforço da coesão social.

O consórcio formal do projecto é assu-mido pela Câmara Municipal de Montijo (entidade promotora), a Associação para a Formação Profissional e Desenvolvi-mento do Montijo (entidade gestora), o Agrupamento de Escolas de Montijo, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens do Montijo e a Mondo Portugal, SA.

As atividades do Projecto têm como referência a inclusão digital e escolar (educação não formal) no combate ao abandono e insucesso escolar; a forma-ção profissional e empregabilidade; a dinamização comunitária e cidadania; o empreendorismo e a capacitação.

Tu Kont@s um dos 110 projetos selecionados a nível nacional

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A cidade do Montijo foi, mais uma vez, palco de um intercâmbio internacional de jovens, que decorreu entre os dias 17 e 25 de junho.

Intitulado “No Games, Just Sports”, este projeto reuniu 30 jovens de Itália, Polónia, Eslovénia, Lituânia e Portugal com o objetivo de promover atividades desportivas a fim de preservar a saúde física e mental dos jovens e contribuir para o desenvolvimento de uma juven-tude ativa.

O ponto alto do intercâmbio foi o workshop “You can do it”, no dia 19 de junho, no auditório da Galeria Municipal, com a piloto Elisabete Jacinto que deba-teu com os jovens a temática da igualda-de de género no desporto.

Em parceria com o Centro Europe Direct da Península de Setúbal, os par-ticipantes realizaram a “Marcha pelo En-velhecimento Ativo”, no dia 23 de junho.

A europa em Montijo I

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A europa em Montijo IIDurante 16 e 21 de setembro, Mon-tijo voltou a receber outro projeto internacional. Desta feita, o encon-tro “Think Globally, Act Locally”, no âmbito da ação 1.3 - Jovens e De-mocracia do Programa “Juventude em Ação”.

Este projeto foi uma parceria eu-ropeia entre o Montijo e a cidade polaca de Zawiercie, contando com a participação de dois grupos de jovens de ambas as comunidades locais.

Durante esta semana, no Mon-tijo, o grupo de jovens polacos e montijenses realizaram atividades e workshops relacionadas com a par-ticipação dos jovens na vida demo-

crática ao nível local, regional, nacional e internacional.

Maria Alice Ilhéu foi uma das partici-pantes que considerou o “projeto muito interessante do ponto de vista temático e cultural. O grupo de jovens interagiu muito bem. Sentimo-nos verdadeira-mente motivados para os trabalhos in-teressantíssimos levados a cabo. Mais uma iniciativa dinamizada com suces-so!”

Esta marcha pretendeu juntar jovens e idosos do concelho pela promoção do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo. Após esta marcha foram ainda realiza-

dos alguns inquéritos à população sobre a prática de desporto, estudos de avalia-ção corporal, frequência cardíaca, pres-são arterial e glicemia.

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A Câmara Municipal do Montijo, através do Gabinete da Juventude, continua a prosse-guir a sua política de mobilidade europeia dos jovens montijenses, permitindo-lhes assim um enriquecimento pessoal, cultural e profissional.

Ao longo deste ano, foram inúmeros os jovens participantes em intercâmbios, se-minários e cursos de formação realizados no espaço europeu ao abrigo do Programa Comunitário “Juventude em Ação”.

Entre os projetos realizados destaque para o intercâmbio “History Live It Up! II – Medieval Revival” que se realizou na Grécia, em Atenas, de 24 a 30 de setembro.

Deolinda Correia, Ana Filipe, Pedro Moço, Miguel Marques, Mariana Natário e Cátia Carita foram os jovens montijenses partici-

Mobilidade juvenil

pantes que consideraram esta experiência “uma inesquecível viagem no tempo”.

Este intercâmbio recriou o dia a dia dos jovens na era medieval, de modo a desco-brir semelhanças e diferenças que caracteri-zam o estilo de vida da população europeia. Os participantes realizaram ainda vários workshops de teatro, música, cerâmica, pin-tura, entre outras atividades.

Neste momento, o Gabinete da Juventude está já aceitar inscrições para o intercâmbio

“Our Traditions Our Logo” que terá lugar na Roménia, de 28 de janeiro a 4 de fevereiro.

Recordamos, que o programa comuni-tário “Juventude em Ação” assegura o pa-gamento de 70 por cento dos custos das passagens de avião, bem como todas as despesas com alojamento e alimentação.

Mais informações em www.mun-montijo.pt, na página do facebook www.facebook.com/gabinetedajuventude ou através do Blog www.gj-cmm.blogspot.com.

Durante o mês de outubro, a Câmara e a Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento de Montijo acolheram, uma vez mais, dois grupos de jovens estu-dantes das áreas de Secretariado e Infor-mática, provenientes da cidade de Galati na Roménia. Neste projeto participaram, ainda, três professores do Grupul Scolar Industrial de Marina.

Os beneficiários deste projeto realizaram os seus estágios de formação profissional em várias empresas e entidades locais, per-mitindo a estes jovens uma aprendizagem em contexto laboral e um reforço de compe-tências essenciais para que a sua aborda-gem ao mercado de trabalho se faça com menor dificuldade.

Estes estágios são realizados ao abrigo do programa Comunitário Leonardo da Vin-ci, que se destina a complementar as políti-cas nacionais de formação profissional nos Estados Membros, promovendo a coopera-ção transnacional no domínio da formação profissional e da mobilidade dos jovens eu-ropeus.

Aprendizagem ao longo da vida

Porque o voluntariado constitui uma ferramenta essencial no exercício de uma cidadania ativa e solidária, a Câ-mara Municipal do Montijo em parce-ria com a Associação para a Forma-ção Profissional e Desenvolvimento de Montijo, através do Gabinete da Juventude, promove o Serviço Volun-tário Europeu.

Neste âmbito, até outubro de 2013, Eliza Bujazlka, da Polónia, está a re-alizar serviço de voluntariado no Ga-binete da Juventude da Câmara do Montijo.

Por sua vez, a jovem Cátia Dionísio viajou, no dia 8 de agosto, do Montijo até a cidade de Pesaro na Itália, para realizar um programa de voluntariado durante seis meses.

Serviço Voluntário Europeu

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Maratona de BTT Canha com casa cheia

Mais um ano, mais uma edição de suces-so. Este ano, até São Pedro ajudou e no dia 2 de dezembro, os bttistas voltaram a invadir os trilhos de Canha para a 8.ª Maratona de BTT.

Num dia de Sol, mas também de muito frio, mais de 600 atletas apresentaram-se à partida, uns para a distância mais cur-ta (30 quilómetros), mas a maioria para o percurso mais longo de 56 quilómetros.

Homens, senhoras e muitos jovens aceitaram o repto. Uns foram desfrutar de um simples passeio, outros, mais ex-perientes, foram para competir e medir forças com os colegas. Desde a primeira hora, um grupo de atletas isolou-se do pelotão, impondo um ritmo alucinante.

A chuva que caiu, principalmente na antevéspera, veio endurecer a dificul-dade dos trilhos. A lama obrigou muitos

atletas, menos preparados, a optar por atravessar alguns lamaçais a pé. A prova tornou-se, assim, mais exigente do que é habitual com algumas quedas, sem gra-vidade.

Tal como em edições anteriores, a Ma-ratona de Canha contou com a presença de vários atletas de renome como o cam-peão nacional de juniores em ciclismo de estrada, Ruben Guerreiro, que chegou em 10.º lugar. Marco Chagas, outra figura muito conhecida do ciclismo nacional e internacional, também participou na Ma-ratona.

Com a 8.ª edição da Maratona de BTT, Canha pode mostrar, mais uma vez, a sua beleza natural. Os trilhos ladeados pelo montado de sobro e um chão “for-rado” de verde foram muito apreciados pelos atletas.

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Os acompanhantes dos atletas tiveram oportunidade, enquanto aguardavam a chegada dos atletas, de visitar Canha, conhecer o seu património e apreciar a Mostra de Artesanato, junto às instala-ções dos Bombeiros Voluntários de Ca-nha, de diversos artesãos e produtores do concelho.

Recordamos, que a Maratona de BTT Canha foi organizada pela Câmara Muni-cipal do Montijo, Associação Amigos do Campo e Aventura e Junta de Freguesia de Canha, com o apoio dos Bombeiros Voluntários de Canha, da CERCIMA (que realizou o troféu de oferta aos participan-tes), do site A Pedalar, da revista O Prati-cante e da empresa Eurodoces.

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Joaquim Serra, poeta do amor e da liberdadeNo âmbito do ciclo “Figuras da Nossa Terra”, a Câmara Municipal do Montijo tem patente até ao final do ano, no Museu Municipal, a exposição “Joaquim Serra, o poeta do amor e da liberdade”.

Continuando a dar desta-que a figuras do Montijo, a exposição tem como obje-tivo dar a conhecer a obra e a vida do poeta montijense Joaquim Serra.

Joaquim Serra (1907-1933) distinguiu-se no meio literário como poeta, jornalista, ensa-ísta e livre pensador. Aos 15 anos, era uma figura da políti-ca local lutando contra a tirania e defenden-do o amor à liberdade e o anticlericalismo, princípios da República que estiveram pre-sentes na vida de Joaquim Serra.

O seu primeiro livro de poesia intitula-se “Musas da Minha Terra”. Deixou-nos, ainda “Flores e Beijos” e “Marias de Portugal”. Em prosa, escreveu as “Ruínas” e iniciou uma monografia sobre o Montijo, a “Aldegalega do

Ribatejo”. Como escritor teatral, Joaquim Serra deixou-nos a revista “Coisas da Nossa Terra”, representada no Teatro do Montijo, em 1927, e uma nova versão, acrescentada e alterada,

em 1928, denominada “Coisas e Loisas da Nossa Terra” e que foi um enorme sucesso.

As suas tendências para o jornalismo revelaram-se bem cedo: aos 12 anos, iniciou a es-crita do jornal “A Mocidade”. Em 20 de dezembro de 1931 con-cretizou uma das suas aspira-ções ao fundar e dirigir o jornal montijense “A Ideia”.

Em 1968, em reconhecimen-to da sua obra, a Câmara do Montijo atribuiu o seu nome a uma rua e praceta da cidade. O seu nome foi, igualmente, dado à Escola Secundária, situada na Freguesia do Afonso-eiro.

Visite esta exposição, de segunda a sex-ta-feira das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, e aproveite para conhecer melhor esta figura incontornável da cultura montijense.

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No dia 10 de novembro, a Associação para a Formação Profissional e Desenvol-vimento de Montijo inaugurou uma nova valência do Conservatório de Artes no jar-dim Casa Mora do Museu Municipal.

