relatório de atividades -...
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O Sul da Bahia em Ação é uma orga-nização atuante e incentivadora das boas práticas de desenvolvimento sustentável formada por empresas, empresários e intelectuais que acre-ditam em um futuro melhor e mais justo para todos.
Inspirada em um modelo capixaba, a instituição nasceu da percepção da li-derança empresarial, de que era pre-ciso fazer mais pelos municípios e pela região onde estavam instalados.
O primeiro desafio foi, então, definir sua área de atuação, levando a expe-riência e o modelo de gestão do setor privado para áreas prioritárias, e en-volvendo a liderança empresarial em questões importantes para toda a so-ciedade.
A escolha dos temas e dos projetos que seriam desenvolvidos teve como fundamento os indicadores socio-econômicos dos 26 municípios em que atua. Ao analisar os dados, a ins-tituição percebeu que deveria buscar modelos inovadores e experiências
exitosas que, efetivamente, trariam resultados para a comunidade.
Fundamentada em dados oficiais, a instituição desenvolveu muitos pro-jetos. Entre eles, o que incentiva a implantação da educação em tempo integral nas escolas públicas, que procura uma solução para a questão da água e que tratam da mobilidade urbana, da gestão pública de qualida-de, da revitalização de espaços públi-cos, entre muitos outros.
Suas ações, sempre planejadas em parceria com a sociedade civil e com os governos, têm resultados reais, melhorando a qualidade de vida da população e proporcionando o au-mento das expectativas de investi-mento na região.
Foram muitas reuniões, encontros, debates e os desafios também não foram poucos, mas existe a certeza de que este é o caminho certo. É isso que mostra este relatório de ativida-des.
A P R E S E N T A Ç Ã O
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Chegamos aos três anos e aquilo que era apenas um sonho, um ideal, uma possibilidade se tornou realidade. Uma entidade que congrega empresá-rios, executivos, técnicos e líderes de nossa região, com o objetivo de gerar desenvolvimento sustentável, pen-sando no longo prazo, mas produzin-do ações efetivas imediatas, pautadas em critérios técnicos e inspiradas em modelos de referência.
A formação do Sul da Bahia em Ação trouxe metodologia aos nossos an-seios e inquietudes. Nossas ações têm planejamento, organização e proces-sos, ou seja, ideias, vontades e expe-riências foram canalizadas de forma organizada, tendo, nossa instituição, um modelo de gestão empresarial pautado em prazos, metas e objetivos, além, é claro, de princípios e valores.
Exercitamos e elaboramos um plane-jamento estratégico, e listamos mais de 50 questões, em variadas áreas que atingem a sociedade. Para citar
algumas: Educação, Segurança Públi-ca, Desenvolvimento Urbano, Gestão Pública, Tecnologia e Saúde, dentre outras. Daí, foram construídos proje-tos, definidos seus líderes e formadas equipes de trabalho, constituídas por associados mantenedores e pessoas de notório saber.
Esses projetos têm vida própria e atu-am como unidades de negócio, ape-nas com uma diferença: o resultado não é a venda de um produto ou ser-viço, mas a implantação de algo que melhore a vida das pessoas, que pro-duza efeitos na geração de desenvolvi-mento e na construção de um futuro melhor.
Ao longo destes três anos, houve mui-to aprendizado e muita dedicação. Fo-ram inúmeras reuniões com prefeitos, vereadores, membros do Ministério Público, juízes, sindicatos e empresas, apresentando a entidade e seus proje-tos, além de vários trabalhos desen-volvidos.
P A L A V R A D O C O O R D E N A D O R
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Depois disso tudo, o sentimento é de profunda alegria, principalmen-te porque descobrimos que existem muitas pessoas com este mesmo ideal em vários lugares, em áreas distintas de atuação.
O trabalho com os projetos trouxe para todos nós, membros da entidade, a oportunidade de aprender e de exer-citar nossas capacidades de gestão e de liderança. Todo este aprendizado e exercício de gestão, acaba, também, sendo um elemento motivador para revisitar nossas ações e planos dentro de nossas empresas.
Hoje, percebo que existe, de fato, uma grande possibilidade de construirmos um futuro melhor e mais justo. Não será uma tarefa fácil, mas, com me-todologia e engajamento, conseguire-mos.
O Sul da Bahia em Ação tem se esta-belecido como uma entidade de refe-rência, respeitada por seus valores e princípios, e sempre buscará o bem comum e o desenvolvimento susten-tável de nossa região.
Élio Silva Nascimento Filho
Coordenador
“Existe, de fato, uma grande possibilidade de construirmos um
futuro melhor e mais justo. Não será uma
tarefa fácil, mas, com metodologia e engajamento0, conseguiremos”
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QUEM SOMOSCom o objetivo de mobilizar o setor empresarial e de ampliar o diálogo com a sociedade para construir um futuro melhor e mais justo, um grupo de empresários do sul baia-no fundou, em 2014, o Sul da Bahia em Ação. A ideia nasceu de uma palestra realizada no Fórum Em-presarial da Bahia, em Comanda-tuba, e, mais tarde, se consolidou com uma visita institucional ao Es-pírito Santo em Ação, um modelo representativo do setor empresa-rial capixaba de grande sucesso.
Com ações e projetos que visam construir dias melhores para todos
e tornar as empresas ainda mais conscientes de seu papel econô-mico e social, o Sul da Bahia em Ação estabelece parcerias e amplia a interlocução entre os diversos se-tores, com o único objetivo de pro-mover o desenvolvimento susten-tável dos 26 municípios onde atua.
Sem qualquer vinculação políti-co-partidária, o Sul da Bahia em Ação se propõe a se manter isento, sempre promovendo a cooperação e o trabalho comunitário, conside-rados essenciais para o sucesso de qualquer iniciativa que visa o bem comum.
MISSÃOMobilizar o presente para um futuro melhor e mais justo.
VISÃOSer referência de entidade empresa-rial que catalisa ações propositivas para o desenvolvimento sustentável no sul da Bahia até 2020.
VALORESComo uma organização guiada por princípios éticos e republicanos, o Sul da Bahia em Ação defende valores que
norteiam suas ações e que permitem o alcance de resultados tão importan-tes para as gerações atuais e futuras. São valores da instituição:
• Comprometimento com o desen-volvimento sustentável;
• Construção cidadã de uma socie-dade melhor;
• Democracia, como a melhor ma-neira de respeitar a voz do povo;
• Unicidade;
• Moralização das relações público--privadas; e
• Pluralismo político e ideológico.
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ESTRUTURA OPERACIONALO Sul da Bahia em Ação tem uma estrutura organizacional horizontal, seguindo o mes-mo modelo do Espírito Santo em Ação, ins-tituição que inspirou sua criação.
A organização é formada por voluntários que dedicam seu tempo e suas ideias para ações e projetos desenvolvidos nos con-selhos e comitês, conforme demonstrado abaixo.
