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Este artigo descreve como a interatividade da TV vem evoluindo ao longo dos anos e hoje é possível interagir pelo telefone, SMS, Internet e até pelo próprio aparelho de televisão. Explica como é possível aproveitar na indústria da TV interativa, as formas de interação e de usabilidade que foram estudadas e aprendidas durante anos no mercado de celulares.

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Page 1: Recomendações de usabilidade para TV Digital Interativa

Recomendaçõses de usabilidade para TV Digital Interativa baseadas naexperiência dos usuários com os celulares

Harlley Roberto de Oliveira

IEC PUC Minas - Instituto de Educação ContinuadaAv. Brasil, 2033, 7.º andar � Praça da Liberdade

Belo Horizonte/MG � CEP 30.140-002 [email protected]

RESUMOEste artigo descreve como a interatividade da TV vemevoluindo ao longo dos anos e hoje é possível interagir pelotelefone, SMS, Internet e até pelo próprio aparelho detelevisão. Explica como é possível aproveitar na indústriada TV interativa, as formas de interação e de usabilidadeque foram estudadas e aprendidas durante anos no mercadode celulares.

Palavras-chaveTV Digital Interativa, Usabilidade, celular, recomendações

INTRODUÇÃODesde sua invenção, a TV sofreu duas grandes mudanças, aprimeira foi o início da transmissão das imagens em cores,que até então, só eram feitas em preto e branco. A segundagrande mudança foi a digitalização da TV, que ganhouqualidade na transmissão de som, imagem e a possibilidadedo telespectador interagir diretamente com o conteúdoexibido.

Este artigo pretende apresentar uma síntese da história eevolução da interatividade na televisão e apresentar váriasopções de tecnologia que já são realidade e ampliam aspossibilidades de interatividade com a TV.

Com o aumento das funcionalidades da televisão, se tornanecessário um estudo sobre a usabilidade destes novosaparelhos e tecnologias. Pelo fato dessa evolução datelevisão ser bastante recente, poucos estudos foram feitos.Este artigo compara a forma de interação da TV e doscelulares, e propõe que se use algumas recomendações deusabilidade feitas pela indústria de celulares, no recentemercado de aplicativos para TV que está se formando.

INTERATIVIDADE NA TVInteratividade pode ser definida como �a extensão em queos usuários podem participar modificando a forma e oconteúdo do ambiente mediado em tempo real.� (Primoapud Steuer, 1993). A interatividade na TV vem evoluindoao longo dos anos. Atualmente, é comum que essainteratividade seja feita pelo telefone, Internet e até mesmodiretamente pelo aparelho de televisão.

Existia um programa de televisão na década de 1950chamado Winky Dink que pode ser considerado o primeiro

programa interativo da televisão. As crianças interagiamcom o programa através de um kit que tinha canetinhashidrocor e uma película transparente para colocar na tela daTV. Eram exibidas imagens pontilhadas para que ascrianças completassem usando as canetinhas coloridas.

Figura 1: Programa Winky Dink da década de 1950

No Brasil, uma das primeiras experiências de sucessoenvolvendo a interação dos telespectadores com umprograma de televisão, foi na década de 1990 na RedeGlobo, com o programa Você Decide. Eram exibidaspequenas histórias, que no final sempre envolviam decisõespolêmicas que os personagens precisavam tomar. Era abertoum espaço de votação por telefone, onde o público podiaescolher o melhor final para o episódio.

Outra experiência de interatividade na televisão brasileirainaugurado em 1996, também pela rede Globo, foi umasessão de filmes chamada Intercine. Durante o intervalo doprograma, a emissora anuncia dois filmes, dos quais otelespectador pode escolher um e votar por telefone. Entãoo filme mais votado é exibido no dia seguinte.

Em alguns programas jornalísticos atualmente, ostelespectadores têm a oportunidade de conversar pelaInternet com especialistas que participaram de determinadoprograma. As pessoas também podem enviar mensagens evídeos, que podem ser exibidos durante os programas.

