relatório síntese obipnova 2004 a 2012
DESCRIPTION
Relatório síntese ObipNova - diplomados 2004/2005 , 2008/2009, 2009/2010, 2010/2011 e 2011/2012TRANSCRIPT
Coordenação: Miguel Chaves (FCSH)
Mariana Gaio Alves (FCT)
Autoria: Mariana Gaio Alves
Miguel Chaves César Morais
Maio 2015
PERCURSO DE INSERÇÃO PROFISSIONAL Licenciados, Mestres e Doutores da UNL
Relatório Síntese Diplomados de 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11
e de 2011/2012
SUMÁRIO EXECUTIVO:
1. Os dados do presente relatório decorrem das inquirições ao percurso de inserção
profissional dos diplomados da Universidade Nova de Lisboa (UNL) nos anos letivos de
2011/12, 2010/2011, 2009/10, 2008/09 e em 2004/05. As amostras constituídas têm
por base margens de erro reduzidas (principalmente no caso dos licenciados e
mestres), permitindo-‐nos assim depositar uma confiança considerável na fiabilidade
dos dados (Cf. Quadro 1 no final do relatório).
2. Em consonância com as tendências nacionais, a análise revela que a situação dos
graduados da UNL no mercado de trabalho se tem deteriorado nos últimos anos,
verificando-‐se um aumento da percentagem de “desempregados” e “inativos” entre
os diplomados dos três ciclos de estudo. Relativamente à última coorte inquirida (ano
letivo 2011/12) tornam-‐se, contudo, especialmente notórias duas alterações que
importa acompanhar em futuras inquirições: entre os licenciados, verifica-‐se um
ligeiro aumento da percentagem de empregados e um decréscimo do peso relativo de
desempregados; em contrapartida, entre os doutores observa-‐se um crescimento
significativo da percentagem de desempregados, ainda que este valor não ultrapasse
a fasquia dos 10%.
3. Apesar do agravamento da situação perante a atividade, os valores indiciam que a
situação continua a ser ligeiramente mais favorável entre os diplomados da UNL
(licenciados, mestres e doutores) do que no cômputo nacional. Se procurarmos
comparar as “taxas de desemprego” registadas entre os diplomados da NOVA na faixa
etária 25 – 34 anos com a observada entre os diplomados portugueses nesse mesmo
grupo etário, tomando por referência o segundo trimestre de 2014, verificamos que a
taxa de desemprego era de 12,2% na UNL, ao passo que, em Portugal, tangia os
14,7%. O cotejo seria ainda mais favorável à UNL se o confronto se situasse na faixa
etária inferior aos 24 anos, categoria onde se inscreviam 23,4% dos nossos inquiridos.
Nesse intervalo de idades, o desemprego de diplomados a nível nacional ascendia a
30,8%, enquanto na UNL se situava na casa dos 22,7%.
4. No que respeita às remunerações líquidas mensais, a análise deixa transparecer que
se verifica uma redução nos últimos anos. Bastará para tal observar que os montantes
auferidos pelas coortes mais recentes são, em qualquer dos ciclos, inferiores aos
obtidos pela coorte de 2008/09. A redução é especialmente notória entre licenciados,
pois, além de ser mais intensa do que nos dois níveis de formação mais avançados,
reforça-‐se ano após ano, situação que não é tão evidente junto dos mestres e
doutores.
5. A degradação das condições face à atividade e no montante das remunerações
médias não é acompanhada por uma deterioração dos níveis de adequação do
emprego tanto ao nível de escolaridade (ajustamento vertical) quanto à área de
formação (ajustamento horizontal). Com efeito, entre os que estão empregados, os
níveis de ajustamento continuam elevados a qualquer desses níveis, não se
registando uma inflexão negativa ao longo dos anos. Uma análise global dos dados
disponíveis indicia que, em todas as inquirições realizadas, a adequação assume os
seus valores mais elevados entre os doutores e alcança os seus níveis mais baixos
junto dos licenciados.
6. No que respeita ao estatuto jurídico da entidade empregadora, a análise evolutiva
evidencia uma redução significativa da percentagem de diplomados de qualquer dos
ciclos de estudos vinculados a organismos da administração pública. Para os
licenciados, os principais empregadores são, em qualquer dos anos, as empresas
privadas, que, na última coorte inquirida, passam também a liderar o emprego junto
dos mestres. Apenas no caso dos doutores os organismos da administração pública
continuam a imperar, embora em evidente recuo.
7. Sem qualquer alteração do seu peso relativo ao longo dos anos, é observável uma
clara supremacia dos diplomados que trabalham por “conta de outrem” face ao
número daqueles que declaram trabalhar por “conta própria”.
8. Relativamente aos setores de atividade, e se compararmos os vários ciclos, verificamos
que é entre os licenciados que se destaca uma maior dispersão do emprego por
setores, tendência que se mantém ao longo das coortes. Apesar disso, impera uma
supremacia do setor dos “serviços prestados às empresas”, que se mantém inalterável
no primeiro posto, e também do setor “educação” que tem registado um declínio.
Sublinhe-‐se ainda uma tendência paulatina, mas constante, para o reforço dos “serviços
artísticos e culturais” e para o recuo quer das “indústrias transformadoras” quer do
setor “comércio, bancos e seguros”. Para os mestres, o setor dos “serviços prestados às
empresas” alcança também lugar de destaque, ombreando, nesse caso, com o setor da
“saúde e ação social”. A tendência evolutiva mais nítida entre os que concluiram o
mestrado vai para a perda da importância relativa do setor da “educação” que chegou a
assumir um ascendente nítido até ao ano letivo de 2009/10, mas que em 2011/12 se
queda já no terceiro posto. Entre os doutores, o setor “educação” acompanha a
tendência de quebra que se regista nos ciclos anteriores, mas continua claramente a
hegemonizar o cenário do emprego.
9. A análise evolutiva revela que a opção de dar continuidade aos estudos académicos se
tornou particularmente frequente entre os licenciados, após a implementação das
alterações curriculares associadas ao processo de Bolonha. Em cada uma das coortes
mais recentes observa-‐se que mais de metade dos licenciados continuou os estudos
académicos um ano após a graduação, enquanto essa opção havia sido tomada por
apenas 1/6 dos licenciados que terminaram em 2004/05. Entre os mestres, o grupo dos
que optaram por continuar os estudos um ano após a graduação é mais reduzido e tem
vindo a diminuir progressivamente desde a primeira coorte inquirida. Inversamente,
no caso dos doutores, o peso do grupo daqueles que prosseguiram atividades
académicas em pós-‐doutoramento aumentou nos anos mais próximos, constatando-‐se
que, na última coorte, abrangia cerca de 1/4 dos doutorados.
