relações interpessoais

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Trabalho realizado por: André Borges Nº 4 Gonçalo Relvas Nº 22 Pedro Oliveira Nº 24 Tiago Lopes Nº 26

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Trabalho sobre as relações interpessoais, com uma abordagem aprofundada sobre expectativas

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Page 1: Relações Interpessoais

Trabalho realizado por:André Borges Nº 4

Gonçalo Relvas Nº 22Pedro Oliveira Nº 24

Tiago Lopes Nº 26

Page 2: Relações Interpessoais

Durante este trabalho iremos em aspectos das relações que estabelecemos com outras pessoas.

Iremos tratar dos efeitos que as expectativas que nós temos acerca dos outros e dos efeitos das expectativas que outros têm a nosso respeito, e a relação entre expectativas, estatuto e papel social.

Também vamos abordar as Atitudes e as suas Componentes, abordaremos a relação entre o Comportamento e as Atitudes e a Formação e Mudança de Atitudes.

Iremos dar a conhecer a Teoria da Dissonância Cognitiva de Leon Festinger.

Page 3: Relações Interpessoais
Page 4: Relações Interpessoais

Ao encontramo-nos pela primeira vez com uma pessoa estranha criamos impressões sobre esta, e em função dessas impressões vamos criar expectativas sobre a pessoa.

As expectativas são mutuas.

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Nós formamos expectativas para facilitar a leitura do mundo

As expectativas podem ser influenciadas pelo nosso humor

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Exemplo:

Se estivermos num lugar qualquer e avistar-mos uma pessoa vestida com a farda da policia, iremos reconhecer que essa pessoa é um agente da policia. A roupa serviu como indicio para reconhecer que o individuo pertence a uma determinada categoria social. A partir desta categorização, desenvolve-se um conjunto de expectativas sobre o seu comportamento.

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Page 8: Relações Interpessoais

Vemos uma pessoa vestida com a farda da policia

Reconhecemos que essa pessoa pertence ao corpo policial

Formação de expectativas sobre o modo como o agente vai agir

Dedução

Indução

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Tal como em outros processos mentais, as expectativas formam-se no processo de socialização por influência dos nossos valores, crenças, tradições e história pessoal transmitidos pela família, pela escola, pelo grupo de pares e pela comunicação social.

Num país em que a farda policial seja totalmente diferente da farda vestida pela PSP, que as expectativas seriam totalmente diferentes.

Nós de um agente da polícia esperamos que ele seja capaz e estar disposto de proteger a sociedade de violência e de crimes e que esteja disposto a defender os direitos dos cidadãos.

A Psicologia Social tem um grande interesse ao estudo de expectativas pois, em certa medida, nós comportamo-nos, geralmente, de acordo com o que os outros esperam de nós

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Estatuto tem origem na palavra latina statusque significa posição vertical, situação, condição.

O estatuto é a situação de um individuo, pelas relações em que se encontra face aos outros membros do seu grupo social. Esta posição é o resultado de uma avaliação feita pelo seu grupo e determina o nosso estatuto através das expectativas de comportamento que os outros têm sobre nós.

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- Os estatutos atribuídos são impostos a todas as pessoas à nascença, e são adquiridos por simples factos, como pertencer ao sexo masculino ou feminino, ou a uma determinada etnia, ou de que estatuto é são os pais (como o sistema de castas existente entre a comunidade Hindu),entre outros.

- Os estatutos adquiridos são aqueles em que o individuo contribuiu para o obter, dependem dos nossos esforços, da nossa vontade e da nossa iniciativa (profissão, formação académica, entre outras).

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Durante a exerção das funções respectivas, há um conjunto de expectativas mútuas que regulam as relações. Isto é, de acordo com a função social que exerce corresponde um determinado estatuto, ou posição que ocupa na hierarquia social. Este estatuto permite nós esperarmos determinados comportamentos das outras pessoas. Implicando assim um conjunto de privilégios e direitos.

