relatório da emigração - 2014
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO
2014
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Título: Relatório da Emigração 2014
Autoria: Gabinete do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas
Editor:
Gabinete do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas
Largo do Rilvas
1399-030 Lisboa
Telefone: 213 946 359
Fax: 213 946 055
Sítio da Internet: www.portaldascomunidades.mne.pt
Outubro de 2015
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INTRODUÇÃO
Divulgamos hoje o Relatório da Emigração Portuguesa relativo ao ano de 2014.
É a segunda vez que o fazemos depois de no último ano termos lançado a edição de
2013, o primeiro trabalho alguma vez realizado com estas caraterísticas.
Trata-se de uma compilação exaustiva que reúne imensos dados quantitativos e
qualitativos da nossa presença no Mundo, procurando primar pela total transparência,
de forma a permitir uma análise objetiva deste fenómeno.
A Diáspora Portuguesa é uma das mais significativas à escala global, possuindo
problemáticas muito próprias que a distinguem de muitas outras e primando pela
presença em praticamente todos os países do Mundo.
Dos dados obtidos, resulta uma conclusão global que aponta para uma relativa
estabilização do fluxo migratório de cidadãos nacionais no ano de 2014, não deixando
porém de se tratar de um fenómeno com uma enorme dimensão e uma grande
complexidade social.
Neste Relatório são igualmente expostos os resultados das respostas políticas e sociais
que foram dadas nos últimos anos para garantir um acompanhamento de proximidade
das nossas mais diversas Comunidades.
Por todos estes dados se percebe o sucesso de medidas políticas que desenvolvemos,
cujos resultados são indiscutíveis. Entre elas permito-me salientar as novas
Permanências Consulares, as novas ações qualitativas de apoio ao Ensino Português no
Estrangeiro, a atividade dos nossos serviços de Emergência Consular e de Apoio à
Emigração, a campanha “Trabalhar no Estrangeiro”, os Gabinetes de Apoio ao
Emigrante em articulação com uma centena de Municípios, as parcerias desenvolvidas
com variadíssimas associações portuguesas e as ações de apoio à formação e ao
intercâmbio de dirigentes associativos.
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Para conseguirmos atingir estes objetivos e para elaborarmos este Relatório, não
posso esquecer todos os nossos colaboradores, incluindo o Embaixador João Maria
Cabral e todos os funcionários da Direção Geral dos Assuntos Consulares e
Comunidades Portuguesas, a Professora Ana Paula Laborinho e os quadros do Camões,
Instituto da Cooperação e da Língua, os investigadores do ISCTE que connosco
colaboraram e a Dra Ana Cristina Pedroso e os restantes membros do meu Gabinete.
José de Almeida Cesário
Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas
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ÍNDICE
Introdução 3
Índice 5
1. Relatório estatístico da emigração portuguesa 10
1.1 Emigração total e indicadores de enquadramento 10
a. Indicadores de contexto 11
b. Emigração total 14
c. Comparação internacional 23
1.2 Emigração para os principais países de destino, 2014 31
a. Dados de síntese 32
b. Fluxos de saída 36
c. População emigrada 42
d. Nacionalidade 45
e. Emigração de enfermeiros para o Reino Unido 53
1.3 Emigração para os principais países de destino, séries
cronológicas 2000-2014
80
a. Alemanha 81
Entradas de portugueses na Alemanha 81
Portugueses residentes na Alemanha 84
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Alemanha 87
b. Angola 90
Entradas de portugueses em Angola 90
Portugueses residentes em Angola 93
Aquisições de nacionalidade por portugueses em Angola 93
c. Austrália 94
Entradas de portugueses na Austrália 94
Portugueses residentes na Austrália 97
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Austrália 100
d. Áustria 103
Entradas de portugueses na Áustria 103
Portugueses residentes na Áustria 106
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Áustria 109
e. Bélgica 112
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Entradas de portugueses na Bélgica 112
Portugueses residentes na Bélgica 115
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Bélgica 118
f. Brasil 121
Entradas de portugueses no Brasil 121
Portugueses residentes no Brasil 124
Aquisições de nacionalidade por portugueses no Brasil 127
g. Cabo Verde 128
Entradas de portugueses em Cabo Verde 128
Portugueses residentes em Cabo Verde 128
Aquisições de nacionalidade por portugueses em Cabo Verde 131
h. Canadá 132
Entradas de portugueses no Canadá 132
Portugueses residentes no Canadá 135
Aquisições de nacionalidade por portugueses no Canadá 138
i. Dinamarca 141
Entradas de portugueses na Dinamarca 141
Portugueses residentes na Dinamarca 144
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Dinamarca 147
j. Espanha 150
Entradas de portugueses em Espanha 150
Portugueses residentes em Espanha 153
Aquisições de nacionalidade por portugueses em Espanha 156
k. Estados Unidos da América 159
Entradas de portugueses nos EUA 159
Portugueses residentes nos EUA 162
Aquisições de nacionalidade por portugueses nos EUA 165
l. França 168
Entradas de portugueses em França 168
Portugueses residentes em França 168
Aquisições de nacionalidade por portugueses em França 171
m. Holanda 174
Entradas de portugueses na Holanda 174
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Portugueses residentes na Holanda 177
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Holanda 180
n. Irlanda 183
Entradas de portugueses na Irlanda 183
Portugueses residentes na Irlanda 186
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Irlanda 189
o. Itália 192
Entradas de portugueses em Itália 192
Portugueses residentes em Itália 195
Aquisições de nacionalidade por portugueses em Itália 198
p. Luxemburgo 201
Entradas de portugueses no Luxemburgo 201
Portugueses residentes no Luxemburgo 204
Aquisições de nacionalidade por portugueses no Luxemburgo 207
q. Macau (China) 210
Entradas de portugueses em Macau (China) 210
Portugueses residentes em Macau (China) 213
Aquisições de nacionalidade por portugueses em Macau
(China)
216
r. Moçambique 217
Entradas de portugueses em Moçambique 217
Portugueses residentes em Moçambique 220
Aquisições de nacionalidade por portugueses em
Moçambique
220
s. Noruega 221
Entradas de portugueses na Noruega 221
Portugueses residentes na Noruega 224
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Noruega 227
t. Reino Unido 230
Entradas de portugueses no Reino Unido 230
Portugueses residentes no Reino Unido 233
Aquisições de nacionalidade por portugueses no Reino Unido 236
u. Suécia 239
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Entradas de portugueses na Suécia 239
Portugueses residentes na Suécia 242
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Suécia 245
v. Suíça 248
Entradas de portugueses na Suíça 248
Portugueses residentes na Suíça 251
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Suíça 254
w. Venezuela 257
Entradas de portugueses na Venezuela 257
Portugueses residentes na Venezuela 257
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Venezuela 260
1.4 População emigrada, dados dos Censos de 2001 e 2011, países da
OCDE
a. População total emigrada em países da OCDE, 2001 e
2011
262
b. Sexo e idade, por país de residência, 2001 e 2011 268
c. Duração da estadia, por país de residência, 2001 e 2011 274
d. Nível de instrução, por país de residência, 2001 e 2011 277
e. Condição perante o trabalho, por país de residência, 2001
e 2011
280
1.5 As remessas dos emigrantes 283
Remessas recebidas em 2014 284
2. A política da língua e cultura no Instituto Camões 292
2.1 A ação dos serviços de Língua e Cultura 292
a. A ação dos serviços de língua e cultura 293
b. Programa Português no Mundo 295
c. Programa Português Língua de Herança 298
d. Educação e desenvolvimento 302
e. Ação cultural externa 307
f. Cultura e desenvolvimento 311
g. Centro Virtual Camões 314
2.1 A rede externa 315
a. Europa 316
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b. África 337
c. Ásia e Oceânia 348
d. América Latina 353
e. América do Norte 357
3. A emergência consular 360
3.1 Atuação em situações de crise 360
3.2 Casos principais 2014 362
4. Os casos de exploração laboral 373
5. Detidos portugueses no estrangeiro 376
5.1 Dados Gerais 376
5.2 Detidos na Europa 380
5.3 Detidos fora da Europa 383
6. Deportações, expulsões e afastamentos 386
7. ASIC-CP e ASEC-CP 393
7.1 Apoio Social aos Idosos Carenciados das Comunidades
Portuguesas
393
7.2 Apoio Social aos Emigrantes Carenciados das Comunidades
Portuguesas
396
8. Parcerias sociais 399
9. Campanha “Trabalhar no estrangeiro, Informe-se antes de partir” 402
9.1 Enquadramento 402
9.2 Caracterização 404
9.3 Atendimento aos candidatos 408
9.4 Folhetos 413
10. Rede Consular e permanência consular 416
10.1 Rede Consular 416
10.2 Permanência Consular 422
11. Gabinetes de Apoio ao Emigrante - GAE 434
12. Atividades apoiadas pela DGACCP 438
13. Associativismo português no estrangeiro 444
14. Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora - GAID 451
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1. RELATÓRIO ESTATÍSTICO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA
1.1 Emigração total e indicadores de enquadramento
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a. Indicadores de contexto
Portugal apresenta, em termos migratórios, uma posição semelhante à que ocupa no
plano socioeconómico mais geral, ou seja, a de um país de desenvolvimento
intermédio. Dois indicadores exprimem bem essa posição: Portugal tem um PIB per
capita e um índice de desenvolvimento humano com valores claramente inferiores ao
dos principais países de destino da emigração com origem no seu território e
superiores aos dos principais países de origem dos imigrantes que recebeu nos últimos
40 anos.
Sendo, simultaneamente, origem de migrações para os polos mais desenvolvidos da
Europa e destino de migrações com origem em África, América Latina e Leste europeu,
Portugal tem conhecido, ao longo das últimas décadas, equilíbrios variáveis entre
emigração e imigração. Um indicador sintetizará com particular clareza o recente
predomínio da emigração sobre uma imigração em queda: em 2012, Portugal
apresentava uma taxa de desemprego bem mais elevada do que a observada não só
para os países de destino da emigração, como também nos principais países de origem
da imigração.
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Quadro 1.1 Indicadores sociais de contexto
Indicadores Portugal
Três principais países de destino
da emigração portuguesa
Três principais países de origem
da imigração em Portugal nos últimos 3 anos
Reino Unido Suíça Alemanha Brasil Cabo Verde Roménia
Área (1000 km2, 2013) 91.6 241.9 39.5 348.5 8,358.1 4.0 230.0
População (milhões, 2013) 10.5 64.1 8.1 80.6 200.4 0.5 20.0
Densidade populacional (pessoas por km2, 2012) 114.2 264.9 204.5 231.3 24.0 123.8 86.8
População urbana (% do total) 62.3 82.1 73.8 74.9 85.2 64.1 54.2
Crescimento populacional (% anual, 2013) -0.5 0.6 1.1 0.2 0.9 0.9 -0.6
População com 0-14 anos (% do total, 2013) 14.8 17.6 14.8 13.1 24.1 29.5 15.1
População com 65 e mais anos (% do total, 2013) 18.8 17.5 17.7 21.1 7.5 5.3 15.1
Fecundidade total (nascimentos por mulher, 2012) 1.3 1.9 1.5 1.4 1.8 2.3 1.5
População ativa total (milhões, 2013) 5.5 32.6 4.6 41.8 104.7 0.2 9.6
População ativa com ensino superior (% do total, 2011) 18.3 36.7 32.9 27.5 17.2 .. 17.2
Desemprego total (% da população ativa total, estimativa da OIT, 2012) 15.6 7.9 4.2 5.4 6.9 7.6 7.0
Desemprego de longa duração (% do desemprego total, 2012) 48.7 34.7 34.7 45.2 14.6 .. 45.3
Desemprego jovem (15-24 anos, estimativa da OIT, 2012) 37.7 21.3 8.4 8.1 15.5 12.8 22.8
PIB (preços correntes, milhares de milhões de dólares, 2013) 220.0 2,521.4 650.4 3,634.8 2,245.7 1.9 189.6
Crescimento do PIB (% anual, 2013) -1.4 1.7 1.9 0.4 2.5 0.5 3.5
PIB per capita (preços correntes, milhares de dólares, 2013) 21.0 39.3 80.5 45.1 11.2 3.8 9.5
Taxa de mortalidade infantil (mortes por 1000 nados-vivos, 2013) 3.1 3.9 3.6 3.2 12.3 21.9 10.5
Número médio de anos de escolaridade (2012) 8.2 12.3 12.2 12.9 7.2 3.5 10.7
Índice de desenvolvimento humano (2013) 0.8 0.9 0.9 0.9 0.7 0.6 0.8
Posição no índice de desenvolvimento humano (2013) 41.º 14.º 3.º 6.º 79.º 123.º 54º
Nota Três principais países de emigração e de imigração para os quais há dados disponíveis, nos três últimos anos.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de World Bank, DataBank, World Development Indicators, atualizado em 11/06/2014, e de United Nations Development Programme (UNDP), 2014
Human Development Report (para anos de escolaridade e índice de desenvolvimento humano).
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Quadro 1.2 Indicadores migratórios de contexto
Indicadores Portugal
Três principais países de destino
da emigração portuguesa
Três principais países de origem
da imigração em Portugal nos últimos 3 anos
Reino Unido Suíça Alemanha Brasil Cabo Verde Roménia
Número de emigrantes a residir no estrangeiro (milhares, 2010) 2,230.0 4,668.3 407.8 3,540.6 1,367.1 192.5 2,769.4
Número de emigrantes a residir no estrangeiro em percentagem da população do país de origem (2010) 20.8 7.5 5.4 4.3 0.7 37.5 13.1
Taxa de emigração da população com ensino superior (idade de entrada > 22, %, 2000) 13.1 11.7 6.6 3.2 1.9 55.5 10.2
Número de imigrantes (milhares, 2010) 918.6 6,955.7 1,762.8 10,758.1 688.0 12.1 132.8
Número de imigrantes em percentagem da população do país de destino (2010) 8.6 11.2 23.2 13.1 0.4 2.4 0.6
Entrada de remessas (preços correntes, milhões de dólares, 2013) 4,372.4 1,711.9 3,148.9 15,204.4 2,537.2 175.9 3,515.0
Remessas entradas em percentagem do PIB (2013) 2.0 0.1 0.5 0.4 0.1 9.3 1.9
Saídas de remessas (preços correntes, milhões de dólares, 2013) 1,230.9 2,221.9 30,109.0 16,700.6 1,019.4 9.7 543.0
Nota Três principais países de emigração e de imigração para os quais há dados disponíveis, nos três últimos anos.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de: World Bank, Migration and Remittances Factbook 2011, 2.ª edição (número de emigrantes e de imigrantes); Migration Database with Age of
Entry, 1900-2000 (taxa de emigração da população com ensino superior); DataBank, World Development Indicators, atualizado em 11/06/2014 (remessas).
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b. Emigração total
A emigração portuguesa tem sido uma constante desde a II Guerra Mundial, embora com
intensidade variável. Um primeiro pico de grande intensidade foi atingido no final dos anos
60, princípios da década de 1970. Depois de um curto interregno na década que se seguiu à
Revolução de 1974, voltou a crescer de forma gradual e continuada, embora a níveis muito
mais baixos do que no passado recente, em consequência da integração de Portugal na
Comunidade Económica Portuguesa, em 1986. A liberdade de circulação no espaço europeu,
entretanto alargada aos países da EFTA, explica esta retoma. De 1974 aos primeiros anos do
novo século, Portugal foi, sobretudo, em termos de fluxos, um país de imigração.
A estagnação do crescimento económico em Portugal que se seguiu à entrada no Euro, a
consequente pressão depressiva sobre o investimento público e o aumento do desemprego
traduziram-se num crescimento da emigração nas duas primeiras décadas do século XXI.
Esse crescimento seria interrompido com a crise de 2008 e regressaria, agora com mais
intensidade, a partir de 2010. Os efeitos da crise sobre o volume da emigração portuguesa
variaram ao longo dos últimos anos. Numa primeira fase, entre 2008 e 2010, a natureza
global da crise financeira e, em particular, o seu impacto no emprego em Espanha, então o
principal destino da emigração portuguesa, traduziram-se num decréscimo da emigração
portuguesa. Desde 2010, com a natureza assimétrica da chamada crise das dívidas
soberanas e os efeitos recessivos das políticas de austeridade, a emigração passou a crescer
mais do que antes da crise, estabilizando entre 2013 e 2014 na casa das 110 mil saídas ano,
valor da ordem dos observados nos anos 60/70 do século XX. Hoje Portugal é, sobretudo, de
novo, um país de emigração.
Em termos acumulados (stock), estima-se que haverá hoje no mundo cerca de 2,3 milhões
de portugueses emigrados, isto é, de pessoas nascidas em Portugal a residir no estrangeiro
há mais de um ano (Pires e outros, 2010). Este valor é semelhante ao avançado pelo Banco
Mundial para 2010, que indica haver 2,229,620 emigrantes portugueses no mundo. As
Nações Unidas apontam para um valor menor, de 1,884,244 emigrantes portugueses em
2010 e de cerca de 2 milhões em 2013 (1,999,560). Ao longo das décadas, cresceu a
proporção de emigrantes portugueses a viver na Europa. Entre 1960 e 2010, a percentagem
de emigrantes portugueses a viver na Europa passou de 16% para 67%, passando de 165 mil
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para mais de milhão e meio. Em 2010, mais de 2/3 dos portugueses emigrados viviam na
Europa e quase 1/3 na América do Norte e do Sul. No resto do mundo apenas viviam cerca
de 3% dos portugueses emigrados.
Esta concentração na Europa foi, sobretudo, concentração na União Europeia e países do
espaço económico europeu. De acordo com os dados dos censos nacionais de 2011 acedidos
através do Eurostat, residiam nos países da UE e EFTA mais de 1.1 milhão de portugueses.
França, Luxemburgo e, em menor grau, Alemanha destacam-se nos censos entre os antigos
países da emigração portuguesa. Suíça, Reino Unido e Espanha entre os novos destinos.
O país da UE em que viviam mais emigrantes portugueses era a França (617 mil
recenseados), seguindo-se Espanha (99 mil), Reino Unido (92 mil), Alemanha (75 mil) e
Luxemburgo (61 mil). O essencial da emigração portuguesa para os países da EFTA
concentrava-se na Suíça: 169 mil nascidos em Portugal recenseados em 2001. No conjunto
destes seis países viviam mais de 98% dos emigrantes portugueses residentes na UE e na
EFTA, valor que traduz a existência de uma grande concentração da população portuguesa
emigrada na Europa.
Entre os censos de 2000/01 e de 2010/11, aumentou a população portuguesa emigrada nos
países da UE e EFTA. Nos países com mais portugueses emigrados, o crescimento variou
entre cerca de 6%, em França, e mais de 150%, no Reino Unido. Crescimentos intermédios
foram observados para o Luxemburgo (+46%), Suíça (+68%) e Espanha (+76%). Em termos
absolutos, os crescimentos mais significativos ocorreram na população emigrada na Suíça
(mais 68 mil indivíduos nascidos em Portugal), no Reino Unido (mais 56 mil), Espanha (mais
43 mil), França (mais 36 mil) e Luxemburgo (mais 19 mil).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
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Quadro 1.3 Estimativa das saídas totais de emigrantes portugueses, 2001-2014
Ano
Fonte
Instituto Nacional de Estatística
[A] Observatório
da Emigração
[B] Total Permanente Temporária
2001 20,223 5,396 14,827 40,000
2002 27,358 8,813 18,545 50,000
2003 27,008 6,687 20,321 60,000
2004 .. 6,757 .. 70,000
2005 .. 636 .. 75,000
2006 .. 56 .. 80,000
2007 .. 789 .. 90,000
2008 .. 20,357 .. 85,000
2009 .. 16,899 .. 75,000
2010 .. 2,376 .. 70,000
2011 100,978 43,998 56,980 80,000
2012 121,418 51,958 69,460 95,000
2013 128,108 53,786 74,322 110,000
2014 134,624 49,572 85,052 110,000 (*)
Nota (*) Dados provisórios.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de: [A] Instituto Nacional de Estatística (INE), Inquérito aos Movimentos
Migratórios de Saída (1992 a 2007) e Estimativas Anuais da Emigração (desde 2008), com base em dados do Inquérito Permanente ao
Emprego, em Pordata, Base de Dados de Portugal Contemporâneo; [B] Observatório da Emigração com base nos dados sobre as entradas
de portugueses nos países de destino..
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Gráfico 1.1 Estimativa das saídas totais de emigrantes portugueses, 2001-2014
Nota Os dados de 2014 são provisórios.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração com base nos dados sobre as entradas de portugueses nos países de destino.
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
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Quadro 1.4 Estimativa do número total de emigrantes portugueses (nascidos em Portugal a residir no estrangeiro),
1990-2013
Ano
Total Europa América Outros
Milhares Percentagem Milhares Percentagem Milhares Percentagem Milhares Percentagem
1990 1,918.7 100 1,091.7 57 768.3 40 58.7 3
2000 1,988.9 100 1,274.8 64 656.9 33 57.3 3
2010 1,869.4 100 1,254.7 67 529.1 28 85.6 5
2013 1,984.2 100 1,343.1 68 544.2 27 97.0 5
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de United Nations, Department of Economic and Social Affairs,
Population Division (2013), Trends in International Migrant Stock: Migrants by Destination and Origin (United Nations database,
POP/DB/MIG/Stock/Rev.2013)..
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Gráfico 1.2 Emigrantes portugueses na Europa em percentagem do número total de emigrantes portugueses, 1990-
2013
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de United Nations, Department of Economic and Social Affairs,
Population Division (2013), Trends in International Migrant Stock: Migrants by Destination and Origin (United Nations database,
POP/DB/MIG/Stock/Rev.2013).
50
55
60
65
70
1990 2000 2010 2013
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Quadro 1.5 Imigrantes nascidos em Portugal residentes nos países da UE e da EFTA, 2000/01 e 2010/11
País 2000/2001 2010/2011
Variação
Absoluta (N) Relativa (%)
Total 859,013 1,160,392 301,379 35
Alemanha .. 75,110 .. ..
Áustria 950 1,634 684 72
Bélgica 21,370 28,310 6,940 32
Bulgária 13 99 86 n.s
Chipre 33 166 133 403
Croácia .. 51 .. ..
Dinamarca 683 1,221 538 79
Eslováquia 4 .. .. ..
Eslovénia 10 39 29 290
Espanha 56,359 98,975 42,616 76
Estónia 0 39 39 n.s.
Finlândia 141 355 214 152
França 581,062 617,235 36,173 6
Grécia 292 336 44 15
Holanda 10,218 .. .. ..
Hungria 28 290 262 936
Irlanda 590 2,246 1,656 281
Islândia 104 416 312 300
Itália 4,158 5,241 1,083 26
Letónia 1 32 31 3,100
Liechtenstein 331 .. .. ..
Lituânia 3 .. .. ..
Luxemburgo 41,690 60,897 19,207 46
Malta .. 57 .. ..
Noruega 713 1,540 827 116
Polónia (a) 60 222 162 n.s.
Reino Unido 36,556 92,065 55,509 152
República Checa 39 368 329 n.s.
Roménia 116 1,016 900 n.s.
Suécia 2,514 2,974 460 18
Suíça 100,975 169,458 68,483 68
Nota [n.s.] Variação não significativa, valores absolutos muito reduzidos; (a) dados com problemas de fiabilidade em 2010/11.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Eurostat com base nos dados dos censos de 2000/01 e de
2010/2011.
- 21 -
Mapa 1.1 Imigrantes nascidos em Portugal residentes nos países da UE e da EFTA, 2010/11
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Eurostat com base nos dados dos censos de 2010/2011.
- 22 -
Gráfico 1.3 Crescimento do número de emigrantes portugueses na UE e EFTA, principais países de residência, 2000/01-
2010/11
Nota Sem dados para Alemanha e Holanda.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Eurostat com base nos dados dos censos de 2000/01 e de 2010/11.
0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 80.000
Suíça
Reino Unido
Espanha
França
Luxemburgo
Bélgica
Irlanda
Itália
- 23 -
c. Comparação internacional
Segundo estimativas do Banco Mundial, haveria em todo o mundo, em 2010, cerca de 216
milhões de migrantes internacionais, número que correspondia a 3.2% da população
mundial. A mesma organização estimava que destes 216 milhões de emigrantes, 2,3 milhões
seriam portugueses. Ou seja os emigrantes portugueses representariam, em 2010, 1% do
número total de emigrantes, percentagem sete vezes superior ao peso da população de
Portugal na população mundial total (0.16%).
Não sendo um dos grandes países de emigração, como o México ou a Índia, com mais de
11 milhões de emigrantes cada, Portugal era, em 2010, o 22.º país do mundo com mais
emigrantes. Na Europa apenas seis países tinham populações emigradas mais numerosas:
Ucrânia, Reino Unido, Alemanha, Itália, Polónia e Roménia. Porém, se ponderarmos o
número de emigrantes pela população do país de origem, Portugal subia várias posições na
hierarquia. Com uma taxa de emigração de 21%, Portugal era, neste indicador, o 12.º país do
mundo com mais emigrantes.
Focando a comparação no quadro europeu, conclui-se que Portugal é hoje o segundo país da
UE com mais emigrantes em percentagem da população (21%) (e o primeiro considerando
apenas os países com mais de um milhão de habitantes). Em contraste, é um dos países com
uma percentagem de imigrantes na população residente abaixo da média dos países da UE
(9% se considerarmos os retornados nascidos na ex-colónias, menos de 6% sem estes). A
conjugação de alta emigração e baixa imigração, em termos acumulados, situa Portugal no
conjunto dos países europeus de repulsão, onde se encontram também a Bulgária, Roménia,
Lituânia e Eslováquia.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 24 -
Quadro 1.6 Emigrantes por país de origem, 2010
Ranking Principais países de origem Emigrantes, milhões
1 México 11.9
2 Índia 11.4
3 Federação Russa 11.1
4 China 8.3
5 Ucrânia 6.6
6 Bangladesh 5.4
7 Paquistão 4.7
8 Reino Unido 4.7
9 Filipinas 4.3
10 Turquia 4.3
11 Egito 3.7
12 Cazaquistão 3.7
13 Alemanha 3.5
14 Itália 3.5
15 Polónia 3.1
16 Marrocos 3.0
17 Palestina 3.0
18 Roménia 2.8
19 Indonésia 2.5
20 EUA 2.4
21 Afeganistão 2.3
22 Portugal 2.2
23 Vietname 2.2
24 Colômbia 2.1
25 Coreia do Sul 2.1
26 Uzbequistão 2.0
27 Sri Lanka 1.8
28 Bielorrússia 1.8
29 França 1.7
30 Porto Rico 1.7
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de World Bank, Migration and Remittances Factbook 2011, 2.ª edição.
- 25 -
Gráfico 1.4 Emigrantes por país de origem, 2010
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de World Bank, Migration and Remittances Factbook 2011, 2.ª edição.
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0
México
Índia
Federação Russa
China
Ucrânia
Bangladesh
Paquistão
Reino Unido
Filipinas
Turquia
Egito
Cazaquistão
Alemanha
Itália
Polónia
Marrocos
Palestina
Roménia
Indonésia
EUA
Afeganistão
Portugal
Vietname
Colômbia
Coreia do Sul
Uzbequistão
Sri Lanka
Bielorrússia
França
Porto Rico
Milhões
- 26 -
Quadro 1.7 Taxas de emigração por país, 2010
Ranking Principais países de origem Taxa
1 Palestina 68,3
2 Albânia 45,4
3 Porto Rico 42,7
4 Bósnia e Herzegovina 38,9
5 Jamaica 36,1
6 Arménia 28,2
7 Trinidad e Tobago 26,7
8 Geórgia 25,1
9 Cazaquistão 23,6
10 Macedónia 21,9
11 Moldávia 21,5
12 Portugal 20,8
13 Lesoto 20,5
14 El Salvador 20,5
15 Bielorrússia 18,6
16 Eritreia 18,0
17 Croácia 17,1
18 Irlanda 16,1
19 Azerbaijão 16,0
20 Bulgária 16,0
21 Líbano 15,6
22 Nova Zelândia 14,5
23 Ucrânia 14,4
24 Israel 14,0
25 Lituânia 13,5
26 Suazilândia 13,3
27 Roménia 13,1
28 Estónia 12,7
29 Nicarágua 12,5
30 Letónia 12,2
Nota Taxa de emigração = número de emigrantes em percentagem da população do país de origem.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de World Bank, Migration and Remittances Factbook 2011, 2.ª edição.
- 27 -
Gráfico 1.5 Taxas de emigração por país, 2010
Nota Taxa de emigração = número de emigrantes em percentagem da população do país de origem.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de World Bank, Migration and Remittances Factbook 2011, 2.ª edição.
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0
Palestina
Albânia
Porto Rico
Bósnia e Herzegovina
Jamaica
Arménia
Trinidad e Tobago
Geórgia
Cazaquistão
Macedónia
Moldávia
Portugal
Lesoto
El Salvador
Bielorrússia
Eritreia
Croácia
Irlanda
Azerbaijão
Bulgária
Líbano
Nova Zelândia
Ucrânia
Israel
Lituânia
Suazilândia
Roménia
Estónia
Nicarágua
Letónia
Percentagem
- 28 -
Quadro 1.8 Taxas de emigração e de imigração nos países da UE, 2010
País Taxa de emigração Taxa de imigração
Alemanha 4.3 13.1
Áustria 7.1 15.6
Bélgica 4.3 13.7
Bulgária 16.0 1.4
Chipre 17.0 17.5
Dinamarca 4.7 8.8
Eslováquia 9.6 2.4
Eslovénia 6.5 8.1
Espanha 3.0 15.2
Estónia 12.7 13.6
Finlândia 6.2 4.2
França 2.8 10.7
Grécia 10.8 10.1
Holanda 6.0 10.5
Hungria 4.6 3.7
Irlanda 16.1 19.6
Itália 5.8 7.4
Letónia 12.2 8.8
Lituânia 13.5 4.0
Luxemburgo 11.8 35.2
Malta 26.2 3.8
Polónia 8.2 2.2
Portugal 20.8 8.6
Reino Unido 7.5 11.2
República Checa 3.6 4.4
Roménia 13.1 0.6
Suécia 3.4 14.1
Nota Taxa de emigração = número de emigrantes em percentagem da população do país de origem;
taxa de imigração = número de imigrantes em percentagem da população do país de residência.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de World Bank, Migration and Remittances Factbook 2011, 2.ª edição.
- 29 -
Gráfico 1.6 Taxas de emigração e de imigração nos países da UE, 2010
Nota Apenas países com mais de um milhão de habitantes.
Taxa de emigração = número de emigrantes em percentagem da população do país de origem;
taxa de imigração = número de imigrantes em percentagem da população do país de residência.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de World Bank, Migration and Remittances Factbook 2011, 2.ª edição.
Áustria
Bélgica
Bulgária
República Checa
Dinamarca
Estónia
Finlândia
França
Alemanha
Grécia
Hungria
Irlanda
Itália
Letónia
Lituânia
Holanda
Polónia
Portugal
Roménia
Eslováquia
Eslovénia
Espanha
Suécia
Reino Unido
0
5
10
15
20
25
0 5 10 15 20 25
Taxa
de
imig
raçã
o e
m p
erc
en
tage
m
Taxa de emigração em percentagem
- 30 -
Quadro 1.9 - Número de emigrantes e de imigrantes por país em comparação com a população, 2013
2013
Países UE Emigrantes Imigrantes População total do país
Saldo migratório
Bélgica 90.800 118.256 11.094.850 + 27456
Bulgária 19.678 18.570 7.327.224 - 1108
Republica Checa 25.894 30.124 10.505.445 + 4230
Dinamarca 43.310 60.312 5.580.516 + 17002
Alemanha 259.328 692.713 80.327.900 + 433385
Estónia 6.740 4.109 1.325.217 - 2631
Irlanda 83.791 59.294 4.582.707 - 24497
Grécia 117.094 47.058 11.082.566 - 70036
Espanha 532.303 280.772 46.818.219 - 251531
França 300.760 332.640 65.276.983 + 31880
Croácia 15.262 10.378 4.275.984 - 4948
Itália 125.735 307.454 59.394.207 + 181719
Chipre 25.227 13.149 862.011 - 12078
Letónia 22.561 8.299 2.044.813 - 14262
Lituânia 38.818 22.011 3.003.641 -16807
Luxemburgo 10.750 21.098 524.853 + 10348
Hungria 34.691 38.968 9.931.925 + 4277
Malta 5.204 8.428 417.546 + 3224
Holanda 112.625 129.428 16.730.348 + 16803
Áustria 54.071 101.866 8.408.121 + 47795
Polonia 276.446 220.311 38.063.792 - 56135
Portugal 53.786 17.554 10.542.398 - 36232
Roménia 161.755 153.646 20.095.996 - 8109
Eslovénia 13.384 13.871 2.055.496 + 487
Eslováquia 2.770 5.149 5.404.322 + 2379
Finlândia 13.893 31.941 5.401.267 + 18048
Suécia 50.715 115.845 9.482.855 + 64130
Inglaterra 316.934 526.046 63.495.303 + 209112
Islândia 4.372 6.406 319.575 + 2034
Liechtenstein 497 696 36.475 + 199
Noruega 26.523 68.313 4.985.870 + 41790
Suíça 106.196 160.157 7.954.662 + 53961
Nota No caso de Portugal são os números são do INE, de emigrantes permanentes, baseados na amostra do inquérito ao emprego. Neste inquérito as pessoas que emigraram efetivamente não respondem porque não estão em Portugal (ie, não são contabilizadas diretamente), daí ser baseado numa amostra; no caso de o agregado ter emigrado, o inquérito não contabiliza o agregado que emigrou porque não está ninguém em casa para responder. Não há a certeza se todos os países europeus apresentarem as perguntas da mesma forma, nomeadamente no que diz respeito aos emigrantes permanentes. Fonte Quadro elaborado pelo Gabinete do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, valores extraídos a 19.08.2015
http://ec.europa.eu/eurostat/web/population-demography-migration-projections/migration-and-citizenship-data/main-tables
- 31 -
1. RELATÓRIO ESTATÍSTICO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA
1.2 Emigração para os principais países de destino, 2014
- 32 -
a. Dados de síntese
O quadro 2.1 resume os valores fundamentais dos indicadores de caracterização da
emigração portuguesa usados neste capítulo. Em conjunto com os mapas 2.1 e 2.2, os dados
do quadro permitem destacar com grande evidência três fenómenos:
A atual grande concentração dos fluxos de emigração no espaço europeu, fluxos
entre os quais se destaca o que tem o Reino Unido por destino;
A existência, a par com as populações emigradas na Europa em consequência dos
fluxos acima referidos, de núcleos de emigrantes de grande dimensão no continente
americano constituídos no essencial durante o terceiro quartel do século XX, com
destaque para os localizados no Brasil, Canadá e EUA;
O predomínio, naqueles três países, bem como no Novo Mundo em geral, de
processos de naturalização generalizados sem paralelo na emigração para a Europa.
Uma análise mais pormenorizada destes dados é feita nas restantes secções do presente
capítulo.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 33 -
Quadro 2.1 Principais indicadores da emigração portuguesa, 2014 ou último ano disponível
País Entradas de
portugueses
Residentes
nascidos
em Portugal
Residentes com
nacionalidade
portuguesa
Aquisições de
nacionalidade por
portugueses
Registos
consulares
Alemanha 10,121 107,470 130,882 578 164,799
Angola 5,098 .. .. .. 126,356
Austrália 76 19,290 .. 227 50,428
Áustria 581 2,288 2,775 3 2,994
Bélgica 4,227 31,564 41,200 185 58,020
Brasil 1,934 137,973 .. .. 644,903
Cabo Verde .. 1,716 .. .. 14,380
Canadá 629 140,310 23,765 607 246,432
Dinamarca 637 1,640 1,768 0 1,735
Espanha 5,923 116,710 109,390 496 53,600
EUA 918 177,431 54,669 1,585 200,070
França 18,000 592,281 500,891 3,887 1,122,564
Holanda 2,079 16,054 17,266 38 22,621
Irlanda 302 2,033 2,739 9 3,612
Itália 374 7,023 5,614 34 11,258
Luxemburgo 3,832 60,897 90,800 1,211 121,127
Macau (China) 262 1,835 5,020 .. 165,000
Moçambique 3,759 3,767 4,279 .. 24,779
Noruega 653 2,560 3,161 23 5,001
Reino Unido 30,546 107,000 136,000 318 298,760
Suécia 309 3,457 2,193 48 1,702
Suíça 20,039 211,451 253,227 2,184 305,128
Venezuela .. 37,326 .. .. 170,267
Nota [AGO] Dados dos vistos de emigração permanente. [AUS] Entradas de portugueses: 2012. [BEL] Entradas de portugueses: 2012. Nascidos em
Portugal e aquisição de nacionalidade: 2013. [BRA] Nascidos em Portugal: 2010. [CPV] Nascidos em Portugal: 2010. [CAN] Entradas de Portugueses:
2013. Nascidos em Portugal e população com nacionalidade portuguesa: 2011. Aquisição de nacionalidade: 2012. [USA] Entradas de portugueses: 2013.
População com nacionalidade portuguesa: 2012. Aquisição de nacionalidade: 2013. [FRA] Entradas de portugueses: 2012. Nascidos em Portugal: 2011.
População com nacionalidade portuguesa: 2011. Aquisição de nacionalidade: 2013. [NLD] Entradas de portugueses: 2013. População com nacionalidade
portuguesa: 2013. Aquisição de nacionalidade: 2013. [IRL] Entradas de portugueses: 2013. Nascidos em Portugal: 2013. População com nacionalidade
portuguesa: 2011. Aquisição de nacionalidade: 2012. Registos consulares: 2013. [ITA] Entradas de portugueses: 2013. Nascidos em Portugal: 2012.
Aquisição de nacionalidade: 2013. [LUX] Nascidos em Portugal: 2011. [MAC] Nascidos em Portugal: 2011. População com nacionalidade portuguesa:
2011. [MOZ] Entradas de portugueses: 2013. Nascidos em Portugal e população com nacionalidade portuguesa: 2007. [GBR] Nascidos em Portugal:
2013. População com nacionalidade portuguesa: 2013. [CHE] Entrada de portugueses: 2013. Nascidos em Portugal: 2013. População com nacionalidade
portuguesa: 2013. Aquisição de nacionalidade: 2013. [VEN] Nascidos em Portugal: 2011.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, especificação das fontes nas próximas páginas. Entidades: Statistisches
Bundesamt Deutschland; Consulado-Geral da República de Angola em Lisboa and Consulado-Geral da República de Angola no Porto,
Portugal; Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas, Portugal (DGACCP); Australian Bureau of Statistics;
Department of Immigration and Citizenship and Border Protection of Australia; Statistics Austria; Ministério do Trabalho e Emprego, Brazil;
IMILA, Investigación Migración Internacional de Latinoamérica; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Citizenship and Immigration
Canada; Denmark Statistik; INE España; Observatorio Permanente de la Immigración, España; US Department of Homeland Security;
Institut Nacional de la Statistique et des Études Économiques, France; Ministère de L’intérieure, France; Centraal Bureau voor de Statistiek,
Netherlands; Central Statistics Office Ireland; Istituto Nazionale di Statistica, Italia; Le Portail des Statistiques du Luxembourg; Ministère de
la Justice, Luxembourg; Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, Governo da RAE de Macau; Instituto Nacional de Estatística,
Mozambique; Statistics Norway; Department for Work and Pensions, UK; UK Office for National Statistics, Annual Population Survey (APS)
/Labour Force Survey (LFS); Government UK, Home Office; Statistics Sweden; Office Fédéral de la Statistique, Switzerland; Instituto Nacional
de Estadística, Venezuela; OCDE; Eurostat.
- 34 -
Mapa 2.1 Entradas de portugueses, principais países de destino da emigração, 2014 ou último ano disponível
Nota [AGO] Dados dos vistos de emigração permanente. [AUS] Entradas de portugueses: 2012. [BEL] Entradas de portugueses: 2012.
Nascidos em Portugal e aquisição de nacionalidade: 2013. [BRA] Nascidos em Portugal: 2010. [CPV] Nascidos em Portugal: 2010. [CAN]
Entradas de Portugueses: 2013. Nascidos em Portugal e população com nacionalidade portuguesa: 2011. Aquisição de nacionalidade: 2012.
[USA] Entradas de portugueses: 2013. População com nacionalidade portuguesa: 2012. Aquisição de nacionalidade: 2013. [FRA] Entradas
de portugueses: 2012. Nascidos em Portugal: 2011. População com nacionalidade portuguesa: 2011. Aquisição de nacionalidade: 2013.
[NLD] Entradas de portugueses: 2013. População com nacionalidade portuguesa: 2013. Aquisição de nacionalidade: 2013. [IRL] Entradas de
portugueses: 2013. Nascidos em Portugal: 2013. População com nacionalidade portuguesa: 2011. Aquisição de nacionalidade: 2012.
Registos consulares: 2013. [ITA] Entradas de portugueses: 2013. Nascidos em Portugal: 2012. Aquisição de nacionalidade: 2013. [LUX]
Nascidos em Portugal: 2011. [MAC] Nascidos em Portugal: 2011. População com nacionalidade portuguesa: 2011. [MOZ] Entradas de
portugueses: 2013. Nascidos em Portugal e população com nacionalidade portuguesa: 2007. [GBR] Nascidos em Portugal: 2013. População
com nacionalidade portuguesa: 2013. [CHE] Entrada de portugueses: 2013. Nascidos em Portugal: 2013. População com nacionalidade
portuguesa: 2013. Aquisição de nacionalidade: 2013. [VEN] Nascidos em Portugal: 2011.
Fonte Mapa elaborado pelo Observatório da Emigração, especificação das fontes nas próximas páginas. Entidades: Statistisches
Bundesamt Deutschland; Consulado-Geral da República de Angola em Lisboa and Consulado-Geral da República de Angola no Porto,
Portugal; Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas, Portugal (DGACCP); Australian Bureau of Statistics;
Department of Immigration and Citizenship and Border Protection of Australia; Statistics Austria; Ministério do Trabalho e Emprego, Brazil;
IMILA, Investigación Migración Internacional de Latinoamérica; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Citizenship and Immigration
Canada; Denmark Statistik; INE España; Observatorio Permanente de la Immigración, España; US Department of Homeland Security;
Institut Nacional de la Statistique et des Études Économiques, France; Ministère de L’intérieure, France; Centraal Bureau voor de Statistiek,
Netherlands; Central Statistics Office Ireland; Istituto Nazionale di Statistica, Italia; Le Portail des Statistiques du Luxembourg; Ministère de
la Justice, Luxembourg; Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, Governo da RAE de Macau; Instituto Nacional de Estatística,
Mozambique; Statistics Norway; Department for Work and Pensions, UK; UK Office for National Statistics, Annual Population Survey (APS)
/Labour Force Survey (LFS); Government UK, Home Office; Statistics Sweden; Office Fédéral de la Statistique, Switzerland; Instituto Nacional
de Estadística, Venezuela; OCDE; Eurostat.
- 35 -
Mapa 2.2 Nascidos em Portugal residentes no estrangeiro, principais países de destino da emigração, 2014 ou último
ano disponível
Nota [AGO] Dados dos vistos de emigração permanente. [AUS] Entradas de portugueses: 2012. [BEL] Entradas de portugueses: 2012.
Nascidos em Portugal e aquisição de nacionalidade: 2013. [BRA] Nascidos em Portugal: 2010. [CPV] Nascidos em Portugal: 2010. [CAN]
Entradas de Portugueses: 2013. Nascidos em Portugal e população com nacionalidade portuguesa: 2011. Aquisição de nacionalidade: 2012.
[USA] Entradas de portugueses: 2013. População com nacionalidade portuguesa: 2012. Aquisição de nacionalidade: 2013. [FRA] Entradas
de portugueses: 2012. Nascidos em Portugal: 2011. População com nacionalidade portuguesa: 2011. Aquisição de nacionalidade: 2013.
[NLD] Entradas de portugueses: 2013. População com nacionalidade portuguesa: 2013. Aquisição de nacionalidade: 2013. [IRL] Entradas de
portugueses: 2013. Nascidos em Portugal: 2013. População com nacionalidade portuguesa: 2011. Aquisição de nacionalidade: 2012.
Registos consulares: 2013. [ITA] Entradas de portugueses: 2013. Nascidos em Portugal: 2012. Aquisição de nacionalidade: 2013. [LUX]
Nascidos em Portugal: 2011. [MAC] Nascidos em Portugal: 2011. População com nacionalidade portuguesa: 2011. [MOZ] Entradas de
portugueses: 2013. Nascidos em Portugal e população com nacionalidade portuguesa: 2007. [GBR] Nascidos em Portugal: 2013. População
com nacionalidade portuguesa: 2013. [CHE] Entrada de portugueses: 2013. Nascidos em Portugal: 2013. População com nacionalidade
portuguesa: 2013. Aquisição de nacionalidade: 2013. [VEN] Nascidos em Portugal: 2011.
Fonte Mapa elaborado pelo Observatório da Emigração, especificação das fontes nas próximas páginas. Entidades: Statistisches
Bundesamt Deutschland; Consulado-Geral da República de Angola em Lisboa and Consulado-Geral da República de Angola no Porto,
Portugal; Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas, Portugal (DGACCP); Australian Bureau of Statistics;
Department of Immigration and Citizenship and Border Protection of Australia; Statistics Austria; Ministério do Trabalho e Emprego, Brazil;
IMILA, Investigación Migración Internacional de Latinoamérica; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Citizenship and Immigration
Canada; Denmark Statistik; INE España; Observatorio Permanente de la Immigración, España; US Department of Homeland Security;
Institut Nacional de la Statistique et des Études Économiques, France; Ministère de L’intérieure, France; Centraal Bureau voor de Statistiek,
Netherlands; Central Statistics Office Ireland; Istituto Nazionale di Statistica, Italia; Le Portail des Statistiques du Luxembourg; Ministère de
la Justice, Luxembourg; Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, Governo da RAE de Macau; Instituto Nacional de Estatística,
Mozambique; Statistics Norway; Department for Work and Pensions, UK; UK Office for National Statistics, Annual Population Survey (APS)
/Labour Force Survey (LFS); Government UK, Home Office; Statistics Sweden; Office Fédéral de la Statistique, Switzerland; Instituto Nacional
de Estadística, Venezuela; OCDE; Eurostat.
- 36 -
b. Fluxos de saída
Não há atualmente registos de fluxos de saída em Portugal, uma vez que em sociedades
democráticas constitui direito fundamental dos cidadãos a possibilidade de sair do país sem
qualquer comunicação aos organismos estatais. Estes têm pois que ser reconstituídos com
base nos fluxos de entrada de portugueses nos países de destino, embora isso signifique que
os fluxos de reemigração são indevidamente contabilizados como novos fluxos de saída.
Tendo em conta a facilidade de mobilidade no contexto europeu, e a grande concentração
da emigração portuguesa neste espaço geográfico, o principal problema na contabilização
dos fluxos de saída com base nos registos de entradas no destino será sempre muito mais o
de subestimação da sua dimensão, por deficiência de registo, do que o de sobrestimação,
por efeito das duplas contagens em casos de reemigração. Estimar os fluxos de emigração de
um país com base nos dados sobre as entradas nos países de destino é aliás a metodologia
hoje utilizada como regra, em especial em organismos internacionais como a OCDE, a ONU e
o Banco Mundial.
Como já se referiu, a emigração portuguesa é hoje, no essencial, uma emigração realizada no
interior do espaço europeu. Dos 21 países de destino para onde se dirigem mais emigrantes
portugueses 14 são europeus. E entre os 10 mais só dois se localizam noutro continente
(Angola e Moçambique). São europeus todos os destinos para onde migraram mais de dez
mil portugueses/ano nos últimos tempos (Reino Unido, Suíça, França e Alemanha).
O Reino Unido é o país para onde hoje emigram mais portugueses: 31 mil em 2014. Seguem-
se, como principais destinos dos fluxos, a Suíça (20 mil em 2013), a França (18 mil em 2012)
e a Alemanha (10 mil em 2014). Fora da Europa, os principais países de destino da emigração
portuguesa integram o espaço da CPLP: Angola (5 mil em 2014, 6.º país de destino),
Moçambique (4 mil em 2013, 9.º país de destino) e Brasil (2 mil em 2014, 11.º país de
destino).
Analisando estes fluxos a partir do seu impacto no destino, verifica-se que os portugueses
representam 17% dos imigrantes entrados no Luxemburgo em 2014, 12% na Suíça em 2013
e 12% em Macau em 2014, bem como 8% em França em 2012. Neste ano os portugueses
foram a nacionalidade mais representada entre os novos imigrantes entrados em França, a
- 37 -
segunda mais representada entre os novos imigrantes no Luxemburgo e na Suíça, a sexta no
Reino Unido e a sétima no Brasil.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 38 -
Quadro 2.2 Entradas de portugueses, principais países de destino da emigração, 2014 ou último ano disponível
País Entradas de
estrangeiros
Entradas de portugueses
N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Posição relativa
nas entradas de
estrangeiros
Alemanha 1,145,953 10,121 0.9 ..
Angola .. 5,098 .. ..
Austrália 158,943 76 0.0 ..
Áustria 154,260 581 0.4
Bélgica 109,995 4,227 3.8 ..
Brasil 47,259 1,934 4.1 7.º
Cabo Verde .. .. .. ..
Canadá 258,953 629 0.2 ..
Dinamarca 64,874 637 1.0 ..
Espanha 399,947 5,923 1.5 ..
EUA 990,553 918 0.1 ..
França 229,600 18,000 7.8 1.º
Holanda 137,160 2,079 1.5 ..
Irlanda 59,294 302 0.5 ..
Itália 307,454 374 0.1 ..
Luxemburgo 22,332 3,832 17.2 2.º
Macau (China) 2,278 262 11.5 ..
Moçambique .. 3,759 .. ..
Noruega 61,429 653 1.1 ..
Reino Unido 767,763 30,546 4.0 6.º
Suécia 126,966 309 0.2
Suíça 167,248 20,039 12.0 2.º
Venezuela 287,499 .. .. ..
Nota [AGO] Dados dos vistos de emigração permanente. [AUS] 2012. [BEL] 2012. [CAN] 2013. [USA] 2013. [FRA] 2012. [NLD]: 2013 [IRL]
2013. [ITA] 2013. [MOZ] 2013. [CHE] 2013. [VEN] 2011.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de: [DEU] Statistisches Bundesamt Deutschland; [AGO] Consulados de
Angola em Portugal (Lisboa e porto); [AUS] Department of Immigration and Citizenship and Border Protection; [AUT] Statistics Austria; [BEL]
Eurostat, Statistics Database, Population and Social Conditions; [BRA] Ministério do Trabalho e Emprego; [CAN] Citizenship and Immigration
Canada; [DNK] Denmark Statistik; [ESP] Instituto Nacional de Estadística; [USA] US Department of Homeland Security; [FRA] Institut
Nacional de la Statistique et des Études Économiques; [NLD] Centraal Bureau voor de Statistiek; [IRL] Eurostat, Statistics Database,
Population and Social Conditions; [ITA] Eurostat, Statistics Database, Population and Social Conditions; [LUX] Le Portail des Statistiques du
Luxembourg; [MAC] Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, Governo da RAE de Macau; [MOZ] Direção Geral dos Assuntos Consulares
e Comunidades Portuguesas (DGACCP) based on data from Mozambique Ministry of Labor; [NOR] Statistics Norway; [GBR] Department for
Work and Pensions; [SWE] Statistics Sweden; [CHE] Office Fédéral de la Statistique; [VEN] Instituto Nacional de Estadística.
- 39 -
Gráfico 2.1 Entradas de portugueses, principais países de destino da emigração, 2014 ou último ano disponível
Nota [AGO] Dados dos vistos de emigração permanente. [AUS] 2012. [BEL] 2012. [CAN] 2013. [USA] 2013 [FRA] 2012. [NLD]: 2013 [IRL]
2013. [ITA] 2013. [MOZ] 2013. [CHE] 2013. [VEN] 2011.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de: [DEU] Statistisches Bundesamt Deutschland; [AGO] Consulados de
Angola em Portugal (Lisboa e porto); [AUS] Department of Immigration and Citizenship and Border Protection; [AUT] Statistics Austria; [BEL]
Eurostat, Statistics Database, Population and Social Conditions; [BRA] Ministério do Trabalho e Emprego; [CAN] Citizenship and Immigration
Canada; [DNK] Denmark Statistik; [ESP] Instituto Nacional de Estadística; [USA] US Department of Homeland Security; [FRA] Institut
Nacional de la Statistique et des Études Économiques; [NLD] Centraal Bureau voor de Statistiek; [IRL] Eurostat, Statistics Database,
Population and Social Conditions; [ITA] Eurostat, Statistics Database, Population and Social Conditions; [LUX] Le Portail des Statistiques du
Luxembourg; [MAC] Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, Governo da RAE de Macau; [MOZ] Direção Geral dos Assuntos Consulares
e Comunidades Portuguesas (DGACCP) based on data from Mozambique Ministry of Labor; [NOR] Statistics Norway; [GBR] Department for
Work and Pensions; [SWE] Statistics Sweden; [CHE] Office Fédéral de la Statistique; [VEN] Instituto Nacional de Estadística.
