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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO / 2 /
Sumário / 2 /
Consideraçãoes Gerais / 4 /
O Mercado / 5 /
Tecnologias de Informação e Comunicação / 6 /
Actividade Florestal / 7 /
Actividade Industrial / 7 /
Investimentos / 8 /
Recursos Humanos / 8 /
Sistemas de Gestão / 9 /
Actividade Financeira / 11 /
Proposta de Aplicação de Resultados / 12 /
Anexo ao Relatório do Conselho de Administração / 12 /
CONTAS E NOTAS ANEXAS / 14 /
Demonstração da Posição Financeira / 14 /
Demonstração dos Resultados por Naturezas / 16 /
Demonstração do Rendimento Integral / 17 /
Demonstração das Alterações no Capital Próprio / 18 /
Demonstração dos Fluxos de Caixa / 20 /
Anexo às Demonstrações Financeiras / 22 /
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
E CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS / 73 /
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal / 73 /
Certifi cação Legal das Contas / 74 /
/ ÍNDICE /
1 000 euros 2010 2009
Vendas líquidas 328.904 157.893
Amortizações 33.057 20.346
Resultados operacionais 101.428 29.192
Resultados líquidos 39.925 151
Capital próprio 261.650 225.246
Valor acrescentado 133.367 35.214
Investimento 20.034 81.919
Empregados do quadro em 31 de Dezembro* 218 216
(*) Não inclui os Órgãos Sociais, nem contratos a termo certo.
Sumário em 31 de Dezembro de 2010
RELATÓRIO DO CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO
/ / 3 /
150
350
2006
0
2007 2008 2009 2010
Vendas Líquidas
Milhões de euros
Ano Total
2006 162
2007 197
2008 145
2009 158
2010 329
2006 2007 2008 2009 2010
Investimento
Milhões de euros
Ano Total
2006 15,3
2007 58,0
2008 225,1
2009 81,9
2010 20,0
2006 2007 2008 2009 2010
Produção de Pasta de Eucalipto
Milhares de toneladas
Ano Total
2006 304
2007 325
2008 275
2009 398
2010 540
2006 2007 2008 2009 2010
Vendas de Pasta de Eucalipto
Milhares de toneladas
Ano Total
2006 313
2007 325
2008 270
2009 401
2010 539
Ano Total
2006 185
2007 226
2008 232
2009 225
2010 262
175
275
150
2006
100
2007 2008 2009 2010
Capital Próprio
Milhões de euros
225
200
125
Ano Total
2006 40
2007 60
2008 16
2009 29
2010 101
2006 2007 2008 2009 2010
Resultados Operacionais
Milhões de euros
120
0
40
60
20
80
300
600
0
200
400
10050
100
200
250
300
600
0
200
300
400
500
100
250
0
100
150
50
200
500
250100
4 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
partes interessadas e no qual é evidente a qualidade das activi-
dades desenvolvidas, especialmente a evolução positiva verifi cada
nos parâmetros caracterizados do desenvolvimento sustentável
da Organização.
Foi actualizada a Memória Descritiva da Organização de acordo
com o Modelo de Excelência EFQM e de modo a conseguir rea -
lizar-se uma sessão de auto-avaliação durante o primeiro qua-
drimestre do próximo ano.
Foram concretizadas cerca de 7 200 horas de formação em
acções previstas no Plano Anual de Formação. Algumas destas
for mações foram desenvolvidas em cooperação com a Celtejo,
nomeadamente as destinadas ao desenvolvimento de liderança e
de competências específi cas consideradas necessárias, assim como
as de implementação do Sistema de Gestão de Desempenho.
Durante 2010, manteve-se o diálogo institucional com as estru-
tu ras sindicais representativas dos trabalhadores e esten deu-se
essa prática à Celtejo.
O exercício do ano em apreço caracterizou-se pelo envolvimento
de diversas estruturas funcionais da Celbi – Direcção Financeira e
os Departamentos transversais, Técnicas de Engenharia e Sistemas
de Gestão – em outras empresas do Grupo, nomeadamente a
Celtejo.
Relatório Anual 2010
Considerações Gerais
O exercício de 2010 fi ca associado ao Projecto de Duplicação da
Capacidade Produtiva da Celbi e à sua inauguração por S. Ex.ª o
Senhor Presidente da República, Professor Cavaco Silva, a 2 de
Julho de 2010.
Com a entrada em serviço do turbogerador de 76 MVA verifi cada
a 24 de Março, passou a estar em operação todo o equipamento
processual previsto no Projecto de Expansão e Desenvolvimento
denominado C09, incluindo a optimizada efi ciência energética.
A produção deste ano foi de 539 818 toneladas.
Dada a forte procura de madeira, suportada por um mercado
favo rável de pastas branqueadas, a oferta de matéria-prima na-
cio nal tornou-se insufi ciente, pelo que foi inevitável o recurso à
sua importação não só da Galiza, mas também da América do Sul.
Durante o ano em apreço, procedeu-se ao aumento gradual e
sistemático da taxa de produção em sintonia com a curva de
aprendizagem assumida para o nível de produção das 600 mil
toneladas/ano.
As produções média e diária, verifi cadas no terceiro trimestre do
ano em apreço em paralelo com a melhoria da efi ciência opera-
cio nal e com a disponibilidade das instalações, são indicadores
re levantes para sustentar o orçamento ambicioso previsto para
o próximo ano.
Procedeu-se à elaboração do quarto Relatório de Sustentabilidade
da Empresa que, mais uma vez, foi muito bem recebido pelas
O Mercado
Para os produtores de pastas para mercado, 2010 foi um ano
de excepção. O mercado foi afectado pelo terramoto ocorrido
no Chile em Fevereiro, o que retirou do mercado cerca de 4,5
mi lhões de toneladas. A procura no primeiro semestre excedeu
largamente a oferta, com a Ásia (mercado essencialmente SPOT)
a braços com uma procura acrescida, devido ao arranque previsto
de novas capacidades papeleiras na China.
O preço internacional da fi bra de eucalipto iniciou o ano nos 730 USD/t
terminando nos 850 USD, após ter atingido os 920 USD em Junho.
Já os preços SPOT ultrapassaram largamente os preços de refe-
rência, sobretudo no segundo trimestre, no qual atingiram valo-
res acima dos 1 000 USD/t em algumas regiões da Ásia.
O câmbio do USD face ao EUR teve impacto nos resultados da
Empresa, uma vez que este oscilou entre os 1,42721 USD em
Janeiro e os 1,32201 USD em Dezembro, tendo o Euro atingido
o seu valor mais baixo, 1,22085 USD, precisamente em Junho.
Tissue
P&W
Embalagem
Especialidades
Outros
A Celbi benefi ciou naturalmente deste enquadramento de
mer cado excepcional, reforçando a sua posição de fornecedor
Europeu de fi bra curta por excelência, mantendo, no entanto,
uma presença discreta nos mercados em crescimento, nomea da-
mente os asiáticos.
A estratégia de incidência das suas vendas no seu mercado
natu ral, a Europa, persiste, uma vez que este permanece ainda
o maior mercado de pastas papeleiras do mundo. A gama de
pro du tos de que dispõe, aliada à nova capacidade de produção
instalada, faz da Celbi um produtor de referência num mercado
cada vez mais competitivo.
O volume de vendas foi de 539 300 toneladas, 34,5% superior
ao de 2009. Este acréscimo deveu-se a um esforço de vendas que
acompanhou uma maior disponibilidade de pasta decorrente da
conclusão do Projecto de Expansão.
Europa
Portugal
Ásia
6 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Tecnologias de Informação e Comunicação
Foi efectuada a renovação do acordo de fornecimento de equi pamento
informático e renovado o acordo empresarial de licencia mento
de software.
No seguimento do estudo e análise de implantação de um ERP SAP
corporativo, foi iniciado o projecto denominado Altri SAP Unify &
Má xi mo, que visa estabelecer uma plataforma informática para
o Grupo (SAP) e suportar o processo de gestão de manutenção
através da actualização do Sistema Máximo existente na Celbi.
Foi estendido e melhorado o contrato de prestação de serviço
com a Portugal Telecom (PT) à Celtejo e à Caima após o revam ping
das centrais locais.
Foram concluídos os estudos dos Sistemas de Gestão Documental
e sua extensão às outras unidades do Grupo, assim como o estudo
do Sistema de Integração Fabril para posterior extensão à Celtejo.
No âmbito da renovação e modernização dos Sistemas de
Informação e Infra-estrutura IT, foram executados diversos estu-
dos, nomeadamente Sistema CAD e o novo sistema de apoio ao
Sistema de Gestão de Desempenho.
Efectuaram-se as renovações dos contratos de manutenção,
in troduziram-se alterações e melhorias nos vários Sistemas de
In for mação e deu-se continuidade ao trabalho de instalação de
antivírus para protecção das redes instaladas.
/ / 7 /
lenhoso no perímetro industrial, nomeadamente das aparas
provenientes da América Latina.
Apesar das condições meteorológicas adversas, a área total
afectada por fogos não ultrapassou os 387 hectares, sendo 342
hectares de eucalipto. A Região Norte e Centro Norte do País
repre sentaram 85% da área afectada.
Actividade Industrial
O ano de 2010 fi ca caracterizado pela evolução da taxa de
pro dução, de acordo com a curva de aprendizagem, para o nível
de produção previsto de 600 mil toneladas/ano; pela paragem
das instalações que ocorreu em Janeiro para realizar pequenas
modifi cações/correcções consideradas necessárias; pelo arranque
do turbogerador de 76 MVA em fi nais de Março e pelo consumo
gradual e crescente de madeira não ibérica, quer na forma de
toros quer na de aparas.
Foi realizada a primeira campanha de pasta TCF com muito
boas indicações quanto à sua futura realização regular e foram
de senvolvidos diversos ensaios e aplicações conducentes à
elimi nação de deposições provocadas por espécies florestais
desen volvidas em espaços distintos da Península Ibérica.
Atingiu-se uma produção de 539 818 toneladas, tendo sido batidos,
durante o último trimestre, diversos recordes, nomeadamente:
• recorde mensal – 49 617,2 t;
• média diária – 1 653,9 t;
• recorde diário – 1 973,5 t.
Assistimos, no segundo semestre de 2010, a uma consolidação
das operações industriais e à estabilização das propriedades
pa pe leiras da pasta, apesar da elevada percentagem de madeira
importada.
O desempenho da fábrica foi infl uenciado extraordinariamente
pela qualidade, tipo e origem da madeira utilizada no processo.
Assim, atendendo a que o fornecimento de madeira nacional
baixou drasticamente em certos períodos do ano, a Celbi chegou
a ser forçada a utilizar durante alguns períodos mais de 50%
de madeira não ibérica, o que contribuiu decididamente para o
elevado consumo específi co verifi cado (3,03 m3/tpsa).
Aprofundou-se o conceito de manutenção preditiva e condicio nada,
no sentido de aumentar a fi abilidade das instalações e a efi ciência
operacional e reduziu-se a taxa de trabalho extraor dinário.
Actividade Florestal
A actividade fl orestal da Celbi e especialmente a função de
abas tecimento de madeira procurou responder às necessidades
cres centes de matéria-prima da fábrica remodelada e à falta
de oferta de madeira no mercado nacional. Assim, para além
do importante abastecimento proveniente de matas próprias,
recorreu-se à importação de madeira de eucalipto da Galiza e da
América do Sul, nomeadamente do Uruguai e do Chile.
A Altri Florestal procurou não só garantir e compensar a resposta
do mercado e o fl uxo proveniente da importação, mas também
garantir especialmente o abastecimento de madeira certifi cada FSC.
A entrada em serviço dos silos de aparas, verifi cada no fi nal
do ano, permitiu uma maior fl uidez do movimento de material
8 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Recursos Humanos
Na área de Recursos Humanos, consolidou-se o Portal do Em-
pre gado da Celbi após a sua implementação em fi nais de 2009,
incorporando algumas sugestões dos utilizadores de modo a torná-
-lo mais funcional e deu-se continuidade ao desen vol vi mento de
competências dos colaboradores. Candi datou-se um conjunto de
acções previstas no Plano de Formação ao Programa Operacional de
Potencial Humano (POPH), num total de 5 000 horas de formação.
Em 2010 concretizaram-se mais de 7 340 horas de formação, das
quais cerca de 3 000 foram enquadradas no POPH. Este esforço
de formação representa 1,8% do total de horas po ten ciais e uma
média de 4,1 dias de formação por trabalhador.
As prioridades da formação foram orientadas para as áreas
técnicas (processo, electrónica, instrumentação e mecânica) para
fazer face às exigências dos novos equipamentos (cerca de 44%)
e para a segurança e saúde ocupacional (cerca de 23%).
Para além do reforço da formação na área da Segurança e Saúde
no Trabalho, reactivou-se no último trimestre o Programa Zero
Acidentes, com o objectivo de sensibilizar os trabalhadores, em
especial os mais jovens para os riscos nos locais de trabalho, de
forma a reduzir a sinistralidade.
O efectivo médio do quadro de pessoal manteve-se nos 240
cola boradores, tendo o total de horas trabalhadas diminuído
cerca de 1%, em consequência de uma redução signifi cativa do
trabalho suplementar, que se situou nos 6,1% do potencial de
horas de trabalho (em 2009 tinha sido de 8,4%). No fi nal, os
custos com pessoal diminuíram cerca de 6% tendo atingido 13,2
milhões de euros.
Cooperou-se com a Celtejo, dando resposta às suas solicitações,
designadamente no âmbito do Sistema de Gestão de
Desempenho e concluiu-se o curso de Desenvolvimento de Com -
petências de Liderança para jovens Quadros da Celtejo e da Celbi
com a realização de uma acção vivencial.
No âmbito da Responsabilidade Social, continuou-se a cooperar
com as escolas, concedendo cerca de 50 estágios curricu lares e
Investimentos
No ano de 2010 concretizaram-se ensaios de desempenho que
conduziram à aceitação formal de um grupo de unidades, a saber:
• digestor;
• caldeira de recuperação;
• turbina TG4.
Desenvolveram-se contactos com as autoridades para ob ten ção de:
• isenção de licenciamento industrial;
• actualização de licenciamento ambiental;
• licenciamento de uma central de cogeração;
• licenciamento da rede eléctrica;
• licenciamento para as novas edifi cações.
Realizou-se um conjunto de projectos de investimento na Celbi
entre os quais se destacam, pela sua dimensão e valor de inves-
timento, os referidos abaixo:
• recepção de madeira em aparas e aumento da capacidade de
armazenagem de aparas existente;
• aumento da capacidade de armazenagem de pasta na descarga
do digestor e do fi ltrado equivalente;
• aumento da capacidade de fi ltração de licor negro;
• aumento da capacidade de armazenagem de licor verde não
fi ltrado.
A Celbi, para além de assumir a responsabilidade de liderar a
concepção e a implantação de um lote signifi cativo de inves-
timentos/modifi cações realizadas na Celtejo, tem procedido à
realização de auditorias a cargo de consultores e fornecedores
pres tigiados de forma a construir uma visão conducente ao
desenvolvimento estratégico daquela unidade industrial.
/ / 9 /
pós-curriculares e disponibilizou-se mais uma vez às escolas e
universidades o Programa de Ocupação de Tempos Livres durante
os meses de Verão, incentivando 40 jo vens a ocupar o seu tempo
livre e ajudando-os na aproximação ao mundo do trabalho.
No envolvimento com a comunidade, deu-se resposta positiva a
49 pedidos de apoio e de donativos num total de 139 recebidos.
Sistemas de Gestão
Procedeu-se à preparação e publicação do Relatório de
Susten tabilidade, referente ao ano anterior, englobando a
Declaração Ambiental EMAS. Renovou-se a certificação do
Sistema de Ges tão Ambiental, de acordo com a Norma ISO
14001, do Sis te ma de Gestão da Qualidade, em conformidade
com a ISO 9001 e o registo no EMAS.
Deu-se continuidade à revisão do Mapa de Processos da
Orga ni zação, tendo-se incluído no âmbito do Sistema de Gestão
o processo de Técnicas de Engenharia. Foram actualizados
diversos documentos do Sistema de Gestão e consolidou-se
a integração no mesmo da central termoeléctrica a biomassa,
pertencente à EDP Produção - Bioeléctrica, S.A.
Ao longo do ano realizaram-se auditorias internas e externas, de
modo a garantir o normal funcionamento do Sistema de Gestão
(Qualidade, Ambiente, Segurança e Cadeia de Responsabilidade
da madeira).
Continuaram-se os trabalhos conducentes ao registo de subs tân cias
de produção interna de acordo com o Regulamento Europeu
REACH*, através da participação em consórcios e grupos de tra ba lho,
assim como da recolha, preparação e divulgação de docu men-
tação relacionada com o tema.
Relativamente à gestão de resíduos, cumpriu-se o plano de
ex plo ração do aterro controlado e da estação de compos ta gem. A
actividade da gestão interna de resíduos incidiu funda men talmente
na melhoria dos meios de recolha selectiva e enca minhamento de
resíduos, envolvendo também a partici pa ção de empresas externas
a prestar serviços na fábrica. Foram tam bém criadas condições
* Registration, Evaluation, Authorisation and Restriction of Chemicals.
10 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
logísticas e desenvolvidos proce di mentos para aumentar o volume
de resíduos industriais desti na dos a operadores externos licenciados
para a respectiva valori zação ou tratamento.
No que se refere a emissões gasosas, procedeu-se à monitorização
em contínuo de gases de exaustão nas principais chaminés e à
realização de análises de poluentes atmosféricos por laboratórios
externos acreditados para o efeito, conforme previsto na
Licen ça Ambiental. Remeteram-se à Agência Portuguesa para
o Am biente (APA) os dados relativos à monitorização de gases
com efei to de estufa, em cumprimento da legislação aplicável.
Em 2010, com a estabilidade processual decorrente da entrada
em serviço das instalações construídas no âmbito do Projecto
de Modernização Fabril (Projecto C09), as emissões específi cas
de CO2 fóssil baixaram signifi cativamente face aos resultados
dos anos anteriores, acom panhando a redução dos consumos
específi cos de energia.
Quanto às emissões líquidas, foi realizada uma campanha de
caracterização da qualidade da água do mar e praias (meio recep-
tor de efl uentes líquidos). Cumpriu-se o programa analítico de
autocontrolo de efl uentes líquidos e do consumo de água. As
emissões líquidas mantiveram-se ao mesmo nível do ano ante rior,
mas o consumo específi co de água sofreu uma redução relevante.
Tendo em conta as implicações decorrentes do Projecto de
Moder nização Fabril (Projecto C09), apresentaram-se às auto ri-
dades competentes elementos diversos inseridos em processos
de licenciamento ambiental e industrial da Celbi.
Conforme previsto na legislação aplicável e na Licença Ambiental,
enviaram-se às autoridades competentes os relatórios de auto-
con trolo e de desempenho ambiental. De igual modo, foram
remetidos os relatórios referentes à central a biomassa.