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“Se encontrasse alguém pela primeira vez, e se esse alguém pusesse de repente a mão dentro da sua boca, ficaria por certo bastante surpreendido. Ou, então, suponha que uma pessoa que nunca viu antes o manda despir-se. A sua reacção seria difícil de prever. E, no entanto, todos nós passamos por situações desse tipo sem pestanejar. …

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“…Quando o individuo que lhe coloca a mão na boca é um dentista, ou quando o estranho que o manda despir é um médico, a situação apresentasse num contexto em que esse comportamento é esperado. …”

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Os psicólogos sociais utilizam os termos estatuto e papel para descrever este tipo de comportamento esperado. O estatuto é a posição que ocupamos na hierarquia de prestígio da sociedade. Papel é o comportamento que se espera de nós devido ao estatuto particular que temos. O conformismo é essencial ao estatuto e ao papel, porque o estatuto nos cria uma obrigação de agir (representar o papel) da maneira que a sociedade espera (conformismo com as expectativas sociais).”

SPRINTHALL, N e SPRINTHALL, R., Psicologia do Adolescente, F.C. Gulbenkian, 1994, p.489

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A cada estatuto corresponde um papel, isto é, um conjunto de comportamentos que são esperados de um sujeito com determinado estatuto. Nota-se assim uma complementaridade entre estatuto e papel. Uma pessoa pode ter diversos estatutos e por isso diversos papéis.

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Numa sociedade, os papéis sociais já estão pré-concebidos, compreendendo um conjunto de comportamentos padrão. Estes comportamentos estão de tal forma interiorizado que os membros sabem quais as reacções que um comportamento seu pode provocar. Isto denomina-se expectativa de conduta.

As expectativas afectam o modo de interagir entre as pessoas, o que por sua vez influencia a nossa auto-imagem e comportamento.

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Foram feitas algumas experiências acerca deste assunto, que ajudaram na conclusão de algumas ideias interessantes. Numa delas consistia em colocar homens e mulheres em contacto através de um telefone. A metade os homens foi-lhes dito que as mulheres com quem estavam a falar eram bonitas e simpáticas. Os homens iniciaram a conversa de uma forma meiga e alegre. Quando disseram aos homens que as mulheres eram feias, os efeitos foram contrários, eles iniciaram a conversa de uma forma pouco simpática e alegre. Por sua vez, a mulher, que desconhecia a opinião que tinha sido transmitida, respondia de maneira alegre e meiga, ou de forma mais fria e distante conforme o modo como o homem falava. Esta experiência obteve os mesmos resultados quando os papéis se invertiam, quando a mulher recebia a informação da beleza do homem com quem falava.

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O desempenho simultâneo de vários papéis sociais pode ser gerador de conflitos internos no individuo que os desempenha. Face à incompatibilidade, a pessoa que vive o conflito sente sentimentos de ansiedade e tensão.

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Existem três tipos de conflitos: conflitos interpapéis (por exemplo: uma mulher que tem dificuldades de conciliar o papel de mãe e o papel de gerente da empresa), conflito intrapapéis (exemplificando: a exposição pública inerente ao papel de actor e a sua timidez), conflito de descontinuidade de papéis (ex.: alguém que que estava habituado a assumir o papel e que de repente é afastado desse papel e passa a exercer um outro papel com o qual não se identifica).

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O efeito das expectativas na nossa vida é bastante interessante de estudar, pois sem nós termos consciência, elas influenciam o de quem nos rodeia, que por sua vez influencia o nosso

comportamento. Um dos psicólogos que se envolveu

mais no estudo deste fenómeno foi Robert Rosenthal, professor norte-americano de psicologia. Ele realizou 345 experiências de modo a estudar esta área. Sendo uma delas o estudo das expectativas dos professores sobre os alunos.

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Ele, de modo a estudar o efeito das expectativas dos professores nos alunos, realizou uma pesquisa, no início do ano escolar, na escola primária Oak School(onde o director era Lenore Jacobson) no sul de São Francisco, EUA, localizada num bairro.As crianças como pertencentes a um meio social desfavorecido tinham maus resultados escolares como seria previsto.