10. Em 2015, dispomos pela primeira vez no OBIPNOVA de dados referentes à relação dos
diplomados com a emigração. Observa-‐se que a maioria dos diplomados (licenciados,
mestres e doutores) nunca consideraram a hipótese de emigrar ou apenas
consideraram essa hipótese de forma vaga. Porém, uma parcela muito expressiva de
licenciados afirma já ter planos para emigrar ou considerar essa hipótese como muito
provável, sendo entre os doutorados que se identifica o contingente mais elevado de
diplomados que já emigraram um ano após a graduação.
11. Por fim, saliente-‐se que os dados relativos à inclinação dos diplomados da NOVA para
escolherem o mesmo curso e o mesmo estabelecimento de ensino são, em qualquer
dos anos, muito elevados, além de se registarem alterações pouco expressivas quando
os analisamos evolutivamente. De facto, entre licenciados, mestres e doutores regista-‐
se uma clara maioria que afirma que voltaria a escolher o mesmo curso. Uma maioria
ainda mais alargada voltaria a escolher o mesmo estabelecimento de ensino.
RELATÓRIO SÍNTESE:
Este relatório torna públicos alguns aspetos nucleares da situação de inserção profissional
dos licenciados, mestres e doutores da UNL do ano letivo de 2011/12, um ano após terem
concluído os graus. Sempre que possível, a análise é evolutiva, uma vez que se pretende
comparar a situação da coorte de 2011/12 com a dos diplomados das coortes anteriores.
Serão abrangidas as seguintes dimensões: a) Situação perante a atividade; b) Taxa de
emprego; c) Taxa de desemprego; d) Número de inscrições em centros de emprego; e)
Grau de adequação/desadequação entre a atividade profissional desenvolvida e o nível de
instrução alcançado; f) Grau de adequação/desadequação entre a atividade profissional e
a área científica de formação; g) Níveis de remuneração líquida; h) Estatuto jurídico das
entidades empregadoras; i) Setores de atividade; j) Continuação de estudos académicos; l)
Relação com a emigração; m) Nível de satisfação com o estabelecimento de ensino onde
se obteve o grau.
1. Qual a “situação perante a atividade” dos licenciados, mestres e doutores
da UNL, um ano após a conclusão do grau?
Gráfico 1-‐ Situação perante a atividade -‐ Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Licenciados: Um ano após a sua graduação, 34,9% dos licenciados em 2011/12 estão
“empregados”; 8,5% desenvolvem “estágios remunerados”; 16,4% são “desempregados”;
0
20
40
60
80
100
Inacnvos Desempregados Bolseiros Estagiários (remunerados)
Empregados
37,1
16,4
3,1 8,5
34,9 36,3
18,6
5 6,7
33,4 28,5
15,2
3,6
11,7
41 32,2
10,2 0,8
11,4
45,4
5,9 5,4 0,5
19,2
69 2011/2012 2010/2011 2009/2010 2008/2009 2004/2005
37,1% encontram-‐se em situação de “inatividade”; e a percentagem de “bolseiros” de
estudos não vai além de 3,1%.
Cotejando-‐se estes valores com os de 2004/05, 2008/09, 2009/10 e de 2010/11 destaca-‐se
que as tendências para o progressivo decréscimo do “emprego” e crescimento do
“desemprego” entre os vários anos letivos foram interrompidas na coorte mais recente (a de
2011/12). Com efeito, os “empregados” representavam 69% do total de licenciados em
2004/05, tendo essa percentagem decrescido para 45,4% em 2008/09, para 41% em 2009/10
e para 33,4% em 2010/11, uma evolução negativa que se interrompe com os licenciados de
2011/12, entre os quais a parcela do “emprego” aumenta para 34,9%. Aumenta também na
coorte mais recente a porção de “estágios remunerados” que, após reduzirem
continuamente a sua expressão entre 2004/05 e 2010/11 (de 19,2% até 6,7%), ascende a
8,5% em 2011/12. Como resultado, o crescente agravamento do “desemprego” entre as
coortes mais recuadas (de 5,4% passa para 10,2%, depois para 15,2%, e para 18,6%) é
suspenso na coorte mais recente ao deter-‐se nos 16,4%. Ainda que com algumas oscilações,
as situações de “inatividade” entre os licenciados denotam um aumento progressivo ao longo
do tempo, tendo conhecido um período de maior crescimento entre as duas coortes mais
antigas (de 5,9% em 2004/05 para 32,2% em 2008/09), perdendo alguma da sua expressão
em 2009/10 (25,6%) para, nas duas coortes mais recentes, ascenderem a 36,6% em 2010/11
e a 37,1% em 2011/12. Destaque-‐se ainda que o aumento progressivo de licenciados
“bolseiros” que se verificou entre 2004/05 (0,5%) e 2010/11 (5%) é contrariado na coorte
mais recente (3,1%).
O ascenso do número de “inativos” e, sobretudo, o nível elevado de “desemprego” traduz
uma efetiva deterioração da situação dos licenciados perante o mercado de trabalho,
embora, como se pode constatar no próximo gráfico, a maior parte destes continua a estudar
(respetivamente 73% e 47,7%). Também existe uma percentagem assinalável de estudantes
entre os que estão “empregados” ou realizam “estágios remunerados” (respetivamente 33%
e 42,9%). De facto, mais de 53% dos licenciados em 2011/12 optaram por prolongar os seus
estudos académicos independentemente da sua situação profissional, tendo a esmagadora
maioria destes optado pela realização de um mestrado.
Gráfico 2-‐ Percentagem de Estudantes entre os licenciados de 2011/12
Gráfico 3-‐ Situação perante a atividade -‐ Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Mestres: No caso dos mestres em 2011/12, também um ano após a sua graduação, 69,8%
estão “empregados”; 14,3% encontram-‐se a realizar “estágios remunerados”; a percentagem
de “desempregados” situa-‐se em 9,3%; a de “inativos” em 5,9%; e os “bolseiros” perfazem
0,7% do total.