No domínio da segurança, executaram-se diversas medidas de
melhoria, tais como a reformulação do Plano de Emergência
Inter no, a actualização de documentação, a alteração da rede de
água de incêndios, a instalação de novos dispositivos de protecção
co lec tiva e a remodelação dos sistemas de protecção exis tentes.
Realizou-se um simulacro de combate a incêndio. Man tiveram-se
e ampliaram-se os Programas Específi cos de Melho ria, tendo-se
apli cado melhorias técnicas de protecção colectiva, identifi cadas
em inspecções e auditorias, no âmbito do Sistema de Gestão de
Segurança. Foram reforçados os mecanismos de colaboração com
empresas externas em matéria de segurança.
Decorreram acções de formação sobre ambiente e segurança
destinadas a trabalhadores de empresas de prestação de serviços
de limpeza industrial, de movimentação de rolaria, de manutenção
mecânica e eléctrica e de movimentação e carregamento de
pas ta. De forma regular, foi ministrada formação de segurança
aos trabalhadores externos envolvidos nos trabalhos referentes
à execução de projectos e na paragem anual. Ao nível interno,
destacou-se a realização de acções previstas no Plano Anual de
Formação, relacionadas com a operação de instalações proces suais
e com a manutenção de equipamentos, integração de operadores,
controlo analítico, segurança e protecção contra incêndios.
/ / 11 /
Actividade Financeira
A consolidação do Projecto de Investimento C09 permitiu a
pro dução recorde de 539 818 toneladas. Aliado ao aumento dos
preços da fi bra de eucalipto nos mercados internacionais, que
atingiram em Junho os 920 USD, este Projecto permitiu à Celbi a
obtenção de excelentes resultados em 2010.
Concluídos os trabalhos do Projecto de Expansão, rapidamente
a unidade industrial atingiu a produção média mensal de 45 000
toneladas, permitindo obter um acréscimo de 35,5% no volume
de produção relativamente a 2009.
Os preços de referência nos mercados internacionais continuaram,
até Junho de 2010, a tendência de subida que se tinha iniciado
na segunda metade de 2009, atingindo os 740 EUR/t, fechando
o ano nos 646 EUR/t.
Em consequência da conjugação do aumento do volume com o
aumento do preço, as ‘Vendas e serviços’ prestados atingiram o
valor de 330,3 milhões de euros, 106,7% superior ao registado
no ano transacto. Nesse total estão também incluídas as vendas
de energia, as quais totalizaram 35,5 milhões de euros, o que
suplantou em 84% o obtido no ano de 2009, em virtude da
entrada em funcionamento do novo turbogerador.
O ‘Custo das mercadorias vendidas e materiais consumidos’ foi
de 136 milhões de euros, valor superior em 69,2% ao de 2009,
enquanto que o acréscimo de produção foi de 35,5%, o que
indicia um agravamento do custo de produção justifi cado pelo
aumento do custo da madeira.
Os ’Fornecimentos e serviços de terceiros‘ atingiram 68,9 milhões
de euros, sendo superiores em 16,9 milhões de euros aos do ano
transacto e estando relacionados com o aumento da produção.
De salientar que o custo com salários registou uma diminuição de
6,3%, atribuível à diminuição do recurso a trabalho extraor di nário,
o qual foi bastante intensivo durante o processo de investimento.
Na rubrica de ‘Juros e outros gastos similares‘ está incluída a
remuneração da dívida bancária no valor de 15,5 milhões de
euros, valor idêntico ao de 2009.
O EBITDA obtido em 2010 foi de 101,4 milhões de euros, o que
representa um acréscimo superior a 200% quando comparado
com o mesmo valor do ano anterior e sendo, em valor absoluto,
o maior alguma vez registado pela Celbi.
O Projecto de Expansão já se encontra terminado, pelo que as
‘Amortizações do exercício’ tiveram um acréscimo de 12,7 mi lhões de
euros relativamente a 2009, atingindo os 33,1 milhões de euros.
Em consequência, o ‘Resultado operacional’ foi de 68,4 milhões
de euros, atingindo-se um ‘Resultado líquido do exercício’ no
valor de 39,9 milhões de euros.
A dívida líquida remunerada a 31 de Dezembro de 2010 era
de 482 milhões de euros, registando uma diminuição de 47,7
milhões de euros, relativamente a igual período do ano transacto.
Leirosa, 18 de Fevereiro de 2011
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
400,0
800,0
0,0
300,0
500,0
600,0
700,0
100,0
200,0
PIX PIX 2009
12 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Proposta de Aplicação de Resultados
Conforme consta do Balanço e Demonstração de Resultados, o
‘Resultado Líquido’ do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de
2010 foi de 39 925 239,10 euros. Este valor resulta do facto de
a Empresa ter, nos termos das Normas Contabilísticas aplicáveis,
reconhecido como gasto nas contas do exercício, o valor
de 537 825,10 euros, como montante afecto à distribuição de
lucros pelos colaboradores da Empresa.
O Conselho de Administração propõe que o ‘Resultado líquido’
do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010, no montante
de 39 925 239,10 euros seja transferido para ‘Resultados
tran si ta dos’.
Mais se propõe que se delibere atribuir aos colaboradores da
Empresa, a título de participação nos lucros, o referido montante
de 537 825,10 euros, de acordo com o critério estabe lecido pelo
Conselho de Administração.
Leirosa, 18 de Fevereiro de 2011
O Conselho de Administração
Paulo Jorge dos Santos Fernandes (Presidente)
João Manuel Matos Borges de Oliveira
Pedro Macedo Pinto de Mendonça
Domingos José Vieira de Matos
Agostinho Dolores Ferreira
Joaquim Ferreira Matos
Francisco Ramos da Silva Gomes
Anexo ao Relatório do Conselho de Administração
1. Nos termos do n.º 5 do art.º 447.º do Código das Sociedades
Comerciais e relativamente às pessoas mencionadas nos n.os
1 e 2 do referido artigo:
1.1 Acções detidas em 31 de Dezembro de 2010
Não existiu esta situação
2. Nos termos do n.º 4 do art.º 448.º do Código das Sociedades
Comerciais:
2.1 Titularidade do capital da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A.
à data do encerramento do exercício:
Leirosa, 18 de Fevereiro de 2011
Altri - Participaciones y Trading, S.L. 15 493 288
/ / 13 /
Activo Notas 31-12-2010 31-12-2009
Activos não correntes
Activos biológicos 9 354.088 508.109
Activos fi xos tangíveis 4 365.018.342 377.825.246
Activos intangíveis 5 220.417 392.910
Propriedades de investimento 6 5.479.841 5.687.894
Investimentos em empresas subsidiárias 7 252.262.500 252.262.500
Outros activos não correntes 35 400.214 347.590
Activos por impostos diferidos 8 5.058.499 4.528.610
Total de activos não correntes 628.793.901 641.552.859
Activos correntes
Inventários 9 30.361.094 16.774.600
Clientes 10, 11 e 27 90.901.271 62.198.591
Outras dívidas de terceiros 10, 12 e 27 2.675.376 3.274.329
Estado e outros entes públicos 13 3.877.321 7.699.248
Empresas do Grupo 10 e 27 132.564.506 112.982.157
Outros activos correntes 14 1.572.245 1.137.569
Caixa e equivalentes de caixa 10 e 15 102.672.862 71.399.246
Total de activos correntes 364.624.675 275.465.740
Total do activo 993.418.576 917.018.599
Demonstração da Posição Financeira em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
(Montantes expressos em euros)
CONTAS
E NOTAS ANEXAS
Capital Próprio e Passivo Notas 31-12-2010 31-12-2009
Capital próprio
Capital social 16 77.500.000 77.500.000
Reserva legal 16 16.100.235 16.100.235
Outras reservas 16 128.124.724 131.493.803
Resultado líquido do exercício 39.925.239 151.462
Total do capital próprio 261.650.198 225.245.500
Passivo
Passivo não corrente
Outros empréstimos 10 e 17 532.744.337 592.412.774
Outros passivos não correntes 19 19.467.948 -
Passivos por impostos diferidos 8 157.351 183.278
Provisões 18 1.273.663 1.214.322
Total de passivos não correntes 553.643.299 593.810.374
Passivo corrente
Empréstimos bancários 10 e 17 - 11.100.776
Outros empréstimos 10 e 17 70.805.621 34.351.153
Fornecedores 10 e 20 53.624.938 20.273.774
Empresas do Grupo 10 e 27 3.318.725 2.291.719
Outras dívidas a terceiros 10, 21 e 27 10.478.404 11.184.451
Estado e outros entes públicos 13 11.566.344 655.511
Outros passivos correntes 22 13.821.651 8.385.798
Instrumentos fi nanceiros derivados 10 e 23 14.509.396 9.719.543
Total de passivos correntes 178.125.079 97.962.725
Total do passivo 731.768.378 691.773.099
Total do passivo e capital próprio 993.418.576 917.018.599
O anexo faz parte integrante das demonstrações fi nanceiras.
16 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
Notas 31-12-2010 31-12-2009
Vendas 27 e 28 328.904.342 157.893.222
Prestações de serviços 28 1.392.245 1.899.640
Outros proveitos 29 7.192.886 17.296.872
Custo das vendas 9 e 27 (134.574.162) (82.784.518)
Fornecimento de serviços externos 26 e 27 (68.935.909) (51.991.108)
Custos com o pessoal 33 (13.245.849) (14.129.740)
Amortizações e depreciações 4, 5 e 6 (33.056.820) (20.346.046)
Provisões e perdas por imparidade 18 (99.138) 2.640.182
Outros custos 30 (19.206.356) (1.632.454)
Custos fi nanceiros 31 (25.384.076) (15.393.986)
Proveitos fi nanceiros 27 e 31 7.263.640 6.639.004
Resultado antes de impostos 50.250.803 91.068
Impostos sobre o rendimento 8 (10.325.564) 60.394
Resultado depois de impostos 39.925.239 151.462
Resultado líquido do exercício 39.925.239 151.462
Resultados por acção
Básico 32 2,58 0,01
Diluído 32 2,58 0,01
O anexo faz parte integrante das demonstrações fi nanceiras.
Demonstração dos Resultados por Naturezaspara os Exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
(Montantes expressos em euros)
/ / 17 /
Notas 31-12-2010 31-12-2009
Resultado líquido do exercício 39.925.239 151.462
Variação no justo valor dos derivados de cobertura dos fl uxos de caixa 23 (3.520.542) (16.365.714)
Outro rendimento integral do exercício (3.520.542) (16.365.714)
Total do rendimento integral do exercício 36.404.697 (16.214.252)
Demonstração do Rendimento Integralpara os Exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
(Montantes expressos em euros)
O anexo faz parte integrante das demonstrações fi nanceiras.
18 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
Notas
Capital social
Acções próprias (valor nominal)
Acções próprias (descontos e prémios)
Reserva legal
Saldo em 1 de Janeiro de 2009 (POC) 16 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235
Ajustamentos de conversão para IFRS (efeito acumulado)
3 - - - -
Saldo em 1 de Janeiro de 2009 (reexpresso) 16 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235
Aplicação do resultado de 2008
Transferência para resultados transitados - - - -
Total do rendimento integral do exercício - - - -
Saldo em 31 de Dezembro de 2009 16 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235
Saldo em 1 de Janeiro de 2010 16 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235
Aplicação do resultado de 2009
Transferência para resultados transitados - - - -
Total do rendimento integral do período - - - -
Saldo em 31 de Dezembro de 2010 16 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235
Demonstração das Alterações no Capital Própriopara os Exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
(Montantes expressos em euros)
/ / 19 /
Notas Outras reservas
Reservas de
cobertura
Outras reservas e resultados transitados
Total outras reservas
Resultado líquido
Total do capital
próprio
Saldo em 1 de Janeiro de 2009 (POC) 16 - 131.947.454 131.947.454 6.690.213 232.237.902
Ajustamentos de conversão para IFRS (efeito acumulado)
3 9.221.850 - 9.221.850 - 9.221.850
Saldo em 1 de Janeiro de 2009 (reexpresso) 16 9.221.850 131.947.454 141.169.304 6.690.213 241.459.752
Aplicação do resultado de 2008
Transferência para resultados transitados - 6.690.213 6.690.213 (6.690.213) -
Total do rendimento integral do exercício (16.365.714) - (16.365.714) 151.462 (16.214.252)
Saldo em 31 de Dezembro de 2009 16 (7.143.864) 138.637.667 131.493.803 151.462 225.245.500
Saldo em 1 de Janeiro de 2010 16 (7.143.864) 138.637.667 131.493.803 151.462 225.245.500
Aplicação do resultado de 2009
Transferência para resultados transitados - 151.462 151.462 (151.462) -
Total do rendimento integral do período (3.520.541) - (3.520.541) 39.925.239 36.404.698
Saldo em 31 de Dezembro de 2010 16 (10.664.405) 138.789.129 128.124.724 39.925.239 261.650.198
O anexo faz parte integrante das demonstrações fi nanceiras.
20 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
Notas 2010 2009
Actividades operacionais
Recebimentos de clientes 304.239.945 144.840.725
Pagamentos a fornecedores (186.097.624) (117.616.602)
Pagamentos ao pessoal (9.626.293) (10.871.136)
Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional
(22.655.865) 11.949.481
Impostos sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas
292.917 86.153.080 1.781.200 30.083.668
Fluxos gerados pelas actividades operacionais (1) 86.153.080 30.083.668
Actividades de investimento
Recebimentos provenientes de
Juros e proveitos similares 4.807.247 6.839.660
Activos fi xos tangíveis 1.162.141 2.314.466
Subsídios ao investimento 677.548 6.646.936 1.579.901 10.734.027
Pagamentos relativos a
Empréstimos concedidos (16.250.000) (6.020.000)
Activos intangíveis (714.896) (156.825)
Activos fi xos tangíveis (19.020.161) (35.985.058) (102.987.035) (109.163.861)
Fluxos gerados pelas actividades de investimento (2) (29.338.122) (98.429.834)
Demonstração dos Fluxos de Caixa para os Exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
(Montantes expressos em euros)
/ / 21 /
Notas 2010 2009
Actividades de financiamentos
Recebimentos provenientes de
Empréstimos obtidos - - 86.226.658 86.226.658
Pagamentos respeitantes a
Amortização de contratos de locação fi nanceira
Juros e custos similares (14.650.966) (17.615.342)
Empréstimos obtidos (10.890.376) (25.541.342) - (17.615.342)
Fluxos gerados pelas actividades de financiamento (3) (25.541.342) 68.611.316
Caixa e seus equivalentes no início do exercício 15 71.399.246 71.134.095
Variação de caixa e seus equivalentes: (1)+(2)+(3) 31.273.616 265.151
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 15 102.672.862 71.399.246
22 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
2.1. Bases de ApresentaçãoAs demonstrações fi nanceiras anexas foram preparadas no
pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros e
registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as
Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas
pela União Europeia, em vigor para exercícios económicos ini-
ciados em 1 de Janeiro de 2009. Devem entender-se como
fazen do parte daquelas normas, as Normas Internacionais de
Relato Financeiro - International Financial Reporting Standards
(IFRS) - emitidas pelo International Accounting Standard Board
(IASB), as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS), emitidas
pelo International Accounting Standards Committee (IASC) e
respectivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas respectivamente
pelo International Financial Repor ting Interpretation Committee
(IFRIC) e pelo Standing Interpretation Committee (SIC), que
tenham sido adoptadas pela União Europeia. De ora em diante,
o conjunto daquelas normas e interpretações será designado
genericamente por IAS/IFRS.
A adopção das IAS/IFRS na apresentação de demonstrações
fi nanceiras pela Empresa ocorre pela primeira vez em 2010, pelo
que a data de transição dos princípios contabilísticos geralmente
aceites em Portugal (Plano Ofi cial de Contabilidade) para esse
normativo é 1 de Janeiro de 2009, tal como o estabelecido pela
IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais
de Relato Financeiro. Nos termos desta norma, não ocorreram
efeitos reportados à data de transição para IFRS (1 de Janeiro
de 2009) registados nas rubricas de ‘Capital próprio’. Na Nota 3 são
explicitados os impactos da adopção deste normativo conta-
bilístico nas demonstrações fi nanceiras apresentadas em 31 de
Dezembro de 2009.
Anexo às Demonstrações Financeirasem 31 de Dezembro de 2010
(Montantes expressos em euros)
1. Nota IntrodutóriaA Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. (Empresa ou Celbi) foi
constituída em 1965, tem a sua sede social na Leirosa, Fi guei ra
da Foz e tem como actividade principal a produção e comer-
cialização de pasta de papel.
Em Agosto de 2006, na sequência do processo público de alie-
nação pelo antigo accionista, a Altri, SGPS, S.A. (Altri), através
da sua participada Altri – Participaciones y Trading, S.L. (Altri SL)
adquiriu 99,96% das acções representativas do capital social da
Empresa e de 100% dos respectivos direitos de voto, dado que
a Empresa detém 6 712 acções próprias, inserindo-se assim no
grupo económico liderado pela Altri SGPS, S.A. (Grupo Altri) e
cotado na NYSE Euronext Lisbon.
As demonstrações fi nanceiras da Celbi são apresentadas em euros
em valores arredondados à unidade, sendo esta a divisa utilizada
pela Empresa nas suas operações e, como tal, considerada a
moe da funcional.
2. Principais Políticas ContabilísticasAs principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação
das demonstrações fi nanceiras anexas são como se segue:
/ / 23 /
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, aprovadas pela União Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos
iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2010, foram adoptadas pela primeira vez no exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010:
Norma/Interpretação Data de efi cácia (exercícios inicia dos em ou após)
IFRS 3 – Concentrações de actividades empresariais e IAS 27 – Demonstrações fi nanceiras consolidadas e separadas (revisão de 2008)
1-Jul-09
Esta revisão vem trazer algumas alterações ao nível do registo de concentrações de actividades empresariais, nomeadamente no que diz respeito: (a) à mensuração dos interesses sem controlo (anteriormente designados interesses minoritários); (b) ao reconhecimento e mensuração subsequente de pagamentos contingentes; (c) ao tratamento dos custos directos relacionados com a concentração; (d) ao registo de transacções de compra de interesses em entidades já controladas e de transacções de venda de interesses sem que de tal resulte a perda de controlo e (e) ao cálculo do resultado na venda de participação com perda de controlo e necessidade de remensuração dos interesses retidos na participação alienada.
IAS 28 (revisão de 2008) Investimentos em associadas
1-Jul-09Os princípios descritos acima e adoptados para a IAS 27 (2008) relativamente ao apuramento do resultado da venda são alargados à IAS 28.
Revisões da IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro
1-Jan-10Esta norma foi revista no sentido de agrupar as várias emendas que foram ocorrendo desde a sua primeira versão.