Outro sucesso de interatividade na televisão, que englobainteratividade através de telefone, mensagens de texto eInternet, é o reality show Big Brother Brasil. Nele ostelespectadores decidem quem sai do jogo e interferem emvários outros aspectos do programa. Um episódio queilustra bem o poder da interatividade do usuário, foi umadeterminada prova que ocorreu no programa. Os usuáriospodiam decidir pela Internet, como o ambiente no jogo se

Cópias digitais ou impressas deste artigo são permitidas desde que sejam para uso pessoal ou em sala de aula e com as devidas

referências, não se prestando para fins comerciais. Por favor, mantenha este aviso na primeira página. Interaction South America 2010 - 2 a 4 de dezembro, Curitiba - Paraná - BrasilCopyright 2010 IxDA Curitiba

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trazem conteúdo da internet para a TV, porém eles não sãointegrados com o conteúdo da TV aberta ou a cabo. Istosignifica que o usuário deve escolher em assistir o conteúdovindo da Internet ou o conteúdo vindo das emissoras de TV.Não é possível acessar os dois tipos de conteúdo ao mesmotempo. O Yahoo e a Google lançaram plataformas dedesenvolvimento de aplicativos que se integram melhorentre o conteúdo vindo das emissoras e o conteúdo que vemda Internet.

O Yahoo anunciou na feira de tecnologia CES de 2009, olançamento de uma plataforma de desenvolvimento dewidgets para TV, chamada Yahoo! Connected TV. OYahoo fez parcerias com Samsung, LG e Sony, e estasempresas já disponibilizaram no mercado televisores eaparelhos de blue ray compatíveis com widgets. Widgetssão pequenos aplicativos que tem funções específicas comoprevisão do tempo, acesso a redes sociais, exibição de fotos,entre outras. É um recurso bastante conhecido por usuáriosde computadores e celulares.

�Widgets are rich Internet applications that

traditionally have been run on the desktop, inside a

browser, or inside a mobile device.� (Yahoo, 2010)

Conforme uma pesquisa feita pela comScore (2007), líderglobal de métricas digitais, cerca de 177 milhões de pessoasusaram widgets na web em abril de 2007. Pela suasimplicidade e número reduzido de funcionalidades, oswidgets tem grandes chances de se tornarem um padrão deexibição de conteúdo da web na TV, pois eles ocupamapenas parte da tela da TV e não atrapalham a exibição doconteúdo que está sendo exibido.

Em maio de 2010, a empresa Google em parceria comempresas como Sony, Intel e Logitech anunciaram olançamento da Google TV, que deve vir em alguns blue-rayplayers e televisores da Sony, além de set-up-boxes daLogitech. O principal diferencial da Google TV em relaçãoaos outros produtos relatados é que, por utilizar o sistemaoperacional Android, será possível os desenvolvedorescriarem aplicativos exclusivos para a TV. Além disto, virácom o navegador Google Chrome. Isto permitirá levar aosusuários um experiência muito rica de Internet através dostelevisores.

Assim como os celulares evoluíram e se transformaram emSmartphones, tendo uma experiência rica de internet e apossibilidade de instalação de aplicativos, o mesmo estáacontecendo com os televisores, evoluindo para o quemuitos profissionais de tecnologia estão chamando deSmartTV.

INTERATIVIDADE NO CANAL ABERTO DE TELEVISÃOBRASILEIRANo dia 26 de novembro de 2003 através do decreto n.º4.901 (DOU, 2003) foi instituído o Sistema Brasileiro deTelevisão Digital � SBTVB, que tem como objetivo mudar

o padrão de transmissão dos canais de TV aberta de sinalanalógico para o sinal digital. Além da melhoria daqualidade de imagem e a possibilidade de exibição devídeos em alta definição, o sistema brasileiro de TV digitaloferece a possibilidade de envio de dados através do canalde interatividade (ABNT, 2008). Desta forma será possívelaos usuários receberem aplicativos através de broadcast einteragirem com as emissoras através do canal deinteratividade, que pode ser feito pela Internet, através debanda larga, internet discada e 3G. Pode ser feito tambématravés de SMS, no caso de celulares compatíveis com oSistema Brasileiro de TV Digital.

Para se ter acesso a interatividade, é necessário que oconversor digital seja compatível com a tecnologia Ginga,camada de software responsável em garantir acompatibilidade entre o hardware dos diversos receptorescom as aplicações interativas desenvolvidas para a TV.(Soares e Barbosa, 2009)

Figura 4. Aplicações interativas experimentais utilizando

Ginga.

