relatório de estágio em farmácia comunitária · 2018-11-24 · na área de livre acesso ao...
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Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
Sílvia Isabel Patrocínio Monteiro
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro
Relatório de Estágio em
Farmácia Comunitária
Farmácia Medeiros
Maio a Agosto de 2013
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
Sílvia Isabel Patrocínio Monteiro
A Estagiária,
(Silvia Isabel Patrocínio Monteiro)
O Monitor de Estágio,
(Dr. António Julião Silva)
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
Sílvia Isabel Patrocínio Monteiro
Declaração de Integridade Eu, _______________________________________________, abaixo assinado,
estudante n.º __________, do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da
Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, declaro ter atuado com absoluta
integridade na elaboração deste relatório de estágio.
Nesse sentido, confirmo que NÃO incorri em plágio (ato pelo qual um indivíduo, omite
ou assume a autoria de um determinado trabalho intelectual ou parte dele). Mais
declaro que todas as frases que retirei de trabalhos anteriores (ou redigidas por outras
palavras) de outros autores foram referenciadas no texto e colocada a respetiva
citação da fonte bibliográfica.
Braga, ____ de __________________ de ______
______________________________________
(Assinatura do Estagiário)
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
Sílvia Isabel Patrocínio Monteiro
Agradecimentos
Agradeço a toda a equipa da Farmácia Medeiros pela ajuda, dedicação e
aconselhamento disponibilizado durante o meu período de Estágio. Na vossa
companhia cresci mais um pouco e tornei-me alguém mais forte.
Convosco, aprendi o verdadeiro valor da palavra “acompanhamento”, pois
apercebi-me da diferença existente entre uma farmácia de um meio urbano e uma
inserida num meio mais rural, onde cada utente que nos procura pode facilmente
retratar um dos nossos familiares.
Muito obrigada.
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
Sílvia Isabel Patrocínio Monteiro
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Índice
1. Introdução .............................................................................................................. 3
2. Organização do espaço físico e funcional da Farmácia ..................................... 3
2.1. Localização e Inserção Sociocultural .............................................................. 3
2.2. Horário de funcionamento .............................................................................. 3
2.3. Recursos Humanos ........................................................................................ 4
2.4. Espaço Interior ............................................................................................... 4
3. Biblioteca e Fontes de Informação ..................................................................... 8
4. Gestão da Farmácia .............................................................................................. 9
4.1 Sistema Informático e gestão de Stock .......................................................... 9
4.2 Elaboração de Encomendas ......................................................................... 11
4.3 Rececionar, Conferir, Marcar e Armazenar as Encomendas ....................... 12
4.4 Controlo dos Prazos de Validade e Devoluções ........................................... 13
5. Classificação dos Produtos Existentes na Farmácia ....................................... 14
5.1 Medicamentos não sujeitos a Receita Médica (MNSRM) ............................. 14
5.2 Medicamentos sujeitos a Receita Médica (MSRM) ...................................... 15
5.3 Produtos Cosméticos e Dermofarmacêuticos .............................................. 15
5.4 Produtos Homeopáticos................................................................................ 16
5.5 Medicamentos Fitoterapêuticos ................................................................... 16
5.6 Produtos para Alimentação Especial e Produtos Dietéticos ......................... 17
5.7 Medicamentos de uso Veterinário ................................................................ 17
5.8 Dispositivos Médicos .................................................................................... 18
6. Dispensa de Medicamentos não Sujeitos a Receita Médica ................................ 19
6.1 Automedicação ............................................................................................ 19
6.2 Indicação Farmacêutica ................................................................................ 20
7. Dispensa de Medicamentos Sujeitos a Receita Médica ....................................... 21
7.1 Prescrição Médica e sua Validação ............................................................. 21
7.2 Dispensa de Medicamentos .......................................................................... 23
7.3 Medicamentos Genéricos e Sistema de Preços de Referência .................... 25
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7.4 Psicotrópicos ou Estupefacientes ................................................................ 26
8. Medicamentos e Produtos Manipulados ............................................................. 27
9. Outros Cuidados de Saúde e Serviços prestados na Farmácia .......................... 27
9.1 Determinação de Parâmetros Fisiológicos e Bioquímicos............................. 28
9.2 Administração de vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação ... 29
9.3 ValorMed e Recolha de Radiografias ........................................................... 30
9.4 Serviço de Consultas .................................................................................... 30
10. Rastreio de doenças Cardiovasculares ............................................................ 31
11. Conclusão ........................................................................................................ 33
12. Bibliografia ....................................................................................................... 34
13. Anexos ............................................................................................................. 37
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Sílvia Isabel Patrocínio Monteiro
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1. Introdução
O estágio na Farmácia Comunitária pode, em alguns casos, representar o primeiro
contacto entre o estudante e a sua futura realidade profissional. É neste estágio, que
iremos adquirir a experiência e os conhecimentos de natureza práticos para o
adequado exercício da profissão.
No meu caso pessoal, este estágio na Farmácia Medeiros não representou o
primeiro contacto com o que espero ser a minha futura realidade profissional, uma vez
que realizei o meu estágio-Erasmus neste mesmo campo. Para mim, este estágio
representou a continuação de uma fase de aprendizagem já iniciada na Suiça. Nele
aperfeiçoei alguns aspetos, aprendi novos e mudei alguns pontos de vista face a
realidades muito diferentes e distintas das anteriormente vividas.
2. Organização do espaço físico e funcional da Farmácia
2.1. Localização e Inserção Sociocultural
Os meus três meses de estágio em Farmácia Comunitária em Portugal, foram
realizados na Farmácia Medeiros, situada na Praça 5 de Outubro 78, em Vila Verde,
distrito de Braga. A Farmácia, situada no rés-do-chão de um prédio habitacional,
encontra-se, praticamente, na rua oposta ao hospital da Misericórdia de Vila Verde e
relativamente próxima do Centro de Saúde o que lhe confere uma elevada procura
diária. Associada a este facto, a própria existência da Farmácia que remonta para o
século XVIII, também lhe confere um elevado movimento e um carácter familiar.
Verifica-se assim uma grande heterogeneidade no tipo de população que recorre à
mesma, sendo no entanto, a maioria da população idosa e com baixo nível de
formação. Durante o meu estágio deparei-me frequentemente com utentes que me
informavam de que só se sentiam bem naquela Farmácia, uma vez que era a mesma
que foi frequentada pelos seus pais. Para além destes utentes, já fidelizados à
Farmácia, verifica-se o regresso, todos os verões de alguns emigrantes, também eles
clientes da Farmácia, que partiram do nosso País, e, que procuram a ligação aos
fragmentos do seu passado.
2.2. Horário de funcionamento [1]
Com o objetivo de proporcionar um serviço de saúde alargado, a Farmácia
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Medeiros encontra-se aberta de segunda-feira a sexta-feira, das 8:30h às 24:00h e
aos sábados das 8:30h às 20:00h, cumprindo o disposto no Decreto Lei n.º 172/2012,
de 1 de agosto, e a Portaria n.º 14/2013, de 11 de janeiro.
2.3. Recursos Humanos [2]
Tal como enunciado no Decreto Lei n.º 307/2007, de 31 de agosto, a equipa que
constitui a Farmácia Medeiros é formada por farmacêuticos e técnicos de farmácia.
Estes profissionais possuem, de acordo com a sua formação, diferentes funções que
se podem em alguns casos complementar ou igualar. No entanto, tenho que referir
que sempre senti uma enorme entre-ajuda entre toda a equipa de forma a prestar um
serviço eficaz e de qualidade aos utentes, sem que cada um se limite a efetuar um só
tipo de função. O quadro de pessoal da Farmácia Medeiros, ao contrário da equipa
jovem da Farmácia BENU na Suiça, é constituída por membros mais experientes, que
trabalham na Farmácia há várias décadas. Para alguns deles a Farmácia constitui um
segundo lar. O Diretor Técnico é o Dr. António Julião Santos Silva, que para além de
gerir a Farmácia, lidera uma equipa com um total de sete membros enunciados na
tabela seguinte:
Dr. António Julião Santos Silva Diretor Técnico
Dr.ª Maria Glória Silva Farmacêutica
Dr.ª Marta Ferreira Farmacêutica
Francisco Costa Técnico de Farmácia
Manuel Martinho Faria Técnico de Farmácia
Ana Catarina Rodrigues Técnica de Farmácia
Pedro Rodrigues Técnico de Farmácia
Tabela 1- equipa da Farmácia Medeiros
2.4. Espaço Interior [2][3][4]
Tal como já referido anteriormente, a Farmácia Medeiros encontra-se no rés-do-
chão de um prédio habitacional. Esta é facilmente identificável no exterior por possuir
a característica cruz verde das Farmácias, que emite uma luz intermitente nos dias de
serviço. Para além disso apresenta, de forma bem visível, os vocábulos “Farmácia
Medeiros” que também são iluminados durante a noite. Para além destes elementos,
na porta está afixada informação relacionada com o horário de funcionamento da
Farmácia, respetiva direção técnica e ainda informação sobre a farmácia que se
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encontra de serviço.
As instalações da Farmácia Medeiros ocupam um piso, e reúnem as condições
necessárias de acessibilidade a todos os utentes, nomeadamente idosos e portadores
de deficiência motora. A entrada é ampla, tem uma das duas portas constantemente
aberta e tem duas montras paralelas à entrada. As montras são importantes numa
perspetiva de marketing, pois nelas publicitam-se e apresentam-se aos utentes
produtos de dermofarmácia e cosmética ou de medicamentos não sujeitos a receita
médica. Para além dos requisitos mínimos de segurança a Farmácia possui um
sistema de vigilância interno que também permite uma maior rapidez de atendimento,
uma vez que graças a este, podemos constantemente observar a área de atendimento
ao público, mesmo não estando nela.
Zona de Atendimento ao Público
A área de atendimento ao público está
equipada com um balcão contínuo, que apresenta
quatro postos diferenciados de atendimento. Cada
um destes postos de atendimento está equipado
com um computador, um leitor ótico, uma
impressora, uma caixa registadora, material de
escrita e tesouras. Ao longo deste balcão também
podemos encontrar dois terminais de multibanco e
panfletos com informações acerca das datas das
“consultas externas” realizadas na Farmácia. Estas
informações são actualizadas todas as semanas.
No centro do balcão, pode ser encontrada uma
pequena zona de disposição de produtos, que vai
variando consoante a estação do ano ou a
publiclidade e consequente aumento de procura de
alguns produtos.
A zona de atendimento ao público é um espaço amplo, de fácil movimentação, que
permite ao utente a visualização dos vários produtos expostos nos lineares. Nesta
zona podemos claramente, distinguir a área atrás do balcão e a área de livre acesso
ao utente. Na primeira encontram-se os produtos de maior rotatividade (como gazes,
pensos e produtos de higiene oral), medicamentos para uso veterinário, vitaminas,
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suplementos alimentares e medicamentos não
sujeitos a receita médica. Esta disposição
permite um maior controlo relativemente à sua
dispensa. Na área de livre acesso ao utente
estão dispostos os produtos de puericultura,
leites, produtos necessários ao período de
amamentação e cosméticos. Estes, estão
organizados de forma atrativa, segundo marcas
e laboratórios, variando de acordo com a estação do ano,
promoções, e procura por parte dos utentes. A zona de atendimento ao público possui
aínda uma balança, uma zona de lazer infantil e duas cadeiras de forma a que os
utentes mais idosos possam esperar mais comodamente pela sua vez.
Zona de Atendimento Personalizado/ Privado e Laboratório
Esta zona da Farmácia permite um atendimento dos utentes mais personalizado e
confidencial. Neste compartimento, mais tranquilo, podem ser encontrados os
equipamentos necessários para a determinação
dos testes bioquímicos (como a glicémia capilar,
o colesterol total e os triglicerídeos) e fisiológicos
(como a pressão arterial) requeridos pelos
pacientes. Para tal, esta sala está equipada com
um tensiómetro de mercúrio (preferencialmente
utilizado pelos utentes mais idosos), um
tensiómetro automático, tiras reativas, lancetas
esterilizadas, material de desinfeção e aparelhos de
medição próprios. No fim da determinação destes
parâmetros, a farmácia oferece aos seus utentes, cartões para registo dos respetivos
valores e melhor seguimento farmacoterapêutico. (Anexo I)
Nesta área é igualmente possível a administração de vacinas não incluídas no
Plano Nacional de Vacinação, por profissionais devidamente credenciados para o
efeito.
É neste compartimento também, que está presente um pequeno laboratório. Este
conta com matérias primas, uma bancada, uma balança, um lavatório e todo o material
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necessário para a preparação dos manipulados. Entende-se por medicamento
manipulado qualquer fórmula magistral ou
preparado oficinal, preparado e dispensado sob a
responsabilidade de um farmacêutico.
Por último, é nesta zona da farmácia que
podemos encontrar um frigorífico para
armazenamento dos produtos que necessitam de
refrigeração.
Área de Stock Ativo
Esta área encontra-se ao lado da área de atendimento ao público, de forma a
garantir uma maior rapidez de atendimento. Constitui a zona mais ampla da Farmácia
Medeiros e está equipada com fileiras de estantes, nas quais são armazenados todos
os medicamentos, os sujeitos a receita médica e alguns não sujeitos a receita médica,
por ordem alfabética. Nesta zona distinguem-se claramente 11 áreas diferentes,
nomeadamente:
Formas farmacêuticas orais sólidas
( comprimidos e cápsulas);
Formas farmacêuticas sobre a
forma de granulados;
Soluções e suspensões orais (
ampolas bebíveis);
Formas farmacêuticas para uso
ginecológico;
Antibióticos em pó para dispersão oral de
preparação prévia;
Medicação injectável;
Formas farmacêuticas para uso oftálmico, auricular e nasal;
Sistemas transdérmicos;
Formas farmacêuticas para aplicação local (locões);
Formas farmacêuticas semi-sólidas ( cremes, pomadas);
Formas farmacêuticas para inalação ( bombas para asmáticos).
Esta organização reduz o risco de enganos e o tempo de procura dos
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medicamentos, o que resulta num menor tempo de espera para o utente.
É também nesta área da farmácia que se encontram os excedentes dos produtos
que estão expostos na zona de atendimento ao público.
Área de Processamento de Encomendas
Esta área destina-se sobretudo a rececionar e verificar encomendas. Aquando da
entrada de qualquer nova encomenda, esta deve primariamente parar aqui, de forma a
que todos os produtos possam ser verificados
e inseridos no sistema informático. Deste
modo, consegue-se ter o Stock da Farmácia
sempre actualizado.
Está equipada com uma mesa de
dimensões consideráveis, um computador com
o sistema informático Sifarma Clássico
instalado, um sensor de leitura ótica, variadas
caixas de arquivo (uma para cada distrubuidor),
de forma a colocar as faturas de encomenda que já deram entrada na Farmácia, uma
fotocopiadora, um telefone com fax incorporado, uma Impressora a laser e outra para
impressão de códigos de barras.
É também nesta zona da Farmácia que se conferem e guardam as receitas,
devidamente separadas consoante o seu organismo e lote. Estas são mensalmente
enviadas para a Administraçao Regional de Saúde ou para a Associção Nacional de
Farmácias.
Outras Áreas
A Farmácia dispõe ainda de outras áreas como o Gabinete do Diretor Técnico,
uma pequena arrecadação e instalações sanitárias.
3. Biblioteca e Fontes de Informação [2][5]
Segundo o artigo 12.º do Código Deontológico da Ordem dos Farmacêuticos,
considerando o dever de atualização técnica e científica, o farmacêutico “deve manter
atualizadas as suas capacidades técnicas e científicas para melhorar e aperfeiçoar
constantemente a sua atividade, por forma a que possa desempenhar
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conscientemente as suas obrigações profissionais perante a socidedade”.