A nova valência abriu ao público com a exposição de pintura e escultura “A Arte não existe. A Arte somos nós”, de António Colaço. O artista que comemora 40 anos dedicados à arte utiliza as mais diferentes técnicas para dar vida a pequenos peda-ços de natureza morta e transforma-os em obras de arte quer sejam sapatos sem so-las, um pedaço de madeira de um velho barco ou um pé de laranjeira que assim sobrevive, em tela, para contar a sua his-tória.

A cerimónia foi animada pelas atuações dos alunos de música e dança do Con-servatório de Artes do Montijo. A iniciati-va, inserida nas comemorações do dia de S. Martinho, contou com um Magusto com as tradicionais castanhas assadas e água-pé.

João Martins, diretor da Associação para a Formação Profissional e Desen-volvimento do Montijo, agradeceu à au-tarquia a cedência do espaço e à Junta de Freguesia o apoio prestado, afirmando que o espaço inaugurado “não tem a pre-tensão de ser uma escola de música mas um atelier aberto a toda a população. O conservatório já tem música, dança e era altura de arrancar com as artes”.

A presidente da Câmara Municipal do Montijo, Maria Amélia Antunes, confes-sou-se “honrada em acolher num espaço público uma manifestação de arte, cívica, de cidadania, de afeto e de amor pelas pessoas”.

Para a autarca, “num tempo em que as dificuldades são de uma agressividade muito grande haver mulheres e homens, que pensam em afetos e solidariedade, de uma outra forma, tem uma diferença extraordinária para o nosso ânimo, para a nossa auto estima e para acreditarmos que é possível, com vontade, interação e solidariedade ultrapassarmos as dificulda-des”.

António Colaço afirmou acreditar que “há um bocado de artista em cada um de nós”, sublinhando que o espaço inaugu-rado “não será mais uma galeria, preten-demos interagir com a comunidade. A arte não se esgota nas galerias”.

Francisco Santos, presidente da Junta de Freguesia de Montijo, não perdeu a oportunidade para congratular o CRAM e a Escola Profissional. “Acredito que este é um projeto com ‘pernas para andar’, por-que acredito nas pessoas por detrás do

Inauguração do CRAM

projeto” sublinhando que a junta “será um parceiro ativo”.

O novo atelier está aberto a todos os que queiram adquirir saberes ligados às artes, como a pintura, a escultura, a foto-grafia ou o vídeo.

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No dia 26 de outubro, na Galeria Muni-cipal, teve lugar o lançamento do livro “Património Artístico – Cultural do Monti-jo Vol.II”, uma obra com a edição da Co-libri, promovida pela Câmara Municipal do Montijo. A obra é a décima segunda da Coleção Estudos Locais.

Na cerimónia estiveram presentes Ma-ria Amélia Antunes, presidente da Câma-ra Municipal do Montijo, Fernando Mão de Ferro, da editora Colibri, e os auto-res Catarina Oliveira, Paulo Fernandes e João Simões.

A edil agradeceu o patrocínio da Stec/ Raporal, da Caixa de Crédito Agrícola e do Forum Montijo. “Este volume tem o apoio de três entidades prestigiadas e que desenvolvem a sua atividade no concelho. Sem o seu apoio não era pos-sível, nestas circunstâncias, dar visibi-lidade ao trabalho de investigação dos nossos autores”.

Fernando Mão de Ferro da editora Co-libri e os autores elogiaram o município do Montijo pelo esforço na preservação da memória do património concelhio.

“Não existem muitos sítios com um trabalho tão exaustivo e de colaboração de tantos historiadores, investigadores e cientistas das mais diversas áreas a colaborar com a câmara, no sentido de conhecer melhor o concelho em que se vive” referiu Fernando Mão de Ferro.

Para dar a conhecer a história e, princi-palmente, o património artístico-cultural do Montijo os seus autores percorreram sete das oito freguesias do concelho (Atalaia, Afonsoeiro, Alto-Estanqueiro Jardia, Sarilhos Grandes, Santo Isidro de Pegões, Pegões e Canha), uma vez que a freguesia de Montijo foi objeto de

intervenção no primeiro livro (editado em 2009). Este segundo volume constitui o culminar dessa investigação.

As investigações, nomeadamente o estudo do património edificado e móvel (religioso e civil), resultaram do protoco-lo entre a Câmara Municipal do Montijo e o Instituto de História da Arte, da Fa-culdade Letras da Universidade Clássica de Lisboa.

A obra descreve não só os edifícios, a talha, a pintura, a azulejaria e a escultura, mas menciona, também, a mentalidade, os gostos e os motivos predominantes a partir da época da sua produção, des-vendando o contexto social e político que se foi revelando no território conce-lhio.

Património Artístico–Cultural

do Montijo Vol.II

Recorde-se, que a Coleção Estudos Locais conta já com diversas obras publicadas como: “Quinta do Pátio d’Água”; “Tomás Luís e o Retábulo da Igreja da Misericórdia”; “Carta Arqueoló-gica do Concelho do Montijo: Do Paleo-lítico ao Romano”; “Paleontologia e Ar-queologia do Estuário do Tejo”; “Moinho de Maré do Cais das Faluas”; “Montijo, um património a preservar”; “O Patrimó-nio Azulejar do Concelho de Montijo”; o “Património Industrial e Pré-Industrial de Montijo”; “Património Artístico – Cul-tural do Montijo Vol.I”, “Santo Isidro de Pegões. Contrastes de um Património a Preservar” e “Património Náutico-Pisca-tório de Montijo: História e Oralidade”.

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A unidade técnica para a Reorganização Administrativa do Território apresentou o novo mapa de freguesias do Distrito de Setúbal. Nesse mapa, Montijo, aparece com cinco freguesias ao invés das oito existentes. Em questão está a fusão das fregue-sias da Atalaia e Alto Estanqueiro Jardia, das freguesias do Afonsoeiro e Montijo e as freguesias de Pegões e Santo Isidro. O projeto de reorganizar o mapa das fregue-sias em Portugal será levado, em janeiro, à Assembleia da República para votação. A Revista Montijo quis saber as opiniões dos presidentes de Junta das, ainda, oito freguesias que compõe mo Concelho do Montijo.

Agregação/extinção de freguesias

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Presidente da Junta de Freguesia da Atalaia - Luís Morais Sou contra. Completamente contra. Penso que nem as populações nem o Governo vão sair a ganhar com estas mexi-das. Muito pelo contrário. A acon-tecer, há tradições, culturas, vivên-cias e serviços que têm tendência a desaparecer. Esta mexida não irá beneficiar em nada o Governo ou o País. As 4259 freguesias têm um peso inferior a um por cento no Orçamento Geral do Estado, qualquer alteração que possa surgir na reorganização das freguesias é no mínimo insignificante. Trata-se duma

Presidente da Junta de Freguesia de Pegões - António MiguénsSempre defendi uma reorganização terri-torial autárquica, não a régua e esquadro como esta Lei impõe.

Com a aplicação desta Lei, o Município do Montijo vê reduzir o seu número de freguesias para cinco. O Distrito de Setúbal (o terceiro em número de habitantes ) reduz para cerca de 50 freguesias, continuando a existir concelhos a norte do país com tantas ou mais freguesias que o Distrito de Setúbal. Não se deve tratar por igual o que é diferente.

Defendo uma reforma que pas-se pela extinção das freguesias sede de município e a sua agregação nos concelhos onde existe efetivamente uma grande concentração de freguesias.

As reformas estruturais como esta e outras necessárias ao desenvolvimen-to do país e do bem estar das popula-ções, deveriam ser aprovadas na A. R.

por maioria qualificada 2/3 de deputados, assim obrigaria a consensos partidários alarga-dos, reformas equilibradas e evitar-se-iam conflitos institu-cionais e sociais.

Houvesse audácia política quer dos partidos com assen-to na A. R. quer da Associação Nacional de Freguesias ( Ana-fre) como mediadora, e tería-

mos a reforma administrativa territorial autárquica que o país precisa e as po-pulações anseiam.

Presidente da Junta de Freguesia do Alto Estanqueiro Jardia - Tolentino Gomes Aprovada a Lei n.º 22/2012 da Reforma da Reorganização Administrativa Territo-rial Autárquica, no meu entender e como vai ser aplicada, deveria chamar-se Re-forma da Desorganização Administrativa Territorial Autárquica, penso que este títu-lo assenta melhor.

A Lei obriga a agregação ou extinção de freguesias, depois de aplicada repre-senta um grave atentado contra o poder

democrático, mas os responsáveis autores políticos do Governo, não tiveram em conta fazer um estudo aprofundado dis-trito a distrito ou mesmo concelho a concelho.

Sendo aplicada num geral, no meu entender, empobrece a democracia retirando o debate político e perde-se o alertar de situações de inte-resse para as populações.

Dentro do Concelho do Montijo, des-de a primeira hora, que sou a favor da manutenção das oito freguesias, devido ao número de residentes que cada uma possui, razões históricas, dimensões apropriadas e pelos serviços públicos que cada uma desempenha, caracte-rísticas representativas dos interesses e aspirações das populações e à sua pro-ximidade. Sendo alterado este quadro, a população sairá a perder.

Em referência à Freguesia do Alto Es-tanqueiro/Jardia, sendo uma com um número de população idosa muito sig-nificativo e com a falta de transportes públicos alternativos, tememos a perda de serviços que a população, comércio e indústria estão a usufruir.

questão mediática, nada mais. Fica bem perante os senhores da Troika.

O Concelho do Montijo tem es-trutura política e financeira para continuar com as oito juntas de fre-guesia, como se pode ver nos Pro-tocolos de Delegação de Compe-tências Municipais nas Juntas, no equilíbrio das contas municipais e nos resultados eleitorais. No caso concreto da Junta de Freguesia da Atalaia, aqui não irão reduzir gran-

de coisa e poupar coisa nenhuma.Extinção de Juntas? Não, obrigado.

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{d e s t a q u e }Presidente da Junta de Freguesia de Canha - António Saltão A Freguesia de Canha, que tem título de Vila, integra a zona leste do Concelho do Montijo juntamente com com as Freguesias de Sto. Isidro de Pegões e Pegões, formando assim um território descontinuado da sede do con-celho e das respectivas cinco freguesias de cariz urbano. As duas freguesias acima refe-renciadas foram respectivamente formadas em 1957 (Sto. Isidro de Pegões) e 1985 (Pegões) em terri-tórios da Freguesia de Canha.

Não obstante essas sucessivas amputações, a Freguesia de Ca-nha, com uma área de 207,7 Km2 continua ainda hoje a representar mais de metade da área total do Município do Montijo (348,6 Km2) e é, por sí só, maior que grande parte dos municípios portugueses, no que a área geográfica diz respeito.

O termo Vila de Canha referido em ante-rior parágrafo não é usurpado e encontra-se plenamente justificado pela simples razão de que Canha, até à sua definitiva integra-ção no Concelho do Montijo em 1838, ter

sido sede de concelho desde os primórdios da nacionalidade.