IFRS 1 – Emendas (Isenções adicionais)
1-Jan-10
Esta emenda vem contemplar um conjunto adicional de isenções na aplicação retrospectiva, nomeadamente ao nível de activos resultantes da exploração de recursos minerais, de responsabilidades de descomissionamento e da aplicação dos requisitos da IFRIC 4.
IFRS 2 – Emenda (Transacções de pagamentos com base em acções entre entidades do mesmo grupo)
1-Jan-10Esta emenda vem clarifi car alguns aspectos relacionados com pagamentos com base em acções, liquidados fi nanceiramente no seio de grupos empresariais.
IFRIC 12 – Acordos de concessão de serviços
1-Jan-10Esta interpretação vem introduzir regras de reconhecimento e mensuração por par te do operador privado envolvido na prestação de serviços de construção de infraestruturas e de operação no âmbito de concessões do tipo público-para-privado.
IFRIC 15 – Acordos para a construção de imóveis
1-Jan-10Esta interpretação vem abordar a forma para avaliar se um acordo de construção de um imóvel está no âmbito da IAS 11 – Contratos de construção ou no âmbito da IAS 18 – Rédito e como o correspondente rédito deve ser reconhecido.
IFRIC 16 – Coberturas de um investimento líquido numa unidade operacional estrangeira
1-Jul-09Esta interpretação vem fornecer orientações sobre a contabilidade de cobertura de investimentos líquidos em operações estrangeiras.
IFRIC 17 – Distribuições aos proprie- tários de activos que não são caixa
1-Jul-09Esta interpretação propicia orientação sobre a correcta contabilização de activos não caixa distribuídos aos accionistas como dividendos.
IFRIC 18 – Transferências de activos provenientes de clientes
1-Jul-09Esta interpretação propicia orientação sobre a contabilização pelos operadores de activos fi xos tangíveis “dos clientes”.
Melhoramentos das Normas Interna -cionais de Relato Financeiro - 2009
Várias (usual mente 1-Jan-10)
Este processo envolveu a revisão de 12 normas contabilísticas.
Alterações à IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração – Instrumentos: Itens Cobertos Elegíveis
1-Jul-09Clarifi ca a aplicação da contabilidade de cobertura à componente infl ação dos instrumentos fi nanceiros e aos contratos de opções, quando utilizados como instrumentos de cobertura.
O efeito nas demonstrações fi nanceiras da Celbi no exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010, decorrente da adopção das normas,
interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi signifi cativo, nomeadamente em virtude da maioria das situações aí
referidas não serem actualmente aplicáveis à Empresa.
24 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros foram, até à
data de aprovação destas demonstrações fi nanceiras, aprovadas pela União Europeia:
Norma/Interpretação Data de efi cácia (exercícios inicia dos em ou após)
IAS 24 – Divulgações de partes relacionadas (revisão)
1-Jan-11 Esta revisão vem trazer algumas clarifi cações relacionadas com as divulgações a efectuar de partes relacionadas, em particular no tocante a entidades ligadas à Administração Pública.
IFRS 1 – Emenda (Isenção limitada da obrigação de apresentar divulgações comparativas de acordo com a IFRS 7 para os adoptantes pela primeira vez)
1-Jul-10 Esta emenda vem simplifi car as obrigações de divulgação de comparativos relativamente a instrumentos fi nanceiros na adopção pela primeira vez das IFRS.
IAS 32 – Emenda (Classifi cação das emissões de direitos)
1-Fev-10 Esta emenda vem clarifi car em que condições os direitos emitidos podem ser classifi cados como instrumentos de capital próprio.
IFRIC 14 – Emenda (Pré-pagamento de um requisito de fi nanciamento mínimo)
1-Jan-11 Esta emenda vem suprimir uma consequência não intencional decorrente do tratamento de pré-pagamentos de futuras contribuições em circunstâncias em que é aplicável um requisito de fi nanciamento mínimo.
IFRIC 19 – Extinção de passivos fi nanceiros através de instrumentos de capital próprio
1-Jul-10 Esta interpretação vem fornecer orientações sobre a contabilização das transacções em que os termos de um passivo fi nanceiro são renegociados e resultam numa emissão pela entidade de instrumentos de capital próprio em favor de um seu credor com a resultante extinção da totalidade ou de parte desse passivo fi nanceiro.
24
/ / 25 /
2.2 Principais Critérios ValorimétricosOs principais critérios valorimétricos utilizados pela Empresa na
preparação das suas demonstrações fi nanceiras são os seguintes:
a) Activos intangíveis
Os activos intangíveis encontram-se registados ao custo de
aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por impa ri -
dade acumuladas. Os activos fi xos intangíveis só são reco nhe cidos
se for provável que deles advenham benefícios económicos
futuros para a Empresa, se forem controláveis pela Empresa e se
pos sa medir razoavelmente o seu valor.
As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos
técnicos são reconhecidas na demonstração dos resultados
quan do incorridas.
As despesas de desenvolvimento para as quais a Empresa
de mons tre capacidade para completar o seu desenvolvimento e
iniciar a sua comercialização e/ou uso e relativamente às quais seja
provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos
futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que
não cumpram estes critérios são registadas como custo no
período em que são incorridas.
Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento
de software são registados como custos na demonstração dos
resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes
custos estejam directamente associados a projectos para os quais
seja provável a geração de benefícios económicos futuros para
a Empresa. Nestas situações os custos são capitalizados como
activos intangíveis.
As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos
bens, pelo método das quotas constantes em conformidade
com o período de vida útil estimado (genericamente três a cinco
anos).
Estas normas, apesar de aprovadas pela União Europeia,
não foram adoptadas pela Celbi no exercício fi ndo em 31 de
Dezembro de 2010, em virtude da sua aplicação não ser ainda
obri gatória. Não são estimados impactos signifi cativos nas
demonstrações fi nanceiras da Empresa decorrentes da adopção
das mesmas.
As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adoptados
pela Empresa a 31 de Dezembro de 2010 são comparáveis com
os utilizados na preparação das demonstrações fi nanceiras em
31 de Dezembro de 2009, atendendo ao referido na Nota 3.
Na preparação das demonstrações fi nanceiras, em conformidade
com as IAS/IFRS, o Conselho de Administração da Empresa
adop tou certos pressupostos e estimativas que afectam os
activos e passivos reportados, bem como os proveitos e custos
incor ri dos rela tivos aos períodos reportados. Todas as estimativas
e as sum p ções efectuadas pelo Conselho de Administração foram
efectuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à
da ta de aprovação das demonstrações fi nanceiras, dos eventos e
transacções em curso.
As demonstrações fi nanceiras anexas foram preparadas para
apreciação e aprovação em Assembleia Geral de Accionistas. O
Conselho de Administração da Empresa entende que as mesmas
serão aprovadas sem alterações.
26 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
Os activos fi xos tangíveis em curso representam activos fi xos tangíveis
ainda em fase de construção, encontrando-se regis tados ao custo
de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estes
activos são amortizados a partir do momento em que os activos
subjacentes estejam em condições de serem utilizados.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de activos
fi xos tangíveis são determinadas como a diferença entre o preço
de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação
ou abate, sendo registadas na demonstração dos resultados nas
rubricas ‘Outros proveitos’ ou ‘Outros custos’.
c) Locações
A classifi cação das locações fi nanceiras ou operacionais é rea lizada
em função da substância dos contratos em causa e não da sua forma.
Os contratos de locação são classifi cados como (i) locações
fi nanceiras, se através deles forem transferidos substancialmente
todos os riscos e vantagens inerentes à posse ou como (ii)
lo ca ções operacionais, se através deles não forem transferidos
subs tancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.
Os activos adquiridos mediante contratos de locação fi nanceira
bem como as correspondentes responsabilidades são conta bi-
li zados pelo método fi nanceiro. De acordo com este méto do,
o custo do activo é registado no activo fi xo tangível; a corres-
pondente responsabilidade é registada no passivo e os juros
incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, calculada
conforme descrito na Nota 2.2.b), são registados como custos na
demonstração dos resultados do período a que respeitam.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas
referentes a bens adquiridos neste regime são reconhecidas como
custo na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.
d) Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas
Os subsídios recebidos no âmbito de programas de formação
profi ssional ou subsídios à exploração são registados na rubrica
‘Outros proveitos operacionais’ da demonstração consolidada
dos resultados do exercício em que estes programas são
realizados, independentemente da data do seu recebimento.
b) Activos fixos tangíveis
Os activos fi xos tangíveis, adquiridos até 1 de Janeiro de 2009 (data
de transição para as Normas Internacionais de Relato Financeiro,
tal como adoptadas pela União Europeia), encontram-se registados
ao seu deemed cost, o qual corresponde ao custo de aquisição
ou ao custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios
contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data,
deduzido das amortizações acumuladas e de perdas por imparidade.
Os activos fi xos tangíveis adquiridos após aquela data encon tram-se
registados ao custo de aquisição, deduzido das correspon dentes
amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são calculadas, após os bens estarem em condi-
ções de serem utilizados, pelo método das quotas constantes em
conformidade com o período de vida útil estimado para cada
gru po de bens.
As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes
períodos de vida útil estimada:
Anos
Terrenos e recursos naturais 7 - 50
Edifícios e outras construções 10 - 50
Equipamento básico 3 - 20
Equipamento de transporte 6
Ferramentas e utensílios 5 - 10
Equipamento administrativo 3 - 15
Outros activos fi xos tangíveis 3 - 20
A rubrica ‘Terrenos e recursos naturais’ para além dos terrenos
inclui estradas, pavimentações, esgotos, ramal de caminho de
fer ro, poços e condutas de água. Como os terrenos não são
amor tizáveis os anos de amortização dizem respeito exclusi va-
mente às restantes componentes desta rubrica.
As despesas de conservação e reparação que não aumentem a
vida útil dos activos nem resultem em benfeitorias ou melhorias
signifi cativas dos elementos dos activos fi xos tangíveis são regis-
ta das como custo do exercício em que são incorridas.
Os subsídios atribuídos a fundo perdido para fi nanciamento
de activos fi xos tangíveis são registados na demonstração da
posição fi nanceira como ‘Outros passivos correntes’ e ‘Outros
passivos não correntes’ relativamente às parcelas de curto prazo,
médio e longo prazo respectivamente, e são reconhecidos na
demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações
dos activos fi xos tangíveis subsidiados.
e) Imparidade dos activos fixos tangíveis e dos activos
intan gíveis
É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos à data de
cada balanço e sempre que seja identifi cado um evento ou uma
alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo
qual o activo se encontra registado possa não ser recuperável.
Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado
seja superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda
por imparidade, registada na demonstração dos resultados na
ru brica ‘Provisões e perdas por imparidade’.
A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda
líquido e o valor de uso. O preço de venda líquido é o montante
que se obteria com a alienação do activo numa transacção entre
en ti dades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos
directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor
presente dos fl uxos de caixa futuros estimados que são esperados
que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no
fi nal da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada
activo individualmente ou, no caso de não ser possível, para a
uni dade geradora de fl uxos de caixa à qual o activo pertence.
Quando as perdas por imparidade, reconhecidas em exercícios
anteriores, deixem de existir, são objecto de reversão. A reversão
das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos
resultados na rubrica ‘Outros proveitos’. Esta reversão da per da
por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que esta ria
reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda
por imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.
28 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
f) Encargos financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos fi nanceiros relacionados com empréstimos obtidos são
usualmente reconhecidos como custo na demonstração dos resul-
tados de acordo com o princípio da especialização dos exer cícios.
Nos casos em que são contratados empréstimos com o fi m
específi co de fi nanciar activos fi xos, os juros correspondentes são
capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização
destes encargos inicia-se após o início da preparação das activi-
da des de construção e cessa quando o activo se encontra pronto
para utilização ou caso o projecto seja suspenso.
g) Inventários
As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo,
são valorizadas ao custo médio de aquisição, deduzido do valor
dos descontos de quantidade concedidos pelos fornecedores, o
qual é inferior ao respectivo valor de mercado.
Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e os
produtos e os trabalhos em curso são valorizados ao custo de
pro du ção, que inclui o custo das matérias-primas incorporadas,
mão-de-obra e gastos gerais de fabrico e que é inferior ao valor
de mercado. Dentro desta óptica, a madeira cortada em posse da
Empresa encontra-se valorizada ao custo de produção, que inclui
os custos incorridos com o corte e “rechega” da madeira, assim
como a parte proporcional à área cortada dos custos acumulados
de esta belecimento, manutenção e gastos administrativos com
estes activos.
A Empresa procede ao registo das correspondentes perdas por
imparidade para reduzir, quando aplicável, os inventários ao seu
valor realizável líquido ou preço de mercado.
h) Activos biológicos
As fl orestas, propriedade da Empresa, encontram-se classifi cadas
na rubrica ‘Activos biológicos’. O custo das fl orestas adquiridas
ou com as plantações efectuadas e os custos incorridos com o
seu desenvolvimento, conservação e manutenção são incluídos no
valor destas. O custo da madeira é transferido para custo de pro-
dução quando a madeira é cortada. Os cortes de madeira própria
são valorizados ao custo específi co de cada mata atribuí do a cada
corte, o qual inclui ainda os custos incorridos em cada mata desde
28
/ / 29 /
As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas
sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação
e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.
Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os
fl uxos de caixa necessários para liquidar tal obrigação, a mesma
é registada pelo valor actual dos mesmos.
k) Complementos de reforma
Quando existem compromissos de conceder aos empregados
prestações pecuniárias a título de complementos de pensões
de reforma por velhice ou invalidez, são constituídas provisões
com base em cálculos actuariais efectuados por entidades
especializadas. As responsabilidades actuariais são calculadas de
acordo com o Projected Unit Credit Method utilizando os pressu-
postos actuariais e fi nanceiros considerados mais ade qua dos.
l) Instrumentos financeiros
i) Investimentos em subsidiárias
Os investimentos em partes de capital de empresas subsidiá-
rias são mensurados de acordo com o estabelecido na IAS 27 –
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas, ao custo
de aquisição deduzido de eventuais perdas por impa ridade.
ii) Investimentos
Os investimentos detidos pela Empresa são classifi cados como
se segue:
Investimentos registados ao justo valor através de resul-
tados: esta categoria divide-se em duas subcategorias: ‘Acti-
vos fi nanceiros’ detidos para negociação e ‘Investimentos
mensu rados ao justo valor através de resultados’. Um activo
fi nanceiro é classifi cado nesta categoria se for adquirido com o
propósito de ser vendido no curto prazo ou a sua performance
e estratégia de investimento sejam analisadas e defi nidas
pelo Conselho de Administração com base no justo valor do
activo fi nanceiro. Os instrumentos derivados são também
classifi cados como detidos para negociação, excepto se esti ve-
rem afectos a operações de cobertura. Os activos desta cate-
goria são classifi cados como activos correntes no caso de serem
detidos para negociação ou se for expectável que se realizem
num período inferior a doze meses da data do balanço;
o último corte. São reconhecidos como custo do exercício os custos
acumulados de plantação, manutenção e gastos administrativos,
proporcionais à área cortada nesse exercício.
O Conselho de Administração optou por não registar os activos
biológicos ao seu justo valor por entender que, face à natureza
dos activos em avaliação, a determinação daquele depende
de pressupostos que poderão não ser fi avelmente apurados e
consequentemente o eventual justo valor não seria mensurado
com fi abilidade. É, no entanto, convicção do Conselho de Admi-
nis tração, com base em alguns indicadores, que com a política
segui da de registo dos activos biológicos ao custo de aqui sição
não resultam diferenças materialmente relevantes face ao seu
regis to ao justo valor.
i) Propriedades de investimento
As propriedades de investimento da Empresa correspondem
essencialmente a terrenos e edifícios arrendados a outras empre-
sas do Grupo Altri, não destinadas ao uso na produção ou forne-
cimento de bens ou serviços, ou para fi ns administrativos, ou
pa ra venda no curso ordinário dos negócios da Empresa.
As propriedades de investimento são mensuradas ao custo de
aquisição deduzido de amortizações acumuladas e eventuais
per das de imparidade acumuladas.
As amortizações são calculadas, após o momento em que o bem
se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o mé-
to do das quotas constantes, em conformidade com o período
de vida útil estimado para cada grupo de bens que, no caso das
propriedades de investimento, varia entre 7 e 50 anos.
j) Provisões
As provisões são reconhecidas quando e somente quando a
Empresa (i) tenha uma obrigação presente (legal ou construtiva)
resultante de um evento passado; (ii) seja provável que para a
resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e (iii) o
montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As
provisões são revistas na data de cada balanço e ajustadas de
modo a refl ectir a melhor estimativa do Conselho de Admi nis-
tração a essa data.
30 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
Os ganhos ou perdas, provenientes de uma alteração no justo
valor dos investimentos disponíveis para venda, são registados
no capital próprio, na rubrica ‘Reservas de justo valor’ incluída
na rubrica ‘Outras reservas’ até o investimento ser vendido,
recebido ou até que o justo valor do investimento se situe
abai xo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma
per da por imparidade, momento em que a perda acumulada é
transferida para a demonstração dos resultados.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reco nhecidas
à data da assinatura dos respectivos contratos de com pra e venda,
independentemente da sua data de liquidação fi nanceira.
iii) Dívidas de terceiros
As dívidas de clientes, de outros devedores e de outros terceiros
são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas na
demons tração da posição fi nanceira deduzido de eventuais
perdas por imparidade reconhecidas na rubrica ‘Perdas por
imparidade acumuladas’, para que os activos refl ictam o seu valor
realizável líquido. Estas rubricas, quando correntes, não in cluem
juros por não se considerar material o impacto do desconto.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de
even tos ocorridos que indiquem objectivamente e de forma
quan tificável que a totalidade ou parte do saldo em dívida
não será recebido. Para tal, a Empresa tem em consideração
infor ma ção de mercado que demonstre que:
• a contraparte apresenta difi culdades fi nanceiras signifi cativas;
• se verifi cam atrasos signifi cativos nos pagamentos por parte
da contraparte;
• se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou
reestruturação fi nanceira.
Investimentos detidos até ao vencimento: esta categoria
inclui os activos fi nanceiros, não derivados, com reembolsos
fi xos ou variáveis, que possuem uma maturidade fi xada e cuja
intenção do Conselho de Administração é a manutenção dos
mesmos até à data do seu vencimento;
Investimentos disponíveis para venda: incluem-se aqui os
acti vos fi nanceiros, não derivados, que são designados como
disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas
categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos activos não
correntes, excepto se o Conselho de Administração tiver a
inten ção de alienar o investimento num período inferior a doze
meses da data do balanço.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de
aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo as des-
pe sas de transacção, no caso dos investimentos detidos até ao
vencimento e investimentos disponíveis para venda.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados
ao justo valor através de resultados e os investimentos dispo-
níveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por
referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem
qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam
vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instru mentos
de capital próprio que não sejam cotados e para os quais não
seja possível estimar com fi abilidade o seu justo valor são man-
tidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por
imparidade. Os investimentos detidos até à maturidade são
men su rados pelo custo amortizado usando o método da taxa
de juro efectiva.