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1. Almadina
2. Arataca
3. Aurelino Leal
4. Barro Preto
5. Buerarema
6. Camacan
7. Canavieiras
8. Coaraci
9. Floresta Azul
10. Ibicaraí
11. Ilhéus
12. Itabuna
13. Itacaré
14. Itajú do Colônia
15. Itajuípe
16. Itapé
17. Itapitanga
18. Jussari
19. Maraú
20. Mascote
21. Pau Brasil
22. Santa Luzia
23. São José da Vitória
24. Ubaitaba
25. Una
26. Uruçuca
ÁREA DE ATUAÇÃO
O Sul da Bahia em Ação abrange 26 municípios, que, juntos, têm uma população de 853.230 habitantes, de acordo com dados do IBGE de 2017.
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GRUPO DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS
Unidos para o bem comum
A primeira ideia do que seria o Sul da Bahia em Ação surgiu há pou-co mais de três anos, por ensejo do Fórum Empresarial da Bahia, o que rendeu uma visita institucio-nal a uma organização capixaba. Daquele momento em diante, a tarefa de congregar gente do bem ganhou forças e cresceu de forma consistente.
Institucionalmente, a organização tem se posicionado como uma im-portante articuladora das ações que visam o bem comum, que pro-movem a qualidade de vida, a res-ponsabilidade na gestão pública e muitas outras atividades.
Uma das ações inovadoras que o Sul da Bahia em Ação trouxe para a sociedade, principalmente para o setor empresarial, foi a série de debates com os candidatos a pre-feito de Itabuna, realizada em par-ceria com a Associação Comercial de Itabuna (ACI). Pela primeira vez, todos apresentaram suas platafor-
mas e, principalmente, ouviram as prioridades para o município.
Com muita clareza e transparência, os candidatos foram convidados e, depois do encontro, receberam um documento no qual a liderança em-presarial da cidade listou as áreas e os projetos que deveriam ter maior atenção por parte do município.
Os ideais do Sul da Bahia em Ação também estão sendo levados para além dos limites geográficos das 26 cidades em que pretende atuar diretamente.
Neste sentido, os empresários do sul da Bahia têm influenciado po-sitivamente os líderes de outras re-giões, como aconteceu em Vitória da Conquista.
Depois de conhecer os resultados alcançados em Itabuna, um grupo de empreendedores conquistenses convidou o Sul da Bahia em Ação para uma apresentação institucio-
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nal, que detalhasse melhor o modelo de atuação.
Após o encontro, uma comitiva visi-tará o Espírito Santo para conhecer a organização que inspirou o modelo de Itabuna.
O diálogo institucional também se es-tende para a área acadêmica. Sempre se colocando à disposição das insti-tuições de ensino superior, tais como: Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), União Metropolitana de Educação e Cultura (Unime), Insti-tuto Federal da Bahia (IFBA), entida-des parceiras do Sul da Bahia Ação.
Como defensor e propagador das boas práticas de desenvolvimento sustentável, o Sul da Bahia em Ação tem pautado seus maiores esforços na criação dos planejamentos, incen-tivando, contribuindo e cobrando das autoridades competentes que pensem as cidades de forma mais responsável e harmônica.
Destas discussões, surgiram muitos projetos e inúmeras propostas, que, agora, ganham vida por meios dos projetos.
Todas essas atividades são desenvolvi-das com o apoio de empresas e empre-sários mantenedores, que contribuem não apenas financeiramente, mas que investem tempo e sua credibilidade em prol do bem comum.
No sentido horário, apresentação insti-tucional no Fórum Empresarial da Bahia, reunião de criação do Sul da Bahia em Ação e sabatina com candi-datos a prefeito.
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Promover as relações éticas entre os setores público e privado é um dos privilégios do Sul da Bahia em Ação. A organização está focada em reunir todos os esforços necessários para tornar realidade o que tem sonhado e planejado.
Nesse sentido, vamos continuar nos aproximado das organizações representativas dos Poderes Constituídos: Executivo, Legislativo e Judiciário, sempre com propostas claras e transparentes.
Nosso diálogo também inclui, e continuará contemplando, outras organizações e lideranças empresariais, pois acreditamos que a tro-ca de experiências é vital para o sucesso do modelo que desenvolve-mos. Essa mesma orientação prosseguirá sendo aplicada na nossa relação com instituições de ensino e outros setores da sociedade.
Rafael Ernane Andrade Líder do grupo
PALAVRA DO LÍDER
No sentido horário, membros do grupo de Relações Institucio-nais e encontro com empresários de Vitória da Conquista.
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Talvez, nenhuma questão seja, atu-almente, mais importante do que a da água. Dela, depende a sobre-vivência de toda a vida do planeta e, consequentemente, o futuro da humanidade.
É verdade que este é um desafio que já atravessa gerações e que vem sendo subestimado. Como re-sultado do descaso e das alterações climáticas intensificadas nos últi-mos anos, a sociedade começou a viver o que pode ser o grande pro-blema do homem nos próximos sé-culos: a escassez de água.
Indicadores
Em Itabuna, o problema da falta de água é histórico e atrai uma discus-são antiga, que vem desde os anos 1980. Recentemente, com a longa estiagem, isso ficou mais percep-tível por causa do racionamento severo a que a cidade e seus mora-dores foram submetidos.
Diante deste quadro, as primeiras ações do Sul da Bahia em Ação fo-ram voltadas para a análise de da-dos que apontassem o caminho a
ser seguido. Os primeiros estudos mostraram que os maiores entra-ves eram gerados por três motivos principais: a falta de priorização por parte do poder público, a notó-ria deficiência na gestão do serviço pela empresa municipal encarre-gada e a ausência de envolvimento da sociedade, como principal inte-ressada.
Com os dados iniciais, todos obti-dos de fontes oficiais, ficou com-provada a deficiência do sistema de abastecimento de água e de tra-tamento de esgoto, na cidade, nos últimos anos, bem como a necessi-dade de aprovação do Plano Muni-cipal de Saneamento Básico, o que motivou a realização de audiências públicas.
Proposta
Diante desta realidade, o Sul da Bahia em Ação criou o Projeto Água, que reúne empresários e pensadores da sociedade com o ob-jetivo de dialogar com os poderes constituídos, a fim de solucionar o problema do saneamento básico e do abastecimento de água.
PROJETO ÁGUA
A solução está na gestão
Um dos pontos defendidos pelo proje-to é a concessão deste serviço público, considerado o mais adequado para so-lucionar a crise hídrica.
Resultados
Com a proposta definida, uma série de reuniões e audiências com o Poder Executivo foi realizada para comparti-lhar os dados levantados e cobrar um desempenho melhor do município na gestão, no tratamento e na distribui-ção da água. Entre as ações propostas,
estavam medidas de médio e curto prazo que pretendiam aliviar a popu-lação do drama da falta de água.
Como resultado das propostas apre-sentadas pelo Sul da Bahia em Ação, o Poder Executivo municipal encami-nhou o Projeto de Lei, que autoriza a concessão da gestão da água e do es-goto na cidade de Itabuna, à Câmara Municipal. Atualmente, a nova gestão estuda a melhor forma de dar encami-nhamento ao PL.