Assim, por via de coerência, não se viria a perceber uma eventual extinção/agregação da Freguesia / Vila de Canha em favor de qualquer outra freguesia que dela nasceu.

Presentemente Canha tem equipamen-tos públicos, alguns únicos nesta zona leste do concelho, dignos de uma freguesia de pleno direito, a saber: Escola do Ensino Básico e Jardim de Infância frequentada por cerca de 80 alunos; Centro de Saúde moderno e funcional; Casa do Povo (fundada em 1944) e Centro de Dia; Santa Casa da Mi-sericórdia (fundada no Século XVI e única no conjunto das três fre-guesias) com Lar e Centro de Dia;

Quartel da Guarda Nacional Republicana (nos antigos Paços do Concelho de Canha e único no conjunto das três freguesias); Quartel de Bombeiros da Ass. Hum. Bom-beiros Voluntários de Canha, recente e bas-tante funcional e único no conjunto das três

Com a publicação e entrada em vigor da Lei 22/2012 de 30 de Maio ficaram defini-dos os critérios pelos quais se extinguirão mais de um milhar de freguesias. Aqui reside a mais profunda discordância da medida.

Pela sua complexidade, a reforma não poderia ser fundamentada com base em expressões matemáticas, que apenas confirmam a dureza dos números, não exprimem qualquer tipo de sensibilidade, geradora de conflitos e incompreensões.

A apreciação das freguesias de cada concelho deveria ter em conta a sua re-alidade única, verificada no terreno, em contato com as populações, para deci-são final assertiva e mais consensual.

Num breve exercício de analogia, consideremos os distritos de Braga e Setúbal: iguais em termos de popula-ção - 850000 habitantes; semelhantes no número de concelhos – 13 e 14; tão

diferentes quanto às freguesias – 515 para 82.

Exemplo paradigmático onde, na ori-gem, deveriam ser encontradas soluções para correção das assimetrias existentes no todo nacional, mas que se irão manter, por razões aritméticas, nos ter-mos da atual Lei.

Com a aplicação da reforma, Braga irá ainda assim superar Setúbal (a nível distrital) em mais de duas centenas de freguesias.

Será, pois, pacífico admitir que no quadro da transforma-ção prevista, deveria o distrito de Setúbal conservar as suas 82 freguesias.

A Lei em presença manifes-ta-se tecnicamente imperfeita e politica-mente desastrosa. Porquê insistir na sua aplicação quando se deveria discutir a sua suspensão ou revogação?

Presidente da Junta de Freguesia do Afonsoeiro - Humberto Lopes

freguesias; património histórico mormente patente na Igreja Matriz (Nª Srª da Oliveira) cuja primeira versão datará de 1255 e Ermi-da de S. Sebastião datada do Seculo XVI.

Além destes equipamentos existentes, te-remos também de referir que é no território de Canha que virá a ser construido o Novo Aeroporto de Lisboa. A história da nossa fre-guesia tem, como vímos, cerca de 850 anos referenciados e tem potencial para que pos-samos construir um futuro melhor.

Canha tem, de facto, identidade própria que tem vindo a ser perpetrada ao longo dos sécu-los pelas suas gentes que sempre souberam elevar bem alto o nome da sua Vila de Canha com as suas tradições, usos e costumes, de que são expoente as Festas em honra da sua Padroeira Nª Sraª da Oliveira (orágo da freguesia), porventura as mais importantes e concorridas de toda esta zona leste do Conce-lho do Montijo. Assim, torna-se clara a nossa posição em opôrmo-nos ao enunciado pela Lei 22/2012 quanto a uma eventual extinção da Freguesia de Canha ou sua possível agre-gação a qualquer outra freguesia.

E no Montijo? Será compreensível que partidos políticos defendam por mero seguidismo, porque outras razões não se encontram, a redução das atuais oito para cinco freguesias? Não se reconhe-cerá face ao panorama nacional no que

ao território e população diz respeito que as oito freguesias são número equilibrado para o nosso concelho e se deverão manter?

Com o Afonsoeiro assumi o compromisso de defender com lealdade as funções que me foram confiadas, o que natural-mente exclui contribuir para a sua extinção. Sem dramas ou excesso de paixão antes mo-

vido pela força da razão, honrarei quem me precedeu e não trairei quem em mim confiou. Para memória futura que a histó-ria julgará.

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Presidente da Junta de Freguesia do Montijo - Francisco Santos A história da freguesia do Montijo é como os documentos existentes, secu-lar. Instalada no edifício do Século XVII, na Quinta do Páteo de água, totalmen-te recuperada, foi inaugurada no dia 14/08/2009, o Dia da Cidade. Presente-mente a freguesia detém um excelente parque escolar, do pré-escolar ao 12º ano, vários equipamentos desportivos culturais e sociais de saúde e segurança, espaços verdes e de lazer, boas acessi-bilidades quer territoriais quer via fluvial, através do Cais do Seixalinho, um pa-trimónio público edificado, recuperado, um movimento associativo participativo e solidário tendo como correspondência uma cidade saudável e sustentável.

Com todo este passado e presente e com todo o potencial instalado para construir um futuro melhor para as novas gerações, vem agora a Lei n.º 22/2012 impor a sua agregação/extinção, sem explicar razões, ganhos financeiros e territoriais, eficiência, melhoria da pres-tação do serviço à população, como se tudo se resumisse a uma mera opera-

ção contabilística, desprezando a vontade popular por um lado, e por outro, extinguir/juntar instituições que sempre deram boa conta de si no apoio à população que vive e trabalha no seu território, pon-do em causa o serviço de proxi-midade.

Justificar a agregação/extin-ção da freguesia com o argu-mento de escala/dimensão, é um não argumento que não é nem compreendido nem justifi-cável. Efetivamente, ao contrário demonstrado está, isso sim, que o serviço de proximidade pres-tado por cada freguesia, nada tem a ver com a escala ou com a dimensão. O que ninguém conseguirá demonstrar, a não ser em geral e abstrato, em cenários mais ou menos académicos, fora da realidade e vivências locais, é que juntar a freguesia para atingir escala não é um erro grave.

Uma reforma administrativa não pode ser aplicada de forma cega e burocrática, é uma realidade diversificada e complexa,

porque reformar é ter, essencialmente, em conta cada realidade particular. Ao aplicar a mesma receita a realidades dis-tintas, esta chamada reforma acaba por

maltratar o princípio da equi-dade, tratando de forma igual aquilo que é diferente. Além de violar os princípios éticos da imparcialidade, da integridade, da equidade e da isenção, que deve guiar as ações da admi-nistração. Assim, na ausência de argumentos sólidos e fun-damentados que demonstrem os ganhos para a freguesia do Montijo, consideramos que manter estas instituições de-

mocráticas para cumprir a sua missão de autarquias de proximidade, no atual contexto económico, social e político é um ato de coragem, defendendo institui-ções seculares, pelas razões históricas, culturais, económicas e de identidade sociais e patrimoniais, pelas ações que realizam, pelo bem-estar, pelo progresso e pelo futuro.

Presidente da Junta de Freguesia de Santo Isidro - Florêncio Manuel Pinto A aprovação da Lei 22/2012 (reorganização administrativa territorial autárquica) que foi feita a régua e esquadro sem critérios, pretende única e sim-plesmente fazer desaparecer mais de 1000 freguesias, não tendo em conta a realidade das mesmas o serviço de pro-ximidade que hoje mais do que nunca devido à crise económica e social é fundamental para as populações.

É um erro que vai ficar na história,

onde o Governo não mostra a mínima sensibilidade autárqui-ca e social.

Não vejo como será pos-sível agregar a Freguesia de Santo Isidro a qualquer ou-tra.

É uma freguesia rural, das únicas a nível nacional que tem ordenamento agríco-

la, pois aquando da sua criação em 14/10/1957, o território que a formou já estava ordenado, tem potenciais

agrícolas, pecuárias, florestais e florí-colas de grande valor, com técnicas avançadas, servida por bons acessos rodoviários que dão fácil acesso à Eu-ropa. Uma freguesia à qual foi doado um património valioso para serviço dos seus habitantes. Não faz sentido qualquer agregação.

Como esta existem mais que o Go-verno desconhece. Não foram as fre-guesias que criaram o problema eco-nómico que o país tem. Não à extinção de freguesias.

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A opinião da Presidente da Câmara

Presidente da Junta de Freguesia de Sarilhos Grandes - Carla Braziel* A Assembleia da República, apenas com os votos favoráveis dos Grupos Parlamentares do PSD e CDS, aprovou a proposta gover-namental que prevê a extinção de centenas de freguesias. A Lei aprovada (nº.22/2012), caso fosse aplicada, representaria um grave atentado contra o poder local democrático, os interesses das populações e o desenvol-vimento local.

Considerando que o poder local, expres-são e conquista de Abril, é parte integrante do regime democrático, que viu consagra-do na Constituição da República os seus princípios essenciais, quer quanto à sua relação com o poder central – descentrali-zação administrativa, autonomia financeira e de gestão, reconhecimento de património e finanças próprias, poder regulamentar – quer quanto à sua dimensão democrática – plural e colegial, com uma larga participa-ção popular, representativa dos interesses e aspirações das populações, sendo a sua proximidade com as populações uma das suas características determinantes;

Considerando que a afirmação do poder local e as profundas transformações sociais operadas através da sua intervenção na me-

lhoria das condições de vida da população e na superação de enormes carências, são in-separáveis das características profundamen-te democráticas da sua dinâmica popular;

Considerando que as freguesias não ten-do, como aliás é unanimemente reconhe-cido, um peso financeiro com significado, representando apenas um por cento do total do Orçamento de Estado, e em nada contribuindo quer para a despesa pública, quer para a dívida nacional, devem ser, tal como os municípios, entidades a preservar;

(...) Considerando que uma reor-ganização administrativa tal como está prevista na Lei nº.22/2012 vem pôr em causa os direitos e in-teresse das populações e o poder local democrático alcançado com o 25 de Abril;

Considerando que a Freguesia de Sarilhos Grandes, de grandes tradições democráti-cas, é um bastão da luta anti-fascista como é bem demonstrativo na vitória eleitoral, em Sarilhos Grandes, do General Humberto Delgado, apesar das dificuldades e falcatru-

as que o regime fascista exerceu sobre o ato eleitoral;

Considerando que por todas estas razões, e muitas mais que se poderiam enumerar, a realidade com que somos confrontados leva a que não nos possamos calar face à deno-minada Reorganização Administrativa Terri-torial Autárquica, porque esta é baseada em

critérios artificialmente criados, em interesses meramente economicis-tas, e ignora a história, a vivência, a realidade e a dinâmica de cada freguesia, negando às populações séculos de história da sua existên-cia e contrariando todo o seu per-curso de desenvolvimento.

