relatório de ações do polo d

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Relatório de ações do polo D.E.. Suzano Núcleo 08 do grupo de referência O polo D..E.. Suzano do grupo de referência vem avançando gradativamente e com ritmo próprio, sem a preocupação excessiva em cumprir tarefas, mas sim a partir da visão de que a metodologia de pesquisa-ação é um processo, para o qual são necessários elementos que não surgem nos indivíduos repentinamente, porém no decorrer das ações, socializações e descobertas. O ponto de partida de nosso trabalho, outrora constituído pelos supervisores Carlos Alberto Freitas de Oliveira, Mara Silvia Bioto, Maria Romilda e Mirela de Oliveira Roman; as diretoras Sonia Mariano e Sueli Souza e as PCs Giovania Leme e Nanci Cunha, foi a organização do plano de ação da D.e. D.E. Suzano, para o qual acordou-se o mantenimento da problemática: como constituir um trio gestor formador de modo a potencializar o ensino- aprendizagem na sala de aula? Para tal, utilizou-se como principal referencial teórico a metodologia da pesquisa-ação de David Tripp, Molina e Thiollent*, orientando-se pelos relatos desses autores em relação à organização e condução de um processo de constituição de grupo colaborativo, ativo-reflexivo. O primeiro passo foi delimitar as unidades escolares foco das ações, definindo-se das prioritárias da diretoria sete escolas reincidentes no que se refere a baixos índices de avaliação externa: E.E. Justino Marcondes Rangel, E.E. Conj. Hab. Parque dourado II, E.E.José Eduardo vieira Raduan (município de Ferraz de Vasconcelos) E.E. Euclides Igesca, E.E. Oswaldo de Oliveira Lima e E.E. Anis Fadul (município de Suzano). Em seguida elaborou-se a socialização da formação do núcleo 08 e do grupo de Suzano para os colegas supervisores e PCNPs (outrora PCOPs). Esse momento se configurou como de extrema importância e produtividade, movimento bem recebido pelos citados segmentos, e que trouxe satisfação à equipe envolvida. No corrente ano o referido grupo sofreu uma nova constituição, com a permanência de apenas três de seus componentes iniciais, passando sua formação para os supervisores Carlos Alberto Freitas de Oliveira, Mirela de Oliveira Roman e Wilson Carlos Ribeiro; as diretoras Sonia Mariano e Sandra ParisI e as PCs Vanessa Bacci, Cleuzemar Leite, Edméia Toyosato e Eridulce de Sousa Lima. A mesma socialização foi realizada com as escolas foco das ações do grupo, que se inicialmente se sentiram mais uma vez apontadas pela situação de prioritárias, no decorrer do encontro perceberam a oportunidade de trocar ideias, práticas e fragilidades. Ao mesmo tempo, em situações posteriores, buscou-se evidenciar a pertinência da constituição do grupo de unidades escolares e da metodologia de pesquisa-

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Relatório de ações 2012 do Polo D.E. Suzano do Grupo de Referência-Núcleo 08

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Relatório de ações do polo D.E.. Suzano

Núcleo 08 do grupo de referência

O polo D..E.. Suzano do grupo de referência vem avançando gradativamente e com

ritmo próprio, sem a preocupação excessiva em cumprir tarefas, mas sim a partir da visão de

que a metodologia de pesquisa-ação é um processo, para o qual são necessários elementos

que não surgem nos indivíduos repentinamente, porém no decorrer das ações, socializações e

descobertas. O ponto de partida de nosso trabalho, outrora constituído pelos supervisores

Carlos Alberto Freitas de Oliveira, Mara Silvia Bioto, Maria Romilda e Mirela de Oliveira

Roman; as diretoras Sonia Mariano e Sueli Souza e as PCs Giovania Leme e Nanci Cunha, foi a

organização do plano de ação da D.e. D.E. Suzano, para o qual acordou-se o mantenimento da

problemática: como constituir um trio gestor formador de modo a potencializar o ensino-

aprendizagem na sala de aula? Para tal, utilizou-se como principal referencial teórico a

metodologia da pesquisa-ação de David Tripp, Molina e Thiollent*, orientando-se pelos relatos

desses autores em relação à organização e condução de um processo de constituição de grupo

colaborativo, ativo-reflexivo.

O primeiro passo foi delimitar as unidades escolares foco das ações, definindo-se das

prioritárias da diretoria sete escolas reincidentes no que se refere a baixos índices de avaliação

externa: E.E. Justino Marcondes Rangel, E.E. Conj. Hab. Parque dourado II, E.E.José Eduardo

vieira Raduan (município de Ferraz de Vasconcelos) E.E. Euclides Igesca, E.E. Oswaldo de

Oliveira Lima e E.E. Anis Fadul (município de Suzano). Em seguida elaborou-se a socialização da

formação do núcleo 08 e do grupo de Suzano para os colegas supervisores e PCNPs (outrora

PCOPs). Esse momento se configurou como de extrema importância e produtividade,

movimento bem recebido pelos citados segmentos, e que trouxe satisfação à equipe

envolvida. No corrente ano o referido grupo sofreu uma nova constituição, com a

permanência de apenas três de seus componentes iniciais, passando sua formação para os

supervisores Carlos Alberto Freitas de Oliveira, Mirela de Oliveira Roman e Wilson Carlos

Ribeiro; as diretoras Sonia Mariano e Sandra ParisI e as PCs Vanessa Bacci, Cleuzemar Leite,