/ / 31 /
vii) Instrumentos derivados
A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus
riscos fi nanceiros como forma de garantir a cobertura desses
riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o
objectivo de negociação.
Os instrumentos derivados utilizados pela Empresa e defi nidos
como instrumentos de cobertura de fl uxos de caixa respeitam
a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos
obtidos, de taxa de câmbio, bem como de cobertura do preço
da pasta de papel. Os indexantes, as convenções de cálculo, as
datas de refi xação das taxas de juro e os planos de reembolso
dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo
idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos
subjacentes contratados, pelo que confi guram relações per fei-
tas de cobertura. Os índices de preços, aos quais estão inde-
xados os contratos de futuros de cobertura do preço da pasta
de papel, são os mais utilizados pelas empresas do Grupo
como referencial do preço de venda da sua pasta de papel.
Os critérios utilizados pela Empresa para classifi car os ins tru-
mentos derivados como instrumentos de cobertura de fl uxos
de caixa são os seguintes:
• a cobertura seja altamente efi caz ao conseguir a compensação
de alterações nos fl uxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
• a efi cácia da cobertura possa ser fi avelmente mensurada;
• a existência de documentação adequada sobre a transacção
a ser coberta no início da cobertura;
• a transacção objecto de cobertura seja altamente provável.
Os instrumentos de cobertura são registados pelo seu justo
valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são
reco nhecidas em capitais próprios na rubrica ‘Reservas de
co ber tura’, sendo transferidas para resultados no mesmo
pe río do em que o instrumento objecto de cobertura afecta
resultados.
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à dife ren-
ça entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo
valor actual dos fl uxos de caixa futuros estimados, descon tados à
taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective
um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada
nula por se considerar imaterial o efeito do desconto.
iv) Empréstimos e contas a pagar não correntes
Os empréstimos e as contas a pagar não correntes são regis-
tados no passivo pelo seu valor nominal deduzido dos custos
de transacção que sejam directamente atribuíveis à emissão
desses passivos. Os encargos fi nanceiros são calculados de
acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demons-
tração dos resultados do período de acordo com o princípio da
especialização dos exercícios.
Sempre que exista direito de cumprimento obrigatório de
com pensar activos e passivos e o Conselho de Administração
pretenda liquidar numa base líquida, realizar o activo e liquidar
simultaneamente o passivo, os mesmos são compen sados e
apresentados na demonstração da posição fi nanceira pelo seu
montante líquido.
v) Contas a pagar
As contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu
va lor nominal, que é substancialmente equivalente ao seu justo valor,
dado que o efeito do desconto fi nanceiro é consi derado imaterial.
vi) Caixa e equivalentes de caixa
Os montantes incluídos na rubrica ‘Caixa e equivalentes de
caixa’ correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários,
depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis
a menos de três meses, e que possam ser imediatamente
mo bilizáveis sem risco signifi cativo de alteração de valor.
Ao nível da demonstração dos fl uxos de caixa, a rubrica ‘Caixa
e equivalentes de caixa’ compreende também os desco ber tos
ban cários incluídos na rubrica do passivo corr ente ‘Emprés ti mos
bancários’.
32 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
ix) Acções próprias
As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição
como um abatimento ao capital próprio. Os ganhos e perdas
inerentes à alienação das acções próprias são registadas na rubrica
‘Outras reservas’, não afectando o resultado do exercício.
x) Letras descontadas e contas a receber cedidas
em fac toring
A Empresa desreconhece activos fi nanceiros nas suas demons-
trações fi nanceiras unicamente quando o direito contratual aos
fl uxos de caixa inerentes a tais activos já tiver expirado ou quando
o Grupo transfere substancialmente todos os ris cos e benefícios
inerentes à posse de tais activos para uma ter cei ra entidade.
Se a Empresa retiver substancialmente os riscos e benefícios
inerentes à posse de tais activos, conti nua a reconhecer nas
suas demonstrações fi nanceiras os mes mos, regis tando no
passivo na rubrica ‘Empréstimos’ a contrapartida monetária
pelos activos cedidos.
Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras des-
contadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em factoring
à data de cada demonstração da posição fi nanceira, com excepção
das operações de “factoring sem recurso” (e para as quais seja
inequívoco que são transferidos os riscos e benefícios inerentes
A determinação do justo valor destes instrumentos fi nanceiros
é efectuada com recurso a sistemas informáticos de valorização
de instrumentos derivados e teve por base a actualização, para a
data da demonstração da posição fi nanceira, dos fl uxos de caixa
futuros do leg fi xo e do leg variável do instrumento derivado.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é
descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido.
Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser
qualifi cado como instrumento de cobertura, as diferenças de
justo valor acumuladas até então, que se encontram registadas
em capital próprio na rubrica ‘Reservas de cobertura’, são
transferidas para resultados do período ou adicionadas ao
va lor contabilístico do activo a que as transacções objecto de
co ber tura deram origem e as reavaliações subsequentes são
re gis tadas directamente nas rubricas da demonstração dos
re sul tados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos
fi nanceiros ou outros contratos, os mesmos são tratados
como derivados separados nas situações em que os riscos e
características não estejam intimamente relacionados com os
con tratos de acolhimento e nas situações em que os contratos
não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos
ou perdas não realizadas registadas na demonstração dos
resultados.
Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contra tados
com o objectivo específi co de cobertura de riscos fi nan ceiros, não
se enquadram nos requisitos acima referidos para classifi cação
como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor
afectam directamente a demonstração de resul tados, nas
rubricas ‘Proveitos fi nanceiros’ e ‘Custos fi nan ceiros’.
viii) Passivos fi nanceiros e Instrumentos de capital próprio
Os passivos fi nanceiros e os instrumentos de capital próprio
são classifi cados de acordo com a substância contratual da
transacção, independentemente da forma legal que assumem.
São considerados instrumentos de capital próprio os que
evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após
dedução dos passivos, sendo registados pelo valor recebido,
líquido dos custos suportados com a sua emissão.
/ / 33 /
a estas contas a receber) são reconhecidas nas demonstrações
fi nanceiras do Grupo até ao momento do seu recebimento.
xi) Activos classifi cados como detidos para venda ou em
descontinuação
Os activos e os passivos são classifi cados como detidos para
venda ou em descontinuação, quando a sua realização se
espera efectivar não pelo uso mas pela venda. A Empresa
clas sifi ca os activos e os passivos nesta rubrica quando existe
uma elevada probabilidade da venda se realizar e os activos e
passivos estão disponíveis para venda imediata. O Conselho de
Administração encontra-se empenhado na venda dos activos e
pas sivos registados nesta rubrica e é seu entendimento que a
mesma se realizará nos próximos doze meses.
Os activos classifi cados como detidos para venda ou em
descon tinuação são valorizados ao mais baixo do seu valor
con ta bilístico à data da decisão de venda ou do seu justo valor
deduzido dos custos da venda.
m) Activos e passivos contingentes
Os passivos contingentes são defi nidos pela Empresa como
(i) obri gações que surjam de acontecimentos passados e cuja
exis tência somente será confi rmada pela ocorrência ou não de um
ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o
controlo da Empresa ou como (ii) obrigações presentes que surjam
de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque
não é provável que um fl uxo de recursos que afecte benefícios
económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quan tia
da obrigação não pode ser mensurada com sufi ciente fi abilidade.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demons-
tra ções fi nanceiras da Empresa, sendo os mesmos objecto de
divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos
afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso este
em que não são sequer objecto de divulgação.
Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de
acontecimentos passados e cuja existência somente será con fi r-
ma da pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros in-
cer tos não totalmente sob o controlo da Empresa.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações
fi nanceiras da Empresa, mas são unicamente objecto de divul-
gação quando é provável a existência de benefícios econó micos
futuros.
34 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
para a Empresa e (v) os custos incorridos ou a serem incorridos
referentes à transacção possam ser fi avelmente mensurados.
As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e
outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do
montante recebido ou a receber.
Os dividendos são reconhecidos como proveitos na demonstração
dos resultados do período em que é decidida a sua atribuição.
As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com
o princípio da especialização de exercícios, pelo qual estas são
reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do
momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre
os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas
e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e
diferimentos incluídas nas rubricas ‘Outros activos correntes’ e
‘Outros passivos correntes’.
p) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira
Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira
foram convertidos para euros utilizando as taxas de câmbio
ofi ciais vigentes à data da demonstração da posição fi nanceira.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas
pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das
transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos
ou à data da demonstração da posição fi nanceira dessas mes-
mas transacções são registadas como proveitos e custos na
de mons tração consolidada de resultados do exercício, excepto
as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor
seja registada directamente em capital próprio.
q) Eventos subsequentes
Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem
provas ou informações adicionais sobre condições que existiam
à data do balanço (adjusting events) são refl ectidos nas demons-
trações fi nanceiras. Os eventos após a data do balanço que sejam
indicativos de condições que surgiram após a data do balanço
(non adjusting events), quando materiais, são divulgados no
‘Anexo às Demonstrações Financeiras’.
n) Imposto sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base
nos resultados tributáveis da Empresa, de acordo com as regras
fi scais em vigor e considera a tributação diferida.
A Celbi é a sociedade dominante de um grupo de empresas que
são tributadas de acordo com o Regime Especial de Tributação de
Grupos de Sociedades (RETGS), de acordo com o artigo 69.º do
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da
responsabilidade de balanço e refl ectem as diferenças tem po-
rárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de
reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de
tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados
e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em
vigor ou as anunciadas para estarem em vigor à data expectável
da reversão das diferenças temporárias.
Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente
quando existem expectativas razoáveis de lucros fi scais futuros
sufi cientes para a sua utilização ou em situações em que existam
diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças
temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No fi nal de
cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos,
sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a
sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito
do exercício, excepto se resultarem de valores registados
direc tamente em capital próprio, situação em que o imposto
diferido é também registado na mesma rubrica.
o) Rédito e especialização dos exercícios
O rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na
demonstração dos resultados quando (i) são transferidos para o
comprador os riscos e vantagens signifi cativos da propriedade
dos bens; (ii) não seja mantido um envolvimento continuado
de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o
controlo efectivo dos bens vendidos; (iii) a quantia do rédito
pode ser fi avelmente mensurada; (iv) seja provável que os
bene fícios económicos associados com as transacções fl uam
/ / 35 /
r) Demonstração dos fluxos de caixa
A demonstração dos fl uxos de caixa é preparada de acordo com a
IAS 7, através do método directo. A Empresa classifi ca na rubrica ‘Caixa
e seus equivalentes’ os investimentos com vencimento a menos de três
meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignifi cante.
A demonstração dos fl uxos de caixa encontra-se classifi cada
em acti vidades operacionais (que englobam os recebimentos
de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal
e outros relacionados com a actividade operacional), de
finan ciamento (que incluem, designadamente, os pagamentos
e rece bimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de
loca ção fi nanceira e pagamento de dividendos) e de investimento
(que incluem, nomeadamente, aquisições e alienações de inves ti-
mentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos
decorrentes da compra e da venda de activos fi xos tangíveis).
s) Julgamentos e estimativas
Na preparação das demonstrações fi nanceiras anexas foram
efec tua dos juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pres-
su pos tos que afectaram as quantias relatadas de activos e passi vos,
as sim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do
exercício.
As estimativas e os pressupostos subjacentes foram deter mi na-
dos com base no melhor conhecimento existente à data de apro-
vação das demonstrações fi nanceiras dos eventos e transacções
em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou
correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos
subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação
das demonstrações fi nanceiras, não foram consideradas nes sas
estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posterior-
mente à data das demonstrações fi nanceiras serão corrigidas de
forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza
associado, os resultados reais das transacções em questão pode-
rão diferir das correspondentes estimativas.
Os principais juízos de valor e estimativas efectuadas na prepa-
ração das demonstrações fi nanceiras anexas foram os seguintes:
• vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis;
• análise de imparidade de activos tangíveis e intangíveis;
• registo de provisões e perdas por imparidade;
• cálculo da responsabilidade associada ao Fundo de Pensões;
• apuramento do justo valor dos instrumentos fi nanceiros de rivados.
t) Política de gestão de risco
A Empresa encontra-se exposta basicamente a (i) riscos de
mercado, (ii) riscos de crédito e (iii) riscos de liquidez. O principal
objectivo da gestão de risco é o de reduzir estes riscos até um
nível considerado aceitável.
Os princípios gerais da gestão de riscos são aprovados pelo Conselho
de Administração, sendo a sua implementação e acompanhamento
supervisionados pelos administradores e directores.
(i) Risco de mercado
Revestem-se de particular importância no âmbito da gestão
de risco de mercado o risco de taxa de juro, o risco de taxa de
câmbio e o risco da variabilidade nos preços de commodities.
A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus
riscos de mercado a que está exposta como forma de garantir
a sua cobertura, não sendo utilizados instrumentos derivados
com o objectivo de negociação ou especulação.
i) Risco de taxa de juro
A exposição da Empresa à taxa de juro decorre essencialmente
dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua
maioria por dívida indexada à Euribor. O objectivo da Empresa
é limitar a volatilidade dos cash fl ows e dos resultados, tendo
em conta o perfi l da sua actividade operacional através da
utilização de uma adequada combinação de dívida a taxa
fi xa e variável. A política da Empresa permite a utilização
de derivados de taxa de juro para redução da exposição às
variações da Euribor e não para fi ns especulativos.
A maior parte dos instrumentos derivados utilizados pela
Empresa na gestão do risco de taxa de juro são defi nidos
como instrumentos de cobertura de fl uxos de caixa por
confi gurarem relações perfeitas de cobertura. Os indexantes,
as convenções de cálculos, as datas de refi xação das taxas de
juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cober-
tura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições
36 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
actividade operacional corrente. Este risco é controlado através
de um sistema de recolha de informação fi nanceira e qualitativa,
prestada por entidades reconhecidas que fornecem informação
de riscos, que permitem avaliar a viabilidade dos clientes no
cumprimentos das suas obrigações, visando a redução do risco
de concessão de crédito. Os montantes apresentados na de-
mons tração da posição fi nanceira encontram-se líquidos das
perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas
que foram estimadas pela Empresa, estando portanto ao seu
justo valor.
O risco de crédito é limitado pela gestão da concentração de
riscos e uma rigorosa selecção de contrapartes bem como pela
con tratação de seguros de crédito junto de instituições especia-
lizadas e que cobrem uma parte signifi cativa do crédito concedido
em resultado da actividade desenvolvida pela Empresa.
(iii) Risco de liquidez
O principal objectivo da política de gestão de risco de liquidez
é garantir que a Empresa tem disponível, a todo o momento,
os recursos fi nanceiros necessários para fazer face às suas res-
ponsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas hon ran -
do todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se
tornam devidos, através de uma adequada gestão da maturi-
dade dos fi nanciamentos.
A Empresa prossegue assim uma política activa de refi nan-
cia mento pautada pela manutenção de um nível elevado de
recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer fa ce a
necessidades de curto prazo e pelo alongamento ou manu-
tenção da maturidade da dívida de acordo com os cash-fl ows
previstos e a capacidade de alavancagem do seu balanço.
estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados. No
entanto, existem alguns instrumentos derivados que, embora
tenham sido contratados com o objectivo de cobertura do ris-
c o de taxa de juro, não se enquadram nos requisitos acima
referidos para classifi cação como instru mentos de cobertura.
ii) Risco de taxa de câmbio
A Empresa está exposta ao risco taxa de câmbio nas transac-
ções relativas a vendas de produtos acabados em mercados
internacionais em moeda diferente do euro. Sempre que
o Conselho de Administração considere necessário, para
reduzir a volatilidade dos seus resultados à variabilidade das
taxas de câmbio, a exposição é controlada através de um
programa de compra de divisas a prazo (forwards) ou de
outros instrumentos derivados de taxa de câmbio.
O Conselho de Administração da Empresa entende que
even tuais alterações da taxa de câmbio não terão um efeito
signifi cativo sobre as suas demonstrações fi nanceiras.
iii) Risco de variabilidade nos preços de commodities
Desenvolvendo a sua actividade num sector que transacciona
commodities (pasta de papel), a Empresa encontra-se
parti cu larmente exposta a variações do seu preço, com os
corres pondentes impactos nos seus resultados. No entanto,
para gerir este risco foram celebrados contratos de cobertura
de variação de preços da pasta de papel, pelos montantes
e va lores considerados adequados às operações previstas,
ate nuan do assim a volatilidade dos seus resultados.
(ii) Risco de crédito
A Empresa está exposta ao risco de crédito no âmbito da sua
/ / 37 /
3. Alterações de PolíticasContabilísticas e Correcções de ErrosDecorrente do disposto no parágrafo 3 do artigo 4.º do Decreto-lei
n.º 158/2009 de 13 de Julho a Empresa optou por apresentar
as suas demonstrações fi nanceiras individuais em conformidade
com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (International
Financial Reporting Standards – IFRS), aplicando para o efeito
o disposto na IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das Normas
Internacionais de Relato Financeiro. A data de transição consi-
de rada para apresentação das demonstrações fi nanceiras é 1 de
Janeiro de 2009.