INDICADORES
Segundo dados do Sistema Nacional de Informa-ções sobre Saneamento (SNIS), apenas 50,3% dos brasileiros têm acesso à coleta de esgoto, o que sig-nifica que mais de 100 milhões de pessoas utilizam medidas alternativas para lidar com os dejetos: seja através de uma fossa, seja jogando o esgoto direta-mente em rios.
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de famí-lias com acesso à rede de esgoto tem crescido nos últimos anos na maioria dos municípios do Sul da Bahia. Entretanto, algumas cidades não acom-panharam a evolução populacional, reduzindo o percentual de domicílios atendidos. Este é caso de Buerarema e de Itajuípe, como exemplificado no gráfico ao lado.
No período de 2003 a 2013, os maiores avanços se concentraram nos centros urbanos, como em Ita-buna e Ilhéus. Em municípios menores, a imple-mentação de políticas de saneamento básico tem avançado lentamente, como acontece em Una, que tem cerca de 24.000 habitantes e menos de 25% da população é atendida pela rede de esgoto.
Fato semelhante acontece com o abastecimento de água. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil, 94% da população tem acesso a serviços de água potável. Esse núme-ro cai, significativamente, em municípios menores, onde a questão da água precisa ser priorizada pela gestão pública.
2003 2013
Buerarema
Itapitanga
Itajuípe
Ilhéus
Itabuna
Una
Famílias com acesso a esgoto
66,38%66,02%
93,09%98,75%
63,53%63,36%
43,80%50,06%
73,78%78,27%
18,65%24,47%
Buerarema
Itapitanga
Itajuípe
Ilhéus
Itabuna
Una
Famílias com acesso a água
78,11%81,31%
98,22%99,36%
84,54%88,81%
70,56%85,16%
91,79%95,87%
55,51%60,71%
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Também foram realizadas palestras para conscientização e mobilização da sociedade civil organizada e da im-prensa, que muito podem contribuir com o andamento do projeto e com o amadurecimento do modelo proposto pela organização.
Outras atividades das quais o grupo do Sul da Bahia em Ação participou
foram: uma reunião com o sindicato dos trabalhadores da Empresa Muni-cipal de Águas e Saneamento (Emasa), e uma audiência pública que discutiu as reais necessidades da população, como questões que envolvem a tari-fa cobrada e a expectativa de melho-ra da qualidade do serviço prestado, sem interrupções desprogramadas no abastecimento.
Acima, palestra sobre gestão de água. No senti-do horário, reunião com
o prefeito de Itabuna e Conferência Municipal
das Cidades.
Depois de todo esse processo de debates, o Sul da Bahia em Ação chegou à conclusão de que a melhor proposta para o problema de captação, tra-tamento e distribuição de água, bem como para o saneamento básico de Itabuna é, realmente, o modelo de concessão.
Por meio de um procedimento licitatório, seria selecionada uma nova empresa, seja ela pública ou privada, com maior expertise em saneamen-to básico, resolvendo o principal problema atual, que, como os dados le-vantados confirmaram, se trata da gestão.
O Sul da Bahia em Ação tem reafirmado sua proposta e continuará a pro-vocar o poder público, a fim de que se apresente uma solução definitiva para a situação que afeta milhares de cidadãos.
Daniel AlbuquerqueLíder do projeto
PALAVRA DO LÍDER
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Pensar a forma como as cidades estão organizadas e como os ci-dadãos se conectam aos serviços essenciais é fundamental para promover a qualidade de vida. Na prática, planejar uma cidade mais bem distribuída, organizada e que ofereça mais opções de transporte é indispensável para que ela cresça de forma sustentável e acolhedora.
Dados do Governo Federal mos-tram que, a cada ano, mais de 3,5 milhões de novos veículos come-çam a rodar nas cidades brasilei-ras, um aumento significativo para a frota atual, estimada em 75 mi-lhões.
Além da mobilidade urbana, que é uma questão urgente, as cidades também precisam repensar seu modelo de gestão das águas e dos resíduos, revisando e atualizando seus planos diretores.
Indicadores
Conhecida como Lei da Mobilida-de Urbana, a Lei 12.587/12, estabe-
lece que cidades com mais de 200 mil habitantes devem implemen-tar o Plano de Mobilidade Urbana, e orienta para que os planos privi-legiem o meio de transporte não motorizado, que causa menor im-pacto ao meio ambiente e promove a qualidade de vida dos cidadãos.
Embora a legislação já esteja em vigor há cinco anos, nenhum mu-nicípio do sul baiano concluiu seu Plano, e o prazo estabelecido para isso, em lei, se encerra em maio de 2018. Esse dado mostra que, ao contrário do que deveria ser feito, a mobilidade urbana não tem sido uma prioridade na pauta dos go-vernos locais.
PROJETO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Foco na sustentabilidade
Nenhum dos municípios do sul da Bahia concluiu o
Plano de Mobilidade Urbana.
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Propostas
Ampliando ações pontuais que vem realizando em Itabuna, como a revi-talização de espaços públicos, o Sul da Bahia em Ação criou o projeto Desenvolvimento Sustentável. Com ele, a organização pretende estimular práticas coerentes com um modelo de sustentabilidade e, principalmente, incentivar os gestores públicos a pen-sarem as cidades a partir desta ótica.
Atualmente, o projeto tem três prin-cipais desafios: acompanhar o desen-volvimento do Plano de Mobilidade Urbana, participar do processo de revisão do Plano Diretor de Desenvol-vimento Urbano (PDDU) e construir, juntamente com os demais setores da sociedade, um modelo de transporte público orientado para a sustentabili-dade.
A produção do termo de referência, que servirá como base para a contra-tação da empresa que vai elaborar o Plano de Mobilidade Urbana de Ita-buna, já foi concluído e teve efetiva a participação de membros do Sul da Bahia em Ação, que passará a integrar o Conselho Gestor, que acompanhará todo o processo de elaboração e im-plementação do Plano.
Em paralelo, um processo de cons-cientização da sociedade foi iniciado. Uma série de palestras e oficinas de trabalho foram realizadas para pro-porcionar à população, principalmen-te aos formadores de opinião, uma visão mais nítida sobre a construção de cidades sustentáveis, alinhadas às metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O Sul da Bahia em Ação participa, ain-da, do grupo de instituições que discu-
No sentido horário, oficina de trabalho do Plano de Desenvolvimento Sustentável e apresenta-ção do modelo de Região Metropolitana.
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É preciso pensar nossas cidades de uma forma diferente. Tendo Itabu-na como modelo, nós estamos trabalhando para construir cidades mais humanas, com transporte sustentável e onde as pessoas tenham mais mobilidade.
Na prática, essas ações contemplam importantes instrumentos de pla-nejamento, e os nossos principais desafios são: implementar o Plano de Mobilidade Urbana e um modelo de transporte público sustentável, que contemple suas diversas possibilidades, e, também, acompanhar o pro-cesso de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbana (PDDU).
Nós também estamos empenhados em ter o compromisso da gestão mu-nicipal com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), difun-didos pela Organização das Nações Unidas, que têm a qualidade de vida e o respeito ao meio ambiente como premissas, além de outros temas.