Edméia Toyosato e Eridulce de Sousa Lima. A mesma socialização foi realizada com as escolas

foco das ações do grupo, que se inicialmente se sentiram mais uma vez apontadas pela

situação de prioritárias, no decorrer do encontro perceberam a oportunidade de trocar ideias,

práticas e fragilidades. Ao mesmo tempo, em situações posteriores, buscou-se evidenciar a

pertinência da constituição do grupo de unidades escolares e da metodologia de pesquisa-

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ação para as reflexões referentes às ações do prêmio gestão e plano de ação participativo, em

um movimento de reflexão e propostas de práticas de maneira colaborativa, primando pela

não hierarquização no sentido de tomada da liderança a partir da necessidade surgida por

intermédio de diferentes contextos e necessidades. Ao mesmo tempo, as reflexões levaram ao

levantamento de hipóteses em relação à temática do plano de ação do G.R. de Suzano: se a

intenção é a de constituir um trio gestor formador nas unidades escolares, é pertinente

considerar se a diretoria de ensino, na figura de seus componentes, é formativa nos moldes

postulados pela pesquisa-ação? Se sim ou não, quais as implicações de tais afirmativas ou

negativas? È possível constituir um trio gestor formador sem que supervisão e núcleo

pedagógico existam de forma colaborativa, ativo-reflexivas? Esses segmentos são

efetivamente colaborativos?

Essas questões culminaram na elaboração de um instrumento de pesquisa, com o

objetivo de analisar a realidade da diretoria de ensino, com vistas a posteriores considerações

no que se refere a apresentar-se diante da formação de equipes com tais características. Os

resultados apontaram para a existência de elementos fundamentais para que a diretoria de

ensino fortaleça o trio gestor das escolas no que se refere à formação continuada de

educadores potencialmente reflexivos.

Nessa mesma linha, o ponto de discussões do grupo assentou-se sobre a necessidade

de promover a vivência do movimento para as sete unidades escolares foco do trabalho do

grupo de referência, na crença de que, mais do que discursar, faz-se mister e urgente colocar

esses profissionais na ação voltada para a constituição de um grupo colaborativo. Nesse

sentido realizou-se encontro por intermédio do qual e em articulação com o plano de ação

participativo (PAP) tencionou-se situar direção e PCs para a necessidade de resgatar o

professor–pesquisador, tal qual postulado por pimenta*, (2005) como aquele que possui

conhecimentos teóricos e de vivências profissionais fundamentais para o diagnóstico, reflexão,

análise e implementação de ações para a melhoria da qualidade de ensino oferecida pelas

instituições.utilizou-se, portanto, a estratégia de solicitar que cada gestor encaminhasse ao e-

mail da supervisão referenciais sobre trabalho colaborativo, ao mesmo tempo em que

disponibilizou-se tese da autora supracitada para leitura prévia e posterior organização de

estratégias para implementação de ações constantes no pap, justificando, quando pertinente,

à partir dos autores sugeridos, ou outros que se apresentassem como produtivos para o grupo.

Orientou-se para a tentativa deliberada de realização do mesmo movimento nos espaços de

ATPC das unidades escolares. Construiu-se o blog do grupo de referência para socialização dos

resultados dessa prática bem como dos referenciais que tem embasado as discussões e

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elaboração dos encontros, com link disponível no site da diretoria de ensino da região de

Suzano.

O grupo já havia discutido quanto à necessidade de socializar sistematicamente o G.R.

também com as demais escolas jurisdicionados à D.E. Suzano, ainda que não-prioritárias ou

que prioritárias não pertencentes diretamente ao projeto. O momento oportuno surgiu a

partir de tese de educadora de escola jurisdicionada a der Suzano, a professora Eva Rocha,

cujo elemento de análise sobrecai na reunião de ATPC, antigo HTPC, momento coletivo objeto

das reflexões e propostas do G.R. Suzano, pelo reconhecimento desse espaço como terreno

fértil para a corresponsabilização e estabelecimento do sentimento de pertencimento de

educadores no ambiente escolar.

O percurso, todavia possa parecer pouco avançado no que se refere à quantidade,

resulta de reflexões de fato aprofundadas, com o intuito de efetivamente gerar mudanças

significativas na gestão das u.e.s, que culminem em melhoria da qualidade de ensino a partir

das práticas pedagógicas nesses espaços vivenciadas. Compreende-se o trabalho do grupo de

referência como o de gerar mudanças de posturas, em oposição à ação pela ação, indo além

do escopo da cooperação, porém situando os profissionais das unidades escolares para o

movimento de corresponsabilidade efetivamente necessário se é pretendida a transformação

que, longe de ser momentânea ou episódica, visa à tomada de consciência de gestores e

educadores para o potencial do trabalho reflexivo crítico colaborativo.

* Pimenta, Selma Garrido. Pesquisa-ação Crítico-Colaborativa: construindo seu significado a

partir de experiências com a formação docente. universidade de São Paulo.2005.

Molina, Rinaldo. A pesquisa-ação/investigação no Brasil: mapeamento da produção

(1966-2002) e os indicadores internos na pesquisa-ação colaborativa. São Paulo:

FEUSP, 2007. 177 p. Tese (doutorado em educação).

Tripp, David. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e pesquisa, São

Paulo, v. 31, n. 3, p. 443-466, set/dez. 2005.

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