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Robert aplicou a todas as crianças de dezoito salas de aula um teste de inteligência (teste T.O.G.A. de Flanagan). Em cada sala de aula, os psicólogos escolheram 20% das crianças por sorteio aleatório, e disseram aos seus professores (que desconheciam do sorteio) que os resultados do teste daquelas crianças indicavam que elas poderiam apresentar surpreendentes resultados positivos no desempenho intelectual durante o ano. A única diferença das escolhidas em relação às outras era apenas a expectativa criada na mente dos professores.

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No final do ano escolar, todas as crianças voltaram a ser testadas com exactamente o mesmo teste de inteligência. A maioria das crianças, cujos professores tinham a expectativa de que elas iriam ter um grande crescimento no desempenho intelectual, tiveram resultados no teste bem superiores ao resto dos alunos da escola.

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Quando os professores foram chamados para descrever o comportamento destes casos, os professores insistiam que eles tinham uma enorme alegria, curiosidade, originais e adaptáveis.

Aquelas crianças no início do ano lectivo não eram diferentes das outras. Mas esperando que elas se comportassem como crianças inteligentes e talentosas, os professores trataram-nas como se elas fossem melhores que as outras e a este efeito que nós denominamos por Efeito Pigmalião.

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Entretanto, Rosenthal estudou as atitudes dos professores face às outras crianças, analisando um subgrupo que apresentava sucesso escolar e desenvolvimento intelectual, mas que não foi assinalado aos professores. Os professores consideraram essas crianças menos interessantes e adaptadas em relação às outras. Ou seja, os alunos que foram bem-sucedidos sem que os professores previssem foram encarados de forma negativa pelos professores.

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Estes estudos demonstraram o efeito Rosenthal, que tem três componentes:

- Os alunos em que os professores têm boas expectativas tendem a ter bons resultados;

-Os alunos de quem não se esperam grandes resultados tendem a sair-se menos bem;

-Os alunos que fazem progressos, contrariando as expectativas, são vistos negativamente pelo professor.

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Uma outra experiência realizada por Rosenthal foi para estudar o efeito das expectativas dos investigadores e chegou à conclusão que os investigadores, inconscientemente, afectavam o resultado dos seus estudos.

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Rosenthal chamou um grupo de investigadores para verificarem uma experiência falsa organizada por ele. A experiência falsa consistia em colocar 2 grupos de ratos (em que todos os ratos eram iguais). Informaram os investigadores que o 1º grupo de ratos era fruto de cruzamentos genéticos seleccionados, prevendo-se, por isso, que estes fossem mais astutos e passassem labirintos de forma mais rápida do que o outro grupo (grupo de controlo). Os ratos em que os investigadores tinham expectativas altas acabaram por terem melhores resultados do que os demais, apesar de serem iguais aos outros. Rosenthal inferiu que os investigadores reflectiam as suas expectativas positivas, manipulando-os mais cuidadosamente, protegendo-os mais e incentivando-os.

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Estas e outras experiências parecidas com resultados idênticos não permitiram estabelecer uma relação directa entre expectativas positivas dos professores e sucesso dos alunos. Nem o contrário, expectativas negativas prejudicarem o futuro dos alunos. A única coisa que se conseguiu constatar é que há uma tendência de os alunos apresentarem mais progressos quando as expectativas são mais positivas. Concluiu também que geralmente este processo não é consciente.

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De um modo geral, atitudes são tendências para responder a um objecto social –situação, pessoa, grupo acontecimento – de modo favorável ou desfavorável.

As atitudes não são, portanto, um comportamento mas uma predisposição, uma tendência relativamente estável para uma pessoa se comportar de uma certa maneira.

As atitudes desempenham um papel importante no modo como processamos a informação do nosso quotidiano.

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As atitudes permitem-nos: interpretar, processar e organizar as informações. É graças a este processo que podemos explicar o facto de, perante diversas situações, adversidades, casos da vida, haver diferentes interpretações das mesmas pelas pessoas.

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Por exemplo: Um jogo de futebol. Os apoiantes de cada uma das equipas, com certeza terão diferentes opiniões em relação a diferentes lances, muitas vezes opiniões contraditórias.

