relação médico-paciente - comunicações dolorosas

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Prof.ª Luciana Krebs Email: [email protected]

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Health & Medicine


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Page 1: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Prof.ª Luciana KrebsEmail: [email protected]

Page 2: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Como é, doutor, estou com câncer mesmo? Sei que estou, e

morrendo por causa dele. Mas me diga, por favor!

Page 3: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

É verdade que minha filhinha morreu? Não me deixaram entrar

na CTI e estou desesperada...

Page 4: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Não me diga que não vou poder caminhar mais! Não quero cadeira de rodas. Vou largar tudo, vou me

matar!

Page 5: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Seu filho, mesmo que esteja terminando o curso de direito e seja tão jovem...é fortemente

dependente do crack.

Page 6: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Como os jovens estudantes de medicina se sentirão diante de

situações como essa?

Page 7: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

1. Serão, esses diálogos um dos maiores dilemas que enfrentaremos em nossa prática médica?

2. Mas será que precisamos falar, ou responder, sobre isso mesmo? Para quê?

3. Talvez seja mais adequado que o médico assistente, o psiquiatra ou, quem sabe o padre aborde isso.

4. O que é preciso fazer antes dessas comunicações, para serem bem-sucedidas?

Page 8: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas
Page 9: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Martins (1994)

Situações que provocaram ansiedades nos estudantes de medicina... As 3 primeiras...

1. Atendimento de parada cardíaca;

2. Ser acusado de erro médico;

3. Conversar com pacientes terminais...

Page 10: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Zaidhaft (1997)

Não é lidar com a morte a situação mais difícil, mas sim o acompanhar o paciente vivo que irá morrer.

Sentimento de culpa.

Os médico provavelmente têm mais medo da morte do que outros profissionais, ainda que de forma inconsciente.

Page 11: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

O que o doente já sabe e de que

maneira interpretou esse conhecimento?

O que ele deseja saber?

O que precisa saber para receber

o tratamento correto?

Page 12: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Com a premência de falar, pode o médico se esquecer de ouvir.

O paciente nos sinaliza, de maneira mais ou menos clara, o que quer ouvir; devemos

perceber e acatar isso.

Page 13: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Lopes (2000)

Page 14: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Oliveira Jr. (2003)

A maioria das queixas e críticas aos médicos – e aos demais membros da área da saúde – tem sido relacionada com dificuldades de comunicação, e não à competência científica.

Ser continente significa ouvir, ouvir até mesmo o silêncio...

É necessário, além da percepção das condições emocionais que o paciente apresenta, saber se ele tem uma rede de apoio para ajudá-lo a elaborar as angústias.

Page 15: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Ambiente de trabalho altamente nocivo...

Identificação com o paciente

Impotência quando toma consciência de que também é um ser humano..

...e que não pode resolver tudo com os recursos que

estão ao seu dispor.

Comunicar ao paciente a gravidade de sua doença implica em assumir a responsabilidade de apoiá-lo.

Suas ansiedades se reduzem quando eles percebem a

função terapêutica do seu vínculo emocional, e notarem que o paciente raramente quer respostas, precisando

apenas de um apoio.

Page 16: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Cuidados prévios à comunicação de más notícias

• Coletar dados de sua história, identificar como reagiu a crises anteriores ou perdas, se tentou suicídio, se apresenta patologias psiquiátricas.

• Considerar também um familiar apto a receber essas comunicações, aquele que demonstrar um sentimento positivo de afeto e de preocupação em relação ao paciente.

Page 17: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Outras recomendações...

SENSIBILIDADE

FIRMEZA

REALISMO

PERMITIR A NEGAÇÃO

Reconhecer a sua própria negação e o medo em relação

à morte é o primeiro passo para poder ajudar o paciente!

Page 18: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

• Local: pequeno, silencioso, confortável e reservado.

• Estrutura: diálogo amigável e objetivo, sem interrupções, tempo suficiente para toda a informação necessária, contato direto pessoalmente, olhar nos olhos do paciente e sentar próximo a ele, evitando barreiras físicas.

• Pessoas: identificar a existência ou não da rede social de apoio, que pode inclusive estar presente, se for interessante para o paciente ou para o médico.

• Preparação: O paciente deve ser preparado, receber um pequeno aviso para ser identificado o que ele já sabe.

• Como é dito: de modo caloroso, empático, respeitoso e interessado. Acompanhar o ritmo do paciente, dar-lhe a mão ou até abraçá-lo, quando adequado, auxilia muito o vínculo neste momento.

Recomendações de ordem prática...

Page 19: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

• Local: pequeno, silencioso, confortável e reservado.

• Estrutura: diálogo amigável e objetivo, sem interrupções, tempo suficiente para toda a informação necessária, contato direto pessoalmente, olhar nos olhos do paciente e sentar próximo a ele, evitando barreiras físicas.

• Pessoas: identificar a existência ou não da rede social de apoio, que pode inclusive estar presente, se for interessante para o paciente ou para o médico.

• Preparação: O paciente deve ser preparado, receber um pequeno aviso para ser identificado o que ele já sabe.

• Como é dito: de modo caloroso, empático, respeitoso e interessado. Acompanhar o ritmo do paciente, dar-lhe a mão ou até abraçá-lo, quando adequado, auxilia muito o vínculo neste momento.

Recomendações de ordem prática...

Page 20: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

• Local: pequeno, silencioso, confortável e reservado.• Estrutura: diálogo amigável e objetivo, sem interrupções, tempo

suficiente para toda a informação necessária, contato direto pessoalmente, olhar nos olhos do paciente e sentar próximo a ele, evitando barreiras físicas.

• Pessoas: identificar a existência ou não da rede social de apoio, que pode inclusive estar presente, se for interessante para o paciente ou para o médico.