As aplicações interativas do sistema brasileiro de TV digitaldependem das emissoras para serem desenvolvidas edistribuídas para os usuários. Isso pode limitar os tipos deaplicações que serão criadas, limitando-se ao interesse dasemissoras. Este modelo de distribuição de aplicativos levadesvantagem em relação aos modelos criados pela Google eYahoo.

É essencial criar um ecossistema de aplicativos que possamser criados por qualquer empresa de software e que fiquema disposição dos usuários para instalação nas suastelevisões. Se não, pode ocorrer o mesmo que aconteceucom o mercado de aplicativos para celulares no Brasil.Enquanto o desenvolvimento de aplicativos dependiamexclusivamente das operadoras de telefonia celular, asofertas eram escassas e se limitavam a ringtones e jogosmuito simples.

O desenvolvimento de aplicativos para celulares só sepopularizou depois de iniciativas de lojas de aplicativoscomo a AppStore da Apple e Android Market do Google,onde desenvolvedores de todo o mundo tem a possibilidadede desenvolver aplicativos e os usuários tem uma gamaenorme de opções de aplicativos para instalarem em seuscelulares.

TV INTERATIVA E A USABILIDADEO que vimos até agora, mostra que a televisão estáganhando várias funcionalidades, como vídeo sob demanda,

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instalação de aplicativos e acesso a Internet. Com isso sefaz necessário ter um estudo maior em relação a interaçãocom o usuário.

Embora a TV esteja evoluindo e agregando cada vez maisfuncionalidades, existem poucos estudos em relação ausabilidade. �Usabilidade é geralmente considerada como

o fator que assegura que os produtos são fáceis de usar,

eficientes e agradáveis da perspectiva do usuário� (Preece,Rogers e Sharp, 2005).

Com a televisão convergindo com a Internet, é comum quese tente aproveitar aspectos de interação já existentes noscomputadores. Porém, a interação entre o usuário e atelevisão tem alguns pontos diferentes em relação ainteração com o computador.

O computador é usado geralmente por apenas uma pessoade cada vez e a poucos centímetros de distância, enquantoque a TV é usada geralmente por mais de uma pessoa aomesmo tempo e fica a uns 3 metros de distância dosusuários. Enquanto no computador é comum ser feito umagrande entrada de dados através do teclado, na TV aprincipal tarefa é assistir aos programas e a entrada dedados é bem menor do que em um computador. (Nielsen,1997)

Além de comparar a televisão com o computador, épossível fazer a comparação com um outro dispositivo queestá cada vez mais presente na vida das pessoas, o celular.Pan e Ryu (2009) acreditam que os estudos e as liçõesaprendidas pela indústria de celulares podem ajudar nodesenvolvimento de interfaces para a televisão. Além disso,a maioria dos usuários de celular também são usuários detelevisão.

O celular foi criado para fazer e receber ligações. O que fezcom que inicialmente, tivesse uma interface simples,basicamente números e botões para atender e cancelarchamadas. Muito parecida com a que as pessoas estavamacostumadas no telefone fixo.

A medida que foram inseridas novas funcionalidades, comoenvio de mensagens de texto, música, fotos e acesso aInternet, a interface começou a se tornar mais complexa,com a adição de teclas direcionais, menus de navegação eteclado alfa-numérico. Pelo fato de terem ficado maiscomplexos por causa do aumento de funcionalidades, ausabilidade passou a ser um diferencial para o sucesso doscelulares e de seus aplicativos (Pan e Ryu, 2009).

A maioria dos celulares (com excessão dos que sãotouchscreen) tem similaridades de interação com o controleremoto da televisão. Os menus são controlados por teclasdirecionais e tem teclas específicas para interação com o

software. Tanto em aplicativos na TV quanto no celular, érecomendado que se minimize a necessidade de entrada detextos.

Figura 5. Similaridades de interação entre celular e televisão.

Apesar da televisão ter uma tela bem maior que o celular,não é recomendado que este espaço todo seja ocupado pelaexibição de aplicativos e menus, pois poderia atrapalhar aprincipal interação do usuário com a televisão, assisti-lá.Por isso o formato de widget (pequenos aplicativos) é omais indicado para a TV. O celular também tem restriçãona exibição de muito conteúdo em sua tela, primeiramentepor causa do tamanho e em segundo porque o usuáriogeralmente faz outras tarefas enquanto o usa. Osaplicativos, tanto na TV quanto no celular, devem sersimples e cumprir seus objetivos rapidamente, sem tirar aatenção do usuário em sua tarefa principal.