Em termos comparativos, destaca-‐se de imediato uma quebra notória na percentagem de
“empregados” na coorte mais recente (69,8%) face às coortes anteriores, pois este valor
atingia os 80,3% no ano letivo de 2010/11, 73% em 2009/10, 81,1% em 2008/09 e 91,8% em
2004/05. O decréscimo da porção de “empregados” em 2011/12 deve-‐se principalmente ao
aumento considerável de mestres a realizar “estágios remunerados”, uma vez que o aumento
percentual do “desemprego” ou da “inatividade”, ainda que constante ao longo do tempo, é
pouco significativo. Com efeito, observa-‐se na coorte mais recente que as situações de
0
20
40
60
80
100
Inacnvos Desempregados Bolseiros Estagiários (remunerados)
Empregados
73 47,7
100
42,9 33
27
52,3
0
57,1 67 Não Estudantes
Estudantes
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Inacnvos Desempregados Bolseiros Estagiários (remunerados)
Empregados
5,9 9,3
0,7
14,3
69,8
5,1 8,7
0,6 5,3
80,3
4,6 5,6 1,4
15,4
73
2,8 3,3 4,7 8
81,1
2,7 1,4 4,1 0
91,8
2011/2012
2010/2011
2009/2010
2008/2009
2004/2005
“estágio remunerado” representam uma parcela de 14,3%, enquanto em 2010/11 essa
percentagem era de apenas 5,3%, o que constitui um aumento notável que, em grande
medida, explica a diminuição da percentagem de “empregados” neste ano letivo. Devemos
notar que, antes de 2010/11, os “estágios remunerados” vinham a ganhar importância de
forma consistente e, ainda que inexistentes em 2004/05, em 2008/09 representavam já 8% e
em 2009/10 mais de 15%, um valor em linha com o que se obteve na coorte mais recente e
que também motivou uma quebra na percentagem de mestres “empregados” nessa coorte.
Por seu turno, a percentagem de “desempregados” regista um acréscimo constante ao longo
do tempo, assumindo um valor residual de 1,4% entre os mestres no ano letivo de 2004/05,
passando para 3,3% em 2008/09, para 5,6% em 2009/10, para 8,7% em 2010/11 e
ascendendo a 9,3% na coorte mais recente. Também o peso dos casos de “inatividade” cresce
de forma contínua, mas apenas com ligeiros incrementos de ano para ano. Em 2004/05 a
parcela de mestres “inativos” era de apenas 2,7%, passando a 2,8% em 2008/09, 4,6% em
2009/10, 5,1% em 2010/11 e 5,9% na coorte mais recente. Em sentido contrário, os mestres
com “bolsas de estudos” têm vindo a diminuir e, se nas duas coortes mais recuadas o seu
peso rondava os 4%, em 2009/10 era de apenas 1,4% e nas duas coortes mais recentes os
“bolseiros” representam menos de um ponto percentual do total de mestres (0,6% em
2010/11 e 0,7% em 2011/12).
Gráfico 4-‐ Situação perante a atividade -‐ Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Doutores: Entre os doutorados em 2011/12, 82% encontram-‐se “empregados”; o
“desemprego” corresponde a uma percentagem de 9,8%; as situações de “inatividade”
representam 6,6%; e os doutorados “bolseiros” assumem uma parcela residual de 1,6%.
0
20
40
60
80
100
Inacnvos Desempregados Bolseiros Estagiários (remunerados)
Empregados
6,6 9,8
1,6 0
82
2,3 3,1 2,3 0
92,3
2,9 2,9 0 0
94,2
6 2,4 2,4 0
89,3
0 3,8 0 0
96,2
2011/2012
2010/2011
2009/2010
2008/2009
2004/2005
Face a anos letivos anteriores, os doutorados em 2011/12 experimentam mais situações de
“desemprego” e de “inatividade”. Note-‐se que, até à coorte mais recente, a porção de
doutorados “empregados”, ainda que tenha conhecido algumas oscilações, foi sempre
esmagadora, abeirando-‐se ou ultrapassando os 90%, enquanto na coorte mais recente se
queda em 82%. Uma quebra assinalável que se materializa no aumento das situações de
“desemprego” e “inatividade”. As primeiras, ainda que já demonstrassem uma tendência de
crescimento, representavam contingentes reduzidos de diplomados que se quedavam aquém
dos 3,2%, porém, na coorte mais recente, esta percentagem triplica e ascende a 9,8%. As
situações de “inatividade” conhecem bastantes oscilações de coorte para coorte,
representando sempre uma parcela reduzida de diplomados que, porém, atinge o seu valor
mais elevado na coorte mais recente onde se contabilizam 6,6% de doutorados “inativos”.
Acrescente-‐se ainda que nunca se registaram casos de doutorados a realizar um ”estágio
remunerado” um ano após a sua graduação, e que os “bolseiros” de estudo,
maioritariamente a realizar pós-‐doutoramentos, representam sempre uma percentagem
residual que oscila entre 0% e 2,4%.
2. Quais as “taxas de emprego” e “desemprego” (calculadas segundo os
critérios do INE) e qual o número de inscritos em centros de emprego para
procurar um emprego, um ano após a conclusão do grau?
Gráfico 5-‐ Taxa Emprego, Desemprego e percentagem de inscritos em Centros de Empregos para procurar um emprego -‐ Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
20
40
60
80
100
Inscrito em Centro de Emprego Taxa Desemprego Taxa Emprego
9,5
27,4
43,5
10,1
31,7 40,1
9,6
22,4
52,7
7,5 15,2
56,8
3,9 5,8
88,1
2011/2012
2010/2011
2009/2010
2008/2009
2004/2005
Licenciados: A “taxa de emprego” entre licenciados cifra-‐se em 43,5%. A “taxa de
desemprego” atinge os 27,4% ainda que a percentagem de “inscritos em centros de emprego
para procurar um emprego” não ultrapasse os 9,5%, sendo pois inferior ao número de
desempregados apurados com base na definição do INE.
A “taxa de emprego”, que decresceu consistentemente ao longo do tempo, de 88,1% na
coorte mais recuada, para 56,8% em 2008/09, 52,7% em 2009/10 e 40,1% em 2010/11,
registou uma ligeira inflexão ascendente para 43,5% na coorte mais recente. Por seu lado, o
agravamento exponencial da “taxa de desemprego” que se verificou entre 2004/05 (5,8%) e
2010/11 (31,7%) parece ser interrompido na coorte de 2011/12, momento em que recuou
para 27,4%. A percentagem de licenciados inscritos em centros de emprego com o objetivo
de encontrarem um (primeiro ou novo) emprego revela alguma estabilidade nas três coortes
mais recentes, passando a rondar os 10%. O seu valor era ainda assim mais baixo em 2008/09
(7,5%) e em 2004/05, ano que não foi além da percentagem residual de 3,9%.