Débora Santa FéLíder do projeto
PALAVRA DA LÍDER
Em sentido horário, apresentação da propos-ta de passarela, partici-pação no Agenda Bahia, reunião do Grupo de Trabalho e Conferência Nacional de Municípios.
te a implementação da Região Metro-politana, tema tão importante para o desenvolvimento regional.
Além disso, o Sul da Bahia em Ação participa efetivamente, desde 2015,
do Conselho Municipal de Meio Am-biente (Comam) e, a partir deste ano, também passou a ter representação no Conselho Municipal de Desenvol-vimento Urbano Sustentável (Condus) de Itabuna.
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Ao longo dos anos, o mundo globa-lizado se transformou com a che-gada de novas tecnologias, e é cada vez mais necessário renovar o pen-samento dos líderes empresariais. Mais do que isso, é preciso pensar como será a nova geração de em-presários e gestores públicos.
Justamente por defender esta ideia, o Sul da Bahia em Ação investe e acredita na formação da nova geração de líderes, pois somente com gestores comprometidos com o desenvolvimento sustentável, e fundamentados nos princípios republicanos e democráticos, po-deremos construir uma sociedade melhor.
Não é novidade que a cultura em-presarial sul baiana ainda está apoiada em questões e costumes herdados da época de ouro do ca-cau, no início do século passado. Naquele período, cidades como Ilhéus se destacavam mundial-mente pela produção da amêndoa que dá origem ao chocolate. Mas, embora as raízes sejam boas, as li-
deranças da região estão de acordo que é hora de mudar.
Assim, surgiu o Jovens em Ação, um grupo constituído por líderes em formação que, com o apoio e a experiência dos empresários do Sul da Bahia em Ação, desenvolve atividades que promovem suas ha-bilidades e aumentam seu senso crítico.
Resultados
O Jovens em Ação obteve ótimos resultados no último ano. Os par-ticipantes do grupo tiveram opor-tunidade de debater sobre lideran-ça, marketing e novas formas de ousar no mercado em que atuam, além de discutir sobre a formação da cultura e de aspectos políticos do Brasil. Esse aprendizado acon-teceu, seguindo a metodologia do grupo, através da leitura e da dis-cussão de livros indicados por seus integrantes.
A partir da leitura dos livros, os jo-vens produziram uma série de ar-
PROJETO JOVENS EM AÇÃO
Líderes para um novo mundo
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tigos que foram divulgados em sites da região, bem como em um jornal de grande circulação na cidade de Itabu-na.
Outro momento de grande aprendi-zado e enriquecimento na vivência empresarial foi a visita institucional a uma empresa do ramo de perfuma-ria. Através da visita, os jovens líderes conheceram a história do empreendi-mento, criado por dois empresários da região, além de todos os processos de fabricação dos produtos e sua gran-de preocupação com a área social.
Nos júris simulados, os integrantes apresentaram propostas favoráveis e contrárias a temas importantes para sua formação. Dois dos assun-tos discutidos foram a viabilidade da construção do Porto Sul na cidade de Ilhéus e a Reforma Trabalhista.
No Conta para Mim, os integrantes procuram conhecer melhor os cases
de sucesso da região, e, assim, pude-ram compreender melhor os desafios de manter e fazer prosperar uma em-presa, desde a concepção do empre-endimento, passando por toda a fase de planejamento, até o cumprimento de todas as suas metas.
O Jovens em Ação encerra este período com um saldo muito positivo de ama-durecimento, de muito aprendizado teórico e prático, e com grandes expec-tativas para o futuro.
No próximo ano, o grupo tem como principais anseios continuar o seu aprendizado e dar continuidade às suas iniciativas, como o júri simulado, a leitura de livros, a produção de artigos, os encontros do Conta para Mim e as visitas institucionais.
Também vamos lançar uma iniciativa de inovação na área social, aproxi-mando mais nossas discussões e nosso aprendizado das comunidades. Apro-veitando o ano eleitoral, pretendemos interagir mais com a vida política da região, analisando os candidatos e suas propostas. Além disso, aumentar o número de participantes, captando jovens líderes interessados em ingressar no Jovens em Ação.
Amália Aparecida de SouzaLíder do projeto
PALAVRA DA LÍDER
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PALAVRA DA LÍDER
Não há como planejar o futuro sem ter informações do presente e do passado. Essencial para a gestão privada e pública, uma base de da-dos sólida, confiável e constante-mente atualizada é a meta do proje-to Sul da Bahia em Dados, também chamado de SBA em Dados.
A compilação de indicadores so-bre emprego, renda, educação, sa-neamento básico, criminalidade e muitos outros, em uma única plataforma, possibilitará o acesso rápido, o cruzamento das informa-ções e a criação de cenários que poderão auxiliar na formulação e na implementação de políticas públicas, e, também, como o setor empresarial fará seus investimen-tos.
O Sul da Bahia em Ação acredi-ta que o projeto SBA em Dados é muito importante para um plane-jamento de médio e longo prazo e para a tomada de decisões asser-tivas e proativas. Nesse sentido, a organização acredita estar no ca-
minho certo para a melhoria dos serviços oferecidos ao cidadão, e para a promoção do desenvolvi-mento responsável.
Proposta
Coube ao grupo de trabalho do projeto eleger os principais indica-dores que refletissem o real estado da região. Esses dados são públicos e estarão disponíveis em uma pági-na da internet para que todo cida-dão também possa acompanhar os indicadores de sua região.
Quem quiser, ainda poderá fazer análises comparando dados entre dois ou mais municípios, e ver to-dos os dados de desempenho gra-ficamente.
Atualmente, o sistema está em fase de criação e a previsão é que ele comece a ser alimentado nos primeiros meses do próximo ano, com informações de 20 indicado-res pré-selecionados, mas a ideia é que esse número aumente.
PROJETO SUL DA BAHIA EM DADOS
Indicadores para o futuro
O projeto Sul da Bahia em Dados é muito importante para a tomada de decisões assertivas e proativas. Nós precisamos conhecer nosso ponto de partida para sabermos se estamos no caminho certo para a melhoria dos serviços oferecidos ao cidadão.
Poder analisar o cenário econômico, seja em uma esfera nacional ou mu-nicipal, e ter uma visão ampla e detalhada, fundamentada em uma base de dados confiável, organizada e de fácil acesso é o nosso objetivo. Dentro do que nos propusemos, temos conversado com outros atores sociais para en-tender as demandas e construir algo que seja de uso, também, do cidadão.
O sistema já está sendo estruturado e, em breve, estará disponível no nosso site (suldabahiaemacao.org.br). Nele, qualquer pessoa poderá comparar o desempenho de uma cidade com a outra, por exemplo, e poderá cobrar mais investimentos do seu prefeito. Com uma análise mais detalhada, ele saberá, inclusive, como está sendo gasto o dinheiro público. Neste aspec-to, a organização dos dados facilitará o engajamento do cidadão.