Os efeitos no balanço em 31 de Dezembro de 2009 da conversão
das demonstrações fi nanceiras preparadas de acordo com os
prin cípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal
(Plano Ofi cial de Contabilidade) para as Normas Internacionais
de Relativo Financeiro, são como se segue:
31-12-2009
Activo POCAjustamentos e reclassificações
de conversão para IRFSIFRS
Activos Não Correntes
Activos biológicos 508.109 - 508.109
Activos fi xos tangíveis 383.234.502 (5.409.256) 377.825.246
Activos intangíveis 145.383 247.527 392.910
Propriedades de investimento - 5.687.894 5.687.894
Investimentos em empresas subsidiárias 252.934.047 (671.547) 252.262.500
Outros activos não correntes 347.590 - 347.590
Activos por impostos diferidos 1.952.931 2.575.679 4.528.610
Total de activos não correntes 639.122.562 2.430.297 641.552.859
Activos Correntes
Inventários 16.774.600 - 16.774.600
Clientes 62.198.591 - 62.198.591
Outras dívidas de terceiros 101.224.329 (97.950.000) 3.274.329
Estado e outros entes públicos 7.699.248 - 7.699.248
Empresas do Grupo 12.502.394 100.479.763 112.982.157
Outros activos correntes 10.656.274 (9.518.705) 1.137.569
Caixa e equivalentes de caixa 71.399.246 71.399.246
Total de activos correntes 282.454.682 (6.988.942) 275.465.740
Total do Activo 921.577.243 (4.558.645) 917.018.599
38 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
A reconciliação dos capitais próprios à data de transição, 1 de Janeiro de 2009, e a 31 de Dezembro de 2009 de acordo com o Plano
Ofi cial de Contabilidade e apresentados de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro é como se segue:
31-12-2009
Capital Próprio e Passivo POCAjustamentos e reclassificações
de conversão para IRFSIFRS
Capital Próprio
Capital social 77.500.000 - 77.500.000
Reserva legal 16.100.235 - 16.100.235
Outras reservas 138.637.667 (7.143.864) 131.493.803
Resultado líquido do exercício 151.462 - 151.462
Total do Capital Próprio 232.389.364 (7.143.864) 225.245.500
Passivo
PASSIVO NÃO CORRENTE
Outros empréstimos 598.898.250 (6.485.476) 592.412.774
Passivos por impostos diferidos 183.278 - 183.278
Provisões 1.214.322 - 1.214.322
Total de passivo não corrente 600.295.850 (6.485.476) 593.810.374
PASSIVO CORRENTE
Empréstimos bancários 11.100.776 - 11.100.776
Outros empréstimos 35.000.000 (648.848) 34.351.153
Fornecedores 20.273.774 - 20.273.774
Empresas do Grupo 2.291.719 - 2.291.719
Outras dívidas a terceiros 11.184.451 - 11.184.451
Estado e outros entes públicos 655.511 - 655.511
Outros passivos correntes 8.385.798 - 8.385.798
Instrumentos fi nanceiros derivados - 9.719.543 9.719.543
Total de passivo corrente 88.892.029 9.070.696 97.962.725
Total do Passivo 689.187.879 2.585.220 691.773.099
Total do Capital Próprio e do Passivo 921.577.243 (4.558.645) 917.018.599
01-01-2009 31-12-2009
Capitais Próprios de acordo com o POC 232.237.902 232.389.364
Registo de instrumentos fi nanceiros derivados 9.221.850 (7.143.864)
Capitais próprios de acordo com as IFRS 241.459.752 225.245.500
/ / 39 /
Os efeitos na demonstração de resultados do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2009 preparada de acordo com o POC da sua
conversão para as Normas Internacionais de Relato Financeiro, são como se segue:
31-12-2009
POCAjustamentos e reclassificações de
conversão para IFRSIFRS
Vendas 138.943.636 18.949.586 157.893.222
Prestações de serviços 904.640 995.000 1.899.640
Outros proveitos 31.062.543 (13.765.671) 17.296.872
Custo das vendas (82.784.518) - (82.784.518)
Fornecimento de serviços externos (51.991.108) - (51.991.108)
Custos com o pessoal (14.129.740) - (14.129.740)
Amortizações e depreciações (20.346.046) - (20.346.046)
Provisões e perdas por imparidade 91.675 2.548.507 2.640.182
Outros custos (1.485.235) (147.219) (1.632.454)
Custos fi nanceiros (15.899.708) 505.722 (15.393.986)
Proveitos fi nanceiros 11.313.221 (4.674.217) 6.639.004
Resultados extraordinários 4.411.708 (4.411.708) -
Resultado antes de impostos 91.068 - 91.068
Impostos sobre o rendimento 60.394 - 60.394
Resultado depois de impostos 151.462 - 151.462
As principais alterações e aspectos relevantes para um melhor
entendimento do processo de transição para as IFRS efectuado
pela Empresa podem ser resumidos como se segue:
Registo de instrumentos fi nanceiros derivadosNas demonstrações fi nanceiras de acordo com as IFRS foi regis-
tado o justo valor dos instrumentos fi nanceiros derivados, sendo
este o único ajustamento de conversão com impacto patrimonial.
ImobilizadoForam reclassifi cados como activos intangíveis um conjunto de
activos que se encontravam anteriormente classifi cados como
activos fi xos tangíveis, essencialmente relativos a software.
Propriedades de investimentoA Empresa tem um conjunto de terrenos e edifícios que se encontram
arrendados a outras empresas do Grupo Altri, os quais de acordo
com o POC, estavam classifi cados na ru bri ca ‘Imo bilizado’ e que no
processo de conversão das demons tra ções fi nanceiras para as IFRS
foram reclassifi cados para a rubrica ‘Propriedades de investimento’.
Empréstimos concedidos a empresas do GrupoNo processo de conversão das demonstrações fi nanceiras do
POC para IFRS, os empréstimos concedidos a empresas do Grupo
que estavam classifi cados como ‘Outras dívidas de terceiros’
fo ram reclassifi cados para a rubrica ‘Empresas do Grupo’.
Classifi cação de custos e proveitosDurante o processo de adopção das IFRS por parte da Celbi foi neces-
sário proceder à reclassifi cação de um conjunto de custos e proveitos
para fazer face às disposições previstas nos IFRS, no mea damente:
• custos e proveitos extraordinários, os quais não estão previstos
nas IFRS;
• algumas rubricas classificadas de acordo com o POC em
‘Resul ta dos finan ceiros’, e que foram reclassificados para
‘Re sul tados ope ra cio nais’, como sejam, descontos de pronto
pa ga mento con ce didos e obti dos e ganhos ou perdas com
instrumentos derivados de taxa de câmbio;
• proveitos relativos à venda de energia, os quais, de acordo com
o POC, estavam classifi cados na rubrica ‘Proveitos suple men-
tares’, mas que na preparação das demonstrações fi nanceiras,
de acordo com as IFRS, estão classifi cados na rubrica ‘Vendas’.
Durante o exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010 não
fo ram corrigidos erros materiais relativos a exercícios anteriores.
40 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
4. Activos Fixos TangíveisDurante os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o movimento ocorrido no valor dos activos fi xos tangíveis, bem
como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade acumulada foi o seguinte:
2010
Activo Bruto
Terrenos e recursos
naturaisEdifícios e outras
construçõesEquipamento
básicoEquipamento de transporte
Saldo inicial 10.679.838 66.515.910 456.264.863 814.727
Aumentos 280.144 1.935 10.819.334 20.597
Alienações - (304.075) (1.807.817) (21.368)
Transferências e abates 49.440 - 181.401.182 -
Saldo fi nal 11.009.422 66.213.770 646.677.562 813.955
Amortizações Acumuladas
Saldo inicial 5.551.752 57.244.518 276.587.821 788.065
Aumentos 370.863 785.898 31.008.948 20.211
Alienações - (292.702) (1.769.377) (21.368)
Transferências e abates - - (794.202) -
Saldo fi nal 5.922.615 57.737.714 305.033.190 786.908
5.086.807 8.476.056 341.644.371 27.047
2009
Activo Bruto
Terrenos e recursos
naturaisEdifícios e outras
construçõesEquipamento
básicoEquipamento de transporte
Saldo inicial 7.312.094 63.476.577 371.729.753 820.727
Aumentos 1.798.067 2.143.977 11.477.545 -
Alienações - (171.036) (86.544.342) (6.000)
Transferências e abates 1.569.677 1.066.392 159.601.907 -
Saldo fi nal 10.679.838 66.515.910 456.264.863 814.727
Amortizações Acumuladas
Saldo inicial 5.195.624 56.567.557 344.806.642 779.003
Aumentos 356.128 835.064 18.208.008 15.062
Alienações - (158.103) (86.426.829) (6.000)
Tranferências e abates - - - -
Saldo fi nal 5.551.752 57.244.518 276.587.821 788.065
5.128.087 9.271.392 179.677.042 26.661
/ / 41 /
2010
Equipamento administrativo
Outros activos fixos tangíveis
Activos fixos tangíveis em curso
Adiantamentos por conta de activos fixos
Total
1.513.577 9.318.299 179.921.071 2.874.902 727.903.186
233.743 193.603 8.334.187 - 19.883.542
- (78.086) - - (2.211.346)
2.557.169 (1.728.448) (179.773.657) (2.505.686) -
4.304.489 7.705.367 8.481.601 369.216 745.575.383
974.438 8.931.346 350.077.940
303.155 151.557 32.640.632
- (78.084) (2.161.531)
2.524.049 (1.729.847) -
3.801.642 7.274.972 380.557.041
502.847 430.396 8.481.601 369.216 365.018.342
2009
Equipamento administrativo
Outros activos fixos tangíveis
Activos fixos tangíveis em curso
Adiantamentos por conta de activos fixos
Total
1.300.227 10.532.680 276.464.910 2.901.152 734.538.118
107.693 63.173 65.902.693 - 81.493.147
(340.849) (1.290.388) - - (88.352.615)
446.507 12.834 (162.446.532) (26.250) 224.535
1.513.577 9.318.299 179.921.071 2.874.902 727.903.186
943.415 10.077.771 418.370.012
403.971 143.963 19.962.195
(372.948) (1.290.388) (88.254.267)
- - -
974.438 8.931.346 350.077.940
539.140 386.952 179.921.071 2.874.902 377.825.246
42 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
Em 31 de Dezembro de 2010, os principais montantes incluídos
na rubrica ‘Activos fi xos tangíveis em curso’ dizem respeito a
encargos incorridos com o projecto de renovação do silo de
aparas.
5. Activos IntangíveisDurante os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e
2009, o movimento ocorrido no valor dos activos intangíveis,
bem como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade
acumuladas foi o seguinte:
Em 31 de Dezembro de 2009, encontrava-se em curso a insta-
lação do equipamento relativo à caldeira de recuperação para a
produção de energia, relacionado com o projecto de aumento
da capacidade produtiva, projecto que foi concluído durante o
exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010, tendo então sido
transferido para imobilizado fi rme.
A parte mais signifi cativa dos montantes incluídos na linha ‘Alie-
nações’ relativa ao exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2009,
corresponde à alienação de parte do antigo equipamento usado
pela Empresa na sua actividade produtiva, entretanto substituído no
âmbito do processo de aumento da capacidade produtiva.
2010
Imobilizado Bruto
SoftwareActivos fixos
intangíveis em cursoTotal
Saldo inicial 5.310.758 - 5.310.758
Aumentos 115.657 - 115.657
Alienações - - -
Transferências e abates - - -
Saldo fi nal 5.426.415 - 5.426.415
Amortizações Acumuladas
Software Total
Saldo inicial 4.917.848 4.917.848
Aumentos 288.150 288.150
Alienações - -
Transferências e abates -
Saldo fi nal 5.205.998 5.205.998
220.417 220.417
/ / 43 /
2009
Imobilizado Bruto
SoftwareActivos fixos intangíveis
em cursoTotal
Saldo inicial 4.885.186 224.535 5.109.721
Aumentos 201.037 - 201.037
Alienações - - -
Transferências e abates 224.535 (224.535) -
Saldo fi nal 5.310.758 - 5.310.758
Amortizações Acumuladas
Software Total
Saldo inicial 4.661.936 4.661.936
Aumentos 255.912 255.912
Alienações - -
Transferências e abates - -
Saldo fi nal 4.917.848 4.917.848
392.910 392.910
44 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
7. Investimentos em Empresas SubsidiáriasEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as empresas do Grupo eram as seguintes:
6. Propriedades de InvestimentoO montante registado em ‘Propriedades de investimento’ em
31 de Dezembro de 2010 e 2009 é referente essencialmente a
terrenos e edifícios arrendados a uma empresa do Grupo.
2010
Activo Bruto
Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo fi nal
11.143.029 66.909 (215.730) - 10.994.208
Amortizações Acumuladas
Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo fi nal
5.455.135 128.039 (68.807) - 5.514.367
5.687.894 5.479.841
2009
Activo Bruto
Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo fi nal
11.153.569 - (10.540) - 11.143.029
Amortizações Acumuladas
Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo fi nal
5.327.196 127.939 - - 5.455.135
5.826.373 5.687.894
O Conselho de Administração entende que o justo valor das pro prie-
dades de investimento é superior ao seu valor líquido contabilístico.
Os movimentos da rubrica ‘Propriedades de investimento’
du ran te os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e
2009 foram como se segue:
31-12-2010 31-12-2009
Empresa SedeCusto de aquisição
Percentagem de detenção
Capital próprio
Resultado líquido
Capital próprio
Resultado líquido
Invescaima - Investimentos e Participações SGPS, S.A.
Lisboa 252.238.500 100% 165.935.863 (1.115.809) 167.051.672 (1.290.160)
Celbinave - Tráfego e Estiva, SGPS, Unipessoal, Lda.
Figueira da Foz
9.000 100% 344.265 54.731 264.123 24.055
Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda.
Óbidos 15.000 100% 318.854 128.297 215.968 (55.530)
252.262.500
/ / 45 /
de Grupos de Sociedades (RETGS), sendo que cada uma das
socie dades abrangidas por este regime regista o imposto sobre
o rendimento nas suas contas individuais por contrapartida da
rubrica ‘Empresas do Grupo’. Nos casos em que as fi liais contri -
buem com prejuízos é registado, nas contas individuais, o mon-
tante de imposto correspondente aos prejuízos que vierem a ser
compensados pelos lucros das demais sociedades abrangidas por
este regime.
De acordo com a legislação em vigor, a Celbi utiliza uma taxa de
impostos diferidos de 26,5%, nos casos em que incide derrama
de 1,5%, excepto no que respeita a activos por impostos dife ri-
dos resultantes de prejuízos fi scais reportáveis, situação em que
é utilizada uma taxa de 25%.
Adicionalmente e de acordo com a legislação em vigor, a derrama
estadual corresponde à aplicação de uma taxa adicional de 2,5%
sobre a parte do lucro tributável superior a 2 000 000 euros.
Os impostos sobre o rendimento reconhecidos na demonstração
dos resultados dos exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010
e 2009 podem ser detalhados como se segue:
8. Impostos Correntes e DiferidosDe acordo com a legislação em vigor, as declarações fi scais
estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades
fi scais durante um período de quatro anos (cinco anos para a
Segurança Social), excepto quando tenham existido prejuízos
fi scais, tenham sido concedidos benefícios fi scais ou estejam em
curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em
que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou
suspensos. Deste modo, as declarações fi scais da Empresa desde
2007 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão.
A Administração da Empresa entende que as eventuais correc-
ções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades
fi scais àquelas declarações fi scais não terão um efeito signifi cativo
nas demonstrações fi nanceiras em 31 de Dezembro de 2010 e 2009.
Nos termos do artigo 81.º do Código do Imposto sobre o Rendi-
mento das Pessoas Colectivas, a Empresa encontra-se sujeita
adi cio nalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de
encargos às taxas previstas no artigo mencionado.
A Empresa é a sociedade dominante de um grupo de empresas
que se encontra abrangido pelo Regime Especial de Tributação
31-12-2010 31-12-2009
Imposto corrente 9.612.068 27.042
Imposto diferido 713.496 (87.436)
10.325.564 (60.394)
31-12-2010 31-12-2009
Resultado antes de imposto 50.250.803 91.068
Taxa de imposto (incluindo taxa máxima e derrama) 26,50% 26,50%
13.316.463 24.133
Diferença entre mais e menos valias fi scais e contabilísticas (133.445) (129.401)
Benefícios fi scais (5.069.720) (27.375)
Tributação autónoma 101.703 27.043
Derrama estadual 1.206.658 -
Outros efeitos 903.906 45.206
Imposto sobre o rendimento 10.325.564 (60.394)
A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do exercício é como se segue:
A linha ‘Benefícios fi scais’ em 31 de Dezembro de 2010 diz respeito
sobretudo à utilização de parte do crédito de imposto atribuído pelo Estado Português no âmbito do incentivo global ao investimento da
Celbi no aumento da sua capacidade produtiva (Nota 34).
46 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos dife ridos nos exercícios fi ndos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 foi
como se segue:
O detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, de acordo com as diferenças temporárias
que os geraram, é como se segue:
2010
Activos por
impostos diferidosPassivos por
impostos diferidos
Saldo em 01-01-2010 4.528.610 183.278
Efeitos na demonstração dos resultados
Aumento/(Utilização) de prejuízos fi scais reportáveis (755.148) -
Aumento/(Redução) de provisões não aceites para efeitos fi scais 15.726 -
Outros efeitos - (25.927)
Total de efeitos na demonstração dos resultados (739.422) (25.927)
Efeitos em capitais próprios
Justo valor de instrumentos derivados (Nota 23) 1.269.311 -
Saldo em 31-12-2010 5.058.499 157.351
2009
Activos por
impostos diferidosPassivos por
impostos diferidos
Saldo em 01-01-2009 1.892.279 3.534.947
Efeitos na demonstração dos resultados
Aumento/(Utilização) de prejuízos fi scais reportáveis 755.148 -
Aumento/(Redução) de provisões não aceites para efeitos fi scais (694.496) -
Outros efeitos - (26.784)
Total de efeitos na demonstração dos resultados 60.652 (26.784)
Efeitos em capitais próprios
Justo valor de instrumentos derivados (Nota 23) 2.575.679 (3.324.885)
Saldo em 31-12-2009 4.528.610 183.278
31-12-2010 31-12-2009
Activos por
impostos diferidosPassivos por
impostos diferidosActivos por
impostos diferidosPassivos por
impostos diferidos
Provisões e perdas por imparidade de activos não aceites fi scalmente
1.213.509 - 1.197.783 -
Prejuízos fi scais reportáveis - - 755.148 -
Justo valor dos instrumentos derivados 3.844.990 - 2.575.679 -
Outros - 157.351 - 183.278
5.058.499 157.351 4.528.610 183.278
/ / 47 /
9. Inventários e Activos BiológicosEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o montante registado na rubrica ‘Activos biológicos’ corresponde às fl orestas e aos encargos
incorridos com as plantações efectuadas pela Empresa, podendo o seu valor ser detalhado como se segue:
31-12-2010 31-12-2009
Valor bruto 445.750 599.771
Perdas de imparidade acumuladas em activos biológicos (Nota 18) (91.662) (91.662)
354.088 508.109
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o montante registado na rubrica ‘Inventários’ pode ser detalhado como se segue:
31-12-2010 31-12-2009
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 23.298.970 11.331.057
Produtos e trabalhos em curso 219.070 246.605
Produtos acabados e intermédios 9.368.054 7.721.938
32.886.094 19.299.600
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 18) (2.525.000) (2.525.000)
30.361.094 16.774.600
Em 31 de Dezembro de 2010, existiam fora da Empresa as seguintes existências:
31-12-2010 31-12-2009
Em portos comunitários 3.846.883 849.458
À guarda de terceiros 1.710.800 2.322.864
5.557.683 3.172.322
Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, não existiam à guarda da Empresa, existências cuja propriedade fosse de terceiros.