Existem diversas fontes de informação na Farmácia Medeiros. O sistema
informático, por si só, constitui uma ferramenta muito útil e rápida para dúvidas
menores. É aínda facultado o acesso à Internet nos computadores, o que permite
recolher informação credível e de qualidade. De acordo com o Decreto Lei n.º
307/2007, de 31 de agosto, e seguindo as Boas Práticas de Fabrico, a farmácia tem
disponível para todos os profissionais de saúde as fontes de informação de acesso
obrigatório como o Prontuário Terapêutico (última edição), a Farmacopeia Portuguesa
IX e acesso aos Resumos de Características dos Medicamentos (RCM), e outras
publicações não obrigatórias como o Formulário Galénico Português ou o Índice
Nacional Terapêutico. Por último, existem também na Farmácia Medeiros, publicações
de caráter periódico, como revistas (Revista Farmácia Portuguesa e outras Revistas
de Saúde) que nos permitem o conhecimento de novos produtos e ainda o acesso a
informações diversas, de forma simples e rápida.
Durante o meu estágio, recorri com elevada frequência ao Prontuário Terapêutico.
Este permitiu-me consultar, de forma muito célere, as indicações terapêuticas dos
medicamentos, as reacções adversas, as contra-indicações, precauções especiais e
aínda informações relativas à posologia.
4. Gestão da Farmácia
4.1 Sistema Informático e gestão de Stock [6]
Tal como já foi anteriormente referido, o sistema informático utilizado na
Farmácia Medeiros é o Sifarma Clássico. Este programa é muito importante no
decurso da atividade farmacêutica, mas também na gestão e organização da própria
Farmácia. Permite o acesso à folha de registo de cada medicamento existente (criado
aquando da sua entrada), consultar medicamentos pertencentes a grupos
homogéneos, monotorizar as datas de expiração da validade dos medicamentos
existentes, proceder a vendas, criar bases de dados para utentes (contas), fazer
vendas suspensas (para utentes que precisam, com carácter de urgência de um
medicamento mas não têm receita, sendo esta entregue logo que possível), realizar a
faturação e emissão de lotes de receitas, aceder imediatamente ao Stock de cada
produto existente, gerir as encomendas e aceder ao histórico de entradas e saídas dos
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produtos no último ano. O programa possibilita um vasto leque de operações sendo
que os funcionários podem aceder a todas elas, desde que tenham a permissão do
Diretor Técnico.
No dia 19 de julho, a farmácia Medeiros sofreu uma grande inovação com a
mudança do Sifarma clássico, para a instalação do novo Sifarma 2000. Este sistema
permite realizar não só todas as funções do anterior programa de forma mais
simplificada, como realizar novas funções a que o anterior não estava habilitado.
Tendo em conta que a maior parte do meu estágio (dois terços do mesmo) decorreu
com a utilização do Sifarma clássico, vou explicar as atividades realizadas por mim,
tendo em conta o antigo programa.
O Stock de uma farmácia corresponde ao conjunto de medicamentos e produtos
que esta possui, num dado período, possíveis de serem vendidos. A gestão de Stocks
visa regular o circuito entre os produtos comprados e os vendidos de forma a garantir
o equilíbrio financeiro da farmácia. Deve ser sempre tomado em consideração que o
Stock de uma farmácia representa um grande Investimento. “Uma efetiva gestão de
Stocks não se baseia apenas no conhecimento do mercado e suas tendências de
consumo, mas também na análise fiável dos custos e proveitos com vista a alcançar
maiores níveis de eficiência” (Malheiro, P.). Para além destes fatores, também devem
ser tidos em conta o tipo de utentes, a rotatividade dos produtos, a publicidade nos
meios de comunicação social, os custos de armazenamento dos produtos, os prazos
de validade dos produtos em Stock e as bonificações e ofertas nas aquisições. “O
índice de rotação de Stocks é um indicador indispensável para a avaliação da gestão
de Stocks” (Malheiro, P.). Por rotação de Stock entende-se a razão entre o número de
vendas efetuadas de um produto num intervalo de tempo e o Stock médio do mesmo
produto no mesmo intervalo de tempo. Quanto maior a taxa de rotação, mais
vantajoso, uma vez que diminuem custos de armazenamento, devoluções devido ao
prazo de validade (PV), etc. É por isso fundamental equilibrar o volume de
medicamentos e produtos de saúde e as necessidades de procura, evitando um
excesso de Stock (que representa uma imobilização de capital, risco de perda de
validade dos produtos, necessidade de um maior espaço de armazenamento) ou um
baixo nível de Stock (com possibilidade de rutura, não suprindo as necessidades dos
utentes).
Aqui o sistema informático tem um papel crucial. Aquando da entrada inicial de
produtos na farmácia determinam-se os níveis mínimo e máximo de Stock que deve
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estar disponível. Assim, quando os produtos são vendidos e atingem o Stock mínimo
estipulado, o sistema informático gera automaticamente uma proposta de encomenda
para o mesmo, garantindo que não ocorre rutura de Stock. Há semelhança do que
pude observar no estágio que efetuei na Suíça, estas propostas de encomenda são
estudadas e carecem de validação antes de serem enviadas ao fornecedor.
Também à semelhança do que sucedeu na Suiça, o meu trabalho na gestão de
Stocks compreendeu a verificação dos Stocks presentes, a elaboração de listas dos
produtos a caducar nos três meses subsequentes, de forma a serem retirados das
prateleiras (Anexo II), e o correto armazenamento dos produtos, para que os produtos
com prazo de validade inferior, sejam os primeiros a ser vendidos.
4.2 Elaboração de Encomendas
As encomendas são realizadas diariamente e chegam quase sempre à mesma
hora à Farmácia. Estas são feitas maioritariamente via Internet e enviadas aos
fornecedores ou, pontualmente, pelo telefone. Tal como já explicado, estas
encomendas resultam na sua grande maioria de propostas de encomendas geradas
pelo sistema informático, e carecem de validação e de uma análise cuidadosa por
parte do responsável. Nesta análise o farmacêutico responsável deve conferir e
selecionar os fornecedores, rever os medicamentos em falta, ajustar as quantidades,
ou adicionar produtos necessários, tendo em conta variações sazonais, surtos e dias
de serviço permanente. Após esta criteriosa análise, o farmacêutico encarregue de
efetuar a encomenda, aprova e envia a mesma por modem ao fornecedor pretendido.
No caso da encomenda ter sido feita diretamente ao laboratório (para, por exemplo, ter
acesso a uma bonificação ou promoção especial, as quais não podem ser obtidas
através dos fornecedores), a farmácia guarda um duplicado da nota de encomenda
(Anexo III). Esta serve para, á posteriori, se poder comparar a quantidade e qualidade
dos produtos recebidos com os que foram de facto encomendados. Quando há
inexistência ou insuficiência de produtos para satisfazer as necessidades de um
utente, efetua-se a encomenda diretamente aos fornecedores, por telefone ou online
(encomenda manual).
Contrariamente ao que sucedeu na minha experiência na Suíça, na Farmácia
Medeiros existe mais do que um fornecedor. A Farmácia trabalha diariamente com
quatro grandes distribuidores grossistas, nomeadamente: OCP; A. Sousa; Alliance e
Botelho & Rodrigues.
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4.3 Rececionar, Conferir, Marcar e Armazenar as Encomendas [7][8]
Aquando da entrega das encomedas na farmácia, é necessário proceder à
receção e verificação das mesmas. Para tal, procede-se à leitura óptica de todos os
produtos que são colocadas sobre a mesa, de forma a conferir o que de facto veio
com o que estava inserido no sistema como fazendo parte daquela encomenda. Deve
ter-se em atenção a existência de produtos que necessitam de condições especiais de
armazenamento, como os produtos de frio, que devem ser lidos em primeiro lugar para
depois serem imediatamente guardados. Cada encomenda chega com a respectiva
factura em duplicado, sendo que, também esta permite fazer uma comparação dos
produtos pedidos, com os chegados. As faturas possuem o nome do fornecedor
grossista, o número de fatura, a data e hora da encomenda, o nome do cliente, a
discriminação dos produtos, nome comercial dos produtos, a forma farmacêutica dos
mesmos e a dosagem, a quantidade pedida e a quantidade enviada pelo fornecedor,
os preços de venda à farmácia e ao público, o IVA referente a cada produto e o valor
total da fatura (Anexo IV). Após a verificação dos produtos entregues na encomenda
(qualidade, quantidade, prazos de validade, preços e estado de conservação das
embalagens em que vêm armazenados), soliciam-se os produtos em falta, via modem,
ao fornecedor seguinte e as encomendas são fechadas no sistema informático ficando
registadas. As faturas são guardadas na respetiva caixa de arquivo do fornecedor.
Para os medicamentos comparticipados, o preço é fixado (preço ético) pela
entidade reguladora e vem impresso na embalagem ao abrigo do disposto na Lei n.º
25/2011, de 16 de junho. De acordo com o Decreto Lei nº. 65/2007, de 14 de março, o
preço de venda ao público (PVP) de um medicamento depende do preço de venda ao
armazenista, da margem de comercialização do distribuidor grossista, da margem de
comercialização do retalhista, da taxa sobre a comercialização dos medicamentos e
do imposto sobre o valor acrescentado (IVA). No caso dos produtos e medicamentos
que não apresentam inscrito qualquer PVP, como os medicamentos não sujeitos a
receita médica, os produtos de dermocosmética, os produtos para uso veterinário, os
produtos de puericultura, entre outros, é necessário efetuar a marcação manual do
preço, que é definido pelo Diretor Técnico tendo em conta o preço de custo, a margem
de comercialização, e o respetivo IVA (6% ou 23%).
Quando existem produtos em Stock e há alteração do preço, deve ter-se o
cuidado de alterar as etiquetas dos produtos já existentes na farmácia por outras com
o preço atualizado.
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O último passo, passa pela impressão dos códigos de barras para os produtos
de preço marcado pela farmácia, onde consta o nome do produto, o PVP, código
numérico e a taxa de IVA a que o medicamento está sujeito.
Depois de todo este processo, todos os medicamentos e produtos são
armazenados na sua correta posição da farmácia. Durante o processo de
armazenamento deve-se respeitar o princípio de que os medicamentos recentemente
chegados são armazeados atrás dos já existentes na farmácia, de forma a garantir
que os produtos com o prazo de validade mais baixo, sejam os primeiros a ser
escoados.
À semelhança do sucedido na Suíça, a realização destas tarefas permitiu-me
contactar e familiarizar com os produtos existentes na farmácia. Achei muito
interessante perceber as diferenças entre os medicamentos mais usados num país e
no outro. De facto, achei surpreendente ver que os mesmos produtos, têm
apresentações físicas diferentes e hábitos de consumo distintos. Esta diferença foi
mais notória nos meses de julho e agosto, altura em que a chegada de emigrantes
(inclusive da Suíça), fez disparar a venda de umas marcas em detriorimento de outras.
Para mim foi uma enorme vantagem conhecer os padrões de consumo dos emigrantes
Suíços, pois conhecia os produtos e medicamentos a que estavam acostumados e
aconselhava-lhes outro equivalente comercializado em Portugal.
4.4 Controlo dos Prazos de Validade e Devoluções
O controlo do prazo de validade é fundamental para garantir a qualidade dos
produtos dispensados. Este controlo, como já referido anteriormente, é facilitado pelo
sistema informático, no qual todos os prazos de validade dos produtos que chegam á
farmácia, são inseridos e ainda pela forma de armazenamento dos mesmos,
garantindo que os produtos de prazo menor são escoados em primeiro lugar. Na
primeira semana de estágio na Farmácia Medeiros tive a oportunidade de realizar este
controlo de prazos de validade de uma forma manual, sendo que também esta tarefa
foi importante no conhecimento do próprio espaço físico da Farmácia. Em colaboração
com outros trabalhadores foi feito um inventário manual de todos os produtos
existentes, cujo prazo de validade terminaria até ao fim do ano 2013. Para a realização
do mesmo, foi criada uma folha para cada mês do presente ano onde foram inseridos
todos os produtos e o respetivo prazo de validade. Assim, tornou-se mais fácil a cada
mês que passou, retirar das parteleleiras os medicamentos e produtos cujo prazo de
validade terminaria num intervalo de três meses, para proceder à sua devolução aos
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laboratórios ou fornecedores.
A necessidade de devolução de produtos aos fornecedores pode decorrer de:
não conformidades entre o que foi pedido e o que foi entregue como produto enviado
mas não pedido; embalagem danificada, PVP errado, prazo de validade a expirar,
recolha de produto do mercado, por indicação do INFARMED ou do laboratório
produtor. A devolução é realizada através da emissão de uma nota de devolução em
triplicado (Anexo V), sendo que o original e o duplicado, devidamente carimbados e
assinados são enviados com o produto para o fornecedor e a cópia é arquivada na
farmácia. Esta nota de devolução deve ter discriminado o motivo da devolução e ir
acompanhada da respetiva cópia da guia de encomenda com a qual o produto deu
entrada na farmácia. Dependendo do laboratório, o produto pode ser substituído por
um novo ou apenas creditado, por exemplo, em 50%.
5. Classificação dos Produtos Existentes na Farmácia [9]
Apesar de hoje em dia já existir uma grande diversidade de produtos que podem
ser adquiridos na farmácia, a dispensa de medicamentos continua a ser a principal
atividade da farmácia de oficina. Segundo o Estatuto do Medicamento (DL n.º
176/2006, de 30 de agosto), medicamento é definido como toda a substância ou
composição que possua propriedades curativas ou preventivas das doenças e dos
seus sintomas, do homem ou do animal, com vista a estabelecer um diagnóstico
médico ou a restaurar, corrigir ou modificar as suas funções fisiológicas. Os
medicamentos para uso humano são classificados, quanto à dispensa ao público, em
medicamentos sujeitos a receita médica (MSRM) e medicamentos não sujeitos a
receita médica (MNSRM).
5.1 Medicamentos não sujeitos a Receita Médica (MNSRM) [9]
Os medicamentos não sujeitos a receita médica, também denominados
“medicamentos de venda livre”, são medicamentos que, segundo a legislação, detêm
uma considerável segurança de utilização, desde que não sejam usados de modo
abusivo e descontrolado. São medicamentos que podem ser adquiridos nas farmácias
ou noutros estabelecimentos autorizados para o efeito, e, não são comparticipados
sendo o seu PVP sujeito ao regime de preços livres. Destinam-se normalmente ao
tratamento de transtornos menores, de curta duração e cuja utilização dispensa a
vigilância médica. Os mais solicitados, no dia a dia, são os antitússicos, os
expetorantes, os analgésicos, os antiácidos, os anti-inflamatórios, os antigripais e os
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laxantes. A dispensa destes medicamentos é geralmente efetuada em regime de
indicação farmacêutica, ou por automedicação. Uma vez que o seu uso não é inócuo,
é fundamental o aconselhamento farmacêutico, no sentido do uso racional da
medicação.
5.2 Medicamentos sujeitos a Receita Médica (MSRM) [9]
De acordo com a legislação portuguesa, estão sujeitos a receita médica os
medicamentos que preencham uma das seguintes condições:
Possam constituir um risco para a saúde do doente, directa ou indirectamente, mesmo
quando usados para o fim a que se destinam, caso sejam utilizados sem vigilância
médica;
Possam constituir um risco, directo ou indirecto, para a saúde, quando sejam utilizados
com frequência em quantidades consideráveis para fins diferentes daquele a que se
destinam;
Contenham substâncias, ou preparações à base dessas substâncias, cuja actividade
ou reacções adversas seja indispensável aprofundar;
Destinem-se a ser administrados por via parentérica (injectável).