Luiz Sergio Neto VelanesLíder do projeto
PALAVRA DO LÍDER
• PIB por atividade econômica
• PIB
• Frota veicular
• IDEB
• IDH
• Mortalidade infantil
• População
• Renda
• Bolsa Família
• Censo Escolar
• Arrecadação Municipal
• Consumo de água
• Consumo de energia
• Arboviroses
• Orçamento
• Empresas por atividade econômica
• Famílias com acesso a água
• Famílias com acesso a esgoto
• Repasses da União e do Estado
• Taxa de analfabetismo
INDICADORES DO SBA EM DADOS
O grupo de trabalho do projeto selecionou 20 indicadores de diferentes áreas para compor a primeira versão do SBA em Dados. Sempre que necessário, novos indica-dores serão acrescentados à plataforma.
Indicadores:
CIDADES POPULAÇÃO RENDA PIB EDUCAÇÃO IDEB (4º-5º ANOS)
IDEB (8º-9º ANOS) IDHM MORTALIDADE
INFANTILACESSO AESGOTO
ÁGUA TRATADA
ANALFA-BETISMO
ARATACA 11.661 1,7 R$ 7.821,92 95,60% 3,7 2,4 0,559 7,69 18,80% 47,83% -17,35%
AURELINO LEAL 12.706 1,8 R$ 7.240,69 95,50% 3,8 2,5 0,568 22,12 51,70% 78,54% -42,60%
BARRO PRETO 6.251 2,4 R$ 7.717,46 96,20% 4,9 3,5 0,602 51,28 72,20% - -17,98%
BUERAREMA 19.256 1,7 R$ 12.158,16 91,50% 3,8 3,3 0,613 8,23 65,50% 76,64% -13,98%
CAMACAN 33.310 1,7 R$ 7.644,70 92,50% 3,9 3,1 0,581 19,7 74,20% 73,01% -8,11%
CANAVIEIRAS 33.002 1,6 R$ 7.838,64 94,90% 4 2,8 0,59 21,69 55,30% 79,55% -20,62%
COARACI 19.022 1,7 R$ 6.846,35 95,10% 4,1 3,2 0,613 26,32 83,60% 88,70% -35,95%
FLORESTA AZUL 11.244 1,8 R$ 6.410,85 92,80% 3,4 4 0,55 8,26 69,60% 76,40% -0,61%
IBICARAÍ 23.529 1,6 R$ 6.420,49 98% 4 3,9 0,625 9,87 63,30% 100,00% -32,51%
ILHÉUS 176.341 2,7 R$ 19.267,88 96,70% 4,3 3,4 0,69 22,05 65,90% 85,41% -39,04%
ITABUNA 221.046 2 R$ 16.753,23 96,60% 4,4 3,4 0,712 20,35 81,20% 94,83% -19,55%
ITACARÉ 28.382 1,7 R$ 8.192,49 94,70% 4,2 3,3 0,583 35,14 37,50% 78,22% 2,26%
ITAJÚ DO COLÔNIA 7.218 1,5 R$ 8.354,00 98,40% 3,8 2,9 0,592 - 67,60% 81,34% -23,89%
ITAJUÍPE 21.642 1,8 R$ 10.414,43 96,30% 3,8 3,2 0,599 21,98 58,90% 100,00% -15,66%
ITAPÉ 9.830 1,8 R$ 7.202,86 96,10% 3,5 3,1 0,599 7,87 60,30% 81,89% -37,08%
ITAPETINGA 77.533 1,6 R$ 11.911,83 96,80% 4,3 3,7 0,667 22,02 92,40% 94,65% -12,46%
ITAPITANGA 10.799 1,7 R$ 6.208,59 97% 3,5 2,6 0,571 - 79,40% 76,34% -22,48%
JUSSARI 6.275 1,5 R$ 7.392,50 94,50% 4 2,3 0,567 21,98 65,60% 77,78% 5,00%
MARAÚ 21.313 1,7 R$ 8.659,93 95% 4,2 3,5 0,593 19,32 18,50% 16,11% -29,18%
MASCOTE 14.728 1,4 R$ 7.753,03 95% 3,6 3 0,581 17,14 45,60% 78,94% -8,54%
PAU BRASIL 10.673 1,7 R$ 6.828,04 96,90% 4,7 3,2 0,583 20 63,60% 74,92% -31,01%
SANTA LUZIA 13.398 1,5 R$ 6.583,01 92,50% 3,9 2,1 0,556 22,22 45,50% 57,02% -15,16%
SÃO JOSÉ DA VITÓRIA 6.045 1,4 R$ 6.559,85 97,30% 3,8 3,1 0,546 - 78,10% 89,73% -11,81%
UBAITABA 20.489 1,8 R$ 9.204,39 95,80% 4,6 2,7 0,611 16,78 65,80% 83,17% -30,76%
UNA 21.331 1,9 R$ 11.994,13 96,80% 4,4 3,4 0,56 11,49 26,60% 56,71% -45,57%
URUÇUCA 21.711 1,8 R$ 8.198,88 95,80% 3,8 2,8 0,616 9,32 65,40% 78,58% -32,80%
INDICADORES DA REGIÃO SUL DA BAHIA
FONTES: População em número de habitantes, IBGE, 2017. Renda média em salários mínimos, IBGE, 2015. PIB per capita, IBGE, 2014. Educação, IBGE, 2010. Ideb, IBGE, 2015. IDHM, IBGE, 2010. Mortalidade infantil, IBGE, 2014. Famílias com acesso a esgoto, SNIS, 2010. Famílias com acesso a água trata-da, SNIS, 2013. Crescimento da taxa de analfabetismo, DEEPASK.
29
O baixo índice de aproveitamen-to escolar, o grande número de alunos que abandonam a vida estudantil e os frequentes casos de violência envolvendo jovens e adolescentes na cidade de Itabuna. Esses foram os três principais mo-tivos que levaram os empresários do Sul da Bahia em Ação a refle-tir sobre uma forma de colaborar com os governos para a melhoria da educação.
Focada na Educação Básica, que corresponde ao Ensino Funda-mental 1 e Fundamental 2, a ideia é promover um processo baseado no princípio do protagonismo, do indivíduo como empreendedor de si mesmo.
A ideia é fazer com que o aluno des-cubra o prazer de estar no ambien-te escolar e, principalmente, que ele se sinta estimulado a absorver e a compartilhar o conhecimento a partir de seu projeto de vida.
Indicadores
A mudança é necessária, porque o modelo atual, aplicado à realidade dos jovens contemporâneos, não se mostra mais eficaz diante das constantes inovações que aconte-cem cotidianamente.
O insucesso do padrão convencio-nal de ensino pode ser confirmado pelo desempenho das escolas pú-blicas no Ideb, o índice do Governo Federal usado para avaliar a evolu-ção da educação no Brasil.
No sul da Bahia, a realidade é catas-trófica quando se analisam os da-dos referentes aos últimos anos do Ensino Fundamental, o que mostra o desinteresse do aluno pela escola.