O custo das vendas do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010 ascendeu a 134 574 162 euros e foi apurado como se segue:
Matérias-primas,
subsidiárias e de consumo
Produtos acabados e intermédios
Produtos e trabalhos em curso
Total
Saldo inicial 11.331.057 7.721.938 846.376 19.899.371
Compras 147.953.376 - - 147.953.376
Regularização de existências 60.462 (7.202) - 53.260
Existências fi nais (23.298.970) (9.368.054) (664.820) (33.331.844)
136.045.925 (1.653.318) 181.556 134.574.162
48 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
10. Classe de Instrumentos FinanceirosOs instrumentos fi nanceiros, de acordo com as políticas descritas na Nota 2, foram classifi cados como se segue:
Matérias-primas,
subsidiárias e de consumo
Produtos acabados e intermédios
Produtos e trabalhos em curso
Total
Saldo inicial 23.672.001 10.021.333 988.636 34.681.971
Compras 68.048.642 - - 68.048.642
Regularização de existências 1.751 (48.475) - (46.724)
Existências fi nais (11.331.057) (7.721.938) (846.376) (19.899.371)
80.391.337 2.250.920 142.261 82.784.518
O custo das vendas do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2009 ascendeu a 82 784 518 euros e foi apurado como se segue:
31-12-2010
Activos Financeiros Notas Activos financeiros
Activos correntes
Clientes 11 90.901.271
Outras dívidas de terceiros 12 2.675.376
Empresas do Grupo 27 132.564.506
Caixa e equivalentes de caixa 15 102.672.862
328.814.015
31-12-2009
Notas Activos financeiros
Activos correntes
Clientes 11 62.198.591
Outras dívidas de terceiros 12 3.274.329
Empresas do Grupo 27 112.982.157
Caixa e equivalentes de caixa 15 71.399.246
249.854.323
/ / 49 /
Instrumentos fi nanceiros reconhecidos a justo valorO quadro seguinte detalha os instrumentos fi nanceiros que são mensurados a justo valor após o reconhecimento inicial, agru pados em
3 níveis de acordo com a possibilidade de observar no mercado o seu justo valor:
Nível 1: o justo valor é determinado com base em preços de mercado activo;
Nível 2: o justo valor é determinado com base em técnicas de avaliação. Os principais inputs dos modelos de avaliação são observáveis no
mercado;
Nível 3: o justo valor é determinado com base em modelos de avaliação, cujos principais inputs não são observáveis no mercado.
Passivos Financeiros Notas 31-12-2010
Passivos financeiros Derivados Total
Passivos não correntes
Outros empréstimos 17 532.744.337 - 532.744.337
532.744.337 - 532.744.337
Passivos correntes
Outros empréstimos 17 70.805.621 - 70.805.621
Fornecedores 20 53.624.938 - 53.624.938
Empresas do Grupo 27 3.318.725 - 3.318.725
Outras dívidas a terceiros 21 10.478.404 - 10.478.404
Instrumentos fi nanceiros derivados 23 - 14.509.396 14.509.396
138.227.688 14.509.396 152.737.084
670.972.025 14.509.396 685.481.421
Passivos Financeiros Notas 31-12-2009
Passivos financeiros Derivados Subtotal
Passivos não correntes
Outros empréstimos 17 592.412.774 - 592.412.774
592.412.774 - 592.412.774
Passivos correntes
Empréstimos bancários 17 11.100.776 - 11.100.776
Outros empréstimos 17 34.351.153 - 34.351.153
Fornecedores 20 20.273.774 - 20.273.774
Empresas do Grupo 27 2.291.719 - 2.291.719
Outras dívidas a terceiros 21 11.184.451 - 11.184.451
Instrumentos fi nanceiros derivados 23 - 9.719.543 9.719.543
79.201.873 9.719.543 88.921.416
671.614.647 9.719.543 681.334.190
31-12-2010 31-12-2009
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3
Passivos fi nanceiros mensurados a justo valor
Derivados (Nota 23) - 14.509.396 - - 9.719.543 -
50 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
A exposição da Celbi ao risco de crédito é atribuível antes de mais
às contas a receber da sua actividade operacional. Os montantes
apresentados na demonstração da posição fi nanceira encontram-
-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças
duvidosas que foram estimadas pela Empresa, de acordo com a
sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e
envolventes económicas. O Conselho de Administração entende
11. ClientesEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica tinha a seguinte composição:
31-12-2010 31-12-2009
Clientes, conta corrente 90.901.271 62.198.591
Clientes de cobrança duvidosa 351.066 311.269
91.252.337 62.509.860
Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 18) (351.066) (311.269)
90.901.271 62.198.591
A Empresa contratou seguros de crédito para cobrir o risco de incobrabilidade de partes destas contas a receber como se segue:
31-12-2010 31-12-2009
Não Vencido 51.644.830 26.851.551
Vencido mas sem registo de imparidade
0 - 30 dias 3.604.765 4.113.720
30 - 90 dias 1.218.412 1.237.101
+ 90 dias 34.433.264 29.996.219
39.256.441 35.347.040
Total 90.901.271 62.198.591
31-12-2010 31-12-2009
Com seguro de crédito 42.661.413 19.074.701
Sem seguro de crédito 48.590.924 43.435.159
91.252.337 62.509.860
Os saldos com mais de 90 dias, a 31 de Dezembro de 2010 e
2009 dizem respeito essencialmente a saldos com empresas do
Grupo (Nota 27).
A Celbi não cobra quaisquer encargos de juros enquanto os
prazos de pagamento defi nidos (em média 60 dias) estejam a
ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que
que os valores contabilísticos das contas a receber aproximam-se
do seu justo valor, uma vez que as mesmas não vencem juros e o
efeito de desconto é considerado imaterial.
Em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a antiguidade do valor
líquido do saldo de clientes pode ser analisada como se segue:
estiverem defi nidos contratualmente e de acordo com a lei em
vigor e aplicável a cada situação, o que tenderá a ocorrer só em
situações extremas.
/ / 51 /
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica ‘Outros deve-
dores’ corresponde principalmente a contas a receber relativas a
imposto sobre o valor acrescentado de países estrangeiros.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a antiguidade do valor
líqui do dos saldos de ‘Outras dívidas de terceiros’ encontra-se na
totalidade não vencido.
12. Outras Dívidas de TerceirosNos exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica ‘Outras dívidas de terceiros’ era composta como se segue:
31-12-2010 31-12-2009
Adiantamentos a fornecedores 422.995 16.091
Outros devedores 3.095.482 4.101.339
3.518.477 4.117.430
Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 18) (843.101) (843.101)
2.675.376 3.274.329
Os devedores que não estão vencidos não apresentam qualquer
sinal de imparidade. O valor contabilístico dos activos líquidos de
imparidade é considerado como estando próximo do seu justo
valor, sendo imaterial o efeito do seu desconto fi nanceiro.
13. Estado e Outros Entes PúblicosEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009 estas rubricas do activo e do passivo tinham a seguinte composição:
31-12-2010 31-12-2009
Valores devedores
Retenções na fonte 467.270 827.976
Imposto sobre o valor acrescentado 3.410.051 6.871.272
3.877.321 7.699.248
Valores credores
Imposto sobre o rendimento (11.030.256) (237.717)
Retenção na Fonte - IRS trabalho dependente (306.531) (195.637)
Contribuições para a Segurança Social (229.557) (222.152)
Outros - (5)
(11.566.344) (655.511)
14. Outros Activos CorrentesO detalhe dos ‘Outros activos correntes’ em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é como se segue:
31-12-2010 31-12-2009
Rendas e alugueres pagos antecipadamente 108.964 117.934
Seguros pagos antecipadamente 525.180 563.517
Outros custos pagos antecipadamente 113.187 146.912
Proveitos a facturar 824.914 309.206
1.572.245 1.137.569
15. Caixa e Equivalentes de CaixaEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o detalhe da rubrica ‘Caixa e equivalentes de caixa’ era como se segue:
31-12-2010 31-12-2009
Caixa 6.998 6.998
Depósitos bancários 102.665.864 71.392.248
Caixa e equivalentes 102.672.862 71.399.246
/ / 53 /
Reserva legalA legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do
resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da ‘Reserva
legal’ até que esta represente pelo menos 20% do capital social.
Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação da
Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de
esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.
Outras reservasEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica ‘Outras reser vas’
tinha a seguinte composição:
16. Capital Social e Reservas
Capital socialEm 31 de Dezembro de 2010, o capital social da Empresa encon-
trava-se totalmente subscrito e realizado e era composto por
15 500 000 acções com o valor nominal de cinco euros cada acção.
Em 31 de Dezembro de 2010, a Altri – Participaciones y Trading,
S.L. (Nota 1) deté m 99,96% das acções representativas do capital
social da Empresa e de 100% dos respectivos direitos de voto.
Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2010 a Empresa detém
6 712 acções próprias.
31-12-2010 31-12-2009
Reservas de cobertura (10.664.405) (7.143.864)
Outras reservas e resultados transitados 138.789.129 138.637.667
128.124.724 131.493.803
A rubrica ‘Reservas de cobertura’ diz respeito ao justo valor
dos instrumentos fi nanceiros derivados classifi cados como de
cobertura de fl uxos de caixa na componente efi caz de cobertura,
liquido do respectivo efeito fi scal (Nota 23).
54 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
As despesas incorridas com a montagem de empréstimos fo-
ram deduzidas ao seu valor nominal, encontrando-se estas a
ser reconhecidas como juro ao longo do período de vida dos
empréstimos (Nota 31).
Papel comercialA rubrica ‘Papel comercial’ corresponde a três programas de
papel comercial. O primeiro programa no montante nominal
máximo até 180 000 000 euros tem um prazo máximo de oito
anos a contar da respectiva data de assinatura, datado do ano
2007 e em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 encontrava-se
totalmente utilizado. O segundo programa de papel comercial
17. Empréstimos Bancários e Outros EmpréstimosEm 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, o deta lhe das rubricas ‘Empréstimos bancários’ e ‘Outros emprés timos’ é
como se segue:
2010
Valor nominal Valor contabilístico
Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total
Papel comercial 71.000.000 144.000.000 215.000.000 70.805.621 143.705.160 214.510.781
Empréstimos obrigacionistas - 375.000.000 375.000.000 - 369.930.527 369.930.527
Outros empréstimos - 19.108.650 19.108.650 - 19.108.650 19.108.650
Outros empréstimos 71.000.000 538.108.650 609.108.650 70.805.621 532.744.337 603.549.958
2009
Valor nominal Valor contabilístico
Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total
Empréstimos bancários 11.100.776 - 11.100.776 11.100.776 - 11.100.776
Empréstimos bancários 11.100.776 - 11.100.776 11.100.776 - 11.100.776
Papel comercial 35.000.000 180.000.000 215.000.000 34.351.153 179.641.980 213.993.133
Empréstimos obrigacionistas - 375.000.000 375.000.000 - 368.872.544 368.872.544
Outros empréstimos - 43.898.250 43.898.250 - 43.898.250 43.898.250
Outros empréstimos 35.000.000 598.898.250 633.898.250 34.351.153 592.412.774 626.763.927
46.100.776 598.898.250 644.999.026 45.451.929 592.412.774 637.864.703
no montante nominal máximo de 20 000 000 euros tem um
prazo máximo de cinco anos a contar da data de assinatura,
ou seja, 8 de Abril de 2013. Por último, um terceiro programa
com o montante máximo de 15 000 000 euros, com um prazo
máximo de três anos a contar da data de assinatura do contrato,
ou seja, 21 de Outubro de 2011, com as mesmas condições de
denúncia acima mencionadas, sendo que os montantes totais
utilizados em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 ascendiam a
215 000 000 euros. Em 31 de Dezembro de 2010 o montante
de 71 000 000 euros está classifi cado como dívida corrente ou
porque será reembolsado em 2011 ou porque, de acordo com
as condições contratuais em vigor, ambas as partes têm o direito
/ / 55 /
projecto de expansão da capacidade produtiva da Celbi. Até ao
fi nal do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010 a Celbi
recebeu o montante de 43 898 250 euros referente ao incentivo
reembolsável. O Conselho de Administração considera que o
prémio de realização referente ao exercício de 2010, tendo em
conta objectivos já atingidos, será atribuído de acordo com o
contratado pelo que o montante de 24 789 600 euros foi trans-
ferido para as rubricas ‘Outros passivos correntes’ e ‘Outros
passivos não correntes’ (Notas 19, 22 e 34).
Em 31 de Dezembro de 2010 existem contas correntes caucio-
nadas contratadas pela Empresa não utilizadas no montante de
aproximadamente 67,5 milhões de euros.
Análise de sensibilidade a variações da taxa de juroNos exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a
sensibilidade da Empresa a alterações no indexante da taxa de
juro de mais ou menos um ponto percentual, medida como a
variação nos resultados fi nanceiros, pode ser analisada como
segue, não considerando o efeito de cobertura dos instrumentos
fi nanceiros derivados (Nota 23).
a denunciar o contrato desde que comuniquem a sua intenção
mediante um pré-aviso de 30 dias relativamente à data indicada
para a denúncia.
Empréstimos obrigacionistasA Celbi em Fevereiro de 2007 procedeu à emissão de um em-
préstimo obrigacionista no montante de 300 000 000 euros. As
obrigações têm o prazo de oito anos, sendo o seu vencimento
em 2015. Em Janeiro e Fevereiro de 2008 emitiu dois novos
empréstimos obrigacionistas no montante de 50 000 000 euros
e 25 000 000 euros respectivamente e ambos os empréstimos
têm o prazo de 10 anos e o seu vencimento em 2018. Os juros
são semestrais e postecipados a partir da data de subscrição, a
uma taxa igual à Euribor a 6 meses adicionada de spread.
Outros empréstimos Em Janeiro de 2007 a Celbi assinou um contrato de concessão
de incentivos fi nanceiros e fi scais ao abrigo do Decreto-lei n.º
203/2003, de 10 de Setembro, com a Agência para o Inves-
timento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo
o Estado Português considerado de interesse nacional (PIN) este
31-12-2010 31-12-2009
Juros suportados (Nota 31) 10.567.776 11.844.199
Diminuição de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à totalidade do endividamento (6.091.087) (6.449.990)
Aumento de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à totalidade do endividamento 6.091.087 6.449.990
A análise de sensibilidade acima foi calculada com base na expo-
sição à taxa de juro existente à data de balanço. Para esta análise
foi tido como pressuposto base que a estrutura de fi nanciamento
(activos e passivos remunerados) se manteve estável ao longo do
ano e semelhante à apresentada em 31 de Dezem bro de 2010
e 2009.
56 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
18. Provisões e Perdas de ImparidadeO movimento verifi cado nas provisões e perdas de imparidade durante os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 pode
ser detalhado como se segue:
O prazo de reembolso dos empréstimos bancários e dos outros empréstimos é como segue:
31-12-2010
2011 2012 2013 2014 >2015 Total
Papel comercial 71.000.000 36.000.000 36.000.000 36.000.000 36.000.000 215.000.000
Empréstimos obrigacionistas - - - - 375.000.000 375.000.000
Outros empréstimos - 1.420.149 5.896.167 5.896.167 5.896.167 19.108.650
Total 71.000.000 37.420.149 41.896.167 41.896.167 416.896.167 609.108.650
31-12-2009
2010 2011 2012 2013 >2014 Total
Empréstimos bancários 11.100.776 - - - - 11.100.776
Papel comercial 35.000.000 36.000.000 36.000.000 36.000.000 72.000.000 215.000.000
Empréstimos obrigacionistas - - - - 375.000.000 375.000.000
Outros empréstimos - 3.262.503 13.545.249 13.545.249 13.545.249 43.898.250
Total 46.100.776 39.262.503 49.545.249 49.545.249 460.545.249 644.999.026
31-12-2010
ProvisõesPerdas de imparidade
em contas a receber(Notas 11 e 12)
Perdas de imparidade em inventários e activos
biológicos (Nota 9)Total
Saldo inicial 1.214.322 1.154.370 2.616.662 4.985.353
Aumentos 59.341 93.821 - 153.162
Utilizações/Reversões - (54.024) - (54.024)
Transferências - - - -
Saldo final 1.273.663 1.194.167 2.616.662 5.084.492
31-12-2009
ProvisõesPerdas de imparidade
em contas a receber(Notas 11 e 12)
Perdas de imparidade em inventários e activos
biológicos (Nota 9)Total
Saldo inicial 3.514.421 1.179.452 2.931.662 7.625.535
Aumentos 248.408 21.227 285.000 554.635
Transferências - - - -
Utilizações/Reversões (2.548.508) (46.310) (600.000) (3.194.817)
Saldo final 1.214.322 1.154.370 2.616.662 4.985.353
Os aumentos de provisões e de perdas de imparidade líquidas das
uti lizações/reversões verifi cados nos exercícios fi ndos em 31 de De-
zem bro de 2010 e 2009 foram registados por contrapartida da rubrica
‘Provisões e perdas por imparidade’ da demonstração dos resultados.
O valor registado na rubrica ‘Provisões’ em 31 de Dezembro de
2010 e 2009 corresponde à melhor estimativa da Administração
para fazer face à totalidade das perdas a incorrer com riscos
gerais da actividade da Empresa.
/ / 57 /
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica ‘Fornecedores’
respeitava a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes
do curso normal das actividades da Celbi.
19. Outros Passivos não CorrentesA rubrica ‘Outros passivos não correntes’ em 31 de Dezembro de
2010 no montante de 19 467 948 euros corresponde às parcelas
de subsídio ao investimento a reconhecer como proveito no
médio e longo prazo (Notas 17, 22 e 34).
A Pagar
31-12-2010 0-90 dias 90-180 dias >180 dias
Fornecedores, conta corrente 46.751.539 46.751.539 - -
Fornecedores, facturas em recepção e conferência 6.873.399 6.873.399 - -
53.624.938 53.624.938 - -
A Pagar
31-12-2009 0-90 dias 90-180 dias >180 dias
Fornecedores, conta corrente 15.252.517 15.252.517 - -
Fornecedores, facturas em recepção e conferência 5.021.257 5.021.257 - -
20.273.774 20.273.774 - -
O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico
destas dívidas é aproximado ao seu justo valor.
20. FornecedoresEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tinha a seguin te
composição:
58 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
22. Outros Passivos CorrentesEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica ‘Outros passivos correntes’ pode ser detalhada como se segue:
31-12-2010 31-12-2009
Encargos a liquidar
Remunerações a liquidar (2.205.517) (1.907.659)
Juros a liquidar (4.714.770) (3.062.323)
Outros encargos a liquidar (2.662.559) (1.946.059)
Proveitos a reconhecer
Subsídios ao investimento (Notas 17, 19 e 34) (4.182.834) (1.469.757)
Outros proveitos a reconhecer (55.971) -
(13.821.651) (8.385.798)
A Pagar
31-12-2010 0-90 dias 90-180 dias >180 dias
Fornecedores de investimento 6.123.073 6.123.073 - -
Outras dívidas 4.355.331 4.355.331 - -
10.478.404 10.478.404 - -
A Pagar
31-12-2009 0-90 dias 90-180 dias >180 dias
Fornecedores de investimento 7.929.042 7.929.042 - -
Outras dívidas 3.255.409 3.255.409 - -
11.184.451 11.184.451 - -
21. Outras Dívidas a TerceirosEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica ‘Outras dívidas a terceiros’ pode ser detalhada como se segue:
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica ‘Outras dívidas’
corresponde principalmente a imposto sobre o valor acrescentado
a pagar ao estrangeiro.