Este tipo de medicamentos só pode ser vendido nas farmácias, mediante a
apresentação de uma receita médica. O preço destes medicamentos é fixado por
decreto lei e é da competência do INFARMED regular e autorizar o preço dos
medicamentos comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde.
5.3 Produtos Cosméticos e Dermofarmacêuticos [10]
Segundo o Decreto Lei n.º 189/2008, de 24 de setembro, entende-se por produto
cosmético “qualquer substância ou preparação destinada a ser posta em contacto com
as diversas partes externas do corpo humano, designadamente epiderme, sistemas
piloso e capilar, unhas, lábios e órgãos genitais externos, ou com os dentes e as
mucosas bucais, com a finalidade de, exclusiva ou principalmente, os limpar,
perfumar, modificar o seu aspeto, proteger, manter em bom estado ou de corrigir os
odores corporais”.
Apesar de hoje em dia, se verificar um acentuado crescimento na procura
autónoma destes produtos, tal não se observou na Farmácia Medeiros. De facto, e
contrariamente à grande oferta e procura destes produtos na Farmácia BENU na
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16
Suíça, aqui, esta área não é muito explorada. Isto deve-se fundamentalmente às
características dos utentes que frequentam a Farmácia Medeiros, uma vez que, na
sua maioria são idosos, reformados, com baixo nível económico e de instrução. As
principais marcas presentes na farmácia são; Uriage®, Avène®, La Roche-Posay®,
Solei Boots®, A-Deerma®, Galenic®, Mustela® e Lutsine®. A ecomenda deste tipo de
produtos, é geralmente feita diretamente ao fabricante, uma vez que este permite o
acesso a maiores quantidades e a bonificações e kits promocionais.
5.4 Produtos Homeopáticos [9]
Segundo o Decreto Lei n.º176/2006, de 30 de agosto, os medicamentos
homeopáticos são “medicamentos obtidos a partir de substâncias denominadas Stocks
ou matérias-primas homeopáticas, de acordo com um processo de fabrico descrito na
farmacopeia europeia ou, na sua falta, em farmacopeia utilizada de modo oficial num
Estado membro, e que pode conter vários princípios”. Segundo os princípios básicos
da homeopatia, uma substância que em doses mais elevadas provoca detrrminados
sintomas num indivíduo saudável, pode tratar, quando muito diluída, os mesmos
sintomas num indivíduo doente.
Não ocorreu grande procura deste tipo de medicamentos na Farmácia Medeiros.
O sucedido durante o estágio, estava de acordo com o que eu pensava ser a realidade
no nosso País, no que respeita á implementação no mercado destes medicamentos, e
no nosso dia a dia. Achei muito caricato o facto de só me ter sido solicitado uma única
vez este tipo de medicamentos, e este pedido ser feito por turista francesa que estava
de férias no nosso país.
5.5 Medicamentos Fitoterapêuticos [9]
Os medicamentos fitoterapêuticos são definidos como sendo “qualquer
medicamento que tenha exclusivamente como substâncias activas uma ou mais
substâncias derivadas de plantas, uma ou mais preparações à base de plantas ou
uma ou mais substâncias derivadas de plantas em associação com uma ou mais
preparações à base de plantas”. Durante o estágio constatei que a procura de
produtos naturais, como alternativa ou complemento à medicina convencional tem
vindo a conquistar espaço e tornou-se uma opção para os utentes. O seu uso é
variado, salientando-se os casos em que são procurados para problemas circulatórios,
gastrointestinais, para cansaço físico, transtornos menores de sono e para
emagrecimento. Na dispensa destes medicamentos torna-se importante salientar que
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
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estes, apesar de serem “de venda livre” e de origem natural, também têm efeitos
secundários. O papel do farmacêutico deve ser crítico no aconselhamento destes
produtos e na verificação das interações destes medicamentos com outros que o
paciente tome.
5.6 Produtos para Alimentação Especial e Produtos Dietéticos [11]
Segundo o Decreto Lei n.º 74/2010, de 21 de junho, os produtos dietéticos
destinados a uma alimentação especial são aqueles que, devido à sua composição
especial ou a processos especiais de fabrico, se distinguem claramente dos alimentos
de consumo corrente, mostrando-se adequados às necessidades nutricionais
especiais de determinadas pessoas. São assim destinados, preferencialmente, a
pessoas que sofram de algum tipo de perturbação do aparelho digestivo, pessoas que
se encontrem em condições fisiológicas especiais e que beneficiem da ingestão
controlada de certos nutrientes e lactentes. A Farmácia Medeiros apresenta uma
ampla gama destes produtos, nomeadamente leites adequados às necessidades do
bebé e que acompanham o seu crescimento, desde leites para lactentes, de transição,
hipoalergénicos, antirregurgitantes, enriquecidos em ferro, antidiarreicos e
antiobstipantes. Aqui saliento a marca Nutribén®, que é a marca mais representada e
com a qual a farmácia trabalha mais. A farmácia apresenta também soros para
rehidratação, gelatinas para pessoas com dificuldade em deglutir, batidos energéticos
e batidos ricos em proteínas.
A Farmácia Medeiros também apresenta um vasto leque de produtos dietéticos
usados para emagrecimento e controlo de peso (Depuralina®, Modifast®,
Formoline®). Por último encontramos os suplementos alimentares para melhorar a
performance psíquica e física como o Centrum®, o Memofante® ou o Cerebrum®.
5.7 Medicamentos de uso Veterinário [12][13][14]
Entende-se por “medicamento de uso veterinário” toda a substância, ou
associação de substâncias, apresentada como possuindo propriedades curativas ou
preventivas de doenças em animais ou dos seus sintomas, ou que possa ser utilizada
ou administrada no animal com vista a estabelecer um diagnóstico médico-veterinário
ou, exercendo uma acção farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar,
corrigir ou modificar funções fisiológicas. O Decreto Lei n.º 148/2008, de 29 de julho,
estabelece o regime jurídico dos medicamentos de uso veterinário, passando a alçada
destes para a Direção Geral de Veterinária. Por outro lado o Decreto Lei n.º 237/2009,
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de 15 de setembro, estabelece as normas a que devem obedecer o fabrico, a
autorização de venda, a importação, a exportação, a comercialização e a publicidade
de produtos de uso veterinário.
Os medicamentos de uso veterinário apresentam, na Farmácia Medeiros, tal
como noutras farmácias de meio rural, um volume de vendas acentuado, existindo um
vasto leque de produtos a oferecer aos utentes. Também aqui, o farmacêutico deve ter
um papel fundamental, alertando para doenças transmissíveis ao homem e cuidados a
ter, relembrando certas medidas básicas de profilaxia. Durante o estágio fui
confrontada com os mais variados pedidos de esclarecimento e dispensa de
medicamentos para uso veterinário. Confesso que não foi nada fácil conseguir
aconselhar corretamente medicamentos para afeções em galinhas, cães ou porcos,
mas a equipa foi muito prestável e ajudou-me nessas situações.
5.8 Dispositivos Médicos [15]
Segundo o Decreto Lei n.º 273/95, de 23 de outubro, é definido como sendo um
dispositivo médico; “qualquer instrumento, aparelho, equipamento, material ou artigo
utilizado isoladamente ou combinado, incluindo os suportes lógicos necessários para o
seu bom funcionamento, cujo principal efeito pretendido no corpo humano não seja
alcançado por meios farmacológicos, imunológicos ou metabólicos, embora a sua
função possa ser apoiada por esses meios e seja destinado pelo fabricante a ser
utilizado em seres humanos para fins de diagnóstico, prevenção, controlo, tratamento
ou atenuação de uma doença, de uma lesão ou de uma deficiência, estudo,
substituição ou alteração da anatomia ou de um processo fisiológico e controlo da
concepção.”
A Farmácia Medeiros tem ao dispor dos seus utentes, de acordo as
necessidades dos mesmos, uma grande variedade de dispositivos médicos.
Salientam-se o material ortopédico, os artigos de penso, o material de sutura, o
material tubular de diagnóstico, os produtos de higiene oral, os materiais para
ostomizados e urostomizados, os produtos para alimentação e os testes de gravidez.
Para além destes, há uma grande procura de meias de compressão, as quais devem
ser encomendadas para cada utente após terem sido tiradas as devidas medidas.
Deste modo é possível dispensar a cada utente o artigo que lhe é mais adequado.
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6. Dispensa de Medicamentos não Sujeitos a Receita Médica
O farmacêutico é o profissional de saúde que, pela sua acessibilidade,
disponibilidade e credibilidade, assume uma posição privilegiada e de grande
responsabilidade na informação ao doente e na contribuição para um uso racional dos
medicamentos. Durante os três meses em que estagiei na Farmácia Medeiros, e, à
semelhança da minha anterior experiência, foram várias as vezes que observei os
utentes a dirigirem-se às farmácias antes de procurarem o médico. Nestas situações,
o farmacêutico deve estar preparado para uma de duas situações; aconselhar
corretamente uma automedicação ou estar na posição de realizar um ato de indicação
farmacêutica. Tanto numa, como noutra situação, ele deve transmitir a informação
adequando os termos verbais ao utente que encara e tentar ser o mais claro e sucinto
possível, de forma a não sobrecarregar o utente com excesso de informação que o
possa vir a confundir.
6.1 Automedicação [16][17][18]
A automedicação consiste na implementação de um tratamento farmacológico
por iniciativa do doente. Advém, na maioria dos casos, do facto de o doente
apresentar queixas de uma condição passageira e sem gravidade, e, de em sua
consequência, assumir responsabilidade de escolha do tratamento, sem recorrer ao
médico ou outro profissional de saúde. Para além deste facto, são diversos os motivos
que levam ao recurso da automedicação por parte do utente, tais como; dificuldade em
aceder aos serviços nacionais de saúde, maior informação, cedência perante a
publicidade, a experiência passada perante situação idêntica, ou, até aconselhamento
por parte de um amigo ou familiar. No entanto, é necessário ter sempre presente que a
automedicação, envolve riscos e reservas, uma vez que nenhum medicamento é
inofensivo. São variados os perigos reais de uma utilização errada de um
medicamento não sujeito a receita médica ( dosagem excessiva, uso aleatório de
qualquer medicamento presente na farmácia doméstica, desconhecimento de
interações entre medicamentos prescritos e medicamentos não sujeitos a receita
médica, etc). As situações que se revelam apropriadas para a automedicação são as
gripes e resfriados, tosse e dores de garganta, rinites alérgicas periódicas, aftas,
indigestão e prisão de ventre, vómitos e diarreias, hemorróidas e queimaduras solares,
verrugas e dores musculares. O papel do farmacêutico nestes casos assume
contornos muito mais importantes do que os que são apenas referentes à dispensa do
medicamento. Ele adquire responsabilidade sobre os resultados terapêuticos obtidos e
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
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sobre o aconselhamento adequado à prática da automedicação ponderada. Devem
ser prestadas todas as informações acerca da posologia, da duração do tratamento e
da possibilidade de aparecimento de efeitos adversos ou secundários. Por último,
deve ser sempre referido que, em caso de subsistência dos sintomas, o utente deve
consultar o seu médico.
6.2 Indicação Farmacêutica [16][17]
Indicação farmacêutica é o ato através do qual o Farmacêutico se
responsabiliza pela seleção de um medicamento não sujeito a receita médica e/ou
indicação de medidas não farmacológicas, com objetivo de prevenir, melhorar ou
resolver transtornos de saúde menores e de curta duração que não estejam
relacionados com manifestações clínicas de outros problemas de saúde do doente.
Assim, durante o aconselhamento, o farmacêutico deve ter em atenção diferentes
fatores, tais como: sinais físicos, sintomas do doente e sua localização, intensidade
dos mesmos, duração da “queixa”, a frequência com que ocorre, existência de fatores
de agravamento, interações com possíveis farmácos que o utente já tome, alergias
medicamentosas, hábitos alimentares e de vida e história familiar.
Perante as informações recolhidas, o farmacêutico encontra-se apto a
aconselhar ao utente medidas farmacológicas e/ou não farmacológicas a adoptar. A
eleição do tratamento pelo farmacêutico deve basear-se em protocolos de indicação e
guias farmacoterapêuticos, tendo sempre em mente a qualidade, eficácia, segurança e
custo dos medicamentos. Uma vez escolhido o MNSRM, deve-se fornecer toda a
informação necessária, nomeadamente posologia, interações, reações adversas e
duração do tratamento. Sempre que o quadro clínico se apresentar menos positivo, o
farmacêutico deve aconselhar, ou encaminhar diretamente, o doente para uma
consulta médica.
Durante o meu estágio na Farmácia Medeiros, tive a necessidade de
aconselhar medicamentos não sujeitos a receita médica e indicar posologias e
duração de tratamentos. Sempre que possível tentava incentivar o doente a dar-me o
feedback sobre o resultado do tratamento e detetar situações de uso abusivo dos
mesmos.
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7. Dispensa de Medicamentos Sujeitos a Receita Médica
7.1 Prescrição Médica e sua Validação [9][19]
Tal como é enunciado pelo próprio nome,e como já referenciado anteriormente,
são medicamentos vendidos exclusivamente nas farmácias e sob apresentação de
receita médica válida. Em cada receita médica só podem ser prescritas até quatro
embalagens, no máximo de duas por medicamento. No caso do medicamento
prescrito ser de dose unitária, podem ser prescritas até quatro embalagens de cada
medicamento. Existem tês tipos diferentes de receitas:
Tabela 2- tipos de Receitas
A prescrição deve ser feita, preferencialmente, por via electrónica e, não sendo
tal possível, utilizando-se a receita manual sendo que a excepção deve ser
devidamente assinalada na prescrição (inadaptação fundamentada do prescritor,
prescrição ao domicílio; e até um máximo de 40 receitas médicas por mês), (Anexo
VIII).
A Portaria n.º137-A/2012, de 11 de maio determina a promoção da prescrição
por denominação comum internacional (DCI), nomeadamente através do controlo da
prescrição e incentivo à utilização de medicamentos genéricos como elementos
estruturantes para o uso mais racional do medicamento. Estabelece o regime jurídico
a que obedecem as regras de prescrição de medicamentos, os modelos de receita
médica e as condições de dispensa de medicamentos, e as obrigações de informação
a prestar aos utentes. Assim, a prescrição deve conter a DCI de substância ativa,
forma farmacêutica, dosagem e apresentação, devendo ser indicada a posologia. A
prescrição pode, excecionalmente, incluir a denominação comercial do medicamento,
nas situações em que não existam medicamentos de marca ou Medicamento Genérico
comparticipados similares ao prescrito ou se o médico incluir justificações técnicas
Receita Renovável
•composta por três folhas (1ª,2ª e 3ª via), com validade de seis meses
•destinadas a tratamentos prolongados
• (Apêndice VI )
Receita Especial
•destinadas à prescrição de medicamentos que possam apresentar risco de abuso, toxicodependência e usados para fins ilegais, tais como estupefacientes e psicotrópicos.