Figura 6: Aplicativos de previsão do tempo em uma TV e no

Iphone, respectivamente.

Considerando o uso de widgets como uma forma deinteração entre o usuário e a televisão, e as similaridadesentre estes widgets com aplicativos para celulares, épossível aproveitar as recomendações de empresas daindústria de celulares.

RECOMENDAÇÕES DE USABILIDADEApple e Nokia têm recomendações (guidelines) para odesenvolvimento de interfaces para celulares, que podemser aproveitadas no desenvolvimento de widgets para a TV.A empresa Google também têm recomendações específicaspara o desenvolvimento de aplicativos para TV.

�As recomendações (guidelines) e os padrões

(standards) de design existem para ajudar os

designers a criarem designs melhores a partir da

experiência de outros.� (Preece, Rogers e Sharp,

2005)

A empresa Apple sugere em seu iPhone Human InterfaceCópias digitais ou impressas deste artigo são permitidas desde que sejam para uso pessoal ou em sala de aula e com as devidas

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Guidelines:

· A tela compacta do iPhone faz com que sejanecessário desenvolver uma interface específicapara o aparelho, menor do que as interfaces feitaspara computadores de mesa.

· Mostrar na interface sempre uma tela de cada vez,diferente dos aplicativos para computadores demesa, onde é comum mostrar várias janelas aomesmo tempo, geralmente uma sobrepondo aoutra.

· A interface deve ser intuitiva a ponto de o usuárionão precisar da Ajuda do aplicativo para aprendercomo usá-lo.

· A interface deve sempre dar feedback das açõesacionadas pelo usuário. É importante manter ousuário sempre informado sobre o status daaplicação.

· Digitação de textos toma tempo e atenção dousuário, é recomendado minimizar a necessidadede entrada de dados e sempre optar pela interaçãoonde o usuário escolhe uma opção de menu.Normalmente é mais fácil para o usuário,selecionar um item de uma lista do que digitarpalavras.

· Mostrar informações sucintamente, quando o textona interface é curto e direto, o usuário compreendemais rapidamente as ações que deve tomar.

· Focar na tarefa principal. Ao decidir o que mostrarem cada tela da aplicação, veja o que é crítico erealmente necessário para o usuário naquelemomento.

A empresa de celulares Nokia sugere em seu Top 10usability guidelines for S60 applications:

· Forneça um modelo claro de navegação.Funcionalidades essenciais devem sempre aparecerna tela principal, e a navegação deve focar nasprincipais tarefas.

· Use a linguagem do usuário. Usar linguagemfamiliar dos usuários da aplicação e evitar termostécnicos.

· Esconda a complexidade da conexão do celular.Status de conexão deve ser mostrada claramente.

· Forneça feedback útil. Se o processamento levarmais que meio segundo, é recomendado indicarque algo está acontecendo.

· Seja consistente com controles. Diminua aquantidade de erros usando as teclas defuncionalidades dos celulares, conhecidas como

softkeys.

· Forneça um menu de opções simples.

· Use abas de forma inteligente. As principaisfuncionalidades devem estar na primeira aba.

· Facilite a entrada de informações. Ao invés deentrada de texto, prefira disponibilizar uma lista deopções, para que o usuário escolha uma. Ofereçasempre valores padrões.

· Mostre a informação de forma clara. Informaçõesessenciais não devem ser mostradas só na forma deícones. Use cores e símbolos pra destacar eagrupar ítens.

· Forneça ajuda. Ajuda contextual deve serdisponibilizada na aplicação. Informações detalhasdevem estar disponíveis em um site ou no manual.

A empresa Google também sugere algumas recomendaçõespara criar websites e aplicativos para o seu novo produto, oGoogle TV (Google, 2010):

· Entenda que o conteúdo é o que mais importa.Forneça o conteúdo desejado para ele o quantoantes. Não interrompa quando o usuário estiverassistindo TV, melhore a experiência que ele estátendo.