0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000
Austrália
Macau (China)
Irelanda
Suécia
Itália
Áustria
Canadá
Dinamarca
Noruega
EUA
Brasil
Holanda
Moçambique
Luxemburgo
Bélgica
Angola
Espanha
Alemanha
França
Suíça
Reino Unido
- 40 -
Gráfico 2.2 Entradas de portugueses em percentagem das entradas de estrangeiros, principais países de destino da
emigração, 2014 ou último ano disponível
Nota [AGO] Dados dos vistos de emigração permanente. [AUS] 2012. [BEL] 2012. [CAN] 2013. [USA] 2013 [FRA] 2012. [NLD]: 2013 [IRL]
2013. [ITA] 2013. [MOZ] 2013. [CHE] 2013. [VEN] 2011.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de: [DEU] Statistisches Bundesamt Deutschland; [AGO] Consulados de
Angola em Portugal (Lisboa e porto); [AUS] Department of Immigration and Citizenship and Border Protection; [AUT] Statistics Austria; [BEL]
Eurostat, Statistics Database, Population and Social Conditions; [BRA] Ministério do Trabalho e Emprego; [CAN] Citizenship and Immigration
Canada; [DNK] Denmark Statistik; [ESP] Instituto Nacional de Estadística; [USA] US Department of Homeland Security; [FRA] Institut
Nacional de la Statistique et des Études Économiques; [NLD] Centraal Bureau voor de Statistiek; [IRL] Eurostat, Statistics Database,
Population and Social Conditions; [ITA] Eurostat, Statistics Database, Population and Social Conditions; [LUX] Le Portail des Statistiques du
Luxembourg; [MAC] Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, Governo da RAE de Macau; [MOZ] Direção Geral dos Assuntos Consulares
e Comunidades Portuguesas (DGACCP) based on data from Mozambique Ministry of Labor; [NOR] Statistics Norway; [GBR] Department for
Work and Pensions; [SWE] Statistics Sweden; [CHE] Office Fédéral de la Statistique; [VEN] Instituto Nacional de Estadística.
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Austrália
EUA
Itália
Canadá
Suécia
Áustria
Irlanda
Alemanha
Dinamarca
Noruega
Espanha
Holanda
Bélgica
Reino Unido
Brasil
França
Macau (China)
Suíça
Luxemburgo
- 41 -
Quadro 2.3 Nascidos em Portugal residentes no estrangeiro, principais países de destino da emigração, 2014 ou último ano
disponível
País População
total
População nascida no
estrangeiro Nascidos em Portugal
N
Em
percentagem
da população
total
N
Em
percentagem
da população
total
Em
percentagem
da população
nascida no
estrangeiro
Posição
relativa
na população
nascida no
estrangeiro
Alemanha 80,925,031 6,920,193 8.6 107,470 0.1 1.6 ..
Angola .. .. .. .. .. .. ..
Austrália 23,491,000 6,600,750 28.1 19,290 0.1 0.3 ..
Áustria 8,507,786 1,414,624 16.6 2,288 0.0 0.2 ..
Bélgica 11,099,554 1,747,641 15.7 31,564 0.3 1.8 ..
Brasil 190,755,799 592,570 0.3 137,973 0.1 23.3 1.º
Cabo Verde 491,683 17,788 3.6 1,716 0.3 9.6 5.º
Canadá 32,852,325 7,217,295 22.0 140,310 0.4 1.9 ..
Dinamarca 5,627,235 570,425 10.1 1,640 0.0 0.3 ..
Espanha 46,771,341 6,283,712 13.4 116,710 0.2 1.9 ..
EUA 313,094,549 44,708,963 14.3 177,431 0.1 0.4 ..
França 64,933,400 5,605,167 8.6 592,281 0.9 10.6 3.º
Holanda 16,829,289 1,818,497 10.8 16,054 0.1 0.9 ..
Irlanda .. .. .. 2,033 .. .. ..
Itália 59,685,227 4,387,721 7.4 7,023 0.0 0.2 ..
Luxemburgo 512,400 205,162 40.0 60,897 11.9 29.7 1.º
Macau (China) 552,503 326,736 59.1 1,835 0.3 0.6 ..
Moçambique 20,252,223 342,117 1.7 3,767 0.0 1.1 ..
Noruega 5,165,802 759,185 14.7 2,560 0.0 0.3 ..
Reino Unido 62,605,000 7,780,000 12.4 107,000 0.2 1.4 ..
Suécia 9,747,355 1,603,551 16.5 3,457 0.0 0.2 ..
Suíça 8,139,631 2,289,560 28.1 211,451 2.6 9.2 2.º
Venezuela 27,150,095 1,156,578 4.3 37,326 0.1 3.2 ..
Nota [BEL] 2013. [BRA] 2010. [CPV] 2010. [CAN] 2011. [FRA] 2011. [IRL] 2013. [ITA] 2012. [LUX] 2011. [MAC] 2011. [MOZ] 2007. [GBR]
2013. [CHE] 2013. [VEN] 2011.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de: [DEU] Statistisches Bundesamt Deutschland; [AUS] Australian
Bureau of Statistics; [AUT] Statistics Austria; [BEL] Eurostat, Statistics Database, Population and Social Conditions; [BRA] Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, Censos 2010 [CPV] Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde; [CAN] Statistics Canada; [DNK] Denmark
Statistik; [ESP] Instituto Nacional de Estadística; [USA] US Census Bureau, Current Population Survey; [FRA] Institut Nacional de la
Statistique et des Études Économiques; [NLD] Centraal Bureau voor de Statistiek; [IRL] Central Statistics Office Ireland; [ITA] OECD,
International Migration Database; [LUX] Le Portail des Statistiques du Luxembourg; [MAC] Direcção dos Serviços de Estatística e Censos,
Governo da RAE de Macau; [MOZ] Instituto Nacional de Estatística; [NOR] Statistics Norway; [GBR] UK National Statistics; [SWE] Statistics
Sweden; [CHE] Office Fédéral de la Statistique; [VEN] Instituto Nacional de Estadística, Censos de Población e Vivienda.
- 42 -
c. População emigrada
O indicador mais frequentemente usado para medir a população emigrada de um
determinado país é o da naturalidade, considerando-se emigrante quem reside num país
diferente daquele em que nasceu. Assim, serão emigrantes portugueses a viver no
estrangeiro os residentes num país estrangeiro que nasceram em Portugal. Este indicador
tem, por comparação com o da nacionalidade, a vantagem de não mudar sem que mude a
situação de emigração (por exemplo, por aquisição da nacionalidade do país de destino),
nem de atribuir estatuto de imigrante a quem nunca se moveu (por exemplo, quem nasceu
já no país de imigração dos pais mas mantém a nacionalidade do país de origem destes).
Porém, quando não existem dados sobre a naturalidade numa dada população, é frequente
usar-se o indicador da nacionalidade como proxy do país de naturalidade. Neste relatório,
todos os principais países de destino da emigração portuguesa têm informação sobre a
naturalidade dos seus residentes (exceto Angola que, no entanto, não tem também dados
alternativos sobre a nacionalidade). Serão estes os dados a seguir analisados.
A França continua a ser o país do mundo com maior número de portugueses emigrados, em
resultado da grande vaga de emigração nos anos 60/70, ultrapassando o meio milhão de
indivíduos (592,281 em 2011), ainda que não seja atualmente aquele para onde se dirigem
mais emigrantes portugueses. A Suíça é o segundo país do mundo onde residem mais
emigrantes portugueses, em número superior a 210 mil (211,451 em 2013).
Com mais de 100 mil emigrantes portugueses residentes encontramos, ainda e por ordem
decrescente, os EUA (177 mil em 2014), o Canadá (140 mil em 2011), o Brasil (138 mil em
2010), a Espanha (117 mil em 2014), a Alemanha (107 mil em 2014) e o Reino Unido (107 mil
em 2013).
Em termos relativos, no Luxemburgo os portugueses representam 30% dos imigrantes (em
2011) e 12% de toda a população do país.
No Brasil, 23% dos imigrantes nasceram em Portugal (em 2010). Os nascidos em Portugal
residentes no estrangeiro eram cerca de 10% dos imigrantes em França (11% em 2011),
Cabo Verde (10% em 2010) e Suíça (9% em 2013). Os portugueses são a segunda
nacionalidade mais numerosa entre a imigração na Suíça e a terceira maior população
imigrante a residir em França.
- 43 -
Gráfico 2.3 Nascidos em Portugal residentes no estrangeiro, principais países de destino da emigração, 2014 ou
último ano disponível
Nota [BEL] 2013. [BRA] 2010. [CPV] 2010. [CAN] 2011. [FRA] 2011. [IRL] 2013. [ITA] 2012. [LUX] 2011. [MAC] 2011. [MOZ] 2007. [GBR]
2013. [CHE] 2013. [VEN] 2011.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de: [DEU] Statistisches Bundesamt Deutschland; [AUS] Australian
Bureau of Statistics; [AUT] Statistics Austria; [BEL] Eurostat, Statistics Database, Population and Social Conditions; [BRA] Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, Censos 2010 [CPV] Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde; [CAN] Statistics Canada; [DNK] Denmark
Statistik; [ESP] Instituto Nacional de Estadística; [USA] US Census Bureau, Current Population Survey; [FRA] Institut Nacional de la
Statistique et des Études Économiques; [NLD] Centraal Bureau voor de Statistiek; [IRL] Central Statistics Office Ireland; [ITA] OECD,
International Migration Database; [LUX] Le Portail des Statistiques du Luxembourg; [MAC] Direcção dos Serviços de Estatística e Censos,
Governo da RAE de Macau; [MOZ] Instituto Nacional de Estatística; [NOR] Statistics Norway; [GBR] UK National Statistics; [SWE] Statistics
Sweden; [CHE] Office Fédéral de la Statistique; [VEN] Instituto Nacional de Estadística, Censos de Población e Vivienda.
0 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 600.000
Dinamarca
Cabo Verde
Macau (China)
Noruega
Irlanda
Suécia
Áustria
Moçambique
Itália
Holanda
Austrália
Bélgica
Venezuela
Luxemburgo
Reino Unido
Alemanha
Espanha
Brasil
Canadá
EUA
Suíça
França
- 44 -
Gráfico 2.4 Nascidos em Portugal residentes no estrangeiro em percentagem da população nascida no estrangeiro,
principais países de destino da emigração, 2014 ou último ano disponível
Nota [BEL] 2013. [BRA] 2010. [CPV] 2010. [CAN] 2011. [FRA] 2011. [IRL] 2013. [ITA] 2012. [LUX] 2011. [MAC] 2011. [MOZ] 2007. [GBR]
2013. [CHE] 2013. [VEN] 2011.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de: [DEU] Statistisches Bundesamt Deutschland; [AUS] Australian
Bureau of Statistics; [AUT] Statistics Austria; [BEL] Eurostat, Statistics Database, Population and Social Conditions; [BRA] Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, Censos 2010 [CPV] Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde; [CAN] Statistics Canada; [DNK] Denmark
Statistik; [ESP] Instituto Nacional de Estadística; [USA] US Census Bureau, Current Population Survey; [FRA] Institut Nacional de la
Statistique et des Études Économiques; [NLD] Centraal Bureau voor de Statistiek; [IRL] Central Statistics Office Ireland; [ITA] OECD,
International Migration Database; [LUX] Le Portail des Statistiques du Luxembourg; [MAC] Direcção dos Serviços de Estatística e Censos,
Governo da RAE de Macau; [MOZ] Instituto Nacional de Estatística; [NOR] Statistics Norway; [GBR] UK National Statistics; [SWE] Statistics
Sweden; [CHE] Office Fédéral de la Statistique; [VEN] Instituto Nacional de Estadística, Censos de Población e Vivienda.
0 5 10 15 20 25 30
Itália
Áustria
Suécia
Dinamarca
Austrália
Noruega
EUA
Macau (China)
Holanda
Moçambique
Reino Unido
Alemanha
Bélgica
Espanha
Canadá
Venezuela
Suíça
Cabo Verde
França
Brasil
Luxemburgo
- 45 -
d. Nacionalidade
Com a aquisição da nacionalidade do país de destino um emigrante não deixa de ser
emigrante mas deixa de ser estrangeiro. Esta mudança de estatuto tende a ser mais
frequente quando a duração da estadia no destino se prolonga, sendo por isso mais provável
de acontecer nos países de destino com uma história de emigração mais antiga e em que se
manteve, nas últimas décadas, um fluxo de entradas significativo de novos emigrantes
portugueses. Em termos absolutos, os países em que atualmente se observam valores mais
elevados de aquisição da nacionalidade por emigrantes portugueses são a França (3.8 mil em
2013), a Suíça (2.2 mil em 2013) e o Luxemburgo (1.2 mil em 2014). Neste pequeno país,
eram portugueses quase um quarto (24%) dos estrangeiros que obtiveram a nacionalidade
luxemburguesa em 2014.
O número de emigrantes apenas com nacionalidade portuguesa nos países de destino
depende sobretudo da antiguidade do fluxo migratório e do regime de nacionalidade nesses
países. Poderá ainda ser afetado pela atenuação das exclusões de direitos associadas ao
estatuto de estrangeiro que se observa em particular na União Europeia (caso em que
poderão diminuir os incentivos à aquisição da nacionalidade do país de destino).
Não surpreende, por isso, que as maiores discrepâncias entre os valores observados para os
dados sobre a naturalidade e a nacionalidade dos emigrantes portugueses sejam os
observados no caso dos antigos países de emigração com regimes mais próximos do direito
de solo (naturalização mais fácil e rápida e aquisição automática da nacionalidade local pelos
filhos dos emigrantes já nascidos no destino). No Canadá há apenas 24 mil emigrantes
exclusivamente com a nacionalidade portuguesa embora aí residam, como atrás se referiu,
mais de 140 mil pessoas nascidas em Portugal. Ou que nos EUA esses valores sejam,
respetivamente, de 55 mil e de 177 mil.
Em sentido contrário, isto é, com valores para a nacionalidade mais elevados do que para a
naturalidade, estão os países de destino com regimes de nacionalidade mais próximos do
direito de sangue (naturalizações mais difíceis e tardias e herança da nacionalidade dos pais
pelos filhos já nascidos no destino, pelo menos na fase inicial do ciclo de vida). Destaquem-
se os casos da Alemanha (130 mil com nacionalidade portuguesa e 107 mil nascidos em
Portugal), Luxemburgo (88 mil e 61 mil), Reino Unido (136 mil e 107 mil) e Suíça (253 mil e
- 46 -
211 mil). Em todos estes casos é provável a contabilização como estrangeiro de muitos filhos
de emigrantes já nascidos no destino, habitual mas incorretamente apelidados de “segunda
geração”.
Esta mesma contabilização dos descendentes dos emigrantes explica as discrepâncias
observadas quando se considera uma terceira fonte sobre a imigração: os registos
consulares. Neste caso os registos obedecem basicamente ao critério da nacionalidade de
origem, quer diretamente, os portugueses emigrados, quer indiretamente, por exemplo, os
cônjuges e filhos de emigrantes portugueses independentemente da sua nacionalidade e
local de nascimento. São valores que podem pois incluir muitos dos descendentes de
emigrantes. Independentemente de eventuais erros de registo, em particular por
duplicação, este facto explicará boa parte das discrepâncias entre fontes em casos como o
Brasil (645 mil registos e 138 mil nascidos em Portugal) ou a Venezuela (170 mil registos e 37
mil nascidos em Portugal), bem como, num patamar menos contrastante, nos casos da
Austrália (50 mil e 19 mil) França (1,123 mil e 592 mil), Canadá (246 mil, 140 mil) e
Luxemburgo (121 mil e 61 mil).
- 47 -
Quadro 2.4 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes no estrangeiro, principais países de destino da
emigração, 2014 ou último ano disponível
País
Aquisições
de nacionalidade
totais
Aquisições de nacionalidade
por portugueses
N
Em percentagem
das aquisições de
nacionalidade totais
Alemanha 108,422 578 0.5
Angola .. .. ..
Austrália 163,017 227 0.1
Áustria 7,570 3 0.0
Bélgica 34,801 185 0.5
Brasil .. .. ..
Cabo Verde .. .. ..
Canadá 113,150 607 0.5
Dinamarca 4,500 0 ..
Espanha 93,714 496 0.5
EUA 779,929 1,585 0.2
França 97,276 3,887 4.0
Holanda 25,882 38 0.1
Irlanda 25,039 9 0.0
Itália 100,712 34 0.0
Luxemburgo 4,991 1,211 24.3
Macau (China) .. .. ..
Moçambique .. .. ..
Noruega 15 336 23 0.0
Reino Unido 125,653 318 0.3
Suécia 43,510 48 0.1
Suíça 34,061 2,184 6.4
Venezuela .. .. ..
Nota [AUS] 2012. [BEL] 2013. [CAN] 2012. [FRA] 2013. [IRL] 2012. [ITA] 2013. [NLD] 2013. [CHE] 2013. [USA] 2013.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de: [DEU] Statistisches Bundesamt Deutschland; [AUS] Department of
Immigration and Citizenship and Border Protection; [AUT] Statistics Austria; [BEL] Eurostat, Statistics Database, Population and Social
Conditions; [CAN] OECD, International Migration Database; [DNK] Denmark Statistik; [ESP] Ministerio de Justicia; [USA] US Department of
Homeland Security; *FRA+ Ministère de L’intérieure; *NLD+ Centraal Bureau voor de Statistiek; *IRL+ OECD, International Migration Database;
[ITA] Istituto Nazionale di Statistica; [LUX] Ministère de la Justice; [NOR] Statistics Norway; [GBR] Government UK; [SWE] Statistics Sweden;
[CHE] Office Fédéral de la Statistique.
- 48 -
Gráfico 2.5 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes no estrangeiro, principais países de destino da
emigração, 2014 ou último ano disponível
Nota [AUS] 2012. [BEL] 2013. [CAN] 2012. [FRA] 2013. [IRL] 2012. [ITA] 2013. [NLD] 2013. [CHE] 2013. [USA] 2013.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de: [DEU] Statistisches Bundesamt Deutschland; [AUS] Department of
Immigration and Citizenship and Border Protection; [AUT] Statistics Austria; [BEL] Eurostat, Statistics Database, Population and Social
Conditions; [CAN] OECD, International Migration Database; [DNK] Denmark Statistik; [ESP] Ministerio de Justicia; [USA] US Department of
Homeland Security; *FRA+ Ministère de L’intérieure; [NLD] Centraal Bureau voor de Statistiek; [IRL] OECD, International Migration Database;
[ITA] Istituto Nazionale di Statistica; [LUX] Ministère de la Justice; [NOR] Statistics Norway; [GBR] Government UK; [SWE] Statistics Sweden;
[CHE] Office Fédéral de la Statistique.
0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500
Dinamarca
Áustria
Irlanda
Noruega
Itália
Holanda
Suécia
Bélgica
Austrália
Reino Unido
Espanha
Alemanha
Canadá
Luxemburgo
EUA
Suíça
França
- 49 -
Quadro 2.5 Residentes no estrangeiro com nacionalidade portuguesa, principais países de destino da emigração, 2014 ou
último ano disponível
País População total
População estrangeira Estrangeiros com nacionalidade portuguesa
N
Em
percentagem
da população
total
N
Em
percentagem
da população
total
Em
percentagem
da população
estrangeira
Alemanha 80,925,031 8,152,968 10.1 130,882 0.2 1.6
Angola .. .. .. .. .. ..
Austrália 23,491,000 .. .. .. .. ..
Áustria 8,507,786 1,066,114 12.5 2,775 0.0 0.3
Bélgica 11,099,554 1,253,902 11.3 41,200 0.4 3.3
Brasil .. .. .. .. .. ..
Cabo Verde .. .. .. .. .. ..
Canadá 32,852,325 1,957,015 6.0 23,765 0.1 1.2
Dinamarca 5,627,235 397,300 7.1 1,768 0.0 0.4
Espanha 46,725,164 5,000,258 10.7 109,390 0.2 2.2
EUA 308,827,259 22,041,983 7.1 54,669 0.0 0.2
França 64,933,400 3,888,977 6.0 500,891 0.8 12.9
Holanda 16,779,575 796,243 4.7 17,266 0.1 2.2
Irlanda 4,588,252 544,357 11.9 2,739 0.1 0.5
Itália 60,795,612 5,014,437 8.2 5,614 0.0 0.1
Luxemburgo 537,000 238,800 44.5 88,200 16.4 36.9
Macau (China) 552,503 42,715 7.7 5,020 0.9 11.8
Moçambique 20,252,223 205,906 1.0 4,279 0.0 2.1
Noruega 5,165,802 512,154 9.9 3,731 0.1 0.7
Reino Unido 62,605,000 4,902,000 7.8 136,000 0.2 2.8
Suécia 9,747,355 739,435 7.6 2,193 0.0 0.3
Suíça 8,139,631 1,937,447 23.8 253,227 3.1 13.1
Venezuela .. .. .. .. .. ..
Nota [CAN] 2011. [USA] 2012. [FRA] 2011. [NDL] 2013. [IRL] 2011. [MAC] 2011. [MOZ] 2007. [GBR] 2013. [CHE] 2013.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de: [DEU] Statistisches Bundesamt Deutschland; [AUS] Statistik Austria
[BEL] Eurostat, Statistics Database, Population and Social Conditions; [CAN] Statistics Canada; [DNK] Denmark Statistik; [ESP] Instituto
Nacional de Estadística; [USA] US Census Bureau, American Community Survey [FRA] Institut Nacional de la Statistique et des Études
Économiques; [NLD] Centraal Bureau voor de Statistiek; [IRL] Central Statistics Office Ireland; [ITA] Istituto Nazionale di Statistica; [LUX] Le
Portail des Statistiques du Luxembourg; [MAC] Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, Governo da RAE de Macau [MOZ] Instituto
Nacional de Estatística; [NOR] Statistics Norway; [GBR] UK National Statistics; [SWE] Statistics Sweden; [CHE] Office Fédéral de la
Statistique.
- 50 -
Gráfico 2.6 Residentes no estrangeiro com nacionalidade portuguesa, principais países de destino, 2014 ou último ano
disponível
Nota [CAN] 2011. [USA] 2012. [FRA] 2011. [NDL] 2013. [IRL] 2011. [MAC] 2011. [MOZ] 2007. [GBR] 2013. [CHE] 2013.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de: [DEU] Statistisches Bundesamt Deutschland; [AUS] Statistik Austria
[BEL] Eurostat, Statistics Database, Population and Social Conditions; [CAN] Statistics Canada; [DNK] Denmark Statistik; [ESP] Instituto
Nacional de Estadística; [USA] US Census Bureau, American Community Survey [FRA] Institut Nacional de la Statistique et des Études
Économiques; [NLD] Centraal Bureau voor de Statistiek; [IRL] Central Statistics Office Ireland; [ITA] Istituto Nazionale di Statistica; [LUX] Le
Portail des Statistiques du Luxembourg; [MAC] Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, Governo da RAE de Macau [MOZ] Instituto
Nacional de Estatística; [NOR] Statistics Norway; [GBR] UK National Statistics; [SWE] Statistics Sweden; [CHE] Office Fédéral de la
Statistique.
0 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 600.000
Dinamarca
Suécia
Irlanda
Áustria
Noruega
Moçambique
Macau (China)
Itália
Holanda
Canadá
Bélgica
EUA
Luxemburgo
Espanha
Alemanha
Reino Unido
Suíça
França
- 51 -
Quadro 2.6 - Registos consulares de portugueses residentes no estrangeiro, principais países de destino da emigração, 2014
ou último ano disponível
País Registos consulares
Alemanha 164,799
Angola 126,356
Austrália 50,428
Áustria 2,994
Bélgica 58,020
Brasil 644,903
Cabo Verde 14,380
Canadá 246,432
Dinamarca 1,735
Espanha 53,600
EUA 200,070
França 1,122,564
Holanda 22,621
Irlanda 3,612
Itália 11,258
Luxemburgo 121,127
Macau (China) 165,000
Moçambique 24,779
Noruega 5,001
Reino Unido 298,760
Suécia 1,702
Suíça 305,128
Venezuela 170,267
Nota [IRL] 2013.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores da Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades
Portuguesas (DGACCP).
- 52 -
Gráfico 2.7 Registos consulares de portugueses residentes no estrangeiro, principais países de destino da emigração,
2014 ou último ano disponível
Nota [IRL] 2013.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores da Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades
Portuguesas (DGACCP).
0 200.000 400.000 600.000 800.000 1.000.000 1.200.000
Suécia
Dinamarca
Áustria
Irlanda
Noruega
Itália
Cabo Verde
Holanda
Moçambique
Austrália
Espanha
Bélgica
Luxemburgo
Angola
Alemanha
Macau (China)
Venezuela
EUA
Canadá
Reino Unido
Suíça
Brasil
França
- 53 -
e. Emigração de enfermeiros para o Reino Unido
O Reino Unido é hoje o principal país de destino da emigração portuguesa. Trata-se de um
fluxo com características novas, nomeadamente por incluir uma elevada percentagem de
ativos com qualificações superiores. Neste anexo ao capítulo 2 caracteriza-se mais em
pormenor as entradas de portugueses no Reino Unido nos últimos cinco anos e apresentam-
se os resultados de um inquérito a enfermeiros portugueses a residir no Reino Unido, um
dos grupos profissionais com elevadas taxas de emigração para aquele destino.
Entradas de portugueses no Reino Unido
Sinteticamente, conclui-se dos dados disponíveis que os portugueses emigrados
recentemente para o Reino Unido são predominantemente jovens adultos, tendo cerca de
um terço entre 25 e 34 anos. A proporção de mulheres é de 42%. Londres é o destino de
cerca de metade dos portugueses que se mudaram em 2014 para o Reino Unido.
Em termos da distribuição por sexo, a imigração de portugueses para o Reino Unido é
predominantemente masculina, embora tenha vindo a aumentar ligeiramente a proporção
de mulheres. Em 2010, do total de portugueses que emigraram para o Reino Unido, 59%
eram homens e 41% mulheres, enquanto em 2014 a proporção de mulheres subiu para 43%.
Como acontece normalmente nas migrações internacionais, a maior parte dos emigrantes estão
em idade ativa jovem. Cerca de 36% dos portugueses que imigra para o Reino Unido tem entre
25 e 34 anos. O grupo etário dos 18 aos 24 anos é o segundo mais representativo (cerca de
25%). Um quinto dos portugueses que entra anualmente no Reino Unido tem entre 35 e 44
anos. Dez por cento dos portugueses que se deslocam para o Reino Unido têm entre 45 a 54
anos. Com menos de 18 anos entraram 2% do total de portugueses. Desde 2011, 4% dos
portugueses entrados no Reino Unido tem 55 ou mais anos. Em 2014, dois terços (68%) dos
portugueses entrados no Reino Unido tinham entre 25 e 59 anos e pouco mais de um quarto
entre 18 e 24 anos.
Inglaterra é o destino de uma larga maioria dos portugueses (94%) que imigra para o Reino
Unido. Entre os que se deslocam para Inglaterra, 46% vão para Londres. Para o sudeste de
- 54 -
Inglaterra imigram 13% e para o este 10% do total de portugueses. Quase metade dos
portugueses entrados no Reino Unido em 2014 reside em Londres.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 55 -
Quadro 2.A.1 Entradas de portugueses no Reino Unido por sexo, 2010 a 2014
Sexo 2010 2011 2012 2013 2014
N % N % N % N % N %
Homens 7,081 58.7 9,479 58.0 11,471 56.1 16,863 56.0 17,445 57.1
Mulheres 4,981 41.3 6,863 42.0 8,968.0 43.9 13,263 44.0 13,099 42.9
Total 12,062 100.0 16,342 100.0 20,439 100.0 30,126 100.0 30,544 100.0
Nota Há pequenas diferenças no total de entradas de portugueses por ano, entre quadros, da ordem de unidades ou dezenas.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Department for Work and Pensions, do Reino Unido.
- 56 -
Gráfico 2.A.1 Percentagem de mulheres nas entradas de portugueses no Reino Unido, 2010 a 2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Department for Work and Pensions, do Reino Unido.
25
50
75
2010 2011 2012 2013 2014
- 57 -
Quadro 2.A.2 Entradas de portugueses no Reino Unido por grupos etários, 2010 a 2014
Grupos etários 2010 2011 2012 2013 2014
N % N % N % N % N %
Menos de 18 209 1.7 287 1.8 374 1.8 609 2.0 692 2.3
18-24 3,085 25.6 4,492 27.5 5,604.0 27.4 8,216 27.3 8,507 27.9
25-34 4,428 36.7 6,059 37.1 7,617 37.2 11,081 36.8 10,696 35.0
35-44 2,374 19.7 3,235 19.8 4,207 20.6 6,210 20.6 6,346 20.8
45-54 1,245 10.3 1,519 9.3 1,884 9.2 2,787 9.3 3,030 9.9
55-59 342 2.8 344 2.1 391 1.9 630 2.1 716 2.3
60 e mais 373 3.1 407 2.5 379 1.9 591 2.0 555 1.8
Total 12,056 100.0 16,343 100.0 20,456 100.0 30,124 100.0 30,542 100.0
Nota Há pequenas diferenças no total de entradas de portugueses por ano, entre quadros, da ordem de unidades ou dezenas.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Department for Work and Pensions, do Reino Unido.
- 58 -
Gráfico 2.A.2. - Entradas de portugueses no Reino Unido por grupos etários, 2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Department for Work and Pensions, do Reino Unido.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Menos de 18 18-24 25-34 35-44 45-54 55-59 60 e mais
Pe
rce
nta
gem
- 59 -
Quadro 2.A.3 Entradas de portugueses no Reino Unido por grupos etários e sexo, 2014
Grupos etários
Sexo Total
Homens Mulheres N %
Menos de 18 376 319 695 2.3
18-24 4,462 4046 8,508 27.9
25-59 12,326 8465 20,791 68.1
60 e mais 281 269 550 1.8
Total 17,445 13099 30,544 100.0
Nota Há pequenas diferenças no total de entradas de portugueses por ano, entre quadros, da ordem de unidades ou dezenas.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Department for Work and Pensions, do Reino Unido.
- 60 -
Gráfico 2.A.3.- Entradas de portugueses no Reino Unido por grupos etários e sexo, 2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Department for Work and Pensions, do Reino Unido.
50 40 30 20 10 0 10 20 30 40
Menos de 18
18-24
25-59
60 e mais
Percentagem do total (HM)
Homens Mulheres
- 61 -
Quadro 2.A.4 Entradas de portugueses no Reino Unido por país, 2014
País N %
Inglaterra 28,640 93.8
País de Gales 364 1.2
Escócia 739 2.4
Irlanda do Norte 775 2.5
Total 30,518 100.0
Nota Há pequenas diferenças no total de entradas de portugueses por ano, entre quadros, da ordem de unidades ou dezenas.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Department for Work and Pensions, do Reino Unido.
- 62 -
Gráfico 2.A.4: Entradas de portugueses no Reino Unido por país, 2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Department for Work and Pensions, do Reino Unido.
Inglaterra 94%
Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales
6%
- 63 -
Quadro 2.A.5 Entradas de portugueses na Inglaterra por região administrativa, 2014
Região administrativa N %
Londres 13,147 45.9
North East 181 0.6
North West 1,699 5.9
Yorkshire and The Humber 900 3.1
East Midlands 2,634 9.2
West Midlands 1,143 4.0
East of England 2,927 10.2
South East 3,771 13.2
South West 2,235 7.8
Total 28,637 100.0
Nota Há pequenas diferenças no total de entradas de portugueses por ano, entre quadros, da ordem de unidades ou dezenas.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Department for Work and Pensions, do Reino Unido.
- 64 -
Gráfico 2.A.5. Entradas de portugueses na Inglaterra por região administrativa, 2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Department for Work and Pensions, do Reino Unido.
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Londres
South East
East of England
East Midlands
South West
North West
West Midlands
Yorkshire and The Humber
North East
Percentagem
- 65 -
Enfermeiros portugueses no Reino Unido, 2014
O Reino Unido é o país de destino em que é maior a proporção de portugueses qualificados.
Portugal forma entre 3,000 a 3,500 enfermeiros por ano (total dos cursos públicos e
privados), segundo a Ordem dos Enfermeiros. Cerca de um terço deste número, 1,211
enfermeiros portugueses, começou a trabalhar em 2013 no Reino Unido, segundo a Nursing
and Midwifery Council. Nem todos os que emigraram nesse ano serão recém-licenciados,
embora prevaleçam os jovens adultos.
Um inquérito em linha recentemente realizado por Nuno Pinto, enfermeiro de cuidados
intensivos, através do Facebook e do website www.diasporadosenfermeiros.pt , entre 23 de
Janeiro e 31 de Março de 2014, a que responderam 349 enfermeiros portugueses a residir
no Reino Unido, confirma que cerca de metade destes eram jovens recém-licenciados, com
menos de 25 anos, que encontraram o seu primeiro emprego naquele país de emigração. Em
regra, o emprego no Reino Unido foi obtido através de agências empregadoras que, neste
país ou em Portugal, recrutam enfermeiros portugueses. Na maioria dos casos, a emigração
traduziu-se em percursos de mobilidade profissional.
Globalmente, destaca-se o facto de que mais de metade dos inquiridos não pretender
regressar a Portugal antes da reforma. No contexto das migrações internacionais é comum
uma maior percentagem de imigrantes com uma estadia curta e recente de emigração
declararem a intenção de regresso ao país de origem no curto-médio prazo. Entre os
enfermeiros portugueses no Reino Unido predomina antes o inverso: embora recentemente
no país, não tencionam voltar para Portugal durante a idade ativa.
No Nursing and Midwifery Council (NMC), o congénere britânico da Ordem dos Enfermeiros,
estavam inscritos, em 2014, 3,155 enfermeiros portugueses. Este número inclui tanto os
enfermeiros portugueses que se encontram a trabalhar naquele país, como os que se
registaram mas não chegaram a deslocar-se para o Reino Unido, os que regressaram
entretanto a Portugal, bem como os que reemigraram para outro país. O número de 349
inquiridos representa, por isso, pelo menos 12% do total de enfermeiros portugueses a
trabalhar no Reino Unido.
Um quinto dos enfermeiros portugueses que responderam ao inquérito tinha 25 anos. Do
total dos inquiridos, 81% tinha até 29 anos e uma percentagem mais reduzida (15%), entre
- 66 -
30 e 47 anos. Se estes dados forem representativos do conjunto dos enfermeiros
portugueses a trabalhar no Reino Unido, conclui-se que estamos perante uma população de
profissionais maioritariamente composta por jovens. Cerca de 11% dos enfermeiros que
responderam ao inquérito eram casados e 6% vivia em união de facto. Os divorciados
totalizavam 1%. O facto de predominarem jovens entre os enfermeiros que responderam ao
inquérito explicará porque 80% eram solteiros.
Uma pequena proporção, 10% dos inquiridos, terminou o curso entre 1983 e 2005. Cerca de
um terço (37%) terminou-o entre 2012 e 2013, um a dois anos antes de se fixarem no Reino
Unido, e quase três quartos (73%) depois de 2009. Predominavam, pois, os recém-
licenciados.
A larga maioria (83%) dos enfermeiros inquiridos foi trabalhar para o Reino Unido através de
agências empregadoras. Cerca de metade emigraram através de agências inglesas e um
terço através de agências portuguesas. A abordagem direta ao empregador foi o meio de
colocação profissional de 7% dos inquiridos, enquanto o recrutamento direto pelos hospitais
aconteceu em apenas 6% dos casos. Os restantes 4% emigraram usando para o efeito os
apoios disponíveis em redes de amigos, conhecidos ou família ou de outro meio de
colocação profissional. Em resumo, os processos formais de recrutamento,
profissionalmente organizados, predominaram claramente sobre os processos informais e
individuais de emigração.
Se antes de emigrarem metade dos inquiridos procurava o seu primeiro emprego e 16%
tinha perdido o emprego, depois da emigração para o Reino Unido todos estavam
empregados. O número dos que tinham um posto especializado de trabalho mais do que
duplicou com a emigração, passando de 72 para 167. Ou seja, a emigração não só permitiu o
acesso ao emprego, tanto por recém-licenciados como por profissionais desempregados,
como permitiu concretizar percursos de promoção profissional.
Refira-se, por fim, que mais de metade dos inquiridos não pretende regressar a Portugal
antes da reforma. Um terço declarou que apenas tinha intenção de regressar a Portugal para
se reformar e cerca de um quarto (23%) declarou que não tenciona regressar de todo.
Apenas 43% declarou ter intenção de regressar a Portugal para continuar a sua carreira
profissional. Tendo a maioria dos inquiridos uma história recente e curta de emigração, este
- 67 -
último valor deverá estar sobrerepresentado, como é comum nestes casos e está
abundantemente documentado na literatura sobre as migrações internacionais.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 68 -
Quadro 2.A.6 Enfermeiros portugueses no Reino Unido por idade
Idade N Percentagem Percentagem acumulada
Total 349 100.0 ..
22 25 7.2 7.2
23 46 13.2 20.3
24 43 12.3 32.7
25 76 21.8 54.4
26 41 11.7 66.2
27 26 7.4 73.6
28 11 3.2 76.8
29 15 4.3 81.1
30 14 4.0 85.1
31 9 2.6 87.7
32 9 2.6 90.3
33 5 1.4 91.7
34 5 1.4 93.1
35 7 2.0 95.1
36 3 0.9 96.0
37 4 1.1 97.1
39 5 1.4 98.6
40 3 0.9 99.4
43 1 0.3 99.7
47 1 0.3 100.0
Nota Não respostas: 3.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Inquérito a Enfermeiros Portugueses no Reino Unido 2014.
- 69 -
Gráfico 2.A.6. Enfermeiros portugueses no Reino Unido por idade
Nota Não respostas: 3.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Inquérito a Enfermeiros Portugueses no Reino Unido 2014.
0
5
10
15
20
25
22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 39 40 43 47
- 70 -
Quadro 2.A.7 Enfermeiros portugueses no Reino Unido por estado civil
Estado civil N Percentagem
Total 346 100.0
Solteiro 283 81.8
Casado 38 11.0
União de facto 22 6.4
Divorciado 3 0.9
Nota Não respostas: 3.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Inquérito a Enfermeiros Portugueses no Reino Unido 2014.
- 71 -
Gráfico 2.A.7. Enfermeiros portugueses no Reino Unido por estado civil
Nota Não respostas: 3.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Inquérito a Enfermeiros Portugueses no Reino Unido 2014.
Solteiro 82%
Casado 11%
União de facto 6%
Divorciado 1%
- 72 -
Quadro 2.A.8 Enfermeiros portugueses no Reino Unido por ano de formação
Ano N Percentagem Percentagem acumulada
Total 344 100.0 ..
2013 58 16.9 16.9
2012 70 20.3 37.2
2011 57 16.6 53.8
2010 66 19.2 73.0
2009 19 5.5 78.5
2008 15 4.4 82.8
2007 12 3.5 86.3
2006 8 2.3 88.7
2005 12 3.5 92.2
2004 6 1.7 93.9
2003 3 0.9 94.8
2002 2 0.6 95.3
2001 5 1.5 96.8
2000 3 0.9 97.7
1999 2 0.6 98.3
1998 2 0.6 98.8
1997 1 0.3 99.1
1996 1 0.3 99.4
1995 1 0.3 99.7
1983 1 0.3 100.0
Nota Não respostas: 5.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Inquérito a Enfermeiros Portugueses no Reino Unido 2014.
- 73 -
Gráfico 2.A.8. Enfermeiros portugueses no Reino Unido por ano de formação
Nota Não respostas: 5.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Inquérito a Enfermeiros Portugueses no Reino Unido 2014.
0
5
10
15
20
25
20
13
20
12
20
11
20
10
20
09
20
08
20
07
20
06
20
05
20
04
20
03
20
02
20
01
20
00
19
99
19
98
19
97
19
96
19
95
19
83
- 74 -
Quadro 2.A.9 Enfermeiros portugueses no Reino Unido por meio de colocação profissional
Meio de colocação profissional N %
Total 349 100.0
Agência empregadora (Reino Unido) 175 50.1
Agência empregadora (Portugal) 113 32.4
Abordagem direta ao empregador 25 7.2
Recrutamento direto do hospital 21 6.0
Rede de amigos / conhecidos / família 8 2.3
Outro 7 2.0
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Inquérito a Enfermeiros Portugueses no Reino Unido 2014.
- 75 -
Gráfico 2.A.9. - Enfermeiros portugueses no Reino Unido por meio de colocação profissional
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Inquérito a Enfermeiros Portugueses no Reino Unido 2014.
0 10 20 30 40 50 60
Agência empregadora (Reino Unido)
Agência empregadora (Portugal)
Abordagem direta ao empregador
Recrutamento direto do hospital
Rede de amigos / conhecidos / família
Outro
Percentagem
- 76 -
Quadro 2.A.10 Enfermeiros portugueses no Reino Unido por condição perante o trabalho e área de especialização
(trajetórias)
Condição perante o trabalho
e área de especialização
Em Portugal No Reino Unido
N % Total % Empregado N % Total %
Empregado
Total 334 100.0 .. 349 100.0 ..
Empregado 115 34.4 100.0 349 100.0 100.0
Bloco operatório 8 2.4 7.0 35 10.0 10.0
Cuidados intensivos 15 4.5 13.0 40 11.5 11.4
Urgência / emergência 11 3.3 9.6 57 16.3 16.2
Enfermaria 43 12.9 37.4 182 52.1 52.4
Pediatria 2 0.6 1.7 3 0.9 0.9
Comunidade 30 9.0 26.1 15 4.3 4.3
Saúde mental 4 1.2 3.5 13 3.7 3.7
Saúde materno-infantil 2 0.6 1.7 4 1.1 1.1
Desempregado 53 15.9 .. .. .. ..
Recém licenciado à procura de primeiro emprego 166 49.7 .. .. .. ..
Nota Não respostas: 15.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Inquérito a Enfermeiros Portugueses no Reino Unido 2014.
- 77 -
Gráfico 2.A.10. - Enfermeiros portugueses no Reino Unido por condição perante o trabalho e área de especialização
(trajetórias)
Nota Não respostas: 15.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Inquérito a Enfermeiros Portugueses no Reino Unido 2014.
60 40 20 0 20 40 60
Enfermaria
Urgência / emergência
Cuidados intensivos
Bloco operatório
Comunidade
Saúde mental
Saúde materno-infantil
Pediatria
Desempregado
À procura de primeiro emprego
Percentagem
Portugal Reino Unido
- 78 -
Quadro 2.A.11 Enfermeiros portugueses no Reino Unido por intenção de regresso a Portugal
Intenção de regresso a Portugal N Percentagem
Total 367 100.0
Sim, para prosseguir a carreira profissional 159 43.3
Sim, quando me reformar 122 33.2
Não 86 23.4
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Inquérito a Enfermeiros Portugueses no Reino Unido 2014.
- 79 -
Gráfico 2.A.11 - Enfermeiros portugueses no Reino Unido por intenção de regresso a Portugal
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Inquérito a Enfermeiros Portugueses no Reino Unido 2014
Sim, para prosseguir a carreira profissional
43%
Sim, quando me reformar
33%
Não 24%
- 80 -
1. RELATÓRIO ESTATÍSTICO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA
1.3 Emigração para os principais países de destino,
séries cronológicas 2000-2014
- 81 -
a. Alemanha
Entradas de portugueses na Alemanha
Em 2014 o número de entradas de portugueses na Alemanha totaliza 10,121, menos 11.2%
do que em 2013 (ver quadro 3.1 e gráfico 3.1). Em 2000 imigraram 11,369 portugueses para
a Alemanha, número que passou para 10,121 em 2014. Durante este período houve um
decréscimo acentuado entre 2001 e 2006, embora sempre com valores significativos, e um
aumento progressivo desde o ano anterior à crise até ao ano passado, de 2007 a 2013. Em
2014 as entradas de portugueses representaram 0.9% das entradas totais na Alemanha.
Atualmente, a Alemanha é o quarto país do mundo para onde mais portugueses emigram
(ver quadro 2.1 e gráfico 2.1).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 82 -
Quadro 3.1 - Entradas de portugueses na Alemanha, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. 11,369 .. ..
2001 685,259 .. 9,287 1.4 -18.3
2002 658,341 -3.9 7,955 1.2 -14.3
2003 601,759 -8.6 6,981 1.2 -12.2
2004 602,182 0.1 5,570 0.9 -20.2
2005 401,493 -33.3 3,418 0.9 -38.6
2006 382,772 -4.7 3,371 0.9 -1.4
2007 402,397 5.1 3,766 0.9 11.7
2008 403,432 0.3 4,214 1.0 11.9
2009 412,404 2.2 4,468 1.1 6.0
2010 472,105 14.5 4,238 0.9 -5.1
2011 609,184 29.0 5,752 0.9 35.7
2012 755,318 24.0 9,054 1.2 57.4
2013 932,920 23.5 11,401 1.2 25.9
2014 1,145,953 22.8 10,121 0.9 -11.2
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database (2001-2004) e de
Statistisches Bundesamt Deutschland, Ausländische Bevölkerung (2000, 2005-2014).
- 83 -
Gráfico 3.1 Entradas de portugueses na Alemanha, 2000-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database (2001-2004) e de
Statistisches Bundesamt Deutschland, Ausländische Bevölkerung (2000, 2005-2014).
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 84 -
Portugueses residentes na Alemanha
Em 2014 o número de portugueses emigrados na Alemanha totaliza 107,470, mais 3.3% do
que em 2013 (ver quadro 3.2 e gráfico 3.2). O número de portugueses emigrados na
Alemanha aumentou ligeiramente nos últimos anos, passando de 92,343, em 2011, para
107,470, em 2014. Em termos relativos, os portugueses são uma minoria entre os nascidos
no estrangeiro a residir na Alemanha, representando apenas 1.6% do total em 2014. Apesar
desta posição relativa, o número de portugueses a residir neste país continua a situar-se
acima dos 100 mil, sendo a Alemanha o sétimo país do mundo onde residem mais
portugueses emigrados (ver gráfico 2.3).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 85 -
Quadro 3.2 - Nascidos em Portugal residentes na Alemanha, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 5,682,168 .. 108,397 1.9 ..
2001 5,755,232 1.3 107,057 1.9 -1.2
2002 5,804,263 0.9 105,667 1.8 -1.3
2003 5,834,577 0.5 105,135 1.8 -0.5
2004 5,312,860 -8.9 93,190 1.8 -11.4
2005 5,363,410 1.0 92,136 1.7 -1.1
2006 5,386,570 0.4 91,651 1.7 -0.5
2007 5,400,325 0.3 91,253 1.7 -0.4
2008 5,401,777 0.0 91,225 1.7 0.0
2009 5,393,264 -0.2 90,203 1.7 -1.1
2010 5,473,547 1.5 90,148 1.6 -0.1
2011 5,664,681 3.5 92,343 1.6 2.4
2012 5,975,210 5.5 97,445 1.6 5.5
2013 6,402,828 7.2 104,084 1.6 6.8
2014 6,920,193 8.1 107,470 1.6 3.3
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistisches Bundesamt Deutschland, Ausländische Bevölkerung.
- 86 -
Gráfico 3.2 Nascidos em Portugal residentes na Alemanha, 2000-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistisches Bundesamt Deutschland, Ausländische Bevölkerung.
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 87 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Alemanha
Em 2014, o número de portugueses que adquiriu a nacionalidade alemã totaliza 578 (ver
quadro 3.3 e gráfico 3.3). Este número tem variado anualmente entre as 200 e as 500
aquisições de nacionalidade, o que se explica pela dimensão significativa da população
portuguesa emigrada no país. O número total de aquisições de nacionalidade de
portugueses na Alemanha aumentou em cerca de 152% desde 2000, contrariando a
tendência em baixa das naturalizações de estrangeiros em geral, as quais passaram de
186,688 para 108,422 durante o período em análise, 2000 a 2014. A Alemanha é o sexto país
do mundo onde os portugueses mais adquirem a nacionalidade do país de destino (ver
gráfico 2.6).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 88 -
Quadro 3.3 - Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Alemanha, 2000-2014
Ano
Aquisições de nacionalidade totais Aquisições de nacionalidade por portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
aquisições de
nacionalidade totais
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 186,688 .. 229 0.1 ..
2001 178,098 -4.6 290 0.2 26.6
2002 154,547 -13.2 243 0.2 -16.2
2003 140,731 -8.9 308 0.2 26.7
2004 127,153 -9.6 293 0.2 -4.9
2005 117,241 -7.8 313 0.3 6.8
2006 124,566 6.2 327 0.3 4.5
2007 113,030 -9.3 237 0.2 -27.5
2008 94,470 -16.4 297 0.3 25.3
2009 96,122 1.7 277 0.3 -6.7
2010 101,570 5.7 259 0.3 -6.5
2011 106,897 5.2 376 0.4 45.2
2012 112,348 5.1 444 0.4 18.1
2013 112,353 0.0 510 0.5 14.9
2014 108,422 -3.5 578 0.5 13.3
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database (2001-2002); Statistisches
Bundesamt Deutshland, Ausländische Bevölkerung (2000, 2003-2013).
- 89 -
Gráfico 3.3 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Alemanha, 2000-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database (2001-2002); Statistisches
Bundesamt Deutshland, Ausländische Bevölkerung (2000, 2003-2013).
0
100
200
300
400
500
600
700
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 90 -
b. Angola
Entradas de portugueses em Angola
Em 2014 o número de entradas de portugueses em Angola totaliza 5,098 (ver quadro 3.4 e
gráfico 3.4). Este valor corresponde à soma dos vistos dos Consulados de Angola no Porto e
em Lisboa, emitidos para portugueses em situações de emigração, nomeadamente:
privilegiado (29), trabalho (2,661), trabalho e vistos de protocolo (1,568), fixação de
residência (519) e outros (estudo e permanência temporária, 321). De ressalvar que este
valor encontra-se subestimado dado a inacessibilidade aos números de vistos emitidos para
portugueses pelo Consulado de Angola em Faro. Atualmente, Angola é o sexto país do
mundo para onde mais portugueses emigram (ver gráfico 2.1).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 91 -
Quadro 3.4 - Entradas de portugueses em Angola, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 .. .. .. .. ..
2002 .. .. .. .. ..
2003 .. .. .. .. ..
2004 .. .. .. .. ..
2005 .. .. .. .. ..
2006 .. .. .. .. ..
2007 .. .. .. .. ..
2008 .. .. .. .. ..
2009 .. .. 23,787 .. ..
2010 .. .. .. .. ..
2011 .. .. .. .. ..
2012 .. .. .. .. ..
2013 .. .. 4,651 .. ..
2014 .. .. 5,098 .. 9.6
Nota No caso de Angola, usa-se como indicador das entradas o número de vistos concedidos a portugueses. Os valores de 2009 não são
diretamente comparáveis aos de 2013 e 2014 devido a mudanças na tipologia dos vistos e à inclusão de vistos emitidos pelo Serviço de
Migração e Estrangeiros angolano (para além dos emitidos pelos consulados de Angola em Portugal). Os valores de 2013 e 2014
correspondem à soma dos seguintes tipos de vistos emitidos pelos consulados de Angola no Porto e em Lisboa, para portugueses em
situações de emigração: privilegiado, trabalho (o mais comum), trabalho por protocolo, fixação de residência e outros (estudo e
permanência temporária). Informação indisponível sobre os vistos emitidos pelo consulado de Angola em Faro.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Consulado-Geral da República de Angola em Lisboa e do Consulado-
Geral da República de Angola no Porto.
- 92 -
Gráfico 3.4 Entradas de portugueses em Angola, 2013 e 2014
Nota No caso de Angola, usa-se como indicador das entradas o número de vistos concedidos a portugueses. Os valores de 2009 não são
diretamente comparáveis aos de 2013 e 2014 devido a mudanças na tipologia dos vistos e à inclusão de vistos emitidos pelo Serviço de
Migração e Estrangeiros angolano (para além dos emitidos pelos consulados de Angola em Portugal). Os valores de 2013 e 2014
correspondem à soma dos seguintes tipos de vistos emitidos pelos consulados de Angola no Porto e em Lisboa, para portugueses em
situações de emigração: privilegiado, trabalho (o mais comum), trabalho por protocolo, fixação de residência e outros (estudo e
permanência temporária). Informação indisponível sobre os vistos emitidos pelo consulado de Angola em Faro.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores do Consulado-Geral da República de Angola em Lisboa e do Consulado-
Geral da República de Angola no Porto.
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
2013 2014
- 93 -
Portugueses residentes em Angola
Dados não disponíveis.
Em 2013, estavam recenseados, nos consulados portugueses em Angola, 38,994 pessoas
nascidas em Portugal.
Aquisições de nacionalidade por portugueses em Angola
Dados não disponíveis.
- 94 -
c. Austrália
Entradas de portugueses na Austrália
Em 2012 o número de entradas de portugueses na Austrália totaliza 76, mais 58.3% do que
em 2011 (ver quadro 3.5 e gráfico 3.5). Em 2004 imigraram 44 portugueses para a Austrália,
número que passou para 76 em 2012. Durante este período as entradas de portugueses
têm-se situado abaixo das 100 por ano, tratando-se de um valor reduzido. Em 2012 as
entradas de portugueses não tinham expressão no total de entradas de estrangeiros na
Austrália.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 95 -
Quadro 3.5 - Entradas de portugueses na Austrália, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 .. .. .. .. ..
2002 .. .. .. .. ..
2003 .. .. .. .. ..
2004 111,590 .. 44 0.0 ..
2005 123,424 10.6 62 0.1 40.9
2006 131,593 6.6 40 0.0 -35.5
2007 140,148 6.5 44 0.0 10.0
2008 149,365 6.6 60 0.0 36.4
2009 158,021 5.8 59 0.0 -1.7
2010 140,610 -11.0 72 0.1 22.0
2011 127,458 -9.4 48 0.0 -33.3
2012 158,943 24.7 76 0.0 58.3
2013 .. .. .. .. ..
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Department of Immigration and Citizenship.
- 96 -
Gráfico 3.5 Entradas de portugueses na Austrália, 2004-2012
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Department of Immigration and Citizenship.