• (Apêndice VII)
Receita Restrita
•medicamentos de utilização reservada a certos meios especializados
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quanto à impossibilidade de substituição do medicamento prescrito. Estas exceções
são de indicação obrigatória pelo prescritor em local próprio da receita e incluem:
a) Prescrição de medicamentos com margem ou índice terapêutico estreito,
nomeadamente Ciclosporina, Levotiroxina sódica, etc ; Na prescrição deve ser
mencionado Exceção a) art. 6.º;
b) Suspeita fundada e previamente reportada ao Infarmed, de intolerância ou reação
adversa a um medicamento com a mesma substância ativa, mas identificado por outra
denominação comercial; Na prescrição deve ser mencionado Exceção b) art. 6.º;
c) Prescrição de medicamentos destinados a assegurar a continuidade de um
tratamento com duração estimada superior a 28 dias. Na prescrição deve ser
mencionado Exceção c) art. 6.º - Continuidade de tratamento superior a 28 dias;
Durante a dispensa de um medicamento, o farmacêutico, deve verificar se a
receita se encontra corretamente preenchida, de acordo com variados campos e
critérios, tais como (Anexo IX):
Número da receita e sua representação em código de barras;
Local da prescrição e a respetiva representação em código de barras;
Identificação do médico prescritor;
Nome e número de utente incluindo as letras coreespondentes
existentes no cartão de utente do serviço nacional de saúde ou número
de beneficiário de outro subsistema;
Indicação da entidadade financeira responsável e do regime especial de
comparticipação;
Nome do medicamento, através da denominação comum internacional;
Dosagem, forma farmacêutica, número de embalagens, dimensão da
embalagem e posologia;
Data da prescrição;
Assinatura do médico.
Depois de verificar a validade da receita, (ou seja, se está de acordo, ou não,
com as exigências acima referidas, se está dentro da validade, se se apresenta sem
estar rasurada e sem incorreções) o farmacêutico deve interpretar a mesma. Neste
ponto ele deve avaliar a medicação a ser dispensada, verificar a existência de
possíveis interações, verificar a possibilidade de ocorrência de alergias, perceber a
real necessidade, ou não, do medicamento junto do utente e, em última instância,
promover o uso racional do medicamento de forma a garantir qualidade, segurança e
eficácia da farmacoterapia.
Ao longo do meu estágio, tive desde muito cedo, a possibilidade de realizar
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atendimento ao balcão. Aí, tive o cuidado de verificar os campos técnicos das receitas,
identificar medicamentos prescritos, identificar diferentes organismos de
comparticipação e perceber juntos dos utentes a adequação da medicação prescrita.
Raras vezes me deparei com o não cumprimento desses requisitos, salientando
apenas o surgimento de receitas fora do prazo de validade, o aparecimento de
receitas com campos por preencher (mais frequentemente, a assinatura do próprio
médico), ou mesmo um caso peculiar onde o mesmo utente apresentava uma receita
com dois medicamentos com nomes comerciais diferentes para a mesma patologia.
Perante estes casos, pude sempre contar com a equipa da farmácia Medeiros para
qualquer esclarecimento.
7.2 Dispensa de Medicamentos
Após a validação e interpretação da receita, o farmacêutico deve proceder à
recolha dos medicamentos, confirmando o que selecionou com o que está prescrito na
receita. De forma a garantir que estava a ceder o medicamento correcto, eu conferia
sempre os códigos dos produtos com os que constavam nas receitas. Quando não
percebia a letra do médico prescritor, recorria frequentemente a algum membro da
equipa, de forma a garantir que dispensava os medicamentos certos.
Sempre que exista autorização para tal por parte do utente, procedece-se à
dispensa de medicamentos genéricos. No caso de não haver referência à dose ou
tamanho da embalagem, deve ser dispensada a apresentação do medicamento que
contenha menor dose e menos unidades. Por outro lado, sempre que haja
discriminação do número de unidades a dispensar, deve-se dar sempre o mesmo
número de unidades ou, no caso de não ser possível, dispensar em quantidade inferior
à prescrita. Procedendo à venda, realiza-se a leitura ótica dos códigos de barras de
todos os produtos e seleção do respetivo organismo comparticipante presente na
receita. É necessário prestar muita atenção ao organismo responsável pela
comparticipação e, verificar se há aplicação de comparticipação especial ao abrigo de
alguma portaria específica, evitando erros na faturação na receita e pagamento. A
frequência dos diferentes organismos varia entre as farmácias, sendo os organismos
com os quais mais contactei, os seguintes:
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01 Serviço Nacional de Saúde (SNS)
48 Subsistema do Serviço Nacional de Saúde para reformados, com salário inferior ao
salário mínimo
49 Subsistema do Serviço Nacional de Saúde para reformados associado a portaria
específica
DS Subsistema do Serviço Nacional de Sáude associado ao protocolo de diabetes
46 Subsistema do Serviço Nacional de Saúde para Trabalhadores Migrantes
Tabela 3- Organismos mais frequentes na Farmácia Medeiros
Finalizada a venda, é impresso no verso da receita o documento de faturação
respetivo, que deve ser assinado pela utente de forma a garantir que este recebeu os
medicamentos e que teve opção de escolha, no caso de existirem medicamentos
genéricos (Anexo X). Posteriormente, e após recolha dos dados pessoais do utente, é
impressa uma fatura ou um simples recibo, que deve ser carimbada e rubricada pela
pessoa que realizou a dispensa, e dada ao utente. No caso das vendas suspensas ou
a crédito, não é emitida uma fatura mas sim um documento comprovativo dessa
venda.
Uma venda suspensa consiste numa venda em que a receita não é totalmente
fechada no momento. Isto acontece quando o doente não quer levar toda a medicação
constante na receita ou quando o doente no momento não tem a prescrição médica
mas precisa da medicação, procedendo à sua entrega logo que possível. Este tipo de
vendas acontece em casos de medicamentos usados em tratamentos prolongados e
de uso crónico, e em casos de utentes que possuam ficha de cliente na farmácia.
Uma venda suspensa a crédito efetua-se quando o utente leva a medicação,
mas realiza o pagamento posteriormente, acontecendo tal, somente para utentes
habituais e com ficha na farmácia.
A última e principal competência do farmacêutico para com o utente, antes que
este deixe a farmácia, é transmitir de forma clara e simples, toda a informação
necessária ao utente, promovendo uma correta adesão e sucesso da terapêutica.
Deve-se explicar ao utente como e por quanto tempo irá administrar o medicamento,
alertando-o para possíveis efeitos secundários, aquando da toma deste. Esta
informação é geralmente cedida de forma oral, mas pode, sempre que necessário, ser
complementada com informação escrita.
Durante o meu estágio foi-me solicitado, por diversas vezes, que escrevesse
informações relativas aos medicamentos (posologias e indicações terapêuticas) no
topo das embalagens. Neste aspeto considero o método adotado na Suíça um pouco
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
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mais positivo. O facto de as informações poderem ser cedidas, na sua forma escrita,
através de uma etiqueta especial que se cria eletrónicamente para o utente e que
depois é colada sobre a caixa do medicamento, invalida a possibilidade de ocorrência
de mal entendidos por parte do utente devidas à incompreensão da letra do
farmacêutico.
7.3 Medicamentos Genéricos (MG) e Sistema de Preços de Referência [9][21][22][23]
Um medicamento genérico é considerado um medicamento com a “mesma
composição qualitativa e quantitativa em substâncias activas, a mesma forma
farmacêutica e cuja bioequivalência com o medicamento de referência haja sido
demonstrada por estudos de biodisponibilidade apropriados”. O medicamento genérico
é comercializado sem nome comercial e deve ser identificado pela designação comum
internacional, seguido da dosagem, forma farmacêutica e da sigla MG, que devem
constar no acondicionamento secundário.
Numa tentativa de contrariar o aumento da despesa pública com a saúde foi
introduzido um sistema de preços de referência na comparticipação dos
medicamentos pelo Estado. Este sistema aplica-se aos medicamentos
comparticipados incluídos em grupos homogéneos e que sejam prescritos e
dispensados no âmbito do SNS. Estes grupos homogéneos representam um conjunto
de medicamentos com a mesma composição qualitativa e quantitativa em substâncias
ativas, forma farmacêutica, dosagem e via de administração, no qual se inclua, pelo
menos, um medicamento genérico existente no mercado. Para cada grupo
homogéneo é fixado um preço de referência que corresponde ao cálculo aprovado
pelo Decreto Lei n.º 106-A/2010, de 1 de outubro, que corresponde à média dos cinco
medicamentos mais baratos existentes no mercado que integrem cada grupo
homogéneo, e é sobre este valor que o estado vai efetuar a comparticipação.
Assim, estabelecem um valor específico sobre o qual se aplica a
comparticipação pelo Estado, sendo este subtraído ao preço de venda ao público do
medicamento em questão. De três em três meses os preços dos medicamentos são
revistos, o que pode implicar uma alteração na sua comparticipação. Este sistema
permite equilibrar os preços dos medicamentos, pois a fixação de um valor máximo
sobre a qual incide a comparticipação, incentiva a descida dos preços mais elevados,
de forma a competirem com os outros.
Durante o meu estágio, pude claramente observar, que a maioria dos utentes já
prefere os medicamentos genéricos em detrimento dos de marca. No entanto, e não
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esquecendo o meio sociocultural em que a Farmácia Medeiros se encontra inserida, e
sendo a maioria dos seus utentes idosos polimedicados de há vários anos, observa-se
por vezes, um septicismo relativamente à eficácia dos génericos. Deste modo, alguns
deles continuam a preferir levar consigo as marcas a que já estão familiarizados.
7.4 Psicotrópicos ou Estupefacientes [24][25][26][27]
Os psicotrópicos e estupefacientes atuam no sistema nervoso central
provocando alterações psíquica depressora, deviante ou mesmo estimulante. Estão
muito presentes nas farmácias de oficina, por estarem indicados no tratamento de
várias doenças psíquicas, oncológicas e por estarem presentes em algumas
formulações de analgésicos ou antitússicos. Dado o risco de uso para fins ilícitos,
estão sujeitos a regras especiais no que respeita ao circuito do medicamento
constantes no Decreto Lei n.º 15/93, de 22 de janeiro, posteriormente ratificado pelos
Decreto-Regulamentar n.º 61/94 e Decreto Regulamentar n.º 28/2009 de 12 de
outubro. Ao abrigo deste Decreto Lei, estão sujeitos à legislação todos os
medicamentos e substâncias presentes nas tabelas I, II, III, IV, V e VI.
Estes medicamentos são adquiridos aos fornecedores habituais, juntamente
com o resto das encomendas, e, na sua entrega, vem acompanhados de uma guia de
remessa devidamente numerada, separada e em duplicado, exclusiva da requisição
de psicotrópicos ou estupefacientes (Anexo XI). Estas guias devem ser imediatamente
postas de parte, para serem conferidas e posteriormente dadas ao Diretor Técnico,
que irá autenticar as mesmas com a sua assinatura, o seu número da ordem e o
carimbo da farmácia. O original da guia terá que ser preservado na farmácia por um
período mínimo de três anos, enquanto que os duplicados são reenviados para os
armazenistas, como prova de sua receção.
Ao abrigo da Portaria n.º 198/2011, de 18 de maio, estes medicamentos
passaram a ser obrigatoriamente prescritos em receitas “normais” eletrónicas. Nestas
receitas não podem constar outros medicamentos que não pertencam às substâncias
referentes nas anteriores tabelas. Aquando da dispensa do medicamento, o sistema
informático requer o preenchimento de campos específicos e obrigatórios como nome
e morada do doente; nome do médico prescritor; nome, idade, morada, número e data
de emissão do bilhete de identidade /cartão único do adquirente; e n.º da receita.
Finalizada a venda, é impresso o documento de faturação no verso da receita e um
documento de psicotrópicos (Anexo XII) para anexar à fotocópia da mesma.
As farmácias mantêm um registo das entradas e saídas dos medicamentos.
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Todos os meses, se imprime um documento com as entradas, e outro, com as saídas
de psicotrópicos, e enviam-se ao INFARMED os duplicados de todas as receitas e das
listagens de saída destes medicamentos do mês anterior. Trimestralmente, são
emitidos dois exemplares dos registos de entrada e de saída, ficando um na farmácia
e sendo o outro enviado ao INFARMED.
8. Medicamentos e Produtos Manipulados [3][9][28]
Segundo o Decreto Lei n.º 176/2006, de 30 de agosto, define-se como fórmula
magistral “qualquer medicamento preparado numa farmácia de oficina ou serviço
farmacêutico hospitalar, segundo uma receita médica e destinado a um doente
determinado”.
Por outro lado, e segundo o mesmo decreto, define-se um preparado oficinal,
como sendo; “qualquer medicamento preparado segundo as indicações compendiais
de uma farmacopeia ou de um formulário oficial, numa farmácia de oficina ou em
serviços farmacêuticos hospitalares, destinado a ser dispensado directamente aos
doentes assistidos por essa farmácia ou serviço”. Estes medicamentos manipulados
devem ser realizados respeitando as boas práticas de fabrico de manipulados e sob a
responsabilidade do Diretor Técnico da farmácia.
Com o desenvolvimento cescente da indústria química e farmacêutica,
segundo padrões de qualidade e normalização dificilmente suportados por uma
farmácia comunitária, a sua preparação tem vindo a decair. No entanto, esta continua
a apresentar vantagens em situações em que se deve dar privilégio à individualização
e personalização da terapêutica. A maioria destes medicamentos destinam-se assim,
à aplicação cutânea, a grupos de doentes com condições de administração e
farmacocinéticas alteradas e à obtenção de preparados com adequação de doses.
O preço do manipulado é posteriormente calculado, segundo o que consta na
Portaria n.º 769/2004, de 1 de julho, e tem em conta o valor dos honorários, o valor
das matérias-primas e dos materiais de embalagem.
Durante o meu estágio na Farmácia Medeiros tive oportunidade de observar a
preparação de alguns manipulados e de realizar uma fórmula magistral, preparada
com uma receita médica específica, para um doente específico (Anexo XIII).
9. Outros Cuidados de Saúde e Serviços prestados na Farmácia [29]
A Farmácia Medeiros tem ao dispor dos seus utentes, enquadrada na Portaria
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
Sílvia Isabel Patrocínio Monteiro
28
n.º 1429/2007, de 2 de novembro, um conjunto de serviços farmacêuticos. De entre
estes serviços, salientam-se a determinação do peso, a determinação da altura, o
cálculo do índice de massa corporal (IMC); a determinação da pressão arterial; a
determinação da glicémia; a determinação do colesterol total e dos triglicerídeos; a
administração de vacinas não incluídas no plano nacional de vacinação e a
disponibilização de um serviço de “consultas médicas” nas áreas da Nutrição,
Osteopatia e Podologia.
9.1 Determinação de Parâmetros Fisiológicos e Bioquímicos[30][31][32]
Entende-se por Pressão Arterial a força que o sangue exerce contra as
paredes dos vasos. A hipertensão arterial é definida clinicamente, como a elevação
persistente da pressão arterial, acima dos valores considerados normais.
Classificação Pressão Sistólica (mmHg) Pressão Diastólica (mmHg)
Normal 120-129 80-84
Normal elevada 130-139 85-89
Hipertensçao grau I 140-159 90-99
Hipertensão grau II 160-179 100-109
Hipertensão grau III ≥ 180 ≥110
Tabela 4- Classificação da Pressão arterial
A realização da medição da pressão arterial deve ser realizada em silêncio e
após a pessoa ter repousado uns minutos. O utente não deverá ter fumado, bebido
café ou bebidas alcóolicas e não ter praticado exercício antes da medição deste
parâmetro, uma vez que isto irá alterar os valores obtidos. O farmacêutico deve
assumir uma atitude interventiva na prevensão da hipertensão aterial, alertando para a
manutenção de uma alimentação saudável, a redução do consumo de álcool e sal, a
cessação tabágica, o controlo de peso e a prática de exercício físico.
A Diabetes é uma doença crónica em que o organismo não produz ou não usa
correctamente a insulina, hormona necessária para a conversão do açúcar em
energia, havendo acumulação de glucose no sangue. A determinação da Glicemia,
indicada para o rastreio, deteção e controlo da hiperglicemia associada à Diabetes
mellitus, dtermina-se usando-se um aparelho próprio de leitura (One Touch®,
Freestyle®) e tiras específicas para este parâmetro. Isto realiza-se com uma amostra
de sangue recolhida através de punção capilar. A pessoa deve ser questionada se
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
Sílvia Isabel Patrocínio Monteiro
29
está em jejum ou não.
