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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Relatório e Contas 2008

Página 3 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

ÍNDICE

ÍNDICE GERAL 2

ÍNDICE DE QUADROS 3

ÍNDICE DE FIGURAS 3

ÍNDICE DE GRÁFICOS 4

I. INTRODUÇÃO 5

II. O SUCH NO CONTEXTO DO SECTOR DA SAÚDE 12

III. PLANO ESTRATÉGICO 2007-2009 – os objectivos a que nos propusemos em 2008 18

IV. ACTIVIDADES DE 2008 24

IV.1. O 2º ano de execução do Plano Estratégico 25

IV.2. As Funções Corporativas 31

IV.2.1. Recursos Humanos 31

IV.2.2. Qualidade 36

IV.2.3. Comunicação e Imagem 39

IV.2.4. Marketing 47

IV.2.5. Comercial 48

IV.2.6. Sistemas de Informação 54

IV.2.7. Compras 56

IV.2.8. Financeira 58

IV.2.9. Apoio Geral 59

IV.2.10. Apoio Jurídico 60

IV.2.11. Cooperação 62

IV.3. As Áreas de Negócio 63

IV.3.1. A Actividade Produtiva do SUCH 63

IV.3.2. Somos EQUIPAS 68

IV.3.3. Somos AMBIENTE 78

IV.3.4. Somos NUTRIÇÃO 86

IV.3.5. Somos CONSULTORIA 92

V. A SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA 96

V.1. Evolução e Análise 97

V.2. Demonstrações Financeiras 103

Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados 109

V.3. Proposta de Aplicação de Resultados 124

VI. ÓRGÃOS SOCIAIS 125

VII. ASSOCIADOS A 31 DE DEZEMBRO DE 2008 127

VIII. CONSIDERAÇÕES FINAIS 131

IX. ANEXO 137

Relatório e Contas 2008

Página 4 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

ÍNDICE DE QUADROS

ÍNDICE DE FIGURAS

Quadro nº 1 Peso das Instituições do Sistema de Saúde na facturação do SUCH em 2008 14

Quadro nº 2 Despesa alocada aos Recursos Humanos 35

Quadro nº 3 Nº de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Norte 49

Quadro nº 4 Vendas da Direcção Comercial Norte 50

Quadro nº 5 Nº de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Centro 51

Quadro nº 6 Vendas da Direcção Comercial Centro 51

Quadro nº 7 Nº de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Sul 53

Quadro nº 8 Vendas da Direcção Comercial Sul 54

Quadro nº 9 Evolução do Volume de Negócios do SUCH 64

Quadro nº 10 Evolução dos Custos Operacionais do SUCH 64

Quadro nº 11 Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos EQUIPAS no período de 2005-2008 69

Quadro nº 12 Evolução do Volume de Negócios da UN Manutenção de Instalações e Equipamentos 2005-2008 71

Quadro nº 13 Evolução do Volume de Negócios da Segurança e Controlo Técnico 2005-2008 72

Quadro nº 14 Evolução do Volume de Negócios da UN Energia nos anos 2006-2008 73

Quadro nº 15 Evolução do Volume de Negócios da UN Projectos e Obras nos anos 2005-2008 74

Quadro nº 16 Evolução da Actividade da UN Projectos e Obras nos anos 2005-2008 75

Quadro nº 17 Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos AMBIENTE no período de 2005-2008 78

Quadro nº 18 Evolução da Produção - UN Gestão e Tratamento de Roupa 80

Quadro nº 19 Evolução da Produção - UN Limpeza Hospitalar 81

Quadro nº 20 Evolução da Produção - UN Gestão e Tratamento de Resíduos 83

Quadro nº 21 Distribuição Nacional e Exportação dos Resíduos a Incinerar 84

Quadro nº 22 Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos NUTRIÇÃO 2005-2008 88

Quadro nº 23 Evolução do Volume de Produção do Cluster Somos NUTRIÇÃO 2005-2008 89

Quadro nº 24 Evolução do Volume de Negócios do Somos CONSULTORIA 94

Quadro nº 25 Indicadores de Gestão 102

Figura nº 1 Plano Estratégico 2007-2009 20

Figura nº 2 Objectivos para 2007 e 2008 23

Figura nº 3 Principal âmbito de intervenção das Iniciativas Estratégicas 23

Figura nº 4 Ferramentas para a Gestão Estratégica de Recursos Humanos no SUCH 31

Figura nº 5 Programa de Formação no período 2006-2008 32

Relatório e Contas 2008

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ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico nº 1 Evolução, por região, da presença do SUCH em Hospitais do SNS (%) 15

Gráfico nº 2 Nº de áreas contratadas ao SUCH pelos Hospitais do SNS 16

Gráfico nº 3 Percentagem dos Hospitais do SNS clientes do SUCH, por Cluster 17

Gráfico nº 4 Evolução dos Efectivos por Áreas de Negócio 33

Gráfico nº 5 Evolução das Taxas de Rotação, Cessação e Admissão 34

Gráfico nº 6 Distribuição de Auditorias Internas da Qualidade por áreas 37

Gráfico nº 7 Peso das diferentes rubricas nos Custos Operacionais das Áreas de Negócio - 2008 66

Gráfico nº 8 Distribuição do Volume de Negócios pelos diferentes Clusters - 2008 67

Gráfico nº 9 Distribuição dos custos pelos diferentes Clusters - 2008 67

Gráfico nº 10 Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos EQUIPAS 2005-2008 69

Gráfico nº 11 Evolução do Volume de Negócios da UN Manutenção de Instalações e Equipamentos 2005-2008 71

Gráfico nº 12 Evolução do Volume de Negócios da Segurança e Controlo Técnico 2005-2008 72

Gráfico nº 13 Evolução do Volume de Negócios da UN Energia 2006-2008 74

Gráfico nº 14 Evolução do Volume de Negócios da UN Projectos e Obras 2005-2008 75

Gráfico nº 15 Distribuição Percentual de Proveitos por UN 2008 76

Gráfico nº 16 Evolução do Volume de Negócios - Cluster Somos AMBIENTE - 2005-2008 79

Gráfico nº 17 Evolução da Produção - Cluster Somos AMBIENTE 80

Gráfico nº 18 Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos NUTRIÇÃO 2005-2008 88

Gráfico nº 19 Evolução do Volume de Produção do Cluster Somos NUTRIÇÃO 2005-2008 90

Gráfico nº 20 Análise Evolutiva da Actividade do Somos CONSULTORIA 2007-2008 95

Relatório e Contas 2008

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I. INTRODUÇÃO

O Plano Estratégico 2007-2009 do SUCH (aprovado por unanimidade em Assembleia Geral

de Janeiro de 2007) visa que, ao termo do ano 2009, o SUCH seja reconhecido como

estrutura de serviços partilhados na área da Saúde, num exercício de elevada

responsabilidade social.