0
20
40
60
80
100
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
- 97 -
Portugueses residentes na Austrália
Em 2014 o número de portugueses emigrados na Austrália totaliza 19,290, mais 25.8% do
que em 2011 (ver quadro 3.6 e gráfico 3.6). O número de portugueses emigrados na
Austrália manteve-se estável entre 2003 e 2010, com valores aproximados de 18,000
portugueses nascidos em Portugal. Em 2011 houve um decréscimo, passando para 15,328 os
portugueses emigrados a residir no país, valor que aumentou novamente para os 19,290 em
2014. Em termos relativos, os portugueses são uma minoria entre os nascidos no estrangeiro
a residir na Austrália, representando apenas 0.3% em 2014. Apesar da fraca
representatividade, o número de portugueses a residir neste país continua a situar-se acima
dos 18 mil, por se tratar de um país de emigração antiga, sendo a Austrália o décimo
segundo país do mundo onde residem mais portugueses emigrados (ver quadro 2.3 e gráfico
2.3).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 98 -
Quadro 3.6 - Nascidos em Portugal residentes na Austrália, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 .. .. .. .. ..
2002 .. .. .. .. ..
2003 4,694,180 .. 17,930 0.4 ..
2004 4,796,540 2.2 18,000 0.4 0.4
2005 4,927,020 2.7 18,150 0.4 0.8
2006 5,090,060 3.3 18,290 0.4 0.8
2007 5,295,140 4.0 18,310 0.3 0.1
2008 5,545,050 4.7 18,930 0.3 3.4
2009 5,804,030 4.7 18,450 0.3 -2.5
2010 5,993,950 3.3 18,520 0.3 0.4
2011 6,485,380 8.2 15,328 0.2 -17.2
2012 .. .. .. .. ..
2013 .. .. .. .. ..
2014 6,600,750 .. 19,290 0.3 ..
Nota Os valores de 2014 são estimados.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Australian Bureau of Statistics.
- 99 -
Gráfico 3.6 Nascidos em Portugal residentes na Austrália, 2003-2014
Nota Valores estimados para 2012 e 2013.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Australian Bureau of Statistics.
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 100 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Austrália
Em 2014, o número de portugueses que adquiriu a nacionalidade australiana totaliza 227
(ver quadro 3.7 e gráfico 3.7). Este número tem variado anualmente entre os 103 e os 380, o
que se explica pela reduzida dimensão da população portuguesa emigrada no país. O
número total de aquisições de nacionalidade por portugueses na Austrália diminuiu em
cerca de 17.8% desde 2005, tendência que não foi acompanhada pelo aumento das
aquisições de nacionalidade de estrangeiros em geral, as quais passaram de 93 mil para 163
mil durante o período em análise, de 2005 a 2014.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 101 -
Quadro 3.7 - Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Austrália, 2000-2014
Ano
Aquisições de nacionalidade totais Aquisições de nacionalidade por portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
aquisições de
nacionalidade totais
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 .. .. .. .. ..
2002 .. .. .. .. ..
2003 .. .. .. .. ..
2004 .. .. .. .. ..
2005 93,095 .. 276 0.3 ..
2006 103,350 11.0 195 0.2 -29.3
2007 136,256 31.8 380 0.3 94.9
2008 121,221 -11.0 300 0.2 -21.1
2009 86,981 -28.2 116 0.1 -61.3
2010 119,791 37.7 140 0.1 20.7
2011 95,284 -20.5 120 0.1 -14.3
2012 84,183 -11.7 103 0.1 -14.2
2013 123,438 46.6 143 0.1 38.8
2014 163,017 32.1 227 0.1 58.7
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Department of Immigration and Citizenship.
- 102 -
Gráfico 3.7 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Austrália, 2005-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Department of Immigration and Citizenship.
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 103 -
d. Áustria
Entradas de portugueses na Áustria
Em 2014 o número de entradas de portugueses na Áustria totaliza 581, menos 33.8 % do
que em 2013 (ver quadro 3.8 e gráfico 3.8). Em 2002 imigraram 295 portugueses para a
Áustria, número que passou para 581 em 2014. A partir de 2007 o número de entradas de
portugueses na Áustria teve um crescimento constante até 2013, ano em que entraram 878
portugueses no país. Em 2014 o número de entradas de portugueses decresceu para valores
próximos dos de 2011. Em 2014 as entradas de portugueses representaram 0.4% das
entradas totais na Áustria. As entradas de portugueses no país têm-se situado abaixo das mil
por ano, sendo a Áustria o décimo sexto país do mundo para onde os portugueses mais
emigram (ver gráfico 2.1).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 104 -
Quadro 3.8 - Entradas de portugueses na Áustria, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 .. .. .. .. ..
2002 86,144 .. 295 0.3 ..
2003 93,341 8.4 313 0.3 6.1
2004 104,246 11.7 266 0.3 -15.0
2005 97,995 -6.0 296 0.3 11.3
2006 82,899 -15.4 276 0.3 -6.8
2007 91,546 10.4 305 0.3 10.5
2008 94,368 3.1 349 0.4 14.4
2009 91,660 -2.9 357 0.4 2.3
2010 96,896 5.7 444 0.5 24.4
2011 109,921 13.4 531 0.5 19.6
2012 125,605 14.3 693 0.6 30.5
2013 135,228 7.7 878 0.6 26.7
2014 154,260 14.1 581 0.4 -33.8
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Austria.
- 105 -
Gráfico 3.8 Entradas de portugueses na Áustria, 2002-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Austria.
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1.000
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 106 -
Portugueses residentes na Áustria
Em 2014 o número de portugueses emigrados na Áustria totaliza 2,288, mais 16.2% do que
em 2013 (ver quadro 3.9 e gráfico 3.9). O número de portugueses emigrados na Áustria tem
tido um aumento constante desde 2002, passando de 888, em 2002, para 2,288, em 2014.
Em termos relativos, os portugueses são uma minoria entre os nascidos no estrangeiro a
residir na Áustria, representando apenas 0.2% em 2014. O número de portugueses a residir
neste país continua a situar-se acima dos 2 mil, sendo a Áustria o décimo sexto país do
mundo onde residem mais portugueses emigrados (ver quadro 2.3 e gráfico 2.3).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 107 -
Quadro 3.9 - Nascidos em Portugal residentes na Áustria, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 .. .. .. .. ..
2002 1,112,094 .. 888 0.1 ..
2003 1,137,351 2.3 986 0.1 11.0
2004 1,141,212 0.3 1,081 0.1 9.6
2005 1,154,776 1.2 1,125 0.1 4.1
2006 1,195,156 3.5 1,210 0.1 7.6
2007 1,215,695 1.7 1,220 0.1 0.8
2008 1,235,678 1.6 1,332 0.1 9.2
2009 1,260,277 2.0 1,413 0.1 6.1
2010 1,275,487 1.2 1,427 0.1 1.0
2011 1,294,706 1.5 1,530 0.1 7.2
2012 1,323,083 2.2 1,660 0.1 8.5
2013 1,364,771 3.2 1,969 0.1 18.6
2014 1,414,624 3.7 2,288 0.2 16.2
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Austria.
- 108 -
Gráfico 3.9 Nascidos em Portugal residentes na Áustria, 2002-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Austria.
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 109 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Áustria
Em 2014, o número de portugueses que adquiriu a nacionalidade austríaca totaliza 3 (ver
quadro 3.10 e gráfico 3.10). Este número tem variado anualmente entre os 0 e os 3, o que se
explica pela reduzida dimensão da população portuguesa emigrada no país. O número total
de aquisições de nacionalidade por portugueses na Áustria manteve-se praticamente
inalterada desde 2000. No mesmo período, as aquisições de nacionalidade de estrangeiros
em geral, diminuíram de 24 mil para 7 mil.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 110 -
Quadro 3.10 - Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Áustria, 2000-2014
Ano
Aquisições de nacionalidade totais Aquisições de nacionalidade por portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
aquisições de
nacionalidade totais
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 24,320 .. 1 0.0 ..
2001 31,731 30.5 1 0.0 0.0
2002 36,011 13.5 0 0.0 -100.0
2003 44,694 24.1 0 0.0 0.0
2004 41,645 -6.8 0 0.0 0.0
2005 34,876 -16.3 0 0.0 0.0
2006 25,746 -26.2 2 0.0 0.0
2007 14,010 -45.6 0 0.0 0.0
2008 10,258 -26.8 0 0.0 0.0
2009 7,978 -22.2 0 0.0 0.0
2010 6,135 -23.1 0 0.0 0.0
2011 6,690 9.0 2 0.0 0.0
2012 7,043 5.3 3 0.0 50.0
2013 7,354 4.4 0 0.0 0.0
2014 7,570 2.9 3 0.0 0.0
Nota Variações não significativas, valores absolutos muito reduzidos.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Austria.
- 111 -
Gráfico 3.10 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Áustria, 2000-2014
Nota Variações não significativas, valores absolutos muito reduzidos.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Austria.
0
2
4
6
8
10
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 112 -
e. Bélgica
Entradas de portugueses na Bélgica
Em 2012 o número de entradas de portugueses na Bélgica totaliza 4,227, mais 35% do que em 2011
(ver quadro 3.11 e gráfico 3.11). Em 2000 imigraram 1,324 portugueses para a Bélgica, número que
passou para 4,227 em 2012. Durante este período houve um aumento gradual até 2008. Embora as
entradas de portugueses tenham diminuído no ano 2009 e 2010, voltaram a aumentar nos anos de
recessão económica associada à crise, entre 2011 e 2012. Em 2012 as entradas de portugueses
representaram 3.8% do total de entradas de estrangeiros na Bélgica (ver quadro 2.2 e gráfico 2.2).
Atualmente, a Bélgica é o sétimo país do mundo para onde mais portugueses emigram (ver quadro
2.1 e gráfico 2.1).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 113 -
Quadro 3.11 - Entradas de portugueses na Bélgica, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 57,295 .. 1,324 2.3 ..
2001 65,974 15.1 1,347 2.0 1.7
2002 70,230 6.5 1,567 2.2 16.3
2003 68,800 -2.0 1,823 2.6 16.3
2004 72,446 5.3 1,907 2.6 4.6
2005 77,411 6.9 1,934 2.5 1.4
2006 83,433 7.8 2,030 2.4 5.0
2007 93,387 11.9 2,293 2.5 13.0
2008 106,012 13.5 3,200 3.0 39.6
2009 102,714 -3.1 2,854 2.8 -10.8
2010 113,582 10.6 2,717 2.4 -4.8
2011 117,948 3.8 3,140 2.7 15.6
2012 109,995 -6.7 4,227 3.8 34.6
2013 .. .. .. .. ..
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database.
- 114 -
Gráfico 3.11 Entradas de portugueses na Bélgica, 2000-2012
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database.
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
- 115 -
Portugueses residentes na Bélgica
Em 2013 o número de portugueses emigrados na Bélgica totaliza 31,564 (ver quadro 3.12 e
gráfico 3.12). Houve um acréscimo de cerca de 10 mil portugueses emigrados na Bélgica em
12 anos, passando de 21,331 mil, em 2001, para 31,564, em 2013. Em termos relativos, os
portugueses são uma minoria entre os nascidos no estrangeiro a residir na Bélgica,
representando apenas 1.8% do total em 2013. Apesar disso, o número de portugueses a
residir neste país continua a situar-se acima dos 30 mil, sendo a Bélgica o décimo primeiro
país do mundo onde residem mais portugueses emigrados (ver gráfico 2.3).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 116 -
Quadro 3.12 - Nascidos em Portugal residentes na Bélgica, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 1,112,158 .. 21,331 1.9 ..
2002 1,151,799 3.6 21,657 1.9 1.5
2003 1,185,456 2.9 22,324 1.9 3.1
2004 1,220,062 2.9 22,795 1.9 2.1
2005 1,268,915 4.0 23,337 1.8 2.4
2006 1,319,302 4.0 24,005 1.8 2.9
2007 1,380,323 4.6 24,950 1.8 3.9
2008 1,443,937 4.6 26,541 1.8 6.4
2009 1,503,806 4.1 27,532 1.8 3.7
2010 1,628,793 8.3 28,310 1.7 2.8
2011 1,643,614 0.9 29,453 1.8 4.0
2012 1,689,526 2.8 31,560 1.9 7.2
2013 1,747,641 3.4 31,564 1.8 0.0
2014 .. .. .. .. ..
Nota Os dados de 2013 são de fonte diferente da usada para os outros anos, pelo que as variações entre 2012 e 2013 devem ser
interpretadas com cautela.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database (2001-2012) e de Eurostat,
Statistics Database, Population and Social Conditions (2013).
- 117 -
Gráfico 3.12 Nascidos em Portugal residentes na Bélgica, 2001-2013
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database (2001-2012) e de Eurostat,
Statistics Database, Population and Social Conditions (2013).
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
- 118 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Bélgica
Em 2013, o número de portugueses que adquiriu a nacionalidade belga totaliza 185 (ver
quadro 3.13 e gráfico 3.13). Este número tem variado anualmente entre os 162 e os 284 (em
2007 atingiu o número máximo), o que se explica pela reduzida dimensão da população
portuguesa emigrada no país. O número total de aquisições de nacionalidade por
portugueses na Bélgica aumentou em cerca de 14% desde 2000, contrariando a tendência
em baixa das aquisições de nacionalidade de estrangeiros em geral, as quais passaram de
62,082 para 34,801 durante o período em análise, de 2000 a 2013. A Bélgica é o décimo país
do mundo onde mais portugueses adquiriram a nacionalidade do país de destino (ver gráfico
2.6).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 119 -
Quadro 3.13 - Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Bélgica, 2000-2014
Ano
Aquisições de nacionalidade totais Aquisições de nacionalidade por portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
aquisições de
nacionalidade totais
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 62,082 .. 162 0.3 ..
2001 62,982 1.4 276 0.4 70.4
2002 46,417 -26.3 318 0.7 15.2
2003 33,709 -27.4 203 0.6 -36.2
2004 34,754 3.1 240 0.7 18.2
2005 31,512 -9.3 229 0.7 -4.6
2006 31,860 1.1 239 0.8 4.4
2007 36,063 13.2 284 0.8 18.8
2008 37,710 4.6 240 0.6 -15.5
2009 32,767 -13.1 215 0.7 -10.4
2010 34,635 5.7 159 0.5 -26.0
2011 29,786 -14.0 165 0.6 3.8
2012 38,612 29.6 211 0.5 27.9
2013 34,801 -9.9 185 0.5 -12.3
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database.
- 120 -
Gráfico 3.13 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Bélgica, 2000-2013
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database.
0
50
100
150
200
250
300
350
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
- 121 -
f. Brasil
Entradas de portugueses no Brasil
Em 2014 o número de entradas de portugueses no Brasil totaliza 1,934, menos 33.6% do que
em 2013 (ver quadro 3.14 e gráfico 3.14). Em 2004 emigraram 482 portugueses para o Brasil,
número que passou para 1,934 em 2014. Verificou-se um aumento significativo de 798 para
1,564 entradas entre 2010 e 2011, continuando o número de entradas a aumentar nos anos
seguintes e voltando a decrescer apenas em 2014. Em 2014 as entradas de portugueses
representaram 4.1% do total de entradas de estrangeiros no Brasil, o que fez desta
emigração a sétima maior para aquele país (ver quadro 2.2 e gráfico 2.2). Atualmente, o
Brasil é o décimo primeiro país do mundo para onde mais portugueses emigram (ver quadro
2.1 e gráfico 2.1).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 122 -
Quadro 3.14 - Entradas de portugueses no Brasil, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 .. .. .. .. ..
2002 .. .. .. .. ..
2003 .. .. .. .. ..
2004 20,162 .. 482 2.4 ..
2005 24,158 19.8 595 2.5 23.4
2006 25,440 5.3 477 1.9 -19.8
2007 29,488 15.9 550 1.9 15.3
2008 43,993 49.2 679 1.5 23.5
2009 42,914 -2.5 708 1.6 4.3
2010 56,006 30.5 798 1.4 12.7
2011 70,524 25.9 1,564 2.2 96.0
2012 73,022 3.5 2,247 3.1 43.7
2013 62,387 -14.6 2,913 4.7 29.6
2014 47,259 -24.2 1,934 4.1 -33.6
Nota Os dados referem-se a autorizações de trabalho temporário e permanente concedidos a estrangeiros, por país de origem.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Ministério do Trabalho e Emprego, Coordenação Geral de Imigração
(CGIg), Autorizações concedidas a estrangeiros por país de origem, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014.
- 123 -
Gráfico 3.14 Entradas de portugueses no Brasil, 2004-2014
Nota Os dados referem-se a autorizações de trabalho temporário e permanente concedidos a estrangeiros, por país de origem.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Ministério do Trabalho e Emprego, Coordenação Geral de Imigração
(CGIg), Autorizações concedidas a estrangeiros por país de origem, 2010, 2011, 2012, 2013.
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 124 -
Portugueses residentes no Brasil
Em 2010 o número de portugueses emigrados no Brasil totaliza 137,973 (ver quadro 3.15 e
gráfico 3.15). O número de portugueses emigrados no Brasil diminuiu, passando de 213,203,
em 2001, para 137,973, em 2010. O decréscimo deve-se ao facto de o número de entradas
de portugueses durante estes anos não ter sido suficiente para compensar o número de
mortes e de regressos dos portugueses emigrados. Em termos relativos, os portugueses
representam quase um quarto dos nascidos no estrangeiro a residir no Brasil, 23.3% em
2010. Apesar da diminuição, o número de portugueses a residir neste país continua a situar-
se acima dos 100 mil, por se tratar de um país de emigração antiga com um grande volume
de portugueses emigrados, sendo o quinto país do mundo onde residem mais portugueses
emigrados (ver gráfico 2.3).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 125 -
Quadro 3.15 - Nascidos em Portugal residentes no Brasil, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 683,830 .. 213,203 31.2 ..
2001 .. .. .. .. ..
2002 .. .. .. .. ..
2003 .. .. .. .. ..
2004 .. .. .. .. ..
2005 .. .. .. .. ..
2006 .. .. .. .. ..
2007 .. .. .. .. ..
2008 .. .. .. .. ..
2009 .. .. .. .. ..
2010 592,570 .. 137,973 23.3 ..
2011 .. .. .. .. ..
2012 .. .. .. .. ..
2013 .. .. .. .. ..
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de IMILA, Investigación Migración Internacional de Latinoamérica,
Centro Latinoamericano e Caribeño de Población (CELADE), División de Población de la CEPAL, Santiago, Chile (2001); Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, Censos 2010 (2010).
- 126 -
Gráfico 3.15 Nascidos em Portugal residentes no Brasil, 2000 e 2010
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de IMILA, Investigación Migración Internacional de Latinoamérica,
Centro Latinoamericano e Caribeño de Población (CELADE), División de Población de la CEPAL, Santiago, Chile (2001); Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, Censos 2010 (2010).
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
2000 2010
- 127 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses no Brasil
Dados não disponíveis.
- 128 -
g. Cabo Verde
Entradas de portugueses em Cabo Verde
Dados não disponíveis.
Portugueses residentes em Cabo Verde
Em 2014 o número de portugueses emigrados em Cabo Verde totaliza 1,716 (ver quadro
3.16 e gráfico 3.16). O número de portugueses emigrados em Cabo Verde duplicou em 10
anos, passando de 838, em 2000, para 1,716, em 2010. Em termos relativos, os portugueses
emigrados representam 9.6% do total de nascidos no estrangeiro em Cabo Verde no ano de
2010, sendo a quinta população mais numerosa entre os imigrantes a residir no país (ver
quadro 2.3 e gráfico 2.4)
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 129 -
Quadro 3.16 - Nascidos em Portugal residentes em Cabo Verde, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 11,027 .. 838 7.6 ..
2001 .. .. .. .. ..
2002 .. .. .. .. ..
2003 .. .. .. .. ..
2004 .. .. .. .. ..
2005 .. .. .. .. ..
2006 .. .. .. .. ..
2007 .. .. .. .. ..
2008 .. .. .. .. ..
2009 .. .. .. .. ..
2010 17,788 .. 1,716 9.6 ..
2011 .. .. ..
2012 .. .. .. .. ..
2013 .. .. .. .. ..
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde.
- 130 -
Gráfico 3.16 Nascidos em Portugal residentes em Cabo Verde, 2000 e 2010
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde.
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
2.000
2000 2010
- 131 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses em Cabo Verde
Dados não disponíveis.
- 132 -
h. Canadá
Entradas de portugueses no Canadá
Em 2013 o número de entradas de portugueses no Canadá totaliza 629, mais 12.3% do que
em 2012 (ver quadro 3.17 e gráfico 3.17). Em 2000 imigraram 397 portugueses para o
Canadá, número que passou para 629 em 2013. A emigração portuguesa para o Canadá é
hoje reduzida quando comparada com os valores da emigração para outros países, situando-
se abaixo das 700 entradas de portugueses por ano. Em 2013 as entradas de portugueses
representaram 0,2% do total de entradas de estrangeiros no Canadá.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 133 -
Quadro 3.17 - Entradas de portugueses no Canadá, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 227,455 .. 397 0.2 ..
2001 250,640 10.2 481 0.2 21.2
2002 228,919 -8.7 319 0.1 -33.7
2003 221,203 -3.4 283 0.1 -11.3
2004 235,823 6.6 336 0.1 18.7
2005 262,243 11.2 338 0.1 0.6
2006 251,640 -4.0 424 0.2 25.4
2007 236,753 -5.9 405 0.2 -4.5
2008 247,245 4.4 665 0.3 64.2
2009 252,172 2.0 623 0.2 -6.3
2010 280,688 11.3 629 0.2 1.0
2011 248,749 -11.4 528 0.2 -16.1
2012 257,895 3.7 560 0.2 6.1
2013 258,953 0.4 629 0.2 12.3
2014 .. .. .. .. ..
Nota Os dados de 2004 a 2013 foram revistos em 2014 pelo Citizenship and Immigration Canada.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database (2000-2003) e de
Citizenship and Immigration Canada, Permanent residents by source country (2004-2013).
- 134 -
Gráfico 3.17 Entradas de portugueses no Canadá, 2000-2013
Nota Os dados de 2004 a 2013 foram revistos em 2014 pelo Citizenship and Immigration Canada.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database (2000-2003); Citizenship
and Immigration Canada, Permanent residents by source country (2004-2013).
0
100
200
300
400
500
600
700
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
- 135 -
Portugueses residentes no Canadá
Em 2011 o número de portugueses emigrados no Canadá totaliza 140,310 (ver quadro 3.18 e
gráfico 3.18). O número de portugueses emigrados no Canadá diminuiu ligeiramente numa
década, passando de 153,530, em 2001, para 140,310, em 2011. O decréscimo significa que
as novas entradas de portugueses durante estes anos foram insuficientes para compensar o
número de regressos e de mortes de portugueses emigrados no Canadá. Em termos
relativos, os portugueses são uma minoria entre os nascidos no estrangeiro a residir no
Canadá em 2011, representando apenas 1.9% do total. Apesar da diminuição, o número de
portugueses a residir neste país continua a situar-se acima dos 100 mil, sendo o Canadá o
quarto país do mundo onde residem mais portugueses emigrados (ver quadro 2.3 e gráfico
2.3).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 136 -
Quadro 3.18 - Nascidos em Portugal residentes no Canadá, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 5,448,480 .. 153,530 2.8 ..
2002 .. .. .. .. ..
2003 .. .. .. .. ..
2004 .. .. .. .. ..
2005 .. .. .. .. ..
2006 6,186,950 .. 150,390 2.4 ..
2007 .. .. .. .. ..
2008 .. .. .. .. ..
2009 .. .. .. .. ..
2010 .. .. .. .. ..
2011 7,217,295 .. 140,310 1.9 ..
2012 .. .. .. .. ..
2013 .. .. .. .. ..
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Canada, Place of Birth, Census, 2001, 2006, 2011.
- 137 -
Gráfico 3.18 Nascidos em Portugal residentes no Canadá, 2001, 2006, 2011
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Canada, Place of Birth, Census, 2001, 2006, 2011.
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
180.000
2001 2006 2011
- 138 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses no Canadá
Em 2012, o número de portugueses que adquiriu a nacionalidade canadiana totaliza 607 (ver
quadro 3.19 e gráfico 3.19). O número total de aquisições de nacionalidade por portugueses
no Canadá diminuiu em cerca de 73% desde 2000, acompanhando a tendência em baixa das
aquisições de nacionalidade de estrangeiros em geral, as quais passaram de 214,568 para
113,150 durante o período em análise, de 2000 a 2012. O Canadá é o quinto país do mundo
onde mais portugueses adquiriram a nacionalidade do país de destino (ver gráfico 2.6).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 139 -
Quadro 3.19 - Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes no Canadá, 2000-2014
Ano
Aquisições de nacionalidade totais Aquisições de nacionalidade por portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
aquisições de
nacionalidade totais
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 214,568 .. 2,230 1.0 ..
2001 167,353 -22.0 2,824 1.7 26.6
2002 141,591 -15.4 1,407 1.0 -50.2
2003 155,117 9.6 1,229 0.8 -12.7
2004 193,620 24.8 2,178 1.1 77.2
2005 198,724 2.6 1,704 0.9 -21.8
2006 260,803 31.2 1,756 0.7 3.1
2007 199,871 -23.4 1,266 0.6 -27.9
2008 176,575 -11.7 980 0.6 -22.6
2009 156,349 -11.5 993 0.6 1.3
2010 143,678 -8.1 847 0.6 -14.7
2011 181,338 26.2 775 0.4 -8.5
2012 113,150 -37.6 607 0.5 -21.7
2013 .. .. .. .. ..
2014 .. .. .. .. ..
Nota Os dados de 2005 a 2012 foram revistos em 2014 pela OECD, International Migration Database.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database.
- 140 -
Gráfico 3.19 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes no Canadá, 2000-2012
Nota Os dados de 2005 a 2012 foram revistos em 2014 pela OECD, International Migration Database. Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database.
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
- 141 -
i. Dinamarca
Entradas de portugueses na Dinamarca
Em 2014 o número de entradas de portugueses na Dinamarca totaliza 637, mais 43.8% do
que em 2013 (ver quadro 3.20 e gráfico 3.20). Em 2004 imigraram 119 portugueses para a
Dinamarca, número que passou para 637 em 2014. Durante este período o crescimento foi
constante, tendo aumentado 49% em 2012. Este aumento pode ser explicado por a
Dinamarca ter passado a ser um dos novos países de destino dos portugueses, após o início
da crise, tal como outros países escandinavos como a Noruega e a Suécia (ver gráfico 3.46 e
3.52). Em 2014 as entradas de portugueses representaram 1% das entradas totais neste país.
A Dinamarca é atualmente o décimo quarto país do mundo para onde os portugueses mais
emigram (ver quadro 2.1 e gráfico 2.1).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 142 -
Quadro 3.20 - Entradas de portugueses na Dinamarca, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 30,810 .. .. .. ..
2001 33,654 9.2 .. .. ..
2002 30,597 -9.1 .. .. ..
2003 27,692 -9.5 .. .. ..
2004 27,870 0.6 119 0.4 ..
2005 29,989 7.6 142 0.5 19.3
2006 34,281 14.3 187 0.5 31.7
2007 42,623 24.3 221 0.5 18.2
2008 50,196 17.8 213 0.4 -3.6
2009 44,977 -10.4 240 0.5 12.7
2010 46,963 4.4 237 0.5 -1.3
2011 48,251 2.7 273 0.6 15.2
2012 50,064 3.8 407 0.8 49.1
2013 56,276 12.4 443 0.8 8.8
2014 64,874 15.3 637 1.0 43.8
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Denmark Statistik
- 143 -
Gráfico 3.20 Entradas de portugueses na Dinamarca, 2004-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Denmark Statistik.
0
100
200
300
400
500
600
700
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 144 -
Portugueses residentes na Dinamarca
Em 2014 o número de portugueses emigrados na Dinamarca totaliza 1,640, mais 12.7% do
que em 2013 (ver quadro 3.21 e gráfico 3.21). O número de portugueses emigrados na
Dinamarca teve um aumento progressivo nos últimos anos, passando de 657, em 2000, para
1,640, em 2014. Em termos relativos, os portugueses são uma minoria entre os nascidos no
estrangeiro a residir na Dinamarca, representando apenas 0.3% em 2014. Apesar do
aumento, o número de portugueses a residir neste país continua a situar-se acima dos mil,
sendo a Dinamarca o vigésimo país do mundo onde residem mais portugueses emigrados
(ver quadro 2.3 e gráfico 2.3).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 145 -
Quadro 3.21 - Nascidos em Portugal residentes na Dinamarca, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 365,863 .. 657 0.2 ..
2001 378,865 3.6 683 0.2 4.0
2002 393,173 3.8 701 0.2 2.6
2003 404,189 2.8 711 0.2 1.4
2004 412,001 1.9 716 0.2 0.7
2005 418,996 1.7 740 0.2 3.4
2006 427,972 2.1 778 0.2 5.1
2007 440,384 2.9 857 0.2 10.2
2008 463,578 5.3 989 0.2 15.4
2009 486,786 5.0 1,088 0.2 10.0
2010 501,511 3.0 1,148 0.2 5.5
2011 517,943 3.3 1,221 0.2 6.4
2012 532,213 2.8 1,296 0.2 6.1
2013 549,049 3.2 1,455 0.3 12.3
2014 570,425 3.9 1,640 0.3 12.7
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Denmark Statistik.
- 146 -
Gráfico 3.21 Nascidos em Portugal residentes na Dinamarca, 2000-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Denmark Statistik.
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 147 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Dinamarca
Em 2014 não houve portugueses a adquirir nacionalidade dinamarquesa (ver quadro 3.22 e
gráfico 3.22). Este número tem variado anualmente entre os 0 e os 16, o que se explica pela
reduzida dimensão da população portuguesa emigrada no país. O número total de
aquisições de nacionalidade por portugueses na Dinamarca diminuiu desde 2000. No mesmo
período, as aquisições de nacionalidade de estrangeiros em geral, diminuíram de 19 mil para
4 mil.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 148 -
Quadro 3.22 - Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Dinamarca, 2000-2014
Ano
Aquisições de nacionalidade totais Aquisições de nacionalidade por portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
aquisições de
nacionalidade totais
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 19,323 .. 13 0.1 ..
2001 11,892 -38.5 1 0.0 -92.3
2002 16,662 40.1 7 0.0 600.0
2003 6,583 -60.5 2 0.0 -71.4
2004 14,976 127.5 16 0.1 700.0
2005 10,197 -31.9 8 0.1 -50.0
2006 7,961 -21.9 5 0.1 -37.5
2007 3,648 -54.2 2 0.1 -60.0
2008 5,772 58.2 1 0.0 -50.0
2009 6,537 13.3 3 0.0 200.0
2010 3,006 -54.0 2 0.1 -33.3
2011 3,911 30.1 1 0.0 -50.0
2012 3,267 -16.5 4 0.1 300.0
2013 1,527 -53.3 0 0.0 -100.0
2014 4,500 194.7 0 0.0 0.0
Nota Variações não significativas, valores absolutos muito reduzidos.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Denmark Statistik.
- 149 -
Gráfico 3.22 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Dinamarca, 2000-2014
Nota Variações não significativas, valores absolutos muito reduzidos.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Denmark Statistik.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 150 -
j. Espanha
Entradas de portugueses em Espanha
Em 2014 o número de entradas de portugueses na Espanha totaliza 5,923, tendo aumentado
12% relativamente a 2013 (ver quadro e gráfico 3.24). Em 2000 emigraram cerca de três mil
portugueses para Espanha, número que passou para cerca de 6 mil em 2014. Durante este
período o número de portugueses para Espanha aumentou exponencialmente, tendo
chegado à entrada de 27 mil portugueses apenas durante um ano, 2007. Nos anos anteriores
as entradas foram aumentando progressivamente e mantiveram-se em números elevados. A
partir da crise iniciou-se uma fase distinta, em que a emigração de portugueses para
Espanha começou a diminuir nos anos de recessão económica a partir da crise de 2008, tal
como para os outros países europeus, embora se mantenha num nível relativamente
elevado. A construção civil foi um dos setores mais afetados pela crise em Espanha, onde se
ocupava uma parte significativa dos imigrantes entre 2000 e 2008, o que explica o
decréscimo das entradas de portugueses na sequência do impacto da recessão económica
neste país. As entradas de portugueses continuam a ser significativas em Espanha, apesar de
terem diminuído nos últimos anos e, por isso, atualmente Espanha é o quinto país do mundo
para onde mais portugueses emigram (ver Gráfico 2.1).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 151 -
Quadro 3.23 - Entradas de portugueses em Espanha, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 330,881 .. 2,968 0.9 ..
2001 394,048 19.1 3,057 0.8 3.0
2002 443,085 12.4 3,538 0.8 15.7
2003 429,524 -3.1 4,825 1.1 36.4
2004 645,844 50.4 9,851 1.5 104.2
2005 682,711 5.7 13,327 2.0 35.3
2006 802,971 17.6 20,658 2.6 55.0
2007 920,534 14.6 27,178 3.0 31.6
2008 692,228 -24.8 16,857 2.4 -38.0
2009 469,342 -32.2 9,739 2.1 -42.2
2010 431,334 -8.1 7,678 1.8 -21.2
2011 416,282 -3.5 7,424 1.8 -3.3
2012 336,110 -19.3 6,201 1.8 -16.5
2013 342,390 1.9 5,302 1.5 -14.5
2014 399,947 16.8 5,923 1.5 11.7
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de INE España, Estadística de Variaciones Residenciales, Altas por país
de nacionalidad sexo y edad.
- 152 -
Gráfico 3.23 Entradas de portugueses em Espanha, 2000-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de INE España, Estadística de Variaciones Residenciales, Altas por país
de nacionalidad sexo y edad.
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 153 -
Portugueses residentes em Espanha
Em 2014 o número de portugueses emigrados em Espanha totaliza 116,710, tendo
diminuído 13% relativamente a 2013 (ver quadro 3.23 e gráfico 3.23). O número de
portugueses emigrados em Espanha diminuiu ligeiramente nos últimos anos, passando de
146 mil, em 2011, para cerca de 117 mil, em 2014. A população portuguesa em Espanha tem
diminuído apesar de continuar com uma base alta, o que significa que as novas entradas têm
sido insuficientes para compensar eventuais retornos e reemigrações. Em termos relativos,
os portugueses são uma minoria entre os nascidos no estrangeiro a residir em Espanha em
2014, representando apenas 1.9% do total. Apesar da diminuição, o número de portugueses
a residir neste país continua a situar-se acima dos 115 mil, sendo Espanha atualmente o
sexto país do mundo onde residem mais portugueses emigrados.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 154 -
Quadro 3.24 - Nascidos em Portugal residentes em Espanha, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 1,472,458 .. 58,364 4.0 ..
2001 1,969,269 33.7 62,610 3.2 7.3
2002 2,594,052 31.7 67,313 2.6 7.5
2003 3,302,440 27.3 71,843 2.2 6.7
2004 3,693,806 11.9 71,065 1.9 -1.1
2005 4,391,484 18.9 80,846 1.8 13.8
2006 4,837,622 10.2 93,767 1.9 16.0
2007 5,249,993 8.5 111,575 2.1 19.0
2008 6,044,528 15.1 136,171 2.3 22.0
2009 6,466,278 7.0 148,154 2.3 8.8
2010 6,604,181 2.1 148,789 2.3 0.4
2011 6,677,839 1.1 146,298 2.2 -1.7
2012 6,759,780 1.2 143,488 2.1 -1.9
2013 6,640,536 -1.8 134,248 2.0 -6.4
2014 6,283,712 -5.4 116,710 1.9 -13.1
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de INE España, Padrón Municipal de Habitantes, Población por
nacionalidad, pais de nacimiento y sexo.
- 155 -
Gráfico 3.24 Nascidos em Portugal residentes em Espanha, 2000-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de INE España, Padrón Municipal de Habitantes, Población por
nacionalidad, pais de nacimiento y sexo.
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 156 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses em Espanha
Em 2014, o número de portugueses que adquiriu a nacionalidade espanhola totaliza 496 (ver
quadro 3.25 e gráfico 3.25). Este número tem variado anualmente entre os cerca de 400 e os
600 por ano, até 2010. A partir deste ano, aumentou para 1,260, em 2013, e baixou para
cerca de 500 em 2014. Estas duas fases, de aumento do número de aquisições de
nacionalidade e posterior decréscimo, refletem o crescimento do número de portugueses
emigrados neste país e recente diminuição, devido a eventuais reemigrações e retornos.
Ainda que se observe uma diminuição do número de aquisições da nacionalidade espanhola
por parte de portugueses, o número continua a ser significativo, e, por isso, trata-se do
sétimo país do mundo onde mais portugueses adquiriram a nacionalidade do país de destino
(ver gráfico 2.6).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 157 -
Quadro 3.25 - Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes em Espanha, 2000-2014
Ano
Aquisições de nacionalidade totais Aquisições de nacionalidade por portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
aquisições de
nacionalidade totais
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 11,999 .. 452 3.8 ..
2001 16,743 39.5 558 3.3 23.5
2002 21,805 30.2 627 2.9 12.4
2003 26,556 21.8 536 2.0 -14.5
2004 38,335 44.4 634 1.7 18.3
2005 42,829 11.7 478 1.1 -24.6
2006 62,339 45.6 430 0.7 -10.0
2007 71,810 15.2 381 0.5 -11.4
2008 84,170 17.2 566 0.7 48.6
2009 79,597 -5.4 485 0.6 -14.3
2010 123,721 55.4 800 0.6 64.9
2011 114,599 -7.4 884 0.8 10.5
2012 115,557 0.8 830 0.7 -6.1
2013 261,295 126.1 1,265 0.5 52.4
2014 93,714 -64.1 496 0.5 -60.8
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Observatorio Permanente de la Immigración, Concesiones de
nacionalidad española por residencia.
- 158 -
Gráfico 3.25 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes em Espanha, 2000-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Observatorio Permanente de la Immigración, Concesiones de
nacionalidad española por residencia.
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 159 -
k. Estados Unidos da América
Entradas de portugueses nos EUA
Em 2013 o número de entradas de portugueses nos Estados Unidos da América totaliza 918,
mais 13% do que em 2012 (ver quadro 3.27 e gráfico 3.27). Em 2000 emigraram cerca de
1,350 portugueses para os Estados Unidos da América, número que passou para menos de
mil em 2013. As maiores quebras no volume de entradas de portugueses deram-se em
2002/3 e em 2006/7. Em 2014 as entradas de portugueses representaram apenas 0.1% das
entradas totais nos EUA. Comparando com os três principais países de destino dos
portugueses em que as entradas de portugueses se situam acima das 10 mil entradas por
ano, a emigração de portugueses para os EUA foi perdendo significado situando-se em cerca
de mil por ano. Atualmente, os Estados Unidos da América são o 12º país do mundo para
onde mais portugueses emigram (ver quadro 2.1 e gráfico 2.1).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 160 -
Quadro 3.26 - Entradas de portugueses nos EUA, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 841,002 .. 1,343 0.2 ..
2001 1,058,902 25.9 1,609 0.2 19.8
2002 1,059,356 0.0 1,313 0.1 -18.4
2003 703,542 -33.6 808 0.1 -38.5
2004 957,883 36.2 1,069 0.1 32.3
2005 1,122,257 17.2 1,125 0.1 5.2
2006 1,266,129 12.8 1,409 0.1 25.2
2007 1,052,415 -16.9 1,019 0.1 -27.7
2008 1,107,126 5.2 772 0.1 -24.2
2009 1,130,818 2.1 946 0.1 22.5
2010 1,042,625 -7.8 755 0.1 -20.2
2011 1,062,040 1.9 821 0.1 8.7
2012 1,031,631 -2.9 811 0.1 -1.2
2013 990,553 -4.0 918 0.1 13.2
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de US Department of Homeland Security, Yearbook of Immigration
Statistics 2013, Table 3, Persons obtaining lawful permanent resident status by region and country of birth, fiscal years 2004 to 2013.
- 161 -
Gráfico 3.26 Entradas de portugueses nos EUA, 2000-2013
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de US Department of Homeland Security, Yearbook of Immigration
Statistics 2013, Table 3, Persons obtaining lawful permanent resident status by region and country of birth, fiscal years 2004 to 2013.
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
- 162 -
Portugueses residentes nos EUA
Em 2014 o número de portugueses emigrados nos Estados Unidos da América totaliza
177,431, mais 12% relativamente a 2013 (ver quadro 3.27 e gráfico 3.27). O número de
portugueses emigrados nos EUA diminuiu significativamente desde 2000, ano em que
residiam cerca de 200 mil pessoas nascidas em Portugal, número que passou para cerca de
177 mil em 2014. As novas entradas de portugueses durante estes anos não foram
suficientes para compensar o número de mortes e de regressos dos portugueses residentes,
o que se explica por ser um país de emigração antiga. Em termos relativos, os portugueses
são uma minoria entre os nascidos no estrangeiro a residir nos Estados Unidos da América
em 2014, representando apenas 0.4% do total. Apesar do decréscimo do número de
portugueses a viver neste país, a base continua a ser muito alta, acima dos 177 mil, sendo os
Estados Unidos da América o terceiro país do mundo onde residem mais portugueses
emigrados.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 163 -
Quadro 3.27 - Nascidos em Portugal residentes nos EUA, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 30,268,247 .. 218,646 0.7 ..
2001 33,107,273 9.4 210,269 0.6 -3.8
2002 35,978,543 8.7 190,736 0.5 -9.3
2003 37,174,627 3.3 188,874 0.5 -1.0
2004 38,234,138 2.9 188,277 0.5 -0.3
2005 37,408,445 -2.2 179,463 0.5 -4.7
2006 37,910,218 1.3 193,621 0.5 7.9
2007 39,524,899 4.3 266,612 0.7 37.7
2008 39,624,216 0.3 217,540 0.5 -18.4
2009 38,947,597 -1.7 171,506 0.4 -21.2
2010 39,937,022 2.5 191,803 0.5 11.8
2011 42,109,468 5.4 177,561 0.4 -7.4
2012 44,056,641 4.6 166,582 0.4 -6.2
2013 43,960,023 -0.2 158,002 0.4 -5.2
2014 44,708,966 1.7 177,431 0.4 12.3
Nota Dados obtidos através de processos de amostragem, o que pode afetar a fiabilidade das variações observadas.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de US Census Bureau, Current Population Survey, Annual Social and
Economic (ASEC), March Supplement, Data Ferrett.
- 164 -
Gráfico 3.27 Nascidos em Portugal residentes nos EUA, 2000-2014
Nota Dados obtidos através de processos de amostragem, o que pode afetar a fiabilidade das variações observadas.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de US Census Bureau, Current Population Survey, Annual Social and
Economic (ASEC), March Supplement, Data Ferrett.
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 165 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses nos EUA
Em 2014 o número de portugueses que adquiriu a nacionalidade americana totaliza 1,585
(ver quadro 3.28 e gráfico 3.28). Este número tem diminuído gradualmente desde 2000, ano
em que 4,756 portugueses adquiriram a nacionalidade americana, até 2014, ano em que o
número de aquisições diminuiu para menos de metade. O decréscimo acompanha a
tendência de diminuição da população nascida em Portugal a residir no país. Embora se
observe uma diminuição gradual do número de aquisições da nacionalidade americana por
parte de portugueses, o número continua a ser elevado, e, por isso, trata-se do terceiro país
do mundo onde mais portugueses adquiriram a nacionalidade do país de destino (ver gráfico
2.6).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 166 -
Quadro 3.28 - Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes nos EUA, 2000-2014
Ano
Aquisições de nacionalidade totais Aquisições de nacionalidade por portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
aquisições de
nacionalidade totais
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 888,788 .. 4,756 0.5 ..
2001 608,205 -31.6 2,780 0.5 -41.5
2002 573,708 -5.7 2,198 0.4 -20.9
2003 463,204 -19.3 2,037 0.4 -7.3
2004 537,151 16.0 2,173 0.4 6.7
2005 604,280 12.5 2,403 0.4 10.6
2006 702,589 16.3 2,638 0.4 9.8
2007 660,477 -6.0 2,506 0.4 -5.0
2008 1,046,539 58.5 3,988 0.4 59.1
2009 743,715 -28.9 2,143 0.3 -46.3
2010 619,913 -16.6 1,266 0.2 -40.9
2011 694,193 12.0 1,426 0.2 12.6
2012 757,434 9.1 1,607 0.2 12.7
2013 779,929 3.0 1,585 0.2 -1.4
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de US Department of Homeland Security: Yearbook of Immigration
Statistics 2004, Table 32, Persons naturalized by region and country of birth, fiscal years 1986-2004 (2001-2002); Yearbook of Immigration
Statistics 2013, Table 21, Persons naturalized by region and country of birth, fiscal years 2004 to 2013 (2003-2013).
- 167 -
Gráfico 3.28 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes nos EUA, 2000-2013
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de US Department of Homeland Security: Yearbook of Immigration
Statistics 2004, Table 32, Persons naturalized by region and country of birth, fiscal years 1986-2004 (2001-2002); Yearbook of Immigration
Statistics 2013, Table 21, Persons naturalized by region and country of birth, fiscal years 2004 to 2013 (2003-2013).
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
5.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
- 168 -
l. França
Entradas de portugueses em França
Até 2015, e durante mais de uma década, não estiveram disponíveis dados sobre a entrada
em França de estrangeiros de países da União Europeia. Em 2015, porém, o Institut National
de la Statistique et des Études Économiques (INSEE) divulgou dados que mostram que, em
2012, entraram cerca de 18.000 portugueses em França. O INSEE contabiliza um total de
229.600 entradas de estrangeiros em território francês naquele ano, representando os
portugueses 8% desse total. Os portugueses constituíram o maior contingente de
estrangeiros a entrar em França em 2012, seguidos dos argelinos e marroquinos. A
manterem-se estes valores nos anos mais recentes, a França será o terceiro país para onde
emigram mais portugueses.
Portugueses residentes em França
Em 2011 o número de portugueses emigrados em França totaliza 592,281, mais 0.6% do que
em 2010 (ver quadro 3.30 e gráfico 3.30). O número de portugueses emigrados em França
aumentou ligeiramente nos últimos anos, passando de 567 mil, em 2005, para 592 mil, em
2011. Em termos relativos, os portugueses são uma população significativa entre os nascidos
no estrangeiro a residir em França, representando 10.6% do total em 2011. Os nascidos em
Portugal são a terceira população mais numerosa entre os imigrantes residentes no país,
logo atrás dos nascidos na Argélia e em Marrocos (ver quadro 2.3 e gráfico 2.4). Em 2011, o
número de portugueses a residir neste país situava-se acima dos 550 mil, sendo a França o
principal país do mundo onde residem mais portugueses emigrados (ver quadro 2.3 e gráfico
2.3).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 169 -
Quadro 3.29 - Nascidos em Portugal residentes em França, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 .. .. .. .. ..
2002 .. .. .. .. ..
2003 .. .. .. .. ..
2004 .. .. .. .. ..
2005 4,959,000 .. 567,000 11.4 ..
2006 5,136,294 3.6 569,600 11.1 0.5
2007 5,252,696 2.3 576,084 11.0 1.1
2008 5,236,607 -0.3 580,240 11.1 0.7
2009 5,433,000 3.8 585,000 10.8 0.8
2010 5,514,154 1.5 588,276 10.7 0.6
2011 5,605,167 1.7 592,281 10.6 0.7
2012 .. .. .. .. ..
2013 .. .. .. .. ..
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Institut Nacional de la Statistique et des Études Économiques,
répartition des immigrés par pays de naissance.
- 170 -
Gráfico 3.29 Nascidos em Portugal residentes em França, 2005-2011
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Institut Nacional de la Statistique et des Études Économiques,
Répartition des immigrés par pays de naissance.
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
700.000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
- 171 -
Aquisições de nacionalidade em França
Em 2013, o número de portugueses que adquiriu a nacionalidade francesa totaliza 3,887 (ver
quadro 3.30 e gráfico 3.30). Este número tem variado anualmente entre os 4 mil e os 11 mil,
o que se explica pela grande dimensão da população portuguesa emigrada no país. O
número total de aquisições de nacionalidade por portugueses em França diminuiu em cerca
de 65% desde 2000, acompanhando a tendência em baixa das aquisições de nacionalidade
de estrangeiros em geral, as quais passaram de 150,026 para 97,276 durante o período em
análise, de 2000 a 2013. Devido ao grande volume de aquisições de nacionalidade por
portugueses, a França é o país do mundo onde os portugueses mais adquirem a
nacionalidade do país de destino (ver gráfico 2.6).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 172 -
Quadro 3.30 - Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes em França, 2000-2014
Ano
Aquisições de nacionalidade totais Aquisições de nacionalidade por portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
aquisições de
nacionalidade totais
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 150,026 .. 11,201 7.5 ..
2001 127,548 -15.0 9,182 7.2 -18.0
2002 128,097 0.4 8,844 6.9 -3.7
2003 144,649 12.9 9,577 6.6 8.3
2004 168,845 16.7 10,988 6.5 14.7
2005 154,643 -8.4 8,884 5.7 -19.1
2006 147,868 -4.4 10,524 7.1 18.5
2007 132,002 -10.7 3,749 2.8 -64.4
2008 137,452 4.1 7,778 5.7 107.5
2009 135,852 -1.2 6,583 4.8 -15.4
2010 143,261 5.5 5,723 4.0 -13.1
2011 114,569 -20.0 4,720 4.1 -17.5
2012 96,051 -16.2 4,294 4.5 -9.0
2013 97,276 1.3 3,887 4.0 -9.5
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Ministère de L’intérieure, Immigration, Intégration, Asile et le
Dévelopment Solidaire, acquistions de la nationalité française.
- 173 -
Gráfico 3.30 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes em França, 2000-2013
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Ministère de L’intérieure, Immigration, Intégration, Asile et le
Dévelopment Solidaire, acquistions de la nationalité française.
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
- 174 -
m. Holanda (Países Baixos)
Entradas de portugueses na Holanda
Em 2013 o número de entradas de portugueses na Holanda totaliza 2,079, mais 1.4% do que
em 2012 (ver quadro 3.31 e gráfico 3.31). Em 2000 emigraram 1,009 portugueses para a
Holanda, número que passou para 2,079 em 2013. Durante este período houve dois
decréscimos e dois aumentos significativos. As entradas de portugueses diminuíram entre o
ano 2004 e 2005 e aumentaram entre 2006 e 2008. Voltaram a decrescer nos anos 2009 e
2010, e cresceram novamente a partir do ano 2011. Em 2013 as entradas de portugueses
representaram 1.5% das entradas totais na Holanda. Atualmente, a Holanda é o décimo país
do mundo para onde mais portugueses emigram (ver gráfico 2.1).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 175 -
Quadro 3.31 - Entradas de portugueses na Holanda, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 109,033 .. 1,009 0.9 ..
2001 110,554 1.4 1,216 1.1 20.5
2002 99,808 -9.7 1,189 1.2 -2.2
2003 84,686 -15.2 1,166 1.4 -1.9
2004 74,572 -11.9 984 1.3 -15.6
2005 72,110 -3.3 830 1.2 -15.7
2006 77,666 7.7 1,211 1.6 45.9
2007 91,835 18.2 1,577 1.7 30.2
2008 116,517 26.9 2,002 1.7 26.9
2009 118,130 1.4 1,983 1.7 -0.9
2010 126,035 6.7 1,530 1.2 -22.8
2011 134,500 6.7 1,727 1.3 12.9
2012 130,698 -2.8 2,051 1.6 18.8
2013 137,160 4.9 2,079 1.5 1.4
2014 .. .. .. .. ..
Nota As entradas na Holanda são registadas por país de nascimento.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Centraal Bureau voor de Statistiek,Immigration by country of birth.
- 176 -
Gráfico 3.31 Entradas de portugueses na Holanda, 2000-2013
Nota As entrada na Holanda são registadas por país de nascimento.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Centraal Bureau voor de Statistiek, Immigration by country of birth.
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
- 177 -
Portugueses residentes na Holanda
Em 2014 o número de portugueses emigrados na Holanda totaliza 16,054, mais 3.7% do que
em 2013 (ver quadro 3.32 e gráfico 3.32). O número de portugueses emigrados na Holanda
tem aumentado gradualmente desde o ano 2000, passando de 9,509, em 2000, para 16,054,
em 2014. Em termos relativos, os portugueses são uma minoria entre os nascidos no
estrangeiro a residir na Holanda, representando apenas 0.9% em 2014.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 178 -
Quadro 3.32 - Nascidos em Portugal residentes na Holanda, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 1,431,122 .. 9,509 0.7 ..
2001 1,488,960 4.0 10,030 0.7 5.5
2002 1,547,079 3.9 10,762 0.7 7.3
2003 1,585,927 2.5 11,300 0.7 5.0
2004 1,602,730 1.1 11,729 0.7 3.8
2005 1,606,664 0.2 11,833 0.7 0.9
2006 1,604,259 -0.1 11,823 0.7 -0.1
2007 1,601,194 -0.2 11,940 0.7 1.0
2008 1,619,314 1.1 12,569 0.8 5.3
2009 1,661,505 2.6 13,553 0.8 7.8
2010 1,699,751 2.3 14,356 0.8 5.9
2011 1,735,217 2.1 14,430 0.8 0.5
2012 1,772,204 2.1 14,868 0.8 3.0
2013 1,793,189 1.2 15,486 0.9 4.2
2014 1,818,497 1.4 16,054 0.9 3.7
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Centraal Bureau voor de Statistiek, Statline Database, Population.
- 179 -
Gráfico 3.32 Nascidos em Portugal residentes na Holanda, 2000-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Centraal Bureau voor de Statistiek, Statline Database, Population.