Classificação Glicémia em jejum (mg/dl) Glicémia pós-pandrial (mg/dl)
Diabetes Mellitus ≥ 126 ≥ 200
Anomalia da
tolerância à glicose
< 126 160 < [glicose] < 220
Anomalia da glicémia
em jejum
110< [glicose] < 126 < 160
Tabela 5- Valores de diagnóstico da Diabetes Mellitus
A Dislipidémia caracteriza-se por valores elevados de lípidos no sangue. O
colesterol e os triglicerídeos são dois dos principais lípidos, cujo aumento contribui
para o desenvolvimento de doença coronária.
Para a realização destes testes, procede-se à recolha de uma amostra de
sangue por punção capilar que posteriormente é colocada numa tira reativa e lida em
aparelho próprio. O resultado é obtido decorridos poucos minutos. Para a
determinação do colesterol o utente deve estar em jejum.
Parâmetro Valores de referência (mg/dl)
Colesterol total < 190
HDL-colesterol > 49 no homem
>46 na mulher
LDL- colesterol < 115
Triglicerídeos < 150
Tabela 6- Avaliação do perfil lipídico
Após a determinação dos valores e sua interpretação, cabe novamente ao
farmacêutico, aconselhar o utente a adoptar medidas não farmacológicas de forma a
melhorar a sua qualidade de vida. Este deve aconselhar o utente a adotar um estilo de
vida saudável, com redução do consumo de gorduras (principalmente saturadas),
redução do consumo de bebidas alcóolicas, aumento da ingestão de legumes e
frutas; redução tabágica e aumento da pratica de exercício físico. No caso de o utente
já estar medicado, o farmacêutico, deve incentivar o cumprimento da terapêutica.
9.2 Administração de vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação
Tal como contemplado na portaria anterirmente referida, as farmácias podem
prestar serviços de enfermagem nomeadamente: administração de vacinas não
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
Sílvia Isabel Patrocínio Monteiro
30
incluidas no plano nacional de vacinação, tratamento de feridas e realização de
primeiros socorros. Assim, a Farmácia Medeiros, disponibiliza a todos os seus utentes
um local onde podem ser prestados estes serviços por profissionais habilitados para o
devido efeito.
9.3 ValorMed e Recolha de Radiografias [33][34]
A ValorMED é a sociedade gestora do sistema integrado de gestão de resíduos de
embalagens e de medicamentos fora de prazo de validade ou fora de uso, após
consumo, contribuindo para o uso racional do medicamento e para a prevenção de
danos ambientais. Este programa conta com o compromisso da indústria farmacêutica,
dos distribuidores, das farmácias, do Governo e, principalmente, da população.
A Farmácia Medeiros, aderiu à ValorMed e, hoje em dia, conta já com a
colaboração da maioria dos seus utentes, que se dirigem à mesma para devolver
medicamentos e as respetivas embalagens. O contentor de cartão da ValorMed
encontra-se colocado no centro dos balcões de atendimento ao público, e, está
acessivel a todos os utentes que dele queiram usufruir. Quando repletos, os
contentores são selados, pesados e identificados. Esta identificação foca-se no
preenchimento de uma ficha (constituída por cinco cópias). Por fim, este contentor é
recolhido por um armazenista que deixa uma das cópias da ficha para arquivo na
farmácia.
A Farmácia Medeiros é ainda um local de recolha de radiografias, ao abrigo das
campanhas anuais de reciclagem de radiografias pela Assistência Médica
Internacional (AMI). De cada tonelada de radiografias são extraídos 10kg prata,
permitindo diminuir o impacto no meio ambiente e ajudar a AMI nas ações
humanitárias e na melhoria da sua assistência.
9.4 Serviço de Consultas
A Farmácia Medeiros dispõe de um serviço, que eu considero muito benéfico para
os utentes, que são as consultas nas áreas da Osteopatia, Nutrição e Podologia.
Estas são realizadas semanalmente em calendário fixo (excepto as consultas de
Nutrição que são realizadas quinzenalmente) e anunciadas nos balcões da farmácia
(Anexo XIV). As consultas são calendarizadas numa agenda onde os utentes podem
marcar com antecedência as suas consultas, consoante a sua disponibilidade. As
consultas são realizadas na Zona de Atendimento Personalizado, de forma a garantir
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
Sílvia Isabel Patrocínio Monteiro
31
privacidade ao utente e ao profissional, permitindo o conveniente exercício da
atividade.
Os profissionais que realizam estas consultas encontram-se durante todo o dia na
farmácia e, junto dos utentes que os procuram, tentam ajudá-los dentro das suas
possibilidades. Consoante o desejo do utente, são realizados apenas rastreios, ou são
mantidas consultas com seguimento.
Considero este serviço muito benéfico não só sentido de ganho de novos utentes
para as farmácias, mas também no sentido de facilitarem o acesso aos doentes, a
serviços do seu interesse, de forma muito mais simplificada e económica. Ao longo do
meu estágio tive a oportunidade de assistir a variadas consultas, nas três áreas e
fiquei positivamente impressionada com as mesmas. Constatei frequentemente o
agrado dos utentes por poderem usufruir destes serviços de forma tão simplificada, e,
foram muitos os agradecimentos ao Diretor da Farmácia Medeiros, pela
implementação dos mesmos. Dada a grande procura e satisfação dos doentes, com
este serviço, a farmácia pondera a implementação de novas consultas, noutras áreas,
na farmácia. Por último, saliento a importância que este serviço de consultas teve na
definição da minha monografia para conclusão do mestrado.
10. Rastreio de doenças Cardiovasculares
Durante o meu estágio na Farmácia Medeiros, foi-me proposto realizar, junto
com a minha colega de estágio, Patricia Macedo, um rastreio do risco de doenças
cardiovasculares junto da população de Vila Verde. Este rastreio, visou alertar as
populações para a importância da adesão da terapêutica, divulgar o papel do
farmacêutico como entidade prestadora de serviços e prestar educação para a saúde
na medida em que houve sensibilização dos doentes para a adopção de medidas e
estilos de vida saudáveis. Para execução do rastreio foram realizadas medições do
índice de glicémia, da pressão arterial e calculado o índice de massa corporal. O
rastreio denominou-se “Junho e Julho, o Seu Coração com Orgulho” uma vez que o
mesmo foi realizado em quatro sábados, dos referidos meses.
Para a realização do mesmo, procedemos a diversos contactos junto das
Juntas de Freguesias de Vila Verde, de forma a angariar quatro freguesias diferentes
que estivessem interessadas em colaborar conosco. Uma vez encontradas as quatro
freguesias, contactamos os Padres das mesmas, solicitando-lhes a divulgação da
atividade, nas missas. Criámos cartazes (Anexo XV) alusivos ao rastreio, que foram
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
Sílvia Isabel Patrocínio Monteiro
32
afixados, na semana anterior à atividade, em pontos estratégicos, em cada uma das
freguesias. O rastreio própriamente dito, foi sempre realizado nos edifícos das Juntas
de Freguesia, no período entre as 15:00h e as 17:00h. O material usado no rastreio foi
em parte cedido pela farmácia e em parte oferecido pela Bayer (aparelhos de medição
de glicémia, tiras reativas e material de punção). De forma a anotar os resultados do
rastreio, foram elaborados cartões próprios, alusivos à atividade, nos quais foram
anotados os resultados dos testes e oferecidos a quem nos procurou (Anexo XVI).
Durante a realização destes rastreios contámos aínda com a colaboração de
duas alunas da Licenciatura em Enfermagem da Universidade do Minho que nos
prestaram apoio.
Para além desta atividade, eu e a minha
colega, tivemos aínda a oportunidade de
participar, como convidadas, numa Feira de
Profissões da Escola Secundária de Vila Verde.
Durante esta atividade esclarecemos algumas
dúvidas aos alunos, e elucidámo-los acerca da
profissão de farmacêutico (Anexo XVII).
Por último, tivemos a possibilidade de assistir a
uma formação da gama Mustela®, acerca da temática; “Proteger a sua pele desde
hoje e para amanhã” (Anexo XVIII).
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
Sílvia Isabel Patrocínio Monteiro
33
11. Conclusão
O estágio na Farmácia Medeiros, foi uma experiência enriquecedora e positiva.
Para além de me ter permitido crescer a nível pessoal, permitiu-me aínda
compreender a diferença entre a realidade do dia a dia de trabalho numa farmácia de
oficina, em Portugal e na Suíça.
Neste estágio tive a oportunidade de me integrar numa equipa de profissionais
competentes, com um enorme espírito de companheirismo e entre ajuda. Aqui
aperfeiçoei a capacidade de saber ouvir e comunicar com todos os tipos de utentes.
Aprendi a ser alguém mais paciente e tolerante e, em troca, foi-me retribuída
confiança.
Em conclusão a esta etapa, de seis meses da minha vida, saliento a
importância do estágio no nosso mestrado.
Apesar de saber que gostaria de trabalhar numa farmácia de oficina, em
detrimento a outras áreas de atividade possibilitadas pelo nosso curso, hoje consigo
ainda precisar qual o tipo de farmácia de oficina (rural ou citadina) que se adequa mais
à minha forma de estar no mundo e na qual me sinto mais realizada.
Um sincero OBRIGADO a todos os que me acompanharam nesta aventura.
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
Sílvia Isabel Patrocínio Monteiro
34
12. Bibliografia
[1] Decreto Lei (DL) n.º 172/2012, de 1 de agosto e a Portaria n.º 14/2013, de 11 de
janeiro. Disponível em: www.infarmed.pt [consultado a 28-06-2013]
[2] Decreto Lei n.º 307/2007, de 31 de agosto. Disponível em: www.infarmed.pt
[consultado a 28-06-21013]
[3] Portaria n.º 594/ 2004, de 2 de junho. Disponível em: www.infarmed.pt [consultado
a 02-07-21013]
[4] Deliberação n.º 2473/2007, de 28 de novembro. Disponível em: www.infarmed.pt
[consultado a 02-07-2013]
[5] Código Deontológico da Ordem dos Farmacêuticos. (Consultado a 03-07-2013)
[6] Gestão Económica de Stocks. Disponível em:
www.intrustvalue.pt/pdf/Gestao_Economica_de_Stocks_II.pdf. (Consultado a 03-07-
2013)
[7] Lei n.º 25/2011, de 16 de junho. Disponível em: www.infarmed.pt [consultado a 09-
07-2013]
[8] Decreto Lei n.º 65/2007, de 14 de março. Disponível em: www.infarmed.pt
[consultado a 09-07-2013]
[9] Decreto Lei n.º176/2006, de 30 de agosto. Disponível em: www.infarmed.pt
[consultado a 13-07-2013]
[10] Decreto Lei 189/2008 de 24 de setembro. Disponível em: www.infarmed.pt
[consultado a 18-07-2013]
[11] Decreto-Lei nº 74/2010, de 21 de junho. Disponível em: www.infarmed.pt
[consultado a 18-07-2013]
[12] Decreto Lei n.º 184/97, de 26 de julho. Disponível em: www.infarmed.pt
[consultado a 18-07-2013]
[13] Decreto Lei n.º 148/2008, de 29 de julho. Disponível em: www.infarmed.pt
[consultado a 18-07-2013]
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
Sílvia Isabel Patrocínio Monteiro
35
[14] Decreto Lei n.º 237/2009, de 15 de setembro. Disponível em: www.infarmed.pt
[consultado a 18-07-2013]
[15] Decreto Lei n.º 273/95, de 23 de outubro. Disponível em: www.infarmed.pt
[consultado a 18-07-2013]
[16] Boas Práticas Farmacêuticas para a farmácia comunitária. 3ª edição: Ordem dos
Farmacêuticos. 2009. Disponível em:
http://www.ordemfarmaceuticos.pt/xFiles/scContentDeployer_pt/docs/Doc3082.pdf
[consultado a 23-07-2013]
[17] Medicamentos não sujeitos a receita médica. Artigo da revista farmácia saúde, n.º
49, de outubro de 2000. Disponível em: www.anf.pt [consultado a 23-07-2013]
[18] Despacho n.º 17690/2007, de 23 de julho. Disponível em: www.infarmed.pt
[acedido a 23/07/2013]
[19] Portaria n.º 198/2011, de 18 de maio. Disponível em: www.infarmed.pt [acedido a
25/07/2013]
[20] Portaria n.º137-A/2012, de 11 de maio. Disponível em: www.infarmed.pt [acedido
a 25/07/2013]
[21] Decreto Lei n.º 242/2000, de 26 de setembro. Disponível em: www.infarmed.pt
[acedido a 25/07/2013]
[22] DL n.º 270/2002, de 2 de Dezembro. Disponível em: www.infarmed.pt [acedido a
25/07/2013]
[23] Decreto Lei n.º 106-A/2010, de 1 de outubro. Disponível em: www.infarmed.pt
[acedido a 25/07/2013]
[24] Decreto Lei n.º 15/93, de 22 de janeiro. Disponível em: www.infarmed.pt [acedido
a 26/07/2013]
[25] Decreto-Regulamentar n.º 61/94 de 12 de outubro. Disponível em:
www.infarmed.pt [acedido a 26/07/2013]
[26] Decreto-Regulamentar n.º 28/2009 de 12 de outubro. Disponível em:
www.infarmed.pt [acedido a 26/07/2013]
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
Sílvia Isabel Patrocínio Monteiro
36
[27] Portaria n.º 198/2011, de 18 de maio. Disponível em: www.infarmed.pt [acedido a
26/07/2013]
[28] Portaria n.º 769/2004, de 1 de julho. Disponível em: www.infarmed.pt [acedido a
28/07/2013]
[29] Portaria n.º 1429/2007, de 2 de novembro. Disponível em: www.infarmed.pt
[acedido a 28/07/2013]
[30] Perk J, et al. European Guidelines on cardiovascular disease prevention in clinical
practice (version 2012), European Heart Journal (2012) 33, 1635–1701.