No primeiro ano de execução – 2007 – foram concretizados todos os objectivos previstos,

sendo este requisito essencial ao sucesso de um Plano Estratégico reconhecido por todos

como de grande ambição, a saber:

- foi operada, no essencial, a reestruturação interna do SUCH (com verticalização e

clusterização das áreas produtivas, autonomização das funções Comercial e

Marketing e esboço das funções corporativas visando o dimensionamento adequado

ao suporte não só das áreas produtivas tradicionais mas também das novas linhas de

serviço);

- foram criadas quatro novas linhas de serviço aos associados: Consultoria, Compras e

Logística, Contabilidade e Gestão Financeira e Processamento de Salários.

De acordo com a Estratégia de Parcerias aprovada na Assembleia Geral de Outubro de 2006

foram, para viabilizar as novas linhas de serviços partilhados (internalizando competências no

SUCH num horizonte de médio prazo), criadas três estruturas empresariais (Agrupamentos

Complementares de Empresas) no ano de 2007, verificando-se a sua instalação e capacidade

de arranque observada ao termo desse ano, de molde a apoiar, designadamente:

- a concretização das reformas conjugadas do PRACE e dos Cuidados de Saúde

Primários (no quadro das quais viriam a ser criados os Agrupamentos de Centros de

Saúde - ACES - e extintas as Sub-Regiões de Saúde);

- a obtenção de Ganhos Rápidos, por força de Economias de Escala (decorrentes de

agregação de compras hospitalares) e da Garantia de Pagamento a Fornecedores

(tendo sido para o efeito criado também durante o ano de 2007 um Sistema

Relatório e Contas 2008

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adequado, disponível a partir de Janeiro de 2008 pelo Consórcio Bancário: CGD,

BES e BCP).

O financiamento da criação destes três ACEs (que assentam num modelo de recuperação

integral dos custos de investimento através dos resultados da própria actividade) foi

totalmente assegurado por recurso a capital alheio (empréstimos bancários) em conformidade

com o aprovado sucessivamente nas Assembleias Gerais do SUCH de Outubro de 2006,

Janeiro de 2007 e Maio de 2007.

No fim do ano de 2008, nos termos previstos no Plano Estratégico deveriam

“desejavelmente”:

- ter ocorrido os primeiros “roll-outs” dos projectos-piloto destas novas áreas;

- verificar(em)-se ganhos de optimização decorrentes da nova estrutura orgânica do

SUCH;

- haver evidências de introdução de uma política de recursos humanos;

- estar reposicionada uma área tradicional como Gestor de Contratos;

- estar empresarializada uma área tradicional.

Parte muito significativa destes itens foi observada no decurso do ano que, no entanto,

verificou séria perturbação em alguns factores exógenos pré-identificados no Plano

Estratégico como críticos, a saber:

- remodelação governamental no sector, ocorrida em Janeiro de 2008;

- deslizamento das reformas do PRACE e dos Cuidados de Saúde Primários, não se

tendo por força da não criação dos ACES (Agrupamentos de Centros de Saúde) no

decurso do ano de 2008, permitido o arranque de algumas das linhas de serviço;

- atitudes muito diferenciadas por parte dos associados face ao SUCH,

nomeadamente no que respeita à cultura de pagamento das prestações de serviços

Relatório e Contas 2008

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que contratam, constrangendo gravemente a Tesouraria e obrigando ao recurso

sistemático a factoring, evitando maiores níveis de endividamento mas gerando

custos financeiros com significado no ano.

Outros factores exógenos se impuseram também com impacto forte no exercício 2008:

- elevada inflação verificada sobretudo no primeiro semestre (mas reflectida nos

preços dos bens e serviços contratados para todo o ano, dada a adopção pelo SUCH

das regras do novo CCP – Código dos Contratos Públicos – no primeiro

quadrimestre);

- degradação das condições nos mercados financeiros, com forte impacto

nomeadamente nos custos financeiros suportados pelo SUCH (recorda-se que, ao

termo de 2007, a Associação detinha um nível de endividamento próximo dos 70%),

bem como no suportado pelos ACEs (nos quais o SUCH detém posições entre os

86% e os 95%) e ainda no Sistema de Garantia de Pagamentos disponibilizado aos

associados.

Da combinação destes factores resulta designadamente a evolução do peso relativo do total

de Custos e Perdas Financeiras na estrutura de custos totais do SUCH de 1,6%

(percentagem verificada no ano de 2007) para 3,5%.

Por fim, importa expressar também neste contexto e momento a forte surpresa e

preocupação do Conselho de Administração do SUCH face à baixa velocidade de

materialização da Adesão dos Associados envolvidos nos pilotos dos novos serviços

partilhados, serviços estes (recorda-se) solicitados expressamente por Tutela e Associados

no ano de 2006.1

1 O estudo realizado pela CONSULMARK em 2006, avaliou o grau de satisfação dos Associados em relação aos

serviços tradicionalmente prestados pelo SUCH, bem como identificou expressamente novas necessidades de desenvolvimento de outras linhas de serviço, tendo sido solicitado pelos associados designadamente:

- serviços na área da Contabilidade e Finanças, por 20% dos associados hospitais e 12% dos Centros de Saúde e Misericórdias;

- serviços na área da administração de Recursos Humanos, por 24% dos associados hospitais e 17% dos Centros de Saúde e Misericórdias;

Relatório e Contas 2008

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O facto de, por exemplo, os Protocolos de Adesão no âmbito das Compras e Logística só

terem sido efectivados em Outubro de 2008 (bem como os ganhos do concurso realizado no

último trimestre de 2007 terem sido internalizados no S.N.S. pela contratação directa pelos

hospitais - e de modo plurianual - sem remuneração da estrutura de serviços partilhados)

impediram o SUCH de um encaixe, nas contas do ano, superior ao que ora se apresenta

como prejuízo!

Por estes motivos, no acto de submeter à aprovação do Plano e Orçamento 2009 (já

aprovado na Assembleia Geral de Janeiro) o Conselho de Administração defendeu a

criticidade da elaboração no decurso deste ano do Plano de Sustentabilidade de Longo-

Prazo do SUCH, considerando que, no contexto de crise internacional e suportando

exclusivamente com capital alheio o desenvolvimento das novas áreas (e atentos os níveis de

endividamento herdados do SUCH) a instituição se encontra num nível de risco inaceitável.

À data - Dezembro de 2008 - alertaram-se também, Associados e Tutela, para o facto de que

o pressuposto de Livre Adesão aos serviços partilhados (em regra não instituído nos outros

países que os têm utilizado como estratégia reiterada de Ganhos de Eficiência para fazer face

ao crescimento da despesa alocada à Saúde) pode pôr em risco não apenas o SUCH mas

também a expectativa de geração de poupanças no SNS com uma expressão anual que pode

chegar aos 400 milhões de Euros2.

- serviços de Compras e Logística, por 24% dos associados hospitais e 20% dos Centros de Saúde e Misericórdias;

- serviços de Sistemas de Informação, por 43% dos associados hospitais e 32% dos Centros de Saúde e Misericórdias;

- serviços de Consultoria estratégica, por 31% do total de associados.