Gráfico 6-‐ Taxa Emprego, Desemprego e percentagem de inscritos em Centros de Empregos para procurar um emprego -‐ Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Mestres: No caso dos mestres, a “taxa de emprego” eleva-‐se a 84,1%, enquanto a “taxa de
desemprego” se cifra em 9,9%. A percentagem de mestres “inscritos em centros de emprego
para procurar um emprego” é de 13,8%.
Ainda que diminua ao longo do tempo, a “taxa de emprego” estimada para os mestres
mantêm-‐se sempre elevada: assume o valor de 91,8% em 2004/05, 89,1% em 2008/09, 88,4%
em 2009/10, 85,6% em 2010/11 e 84,1% em 2011/12. O decréscimo progressivo dos níveis de
emprego contrasta com o aumento constante da “taxa de desemprego” e da percentagem de
inscritos em centros de emprego para procurar trabalho”.
0
20
40
60
80
100
Inscrito em Centro de Emprego
Taxa Desemprego Taxa Emprego
13,8 9,9
84,1
10,9 9,2
85,6
8 6
88,4
4,2 3,6
89,1
2 1,5
91,8
2011/2012
2010/2011
2009/2010
2008/2009
2004/2005
De facto, na coorte de mestres de 2004/05 o valor da “taxa de desemprego” não ultrapassava
os 1,5%, tendo depois crescido para 3,6% em 2008/09, 6% em 2009/10, 9,2% em 2010/11 e
9,9% em 2011/12. Note-‐se, porém, que o aumento verificado na última coorte representa um
abrandamento do ritmo de crescimento da referida taxa. Já a proporção de mestres inscritos
em centros de emprego com o intuito de encontrarem um emprego, que em 2004/05 não
ultrapassava 2%, aumenta para 4,2% em 2008/09, aumenta para 8% em 2009/10 e ultrapassa
a barreira dos dois dígitos, tanto em 2010/11, como em 2011/12, ao cifrar-‐se,
respetivamente, em 10,9% e 13,8%.
Gráfico 7-‐ Taxa Emprego, Desemprego e percentagem de inscritos em Centros de Empregos para procurar um emprego -‐ Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Doutores:
Verifica-‐se uma clara degradação dos níveis de emprego entre os doutorados da coorte de
2011/12 face a coortes anteriores. Por um lado, a “taxa de emprego” decresce para 82%
quando atingia 92,3% em 2010/11, 94,2% em 2009/10, 89,3% em 2008/09 e 96,2% em
2004/05. Por outro lado, na coorte mais recente regista-‐se um agravamento notório da “taxa
de desemprego” que atinge os 10,7% enquanto nas quatro coortes mais recuadas se situava
na casa dos 3%. Só se encontram doutorados “inscritos em centros de emprego para procurar
emprego”, e em número residual (0,9%), a partir de 2009/10. Esta situação tornou-‐se mais
frequente nos dois anos letivos mais próximos, representando uma parcela de 4,6% em
2010/11 e de 6,5% em 2011/12.
0
20
40
60
80
100
Inscrito em Centro de Emprego Taxa Desemprego Taxa Emprego
6,5 10,7
82
4,6 3,2
92,3
0,9 3
94,2
0 2,6
89,3
0 3,8
96,2
2011/2012
2010/2011
2009/2010
2008/2009
2004/2005
3. Qual o grau de adequação/inadequação entre a atividade profissional e o
nível de instrução dos licenciados, mestres e doutores da UNL, que se
encontram empregados, um ano após a conclusão do grau?
Para a aferição do grau de adequação/desadequação entre a atividade profissional e o nível
de instrução dos diplomados adotou-‐se o critério do EUROSTAT, no qual se considera que os
indivíduos classificados nos grupos profissionais 1, 2 e 3 (“Representantes do poder
legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos”; “Especialistas
das Profissões Intelectuais e Científicas” e os “Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio”)
se encontram numa posição profissional adequada ao nível de instrução alcançado1. Gráfico 8-‐ Grau de Adequação/Inadequação entre profissão e nível de ensino – Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Licenciados: A adequação entre a atividade profissional dos licenciados e o seu nível de
instrução é de 72,5%, valor mais favorável do que o obtido no ano letivo transato (71,3%)
mas aquém dos 82,5% atingidos entre os licenciados de 2009/10, dos 77% alcançados na
coorte de 2008/09 ou dos 79,2% registados em 2004/05.
1 As três primeiras categorias da International Standard Classification of Occupations (ISCO), que integra a Classificação Portuguesa das Profissões de 2010 (CPP/2010), são reconhecidas como aquelas que “include posts to be typically occupied by tertiary education graduates”. Cf: Eurostat (2009), Bologna Process in Higher Education in Europe. Key Indicators on the Social Dimension and Mobility, Luxemburgo: Office for the Official Publications of the European Communities, pp. 131-‐137.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
79,2
77,2 82,5 71,3
72,5
20,8
22,8 17,5 28,7
27,5 Adequado Inadequado
Gráfico 9-‐ Grau de Adequação/Inadequação entre profissão e nível de ensino – Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Mestres: A adequação entre as atividades profissionais dos mestres e o seu nível de instrução
é extremamente elevada, verificando-‐se em 94,9% das situações referentes ao ano letivo de
2011/12. Note-‐se que este valor é idêntico ao obtido na coorte anterior (2010/11) e
representa um recuo, embora muito ligeiro, face às coortes anteriores.
Gráfico 10-‐ Grau de Adequação/Inadequação entre profissão e nível de ensino – Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Doutores: A adequação da atividade profissional ao nível de estudos atinge os 100% entre os
doutores, igualando assim a marca obtida nas três coortes anteriores.
4. Qual o grau de adequação/inadequação entre a atividade profissional e à
área científica de formação dos licenciados, mestres e doutores da UNL,
um ano após a conclusão do grau?
Os graus de adequação/desadequação são aqui aferidos com base na percepção que os
indivíduos veiculam acerca dessa matéria. Para tal recorreu-‐se a uma escala ampla de 10
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
99,2
97,5 97,3 94,9
94,9
0,8
2,5 2,7 5,1
5,1
Adequado Inadequado
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
98
100 100 100
100
2
0 0 0
0
Adequado Inadequado
pontos, em que 1 significa que a atividade profissional se encontra “Totalmente desadequada
à área de formação” e 10 “Totalmente adequada”. Considera-‐se que uma pontuação igual ou
superior a 6 pontos configura uma perceção positiva da adequação.