[31] Mancia G, et al. Guidelines for the management of arterial hypertension. Journal of
Hypertension. 2007; 25:1105-1187
[32] OMS – Diabetes Programme. Disponível em http://www.who.int/diabetes/en/
[acedido a 28/07/2013]
[33] ANF – Recolha de Radiografias usadas. Disponível em:
http://www.anf.pt/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=99&Itemid=1
00 [acedido a 28/07/2013]
[34] VALORMED. Disponível em: www.valormed.pt [acedido a 28/07/2013]
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
Sílvia Isabel Patrocínio Monteiro
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13. Anexos
Anexo I – Cartão de registo de valores bioquímicos e fisiológicos dos utentes
Anexo II – Lista de controlo de prazos de validades
Anexo III – Nota de Encomenda
Anexo IV – Fatura de Encomenda
Anexo V – Nota de devolução
Anexo VI – Receita Renovável
Anexo VII – Receita Especial
Anexo VIII- Receita Manual
Anexo IX – Campos da Prescrição Médica
Anexo X – Documento de faturação das receitas
Anexo XI – Guia de remessa de psicotrópicos e estupefacientes
Anexo XII – Documento de Psicotrópicos
Anexo XIII – Ficha de preparação de manipulado
Anexo XIV – Calendarização das consultas da farmácia Medeiros
Anexo XV – Cartazes para o Rastreio
Anexo XVI – Cartões de registo de valores bioquímicos e fisiológicos dos utentes do
rastreio
Anexo XVII – Feira das Profissões da Escola Secundária de Vila Verde
Anexo XVIII – Formação Mustela
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
i
Anexo I
Cartão de registo de valores bioquímicos e fisiológicos dos utentes
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
ii
Anexo II
Lista de controlo de prazos de validades
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
iii
Anexo III
Nota de Encomenda
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
iv
Anexo IV
Fatura de Encomenda
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
v
Anexo V
Nota de devolução
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
vi
Anexo VI
Receita Renovável
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
vii
Anexo VII
Receita Especial
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
viii
Anexo VIII
Receita Manual
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
ix
Anexo IX
Campos da Prescrição Médica
Número da receita e
sua representação em
código de barras
Local da prescrição e a
respetiva
representação em
código de barras
Identificação do
médico prescritor
Identificação do
Utente
Entidade
responsável Regime de
comparticipação
Nome do medicamento, através
da denominação comum
internacional, dosagem, forma
farmacêutica, número de
embalagens, dimensão da
embalagem e posologia,
Data da
prescrição e
Validade
Assinatura do
Prescritor
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
x
Anexo X
Documento de faturação das receitas
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
xi
Anexo XI
Guia de remessa de psicotrópicos e estupefacientes
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
xii
Anexo XII
Documento de Psicotrópicos
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
xiii
Anexo XIII
Ficha de preparação de manipulado
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
xiv
Anexo XIV
Calendarização das consultas da farmácia Medeiros
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
xv
Anexo XV
Cartazes para o Rastreio
Na Sede das Juntas de Freguesia de:
Atães – 22 de Junho
Pedregais – 29 de Junho
Pico de Regalados – 6 de Julho
Lanhas – 13 de Julho
As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte no nossopaís e são também uma importante causa de morbilidade. Devem-seprincipalmente à acumulação de gorduras na parede dos vasos sanguíneos(aterosclerose), que podem desencadear uma série de problemas graves, deocorrência súbita e inesperada, como:
A maior parte das doenças cardiovasculares resulta de um estilo de vidainapropriado e de fatores de risco modificáveis:
OBJETIVOS
Realizar um rastreio junto da população de Vila Verde
Alertar para a importância da adesão e atualização terapêutica
Divulgar o papel da Farmácia como entidade privada na prestação de cuidados de saúde ao país.
Educar para a saúde - sensibilizar a população portuguesa para a adoção de estilos de vida saudáveis
A Farmácia Medeiros de Vila Verde apoia e orienta esterastreio, organizado pelas estagiárias da FFUP (Ana PatríciaMacedo e Sílvia Monteiro), e que conta também com acolaboração de estudantes de enfermagem da UM (MariaInês Costa e Diana Silva).
• Enfarte do miocárdio• AVC• Trombose• Morte
• Sedentarismo• Alimentação desequilibrada• Tabagismo
AVALIAÇÃO DO RISCO PARA AS DOENÇAS CARDIOVASCULARES
- Hipertensão – determinação da tensão arterial
- Obesidade – calculo do IMC
- Diabetes - determinação da glicemia capilar
O controlo dos fatores de risco é essencial para a redução das complicações fatais e não fatais dasdoenças cardiovasculares
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
xvi
Anexo XVI
Cartões de registo de valores bioquímicos e fisiológicos dos utentes do rastreio
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
xvii
Anexo XVII
Feira das Profissões da Escola Secundária de Vila Verde
Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária 2013
xviii
Anexo XVIII
Formação Mustela
Training Report on Community Pharmacy BENU Pharmacy
February to May of 2013
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro
The Trainee,
(Silvia Isabel Patrocínio Monteiro)
The Technical Director,
(Mr. Derk De Haan)
The Traineeship supervisor,
(Prof. Fernando Manuel Gomes Remião)
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro
Statement of Integrity Eu, _______________________________________________, abaixo assinado,
estudante n.º __________, do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da
Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, declaro ter atuado com absoluta
integridade na elaboração deste relatório de estágio.
Nesse sentido, confirmo que NÃO incorri em plágio (ato pelo qual um indivíduo, omite
ou assume a autoria de um determinado trabalho intelectual ou parte dele). Mais
declaro que todas as frases que retirei de trabalhos anteriores (ou redigidas por outras
palavras) de outros autores foram referenciadas no texto e colocada a respetiva
citação da fonte bibliográfica.
Porto, ____ de __________________ de ______
______________________________________
(Signature of the Student)
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro
Index
1. Introduction 1
2. Organization of the physical and functional space of the pharmacy 1
2.1. Location and Sociocultural Insertion 1
2.2. Opening hours 2
2.3. Human Resources 2
2.4. Inner Space 2
3. Information sources and Libraries 6
4. Stock Management 6
4.1. Informatic System and Stock rotation 6
4.2. Ordering and Delivery 7
4.3. Receive, Check, Label and Storage Orders 8
4.4. Expiration date control and Returns 9
5. Classification of the existing products in the Pharmacy 9
5.1. Prescription and non-prescription medications 9
5.2. Cosmetics 10
5.3. Homeopathic Products 11
5.4. Phytotherapeutics 11
5.5. Nutritional Supplements 12
5.6. Dietetic Products and Foodstuffs for particular Nutrition 12
5.7. Other products 12
6. Dispensing of medicines not subject to medical prescription 13
6.1. Self-medication 13
6.2. Pharmaceutical Indication 13
7. Dispensing of medicines subject to medical prescription 14
7.1. Medical Prescription and it´s Validation 14
7.2. Dispensing 16
7.3. Narcotics and Psychotropic drugs 17
8. Manipulated Medicines and Products 19
8.1. Manipulation rules 19
8.2. Protocols and calculation of the price of the compounded medicine 19
9. Relationship with entities and patients 19
10. Unexpected Representation 20
11. Conclusion 22
12. Bibliography 23
13. Appendix 26
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro
1
1. Introduction
The Internship at the Community Pharmacy is our first contact as Students, with
the labor reality. It is in this experience that we will put in practice, for the first time,
what we have learned in five years of School. The Internship´s function is to provide us
a good view of what we could chose to do in the future, prepare us as good technical
workers, provide us the necessary deontological knowledge and give us the tools we
need to have, that can make us be good professionals with enough ethics to perform
our job in conformance with what is proposed in the Pharmaceutical Act of Portugal
(art. 77º - Dec.-Lei nº. 288/2001 e Dec.-Lei nº. 134/2005).
It is also important to recognize, with this experience, the importance of a good
human relationship between all employees and the need of constant updating at the
continuing developments in such health areas, so we can offer safety and a complete
counseling to those who seek us. We must remember that we are, most often, the last
contact with the patients and that we are not mere medicine sellers, needing to have
the capacities for doing a good pharmaceutical counseling and a good pharmaceutical
indication.
I initiated this experience with mixed feelings. One hand I was eager and happy
for this new stage of my life, and, I was overjoyed by the fact that I could go back to
Switzerland to start this. But otherwise, I was afraid of not being prepared to give to
those who would come to me, all that what they had the right to have, or, not already
possess the language skills needed in order to be able to communicate everything I
knew to be necessary.
2. Organization of the physical and functional space of the pharmacy
2.1. Location and Sociocultural Insertion [1]
The Pharmacy in Fällanden, in which I made my training, belongs to a
subsidiary called BENU. This company unifies 700 Pharmacies distributed by six
Countries (Switzerland, Netherland, Hungary, Czech Republic, Latvia and Lithuania).
The name comes from the Egyptian mythology Bird - BENU - who represents the sun
God and an extraordinary longevity.
The BENU Pharmacy in Fällanden is located in Unterdorfstrasse 2a in the
municipality of Fällanden, district of Uster in the Canton of Zürich, Switzerland, and was
established three years ago. The Pharmacy is next to the shopping Centre Migros,
which gives it a high influx of new customers every day. On the other hand, it belongs
to a small town situated between Schools, Kindergartens, Medical clinics and family
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Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 2
housing areas, which, in turn, also permit the existence of many so-called “regular
costumers”.
2.2. Opening hours [2]
The Pharmacy is open from Monday to Friday, between 8-am and 19-pm and
on Saturdays from 8am to 18pm. This coverage period result from the schedule
stipulated for normal operating pharmacies in Switzerland, in conjunction with an
agreement between the BENU group and the Migros Company.
2.3. Human Resources [2][3]
The human resources of the BENU Pharmacies are constituted of Pharmacists
and Pharmacy assistants. Each Pharmacy needs to have a head Pharmacist who is
responsible for the management of the Pharmacy and the staff. The human resources
of the Pharmacy also include the presence of “apprentices” who are still in training to
be future pharmacy assistants and who therefore work during the day and have free
days in labor to attend school. These apprentices count as full time workers of the
Pharmacy.
The BENU Team in Fällanden is constituted by a committed, motivated and
very young group that works every day to provide quality service to the patients who
seek us. Our head Pharmacist is Mr. Derk De Haan and the team has a total of seven
permanent members, who rotate during the week. Because it is a subsidiary, whenever
for some reason there is a lack of personnel, the help of an employee of another BENU
pharmacy in the region can be requested.
Table 1- Pharmacy Team
Mr. Derk De Haan Head Pharmacist
Mrs. Iva Stammeier Pharmacist
Mr. Ghaleb Nasrallah Pharmacist
Mrs. Nina Rindlisbacher Pharmacy Assistant
Mrs. Stefania Piacquadio Pharmacy Assistant
Mrs. Tanja Schuemacher Pharmacy Assistant and Cosmetic
manager
Mrs. Nada Kansou Pharmacy Apprentice
2.4. Inner Space [2][4][5]
The Pharmacy is located opposite the Migros shop, with which it shares the
entrance of the Mall. Once inside the Mall, it features a big entrance without any doors
Training Report on Community Pharmacy
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and an extensive showcase parallel to it, which is fundamental to the marketing of
products liable to advertising, overlooking
the exterior views.
The Pharmacy installations are
arranged on one floor and are thus
accessible by all types of users. The
Pharmacy is equipped with a climate
system, security alarms and fire extinguishers. Over the service counters, there is an
ongoing television, advertising medicinal products not subject to medical prescription.
The lighting, weather and moisture conditions are adjusted daily.
The Pharmacy has all mandatory areas, in accordance with the
requirements laid down in the applicable regulations.
Area for Public Service (Fig. 2, 3 e 4)
The area designated to attend
the Public is very spacious and wide. It is
equipped with four service counters in
order to permit a quick assistance. In each
counter there is a computer with the
Informatics program “Pharmatic”, as well
as an optical reading device, a cash
register and a label printer.
The Pharmacy is divided into various thematic areas, some of them permanent and
others susceptible to changes depending on the season of the year. Our Pharmacy has
12 different areas, listed below:
- Area behind the counters, which
changes with the season;
- Baby zone with baby articles and
food;
- Cosmetic area with a special place
for sunscreens;
- Hair care zone with shampoos, hair
lotions,
sprays and Hair dyes;
- Body care area and sanitary articles;
- Diet;
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- Homeopathy;
- Phytotherapy;
- Reform products;
- Drugstore area with cleaning products;
- Ladies and Gentlemen area.
Active Stock Area (Fig.5)
This area is equipped with a big cabinet of
drawers, in which all prescription medicines, and
also some medicines not subject to prescription, are
stored. This area is located right behind the
counters, in order to permit a quick assistance and
delivery to the patients. All medicines are
alphabetically organized, with only a few drawers
reserved for special products like, for example,
essential oils and syringe needles. Near this area we can also find a refrigerator for the
medicines that need to be preserved in cool temperatures (for example some Insulins).
Personalized/Private service area (Fig.6)
The Pharmacy has a special room, with a closing door, that can be used for
some private conversations or counseling. This room has a table with two chairs, a
scale to
weigh newborn babies and equipment for measurement of some biomedical
parameters. Whenever a patient feels he wants to have a more private conversation
with the Pharmacist he can request this room. The same applies when the Pharmacist
himself feels the need to have a more intimate conversation with the costumer.
During my Stage, I have observed,
several times, the need to utilize this room,
even when it was just for a mother who wanted
to breastfeed her child in private. Something I
found very positive in this Stage, and that
always happened in this room, was the
previous counseling made with patients who
wanted the next day pill, before giving it away.
Every time someone requested this pill, there was a
mandatory discussion with a Pharmacist in which a form (Appendix I) was filled in. This
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way the Pharmacies have a better control on how much next day pills are requested
and for what reasons. I personally think we should do the same in Portugal, in order to
prevent the misusage of this medicine.
The Laboratory (Fig.7)
Article 4 of the Swiss Federal Law on Drugs and Medical Devices establishes
that the manufacture of a manipulated medicine covers “all operations of the remedy
production from the sourcing of raw materials to processing to packaging, storage and
delivery of the final product as well as the quality control and approvals”. “As
manufacturing process is considered incidentally
also the packaging of medicines as for example
Teas, Tinctures or Disinfectant solutions”, as said
in the Medicinal Regulation (Heilmittelverordnung)
from the 21 May 2008 from Canton of Zurich.
The Pharmacy Laboratory is equipped with
an analytical scale, sufficient light, reagents,
empty containers and the right ventilation and
hygiene conditions necessary to ensure the
preservation of the stored raw materials as well as the good working conditions of
thPharmacist. Here, we can also find a computer (in which all data about the
movements of the raw materials are registered), folders with preparations sheets
(Appendix II) and information sources such as the European and the Swiss
Pharmacopeia.
In the laboratory I was able to made some new personalized preparations and
recreate some of those I had already done in School. During my training I was also
able to make, for the first time, “homemade Tea mixtures” with fresh herbs, which was
a completely new experience for me in the Laboratory.
Order and Merchandise reception area (Fig.8)
This is the area in the Pharmacy intended to
receive and verify all orders. When an order arrives at
the Pharmacy, all of its products need to be inserted in
the computer system in order to have the stock data
permanently updated. This is also the zone where all
products are verified so as to control the packages and
the products quality. When, for example, a medicine
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 6
arrives at the Pharmacy with a damaged package, it is not inserted in the system and is
sent back to the supplier.
The area has telephones, label printers, computer (with the Back office “Tactile
by Pharmatic”) and copy and fax machines.
3. Information sources and Libraries [4][6][7]
As documented in the Article 3 of the Swiss Federal Law on Drugs and Medical
Devices, the Pharmacist (as person who deals with medicines) has the “duty of care”,
meaning that he is obliged to take all the measures in the fields of Science and
Technology so that the health of humans and animals is not compromised. Therefore,
the continuous updating and training of the professionals is very important.
The Pharmacy owns several sources of information that can be quickly
consulted on the occurrence of specific questions. It possesses a set of books, which
can be consulted at any time, Internet in every computer, leaflets about some new
products from the Pharmacy and the informatics system “Pharmatic”, which is also
installed in every front and back office computer. This last source was the most
important and most utilized by me. Thanks to the Pharmatic I managed to quickly move
forward to the counter service. This is a program that allows a very rapid consultation
of dosages, therapeutic indications, adverse effects, etc, since it has a direct link to the
summaries of the characteristics of medicines and the Swiss Compendium. I guess this
tool is the equivalent of our INFARMED website in Portugal.
The offline sources that I found most important and interesting were the books
Hunnius and the Roche medicine Lexicon that are personal possession of Mr. De
Haan. As said previously, the Pharmacy also has the European and Swiss
Pharmacopoeias which can be very useful too.
4. Stock Management
4.1. Informatic System and Stock rotation
As referred before, the informatics system of the Pharmacy is the “Pharmatic”.
This program is very important not only during the course of the pharmaceutical
activity, but also in the management and organization of the Pharmacy. It allows the
access to the product sheet, the consult of homogenous groups of medicines, typing of
repetition prescriptions in it (so that the patients can seek a medicine when it ends),
monitoring expiration dates of medicines and prescriptions, and processing sales. It
also allows the inventory management in real time and access to medicines stocks of
the other BENU pharmacies in order to help patients who need something that the
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Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 7
Pharmacy does not have in that moment, and to do the management of received
orders and the control of the entry and exit of psychotropics. The program allows
various operations, minimizing the occurrence of errors. Each professional has access
to it by pushing a button with his/her name and by typing a personal code.