2 Estimativa realizada pela The Boston Consulting Group em Dezembro de 2008 que evidencia a possibilidade

de os serviços partilhados gerarem poupanças até 400 milhões de Euros em ano de velocidade cruzeiro, ao actuarem sobre cerca de 25% da totalidade da despesa do Ministério da Saúde, tendo designadamente presente:

- os resultados verificados por serviços partilhados em saúde em outros países desenvolvidos;

- os resultados nacionais pela introdução de serviços partilhados em torno dos mesmos processos em Portugal nos outros sectores de actividade;

- a capacidade verificada dos serviços partilhados promovidos pelo SUCH a esta data.

Relatório e Contas 2008

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A expressão decorrente destas circunstâncias nos resultados anuais de 2008 do SUCH

resume-se com brevidade:

- por força dos factores exógenos relacionados com a inflação verificada no ano de

2008 e não prevista em 2007, a um resultado operacional negativo de 1,5 milhões de

Euros;

- por força da degradação dos mercados financeiros, combinada com um prazo médio

de recebimento verificado nos primeiros 11 meses do ano ao nível dos 255 dias, a

um resultado líquido negativo (se considerado apenas o SUCH tradicional) da ordem

dos 3,7 milhões de Euros, situando-se nesse contexto a Solvabilidade do SUCH em

0,35 e a Autonomia Financeira em 0,26.

Contudo, acrescem aos factores enunciados:

- a consolidação, nas contas do SUCH, dos resultados dos ACEs em que detém

participações;

- o saneamento apurado na rubrica de existências/trabalhos em curso3 (pendentes nos

últimos 10 anos de exercício do SUCH), o que foi efectuado no ano com

consequências muito expressivas na redução do Capital Próprio do SUCH e, em

consequência, na degradação de todos os ratios que o contemplam.

Reiterando por inteiro o afirmado no Plano e Orçamento 2009 torna-se pois crítica e

prioritária a revisão e controlo estratégico sobre os principais factores exógenos

(nomeadamente financiamento por capital alheio, liberdade e ritmo de adesão às novas

linhas de serviço) situação para que se alertam os Associados e a Tutela dada a crueza dos

elementos ora disponibilizados, nomeadamente um nível de endividamento do SUCH de 78%

e uma reduzida Autonomia Financeira, que, sem o controlo imediato destes factores, se verão

certamente agravados, com sério perigo, nos anos seguintes.

Por fim, o Conselho de Administração com o sentido de responsabilidade que o norteia não

pode, no entanto, deixar de registar como elementos finais:

3 Este trabalho, tendo sido iniciado no ano anterior, nomeadamente com recurso a auditores externos, foi obrigatoriamente

concluído no ano de 2008 na sequência de Reserva efectuada pelo ROC no âmbito da Certificação das Contas de 2007.

Relatório e Contas 2008

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- não obstante não ter sido projectado (nem desejado) no Plano Estratégico 2007-

2009, o crescimento da actividade tradicional do SUCH neste período de

reorganização interna e reposicionamento, este manteve-se de novo em 2008 acima

dos 15%;

- terem sido revistos no âmbito da reorganização do SUCH todos os processos

Jurídicos, de Compras e Financeiros ao longo do ano de 2008 e criados os

necessários instrumentos de gestão até aqui inexistentes na instituição

(Contabilidade Analítica, Planeamento e Controlo de Gestão, Modelo de

Valorização Económica de Propostas, Regulamento de Contratação, Fortalecimento

do Modelo de Contratação “In-House”, entre outros);

- o dimensionamento das Funções Corporativas (desenvolvidas ou criadas apenas

neste período estratégico) respeita, ao termo do ano e como previsto, por inteiro os

limites preconizados no Plano Estratégico;

- apesar da “violência” de uma mudança organizacional tão profunda os níveis de

empenhamento e dedicação dos profissionais do SUCH são ainda extraordinários,

facto que o Conselho de Administração faz questão de reconhecer e neste acto

expressar aos Associados e Tutela.

E neste contexto afirmar que apesar do (in)sucesso relativo do ano de 2008 face à Visão para

que nos mandatarem até 2010, Conselho de Administração e profissionais do SUCH confiam

e continuam a acreditar que é na matriz associativa (assumida sem equívocos), em

concertação estratégica com a Tutela, que a Razão Fundadora do SUCH se cumpre e

perdura, para além das crises e das circunstâncias.

Missão – Ser uma instituição sem fins lucrativos que visa promover a redução de custos e o

aumento da Qualidade e Eficiência dos seus Associados e, consequentemente, a

sustentabilidade do S.N.S.

Relatório e Contas 2008

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II. O SUCH NO CONTEXTO DO SECTOR DA SAÚDE

Tendo como Missão promover a redução de custos e o aumento da qualidade e da eficiência

dos seus associados e, consequentemente, do Sistema de Saúde, o SUCH mantém como

factores especialmente relevantes para o seu desenvolvimento no período do Plano

Estratégico 2007-2009, as principais reformas que se pretendem levar a cabo no Serviço

Nacional de Saúde e que se traduzem:

Na Reforma dos Cuidados de Saúde Primários que, no âmbito de uma prestação de

cuidados de saúde de proximidade, se articula com o PRACE;

No desenvolvimento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados;

No processo de empresarialização dos hospitais, tendo em vista, nomeadamente, a

sustentabilidade financeira do SNS;

No âmbito da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários é de salientar que, apesar de ter

sido publicado em Fevereiro de 2008 o Decreto-Lei que criou os Agrupamentos de Centros de

Saúde (ACES) como serviços desconcentrados das ARSs, apenas um ano depois (Março de

2009) foram publicadas as portarias regulamentares que, pela via da efectiva criação de cada

ACES só então iniciada, extinguiram as Sub-Regiões de Saúde.

Mantendo o espírito desta reforma, associado aos pretendidos efeitos do PRACE, a

pertinência dos serviços partilhados, com especial incidência nas áreas de recursos humanos

e financeiros, é primordial. Deste modo, em 2009, será dado um especial enfoque ao

arranque destes serviços já contratados pelas ARSs durante o ano 2008/2009 (4).

No que concerne à Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e ao seu

desenvolvimento em 2008, nomeadamente o decorrente da entrada em vigor do Programa

Modelar (bem como às novas necessidades que coloca na compra agregada de

medicamentos e outros bens específicos de saúde, também para misericórdias e instituições

4 Encontrando-se para o efeito celebrados Protocolos de Compromisso e de Adesão pelas ARSs Norte, Centro e Algarve.

Relatório e Contas 2008

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de solidariedade social - IPSSs), é de relevar o peso crescente que as Misericórdias têm tido

como destinatários dos serviços do SUCH. Embora representando apenas cerca de 1% do

volume de negócios da Instituição, o número de Misericórdias clientes ascende já a 86.

De facto, apesar de os hospitais serem o maior segmento de mercado do SUCH (cerca de

88% da facturação em 2008, como se pode observar pelo Quadro nº 1), a procura de maior

eficiência no seio do Sistema de Saúde abrange ainda outras instituições que, por menor

dimensão, representam uma quota-parte inferior no negócio da Associação.