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
18.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 180 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Holanda
Em 2013, o número de portugueses que adquiriu a nacionalidade holandesa totaliza 38 (ver
quadro 3.33 e gráfico 3.33). Este número tem variado anualmente entre os 30 e os 100, o
que se explica pela reduzida dimensão da população portuguesa emigrada no país. O
número total de aquisições de nacionalidade por portugueses na Holanda diminuiu em cerca
de 73% desde 2000, acompanhando a tendência em baixa das naturalizações de
estrangeiros em geral, as quais passaram de 49,968 para 25,882 durante o período em
análise, de 2000 a 2013.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 181 -
Quadro 3.33 - Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Holanda, 2000-2014
Ano
Aquisições de nacionalidade totais Aquisições de nacionalidade por portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
aquisições de
nacionalidade totais
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 49,968 .. 139 0.3 ..
2001 46,667 -6.6 129 0.3 -7.2
2002 45,321 -2.9 142 0.3 10.1
2003 28,799 -36.5 71 0.2 -50.0
2004 26,173 -9.1 69 0.3 -2.8
2005 28,488 8.8 50 0.2 -27.5
2006 29,089 2.1 77 0.3 54.0
2007 30,653 5.4 76 0.2 -1.3
2008 28,229 -7.9 59 0.2 -22.4
2009 29,754 5.4 57 0.2 -3.4
2010 26,275 -11.7 67 0.3 17.5
2011 28,612 8.9 51 0.2 -23.9
2012 30,955 8.2 69 0.2 35.3
2013 25,882 -16.4 38 0.1 -44.9
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Centraal Bureau voor de Statistiek, Statline Database
(Nationaliteitswijzigingen; geslacht, nationaliteit en regeling).
- 182 -
Gráfico 3.33 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Holanda, 2000-2013
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Centraal Bureau voor de Statistiek, Statline Database
(Nationaliteitswijzigingen; geslacht, nationaliteit en regeling).
0
20
40
60
80
100
120
140
160
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
- 183 -
n. Irlanda
Entradas de portugueses na Irlanda
Em 2013 o número de entradas de portugueses na Irlanda totaliza 302, mais 23.3% do que
em 2012 (ver quadro 3.34 e gráfico 3.34). Em 2006 emigraram 475 portugueses para a
Irlanda, número que passou para 302 em 2013. Durante este período as entradas de
portugueses diminuíram entre 2006 e 2010 e aumentaram nos anos da recessão económica,
entre 2011 e 2013. Em 2013 as entradas de portugueses representaram 0.5% das entradas
totais na Irlanda. A Irlanda é atualmente o décimo nono país do mundo para onde os
portugueses mais emigram (ver quadro 2.1 e gráfico 2.1).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 184 -
Quadro 3.34 - Entradas de portugueses na Irlanda, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 .. .. .. .. ..
2002 .. .. .. .. ..
2003 .. .. .. .. ..
2004 78,075 .. .. .. ..
2005 102,000 30.6 .. .. ..
2006 139,434 36.7 475 0.3 ..
2007 122,415 -12.2 342 0.3 -28.0
2008 82,592 -32.5 343 0.4 0.3
2009 50,604 -38.7 236 0.5 -31.2
2010 52,339 3.4 245 0.5 3.8
2011 53,224 1.7 242 0.5 -1.2
2012 54,439 2.3 245 0.5 1.2
2013 59,294 8.9 302 0.5 23.3
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Eurostat.
- 185 -
Gráfico 3.34 Entradas de portugueses na Irlanda, 2006-2013
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Eurostat.
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
- 186 -
Portugueses residentes na Irlanda
Em 2013 o número de portugueses emigrados na Irlanda totaliza 2,033, menos 9.5% do que
em 2011 (ver quadro 3.35 e gráfico 3.35). O número de portugueses emigrados na Irlanda
aumentou ligeiramente entre 2002 a 2011 e diminuiu ligeiramente entre 2011 e 2013,
passando de 590, em 2002, para 2,033, em 2013. Em termos relativos, os portugueses são
uma minoria entre os nascidos no estrangeiro a residir na Irlanda, representando apenas
0.2% em 2011. Apesar da diminuição, o número de portugueses a residir neste país continua
a situar-se acima dos 2 mil, sendo a Irlanda o décimo oitavo país do mundo onde residem
mais portugueses emigrados (ver quadro 2.3 e gráfico 2.3).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 187 -
Quadro 3.35 - Nascidos em Portugal residentes na Irlanda, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 .. .. .. .. ..
2002 400,016 .. 590 0.1 ..
2003 .. .. .. .. ..
2004 .. .. .. .. ..
2005 .. .. .. .. ..
2006 612,629 .. 1,520 0.2 ..
2007 .. .. .. .. ..
2008 .. .. .. .. ..
2009 .. .. .. .. ..
2010 .. .. .. .. ..
2011 766,770 .. 2,246 0.3 ..
2012 .. .. .. .. ..
2013 .. .. 2,033 .. ..
2014 .. .. .. .. ..
Nota O valor de 2013 é estimado.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Central Statistics Office Ireland.
- 188 -
Gráfico 3.35 Nascidos em Portugal residentes na Irlanda, 2002, 2006, 2011 e 2013
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Central Statistics Office Ireland.
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
2002 2006 2011 2013
- 189 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Irlanda
Em 2012 o número de portugueses que adquiriu a nacionalidade irlandesa totaliza 9 (ver
quadro 3.36 e gráfico 3.36). Este número tem variado anualmente entre o 1 e os 9, o que se
explica pela reduzida dimensão da população portuguesa emigrada no país. O número total
de aquisições de nacionalidade por portugueses na Irlanda aumentou de 1 para 9 desde
2005, acompanhando a tendência em alta das aquisições de nacionalidade de estrangeiros
em geral, as quais passaram de mil para 25 mil durante o período em análise, de 2000 a
2012.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 190 -
Quadro 3.36 - Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Irlanda, 2000-2014
Ano
Aquisições de nacionalidade totais Aquisições de nacionalidade por portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
aquisições de
nacionalidade totais
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 1,143 .. .. .. ..
2001 2,443 113.7 .. .. ..
2002 2,817 15.3 .. .. ..
2003 3,993 41.7 .. .. ..
2004 3,784 -5.2 .. .. ..
2005 4,079 7.8 1 0.0 ..
2006 5,763 41.3 3 0.1 200.0
2007 6,656 15.5 3 0.0 0.0
2008 4,350 -34.6 1 0.0 -66.7
2009 4,594 5.6 2 0.0 100.0
2010 6,387 39.0 2 0.0 0.0
2011 10,749 68.3 1 0.0 -50.0
2012 25,039 132.9 9 0.0 350.0
2013 .. .. .. .. ..
2014 .. .. .. .. ..
Nota Variações não significativas, valores absolutos muito reduzidos.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database.
- 191 -
Gráfico 3.36 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Irlanda, 2005-2012
Nota Variações não significativas, valores absolutos muito reduzidos.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
- 192 -
o. Itália
Entradas de portugueses em Itália
Em 2013 o número de entradas de portugueses na Itália totaliza 374, menos 16.1% do que
em 2012 (ver quadro 3.37 e gráfico 3.37). Em 2000 emigraram 328 portugueses para a Itália,
número que passou para 374 em 2013. Durante este período o número de entradas de
portugueses por ano situou-se entre as 300 e as 500, atingindo o valor mais alto em 2007, no
ano anterior à crise. Em 2013 as entradas de portugueses representaram 0.1% das entradas
totais na Itália. Atualmente, a Itália é o décimo sétimo país do mundo para onde mais
portugueses emigram (ver quadro 2.1 e gráfico 2.1).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 193 -
Quadro 3.37 - Entradas de portugueses em Itália, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 192,557 .. 328 0.2 ..
2001 172,836 -10.2 .. .. ..
2002 161,914 -6.3 297 0.2 ..
2003 470,491 190.6 376 0.1 26.6
2004 444,566 -5.5 330 0.1 -12.2
2005 325,673 -26.7 382 0.1 15.8
2006 297,640 -8.6 366 0.1 -4.2
2007 558,019 87.5 594 0.1 62.3
2008 534,712 -4.2 503 0.1 -15.3
2009 442,940 -17.2 516 0.1 2.6
2010 458,856 3.6 420 0.1 -18.6
2011 385,793 -15.9 452 0.1 7.6
2012 350,772 -9.1 446 0.1 -1.3
2013 307,454 -12.3 374 0.1 -16.1
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database.
- 194 -
Gráfico 3.37 Entradas de portugueses em Itália, 2002-2013
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database.
0
100
200
300
400
500
600
700
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
- 195 -
Portugueses residentes em Itália
Em 2012 o número de portugueses emigrados na Itália totaliza 7,023, mais 6% do que em
2011 (ver quadro 3.38 e gráfico 3.38). O número de portugueses emigrados em Itália
aumentou ligeiramente, passando de 6,624, em 2011, para 7,023, em 2012. Em termos
relativos, os portugueses são uma minoria entre os nascidos no estrangeiro a residir na
Itália, representando apenas 0.1% em 2012. A Itália é o décimo quarto país do mundo onde
residem mais portugueses emigrados (ver quadro 2.3 e gráfico 2.3).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 196 -
Quadro 3.38 - Nascidos em Portugal residentes em Itália, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 .. .. .. .. ..
2002 .. .. .. .. ..
2003 .. .. .. .. ..
2004 .. .. .. .. ..
2005 .. .. .. .. ..
2006 .. .. .. .. ..
2007 .. .. .. .. ..
2008 4,375,240 .. .. .. ..
2009 4,798,715 9.7 .. .. ..
2010 5,350,412 11.5 .. .. ..
2011 5,457,820 2.0 6,624 0.1 ..
2012 5,695,883 4.4 7,023 0.1 6.0
2013 .. .. .. .. ..
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database.
- 197 -
Gráfico 3.38 Nascidos em Portugal residentes em Itália, 2011 e 2012
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database.
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
2011 2012
- 198 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses em Itália
Em 2013, o número de portugueses que adquiriu a nacionalidade italiana totaliza 34 (ver
quadro 3.39 e gráfico 3.39). Este número tem variado anualmente entre os 20 e os 60, o que
se explica pela reduzida dimensão da população portuguesa emigrada no país. O número
total de naturalizações de portugueses na Itália diminuiu em cerca de 42% desde 2008,
contrariando a tendência em alta das naturalizações de estrangeiros em geral, as quais
passaram de 53,696, em 2008, para 100,712, em 2013.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 199 -
Quadro 3.39 - Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes em Itália, 2000-2014
Ano
Aquisições de nacionalidade totais Aquisições de nacionalidade por portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
aquisições de
nacionalidade totais
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 .. .. .. .. ..
2002 .. .. .. .. ..
2003 13,406 .. 24 0.2 ..
2004 19,140 42.8 .. .. ..
2005 28,659 49.7 .. .. ..
2006 35,266 23.1 .. .. ..
2007 45,485 29.0 .. .. ..
2008 53,696 18.1 59 0.1 ..
2009 59,369 10.6 44 0.1 -25.4
2010 65,938 11.1 44 0.1 0.0
2011 56,153 -14.8 37 0.1 -15.9
2012 65,383 16.4 20 0.0 -45.9
2013 100,712 54.0 34 0.0 70.0
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Eurostat, Statistics Database, Population and Social Conditions.
- 200 -
Gráfico 3.39 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes em Itália, 2008-2013
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Eurostat, Statistics Database, Population and Social Conditions.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2008 2009 2010 2011 2012 2013
- 201 -
p. Luxemburgo
Entradas de portugueses no Luxemburgo
Em 2014 o número de entradas de portugueses no Luxemburgo totaliza 3,832, menos 16.5%
do que em 2013 (ver quadro 3.40 e gráfico 3.40). Em 2000 emigraram 2,193 portugueses
para o Luxemburgo, número que passou para 3,832 em 2014. Durante este período houve
dois aumentos significativos. As entradas de portugueses aumentaram entre 2000 e 2003 e
entre 2011 e 2012, nestes últimos os anos acompanhando a tendência de aumento da
emigração portuguesa para países como o Reino Unido, a Suíça e a Alemanha. Desde 2013
as entradas decresceram ligeiramente, mas mantendo-se ainda em valores altos. Em 2014 as
entradas de portugueses representaram 17.2% das entradas totais no Luxemburgo, o que
fez desta emigração a segunda maior para aquele país, a seguir à francesa (ver quadro 2.2).
No contexto da emigração portuguesa, o Luxemburgo é o país onde a entrada de
portugueses tem mais impacto na população imigrante do país de destino (ver gráfico 2.2).
Atualmente, o Luxemburgo é o oitavo país do mundo para onde mais portugueses emigram
(ver quadro 2.1 e gráfico 2.1).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 202 -
Quadro 3.40 - Entradas de portugueses no Luxemburgo, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 11,765 .. 2,193 18.6 ..
2001 12,135 3.1 2,293 18.9 4.6
2002 12,101 -0.3 2,767 22.9 20.7
2003 13,158 8.7 3,857 29.3 39.4
2004 12,872 -2.2 3,542 27.5 -8.2
2005 14,397 11.8 3,761 26.1 6.2
2006 14,352 -0.3 3,796 26.4 0.9
2007 16,675 16.2 4,385 26.3 15.5
2008 17,758 6.5 4,531 25.5 3.3
2009 15,751 -11.3 3,844 24.4 -15.2
2010 16,962 7.7 3,845 22.7 0.0
2011 20,268 19.5 4,977 24.6 29.4
2012 20,478 1.0 5,193 25.4 4.3
2013 21,098 3.0 4,590 21.8 -11.6
2014 22,332 5.8 3,832 17.2 -16.5
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Le Portail des Statistiques du Luxembourg, Arrivées, 1967-2014.
- 203 -
Gráfico 3.40 Entradas de portugueses no Luxemburgo, 2000-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Le Portail des Statistiques du Luxembourg, Arrivées, 1967-2014.
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 204 -
Portugueses residentes no Luxemburgo
Em 2011 o número de portugueses emigrados no Luxemburgo totaliza 60,897 (ver quadro
3.41 e gráfico 3.41). O número de portugueses emigrados no Luxemburgo aumentou 46%
em 10 anos, passando de 41,690, em 2001, para 60,897, em 2011, refletindo o aumento
gradual do número de entradas de novos imigrantes portugueses neste país. Em termos
relativos, os portugueses são mais de um quarto entre os nascidos no estrangeiro a residir
no Luxemburgo, representando 30% em 2011. No enquadramento da emigração
portuguesa, o Luxemburgo é o país onde a população nascida em Portugal mais tem impacto
no total dos nascidos no estrangeiro a residir no país de destino (ver gráfico 2.4). O
Luxemburgo é o nono país do mundo onde residem mais portugueses emigrados (ver
quadro 2.3 e gráfico 2.3).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 205 -
Quadro 3.41 - Nascidos em Portugal residentes no Luxemburgo, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 144,844 .. 41,690 28.8 ..
2002 .. .. .. .. ..
2003 .. .. .. .. ..
2004 .. .. .. .. ..
2005 .. .. .. .. ..
2006 .. .. .. .. ..
2007 .. .. .. .. ..
2008 .. .. .. .. ..
2009 .. .. .. .. ..
2010 .. .. .. .. ..
2011 205,162 .. 60,897 29.7 ..
2012 .. .. .. .. ..
2013 .. .. .. .. ..
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Le Portail des Statistiques du Luxembourg, STATEC, Pays de
naissance, Recensement de la population, 2001, 2011.
- 206 -
Gráfico 3.41 Nascidos em Portugal residentes no Luxemburgo, 2001 e 2011
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Le Portail des Statistiques du Luxembourg, STATEC, Pays de
naissance, Recensement de la population, 2001, 2011.
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
2001 2011
- 207 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses no Luxemburgo
Em 2014, o número de portugueses que adquiriu a nacionalidade luxemburguesa totaliza
1,211 (ver quadro 3.42 e gráfico 3.42). O número total de aquisições de nacionalidade por
portugueses no Luxemburgo aumentou significativamente em cerca de 707% desde 2000,
acompanhando a tendência em alta das aquisições de nacionalidade de estrangeiros em
geral, as quais passaram de 684 para 4,991 durante o período em análise, de 2000 a 2014. O
Luxemburgo é o quarto país do mundo onde os portugueses mais adquirem a nacionalidade
do país de destino (ver gráfico 2.6).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 208 -
Quadro 3.42 - Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes no Luxemburgo, 2000-2014
Ano
Aquisições de nacionalidade totais Aquisições de nacionalidade por portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
aquisições de
nacionalidade totais
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 684 .. 150 21.9 ..
2001 474 -30.7 94 19.8 -37.3
2002 826 74.3 157 19.0 67.0
2003 721 -12.7 132 18.3 -15.9
2004 848 17.6 195 23.0 47.7
2005 995 17.3 273 27.4 40.0
2006 1,084 8.9 330 30.4 20.9
2007 1,311 20.9 383 29.2 16.1
2008 1,129 -13.9 245 21.7 -36.0
2009 4,022 256.2 1,242 30.9 406.9
2010 4,311 7.2 1,351 31.3 8.8
2011 3,405 -21.0 1,085 31.9 -19.7
2012 4,680 37.4 1,155 24.7 6.5
2013 4,412 -5.7 982 22.3 -15.0
2014 4,991 13.1 1,211 24.3 23.3
Nota A Lei da Nacionalidade de 2008, aplicada em 2009, rejeitou a renúncia da nacionalidade de origem do indivíduo, a fim de adquirir a
cidadania Luxemburgo.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Ministère de la Justice, Chiffres clés statistiques en matière
d'indigénat.
- 209 -
Gráfico 3.42 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes no Luxemburgo, 2000-2014
Nota Com a Lei da Nacionalidade de 2008, aplicada em 2009, deixou de ser exigida renúncia à nacionalidade de origem para se poder
adquirir a cidadania luxemburguesa.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Ministère de la Justice, Chiffres clés statistiques en matière
d'indigénat.
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 210 -
q. Macau (China)
.
Entradas de portugueses em Macau (China)
Em 2014 o número de entradas de portugueses em Macau totaliza 262, menos 1.1 % do que
em 2013 (ver quadro 3.43 e gráfico 3.43). Em 2007 emigraram 146 portugueses para Macau,
número que passou para 262 em 2014. Durante este período o aumento de portugueses foi
progressivo, tendo havido uma ligeira diminuição de 2013 para 2014. Em 2014 as entradas
de portugueses representaram 11.5% das entradas totais em Macau. No contexto da
emigração portuguesa, Macau é o terceiro país do mundo onde a entrada de portugueses
mais tem impacto no total de entradas de estrangeiros no país de destino (ver quadro 2.2 e
gráfico 2.2).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 211 -
Quadro 3.43 - Entradas de portugueses em Macau (China), 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 .. .. .. .. ..
2002 .. .. .. .. ..
2003 .. .. .. .. ..
2004 .. .. .. .. ..
2005 .. .. .. .. ..
2006 .. .. .. .. ..
2007 6,115 .. 146 2.4 ..
2008 7,917 29.5 126 1.6 -13.7
2009 9,489 19.9 137 1.4 8.7
2010 4,455 -53.1 131 2.9 -4.4
2011 2,812 -36.9 181 6.4 38.2
2012 2,371 -15.7 216 9.1 19.3
2013 2,491 5.1 265 10.6 22.7
2014 2,278 -8.6 262 11.5 -1.1
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Direcção dos Serviços de Estatística e Censos do Governo da RAE de
Macau.
- 212 -
Gráfico 3.43 Entradas de portugueses em Macau (China), 2007-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Direcção dos Serviços de Estatística e Censos do Governo da RAE de
Macau.
0
50
100
150
200
250
300
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 213 -
Portugueses residentes em Macau (China)
Em 2011 o número de portugueses emigrados em Macau totaliza 1.835, mais 39% do que
em 2006 (ver quadro 3.44 e gráfico 3.44). Nos três anos disponíveis para análise, denota-se
que o número de portugueses emigrados em Macau diminuiu ligeiramente de 2001 para
2006, tendo voltado a aumentar de 2006 para 2011, passando de 1.616, em 2001, para
1.835, em 2011. Em termos relativos, os portugueses são uma minoria entre os nascidos no
estrangeiro a residir em Macau, representando apenas 0.6% em 2011. Apesar da diminuição,
o número de portugueses a residir neste país continua a situar-se acima dos mil, sendo
Macau o décimo nono país do mundo onde residem mais portugueses emigrados (ver
quadro 2.3 e gráfico 2.3).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 214 -
Quadro 3.44 - Nascidos em Portugal residentes em Macau (China), 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 244,096 .. 1,616 0.7 ..
2002 .. .. .. .. ..
2003 .. .. .. .. ..
2004 .. .. .. .. ..
2005 .. .. .. .. ..
2006 288,879 .. 1,316 0.5 ..
2007 .. .. .. .. ..
2008 .. .. .. .. ..
2009 .. .. .. .. ..
2010 .. .. .. .. ..
2011 326,376 .. 1,835 0.6 ..
2012 .. .. .. .. ..
2013 .. .. .. .. ..
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Direcção dos Serviços de Estatística e Censos do Governo da RAE de
Macau.
- 215 -
Gráfico 3.44 Nascidos em Portugal residentes em Macau (China), 2001, 2006 e 2011
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Direcção dos Serviços de Estatística e Censos do Governo da RAE de
Macau.
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
2.000
2001 2006 2011
- 216 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses em Macau (China)
Dada a posição particular de Macau na China, o acesso pleno à cidadania passa, nesta Região
Administrativa Especial, pela aquisição do estatuto de residente permanente, não pelo da
aquisição de nacionalidade. Estatísticas não disponíveis sobre a aquisição do estatuto de
residente permanente.
- 217 -
r. Moçambique
Entradas de portugueses em Moçambique
Em 2013 o número de entradas de portugueses em Moçambique totaliza 3,759, mais 44.7%
do que em 2012 (ver quadro 3.45 e gráfico 3.45). Entre 2011 e 2013 houve um aumento das
entradas de portugueses, em 2011 emigraram 2,264 portugueses para Moçambique,
número que passou para 3,759 em 2013. Atualmente, Moçambique é o nono país do mundo
para onde mais portugueses emigram (ver quadro 2.1 e gráfico 2.1).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 218 -
Quadro 3.45 - Entradas de portugueses em Moçambique, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 .. .. .. .. ..
2002 .. .. .. .. ..
2003 .. .. .. .. ..
2004 .. .. .. .. ..
2005 .. .. .. .. ..
2006 .. .. .. .. ..
2007 .. .. .. .. ..
2008 .. .. .. .. ..
2009 .. .. .. .. ..
2010 .. .. .. .. ..
2011 .. .. 2,264 .. ..
2012 .. .. 2,597 .. 14.7
2013 .. .. 3,759 .. 44.7
2014 .. .. .. .. ..
Nota Os valores referem-se a autorizações de trabalho concedidas pelo Ministério do Trabalho.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Ministério do Trabalho de Moçambique.
- 219 -
Gráfico 3.45 Entradas de portugueses em Moçambique, 2011-2013
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Ministério do Trabalho de Moçambique.
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
2011 2012 2013
- 220 -
Portugueses residentes em Moçambique
Dados não disponíveis. Em 2013, estavam recenseados, nos consulados portugueses em
Moçambique, 10,631 pessoas nascidas em Portugal.
Aquisições de nacionalidade por portugueses em Moçambique
Dados não disponíveis.
- 221 -
s. Noruega
Entradas de portugueses na Noruega
Em 2014 o número de entradas de portugueses na Noruega totaliza 653, menos 19.9% do
que em 2013 (ver quadro 3.46 e gráfico 3.46). Em 2001 emigraram 70 portugueses para a
Noruega, número que passou para 653 em 2014. Durante este período o número de
portugueses que entraram na Noruega tem vindo a aumentar progressivamente, em
particular, desde 2010. Em 2014 as entradas de portugueses representaram 1.1% das
entradas totais na Noruega. Atualmente, a Noruega é o décimo terceiro país do mundo para
onde mais portugueses emigram (ver quadro 2.1 e gráfico 2.1).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 222 -
Quadro 3.46 - Entradas de portugueses na Noruega, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 25,412 .. 70 0.3 ..
2002 30,788 21.2 70 0.2 0.0
2003 26,787 -13.0 55 0.2 -21.4
2004 27,863 4.0 76 0.3 38.2
2005 31,356 12.5 98 0.3 28.9
2006 37,429 19.4 97 0.3 -1.0
2007 53,498 42.9 156 0.3 60.8
2008 58,820 9.9 271 0.5 73.7
2009 56,680 -3.6 257 0.5 -5.2
2010 65,065 14.8 284 0.4 10.5
2011 70,759 8.8 458 0.6 61.3
2012 70,012 -1.1 582 0.8 27.1
2013 66,934 -4.4 815 1.2 40.0
2014 61,429 -8.2 653 1.1 -19.9
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Norway, Immigration, emigration and net migration, by
citizenship.
- 223 -
Gráfico 3.46 Entradas de portugueses na Noruega, 2001-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Norway, Immigration, emigration and net migration, by
citizenship.
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 224 -
Portugueses residentes na Noruega
Em 2014 o número de portugueses emigrados na Noruega totaliza 2,560, mais 30.1% do que
em 2013 (ver quadro 3.47 e gráfico 3.47). O número de portugueses emigrados na Noruega
aumentou gradualmente nos últimos anos, passando de 701, em 2000, para 2,560, em 2014.
Em termos relativos, os portugueses são uma minoria entre os nascidos no estrangeiro a
residir na Noruega, representando apenas 0.3% do total em 2014.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 225 -
Quadro 3.47 - Nascidos em Portugal residentes na Noruega, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 282,487 .. 701 0.2 ..
2001 297,731 5.4 704 0.2 0.4
2002 310,703 4.4 713 0.2 1.3
2003 332,794 7.1 726 0.2 1.8
2004 348,939 4.9 718 0.2 -1.1
2005 364,982 4.6 733 0.2 2.1
2006 386,698 5.9 779 0.2 6.3
2007 415,318 7.4 687 0.2 -11.8
2008 459,615 10.7 769 0.2 11.9
2009 508,198 10.6 941 0.2 22.4
2010 552,313 8.7 1,079 0.2 14.7
2011 600,922 8.8 1,226 0.2 13.6
2012 655,171 9.0 1,557 0.2 27.0
2013 710,464 8.4 1,967 0.3 26.3
2014 759,185 6.9 2,560 0.3 30.1
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Norway, Immigrant and Norwegian-born to immigrant
parents.
- 226 -
Gráfico 3.47 Nascidos em Portugal residentes na Noruega, 2000-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Norway, Immigrant and Norwegian-born to immigrant
parents.
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 227 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Noruega
Em 2014, o número de portugueses que adquiriu a nacionalidade norueguesa totaliza 23
(ver quadro 3.48 e gráfico 3.48). Este número tem variado anualmente entre os 5 e os 30, o
que se explica pela reduzida dimensão da população portuguesa emigrada no país.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 228 -
Quadro 3.48 - Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Noruega, 2000-2014
Ano
Aquisições de nacionalidade totais Aquisições de nacionalidade por portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
aquisições de
nacionalidade totais
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 9,517 .. 13 0.1 ..
2001 10,838 13.9 16 0.1 23.1
2002 9,041 -16.6 20 0.2 25.0
2003 7,867 -13.0 13 0.2 -35.0
2004 8,154 3.6 15 0.2 15.4
2005 12,655 55.2 18 0.1 20.0
2006 11,955 -5.5 20 0.2 11.1
2007 14,877 24.4 17 0.1 -15.0
2008 10,312 -30.7 10 0.1 -41.2
2009 11,442 11.0 5 0.0 -50.0
2010 11,903 4.0 3 0.0 -40.0
2011 14,286 20.0 13 0.1 333.3
2012 12,384 -13.3 12 0.1 -7.7
2013 13,223 6.8 12 0.1 0.0
2014 15,336 16.0 23 0.1 91.7
Nota Variações não significativas, valores absolutos muito reduzidos.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Norway, Naturalizations by sex, age and earlier citizenship,
1977-2014.
- 229 -
Gráfico 3.48 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Noruega, 2000-2014
Nota Variações não significativas, valores absolutos muito reduzidos.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Norway, Naturalizations by sex, age and earlier citizenship,
1977-2014.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 230 -
t. Reino Unido
Entradas de portugueses no Reino Unido
Em 2014 o número de entradas de portugueses no Reino Unido totaliza 30,546, mais 1.4 %
do que em 2013 (ver quadro 3.49 e gráfico 3.49). Em 2000 emigraram perto de 2 mil
portugueses para o Reino Unido, número que teve um aumento muito expressivo para 30
mil em 2014. Este crescimento deu-se em três períodos: entre 2000 e 2003, no ano anterior
à crise, 2007, e entre 2011 e 2014. Neste último período, o número de entradas por ano
duplicou, passando de 16 mil para 30 mil. Em 2014 as entradas de portugueses
representaram 4% das entradas totais no Reino Unido, o que fez desta emigração a sexta
maior para aquele país (ver quadro 2.2 e gráfico 2.2). Atualmente, o Reino Unido é o
principal país do mundo para onde mais portugueses emigram (ver gráfico 2.1).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 231 -
Quadro 3.49 - Entradas de portugueses no Reino Unido, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 260,424 .. 1,811 .. ..
2001 262,239 0.7 4,396 1.7 142.7
2002 311,241 18.7 7,915 2.5 80.1
2003 362,148 16.4 12,603 3.5 59.2
2004 412,780 14.0 13,850 3.4 9.9
2005 618,560 49.9 11,710 1.9 -15.5
2006 633,050 2.3 9,700 1.5 -17.2
2007 796,880 25.9 12,040 1.5 24.1
2008 669,560 -16.0 12,980 1.9 7.8
2009 613,210 -8.4 12,230 2.0 -5.8
2010 667,500 8.9 12,080 1.8 -1.2
2011 671,050 0.5 16,350 2.4 35.3
2012 518,954 -22.7 20,443 3.9 25.0
2013 617,236 18.9 30,121 4.9 47.3
2014 767,763 24.4 30,546 4.0 1.4
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database (2000-2001); Department
for Work and Pensions, Stat-Explore (2002-2014).
- 232 -
Gráfico 3.49 Entradas de portugueses no Reino Unido, 2000-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database (2000-2001); Department
for Work and Pensions, Stat-Explore (2002-2014).
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 233 -
Portugueses residentes no Reino Unido
Em 2013 o número de portugueses emigrados no Reino Unido totaliza 107,000, mais 19% do
que em 2012 (ver quadro 3.50 e gráfico 3.50). O número de portugueses emigrados no Reino
Unido passou de 34 mil em 2000 para 107 mil em 2013, tendo quase triplicado. Em termos
relativos, os portugueses são uma minoria entre os nascidos no estrangeiro a residir no
Reino Unido em 2013, representando apenas 1.4% do total (ver quadro 2.3). No contexto da
emigração portuguesa, o Reino Unido é o oitavo país do mundo onde residem mais
portugueses emigrados e o quinto na Europa (ver gráfico 2.3).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 234 -
Quadro 3.50 - Nascidos em Portugal residentes no Reino Unido, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 4,423,000 .. 34,000 0.8 ..
2001 4,675,000 5.7 51,000 1.1 50.0
2002 4,861,000 4.0 60,000 1.2 17.6
2003 5,013,000 3.1 66,000 1.3 10.0
2004 5,233,000 4.4 68,000 1.3 3.0
2005 5,552,000 6.1 57,000 1.0 -16.2
2006 5,997,000 8.0 71,000 1.2 24.6
2007 6,342,000 5.8 71,000 1.1 0.0
2008 6,683,000 5.4 83,000 1.2 16.9
2009 6,910,000 3.4 87,000 1.3 4.8
2010 7,139,000 3.3 83,000 1.2 -4.6
2011 7,509,000 5.2 84,000 1.1 1.2
2012 7,679,000 2.3 90,000 1.2 7.1
2013 7,780,000 1.3 107,000 1.4 18.9
2014 .. .. .. .. ..
Nota Dados obtidos através de processos de amostragem, o que pode afetar a fiabilidade das variações observadas.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Office for National Statistics, Annual Population Survey (APS) and
Labour Force Survey (LFS), Population by country of birth and nationality.
- 235 -
Gráfico 3.50 Nascidos em Portugal residentes no Reino Unido, 2000-2013
Nota Dados obtidos através de processos de amostragem, o que pode afetar a fiabilidade das variações observadas.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Office for National Statistics, Annual Population Survey (APS) and
Labour Force Survey (LFS), Population by country of birth and nationality.
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
- 236 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses no Reino Unido
Em 2014, o número de portugueses que adquiriu a nacionalidade britânica totaliza 318,
tendo diminuído 49% em relação a 2012 (ver quadro 3.51 e gráfico 3.51). Este número tem
variado anualmente de forma irregular entre as 300 e as 600 aquisições de nacionalidade
por portugueses, desde 2000. O Reino Unido é o oitavo país do mundo onde os portugueses
mais adquirem a nacionalidade do país de destino (ver gráfico 2.6).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 237 -
Quadro 3.51 - Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes no Reino Unido, 2000-2014
Ano
Naturalização do total de estrangeiros Aquisições de nacionalidade por portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
aquisições de
nacionalidade totais
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 82,210 .. 237 0.3 ..
2001 90,282 9.8 284 0.3 19.8
2002 120,121 33.1 290 0.2 2.1
2003 130,535 8.7 505 0.4 74.1
2004 148,273 13.6 548 0.4 8.5
2005 161,699 9.1 651 0.4 18.8
2006 154,018 -4.8 532 0.3 -18.3
2007 164,637 6.9 521 0.3 -2.1
2008 129,377 -21.4 409 0.3 -21.5
2009 203,789 57.5 587 0.3 43.5
2010 195,046 -4.3 479 0.2 -18.4
2011 177,785 -8.8 402 0.2 -16.1
2012 194,209 9.2 499 0.3 24.1
2013 207,989 7.1 628 0.3 25.9
2014 125,653 -39.6 318 0.3 -49.4
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database (2000-2003); Government
UK, Home Office, Immigration Statistics March-June 2014, Citizenship grants by previous country of nationality (2004-2014).
- 238 -
Gráfico 3.51 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes no Reino Unido, 2000-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de OECD, International Migration Database (2000-2003), do
Government UK, Home Office, Immigration Statistics March-June 2014 e do Citizenship grants by previous country of nationality (2004-
2014).
0
100
200
300
400
500
600
700
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 239 -
u. Suécia
Entradas de portugueses na Suécia
Em 2014 o número de entradas de portugueses na Suécia totaliza 309, o mesmo número de
2013 (ver quadro 3.52 e gráfico 3.52). Em 2000 emigraram 69 portugueses para a Suécia,
número que passou para 309 em 2014. Durante este período o crescimento foi constante,
tendo aumentado 62.4% em 2012. Este aumento pode ser explicado por a Suécia ter
passado a ser um dos novos países de destino dos portugueses após o início da crise, tal
como outros países escandinavos como a Dinamarca e a Noruega (ver gráfico 3.20 e 3.46).
Em 2014 as entradas de portugueses representaram 0.2% das entradas totais neste país. A
Suécia é atualmente o décimo oitavo país do mundo para onde os portugueses mais
emigram (ver quadro 2.1 e gráfico 2.1).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 240 -
Quadro 3.52 - Entradas de portugueses na Suécia, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 58,659 .. 69 0.1 ..
2001 60,795 3.6 76 0.1 10.1
2002 64,087 5.4 85 0.1 11.8
2003 63,795 -0.5 85 0.1 0.0
2004 62,028 -2.8 98 0.2 15.3
2005 65,229 5.2 116 0.2 18.4
2006 95,750 46.8 167 0.2 44.0
2007 99,485 3.9 150 0.2 -10.2
2008 101,171 1.7 200 0.2 33.3
2009 102,280 1.1 209 0.2 4.5
2010 98,801 -3.4 186 0.2 -11.0
2011 96,467 -2.4 189 0.2 1.6
2012 103,059 6.8 307 0.3 62.4
2013 115,845 12.4 309 0.3 0.7
2014 126,966 9.6 309 0.2 0.0
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Sweden.
- 241 -
Gráfico 3.52 Entradas de portugueses na Suécia, 2000-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Sweden.
0
50
100
150
200
250
300
350
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 242 -
Portugueses residentes na Suécia
Em 2014 o número de portugueses emigrados na Suécia totaliza 3.457, mais 4.5% do que em
2013 (ver quadro 3.53 e gráfico 3.53). O número de portugueses emigrados na Suécia
aumentou ligeiramente nos últimos anos, passando de 2,514, em 2000, para 3,457, em
2014. Em termos relativos, os portugueses são uma minoria entre os nascidos no estrangeiro
a residir na Suécia, representando apenas 0.2% em 2014. O número de portugueses a residir
neste país continua a situar-se acima dos 3 mil, sendo a Suécia o décimo quinto país do
mundo onde residem mais portugueses emigrados (ver quadro 2.3 e gráfico 2.3).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 243 -
Quadro 3.53 - Nascidos em Portugal residentes na Suécia, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 1,003,798 .. 2,514 0.3 ..
2001 1,027,974 2.4 2,526 0.2 0.5
2002 1,053,463 2.5 2,539 0.2 0.5
2003 1,078,075 2.3 2,533 0.2 -0.2
2004 1,100,262 2.1 2,552 0.2 0.8
2005 1,125,790 2.3 2,589 0.2 1.4
2006 1,175,200 4.4 2,639 0.2 1.9
2007 1,227,770 4.5 2,664 0.2 0.9
2008 1,281,581 4.4 2,774 0.2 4.1
2009 1,337,965 4.4 2,876 0.2 3.7
2010 1,384,929 3.5 2,936 0.2 2.1
2011 1,427,296 3.1 2,998 0.2 2.1
2012 1,473,256 3.2 3,159 0.2 5.4
2013 1,533,493 4.1 3,307 0.2 4.7
2014 1,603,551 4.6 3,457 0.2 4.5
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Sweden.
- 244 -
Gráfico 3.53 Nascidos em Portugal residentes na Suécia, 2000-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Sweden.
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 245 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Suécia
Em 2014, o número de portugueses que adquiriu a nacionalidade sueca totaliza 48 (ver
quadro 3.54 e gráfico 3.54). Este número tem variado anualmente entre os 34 e os 70, o que
se explica pela reduzida dimensão da população portuguesa emigrada no país. O número de
aquisições de nacionalidade por portugueses na Suécia aumentou em cerca de 41.2% desde
2000 e as aquisições de nacionalidade de estrangeiros em geral mantiveram-se estáveis nos
43 mil, por ano, no período em análise, 2000 a 2014.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 246 -
Quadro 3.54 - Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Suécia, 2000-2014
Ano
Aquisições de nacionalidade totais Aquisições de nacionalidade por portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
aquisições de
nacionalidade totais
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 43,494 .. 34 0.1 ..
2001 36,399 -16.3 36 0.1 5.9
2002 37,792 3.8 70 0.2 94.4
2003 33,222 -12.1 44 0.1 -37.1
2004 28,893 -13.0 63 0.2 43.2
2005 39,573 37.0 42 0.1 -33.3
2006 51,239 29.5 56 0.1 33.3
2007 33,629 -34.4 48 0.1 -14.3
2008 30,461 -9.4 40 0.1 -16.7
2009 29,525 -3.1 59 0.2 47.5
2010 32,457 9.9 66 0.2 11.9
2011 36,634 12.9 58 0.2 -12.1
2012 50,179 37.0 45 0.1 -22.4
2013 50,167 0.0 48 0.1 6.7
2014 43,510 -13.3 48 0.1 0.0
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Sweden.
- 247 -
Gráfico 3.54 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Suécia, 2000-2014
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Statistics Sweden.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
- 248 -
v. Suíça
Entradas de portugueses na Suíça
Em 2013 o número de entradas de portugueses na Suíça totaliza 20,039, mais 6%
relativamente a 2012 (ver quadro 3.55 e gráfico 3.55). Em 2000 emigraram 4 mil
portugueses para a Suíça, número que aumentou significativamente para 20 mil em 2013.
Durante este período o número de entradas de portugueses foi aumentando gradualmente,
apenas diminuindo nos dois anos posteriores à crise, 2009 e 2010, tal como ocorreu nos
restantes países europeus, mas situando-se sempre acima das 10 mil entradas por ano. Em
2013 as entradas de portugueses representaram 12% do total de estrangeiros que emigrou
para a Suíça, o que fez desta emigração a segunda maior para aquele país, a seguir à alemã
(ver quadro 2.2 e gráfico 2.2). Atualmente, a Suíça é o segundo país do mundo para onde
mais portugueses emigram (ver gráfico 2.1).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 249 -
Quadro 3.55 - Entradas de portugueses na Suíça, 2000-2014
Ano
Entradas de estrangeiros Entradas de portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
entradas de
estrangeiros
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 84,200 .. 4,311 5.1 ..
2001 99,746 18.5 4,347 4.4 0.8
2002 105,014 5.3 9,005 8.6 107.2
2003 98,812 -5.9 12,228 12.4 35.8
2004 100,834 2.0 13,539 13.4 10.7
2005 99,091 -1.7 12,138 12.2 -10.3
2006 107,177 8.2 12,441 11.6 2.5
2007 143,855 34.2 15,351 10.7 23.4
2008 161,629 12.4 17,657 10.9 15.0
2009 138,269 -14.5 13,601 9.8 -23.0
2010 139,495 0.9 12,720 9.1 -6.5
2011 140,508 0.7 15,020 10.7 18.1
2012 151,002 7.5 18,892 12.5 25.8
2013 167,248 10.8 20,039 12.0 6.1
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Office Fédéral de la Statistique, Immigration de la population
résidante permanente selon la nationalité, 1991-2013.
- 250 -
Gráfico 3.55 Entradas de portugueses na Suíça, 2000-2013
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Office Fédéral de la Statistique, Immigration de la population
résidante permanente selon la nationalité, 1991-2013.
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
- 251 -
Portugueses residentes na Suíça
Em 2013 o número de portugueses emigrados na Suíça totaliza 211,451, mais 6%
relativamente a 2012 (ver quadro 3.56 e gráfico 3.56).
No entanto, de acordo com o Office Fédéral des Migrations, até agosto de 2013, residiam na
Suíça 261,523 portugueses. No final do ano de 2014 o número de portugueses residentes na
Suíça cifrava-se em 262,537.
O número de portugueses emigrados na Suíça foi aumentando progressivamente, passando
de 135 mil em 2000 para 211 mil portugueses em 2013. Em termos relativos, os portugueses
constituem 10% do total de nascidos no estrangeiro a residir na Suíça em 2013, sendo a
segunda população mais numerosa entre os imigrantes na Suíça, logo atrás dos nascidos na
Alemanha (ver quadro 2.3 e gráfico 2.4).
Em 2014 a Suíça acolheu 161,100 novos imigrantes, dos quais 15,200 de nacionalidade
portuguesa.
O número de portugueses a residir neste país situa-se acima dos 200 mil e, por isso, é
atualmente o segundo país do mundo onde residem mais portugueses emigrados (ver
gráfico 2.3).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 252 -
Quadro 3.56 - Nascidos em Portugal residentes na Suíça, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 1,056,843 .. 134,675 12.7 ..
2001 1,083,580 2.5 106,828 9.9 -20.7
2002 1,106,438 2.1 111,106 10.0 4.0
2003 1,124,813 1.7 118,521 10.5 6.7
2004 1,144,304 1.7 126,789 11.1 7.0
2005 1,159,677 1.3 132,872 11.5 4.8
2006 1,173,324 1.2 138,065 11.8 3.9
2007 1,221,068 4.1 145,736 11.9 5.6
2008 1,287,496 5.4 157,455 12.2 8.0
2009 1,326,262 3.0 164,691 12.4 4.6
2010 2,075,182 56.5 172,274 8.3 4.6
2011 2,158,424 4.0 187,409 8.7 8.8
2012 2,218,445 2.8 199,209 9.0 6.3
2013 2,289,560 3.2 211,451 9.2 6.1
2014 .. .. .. .. ..
Nota Até 2009 os dados sobre imigrantes nascidos em Portugal referem-se aos nascidos fora da Suíça com nacionalidade portuguesa (os
únicos disponíveis), excluindo os nascidos em Portugal com nacionalidade estrangeira. A partir de 2010 os dados referem-se a imigrantes
nascidos em Portugal. Os imigrantes nascidos em Portugal em 2010, de acordo com os critérios anteriores, eram 169,485.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Office Fédéral de la Statistique: Population résidante permanente et
non permanente selon la région, la nationalité et le lieu de naissance (2005-2009); Population résidante permanente et non permanente
selon le canton, le sexe, la nationalité, le pays de naissance et l'âge (2010-2013).
- 253 -
Gráfico 3.56 Nascidos em Portugal residentes na Suíça, 2000-2013
Nota Até 2009 os dados sobre os imigrantes nascidos em Portugal referem-se aos nascidos fora da Suíça com nacionalidade portuguesa
(os únicos disponíveis), excluindo os nascidos em Portugal com nacionalidade estrangeira. A partir de 2010 os dados referem-se a
imigrantes nascidos em Portugal.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Office Fédéral de la Statistique: Population résidante permanente et
non permanente selon la région, la nationalité et le lieu de naissance (2005-2009); Population résidante permanente et non permanente
selon le canton, le sexe, la nationalité, le pays de naissance et l'âge (2010-2013).
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
- 254 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Suíça
Entre 2007 e 2012 adquiriram a nacionalidade suíça 12,797 portugueses. Em 2013, o número
de portugueses que adquiriu a nacionalidade suíça totaliza 2,184 (ver quadro 3.57 e gráfico
3.57). Este número tem-se situado acima das mil aquisições de nacionalidade por ano a
partir de 2003 e acima das duas mil desde 2009, o que reflete o crescimento dos
portugueses emigrados neste país. A Suíça é o segundo país do mundo onde os portugueses
mais adquirem a nacionalidade do país de destino (ver gráfico 2.6).
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 255 -
Quadro 3.57 - Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Suíça, 2000-2014
Ano
Aquisições de nacionalidade totais Aquisições de nacionalidade por portugueses
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem das
aquisições de
nacionalidade totais
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 28,700 .. 765 2.7 ..
2001 27,583 -3.9 779 2.8 1.8
2002 36,515 32.4 920 2.5 18.1
2003 35,424 -3.0 1,165 3.3 26.6
2004 35,685 0.7 1,199 3.4 2.9
2005 38,437 7.7 1,505 3.9 25.5
2006 46,711 21.5 2,383 5.1 58.3
2007 43,889 -6.0 2,201 5.0 -7.6
2008 44,365 1.1 1,761 4.0 -20.0
2009 43,440 -2.1 2,336 5.4 32.7
2010 39,314 -9.5 2,217 5.6 -5.1
2011 36,012 -8.4 2,211 6.1 -0.3
2012 33,500 -7.0 2,071 6.2 -6.3
2013 34,061 1.7 2,184 6.4 5.5
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Office Fédéral de la Statistique, Acquisition de la nationalité suisse
selon la nationalité antérieure 1981-2013.
- 256 -
Gráfico 3.57 Aquisição de nacionalidade por portugueses residentes na Suíça, 2000-2013
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Office Fédéral de la Statistique, Acquisition de la nationalité suisse
selon la nationalité antérieure 1981-2013.
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
- 257 -
w. Venezuela
Entradas de portugueses na Venezuela
Não havendo dados sobre as admissões anuais de imigrantes na Venezuela, é possível
utilizar os dados do Censo de 2011 sobre o ano de imigração dos recenseados como
indicador daquelas entradas. Cerca de 80% dos portugueses emigrados na Venezuela em
2011 chegou ao país entre a década de 1940 e início de 1980. Nos anos 1970 chegaram 12
mil, o que corresponde a um terço (34%) do total de portugueses residentes atualmente,
enquanto nos anos de 1980 chegaram apenas cerca de seis mil (18%), número que baixou,
desde 2000, para cerca de 500 (1.5%). A tendência para a população portuguesa na
Venezuela continuar a decrescer deve manter-se por ter deixado de ser um destino de
emigração portuguesa devido às tensões políticas, económicas e sociais no país.
Portugueses residentes na Venezuela
Em 2011 o número de portugueses emigrados na Venezuela totaliza 37,326 (ver quadro e
gráfico 3.58). O número de portugueses emigrados na Venezuela decresceu entre 2001 e
2011, passando de 53 mil para 37 mil. Esta diminuição significa que o número de novas
entradas de portugueses não tem sido suficiente para compensar as mortes e os regressos
de portugueses emigrados neste país. Em termos relativos, os portugueses são uma minoria
entre os nascidos no estrangeiro a residir na Venezuela em 2011, representando apenas
3.2% do total. Apesar da diminuição, o número de portugueses a residir neste país continua
a situar-se acima dos 35 mil, sendo a Venezuela o décimo país do mundo onde residem mais
portugueses emigrados (gráfico 2.3), devido ao grande volume de emigração portuguesa
durante as décadas de 1940 a 1970 para este país.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 258 -
Quadro 3.58 - Nascidos em Portugal residentes na Venezuela, 2000-2014
Ano
População nascida no estrangeiro Nascidos em Portugal
N Taxa de crescimento
anual (%) N
Em percentagem da
população nascida no
estrangeiro
Taxa de crescimento
anual (%)
2000 .. .. .. .. ..
2001 1,015,538 .. 53,477 5.3 ..
2002 .. .. .. .. ..
2003 .. .. .. .. ..
2004 .. .. .. .. ..
2005 .. .. .. .. ..
2006 .. .. .. .. ..
2007 .. .. .. .. ..
2008 .. .. .. .. ..
2009 .. .. .. .. ..
2010 .. .. .. .. ..
2011 1,156,578 .. 37,326 3.2 ..
2012 .. .. .. .. ..
2013 .. .. .. .. ..
2014 .. .. .. .. ..
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Instituto Nacional de Estadística, Censos de Población e Vivienda
2001 and 2011.
- 259 -
Gráfico 3.58 Nascidos em Portugal residentes na Venezuela, 2001 e 2011
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de Instituto Nacional de Estadística, Censos de Población e Vivienda
2001, 2011.
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
2001 2011
- 260 -
Aquisições de nacionalidade por portugueses na Venezuela
Dados não disponíveis.
- 261 -
1. RELATÓRIO ESTATÍSTICO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA
1.4 População emigrada, dados dos censos de 2001 e 2011,
países da OCDE
- 262 -
a. População total emigrada em países da OCDE, 2001 e 2011
A compilação e harmonização dos dados sobre as migrações internacionais dos censos de
2000/01 e de 2010/11, pela OCDE, permitem uma caracterização sociodemográfica
comparativa da população portuguesa emigrada com 15 e mais anos nos principais países de
destino. A adoção de procedimentos amostrais em alguns países e para algumas variáveis
retirou, pontualmente, fiabilidade à informação produzida nos casos da Alemanha (2001
e 2011), Holanda (2001) e Suíça (2011).
Em termos gerais, a emigração portuguesa para os conjuntos dos países da OCDE passou de
1,265 milhões de indivíduos com 15 e mais anos, em 2001, para 1,450 milhões, em 2011, um
aumento de 15% em dez anos. A França surge, destacada, como o país onde reside um
maior número de portugueses emigrados, mais de meio milhão e com um crescimento de
4% entre os dois períodos censitários. Seguem-se, mas a uma distância significativa e em
decréscimo, os EUA, com cerca de 200 mil residentes nascidos em Portugal. Em dois outros
países residiam mais de 100 mil emigrantes portugueses: Suíça e Canadá. O primeiro com
um crescimento de mais de 50% entre 2001 e 2011, o segundo em decréscimo claro (-9%) no
mesmo período.
Sintetizando o primeiro conjunto de dados (quadro 4.1 e gráficos 4.1 e 4.2), podemos
identificar três conjuntos entre os países da emigração portuguesa: um primeiro ainda com
populações portuguesas emigradas numerosas mas em decréscimo, no continente
americano (Canadá e EUA); um segundo composto por países europeus com uma emigração
acumulada significativa e crescimentos mais baixos em termos absolutos e relativos (França,
Alemanha e Luxemburgo); e um terceiro com um crescimento muito rápido naqueles dez
anos e já com números de emigrantes portugueses a aproximarem-se dos 100 mil indivíduos
(Suíça, Espanha e Reino Unido). Considerando apenas os dez principais destinos da
emigração portuguesa no espaço da OCDE, o Reino Unido, a Espanha e a Suíça destacam-se
como aqueles que mais cresceram entre 2001 e 2011, respetivamente 145%, 72% e 58%. Em
termos absolutos, o maior crescimento coube à Suíça (mais 57 mil residentes nascidos em
Portugal numa década). Consequentemente, a Suíça passou de quarto para terceiro maior
país de destino da emigração portuguesa, a Espanha de sexto para quinto e o Reino Unido
de oitavo para sexto. Globalmente, perderam importância, em termos quantitativos, os
destinos americanos e cresceram os novos destinos europeus.
- 263 -
Ainda num plano global, é possível caracterizar sumariamente a emigração portuguesa no
espaço da OCDE, em termos sociodemográficos, como uma emigração em que:
A relação entre sexos é equilibrada mas com ligeira tendência para uma maior
feminização (as mulheres passam de 51% para 52% entre 2001 e 2011);
Predominam os indivíduos em idade ativa mas existe uma tendência clara para o
envelhecimento que resulta do facto de o recente crescimento da emigração ser ainda
insuficiente para compensar a redução verificada entre 1974 e os finais do século XX (o
grupo etário dos mais de 64 anos passa de 9% para 16% entre 2001 e 2011);
Predominam os indivíduos com baixas e muito baixas qualificações mas observa-se um
crescimento significativo da percentagem dos mais qualificados em linha com a extensão
crescente da escolarização da população portuguesa, em geral (a percentagem dos
emigrados com formação superior praticamente duplica, passando de 6% para 11% entre
2001 e 2011);
Predominam os ativos empregados mas cresceram ligeiramente quer os inativos (que
passam de 29% para 31% entre 2001 e 2011), sobretudo devido ao envelhecimento
acima referido, e os desempregados (que passam de 5% para 6% entre 2001 e 2011), por
efeito da crise financeira e económica que eclodiu em 2008.