Gráfico 11-‐ Grau de Adequação/Inadequação declarado entre profissão e área de formação – Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Licenciados: Através deste exercício avaliativo, podemos verificar que 61% dos licenciados
em 2011/12 declararam uma adequação positiva entre a sua profissão e a área científica de
formação. Este valor representa uma redução do número daqueles que têm esse tipo de
perceção face a anos anteriores, pois em 2010/11 esta alcançava os 64,2% e em 2009/10 os
82%. Note-‐se, porém, que em 2008/09 também não ultrapassava a fasquia dos 70%,
situando-‐se, mais exatamente, em 67%.
Gráfico 12-‐ Grau de Adequação/Inadequação declarado entre profissão e área de formação – Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Mestres: A proclamação de uma adequação positiva entre profissão e área científica de
formação cifrava-‐se em 80,3% no caso dos mestres, um valor elevado mas que ainda assim
representa uma ligeira inversão da tendência de crescimento registada ao longo dos últimos
anos.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
77,3
67
82 64,2
61
22,7
33 18
35,8
39
Adequado Inadequado
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
65,4
77,2 81 84,7
80,3
34,6
22,8 19
15,3
19,7
Adequado Inadequado
. Gráfico 13-‐ Grau de Adequação/Inadequação declarado entre profissão e área de formação – Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Doutores: A percepção de adequação positiva entre atividade profissional e área de
formação científica dos doutores em 2011/12 atinge os 93%, o que representa um aumento
notório face às coortes mais recuadas quando o indicador se quedava por valores na casa dos
80%.
5. Quais os níveis de remuneração líquida dos licenciados, mestres e
doutores da UNL, um ano após a conclusão do grau?
Gráfico 14-‐ Remuneração média líquida – Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Licenciados: A remuneração mensal líquida dos licenciados cifra-‐se, em média, nos €777. Este
valor é o mais reduzido entre as cinco coortes inquiridas, que têm vindo a registar perdas
sucessivas. Comparando a coorte mais recente com a mais recuada, verifica-‐se que os salários
auferidos pelos licenciados baixaram, nominalmente, cerca de 20%.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
81,6
87,9 82,7 84,1
93
18,4
12,1 17,3 15,9
7
Adequado Inadequado
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100
2004/2005
2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
939
895 921 812
777
Remuneração média líquida (€)
Gráfico 15-‐ Remuneração média líquida – Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Mestres: Em termos evolutivos, o rendimento médio dos mestres com o trabalho atingiu o
seu ponto mais elevado na coorte mais recuada (2004/05), registando-‐se, a partir daí, uma
certa oscilação anual, marcada no entanto por uma tendência de decréscimo, que acabou por
o conduzir ao seu valor mais baixo (€1179) na coorte mais recente. À semelhança do que
sucede com os licenciados, o salário mensal dos mestres reduziu-‐se, em média, cerca de 18%
desde 2004/05. Gráfico 16-‐ Remuneração média líquida – Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Doutores: A remuneração média mensal líquida dos doutores aumenta consideravelmente
quando confrontada com a dos mestres e licenciados, cifrando-‐se em €1745, valor que
supera o da coorte anterior e que assim interrompe o processo de degradação remuneratória
que se verificava entre as coortes mais recuadas. Em 2004/05 a remuneração média dos
doutores situava-‐se em €1883, tendo diminuído progressivamente nos três anos letivos
subsequentes: caiu para €1764 em 2008/09, para €1716 em 2009/10 e para €1643 na coorte
de 2010/11.
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500
2004/2005
2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
1394
1246 1192 1257
1179
Remuneração média líquida (€)
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
2004/2005
2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
1883
1764 1716 1643
1745
Remuneração média líquida (€)
6. Qual o estatuto jurídico da entidade empregadora dos licenciados, mestres
e doutores da UNL, um ano após a conclusão do grau?
Gráfico 17-‐ Natureza Jurídica da entidade empregadora – Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Licenciados: Os licenciados “empregados” da coorte de 2011/12 exerciam maioritariamente
a sua atividade no “setor privado” (73,9%) e cerca de 22% encontram-‐se empregados em
“Organismos da administração pública” (15,6%) ou em “Empresas públicas ou mistas” (7,3%).
A importância das ONG agregada à das IPPS não ia além de 2,7%.
Do ponto de vista comparativo, constata-‐se que o peso do emprego nas “empresas privadas”,
ainda que revele algumas oscilações, assume-‐se claramente como maioritário em qualquer
das coortes, observando-‐se inclusive o seu reforço na coorte mais recente.
Gráfico 18-‐ Natureza Jurídica da entidade empregadora – Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
20
40
60
80
100
Ns/Nr ONG/IPSS Organismo da administração
pública
Empresa pública ou mista
Empresa privada em geral
0,5 2,7
15,6 7,3
73,9
0,6 2,1
26,7
5,5
65
0,3 1
20,2
8,4
70,2
0 1,8
26,6
7,5
64,1
0 1,4
21,9
6,8
69,8 2011/2012
2010/2011
2009/2010
2008/2009
2004/2005
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
ONG/IPSS Organismo da administração pública
Empresa pública ou mista
Empresa privada em geral
1,2
38,5
7,9
52,3
1,8
43,2
7,6
47
1,7
41,5
8,8
48
1,3
51,9
6,9
40
1,5
64,7
3,8
30,1
2011/2012
2010/2011
2009/2010
2008/2009
2004/2005
Mestres: Verifica-‐se um ascendente do setor privado no emprego dos mestres do ano letivo
2011/12. O “setor privado” assume um peso de 52,3%, enquanto o “setor público”
representa 46,4% do emprego (38,5% em “Organismos da administração pública” e 7,9% em
“Empresas públicas ou mistas”). O emprego em ONG/IPSS não vai além de 1,2%.
Em termos evolutivos, destaque-‐se o assinalável aumento da importância relativa das
empresas privadas: de um peso de apenas 30,1% na coorte de 2004/05, passam a 40% em
2008/09 e a 48% em 2009/10, decrescem ligeiramente para 47% em 2010/11, mas voltam a
ascender a 52,3% em 2011/12, atingindo aí o seu valor máximo.
Gráfico 19-‐ Natureza Jurídica da entidade empregadora – Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Doutores: Ao invés dos restantes ciclos, no caso dos doutores o “setor público” acolhe a
maioria dos empregados. Este setor absorve cerca de 77,6% destes graduados, cabendo ao
“setor privado” pouco mais de 16% do emprego. Importa além disso notar que, depois de um
promissor crescimento das empresas privadas em 2010/11, ano em que absorvem já 18,4%
do total, parece voltar a registar-‐se uma redução do seu peso relativo no ano de 2011/12.
