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Região Nordeste
Cap. 33
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Geral
• Apesar de não se destacar em grande parte dos indicadores econômicos e sociais, a região passa por um processo de integração econômica com o resto do país e com o mundo;
• A região apresenta pontos de elevado dinamismo econômico, tanto no campo quanto nas cidades. Porém, a elevada concentração fundiária e a persistência de graves problemas sociais representam um entrave ao desenvolvimento econômico
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Dados• Mais de 24 milhões de
pessoas têm rendimento mensal de até dois salários mínimos, o que equivale a mais da metade da população da região com mais de 10 anos de idade;
• Mesmo com o aumento da frequência escolar nos últimos anos, o percentual de analfabetos nordestinos é o dobro da média nacional;
• Apesar de receber um terço do total de turistas, a região não possui nem um décimo do faturamento anual deste setor;
• IDH – O índice da região(0,749) é inferior ao índice nacional (0,816)
SE- BA-RN AL-MA -PI
• PIB – 13,1% do PIB brasileiro BA -PE-CE PI- SE-AL
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Histórico• Período colonial (ocupação antiga) – plantations de cana-de-açúcar;
• Presença de grandes propriedades (latifúndios);
• Solos favoráveis – massapê (litoral);• Agricultura de subsistência e criação
de gado (rumo ao interior – sertão e vale do rio São Francisco);
• Coronelismo – acentuou a extrema pobreza da região nordestina, especialmente do sertanejo
• O precário desenvolvimento econômico favoreceu os movimentos migratórios rumo a outras regiões do país, especialmente o Sudeste
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Os fluxos migratórios no Brasil
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Nordeste atual: economia, recursos naturais e população
• Aumento do dinamismo econômico nas últimas décadas (setor industrial, agrário e de serviços);
• SUDENE (1959) – Superintendência de desenvolvimento do Nordeste – investimento em modernos centros industriais, beneficiando as capitais dos estados da Bahia, Pernambuco e Ceará (pequena parcela da população foi beneficiada);
• Política de desconcentração industrial (década de 90) – oferecimento de incentivos fiscais (impostos reduzidos) visando atrair indústrias (estas mais automatizadas e com demanda por mão-de-obra qualificada);
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Sub-regiões do Nordeste• Zona da Mata;
• Agreste (transição entre o litoral e o sertão);
• Sertão - marcada pelo clima semi-árido (região do polígono das secas) e a presença de caatinga;
• Meio- Norte (transição entre o sertão e a Amazônia);
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Setor Agrícola
• Destaque: monocultura de cana-de-açúcar (AL e PE) e cacau (sul da Bahia);
• Meio Norte Agricultura tradicional (cana, soja, mandioca e arroz) Extrativismo vegetal (babaçu e carnaúba encontrados na Mata
dos Cocais)
• Sertão Produção nos vales úmidos (rios temporários) e regiões de
encosta (milho, arroz feijão, mandioca, algodão e cana-de-açúcar)
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Setor Agrícola• Vale do Rio São Francisco – fruticultura irrigada (uva, manga, melão, acerola)- produzidas em larga escala, visando a exportação;
• Pontos favoráveis: mão-de-obra barata e disponível, localização em relação aos mercados europeus e americanos (menor tempo e custo do transporte) e técnicas avançadas de irrigação;
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Importância do Rio São Francisco
• É um importante elo de ligação entre as duas regiões mais populosas e de mais antigo povoamento: o Sudeste e o Nordeste;
• Percorre terras de MG, BA, PE, AL e SE;
• O rio São Francisco é o único rio perene (que não seca) que atravessa o sertão semi-árido. É conhecido como Nilo brasileiro, o rio da integração nacional;
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APROVEITAMENTO ECONÔMICO DA BACIA DO SÃO FRANCISCO
PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
NAVEGAÇÃO FLUVIAL
AGRICULTURA DE VAZANTE
AGRICULTURA IRRIGADA
Usinas: Três Marias, Sobradinho; Complexo Paulo Afonso, Moxotó, Xingó e Itaparica.
De Pirapora (MG) até Juazeiro (BA) e Petrolina (PE)
Produtos de subsistência (área das margens dos rios)
Produtos de exportação (cidades mais distantes das margens)
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Indicadores sociais e urbanização
• Apresenta os indicadores de qualidade de vida mais baixos do país: elevadas taxas de analfabetismo, mortalidade infantil, baixos salários, grade concentração de renda e de terras
• Zona da mata – sub-região mais importante – maior população e seis capitais.
• Sertão – baixa densidade demográfica – com concentrações populacionais próximo ao vale do rio São Francisco e no litoral do Ceará
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• Nas épocas de seca, parte da população migra para outras regiões (muitas vezes sem retorno);
• Para o combate às adversidades da seca tem-se construído açudes, estes são vitais para o abastecimento e sobrevivência da população sertaneja (criação de peixes, irrigação de culturas). Muitos açudes, embora construídos com dinheiro público, localizam-se em propriedades particulares. Desta forma, grande parte da população fica sem acesso a água;
• INDÚSTRIA DA SECA - poderosos usam a seca para arrancar verbas, tomar empréstimos porém a utilizam em benefício próprio (construção de estradas e açudes em suas propriedades); se valem do problema da seca para se elegerem;
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Seca
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Desenvolvimento desigual e combinado
Nordeste – Anos 50
Com o processo de industrialização no Sudeste, as manobras econômicas colocaram o Nordeste em segundo plano, fazendo desta região uma área de reserva de mão-de-obra e matéria-prima (modelo centro-periferia). A indústria paulista, ao expandir-se, acabou provocando falências de muitos estabelecimentos industriais, principalmente no Nordeste, pois era mais competitiva, produzia a baixos custos, dominando os mercados.
Tal situação tornou mais acentuado o atraso econômico da região em relação ao Centro- Sul dos país.