• Preparação: O paciente deve ser preparado, receber um pequeno aviso para ser identificado o que ele já sabe.

• Como é dito: de modo caloroso, empático, respeitoso e interessado. Acompanhar o ritmo do paciente, dar-lhe a mão ou até abraçá-lo, quando adequado, auxilia muito o vínculo neste momento.

Recomendações de ordem prática...

Page 21: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

• Local: pequeno, silencioso, confortável e reservado.• Estrutura: diálogo amigável e objetivo, sem interrupções, tempo

suficiente para toda a informação necessária, contato direto pessoalmente, olhar nos olhos do paciente e sentar próximo a ele, evitando barreiras físicas.

• Pessoas: identificar a existência ou não da rede social de apoio, que pode inclusive estar presente, se for interessante para o paciente ou para o médico.

• Preparação: O paciente deve ser preparado, receber um pequeno aviso para ser identificado o que ele já sabe.

• Como é dito: de modo caloroso, empático, respeitoso e interessado. Acompanhar o ritmo do paciente, dar-lhe a mão ou até abraçá-lo, quando adequado, auxilia muito o vínculo neste momento.

Recomendações de ordem prática...

Page 22: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

• Local: pequeno, silencioso, confortável e reservado.• Estrutura: diálogo amigável e objetivo, sem interrupções,

tempo suficiente para toda a informação necessária, contato direto pessoalmente, olhar nos olhos do paciente e sentar próximo a ele, evitando barreiras físicas.

• Pessoas: identificar a existência ou não da rede social de apoio, que pode inclusive estar presente, se for interessante para o paciente ou para o médico.

• Preparação: O paciente deve ser preparado, receber um pequeno aviso para ser identificado o que ele já sabe.

• Como é dito: de modo caloroso, empático, respeitoso e interessado. Acompanhar o ritmo do paciente, dar-lhe a mão ou até abraçá-lo, quando adequado, auxilia muito o vínculo neste momento.

Recomendações de ordem prática...

Page 23: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

É melhor responder à mensagem, não a palavra...

“Sinto muito que você esteja tão nervosa. Sei que isso é muito

difícil...”

Massei e Shakin (1996)

Page 24: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

O doente exige do médico posições paradoxais...

Cuidar a tentação de assumir um desses aspectos...

O médico está ali como colaborador, não podendo ser visto pelo paciente como

culpado ou responsável.

Page 25: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Deve ser o mais sincero possível ao comunicar o diagnóstico à família e evitar que o paciente o saiba por ela.

A tristeza, assim como a raiva é uma reação normal e a família deve aceitá-la, apoiando o paciente.

Na fase final, o paciente pode surpreender a família por precisar reviver coisas pendentes (reconciliações).

A maioria das família solicita que não se conte a verdade aos pacientes, tentando “protegê-los” – em consequência disso, muitos pacientes sofrem sozinhos com sua verdade.

Incentivar a família a cuidar do paciente auxilia a se prepararem para o momento da perda.

Atitudes em relação à família...

Page 26: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Deve ser o mais sincero possível ao comunicar o diagnóstico à família e evitar que o paciente o saiba por ela.

A tristeza, assim como a raiva é uma reação normal e a família deve aceitá-la, apoiando o paciente.

Na fase final, o paciente pode surpreender a família por precisar reviver coisas pendentes (reconciliações).

A maioria das família solicita que não se conte a verdade aos pacientes, tentando “protegê-los” – em consequênciadisso, muitos pacientes sofrem sozinhos com sua verdade.

Incentivar a família a cuidar do paciente auxilia a se prepararem para o momento da perda.

Atitudes em relação à família...

Page 27: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Deve ser o mais sincero possível ao comunicar o diagnóstico à família e evitar que o paciente o saiba por ela.

A tristeza, assim como a raiva é uma reação normal e a família deve aceitá-la, apoiando o paciente.

Na fase final, o paciente pode surpreender a família por precisar reviver coisas pendentes (reconciliações).

A maioria das família solicita que não se conte a verdade aos pacientes, tentando “protegê-los” – em consequênciadisso, muitos pacientes sofrem sozinhos com sua verdade.

Incentivar a família a cuidar do paciente auxilia a se prepararem para o momento da perda.

Atitudes em relação à família...

Page 28: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Deve ser o mais sincero possível ao comunicar o diagnóstico à família e evitar que o paciente o saiba por ela.

A tristeza, assim como a raiva é uma reação normal e a família deve aceitá-la, apoiando o paciente.

Na fase final, o paciente pode surpreender a família por precisar reviver coisas pendentes (reconciliações).

A maioria das família solicita que não se conte a verdade aos pacientes, tentando “protegê-los” –em consequência disso, muitos pacientes sofrem sozinhos com sua verdade.

Incentivar a família a cuidar do paciente auxilia a se prepararem para o momento da perda.

Atitudes em relação à família...

Page 29: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

Deve ser o mais sincero possível ao comunicar o diagnóstico à família e evitar que o paciente o saiba por ela.

A tristeza, assim como a raiva é uma reação normal e a família deve aceitá-la, apoiando o paciente.

Na fase final, o paciente pode surpreender a família por precisar reviver coisas pendentes (reconciliações).

A maioria das família solicita que não se conte a verdade aos pacientes, tentando “protegê-los” – em consequênciadisso, muitos pacientes sofrem sozinhos com sua verdade.

Incentivar a família a cuidar do paciente auxilia a se prepararem para o momento da perda.

Atitudes em relação à família...

Page 30: Relação médico-paciente - Comunicações Dolorosas

“...em tempo de catástrofes nos damos conta de que somos apenas pessoas; pessoas que precisam de pessoas.”