Quadro nº 1

Peso das instituições do Sistema de Saúde na facturação do SUCH em 2008

No que respeita ao contributo possível e desejável do SUCH para a sustentabilidade do SNS,

potenciando os efeitos decorrentes da empresarialização dos seus hospitais por via da

contratação de serviços partilhados em diferentes áreas (melhoria de eficiência das unidades

hospitalares, libertando, desta forma, recursos para o incremento da qualidade da prestação

de cuidados de saúde), é de referir que em 2008, o SUCH manteve o seu esforço de eficácia,

prestando serviços à quase totalidade dos hospitais do SNS (a cerca de 95% dos hospitais),

senão mesmo à sua totalidade em algumas regiões – casos das do Norte, Alentejo e Algarve.

Facturação

(milhões euros)

Hospitais 81,8 88,4

1. SNS 81,0 87,6

2. Outros 0,8 0,8

ARS 2,9 3,1

Misericórdias 0,8 0,9

Outros 7,0 7,6

Total 92,5 100,0

Tipologia de clientes (%)

Relatório e Contas 2008

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Gráfico nº 1

Evolução, por região, da presença do SUCH em Hospitais do SNS (%)

Para melhorar a eficácia no cumprimento da sua missão, quer no que respeita à qualidade

dos serviços que a unidade hospitalar presta, quer no que concerne à reafectação de

recursos para a prestação de cuidados de saúde, o SUCH tem evoluído no sentido de

incrementar a contratação integrada de diferentes áreas.

O trabalho desenvolvido tem conduzido a que se tenha vindo a verificar um acréscimo do

número de áreas contratadas por cada hospital, traduzindo a confiança que os hospitais

possuem na qualidade do serviço prestado pelo SUCH.

Em 2008, mais de metade dos hospitais clientes contrataram cinco ou mais áreas de serviço

ao SUCH e cerca de 70% contrataram quatro ou mais áreas.

Norte Centro LVT Alentejo Algarve

91%

87% 87%

100% 100%100%

96%

89%

100% 100%100%

96%

88%

100% 100%

2006 2007 2008

Relatório e Contas 2008

Página 17 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Gráfico nº 2

Número de áreas contratadas ao SUCH pelos hospitais do SNS

É de realçar que, neste movimento de contratação de um cada vez maior número de áreas de

serviço do SUCH, são os hospitais de maior dimensão (5) que têm procurado uma maior

integração de serviços – 69% destes hospitais, contrataram cinco ou mais áreas em 2008.

Os serviços mais procurados pelos hospitais do SNS são os prestados pelos Clusters Somos

EQUIPAS e Somos AMBIENTE. De facto estes clusters têm, respectivamente, uma quota de

mercado de 78% e 82% na totalidade dos hospitais do SNS, sendo nos hospitais de maior

dimensão que a proporção é superior – de realçar que todos os clientes de maior dimensão

procuram os serviços do SUCH nestes dois clusters.

5 Consideram-se:

Hospitais de grande dimensão – hospitais com um número de camas superior ou igual a 500

Hospitais de média dimensão – hospitais com um número de camas superior ou igual a 200 e inferior a 500

Hospitais de pequena dimensão – hospitais com um número de camas inferior a 200.

1 2 3 4 5 6 7 8

2

9

7

12

16

11

32N

º d

e H

osp

itai

s

Nº de Áreas

Relatório e Contas 2008

Página 18 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Gráfico nº 3

Percentagem dos hospitais do SNS clientes do SUCH, por Cluster

Como nota final, relevar que, apesar de com uma quota menor, o Somos NUTRIÇÃO tem

vindo sustentadamente a ganhar terreno junto do principal segmento de mercado do SUCH,

em grande parte devido ao reconhecimento da especialização detida pela instituição na

abordagem da nutrição como complemento terapêutico.

Relatório e Contas 2008

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III. PLANO ESTRATÉGICO 2007-2009 – os objectivos a que nos

propusemos em 2008

Aprovado no início de 2007, na Assembleia Geral de Janeiro, o Plano Estratégico (anexo –

Mapa Estratégico) foi concebido para um período de três anos (2007 a 2009) no qual se

objectivou o posicionamento do SUCH como uma estrutura de serviços partilhados na

Área da Saúde, com elevada responsabilidade social, alinhada com as melhores práticas

verificadas nos outros países desenvolvidos, tendo presente a Missão fundadora da

Associação de ser uma instituição sem fins lucrativos que visa promover a redução de

custos e o aumento da qualidade e eficiência dos seus associados e, em consequência,

do SNS.

Tendo como objectivo último contribuir para a qualidade e sustentabilidade do SNS e a

procura continuada de maior eficiência dos Associados, o SUCH estabeleceu, assim, como

finalidades do seu Plano Estratégico 2007-2009:

Proporcionar poupanças aos Associados, libertando recursos para a prestação de

Cuidados de Saúde de Qualidade; e

Assegurar a Auto-suficiência Económica e Financeira do SUCH a longo prazo;

pressupondo toda uma estratégia assente em quatro linhas ordenadoras dos Objectivos

Estratégicos:

1. O reposicionamento das áreas de negócio de actuação tradicional do SUCH;

2. A criação de novas áreas de negócio;

3. A instituição de mecanismos de revisão do portfolio das áreas de negócio do

SUCH em razão dos dinamismos e das falhas de mercado; e

4. O desenvolvimento das funções corporativas do SUCH em ordem a suportar

todo o processo estratégico;

e que se alicerçam num conjunto coerente de acções e projectos - Programa de

Transformação do SUCH 2007-2009 - consubstanciadas em seis Iniciativas Estratégicas.

A figura que seguidamente se apresenta, sintetiza a estratégia definida para os três anos em

causa.

Relatório e Contas 2008

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Figura nº 1

Relatório e Contas 2008

Página 22 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Neste período de Plano Estratégico, pode-se afirmar que o primeiro ano, 2007, foi concebido

como o ano de lançamento do processo de transformação do SUCH, o segundo, 2008,

estruturado como o ano de estabilização das reformas ao nível das áreas tradicionais e de

arranque das novas áreas de serviços partilhados, concentrando-se os esforços, no ano de

2009, na consolidação das mudanças decorrentes da implementação do Plano Estratégico.

Desta forma e na senda da coerência da estratégia definida para os três anos, foram

definidos objectivos anuais para 2008, a saber:

Satisfazer as necessidades dos associados através de um Serviço de Qualidade ao

Melhor Preço;

Neste âmbito assumiu-se como estratégico o desenvolvimento de um conjunto de

acções estruturantes para a gestão do acompanhamento dos associados e dos

clientes, a divulgação e promoção das melhores práticas do SUCH junto dos

Associados, evidenciando o valor acrescentado que resulta do processo de

clusterização desenvolvido em 2007 e a consolidação do Sistema de Gestão de

Qualidade.

Prosseguir o esforço de melhoria de Eficiência Global do SUCH, designadamente

através da obtenção de Ganhos de Produtividade;

No domínio da redução do peso relativo da despesa das estruturas de suporte do

SUCH face ao seu volume de negócios, foi considerada estratégica,

nomeadamente, a externalização para serviços partilhados das Funções

Compras, Contabilidade e Gestão Financeira e Processamento de Salários, o

aperfeiçoamento dos Sistemas de Informação e o desenvolvimento,

implementação e uniformização de novos processos e procedimentos,

designadamente nas áreas Jurídica, Apoio Geral, Administrativa e Financeira.