Proposta
Nesse sentido, a proposta dos em-presários do Sul da Bahia em Ação é um modelo de escola em tempo integral, semelhante ao aplicado no Ginásio Pernambucano, que
PROJETO ESCOLA EM TEMPO INTEGRAL
O aluno como protagonista
INDICADORES
Os dados mais atuais do Ministério da Educação (MEC) mostram que o desempenho dos muni-cípios do sul da Bahia no Índice de Desenvolvi-mento da Educação Básica (Ideb), que leva em consideração as taxas de aprovação, de reprova-ção e o abandono escolar, está abaixo da meta.
Para os primeiros anos do Ensino Fundamental, a meta nacional era de 5,2, mas o resultado do sul baiano não ultrapassou os 4 pontos. Para os últimos anos, a meta estipulada era de 4,7, sen-do que a média dos municípios foi 3,9.
Metas municipais
Além de não atingir a meta nacional, o desem-penho das escolas públicas também não foi su-ficiente para alcançar o alvo estipulado para o próprio município. Como mostrado no gráfico ao lado, na avaliação dos últimos anos do En-sino Fundamental, todos os municípios não al-cançaram a nota pretendida.
Este é o caso de Ilhéus, que obteve nota 3,4, fi-cando distante da meta de 4, de Itajuípe, que de-veria ter alcançado média 3,8, mas obteve 3,2, e de Buerarema, que também não alcançou o índice estabelecido de 4,2, ficando com apenas 3,3 pontos.
Nos primeiros anos, o desempenho das escolas públicas é um pouco melhor. Em Itabuna, por exemplo, a meta, em 2015, era de 4,4, mas a nota obtida foi 4,3. Itajuípe e Buerarema alcançaram nota 3,8, longe da meta de 4,1.
Com os dados da avaliação, é fácil perceber que a escola tem deixado de ser interessante para o aluno, à medida que ela não se adapta às suas necessidades e às novas tecnologias. Os resulta-dos não poderiam ser outros, senão a queda no desempenho e a evasão escolar.
Educação no Brasil
O sistema educacional brasileiro é dividido em Educação Básica e Ensino Superior. A Educação Básica, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB – 9.394/96), passou a ser estrutu-rada por etapas e modalidades de ensino, englo-bando a Educação Infantil, o Ensino Fundamen-tal, obrigatório de nove anos, e o Ensino Médio.
Até 2022, 98% das crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos devem estar matriculados e frequen-tando uma escola ou ter concluído o Ensino Mé-dio.
META REALIZADO
Buerarema
Itajuípe
Ilhéus
Itabuna
Una
Ensino Fundamental (primeiros anos)
4,43,8
43,8
4,34,3
4,54,4
4,24,3
Buerarema
Itajuípe
Ilhéus
Itabuna
Una
Ensino Fundamental (últimos anos)
4,23,3
3,83,2
43,4
4,23,4
3,93,4
31
muito se distancia da atual realidade precária da educação na região sul baiana, com seus baixos níveis de de-senvolvimento quando comparados às demais regiões do Estado.
A proposta da organização é enrique-cer a escola como um espaço valioso que, ao mesmo tempo em que desper-ta e impulsiona os anseios nos jovens, os torna protagonistas das mudanças positivas que ocorrerão em suas vi-das. Na prática, os alunos também estariam ligados a disciplinas e a ati-vidades mais relacionadas às suas ap-tidões, àquilo que eles desejam para seu futuro.
Na busca por um padrão que se ade-quasse à nova realidade dos jovens baianos, os empresários do Sul da Bahia em Ação encontraram o mode-
lo da Escola em Tempo Integral, de-senvolvido com sucesso em estados como Pernambuco e Espírito Santo.
Na visão da instituição, o modelo apli-cado nesses estados é muito interes-sante, porque traz a possibilidade de executar um currículo que propõe ao estudante fazer, efetivamente, uso de sua autonomia.
A iniciativa também promove a quali-dade dos processos de ensino e apren-dizagem com inclusão e redução das desigualdades, a partir de uma gestão escolar inovadora e que atua direta-mente em seus pilares: professor, cur-rículo e aluno.
É este novo modelo de educação, que se propõe a formar cidadãos compe-tentes e capazes de gerir suas esco-
No sentido horário, primeira reunião do grupo de trabalho, encontro com represen-tante do Poder Legislativo, apresen-tação do projeto na Câmara Municipal, reu-nião com a secretária de educação e visita ao Espírito Santo em Ação.
Ambicionamos, para 2018, a efetiva aprovação do Projeto de Lei pelo Poder Legislativo municipal, para que se possa progredir na proposta de uma esco-la em tempo integral piloto, implementada com o apoio do Sul da Bahia em Ação.
Os desafios aparecerão, tendo em vista a habitualidade do modelo de ensino atual, tanto por parte dos educadores, quanto dos educandos. Nós vislumbra-mos algumas resistências, porém, estamos conscientes de que toda mudan-ça acarreta desafios, e nós trabalharemos em prol de quebrar ceticismos e difundir para população nossa proposta de um novo modelo de ensino que apresenta resultados positivos.
Nosso grande trunfo será contar com cases se sucesso espalhados pelo Brasil, como os de Vitória, no Espírito Santo, de Recife, em Pernambuco, e de Niterói, no Rio de Janeiro, que já realizaram essa mudança e, hoje, seguem replicando esse modelo para outras cidades.
Marcia Alessandra GuimarãesLíder do projeto
PALAVRA DA LÍDER
lhas, que o sul da Bahia em Ação de-fende por meio deste projeto.
Resultados
Os primeiros passos, depois de estu-dar a fundo o modelo proposto, foi buscar o apoio dos gestores públicos, para que, nas suas competências, o projeto virasse realidade. O momento exigia o compartilhamento das ideias, a troca de informações e a articulação para que todos os detalhes fossem es-clarecidos.
Como exemplo dessa movimentação, a organização realizou diversas reu-niões com o Ministério Público, com o Poder Executivo e com o Poder Le-gislativo, este último responsável pela aprovação do Projeto de Lei que tor-nará a escola em tempo integral uma política pública, não apenas governa-mental.
MODELO DE SUCESSO
O novo modelo de escola em turno único já foi implantado em diversos estados como Es-pírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Goi-ás, Pernambuco, Ceará, Piauí e Sergipe, com o apoio do Instituto de Co-Responsabilidade pela Educação (ICE), uma entidade privada, sem fins lucrativos, que trabalha com o de-senvolvimento de ações que promovem a qualidade do ensino e da aprendizagem na escola pública.
Com gestão, pedagogia e monitoramento de resultados adequados, na Escola em Tempo Integral, estudantes e professores desenvol-vem juntos as competências que a vida e o mercado exigem. Assim, o jovem aprende a planejar seus sonhos e ambições.
33
No mercado competitivo, não há como uma empresa se manter por muito tempo atuando da mesma forma em que se constituiu. No mundo moderno e digital que vive-mos, é preciso se renovar, revisan-do seu modelo de atuação, e inovar, agregando valor ao seu produto ou serviço com mão de obra qualifica-da.
