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REDES INDUSTRIAIS CAN Wilmar Oliveira de Queiroz PUCGoiás 2012

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Page 1: REDES INDUSTRIAIS CAN Wilmar Oliveira de Queiroz PUCGoiás 2012

REDES INDUSTRIAISCAN

Wilmar Oliveira de Queiroz PUCGoiás 2012

Page 2: REDES INDUSTRIAIS CAN Wilmar Oliveira de Queiroz PUCGoiás 2012

CAN

• É um protocolo de comunicação serial;• Desenvolvido inicialmente pela Bosch (1986) para

aplicações automotivas;• Como método de acesso ao barramento usa o protocolo

CSMA/CR (Carrier Sense Multiple Access/Collision Resolution), também chamado de CSMA/CD + AMP (Carrier Sense Multiple Access/Collision Detection and Arbitration on Mesage Priority);

• Foi adotado em 1993/94 como padrão mundial ISO11898;

• CiA (CAN in Automation) é uma associação de fabricantes de controladores CAN e de microcontroladores com controladores CAN integrados.

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CAN

• Características gerais– Mensagens de dados são pequenas (até 8 bytes);– Taxa de até 1 Mbps;– Priorização de mensagens;– Pode transmitir em broadcast;– Recepção multicast com sincronização;– Detecção de erros;– Sinalização e retransmissão automática de mensagens;– CAN 2.0A especifica identificadores de 11 bits;– CAN 2.0B suporta mensagens estendidas com identificadores

de 29 bits;– É constituído somente de duas camadas: Enlace de dados e

Física. A Camada de Aplicação é especificada pelo projetista.

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CAN

• Características gerais:– O controle do acesso ao barramento é feito por um esquema de

arbitragem binária não destrutiva (bitwise arbitration) descentralizada, baseada na adoção dos níveis dominante (0) e recessivo (1);

– Não há endereço explícito nas mensagens. Cada mensagem carrega um identificador que controla sua prioridade no barramento e também identifica seu conteúdo;

– Esquema de tratamento de erros com retransmissão de mensagens;

– Isola falhas e remove nós com problema do barramento;– Filtra mensagens (endereçamento);– Os meios físicos podem ser o par metálico, a fibra óptica e

radiofrequência;– Possui capacidade multimestre;– Distingue entre erros temporários e erros permanentes;– Flexibilidade de configuração.

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CAN

• Arquitetura– Define duas camadas:

• Camada de enlace de dados– LLC – Logic Link Control

» Controle de aceitação de mensagens» Notificações de sobrecarga do nó à rede

– MAC – Medium Access Control» Controle do acesso ao meio físico» Detecção e sinalização de erros» Reconhecimento de mensagens recebidas» (Des)encapsulamento de mensagens

• Camada física– Define o nível do sinal de transmissão– Ajuste do tempo de bit (bit timing)– Sincronização entre os nós

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CAN

• Camada Física– Versões: 1.0 e 2.0A Padrão (com

identificadores de 11 bits) e 2.0B Estendida (com identificadores de 29 bits);

– A versão 2.0B pode ser:• Passiva: envia e recebe somente quadros padrão

(11 bits);• Ativa: envia e recebe quadros tanto padrão quanto

estendida.

Page 7: REDES INDUSTRIAIS CAN Wilmar Oliveira de Queiroz PUCGoiás 2012

CAN - Frames

SOF

11 bits identificadores

RT R

I

DE

r0DL

C

0 a 8 bytes de dados

CRC

ACK

EOF

I

F

S

SOF

11 bits identificadores

SRR

IDE

18 bits identificadores

RT R

r0 r1DL

C

0 a 8 bytes de dados

CRC

ACK

EOF

I

F

S• SOF – Start of Frame (1 bit) – início da mensagem e sincronismo dos nós

• Identificador (11 ou 29 bits) – define a identificação e a prioridade da mensagem

• RTR – Remote Transmission Request (1 bit) – indica uma requisição de transmissão remota

• IDE – Identifier Extension (1 bit) – indica se haverá ou não extensão do identificador

• r0 – Reservado (1 bit)

• DLC – Data Length Code (4 bits) – contém o número de bytes de dados a serem transmitidos

• Data (64 bits) – contém os dados da mensagem

• CRC – Cyclic Redundancy Check (16 bits) – código de detecção de erros

• ACK – Acknowledge (2 bits) – reconhecimento do recebimento de uma mensagem sem erros

• EOF – End of Frame (7 bits) – indica o fim de um frame

• IFS – Inter Frame Space (7 bits) – contém a quantidade de tempo requerido pelo controlador CAN para mover um frame para a posição dele na memória.

• SRR – Substitute Remote Request (1 bit) – substitui o RTR

• r1 - Reservado

Page 8: REDES INDUSTRIAIS CAN Wilmar Oliveira de Queiroz PUCGoiás 2012

• Frame de dados: transmite os dados entre os nós da rede CAN (emissor e o receptor). O campo DLC indica o tamanho da mensagem (carga útil);

• Frame remoto: é enviado por um nó da rede que necessita de uma dada mensagem. O campo RTR terá valor 1. Não existe carga útil;

• Frame de erro: notifica um erro no recebimento de um frame e pode ser enviado por qualquer nó da rede;

• Frame de sobrecarga: sinaliza sobrecarga em um nó, impossibilitando-o de receber frames de dados

CAN – Formatos de frame

Page 9: REDES INDUSTRIAIS CAN Wilmar Oliveira de Queiroz PUCGoiás 2012

• A prioridade é especificada pelos identificadores• O identificador de menor valor numérico tem maior prioridade• O protocolo CAN permite acesso simultâneo ao barramento por

diferentes nós. Nesse caso a arbitragem é requerida• Se o barramento estiver ocupado o nó atrasa sua transmissão• O método de acesso é o CSMA/CA with NDA (Carrier Sense