Relatório e Contas 2008

Página 23 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Reposicionar as áreas tradicionais de mercado “maduro” e eficiente, evoluindo

nestas da posição de prestador de serviços para Parceiro do Associado,

nomeadamente como Gestor de Contratos;

Neste âmbito, pretendeu-se preparar, durante 2008, a estratégia de

empresarialização das áreas tradicionais e, sempre que tal se justifique, a

preparação da saída do SUCH da posição de prestador.

Alargar os novos Serviços Partilhados a outras instituições de saúde, após a

conclusão e demonstração operada no quadro dos respectivos projectos-piloto; e

Criar uma “atitude comum” dos profissionais do SUCH, associada a uma cultura de

responsabilização generalizada, assente no conhecimento consciente dos processos,

sedimentada no fortalecimento da liderança, delegação de responsabilidades e na

objectivação de compromissos enquanto expressão dos valores organizacionais.

Os objectivos de 2008 prosseguem a linha condutora iniciada no ano anterior, numa óptica de

consistência da estratégia, fundamental ao alcance dos objectivos finais.

De facto, mantendo como objectivo anual ao longo de todo o período, a prestação de um

Serviço de Qualidade ao Melhor Preço, os objectivos de 2008 foram posicionados como

corolário dos do ano anterior.

Relatório e Contas 2008

Página 24 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Figura nº 2

As acções e projectos a desenvolver no período para o alcance dos Objectivos Estratégicos,

consubstanciados no Programa de Transformação, centraram-se, em 2008, nas seguintes

áreas:

Figura nº 3

Principal âmbito de intervenção das Iniciativas Estratégicas

- 2009

PROGRAMA DE TRANSFORMAÇÃO 2007 - 2009 -

INICIATIVAS ESTRATÉGICAS : ÂMBITO DOS PRINCIPAIS PROJECTOS PARA 2008

EFICIÊNCIA GLOBAL MIGRAÇÃO DA COMPRAS , RH E FIN. PARA ACE CONSOLIDAÇÃO E OPTIMIZAÇÃO ÁREAS DE NEGÓCIO E ÁREAS COMERCIAIS

VERTICALIZAÇÃO E EMPRESARIALIZAÇÃO ESTRATÉGIA DE REPOSICIONAMENTO E EMPRESARIALIZAÇÃO (PREPARAÇÃO)

NOVAS ÁREAS DE SERVIÇOS PARTILHADOS ARRANQUE OPERAÇÕES ACE ROLL - OUTS DOS ACE

FUNÇÕES CORPORATIVAS DESENVOLVIMENTO DO CENTRO CORPORATIVO

COMUNICAÇÃO INTERNA / GESTÃO DA MUDANÇA COMUNICAÇÃO DA MARCA E POSICIONAMENTO

COMUNICAÇÃO EXTERNA COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO INTERNA

OB

JEC

TIV

OS

ESTR

ATÉ

GIC

OS

20

07

-20

09

Relatório e Contas 2008

Página 26 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

IV. ACTIVIDADES DE 2008

IV.1. O 2º ANO DE EXECUÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO

O ano de 2008 foi alvo de uma forte aposta na criação e desenvolvimento de mecanismos

fiáveis de monitorização e acompanhamento do programa de transformação do SUCH e da

Gestão.

Tendo sido criado e testado um Modelo de Monitorização do Plano Estratégico, a sua

aplicação permitiu avaliar, não só o cumprimento das metas anuais estabelecidas para os

indicadores de monitorização do Plano, como também o “grau” de concretização dos

Objectivos Estratégicos.

Verifica-se que, após dois anos de execução do Plano Estratégico 2007-2008, cerca de 75 %

dos objectivos estratégicos viram genericamente as suas metas anuais atingidas, tendo

o principal atraso no cumprimento do Plano sido registado, dado o intenso crescimento da

actividade, ao nível do reposicionamento das áreas tradicionais actuantes em mercados

maduros e eficientes e da consequente evolução do SUCH para parceiro do Associado como

Gestor de Contratos.

Também no que concerne ao objectivo de racionalização da estrutura do SUCH,

promovendo maior eficiência global, é de relevar que, apesar das acções e projectos

desenvolvidos, com êxito, no âmbito do Programa de Transformação, a situação de

desequilíbrio financeiro vivida ao nível internacional e nacional, com consequência,

nomeadamente, ao nível dos custos das matérias primas e outros materiais, não permitiu que

se tivessem alcançado na totalidade os objectivos ambicionados.

Um especial realce, pela positiva, para o alcance das metas estabelecidas, nos dois anos de

execução do Plano, para a prossecução dos objectivos estratégicos da prestação de um

Relatório e Contas 2008

Página 27 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Serviço de Qualidade ao Melhor Preço, da melhoria da produtividade do SUCH e da

Gestão da Mudança.

Subjacente à concretização do Plano Estratégico, encontra-se a realização das acções e

projectos que, consubstanciados nos seis Programas / Iniciativas Estratégicos enunciados,

compõem o Programa de Transformação do SUCH.

No âmbito dos principais desafios enunciados são de realçar:

- a concretização da migração dos processos administrativos de recursos humanos para o

Somos PESSOAS, dos processos na área financeira para o Somos CONTAS, bem como,

do início da transição dos processos de compras para o Somos COMPRAS;

- da definição da estratégia de reposicionamento e empresarialização das áreas tradicionais;

- do início dos trabalhos da criação e desenvolvimento do Centro Corporativo;

- do arranque das operações dos ACEs; e

- dos esforços desenvolvidos na esfera da comunicação interna e externa.

Dos cerca de 70 projectos previstos para o período 2007-2009 no Programa de

Transformação, 64% foram concluídos com êxito até ao final de 2008, e 12%

encontravam-se, a 31 de Dezembro, em fase de finalização. O esforço e empenho de

todos os colaboradores foi fundamental, não deixando de se salientar, neste domínio, o

reflexo das acções empreendidas no âmbito da Gestão da Mudança que, no entanto, por via

de necessidade de redução de custos no exercício, foram minimizadas no ano.

De destacar que dos projectos afectos às áreas tradicionais e que, pelo seu elevado valor

estratégico, foram identificados como devendo ser alvo de um especial enfoque na

concretização do Programa, 94% tinham sido já concluídos em 31 de Dezembro de 2008.

Relatório e Contas 2008

Página 28 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

De facto, pela importância estratégica atribuída a 2008, como ano de consolidação do

processo de transformação do SUCH, foi neste ano que se centraram os maiores esforços de

concretização.

Tendo em conta os objectivos de 2008 enunciados, consideram-se dignos de destaque os

seguintes projectos / acções empreendidas:

Satisfazer as necessidades dos associados através de um Serviço de Qualidade ao

Melhor Preço;

Foi continuado o esforço de foco no Associado através da aposta num Serviço de

Qualidade, nomeadamente:

- A manutenção e revisão do Sistema de Gestão da Qualidade;

- A preparação da certificação de qualidade da área de Segurança e Controlo

Técnico, juntando-se, desta forma, às outras seis áreas que viram a sua certificação

renovada;

- A consolidação da implementação do Sistema de Informação de Marketing

Relacional – CRM;

- A consolidação da implementação do novo modelo comercial, e sua articulação

com as áreas de negócio.