Neste cenário, o Sul da Bahia em Ação propõe a reformulação de metodologias já ultrapassadas, mas que, ainda, são adotadas por muitas empresas. Em muitos casos, essa gestão não adota padrões for-mais, e a hierarquia organizacio-nal não promove o crescimento da empresa e de seus funcionários.
O velho modelo de gestão passa longe da valoração e da valorização dos colaboradores, que não perce-bem um caminho de crescimento profissional, não se sentem parte do processo e não são incentivados a buscarem qualificação.
Essa visão, distante da realidade do mundo contemporâneo e glo-balizado, acaba sendo um grande motivo para o fracasso e para o descontentamento com a carreira.
Proposta
O projeto Gente e Gestão foi cria-do pelo Sul da Bahia em Ação jus-tamente para oferecer ferramen-tas de gestão e metodologias que contemplam um desenvolvimento integrado, percebido a partir dos distintos prismas do mundo em-presarial, melhorando a gestão das empresas, de seus processos, in-cluindo a gestão de pessoas
Embasado por pesquisas in loco o grupo de trabalho do projeto pode diagnosticar as habilidades profis-sionais que as empresas necessi-tam em um colaborador e, através destes resultados, traçar progra-mas para qualificação ou formação profissional que, de fato, atendam essas demandas.
PROJETO GENTE E GESTÃO
Valorizando a nossa gente
Nosso maior desafio, atualmente, é propagar este modelo de gestão para empresas que, ainda, não participam do Sul da Bahia em Ação, por meio de oficinas de trabalho, fóruns de discussões e palestras com pessoas de notório saber no âmbito empresarial.
O que nós almejamos é um diálogo coerente e rentável para o setor em-presarial, no qual as empresas poderão competir entre si de forma equi-librada e com profissionais bem qualificados, satisfeitos e com uma visão sólida de sua carreira e do mercado em que a empresa está inserida.
Luciana Santa FéLíder do projeto
PALAVRA DA LÍDER
INDICADORES
Ilhéus ainda tem o maior PIB per capita do sul da Bahia, mas não é o que mais tem evoluí-do, segundo os dados do IBGE de 2004 e 2014. O posto de município que mais cresceu, no período analisado, ficou com Una, que viu o índice subir de R$ 2.580,51 para R$ 11.994,13.
Na análise da renda da população sul baiana, dois resultados chamam a atenção: a queda dos ganhos de quem vive em Itabuna e Ilhéus, e o avanço de Una, que, novamente apresenta bons resultados.
Buerarema tem bom desempenho nos dois indicadores, como é possível ver no gráfico ao lado: a renda de quem vive na cidade saltou de 1,4 para 1,7 salários mínimos.
Entretanto, apesar de alguns avanços signifi-cativos, o sul da Bahia ainda apresenta indica-dores muito abaixo da média nacional. O PIB per capita do brasileiro, em 2016, foi estipula-do em R$ 30.407, segundo dados preliminares de Contas Nacionais Trimestrais divulgados pelo IBGE.
O estado da Bahia tem, de acordo com os da-dos, a sexta pior renda per capita do país, com média salarial de R$ 736.
2006 2015
Renda per capita (em salários mínimos)
Buerarema
Itajuípe
Ilhéus
Itabuna
Una
1,41,7
1,61,8
2,92,7
2,12
1,31,9
Buerarema
Itajuípe
Ilhéus
Itabuna
Una
PIB per capita (R$)
3.575,4912.158,16
3.322,0410.414,43
6.613,8919.267,88
6.499,5616.753,23
2.580,5111.994,13
2004 2014
SETEMBRO
Visita ao Espírito Santo em Ação
Encontro para conhecer o modelo de atuação da insti-tuição capixaba
DEZEMBRO
Criação do Sul da Bahia em Ação
Formalizada a estrutura da organização
empresarial sul baiana
2014
JANEIRO
Reunião com presidente do Espírito Santo em Ação
Workshop para consolidar o projeto de instalação do Sul da
Bahia em Ação
2015
LINHA DO TEMPO
Consulta Pública sobre Saneamento Básico
Participação nos debates sobre o modelo de sanea-mento em Itabuna
FEVEREIRO
Lançamento da Lei ‘Adote uma Praça’
Mobilização para a manutenção dos espaços públicos
MAIO
MARÇO
Dinâmica com Crianças
Realização de atividades recreativas com crianças
na Praça da Amizade
JULHO
Reunião com vice-prefeito
Apresentação do modelo de representação empresarialdo Sul da Bahia em Ação
Visita às obras da Prefeitura de Itabuna
Encontro para conhecer o andamento das principais obras da gestão municipal
JUNHO
Visita institucionalao prefeito de Itabuna
Apresentação do modelo de representação empresarial
do Sul da Bahia em Ação
Reunião sobre a Região Metropolitana
Seminário Unime ‘Adote uma Praça’
Mobilização para revitalização de espaços
públicos
AGOSTO
AGOSTO
Lançamento Projeto Praça Pastor Hélio
SETEMBRO
Reunião na Câmara de Vereadores
Encontro para debater e apresentar propostas para o Código de Obras
Projeto Revitalização
Reunião de apresentação às escolas envolvidas
OUTUBRO
Reunião com oSEBRAE/BA
Encontro para apresen-tação institucional e das demandas empresariais
Escolha do Representanteno COMAM
Fórum Socialda UFSB
Encontro sobre expectativasde implantação do
novo campus
DEZEMBRO
Apresentação àPromotoria
Encontro na Câmara Municipal
Apresentação institucio-nal do Sul da Bahia em Ação para os vereadores
Visita ao Espírito Santo em Ação
Encontro para conhecer a metodologia do Projeto Escola em Tempo Integral
Encontro Setorial Empresarial - UFSB
Apresentação institucional no Fórum organizado pela
Universidade Federal
Aprovação doCódigo de Obras
Autorização das novas regras pela
Câmara Municipal
2016
JANEIRO
Projeto Revitalização
Obras de melhoria na área da Rodoviária
Projeto Revitalização
Obras de melhoria nos canteiros da Avenida Juraci Magalhães
MARÇO
Nova sededo Sul da Bahia em Ação
Instalação do novo escritório com sala de reuniões em Itabuna
Reuniões sobreCrise Hídrica
ABRIL MAIO
Participação no Comitê de Bacia
Palestra sobre crise hídrica
Reunião com empresáriospara debater soluções
para o saneamento básico
Conferência Municipal das Cidades
JUNHO
JULHO
AGOSTO
SETEMBRO