Esta caracterização sintética global esconde, porém, diferenças importantes entre os
principais países de destino da emigração portuguesa. A identificação e caracterização
dessas diferenças constituem o objetivo das restantes secções do presente capítulo.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 264 -
Quadro 4.1 Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos, por país, 2000/01 e 2010/11
País 2000/01
(milhares)
2010/11
(milhares)
Variação
(percentagem)
Alemanha 67.7 76.0 12
Austrália 15.0 15.1 1
Áustria 0.9 .. ..
Bélgica 19.9 26.4 33
Canadá 154.0 139.4 -9
Chile .. 0.0 ..
Dinamarca 0.6 1.1 79
Eslováquia 0.0 0.0 n.s.
Eslovénia .. 0.0 ..
Espanha 53.4 91.6 72
Estónia .. 0.0 ..
EUA 206.3 198.8 -4
Finlândia 0.2 0.3 111
França 567.7 588.2 4
Grécia 0.3 0.3 12
Holanda (a) 1.7 9.4 ..
Hungria 0.0 0.2 n.s.
Irlanda 0.5 1.9 261
Islândia .. 0.5 ..
Itália 3.9 4.8 25
Japão 0.0 0.4 n.s.
Luxemburgo 38.4 56.5 47
México 0.3 0.3 22
Noruega 0.7 1.1 61
Nova Zelândia 0.1 .. ..
Polónia 0.0 0.2 n.s.
Reino Unido 32.3 79.2 145
República Checa 0.0 0.4 n.s.
Suécia 2.5 2.9 15
Suíça 98.1 154.8 58
Total 1,264.5 1,449.9 15
Total, exceto países incluídos
apenas na DIOC-2010/11 (b) 1,264.5 1,449.4 15
Nota [..] Dados não disponíveis; [n.s.] valores absolutos muito baixos, variação não significativa;
(a) dados com problemas de fiabilidade em 2000/01 (valor total superior a dez mil, segundo o Centraal Bureau voor de Statistiek);
(b) países apenas incluídos na DIOC-2010/11: Chile, Eslovénia, Estónia e Islândia. Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores da OCDE,
Database on Immigrants in OECD Countries,
DIOC-2000/01 e DIOC-2010/11.
- 265 -
Gráfico 4.1 Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos, por país, 2000/01 e 2010/11
Nota Apenas os dez países da OCDE com mais residentes nascidos em Portugal.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores da OCDE, Database on Immigrants in OECD Countries,
DIOC-2000/01 e DIOC-2010/11.
0 100 200 300 400 500 600 700
França
EUA
Suíça
Canadá
Espanha
Reino Unido
Alemanha
Luxemburgo
Bélgica
Austrália
milhares
2000/01 2010/11
- 266 -
Gráfico 4.2 Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos, por país, variação entre 2000/01 e
2010/11
Nota Apenas os dez países da OCDE com mais residentes nascidos em Portugal.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores da OCDE, Database on Immigrants in OECD Countries,
DIOC-2000/01 e DIOC-2010/11.
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160
Reino Unido
Espanha
Suíça
Luxemburgo
Bélgica
OCDE (total)
Alemanha
França
Austrália
EUA
Canadá
percentagem
- 267 -
Quadro 4.2 Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos, indicadores sociodemográficos,
2000/01 e 2010/11
Indicador 2000/01 2010/11
Sexo
Homens 51% 52%
Mulheres 49% 48%
Total (milhares) 1,260.2 1,436.0
Grupo etário
15 a 24 anos 7% 5%
25 a 64 anos 84% 79%
65 e mais anos 9% 16%
Total (milhares) 1,260.2 1,283.2
Duração da estadia
Menos de 5 anos 7% 10%
5 a 10 anos 8% 8%
Mais de 10 anos 85% 82%
Total (milhares) 1,133.3 1,310.1
Grau de instrução
Básico [ISCED 0/1/2] 69% 62%
Secundário [ISCED 3/4] 24% 27%
Superior [ISCED 5/6] 6% 11%
Total (milhares) 1,220.1 1,411.8
Condição perante o trabalho
Empregado 66% 63%
Desempregado 5% 6%
Inativo 29% 31%
Total (milhares) 1,249.3 1,429.8
Nota As variações nos valores totais devem-se à falta de dados em alguns países, em diferentes indicadores; problemas de fiabilidade ou
de cobertura dos dados da Alemanha (2001 e 2011), Holanda (2001) e Suíça (2011) podem afetar ligeiramente os valores totais.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores da OCDE, Database on Immigrants in OECD Countries,
DIOC-2000/01 e DIOC-2010/11.
- 268 -
b. Sexo e idade, por país de residência, 2001 e 2011
Tanto em 2001 como em 2011 a Irlanda era o país da OCDE com maior percentagem de
homens entre a população portuguesa emigrada (53% e 57%, respetivamente) e a Itália
aquele em que era maior a percentagem de mulheres (73% e 71%, respetivamente). Este
último país destacava-se de todos os outros pelo peso que as mulheres aí tinham entre a
população portuguesa emigrada. Nos dois anos em análise, no país de destino da emigração
portuguesa que apresentava a segunda mais alta taxa de feminização da população
portuguesa emigrada esta era 20 pontos percentuais inferior à observada no caso de Itália.
Fenómeno que precisa de informação adicional para ser explicado.
A segunda observação relevante nesta primeira fase da presente secção é o grande
crescimento da percentagem de homens entre a população portuguesa emigrada em
Espanha, a maior variação da estrutura por sexo na emigração portuguesa registada nos
dados dos censos compilados pela OCDE. Entre 2001 e 2011, aquela percentagem aumentou
10 pontos, passando de 48% para 58%. Neste caso são conhecidas as razões do fenómeno
em causa, explicável pelo crescimento, até à crise de 2008, de uma emigração de trabalho
pouco qualificada para o sector da construção, maioritariamente masculina.
Analisando a distribuição por grupo etário da população portuguesa emigrada, são também
visíveis algumas diferenças entre países de destino. Os destinos da emigração
intercontinental são aqueles que apresentam populações emigradas mais envelhecidas, com
o grupo dos mais de 64 anos a representar, em todos eles, mais de 20% da população
residente nascida em Portugal (no Canadá essa percentagem atinge mesmo 28%). É também
entre os portugueses emigrados nestes países (que incluem ainda os EUA e a Austrália) que
foi maior o crescimento do peso dos mais idosos, que na Austrália aumentou 12 pontos
percentuais, passando de 11% para 23% entre 2001 e 2011. Verifica-se também um
crescimento elevado da percentagem dos mais idosos entre os emigrantes portugueses em
França, que duplicou, passando de 8% para 16% entre 2002 e 2011, tendo, porém, um ponto
de partida bastante mais baixo do que os anteriormente referidos.
Nestes quatro países o envelhecimento das populações portuguesas emigradas explica-se
pela interrupção, ou redução relativa muito forte, dos fluxos de emigração dos anos 50 e 60
do século passado. Não admira, portanto, ser nos países que conheceram, na primeira
década do século XXI, um maior crescimento da emigração portuguesa, que decresceu ou
- 269 -
não se alterou a percentagem dos maiores de 64 anos entre as populações emigradas
nascidas em Portugal. De facto, essa percentagem decresceu entre os portugueses
emigrados em Espanha e na Noruega e manteve-se inalterada entre os que viviam no Reino
Unido.
Devido ao facto de em Espanha a emigração portuguesa ser mais antiga do que nos outros
dois, como se analisará na próxima secção, explica porque este destino ocupa, em termos
etários, uma posição mais envelhecida do que os restantes novos destinos da emigração
portuguesa. Ou seja, em Espanha os valores observados exprimem a coexistência de uma
emigração mais antiga, e portanto mais envelhecida, com uma população resultante de
fluxos iniciados já este século, sobretudo de ativos jovens, que, porque cresceram
aceleradamente até 2008, mais do que compensaram o envelhecimento da população
constituída sobretudo por fluxos mais antigos em decréscimo durante as últimas duas
décadas do século XX.
- 270 -
Quadro 4.3 Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos, por país, segundo o sexo, 2000/01 e
2010/11
País
2000/2001 2010/2011
Homens
(percen-tagem)
Mulheres
(percen-tagem)
Total
(milhares)
Homens
(percen-tagem)
Mulheres
(percen-tagem)
Total
(milhares)
Alemanha (a) 53.3 46.7 67.7 56.6 43.4 76.0
Austrália 51.8 48.2 15.0 50.9 49.1 15.1
Áustria 60.4 39.6 0.9 .. .. ..
Bélgica 48.7 51.3 19.9 51.1 48.9 26.4
Canadá 49.5 50.5 154.0 49.1 50.9 139.4
Dinamarca 53.6 46.4 0.6 54.7 45.3 1.1
Espanha 48.3 51.7 53.4 58.0 42.0 91.6
EUA 49.0 51.0 206.3 49.3 50.7 185.6
França 51.3 48.7 567.7 51.0 49.0 588.2
Holanda (b) 0.0 100.0 1.7 50.8 49.2 9.4
Irlanda 61.5 38.5 0.5 59.7 40.3 1.9
Itália 26.6 73.4 3.9 29.5 70.5 4.8
Luxemburgo 52.2 47.8 38.4 52.6 47.4 56.5
Noruega 56.1 43.9 0.6 56.3 43.7 1.1
Reino Unido 47.7 52.3 32.3 49.9 50.1 79.2
Suécia 57.4 42.6 2.3 54.6 45.4 2.8
Suíça (c) 52.6 47.4 94.2 54.3 45.7 154.8
Nota [..] Dados não disponíveis; (a) dados por amostragem com problemas de fiabilidade, 2000/01 e 2010/11;
(b) dados por amostragem com problemas de fiabilidade, 2000/01; (c) dados por amostragem com problemas de fiabilidade, 2010/11.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores da OCDE, Database on Immigrants in OECD Countries,
DIOC-2000/01 e DIOC-2010/11.
- 271 -
Gráfico 4.3 Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos, por país, segundo o sexo, 2000/01 e
2010/11
Nota As barras transparentes indicam que os dados ou não estão disponíveis ou resultam de amostragens com problemas de fiabilidade.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores da OCDE, Database on Immigrants in OECD Countries,
DIOC-2000/01 e DIOC-2010/11.
0 20 40 60 80 100
Irlanda
Áustria
Suécia
Noruega
Dinamarca
Suíça
Luxemburgo
Austrália
França
Canadá
EUA
Bélgica
Espanha
Reino Unido
Itália
Alemanha
Holanda
percentagem
2000/01
Homens Mulheres
0 20 40 60 80 100
Irlanda
Espanha
Noruega
Dinamarca
Suécia
Luxemburgo
Bélgica
França
Austrália
Holanda
Reino Unido
EUA
Canadá
Itália
Alemanha
Áustria
Suíça
percentagem
2010/11
Homens Mulheres
- 272 -
Quadro 4.4 Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos, por país, segundo o grupo etário,
2000/01 e 2010/11
País
2000/2001 2010/2011
15 a 24
anos
(percen-
tagem)
25 a 64
anos
(percen-
tagem)
65 e mais
anos
(percen-
tagem)
Total
(milhares)
15 a 24
anos
(percen-
tagem)
25 a 64
anos
(percen-
tagem)
65 e mais
anos
(percen-
tagem)
Total
(milhares)
Alemanha (a) 0.0 100.0 0.0 67.7 0.0 100.0 0.0 64.4
Austrália 11.4 77.9 10.7 15.0 2.9 74.1 23.0 15.1
Áustria 14.7 81.6 3.8 0.9 .. .. .. ..
Bélgica 13.2 80.1 6.7 19.9 11.1 80.4 8.5 26.4
Canadá 5.8 77.3 17.0 154.0 1.5 70.9 27.6 139.3
Dinamarca 12.6 81.4 6.0 0.6 16.4 75.3 8.3 1.1
Espanha 11.1 76.2 12.8 53.4 9.0 79.3 11.7 91.6
EUA 6.2 77.8 16.0 206.3 3.3 73.8 22.8 198.8
França 3.8 88.0 8.2 567.7 4.3 79.6 16.1 588.2
Holanda (b) 0.0 100.0 0.0 1.7 9.6 85.0 5.4 9.4
Irlanda 20.1 78.8 1.1 0.5 11.7 86.6 1.7 1.9
Itália 8.6 85.0 6.4 3.9 6.4 81.6 12.0 4.8
Luxemburgo 14.3 83.2 2.5 38.4 11.0 83.6 5.4 56.5
Noruega 9.9 83.7 6.3 0.6 10.2 85.4 4.4 1.1
Reino Unido 17.4 76.2 6.4 32.3 15.8 77.7 6.5 79.2
Suécia 10.1 79.8 10.1 2.3 7.0 74.0 18.9 2.9
Suíça (c) 17.6 81.8 0.6 94.2 .. .. .. 152.6
Nota [..] Dados não disponíveis; (a) dados por amostragem com problemas de fiabilidade, 2000/01 e 2010/11; (b) dados por amostragem
com problemas de fiabilidade, 2000/01; (c) dados por amostragem com problemas de fiabilidade, 2010/11.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores da OCDE, Database on Immigrants in OECD Countries,
DIOC-2000/01 e DIOC-2010/11.
- 273 -
Gráfico 4.4 Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos, por país, segundo o grupo etário,
2000/01 e 2010/11
Nota As barras transparentes indicam que os dados ou não estão disponíveis ou resultam de amostragens com problemas de fiabilidade.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores da OCDE, Database on Immigrants in OECD Countries,
DIOC-2000/01 e DIOC-2010/11.
0 20 40 60 80 100
Canadá
EUA
Espanha
Austrália
Suécia
França
Bélgica
Reino Unido
Itália
Noruega
Dinamarca
Áustria
Luxemburgo
Irlanda
Suíça
Alemanha
Holanda
percentagem
2000/01
15 a 24 anos 25 a 64 anos 65 e mais anos
0 20 40 60 80 100
Canadá
Austrália
EUA
Suécia
França
Itália
Espanha
Bélgica
Dinamarca
Reino Unido
Holanda
Luxemburgo
Noruega
Irlanda
Alemanha
Áustria
Suíça
percentagem
2010/11
15 a 24 anos 25 a 64 anos 65 e mais anos
- 274 -
c. Duração da estadia, por país de residência, 2001 e 2011
A análise dos dados sobre a duração da estadia dos emigrantes portugueses radicados nos
países da OCDE confirma e esclarece melhor os resultados já analisados nas secções
anteriores. Em particular, torna bem claro o contraste entre países de emigração antiga mas
interrompida e países de emigração recente.
No Canadá, EUA e Austrália, não só mais de 90% dos emigrantes que aí viviam em 2001
estavam radicados há mais de dez anos, como essa percentagem subiu em 2011 (com um
valor máximo de 94% no Canadá). Ou seja, a população portuguesa nestes países é não só
antiga como deixou de ser alimentada por novos fluxos há mais de dez anos. Em situação
parecida encontra-se a população emigrada em França: 89% vivia neste país há mais de dez
anos tanto em 2001 como em 2011. Neste caso, porém, é visível a retoma recente da
emigração, embora ainda a níveis muito inferiores aos dos anos 60 do século XX, como é
indicado pelo facto de ter crescido de 4% para 7% a percentagem de emigrantes radicados
no país há menos de cinco anos.
Dinâmicas opostas são evidentes na emigração portuguesa para o Reino Unido e a Irlanda,
Dinamarca e Noruega. Em todos estes casos, a população portuguesa emigrada há mais de
10 anos era inferior a 50% do total em 2011 (com um mínimo de 18% na Irlanda). No Reino
Unido, hoje o principal destino da nova emigração portuguesa, a parte dos emigrantes
portugueses aí radicados há mais de dez anos desceu de 53%, em 2001, para 41%, em 2011,
ao mesmo tempo que subia a percentagem dos radicados há menos de cinco anos, de 21%
para 35%.
Em posição intermédia, destacam-se as populações emigradas em Espanha e na Bélgica,
países em que desceu menos a percentagem dos radicados há mais de dez anos e subiu
menos a percentagem dos que se fixaram na segunda metade da primeira década do século.
No caso de Espanha, o aumento tanto da parte dos portugueses que aí se radicaram há
menos de cinco anos (de 14% para 24%), como daqueles com uma duração da estadia entre
cinco e dez anos (de 8% para 16%)) revela um arranque mais precoce da nova emigração,
logo no início da primeira década do século XXI. [quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 275 -
Quadro 4.5 Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos, por país, segundo a duração
da estadia, 2000/01 e 2010/11
País
2000/2001 2010/2011
Menos
de 5 anos
(percen-
tagem)
5 a 10 anos
(percen-
tagem)
Mais
de 10 anos
(percen-
tagem)
Total
(milhares)
Menos
de 5 anos
(percen-
tagem)
5 a 10 anos
(percen-
tagem)
Mais
de 10 anos
(percen-
tagem)
Total
(milhares)
Alemanha (a) 0.0 0.0 100.0 67.0 0.0 0.0 100.0 76.0
Austrália 2.2 4.6 93.2 14.0 3.8 2.7 93.5 14.6
Áustria .. .. .. .. .. .. .. ..
Bélgica 18.4 25.3 56.4 19.8 28.6 12.7 58.7 26.4
Canadá 1.6 4.9 93.5 151.6 1.8 1.5 96.7 137.8
Dinamarca 26.2 12.5 61.4 0.6 56.8 12.3 30.9 0.9
Espanha 14.2 8.3 77.5 53.0 23.7 16.0 60.3 91.6
EUA 4.6 5.0 90.3 206.3 2.2 3.3 94.5 185.6
França 3.9 7.8 88.3 455.3 6.9 4.0 89.1 475.5
Holanda (b) .. .. .. .. 12.7 19.2 68.1 9.4
Irlanda 70.4 15.7 13.9 0.3 56.3 25.5 18.2 1.2
Itália 27.6 23.4 49.0 2.6 15.9 12.4 71.7 4.8
Luxemburgo 35.5 21.4 43.1 35.6 14.3 15.8 70.0 48.9
Noruega 22.5 12.2 65.3 0.7 51.0 10.3 38.7 1.1
Reino Unido 20.6 26.5 52.9 25.7 34.6 24.4 41.0 77.6
Suécia 10.8 7.0 82.2 2.3 24.3 6.4 69.3 2.8
Suíça (c) 15.2 16.0 68.9 98.1 16.6 16.4 66.9 154.2
Nota [..] Dados não disponíveis; (a) dados por amostragem com problemas de fiabilidade, 2000/01 e 2010/11; (b) dados por amostragem
com problemas de fiabilidade, 2000/01; (c) dados por amostragem com problemas de fiabilidade, 2010/11.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores da OCDE, Database on Immigrants in OECD Countries,
DIOC-2000/01 e DIOC-2010/11.
- 276 -
Gráfico 4.5 Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos, por país, segundo a duração da
estadia, 2000/01 e 2010/11
Nota As barras transparentes indicam que os dados ou não estão disponíveis ou resultam de amostragens com problemas de fiabilidade.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores da OCDE, Database on Immigrants in OECD Countries,
DIOC-2000/01 e DIOC-2010/11.
0 20 40 60 80 100
Canadá
Austrália
EUA
França
Suécia
Espanha
Suíça
Noruega
Dinamarca
Bélgica
Reino Unido
Itália
Luxemburgo
Irlanda
Alemanha
Áustria
Holanda
percentagem
2000/01
Menos de 5 anos 5 a 10 anos Mais de 10 anos
0 20 40 60 80 100
Canadá
EUA
Austrália
França
Itália
Luxemburgo
Suécia
Holanda
Espanha
Bélgica
Reino Unido
Noruega
Dinamarca
Irlanda
Alemanha
Áustria
Suíça
percentagem
2010/11
Menos de 5 anos 5 a 10 anos Mais de 10 anos
- 277 -
d. Nível de instrução, por país de residência, 2001 e 2011
Embora, globalmente, a população portuguesa emigrada fosse, em 2011, mais qualificada do
que em 2001, essa evolução deveu-se, no essencial, à contribuição da nova emigração para
um único país: o Reino Unido, onde o número de emigrados portugueses com o ensino
superior duplicou naqueles dez anos, passando de 19% para 38%. Como no mesmo período
o número total de emigrantes portugueses com mais de 15 anos a residir no Reino Unido foi
também dos que mais cresceu, passando de 29 mil para 79 mil, aquele aumento percentual
traduziu-se num aumento em números absolutos ainda mais expressivo.
Em 2011, a percentagem de emigrantes portugueses com ensino superior era superior a 30%
em quatro países: para além do Reino Unido, na Irlanda, Dinamarca e Noruega (três países,
no entanto, com populações portuguesas emigradas de reduzida dimensão). Na maioria dos
países de destino da emigração portuguesa no espaço da OCDE, a percentagem de
emigrantes residentes com ensino superior não teve aumentos significativos (excetuando,
para além do caso do Reino Unido, os da Noruega e Suécia).
No outro extremo da escala das qualificações, a evolução da percentagem de emigrantes
com mais de 15 anos e apenas o ensino básico é simétrica da analisada nos parágrafos
anteriores. Com uma exceção: no Luxemburgo, a percentagem de emigrantes nascidos em
Portugal que não foram além do ensino básico subiu, entre 2001 e 2011, oito pontos
percentuais, passando de 65% para 73%. Esta evolução em contracorrente confirma o
Luxemburgo como um dos destinos da emigração de trabalho menos qualificado da história
portuguesa recente. Olhando apenas para o ponto de chegada, em 2011, apenas num outro
país era maior (74%) a percentagem de emigrantes nascidos em Portugal com, no máximo, o
ensino básico: a Espanha. No entanto, neste país a percentagem de emigrantes portugueses
com formação superior era três vezes maior do que no Luxemburgo (13% contra 4%), o que
indicia a existência de uma sobreposição de fluxos migratórios para Espanha antes de 2008,
com um fluxo maioritário de migrações de trabalho ainda menos qualificado do que o que se
dirigia para o Luxemburgo, a par de uma migração minoritária mais qualificada. [quadros e
figuras nas páginas seguintes]
- 278 -
Quadro 4.6 Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos, por país, segundo o nível de instrução,
2000/01 e 2010/11
País
2000/2001 2010/2011
Básico
[ISCED97
0/1/2]
(percen-
tagem)
Secundário
[ISCED97
3/4]
(percen-
tagem)
Superior
[ISCED97
5/6]
(percen-
tagem)
Total
(milhares)
Básico
[ISCED97
0/1/2]
(percen-
tagem)
Secundário
[ISCED97
3/4]
(percen-
tagem)
Superior
[ISCED97
5/6]
(percen-
tagem)
Total
(milhares)
Alemanha (a) 72.0 28.0 0.0 67.7 68.4 31.6 0.0 76.0
Austrália 66.4 25.6 8.0 13.6 51.2 33.1 15.7 13.6
Áustria 62.4 25.9 11.7 0.9 .. .. .. ..
Bélgica 71.8 17.5 10.6 14.7 71.1 18.3 10.5 16.7
Canadá 65.3 24.7 10.0 154.0 53.2 30.3 16.5 139.4
Dinamarca 24.2 45.0 30.8 0.5 25.4 40.9 33.6 0.7
Espanha 83.5 9.0 7.5 53.0 74.1 12.9 13.0 90.9
EUA 55.0 34.0 11.0 206.3 47.4 38.9 13.8 185.6
França 74.3 21.6 4.1 567.7 69.8 23.7 6.5 588.2
Holanda (b) 100.0 0.0 0.0 1.7 56.2 32.2 11.6 9.4
Irlanda 28.7 36.6 34.8 0.5 26.5 36.6 36.8 1.8
Itália 64.1 22.2 13.7 3.9 57.3 25.3 17.4 4.8
Luxemburgo 64.8 33.2 2.1 33.0 72.8 23.2 4.1 46.0
Noruega 32.5 53.0 14.5 0.4 33.7 26.4 39.8 0.9
Reino Unido 54.6 26.1 19.3 28.6 34.8 26.9 38.3 79.2
Suécia 37.6 45.5 16.9 2.2 31.7 40.2 28.2 2.6
Suíça (c) 78.6 18.7 2.7 70.5 64.9 28.7 6.4 153.9
Nota [..] Dados não disponíveis; (a) dados por amostragem com problemas de fiabilidade, 2000/01 e 2010/11; (b) dados por amostragem
com problemas de fiabilidade, 2000/01; (c) dados por amostragem com problemas de fiabilidade, 2010/11.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores da OCDE, Database on Immigrants in OECD Countries,
DIOC-2000/01 e DIOC-2010/11.
- 279 -
Gráfico 4.6 Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos, por país, segundo o nível de instrução,
2000/01 e 2010/11
Nota As barras transparentes indicam que os dados ou não estão disponíveis ou resultam de amostragens com problemas de fiabilidade.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores da OCDE, Database on Immigrants in OECD Countries,
DIOC-2000/01 e DIOC-2010/11.
0 20 40 60 80 100
Irlanda
Dinamarca
Reino Unido
Suécia
Noruega
Itália
Áustria
EUA
Bélgica
Canadá
Austrália
Espanha
França
Suíça
Luxemburgo
Alemanha
Holanda
percentagem
2000/01
Básico[ISCED97 0/1/2]
Secundário[ISCED97 3/4]
Superior[ISCED97 5/6]
0 20 40 60 80 100
Noruega
Reino Unido
Irlanda
Dinamarca
Suécia
Itália
Canadá
Austrália
EUA
Espanha
Holanda
Bélgica
França
Luxemburgo
Alemanha
Áustria
Suíça
percentagem
2010/11
Básico[ISCED97 0/1/2]
Secundário[ISCED97 3/4]
Superior[ISCED97 5/6]
- 280 -
e. Condição perante o trabalho, por país de residência, 2001 e 2011
Os dados sobre a condição perante o trabalho revelam que nos principais países da
emigração mais antiga (Canadá e EUA, sobretudo), a percentagem de inativos entre os
portugueses emigrados era elevada, da ordem dos 40%, provavelmente reformados na sua
maioria tendo em conta os dados sobre a idade e duração da estadia dos emigrantes
analisados nas secções anteriores. Pelo contrário, no principal destino da emigração atual, o
Reino Unido, esse valor não ultrapassava os 25%. Este era também, entre os principais
países de emigração para os quais há dados fiáveis, um daqueles em que era maior a
percentagem de portugueses emigrados ativos com emprego: 67%, valor apenas
ligeiramente superado, entre os países de destino com populações portuguesas emigradas
mais numerosas, no caso do Luxemburgo (68%).
Merecem ainda destaque, nestes dados, os elevados valores do desemprego observáveis nas
populações portuguesas emigradas em dois países particularmente afetados pela crise
financeira e económica iniciada em 2008: a Espanha (23%) e a Irlanda (18%). Em mais
nenhum caso se encontram percentagens de desemprego com dois dígitos. A população
portuguesa emigrada na Irlanda é pequena (da ordem dos dois mil indivíduos). Espanha,
pelo contrário, é um dos principais países de destino da emigração portuguesa, com cerca de
100 mil residentes nascidos em Portugal. Consequência da elevada concentração dos novos
emigrantes portugueses em Espanha, na primeira década do século, na área da construção,
a mais afetada pela crise e pelas políticas de austeridade seguidas desde então,
nomeadamente em termos de emprego, a situação social revelada por estes números é
provavelmente a mais grave hoje detetável em toda a emigração portuguesa.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
- 281 -
Quadro 4.7 Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos, por país, segundo a condição perante
o trabalho, 2000/01 e 2010/11
País
2000/2001 2010/2011
Empre-
gado
(percen-
tagem)
Desem-
pregado
(percen-
tagem)
Inativo
(percen-
tagem)
Total
(milhares)
Empre-
gado
(percen-
tagem)
Desem-
pregado
(percen-
tagem)
Inativo
(percen-
tagem)
Total
(milhares)
Alemanha (a) 84.0 0.0 16.0 63.0 90.6 0.0 9.4 64.4
Austrália 57.7 4.0 38.3 14.8 56.5 2.6 40.9 14.8
Áustria 70.7 8.7 20.6 0.9 .. .. .. ..
Bélgica 57.2 10.7 32.1 16.3 54.8 6.2 39.0 26.4
Canadá 60.6 2.4 37.0 154.0 53.6 3.1 43.3 139.3
Dinamarca 56.9 3.6 39.4 0.6 49.6 2.3 48.1 1.1
Espanha 46.6 9.4 44.0 53.4 45.9 22.6 31.6 91.0
EUA 59.0 3.0 38.0 206.3 56.9 4.4 38.7 198.5
França 66.5 7.9 25.6 567.7 61.5 5.0 33.5 588.2
Holanda (b) .. .. .. .. 70.0 4.4 25.7 9.4
Irlanda 72.3 8.5 19.2 0.5 65.8 17.8 16.3 1.9
Itália 48.9 6.6 44.5 3.9 50.2 6.6 43.2 4.8
Luxemburgo 72.6 2.5 24.9 38.4 68.4 6.0 25.6 52.0
Noruega 57.5 3.3 39.2 0.7 70.2 2.7 27.1 1.1
Reino Unido 63.5 4.7 31.8 31.3 67.3 7.4 25.3 79.2
Suécia 51.8 2.6 45.5 2.5 50.2 7.7 42.1 2.8
Suíça (c) 82.4 3.7 14.0 94.2 84.5 4.8 10.8 152.6
Nota [..] Dados não disponíveis; (a) dados por amostragem com problemas de fiabilidade, 2000/01 e 2010/11; (b) dados por amostragem
com problemas de fiabilidade, 2000/01; (c) dados por amostragem com problemas de fiabilidade, 2010/11.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores da OCDE, Database on Immigrants in OECD Countries,
DIOC-2000/01 e DIOC-2010/11.
- 282 -
Gráfico 4.7 Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos, por país, segundo a condição perante
o trabalho, 2000/01 e 2010/11
Nota As barras transparentes indicam que os dados ou não estão disponíveis ou resultam de amostragens com problemas de fiabilidade.
Fonte Gráfico elaborado pelo Observatório da Emigração, valores da OCDE, Database on Immigrants in OECD Countries,
DIOC-2000/01 e DIOC-2010/11.
0 20 40 60 80 100
Suécia
Itália
Espanha
Dinamarca
Noruega
Austrália
EUA
Canadá
Bélgica
Reino Unido
França
Luxemburgo
Áustria
Irlanda
Suíça
Alemanha
Holanda
percentagem
2000/01
Empregado Desempregado Inativo
0 20 40 60 80 100
Dinamarca
Canadá
Itália
Suécia
Austrália
Bélgica
EUA
França
Espanha
Noruega
Holanda
Luxemburgo
Reino Unido
Irlanda
Alemanha
Áustria
Suíça
percentagem
2010/11
Empregado Desempregado Inativo
- 283 -
1. RELATÓRIO ESTATÍSTICO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA
1.5 As remessas dos emigrantes
- 284 -
Remessas recebidas em 2014
De acordo com dados divulgados pelo Banco de Portugal, em 2014, o valor das remessas dos
emigrantes enviadas para o nosso país foi ligeiramente superior a três mil milhões de euros,
€3.057.270,00, representando cerca de 1.75% do PIB naquele ano.
Regista-se um aumento de 1.37% no valor global das divisas enviadas, comparativamente a
2013, ano que totalizou €3.015.777,00.
Os dois países onde reside o maior número de portugueses emigrados, França e Suíça,
constituem a origem de mais de metade do total de remessas, 28.9% e 26.6%,
respetivamente. No caso da Suíça regista-se um aumento de 10.1% em relação a 2013.
O terceiro país é Angola, de onde são originárias 8.1% das remessas recebidas. De referir que
este país assistiu, em 2014, a uma diminuição no valor global das divisas na ordem dos
18.5%, fenómeno justificável pela situação económica vivida em Angola. Os segundos e
quartos trimestres do ano em análise são os que registam os valores mais reduzidos, com
menos 30% em comparação com os períodos homólogos. Apesar deste ciclo descendente,
Angola representa 91.8% do total das remessas provenientes de África e 96.3% dos PALOP.
Tendo ocupado a 6ª posição em 2013, atrás da Alemanha e Espanha, o Reino Unido surge,
em 2014, como o 4º país com o maior volume de transferências, representando 6.6% do
total, com um crescimento de 29.4% face ao ano anterior. Este facto deve-se sobretudo ao
aumento da comunidade portuguesa, tendo o Reino Unido registado o maior fluxo de
entrada de cidadãos nacionais (30,121).
Alemanha, Espanha e Estados Unidos da América são os países que ocupam as posições
seguintes, todos com valores acima dos 100 milhões de euros anuais.
Abaixo dos 100 milhões surgem o Luxemburgo, Bélgica, Canadá, Holanda e Brasil.
Fazendo uma análise das posições ocupadas pelos países que registam o maior volume de
remessas nos anos de 2013 e 2014 e tendo presente as respetivas percentagens face ao
valor global, poderemos afirmar que a maior alteração consiste no crescimento do Reino
Unido e ligeira subida da Venezuela e da África do Sul que, em 2014, voltam a integrar o
grupo dos 15 principais países emissores de remessas conforme quadro infra.
- 285 -
Ranking 2014 2013
2014/2013 Países % %
1º/1º França 28,9 29,7
2º/2º Suíça 26,6 24,5
3º/3º Angola 8,1 10,1
4º/6º Reino Unido 6,6 5,2
5º/4º Alemanha 6,3 6,5
6º/5º Espanha 5,5 5,2
7º/7º EUA 5,3 4,7
8º/8º Luxemburgo 3,1 2,9
9º/9º Bélgica 2,5 2,2
10º/11º Canadá 2,1 1,4
11º/10º Holanda 1,2 2,0
12º/13º Brasil 0,9 0,5
13º/14º Suécia 0,3 0,3
14º/18º Venezuela 0,3 0,2
15º/19º África do Sul 0,3 0,2
Fonte: Banco de Portugal (10/03/2015)
Analisando os dados disponíveis poderemos constatar que, entre 2005 e 2007, verificou-se
um aumento do volume das remessas e que, a partir de 2008 se assiste a um decréscimo só
interrompido em 2010, quando são retomados valores semelhantes aos de anos anteriores.
Da análise global poderemos considerar que em 2014 as remessas cresceram 1.37% e 11.1%
face a 2013 e 2012 respetivamente, atingindo o valor mais alto da última década, com mais
41,493 milhões de euros do que em 2013.
Em 2014 os países da União Europeia representam cerca de 55.3% do total das remessas
verificando-se, neste caso, uma ligeira quebra de 0.09% face ao ano anterior conforme
quadro infra.
- 286 -
Evolução das Remessas de 2005 a 2014
Ano Total Variação Total Total UE Variação UE % UE face ao total
2005 2.277.231 1.384.835 60,8
2006 2.420.267 143.036 1.499.972 115.137 51,9
2007 2.588.497 168.230 1.635.701 135.729 63,1
2008 2.484.680 -103.817 1.544.996 -90.705 62,1
2009 2.281.866 -202.814 1.397.546 -147.450 61,2
2010 2.425.899 144.033 1.412.908 15.362 58,7
2011 2.430.491 4.592 1.354.056 -58.852 55,7
2012 2.749.461 290.853 1.512.499 158.393 55
2013 3.015.777 266.316 1.693.353 180.854 56,1
2014 3.057.270 41.493 1.691.690 -1.663 55,3
Fonte: Banco de Portugal/ milhões de euros
Do quadro infra constam os principais países de onde provêm as remessas dos emigrantes
portugueses, tendo em conta a sua percentagem e respetivo acumulado.
Assinala-se que do total, 89.7% têm origem em países da OCDE, 55.3% em países da União
Europeia (27), 48.2% na Zona Euro (15) e, finalmente, dos PALOP com 8.4%.
- 287 -
Remessas recebidas em Portugal por país de origem das transferências, 2014
(euros, milhares)
Países
Valor
Percentagem
Percentagem acumulada
França 882.180 28,9 28,9
Suíça 812.810 26,6 55,4
Angola 247.960 8,1 63,6
Reino Unido 202.220 6,6 70,2
Alemanha 193.340 6,3 76,5
Espanha 166.930 5,5 82,0
EUA 162.860 5,3 87,3
Luxemburgo 95.150 3,1 90,4
Bélgica 77.900 2,5 92,9
Canadá 62.890 2,1 95,0
Holanda 37.160 1,2 96,2
Brasil 26.830 0,9 97,1
Suécia 9.340 0,3 97,4
Venezuela 9.190 0,3 97,7
África do Sul 8.760 0,3 98,0
Áustria 7.250 0,2 98,2
Irlanda 6.720 0,2 98,4
Noruega 5.140 0,2 98,6
Moçambique 4.580 0,1 98,8
Austrália 4.540 0,1 98,9
Itália 4.370 0,1 99,0
Dinamarca 3.260 0,1 99,2
Cabo Verde 3.000 0,1 99,3
China 2.030 0,1 99,3
Japão 1.960 0,1 99,4
Roménia 1.630 0,1 99,4
Guiné-Bissau 1.610 0,1 99,5
Finlândia 1.310 0,0 99,5
Rússia 1.180 0,0 99,6
República Checa 920 0,0 99,6
Argentina 910 0,0 99,6
Ucrânia 870 0,0 99,7
Hungria 830 0,0 99,7
Islândia 580 0,0 99,7
Emirados Árabes Unidos 390 0,0 99,7
Polónia 370 0,0 99,7
Índia 340 0,0 99,7
Turquia 250 0,0 99,7
São Tomé e Príncipe 250 0,0 99,8
Arábia Saudita 220 0,0 99,8
Timor Leste 210 0,0 99,8
- 288 -
Eslováquia 190 0,0 99,8
Grécia 170 0,0 99,8
República da Coreia 170 0,0 99,8
México 140 0,0 99,8
Bulgária 120 0,0 99,8
Nova Zelândia 120 0,0 99,8
Guiné Equatorial 120 0,0 99,8
Egito 90 0,0 99,8
Lituânia 80 0,0 99,8
Estónia 70 0,0 99,8
Chipre 60 0,0 99,8
Croácia 60 0,0 99,8
Malta 40 0,0 99,8
Argélia 30 0,0 99,8
Letónia 10 0,0 99,8
Outros 5.560 0,2 100,0
TOTAL 3.057.270 100,0 —
OCDE 2.741.860 89,7 —
PALOP 257.410 8,4 —
UNIÃO EUROPEIA (UE27) 1.691.690 55,3 —
ZONA EURO (15) 1.472.860 48,2 —
Fonte: Banco de Portugal (10/03/2015)
- 289 -
O quadro infra apresenta a evolução das remessas, por país, desde 2009 a 2014.
Países
2009 2010 2011 2012 2013 2014
Total
2.281.866
2.425.899
2.430.491
2.749.461
3.015.777
3.057.270
África do Sul 5.108 6.708 8.196 7.857 6.558 8.760
Alemanha 120.865 120.416 113.420 172.943 197.247 193.340
Angola 103.475 134.874 147.322 270.687 304.328 247.960
Arábia Saudita 420 652 792 588 826 220
Argélia 72 54 60 47 42 30
Argentina 1.002 1.024 329 388 449 910
Austrália 3.798 3.192 2.975 4.168 3.221 4.540
Áustria 3.981 6.079 6.975 7.729 9.167 7.250
Bélgica 30.986 34.417
38.081 52.019 67.205 77.900
Brasil 8.909 10.594 8.734 10.733 16.524 26.830
Bulgária 127 293 193 256 527 120
Cabo Verde 2.455 3.122 2.833 2.389 3.438 3.000
Canadá 41.870 46.248 40.223 45.900 42.792 62.890
China 485 1.389 491 580 1.669 2.030
Chipre 881 655 961 1.246 982 60
Croácia .. .. .. .. 50 60
República da Coreia 123 113 123 135 99 170
Dinamarca 3.899 4.630 3.204 4.610 6.024 3.260
Egito 330 138 364 366 180 90
Emirados Árabes Unidos 2.920 4.040 390
Eslováquia 149 158 246 352 573 190
Eslovénia 134 175 163 239 398 20
Espanha 123.816 111.033 88.409 129.910 156.697 166.930
EUA 127.275 129.980 130.423 135.553 140.320 162.860
Estónia 107 164 156 280 673 70
Finlândia 2.473 2.870 2.717 2.569 3.800 1.310
França 887.445 899.158 867.606 846.149 894.932 882.180
Grécia 1.188 1.316 928 1.218 1.118 170
Guiné-Bissau 318 267 235 246 526 1.610
Guiné Equatorial 10 180 120
Holanda 17.666 22.478 27.150 45.468 61.053 37.160
Hungria 265 304 379 439 684 830
Índia 179 271 288 397 571 340
Irlanda 5.722 5.697 6.521 6.850 8.753 6.720
Islândia 142 127 69 116 252 580
Itália 12.399 14.739 13.303 20.013 22.136 4.370
- 290 -
Fonte: Banco de Portugal (10/03/2015) – Valores em milhares de euros
Países 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Japão 600 613 800 658 1.159 1.960
Letónia 191 353 452 882 667 10
Lituânia 85 102 122 163 229 80
Luxemburgo 82.287 84.475 67.848 74.532 86.937 95.150
Malta 86 169 524 690 944 40
México 206 346 931 513 618 140
Moçambique 2.424 2.741 4.654 5.003 7.560 4.580
Noruega 2.562 3.346 4.264 5.005 5.834 5.140
Nova Zelândia 163 136 106 136 96 120
Polónia 2.278 2.127 2.248 2.536 3.168 370
Reino Unido 94.824 94.621 105.314 130.487 156.227 202.220
República Checa 342 383 514 1.009 1.193 920
Roménia 1.051 991 1.057 999 1.789 1.630
Rússia 331 610 635 1.060 1.390 1.180
São Tomé e Príncipe 195 126 270 338 687 250
Suécia 4.298 5.107 5.564 8.910 10.175 9.340
Suíça 530.879 612.659 680.734 697.326 738.128 812.810
Timor Leste 780 320 210
Turquia 349 1.015 713 705 794 250
Ucrânia 274 188 222 315 403 870
Venezuela 19.421 15.784 9.258 12.098 6.974 9.190
Outros 30.259 35.738 29.448 32.313 35.355 5.540
OCDE 2.102.850 2.208.853 2.213.095 2.399.245 2.622.437 2.741.860
PALOP 108.867 141.129 155.315 278.664 316.539 257.410
União Europeia (UE27) 1.397.546 1.412.908 1.354.056 1.512.499 1.693.353 1.691.690
Zona Euro (15) 1.290.078 1.303.833 1.235.009 1.362.207 1.512.615 1.472.860
- 291 -
Remessas de Emigrantes 2014 – Principais países
Fonte: Banco de Portugal (10/03/2015)
Volume das remessas dos emigrantes desde 1998 a 2014
Fonte: Banco de Portugal (10/03/2015)
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
700.000
800.000
900.000
0
500.000
1.000.000
1.500.000
2.000.000
2.500.000
3.000.000
3.500.000
4.000.000
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
- 292 -
2. A POLÍTICA DA LÍNGUA E CULTURA DO INSTITUTO CAMÕES
2.1 A ação dos serviços de Língua e Cultura
- 293 -
a. A ação dos serviços de língua e cultura
Os programas e atividades da Direção de Serviços de Língua e Cultura (DSLC) estiveram
em harmonia com as orientações contidas nas Grandes Opções do Plano para 2014 em
matéria de Política Externa, que relevam a “aposta na língua portuguesa”, a “reforma
do ensino português no estrangeiro”, a “promoção e difusão do português como língua
global” e o “reforço da cooperação com países cuja planificação linguística integra ou
prevê integrar o português como língua curricular”, bem como do Plano de Ação de
Lisboa. Nestes termos, os programas e atividades visaram potenciar os interesses de
Portugal no Mundo, reforçar a aposta na Língua Portuguesa (LP) enquanto vetor
estratégico, nomeadamente na aproximação às comunidades portuguesas,
participando ainda na política de cooperação para o desenvolvimento.
Os programas que foram alvo de execução por parte da DSLC são os que abaixo se
identificam e UO responsáveis pela sua execução:
Programa Unidade (s) Orgânica (S) Responsável (EIS)
P1 – Programa Português no Mundo
Divisão de Coordenação do Ensino Português no Estrangeiro
(DCEPE)
Divisão de Programação, Formação e Certificação (DPFC)
P2 – Programa Português Língua de
Herança
P3 – Educação e Desenvolvimento
P4 – Ação Cultural Externa Divisão de Ação Cultural Externa (DACE)
P5 - Cultura e Desenvolvimento
P6 – Centro Virtual Camões DPFC
Do conjunto das atividades, destaca-se como principais resultados:
- 294 -
Síntese – 10 Principais resultados
1. Divulgação, promoção e ensino da língua e da cultura portuguesas em 82
países.
2. Apoio à realização de 1,071 ações culturais pela rede externa, representando
um aumento de 22.4% relativamente ao ano transato.
3. Envio de núcleos bibliográficos, audiovisuais e expositivos para 40 países,
num total de 13,691 títulos.
4. Cooperação com 319 instituições do ensino superior e organizações
internacionais.
5. Rede oficial de ensino pré-escolar, ensinos básico e secundário presente em
13 países, com 317 professores do quadro de pessoal do Camões, I.P.,
atingindo 2,917 cursos ministrados em 961 instituições e abrangendo 44,163
alunos.
6. Rede apoiada de ensino pré-escolar, ensinos básico e secundário presente
em 4 países (EUA, Canadá, Venezuela e Austrália), englobando 566
professores locais, que ministram cursos em 261 instituições abrangendo
28,716 alunos.
7. Criação de projetos-piloto de introdução do português como língua de opção
curricular do ensino secundário em 5 novos países europeus (Bulgária,
Croácia, Noruega, República Checa e Roménia).
8. Formação inicial de 3,474 professores de língua portuguesa (Língua
Estrangeira).
9. Realização de 590 atividades de promoção da leitura, envolvendo 21,023
alunos.
10. Certificação das aprendizagens EPE em 12 países, realizadas por 3,852 alunos,
um crescimento de 20% em relação ao ano anterior.
- 295 -
b. Programa Português no Mundo – P1
O programa “Português no Mundo” desenvolve-se no espaço
europeu, norte-americano e, parcialmente, o asiático (Coreia do Sul
e Japão), integrando projetos de ensino e investigação em 32 países.
Nos domínios da investigação e do ensino superior, elencam-se os
projetos que integram este programa e respetivos resultados:
Projeto Nº de
países
Nº de
instituições
Nº de leitores,
docentes e
investigadores
Nº de estudantes
Formação superior de quadros de língua
e cultura portuguesas 25
198 233
9.622
Formação superior de quadros em língua
portuguesa — diferentes áreas do saber
e profissionais
25 25.345
Ensino do português língua do
quotidiano e para fins específicos 22 5.764
Investigação em língua e cultura
portuguesas
Apoio à investigação: 27 Cátedras (ver anexo com identificação
de projetos nas áreas das literaturas e artes).
Programa de investigação em universidades portuguesas: 11
bolseiros.
Curso em “Estudos Pós-Coloniais”(CVC): 16 investigadores.
Total de estudantes 40.699
Acrescem 206 formandos como a seguir se identificam, atingindo o número global de
40,905 formandos:
185 Formandos que frequentaram cursos
de formação à distância — “Português Língua do
Quotidiano” e “Português para Fins Específicos”
(área de “Negócios”), oferecidos pelo Centro
Virtual Camões na área da aprendizagem de PLE;
11 Bolseiros Camões, I.P. que
- 296 -
frequentaram cursos anuais de língua e cultura portuguesas, em universidades
portuguesas;
10 Bolseiros em cursos de verão de imersão linguística.
No domínio do PLE no ensino secundário, é de salientar o interesse recente de escolas
de vários países em introduzir a Língua Portuguesa. Trata-se de um projeto-piloto
sendo estas escolas coadjuvados por este Instituto quer no contexto de apoio
pedagógico aos professores, quer através de apoio bibliográfico. São as seguintes as
escolas que promoveram a aprendizagem de PLE, com o apoio do Camões, I.P.:
País Cidade Escola
Bulgária
Sófia
Escola Miguel de Cervantes
Escola Lamartine
Plovdid Escola A. Saint-Exupéry
Veliko Ternovo Escola V. Blagoeva
Croácia
Zagreb
Klasicna Gimnazija de Zagreb (Liceu Clássico de Zagreb)
Gimnazija de Zagreb (Liceu nº 2 de Zagreb
VII Gimnazija de Zagreb (Liceu nº 7 de Zagreb)
XVI Gimnazija de Zagreb (Liceu nº 16 de Zagreb)
Noruega
Oslo Escola Secundária Arendal
Hedmark Escola Secundária Trysil
Rep. Checa Praga Escola Secundária de Jan Neumann (Ceské Budejovice)
Roménia
Bucareste Liceu Mihai-Eminescu
Liceu Eugen Lovinescu
Cluj Napoca Liceu de Foscani
No contexto multilateral, o Camões, I.P. mantém cooperação em projetos que
constituem mais-valias para a internacionalização da língua portuguesa, em particular
no quadro da CPLP, nomeadamente no âmbito de projetos coordenados pelo Instituto
Internacional da Língua Portuguesa (IILP) e da monitorização do Plano de Ação de
Lisboa.
- 297 -
Destaca-se a colaboração no Portal do Professor de Português Língua Estrangeira,
projeto concebido, desenvolvido, alimentado e gerido de forma multilateral através do
IILP, funcionando como instrumento de cooperação entre os EM da CPLP. O Camões,
I.P. produziu 90 unidades didáticas que constituem o contributo português para o
lançamento desta plataforma.
- 298 -
c. Programa Português Língua de Herança – P2
As ações do Camões, I.P. no âmbito do Português Língua de Herança (PLH)/Espaço de
Diáspora foram dirigidas a públicos escolares do ensino básico e secundário. Os
projetos e ações foram desenvolvidos em torno da LP enquanto fator identitário das
diásporas. Na rede de ensino apoiada pelo Camões, I.P., integra-se a Rede oficial –
presente em 13 países, com 317 professores do quadro de pessoal do Camões, I.P.,
atingindo 2,917 cursos ministrados em 961 instituições e abrangendo 44,163 alunos –
e a Rede apoiada – presente em 4 países (EUA, Canadá, Venezuela e Austrália),
englobando 566 professores locais, que ministram cursos em 261 instituições
abrangendo 28,716 alunos.
Neste Programa, tem prosseguido o apoio a três projetos que têm como objetivo a
qualificação do Ensino Português no Estrangeiro: (i) Plano de Incentivo à Leitura, (ii)
Certificação das Aprendizagens, e (iii) Formação Contínua de Professores.
Plano de Incentivo à Leitura
Ao longo de 2014, foram dinamizadas um total de 590
atividades de promoção da leitura, algumas com mais do que
uma realização, que envolveram um total de 21,023 alunos.
O “Plano de Incentivo à Leitura” inclui um conjunto de
iniciativas que permitem desenvolver com os alunos ações continuadas de promoção
da leitura, com os seguintes objetivos: (i) estimular o gosto pela leitura; (ii) aumentar o
conhecimento de autores e de obras de literaturas de expressão portuguesa; (iii) criar
e/ou desenvolver hábitos de leitura autónoma; (iv) desenvolver competências de
escrita, associadas às práticas de leitura e (v) incentivar a participação de pais e
Encarregados de Educação.
- 299 -
As ações/iniciativas levadas a cabo neste âmbito foram articuladas em três eixos: (i)
Ler em família, (ii) Ler na escola, (iii) Ler na
comunidade.
Referir ainda o Concurso de Leitura e Escrita “Quem
conta um conto…ao modo de Saramago?”, em
articulação com o Plano Nacional de Leitura, a Leya e a
Fundação José Saramago, bem como o Concurso Internacional de Leitura e o III
Concurso Internacional de escritores infantojuvenis lusófonos La Atrevida.
Os docentes promoveram, ainda, livremente outras ações inseridas na programação
das suas atividades letivas, destacando-se (i) encontros com escritores; (ii) recitais de
poesia; (iii) outros concursos; (iv) hora do conto; (v) dia/semana da leitura nas escolas;
(vi) feiras do livro, (vii) constituição de bibliotecas de turma.
De referir, o envio de 618 bibliotecas para as Coordenações de Ensino da rede (CEPE),
distribuídas de acordo com as necessidades identificadas localmente relativamente à
quantidade e ao tipo de biblioteca (Bibliotecas 1, 2 ou 3).
Certificação das aprendizagens
Foram produzidas, em 2014, 40 provas para
aplicação em quatro épocas de exame, com
um conjunto significativo de materiais de
apoio: material complementar, gravações
áudio, guiões de apoio a júris locais e professores. As provas foram realizadas em 12
países por 3,852 alunos, em 52 centros de exame com 290 salas, apoiadas por cerca de
250 docentes da rede do ensino básico e secundário, operação coordenada pelos júris
locais em articulação com a DPFC. Em relação a 2013, verificou-se um aumento de 20%
no número de alunos a realizar exames.
- 300 -
Formação de professores de português língua de herança
Na linha das boas práticas europeias definidas pela EAQUALS (Evaluation and
Accreditation of Quality in Language Services), de que o Camões, I.P. é membro
associado, foram definidos dois eixos estruturantes para o plano de formação de
professores que enquadraram as propostas de ações de formação das coordenações
de ensino (CEPE), tendo em conta o diagnóstico de formação realizado por cada uma:
(i) competências chave de ensino; (ii) competências operacionais (nas quais se inclui a
competência cultural, a consciência linguística e a utilização de meios digitais).