Outro exemplo: Um carroCom certeza o carro não será do agrado de todos, para umas pessoas o carro é bonito, para outras o carro é feio. Para uns é um carro útil, para outros não.

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Nas atitudes, podem distinguir-se três componentes: Cognitiva, afectiva e comportamental. Componentes estas que são construídas ao longo da vida, sendo mais incidentes durante a infância e a adolescência.◦ Componente cognitiva◦ Constituída pelo conjunto de ideias, crenças, informações que

se tem em relação a um certo objecto social (objecto, pessoa, situação, grupo).

◦ Componente afectiva◦ Esta componente é de carácter afectivo ou valorativo e refere-

se aos sentimentos positivos ou negativos relativamente ao objecto social (pessoa, grupo, objecto, situação).

◦ Componente comportamental◦ É o resultado das interacções estabelecidas entre os elementos

cognitivos e afectivos. Trata-se de uma predisposição ou intenção relativamente ao que pretendemos fazer ou dizer, ou seja, da tendência para reagir e actuar de dada forma.

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Estas três componentes estão relacionadas entre si

É a partir de uma ideia ou informação a que se atribui um sentimento que, por sua vez, desenvolve um conjunto de comportamentos.

Por exemplo: Ouve-se muitas vezes médicos ( e não só) dizer que fazer exercício faz bem à saúde. Essa informação vai ter um impacto em quem a ouve ou lê (um sentimento), ou seja, vão pensar que são iniciativas boas porque o resultado final é positivo. E é aí que se desenvolve um comportamento. As pessoas, dependendo de vários factores (força de vontade, estado de saúde), vão ou não fazer exercício físico.

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Dissonância cognitiva é um termo da psicologia social e é uma teoria que foi criada por Leon Festinguer e Carlsmith. Dissonância Cognitiva é um sentimento desagradável que pode acontecer quando a pessoa sustenta duas atitudes que se opõem. A teoria foi desenvolvida através de uma investigação que se fez na década de cinquenta, essa investigação foi feita a uma seita religiosa que tinha previsto que num certo dia de Dezembro daquele ano o mundo iria acabar e quando esse dia chegou nada aconteceu.

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Sempre que uma informação ou acontecimento contradiz o sistema de representações, as convicções, a atitude de uma pessoa, gera-se um mal-estar e uma inquietação que têm de ser resolvidos: ◦ Ou muda-se o sistema de crenças;◦ Ou reinterpreta a informação que a contradiz; ◦ Reformularam as crenças anteriores.

As razões quanto mais fracas forem, o sentimento da dissonância é maior sendo também a motivação maior para mudar a atitude que faz com que haja esta inconsistência.

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Exemplo: Contra as touradas de morte- Para resolver esta

contrariedade o individuo por um lado, desvaloriza a morte dos animais nos matadouros com a argumentação “É uma morte rápida” mas por um outro lado, poderá a ser a favor do aborto e para eliminar esta divergência em que defende a vida animal e não ter a mesma opção que em relação a vida humana, pode argumentar da seguinte forma “A vida humana só começa a partir de um determinado período como por exemplo 12 semanas de gestações intra-uterino”. Eliminando os elementos fornecidos pela realidade transformando-a naquilo em que deseja através dos seus argumentos.

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Nietzsche fala da transvaloração, é o processo em que os valores vão-se modificando com o passar do tempo. Das primeiras vezes a nossa inconsciência refuga as contradições em relação aos seus princípios e por fim admite o que antes era improvável. Sendo a mudança lenta e de grande ansiedade.

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Mudar crenças que fogem ao normal e que já estão enraizadas e expor as ideias fazem parte da terapia que gera a dissonância cognitiva que não é confortável e sendo assim torna-se difícil de mudar as crenças. Então sendo assim os psicoterapeutas em vez de dar ordens fazem perguntas que levam os pacientes a pensar para que tenham crenças diferentes.

Dissonância cognitiva pode-se serenar de várias maneiras: Mudando as duas convicções Alterando a percepção da importância de uma delas Acrescentando mais uma informação Negando a relação entre as duas convicções/informações

que nos temos