relatorio ensaio slump test e moldagem
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GRANULOMETRIA, COMPRESSÃO E INCHAMENTOTRANSCRIPT
INSTITUTO FEDERAL DE SERGIPE – IFS
TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES
TECNOLOGIA DO CONCRETO E COMPONENTES
RELATÓRIO DE ENSAIOS
Aracaju
Março 2015
HEMILY V. LEÃO SANTOS
RELATÓRIO DE ENSAIOS
Relatório apresentado como exigência da disciplina de Tecnologia do Concreto e componentes do Curso Técnico em Edificações, ministrada pelo professor Airton Teles, Turma 4EDFN.
Aracaju
Março 2015
INTRODUÇÃO
O concreto apresenta dois estados no processo de aplicação: o fresco e
o endurecido. A qualidade final de uma estrutura de concreto depende do
controle de suas propriedades em ambos estados, mas o controle do concreto
fresco é indispensável, pois este é fundamental à execução das estruturas e às
propriedades da estrutura de concreto endurecido.
1- SLUMP-TEST E MOLDAGEM DE CORPOS DE PROVA DE CONCRETO
O ensaio do abatimento do concreto, também conhecido como
Slump Test, é realizado para verificar a trabalhabilidade do concreto em seu
estado plástico, buscando medir sua consistência e avaliar se está adequado
para o uso a que se destina. Se a dosagem foi realizada da forma correta, a
constância do abatimento vai indicar a uniformidade da trabalhabilidade. Este
ensaio é regulamentado pela NBR-NM67 (1998) - Determinação da
Consistência pelo Abatimento do Tronco.
1- PROCEDIMENTOS
Dados:
- Traço 1: 2: 3 > Análise anterior das condições do material
- fck: 20 MPA
- a/c: 0,6
- Água: 1500 g
- Cimento: 2500 g
- Areia: 5000 g
- Brita: 7500 g
A areia fornecida para a realização do ensaio estava isento de umidade,
pois já havia passado posteriormente pela estufa.
A partir dos dados fornecidos pelo professor foi iniciada a mistura dos
materiais, quando o concreto estava totalmente misturado, ele foi colocado em
um recipiente próprio para utilização no Slump-Test seguindo os seguintes
passos:
1 – Colocou-se o molde em forma de cone sobre a placa metálica de
base. Uma dos alunos fixou a forma com os pés, apoiando-se sobre as aletas
do suporte que foi preenchido até 1/3 do molde com uma camada de concreto
e demos 25 golpes de haste em forma de espiral até o centro.
2 - Preenchidos 2/3 do molde e novamente demos 25 golpes de haste.
3 – Completados totalmente o molde com a 3° camada de concreto e
realiza-se o adensamento (25 golpes de haste).
4 – Remove-se o excesso de concreto, rolando a haste de socamento
pela superfície do cone.
5 – Para a desmoldagem, se eleva o molde pelas alças na vertical.
6 – Coloca-se o cone ao lado do concreto assentado e apoia a haste
sobre o cone.
Após a realização desses procedimentos medimos com uma régua a
distância da haste até o topo da amostra abatida. O resultado foi um
abatimento de 10 cm. Resultados considerados aceitáveis ou bons são
aproximadamente menores ou iguais a 10.
O concreto restante foi usado para moldar corpos de prova para o
ensaio de moldagem. O concreto é colocado nos moldes em 2 camadas, após
cada camada o concreto é adensado com 12 golpes circulares que não podem
tocar o fundo do molde, depois foi feito o capeamento de suas superfícies.
Este ensaio é regulamentado pela NBR-5798 (2003). A norma
recomenda que sejam moldados 6 corpos de prova, duas unidades para cada
idade 7, 14 e 28 dias.
Os moldes devem ter as dimensões de 10x20 cm, 15x30 cm ou
dimensão superior que obedeça AX2A.
2- RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO
Compressão é um esforço axial que tende a provocar um
encurtamento ou até o rompimento do corpo submetido a este esforço. Em
ensaios de compressão realizados em concretos, são produzidos corpos-de-
prova com dimensões padronizadas e são submetidos a uma força axial
distribuída de modo uniforme em toda seção transversal do corpo-de-prova.
Este ensaio é regulamentado pela NBR-5739 (2007).
1- PROCEDIMENTOS
A aparelhagem necessária para a execução é a maquina de ensaio
a compressão manual ou automática. Os corpos-de-prova devem ser
posicionados de modo que seu eixo coincida com a máquina, de modo que a
resultante das forças passe pelo centro.
As faces dos pratos de carga e do corpo-de-prova foram limpas
antes do corpo-de-prova ser colocado em posição de ensaio. O ajuste da
distância entre os pratos de compressão visa facilitar a introdução e o
alinhamento do corpo-de-prova entre os pratos, além de fixar o corpo de prova
na máquina. A carga foi aplicada continuamente, sem choque, até que os
corpos de prova rompessem. Os resultados serão demonstrados já em MPa.
3- GRANULOMETRIA
O ensaio de granulometria é utilizado para determinar a distribuição
granulométrica do solo, ou em outras palavras, a percentagem em peso que
cada faixa especificada de tamanho de grãos representa na massa seca total
utilizada para o ensaio. O ensaio de granulometria é dividido em duas partes
distintas, utilizáveis de acordo com o tipo de solo e as finalidades do ensaio
para cada caso particular. São elas: análise granulométrica por peneiramento e
análise granulométrica por sedimentação. Os solos grossos (areias e
pedregulhos), possuindo pouca ou nenhuma quantidade de finos, podem ter a
sua curva granulométrica inteiramente determinada utilizando-se somente o
peneiramento. Em solos possuindo quantidades de finos significativas, deve-se
proceder ao ensaio de granulometria conjunta, que engloba as fases de
peneiramento e sedimentação. Através da curva granulométrica pode-se
estimar as percentagens (em relação ao peso seco total), correspondentes a
cada fração granulométrica do solo. Este ensaio é regulamentado pela NBR-
7881.