23. Instrumentos Financeiros Derivados
Derivados de taxa de juroPor forma a reduzir a sua exposição à volatilidade das taxas de
juro, a Celbi contratou swaps de taxa de juro. Estes con tratos
foram avaliados de acordo com o seu justo valor em 31 de
Dezembro de 2010 e 2009, tendo o correspondente montante
sido reconhecido na rubrica ‘Instrumentos fi nanceiros derivados’.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 encontravam-se estabe-
le cidos contratos de derivados de taxa de juro cujos montantes
totais são como se segue:
Justo valor
Tipo Juro 31-12-2010 31-12-2009
Interest rate swap Paga taxa fi xa e recebe Euribor a 6 meses. (5.774.119) (1.567.157)
(5.774.119) (1.567.157)
De acordo com as políticas contabilísticas adoptadas estes deri-
vados cumprem com os requisitos para serem designados como
instrumentos de cobertura de taxa de juro (Nota 2.2 k) vii)).
O apuramento do justo valor dos derivados contratados pela
Celbi foi efectuado pelas respectivas contrapartes (instituições
fi nanceiras com quem foram celebrados tais contratos). O Modelo
de Avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapartes,
baseia-se no método dos cash fl ows descontados, i.e., utilizando
as par swap rates, cotadas no mercado interbancário, e dispo-
níveis nas páginas Reuters e/ou Bloomberg, para os prazos
relevantes, sendo calculadas as respectivas taxas forwards e
factores de desconto que servem para descontar os cash fl ows
fi xos (leg fi xo) e os cash fl ows variáveis (leg variável). O somatório
das duas parcelas resulta no Valor Actualizado Líquido dos cash
fl ows futuros ou justo valor dos derivados.
O aumento/diminuição de um ponto percentual nos indexantes
da taxa de juro, verifi cada durante o exercício de 2010 e estimada
para o período de duração dos derivados, teria implicado o
aumento/diminuição da rubrica do capital próprio ‘Reservas
de cobertura’ de aproximadamente 4 600 000 euros antes de
consideração dos respectivos efeitos fi scais.
Derivados de cobertura de preço da pasta de papelPor forma a reduzir a sua exposição à volatilidade do preço da
pasta de papel, a Celbi contratou derivados de cobertura do
preço da pasta de papel, os quais foram avaliados de acordo
como seu justo valor em 31 de Dezembro de 2010 e 2009,
tendo o correspondente montante sido reconhecido na rubrica
‘Instrumentos fi nanceiros derivados’.
60 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
O apuramento do justo valor dos derivados de cobertura do
preço da pasta de papel contratados pela Celbi foi efectuado
pe las respectivas contrapartes (instituições fi nanceiras com quem
foram celebrados tais contratos). O Modelo de Avaliação destes
derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método
dos cash fl ows descontados, i.e., é calculada a diferença entre a
cotação estimada da pasta de papel (PIX) e o preço fi xado para os
prazos relevantes, que posteriormente é actualizada para a data
a que se reporta a avaliação.
De acordo com as políticas contabilísticas adoptadas, estes
deri va dos de pasta de papel cumprem com os requisitos para
serem considerados como instrumentos de cobertura, pelo que
a variação do seu justo valor foi registada na rubrica do capital
próprio ‘Reservas de cobertura’.
O aumento/diminuição de 5% no indexante do derivado da pasta
de papel (PIX), durante o exercício fi ndo em 31 de Dezembro de
2010 e estimado para o período de duração destes derivados,
teria implicado uma diminuição/aumento dos resultados opera-
cionais do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010 de aproxi-
madamente 3 370 000 euros e da rubrica do capital próprio ‘Re-
ser vas de cobertura’ de aproximadamente 1 700 000 euros, antes
de consideração dos respectivos efeitos fi scais.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 encontravam-se em vigor os seguintes contratos derivados de preço da pasta de papel:
Justo valor
Quantidade coberta Vencimento 31-12-2010 31-12-2009
500 t/mês 31-08-2011 (584.380) (528.945)
2.500 t/mês 31-07-2011 (2.822.442) (2.781.993)
1.750 t/mês 31-12-2010 (267.256) (79.639)
3.000 t/mês 31-08-2010 - (2.213.143)
3.000 t/mês 31-12-2012 (3.384.999) -
2.000 t/mês 30-06-2012 (459.532) -
2.000 t/mês 30-06-2013 (1.216.668) -
(8.735.277) (5.603.720)
Derivados de taxa de câmbioA Celbi utiliza derivados de taxa de câmbio fundamentalmente
de forma, a efectuar a cobertura de fl uxos de caixa futuros. Desta
forma, a Celbi contratou diversos forwards de taxa de câmbio de
dólares dos Estados Unidos, de forma a gerir o risco de taxa de
câmbio a que está exposta.
Em 31 de Dezembro de 2009, o justo valor dos instrumentos
derivados de taxa de câmbio, que foram considerados de cober-
tura e calculados tendo por base os valores de mercado actuais
de instrumentos fi nanceiros equivalentes de taxa de câmbio, é de
(2 548 866) euros os quais se venceram ou foram antecipadamente
liquidados durante o exercício de 2010.
A determinação do justo valor destes instrumentos fi nanceiros
teve por base a actualização para a data da demonstração da
posição fi nanceira do montante que se estima que será recebido/
pago na data de termo do contrato. O montante de liquidação
consi derado na avaliação é igual ao montante na moeda de
refe rência, multiplicado pela diferença entre a taxa de câmbio
contratada e a de mercado para a data de liquidação determinada
à data da avaliação.
/ / 61 /
Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo
valor, durante o exercício de 2010, dos instrumentos de cobertura
na parte não corrida (conforme denominados nos termos da
IAS 39), no montante de (4 789 853) euros (22 266 278 euros
durante o exercício de 2009), foram registados directamente
em rubricas de capitais próprios líquidos dos correspondentes
impostos diferidos, no montante de 1 269 311 euros (5 900 564
euros em 31 de Dezembro de 2009) (Nota 8).
O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos fi nan ceiros durante os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
pode ser detalhado como se segue:
2010
Derivados de cobertura de
preço da pasta
Derivados de taxa de juro
Derivados de taxa de câmbio
Total
Saldo inicial (5.603.720) (1.567.157) (2.548.666) (9.719.543)
Variação do justo valor/cessação
Efeitos em capitais próprios (3.131.557) (4.206.962) 2.548.666 (4.789.853)
Saldo final (8.735.277) (5.774.119) - (14.509.396)
2009
Derivados de cobertura de
preço da pasta
Derivados de taxa de juro
Derivados de taxa de câmbio
Total
Saldo inicial 12.546.735 - - 12.546.735
Variação do justo valor/cessação
Efeitos em capitais próprios (18.150.455) (1.567.157) (2.548.666) (22.266.278)
Saldo final (5.603.720) (1.567.157) (2.548.666) (9.719.543)
31-12-2010 31-12-2009
AICEP/API (Nota 34) 12.911.230 -
Outros 308.188 308.188
13.219.418 308.188
24. Passivos ContingentesEm 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, os principais passivos con tingentes respeitavam a processos fi scais (Nota 35), contin gências
ambientais (Nota 36) e garantias prestadas, as quais ti nham o seguinte detalhe:
62 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
a um quinto de mês do vencimento mensal auferido à data da
reforma por cada ano de tempo de serviço pensionável.
Pensão 3
Caso a invalidez se verifi que depois dos 55 anos de idade, o
capital indicado na Pensão 2 é acrescido de um outro que é
igual a 50% do salário anual pensionável.
Plano B – No caso do participante ser reformado defi ni tiva-
mente por invalidez pelo Regime Geral da Segurança social,
ou ser aceite como tal pelos serviços clínicos do associado e
da entidade gestora, o Fundo garante o pagamento de uma
pensão de reforma anual, que será o resultado do produto de
11,5% sobre o salário anual pensionável.
Só poderão benefi ciar do Plano A os participantes já ao serviço
do associado à data de entrada em vigor da presente alteração.
A estes participantes, e relativamente aos Planos A e B, aplicar-
-se-á aquele que lhes for mais favorável.
Aos participantes que vierem a ser admitidos no associado, a
partir da data da entrada em vigor desta alteração, e que vierem
a reformar-se por invalidez ao serviço do associado será aplicado
exclusivamente o Plano B.
O regime de benefícios defi nido no plano de pensões aplica-se
à generalidade dos trabalhadores da Celbi.
De acordo com os estudos actuariais realizados pelas sociedades ges-
to ras dos fundos com referência a 31 de Dezembro de 2010 e 2009,
o valor actual das responsabilidades por serviços passados pa ra os cola -
boradores no activo e para os reformados, bem como a situa ção patri-
monial dos fundos de pensões, naquelas datas, eram como se segue:
25. Compromissos Financeiros Assumidos e não Incluídos na Demonstração da Posição Financeira
a) Fundo de pensões
A Celbi atribui aos seus colaboradores com contrato de trabalho
subordinado sem prazo e que se reformem ao seu serviço um
con junto de benefícios defi nidos no Regulamento do Fundo de
Pen sões da Empresa, publicado no Diário da República n.º 221-III
série, de 21 de Setembro de 1999.
De acordo com este regulamento a Empresa garante o seguinte
regime de benefícios:
i) Reforma por velhice
Os participantes que se reformarem na data normal de
refor ma terão direito a uma pensão de reforma anual, que
será o resultado do produto de 11,5% sobre o salário anual
pen sionável;
ii) Reforma por invalidez
Plano A – No caso do participante ser reformado defi nitiva-
mente por invalidez pelo Regime Geral da Segurança Social,
ou ser aceite como tal pelos serviços clínicos do associado e
da enti dade gestora, o Fundo garante o pagamento de uma
pensão calculada de acordo com as seguintes fórmulas:
Pensão 1
1. Com menos de dez anos de tempo de serviço pensionável –
50% do salário anual pensionável.
2. Com dez ou mais anos de tempo de serviço pensionável –
80% do salário anual pensionável.
Ao valor da pensão de reforma anual acima defi nido será
deduzido o montante da pensão anual dedutível.
Pensão 2
Os participantes terão direito a um capital complementar, igual
2010 2009
Responsabilidades actuais por serviços passados 6.771.450 6.716.220
Situação patrimonial dos fundos de pensões 7.667.099 7.751.916
/ / 63 /
O movimento verifi cado no valor actual das responsabilidades por serviços passados durante os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro
de 2010 e 2009 é como se segue:
O detalhe dos montantes registados na demonstração de resulta dos relacionados com planos de pensões de benefícios e defi nidos nos
exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é como se segue:
2010 2009
Custo dos serviços correntes (252.318) (261.085)
Juros das responsabilidades (263.275) (275.736)
Ganhos/(Perdas) actuariais 138.293 209.667
Rendimento/Retorno do Fundo 237.253 993.051
(140.047) 665.897
2010 2009
Responsabilidades no início do exercício 6.716.220 7.397.736
Benefícios pagos pelos Fundos de Pensões (322.070) (1.008.670)
Custo dos serviços correntes 252.318 261.085
Custo dos juros 263.275 275.736
Perdas/(Ganhos) actuariais (138.293) (209.667)
Responsabilidades no fim do exercício 6.771.450 6.716.220
O movimento verifi cado na situação patrimonial do Fundo de Pensões durante os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e
2009 é como se segue:
2010 2009
Valor dos Fundos de Pensões no início do exercício 7.751.916 7.767.535
Contribuições - -
Pensões pagas (322.070) (1.008.670)
Rendimento/Retorno do Fundo 237.253 993.051
Valor dos Fundos de Pensões no fim do exercício 7.667.099 7.751.916
64 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
Aquelas responsabilidades foram determinadas com base no
mé todo de cálculo Projected Unit Credit, tendo-se utilizado as
tábuas de mortalidade GKF95 e de invalidez SR 2001. Para além
dos parâmetros técnicos acima referidos, foram assumidos como
pressupostos uma rentabilidade real de longo prazo de 4% até
à idade da reforma e de 3% depois da idade da reforma e uma
taxa de crescimento dos salários de 2,5%.
b) Outros compromissos
A 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a Celbi tinha assumido com -
pro missos contratuais para aquisição de activos fi xos nos mon-
tantes de 4 787 000 euros e 9 420 000 euros, respec tivamente.
26. Locações OperacionaisDurante os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e
2009 foi reconhecido como custo do exercício os montantes de
apro xi madamente 731 442 euros e 537 639 euros, respec tiva-
mente, relativo a rendas pagas a título de contratos de locação
operacional.
Em 31 de Dezembro de 2010 a Celbi participava como locatário
em contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos
de locação vencem como se segue:
Ano
2011 282.552
2012 328.890
2013 319.979
2014 e seguintes 516.419
1.447.840
Ano
2010 89.901
2011 55.067
2012 126.975
2013 e seguintes 533.492
805.435
Em 31 de Dezembro de 2009 a Celbi participava como locatário
em contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos
de locação vencem como se segue:
/ / 65 /
27. Empresas do Grupo e Partes RelacionadasAs participadas do Grupo Altri têm relações entre si que se qualifi cam como transacções com partes relacionadas, as quais fo ram
efectuadas a preços de mercado.
Em 31 de Dezembro de 2010, os principais saldos com as empresas do Grupo Altri são como se segue:
Saldos devedores Saldos credores
EmpresaClientes
c/cEmpresas
GrupoOutros
devedoresFornecedores
c/cEmpresas
Grupo
Celbinave - Tráfego e Estiva Unipessoal, Lda. 13.871 - - - (666)
Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. 723.600 23.537 - - -
Celulose do Caima SGPS, S.A. - 39.119.192 - - -
Altri Florestal, S.A. 26.273.716 2.465.478 - (2.435.394) -
Caima Energia S.A. - 1.331.806 - - -
Caima - Indústria de Celulose, S.A. 45.344 2.381.348 - - -
Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A. 2.842.589 - - (1.728) (2.433.423)
Altri Energias Renováveis, S.A. - 161.384 - - -
Captaraiz - Unipessoal, Lda. 6.600 - - - -
Sócasca - Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. - - - - (100.513)
Invescaima - Investimentos e Participações SGPS, S.A. - 70.041.751 - - (353.011)
Altri - Participaciones Y Trading, S.L. - - - (8.213.564) -
Altri, SGPS, S.A. - 17.040.010 - - (431.111)
29.905.719 132.564.506 - (10.650.686) (3.318.725)
Em 31 de Dezembro de 2009, os principais saldos com as empresas do Grupo Altri são como se segue:
Saldos devedores Saldos credores
EmpresaClientes
c/cEmpresas
GrupoOutros
devedoresFornecedores
c/cEmpresas
GrupoOutros
credores
Celbinave - Tráfego e Estiva Unipessoal, Lda. - - 11.981 - - -
Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. 578.400 914 - - - -
Operfoz - Operadores do Porto da Fig. Foz, Lda. - - - (91.917) - -
Celulose do Caima SGPS, S.A. - 47.957.525 5.430.469 - - -
Altri Florestal, S.A. 23.585.406 625.577 2.369.282 (2.229.469) - -
Caima Energia S.A. - 1.579.470 - - - -
Caima - Indústria de Celulose, S.A. - 29.189 - - - -
Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A. 2.055.347 - 24.700 - (1.187.917) (22.584)
CPK - Companhia Produtora de Papel Kraftsack S.A. - - - - (1.103.802) -
Altri Energias Renováveis, S.A. - 267.090 - - - -
Captaraiz - Unipessoal, Lda. - - 6.600 - - -
Sócasca - Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. - 101.443 - - - -
Invescaima - Investimentos e Participações SGPS, S.A. - 47.395.759 2.207.417 - - -
Altri - Participaciones Y Trading, S.L. - - 11.982 (1.563.006) - -
Altri, SGPS, S.A. - 15.025.189 - - - -
26.219.153 112.982.157 10.062.430 (3.884.391) (2.291.719) (22.584)
66 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
As contas a receber da Altri Florestal, S.A. resultaram principal men te
de transferências em anos anteriores de grande parte da actividade
fl orestal da Empresa para esta entidade. A conta a pagar à Altri
- Participaciones Y Trading, S.L. resulta das comissões de venda
associadas ao Contrato de Agência estabelecido com esta entidade.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica ‘Empresas do Grupo’ inclui os seguintes montantes relativos a empréstimos correntes
concedidos a empresas do Grupo:
2010 2009
Celulose do Caima SGPS, S.A. 32.000.000 46.500.000
Invescaima - Investimentos e Participações SGPS, S.A. 62.500.000 36.350.000
Altri, SGPS, S.A. 17.000.000 15.000.000
Sócasca - Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. - 100.000
111.500.000 97.950.000
Os restantes saldos dizem respeito, sobretudo, ao efeito da
tributação de acordo com o Regime Especial de Tributação de
Gru pos de Sociedades (Nota 8) em sede de Imposto sobre o Ren-
di mento das Pessoas Colectivas e juros a receber associados aos
em préstimos concedidos.
As principais transacções efectuadas no exercício de 2010 com as empresas do Grupo Altri podem ser resumidas como se segue:
EmpresaVenda/compra
deimobilizado
OutrosProveitos
Vendas deprodutos
ComprasM.primas,
subs.
Outros F.S.
Terceiros
Custos/Proveitos
Financeiros
Celbinave - Tráfego e Estiva Unipessoal, Lda. - - - - - -
Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. - (120.000) - - - -
Operfoz - Operadores do Porto da Figueira da Foz, Lda. - - - 657.464 686.334 -
Celulose do Caima SGPS, S.A. - - - - (1.137.309)
Caima - Indústria de Celulose, S.A. - (37.536) (679.503) - -
Altri Florestal, S.A. 2.917 (72.203) (196.421) 23.327.909 - -
Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A. - (42.399) (566.791) 167.071 - (22.800)
Captaraiz - Unipessoal, Lda. - - - - - -
Sócasca - Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. - - - - - (939)
Invescaima - Investimentos e Participações SGPS, S.A. - - - - - (1.588.728)
Altri - Participaciones Y Trading, S.L. - - - - 11.296.651 -
Altri, SGPS, S. A. - - - - - (430.237)
2.917 (272.138) (1.442.715) 24.152.444 11.982.985 (3.180.012)
/ / 67 /
A Operfoz – Operadores do Porto da Figueira da Foz, Lda presta
serviços de operações portuárias de pasta. A Celbi adquire
madeira à Altri Florestal, S.A. A Altri - Participaciones Y Trading,
S.L. é o agente de vendas de pasta de papel do Grupo Altri,
pelo que o montante da coluna ‘Outros fornecimentos e serviços
externos’ com esta entidade diz respeito a comissões de venda
ao abrigo do contrato de Agência estabelecido com a mesma.