The Stock is the set of all the medicines and healthcare products that the
Pharmacy owns at given time and are capable of being sold, representing in this case
a great investment. The inventory management regulates the circuit between the
bought and sold products, ensuring the financial stability of the pharmacy and the best
service to users. The rational management of the stock requires a set of perceptions
and knowledge such as the type of users of the Pharmacy, the rotation of products, the
advertising in the media, the prescription habits of the doctors from the area, bonuses
and offers, storage costs of high quantities of products and even seasonal fluctuations.
The evaluation of the stock rotation of a product is very important. It is referred
as stock rotating, the ratio of the number of sales of a product made in a time interval
and the average stock of the same product in the same time period. A higher rotation
rate is better than a lower rotation rate, because in this case there is a reduction of
storage costs, due to returns for expiration dates. It is therefore essential to balance the
volume of medicines and the need of demand, avoiding excess or low stocks.
The Pharmatic has a crucial role in this process. Every time a product is being
sold or when the stock of a particular medicine is reaching a minimum, the informatics
program generates a proposed order for this product in a special Order page (that at
the end of the day is send to the supplier), to ensure that a stock rupture will not
happen. The system can, at request of patients, be programmed so that there is always
a certain amount of a medicine in stock for them. Thus, every time this medicine is
sold, it generates an order for it. The order page always requires validation before
being sent to a supplier.
In order to contribute to this stock management, every time a medicine or health
product was indicated as having a low validity period, this was what was sold by me in
preference to other similar to it. I also carried out the verification of the expiration dates
of the medicines and health products present in the Pharmacy (Appendix III). This list
contains a lot of products whose expiration date ends in three months and which
needed to be collected to be sent back to the suppliers.
4.2. Ordering and Delivery [8][9]
Every day a set of orders are gathered either from customers who have
requested something not available in stock or from direct orders for products that the
Pharmacy wants to acquire (Appendix IV). As said before, these orders are assembled
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 8
in a special “orders note/page” and, at the end of the day (before 16.15h), they are sent
by email to the supplier AMEDIS. This order page requires a validation made by one of
the Pharmacy workers, who should confirm that all the products in the page really need
to be ordered, that the number of ordered medicines is right, that nothing is missing in
the order and also that all the products in the page can really be delivered by the
supplier. The validation person can also introduce other products in this order note.
Sometimes, there is also the need to order products from Germany, which are
not available in Switzerland, and which are desired by the customers. In this case, an
order by phone is directly made to the Medicine Company and the medicines come
also via our delivery company AMEDIS, but it takes a little longer as one day.
The orders for laboratory material are directly made to the Hänseler Company,
which supplies all our Chemicals. This type of order is only made once a week, per
phone or fax, and the delivery is made by them.
During my Stage I had the opportunity to make normal orders per computer, for
products requested by customers and not available in stock, which were automatically
included in the order page. In two special occasions I had to call to two Medicine
Companies (Omida and Boiron) and make orders by phone.
4.3. Receive, Check, Label and Storage Orders
After an Order arrives at the Pharmacy it is unpacked and all medicines and
health products are placed, verified and controlled according to the delivery note
(Appendix V), which also arrives with the order. Medicines with special storage
conditions, such as chilling requirements, are dealt with immediately at arrival.
In this control it is confirmed that the number of each received product is in accordance
to the order and if their packages are in good conditions.
Then price tags are printed out and all products are correctly labeled.
Meanwhile, all expiration dates are controlled and inserted in the office. The price tags
have the name of the product, the price, the storage area and the name of the
Pharmacy on it. Sometimes there is a Sheet with information on products whose prices
were changed. In this case, we must print new price tags and substitute the old tags,
for the new ones. After all these procedures and controls are made, the delivery note is
dated and signed by the person who accepted the goods and the sheet is filled in a
special archive file.
At the end, all medicines and health products are stowed in the correct location
of the Pharmacy. During this arrangement attention must be paid to put the newly
arrived products behind those already existing in the Pharmacy. This is an important
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 9
procedure to ensure the stock rotation, since in this way the first products to go away
are those with lower expiration date.
Taking into account that the BENU is a subsidiary, sometimes it also receives
orders issued by the responsible of the group himself, regarding products considered to
be important in their Pharmacies. In this case, the reception procedures only include
unpacking, tagging and, looking for specifically indications on where to put them. Most
of the time, this products are for display and come with an explanatory sheet on how to
display them correctly. For this, the Pharmacy possesses two little tables near the
counters.
The realization of the various phases of this task was very important for me in
the first weeks. Thanks to it, I had time to contact and know a little more about the
Swiss medicines and products.
4.4. Expiration date control and Returns
The control of the expiration date is, as said before, very important to maintain a
good stock rotation. This control is made every morning with the receiving of the orders
and every month with a printed list of all products whose expiration date ends within
three months. These expiration dates are all controlled one by one. When a product
really expires in that period of time, it is collected from storage and sent back to the
suppliers. When a product or medicine has already expired, the Pharmacy itself
proceeds to its correct disposal. Sometimes the products have an expiration date larger
than the one standing on the list. In this case, the expiration date is updated in the
sheet and in the informatics system.
The return of products to the supplier may occur by a wrong sending of a
product, by a damaged package or by approximation of the end of the expiration date.
The return is accomplished through the issuance of a return note (Appendix VI), which
is stapled to the bag containing the product to be returned. A copy of this return note is
stored in a special folder in the Pharmacy.
5. Classification of the existing products in the Pharmacy
5.1. Prescription and non-prescription medications [5][10][11][12][13][15]
The main activity of the Pharmacy is the dispensing of medication. According to
the Community code relating to human and veterinary medicinal products is a medicine
defined as: "any substance or combination of substances presented as having
properties for treating or preventing human or animal disease, or in or on the human or
animal body is used, or can be given to either the human or animal to restore
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 10
physiological functions by exerting a pharmacological, immunological or metabolic
action, or to influence or to making a medical diagnosis.”
In Switzerland are the medicines divided into five lists, as described below:
Drugs on Prescription, non-renewable. Existent only in Pharmacies. (eg,
antibiotics)
Drugs on Prescription, renewable. This medicine can be obtained one or more
times, as permanent prescription, only with the doctor’s prescription. Existent
only in Pharmacies. (eg, blood pressure-lowering medicines)
In Pharmacies freely available drugs (eg, flu medicines)
In Pharmacy and Drugstores freely available drugs (eg, pain medicines)
Freely available Products in all Stores. These products are not medicines. (eg,
menthol cough bonbons)
These symbols are printed in all medicine
packages in a way that can be easily seen by the
Pharmacist.
Prescription Drugs (Lists A and B): These
are drugs that can be purchased only on presentation of a doctor´s prescription or in an
emergency situation without a prescription (mostly the ones from list B), as so-called
early withdrawal in which the prescription is delivered later by the costumer in the
Pharmacy.
Non-prescription Drugs: These are drugs that can be bought without prescription at the
pharmacy or drugstore.
5.2. Cosmetics[14]
At the BENU Pharmacy, the cosmetic products have a prominent place and
occupy a considerable area of the same. There are various brands of cosmetics sold
by us in the pharmacy, such as; La Roche Posay ®, Vichy®, Avène®, Eucerin®, Luis
Widmer®, Weleda®, etc. Sometimes, are these products prescribed by
Dermatologists, but most of the times are they bought resulting from an autonomous
demand.
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 11
These products are displayed taking into account various factors such as time
of the Year, type of audience that attends the Pharmacy, special discounts or
advertisings. Given the large number of existing products in this area and the
increasing demand of them, we Pharmacists need to have an extensive knowledge
about the different articles ensuring the users satisfaction.
I must confess that I had a big struggle with the counseling of this type of
products. It was very difficult for me to know all the products in this section and be able
to give alternative solutions to those who seek me.
5.3. Homeopathic Products [14]
Homeopathic products are those in which the active substance is highly diluted,
as such it cannot be detected in, for example, a liquid. These substances are then
capable of producing in healthy man, symptoms-like of the disease being treated –
“Like cures like”. The 3 basic principles of homeopathy are the similarity, globality and
infinitesimally.
Coming to the Pharmacy here is Switzerland; I was surprised with the amount
of homeopathic products that I could find (Omida®, Weleda®, Similasan®, etc.). I
realized that people resort to this type of therapeutic very often and that they
sometimes prefer it over the classical therapeutics. It was very common to find mothers
who do not wanted to treat their newly born children with nothing but homeopathic
medicines; because they were afraid that other medicines were to “strong” for them. I
tried to help as much as possible customers seeking this type of alternative, but I
confess that I have tried to persuade them to take other medicines in cases that I saw
were already very advanced.
5.4. Phytotherapeutics [14]
Phytotherapeutics are products which contain vegetable ingredients and which
often are standardized on a single ingredient. In the pharmacy we possess brands
such as Zeller®, A.Vogel®, Burgerstein®, Valverde®, Jarsin®, etc. These products,
just like the Homeopathic ones, are very loved and wanted. I personally, also became a
fan of these types of products, especially for the first-time treatment, of sleeping
disorders. I also noticed a high search of these type of products in cases of digestive
disorders, liver problems and urinary tract problems. In my daily work I sometimes had
to alert that this kind of products; also have adverse effects and contraindications
.
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 12
5.5. Nutritional Supplements
Just like in Portugal I observed a growing search in this area. These products
are mostly intended to complement and/or supplement the normal diet, not replacing a
complete and balanced diet. With the increasing demands of the everyday life, people
increasingly feel the need to turn to supplements to help them to overcome some gaps
in the nutrition or gain a little more power. In our nutritional supplements area we have
a huge variety of vitamin preparations, intended to all type of people and all ages,
Multi-mineral preparations, preparations to improve the intellectual performance and
also preparations with essential amino-acids.
Our customers frequently asked for advices in this area. I have helped
customers to find the perfect formula of vitamins for his type of age and demands; I
have helped mothers to find the perfect vitamin complex for their kids, who needed an
aid in the recovery after a stronger cold or diarrhea; I helped women who wanted to
strengthen their nails and hair, etc.
5.6. Dietetic Products and Foodstuffs for particular Nutrition[14]
As in all other Pharmacies, exists in our dietetic products. These products are
intended to help people to lose weight in a healthier way. We possess brands like
Modifast®, Almased®, Isostar®, Formoline®, etc. I could realize that these products
gain more and more followers every day that passes.
The BENU Pharmacy possesses also different foodstuffs for particular nutrition,
being these products appropriate for the special nutritional needs of certain persons.
These products have atypical fabrication forms or special compositions and are
destined to help customers who have a different metabolism or any kind of abnormal
food assimilation. In this area we can find lactose free milk, gluten free foods, special
food oils, different kinds of sugars, natural drinks and other kind of different food types.
5.7. Other products[11][14]
The Pharmacy has also medical devices such as dressing and suture articles,
toiletries, elastic stockings, oral hygiene products, specific maternity articles and
Incontinence articles between others.
As already expected, and as defined above, are there also veterinary products.
As these are acquired mostly directly at the doctors, has the pharmacy not much
material. I highlight the wormers for domestic animals and the human eye drops, which
were often sold (with a prescription) to treat glaucoma in dogs.
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 13
6. Dispensing of medicines not subject to medical prescription
When a customer enters the pharmacy with no prescription in his hand, there
are two possibilities; either he knows what he wants and requires a product by his own
will (called as self-medication), or he asks the pharmacists advice about a particular
symptom he wants to treat, in order to acquire a product indicated by him ( called as
pharmaceutical indication). As said before, are these not prescription obliged
medicines available in pharmacies, drugstores or other commercial establishments.
These medicines are intended to treat smaller disorders, of short duration and whose
use requires less medical supervision. However, are these medicines not innocuous
and therefore requires the dispensing of them, always a pharmacist counseling. They
can also lead to unwanted effects or be incorrectly used, aggravating other states of
health. This type of medication does not have any kind of reimbursement by the health
insurances.
6.1. Self-medication [16][17]
As self-medication, is meant the treatment of diseases by “self-prescribed”
drugs without having previously consulted a doctor or other health professional. Self-
medication takes mostly place in the everyday smaller health problems and are treated
with non-prescription medicines. People resort to self-medication frequently in cases of
flu, colds, cough, pain, diarrhea or digestive problems. At this time it already exist a set
of regulation and guidelines proper to specific diseases/conditions that are passible to
be treated with self-medication. They are: colds (cold, cough and hoarseness),
stomach pain, digestive problems, headache, back pain, toothache, nauseas and
diarrhea.
Having in account that we are the specialist in medicines, we should guide the
customer as best as we can and help him with the choice and use of the medicine. He
must be educated on possible consequences of the non-rational use of the drug and
know some adverse effects of the use of the chosen product.
6.2. Pharmaceutical Indication [4][18][19] Pharmaceutical indication is the act in which the pharmacist is responsible for
the selection of a non-prescription obliged medicine and/or of non-pharmacological
measures, aiming to prevent, improve or resolve minor health disorders of short
duration. The pharmaceutical care goes beyond the normal standard advice to disease
and the application of the currently chosen medicine. The goal is to improve the
knowledge of the disease and the success of the therapy, with the direct consequence
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 14
that the customer experiences a gain in his personal life quality. In order to allow the
involvement in the pharmaceutical care, the customer agrees to purchase its drugs
mainly in a typical pharmacy. By giving his consent, the pharmacy is permitted to
document and collect data about the medicines the costumer takes and the information
gathered in the care talks. In the BENU Pharmacy, the informatic system allows to
create Customers Cards and record the medicine history or other informations about
the clients, which can be consulted at any time.
In the pharmaceutical indication of a medicine, it should be noted the selection
of the active principle, the dose, the pharmaceutical form, the frequency of
administration and the duration of the treatment. Once chosen the right medicine, the
pharmacist must provide all the necessary information, including interactions, possible
adverse reactions the customer may experience, duration of treatment and special
storage conditions of the medicine. Beyond all that, he should advice some non-
pharmacological measures that complement the treatment.
During my Stage I have made pharmaceutical care, by indicating non-
prescription obliged medicines, giving information about posologies, duration of
treatments and alert about some adverse reactions. Sometimes, I noticed that I was
not in front of a minor health problem and I have sent the customer to the doctor.
7. Dispensing of medicines subject to medical prescription
7.1. Medical Prescription and it´s Validation [4][5]
These kinds of medicines, as the name indicates, need a medical prescription in
order to be dispensed, only in thep, by a pharmacist or a pharmacy assistant. These
medicines require the prescription, because they are able to cause a risk to the
patient´s health and may be constituted by substances which may cause many adverse
reactions. The prescription must be made in accordance with the Medicinal Regulation-
Heilmittelverordnung- from Kanton Zürich, from 21 May 2008. This regulation must be
followed by all entities authorized to prescribe medicines (Hospitals, Clinics or private
Doctors).
There are three types of Prescriptions:
One time Prescription Duration Prescription Special Prescription
The prescription is valid only
for one time and cannot be
used more often
The recipe is valid for more
than once, in accordance with
the number of times or time
space indicated by the
Prescriber
For narcotic or Psychotropic
drugs or substances that may
give rise to substantial risk of
drug abuse, addiction or be
used for illegal purposes.
Table 2 – Types of Prescriptions
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 15
The prescription can be made by hand or by computer and the prescriber can
choose to prescribe with commercial names or with the active substances names.
Some prescriptions have both types of forms on it.