No ano letivo de 2013/14, foram realizadas 308 horas de formação pelas CEPE que
envolveram 836 formandos, de acordo com o quadro seguinte:
Formação 2014
Continente Nº Total Horas de Formação Nº Total Formandos
África 76 136
América 44 240
Europa 163 453
Oceânia 25 7
Total 2014 308 836
Da responsabilidade DSLC/DPFC, através de cursos a distância, foram ainda realizadas
150 horas de formação (3 cursos de 50 horas) que abrangeram 122 formandos. No
total, tiveram formação 948 professores, dos quais 73.95% da rede oficial e 26.05% da
rede apoiada.
Neste Programa, importa ainda referir as ações para a integração curricular dos cursos
de português no ensino básico e secundário, objetivo essencial da política
desenvolvida pelo Camões, I.P., em particular nos países em que grande parte da
população escolar tem o português como língua estrangeira, passando os países a
suportar, em muitos casos, os custos com os professores.
Neste âmbito, há a referir o contributo à implementação de medidas com vista ao
ensino curricular do Português Língua Estrangeira (PLE) no ensino básico e secundário,
através da celebração de Memorandos de Entendimento com as autoridades
- 301 -
educativas dos países parceiros. Em 2014, concluíram-se as negociações e foi assinado
o MdE com a Comunidade Autónoma da Andaluzia.
- 302 -
d. Educação e Desenvolvimento – P3
Este programa abrange os espaços da CPLP em que o português é Língua Segunda
(PLS) e os países do espaço Ibero-americano, da África Austral e Magrebe que, embora
ensinem o português como Língua Estrangeira (PLE), mantêm um enquadramento
educativo como países em desenvolvimento. Neste programa, inserem-se também os
projetos em organizações Internacionais de âmbito multilateral no espaço geopolítico
que abrange.
Português Língua Segunda (PLS)
Em 2014, foram desenvolvidos, nos Estados Membros da CPLP — Angola, Brasil, Cabo
Verde, Guiné-Bissau, Moçambique. S. Tomé e Príncipe e Timor-Leste, os seguintes
projetos transversais a todos ou parte dos países, abrangendo 21,184 formandos:
Projetos
País
Resultados Nº Estudantes
/ Formandos / Projetos
Formação Inicial de Professores de LP –
Ensino Básico (2º e 3º ciclos) e Secundário
Angola; Cabo Verde; Guiné-Bissau;
Moçambique; S. Tomé e Príncipe e
Timor Leste
4.099
Formação Contínua de Professores de LP
– Ensino Básico (2º e 3º ciclos) e
Secundário
Guiné-Bissau
1.827
Formação de Professores em LP – Ensino
Básico (2º e 3º ciclos) e Secundário
Angola; Cabo Verde; Guiné-Bissau;
Moçambique; S. Tomé e Príncipe e
Timor Leste
15.258
Graduação em Estudos Portugueses –
Mestrado e Doutoramento
Brasil
Cabo Verde
1.706
Investigação
Brasil Moçambique
6 Cátedras (1)
1 Centro de Estudos
Programa de investigação em universidades portuguesas: 3
bolseiros.
(1) Foi criada uma nova Cátedra na Universidade de Cabo Verde que começará a funcionar em 2015.
- 303 -
Cátedras
Projetos / Linhas de investigação
Seminários
Publicações
Ensino do
Português
LS/LE
(Univ.
Eduardo
Mondlane)
Observatório de Neologismos da LP. de
Moçambique
Vocabulário Ortográfico da LP. de
Moçambique
Didática do Português L2
Dicionário de Regências Verbais da LP. de
Moçambique
Comunidade moçambicana bilingue
línguas bantu/português
"Ler e interpretar, com
prazer"
Didática do Port. L2 -
Pequenos Projetos
Cadernos de
Pesquisa (em
preparação)
Revista Científica
da UEM - Número
temático (em
preparação)
Fidelino de
Figueiredo
(Univ. da
Bahia)
Na órbita do patrono
Cultura e literatura luso afro-brasileira
História e memória
Lusofonia e multiculturalismo
Colonialismo e pós-colonialismo
Estudos intersemióticos
Assimilação e metamorfose de modelos
literários
Jaime
Cortesão
(Univ. de São
Paulo)
História Medieval Portuguesa
Dimensões do Império português:
investigação sobre as estruturas e
dinâmicas do Antigo Sistema Colonial
(FAPESP)
Movimentação de pessoas, ideias,
instituições e riquezas no mundo de
língua portuguesa: história e
historiografia (séculos XIX - XX)
Estruturas políticas nos quadros do Antigo
Sistema Colonial
Dinâmicas Económicas e Sociais no Império
português do Atlântico
Cultura e sociedade no âmbito do Império
português
Religião e evangelização
Padre
António
Vieira
(PUC Rio de
Janeiro)
Cânones e Margens na Literatura
Brasileira e Portuguesa
Tradição e Rutura nas Literaturas
Portuguesa e Brasileira
Aspetos da língua portuguesa nas várias
fases da sua história
O Papel do Intelectual nas Sociedades
Moderna e Pós-Moderna Literatura e
Experiência Urbana
Realismo, Realismos: matrizes e
transformações
Partilhas do real, paisagens do comum:
literatura, experiência e quotidiano nos
espaços de língua portuguesa
Neorrealismo português: proposições,
polémicas, redefinições
O escritor e o intelectual na sociedade
moderna e pós-moderna
Representações da cidade na literatura e na
cultura mediática
- 304 -
Agostinho da
Silva (Univ.
de Brasília)
Estudos literários comparados (Linha de
pesquisa do Programa de Pós-Graduação
em Literatura)
Quartas Dramáticas: o teatro em língua
portuguesa
Literatura e marginalidade nas narrativas de
Língua Portuguesa
Literatura e nação: diálogos transatlânticos na
ficção de língua portuguesa
A literatura açoriana: ontem e hoje
Centro de
Estudos Luso-
Afro-
Brasileiros
(Univ. de
Minas Gerais)
II Simpósio de Língua
Port. e Literatura:
Interceções
Simpósio Realismo e
novos realismos nas
literaturas africanas de
LP
Simpósio O monstro está
presente: uma leitura
pós-colonial do Adamas-
tor
Revista SCRIPTA
Nº 34 e 35
Cadernos CESPUC
de Pesquisa Nº 24
– Romance e
entrelaçamentos
De registar ainda neste mesmo espaço – e pela mais-valia que traz à valoração da
Língua Portuguesa – a cooperação da DSLC nos seguintes projetos cujo apoio ou
operacionalização teve início em 2014:
Cabo Verde – Mestrado em Ensino de Português Língua Segunda e Língua
Estrangeira: Apoio na lecionação e acompanhamento;
Guiné-Bissau — Projeto Fundação Fé e Cooperação (FEC): Apoio na seleção de
coordenador científico-pedagógico e de docentes de Português; elaboração de
prova de posicionamento linguístico dos professores de português;
S. Tomé e Príncipe — Projeto Escola +: Análise dos textos de apoio em
circulação; apoio na seleção de coordenador científico-pedagógico e de
docentes de Português; revisão científica das ações de formação da área de
língua portuguesa;
Moçambique – apoio à 2ª edição do
Mestrado em Interpretação de Conferência da
Universidade Pedagógica em Maputo,
Moçambique, frequentado por 11 formandos,
em colaboração com a Faculdade de Letras de Lisboa;
- 305 -
Timor-Leste – criação do Instituto de Língua Portuguesa (ILP) da UNTL– cujo
Coordenador Científico e Pedagógico é um docente do Camões, I.P. que
coordena 10 docentes selecionados pelo Camões, I.P. – e apoio ao Consultório
da Língua Portuguesa através da disponibilização de plataforma de e-learning
do Camões I.P. para várias valências.
Guiné Equatorial -atribuição de 10 bolsas a diplomatas / técnicos superior do
Ministério dos Negócios Estrangeiros daquele país para frequência de curso
intensivo de LP, organizado especialmente pela Universidade Nova de Lisboa,
com duração de três meses.
Português Língua Estrangeira (PLE)
Nos espaços ibero-americano, da África austral, do Magrebe e da Ásia, em que os
projetos de ensino têm o português como língua estrangeira, os projetos
desenvolveram-se em 25 países e abrangeram 17,651 formandos:
Projeto (1) Nº de
países
Nº de leitores, docentes e
investigadores
Nº de estudantes
Formação superior de quadros de
língua e cultura portuguesas
16
136
3.083
Formação superior de quadros em
língua portuguesa — diferentes áreas
do saber e profissionais
19 7.946
Ensino do português língua do
quotidiano e para fins específicos
17 6.622
Investigação em língua e cultura
portuguesas
Nas regiões em pauta funcionam 3 Cátedras, cuja identificação
e projetos em desenvolvimento no ano de 2014 se apresentam em
anexo.
Estiveram em investigação, em universidades portuguesas, 8
bolseiros.
Total estudantes 17.651
(1) Neste cômputo não foi incluída a Espanha, integrada no programa “Português no Mundo”.
A este número global acrescem (i) 32 bolseiros que frequentaram cursos anuais de
língua e cultura portuguesas, em universidades portuguesas e (ii) 8 bolseiros em cursos
de imersão linguística, no verão.
- 306 -
A formação inicial e ou contínua de professores de PLE abrangeu os seguintes países e
alunos:
Espaço geopolítico País Nº Alunos / Formandos
Ibero-Americano
Espanha
3.713 Argentina
México
Uruguai
África Austral Namíbia 465
Senegal
Total 4.178
A este número acrescem 124 professores que frequentaram cursos de formação a
distância oferecidos pelo Centro Virtual Camões na área do ensino de PLE. No total,
este Programa na vertente Português Língua Estrangeira, abrangeu 21,993 estudantes,
docentes, investigadores e bolseiros.
Organizações Internacionais
No âmbito das organizações internacionais que têm a LP como oficial ou de trabalho,
há a registar os seguintes projetos com participação do Camões, I.P.:
Apoio à formação inicial de intérpretes de conferência e de tradutores através
do Consórcio Pan-africano de Master em Interpretação e Tradução;
Oferta no CVC de duas edições do curso "Tradução e Tecnologias de
Informação Linguística", frequentado por 39 formandos;
Organização, em parceria com o Departamento de Língua Portuguesa da DG da
Tradução da CE, a Representação da Comissão Europeia em Lisboa, a Assembleia da
República e a Procuradoria-Geral da República, da conferência “Línguas: Traduzir o
Futuro” (Lisboa, setembro 2104);
Apoio à (i) formação contínua de tradutores e intérpretes e (ii) formação
linguística dos quadros de organizações e instituições africanas, nomeadamente
União Africana (UA), SADC e Banco Africano do Desenvolvimento (BAD).
- 307 -
e. Ação Cultural Externa – P4
Em termos globais, foram desenvolvidas 1,071
ações para divulgação da língua e cultura
portuguesas, o que se traduz num aumento de
22.4% relativamente ao ano transato. Como é
de boa prática, o Camões, I.P. articulou a sua
ação com outros departamentos governamentais e instituições privadas, tendo
dinamizado protocolos e parcerias com (i) Associação Portuguesa de Escritores – APE,
(ii) Câmara Municipal da Trofa – Concurso Lusófono da Trofa, (iii) CIALP - Conselho
Internacional de Arquitetos de Língua Portuguesa, (iv) Museu Nacional de Imprensa,
(v) Arte Institute (Nova Iorque), (vi) Real Gabinete Português de Leitura (Rio de
Janeiro).
Por outro lado, foram conduzidas as negociações que permitiram a celebração, no
início de 2015, de protocolos de cooperação com as seguintes entidades: (i) Biblioteca
Nacional e (ii) Casa Fernando Pessoa.
Enquadrada que está a ação cultural do Camões, I.P. em dois programas — “Ação
Cultural Externa” e “Cultura e Desenvolvimento” – há que registar os projetos
transversais aos dois programas, a saber:
Produção de conteúdos culturais para itinerância
Foram promovidas 5 exposições pelo Camões, I.P. em
cooperação com outros departamentos institucionais: (i)
Almada por Contar; (ii) Escritores Diplomatas; (iii) Portugal te
Marca; (iv) O Encontro das Línguas – tradutores e traduções
de escritores portugueses para chinês e, por fim, (v) o
Potencial Económico da Língua Portuguesa.
- 308 -
Apoio à Edição
No âmbito promoção dos escritores portugueses e do livro de ciência e ensaio, através
do apoio à edição, foram rececionadas trinta candidaturas, tendo sido apoiadas
dezasseis edições de 10 países europeus e sul-americanos (Croácia, Eslováquia,
Eslovénia, Espanha, França, Itália, México, Polónia, Sérvia, Turquia), referentes a treze
autores de língua portuguesa, para além de outros incluídos em antologias.
Apetrechamento bibliográfico e audiovisual
No âmbito da promoção do livro de ensaio e ciência e do audiovisual, assegurou-se a
seleção e expedição de núcleos bibliográficos, audiovisuais e expositivos em 40 países
da rede do Camões, I.P, num total de 13,691 espécies, correspondendo a 95% das
solicitações recebidas, a saber:
TIPO MATERIAL ENVIADO
MATERIAL MAPAS AUDIOVISUAIS EXPOSIÇÕES TOTAL
BIBLIOGRÁFICO CD CDRom DVD VHS K7 Total Itinerantes Cartazes Total GERAL
13.599
2
4
11
4
1
0
20
0
70
70
13.691
Comemorações:
Dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas: potenciou-se a
internacionalização de artistas e criadores, tendo sido promovidas ações em 23 países,
em diversos domínios (artes performativas, artes visuais, literatura, cinema, fotografia)
com enfoque na contemporaneidade;
40 anos do 25 de abril: programa transversal, com conteúdos nos domínios do
cinema, artes visuais e literatura, com ações em mais de 20 países;
ONDA PINA: a Poesia em movimento: homenagem a Manuel António Pina em
parceria com o Museu Nacional da Imprensa, através da leitura de 14 poemas do autor
em contexto escolar;
- 309 -
Ano do Design Português: vários projetos culturais de que se destaca a
participação na Beijing Design Week, através do projeto LaMIPA, o apoio ao Prémio de
Arquitetura e Design - FAD 2014, da ARQUINFAD, de Barcelona e a exposição Eduardo
Souto Moura: projetos e concursos – Madrid, recebida na Roca Madrid Gallery.
Em contexto bilateral, foram apoiadas 435 ações em 28 países, com o apoio da sua
rede de embaixadas, consulados, centros culturais, centros de língua portuguesa,
leitores e professores ao abrigo de protocolos de cooperação.
A ação cultural nestes espaços, visa a afirmação da cultura portuguesa (i) seja por via
da sua divulgação em festivais de renome ou através da seleção de espaços
emblemáticos, promovendo, assim, as indústrias culturais e criativas em diversos
domínios — música, artes visuais, artes performativas, cinema e literatura, assim como
o apoio à mobilidade de artistas e criadores, proporcionando a apresentação das suas
obras em plataformas internacionais, (ii) seja por via da reflexão sobre a cultura
portuguesa em seminários, jornadas e todo o tipo de eventos deste cariz, para sua
melhor perceção, nomeadamente nos designados palcos universitários.
Em contexto multilateral no âmbito EUNIC, o Camões, I.P. participou ativamente em
31 clusters, cooperando na organização de 70 atividades culturais. Uma das principais
prioridades foi o aprofundamento do trabalho em rede no âmbito da EUNIC, cujas
duas principais linhas de atuação se centraram (i) no trabalho com e através dos
clusters e ii) nas parcerias com as instituições da União Europeia. No âmbito destas
parcerias e projetos EUNIC, destaca-se:
Crossroads for Culture - Enhancing EU member States Transnational and
International Cooperation
Projeto submetido ao Programa Europa Criativa - Apoio a redes (2014-2017), tendo
sido a candidatura aprovada em agosto 2014, com um financiamento total de 750,000
Euros para os três anos. O Camões, I.P assinou o Memorando de entendimento e
assegurou o contributo referente ao primeiro ano, no montante de €3.843,91;
- 310 -
6th EUNIC/Chinese Cultural Dialogue (Bucareste, 16 a 18 de outubro)
Organizada pelo Instituto Cultural Romeno e tendo como tema “Espaço Público -
trocas de perspetivas entre Europa e a China”, reuniu intelectuais, opinion makers e
agentes culturais da China e de diferentes países europeus, com o objetivo de garantir
a continuidade e o aprofundamento da cooperação cultural entre a Europa e a China.
MENA: European in Training in Culture and Creative Setor Management
Projeto bandeira da EUNIC , a primeira ação teve lugar em Casablanca (5 a 12 de
novembro de 2014) e teve como objetivo a formação de 15 participantes de 7 países
(Marrocos, Egito, Palestina, Jordânia, Líbano, Tunísia e Argélia) em gestão da cultura e
do setor criativo para o desenvolvimento de projetos cooperativos internacionais.
EUNIC APP
Sob coordenação e responsabilidade do CLP/Camões I.P.
em Praga, em novembro de 2014 foi lançada uma
aplicação para os sistemas iOS e Android cujo
conceito, arquitetura e design foram concebidos pela
equipa executiva da EUNIC app. Esta aplicação
permite o acesso, no telemóvel, às atividades culturais de todos os membros da EUNIC
podendo ser descarregada gratuitamente das respetivas "stores" (google e App store).
- 311 -
f. Cultura e Desenvolvimento – P5
O Programa “Cultura e Desenvolvimento” integra cinco espaços geopolíticos e
culturais: (i) CPLP; (ii) Espaço Ibero-Americano; (iii) Magrebe; (iv) África Austral; (v)
Espaço Asiático.
Espaço CPLP
Âmbito multilateral: (i) 69 ações em 32 países no âmbito das celebrações do
“Dia da Língua Portuguesa e Cultura da CPLP” (5 de
maio; (ii) edição da tese de doutoramento Caravelas
de Papel, de Gisella de Amorim Serrano, Prémio
Fernão Mendes Pinto, no âmbito da cooperação com
a Associação das Universidades de Língua Portuguesa
(AULP); (iii) organização da Feira do Livro CPLP em Díli, em parceria com instituições de
Timor-Leste, por ocasião da X Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP
)(julho de 2014).
Âmbito bilateral: 265 ações em Centros Culturais e respetivos Polos, aos quais
se associaram os leitorados, tendo sido dada prioridade às seguintes linhas
estratégicas: (i) dinamização de projetos de intercâmbio cultural, nomeadamente,
através da difusão de autores de Língua Portuguesa; (ii) promoção e difusão da
produção artística local, com o objetivo de possibilitar a entrada dos seus autores nos
circuitos internacionais de criação e divulgação cultural; (iii) contributo para a fixação
de eventos culturais, na perspetiva da continuada construção de urbes criativas e, (iv)
realização de atividades de formação / trocas de conhecimento.
Espaço Ibero-Americano
Foram apoiadas 112 ações em 10 países (integra-se, neste espaço, a Espanha,
enquanto o Brasil integra o espaço CPLP) que corresponderam a duas linhas
- 312 -
estratégicas prioritárias (67% nos 9 países latino-americanos e 90%. em Espanha): (i)
internacionalização da criação artística contemporânea e de valorização do
património, por via da presença em festivais ou eventos de caráter cíclico; (ii)
afirmação da cultura portuguesa no panorama artístico local do país de acolhimento,
através de projetos com regularidade anual
Espaços do Magrebe e Médio Oriente
Foram apoiadas 71 ações em 8 países (Argélia, Egito, Marrocos, Tunísia, Arábia
Saudita, Emirados Árabes Unidos, Israel e Palestina) que corresponderam a duas linhas
estratégicas prioritárias: (i) apresentação da cultura portuguesa no contexto europeu;
(ii) permuta de conhecimento em áreas artísticas comuns. Em todos estes países, quer
através dos clusters EUNIC, quer da articulação entre as Embaixadas europeias,
realizaram-se ações sobretudo nos domínios do cinema e da música.
Espaço da África Austral
Foram apoiadas 40 ações em 7 países, tendo como
principal linha estratégica dar a conhecer a
contemporaneidade das artes portuguesas,
advogando, também por esta via, a promoção do
ensino da língua portuguesa como língua curricular dos
diferentes sistemas de ensino.
Destaca-se o lançamento das “Comemorações dos 500 anos da Primeira Embaixada de
Portugal à Etiópia (1514 – 2014)”, de cujo programa relevam as atividades realizadas
com o envolvimento de instituições e artistas dos dois países. Neste âmbito, merecem
destaque a exposição documental “Etiópia e Portugal, 60 anos”, o Seminário
internacional “Etiópia e as Culturas do Índico”, e os espetáculos de música da pianista
portuguesa Vera Estevez acompanhada pelo pianista e compositor etíope Girma
Yifrashewa.
- 313 -
Espaço Asiático
Foram apoiadas 69 ações em 9 países que corresponderam duas linhas estratégicas:
internacionalização da criação artística contemporânea e de valorização do património
(64%) e trocas culturais entre Portugal e o Oriente (19%).
- 314 -
g. Centro Virtual Camões – P6
O Centro Virtual Camões é o sítio na Internet do Camões, I.P. para apoio ao ensino e
aprendizagem do português, bem como para a divulgação da língua e cultura
portuguesas. Em 2014, desenvolveram-se principalmente quatro linhas de trabalho:
Oferta de cursos online – (i) formação de formadores e professores de PLE, PLH, PLS;
(ii) estudos pós-coloniais; (iii) PLE e português para fins específicos;
Disponibilização de produtos didáticos e
culturais – sendo de destacar a publicação da
base temática “Teatro em Portugal”, assim
como as 90 unidades didáticas criadas em
interação com o Instituto Internacional de
Língua Portuguesa (IILP);
Biblioteca Digital Camões –oferta enriquecida com cerca de 100 novos títulos para
leitura gratuita da contística e novelística do século XIX e XX;
Sistema Integrado de Informação (SII) - criação, promoção e gestão das comunidades
educativas e culturais em articulação com as Coordenações de Ensino de Português no
Estrangeiro (CEPE), envolvendo todos os docentes de cada coordenação de ensino,
bem como os pontos focais da rede de ação cultural externa.
- 315 -
2. A POLÍTICA DA LÍNGUA E CULTURA NO INSTITUTO CAMÕES
2.2 A rede externa
- 316 -
a. Europa
Alemanha
Coordenação de Ensino Português no Estrangeiro na Alemanha
Adjunta: Carla Amado
Cátedras
Cátedra de Câmbio Social e Cultura - Estudos Ibéricos, Universidade Técnica de
Chemnitz, Instituto de Estudos Europeus
Cátedra Carolina Michaëlis de Vasconcelos, Universidade de Trier (inativa)
Centro de Língua Portuguesa
Universidade de Hamburgo
Leitorados de Português
Universidade Humboldt - Berlim
Universidade Livre de Berlim (acumulação)
Universidade de Colónia
Universidade de Hamburgo
Universidade Johannes Gutenberg - Mainz
Universidade de Rostock (acumulação)
Protocolos de Cooperação para a Docência
Universidade de Sarbrucken
Universidade de Marburgo
- 317 -
Universidade de Heidelberg
Universidade de Leipzig
Universidade Técnica de Aachen
Andorra
Coordenação de Ensino Português no Estrangeiro
Coordenadora: Filipa de Paula Soares
Protocolos de Cooperação para a Docência
Universidade de Andorra
Áustria
Centros de Língua Portuguesa
Universidade de Viena
Universidade de Graz
Leitorados de Português
Universidade de Viena
Protocolos de Cooperação para a Docência
Universidade de Salzburgo
- 318 -
Bélgica
Coordenação de Ensino Português no Estrangeiro
Coordenador: Joaquim Prazeres (BENELUX)
Adjunta: Carina Gaspar
Centro de Língua Portuguesa
Université Libre de Bruxelles - Faculté de Philosophie et Lettres
Leitorados de Português
Instituto Superior de Tradutores e Intérpretes de Antuérpia
Universidade Livre de Bruxelas
Universidade de Gand
Protocolo de Cooperação para Docência
Universidade de Mons-Hainhaut
Bulgária
Centro de Língua Portuguesa
Embaixada de Portugal em Sófia
Leitorados de Português
Universidade de St. Kliment Ohridski, Sófia
Universidade St. Cyril e St. Methodius, Veliko Ternovo (acumulação)
Protocolos de Cooperação para a Docência
- 319 -
Universidade Plovdiv
Projetos-piloto -Ensino Secundário
Liceu Antoine Saint-Exupéry, Sófia
Liceu Alphonse Lamartine, Sófia
Escola Secundária Miguel Cervantes, Plovdiv
Escola Secundária V. Blagoeva, Veliko Ternovo
Croácia
Centro de Língua Portuguesa
Universidade de Zagreb - Faculdade de Letras de Zagreb
Leitorados de Português
Universidade de Zagreb
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade de Zadar
Projetos-piloto -Ensino Secundário
Klasica Gimnazja de Zagreb
II Gimnazja de Zagreb / VII Gimnazija de Zagreb / XVI Gimnazija de Zagreb
- 320 -
Eslováquia
Leitorados de Português
Universidade Comenius
Protocolo de Cooperação para Docência
Instituto Português - Cursos Extracurriculares de Português
Eslovénia
Protocolo de Cooperação para Docência
Universidade de Liubliana
Espanha
Coordenação de Ensino Português no Estrangeiro
- 321 -
Coordenadora: Filipa de Paula Soares
Centro Cultural Português em Vigo, Casa de Arines
Cátedras
Cátedra José Saramago, Universidade Autónoma de Barcelona
Cátedra de Estudos Portugueses, Universidade de Salamanca
Centros de Língua Portuguesa
Universitat Autònoma de Barcelona
Universidad de Extremadura, Cáceres
Universidade Autónoma de Madrid
Leitorados de Português
Universidade da Extremadura, Cáceres
Protocolos de Cooperação para Docência e Investigação
Centre d'Estudis Catalunya - Grup CEDESCA, Cursos Extracurriculares de
Português
Universidade Autónoma de Barcelona
Universidade de Jaume I
Universidade da Corunha
Universidade de Granada
Universidade de Léon
Universidade Autónoma de Madrid
Universidade de Oviedo
Universidade das Ilhas Baleares - Programa de Investigação
Universidade de Santiago de Compostela
Universidade de Valência
Universidade de Vigo - Cursos Extracurriculares de Português
Cajasol de Sevilha
- 322 -
Estónia
Centro de Língua Portuguesa
Universidade de Tallin
Protocolo de Cooperação para Docência
Universidade de Tallin
Finlândia
Protocolo de Cooperação para Docência
Universidade de Helsínquia
- 323 -
França
Centro Cultural Português em Paris
Coordenação de Ensino Português no Estrangeiro
Coordenadora: Maria Adelaide Cristóvão
Adjunta: Magda Borges
Cátedras
Cátedra Sá de Miranda, Universidade Blaise Bascal
Cátedra Sophia de Mello Breyner Andresen, Universidade de Nantes
Cátedra Lindley Cintra, Universidade Paris Ouest-Nanterre La Defense
Cátedra Solange Parvaux, Universidade de Paris III - Sorbonne Nouvelle
Centros de Língua Portuguesa
Université Charles-de-Gaulle - Lille 3
Université Lumière Lyon 2
Universidade de Poitiers
Leitorados de Português
Universidade Michel de Montaigne - Bordéus III
Universidade Lumière - Lyon 2
Universidade de Paris VIII - Vincennes Saint Denis
Universidade de Poitiers
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade Aix-Marselha - Aix-en-Provence
Universidade de Picardie - Jules Verne, Amiens
Universidade Marc Bloch - Estrasburgo II
Universidade Charles de Gaulle - Lille 3
- 324 -
Universidade Aix-Marselha - Marselha
Universidade de Nice - Sophia Antipolis
Universidade de Haute Bretagne - Rennes II
Universidade Jean Monnet, Saint-Étienne
Geórgia
Centro de Língua Portuguesa
Universidade Estatal de Tbilissi
Protocolo de Cooperação para Docência
Universidade Estatal de Tbilissi
Hungria
Centro de Língua Portuguesa
Universidade de Eötvös Loránd (ELTE), Budapeste
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade Eötvös Loránd (ELTE), Budapeste
Universidade Corvinus de Budapeste - Faculdade de Ciências Sociais
Universidade Károli Gáspár de Budapeste
Universidade Católica Pázmány Péter
Business School de Budapeste (BGF)
- 325 -
Universidade de Pécs
Universidade Szeged
Irlanda
Protocolos de Cooperação para Docência
University College, Dublin
Universidade Nacional da Irlanda, Maynooth
Universidade de Cork (apoio a atividades)
Israel
Leitorado
Leitorado de Português na Universidade de Telavive
- 326 -
Itália
Cátedras
Cátedra David Mourão-Ferreira, Universidade de Bari
Cátedra Eduardo Lourenço, Universidade de Bolonha
Cátedra Fernando Pessoa, Universidade de Florença
Cátedra Manuel Alegre, Universidade de Pádua
Cátedra Antero de Quental, Universidade de Pisa
Cátedra Agustina Bessa-Luís, Universidade de Roma Tor Vergata
Cátedra José Saramago, Universidade de Roma Tre
Cátedra Padre António Vieira, Universidade de Roma La Sapienza
Cátedra Pedro Hispano, Universidade da Tuscia
Centros de Língua Portuguesa
Universidade de Florença
Società Umanitaria di Milano
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade de Bolonha (Forli)
Universidade de Salento, Lecce
Universidade de Milão
Universidade de Nápoles - Instituto Universitário Orientale
Universidade de Nápoles Suor Orsola
Universidade de Pádua
Universidade de Pavia
- 327 -
Universidade de Trento
Universidade de Turim
Universidade Ca' Foscari de Veneza
Lituânia
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade de Vilnius (inativo)
Universidade de Kaunas (Inativo)
Luxemburgo
Centro Cultural Português no Luxemburgo
Coordenação de Ensino Português no Estrangeiro no Luxemburgo, Bélgica e Holanda
Coordenador: Joaquim Prazeres
- 328 -
FYROM (Former Yugoslav Republic of Macedónia)
Protocolo de Cooperação para Docência
Universidade de St. Cyril and St. Methodius
Moldávia
Centro de Língua Portuguesa
Universidade de Chisinau
Protocolo de Cooperação para Docência
Universidade de Chisinau
- 329 -
Noruega
Projetos-piloto – Ensino Secundário
Escola Secundária Arendal, Oslo
Escola Secundária Trysil, Hedmark
Países Baixos
Coordenação de Ensino Português no Estrangeiro
Coordenador: Joaquim Prazeres (BENELUX)
Adjunta: Carina Gaspar
- 330 -
Polónia
Cátedra
Cátedra Vergílio Ferreira, Universidade Jagellónica, Cracóvia
Centro de Língua Portuguesa
Universidade Marie Curie, Lublin
Leitorados de Português
Universidade de Varsóvia
Universidade Marie Curie, Lublin (acumulação)
Protocolo de Cooperação para Docência
Universidade Adam Mickiewicz
Universidade Jagellonica, Cracóvia
- 331 -
Reino Unido
Coordenação de Ensino Português no Estrangeiro no Reino Unido e Ilhas do Canal
Coordenadora: Regina Duarte
Cátedras
Cátedra Gil Vicente, Universidade de Birmingham
Cátedra Charles Boxer, King's College London - Universidade de Londres
Cátedra Sophia de Mello Breyner Andresen, Universidade de Manchester
Cátedra D. João II, Universidade de Oxford
Centro de Estudos de Língua e Cultura Portuguesa
King's College London - Universidade de Londres
Centros de Língua Portuguesa
Universidade de Edimburgo
Universidade de Leeds
Universidade de Newcastle Upon Tyne
Universidade de Oxford
Leitorados de Português
Universidade de Newcastle Upon Tyne
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade Queen's de Belfast
Universidade de Bristol
Universidade de Edimburgo
Universidade de Glasgow
Universidade de Leeds
Universidade de Liverpool
University of London - Queen Mary,
- 332 -
Universidade de Nottingham
Universidade de Southampton
King’s College de Londres
Universidade de Oxford
República Checa
Centro de Língua Portuguesa
Universidade Carolina, Praga
Leitorados de Português
Universidade Carolina, Praga
Leitorado de Português na Universidade Masaryk , Brno (acumulação)
Leitorado de Português na Universidade de Palacký, Olomouc (acumulação)
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade de Hradec Kralové
Universidade de Ostrava
Academia Diplomática – MNE CZ, Praga
Escola Superior de Economia, Praga
Universidade da Boémia do Sul (em negociação)
Universidade Olomuc – Faculdade de Medicina
Projeto-Piloto – Ensino Secundário
Escola Secundária Jan Neuman
- 333 -
Roménia
Cátedras
Cátedra Fernando Pessoa, Universidade de Bucareste
Cátedra António Lobo Antunes, Universidade Ovidius, Constança
Centros de Língua Portuguesa
Universidade de Bucareste
Universitatea Babeș-Bolyai , Cluj-Napoca
Universidade Ovidius, Constança
Leitorado de Português
Universidade de Bucareste
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade de Babes-Bolyai , Cluj-Napoca
Universidade Ovidius, Constança
Universidade de Vest din, Timisoara
Projeto-Piloto – Ensino Secundário
Liceu Eugene Lovinescu
Liceu Mihai Eminescu
Liceu Diu Focsani
- 334 -
Rússia
Leitorados
Universidade Estatal Lomonossov, Moscovo
Universidade Estatal de Relações Internacionais (acumulação)
Universidade Estatal de St. Petersburgo
Universidade Pedagógica Hertzen
Sérvia
Centro de Língua Portuguesa
Universidade de Belgrado
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade de Belgrado
Universidade de Kragujevac
Universidade de Novi Sad
- 335 -
Suécia
Centro de Língua Portuguesa
Universidade de Estocolmo
Protocolo de Cooperação para Docência
Universidade de Estocolmo
Suíça
Coordenação de Ensino Português no Estrangeiro
Coordenadora: Lurdes Gonçalves
Adjunto: Carlos Oliveira
Cátedra
Cátedra Carlos de Oliveira, Universidade de Zurique
Instituição apoiada
Universidade de Friburgo
Universidade de Genebra - Centro de Estudos Lusófonos
- 336 -
Turquia
Leitorado de Português
Leitorado de Português na Universidade de Ancara
Protocolos de Cooperação para a Docência
Universidade do Bósforo
- 337 -
b. África
África do Sul
Coordenação de Ensino Português no Estrangeiro na África Austral
Coordenador: Rui Manuel Azevedo
Centro de Língua Portuguesa
Universidade de Witwatersrand
Alliance Française de Joanesburgo
Alliance Française da Cidade do Cabo
Alliance Française de Durban
Alliance Française de Pretória
Leitorados de Português
Universidade de Witwatersrand
Universidade de Pretória
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade de Witwatersrand
Universidade de Durban
Universidade da Cidade do Cabo
Parlamento Sul-Africano
- 338 -
Angola
Cooperação Portuguesa
Centro Cultural Português em Luanda
Centros de Língua Portuguesa
Universidade de Katayvala Bwila, Benguela
Instituto Superior de Ciências da Educação de Luanda
Instituto Superior de Ciências da Educação de Lubango
Leitorados de Português
Universidade de Katayvala Bwila
Universidade Agostinho Neto, Instituto Superior de Ciências da Educação –
ISCED, Huambo
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade Agostinho Neto - Instituto Superior de Ciências da Educação –
ISCED, Luanda
Universidade Agostinho Neto - Instituto Superior de Ciências da Educação –
ISCED, Lubango
- 339 -
Botsuana
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade do Botswana
SADC - Comunidade Económica para o Desenvolvimento da África Austral
(acumulação)
Cabo Verde
Cooperação Portuguesa
Centro Cultural Português na Praia e Pólo no Mindelo
Centro de Língua Portuguesa
Universidade de Cabo Verde
Cátedra
Universidade de Cabo Verde
Leitorado de Português
Universidade de Cabo Verde
- 340 -
Costa do Marfim
Protocolo de Cooperação para Docência
Universidade de Cocody
Egito
Leitorados
Universidade Ain Shams
Embaixada de Portugal - Cursos Extracurriculares de Português
- 341 -
Etiópia
Centro de Língua Portuguesa
União Africana - Secção de Língua Portuguesa
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade de Adis Abeba (acumulação)
Secção de Língua Portuguesa – União Africana
Guiné-Bissau
Cooperação Portuguesa
Centro Cultural Português em Bissau
Centro de Língua Portuguesa
Escola Superior de Educação Tchico-Té
Leitorados
Escola Superior de Educação Tchico-Té
Protocolos de Cooperação para Docência
Ministério da Educação Nacional da Guiné-Bissau - 12 Unidades de Apoio
Pedagógico / Polos de Língua Portuguesa
- 342 -
Escola Superior de Educação Tchico-Té
Marrocos
Centro Cultural Português em Rabat e Polo em Casablanca
Centro de Língua Portuguesa
Universidade Mohammed V - Agdal
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade Mohammed V - Agdal
Moçambique
Cooperação Portuguesa
Centro Cultural Português em Maputo e Polo da Beira
Cátedras
Cátedra Português Língua Segunda e Estrangeira, Universidade Eduardo
Mondlane
- 343 -
Centros de Língua Portuguesa
Universidade Pedagógica - Delegação na Beira
Universidade Pedagógica - Delegação de Niassa – Lichinga
Universidade Pedagógica de Maputo
Universidade Pedagógica - Delegação de Nampula
Universidade Pedagógica - Polo de Quelimane
Universidade Pedagógica, Xai-Xai
Leitorados de Português
Universidade Eduardo Mondlane
Universidade Pedagógica, Maputo
Universidade Pedagógica - Polo de Gaza
Universidade Pedagógica - Polo de Nampula
Universidade Pedagógica - Polo de Lichinga
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade Pedagógica - Polo da Beira
Universidade Pedagógica - Polo de Quelimane
Namíbia
Coordenação de Ensino Português no Estrangeiro
Coordenador: Rui Azevedo (África do Sul)
Adjunta: Carla Pereira
Centro de Língua Portuguesa
Universidade da Namíbia, Windhoek
- 344 -
Leitorado de Português
Universidade da Namíbia
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade da Namibia
Windhoek Internacional School
Nigéria
Leitorado de Português
CEDEAO - Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
Universidade de Abuja (acumulação)
São Tomé e Príncipe
Cooperação Portuguesa
Centro Cultural Português em São Tomé e Polo do Príncipe
Centro de Língua Portuguesa
- 345 -
Instituto Superior Politécnico de São Tomé e Príncipe
Leitorado
Leitorado de Português no Instituto Superior Politécnico de São Tomé e
Príncipe
Protocolo de Cooperação para Docência
Instituto Superior Politécnico de São Tomé e Príncipe
Senegal
Centro de Língua Portuguesa
Universidade Cheikh Anta Diop, Dakar
Leitorado de Português
Universidade Cheik Anta Diop, Dakar
Suazilândia
Coordenação de Ensino Português no Estrangeiro
Coordenador: Rui Manuel Azevedo (África do Sul)
- 346 -
Tunísia
Centro de Língua Portuguesa
Universidade de La Manouba, Tunes
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade de La Manouba, Tunes
Universidade 7 de novembro, Cartago
Banco Africano de Desenvolvimento (BAD)
Instituto Diplomático
Zimbabué
Coordenação de Ensino Português no Estrangeiro
Coordenador: Rui Manuel Azevedo (África do Sul)
Centro de Língua Portuguesa
Alliance Française em Harare
- 347 -
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade do Zimbabué
- 348 -
c. Ásia e Oceânia
Austrália
5
Coordenação de Ensino Português no Estrangeiro
Coordenadora: Susana Teixeira-Pinto
China (RPC)
Secção Cultural da Embaixada de Portugal em Pequim
Centros de Língua Portuguesa
Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim (BFSU)
Universidade de Estudos Internacionais de Xangai (SISU)
Leitorados de Português
Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim (BFSU)
Universidade de Estudos Internacionais de Xangai (SISU)
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade de Comunicações da China
- 349 -
Macau (RAEM)
Instituto Português do Oriente (IPOR)
Centro de Língua Portuguesa
República da Coreia
Centro de Língua Portuguesa
Universidade de Estudos Estrangeiros de Hankuk, Seul
Protocolo de Cooperação para Docência
Universidade de Estudos Estrangeiros de Hankuk, Seul
- 350 -
Japão
Centro Cultural Português
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade de Estudos Estrangeiros de Tóquio
Instituições apoiadas
Universidade de Kanda
Universidade de Osaka
Universidade de Quioto
Índia
Centro Cultural Português em Nova Deli
Centro de Língua Portuguesa
Universidade de Goa
Leitorados
Universidade de Nova Deli (vago)
Universidade de Goa
Protocolos de Cooperação para Docência
- 351 -
Universidade Jadavpur, Calcutá
Smt. Parvatibai Chowgule College of Arts and Science, Margão
Colégio São Francisco Xavier de Artes, Ciência e Comércio de Mapuça
Universidade Jawaharlal Nehru, Nova Deli
Universidade Jamia Millia Islamia, Nova Deli
Indonésia
Protocolo de Cooperação para Docência
Universidade Indonésia
Tailândia
Centro Cultural Português em Banguecoque
Leitorados
Universidade Chulalongkorn
Universidade de Thammasat (acumulação)
- 352 -
Timor-Leste
Cooperação Portuguesa
Centro Cultural Português em Díli
Instituto de Língua Portuguesa (ILP) - Universidade Nacional de Timor Lorosa'e
Protocolo de Cooperação para Docência
Parlamento Nacional de Timor-Leste
Vietname
Protocolo de Cooperação para Docência
Universidade de Hanói
- 353 -
d. América Latina
Argentina
Centro de Língua Portuguesa
Instituto de Enseñanza Superior en Lenguas Vivas "Juan Ramon Fernandez"
Leitorado de Português
Leitorado de Português no Instituto de Ensino Superior em Línguas Vivas "Juan
Ramon Fernandez"
Protocolo de Cooperação para Docência
Governo da Cidade Autónoma de Buenos Aires
- 354 -
Brasil
Centro Cultural Português em Brasília
Cátedras
Cátedra Fidelino de Figueiredo, Universidade do Estado da Bahia
Programa de Investigação, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Cátedra Agostinho da Silva, Universidade de Brasília
Cátedra Padre António Vieira de Estudos Portugueses, Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro
Cátedra Jaime Cortesão, Universidade de São Paulo
Chile
Protocolo de Cooperação para Docência
Universidade de Santiago do Chile
Universidade do Chile (acumulação)
- 355 -
Colômbia
Cátedra
Cátedra de Estudos Portugueses Fernando Pessoa, Universidad de Los Andes
Protocolo de Cooperação para Docência (2)
Universidade de Los Andes
México
Cátedra
Cátedra José Saramago, Universidade Nacional Autónoma do México
Centros de Língua Portuguesa
Universidade Nacional Autónoma do México - Cidade Universitária
Universidade Nacional Autónoma do México - Campus Acatlán
Leitorado de Português
Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM)
- 356 -
Uruguai
Leitorado de Português
Universidade da República, Montevideu
Protocolo de Cooperação para Docência
Administração Nacional de Educação Pública
Venezuela
Coordenação de Ensino Português no Estrangeiro
Coordenador: Rainer Sousa
Centro de Língua Portuguesa
Universidade Central da Venezuela
Cátedra
Cátedra Fernando Pessoa – Universidade Central da Venezuela
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade Central da Venezuela
Fundação Instituto Camões de Cultura
Fundação Cultural luso- venezuelana Camões
- 357 -
e. América do Norte Canadá
Coordenação de Ensino Português no Estrangeiro
Coordenadora: Ana Paula dos Santos Ribeiro
Cátedra
Cátedra de Cultura Portuguesa, Universidade de Montreal
Centro de Língua Portuguesa
Consulado de Portugal em Toronto
Leitorado de Português
Universidade de Toronto
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade de Montreal
Universidade de Otava
Universidade York
- 358 -
Estados Unidos da América (EUA)
Coordenação de Ensino Português no Estrangeiro
Adjuntos de Coordenação: António Oliveira (Newark), João Caixinha (Boston)
Centros de Língua Portuguesa
University of Massachusetts - Boston
The State University of New Jersey-Rutgers
Leitorados de Português
Universidade de Massachusetts, Boston
Universidade Georgetown, Washington
Protocolos de Cooperação para Docência
Universidade da Califórnia – Berkeley
Boston College
Universidade Northeastern
Universidade do Ohio – Columbus
Universidade de Massachusetts - Dartmouth
Universidade Estatal de Nova Jersey - Rutgers
Universidade de Nova Iorque - Queens College
Universidade de Nova Iorque
Universidade de Porto Rico
Universidade Brown
Rhode Island College
Universidade da Califórnia - San Jose
- 359 -
Universidade da Califórnia - Santa Bárbara
APPEUC
Universidade de Massachusetts – Lowell
- 360 -
3. A EMERGÊNCIA CONSULAR
3.1 Atuação em situações de crise
- 361 -
No quadro da Direção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas
(DGACCP) funciona o Gabinete de Emergência Consular (GEC), cujo objetivo
fundamental é a prestação de apoio consular, em situações de emergência, aos
cidadãos nacionais que se encontram no estrangeiro, a residir ou em turismo. Pela sua
natureza e horário de funcionamento, o GEC é, muitas vezes, chamado a intervir nas
mais variadas situações de crise, prestando esclarecimentos ou reencaminhando para
os serviços geralmente promovendo a ligação entre os utentes, as famílias e os postos
consulares e ajudando a encontrar soluções para os problemas.
Em 2014 o GEC processou cerca de 10,980 chamadas telefónicas (-16.8 % do que em
2013). O número de mensagens de correio eletrónico foi de aproximadamente 7,580 (
-29.8 % do que em 2013), muitas das quais sobre assuntos que não competem à
Direção de Serviços onde se insere, nem, por vezes, à DGACCP ou ao próprio MNE, mas
que receberam o encaminhamento mais conveniente para os utentes.
O número de casos de crise ou de emergência que pela sua complexidade e natureza
mereceram acompanhamento mais prolongado por parte do GEC rondou os 113 (-
74.0% do que em 2013). Este volume de ocorrências permite concluir que os valores
atingidos se situam próximos dos 134 registados em 2012.
Em 2014, o GEC continuou a assegurar o Registo dos Viajantes, por email. Assim de
acordo com os dados apurados:
- Registo do Viajante (particulares e empresas) e sua comunicação aos postos nos
respetivos países de destino. Foram registadas 236 deslocações.
- Registo e comunicação de deslocações de visitas de estudo de alunos portugueses ao
estrangeiro. Foram registadas 192 visitas de estudo.
- 362 -
3. A emergência consular
3.2 Casos principais 2014
- 363 -
De entre os casos tratados em 2014 e as situações que motivaram um
acompanhamento mais atento destacam-se:
Países mais referenciados em 2014 (com três ou mais ocorrências)
Fonte: DGACCP/SAC
Questões tratadas pelo GEC em 2014 (com duas ou mais ocorrências)
.
Fonte: DGACCP/SAC
0
2
4
6
8
10
12
14 13
11
7
5 5 5 5 4 4
3 3
Morte; 25
Catástrofes naturais/
epidemias/ surtos; 7
Acidentes de
viação; 12
Raptos/desaparecidos; 7
Reencaminhamento outros serviços ; 12
Retidos/detidos; 12
Perda de documentos; 2
- 364 -
Ocorrências que mereceram um acompanhamento mais compreensivo por parte do
GEC em 2014:
País Mês Assunto Diligências efectuadas p/ GEC 2014
SUDÃO DO SUL JAN
Confrontos entre forças leais ao PR e rebeldes (próximos do Vice-
Presidente)
Portal – Aviso / Cv’s Desaconselhadas quaisquer viagens Acompanhamento da situação
BRASIL JAN Evento mundial Copa do Mundo
FIFA - Mundial 2014
Reunião de coordenação c/ as diversas entidades envolvidas no evento
SENEGAL / GUINÉ-BISSAU /
ESPANHA / MARROCOS
JAN Evento internacional Dakar Desert Challenge
Várias comunicações s/ risco do evento / expedição, organizadora p/ 2 PRT’s
VENEZUELA JAN Onda de violência Insegurança generalizada motivada
por vaga de roubos, homicídios e raptos
Crimes são praticados por grupo criminoso, extremamente perigoso, denominado “os sanguinários de el cambur
MOÇAMBIQUE JAN Onda de violência Agravamento vaga de raptos de
estrangeiros
Vaga de raptos no país, em especial na zona de Maputo, inclui nacionais / empresários PRT’S
REINO UNIDO JAN Incidente grave Nacional agredido até morte
Alerta telefónico dado pela Polícia de Sussex ao GEC, que informou CG Londres. Acompanhamento situação
EGIPTO JAN Crise política/distúrbios graves Comemoração dia 25 janeiro. Previsão
de eventuais de manifestações / distúrbios no Cairo e Alexandria
Embaixada divulgou aviso comunidade local, via facebook, alertando p/ eventualidade ocorrerem incidentes, particularmente no Cairo e Alexandria, devendo evitar locais populosos, e manifestações
UCRÂNIA JAN Crise política/distúrbios graves Confrontos públicos entre
manifestantes e forças policiais na Praça da Independência “Maidan”,
Praça da Europa, rua Gruchevskogo, rua Kreshchatik (que conduz à Praça
“Maidan”), rua Intistuska, rua Bankova, rua Liuteranska e áreas
próximas, na capital e outras cidades, especialmente na zona Oeste do país.
Aconselhados cuidados especiais aos viajantes portugueses. A evitar sobretudo aproximação das zonas das manifestações, Kiev e de outras cidades ucranianas. Atenção especial às informações divulgadas nos “media” sobre a evolução da situação de segurança na cidade e sobre as zonas onde ocasionalmente ocorrem os confrontos
ALEMANHA JAN Doença/incidente grave Internamento compulsivo, de nacional
PT c/ problemas foro mental, num hospital de Berlim. Foi submetido a
tratamento durante 1 mês. Regressou posteriormente a Portugal, onde
passou a ser seguido p/ especialista de saúde mental.
Nacional trabalhava numa multinacional em Cracóvia, onde causou problemas / distúrbios, tendo sido despedido. Viajou p/ Berlim, tendo provocado igualmente problemas / distúrbios de vária ordem, em diversos locais. Após agressão física ao pai foi internado compulsivamente. Acompanhamento da situação até chegada a TN.
REINO UNIDO JAN
Assassinato violento Morte de cidadão PT, no sul de Londres (Brighton – Sussex), na
sequência de assalto, após agressões violentas. Sofreu vários traumatismos,
em relação aos quais não resistiu, acabando por falecer.
Acompanhamento da situação até reconhecimento corpo p/ familiares (irmã no Reino Unido) Contactos das Autoridades policiais locais c/GEC e CG Londres. Contactos c/ Autoridades policiais em TN.
- 365 -
ÁFRICA DO SUL FEV Morte de cidadão português, nos arredores de Joanesburgo
Nacional foi vítima de esfaqueamento. Era casado c/ cidadã sul africana. Pais vivem em PT
NAMÍBIA FEV Surto de cólera no norte do país (região do Cunene, junto à fronteira c/
Angola)
Registo de 518 casos, com 17 mortes confirmadas. Surto deve-se à falta de saneamento (defecação a céu aberto) e de hábitos de higiene Portal – Aviso / CV’s. Acompanhamento situação
ESPANHA MAR Naugrágio de pesqueiro português “Santa Ana” em Gijon,
Astúrias.Tripulação de nacionalidade portuguesa e espanhola.
2 tripulantes PRT’s mortos. Restante tripulação sobreviveu
Acompanhamento permanente da situação em colaboração c/ todas Entidades envolvidas até trasladação dos corpos para TN.
MOÇAMBIQUE MAR Insegurança na Província de Sofala (Beira), devido a rumores sobre
encontros entre FADM /FIR e geurrilheiros da RENAMO
Na província de Sofala existem 386 empresários PT (pequenos, médios e grandes) q decidiram investir ali o seu capital. Acompanhamento da situação em conjunto c/ entidades envolvidas
TUNÍSIA MAR
Levantamento do estado de urgência que vigorava desde a revolução de 14
janeiro 2011
Contacto c/ comunidade PT residente, salientando porém a necessidade continuar a manter cuidados elementares de prudência. Portal - Alteração CV Acompanhamento da situação em conjunto c/ entidades envolvidas
FRANÇA MAR Acidente de viação na A10 próximo de Tours. 2 nacionais falecidos no
acidente, devido a cansaço (20h de condução, sem descanso). Carro era
de aluguer e tinha matrícula de Espanha.
Acompanhamento da situação até trasladação dos corpos para TN. Contacto com CG Paris e familiares em TN (mulher de um deles).
ESPANHA ABR Naufrágio navio pesca com bandeira portuguesa “Mar Nosso”, e armador
galego, nas Astúrias. A bordo seguiam 12 tripulantes: 7
portugueses e 5 galegos. 7 tripulantes foram resgatados com
vida. Dos 7 portugueses, 3 morreram e 2 foram dados como desaparecidos.
Acompanhamento permanente com CH León e autoridades locais. Feridos assistidos nos Hospitais locais de Gijón e Lugo - León. Regressaram posteriormente a TN
REPÚBLICA DOMINICANA
MAI
Detenção de cidadã PRT p/ alegado transporte de droga, no Aeroporto
Internacional de Punta Cana
Acompanhamento diário pelo GEC da nacional e da situação, desde a detenção no Aeroporto Internacional Punta Cana (04-05-2014) até libertação mesma (16-05-2014) e regresso a TN. Pressão sobre Autoridades dominicanas, a fim de possibilitar contacto telefónico, e facilitar um tratamento mais humanitário tendo em conta seu estado saúde precário: doente do coração, vítima de AVC, c/ 3 bypass
REPÚBLICA
DOMINICANA
MAI
Acidente / atropelamento rodoviário em Punta Cana - Cidadão Prt (em
viagem de finalistas) atropelou criança dominicana (8A), qual sofreu
traumatismo craniano e partiu 1 perna.