Vale a pena acrescentar que, ao contrário do que sucede com os licenciados e mestres, o
peso dos doutores empregados em ONG e IPSS começa fazer-‐se notar, ultrapassando o
patamar dos 6%.
0
20
40
60
80
100
ONG/IPSS Organismo da administração pública
Empresa pública ou mista
Empresa privada em geral
6,1
74,5
3,1 16,3
4,4
76,3
0,9
18,4
0
83,5
2,5
13,9
0
85,3
1,3 13,3
0
87,8
2 10,2
2011/2012
2010/2011
2009/2010
2008/2009
2004/2005
7. Qual a situação dos licenciados, mestres e doutores da UNL na sua
profissão, um ano após a conclusão do grau?
Gráfico 20-‐ Situação na Profissão – Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Licenciados: Constata-‐se uma clara supremacia dos licenciados que trabalham “por conta de
outrem”, face aos que declaram trabalhar “por conta própria”. O valor global dos primeiros
atinge os 92,7% em 2011/12. As flutuações registadas ao longo dos anos são muito pouco
significativas.
Gráfico 21-‐ Situação na Profissão – Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Mestres: O peso relativo dos “trabalhadores por conta de outrem” ascende, no caso dos
mestres, a 94,3%. Este cenário é, em grande medida, idêntico em todas as coortes, ainda que
se detete um ligeiro aumento do trabalho “por conta de outrem” desde a coorte de 2004/05.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009
2009/2010
2010/2011
2011/2012
9,4
10,1
6,7
5,9
7,3
90,6
89,9
93,3
94,1
92,7
Trabalhador por conta própria Trabalhador por conta de outrem
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009
2009/2010
2010/2011
2011/2012
7,4
4,9
4
3,5
5,7
92,6
95,1
96
96,5
94,3
Trabalhador por conta própria Trabalhador por conta de outrem
Gráfico 22-‐ Situação na Profissão – Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Doutores: O peso dos trabalhadores “por conta de outrem” é também aqui esmagador,
fixando-‐se em 96% na coorte mais recente. Porém, ao invés da situação entre licenciados e
mestres, regista-‐se aqui uma ligeira diminuição deste valor face à coorte mais recuada, na
qual ascendia a 98%.
8. Quais os setores de atividade em que os licenciados, mestres e doutores da
UNL exercem a sua profissão, um ano após a conclusão do grau? Gráfico 23-‐ Setor de atividade da entidade empregadora – Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009
2009/2010
2010/2011
2011/2012
2
2,7
2,1
6,7
4
98
97,3
97,9
93,3
96
Trabalhador por conta própria Trabalhador por conta de outrem
0
5
10
15
20
25
30 Ns/Nr
Organism
os Internacionais e
outras insntuiçõe
s extraterritó
rio
Defesa Nacional
Serviços arssncos e
culturais
Administração pú
blica, cen
tral e
local
Jusnça
Saúd
e e Acção Social
Educação
Serviços prestados às e
mpresas
Bancos e Seguros
Comércio, Restaurantes e
Hotéis
Transportes e
com
unicaçõe
s
Indú
stria
s transform
adoras, elect.,
água, gás e con
strução
Agricultura, pesca e indú
stria
s extracnvas
2 1
1,5
11,9
4,6
2,3 2,5
16,5
28,1
8,1
10,9
8,1
2 0,5
2,3 1,1 1,4
9,3
6,5
2,8 3,4
14,4
24,4
8,2
15,6
7,4
2,5 0,6 0,7 0,2 0,5
9,4
6,7
2,5 2,7
18,5
27,7
11,9 11,6
3,7 3 1
0 0
2,9
7,5
4,4
1,1
5,5
20,8 21,9
11,5
8,2 9,7
6,2
0,4 0 0 1,1
7,2
2,6 1,1
10
17
21,5
9,5 7,8 8,4
12,4
1,2
2011/2012 2010/2011 2009/2010 2008/2009 2004/2005
Licenciados: Os licenciados em 2011/12 encontram-‐se, em termos gerais, concentrados em
torno de quatro setores de atividade que congregam, no seu conjunto, mais de dois terços do
total (67,4%): os “Serviços prestados às empresas” (28,1%); a “Educação (16,5%); os “Serviços
artísticos e culturais” (11,9%); e o “Comércio, restaurantes e hotéis” (10,9%). Destaque ainda
para os setores dos “Transportes e comunicações” e dos “Bancos e seguros” que
representam, cada um, 8,1% do emprego. Importa ainda salientar, que o peso relativo de
cada área de atividade varia de forma muito considerável entre as diferentes unidades
orgânicas.
Em termos diacrónicos, interessa sublinhar que as alterações encontradas entre períodos
podem estar relacionadas, em grande medida, com a diminuição ou total desaparecimento
de algumas áreas de formação entre os licenciados, em virtude da institucionalização dos
“mestrados integrados”.
Gráfico 24-‐ Setor de atividade da entidade empregadora – Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Mestres: Ainda que nenhum setor de atividade se assuma como predominante, encontramos
três que agregam uma larga maioria dos mestres (61,1%): “Saúde e ação social” (21,6%), os
“Serviços prestados às empresas” (21,2%); e o setor educativo (18,3%). Note-‐se ainda que as
0
10
20
30
40
50
60
Ns/Nr
Organism
os Internacionais e
outras insntuiçõe
s extraterritório
Defesa Nacional
Serviços arssncos e
culturais
Administração pú
blica, cen
tral
e local
Jusnça
Saúd
e e Acção Social
Educação
Serviços prestados às
empresas
Bancos e Seguros
Comércio, Restaurantes e
Ho
téis
Transportes e
com
unicaçõe
s
Indú
stria
s transform
adoras,
elect., água, gás e con
strução
Agricultura, pesca e indú
stria
s extracnvas
1,6 0,3 0,9
4,4 5,6 2,7
21,6 18,3
21,2
2,8 4,1 4,6
11,4
0,5 0,9 0,4 1,4 2,7
8,4
1,7
19,7 20 18,5
4,4 2,3 3,2
15,6
0,7 0,4 0,4 0,7 3,9 4,7 2,4
17,9
26,3
19,6
5,5 2,6 3,3
11,9
0,5 0 0
0,9 5,4 5
1,8
22,8
26,6
16,3
4,8 2,9 5,9 7,4
0,2 0 0 0,8
8,5 6,2
0
10,8
53,8
11,5
0,8 0,8 1,5 3,8
1,5
2011/2012 2010/2011 2009/2010 2008/2009 2004/2005
“Indústrias transformadoras, eletricidade, água, gás e construção” representam também uma
importante parcela do emprego entre os mestres (11,4%).
