relatório - bruno chagas
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8/9/2019 Relatrio - Bruno Chagas
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Relatrio de Visita Tcnica ao SEBRAE/RS
Bruno Montenegro Belo Leal Chagas
Braslia DF
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Sumrio
1. Introduo 31.1. A Economia do Rio Grande do Sul 3
1.2. A Atuao do SEBRAE/RS 32. Projetos Desenvolvidos pelo SEBRAE/RS 5
2.1. Artesanato Mar de Dentro 52.2. Mais Varejo 62.3. Litoral Norte Gacho 7
2.3.1. O Impacto na Micro Empresa Local: O Caso da Pousada
Stio da Esperana8
3. Atendimento no SEBRAE/RS 93.1. Balco de Atendimento 93.2. Call Center 9
4. Concluso 11
1. Introduo
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1.1. A Economia do Rio Grande do Sul
O estado gacho caracteriza-se por uma estrutura econmica
diversificada. Dados disponibilizados pela Fundao de Economia e Estatstica do
Rio Grande do Sul revelam que o setor de servios responde por mais de 61% do
Valor Adicionado Bruto do estado, seguido pela indstria e pela agropecuria com
27,5% e 11,2% respectivamente.
A participao do setor tercirio na economia local particularmente forte
na Serra Gacha devido ao turismo. J a rea metropolitana de Porto Alegre em
conjunto com a regio do Vale dos Sinos concentra a maior parte das indstrias do
Rio Grande do Sul, passando do setor caladista ao automobilstico. Este eixo
dinmico contrapunha-se regio sul do estado, que at a recente instalao do
porto de Rio Grande era marcada pela estagnao econmica.
A renda per capita do estado em 2009 foi mais de 10% superior mdia
nacional, totalizando R$ 18.771,00. Ainda que a pobreza no se faa to presente
quanto nas demais unidades da federao; o Rio Grande do Sul ainda apresenta
grandes desafios para dinamizar a economia de determinadas regies,
principalmente nas reas litorneas.
1.2. A Atuao do SEBRAE/RS
O SEBRAE Rio Grande do Sul segue os preceitos da misso estabelecida
pelo SEBRAE Nacional; as prioridades locais estratgicas, contudo, so definidas de
forma independente. Desta forma, visto que a questo da desigualdade regional no
premente no estado, o SEBRAE/RS optou por priorizar aes nas reas de maior
PIB com o intuito de mant-las como dnamos da economia local. Desta forma, as
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Regionais Metropolitana, Serra Gacha e Vale dos Sinos concentram mais de 52%
do oramento destinado aos projetos coletivos.
Para desempenhar tal tarefa, contudo, tornou-se imprescindvel que a
sede regional desenvolvesse uma nova gesto de inteligncia estratgica. O
aprofundamento da anlise de dados socioeconmicos, em conjunto com o cenrio
institucional para as micro e pequenas empresas e o perfil do trabalhador local criou
uma nova base para as tomadas de deciso, em especial com o auxlio do
georreferenciamento, tambm desenvolvido pela equipe local.
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2. Projetos Desenvolvidos pelo SEBRAE/RS1
2.1. Artesanato Mar de Dentro
Voltado para um grupo de aproximadamente 300 artesos da zona rural,
da periferia urbana e de colnias de pescadores de 25 municpios da regional sul, o
Projeto Mar de Dentro um dos poucos do SEBRAE Rio Grande do Sul com foco
exclusivo no artesanato.
Localizado em meio ao maior complexo lagunar da Amrica Latina,
formado pela Laguna dos Patos e pelas lagoas Mirim e Mangueira, a regio do Mar
de Dentro caracteriza-se pela biodiversidade. Assim as aes do projeto visam, alm
da gerao de renda para os artesos, promover a adoo de prticas sustentveis
como a reciclagem e o uso de matria prima local, de modo a alcanar os seguintes
resultados:
Aumentar a renda dos artesos participantes do projeto em 30% at 2010,
sendo 5% em 2008, 10% em 2009 e 15% em 2010;
Aumentar em 15% o nmero de artesos ocupados atravs do projeto at
2010, sendo 5% em 2008, 5% em 2009 e 5% em 2010;
Criao de uma associao regional dos artesos do Projeto at o final de
2010;
Aumentar o nmero de pontos de vendas dos produtos em 15% at 2010,
sendo 3% at dezembro de 2008, 5% em 2009 e 7% em 2010.
2.2. Mais Varejo
1As sees que seguem so baseadas nas apresentaes tcnicas e atividades realizadas nas cidades de
Porto Alegre, Osrio e Balnerio Pinhal nos dias 14 e 15 de julho de 2010.
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O Programa Mais Varejo um projeto de abordagem setorial com foco no
fortalecimento do ambiente do comrcio visando melhoria da atratividade local e
da competitividade das empresas por meio do associativismo.Tendo por pblico alvo
as empresas de comrcio varejista e de servios concentradas em um espao
delimitado, as denominadas aglomeraes comerciais, o projeto destaca-se pelo uso
do mtodo da abordagem.
Dividido em oito etapas, o processo inicia-se com a escolha do
aglomerado comercial a ser desenvolvido, sendo seguido pela integrao com os
parceiros e posteriormente pelo levantamento dos dados secundrios. Vencidas
estas trs primeiras fases, parte-se para o Diagnstico Mais Varejo (DMV) em que
os pontos fortes e fracos do comrcio local so levantados e documentados por um
cliente oculto. Em seguida, desenvolvido um trabalho de sensibilizao do
empreendedor local em trs etapas para que, por fim, seja posto em prtica o plano
de ao criado.