Advogados ambas partes chegaram a acordo não tendo havido julgamento,
apenas foi subscrito acordo extrajudicial, c/ pagamento de
indemnização à familia da vitima.
Acompanhamento do nacional e da situação, desde a sua retenção no Hotel em Punta Cana (confiscação de passaporte p/ Autoridades dominicanas) até julgamento preliminar mesmo, c/ advogado contratado localmente p/ familia, e posterior regresso a TN
VENEZUELA Rapto de 2 PT’s em Caracas Nacionais ( 21 e 19 anos) foram libertados
- 366 -
JUL após pagamento do resgate pela familia. Acompanhamento da situação
INDONÉSIA
AGO
Acidente de surf grave c/ PT, na ilha de Sumbawa
Nacional esteve internado nos cuidados intensivos com múltipls fracturas, não tendo resistido aos ferimentos graves provocados pela onda e queda Acompanhamento da situação Até trasladação do corpo p/ TN
ESPANHA
OUT
Acidente de viação em Palência, entre 2 autocarros de passageiros, de
nacionalidade PT.
Do acidente resultaram: 3 mortos PT, 1 ferido grave (Hospital Valladolid), 2 feridos menos graves (Hospital de Palencia), vários feridos ligeiros Acompanhamento da situação até trasladação dos corpos p/ TN
E.A.U. DUBAI
NOV
Incidente grave
Nascimento de bébé extremo prematuro, c/ apenas 25 semanas
(410g), num hospital privado no Dubai. Estado de saúde da recém nascida
considerado muito grave.
Bébé esteve, cerca de 15 dias, internada nos cuidados intensivos dum hospital privado no Dubai, não tendo sobrevivido. Acompanhamento da situação em conjunto c/ SC Emb Abu Dhabi, GSECP e outras entidades envolvidas, até trasladação do corpo p/ TN
ESPANHA
NOV
Incidente grave Desaparecimento de alpinista PT nos
Picos da Europa (Astúrias). Alerta dado p/ familiares às Autoridades nacionais
e espanholas
Nacional foi procurado, durante vários dias (semanas / Autoridades espanholas – Guardia Civil e GNR – portuguesas), apoiados por um grupo de 30 montanhistas portugueses experientes. Acompanhamento da situação em conjunto c/ SC Emb Madrid e demais entidades envolvidas.
CABO VERDE
DEZ
Catástrofe natural Erupção do vulcão da Ilha do Fogo,
tendo atingido as localidades de Cutelo e Fonsaca, cujas populações
foram evacuadas
Acompanhamento da situação que provocou mais de 1000 pessoas desalojadas. Operação de realojamento deverá demorar cerca 6 meses. Vários países enviaram ajuda humanitária. Portugal deslocou p/ Cabo Verde fragata, caso fosse necessário evacuar PT’s p/ TN. Acompanhamento da situação em conjunto c/ SC Emb Praia e outras entidades envolvidas
ARÁBIA SAUDITA
DEZ
Crise política Tensão política,assaltos e homicidos à comunidade internacional - ameaça
terrorista na Arábia Saudita.
Comunicação à comunidade PT pela Emb Riade, p/ manutenção de vigilância reforçada e evitar manifestações públicas; deslocações desnecessárias; deslocações solitárias; seguir as directrizes de segurança das empresas, escola, ou complexos residenciais. Alteração dos Conselhos aos Viajantes
INDONÉSIA
DEZ
Acidente aéreo
Queda do Avião da Air Asia no mar de Java, depois de ter descolado de
Surabaia, Indonésia, com destino a Singapura, com 162 pessoas a bordo
Não houve sobreviventes.
Acompanhamento da situação através dos varios orgãos de CS e comunicados da Air Asia. Segundo Companhia aérea e autoridades locais, não havia passageiros de nacionalidade portuguesa
ITÁLIA
Acidente maritimo c/ ferry boat, devido a incendio, a
meio da travessia do Mar Adriático, entre a ilha de Corfu, na Grécia, e Ancona, cidade costeira em Itália.
A bordo do estavam 128 camiões de mercadorias, num total de 222
Acompanhamento da situação através dos varios órgãos de CS e comunicados das Autoridades gregas. Segundo Autoridades locais, não havia passageiros de nacional portuguesa
- 367 -
DEZ
veículos. Cerca de 500 passageiros a bordo.
O ministro da Marinha grego informou que 268 passageiros são gregos e a
tripulação é composta por 22 italianos e 34 gregos. Viajam ainda no navio 54 turcos, 44 italianos, 22 albaneses, 18
alemães, além de cidadãos suíços, franceses, russos, austríacos,
britânicos e holandeses. Fonte: DGACCP/SAC
Ocorrências registadas durante o primeiro trimestre de 2015:
País Mês Caracterização (assunto)
Diligências efectuadas p/ GEC (procedimentos)
Desenvolvimentos
FRANÇA JAN Atentados terroristas contra semanário satírico Charlie Hebdo, em Paris, e
super mercado judeu, numa vila nos arredores da
capital francesa
Acompanhamento situação
através Emb Paris e OCS
Morte 12 pessoas: 9 cronistas e desenhadores do jornal e 3
polícias. 11 feridos, 4 deles em estado muito grave.
Não houve registo de vitimas de origem portuguesa
ANGOLA JAN Acto criminoso / Assassínio
Assasinato de cidadã PT, residente há 6 anos em
Luanda
Acompanhamento situação através CG Luanda e OCS
Nacional era Directora Financeira
da Empresa Subse Seven. Presumiveis autores do crime,
ocorrido nos arredores de Luanda, foram identificados e
detidos. Objectivo era movimentar verbas da Empresa
GUINÉ EQUATORIAL
JAN Instabilidade politica
grande Clima de grande tensão
política, devido à “guerra aberta” entre 2 irmãos,
filhos do actual Presidente Obiang
Acompanhamento situação através Emb S. Tomé / CH
Malabo.
Várias empresas PT no país.
Apreensão por parte dos seus proprietários e funcionários.
Receiam agravamento condições segurança
MÉXICO JAN Incidente grave retenção de PT, por
autoridades policiais locais, em operação stop, numa deslocação de táxi, por
posse de droga
Acompanhamento situação em conjunto c/ Emb. México, CH Cancun e
familiares
PT viajou p/ México (Cancun) p/
assistir Festival de música, c/ amigos.
Foi retido por autoridades policiais locais, em operação stop, quando se deslocava de
táxi, por posse de droga de um dos amigos.
Após intervenção CH Cancun e pagamento de “multa” local foi
libertado
REINO UNIDO /FRANÇA
JAN Acidente grave Naufrágio de navio
pesqueiro ao largo de Dover (UK), com 4
tripulantes (um dos quais PT)
Acompanhamento situação através CG Londres, CG
Paris e OCS
4 tripulantes a bordo do navio
pesqueiro: 1 belga e 1 holandês, já resgatados pelas autoridades inglesas e 2 desaparecidos. De entre estes, 1 de nacionalidade
PT, da zona de Póvoa do Varzim e
- 368 -
outro holandês. Participaram nas buscas
autoridades marítimas inglesas e francesas
RDCONGO JAN Instabilidade política Agravamento situação
segurança, c/ tumultos e distúrbios nas ruas.
Acompanhamento situação em colaboração c/
Embaixada em Kinshasa
Embaixada reuniu c/
representantes de Associações de PT’s residentes em Kinshasa.
Reuniu também c/ parceiros UE. Cerca de 200 PT residem/vivem
na RDCongo
IÉMEN JAN Situação política Agravamento situação
instabilidade
Acompanhamento situação em colaboração c/
Embaixada em Riade
Transição política em curso
encontra-se em fase crítica, com manifestações
antigovernamentais frequentes violentas, assim como ataques contra as forças de segurança.
Residem no Iémen 4 PT (1 encontra-se detido)
LÍBIA JAN Ataque terrorista ao Hotel Corinthian em
Tripoli
Acompanhamento situação em conjunto c/ Rep em
Tripoli (func local)
Morte de 5 estrangeiros e 3
guardas locais. Os 2 PT em Tripoli (1 arq da
Consulagal e 1 eng da Edificandi) estão bem, em segurança.
Permanece no país o PT Tiago Setil e familia, qual recusou sempre sair do país (mesmo aquando última evacuação
estrangeiros (Missões diplomáticas e BEM)
REPÚBLICA AFRICA SUL
JAN Violência
Assalto à mão armada em Centro Comercial de
Joanesburgo
Acompanhamento situação em colaboração c/ CG
Joanesburgo e OCS
Assalto à mão armada, aos seguranças da empresa que
procediam ao transporte dos valores da Agência Standard Bank, no Centro Comercial
Bedford Centre, que foi encerrado, devido ao grave
incidente No bairro de Bedfordview,
considerada zona segura, reside uma grande comunidade PT.
Nenhuma vitima PT
REINO UNIDO JAN Incidente grave
Hospitalização de PT p/ suspeita de doença infecto-
contagiosa
Acompanhamento situação em colaboração c/ mãe da PT / Hillingdon Hospital / e
CG Londres
Mãe pediu ajuda do GEC.
Nacional viajava na Bristish Airways, do Cairo p/ Lisboa,
fazendo trânsito em Londres. Durante o voo Cairo-Londres
sentiu-se mal, com sintomas de febre, vómitos e diarreia.
À chegada a Londres, a British Airways não a deixou prosseguir viagem tendo-a encaminhado p/
o Hillingdon Hospital, nas imediações do aeroporto, onde foi observada, diagnosticada e
medicada. Regressou a TN dia seguinte
- 369 -
INDONÉSIA JAN Incidente grave Hospitalização de PT por dengue e/ou malária, em
Bali. Estava há 3 semanas na
Indonésia
Acompanhamento situação em colaboração c/ Emb
Jakarta / Wing International Hospital / CH Bal e
familiares em TN (mãe)
Mãe pediu ajuda ao GEC.
Nacional foi internada no Wing International Hospital em
Denpasar, Bali, por sintomas de dengue e/ou malária.
Viajou p/ Indonésia c/ seguro de saúde alargado, da Companhia
Seguros Victória
MOÇAMBIQUE FEV Onda de raptos
de cidadãos de várias nacionalidades,
proprietários de negócios (empresários).
2 dos cidadãos raptados têm nacionalidade PT
Acompanhamento situação em colaboração c/ CG
Maputo
Raptos parecem visar
estrangeiros proprietários de negócios, c/ o intuito de
exigência/pagamento de resgate. 1 PT (mulher) foi libertada, após
pagamento resgate. 1 PT (homem) foi também
libertado, posteriormente, após pagamento resgate.
GUINÉ EQUATORIAL/
SERRA LEOA/LIBÉRIA
JAN Surto de Ébola Acompanhamento e monitorização da situação
em colaboração c/ Emb Dakar.
Acompanhamento e monitorização dos PT residentes
nos psíses afectados pelo vírus do Ébola.
Actualização do quadro elaborado para este caso.
REPÚBLICA ARICA DO SUL
FEV Violência xenófoba Aumento do nível de
insegurança por recrudescimento de
violência contra pequenos proprietários estrangeiros
Acompanhamento situação em colaboração c/ Emb em
Pretória
Ataques e pilhagens contra pequeno comércio na posse de
estrangeiros em diversos “townships”da Africa do Sul.
CABO VERDE FEV Catástrofe natural erupção de vulcão na Ilha do Fogo (c/ duração de 77
dias), qual detruiu localidades de Chã das
Cladeiras, Portela e Bangaceira
Acompanhamento situação em colaboração c/ Emb na
Praia e através OCS
Comunidade PT residente não foi afectada, não havendo registo de
feridos ou danos materiais
RPCHINA FEV Surto de gripe em Hong-Kong
Acompanhamento situação
em colaboração c/ CG Macau / CH Hong-Kong /
Serviços de Saúde de Macau.
Gripe já matou 140 pessoas. Obrigatoriedade de medição da
temperatura corporal nos Postos fronteiriços, a fim despitar
eventuais casos
PAQUISTÃO FEV Atentado suicida em mesquita chiita, em
Shikarpur
Acompanhamento situação em colaboração c/ Emb
Islamabad
Morte de cerca de 60 pessoas locais e número elevado de
feridos
POLÓNIA FEV Acidente grave
com trabalhador PT da Empresa CRJ Wind, em
Slupsk
Acompanhamento e apoio situação em colaboração c/ Emb Varsóvia / Familiares.
Vários contactos c/ Empresa CRJ Wind (em TN)
Trabalhador PT sofreu um acidente grave quando subia as
escadas do hotel/pensão onde se hospedava. Assistido num
hospital local, em Slupsk, foi confirmada taxa de alcoolemia
superior a 2.00. Repatriado posterior/ p/ TN
IÉMEN FEV Crise política com deterioração situação
política e de segurança interna
Acompanhamento situação em colaboração c/ Emb
Riade Aviso nos CV do Portal
Encerramento das Embaixadas EUA, FR, UK na capital Saná. Em caso necessidade apoio a
cidadãos nacionais, cooperação
- 370 -
consular europeia, tornou-se praticamente impossível
ESPANHA FEV Acidente grave
suicidio de estudante Erasmus, a estagiar em
Ourense
Acompanhamento situação em colaboração c/ Emb
Madrid / CH Ourense / VC Vigo e através OCS
Jovem estagiária cometeu suicídio, na sequência de grande depressão. Família deslocou-se
ao local. Corpo foi trasladado p/ TN, após autópsia
SUIÇA FEV Acidente grave
ferroviário - colisão de 2 comboios, na localidade de Rafz, a norte de Zurique (30
km)
Contacto c/ CG Zurique. Acompanhamento situação
através OCS
Acidente teve lugar por volta das 06h30 locais. Registados 5
feridos, um dos quais em estado grave. Nenhuma vitima PT
REPÚBLICA CHECA
FEV Incidente grave -
tiroteio num restaurante, em localidade a sudoeste
de Praga
Acompanhamento situação através Emb Praga e OCS
Tiroteio teve lugar à hora do almoço, num restaurante a sudoeste de Praga, tendo
causado 9 vitimas mortais, segundo Min Interior.
Não houve estrangeiros entre as vítimas.
EAU
FEV Incidente grave
nacional detido p/ perturbação da ordem
pública, atentado ao pudor e desrespeito p/ leis e
costumes do país
Contactos c/ Emb Abu Dhabi / GSECP / Familiares. Acompanhamento situação em colaboração c/ Emb em
Abu Dhabi
Jovem PT, juntamente c/amigo espanhol, entrou numa casa de banho reservada a mulheres e
despiu-se, tendo tal sido considerado não só perturbação
da ordem pública, como atentado ao pudor e desrespeito p/ leis e
costumes locais. Foi detido, julgado e condenado ao
pagamento de uma multa, após o qual foi deportado p/ TN
ANGOLA FEV Incidente grave
assalto violento a casal PT, c/ ameaças fisícas, de
morte e violação
Conhecimento situação através CG Benguela
Casal de PT foi vitima de assalto violento na Catumbela (20 km a Nordeste Benguela), numa zona habitacional menos qualificada. Vitimas de sevícias físicas e furto
diversos bens materiais
GUINÉ EQUATORIAL/
SERRA LEOA/LIBÉRIA
FEV Surto de Ébola Contactos c/ Emb Dakar. Acompanhamento e
monitorização da situação
Acompanhamento e monitorização dos PT residentes
nos psíses afectados pelo vírus do Ébola.
Actualização do quadro elaborado para este caso.
MALI MAR Atentado terrorista,
em restaurante frequentado p/
estrangeiros, da capital, Bamako. Acto foi
reivindicado p/ grupo jihadista Al-Mourabitoune
Contactos c/ Emb Dakar /
EMGFA. Acompanhamento situação
através Emb Dakar e OCS
Morte de 5 pessoas: 1 belga, 1 francês e 3 malianos. Feridas 8
pessoas, entre as quais 2 militares suiços, e 1 português c/
ferimentos ligeiros. EMGFA emitiu comunicado confirmando presença de militares PT no país, quais
integram Missão das NU e UE
ÍNDIA MAR Acidente mortal de viação c/ PT, de férias no país
Contactos c/ CG Goa / Familiares (tio) / amigos.
Acompanhamento situação.
Acidente provocado p/ choque frontal entre uma scooter,
conduzida p/ cidadã PT (34A) e carro de transporte de
- 371 -
mercadorias local. Alerta dado p/ tio ao GEC q comunicou c/ amiga local e
posterior/ informou familia (tio) em TN. Corpo foi trasladado, após tramitação habitual, p/
Portugal. Accionada Seguradora contratada p/ viagem
TUNÍSIA MAR Atentado terrorista, no Museu do Bardo, em
Tunis
Acompanhamento situação em conjunto c/ Emb Tunis e
OCS nacionais e internacionais
Estimativas variaram entre 19 e 22 mortos (5 japoneses, 2
colombianos, 2 tunisinos, 4 IT, 1 FR, 1 PL, 1 ES, 1 australiano, 1
corpo por identificar e 2 terroristas) e 42 a 44 feridos
(entre os quais: 13 IT, 11 PL, 7 FR, 6 tunisinos, 4 japoneses, 2 sul-
africanos, 1 russo). Nenhum PT entre as vítimas.
No cruzeiro que transportava os turistas, havia 7 PT, os quais não
se encontravam no Museu, no momento do ataque terrorista.
FRANÇA MAR Acidente de viação mortal,
na A2, Eswars, Pas-de-Calais, Cambrai - Lille
Acompanhamento situação em conjunto c/ CG Paris
Casal camionista transportava peças de automóveis, c/ 40
toneladas, qual se virou. Senhora, que conduzia o camião não resistiu ao acidente, vindo a
falecer. Marido foi assistido no hospital
em Cambrai, em estado de choque. Familia (filhos
camionistas vivem em Bordéus) foi avisada e acompanhada
URUGUAI MAR Acidente aéreo,
com avião táxi argentino, em Punta del Este, pouco depois de ter descolado
Acompanhamento situação em conjunto c/ Emb Buenos Aires e Emb Montevideu / OCS
A bordo seguiam 10 pessoas: 2 tripulantes e 10 passageiros, 9
argentinos e 1 PT (ex funcionária da Emb em Buenos Aires),
residente na Argentina há 10 anos, trabalhava p/ a Empresa DORIER (marketing e produção
eventos)
FRANÇA MAR Acidente aéreo,
c/ avião Airbus 320, da Germanwings (low cost da
Lufthansa), quando sobrevoava os Alpes
franceses
Acompanhamento situação em conjunto c/ CG
Barcelona / CG Paris / Autoridades FR /
Procurador de Marselha e OCS nacionais e internacionais
150 pessoas a bordo: 6 tripulantes e 142 passageiros.
Várias nacionalidades, prevalecendo as: DE, ES, TUR,
entre outras. Não houve sobreviventes.
Nenhum PT a bordo.
MALAWI MAR Incidente c/ PT, supostamente
desaparecido da familia, a trabalhar em empresa PT
(Conduril), c/ sucursal naquele país
Acompanhamento situação em conjunto c/ Emb Harare
(Zimbabwe) / CH Lilogwe (Malawi) / Autoridades
locais / / Familia (esposa)
Nac emigrou p/ o Malawi p/ trabalhar numa Empresa da qual
foi despedido p/ suspeita de fraude/roubo. Empresa fez
queixa, local/, do PT. Posterior/ voltou a TN e
regressou de novo ao Malawi, c/ 1 história estranha,
alegadamente de tentativa de recuperar o emprego perdido.
Actual/ está em liberdade condicional, após pagamento
- 372 -
fiança e aguardar julgamento.
GUINÉ EQUATORIAL / SERRA LEOA /
LIBÉRIA
MAR Surto de Ébola Contactos c/ Emb Dakar. Acompanhamento e
monitorização da situação
Acompanhamento e monitorização dos PT residentes
nos psíses afectados pelo vírus do Ébola.
Actualização do quadro elaborado para este caso.
Fonte: DGACCP/GEC
- 373 -
4. OS CASOS DE EXPLORAÇÃO LABORAL
- 374 -
Em 2014, verifica-se um total de 63 situações reportadas pelos trabalhadores lesados
por incumprimento contratual/exploração laboral entre 2012 e outubro de 2014, quer
diretamente à DGACCP, quer aos postos/secções consulares portugueses, ou em
contrapartida, comunicadas pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e
pela Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT). A França surge, em primeiro
lugar, com o maior número de queixas, 16 no total, seguida da Alemanha e Angola
com 7, Reino Unido e Países Baixos com 6, Dinamarca com 3, Suíça, Guiana Francesa,
Brasil, Moçambique e República Democrática do Congo com 2, e Espanha, Finlândia,
Quénia, Costa do Marfim, Japão e Koweit com 1.
Quanto às respostas facultadas, em regra, nos casos de incumprimento contratual, o
trabalhador é informado sobre a natureza e caraterísticas da relação laboral, dos
meios que tem ao seu alcance para promover a sua resolução e do apoio que lhe pode
ser prestado pela rede consular portuguesa com jurisdição na localidade em que
exerce a sua atividade profissional.
As situações de exploração laboral são, consoante os casos, encaminhadas aos
postos/secções consulares competentes para analisarem e prestarem o apoio
necessário e possível, ao IEFP,IP ou à ACT para realizar a devida fiscalização/inspeção e
contactar com as suas congéneres estrangeiras.
No que respeita ao destacamento de trabalhadores para outro Estado – situações em
que um trabalhador vai trabalhar por conta de um dado empregador e por um período
de tempo limitado para o território de outro Estado diferente daquele em que
habitualmente exerce a sua atividade, - o empregador deve comunicar à ACT com
cinco dias de antecedência a identidade dos trabalhadores a destacar para o
estrangeiro, bem como o utilizador, o local de trabalho, o início e termo previsíveis da
deslocação.
De acordo com informação disponibilizada pela ACT, em 2012, foram realizadas 4,167
comunicações de destacamento para outro Estado. No âmbito da sua ação inspetiva,
foram efetuadas 148 visitas, 5 advertências, 137 informações e 49 infrações.
Em 2013, foram efetuadas 4,892 comunicações de destacamento para outro Estado.
No âmbito da ação inspetiva da ACT, foram realizadas 369 visitas, 20 advertências, 221
informações e 82 infrações.
- 375 -
Casos de incumprimento contratual/exploração laboral em 2014
N.º PAÍS (DESTINO) ASSUNTO
1 França Mais de dez casos de trabalhadores portugueses na Córsega, Alpes Marítimos, Montpellier e Marselha a exercerem funções no setor da construção civil, com contratos de prestação de serviços, que se encontram em dificuldades, sem apoio das empresas contratantes (angariadores de mão-de-obra em Portugal e detentoras da obra francesas e de outras nacionalidades).
2 Países Baixos Federação dos Sindicatos Holandeses – FNV Bouw, informam que lhes foi comunicado, próximo do Natal e Ano Novo, por portugueses a trabalhar na autoestrada A4 entre Defft e Schiedam (arredores de Haia), a falta de pagamento atempado e integral de salários e de condições de alojamento.
3 Suíça Denúncia feita pelo sindicato UNIA relativamente a uma situação de exploração envolvendo cerca de 50 trabalhadores (8 cidadãos portugueses), numa obra em duas instalações de uma empresa em Zurique. A proprietária da obra contratou uma empresa espanhola para a execução dos trabalhos, tendo esta contratado em Espanha os trabalhadores. Os trabalhadores recebiam salários entre €900,00 e €2000,00 para um horário de trabalho de 60 horas semanais – dumping salarial (em desrespeito pela legislação laboral suíça).
4 Finlândia Encontram-se entre 40-50 trabalhadores portugueses nos Estaleiros navais de Piikiö onde estão a trabalhar para uma subempreitada. Os trabalhadores estarão com um atraso de 3 meses no pagamento. Possuem bilhetes de viagem aérea ida/volta e aguardam pela chegada da entidade patronal para esclarecer a situação.
5 Angola Pedido de apoio para resolução de um caso de não pagamento de salários por parte do empregador.
6 Reino Unido Pedido de apoio para resolução de litígio decorrente de uma relação laboral com a empresa Power Cleaning Group do RU relativa à falta de pagamento de uma semana de trabalho e de acesso negado ao local de trabalho apos uma semana de férias.
7 Suíça Pedido de apoio para a resolução de litígio laboral resultante do não pagamento de salários por parte do empregador.
8 França Pedido de informação e apoio com vista a obter o pagamento de salários em atraso por parte de um antigo empregador.
9 Guiana Francesa Pedido de apoio para contratação de um advogado com vista à resolução de um litígio relativo ao não pagamento de salários a um trabalhador português.
10 Dinamarca Queixa relativa a incumprimento por parte do empregador no âmbito de uma relação laboral.
11 Alemanha Pedido de orientação com vista a conseguir o pagamento de salários em atraso decorrente de uma relação laboral com um hotel na Alemanha.
12 RD Congo Pedido de apoio para resolução de um litígio laboral (pagamento de salários em atraso) que está a ser tratado judicialmente na RDC.
Fonte: DGACCP/EMI
- 376 -
5. DETIDOS PORTUGUESES NO ESTRANGEIRO
5.1 Dados Gerais
- 377 -
Os dados que constam deste ponto nem sempre traduzem com a desejada exatidão a
realidade da população prisional portuguesa no estrangeiro, mas são sem dúvida
representativos da dimensão aproximada da mesma, constituindo, por isso, um
importante instrumento de análise.são exaustivos
Na maior parte dos casos, os serviços do Ministério dos Negócios Estrangeiros apenas
tomam conhecimento das detenções quando, nos termos do artigo 36º da Convenção
de Viena sobre Relações Consulares, é solicitado apoio consular.
Noutros casos, as entidades oficiais de alguns países disponibilizam listagens anuais de
carácter generalista e não nominativo, procedimento que dificulta a correta análise
dos dados e respetiva introdução na base de dados de detidos e/ou presos
portugueses no estrangeiro gerida pela DGACCP, dado que esta é essencialmente
nominativa.
As seguintes informações expressam os valores do número de detidos nacionais
conhecidos no estrangeiro, no ano de 2014.
Entre Janeiro e Dezembro de 2014, os postos consulares comunicaram à DGACCP a
detenção de 330 cidadãos nacionais, tendo ocorrido 214 na Europa e 116, fora da
Europa.
No gráfico infra estão referenciados os países onde se registaram cinco ou mais casos
de detenção.
- 378 -
Detenções por país em 2014
Fonte: DGACCP/SAC
Por outro lado, verifica-se a continuidade na prevalência do número de detenções
entre os indivíduos do sexo masculino, conforme demonstrado no seguinte gráfico.
Detenções por género em 2014
Fonte: DGACCP/SAC
- 379 -
Sobre os motivos que levam à detenção em 2014, conforme indicado no gráfico infra,
o tráfico de droga continua a ser a principal razão das detenções entre as comunidades
portuguesas (141 ocorrências). No mesmo ano, manteve-se o elevado número de
detenções cujos motivos não foram reportados à DGACCP.
Motivos de detenção
Fonte: DGACCP/SAC
- 380 -
5 DETIDOS PORTUGUESES NO ESTRANGEIRO
5.2 Detidos na Europa
- 381 -
Em 2014, foram registados 214 casos de detenções de portugueses em países
europeus, com a seguinte distribuição, indicando-se apenas os países onde se
registaram 5 ou mais detenções.
Detenções por país em 2014 (Europa) – Países com 5 ou mais detenções
Fonte: DGACCP/SAC
Fonte: DGACCP
No ano de 2014, destacam-se, na Europa, os casos de Espanha, França, Reino Unido e
Alemanha, principais destinos da emigração portuguesa, que entre si reúnem 186 das
214 detenções registadas.
Importa fazer uma chamada de atenção para as detenções na Turquia, país onde, no
espaço de dois anos, se registou o maior número de ocorrências de sempre naquele
país (5 em 2013 e 5 em 2014, todos por tráfico de droga).
Pelo que foi possível apurar, dos registos de 2014, 176 dos indivíduos mantêm-se
detidos, 3 encontram-se em liberdade condicional, enquanto sobre 35 foi já
comunicada a sua libertação.
De destacar ainda o facto de, no decorrer do ano de 2014, se ter registado um
aumento das quantidades de droga apreendidas a cidadãos nacionais, o que leva a que
aos mesmos sejam aplicadas penas de prisão mais elevadas.
- 382 -
Com efeito, excluindo os casos cujos motivos não são conhecidos, o tráfico de droga
foi a principal causa das detenções entre a comunidade portuguesa na Europa, seguida
dos crimes de roubo ou furto.
- 383 -
5 DETIDOS PORTUGUESES NO ESTRANGEIRO
5.3 Detidos fora da Europa
- 384 -
Fora da Europa, foram comunicadas à DGACCP 116 detenções de nacionais
portugueses, com seguinte distribuição, onde se indicam apenas os países onde se
registaram 3 ou mais detenções.
Detenções por país em 2014 (Fora da Europa) - Países com 3 ou mais
detenções
Fonte: DGACCP/SAC
O Brasil continua a ser o país com maior número de detenções em territórios fora da
Europa,o que em parte pode ser explicado pela dimensão da comunidade portuguesa
neste país.
Também fora da Europa, são o tráfico de estupefacientes seguido do roubo os
principais crimes praticados pelos cidadãos portugueses.
De acordo com os últimos dados disponíveis, do total de detidos fora da Europa, no
ano de 2014, encontram-se ainda detidos 95 nacionais, estando 20 já em liberdade. Na
situação de liberdade condicional, apurou-se apenas 1.
Destaca-se ainda, entre os cidadãos que se encontram em situação de liberdade
condicional, o caso particular do Peru. Proibidos de abandonarem o país e de exercer
uma atividade profissional, muitos destes portugueses vivem numa situação de
precariedade extrema e com graves dificuldades em garantir a subsistência. Esta
situação tem merecido uma particular atenção e acompanhamento do Ministério dos
- 385 -
Negócios Estrangeiros, estando a ser devidamente acompanhada pelas entidades
oficiais dos dois países.
Conclusões
Em 2014, foram detidos no estrangeiro um total de 330 portugueses, dos quais 271
ainda se encontravam detidos no final do ano. Em liberdade condicional, contavam-se
4, e 55 haviam sido libertados.
Dada a natureza de mais de um terço do total de detenções (crimes de posse e tráfico
de droga), normalmente enquadrados em molduras penais mais gravosas, será de
esperar um crescente número de condenações a penas de prisão de maior duração
(entre cinco a 10 anos).
De salientar que a grande maioria dos casos de detenção se reporta a indivíduos do
sexo masculino - 298 casos registados na DGACCP - face a 32 detenções de nacionais
do sexo feminino.
O tráfico de droga continua a ser a maior causa de detenção seguida de crimes
tipificados como delitos de furto ou roubo.
No gráfico infra, estão referenciados os países com maior número de detidos
portugueses.
Países com maior número de detidos portugueses em 2014
Fonte: DGACCP/SAC
- 386 -
6. DEPORTAÇÕES, EXPULSÕES E AFASTAMENTOS
- 387 -
Em 2014, foram deportados/expulsos/afastados 302 cidadãos portugueses oriundos
de diversos países.
Estados Unidos da América
Dos 49 cidadãos portugueses deportados em 2014, 12 solicitaram à DGACCP apoio
social à chegada. O maior número provém da área de jurisdição do Consulado-Geral de
Portugal em Newark e a principal razão da deportação prende-se com a existência de
antecedentes criminais (assaltos, roubos, violência doméstica e sexual, entre outros),
seguida da prática de crime de permanência ilegal.
Portugueses deportados por condenação criminal anterior/por violação da Lei de Imigração
Com antecedentes criminais
Por permanência ilegal
Desconhecido Total
33 11 5 49
Fonte: Rede consular portuguesa nos EUA
Fonte: Rede consular portuguesa nos EUA
0
5
10
15
20
25
30
35
AntecedentesCriminais
PermanênciaIlegal
Desconhecido
- 388 -
Portugueses deportados por área consular
Área Consular Número de Deportados
Newark 17
São Francisco 8
New Bedford 16
Washington 6
Nova Iorque 2
Total 49
Fonte: Rede consular portuguesa nos EUA
Canadá
Durante o ano de 2014, dos 160 cidadãos portugueses expulsos, a DGACCP apenas
pode efetuar a tipificação dos 23 expulsos do Canadá cujos dados foram transmitidos
pela rede consular portuguesa naquele país.
O maior número provém da área de jurisdição do Consulado-Geral de Portugal em
Toronto, sendo maioritariamente natural de Portugal Continental. As principais razões
de expulsão prendem-se com a existência de antecedentes criminais (assaltos, roubos,
violência doméstica e sexual, entre outros) e de crimes de permanência ilegal.
- 389 -
Portugueses expulsos por condenação criminal anterior/por violação da Lei de Imigração
Com antecedentes criminais
Por permanência ilegal
Desconhecido Total
11 10 2 23
Fonte: Rede consular portuguesa no Canadá
Fonte: Rede consular portuguesa no Canadá
Portugueses expulsos por área consular
Área Consular Número de Deportados
Montreal 2
Vancouver 1
Toronto 20
Total 23
Fonte: Rede consular portuguesa no Canadá
0
2
4
6
8
10
12
AntecedentesCriminais
Permanência Ilegal Desconhecido
- 390 -
Europa
Em 2014, foram expulsos/afastados um total de 85 cidadãos portugueses de países
pertencentes à União Europeia, designadamente 72 do Reino Unido, 4 da Alemanha, 4
da França, 2 de Espanha, 1 da Estónia, 1 dos Países Baixos e 1 da Suíça.
Portugueses expulsos de países europeus em 2014
Fonte: DGACCP/EMI
Outros países
Em 2014, foram expulsos/afastados um total de 8 cidadãos portugueses,
designadamente 1 da Rússia, 3 da Venezuela, 1 da Argentina, 1 da Turquia, 1 dos EAU
e 1 de Moçambique).
0
10
20
30
40
50
60
70
80 72
4 4 2
1 1
1
- 391 -
Tipificação dos cidadãos nacionais expulsos/ deportados/ afastados apoiados e não
apoiados do conhecimento da DGACCP
Do total de 302 cidadãos portugueses expulsos/ deportados/ afastados para Portugal
em 2014, foi possível efetuar a tipificação referente a 54 nacionais (engloba os
cidadãos nacionais apoiados e não apoiados pela DGACCP), relativamente aos
seguintes critérios: país de proveniência; grupo etário; género; local de acolhimento.
Em relação aos países da Europa, proveem maioritariamente do Reino Unido, seguido
da França e Espanha. Dos países de Fora da Europa, destaca-se os EUA, seguido do
Canadá e Venezuela. Verifica-se uma ligeira vantagem do escalão etário entre os 40-49
anos, sobre os seguintes 30-39 anos e 18-29 anos. Predominam os cidadãos nacionais
do sexo masculino, sendo expulsos, principalmente, por antecedentes criminais.
Aquando do regresso, são acolhidos no concelho de Lisboa, Funchal, Porto e Ponta
Delgada.
Principais países de proveniência
Fonte: DGACCP/EMI
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
- 392 -
Distrito/concelho de acolhimento/ Género
Região Distrito/ Concelho Género Total
Masculino Feminino
Norte Porto 2 1 3
Vila Real 1 --- 1
Bragança 1 --- 1
Centro Lisboa 16 4 20
Leiria 2 --- 2
Santarém 1 --- 1
Coimbra 1 --- 1
Sul Setúbal 2 --- 2
Faro 1 --- 1
Açores Ponta Delgada 3 --- 3
Madeira Funchal 7 2 9
Destino Desconhecido 8 2 10
Total 45 9 54
Fonte: DGACCP/EMI
Distrito/concelho de acolhimento/ Género
Fonte: DGACCP/EMI
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Masculino
Feminino
- 393 -
7. ASIC-CP e ASEC-CP
7.1 Apoio Social aos Idosos Carenciados das Comunidades
Portuguesas (ASIC-CP)
- 394 -
O Apoio Social a Idosos Carenciados das Comunidades Portuguesas (ASIC-CP) constitui
uma medida de apoio social do Estado português que se enquadra no Subsistema de
Ação Social, do sistema de proteção social de cidadania, constante da Lei n.º 4/2007,
de 16 de janeiro, que aprova as bases gerais do sistema de Segurança Social.
O respetivo Regulamento de Atribuição, aprovado pelo Despacho Conjunto
n.º17/2000, de 7 de janeiro, do Ministério dos Negócios Estrangeiros e do Ministério
do Trabalho e da Solidariedade Social, foi posteriormente alterado e republicado no
Anexo II do Decreto Regulamentar n.º33/2002, de 23 de abril.
O ASIC-CP tem como destinatários os idosos portugueses com idade igual ou superior a
65 anos, com residência legal no estrangeiro, em situação de comprovada carência
económico-social não superável pelos mecanismos existentes nos países de
acolhimento, sem familiares obrigados a prestar alimentos ou no caso de existirem não
estarem em condições de os prestarem.
Tem como objetivo proporcionar condições mínimas de subsistência, designadamente
alojamento, alimentação, cuidados de saúde e higiene.
Reveste a natureza de subsídio pessoal, intransmissível, com periodicidade mensal,
embora pago trimestralmente por transferência bancária aos beneficiários residentes
no Brasil e por cheque aos requerentes dos restantes países.
É financiado por transferências do Orçamento do Estado e inscrito anualmente no
Orçamento da Segurança Social do Estado português, sendo processado pelo Instituto
de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS).
A tramitação processual desta medida de apoio social envolve várias entidades,
nomeadamente os postos/secções consulares, a Direção Geral dos Assuntos
Consulares e Comunidades Portuguesas (DGACCP), a Direção Geral da Segurança Social
(DGSS), o IGFSS, os Gabinetes dos Secretários de Estado das Comunidades Portuguesas
e da Solidariedade e Segurança Social, bem como instituições bancárias.
- 395 -
Em 2014 entraram na DGACCP 31 candidaturas, provenientes dos seguintes países:
África do Sul (3); Argentina (2); Brasil (20); Moçambique (2); Suazilândia (1); Venezuela
(2) e Zimbabué (1). Destas 16 foram deferidas, 9 propostas a indeferimento, 5
pendentes e 1 arquivado, por falecimento do interessado.
No 4.º trimestre de 2014, encontravam-se registados 910 beneficiários, para efeitos de
pagamento, distribuídos por 16 países:
País Número de beneficiários
Africa do Sul 64
Angola 21
Argentina 18
Brasil 612
Cabo Verde 6
Colômbia 1
India 1
Macau 1
Marrocos 1
Moçambique 67
Namíbia 1
República do Congo 2
Suazilândia 1
Uruguai 4
Venezuela 84
Zimbabué 26
- 396 -
7. ASIC-CP e ASEC-CP
7.2 Apoio Social aos Emigrantes Carenciados das
Comunidades Portuguesas (ASIC-CP)
- 397 -
O Apoio Social aos Emigrantes Carenciados das Comunidades Portuguesas (ASEC-CP)
constitui uma medida de apoio social do Estado português, cujo Regulamento de
Atribuição consta do Anexo I do Decreto Regulamentar n.º 33/2002, de 23 de abril.
Tem como destinatários os emigrantes portugueses e suas famílias que se encontram
em situação de comprovada carência de meios de subsistência ou que evidenciam
grande vulnerabilidade, não superável pelos mecanismos de proteção social e saúde
existentes nos países de residência.
O ASEC-CP destina-se especificamente às vítimas de crimes contra a integridade física;
de catástrofes naturais e calamidades públicas; de acontecimentos extraordinários,
acidentais e de incidência individual; de doença grave que necessite de tratamento
urgente, intervenção cirúrgica ou outro; portadores de deficiência ou vítimas de
acidente incapacitante, em situação de dependência que careçam de ajuda técnica
para a melhoria das suas condições de vida.
Reveste a natureza de subsídio individual ou familiar, intransmissível, pontual,
extraordinário e de prestação única.
O montante a atribuir é variável, tendo em conta a situação socioeconómica do
próprio e do respetivo agregado familiar.
É financiado pelo orçamento da Segurança Social, depende anualmente de dotação do
Orçamento de Estado português, e é processado pelo Instituto de Gestão Financeira da
Segurança Social (IGFSS).
A tramitação processual desta medida de apoio social envolve várias entidades,
nomeadamente os postos/secções consulares, a Direção Geral dos Assuntos
Consulares e Comunidades Portuguesas (DGACCP), a Direção Geral da Segurança Social
(DGSS), o IGFSS, os Gabinetes dos Secretários de Estado das Comunidades Portuguesas
e da Solidariedade e Segurança Social, bem como instituições bancárias.
- 398 -
Em 2014, deram entrada na DGACCP 9 pedidos ASEC-CP, dos quais foram deferidos 4,
distribuídos por 3 áreas consulares, para as seguintes finalidades: meios de diagnóstico
e tratamento, medicamentos e meios de correção e de compensação.
Área Consular Número de beneficiários
São Paulo 1
Rio de Janeiro 2
Joanesburgo 1
- 399 -
8. PARCERIAS SOCIAIS
- 400 -
Protocolo de Cooperação entre a Direção Geral dos Assuntos Consulares e
Comunidades Portguesas e o Instituto da Segurança Social
O Protocolo de Cooperação, assinado em fevereiro de 2010, entre a DGACCP e o ISS,
I.P., sobre o apoio a conceder a nacionais a cumprir pena no estrangeiro e a residentes
em Portugal em caso de morte no estrangeiro de pessoa de família, encontra-se em
revisão, tendo sido constituído um grupo de trabalho para o efeito, composto por
representantes dos dois organismos, não tendo pois sido apoiado qualquer pedido.
Protocolo entre a Direção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades
Portuguesas e a Obra Católica Portuguesa de Migrações
Na sequência da atribuição de reuniões preparatórias e de um subsídio concedido pela
DGACCP, a Obra Católica Portuguesa de Migrações realizou, em outubro de 2014, uma
visita ao Peru/Lima, com o objetivo de efetuar o levantamento do número concreto e
situação dos portugueses detidos e daqueles que se encontram em regime de
liberdade condicional no Peru e na Bolívia, com particular incidência nas situações de
carência, tendo em vista a avaliação do(s) tipo(s) de apoio social mais adequado para
cada um dos casos assinalados.
O relatório resultante da visita foi apresentado no 1º trimestre de 2015.
Protocolo entre a Direção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades
Portuguesas e o ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa
No quadro do protocolo existente entre a DGACCP e o ISCTE - Instituto Universitário de
Lisboa, relativo ao Observatório da Emigração, foi dada continuidade em 2014 à
produção de informação relevante em matéria de dados estatísticos sobre emigração,
disponibilizada através do Portal do Observatório da Emigração.
Protocolo entre a Direção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades
Portuguesas e o Instituto Nacional de Estatística
Em 2014, no âmbito do Protocolo celebrado em 2006 com o Instituto Nacional de
Estatística, a DGACCP desenvolveu diversas iniciativas tendo por objetivo a obtenção
- 401 -
de informação estatística dirigida à avaliação sobre as migrações internacionais,
particularmente da emigração da população portuguesa residente.
Protocolo entre a Direção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades
Portuguesas e a Faculdade de Letras da Universidade do Porto
No quadro do Protocolo existente entre a DGACCP e a Faculdade de Letras da
Universidade do Porto, em 2014 desenvolveu-se uma parceria no âmbito dos trabalhos
de investigação sobre Emigração, visando o lançamento em 2015, do livro do Professor
João Teixeira Lopes subordinado ao tema a “Emigração Pendular para Espanha” no
setor da construção civil.
- 402 -
9. CAMPANHA DE INFORMAÇÃO: “Trabalhar no estrangeiro,
Informe-se antes de partir”
9.1 Enquadramento
- 403 -
O aumento dos fluxos migratórios registado nos últimos anos em Portugal aliado à
necessidade de prevenir situações de ilegalidade e exploração laboral justificaram
o lançamento, em maio de 2012, da 3ª edição da Campanha “Trabalhar no
estrangeiro – Informe-se antes de partir”.
Esta Campanha resulta, tal como as duas edições anteriores realizadas em 2003 e
2006, de uma parceria conjunta do Gabinete do Secretário de Estado das
Comunidades Portuguesas (GSECP), da Direção Geral dos Assuntos Consulares e
Comunidades Portuguesas (DGACCP), do Instituto do Emprego e Formação
Profissional (IEFP, IP), do Instituto da Segurança Social (ISS,IP) e da Autoridade
para as Condições de Trabalho (ACT), e tem como objetivo alertar os potenciais
candidatos a viver/trabalhar no estrangeiro para a importância de se informarem
antes de saírem de Portugal, designadamente sobre:
a) condições de vida e de trabalho no país de acolhimento;
b) conhecimentos linguísticos;
c) profissões regulamentadas;
d) acesso aos cuidados de saúde e à segurança social;
e) benefícios e obrigações fiscais;
f) formalidades legais e administrativas;
g) cuidados a ter;
h) contactos úteis.
- 404 -
9. CAMPANHA DE INFORMAÇÃO: “Trabalhar no estrangeiro,
Informe-se antes de partir”
9.2 Caracterização
- 405 -
Do trabalho realizado no âmbito da Campanha Trabalhar no Estrangeiro, cujo objetivo,
fundamental, é o de prevenir situações de ilegalidade e mesmo de exploração laboral,
procurando sensibilizar todos os que pretendem trabalhar no estrangeiro para a
necessidade de se informarem antes de saírem do território nacional, destacam-se as
seguintes atividades em 2014:
Distribuição de 40.000 folhetos sobre Trabalhar em Angola, Brasil, França e
Suíça (10.000 por cada país) pelo território nacional (organismos sob a
dependência dos vários parceiros), Câmaras Municipais de Almada,
Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Moita, Odivelas, Oeiras,
Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal e Sintra, 95 Gabinetes de Apoio ao
Emigrante, Sindicatos dos Trabalhadores da Construção de Portugal, dos
trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares
do Norte e do Sul, Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) e pela
rede consular portuguesa;
Criação de fichas sobre os principais países de destino da emigração
portuguesa, designadamente Alemanha, Austrália, Emirados Árabes Unidos
(EAU), Estados Unidos da América (EUA), Moçambique e Reino Unido , em
colaboração com as representações diplomáticas/consulares portuguesas;
Disponibilização dos referidos folhetos e fichas no Portal das Comunidades
em www.portaldascomunidades.mne.pt
Reunião com delegação georgiana e delegação da ICMPD (International
Centre for Migration Policy Development) sobre as práticas portuguesas de
apoio à diáspora/acompanhamento de portugueses no estrangeiro (11 de
abril de 2014);
Entrevista concedida ao canal de televisão sérvio RTS para um
documentário sobre as boas práticas portuguesas no apoio à
emigração/imigração (26 de setembro de 2014);
Reunião, a pedido da Embaixada da Polónia em Lisboa, sobre a diáspora
portuguesa no mundo: problemas e desafios (30 de setembro de 2014);
- 406 -
Elaboração de folhetos sobre Trabalhar na Alemanha, Austrália, Canadá,
Espanha e Reino Unido, com os contributos dos postos/secções consulares
acreditados nos respetivos países (outubro 2014);
Compilação dos contributos dos vários parceiros para a atualização da
informação constante na brochura, designadamente DGACCP, IEFP, I.P.,
ISS,I.P., ACT, bem como da Direção Geral da Segurança Social e Autoridade
Tributária e Aduaneira;
219 Atendimentos presenciais, telefónicos e por email, realizados pela
DGACCP/EMI, e de 83 atendimentos pela DGACCP/DSR. Os atendimentos
respeitam, maioritariamente, a pedidos de informação relacionados com a
análise de ofertas lançadas na internet e aspetos relacionados com
incumprimento contratual. Os países mais referenciados foram: Camarões
(construção civil); Reino Unido (Hotelaria); Estados Unidos; Canadá; outros
países africanos;
Realização, em parceria com outras instituições, de sessões de
esclarecimento e seminários, em particular na região norte do país;
Concessão de apoio financeiro ao Sindicato dos Trabalhadores da
Construção de Portugal, dos trabalhadores da Indústria de Hotelaria,
Turismo, Restaurantes e Similares do Norte para lançamento da “Campanha
no Mundo” (2012) e Campanha “Emigrar com segurança na Europa e Fora
da Europa” (2013);
Sensibilização das Ordens dos Engenheiros, Enfermeiros e Arquitetos para a
divulgação da Campanha junto dos seus associados;
Participação no Programa da RTP "Sociedade Civil", 20 de fevereiro de
2014;
Participação no Europe Direct – Paços de Ferreira, 13 de março de 2014;
Participação na Volta de Apoio ao Emprego (Dia da Europa):Lamego, 9 de
maio de 2014;
Participação na Emigração Segura-GAE de Vila do Conde, 29 de maio de
2014;
- 407 -
Participação na Emigração Segura: Cidade das Profissões-Câmara Municipal
do Porto,17 de junho de 2014;
Participação no Trabalhar no Estrangeiro – GAE e Santa Maria da Feira – 4
de junho;
Participação no Mobiliza-te-Emigração Segura, Profisousa, Paços de
Ferreira, 23 de outubro de 2014.
- 408 -
9. CAMPANHA DE INFORMAÇÃO: “Trabalhar no estrangeiro,
Informe-se antes de partir”
9.3 Atendimento aos candidatos
- 409 -
No âmbito da Campanha “Trabalhar no Estrangeiro - Informe-se antes de partir”, a DGACCP e os GAE realizaram 1.400 atendimentos presenciais, telefónicos, e por correio eletrónico, tendo a EMI efetuado 755 e a DSR Porto/GAE concluído 645. Nos “Dias Europeus do Emprego 2013” e dada a especificidade desta ação, 90% dos atendimentos foram solicitados por jovens recém-licenciados, muitos com mestrado Pós-Bolonha, especialmente nas áreas da engenharia e enfermagem, com idades compreendidas entre os 20 e os 30 anos, de ambos os sexos e com experiência profissional. Os restantes 10% tinham as mais diversas profissões, nomeadamente professores, funcionários públicos, médicos, entre outras, e, na generalidade, estavam empregados. Maioritariamente, 80% das informações foram prestadas a jovens com licenciatura, em diversas áreas de ensino, que respondem a anúncios, através da internet, nem sempre ligados à sua formação académica. O destino preferencial é a UE, destacando-se o Reino Unido (restauração/hotelaria). As questões colocadas pelos interessados ao longo do período em estudo versavam essencialmente sobre a verificação da legalidade da empresa e a veracidade da proposta de trabalho apresentada; ofertas de trabalho; formalidades legais/administrativas necessárias à iniciação de um processo de emigração; informações de natureza fiscal, acesso a cuidados de saúde e segurança social; procedimentos e apoios para a criação de empresas no estrangeiro; como resolver eventuais problemas decorrentes da relação laboral. A caracterização de 155 dos atendimentos – não foi contabilizada na tabela “Distribuição por país” – porquanto a maioria resultou de contactos telefónicos, sem muitos elementos identificativos, embora muitos deles sejam sobre ofertas de trabalho para a UE. O Reino Unido surge em primeiro lugar na preferência dos pedidos de informação, seguido do Canadá, Brasil, França, EUA, Alemanha, Suíça, EAU, Angola e Austrália. Relativamente aos Camarões, sublinhe-se o facto de todas as propostas de trabalho enviadas à DGACCP para confirmação da autenticidade se terem revelado falsas. Desconhece-se a real dimensão dos candidatos burlados porque as ofertas disponibilizadas na internet são muito apelativas do ponto de vista monetário.
- 410 -
Distribuição por país – junho 2012 até outubro 2014
Países com maior procura Nº de pedidos de informação
Reino Unido 176
Camarões 140
Canadá 56
Brasil 45
França 44
Alemanha 33
Angola 31
Austrália 30
Suíça 26
Paises Baixos 20
Espanha 16
Moçambique 13
RD Congo 12
Bélgica 10
Irlanda e Luxemburgo 8
Fonte: DGACCP/EMI/DSR
Ainda sobre a colocação de candidatos, em particular por ação do Instituto do Emprego e Formação Profissional, a DGACCP procurou saber o resultado do cruzamento entre a oferta e a procura. A informação transmitida pelo IEFP, foi de que os Conselheiros EURES só conseguem obter elementos definitivos sobre a colocação de um nacional português não registado no IEFP,IP ao fim de 6 meses, por outro lado, os empregadores não fornecem ou não prestam atempadamente informação. Assim, os dados abaixo não refletem na íntegra os resultados alcançados com os processos de mobilidade. Dos quadros discriminados por país, escalão etário, género e profissão, entre 2010 e outubro de 2014, constata-se que a França lidera as colocações para o exterior, seguida de Espanha, Alemanha, Bélgica, Suíça, Reino Unido, Países Baixos, Canadá, Noruega, Angola, Irlanda, Suécia, Dinamarca e Bahamas. França e Suíça registaram uma diminuição significativa em 2013, ao contrário da subida assinalada nos restantes países. O Canadá apresenta um número significativo em 2014. Quanto ao escalão etário, domina a faixa entre os 25-34 anos, com 207 colocações, seguida sucessivamente pela dos 35-54 e pelos menores de 25 anos. Relativamente ao género, o sexo masculino ultrapassa ligeiramente o feminino, mas enquanto essa vantagem é substancial em 2011, em 2013 verifica-se uma ligeira descida dos homens, face ao aumento exponencial das mulheres. Em 2014, os géneros estão quase igualados. No que diz respeito à Classificação Nacional de Profissões, os especialistas das ciências da vida e profissões de saúde estão no topo das colocações – que quase duplicaram de 2012 para 2013 – seguido do pessoal dos serviços diretos e particulares de proteção e segurança; operários, artífices e trabalhadores similares; outros técnicos e profissões de nível intermédio; especialistas das ciências físicas, matemáticas e engenharias; outros especialistas das profissões intelectuais e científicas; empregados de escritório; manequins, vendedores e demonstradores. As profissões que se sucedem têm um caracter residual.