Prosseguir o esforço de Melhoria de Eficiência Global do SUCH, designadamente

através da obtenção de Ganhos de Produtividade;

Neste domínio, destacam-se:

- A criação das condições para a redução de custos com a transição dos processos

transaccionais de recursos humanos para o Somos PESSOAS, dos processos de

Relatório e Contas 2008

Página 29 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

contabilidade para o Somos CONTAS e iniciada a transição dos processos de

compras para o Somos COMPRAS6;

- A revisão detalhada dos processos de facturação a clientes e de contas a pagar;

- O lançamento do projecto do desenvolvimento do Centro Corporativo, visando uma

maior eficiência e eficácia do apoio às áreas produtivas e empresas do grupo;

- A criação do Modelo de Planeamento e Controlo de Gestão;

- A instituição do Departamento de Estudos e Planeamento, tendo como principal

missão, para além da realização dos estudos considerados necessários, assegurar

a monitorização e avaliação do Plano Estratégico e a preparação dos planos

seguintes, bem como garantir a eficaz aplicação do Modelo de Controlo de Gestão;

- A uniformização dos Modelos de Valorização Económica de Propostas para

tratamento de roupa, gestão de resíduos, limpeza, alimentação, projectos e obras,

segurança e controlo técnico e dado início à sua automatização.

Reposicionar as áreas tradicionais de mercado “maduro” e eficiente, evoluindo

nestas da posição de prestador de serviços para Parceiro do Associado, como Gestor

de Contratos;

Neste âmbito, os trabalhos centraram-se na:

- Definição da Estratégia de Empresarialização das áreas, bem como no início da

elaboração dos Business Plan a 5 e 10 anos do Somos NUTRIÇÃO e do Somos

EQUIPAS;

- Criação do ACE do Ambiente – Somos AMBIENTE, ACE, suportado num Plano de

Negócios a 15 anos.

6De referir que o impacto de redução nos custos anuais do SUCH (Funções Corporativas) da decisão de externalização de todos

os processos transaccionais respectivos para o Somos PESSOAS, Somos CONTAS e Somos COMPRAS, ACE, foi estimado em

cerca de 365 mil €. Tendo, no entanto, a externalização do Processamento de Salários e da Contabilidade ocorrido apenas no 2.º

semestre do ano e a das Compras cumprido um plano anual faseado (com início apenas no 2.º trimestre do ano) o impacto no

exercício de 2008 – dada a progressiva desactivação das estruturas internas – foi de cerca de 100 mil € negativos.

Relatório e Contas 2008

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Alargar os novos Serviços Partilhados a outras instituições de saúde após a

conclusão e demonstração operada no quadro dos respectivos projectos-piloto;

- Neste âmbito e apesar das dificuldades sentidas, foi possível arrancar com as

ARSs, Centro e Algarve, no Somos PESSOAS, ficando programado o arranque da

ARS Norte para Janeiro/09;

- Foi, finalmente conseguido, no âmbito do Somos COMPRAS, a assinatura dos

Protocolos de Adesão dos hospitais-piloto (agrupados do ACE) e do Protocolo de

Utilização do SUCH, bem como das respectivas adesões ao Sistema de Garantia

de Pagamentos;

- No que se refere ao Somos CONTAS, foram elaborados as Due Dilligencies para a

ARS Norte e ULS de Matosinhos, ficando programado o arranque das ARSs Centro

e Norte para o 1º quadrimestre de 2009.

Criar uma “atitude comum” dos profissionais do SUCH, associada a uma cultura

de responsabilização generalizada, assente no conhecimento consciente dos

processos, sedimentada no fortalecimento da liderança e na delegação de

responsabilidades, bem como na objectivação de compromissos enquanto expressão

dos valores organizacionais.

Relevam para o efeito no ano:

- A criação do Sistema de Gestão de Desempenho, tendo em vista a adopção de

uma cultura de gestão orientada para resultados;

- A definição das bases de uma política remuneratória mais equitativa e com

preocupações de competitividade;

- A implementação da política de acolhimento e integração;

Relatório e Contas 2008

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- O desenvolvimento de iniciativas de Gestão da Mudança, designadamente: o

“Learning Map – Somos Líderes”, a Carta de Compromissos7 (através da

implementação de um projecto piloto nas áreas da Qualidade, Direcção de

Recursos Humanos e Somos NUTRIÇÃO, visando o envolvimento de todos os

protagonistas numa cultura activa de serviço ao cliente, quer interno quer externo) e

dos Encontros de Quadros (em Abril e Novembro).

Não planeado inicialmente para o ano de 2008, a conclusão do estudo e caracterização dos

trabalhos em curso pendentes há anos, tornou-se ainda necessário, por força e na sequência

da Reserva às Contas de 2007 referente ao valor de trabalhos em curso, operar a verificação

detalhada de todos os valores, respectivas causas e identificar soluções.

Em consequência deste trabalho constata-se:

- a definição de novas regras detalhadas que impõem boas práticas nesta matéria, em

vigor desde Novembro de 2008;

- a imputação, a resultados transitados, de valores pendentes acumulados nos últimos

10 anos, na rubrica trabalhos em curso, fruto de práticas e sistemas em vigor no

SUCH no período de 1997-2007.

7Carta de Compromissos

Investimos no serviço técnico e profissional

- Fornecemos um serviço de qualidade, rigoroso e fiável

Cumprimos o que acordamos com o Cliente

- Prestamos um serviço que satisfaz o Cliente

- Acordamos o prazo de resposta com o Cliente

- Informamos sempre o Cliente de constrangimentos ao serviço acordado

- Cumprimos os prazos de resposta acordados com o Cliente

Encaramos as sugestões do Cliente como oportunidades de melhoria

- Revelamos abertura para escutar as sugestões/reclamações do Cliente

- Desencadeamos acções que tendam para a melhoria/resolução da situação

Evoluímos na relação de Parceria com o Cliente

- Estamos atentos às necessidades do Cliente e procuramos satisfazê-las atempadamente

- Evidenciamos disponibilidade para acolher as solicitações do Cliente

- Adequamos a resposta às necessidades manifestadas pelo Cliente

- Respondemos ou encaminhamos para o interlocutor adequado as solicitações do Cliente

- Mantemos o Cliente informado sobre a evolução dos seus pedidos

- Manifestamos uma atitude de respeito e cordialidade para com o Cliente

Relatório e Contas 2008

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IV.2. AS FUNÇÕES CORPORATIVAS

IV.2.1. Recursos Humanos

O ano de 2008, na gestão de RH, registou um marcante desenvolvimento com a introdução

de um conjunto de modelos estruturantes cujo objectivo foi o de promover uma cultura de

gestão orientada para os resultados, visando diferenciar e alinhar o desempenho e construir

uma base sustentada para o desenvolvimento pessoal e profissional.