Por tudo o que foi exposto, o executivo da Junta de Freguesia de Sarilhos Grandes manifesta a sua oposição à liquidação, fu-

são ou agregação da Freguesia de Sarilhos Grandes e demais freguesias do país, por aquilo que representam e pela sua importân-cia para a população.

*Este texto é parte integrante da moção apre-sentada na Assembleia de Freguesia de 10 de dezembro de 2012.

Na reunião de câmara de 5 de agosto, o executivo pronunciou-se sobre o novo re-gime jurídico de Reorganização Adminis-trativa Territorial Autárquica. A proposta do executivo foi no sentido da ma-nutenção das oito freguesias, posicionando-se, assim, contra a agregação/extinção de fregue-sias, proposta pelo Governo, com o argumento de escala/di-mensão. A proposta da câmara municipal foi aprovada com os votos do PS e CDU. O PSD votou contra a proposta de manuten-ção das atuais freguesias.

Para a presidente da Câmara Municipal do Montijo, Maria Amé-lia Antunes, a Lei n.º 22/2012 de 30 de maio “não entende o verdadeiro significado de proximidade e esquece as razões históricas, o património material e imaterial, bem como,

a identidade das freguesias. Não tem em consideração o crescimento, o papel social das freguesias e esquece, acima de tudo, que o objetivo principal de uma reforma são

as pessoas”. O executivo lamenta, ainda,

que esta lei venha impor a agre-gação de freguesias “sem expli-car razões, ganhos financeiros e territoriais, eficiência, melhoria da prestação de serviço às po-pulações”. No seu entender, “a proposta do governo despreza a vontade popular ao impor a extinção ou agrupamento de instituições que sempre apoia-ram as populações e foram par-

ceiras no seu desenvolvimento”.Para Maria Amélia Antunes, “extinguir fre-

guesias não pode ser equivalente a fechar uma unidade de produção, uma empresa, o

que infelizmente está a acontecer nos nossos dias a cada momento”. A autarca defende ainda uma “verdadeira reforma administrativa do território, que, com a participação das po-pulações locais, dos cidadãos em geral, da comunidade académica e científica, venha a corresponder às realidades e necessidades sentidas pelas pessoas, nos seus territórios no presente, com uma visão de futuro”.

Uma reforma administrativa não pode, na perspetiva da edil do Montijo, “ser aplicada de forma cega e burocrática a uma realidade diversificada e complexa, porque reformar é ter, essencialmente, em conta cada realidade particular. Ao aplicar a mesma receita a reali-dades distintas, esta chamada reforma acaba por maltratar o princípio da equidade, tratando de forma igual aquilo que é diferente. Além de violar os princípios éticos da imparcialidade, da integridade, da equidade e da isenção, que deve guiar as ações da administração.”

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O Curso de Iniciação à Prova de Vinhos (nível I) foi o grande destaque das come-morações do Dia Mundial do Turismo em Montijo. No dia 30 de setembro, o Museu Agrícola da Atalaia recebeu entendidos e principiantes para, todos juntos, aprecia-rem os melhores néctares da Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, uti-lizando os sentidos da visão, do olfato e gustativo.

A iniciativa contou com a participação de 23 pessoas, que, assim, iniciaram-se no fascinante mundo dos vinhos e aperfeiço-aram conhecimentos.

No final, os participantes mostraram-se bastante satisfeitos com a qualidade do curso, com o nível de aprendizagem e, também, com a degustação de produtos confecionados pelo restaurante “O Ninho” em complementaridade dos vinhos prova-dos.

Com este evento, a Câmara Municipal do Montijo em parceria com a Coopera-tiva Agrícola de Santo Isidro de Pegões, a empresa “Copo de Três, Consultoria em Vinhos” e o restaurante “O Ninho” preten-deram promover as potencialidades do enoturismo para o concelho do Montijo.

Após o Curso de Iniciação à Prova de Vinhos, o Museu Agrícola recebeu uma mostra de artesanato, degustação de pro-dutos locais e mais uma observação as-tronómica.

A mostra de artesanato contou com a presença da Associação Montenenúfar e dos artesãos Lucinda Pereira, Viriato Mer-cês, Rita Beato, Filomena Ferro e Verónica Oliveira. Os visitantes puderam conhecer e adquirir peças de artesanato em mate-riais tão diversos como a cortiça, os ovos de avestruz, a cerâmica e o vidro.

Ao artesanato juntou-se a degustação de produtos locais. As compotas e chut-neys de diversos legumes e frutos foram trazidos pela Quinta Bambu e pelos Sa-bores da Quinta, os produtos de carne de

porco pela STEC, os vinhos pela Coope-rativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões e o mel pelos produtores António Duarte e Sérgio Gouveia.

As comemorações do Dia Mundial do Turismo, no Museu Agrícola da Atalaia, terminaram com mais uma observação astronómica promovida pela Câmara e pela VIASTRO – Associação de Astróno-mos Amadores do Montijo.

Recordamos que, em 1979, a Organiza-ção Mundial do Turismo, organismo per-tencente à ONU, estabeleceu o dia 27 de setembro como o Dia Mundial do Turismo com o objetivo de sensibilizar a comuni-dade internacional para a importância do turismo e do seu valor social, cultural, polí-tico e económico.

Comemorações do Dia Mundial do Turismo

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Para alguns, o Universo é um mistério. Para outros, os mais conhecedores, é um fascínio. Quando uns e outros se juntam, o resultado é uma simbiose de descoberta e conhecimen-to, de perguntas e respostas, de observação e constatação.

A Lua, Saturno, Marte, a Via Láctea, enxa-mes de constelações, tudo isto e muito mais fascinou os participantes das oito observa-ções astronómicas promovidas pela VIAS-TRO – Associação de Astrónomos Amadores do Montijo e pela Câmara Municipal do Mon-tijo, nas diversas freguesias do concelho.

No total, mais de 250 pessoas, oriundas do Montijo, mas também de concelhos vizinhos como Moita, Setúbal e Lisboa, transformaram as observações astronómicas num sucesso.

Curiosos ou conhecedores, mais ou me-

nos entendidos, todos sem exceção foram bem vindos às observações que procuraram informar, explicar, desmistificar e trocar co-nhecimentos sobre astronomia.

Em cada sessão, durante mais de duas horas, os participantes foram “alunos” de uma aula prática informal sobre o Universo e tudo o que nos rodeia e que, para a maioria de nós, continua a ser um mistério.

Os astrónomos amadores da VIASTRO explicaram, a miúdos e graúdos, de forma acessível, esclarecendo todas as dúvidas, o que era visível através dos diversos instru-mentos de observação disponibilizados pela organização a todos os participantes.

Alexandre Loureiro, vice-presidente da VIASTRO, considera que adesão do público à iniciativa foi “muito positiva. Nas observa-

Observações astronómicas

À descoberta do Universo

ções que não foram prejudicadas por as-petos meteorológicos ou logísticos ficou-se com a sensação de casa cheia. Esperáva-mos por esta adesão, pois o interesse pela astronomia é vasto. As pessoas sentem que é importante saberem mais sobre o Univer-so e, à mínima oportunidade para o fazerem, não hesitam”.

Este astrónomo amador destaca a primei-ra observação, no Museu Agrícola da Atalaia, como o momento mais especial. Para além da divulgação realizada pela Câmara, Ale-xandre fez questão de “divulgar junto de ami-gos e familiares, porque era a primeira vez que algo do género iria ser feito no Montijo. O resultado final foi excelente porque a adesão revelou-se magnífica, apareceu uma grande quantidade de pessoas (N.R. 80 pessoas)”.

Na sua opinião, estas observações servi-ram também para “várias pessoas, por mo-mentos e talvez para sempre, voltarem a ser exploradores. Por breves instantes viram o que está para lá do planeta Terra. A palavra certa é viram, porque quase todos já tinham olhado para a Lua, estrelas ou Via Láctea. Porém agora é diferente. Agora ‘olham com olhos de ver’. Ter a oportunidade de dar, a muitas pessoas, uma perspetiva diferente da vida é algo único”

Para o responsável pela VIASTRO, as ob-servações astronómicas são o resultado dos “esforços efetuados pela Câmara e pela nossa associação. É um produto que não se fragmenta e é só ‘comercializado’ dessa forma. O Montijo pode ficar conhecido como o Portal para a Astronomia Amadora. Tem potencial para isso dado que está inserido numa região de astronomia amadora muito relevante em termos nacionais.”

“Neste momento estamos a planear o futu-ro e a decidir o que vamos construir em cima da estrutura que criámos em total parceria com a Câmara. A única coisa que sabemos é que é sólida e que permite muita expansão”, conclui.

Estas iniciativas dedicadas à astronomia surgem no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico do Concelho do Montijo (PEDTM), elaborado pela Câmara do Montijo e pelo Centro de Investigação em Ciências Empresariais da Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal, que definiu prioridades e orien-tações estratégicas no âmbito da atividade turística do concelho.

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Inovação e criatividade

em “cafés com debate”

No atual contexto de crise nacional e internacional, numa altura em que o de-semprego juvenil, em Portugal, se apro-xima da taxa dos 40 por cento, a criati-vidade, a inovação e o empreendorismo podem ser a chave para a criação de emprego e de crescimento económico. Consciente desta realidade, o Clube Au-tárquico, realizou mais uma sessão de “Cafés com Debate”, no dia 31 de Ou-tubro, na Escola Profissional do Montijo, sob o lema: “Inovação, Criatividade e Empreendedorismo nas Organizações”, que contou com a presença de Carlos Lajas da Agência de Inovação (ADI).

A Agência de Inovação, SA foi criada em 1993, pelos Ministérios da Indústria e Energia e do Planeamento e da Admi-nistração do Território, com o objetivo de promover a inovação e o desenvol-vimento tecnológico facilitando o apro-

fundamento das relações entre o mundo da investigação e o tecido empresarial português. Carlos Lajas, licenciado em Engenharia Química está na Agência de Inovação, SA desde 1993, e ocupa, atualmente, o cargo de Diretor do De-partamento de Redes Internacionais da Agência de Inovação.

“Neste momento temos que agarrar to-das as ideias que nos vão surgindo no sentido de podermos, de algum modo, retirar as que são possíveis das que não são possíveis para chegarmos à cria-ção”, referiu Carlos Lajas para quem a “criatividade não é uma qualidade inata de apenas algumas pessoas. Criativida-de está presente em todos”.

Incentivando os jovens presentes, o di-retor da ADI referiu casos de sucesso em Portugal de empresas que nasceram de uma ideia original em que a ADI serviu

{e v e n t o s }de “mediadora entre institutos, univer-sidades e laboratórios, os criadores de conhecimento e o mundo empresarial”.

Carlos Lajas alertou os presentes para as hipóteses dirigidas a jovens licen-ciados ou a terminarem o curso como a iniciativa “Passaporte para o empre-endorismo” para jovens com ideias de negócio. Ideias que não precisam ser complicadas mas originais como de-monstrou ao falar da origem das batatas Pringles, da sopa enlatada Campbell ou de algo tão comum como o velcro.