So, and as we can see in the Appendix VII, the prescription needs to have;
- The name of the clinic or hospital from where the doctor is prescribing,
- The name of the doctor who is making the prescription, his address, his stamp
and his hand-made and electronic signature (this should prevent situations in
which it is not possible to read the hand-made signature and figure out who
made the prescription),
- The name of the patient and his date of birth, cause this can be important for
the pharmacist in his/her pharmaceutical advising,
- The date of the prescription,
- The name of the medicine (brand or active substance or both), with the dosage,
package size and quantity,
- The posology,
- The doctor can also write some special comments on the taking of the
medicine,
- Authorization (or not ), to alteration by generic medications
- Indication if it is a duration prescription and for how long (in accordance with the
already referred regulation, whenever there is not any information about the
duration of the duration prescription, the pharmacist is obliged to insert it in the
system as a duration prescription for one year).
After verifying the validity and authenticity of the prescription, the pharmacist is
responsible to evaluate the dispensed medication, identify and resolve potential
problems related to the medication, promote the rational use of them, the quality, safety
and efficacy of the pharmacotherapy. In order to perform with excellence this task, the
pharmacist can use various sources of information. He should in first order, question
the customers in order to make sure that he has the necessary information and
capacity to correctly use the medicines prescribed for him. Then, he should also
require the customers card (if there is one) and with the help of the informatic system
realize if there are any adverse effects with the medicines that the customer already
takes from the past.
After this first approach, the pharmacist should:
- Identify correctly the medication (dosage, form, route of administration,
treatment duration, size and number of packages).
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Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 16
- Interpret the intent of the prescriber with the customer and realize the need of
the medicine,
- Evaluate possible contraindications, interactions, allergies and intolerances,
- Adapt the dosage if she is not correct,
- Consider the conditions of the patient and drug delivery system.
7.2. Dispensing
After the validation and interpretation of the recipe, the pharmacist must collect the
drugs of the prescription. At this point he must ask the customer if he needs all
medicines present in the prescription or nor, and take him only the ones he wants at
the moment. After this steps, he must show the medication (already in his hands), to
another pharmacist present in the pharmacy, in order to reduce the risk of wrong
assignment of medicines. Then, he must insert the patient´s name in the system, open
a prescription file for him and introduce all the right information (name of the prescriber,
prescribed medicines, prescription date and the validity of the duration prescription if it
is one). At this point we should print the posology of the medicines and glue them on
the packages of the medicines that the customer will take home. This helps preventing
the possibility of forgetfulness of the customer. When we have a duration prescription
in our hands, we must warn the patient that he can at any time return to our pharmacy
to get some medication, which meanwhile ended.
Finalizing the sale, some special labels are printed (Appendix VIII). These labels
possess the name of the customer, the name of the prescriber, the medicines that were
sold, the final price of the sell, de date of the sell, the prescription number, the name of
the Pharmacist who made the sell and the name of the pharmacy. These labels need
to be glued on the back of the prescription and afterwards they stay with us, in order to
be sent to the health insurance of the customer.
Taking into account that all habitants of Switzerland are obliged to have a health
insurance, when dispensing a prescription drug, they do not pay anything. This results
from the fact that they already pay annually for the insurance. Therefore, when
dispensing a prescription medicine, and after sending by the pharmacy of the “treated”
recipe to the respective insurance, they just got to pay 10% of the medicines that is
directly deducted from their annual contribution.
There are special insurances that do not cover the costs upon acquisition of drugs in
the pharmacy. In these cases, the pharmacist must return the prescription to the
patient along with the coupon, which is then sent by the user to their own health
insurance which gives them 90% of the purchase value back.
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 17
The last duty of the pharmacist is realize if the patient leaves the pharmacy,
understanding all the informations he heard. We must be sure; he will follow all the
right indications and use the medicine correctly.
During my stage I had always careful to transmitting all the necessary
information for the correct, safe and effective use of the medication, clarifying all doubts
and promote the therapy adherence. In this field, I had some difficulty understanding
the hand writing of some doctors, on which I could always rely on the help of my
collaborators or maybe by the own customers, who already knew what they had been
prescribed. Then, I naturally had difficulties with the information I should give about the
medicines, resulting this from the lack of knowledge of the swiss medicines. Over the
time, I think I have improved a lot in this field, reaching at the end of my internship
already to identify the indications of many medicines. At last I also had some difficulty
understanding the mechanism of the health insurances in Switzerland. Despite having
lived here 11 years, I had never come across the fact to understand these issues.
7.3. Narcotics and Psychotropic drugs [4][5][20][21][22] Psychotropic are, as already mentioned, very dangerous drugs in the sense that
they can produce changes in the central nervous system.
Taking into account that they are often associated with
substances that induce negative effects in the body as physical
and/or psychic dependence, they are subject to special rules of
storage, prescribing and dispensing.
Storage:
When these medicines arrive at the pharmacy, they
come close in a plastic bag with a sheet attached on it, with the
description and quantity of them.
After they are inserted in our system, they are quickly stored in the pharmacy´s
treasure. This way they are save from strangers who can come
to the pharmacy and separated from the other medicines in
order to prevent mistakes by the dispensing.
These medicines make all part of the list A and are marked with
a special symbol, which is indicative of psychotropic. The Sheet
attached to the bag must be guarded by the Pharmacist in a special folder, in his office,
in which the Stock is written down by hand. This Stock must constantly be actualized.
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 18
Prescribing:
These types of medicines can be prescribed by doctors, dentists or veterinaries.
They are allowed to prescribe a maximum of two psychotropic drugs by prescription, on
a particular document (in triplicate) and whose validity is only for one month. The
prescription document is constituted by 3 sheets; one that stays directly with the
prescriber (which must guard it for 3 years) and two for the pharmacy. These two
pharmacy sheets have two different colors, one pink and one white. The white sheet
must be treated as a normal recipe and be sent to the insurance companies with the
pharmacies stamp on it. The pink one stays in the pharmacy for the same amount of
time as the original with the Prescriber (three years).
The prescription must have:
- Name, surname and date of birth of the patient;
- Date of the prescription;
- Drug designation;
- Quantity of the prescribed drug in grams or milliliters;
- Treatment duration and application instructions;
- Name and signature of the prescribing doctor.
The dosage and duration of treatment is only valid up to a maximum of three
months.
Dispensing:
When a Psychotropic prescription reaches the pharmacy it is treated like a normal
prescription. First we need to validate it and see if it was carried out in accordance with
the law. Then we interpret it and search the medicine which must mandatorily be
showed to the pharmacist of the pharmacy. As a normal prescription, we give all data
in our system and insert also the number of the prescription in a special field that lights
up in our screen. At the end, and to confirm all information given in on the computer,
one of the pharmacists must digit their special access code on it to proceed with the
sell. At the end of the sell, the labels are printed. These are glued on the back of the
white prescription which afterwards is put by the normal prescriptions, to later be sent
to the insurance companies. The pink sheet will be retained by the pharmacist in a
special folder for psychotropics he possesses in his office. It should be kept there for at
least three years. At this point, and after each sell of a psychotropic, the pharmacist
should consult the stock of each type of these medicines and remove, by hand, those
that were sold at that moment. Thus, it keeps constantly updated the number of each
psychotropic drugs present in the pharmacies treasure.
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 19
8. Manipulated Medicines and Products [4][5]
According with the 9th Article of the Federal Law on Drugs and Medical Devices,
are “Magistral medicines those who are produced by a medical prescription for a
specific person or an animal.” These medicines can be manufactured in a community
pharmacy or in a hospital pharmacy.
8.1. Manipulation rules [4] [23]
According to the 2th Chapter, 1st section, 7th Article from the federal Law on me-
dicinal products and medical devices (Bundesgesetzt über Arzneimittel und Mediz-
inrodukte), must all medicine production, according to the Good Manufacturing Practice
Rules, made be. This rules have 9 general chapters that go from the general quality
control to the self-inspection tests of the end preparation. In this rules we also can find
the description of the characteristics of the laboratory, equipment and personnel.
8.2. Protocols and calculation of the price of the compounded
medicine
In accordance with the Good manufacturing practices and the BENU house
rules, must a protocol be completed during each preparation of a manipulated
medicine. When I first arrived at the BENU Pharmacy we had to fill in these protocols
by hand and they were very similar to ours in Portugal (Appendix II). Those protocols
were, however, replaced by ones that can be printed on the computer (Appendix IX).
These were all introduced in a special data bank in our Informatic System, which
possesses all laboratory protocols that exist in the pharmacy. At any moment we can
change some information on the preparation sheet, uptade the charge numbers,
introduce new expiration dates or introduce a total new formula.
With this new application, we also have not to make the price calculations.
When the protocol is printed, in order to afterwards make the preparation, it already
comes with the detailed costs of that preparation and the final price.
9. Relationship with entities and patients [24]
Pharmacies are in permanent contact with other entities such as Doctors, Hos-
pitals, Insurance Companies or Pharmaceutical Industries. At the BENU Pharmacies
we also must take in account that we frequently need to be in contact with our superi-
ors or other pharmacies from the group.
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 20
However we must remember that the pharmacies interest and work purpose is
the patient´s satisfaction and well-being. For the pharmacist to ensure that, he needs to
have good communication capacities. The pharmacist must always respect the client´s
privacy, adapt his language to the sociocultural level of the patient, listen carefully and
never forget his duty of professional secrecy. The language must be adapted so that
the transmission of the information is clear, simple and straightforward in order that the
costumer comprehends all.
In addition to this verbal communication, we never should forget the importance
of the body language. This one is essential to convey confidence and interest to the
patient who stands in front of us. If we are capable to transmit the right language
through our body, the costumer feels comfortable to expose their problems and return
to us in another occasion.
In the BENU Pharmacy is the spirit between the collaborators very positive,
which in first hand also influences the entire pharmacy environment. All work with the
purpose to improve the provided service and the fact that the entire team is very young,
also permits a constant innovation and modernization of the pharmacy. In order to
bring our customers in a closer position with the pharmacy, we have a client card,
which allows the costumer to accumulate 10% of all purchases made, in points, until
the tenth purchase. In this last purchase, the costumers receive their points converted
into cash, which he can take home and spend how he wants.
From day to day I have bettered my communication and interaction skills. I also
think that I have gained a more professional attitude during my Stage which I guess is
the direct result from my gain of confidence.
10. Unexpected Representation
As explained before, the BENU Company is a subsidiary. This naturally gives a
lot of advantages, particularly in what concerns personnel renewal or temporary
substitution. Normally, is it not difficult to find a substitution from another Pharmacy for
a sick, pregnant or otherwise temporarily unavailable employee. The fact that all
Pharmacies belong to the same group implies that they all, more or less, have the
same working rules, products, organization and operating system installed. This
facilitates the adaptation of any BENU staff member when, temporarily, there is the
need to go to work for another Pharmacy in the region.
On the 8th and 9th of April, I was asked to provide some help in another BENU
Pharmacy in Langnau. As expected, this Pharmacy was similar to mine in Fällanden, it
was only quite smaller. It was interesting to see the differences between the two
Pharmacies. On one hand I was used to a very modern pharmacy, located near a
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 21
Shopping Center and characterized by having very young customers. On the other
hand I was in an elder pharmacy, located in a small town and with older clients. In
Langnau I noticed that all customers were known by the team, that they had a greater
need to give medicines that require
prescription and that the customers really liked
to go to the Pharmacy to spend a little time for
conversation with the Pharmacist. I really felt
their need to share a bit of their personal life
with me.
At the end, I enjoyed the experience
and I could really realize how much the type of
customers, coming to a Pharmacy can affect
the type of work carried out.
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 22
11. Conclusion
My Erasmus Stage at the BENU Pharmacy in Fällanden was wonderful. It was
a very enriching experience which allowed me to grow professionally but even more in
a personally level. I had the privilege to join a team of competent and dynamic
professionals with a tremendous spirit of companionship and who received me with the
greatest affection.
My stage was marked by the overcome of various obstacles, dedication and
interest of learning. I learned how to run autonomously and responsibly various
pharmaceutical activities and I feel I became a more secure person. I was also very
pleased to see the degree of importance of these five years of learning in my day to
day. Several times I could use the lessons of the classroom to solve or understand
some questions.
My sincere and last “Thank you” to all who accompanied me on this journey. I
leave in the certainty that you all have helped me to become a better professional.
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 23
Bibliography
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www.ris.bka.gv.at/GeltendeFassung.wxe?Abfrage=Bundesnormen&Gesetzesnummer=
10010169 (visited on 30.03.2013)
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30.03.2013)
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über Arzneimittel und Medizinprodukte (Heilmittelgesetzt , HMG). Available under:
www.admin.ch/ch/d/sr/8/812.21.de.pdf (visited on 01.04.2013)
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2008”
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edition, July 2004
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Briguitte Bertschinger, Siegfried Parzhuber, Roche Lexicon Medizin, Urban und
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amedis/index.php?option=com_content&view=article&id=13&Itemid=16&lang=de
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[10] Definition of Human Medicine. Available under: Richtlinie 2001/83/EG in der
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konsolidierten Fassung vom 07.08.2009 (PDF) (visited on 14.04.2013)
[12] Swiss medicine division. Available under: http://www.wellness-
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Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 24
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[15] Figure 9. Available under:
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mepha+liste+a&gs_l=img.3...13223.14566.0.14699.8.8.0.0.0.0.111.608.7j1.8.0.ekwqrh.
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%252Famoxi-mephav%252F%3B500%3B339, ( visited on 15.04.2013)
[16] Self-medication definition. Available under:
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[17] Swiss medic Guidelines on self-medication with non-steroidal anti-inflammatory
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[18] Pharmaceutical Indication-definition and purpose. Available under: http://www.pta-
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[19] Pharmaceutical Indication-Implementation of pharmaceutical care in practice.
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[20] Narcotic and Psychotropic prescription and dispensing. Available under:
http://www.gesetze-im-internet.de/btmvv_1998/BJNR008000998.html. (visited on
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[21] Pharmacy Guideline on Psychotropic medicines from canton Basel. Available un-
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http://www.baselland.ch/fileadmin/baselland/files/docs/vsd/apotheken/merkblatt_versch
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[22] Figure 10 and 11. Available under:
https://www.google.com/search?um=1&newwindow=1&hl=pt-
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 25
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exia-filmtabl-75-mg-60-stk%3B800%3B393. (visited on 15.04.21013)
[23] Guide to Good Manufacturing Practice. Guten Herstellungspraxis Leitfaden. Avail-
able under:
http://www.bmg.bund.de/fileadmin/redaktion/pdf_gesetze/bekanntmachungen/GMP-
Leitfaden-1.pdf. (visited on 17.04.2013)
[24] Secrecy duty and punishment for who does not respect it. Available under:
http://www.gesetze-im-internet.de/stgb/__203.html. (visited on 17.04.2013)
Training Report on Community Pharmacy
Silvia Isabel Patrocínio Monteiro 26
Appendix
Appendix I – Next day Pill Form
Appendix II- Preparation Sheets
Appendix III – Expiration Dates Sheet
Appendix IV – Direct order from the Pharmacy
Appendix V – Delivery note
Appendix VI- Return note
Appendix VII – Medical Prescription
Appendix VIII – Recipe Labels
Appendix IX – New Preparation Sheets
i
Appendix I – Next day Pill Form
ii
Appendix II- Preparation Sheets
iii
Appendix II- Preparation Sheets
iv
Appendix II- Preparation Sheets
v
Appendix III – Expiration Dates Sheet
vi
Appendix IV – Direct order from the Pharmacy
vii
Appendix V – Delivery note
viii
Appendix VI- Return note
ix
Appendix VII – Medical Prescription
x
Appendix VII – Medical Prescription
xi
Appendix VIII – Recipe Labels
xii
Appendix IX – New Preparation Sheets