Visou-se, desta forma, contribuir para um dos objectivos anuais identificados, traduzido na

criação de uma atitude comum dos profissionais, assente no conhecimento consciente dos

processos, sedimentada no fortelecimento da liderança e na delegação de responsabilidades.

Assentes que foram os pilares do Sistema de Gestão de Desempenho, Modelo de

Compensação e Beneficios e Modelo e Dicionário de Competências, na sequência das

acções já iniciadas em 2007, pode-se afirmar que se encontram criadas as condições

necessárias que permitem ao SUCH responder com eficácia e eficiência aos desafios internos

e à mudança sistemática da envolvente: forte identidade que permite a ancoragem dos

recursos humanos da Organização ao Plano Estratégico e a manisfestações de padrões de

comportamento que o diferenciam de outras Organizações e que constituem a Cultura da

Empresa.

Dos projectos desenvolvidos em 2008, destacam-se os seguintes:

Figura nº 4

Ferramentas para a Gestão Estratégica de Recursos Humanos no SUCH

Sistema de Gestão de Desempenho

Foi desenvolvido um modelo assente numa matriz de avaliação de dupla entrada, com vista à avaliação de competências e objectivos. Tem como objectivo a adopção de uma cultura de gestão orientada para resultados, visando diferenciar e promover o desempenho e constituir uma base sustentada para o desenvolvimento pessoal e profissional. Em 2008 foram formados 58 trabalhadores neste novo modelo, abrangendo-se a restante população em 2009, que se destina, numa fase inicial aos grupos profissionais de directores, gestores, coordenadores e técnicos (cerca de 700 trabalhadores).

Relatório e Contas 2008

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Modelo e Dicionário de Competências

Conjunto de competências que traduzem os princípios, os valores, a cultura, os conhecimentos do negócio, dos processos e da actividade, com níveis de conhecimento gradativos e cumulativos. As competências definidas integram 3 eixos: transversais, de gestão e funcionais. Foram definidas as competências por função que suportam o sistema de gestão de desempenho.

Modelo de Compensação e

Benefícios

Aprovação do modelo baseado no Total Compensation. Efectuado o estudo de mercado para análise da competitividade externa e diagnóstico da equidade interna. Aprovação do organograma relativo e introdução de uma estrutura salarial assente em 10 bandas. O modelo aplica-se aos grupos profissionais de Directores, Gestores, Coordenadores e Técnicos.

Modelo de Compensação Variável

Aprovação do modelo para cálculo da componente variável que visa premiar o resultado da avaliação de desempenho. Este modelo diferencia: áreas de suporte e áreas de negócio, tendo sido fixadas as percentagens de referência de compensação variável, associadas à média da banda salarial.

Reposicionamento Salarial

Foi efectuado o reposicionamento salarial de 141 trabalhadores, com um valor executado de 71.524,00 €, de forma a corrigir o desvio funcional existente face ao posicionamento competitivo deliberado pelo Conselho de Administração de acordo com o percentil 25 da função e 10 de mercado. O ajustamento concretizado em 2008 teve efeitos a partir de 1 de Setembro concretizando-se em alguns casos com um desdobramento em 2009 e 2010.

Externalização do Processamento Salarial

A partir do mês de Julho/08, a geração do processamento salarial passou a ser efectuado pelo Somos PESSOAS, através do software Meta4. Este projecto integra a implementação de um Portal que permitirá agilizar todo um conjunto de processos administrativos, pela intervenção directa de cada um dos utilizadores, na consulta ou alteração de dados pessoais, através de workflows.

Plano de Formação Estratégico

Com o objectivo de dotar os trabalhadores dos conhecimentos e competências adequadas para operacionalizar o Plano Estratégico, realizaram-se 38 acções de formação, nas áreas comportamentais e técnicas com um volume total de 5509 horas, abrangendo 366 formandos, no período de Setembro/07 a Junho/08.

Learning Map – Somos Líderes

Mapa de Aprendizagem constituído pelos Desafios de Liderança associados ao programa de transformação do SUCH e contributos esperados das chefias. Envolveu 198 trabalhadores, com 14 sessões e um volume de formação de 980 horas.

Acolhimento e Integração

Com vista a acolher e integrar todos os trabalhadores que são admitidos foi aplicado um modelo que engloba todo o processo de entrada e integração com vista à transmissão da visão, valores e missão da organização procurando promover a retenção na fase inicial de adaptação. Formámos 430 Guias e acolhemos 300 trabalhadores.

Figura nº 5

Programa de Formação no período 2006-2008

Relatório e Contas 2008

Página 34 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Ao nível da formação dos Recursos Humanos da organização tem sido notório o investimento

realizado no desenvolvimento do potencial humano, na vertente da formação profissional,

como se pode constar pelos números que evidenciam, para além do aumento do respectivo

volume, a diminuição dos correlativos custos em cerca de 30%, comparativamente ao ano de

2006, fruto do recurso crescente a formadores internos.

Gráfico nº 4

Evolução dos Efectivos por Áreas de Negócio

Relatório e Contas 2008

Página 35 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Em 2008, o crescimento de efectivos situou-se próximo dos 20%, justificado pelo incremento

generalizado dos negócios que assentam em mão de obra intensiva.

No período 2005-2008, o efectivo do SUCH cresceu cerca de 37% para fazer face a um

crescimento no volume de negócios situado na ordem dos 57%.

Gráfico nº 5

Evolução das Taxas de Rotação, Cessação e Admissão

Tendo-se assistido a uma redução gradual da taxa de rotação no período compreendido entre

2005 e 2007 (3%), em que o crescimento do número de efectivos se registou

moderadamente, foi contrariada essa tendência no período de 2007 a 2008, pela elevada

taxa de admissões situada em 29%. É digna de registo a taxa de retenção registada no

período de 2005 a 2008, evidenciada pela diminuição sentida de 20% para 14% na taxa de

cessação.

A taxa de absentismo tem-se mantido em torno da mesma unidade percentual, situando-se,

no entanto, dentro dos valores de mercado para o tipo de actividades desenvolvidas.

2005

2006

2007

2008

0,14 0,13

0,11 0,22

0,20,18 0,12

0,14

0,230,2

0,18

0,29

Tx Rotação Tx Cessação Tx Admissão

2455 FTE´S2532 FTE ´S

3047 FTE´S

+ 20%

5,42%

5,18%5,92%

Absentismo

2226 FTE´S

9,32%

+ 31%+ 10%

Relatório e Contas 2008

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Quadro nº 2

Despesa alocada aos Recursos Humanos

A despesa alocada aos Recursos Humanos no ano de 2008 respeitou os valores

orçamentados, apesar de a actividade ter registado um crescimento de cerca de 16% O

crescimento da massa salarial previsto em sede de Plano de 2008, por força de correcção

salariais, foi parcialmente contido, tendo a Política de Compensação aplicada assente num

posicionamento competitivo face aos correspondentes mercados ao nível do percentil 10.