Outro dos temas sublinhados foi a im-portância dos empreendedores no de-senvolvimento económico. “Se houver apoios e incentivos podemos fazer me-lhor. Os incentivos dos quadros comuni-tários anteriores permitiram a uma série de empresas de base tecnológica terem bastante sucesso no exterior”, afirmou o orador.

Recordamos, que o Clube Autárquico do Montijo nasceu da celebração de um protocolo entre a Câmara Municipal do Montijo e a Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Mon-tijo, em julho de 2011.

O Clube tem como público-alvo a co-munidade educativa do concelho e trabalhadores em funções públicas e pretende consciencializar a população escolar para a importância das autar-quias locais; organizar seminários, con-ferências, atividades lúdicas e cursos de formação na área da Gestão Pública.

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{c o m é r c i o l o c a l }

O cenário e o nome transportam-nos para o passado. Um passado de índios e cowboys, para a épo-ca do velho oeste americano. E não, não estamos no século XIX na expansão da fronteira dos Es-tados Unidos da América para a costa oeste, mas sim no mais re-cente espaço noturno da Frente Ribeirinha do Montijo: o Saloon.

Saloon – o velho oeste na Frente

RibeirinhaRicardo Silva e Vítor Santos, montijenses, são os proprietários deste novo bar, lo-calizado no Cais das Faluas, n.º 28, que aposta na temática do velho oeste ame-ricano aliado a um conceito inesperado: wine-bar.

“Decidimos apostar num espaço di-ferente que se traduz no conceito de wi-ne-bar. Estamos a trabalhar com vinhos regionais, nomeadamente da Coopera-tiva Agrícola de Santo Isidro de Pegões, contribuindo assim para a promoção da região. A próxima fase será conseguir estabelecer parcerias que sejam poten-

ciadoras deste trabalho e benéficas para ambas as partes”, afirma Ricardo.

“Queremos também que este seja um espaço multiusos, com vários espetácu-los de música ao vivo, karaoke e outros eventos como exposições”, acrescenta Vítor.

O espaço está aberto desde agosto, de segunda-feira a sábado entre as 13h00 e as 02h00, e tem recebido opiniões positi-vas dos clientes. “A recetividade tem sido ótima. Os clientes também dão suges-tões para melhorar alguns pormenores. Tentámos criar um espaço que agrade a todos, mas sabemos que isso é impos-sível”.

A localização foi um dos fatores pre-ponderantes para a aposta neste novo projeto. “O senhorio do espaço fez-nos uma proposta e decidimos arriscar, pois o espaço fica na Frente Ribeirinha e, ao mesmo tempo, perto do centro histórico, tendo por isso grande visibilidade”, expli-cam.

Antigamente, o local era ocupado por outro bar e, por isso, Ricardo e Vítor re-

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alizaram um investimento significativo em obras de remodelação que serviram, também, para adequar a decoração ao nome da casa. “Como gostamos muito da época do old ou wild west americano, decidimos com o nome Saloon e com a decoração tentar recriar esse ambiente, até porque não há no Montijo nenhum bar com esta temática”.

“Quisemos criar um espaço acolhedor, familiar. Queremos que os clientes se sintam em casa, num local onde podem estar com os amigos, conversar, em que se sintam bem porque é, por isso, que as pessoas regressam ao bar”, acrescen-tam.

Apenas com três meses de funciona-mento e num ano de elevadas dificulda-des económicas, os dois empresários estão esperançosos quanto ao futuro. “Pensámos algumas vezes antes de dizer ‘Sim’, mas arriscámos. Por vezes é nos

momentos de crise que se fazem bons negócios. Tendo em conta o investimento realizado, ainda não temos lucros, mas isso era impossível em três meses. Mone-tariamente, não está ainda a compensar, mas leva caminho nesse sentido”.

E de que maneira a crise afeta este tipo de negócios? “Não se nota uma quebra no número de clientes. Temos uma média superior a 200 pessoas ao fim de semana, o que é bom para um espaço tão recen-te. Notamos é uma quebra no consumo. Com todas estas medidas governamen-tais, cada vez há menos consumo, as pessoas retraem-se mais. Era bom que o IVA efetivamente baixasse, novamente, para os 13 por cento. Era um incentivo ao consumo, porque senão muitos espaços noturnos vão encerrar. Os empresários não aguentam esta quebra no consumo aliada a uma carga fiscal elevada”, admi-tem.

Ricardo, 31 anos, sempre esteve ligado à área da hotelaria. Já teve outros espa-ços noturnos semelhantes, mas confes-sa que “é sempre uma novidade”. Para Vítor, 39 anos, o Saloon foi um regresso ao passado. “Tive um bar há 18 anos, já me tinha esquecido. O Ricardo convidou-me para este projeto e aceitei sem medos (risos)”.

“Gostávamos de trabalhar este con-ceito do Saloon pelo menos durante dez anos, porque depois também, por nós e pelos clientes, é bom mudar”. No final desta entrevista, os proprietários deixam-lhe um convite: “venha conhecer o Salo-on!”.

Ao longo dos anos, o Montijo foi ganhando estatuto na região como um local de diver-são noturna. Ricardo e Vítor consideram que a “noite” no Montijo pode funcionar como um produto turístico. “Apesar de já ter tido mais procura, muitas pessoas continuam a vir ao Montijo por causa da sua oferta de espaços noturnos. Continua a ser um bom produto que dá mais vida ao Montijo”.

Relativamente aos espaços noturnos, consideram que seria benéfico estarem “concentrados numa única zona, por exem-plo aqui na Frente Ribeirinha. A concorrên-

“Quisemos criar um espaço acolhedor, familiar. Queremos que os clientes se sintam em casa, num

local onde podem estar com os amigos, conversar, em que se sintam bem porque é, por isso, que as pessoas

regressam ao bar”

cia é sempre positiva. Quanto mais espaços houver nesta zona, mais clientes haverá e mais opções de escolha as pessoas terão e caberá, a cada um, escolher o espaço que mais lhe agradar”.

Os dois empresários consideram que a Câmara podia melhorar alguns aspetos para potenciar os negócios relacionados com esta área. “A zona ribeirinha podia ser mais atrativa. Há alguma falta de limpeza. Quando a maré está cheia, o rio nesta zona do Cais das Faluas tem muito lixo e isso não dá uma boa imagem. O Montijo precisava

também de mais animação ao fim de sema-na. Por exemplo, espetáculos de rua para atrair visitantes”.

“As pessoas foram-se afastando do centro da cidade. A nível da construção imobiliária teria sido importante começar-se primeiro pela reabilitação do centro histórico e só de-pois avançar para a construção fora da ci-dade. O centro do Montijo foi morrendo aos poucos, a Praça da República perdeu vida. Sempre vivemos no Montijo e, infelizmente, hoje vemos o Montijo como uma cidade dormitório”, afirmam.

Montijo e a “Noite”

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A Feira do Porco regressou em grande! Após dois anos de interregno, a ALIS – Associa-ção Livre de Suinicultores trouxe de volta, ao Parque de Exposições do Montijo, entre os dias 21 e 23 de setembro, o único certame nacional dedicado ao setor suinícola.

Esta foi a XXI Feira Nacional do Porco, XIX Feira da Salsicharia e I Feira das Atividades Agrícolas, aliando assim pela primeira vez outras atividades, como a agricultura e a flo-ricultura à fileira do porco.

A inauguração, no dia 21 de setembro, con-tou com a presença do secretário de Estado

das Florestas e Desenvolvimento Rural, Da-niel Campelo, e foi marcada pela assinatura de um memorando de entendimento entre a Federação Portuguesa das Associações de Suinicultores, a Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos e a Associação Portuguesa dos Industriais de Carne, para a criação, até final de 2012, de uma entidade de profissionalização interpro-fissional da fileira da carne de porco.

Na ocasião, Vítor Menino, presidente da ALIS e da Comissão Organizadora, conside-rou que a Feira provou que “o setor primário tem dinamismo, está vivo e é capaz”, lem-brando que o certame continua empenhado em “estimular a produção agropecuária e agrícola, contribuindo para a sustentabilida-de do setor”.

Por sua vez, o secretário de Estado das Flo-resta e Desenvolvimento Rural focou a sua intervenção na assinatura do memorando, classificando-o como “uma página importan-te para fileira do porco e um exemplo do que temos de fazer em outros setores. O Governo tem de cumprir o seu papel legislador, mas cabe aos mais interessados dar um passo à frente para potenciar o seu produto”.

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Maria Amélia Antunes, presidente da Câ-mara do Montijo, também esteve presente na inauguração e afirmou competir “ao Go-verno, aos empresários e aos municípios concentrarem estratégias inteligentes e ino-vadoras para o desenvolvimento integrado e sustentado do setor suinícola”.

Feira do Porco assinala êxito

Durante os dias 21 e 23 de setembro, a Feira Nacional do Porco recebeu cerca de 12 000 pessoas e contou com mais de 85 expositores ligados à suinicultura, agricultura, floricultura, indústria de car-nes, entre outras atividades.

A organização considerou a Feira “um êxito. Superou as nossas expectativas, quer no número de expositores, quer em público presente”, afirmou Vítor Menino, presidente da Comissão Organizadora, em texto enviado à Revista Montijo.

A Comissão Organizadora realizou um pequeno inquérito de opinião aos expo-sitores presentes, tendo apurado um ní-vel geral de satisfação de Bom na ordem dos 46,7 por cento e de Muito Bom (25, 4 por cento).

Como aspetos a melhorar, alguns expositores apontaram a necessidade de melhor divulgação do certame, mais oferta de restauração na proximidade do local da Feira e a melhoria do Parque de Exposições (ao nível dos sanitários, da entrada e de contentores para o lixo).

Recordamos que a XXI Feira Nacio-nal do Porco, XIX Feira da Salsicharia e I Feira das Atividades Agrícolas contou com um conjunto de Jornadas Técnicas relacionadas com os setores do certame e, também, com diversas atividades de animação e de atração do público em geral, como tasquinhas e espetáculos musicais, com destaque para o concerto de Quim Barreiros.

Balanço final

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No dia 22 de novembro teve lugar a Con-ferência “As Autoridades Judiciais e Poli-ciais no Combate e Prevenção da Violência Contra as Mulheres”, na Galeria Municipal. A iniciativa foi promovida pelo Espaço Infor-mação Mulheres da Câmara Municipal do Montijo, no âmbito das comemorações do Dia Internacional para a Eliminação da Vio-lência contra as Mulheres e contou com a presença de uma centena de participantes. Realce-se a participação de duas turmas da Escola Secundária Jorge Peixinho.