1- PROCEDIMENTO
Seleciona-se uma quantidade representativa de material seco ao ar
ou úmido (1), determina-se sua umidade: 10,0 kg para material com pedregulho
grosso, 2,0 kg para material com pedregulho fino, 1,0 kg para material arenoso,
0,5 kg para material siltoso/argiloso.
Obs.: Passa-se a massa(1) na peneira #10 (2,0mm)
Do material que passar, separam-se 03 quantidades: (2) = 20 g
para a determinação do peso específico real das partículas, (3)= 50 a 100 g
para a sedimentação, (4) = 200 a 600 g para o peneiramento fino.
Para o peneiramento Grosso (material retido na peneira #10), lava-
se o material na peneira #10 (2,0mm), em seguida coloca-o na estufa, peneira-
se o material seco, mecânica ou manualmente, até a peneira #10, pesa-se a
fração retida em cada peneira.
Para o peneiramento Fino (material que passa na peneira #10), lava-
se o material na peneira #200 (0,075mm), em seguida coloca-o na estufa,
passa-se o material seco nas peneiras de aberturas menores que a #10, pesa-
se a fração retida em cada peneira.
Sedimentação - Coloca-se a massa (3) em “banho” (6 a 24 horas)
com defloculante (solução de hexametafosfato de sódio), agita-se a mistura no
dispersor elétrico por 5 a 15 minutos, transfere-se a mistura para a proveta
graduada, completando com água destilada até 1000 ml e realiza-se o
balanceamento, efetua-se leituras do densímetro nos instantes de
30s,1,2,4,8,15,30min,1,2,4,8,25h.
Posteriormente com os dados conseguidos são feitos os cálculos e
preenchida a ficha de ensaio. A partir dos valores calculados traça-se a curva
de distribuição granulométrica, marcando-se no eixo das abscissas em escala
logarítmica os diâmetros das partículas menores do que aqueles considerados.
Ficha do ensaio realizado em sala de aula anexa ao relatório.
4- INCHAMENTO DE AGREGADO MIÚDO
Os agregados miúdos têm grande capacidade de retenção de água,
portanto, na preparação de concretos em que o agregado é proporcionado em
volume, é importante considerar o inchamento devido à absorção de água do
agregado miúdo conforme a granulometria, podendo variar de 20 a 40%. O
inchamento varia com a umidade e, conhecendo-se a curva
de inchamento (inchamento em função da umidade), basta que se determine a
umidade para que se obtenha essa característica. Em linhas gerais a tensão
superficial da película de água aumenta a bolha, os grãos de areia se separam.
Depois de certa umidade a água toma os esforços e os grãos descem por
adensamento.
O inchamento se aplica na correção do agregado miúdo do concreto dosado
em volume e na aquisição de agregado miúdo em volume. Este ensaio é
regulamentado pela NBR-6467 (2006).
1- PROCEDIMENTOS
Secar o material na estufa até massa constante, aproximadamente
24 horas, depois:
-Determinar o volume do recipiente. A quantidade deve ser
no mínimo, o dobro do volume do recipiente a ser utilizado.
-Determinar a tara que é a massa do recipiente seco e vazio,
colocar o material seco sobre o encerado de lona ou piso limpo não aderente,
homogeneizar e determinar a massa unitária do material seco e solto, conforme
NBR 7251.
-Determinar massa unitária do material solto e seco (gs), enchendo o
recipiente com a concha até transbordar, despejando o agregado de uma altura
de aproximadamente 12 cm, evitando segregação dos grãos. Com a régua de
aço rígida, retirar o excesso de agregado por rasamento deixando no mesmo
nível das bordas superiores do recipiente e determinar a massa do recipiente
mais agregados (Ma).
-Determinar uma massa (peso) do material seco que ultrapasse um
pouco ao volume do mesmo recipiente utilizado no ensaio da massa unitária
seca. Este material é utilizado para realizar todas as massas unitárias úmidas
(gh).
-Sobre esta massa obtida de material seco, adicionar 0,5% de água,
homogeneizar cuidadosamente a amostra úmida manualmente no encerado ou
através do misturador mecânico, evitando perdas de material.
-Determinar a massa unitária do material com 0,5% de umidade (gh)
enchendo o recipiente com a concha até transbordar, despejando o agregado
de uma altura de aproximadamente 12 cm. Com a régua de aço, rígida, retirar
o excesso de material, por rasamento, deixar no mesmo nível das bordas
superiores do recipiente e determinar a massa do recipiente mais agregados
(Mh).
-Coletar o material úmido e homogêneo na cápsula e determinar a
massa da cápsula com o material úmido e colocar na estufa até constância de
massa, aproximadamente 24 horas.
-Repetir sucessivamente (gh) aplicando os mesmos procedimentos,
com a mesma amostra obtida para o recipiente seco e vazio, com todos os
teores de umidades previstos na Tabela.
Obs.: Não se esquecer de retirar a cápsula com material úmido de
cada ensaio, pesar e colocar na estufa para determinação da umidade. Ficha
do ensaio realizado em sala de aula anexa ao relatório.