- 411 -
Em suma, de um total de 453 colocações, 10% ocorreram em 2010, 7% em 2011, 29% em 2012, 33% em 2013 e 21% em 2014.
Colocação externa de portugueses por país entre 2010 a outubro de 2014
País/Ano 2010 2011 2012 2013 2014
Angola 5 1 4 1 -
Bélgica - - 5 25 4
Canadá - - - - 22
Bahamas - - 1 - -
Suíça 4 - 23 6 -
Alemanha - 2 19 32 23
Dinamarca - - - 1 -
Espanha 26 5 23 25 2
França 5 16 46 24 31
Irlanda 1 4 10 - -
Países Baíxos 4 - 7 8 4
Noruega - 1 1 14 1
Suécia - 2 - - -
Reino Unido 2 1 1 13 8
Total 47 32 130 149 95
Fonte: IEFP
Colocação externa de portugueses por escalão etário entre 2010 e outubro de 2014
Idade/Ano 2010 2011 2012 2013 2014
Até 25 11 2 32 34 21
De 25 a 34 26 14 55 81 31
De 35 a 54 10 15 43 33 42
Mais de 54 0 1 0 1 1
Total 47 32 130 149 95
Fonte: IEFP
Colocação externa de portugueses por género entre 2010 e outubro de 2014
Género/Ano 2010 2011 2012 2013 2014
Masculino 29 26 71 58 49
Feminino 18 6 59 91 46
Total 47 32 130 149 95
Fonte: IEFP
- 412 -
Colocação externa de portugueses por CNP245/CPP entre 2010 e outubro de 2014
Profissão/Ano 2010 2011 2012 2013 2014
Diretores de empresa 1 - 2 3 3
Diretores e gerentes de pequenas empresas - - - - 1
Especialistas das ciências físicas, matemáticas e engenharias
4 2 4 18 1
Especialistas das ciências da vida e profissionais da saúde - 1 26 41 22
Docentes do ensino secundário, superior e profissões similares
1 1 2 7 3
Outros especialistas das profissões intelectuais e científicas
5 1 11 7 2
Técnicos e profissionais de nível intermédio 1 2 4 8 3
Profissionais de nível intermédio das ciências - 2 - 9 3
Profissionais de nível intermédio do ensino 1 - 3 2 -
Outros técnicos e profissionais de nível intermédio 7 - 12 11 5
Empregados de escritório 2 3 7 8 3
Empregados de receção, caixas, bilheteiros e similares 4 3 6 4 2
Pessoal dos serviços diretos e particulares de proteção e segurança
13 3 11 12 6
Manequins, vendedores e demonstradores 3 3 7 6 3
Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, criação de animais de pesca
- - 1 1 -
Operários, artífices e trabalhadores similares 4 3 19 1 11
Trabalhadores da metalurgia e da metalomecânica e trabalhadores similares
- 3 1 3 8
Mecânicos de precisão, oleiros e vidraceiros, artesão, trabalhadores de artes gráficas
- - 3 - 1
Outros operários, artífices e trabalhadores similares - - 1 1 2
Operadores de máquinas e trabalhadores de montagem - - 1 2 -
Condutores de veículos e embarcações, operadores de equipamentos pesados móveis
- 2 3 2 6
Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio 1 2 5 3 1
Trabalhadores não qualificados da agricultura e pescas - 1 - - -
Trabalhadores não qualificados das minas e da construção civil
- - 1 - 1
Outros - - - - 8
Total 47 32 130 149 95
Fonte: IEFP
- 413 -
9. CAMPANHA DE INFORMAÇÃO: “Trabalhar no estrangeiro,
Informe-se antes de partir”
9.4 Folhetos
- 414 -
Folhetos
- 415 -
- 416 -
10. REDE CONSULAR E PERMANÊNCIA CONSULAR
10.1 Rede Consular
- 417 -
Rede Consular
A atual rede consular portuguesa compreende as seguintes categorias de postos
consulares:
a) Consulados -gerais;
b) Consulados;
c) Vice-consulados.
São ainda postos consulares que compõem a rede consular portuguesa os consulados
honorários. Em 2014 Portugal contou com 222 consulados honorários ativos, dos quais
48 com competências para a prática de atos consulares em matéria de registo civil e de
notariado, 29 para a emissão de documentos de viagem e 34 para a realização de
operações de recenseamento eleitoral. Destes, 10 consulados honorários funcionaram
em regime de atendimento permanente.
Por outro lado, nas missões diplomáticas podem ser organizadas secções consulares,
que funcionam nos termos definidos para os postos consulares.
Em casos fundamentados e devidamente autorizados, os postos consulares podem
abrir escritórios fora da sua sede. Em 2014, Portugal tinha 3 escritórios consulares em
funcionamento: Lugano (Consulado Geral em Zurique); Orlando (Embaixada de
Portugal em Washington); Sion (Consulado Geral em Genebra).
Os postos e as secções consulares podem, sempre que se justifique e devidamente
autorizados, instituir permanências consulares.
- 418 -
Postos Consulares em Dezembro de 2014
País Posto Consular Categoria1
África do Sul Capetown CG
África do Sul Joanesburgo CG
África do Sul Pretória SC
Alemanha Berlim SC
Alemanha Dusseldorf CG
Alemanha Estugarda SC
Alemanha Hamburgo CG
Angola Benguela CG
Angola Luanda CG
Arábia Saudita Riade SC
Argélia Argel SC
Argentina Buenos Aires SC
Austrália Camberra SC
Austrália Sidney CG
Áustria Viena SC
Bélgica Bruxelas SC
Brasil Belém do Pará VC
Brasil Belo Horizonte C
Brasil Brasília SC
Brasil Curitiba VC
Brasil Fortaleza VC
Brasil Porto Alegre VC
Brasil Recife VC
Brasil Rio de Janeiro CG
Brasil Salvador da Baía CG
Brasil São Paulo CG
Bulgária Sófia SC
Cabo Verde Praia SC
Canadá Montreal CG
Canadá Otawa SC
Canadá Toronto CG
Canadá Vancouver CG
Chile Santiago do Chile SC
China Macau CG
China Pequim SC
China Xangai CG
Chipre Nicósia SC
Colômbia Bogotá SC
Coreia do Sul Seul SC
Croácia Zagreb SC
Cuba Havana SC
1 CG - Consulado Geral, C – Consulado, SC - Secção Consular, VC - Vice-Consulado
- 419 -
Dinamarca Copenhaga SC
Egito Cairo SC
Emiratos Árabes Unidos Abu Dhabi SC
Espanha Barcelona CG
Espanha Madrid SC
Espanha Sevilha CG
Espanha Vigo VC
Etiópia Adis Abeba SC
EUA Boston CG
EUA New Bedford CG
EUA Newark CG
EUA Nova Iorque CG
EUA Providence VC
EUA S. Francisco CG
EUA Washington SC
Finlândia Helsínquia SC
França Bordéus CG
França Estrasburgo CG
França Lyon CG
França Marselha CG
França Paris CG
França Toulouse VC
Grécia Atenas SC
Guiné-Bissau Bissau SC
Holanda Haia SC
Hungria Budapeste SC
India Goa CG
India Nova Delhi SC
Indonésia Jacarta SC
Irão Teerão SC
Irlanda Dublin SC
Israel Tel Aviv SC
Itália Roma SC
Japão Tóquio SC
Líbia Tripoli (*) SC
Luxemburgo Luxemburgo CG
Marrocos Rabat SC
México México SC
Moçambique Beira CG
Moçambique Maputo CG
Namíbia Windhoek SC
Nigéria Abuja SC
Noruega Oslo SC
Paquistão Islamabade SC
Peru Lima SC Polónia Varsóvia SC
- 420 -
Qatar Doha SC
RDC Kinshasa SC
Reino Unido Londres CG
Reino Unido Manchester CG
República Checa Praga SC
Roménia Bucareste SC
Rússia Moscovo SC
S.Tomé e Príncipe S. Tomé SC
Senegal Dakar SC
Sérvia Belgrado SC
Singapura Singapura SC
Suécia Estocolmo SC
Suíça Berna SC
Suíça Genebra CG
Suíça Zurique SC
Tailândia Bangkok SC
Timor Dili SC
Tunísia Tunis SC
Turquia Ancara SC
Ucrânia Kiev SC
Uruguai Montevideo SC
Venezuela Caracas CG
Venezuela Valência CG
Zimbabwe Harare SC
Fonte: DGACCP
(*)Temporariamente encerrada no decurso de 2014
- 421 -
Lista dos Consulados Honorários Portugueses (CH)
Autorizados para a prática de atos de Registo Civil, Notariado, Recenseamento Eleitoral e emissão de Documentos
de Viagem em Dezembro de 2014
Fonte: DGACCP
Autorizados para a prática de atos de Registo Civil, Notariado e Recenseamento Eleitoral
Adelaide Curaçau Honolulu
Antuérpia Darwin Kingston (Jamaica) Bangui Filadelfia Niterói Belfast Gotemburgo Rouen Brisbane Guaiaquil Chicago Houston
Fonte: DGACCP
Autorizados para a prática de atos de Registo Civil e de Notariado
Pelotas Quelimane
Fonte: DGACCP
Autorizados para a prática de recenseamento eleitoral
Antígua e Barbuda Guatemala Quito
Aruba La Paz Kuala Lumpur Amã Paramaribo (Suriname) Kingstown (São Vicente e as
Granadinas) Acra Port of Spain (Trinidad e Tobago) Wellington Assunção Liége Rosário Badajoz Londrina São José da Costa Rica Carachi Maracaibo São Luís do Maranhão Cartum Mascate São Salvador Ciudad Guyana (Venezuela) Maurícias Tegucigalpa Damasco Miami Vitória Edmonton Panamá Georgetown (Guiana) Québec
Fonte: DGACCP
Andorra León Porto Seguro
Auckland Los Angeles Natal Andorra Mbabane Reiquiavique Auckland Manaus Santos Bilbao Melbourne St. Hellier Clermont-Ferrand Milão Santo Domingo Comodoro Rivadavia Mindelo San Juan de Puerto Rico Durban Nassau Tours Hamilton Natal Waterbury-Naugatuck Ilha do Sal Orense Winnipeg Istambul Orleães
- 422 -
10. REDE CONSULAR E PERMANÊNCIA CONSULAR
10.2 Permanência Consular
- 423 -
O Regulamento Consular prevê que os postos e as seções consulares possam, sempre
que se justifique e mediante autorização do Ministro dos Negócios Estrangeiros,
instituir presenças consulares. Estas devem realizar-se dentro da área de jurisdição do
posto consular e visam assegurar o apoio consular, através da deslocação de
funcionários consulares a locais previamente estabelecidos e onde residam
comunidades portuguesas que dela careçam.
Neste contexto, decidiu iniciar-se em 2012 um programa estruturado de Permanências
Consulares com os seguintes objetivos:
1. aproximar o serviço consular do utente;
2. descentralizar e descongestionar a ação do posto consular;
3. envolver instituições representativas da comunidade portuguesa;
4. promover a modernização e celeridade dos serviços prestados às
comunidades portuguesas. Para esse efeito, com a utilização de um
quiosque informático móvel para captar dados biométricos, as
Permanências Consulares começaram a ser realizadas de forma
sistemática em vários locais onde se concentram comunidades
portuguesas (e sempre que possível na sede de uma Associação
Portuguesa), contribuindo não só para servir melhor o utente, mas
também para racionalizar e tornar mais eficazes os serviços consulares.
Em 2014 realizaram-se 587 permanências consulares (em 2013 tinham-se realizado
536) que permitiram atender 28,381 utentes e processar 37,960 atos consulares. As
permanências geraram uma receita de emolumentos superior a 1 milhão e cem mil
euros, com uma despesa associada de cerca de 135 mil euros, o que permitiu um saldo
superior a 970 mil euros.
As permanências foram realizadas por 37 postos consulares em 147 cidades de 21
países diferentes, tendo chegado praticamente a todas as zonas do mundo onde
residem comunidades portuguesas.
- 424 -
Dados Globais de 2014
Permanências 587
Utentes 28.381
Atos consulares 37.960
Receita 1.107.899,05 €
Despesa 135.513,87 €
Saldo final 971.280,79 €
Postos 37
Cidades 147
Países 21
Fonte: DGACCP
Regionalmente, a distribuição das permanências consulares em 2014 foi a seguinte:
Distribuição das permanências por região
Região Nº Postos Países Utentes Actos Cidades
África 25 4 6 África do Sul, Cabo Verde, Namíbia, Moçambique, Suazilândia, Tanzânia
2.348 2.711 13
Amé. Norte e Central
70 7 2 Canadá, EUA 1.652 4.628 23
América do Sul 90 9 4 Argentina, Brasil, Paraguai, Venezuela
5.270 8.613 38
Ásia 19 1 1 China 114 115 1
Europa 372 15 7 Alemanha, Bélgica, França, Islândia, Noruega, Reino Unido,
Suíça
17.831 20.990 67
Oceânia 11 1 1 Austrália 496 604 5
Fonte: DGACCP
- 425 -
Os países onde se realizaram as permanências consulares em 2014 acolhem cerca de
94% da população portuguesa e de origem portuguesa a residir no estrangeiro. Os
restantes 6% da população portuguesa e de origem portuguesa no mundo residem em
países onde não se realizaram Permanências Consulares, destacando-se desses Angola
(2.2%) e Espanha (2.1%)2. Prevê-se, no caso de Angola, o início das permanências em
2015.
No caso das Permanências Consulares em Cabo Verde, estas são realizadas no âmbito
do Centro Comum de Vistos da Cidade da Praia e têm por destinatários os nacionais de
Cabo Verde que pretendem efetuar um pedido de visto.
Da análise do quadro infra é possível perceber a correspondência entre o número de
permanências e o número de utentes em termos regionais.
Percentagem de permanências e utentes por região
Fonte: DGACCP
2 Não realizam permanências consulares em Espanhas devido à extensão da rede consular e à proximidade geográfica a Portugal.
Região % Permanências % Utentes
África 4% 9% América do Norte e Central 12% 6% América do Sul 15% 19% Ásia 3% 0,1% Europa 64% 64% Oceânia 2% 2%
- 426 -
A Europa representa quase 2/3 da realização de permanências consulares,
atendimento de utentes e atos. Nesta região, a cobertura das permanências é bastante
extensa, tendo chegado quer a países onde residem comunidades portuguesas com
dimensão considerável quer a países onde a mesma é residual, como seja o caso da
Islândia. Fatores como a proximidade geográfica e melhores infraestruturas em termos
de transportes explicam os resultados da Europa face a outras regiões, pois torna-se
possível realizar mais permanências com maior periodicidade, atendendo à maior
facilidade de deslocação.
O restante terço é quase todo ele absorvido pela América do Sul e América do Norte e
Central, com vantagem para a primeira, representando o conjunto das duas regiões
27% das permanências e 25% dos utentes. No caso específico dos utentes, a América
do Norte e Central é ultrapassada por África, sendo que esses resultados se devem
sobretudo ao funcionamento do Centro Comum de Vistos na Praia.
Os resultados na Ásia e Oceânia são residuais, explicando-se sobretudo essencialmente
por questões geográficas e dimensão da comunidade portuguesa. No conjunto,
ascende a 1.1% da população portuguesa e de origem portuguesa a residir no
estrangeiro.
Graficamente, os resultados por região podem ser apresentados da seguinte forma:
Fonte: DGACCP
4% 12%
15%
3%
64%
2%
Permanências realizadas por região
África
América NC
América doSulÁsia
Europa
Oceânia
9% 6%
19%
0%
64%
2%
Utentes atendidos por região
África
América NC
América doSulÁsia
Europa
Oceânia
- 427 -
A distribuição das permanências consulares pelas 147 cidades e 21 países onde foram
realizadas, demonstra que as já referidas condicionantes geográficas e a dimensão da
comunidade portuguesa, são determinantes para os resultados obtidos.
O Brasil, França, Venezuela, Luxemburgo, Canadá, Suíça, Alemanha, EUA foram os
países onde se realizaram maior número de permanências e em localidades diferentes,
assegurando uma cobertura tão vasta quanto possível da área de jurisdição dos postos
consulares que integram aqueles países, e que participaram neste programa. Há ainda
que destacar a Austrália onde, apesar de apenas um posto consular desenvolver
permanências, terem sido realizadas em vários pontos do país. No caso de África
registou-se um esforço de concentração das permanências em localidades que fossem
os mais centrais possível.
- 428 -
Distribuição das Permanências por País e Cidade
País Nº de Cidades onde se realizaram Permanências Consulares
ÁFRICA
África do Sul 3 Welkom, Klerksdrop, Nespruit
Cabo Verde 4 Boavista, Mindelo, Sal, São Vicente
Moçambique 3 Inhambane, Quelimane, Xai-Xai
Namíbia 1 Rundu
Suazilândia 1 Mbabane
Tanzânia 1 Dar-Es-Salam
AMÉRICA DO NORTE E CENTRAL
Canadá 12 Cambridge, Chatham, Kingston, Leamington, London, Saul Ste Marie, Brampton, Kitchener, Mississauga, Burnaby, Calgary, Edmonton
EUA 11 Lowell, Ludlow, Halifax, Filadelfia, Fall River, Artesia, Sacramento, San Diego, San José, Tulare, Turlock
AMÉRICA DO SUL
Argentina 1 Comodoro Rivadivia
Brasil 20 Manaus, São Luís, Florianopólis, Londrina, Maringá, Caxias do Sul, Rio Pardo, Santa Maria, Niterói, Teresopólis, Vitória, Volta Redonda, Porto Seguro, Araquara, Barau, Campinas, Campo Grande, Marília, Ribeirão Preto, São José
Paraguai 1 Assunção
Venezuela 16 Cumaná, Barcelona, Bolivar, Ciudad Guayana, Los Teques, Margarita, Santa Elena de Uairén, Tucupita, Puerto Ortaz, Guatire, Acarigua, Barquisimetro, Maracaibo, Maracay, Puerto Caballo, Punto Fijo
ÁSIA
China 1 Hong Kong
EUROPA
Alemanha 11 Bona, Meschede, Minden, Munster, Cuxhaven, Nuremberga, Offenbach/Frankfurt, Singen, Mainz, Kaiserslautern, Munique
Bélgica 2 Antuérpia e Liége
França 20 Ajaccio, Porto Vecchio, Baiona, Pau, Chalon-sur-Saone, Clermont-Ferrand, Dijon, Grenoble, Limoges, Nantes, Orleans, Poitiers, Reims, Rennes, Rouen, St. Herbain, Sens, Tourcoing, Tours, Troyes
Islândia 1 Reiquiavique
Luxemburgo 13 Betzdorf, Esch-sur-Alzette, Diekirch, Differdange, Dudelange, Echternach, Esch-sur-Alzette, Ettelbruck, Larochette, Vianden, Wiltz, Wormeldange
Noruega 1 Bergen
Reino Unido 7 Grantham/Lincolnshire, Portadown, Southport, Wrexham, Bodmin, Great Yarmouth, Thetford
Suíça 12 Bulle, La Chaux-des-Fonds, Neuchâtel, Basel, Samedan, La Sarraz, Lausanne, Morges, Renens, Tasch, Yverdon-les-Bains, Zermatt-Sion
OCEÂNIA
Austrália 5 Brisbane, Darwin, Melbourne, Perth, Warrawong
Fonte: DGACCP
- 429 -
Quanto à distribuição de utentes e atos pelos vários países, é possível constatar que
França é o país onde mais utentes são atendidos e atos realizados. Embora a Alemanha
seja o segundo país onde mais utentes são atendidos, ocupa o 3º lugar quanto a atos
realizados, estando o Brasil (5º em número de utentes) em 2º lugar. A Suíça e o Reino
Unido ocupam o 3º e 4º lugar quanto aos utentes, embora sejam o 5º e 6º, quanto aos
atos. A Venezuela ocupa o 6º lugar quanto a utentes e 7º quanto a atos, enquanto o
Canadá, que ocupa o 9º lugar em número de utentes é o 4º em número de atos. Esta
discrepância, que acaba por ser a maior na parte superior da tabela, resulta do facto
de no Canadá as permanências terem, maioritariamente, uma periodicidade anual,
fazendo com que o mesmo utente realize maior número de pedidos para cada
permanência.
De realçar que os 5 países onde se verificam mais utentes atendidos e atos realizados
representam, em ambos os casos, cerca de 70% do total. Analisada a lista desses
países, constata-se também que, com a exceção dos EUA3, esses são os países onde se
concentram as maiores comunidades portuguesas.
3 Estimativas norte-americanas de 2013 apontam para perto de 1,4 milhões de cidadãos que se identificam como portugueses e/ou
de origem portuguesa (“ancestry”), o que representa cerca de 26% da população portuguesa no estrangeiro. No entanto, apenas
cerca de 200.000 cidadãos estão inscritos na rede consular, o que ajuda a explicar a não correspondência entre o peso dos EUA na
população portuguesa e de origem portuguesa a residir no estrangeiro e o seu peso nas permanências consulares.
- 430 -
Distribuição de Utentes e Atos praticados por País
Fonte: DGACCP
País Nº de PC Utentes % Atos %
França 102 6.507 23,5% 8.139 21,6%
Alemanha 130 3.951 14,3% 5.001 13,3%
Suíça 88 3.531 12,7% 3.445 9,1%
Reino Unido 18 2.858 10,3% 3.414 9,1%
Brasil 56 2.713 9,8% 6.303 16,7%
Venezuela 32 2.531 9,1% 2.291 6,1%
Cabo Verde 8 1.623 5,9% 1.733 4,6%
Canadá 17 945 3,4% 3.616 9,6%
Luxemburgo 34 852 3,1% 862 2,3%
EUA 53 707 2,6% 1.012 2,7%
Austrália 11 496 1,8% 604 1,6%
África do Sul 13 360 1,3% 609 1,6%
Tanzânia 1 243 0,9% 264 0,7%
China 19 114 0,4% 115 0,3%
Moçambique 1 100 0,4% 84 0,2%
Noruega 1 68 0,2% 68 0,2%
Islândia 1 55 0,2% 51 0,1%
Suazilândia 1 15 0,1% 8 0,0%
Paraguai 1 14 0,1% 11 0,0%
Argentina 1 12 0,0% 8 0,0%
Bélgica 3 9 0,0% 6 0,0%
Namíbia 1 7 0,0% 13 0,0%
- 431 -
A tradução gráfica do quadro anterior permite uma visualização clara dos aspetos e
particularidades referidas.
Fonte: DGACCP
Por último, a análise das resultados obtidos em termos médios demonstra que a maior
periodicidade das permanências acaba por conduzir a médias de actos e utentes mais
baixas, porque quanto maior o número de permanências regulares em dadas
localidades, mais as necessidades detectadas inicialmente são satisfeitas. E nesse
aspecto, entre os países que já têm programas a funcionar desde 2012 ou 2013 as
médias registadas são bastante inferiores às que foram registadas no início do
programa.
Entre os países onde se registaram as médias mais elevadas em 2014 há que destacar
os casos da Tanzânia e Moçambique, onde só se realizou 1 permanência durante
aquele ano. No caso de Cabo Verde, o funcionamento do CCV contribui para os valores
obtidos, enquanto que no Reino Unido, são sobretudo as permanências que o CG de
Manchester começou a realizar em Portadown, Irlanda do Norte, onde se registam, de
forma sustentada, em média 300 utentes por permanência, que fazem com que a
média seja mais elevada do que noutros países da Europa Ocidental.
-
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
Nº de utentes e de actos praticados por país
Utentes Actos
- 432 -
Fonte: DGACCP
Análise comparativa entre 2013 e 2014
1-3 TM 2013 1-3 TM 2014 Variação
Nº de Permanências 383 406 6,0%
Utentes 17.104 20.197 18,1%
Atos 22.616 27.766 22,8%
Receitas 617.958,39€ 808.862,18€ 30,9%
Despesas 94.291,70€ 98.395,51€ 4,4%
Receita Líquida 523.666,20€ 712.945,04€ 36,1%
Considerando períodos homólogos, os dados disponíveis do 1º ao 3º trimestre de 2013
e 2014 demonstram de forma clara o sucesso das permanências consulares. Apesar do
crescimento do número das permanências realizadas não ter sido muito elevado (6%),
o aumento de utentes e atos (18,1% e 22,8%) com consequentes reflexos no aumento
da receita bruta (30,9%) indicia uma maior procura e também uma maior capacidade
de resposta com praticamente os mesmos meios. Também deve ser notado que o
facto do aumento da despesa (4,4%) ter sido inferior ao crescimento do número das
permanências, contribuiu para um crescimento exponencial da receita líquida (36,1%).
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
250,0
300,0
Tan
zân
ia
Cab
o V
erd
e
Re
ino
Un
ido
Mo
çam
biq
ue
Ve
nez
uel
a
No
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a
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EUA
Arg
en
tin
a
Nam
íbia
Ch
ina
Bé
lgic
a
Média de Utentes e Actos por país
Utentes Actos
- 433 -
Antenas Consulares
As antenas consulares consistem numa permanência consular com carácter
permanente numa dada localidade, tendo um funcionamento tendencialmente diário.
Este tipo de permanências consulares justifica-se sobretudo pelo facto das
comunidades portuguesas nos locais onde foram criadas serem bastante numerosas,
pelo que carecem de uma presença mais constante para suprir as suas várias
necessidades.
Em Janeiro de 2014 entraram em funcionamento as antenas consulares de Orleães e
Tours, na dependência do Consulado-Geral em Paris4. Em Março de 2014 entrou em
funcionamento a antena de Nantes, também na dependência daquele posto, bem
como a de Clermont-Ferrand, na dependência do Consulado-Geral de Lyon5.
O quadro infra resume a atividade praticada pelas antenas consulares em França no
ano de 2014.
Actividade das Antenas Consulares em 2014
Antena Consular Meses Actos Receita Saldo
Nantes 10 meses 3.302 61.700,39 € 61.700,39 €
Orleans 12 meses 3.350 1.119.314,70 € 1.119.314,70 €
Tours 12 meses 2.523 86.466,55 € 86.466,55 €
Clermont Ferrand 3 meses 139 4.917,41 € 4.917,41 €
TOTAL 9.314 1.272.399,05 € 1.272.399,05 €
Fonte: DGACCP
Conclusão
O programa das permanências consulares constitui uma resposta eficiente e de
proximidade às necessidades das comunidades portuguesas, com recurso às novas
tecnologias. Os resultados alcançados são fruto do grande empenho da rede consular
e da grande adesão os portugueses residentes no estrangeiro.
4 Em Janeiro de 2015 entrou em funcionamento a Antena Consular de Lille, também na dependência do CG de Paris. 5 A partir de Abril, as funções da antena passaram a ser asseguradas pelo Consulado Honorário de Clermont-Ferrand.
- 434 -
11. GABINETES DE APOIO AO EMIGRANTE
- 435 -
Os Gabinetes de Apoio ao Emigrante (GAE) resultam de Acordos de Cooperação entre
a Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas (DGACCP) e
as Câmaras Municipais, estabelecidos através de protocolos celebrados entre as duas
entidades e que assentam em dois princípios base: a disponibilidade para o
atendimento e a proximidade ao utente.
O envolvimento do poder local resulta do facto de 90% dos nacionais que regressam a
Portugal se fixarem na Freguesia donde partiram, sendo as Câmaras Municipais e
Juntas de Freguesia, os seus pontos de referência.
Em 2014, os GAE’S atenderam 20,708 pessoas, tendo sido abertos 1,897 novos
processos. A DSR foi responsável por 3,588 atendimentos.
Missão e objetivos
Os GAE têm por missão:
A criação de estruturas de apoio aos munícipes que tenham estado emigrados,
que se encontrem em vias de regresso ou que ainda residam nos países de
acolhimento;
Numa primeira fase, pretendem responder às questões inerentes ao regresso e
reinserção em todas as suas vertentes: social, jurídica, económica,
investimento, emprego, estudos, entre outras;
Numa segunda fase, a médio prazo, pretendem, com o eventual
aproveitamento de estruturas pré-existentes, em conjugação com o Gabinete
de Apoio ao Investidor da Diáspora – GAID (ponto 14), integrado no Ministério
dos Negócios Estrangeiros/Direção Geral dos Assuntos Consulares e das
Comunidades Portuguesas, dinamizar as potencialidades económicas dos
Concelhos junto das Comunidades Portuguesas;
Apoiar os emigrantes em matérias da competência das Câmaras Municipais:
licenciamento de obras, licenciamento para comércio ou indústria, projetos,
etc.
- 436 -
São destinatários dos GAE os portugueses que estão emigrados, aqueles que já
regressaram, assim como todos os cidadãos que pretendam iniciar um processo
migratório.
Os Gabinetes de Apoio ao Emigrante têm por objetivo informar todos os portugueses
dos seus direitos sobre os países de acolhimento, apoiar no regresso e reinserção em
Portugal, contribuindo para a resolução dos problemas apresentados, de forma rápida,
gratuita e personalizada, facilitando o seu contacto e articulação com outros serviços
da Administração Pública Portuguesa.
Protocolos
Existem 100 Câmaras Municipais que celebraram Protocolos com a DGACCP, das quais
7 em 2014.
Protocolos celebrados em 2014
CÂMARAS MUNICIPAIS DATA ASSINATURA ACORDO DE COOPERAÇÃO
SÃO JOÃO DA PESQUEIRA 07-02-2014
VILA POUCA DE AGUIAR 07-02-2014
MORTÁGUA 22-08-2014
SESIMBRA 30-09-2014
BELMONTE 03-10-2014
CARREGAL DO SAL 03-10-2014
PONTE DE LIMA 18-11-2014
Fonte: DGACCP
- 437 -
Evolução do número de protocolos entre 2013 e 2014
Fonte: DGACCP/DSR
85
90
95
100
2013 2014
93
100
Protocolos
- 438 -
12. ATIVIDADES APOIADAS PELA DGACCP
- 439 -
A DGACCP direcionou um significativo conjunto de meios para o apoio a diversos
projetos culturais que foram apresentados por associações portuguesas constituídas e
com sede no estrangeiro, bem como por associações portuguesas constituídas e com
sede em Portugal mas que desenvolvem iniciativas a favor das comunidades
portuguesas no estrangeiro.
As associações solicitam apoios para projetos de:
Intercâmbio cultural e multicultural;
Promoção e aprendizagem da língua e cultura portuguesas;
Conferências e congressos (participação cívica, temas conexos à juventude,
emigração e temas de interesse histórico);
Projetos de apoio social;
Datas comemorativas e efemérides;
Ensino e promoção da língua portuguesa
Publicações e estudos.
Fonte: DGACCP/EMI
45%
16% 12%
10%
8% 6% 3%
Distribuição percentual por tipo de atividade
Ações culturais
Conferências eCongressos
Apoio social
Dia de Portugal
25 de abril
- 440 -
Associações e atividades apoiadas em 2014
Apoios de caráter cultural
Centro Comunitário de Lambeth Apoio à Comunidade Portuguesa em Londres
International Portuguese Music Awards 2ª Edição
Rádio Globo de New Bedford Realização de um programa radiofónico mensal - As Nossas Escolas Portuguesas
O Emigrante/Mundo Português V Encontro Mundial de Jovens da Lusofonia
Clube Português de Long Branch Inc. - Escola Lusitânia
Projeto Escolar "Aristides de Sousa Mendes"
Sindicato dos Trabalhadores da Construção Campanha 2014 para o setor da construção
Associação Convívio Vasco da Gama Festival de Música e Danças das Antigas Colónias Portuguesas
Associação Cap Ouest Festa Comemorativa da Revolução dos Cravos
Associação Lusophonie de Pau 20ª. Edição do festival de cinema "Espaces de la Lusophonie"
Société dês Auteurs Lusophones de France Salão do livro
Confederação da Comunidade Portuguesa no Luxemburgo
Plano de atividades 2014
Delegação na Suiça da Coordenação Nacional da Pastoral das Migrações
Prestar apoio social aos portugueses que se deslocam para a Suiça à procura de emprego
Venerável Irmandade do SS. Sacramento, Santo António dos Pobres e Nossa Senhora dos Prazeres
Atividades de cariz social
Associação Cultural Portuguesa "Primavera de Portugal"
Plano de atividades 2014
Associação France Portugal Europa 40 anos do 25 de abril
Associação Luso-Possy 40 anos do 25 de abril
Grupo de Teatro Cá e Lá 8ª. Edição do Festival "Parfums de Lisbonne"
Associação dos Portugueses Emigrados na Bélgica Renovação da sala de aulas para acompanhar os emigrantes recém- chegados
Casa Portuguesa- Associação Cultural e Recreativa de Cidadãos Portugueses e Amigos de Portugal
Plano de Atividades 2014
Coro Mozart de Viseu - Associação Cultural Realização de três concertos em Bordéus, Toulouse e Andorra
Associação Saudades do Minho de Neuf-Brisach 40 anos do 25 de abril
Associação Cultural Portuguesa de Nantes Pin Sec
Plano de Atividades 2014
Casa de Portugal - Associação de Residentes Portugueses em Andorra
Concerto Pedro Joia
ISCTE - CIES-IUL Conferência sobre Emigração Portuguesa Contemporânea
Jornal Portugal Post Edição especial sobre os 50 anos da comunidade portuguesa na Alemanha
Associação dos Portugueses Emigrados na Bélgica Deslocação a Bruxelas da Tuna Feminina de Engenharia da Universidade do Porto
I.O.T.A. Rádio Arc-en-Ciel Plano de Atividades 2014
Associação Mogadouro no Coração 40 anos do 25 de abril
Associação Cultural Portuguesa de Neuilly-sur-Seine
Plano de Atividades 2014
Rancho Folclórico Quinas de Portugal Dia de Portugal
Art Institute Plano de Atividades 2014
Associação Mulher Migrante Plano de Atividades 2014
- 441 -
Associação Comercial de Lisboa - Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa
Encontro de empresários da CPLP e Senegal
Mirateca Arts Encontro de trabalho entre artistas luso-descendentes e portugueses
Comité Aristides de Sousa Mendes Plano de Atividades 2014
Museu Etnográfico de Hamburgo / Comemorações oficiais do Dia de Portugal na Alemanha
Congresso sobre os 50 anos da comunidade portuguesa na Alemanha
Associação Portuguesa Cultural e Social de Pontault Combault
40 anos do 25 de abril
Royal Yatch Club Regata Bartolomeu Dias
Coordenação das Coletividades Portuguesas em França
Conferência "Memória da Participação do Corpo Expedicionário Português na I Grande Guerra"
Azáfama Produções Deslocação a Sydney do Grupo de TrêsPorCento - Festa do "Bairro Português" em Petersham
Net 4 - Produções Culturais Lda. Apresentação da peça de teatro "Ninguém no Plural", baseada num conto de Mia Couto
Associação Trad&Sons Troféu Mundial de Concertina Portuguesa
Associação Cultural Portuguesa Aulnay-sous-Bois 40 anos do 25 de abril
Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa
Salon de l'Immobilier et du Tourisme Portugais em Paris
A.F.P. Montmagny Segunda Aldeia Apoio para a criação de um grupo de Pauliteiros de Miranda do Douro
Associação Portugueses Unidos Com Todos do Vale de Montmorency
Comemorações dos 40 anos do 25 de abril
Team Comunidade Alemanha Comemoração dos 50 anos da presença de portugueses na Alemanha
Comissão Organizadora do Boston Portuguese Festival
9ª Edição do Boston Portuguese Festival
Tuna Helvética III Edição do Encontro de Tunas Portuguesas na Suíça
Centro de Apoio Social e Associativo Dia de Portugal
Casa dos Açores do Estado do Rio Grande do Sul Festival Luso-Brasileiro do Rio Grande do Sul
Instituto Lusófono de Pontault-Combault Plano de Atividades 2014
Associação Portuguesa Cultural e Social de Pontault-Combault
Comemoração do 39º aniversário da Festa Franco Portuguesa
Centro Comunitário Luso Canadian Charitable Society
Apoio à construção da Sala Snoezelen, destinada a pessoas portadoras de deficiência
Centro Cultural Português de Ijuí Encontro das Comunidades Portuguesas e Luso-Descendentes do Cone Sul
União de Clubes Luso-Americanos de New Jersey Dia de Portugal
Day of Portugal and Portuguese Heritage in RI Inc.
Comemorações do Dia de Portugal em Rhode Island
Casa do Distrito de Viseu no Rio de Janeiro Dia de Portugal
Caritas Düsseldorf Comemoração dos 50 anos de imigração portuguesa na Alemanha, com destaque para o papel da Mulher Migrante
Associação Rádio Arremesso Festa comemorativa do 10º aniversário
Casa de Portugal de São Paulo - Instituição Cultural e de Assistência
40 anos do 25 de abril
Associação Lusitânia Aquisição de acordeão
Associação CAP MAGELLAN Noite de Gala
Associação CAP MAGELLAN Festa estudantes luso-descendentes
Associação Portuguesa Cultural e Social de Pontault-Combault
Permanência social semanal
Associação Portuguesa Sport Hamburg Benfica e.V.
Dia de Portugal
- 442 -
Federação da Comunidade Portuguesa na Holanda
Celebração dos 50 anos da assinatura do protocolo entre Holanda e Portugal
Associação da Comunidade Católica de Língua Portuguesa de Genebra
Festa de Nossa Senhora de Fátima de Genebra
Luso-American Veterans Monument Construção do Luso-American Veterans Monument na cidade de Newark, New Jersey
Associação 25 de abril 40 anos do 25 de abril
Embaixada de Portugal em Seul - Comissão Organizadora das Celebrações do Dia de Portugal em Seul
Dia de Portugal
Associação Portuguesa do Cabo da Boa Esperança Dia de Portugal
Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) Relatório da Emigração Portuguesa 2014
Associação Portuguesa de Châtenois Dia de Portugal
Associação CIVICA Congresso Presidentes de Câmaras Municipais da Região de Paris - Île de France
Academia do Bacalhau de Maputo Dia de Portugal
Casa do Distrito de Viseu no Rio de Janeiro Inauguração da Biblioteca Aquilino Ribeiro
O Emigrante/Mundo Português Acão Fronteiras
Festival Portugal Internacional de Montreal Dia de Portugal
Federação das Associações Portuguesas na Bélgica
Dia de Portugal
Casa da Madeira de Joanesburgo Dia de Portugal
Sónia Aniceto - Artista Plástica Exposição - Antuérpia
Academia da Espetada de Caracas Congresso da Juventude Luso-Venezuelana
Confederação da Comunidade Portuguesa no Luxemburgo
Deslocação da equipa de futebol feminino de Viseu, para participação num torneio; Deslocação da Confraria para
atuação; Publicação de um livro
Associação Os Camponeses Minhotos de Clermont-Ferrand
Festa de São João: desfile e espetáculo de grupos folclóricos; fogo-de-artifício; baile com orquestra de Viana
do Castelo
Association dês Diplomes Portugais en France Plano de Atividades 2014
Associação Cultural Recreativa e Desportiva Portuguesa de Sierre
Festa anual do 32º aniversário
Associação Empresarial da Região de Viseu Encontros da Diáspora/ Empresários Portugueses e das Comunidades
Provedoria da Comunidade Portuguesa de São Paulo
Realizar iniciativas dirigidas aos idosos carenciados
Fundação Bracara Augusta Encontro entre Empresários da Diáspora e da região de Braga
Instituto Histórico-geográfico de Pelotas Publicação relativa à contribuição da emigração portuguesa para a construção da cidade de Pelotas
Academia do Bacalhau de New Jersey Congresso Mundial das Academias do Bacalhau
Casa de Portugal de Porto Alegre Apresentação da INFANTUNA de Viseu em Rio Grande do Sul
Associação Cultural O Sol de Portugal de Bordéus Programa "Outono Português" e aulas de português
Associação Portuguesa de Emaús Renovação de salas de aula
Associação Portuguesa de Emaús Aquisição de novos trajes para o rancho folclórico
Casa das Beiras - Cultural Community Center of Toronto
Plano de Atividades 2014
Associação Portuguesa de Emaús Programa de incentivo à leitura e escrita da língua portuguesa
Rancho Folclórico As Lavradeiras de Amesterdão Festa de celebração do 37º. Aniversário
Santa Casa da Misericórdia de Paris Plano de Atividades 2014
Associação Nacional Mulher Migrante Venezuela 2º. Congresso Nacional da Mulher Migrante na Venezuela
- 443 -
na Venezuela
Ung FAPS (FAPS Jovem) Portugal-Suécia - Festival Cinema Português
Clube Português de Long Branch Inc. Projeto Museu Português
Casa do Alentejo em Toronto Semana Cultural do Alentejo
Clube Académico de Viseu em Genebra Celebração do 17º aniversário
Associação Pós-Graduados Portugueses na Alemanha
Realização do encontro anual "O Portal 2014" - A Emigração da Língua e Cultura Portuguesas
Liga dos Combatentes Portugueses do Québec Monumento aos Combatentes Portugueses no Québec
Beira-Douro - Associação de Desenvolvimento do Vale do Douro
Visita de empresários brasileiros e europeus a Lamego e Douro
Associação CIVICA Fórum CIVICA
Jornal Portugal Foco no Rio de Janeiro Espetáculo de Fado
Associação dos Portugueses Emigrados na Bélgica Pagamento dos professores dos cursos de Neerlandês/Informática
Rancho Folclórico Português de Liechtestein Aquisição de Trajes e Instrumentos
Berlinda - Freunde von Berlinda e. V. Projeto "Rede de Trocas"
Berlinda - Freunde von Berlinda e. V. Projeto "Documentários sobre a Comunidade de Língua Portuguesa em Berlim"
Obra Católica Portuguesa Projeto dirigido aos detidos portugueses no estrangeiro
Coordenação das Coletividades Portuguesas em França
Encontro nacional das Associações Portuguesas de França
Associação Guitar'Essonne 12º. Festival Internacional Guitar'Essonne & Salon des Luthiers 2014
Associação Lusofonia de Zermatt Visita de estudo dos alunos de Zermatt ao parque temático "Vapeur Parc, Le Bouveret"
O Emigrante/Mundo Português 3º. Encontro dos Luso-Eleitos
Casa de Portugal Nossa Senhora de Fátima - Villa Elisa
Aquisição e instalação de sistema de som
Casa dos Açores Publicação - "Os Açores no Mundo" - 5 volumes
Centro de Apoio Social e Associativo Cursos de Formação e Aulas de Apoio Escolar
Casa de Portugal do Grande ABC 1) Almoço beneficente a favor da creche Padre António maria; 2) Almoço comemorativo do aniversário da Instituição; 3) Espetáculos e workshop de música portuguesa; 4) Formação musical de jovens luso-
descendentes
Associação Amicale Culturelle Franco-Portugaise Intercomunale de Viroflay
Festa "Árvore de Natal"
Lar Padre Joaquim Ferreira, A.C. Realização de rastreios de saúde a idosos
Comissão Organizadora da Festa de Natal 2014 dos Portugueses em Berlim
Festa de Natal
Associação Raras - Associação de Jovens-Ajudar Portugal
Apoiar a integração social e económica dos portugueses
Centro Cultural Português de Santos Conclusão de obras de remodelação do antigo teatro
Conselho da Comunidade Portuguesa do Estado de São Paulo
Apoio a obras sociais
Casa de Portugal em São Paulo-Instituição Cultural e de Assistência
Aquisição de trajes folclóricos
Provedoria da Comunidade Portuguesa de São Paulo
Apoio a portugueses carenciados e a detidos de nacionalidade portuguesa
Núcleo de Arte e Cultura Criação de Centro de Dia para idosos, com frequência bissemanal
Confraria de Saberes e Sabores da Beira Grão Vasco
Encontro Mundial de Dirigentes Associativos
- 444 -
13. ASSOCIATIVISMO PORTUGUÊS NO ESTRANGEIRO
- 445 -
Motivação do associativismo
A tendência para o associativismo encontra expressão no espaço das Comunidades
Portuguesas assumindo diversas formas organizativas. Assim, numa primeira fase,
existe a motivação de se congregarem redes de conhecimento e amizades já
constituídas ou alargá-las através de um espaço de convívio, no qual passam a
organizar festas, encontros e celebrar datas festivas.
Para além da procura de condições para o convívio entre compatriotas, foram surgindo
outros interesses que determinaram a realização de outro tipo de atividades,
nomeadamente no que se refere à manutenção da língua materna na geração dos
filhos em idade escolar.
O movimento associativo começou a ter alguma expressão com o ressurgimento dos
grandes fluxos migratórios portugueses dos anos 60/70 para os países europeus mais
desenvolvidos, sendo que esta nova vaga era oriunda principalmente das Beiras e
norte de Portugal (França, Alemanha, Luxemburgo e Suíça), no caso europeu, e da
Madeira e Açores, no caso canadiano, norteamericano e australiano.
Na atualidade, contribui para uma nova configuração nos países de destino dado que a
composição social dos fluxos passou a ser mais heterogénea, através do reforço do
contingente jovem qualificado.
É neste contexto que nasce a formação dos dirigentes associativos, os encontros do
movimento associativo adquirem uma dimensão de maior preponderância, bem como
o papel de destaque das mulheres nas direções das nossas associações.
No seio das comunidades portuguesas, a proliferação de iniciativas e de movimentos
com caráter associativo tem sido uma característica assaz significativa, que demonstra
a permanência de um vínculo de pertença cultural e um sinal de integração nos países
de acolhimento.
- 446 -
A análise comparativa sobre as associações portuguesas nas comunidades portuguesas
apresenta dados que permitem contextualizar a evolução recente dos atuais fluxos
migratórios. Esta abordagem contribui para enquadrar a análise das interações
institucionais entre o Estado central português e o terceiro setor na diáspora e seus
reflexos no tipo de intervenção sociocultural das associações, bem como o seu papel
de reconhecimento da pertença e de abertura ao mundo.
Análise estatística
A presente análise sobre um número de associações portuguesas espalhadas pelo
mundo, é realizada com base nos dados de 2005, 2007 e 2014 (iniciado em 2013),
recolhidos, designadamente, pela rede consular portuguesa.
Nestes três levantamentos que englobaram todos os continentes, verificou-se que
existiam 3,627 associações em 2005, 2,793 em 2007 e 1,979 em 2014. Destas, a
esmagadora maioria divide-se pela Europa (56.3%) e América (38%). Os restantes 5.7%
são relativos a associações situadas em África, Oceânia e Ásia.
Distribuição das associações por continente em 2014
Fonte: DGACCP/EMI
57% 26%
12% 3% 2%
Distribuição Percentual por Região
Europa
América doNorte
América doSul
- 447 -
Número de associações por país em 2014
Fonte:DGACCP/EMI
PAÍSES ASSOCIAÇÕES
ÁFRICA DO SUL 39
ALEMANHA 144
ANDORRA 9
ANGOLA 1
ANTILHAS HOLANDESAS 2
ARGENTINA 23
AUSTRÁLIA 34
ÁUSTRIA 1
BÉLGICA 38
BERMUDAS 2
BRASIL 167
BULGÁRIA 1
CANADÁ 169
CHINA 20
COLÔMBIA 1
ESLOVÉNIA 1
ESPANHA 7
ESTADOS UNIDOS 341
FRANÇA 675
GRÉCIA 1
GUINÉ-BISSAU 2
HOLANDA 7
IRLANDA 1
ISRAEL 1
ITÁLIA 5
ISLÂNDIA 1
LIECHTENSTEIN 3
LUXEMBURGO 36
MALAWI 2
MARROCOS 1
MOÇAMBIQUE 4
MÓNACO 1
NAMÍBIA 1
NORUEGA 4
NOVA ZELÂNDIA 1
REINO UNIDO 35
REP. DEMOCRÁTICA DO CONGO 1
SÃO TOMÉ 1
SUAZILÂNDIA 4
SUÉCIA 8
SUIÇA 137
URUGUAI 3
VENEZUELA 45
TOTAL 1.979
- 448 -
Com base nestes três levantamentos, é possível verificar um decréscimo acentuado no
número de associações portuguesas no estrangeiro – entre 2005 e 2007 registou-se
uma diminuição de 834 associações (-23%); e entre 2007 e 2014 uma diminuição de
814 associações (-29%).
Se compararmos o número de associações no primeiro levantamento (2005) e no
último (2014), verifica-se-se uma diminuição de 1,648 associações – isto representa
um decréscimo de 45% no número de associações portuguesas no estrangeiro.
Fonte: DGACCP/EMI
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
2200
2005 2007 2014
Associações - Total Anual
Europa
Fora da Europa
- 449 -
Fonte: DGACCP/EMI
Fonte: DGACCP/EMI
A título de exemplo e comparando apenas os dados dos dois últimos levantamentos,
das 2,793 associações existentes em 2007, a maioria estava sedeada no continente
europeu – 1,026 em França, 277 na Alemanha, 162 na Suíça e 83 no Luxemburgo. No
entanto, fora do continente europeu registavam-se 343 nos EUA, 254 no Brasil, 216 no
Canadá, 61 na Austrália e 60 na Venezuela.
Em contrapartida em 2014, no que se refere a países europeus, registam-se apenas
675 em França, 144 na Alemanha, 137 na Suíça e 36 no Luxemburgo. No que concerne
0200400600800
1000120014001600180020002200
2005 2007 2014
Distribuição por ano/ Europa
Associa…
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
2005 2007 2014
Distribuição por ano/ Fora da Europa
Associações
- 450 -
a países da emigração extraeuropeia, realça-se a concentração de 341 associações nos
EUA, 167 no Brasil, 169 no Canadá, 35 na Austrália e 45 na Venezuela.
Para compreender a atual realidade do movimento associativo das comunidades
portuguesas, há que ter em consideração três aspetos fundamentais para o
decréscimo acentuado do número de associações:
As associações parecem ter uma menor dimensão (número de associados e
orçamento);
As funções mais importantes na diáspora parecem ser a integração social; a
mediação institucional e o entretenimento;
A falta de rejuvenescimento dos quadros dirigentes do tecido associativo.
- 451 -
14. O GABINETE DE APOIO AO INVESTIDOR DA
DIÁSPORA - GAID
- 452 -
Encontros de empresários da diáspora realizados em 2014
Reunião de Lisboa (Abril), decorrente da colaboração estabelecida com a
Confederação Internacional dos Empresários Portugueses (CIEP);
Participaram empresários portugueses radicados já há vários anos em Angola,
Moçambique, Cabo Verde, Brasil e Senegal.
Tratou-se de oferecer uma visão na primeira pessoa da realidade empresarial dos
países onde estão radicados, completando as apresentações de carácter institucional
que normalmente são feitas pelos governos e por outras entidades oficiais.
I Encontro dos Empresários das Comunidades Açorianas (Maio), resultante de uma
parceria – de resto inédita nos moldes em que decorreu - firmada com o Governo
Regional dos Açores e com a Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos
Açores. Teve lugar no passado mês de Maio, em Ponta Delegada e em Angra do
Heroísmo. Despertou bastante interesse, quer do lado dos empresários radicados nos
Açores quer da parte dos que vieram de fora, tendo ficado clara a vontade de todos os
participantes de o repetir.
Encontro com representantes das câmaras de comércio portuguesas no estrangeiro
(Maio). Estiveram presentes delegados de cerca de 20 câmaras de comércio
portuguesas espalhadas pelo mundo. Organizado em parceria com a AICEP. Teve lugar
no MNE.
Encontro de Viseu (Junho) – Organizado em parceria com a Associação Empresarial da
Região de Viseu.
Encontro de Braga (Junho) – Resultante de uma parceria com a BragaInvest.
Pelo lado da diáspora, marcaram presença dezassete empresários oriundos do Canadá,
Brasil, RAS, França, Suíça, Luxemburgo e Alemanha, ligados às áreas do turismo,
agroalimentar, restauração, metalomecânica e novas tecnologias. No que respeita ao
tecido empresarial radicado em Portugal, participaram várias dezenas de empresas das
citadas regiões.
- 453 -
Na ocasião, foi lançado o Conselho da Diáspora de Viseu, tendo desde logo o respetivo
Presidente da Câmara dado posse aos Conselheiros naturais da região (informação
complementar disponível no site da CMV). Em Braga, houve igualmente oportunidade
de lançar a iniciativa “embaixadores empresariais de Braga”, que, como a designação
indica, pretende promover aquela cidade e a região através do empresariado da
diáspora.
Estes encontros no seu conjunto envolveram centenas de empresários portugueses e
luso-descendentes de todas as geografias e, segundo as indicações que nos chegam,
têm sido particularmente bem recebidas pelas nossas comunidades e igualmente pelo
tecido empresarial sedeado em Portugal, que mercê da participação nestes encontros
tem beneficiado do acesso a pessoas e mercados, doutra forma dificilmente acessíveis.
Destaca-se o investimento de uma empresa sul-africana, propriedade de portugueses,
que se dedica à produção de um tipo inovador de fibra de vidro longa (usada, por
exemplo, no revestimento de carros de luxo). O investimento cifra-se em 10 MEUR,
estimando criar 64 postos de trabalho. A empresa irá instalar uma fábrica no distrito
de Aveiro, contando o projeto igualmente com uma vertente de investigação em
colaboração com a Universidade de Aveiro.
No sector da metalomecânica, há a registar uma parceria firmada entre uma empresa
da região de Lyon com uma empresa de Braga que terá já resultado na criação de seis
postos de trabalho e em encomendas de 1 milhão e meio de euros. O plano prevê em
3-4 anos a geração de 40 empregos e um volume de negócios na casa dos vários
milhões de euros anuais.
Temos ainda nota de que um número considerável de negócios, designadamente no
sector agroalimentar, resultantes dos encontros de empresários.
- 454 -
Disponibilização de informação
O Gabinete recebe numa base diária, pedidos de informação, que reencaminha para as
entidades competentes, procurando sempre acompanhar o andamento dos processos
e manter os interessados informados. O acompanhamento da tramitação processual
junto da administração pública portuguesa constitui aliás uma das suas competências
nucleares.