Multiple Access with Collision Avoidance with Non-Destructive Arbitration)

• Os conflitos são resolvidos através da arbitragem bit a bit dos identificadores das mensagens

• Cada nó observa a rede bit a bit utilizando o mecanismo bitwise em que o estado dominante (“0”) se sobrepõe ao estado recessivo (“1”)

• O nó que está transmitindo um bit dominante tem prioridade sobre o nó que está transmitindo um bit recessivo

• Todos os nós perdedores tornam-se imediatamente receptores da mensagem com maior prioridade e somente voltam a tentar transmitir quando a rede estiver livre

CAN – Processo de arbitragem

Page 10: REDES INDUSTRIAIS CAN Wilmar Oliveira de Queiroz PUCGoiás 2012

CAN – Processo de arbitragem no barramento CAN

Escuta

Escuta

Nó 1

Nó 2

Nó 3

Sinal no barramento

SOF 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0

RTR

Nó 3 ganha a arbitragem

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CAN – Processo de arbitragem no barramento CAN

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CAN - Barramento

Os dados são representados por bits Dominantes (nível 0, Vdif>=0,9V) e bits Recessivos (nível 1, Vdif =<0,5V), criados em função da condição presente nos fios CAN_H e CAN_L.

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CAN - Barramento

Page 14: REDES INDUSTRIAIS CAN Wilmar Oliveira de Queiroz PUCGoiás 2012

• O controlador CAN pode estar conectado diretamente a um microcontrolador comum

• Os microcontroladores CAN possuem um controlador CAN interno

• Um nó, geralmente, é conectado a um barramento através de um transceiver

• O transceiver transforma os bits que entram no barramento em uma tensão diferencial para diminuir a EMI

CAN – Interface com microcontrolador

Page 15: REDES INDUSTRIAIS CAN Wilmar Oliveira de Queiroz PUCGoiás 2012

CAN – Interface com microcontrolador com controlador embutido

Page 16: REDES INDUSTRIAIS CAN Wilmar Oliveira de Queiroz PUCGoiás 2012

CAN – Conexão ao barramento

• Os nós são conectados ao barramento através dos fios CAN_H e CAN_L

• Pose-se usar conectores de 9 pinos

Pino Sinal Descrição

1 - Reservado

2 CAN_L Linha "baixa" do barramento

3 CAN_GND Terra para CAN

4 - Reservado

5 CAM_SHIELD Blindagem opcional

6 GND Terra opcional

7 CAN_H Linha "alta" do barramento

8 - Reservado

9 CAN_V+ Fonte externa opcional para CAN

Page 17: REDES INDUSTRIAIS CAN Wilmar Oliveira de Queiroz PUCGoiás 2012

Protocolos de alto nível em CAN

• CAN oferece somente os serviços de transferência e requisição de dados

• A aplicação HLP (High Layer Protocol) deve especificar:– Os identificadores– Inicialização dos nós– Estabelecimento da comunicação– Transmissão de dados com mais de 8 bytes– Endereçamento dos nós– Controle de fluxo

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Alguns protocolos HLP abertos

• Automotivos– Volcano– J1939

• Industriais– CANopen– SDS – Smart Distributed Systems– CANKingdom– DeviceNet

Page 19: REDES INDUSTRIAIS CAN Wilmar Oliveira de Queiroz PUCGoiás 2012

CAN para sistemas automotivos

• Vários sensores, atuadores, sistemas de segurança, sistemas de telemetria, ...

• Os controladores espalhados reduzem o tamanho do cabeamento e gerenciam o tráfego das informações constituindo a Rede intraveicular (In-Vehicle Networking)

• Vantagens de uma rede intraveicular:– Cabeamento menor– Compartilhamento de sensores– Flexibiliza o projeto

• Padrões: CAN, SAE, VAN, ABUS

Page 20: REDES INDUSTRIAIS CAN Wilmar Oliveira de Queiroz PUCGoiás 2012

CAN para sistemas automotivos

• Padrão SAE (Society of Automotive Engineers) define três classes:– Classe A:

• Baixa velocidade (até 10 Kbps)• Aplicações típicas: entretenimento, áudio...• Implementada com uma UART (RS232)

– Classe B:• Média velocidade (até 125 Kbps)• Aplicações típicas: monitoramento de pressão, temperatura..• Protocolo SAE J1850

– Classe C:• Alta velocidade (acima de 125 Kbps)• Aplicações típicas: controle de servomecanismos em tempo

real (suspensão inteligente, controle aerodinâmico..)• Protocolo CAN 2.0

Page 21: REDES INDUSTRIAIS CAN Wilmar Oliveira de Queiroz PUCGoiás 2012

Exemplo de aplicação para sistema automotivo

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Motor

Sensores de velocidade eaceleração

ControladorCAN principal

Transmissão Freios

Reservatóriode combustível

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Exemplo de aplicação para sistema automotivo

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Exemplo de aplicação para sistema automotivo

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Referências bibliográficas

• LUGLI, Alexandre B. e SANTOS, Max M. D. SISTEMAS FIELDBUS para Automação Industrial: Devicenet, CANopen, SDS e Ethernet. 1ª ed. Editora Érica, São Paulo, 2009.

• http://www.pcs.usp.br/~laa/Grupos/EEM/CAN_Bus_Parte_3.html

• http://www.fipai.org.br/Minerva%2001%2801%29%2001.pdf