· Respeite o contexto da sala de estar. Pense sobre oque os usuários podem querer ou não, quandoestão assistindo TV com a família e amigos.

· Se lembre que a TV é social. Leve emconsideração como grupos de pessoas podem usarseu aplicativo e ofereça formas em que a pessoamesmo sozinha, use a TV em um contexto social.

· Aprenda as vantagens e desvantagens da tela e doaúdio da TV. As cores na TV podem aparecer deforma diferente. O texto deve ser legível adistância. O som também é uma possibilidade deinteração.

· Ofereça opções simples e faça com que as formasde interação sejam óbvias e fáceis de escolher.Tenha uma navegação simples, para ser feita pelasteclas direcionais do controle remoto.

· Agrupe seu conteúdo, controles e interações porprioridade e dispense tudo o que não for essencial.

· Faça com que a ação principal esteja acessível aum clique. Não esconda funcionalidadesimportantes em um menu.

· Sempre que possível deixe uma opção padrão jáselecionada.

· Evite usar ícones abstratos. Use textos curtos,

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claros e os teste com os usuários.

· Diminua a necessidade do usuário fazer rolagemvertical da tela.

· Navegação é um ponto crítico. O usuário precisade uma interação que seja rápida e fácil de seracionada a distância com o controle remoto,geralmente com uma mão e no escuro.

· A tela da TV é diferente do computador. Evitecores muito saturadas e com muito brilho. Façaelementos de interface maiores, como botões,imagens e textos.

· Aproveite as vantagens de uma tela grande eprojete sempre considerando resoluções de1280x720 e 1920x1080.

Observando as recomendações da Apple, Nokia e Google épossível notar que tanto na interação com celular, quandona interação com a TV, várias recomendações estãorelacionadas a simplicidade.

�Take things away until the design breaks, then

put that last thing back in.� (Cooper, 2007)

�Dialogues should not contain information which

is irrelevant or rarely needed. Every extra unit of

information in a dialogue competes with the

relevant units of information and diminishes their

relative visibility.� (Nielsen, 2005).

O aplicativo deve sempre ter apenas as funciondadesessenciais e que possam ser acionadas de forma rápida.

Outro ponto que as recomendações tem em comum é quetanto no celular quando na TV existe uma restrição deentrada de dados, isso faz com que seja necessário evitarentrada de dados através de digitação de textos.

Para atender as necessidades de interação da TV, é possívelcompilar as recomendações estudadas em 6 recomendações:

· Navegação simples através de menus acionadospelas teclas direcionais (setas) e teclas coloridas(vermelho, verde, azul e amarelo) do controleremoto.

· Entrada de dados deve ser feita sempre quepossível através de lista de opções com valorespadrões pré-selecionados. Se houver necessidadede entrada de texto, deve ser usado o teclado alfa-numérico do controle remoto.

· Textos, imagens e botões devem ser grandes elegíveis a uma distância de até 3 metros,considerando resoluções de 1280x720 e1920x1080.

· Manter o usuário informado (feedback) sobre ostatus do aplicativo sem interromper o conteúdo

que está sendo exibido na TV. Pode ser usado sonse pequenas animações para chamar a atenção dousuário.

· Os textos devem ser curtos, diretos e falarem alíngua do usuário.

· Sempre considere que a TV geralmente é usadapor mais de uma pessoa ao mesmo tempo.

CONCLUSÃOEste artigo apresentou um breve histórico sobre ainteratividade na televisão e as tecnologias que estãotrazendo novas funcionalidades para a TV. Com esteaumento de funcionalidades se faz necessário um estudo dausabilidade, para não tornar a TV complicada de usar.

Sendo a TV interativa um recente paradigma de interação,foram feitos poucos estudos de usabilidade em relação aela. Então a proposta do trabalho foi fazer um comparativodas formas de interação entre celular e TV e se chegou aconclusão que é possível aproveitar a experiência dosusuários com celulares para desenvolver a interface dosaplicativos para TV. Foram elaboradas 6 recomendações deusabilidade baseado em recomendações feitas pelasempresas Apple, Nokia e Google.

REFERÊNCIAS1. ABNT NBR 15607-1 (2008). Associação Brasileira de

Normas Técnicas, Televisão digital terrestre � Canal deInteratividade, Parte 1: Protocolos, interfaces físicas einterfaces de software.

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