A conferência contou com a presença da presidente da Associação Portuguesa de Mulheres Juristas, Teresa Féria, da Procu-radora do Ministério Público, Aurora Rodri-gues, Maria da Conceição Ricacho, chefe da PSP, e de Luis Pereira, Chefe do Núcleo de Investigação e de Apoio a Vítimas Espe-cíficas (NIAV) da GNR.

A presidente da Associação Portuguesa de Mulheres Juristas abordou alguns aspe-tos do crime de violência doméstica e as “barreiras” colocadas pela lei, como a sus-pensão da execução da pena e as penas acessórias como o afastamento da resi-dência, a proibição de contactos, ou a su-jeição do programa de tratamento. “Muitos dos indivíduos têm as suas penas suspen-sas, porque no decurso da preparação do processo judicial, quem abre o processo tem que juntar ao processo provas contra a suspensão da execução da pena”, expli-cou a Teresa Féria, referindo que o mesmo se passa com as penas acessórios “em ambas as situações só pode haver conde-nação com factos trazidos pelo Ministério Público ou pela vítima. Não é como aconte-ce nos filmes americanos” comentou.

Por sua vez, a Procuradora do Ministério Público explicou que a violência no seio da família advém de um problema cultural.“Não existindo uma relação de igualdade (entre homens e mulheres) na sociedade, neces-sariamente também não existe na família”, sublinhando que “a igualdade de direitos nunca foi instituída embora exista na Cons-tituição Portuguesa”.

Para Aurora Rodrigues, “é necessário uma mentalização, interiorização e sensibi-lização necessária em todas as áreas, em todos os campos de intervenção, não só dos técnicos, como do Ministério Público, das polícias e dos juízes”.

O Chefe do Núcleo de Investigação e de Apoio a Vítimas Específicas (NIAV) da GNR.

explicou que para as vitimas é “muito difícil ultrapassar a vergonha e fazer a denuncia”, acrescentando que o facto do crime decor-rer “entre quatro paredes também torna a investigação mais difícil, nomeadamente, para conseguir e obter provas que levem à acusação e condenação dos agressores”.

Para Maria da Conceição Ricacho, traba-lhar com crimes de violência domestica “é um trabalho inglório, porque não consigo combater a violência doméstica, uma vez que as vitimas têm medo. Tenho casos que, infelizmente, pedem o arquivamento do processo”. A chefe da PSP do Barreiro apelou aos jovens para” não serem violen-tos” e “não terem medo de denunciar”.

Maria Clara Silva lamentou que, apesar de todos os esforços da Câmara Munici-pal do Montijo no combate a este flagelo

Combate e Prevenção da Violência Contra as Mulheres

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“como a criação do Espaço Informação Mulheres e Rede de Apoio a Mulheres Vi-timas de Violência doméstica, “a violência doméstica no concelho continue a existir, referindo-se às duas mulheres que morre-ram vítimas de violência doméstica, este ano, no Montijo.

Recorde-se, que, a violência doméstica, uma das facetas da violência exercida em grande medida sobre mulheres, configura uma grave violação dos direitos humanos de acordo com a Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, da Organização das Nações Unidas.

Segundo a UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), em 2011, foram assassinadas, em Portugal, 27 mulheres e registaram-se 44 tentativas de homicí-dio.

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A Sessão Solene de abertura do sétimo ano letivo da Universidade Sénior do Montijo de-correu no dia 16 de Outubro, no Cinema Te-atro Joaquim d’Almeida. Dezenas de alunos e professores da Universidade Sénior não quiseram perder a oportunidade de saber mais sobre o novo ano letivo. Durante a ceri-mónia, alunos do Conservatório de Artes do Montijo realizaram apontamentos de dança e música.

Brissos Lino, reitor da Uniseti, que tam-bém leciona nesta universidade, referiu que tem vivenciado o “entusiasmo dos alunos” e sublinhou a importância da mesma na vida do idoso não só no combate ao isolamento mas também no aumento da sua qualidade de vida“. O reitor afirmou que: “o envelhe-cimento activo não é uma opção mas uma necessidade. Há cada vez mais seniores e menos quem olhe por eles. As pessoas

Magusto SéniorEm Dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho! Assim manda a tradição, mas o Magusto é, também, sinónimo de diver-são, por isso, a Câmara Municipal do Montijo realizou no dia 14 de novembro o Magusto Sénior na Banda Democráti-ca 2 de janeiro. Uma iniciativa inserida na Agenda Sénior 2012.

A oportunidade foi aproveitada por mais de três dezenas de séniores do concelho, que aceitaram o convite para festejarem um São Martinho diferente com cheirinho a castanhas e bailarico. Todos colabora-ram para o Magusto neste dia especial animado pelo DJ Double D.

A atividade organizada pelo Gabine-te Sénior da Divisão de Solidariedade e Saúde da Câmara Municipal do Montijo realizou-se no âmbito do projeto Outros Olhares, que procura combater o isola-mento, privilegiar o convívio e melhorar a qualidade de vida dos idosos do conce-lho.

Sessão Solene da Universidade

Sénior no CTJAmais velhas têm que procurar a preserva-ção da sua qualidade de vida o máximo possível, bem como da sua independência e autonomia, de forma a não dependerem de terceiros.”

Por sua vez, o vice-presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, realçou o papel que a Universidade Sénior tem adqui-rido na vida dos montijenses e a importância da sua continuidade e evolução. “A Univer-sidade Sénior tem a capacidade de se re-novar assente na força criativa, inovação e liberdade de pensamento dos seus alunos e professores”, comentou o vice – presidente, defendendo “uma universidade de ideias, de saberes e culturas, de aprendizagem ao longo da vida”.

Ilídio Massacote, responsável pelo Con-servatório Regional de Artes do Montijo (CRAM), abordou o tema “Os Benefícios da Aprendizagem das Artes Performativas nos Seniores”.

O ano letivo iniciou-se no dia 17 de Outu-bro, com 29 disciplinas. As novidades deste ano são: Internet, Inteligência Emocional, Motrocidade Humana, Movimento Zen, Me-dicina Preventiva, Oficina de Costura e Ofi-cina Criativa.

A acrescentar ao leque variado de disci-plinas, este ano, os alunos têem, ainda, a oportunidade de optarem por aulas extra-curriculares com professores do Conserva-tório de Artes do Montijo.

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A Universidade Sénior conta já com mais de uma centena de inscritos para o ano le-tivo 2012/2013. Dezenas de disciplinas são lecionadas por professores/as em regime de voluntariado.

Recorde-se, que a Universidade Sénior do Montijo surgiu em 2006, como uma res-posta sócio-educativa, com vista à criação e dinamização de atividades sociais, cul-turais, educacionais e de convívio, dirigida aos munícipes com idade igual ou superior a 50 anos. Para além do currículo regular de atividades, a Universidade Sénior do Montijo dinamiza, ainda, a Tuna Académica e a Hor-ta Biológica.

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No âmbito das comemorações do Dia In-ternacional da Pessoa Idosa, o Gabinete Sénior da Divisão de Solidariedade e Pro-moção da Saúde levou a cabo, no dia 3 de outubro, uma matiné dançante na dis-coteca Kaxaça. Esta iniciativa inserida no projeto “Outros Olhares”, foi um momento de convívio, com música, dança e muita animação.

A iniciativa teve como público-alvo os ido-sos do Gabinete Sénior e do projeto “Junto de Si” promovidos pela Divisão de Solida-riedade e Promoção da Saúde, bem como os seniores de diversas instituições de soli-dariedade social e das juntas de freguesia do concelho.

O projeto “Outros Olhares – Agenda Sé-nior” procura combater o isolamento, privi-legiar o convívio e melhorar a qualidade de vida dos idosos do concelho.

Estas e outras iniciativas assumem, em 2012, particular importância, pois come-mora-se o Ano Europeu do Envelhecimen-to Ativo e da Solidariedade entre Gerações, instituído pelo Parlamento Europeu para chamar a atenção para a importância do contributo dos idosos para a sociedade e incentivar os responsáveis políticos e todas as partes interessadas a tomarem medidas para criar as condições necessárias ao en-velhecimento ativo e ao reforço da solida-riedade entre as gerações.

Dia Internacional da Pessoa Idosa Matiné Dançante no Kaxaça

Palestra“34 por cento dos portugueses morrem de doenças cardiovasculares”“34 por cento dos portugueses morrem de doenças cardiovasculares”. As palavras são de Luís Negrão, da Fundação Portu-guesa de Cardiologia, orador da palestra intitulada “Prevenção de doenças cardio-vasculares”, que decorreu, no dia 16 de outubro, na Assembleia Municipal. Uma atividade organizada pelo Gabinete Sénior da Divisão de Solidariedade e Promoção da Saúde realizada no âmbito do projeto Outros Olhares - Agenda Sénior 2012.

Luís Negrão referiu que “hoje, viver ou morrer não é uma questão de sorte mas de comportamentos”, alertando que o ta-

bagismo, a inatividade física e os erros alimentares, são as principais causas das doenças cardiovasculares.

“O AVC ou o enfarte são as consequên-cias mais nocivas destes comportamentos errantes que, em muitos casos, levam à morte” referiu orador.

Informados, os seniores podem viver mais anos e com mais qualidade de vida, foi a mensagem deixada pelo Gabinete Sénior que, com esta e outras iniciativas promovidas ao longo do ano, procura com-bater o isolamento e privilegiar o convívio entre os idosos do concelho.

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Uma comunidade únicaA iniciativa “À conversa com escritores” trou-xe ao auditório da Biblioteca Municipal, no dia 4 de outubro, o livro “Golfinhos do Sado” e a sua autora Maria João Fonseca para falar de uma comunidade única no país.

Maria João Fonseca e Pedro Narra são os autores desta obra que apresenta a comu-nidade de golfinhos roazes do Estuário do Sado que, atualmente, tem 27 elementos.

Esta obra tem “a missão de partilhar a nossa experiência, dar a conhecer esta co-munidade de golfinhos e identificar proble-mas desta população”, refere a autora. Maria João realizou uma apresentação bastante completa sobre esta comunidade de roazes, a sua alimentação, o seu aspeto, indicando que é “possível distinguir todos os elementos

através das barbatanas dorsais pois são to-dos diferentes”.

Desde 1998, que Maria João Fonseca e Pedro Narra, apesar de não serem biólo-gos, acompanham a evolução desta comu-nidade. “Em 1981, sabíamos que existiam 50 golfinhos. Há 12 anos eram apenas 22. Verificámos, nessa altura, um fenómeno de migração dos animais. Para além disso, so-breviviam muito poucas crias”. Esta última situação alterou-se nos últimos sete anos. “Nasceram 12 crias e sobreviveram dez, o que não é muito normal”, acrescenta Maria João.

A poluição ambiental é a ameaça mais preocupante para os golfinhos do Sado, de-vido “à indústria pesada no canal Norte do Estuário, aos pesticidas e esgotos da cidade que acabam por interferir com a qualidade ambiental do Estuário”.