Em termos evolutivos, destaca-‐se o declínio acentuado da “Educação” que em 2004/05
reunia mais de 53% dos mestres, enquanto na coorte mais recente não representa mais que
18,3% do emprego. Importa igualmente notar o aumento do emprego no setor das
“Indústrias transformadoras, eletricidade, água, gás e construção” que acolhe apenas 3,8%
dos mestres em 2004/05, enquanto na coorte mais recente representa uma fatia de mais de
11% do emprego. De forma menos enfática e com oscilações, também os setores dos
“Serviços prestados às empresas” e da “Saúde e Ação Social” têm vindo a reforçar a sua
importância ao longo dos anos.
Gráfico 25-‐ Setor de atividade da entidade empregadora – Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Doutores: É absolutamente notória a proeminência do setor da “Educação” no emprego dos
doutorados. Em 2011/12 o setor “educativo” acolhe 71% destes diplomados e nenhum dos
restantes setores de atividade ultrapassa a fasquia percentual dos dois dígitos. Em termos
evolutivos, devemos destacar que o setor da “educação”, ainda que dominante em todas as
coortes, tem perdido algum do seu peso relativo ao longo dos anos. Com efeito, superava os
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Ns/Nr
Serviços arssncos e
culturais
Administração pú
blica,
central e local
Jusnça
Saúd
e e Acção Social
Educação
Serviços prestados às
empresas
Bancos e Seguros
Comércio, Restaurantes e
Ho
téis
Indú
stria
s transform
adoras,
electricidade, água, gás e
construção
Agricultura, pesca e
indú
stria
s extracnvas
2 5
4 1
7
71
3 0 0 4 3
0,8 4,2 4,2
0 5
76,7
3,3 0 1,7
4,2 0
2,1 3,1 4,1 1 6,2
71,7
8,2
1 1 1 1 0 0 2,7 1,3 4
86,7
5,3
0 0 0 0 0 2,1
6,3 0
4,2
81,3
4,2 0 0 2,1 0
2011/2012 2010/2011 2009/2010 2008/2009 2004/2005
80% em 2004/05 e 2008/09, enquanto nos anos letivos subsequentes oscila entre 71% e
76,7%.
9. Um ano após a conclusão do grau, licenciados, mestres e doutores já
haviam continuado os seus estudos académicos?
Os dados apresentados referem-‐se à inscrição (ou não) em novas pós-‐graduações,
licenciaturas, mestrados, doutoramentos ou pós-‐doutoramentos, um ano após a obtenção do
diploma de licenciatura, mestrado ou doutoramento.
Gráfico 26-‐ Continuação de estudos académicos -‐ Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Licenciados: Após a implementação das alterações curriculares associadas ao processo de
Bolonha verifica-‐se que a maioria dos licenciados se encontra inscrita numa nova formação
académica um ano depois da sua graduação. Desde o ano letivo de 2008/09, a primeira
coorte inquirida após a implementação das mudanças associadas ao processo de Bolonha,
que a parcela dos que optaram por dar continuidade aos estudos académicos é maioritária,
colocando-‐se entre os 52,2% e os 64,2%, enquanto em 2004/05 essa opção havia sido
tomada por apenas 16% dos licenciados.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009
2009/2010
2010/2011
2011/2012
16
64,2
52,2
59,4
53,3
84
35,8
47,8
40,6
46,7
Sim Não
Gráfico 27-‐ Continuação de estudos académicos -‐ Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Mestres: A percentagem de mestres que, um ano após a sua graduação, já iniciou uma nova
formação académica é bastante reduzida e, em termos evolutivos, tem vindo a decrescer.
Depois da implementação do processo de Bolonha observa-‐se um ligeiro crescimento na
parcela de mestres que prosseguem estudos académicos, de 15% em 2004/05 para 20% em
2008/09, porém, nos anos mais recentes o peso desse grupo tem vindo a recuar
sistematicamente e, na coorte mais recente, não ultrapassa os 9,1%.
Gráfico 28-‐ Continuação de estudos académicos -‐ Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Doutores: O grupo de doutorados que prossegue atividades académicas, a maioria através de
um pós-‐doutoramento, apenas assume um peso significativo depois das mudanças
curriculares associadas ao processo de Bolonha. Em 2004/05 a percentagem de doutorados
que optaram por dar continuidade aos seus estudos coloca-‐se aquém dos 2%, enquanto em
2008/09 ultrapassa os 22%. Esta opção é menos frequente entre os doutorados em 2009/10
(14,6%) mas surge em claro crescimento nos anos mais recentes ao incluir 16,9% destes
graduados em 2010/11 e 27% em 2011/12.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009
2009/2010
2010/2011
2011/2012
15
20
14,1
10,5
9,1
85
80
85,9
89,5
90,9 Sim Não
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009
2009/2010
2010/2011
2011/2012
1,9
22,6
14,6
16,9
27
98,1
77,4
85,4
83,1
73
Sim Não
10. No momento da inquirição, qual a relação dos licenciados, mestres e
doutores da coorte de 2011/12 com a possibilidade de emigrar?
Os dados referentes à relação com a emigração da coorte de 2011/12 reportam ao momento
da inquirição, ou seja, entre dois e dois anos e meio após a graduação, sendo que não se
dispõe do mesmo tipo de informações sobre as coortes mais recuadas. Importa também
destacar que, não obstante as elevadas taxas de resposta obtidas nos vários ciclos de estudos
(Cf. Quadro 1), existe um grupo graduados com os quais não foi possível estabelecer contacto
ao longo da inquirição, apesar das várias tentativas em dias e horários distintos. Não
podemos deixar de colocar a hipótese de que, entre os que não foram inquiridos, exista uma
parcela significativa de graduados que resida fora do país e que não se disponha dos
respectivoscontactos atualizados. Existe, portanto, a possibilidade dos graduados emigrantes
se encontrarem subrepresentados na amostra e, portanto, subavaliados nos dados
apresentadas no gráfico seguinte.
Gráfico 29-‐ Relação com a emigração -‐ Graduados 2011/12
Cerca de dois anos depois da sua graduação, verifica-‐se que a maioria dos licenciados
(57,2%), mas também de mestres (69,7%) e doutores (68,8%) nunca consideraram a hipótese
de emigrar ou só a consideraram de forma vaga. A parcela de graduados que declara já
possuir planos para emigrar, ou que considera essa hipótese como provável assume maior
expressão entre licenciados (40,6%) do que entre mestres (27,8%) ou doutores (21,4%).