Os resultados esperados do programa mudam de acordo com a realidade
do aglomerado comercial trabalhado. No caso da ao mais recente, desenvolvida
nos bairros Cohab e Nova Santa Rita do municpio de Guaba, regio metropolitana
de Porto Alegre, foram traadas as seguintes metas:
Implantao de ferramentas de controle gerencial em 80% dos empresrios,
sendo 30% em 2010 e 50% em 2011;
Aumentar a variao percentual do ticket mdio em 20% at dezembro de
2011;
Aumentar o nmero de clientes das empresas em 10% at dezembro de 2010
e 10% at dezembro de 2011.
2.3. Litoral Norte Gacho
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Economicamente, a regio do litoral norte gacho caracteriza-se pela
sazonalidade. Passado o curto perodo de vero do estado, as cidades litorneas e
na encosta da Serra Geral feneciam. Com o intuito de dinamizar a regio, o
SEBRAE/RS desenvolveu um projeto de fomento da competitividade do destino
turstico do Litoral Norte Gacho ao longo de todo o ano, por meio da inovao,
excelncia, hospitalidade e desenvolvimento sustentvel das micro e pequenas
empresas engajadas.
Iniciado em janeiro de 2009 sob a gerncia de Andr Luiz Fialho Blos e
tendo por gestora a tcnica Camila Ferraz Jacques o projeto definiu as seguintes
metas:
Aumentar em 15% o consumo dos produtos e servios, sendo 5% at o final
de 2009; 5% at o final de 2010 e 5% at o final de 2011;
Aumentar em 5% a taxa de ocupao hoteleira at o final de 2009; 5 % at
final de 2010 e 5% at final de 2011;
Aumentar em 5% o nmero de refeies servidas at o final de 2009; 5% at
final de 2010 e 5% at final de 2011;
Estimular aes de forma cooperada entre poder pblico e empreendedores.
Ao final do primeiro ano, o projeto Turismo do Litoral Norte Gacho
atendia 238 empresas nos 23 municpios participantes. Ainda em 2009 foi lanada e
entregue oficialmente Associao dos Municpios do Litoral Norte a logomarca do
destino turstico.
Alm disto foram criados 3 novos roteiros tursticos, so eles: Roteiro dos
Bons Ventos, na regio de Osrio; Roteiro ECOMEL, Balnerio Pinhal; Roteiro da
Lagoa, em Tavares
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2.3.1. O Impacto na Micro Empresa Local: O Caso da Pousada Stio da
Esperana
Aberta oficialmente em 2007, a Pousada Stio da Esperana originou-se
dois anos antes, com a deciso tomada pelo casal de agricultores aposentados
Valderez e Marino Tatsch de receberem hspedes em casa, na zona rural de
Osrio. Com o rpido crescimento do negcio o filho mais jovem do casal, Jorge
Leonardo, solicitou baixa do exrcito e buscou capacitao para comandar o
empreendimento.
Aps a realizao de um Seminrio Empretec, Leonardo buscou auxlio
junto ao SEBRAE/RS e obteve o suporte necessrio para a abertura da pousada.
Atualmente, embora o Stio da Esperana tenha se tornado referncia de
hospedagem na regio, a empresa continua a se aprimorar por meio das
consultorias do SEBRAE; agora, porm, como parte do Roteiro dos Bons Ventos do
Projeto Litoral Norte Gacho.
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3. Atendimento no SEBRAE/RS
Ainda que o escopo deste relatrio seja a anlise dos projetos coletivos
desenvolvidos pelo SEBRAE/RS, uma breve avaliao do atendimento individual
faz-se necessria para descobrir quais so as necessidades do empreendedor local
e as percepes dos servios oferecidos na ponta.2
3.1. Balco de Atendimento
O balco de atendimento da Regional Metropolitana divide-se em dois
nveis. O primeiro responsvel por efetuar as inscries em cursos e retirar
dvidas bsicas acerca do SEBRAE; j o outro, executado por tcnicos, realiza o
atendimento ao empreendedor e soluciona as reclamaes dos clientes.
O perfil do cliente atendido de candidatos a empresrios. Das questes
solucionadas pelos tcnicos, a maior parte (80%) refere-se a dvidas quanto ao
Empreendedor Individual. Destaca-se, tambm, o relevante nmero de
empreendedores em busca de financiamento.
3.2. Call Center
O perfil do cliente que busca o Call Center composto principalmente por
empresrios, assim o atendimento organizado de modo distinto. Ainda que dividido
em dois nveis, a primeira etapa capaz de sanar dvidas dos clientes e efetuada
2 As sees que seguem foram baseadas em observaes realizadas em Porto Alegre no dia 16 de julho de
2010.
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por funcionrios terceirizados. O nvel 2 responsvel por questes mais tcnicas e
pelo atendimento via e-mail.
O Call Center do SEBRAE/RS o 3 colocado no nmero de ligaes em
2010, totalizando 74.555 at maio. Em junho foram realizadas 6.442 ligaes.
Deve--se destacar que os atendimentos so registrados nos sistema Pronto
Atendimento, sendo posteriormente computados pelo SIACWeb.
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4. Concluso
A visita tcnica ao SEBRAE Rio Grande do Sul permitiu contato direto
com a realidade dos micro e pequenos empreendedores, fator essencial para a
correta parametrizao das atividades a serem desempenhadas no SEBRAE
Nacional.
Destaca-se, tambm, a possibilidade de integrao com os diferentes
trabalhos desempenhados pelos colaboradores do sistema. Pode-se afirmar, assim,
que a experincia foi essencial para que se tivesse uma viso ampla de todas as
etapas que envolvem um projeto do Servio Brasileiro de Apoio s Micro e
Pequenas Empresas.
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