“Golfinhos do Sado” é um álbum fotográ-fico, bilingue, que conta a história destes animais ao longo de 14 anos. No prefácio, o professor e ambientalista Viriato Soromenho Marques descreve-nos este livro como “um comovente e belo ato de amor e reconcilia-ção”.

A obra é uma homenagem iconográfica à beleza de um dos mais afáveis representan-tes do mundo animal, um autêntico álbum de família da comunidade de golfinhos do Estu-ário do Sado. Com mais de cem fotografias únicas, os textos descrevem as característi-cas da espécie, o seu habitat, alimentação e, também, alertam para os perigos que ame-açam a sua sobrevivência, tornando-se, as-sim, um apelo à proteção desta população.

A apresentação de “Golfinhos do Sado” in-seriu-se na iniciativa “À conversa com escrito-res” que a Câmara Municipal do Montijo está a promover para dar a conhecer, ao público em geral, o trabalho e o talento de diversos escritores locais e nacionais.

A Câmara Municipal do Montijo comemo-rou o Dia Mundial do Animal, no dia 4 de outubro, com uma exposição de animais do Canil Municipal do Montijo e a “Cãomi-nhada”.

A exposição de animais teve como obje-tivo promover a adoção de animais e sen-sibilizar para a temática dos animais aban-donados.

A “Cãominhada”, caminhada de caníde-os acompanhados dos seus detentores, no jardim Urbano do Saldanha, permitiu trocar experiências e ideias entre pessoas que tem um cão como animal de companhia, com o qual partilham momentos de companheiris-mo, divertimento e ternura. Esteve presente um exemplar adotado do canil, o “Biscoito”, para dar o exemplo e partilhar a experiência de adotar um animal. Aos participantes foi ofertada uma pequena brochura sobre o bem estar de canídeos e sacos para a re-colha de dejetos.

O espaço infantil “Aldeia da Pequenada”, do Montijo, levou a cabo a angariação de bens para ofertar aos animais do Canil e no Dia Mundial do Animal doou cerca de 45kg de ração seca para cão e gato, seis quilos de ração húmida para cães e gatos, biscoi-tos, comedouros, trelas e coleiras, mantas, escovas, shampoos e algum material clíni-co.

A Câmara Municipal do Montijo agradece a todas as crianças, pais, educadoras e au-xiliares pela ação desenvolvida.

Dia Mundial do Animal

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Heráldica – Memória com Futuro

A Câmara Municipal do Montijo associou-se às Jornadas Europeias do Património com a conferência “Heráldica – Memória com Futu-ro” proferida pelo Tenente Coronel Pedroso da Silva, ex-diretor do Gabinete de Heráldica do Exército, no dia 29 de setembro, na Ga-leria Municipal.

Durante cerca de uma hora, Pedroso da Silva falou para uma plateia bastante inte-ressada sobre o passado, o presente e o futuro da heráldica, definindo-a como “um conjunto de códigos que pretende mostrar-nos uma linguagem própria”.

O orador desvendou alguns pormeno-res essenciais sobre heráldica como o uso de apenas dois metais (ouro e prata) e de cinco cores (vermelho, azul, verde, negro e púrpura) nos brasões. “A principal regra da heráldica é não juntar cor com cor, nem me-tal com metal”.

A heráldica municipal tem, também, re-gras muito próprias. O Tenente Coronel explicou a evolução do brasão do Montijo: “como vila, a coroa mural tinha quatro torres, o rio atravessa o monte e a Cruz de Santia-go era púrpura. Como cidade, o brasão tem cinco torres de prata, sinal exatamente da sua condição de cidade. Para além disso, o rio passou a estar por baixo do monte e a Cruz de Santiago é vermelha e, assim, é que está correto”.

E será que a heráldica é uma memória com futuro? Pedroso da Silva acredita que sim. “Acho que tem futuro se soubermos descodificar, respeitar as mensagens que estão nesta linguagem e preservar esta

memória. Aqui no Montijo, por exemplo, há muito património heráldico que vai ficar para o futuro”.

As Jornadas Europeias do Património, ini-ciativa anual do Conselho da Europa e da União Europeia envolvendo cerca de 50 paí-ses, têm por objetivo a sensibilização dos ci-dadãos para a importância da salvaguarda do património. A Direção-Geral do Patrimó-nio Cultural é a entidade responsável pela

coordenação do evento a nível nacional. Este ano, o tema das Jornadas foi “O

Futuro da Memória” e pretendeu pro-mover a aproximação do público ao património cultural, no seu sentido mais amplo, realçando a sua importância en-quanto memória e documento da história e do desenvolvimento das sociedades e, também, o seu papel para a construção do futuro.

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Versões de um Amor de PerdiçãoNo ano em que assinalam 150 anos da primei-ra edição de “Amor de Perdição”, a Biblioteca Municipal Manuel Giraldes da Silva recebeu, no dia 10 de outubro, Isabel Rocheta, da Fa-culdade de Letras da Universidade de Lisboa, para uma conferência sobre este título maior da literatura portuguesa.

Durante cerca de uma hora, Isabel Roche-ta abordou os pormenores essenciais desta obra de Camilo Castelo Branco, como as per-sonagens Simão, Teresa e Mariana, o enredo da história e o contexto em que foi escrita por Camilo.

“Foi um romance composto em 15 dias. O subtítulo “Memórias de Família” alude à histó-

ria do tio de Camilo, de seu nome Simão Bo-telho, que, tal como ele, tinha estado preso na cadeia da Relação do Porto acusado do mes-mo crime de adultério”, disse.

Isabel Rocheta considerou que “o amor avassalador de que Camilo nos deu conta nas páginas de Amor de Perdição ainda hoje nos faz vibrar”. Tal como o próprio autor escreveu, é uma história onde o protagonista “amou, perdeu-se e morreu amando”.

Para a professora da Faculdade de Le-tras, a história de “Amor de Perdição” é “um embate vital entre as personagens, os seus sentimentos e as normas morais da socie-dade da época”.

Esta conferência integrou a inauguração da exposição “Versões de um Amor de Perdição” que esteve patente no átrio da Biblioteca Mu-nicipal até 30 de novembro.

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Na reunião pública de 28 de Novembro, a Câmara Municipal do Montijo aprovou, por maioria com os votos favoráveis do PS e CDU e as abstenções dos vereadores do PSD, a redução da taxa de IRS arrecada-da pelo município. Dos cinco por cento arrecadados pelo município, em sede de IRS, a Câmara aprovou a devolução de um por cento aos munícipes do concelho do Montijo.

Nos termos da lei, os municípios têm direito, em cada ano, a uma participação variável até cinco por cento no IRS dos su-jeitos passivos com domicílio fiscal no seu concelho. Com esta proposta, a Câma-ra abdica da taxa máxima, fixando assim a sua participação no IRS em quatro por cento.

No mesmo dia, a Câmara aprovou, com a mesma votação por maioria, a isenção da taxa de Derrama para as empresas com um volume de negócios até 150 mil euros, mantendo-se a taxa de 1,5 por cento sobre as empresas com um volume de negócios superior àquele valor.

Estas duas propostas, que vão agora ser submetidas à discussão e aprovação na Assembleia Municipal, surgiram pela mão da presidente da Câmara Municipal do Montijo, Maria Amélia Antunes, atendendo “às dificuldades vividas, actualmente, por famílias e empresas”.

Câmara desce taxa

de IRS

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A Câmara Municipal do Montijo aprovou, na reunião pública de 28 de novembro, o Orçamento para 2013, o Plano de Ati-vidades Municipais e o Plano Plurianual de Investimentos 2013-2016, com os vo-tos favoráveis do PS e os votos contra do PSD e da CDU.

O valor global do orçamento é de 28.557.571,00 euros, o que representa uma diminuição de 20,32 por cento face ao orçamento de 2012 cujo valor era 35.838.978 euros.

Este decréscimo deve-se à não inclu-são da venda de bens de investimento/património e de transferências de capital, isto é, à não inclusão de execução em 2013 de projetos financiados pelo QREN no âmbito da candidatura da 2.ª fase da Zona Ribeirinha do Montijo.

As transferências financeiras para as juntas de freguesias mantêm o valor do ano em curso, num total de 494 mil eu-ros.

Relativamente aos investimentos, o or-çamento para 2013 contempla uma verba de 1.055.409 euros (proveniente de em-préstimos já contratados e não utilizados) para a execução de três obras: a terceira fase da remodelação do Mercado Munici-pal, a remodelação de edifício centenário devoluto para construção de jardim de in-fância no Alto Estanqueiro e a requalifica-ção da Praça Gomes Freire de Andrade.

Para a presidente da Câmara Munici-pal do Montijo, Maria Amélia Antunes, o Orçamento para 2013 é “consequência da incerteza e dificuldade na obtenção de receitas (…). As despesas correntes sofrem uma forte diminuição na aquisi-ção de bens e serviços e as de capital na aquisição de bens de capital. A priorida-de é a educação e a solidariedade, com um montante na ordem dos 2 milhões de euros”.

“A gestão que temos vindo a seguir no Montijo desde 1997 tem sido uma gestão rigorosa e criteriosa, que justifica o facto de, no contexto da maior crise económica

Câmara aprova Orçamento para 2013

e financeira das últimas décadas, o muni-cípio do Montijo tenha as suas contas em dia”, afirmou Maria Amélia Antunes.

Na mesma reunião de câmara foi, ain-da, aprovado, o Orçamento para 2013, o Plano Plurianual de Investimentos e o Mapa de Pessoal dos Serviços Municipa-lizados de Água e Saneamento do Montijo (SMAS), com os votos favoráveis do PS, as abstenções dos vereadores do PSD e o voto contra do vereador da CDU.

O Orçamento dos SMAS tem um valor total de 5.862.200 euros, um decréscimo de 119 mil euros relativamente ao orça-mentado para 2012. É de salientar que o valor total do orçamento já inclui um encargo previsional de 2.800.000 euros com a SIMARSUL.

Para a presidente da Câmara Municipal do Montijo, Maria Amélia Antunes, o Orçamento para 2013 é “consequência da incerteza e dificuldade na obtenção de receitas (…). As despesas correntes sofrem uma forte diminuição na aquisição de bens e serviços e as de capital na aquisição de bens de capital. A prioridade é a educação e a solidariedade, com um montante na ordem dos 2 milhões de euros”.

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Seminário sobre Metrologia Legal

No dia 20 de novembro realizou-se um se-minário subordinado ao tema “Metrologia Legal como fator de competitividade, qua-lidade e defesa do consumidor”, no Cine-ma Teatro Joaquim d’Almeida. O seminário organizado pela Direção Regional da Eco-nomia de Lisboa e Vale do Tejo (DRELVT), em parceria com a Câmara Municipal do Montijo, destinou-se a associações, empre-sas, entidades (comerciantes, industriais, farmácias e hospitais, escolas) e empreen-dedores, em que as medições representam um papel importante nas suas atividades diárias.