Reuniões comcandidatos a prefeito
Cinco encontros realizados entre agosto e setembro em
parceria com a ACI
Encontro com Presidente da Câmara
Reunião com o presidente da Câmara Municipal sobre concessão da Emasa
Reunião com Procuradoria
Encontro institucional com a Procuradora da República, em Itabuna
NOVEMBRO
Apresentação dosresultados 2014-2016
Encontro para prestação de contas e confraternização
2017
NOVEMBRO
2017
FEVEREIRO
Desenvolvimento Sustentável
Apresentação do projeto da passarela à Prefeitura Municipal de Itabuna
MARÇO
Projeto Gente e Gestão
Dinâmica com profissionais para desenvolvimento de novas habilidades
Mobilidade Urbana
Sessão Especial da Câmara Municipal sobre estudos do Plano de Mobilidade
MAIO
Reunião com Vereadores
PoderJudiciário
Visita institucional ao gabinete do Juiz Glaucio Klipel
Câmara Municipal
Apresentação para elaboração do
Planejamento Estratégico
Visita institucional à Promotoria Estadual
Reunião comDefensoria Pública
JUNHO
Desenvolvimento Sustentável
Realizada a primeira oficina do Plano de Desenvolvimen-to Sustentável
Reunião comPrefeitura de Itabuna
Revitalização daPraça Camacan
Reunião de apresentação do projeto de reforma da praça do município
Planejamento Estratégico da Câmara
Encontro para elabora-ção do Planejamento da
Câmara de Itabuna
JULHO
AGOSTO
Reunião com Secretários
Encontro para elaboração do Planejamento Estratégico de Itabuna
Reunião comSecretaria de Educação
Conferência Nacional de Municípios
Participação na conferên-cia organizada pelo Gover-no Federal em Brasília
Reunião com deputado estadual
RegiãoMetropolitana
Apresentação da proposta de Região Metropolitana
na Uesc
Agenda Bahia
Participação no evento Agenda Bahia em Salvador
Reunião sobre Plano de Mobilidade Urbana
SETEMBRO
47
Conselho Deliberativo
Edimar Luíz MargottoÉlio Silva Nascimento FilhoGivaldo Alves SobrinhoJohn Vinicius Oliveira NascimentoLuiz Orleans MendonçaManoel Sousa Chaves NetoMárcio Aparecido da SilvaRonaldo Abude Eustáquio da SilvaRuy Novaes Cunha
DIRETORIA 2014-2017
Élio Silva Nascimento Filho
CoordenadorGrupo Pai Mendonça
Ronaldo Abude Eustáquio da Silva
SubcoordenadorGrupo Módulo
Secretária executiva: Gilmária Brito
48
Conselho Operacional
Titular SuplenteAri Paranhos Silva -Carlos Henrique S. Medeiros Marcos LemosEdimar Margotto Junior Edimar Luíz MargottoÉlio Silva Nascimento Filho -Givaldo Alves Sobrinho Lucas Chaui PatrícioJosé Amâncio Barbosa -José de Carvalho Peixoto -Luiz Orleans Mendonça Valdomiro Magalhães MoraesLuiz Sergio Neto Velanes Selma Queiroz Amaral VelanesLuiz Wagner Chieppe Gilmar Gonçalves de AbreuMaria das Graças Nascimento -Marcelo Luiz Diniz Almeida -Manoel Sousa Chaves Neto Paulo MirandaMárcio Aparecido da Silva Daniel AlbuquerqueNewton Hiroshi Isozaki -Paulo Cesar Carletto Kadima SoaresPedro Luciano Araujo Jatobá Sandra VitóriaRafael Ernane Andrade Everson dos Santos SilveiraRonaldo Abude Eustáquio da Silva Luciana Santa FéRuy Novaes Cunha Rosemeire CorreiaWelington Menezes Ferraz Otonio Alves Guimarães Sobrinho
49
Grupo de Relações Institucionais
Líder do Grupo: Rafael Ernane Andrade
ConselheirosÉlio Silva Nascimento FilhoEdimar Margotto JuniorDaniel AlbuquerqueGuilherme Weichert NetoLuiz Orleans MendonçaRonaldo Abude Eustáquio da Silva
CT 01. Escola em Tempo Integral
Coordenador do Comitê:
Ruy Novaes Cunha
Líder do Projeto:
Marcia Alessandra Guimarães
Conselheiros:
Alessandro Santana
Daniel Albuquerque
Elenise Velanes
Élio Silva Nascimento Filho
Eurivalda Ribeiro dos Santos
Guilherme Weichert Neto
Márcia Alexandra Peixinho
Maria das Graças Nascimento
Marigracia Cunha
Ronaldo Abude Eustáquio da Silva
50
Tiago Nascimento Barbosa
CT 01. Jovens em Ação
Coordenador do Comitê:
Ruy Novaes Cunha
Líder do Projeto:
Amália Aparecida dos Santos Souza
Conselheiros:
Gabrielle Jambreiro
Gilmária Brito
Guilherme Albuquerque
Guilherme Weichert Neto
Luciana Santa Fé
Márcia Zandonadi Caliman Margotto
Ronaldo Abude Estáquio da Silva
Tacila Sousa
Valderico Reis
CT 01. Gente & Gestão
Coordenador do Comitê:
Ruy Novaes Cunha
Líder do Projeto:
Luciana Santa Fé
Conselheiros:
Andrea Viana
Célia Argolo
Ceane Pereira Simões
Conceição Ferraz
Diana Campos
Élio Silva Nascimento Filho
Gersolita Almeida
Kariynna Fontes
Leidiane Silva
Ludmila Matos
Ronaldo Abude
Roseane Seibert
Rosemeire Correia
Sônia Mendonça
Sandra Vitória Silva Santos
CT 02 . Água
Coordenador do Comitê:
Ruy Novaes Cunha
Líder do Projeto:
Daniel Albuquerque
Conselheiros:
Élio Silva Nascimento Filho
Edimar Margotto Júnior
Daniel Albuquerque
Guilherme Weichert Neto
Luiz Orleans Mendonça
Newton Hiroshi Isozaki
Ronaldo Abude Eustáquio da Silva
CT 04. SBA em Dados
Coordenador do Comitê:
Givaldo Alves Sobrinho
Líder do Projeto:
Luiz Sergio Neto Velanes
Conselheiros:
Alessandro Santana
Claudiana Figueiredo
Ednaldo Cabral Velanes Junior
Élio Silva Nascimento Filho
51
Everson Silveira
José Raimundo Araújo
Rafle Salume
Robson Mendonça
Ronaldo Abude
Selma Velanes
Sergio Velanes
Sérgio Lima
CT 07. Desenvolvimento Sustentável
Coordenador do Comitê:
Edimar Margotto
Líder do Projeto:
Débora Santa Fé
Conselheiros:
Edimar Luiz Margotto
Él io S i l -v a Nas-c i -
mento Filho
Flávia Silveira
José de Carvalho Peixoto
Lanns Almeida
Luara Marrocos
Leila Lessa
Luiz Orleans Mendonça
Manoel Sousa Chaves Neto
Marcelo Andrade
Odília Moliterni
Kadma Soares
Paulo de Lucca
Paulo César Carleto
Paulo Miranda
MANTENEDORES
Grupo Águia BrancaGrupo MóduloGrupo Pai MendonçaGrupo SAFHospital de Olhos Beira RioHospital de Olhos Ruy CunhaHotel RegenteImapelJosé de Carvalho PeixotoLap LaboratórioNewton Hiroshi IsozakPedreira UniãoRota TransportesVelanes & VelanesVox Conexão
EXPEDIENTE
Publicado em novembro de 2017
Fotos: Pedro Augusto e arquivo institucional
Textos e diagramação: Altier Moulin