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Licenciados
Mestres
Doutores
57,5
69,7
68,8
40,6
27,8
21,4
1,4
2,2
9,8
Não considerou essa hipotese ou só a considerou de forma vaga
Têm essa hipotese como provável ou já tem planos para emigrar
Já é emigrante
Em paralelo, o grupo de diplomados que já são emigrantes tem um peso residual entre os
licenciados e entre os mestres, respetivamente 1,4% e 2,2%, mas é claramente mais alargado
entre os doutores correspondendo a 9,8%.
11. Licenciados, mestres e doutores voltariam a escolher o mesmo curso que
concluíram na UNL? E voltariam a escolher o mesmo estabelecimento de
ensino?
Os dados que a seguir se apresentam funcionam como um indicador indireto da avaliação
que os graduados produzem, tanto acerca do curso como do estabelecimento de ensino em
que se formaram. Foram obtidos questionando-‐se os indivíduos se, no momento da
inquirição, voltariam a escolher o mesmo curso e estabelecimento de ensino. Importa
contudo alertar para que o indicador conhece importantes limites, pois se a resposta
afirmativa traduz um balanço positivo, a resposta negativa não expressa necessariamente
uma apreciação desfavorável – poderá apenas significar que outros cursos ou
estabelecimentos nacionais ou estrangeiros são preferidos sem que isso signifique a
retratação da escolha efetivamente realizada. Acresce ainda que os resultados obtidos para
cada uma das coortes de graduados não devem ser diretamente confrontados, uma vez que,
como foi referido, o instante em que estas questões foram colocadas varia face ao momento
da graduação (dois anos e meio em 2011/12 e 2010/11, dois anos em 2009/10, um ano em
2008/09 e cinco anos em 2004/05), não se sabendo em que moldes, ou com que intensidade,
a avaliação emitida pelos diplomados é afetada pela extensão do afastamento temporal
entre o momento de conclusão do grau e aquele em que estas questões foram colocadas.
Gráfico 30-‐ Escolheriam o mesmo curso – Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009
2009/2010
2010/2011
2011/2012
69
81,5
79,5
79,5
79,2
Sim
Gráfico 31-‐ Escolheriam o mesmo curso – Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Gráfico 32-‐ Escolheriam o mesmo curso – Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
A relação dos diplomados com os estudos académicos em que se graduaram na UNL aparenta
ser, de um modo geral, bastante positiva nas várias coortes, revelando-‐se tanto mais
favorável quanto mais elevado o grau académico concluído.
Coorte de 2011/12: mais de 79% dos licenciados afirmou que voltaria a escolher o mesmo
curso no momento da inquirição, valor que ascende a 83,4% entre mestres e a 91% entre
doutores.
Coorte de 2010/11: a percentagem de licenciados que declarou, no momento da inquirição,
que voltaria a escolher o mesmo curso ronda os 79%, atinge os 83,2% no caso dos mestres, e
eleva-‐se a 86,2% no dos doutores.
Coorte de 2009/10: observa-‐se que cerca de 79,5% dos licenciados, 85% dos mestres, e
84,5% dos doutores escolheriam novamente o mesmo curso que concluíram nesse ano letivo.
Coorte de 2008/09: mais de 81% de licenciados e de 87% dos mestres declararam que
escolheriam o mesmo curso em que se formaram, uma afirmação partilhada por mais 90% de
doutores.
Coorte de 2004/05: 69% do total de licenciados, 80% do de mestres e 92% no caso dos
doutores afirmam que voltariam a escolher o mesmo curso.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009
2009/2010
2010/2011
2011/2012
80
87,4
85
83,2
83,4
Sim
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009
2009/2010
2010/2011
2011/2012
92
90,5
84,5
86,2
91
Sim
Gráfico 33-‐ Escolheriam o mesmo estabelecimento de ensino – Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Gráfico 34-‐ Escolheriam o mesmo estabelecimento de ensino – Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
Gráfico 35-‐ Escolheriam o mesmo estabelecimento de ensino – Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
A relação dos diplomados com o estabelecimento de ensino em que se graduaram na UNL
parece, de um modo geral, ser ainda mais positiva. Em qualquer uma das coortes, o grupo
daqueles que escolheriam de novo o mesmo estabelecimento de ensino é igual ou superior a
88% no caso dos licenciados, eleva-‐se a mais de 90% dos mestres e, apenas com exceção da
coorte de 2004/05, ronda os 92% entre doutores. Estes resultados não variam
significativamente entre as várias unidades orgânicas, podendo constituir um indício de que
os níveis de satisfação dos diplomados com a frequência académica nas várias unidades
orgânicas da UNL são elevados.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009
2009/2010
2010/2011
2011/2012
88
87,9
88,8
88,1
90,3
Sim
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009
2009/2010
2010/2011
2011/2012
94,6
91,3
90,8
91,7
90,7
Sim
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2004/2005
2008/2009
2009/2010
2010/2011
2011/2012
84,6
92,9
92,2
93,1
91,8
Sim
Quadro 1 – Universo, amostra, erro amostral e taxa de resposta por ciclo de ensino e unidade orgânica
Unidade Orgânica Universo Amostra Tx. resposta (%) Erro Amostral (%)*FCSH 593 392 66,1 2,9FCT 286 203 71,0 3,7FD 80 57 71,3 7,0
ISEGI 60 42 70,0 8,3NSBE 311 215 69,1 3,7
Total 1º Ciclo 1330 909 68,3 1,8ENSP 43 32 74,4 8,8FCM 225 174 77,3 3,5FCSH 426 265 62,2 3,7FCT 685 495 72,3 2,3FD 60 46 76,7 7,0
IHMT 57 25 43,9 14,7ISEGI 66 30 45,5 13,2NSBE 284 153 53,9 5,4
Total 2º Ciclo 1846 1220 66,1 1,6FCM 6 5 83,3 17,9FCSH 52 37 71,2 8,7FCT 69 50 72,5 7,3FD 6 3 50,0 40,0
IHMT 4 1 25,0 84,9ISEGI 2 1 50,0 69,3ITQB 51 24 47,1 14,6NSBE 2 1 50,0 69,3
Total 3º Ciclo 192 122 63,5 5,4
3º Ciclo
2º Ciclo
1º Ciclo
* - Calculado para um intervalo de confiança de 95%.