A metrologia legal é um dos três subsiste-mas coordenados pelo Sistema Português da Qualidade juntamente com a normaliza-ção e a qualificação. Atua junto dos agentes económicos e do público, em geral, fazendo cumprir a legislação aplicável aos diversos tipos de instrumentos de medição, que in-terferem nos circuitos comerciais, na saúde e na segurança dos cidadãos como, por exemplo, os taxímetros, as balanças para fins comerciais, os contadores de combustí-vel ou os alcoolímetros.

O encontro contou com a presença de representantes da DRELVT, do Instituto Português da Qualidade, da ASAE, da Câ-mara Municipal do Montijo, bem como de organismos de inspeção e empresas, que enriqueceram este encontro com a apresen-tação das suas experiências nas áreas da Metrologia e da Gestão da Qualidade.

O vice presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta sublinhou que a

“metrologia legal protege os cidadãos das consequências das medições incorretas ou fraudulentas” assegurando que o desenvol-vimento desta área “desempenha um papel

decisivo na proteção do património público e no desenvolvimento económico, social e político das sociedades”.

O autarca defendeu que “a metrologia legal é, enquanto administração pública, confrontada com o importante papel que lhe cabe no serviço das pessoas, devendo constituir-se como fator de desenvolvimento e da melhoria da produtividade”.

Ricardo Emílio, diretor regional da Eco-nomia de Lisboa e Vale do Tejo (DRELVT), referiu a importância como veículo para “le-var a mensagem de metrologia legal a um número muito maior de entidades atuantes e beneficiários do regime do controlo metro-lógico nacional”.

O diretor realçou ainda a importância de se “demostrar como esta nobre atividade (a metrologia legal) contribui para a economia do nosso país, a segurança das pessoas e a defesa dos seus interesses económicos”.

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Esplanadas na Zona RibeirinhaEste verão foram colocados balizadores de espaço na Rua Miguel Pais. O intuito da Câ-mara Municipal do Montijo foi responder às solicitações colocadas pelos comerciantes da zona para poderem ter esplanadas.

No projeto de reabilitação da zona ribeiri-nha está previsto o alargamento do passeio para esplanadas. No entanto, devido “à situ-ação económica que o país atravessa, não foi possível essa solução” explica o vice-presidente Nuno Canta.

“Depois de, em finais de 2011, termos acedido a vários encontros com os comer-ciantes da zona foi consensualizado com os comerciantes, uma solução temporária, com a colocação de balizadores. Foi ainda proposto aos comerciantes que poderiam optar por colocar estrados de madeira (a seu encargo) nos espaços para terem mais conforto” afirmou o autarca.

Cláudia Reis, proprietária do café-bar “Arte no Cais”, colocou esplanada aproveitando os balizadores: “é compreensível que se tenha que adotar este tipo de medidas temporárias tendo em conta a situação económica que estamos a atravessar ”, afirmou a proprietária que lamenta o infortúnio do seu empreendi-mento estar localizado numa zona ventosa não permitindo um maior usufruto do espaço.

José Alves do café –bar “Porque não?” não é da mesma opinião. “Não concordo com os balizadores, a meu ver não oferecem segu-rança para os clientes, porque os carros pas-sam demasiado rente às esplanadas”.

O proprietário não ficou convencido com esta medida. “Concordo com o que está projetado, o alargamento do passeio em calçada, não com esta solução, por isso, optei por não colocar a esplanada”, explica o empresário.

Nuno Canta sublinha que a autarquia con-tinua empenhada na qualificação dos espa-ços de esplanada do Cais dos Vapores e, assim que possível, desenvolverá esforços para obter recursos financeiros necessários à execução dos trabalhos.

A experiência dos balizadores, para o vi-ce-presidente Nuno Canta, foi interessante fazer “por ser mais barata” mas, também, pela experiência de utilização do espaço “Foi possível chegarmos à conclusão que o alargamento do passeio que estava ini-cialmente previsto na recuperação daque-la zona não chega. Por uma questão de conforto vamos ter que fechar toda a rua e passar a fazer a circulação automóvel por dentro do parque de estacionamento”, conclui.

Cláudia Reis, proprietária do café-bar “Arte no Cais”,

colocou esplanada aproveitando os balizadores: “é compreensível que se tenha que adotar este tipo

de medidas temporárias tendo em conta a situação económica

que estamos a atravessar ”

José Alves do café–bar “Porque não?” não é da mesma

opinião. “Não concordo com os balizadores, a meu ver não

oferecem segurança para os clientes, porque os carros

passam demasiado rente às esplanadas”.

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No âmbito do Dia Internacional para a Redu-ção de Catástrofes (13 de outubro), o Servi-ço Municipal de Proteção Civil (SMPC) reali-zou, no dia 17 de outubro, na Escola Básica Ary dos Santos, uma ação de sensibilização, junto de algumas turmas.

Os técnicos do SMPC informaram os alu-nos sobre formas de prevenção e mitigação de catástrofes, com o objetivo de proporcio-nar uma reflexão sobre a problemática dos desastres naturais.

Juntamente com esta ação, o SMPC distri-buiu, nas escolas do concelho, um CD com o livro interativo “Nós e os Riscos” editado pela Direção Geral das Bibliotecas e do Livro e pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Este livro está, também, disponível para consulta na Biblioteca Municipal Manuel Gi-raldes da Silva e nos seus pólos nas diversas freguesias do concelho.

Dia Internacional para a Redução de Catástrofes

O Dia Internacional para a Redução de Catástrofes foi instituído pela ONU em 1989 para chamar a atenção de todos os Estados para a necessidade de adotarem políticas de prevenção e redução de danos, huma-nos e materiais, diretamente causados pela ocorrência de fenómenos de origem natu-ral.

Este dia constitui uma oportunidade de alertar para os riscos naturais, medidas de prevenção e autoproteção, promovendo uma cultura global de redução de risco de desas-tres, através de atividades de conscienciali-zação e de sensibilização junto da população e dos mais jovens.

Repetidamente retratados como vítimas de desastres e das mudanças climáticas, as crianças e os jovens podem e devem ser en-corajados a participar na redução de riscos de desastres naturais.

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O Serviço Municipal de Proteção Civil e a Divisão de Educação desenvolveram, durante o mês de julho, uma ação de for-mação sobre “Segurança e utilização de equipamentos de primeira intervenção (ex-tintores)”, junto do pessoal auxiliar de vá-rias escolas do concelho.

Os técnicos do Serviço Municipal de Proteção Civil sensibilizaram e formaram os funcionários das escolas EB1 Ary dos Santos, EB1 Afonsoeiro e EB 2,3 de Pe-gões para o uso adequado dos extintores de incêndio.

As ações, que tiveram um bom nível de participação por parte dos funcionários,

Segurança nas escolasculminaram com o treino de utilização dos extintores, aumentando desta forma a ca-pacidade de atuação dos funcionários face aos diversos riscos existentes nos estabe-lecimentos de ensino.

Com esta iniciativa pretendeu-se abor-dar a responsabilização e a atuação dos diversos agentes das escolas na preven-ção e segurança das mesmas, bem como fornecer-lhes conhecimentos sobre os ex-tintores de incêndio nas suas vertentes te-órica e prática, cabendo a cada um saber agir corretamente no manuseamento des-tes equipamentos de extinção de focos de incêndio.

Sabe o que fazer em caso de temporal? Sabe que há medidas simples, mas efi-cazes que podem certamente ajudá-lo a precaver, por exemplo, acidentes ro-doviários ou situações de inundação?

O Serviço Municipal de Proteção Ci-vil tem um papel fundamental na edu-cação para a prevenção de situações de risco. Todos podemos colaborar, cumprindo um conjunto de normas es-senciais para minimizar e/ou anular os riscos inerentes a fenómenos atmosfé-ricos adversos.

Conheça ou relembre as principais medidas de prevenção e de autoprote-ção que deve aplicar, sempre que ne-cessário, durante os meses de outono e inverno.

- Proceda a uma revisão de todas as portas e janelas;

- Proceda à limpeza e reparação de algerozes, da estrutura do telhado, cha-minés e antenas;

- Proceda à verificação de objetos soltos no exterior de casa;

- Mantenha sempre à mão uma lan-terna, reserva de pilhas e estojo de pri-meiros socorros;

- Em dias de chuva e vento, se utili-zar o automóvel, circule com a máxima precaução;

- Em casa identifique os pontos de corte de energia elétrica, de água e de gás;

- Mantenha atualizado os contactos das autoridades de socorro e seguran-ça;

- Proceda à desobstrução de linhas de água junto às habitações;

- Conduza com precaução para evitar à má aderência ao piso em situação de lençol de água e outros objetos soltos na via pública;

- Esteja atento às informações das autoridades de Proteção Civil.

Lembre-se que a proteção civil come-ça em si. Colabore!

A proteção civil começa em si!

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Passadeira sobrelevada na Avenida Pedro Nunes A Câmara Municipal do Montijo procedeu à colocação de uma passadeira sobrelevada, em calçada, na Avenida Pedro Nunes, em frente ao Bairro Alto das Vinhas Grandes.

O objetivo da passadeira é evitar as velo-cidades excessivas que alguns condutores praticam naquela zona e que já têm provo-cado acidentes.

A implementação da medida de acalmia de tráfego pretende aumentar a segurança rodoviária, para condutores e peões, na fre-guesia do Afonsoeiro.

Pegões BalneáriosNo âmbito do projeto elaborado pela Câmara Municipal do Montijo e exe-cutado pela Junta de Freguesia de Pegões, foram construídos três bal-neários, um para a equipa da casa, outro para os visitantes e um terceiro para os árbitros. Os novos balneários foram construidos junto dos equi-pamentos desportivos da freguesia: polidesportivo e campo de futebol. As instalações permitem ao Grupo Desportivo da Sociedade Recreativa de Pegões dispor de condições ade-quadas à prática de futebol.

St.º Isidro alarga abastecimento de águaOs Serviços Municipalizados de Água e Sa-neamento do Montijo (SMAS) procederam a obras de alargamento da rede de abasteci-mento de água no sistema das Faias. Uma obra no valor de 40 mil euros.

Esta ação decorreu do resultado da últi-ma visita do executivo à freguesia de San-to Isidro, onde os fregueses colocaram como situação urgente o abastecimento de água em alguns aglomerados de ca-

sas, em particular, nas Faias (EN4) e em Foros do Trapo (Rua do Operário e Praça do Fontanário).

Esta obra vai permitir abastecer mais habitantes/habitações e aumentar o grau de cobertura da rede de abastecimento de água dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento. Após a execução da obra é necessário que os moradores solicitem a li-gação às suas habitações.

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