As principais transacções efectuadas no exercício de 2009 com as empresas do grupo Altri podem ser resumidas como se segue:
EmpresaVenda/compra de imobilizado
OutrosProveitos
Vendas deprodutos
ComprasM.primas,
subs.
Outros F.S.
Terceiros
Celbinave - Tráfego e Estiva Unipessoal, Lda. - - - - -
Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. - (120.000) - - -
Operfoz - Operadores do Porto da Figueira da Foz, Lda. - - - - 676.910
Celulose do Caima SGPS, S.A. - (1.675.822) - - -
Caima - Indústria de Celulose, S.A. - (14.060) - - -
Altri Florestal, S.A. - (36.730) (240.274) 12.278.655 -
Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A. (12.670) (9.116) (780.641) - -
Captaraiz - Unipessoal, Lda. (6.600) - - - -
Sócasca - Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. - (1.443) - - -
Invescaima - Investimentos e Participações SGPS, S.A. - (1.717.468) - - -
Altri - Participaciones Y Trading, S.L. - (11.982) - - 4.718.746
Altri, SGPS, S. A. - (417.397) - - -
(19.270) (4.004.018) (1.020.915) 12.278.655 5.395.656
Os outros proveitos do exercício de 2009 incluem o montante de
aproximadamente 3 800 000 euros relativos a juros obtidos com
empréstimos a empresas do Grupo Altri.
Adicionalmente aos saldos acima referidos em 31 de Dezembro de
2010 e 2009 existia uma conta a receber da entidade relacionada
F. Ramada II - Imobiliária, S.A. nos montantes de 4 523 203 euros e
4 511 689 euros, respectivamente, registada na rubrica ‘Clientes’ re la-
tiva a alienação em exercícios anteriores de terrenos a esta entidade.
28. Vendas e Prestações de ServiçosGeografi camente, a repartição das vendas e prestações de serviços da Empresa por mercado é como se segue:
31-12-2010 31-12-2009
Mercado interno 69.125.304 29.155.655
Mercado externo 261.171.283 130.637.207
330.296.587 159.792.862
68 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
29. Outros ProveitosA rubrica da demonstração dos resultados ‘Outros proveitos’
nos exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009
inclui essencialmente: ganhos com instrumentos deriva dos (Nota 23),
subsídios ao investimento e indemnizações recebidas.
31. Resultados FinanceirosOs resultados fi nanceiros dos exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 podem ser detalhados como se segue:
31-12-2010 31-12-2009
Custos fi nanceiros:
Juros suportados (Nota 17) (10.567.776) (11.844.199)
Diferenças de câmbio desfavoráveis (1.408.979) (733.949)
Outros custos e perdas fi nanceiras (13.407.321) (2.815.839)
(25.384.076) (15.393.986)
Proveitos fi nanceiros:
Juros obtidos (Nota 27) 4.784.422 5.899.571
Diferenças de câmbio favoráveis 2.233.338 739.354
Outros proveitos e ganhos fi nanceiros 245.880 79
7.263.640 6.639.004
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica ‘Outros custos e perdas fi nanceiras’ refere-se essencialmente a perdas em instrumentos
derivados (Nota 23) custos suportados com a emissão de papel comercial e a comissões relativos a serviços bancários (Nota 17).
30. Outros CustosA principal componente da rubrica ‘Outros custos’ no exercício
fi n do em 31 de Dezembro de 2010 diz respeito a perdas em
con tratos de derivados (Nota 23) sendo que adicionalmente nos
exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica
inclui impostos indirectos, taxas e custos com sinistros e donativos.
/ / 69 /
33. Número de PessoalDurante os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2010 e
2009 o número médio de pessoal ao serviço da Empresa foi de
240 e 239, respectivamente.
34. SubsídiosFoi aprovada em Fevereiro de 2007 a candidatura de um Projecto
de Investimentos da Celbi a Incentivos Financeiros ao abrigo do
Decreto-lei n.º 203/2003, de 10 de Setembro e do Decreto-lei
n.º 225/2002 de 30 de Outubro. O Projecto, designado por SIME C,
destina-se ao aumento da capacidade de produção da pasta e ao
início de um processo mais amplo de renovação tecnológica que
contribuirá para a produção de bens internacionalmente tran-
sac cionáveis e com elevados índices de incorporação nacional.
O investimento decorreu entre 1 de Fevereiro de 2005 e 31 de
De zembro de 2006 e tinha um valor estimado supe rior a 17
milhões de euros. O incentivo fi nanceiro consubstancia-se i) na
bonifi cação da taxa de juro, ii) num prémio de realização face aos
32. Resultado por Acção
31-12-2010 31-12-2009
Número de acções para efeito de cálculo do resultado líquido básico e diluído 15.500.000 15.500.000
Resultado para efeito do cálculo do resultado por acção líquido e diluído das opera-ções em continuação
39.925.239 151.462
Resultado por acção das operações
Básico 2,58 0,01
Diluído 2,58 0,01
objectivos defi nidos no máximo de 81,25% de um empréstimo
correspondente a 16% das Despesas Elegíveis, iii) num incentivo
não re em bolsável correspondente à Formação Profi ssional e iv)
num incen tivo não reembolsável correspondente à majoração da
“Mais Valia Ambiental”. Em 2007 foram recebidos 155 mil euros
de bonifi cação da taxa de juro. Em 2008 foram recebidos 40 mil
euros do remanescente em bonifi cação da taxa de juro e 43,6
mil euros referente à componente de Formação Profi ssional. Em
2009 receberam-se 250 mil euros respeitantes à ma joração da
“Mais-Valia Ambiental” e 1 332 mil euros de Prémio de Realização
em função do grau de cumprimento do contrato apurado nas
medições efectuadas no fi nal dos exercícios de 2008.
70 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / CONTAS E NOTAS ANEXAS
Em Janeiro de 2007, a Celbi assinou um contrato de concessão
de incentivos fi nanceiros e fi scais ao abrigo do Decreto-lei
n.º 203/2003, de 10 de Setembro, com a Agência para o
Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP),
tendo o Estado Português considerado de interesse nacional
(PIN) este Projecto de Expansão da Capacidade Produtiva da
Celbi. O Projecto de Investimento decorreu entre 1 de Janeiro
de 2007 e 30 de Junho de 2010 e o valor contratado é de
320 000 000 euros, sendo que o Estado Português concederá
um incentivo fi nanceiro reembolsável correspondente a 16,5%
das despesas elegíveis. Caso a Celbi cumpra com os objectivos
propostos e medidos nos fi nais dos anos de 2010, 2013 e 2016,
o Estado Português concederá ainda um Prémio de Realização
que corresponderá ao não reembolso de até 80% do montante
2010 2009
Subsídio associado à expansão de capacidade produtiva (Notas 17, 19 e 22) 22.128.774 -
Outros Subsídios ao investimento 1.522.009 1.469.757
23.650.783 1.469.757
de incentivo reembolsável. O Estado Português concederá tam-
bém um incentivo fi scal correspondente a um crédito fi scal em
sede de IRC no montante de 12% das aplicações relevantes.
Até ao fi nal do exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2010,
a Celbi recebeu o montante de 43 898 250 euros referente ao
incentivo reembolsável. O Conselho de Administração considera
que o Prémio de Realização será atribuído em 60%, tendo em
conta objectivos já atingidos pelo que o montante de 24 789 600
euros foi transferido para as rubricas ‘Outros passivos correntes’
e ‘Outros passivos não correntes’ (Notas 19 e 22).
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 o detalhe dos subsídios
re ce bidos, mas ainda não reconhecidos como proveito na
demonstração de resultados, é como se segue:
35. Processos FiscaisEm fi nais de 1994, a Empresa recebeu uma notifi cação da Direcção
Geral das Contribuições e Impostos reclamando o pagamento de
IRC no montante de 2 030 945 euros e correspondentes juros
de mora no montante de 2 094 863 euros em resultado de
uma visita efectuada pelas autoridades fi scais. Este imposto foi
reclamado no pressuposto de que os serviços técnicos prestados
à Empresa nos anos de 1989 a 1992, fundamentalmente no
âm bito de um projecto de investimento, são equiparáveis a trans-
ferências de tecnologia e como tal sujeitos a retenção na fonte. A
Empresa decidiu contestar judicialmente a liquidação efectuada,
na certeza plena de que nada terá de liquidar.
Em finais de 1996 e como resultado também de uma nova
vi si ta das autoridades fi scais, a Empresa recebeu outra notifi ca -
ção da Direcção Geral das Contribuições e Impostos recla man do
o pagamento de IRC no montante de 205 641 euros e corres-
pondentes juros compensatórios no montante de 110 276 euros,
relativos aos serviços técnicos da mesma natureza prestados à
Empresa nos anos de 1992 a 1995. Consistentemente a Empresa
decidiu contestar judicialmente a liquidação efectuada.
Entretanto, por forma a beneficiar das prerrogativas concedidas
pelo DL 124/96, a Empresa, sem deixar de prosseguir com a
con tes tação judicial em curso, dado considerar que tais serviços
não se enquadram no âmbito interpretado pelas autoridades
fi scais, optou por pagar o imposto reclamado.
Em 15 de Abril de 1998, o Tribunal Tributário de 1.ª Instância de
Coimbra julgou nula a liquidação de IRC conforme notifi cação
recebida em 1994. Em 2006 e, por Acórdão, o Supremo Tribunal
Administrativo veio confi rmar a decisão anteriormente proferida
pelo Tribunal Central Administrativo Sul de negar provimento ao
recurso interposto pela Fazenda Pública, pelo que em Outubro
de 2006 foi recebido o montante de 2 030 945 euros e respec-
tivos juros indemnizatórios no montante de aproximadamente
1 260 000 euros, do processo relativo aos anos de 1989 a 1992.
/ / 71 /
37. Aprovação das Demonstrações FinanceirasAs demonstrações fi nanceiras foram aprovadas pelo Conselho
de Administração e autorizadas para emissão em 18 de Fevereiro
de 2011. A sua aprovação fi nal está ainda sujeita a concordância
da Assembleia Geral de Accionistas.
A Empresa continua a aguardar decisão sobre a notifi cação
recebida em fi nais de 1996, relativa aos anos de 1992 a 1995,
sendo que o saldo da rubrica ‘Outros activos não correntes’ diz
respeito sobretudo a esta situação.
36. Informação Relativa a Matérias Ambientais No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia compro-
meteu-se a reduzir a emissão de gases de efeito de estufa. Nes-
te contexto, foi emitida uma Directiva Comunitária que prevê a
comercialização das chamadas “Licenças de Emissão de CO2”,
entretanto transposta para a legislação portuguesa e que é apli-
cável, a partir de 1 de Janeiro de 2005, entre outras, à indústria
de pasta e papel.
Pela publicação do Despacho conjunto n.º 2836/2008 de 5 de
Fevereiro de 2008, foi efectuada a distribuição pelo Governo
Português das “Licenças de Emissão de CO2” às diversas
empresas portuguesas abrangidas, estando prevista a atribuição,
a título gratuito, de licenças para a emissão de 87 229 toneladas
de CO2 à Celbi para o ano de 2010. Caso as emissões reais
sejam superiores às “Licenças de Emissão de CO2” atribuídas,
a Empresa terá que adquirir as licenças em falta no mercado. A
entrega das “Licenças de Emissão de CO2”, correspondente às
emissões reais realizadas num exercício, é efectuada no início do
ano seguinte, estando os valores apresentados pelas empresas
relativos às emissões reais efectuadas sujeitos a certifi cação por
uma entidade independente.
Considerando que estas licenças se referem ao período 2008 - 2012,
com base nos dados previsionais de emissão de CO2, não se
estimam encargos signifi cativos para a Empresa em conse-
quência da entrada em vigor desta legislação para o exercício
fi ndo em 31 de Dezembro de 2010.
Em 31 de Dezembro de 2010 não se encontra registado nas
demonstrações fi nanceiras qualquer passivo de carácter am-
biental nem é divulgada qualquer contingência ambiental, por
ser convicção do Conselho de Administração que não existem,
a essa data, obrigações ou contingências provenientes de
acontecimentos passados de que resultem encargos material-
men te relevantes para a Empresa.
/ / 73 /
Ofi cial de Contas da Empresa e apreciou a Certifi cação Legal das
Contas emitida pela Sociedade de Revisores Ofi ciais de Contas
da Empresa, que mereceu o seu acordo.
Face ao exposto, e tendo em consideração os assuntos men-
cionados nos parágrafos 5 e 6 da Certifi cação Legal das Contas,
o Conselho Fiscal é de parecer que o Relatório de Gestão, as
Demonstrações Financeiras bem como a Proposta de Aplicação
de Resultados estão de acordo com as disposições contabilísticas,
legais e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovadas
em Assembleia Geral de Accionistas.
Desejamos manifestar ao Conselho de Administração e aos di-
ver sos Serviços da Empresa o nosso apreço pela colaboração que
nos prestaram.
Porto, 31 de Março de 2011
O Conselho Fiscal
João da Silva Natária
Presidente do Conselho Fiscal
Manuel Tiago Alves Baldaque de Marinho Fernandes
Vogal do Conselho Fiscal
Cristina Isabel Linhares Fernandes
Vogal do Conselho Fiscal
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
Aos Accionistas da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A.Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato
que nos foi confi ado, submetemos à vossa apreciação este Rela tório
e Parecer sobre o Relatório de Gestão e restantes docu mentos
de prestação de contas da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A.
(Empresa), relativos ao exercício fi ndo em 31 de Dezembro
de 2010, os quais são da responsabilidade do Conselho de
Administração.
Ao longo do exercício em apreço, o Conselho Fiscal acompanhou
a evolução da actividade da Empresa, a regularidade dos
regis tos contabilísticos, o cumprimento do normativo legal e
estatu tário em vigor e a efi cácia e integridade dos sistemas de
gestão de riscos e de controlo interno, tendo efectuado reuniões
com a periodicidade e extensão que considerou adequadas e
ten do obtido da Administração e dos Serviços da Empresa as
infor mações e esclarecimentos solicitados.
No âmbito das suas atribuições, o Conselho Fiscal examinou o
Balanço em 31 de Dezembro de 2010, as Demonstrações dos
Resultados por Naturezas, do Rendimento Integral, das Alterações
nos Capitais Próprios e dos Fluxos de Caixa para o exercício
fi ndo naquela data e o correspondente anexo. Adicionalmente
pro cedeu à análise do Relatório de Gestão do exercício de 2010
e da proposta de aplicação de resultados nele apresentada,
exer ceu as suas competências em matéria de supervisão das
ha bi litações, independência e execução das funções do Revisor
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
E CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS
74 / RELATÓRIO E CONTAS 2010 / RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL E CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS
Certifi cação Legal das Contas
Introdução 1. Examinámos as demonstrações fi nanceiras anexas da Celulose
Beira Industrial (Celbi), S.A. (Empresa), as quais compreendem
o Balanço em 31 de Dezembro de 2010 que evidencia um
to tal de 993 418 241 euros e capitais próprios de 261 650 198
euros, incluindo um resultado líquido de 39 925 239 euros, as
Demonstrações dos Resultados por Naturezas, do Rendimento
Integral, das Alterações nos Capitais Próprios e dos Fluxos de
Cai xa do exercício fi ndo naquela data e o correspondente Anexo.
Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a prepa-
ração de demonstrações fi nanceiras que apresentem de forma
verdadeira e apropriada a posição fi nanceira da Empresa, o
resultado e o rendimento integral das suas operações, as
al te ra ções no seu capital próprio e os seus fl uxos de caixa,
bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos
adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno
apropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar
uma opinião profi ssional e independente, baseada no nosso
exame daquelas demonstrações fi nanceiras.
Âmbito 3. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as
Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem
dos Revisores Ofi ciais de Contas, as quais exigem que este
seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau
de segurança aceitável sobre se as demonstrações fi nan ceiras
estão isentas de distorções materialmente rele vantes. Este
exame incluiu a verificação, numa base de amostragem,
do suporte das quantias e informações divulgadas nas
de mons trações financeiras e a avaliação das estimativas,
ba se adas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de
Ad mi nistração, utilizadas na sua preparação. Este exame
in cluiu igualmente a apreciação sobre se são adequadas as
políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo
em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade
do princípio da continuidade das operações e a apreciação
/ / 75 /
preparadas para aprovação e publicação nos termos da
legislação em vigor.
Conforme indicado na Nota 2.2 do ‘Anexo às Demonstrações
Financeiras’, os investimentos financeiros em empresas
subsidiárias são registados ao custo de aquisição. A Empresa
não irá preparar demonstrações fi nanceiras consolidadas, dado
en con trar-se dispensada de o fazer, de acordo com o disposto
no número 3 do artigo 7.º do Decreto-lei n.º 158/2009, de 13
de Julho, uma vez que é integralmente detida, ainda que de
forma indirecta, pela Altri, SGPS, S.A., que por sua vez apre-
senta demonstrações fi nanceiras consolidadas que in cluem as
demonstrações fi nanceiras da Empresa e das suas fi liais.
Relato sobre outros requisitos legais7. É também nossa opinião que a informação fi nanceira constante
do Relatório de Gestão é concordante com as demonstrações
fi nanceiras do exercício.
Porto, 31 de Março de 2011
DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A.
Representada por António Manuel Martins Amaral
sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das
demonstrações fi nanceiras. O nosso exame abrangeu também
a verificação da concordância da informação financeira
cons tante do Relatório de Gestão com as demonstrações
fi nan ceiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona
uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.
Opinião 4. Em nossa opinião, as demonstrações fi nanceiras referidas no
parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apro priada,
para os fi ns indicados no parágrafo 6 abaixo, em todos os
aspectos materialmente relevantes, a posição fi nanceira da
Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A., bem como o resultado
e o rendimento integral das suas operações, as alterações nos
seus capitais próprios e os seus fl uxos de caixa no exercício
fi ndo naquela data, em conformidade com as Normas
Inter nacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas
pela União Europeia (ver parágrafo 5 abaixo).
Ênfases 5. Conforme divulgado na Nota 2.1 do Anexo às demonstrações
fi nanceiras, a Empresa adoptou, com efeitos a partir de 1
de Janeiro de 2010, as Normas Internacionais de Relato
Fi nan ceiro tal como adoptadas pela União Europeia (IFRS).
No processo de transição das normas contabilísticas anterior-
men te adoptadas em Portugal, consubstanciadas no Plano
Ofi cial de Contabilidade (POC), para as IFRS, a Empresa
se guiu os requisitos previstos na IFRS 1 – Adopção pela
primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro,
tendo a data de transição sido reportada a 1 de Janeiro de
2009. Con sequentemente, a informação fi nanceira de 2009,
ante rior mente apresentada de acordo com o POC, foi, para
efei tos de comparabilidade, reexpressa de acordo com as IFRS
(Nota 3).
6. As demonstrações fi nanceiras mencionadas no parágrafo 1,
referem-se à actividade da Empresa a nível individual e foram
/