Esta decisão, que terá consequência no desempenho dos indicadores das taxas de retenção

e de rotação (com relevância no Plano Estratégico), tornou-se necessária como medida

compensatória dados os fortes efeitos da inflação sentidos em 2008, que fizeram disparar os

custos de Matérias-Primas e Fornecimentos e Serviços Externos, face ao orçamentado.

Deslocações Despesa Global Horas Extras Volume de Negocios

2006 562.192 € 32.664.431 € 540.546 € 65.606.102 €

2007 734.019 € 35.919.720 € 639.247 € 77.174.326 €

2008 881.152 € 42.371.881 € 902.131 € 89.296.861 €

+36%

+16%+67%+30%+57%

+18%+18%+12%

Orçamento 2008 - €42.307.122,00

Relatório e Contas 2008

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IV.2.2. Qualidade

Num quadro de mudança especialmente marcado por novos desafios, a actividade orientada

para a política de Qualidade concretizou:

a manutenção e revisão do Sistema de Gestão de Qualidade;

a monitorização dos processos certificados e de apoio;

a sistematização dos resultados do Estudo de Avaliação e Satisfação dos Clientes e

das Auditorias Internas e actividades associadas às Não Conformidades e às

Reclamações dos Clientes;

o desenvolvimento, acompanhamento e verificação da eficácia das acções correctivas

e preventivas;

os trabalhos preparatórios para extensão do âmbito da certificação da Qualidade à

actividade da Segurança e Controlo Técnico, bem como dos processos de certificação

ambiental das áreas de gestão de resíduos, limpeza e Nutrição e ainda o processo

para certificação das cozinhas do Hospital de S. Teotónio, do Hospital do Litoral

Alentejano e do Hospital Rovisco Pais pela ISO 22000;

a revisão do Sistema de Gestão de Qualidade, adequando-o à NP EN ISO 9001:2008

publicada em Novembro.

No âmbito das Auditorias Internas da Qualidade (constituindo exames sistemáticos e

independentes que determinam se as actividades e resultados relativos à Qualidade

satisfazem os requisitos definidos e são adequados para se alcançar os objectivos)

realizaram-se, em 2008, 34 auditorias das quais 26 programadas e 8 não programadas. O

número de auditorias realizadas corresponde a um acréscimo de 47,8% face a 2007 e

apresenta a seguinte distribuição:

Relatório e Contas 2008

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Gráfico nº 6

Distribuição de Auditorias Internas da Qualidade por áreas

Digno de referência ainda é o papel liderante assumido pelo Departamento de Qualidade no

quadro de outras iniciativas relevantes no decurso do ano de 2008, designadamente:

Plano de Contingência para a Gripe das Aves:

Dada a elevada responsabilidade do SUCH na prestação de serviços de apoio na área

da Saúde, em 2008, dentro do período de alerta pandémico (fase 3 da evolução da

gripe pandémica, de acordo com a OMS), deu-se início à elaboração de um Plano de

Contingência para a eventualidade de uma pandemia gripal provocada pelo vírus da

gripe aviaria.

Este Plano visa criar condições para assegurar a continuidade do negócio, em onda

pandémica com duração estimada entre 8 a 12 semanas, dado que as actividades que

o SUCH desenvolve são vitais para o normal funcionamento das unidades prestadoras

de cuidados de saúde. É objectivo assegurar os serviços de tratamento da roupa,

recolha de resíduos, limpeza, manutenção de instalações e equipamentos e de

alimentação, entre outros.

Relatório e Contas 2008

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Assim, efectuou-se o diagnóstico que permitiu identificar as áreas e funções críticas à

missão do SUCH e o grau de preparação da organização para fazer face ao risco de

pandemia, tendo-se concluído o Plano de Contingência de Nível 1 (Master Plan) e

iniciado a construção do de Nível 2. Terminada a elaboração do Plano de

Contingência será feita a sua validação de modo a avaliar a pertinência das medidas

definidas.

Escritório Ecológico:

O SUCH, decorrente da Missão e dos Valores orientadores da sua actuação, pretende

ser um exemplo de boa conduta e boas práticas ambientais. Com o objectivo de ser

ambientalmente mais eficiente, adoptou diversas medidas que representam

fundamentalmente uma mudança de atitudes, conseguida através da sensibilização

dos colaboradores.

É neste contexto que surgiu o conceito “Escritório Ecológico” - uma onda de

mobilização interna dos colaboradores do SUCH, em torno de boas práticas

ambientais. Através da Carta de Compromissos Ambiental o SUCH compromete-se a

ser sustentavelmente responsável. Foram, assim, definidas um conjunto de medidas

simples, que visam a utilização racional e eficiente da energia, água, gestão de

resíduos e de recursos.

O projecto “Escritório Ecológico” encontra-se actualmente implementado na sede do

SUCH, devendo ser alargado a todas as instalações administrativas durante o ano de

2009.

Relatório e Contas 2008

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IV.2.3. Comunicação e Imagem

No âmbito da sua Política de Comunicação e Imagem, os esforços centraram-se em 2008,

essencialmente em:

Gerir a comunicação institucional da marca Somos Serviços Partilhados em Saúde,

entretanto criada e que substituiu a marca SUCH, enquanto marca de comunicação;

Identificar as áreas / situações onde a organização deverá expressar opinião / posição

preparando as respostas para aprovação pelo CA;

Tratar a informação para os media respeitando os valores da marca e seguindo as

orientações estratégicas definidas pelo CA;

Dar visibilidade ao posicionamento da (nova) marca de comunicação nas relações

com o exterior em acções planificadas e executar as mesmas com qualidade;

Planear, conceber e implementar as acções dirigidas ao público interno visando a

integração através de fluxos de informação / comunicação numa Cultura Somos

Serviços Partilhados em Saúde.

Neste quadro, o ano de 2008 decorreu segundo dois grandes eixos:

1º A continuação da afirmação do Gabinete de Comunicação e Imagem no contexto da

organização, através do desenvolvimento e consolidação de instrumentos e canais de

comunicação internos – tendo tido dois suportes principais: a Revista Interna e a

preparação do lançamento da Intranet – mas também pelo estender a aplicação da marca

aos diferentes suportes de comunicação, internos e externos;

2º A continuação da afirmação da marca de comunicação através da implementação em

todos os suportes e aplicações que a transportem para junto de todos stakeholders do

universo SUCH / Somos SPS, internos e externos.

Relatório e Contas 2008

Página 41 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

À semelhança de 2007, 2008 foi também um ano em que se procurou reflectir, com iniciativas

de comunicação concretas, os objectivos estratégicos do Plano Estratégico 2007-2009,

aprovado na Assembleia Geral de Janeiro de 2007.

2008 continuou a reflectir o processo de transformação do SUCH iniciado no começo de

2007, tendo ficado claramente marcado pela definição e implementação da nova marca de

comunicação “Somos Serviços Partilhados em Saúde | SPS”, lançada no último trimestre de

2007.

No âmbito da nova marca de comunicação importa destacar a sua aplicação nos seguintes

suporte e canais:

1. Internet / Portal Somos, anunciado em 3 de Março;

2. Suportes: a continuação da aplicação da marca nos novos suportes como Relatório e

Contas, Deliberações, Caderno de Encargos, etc;

3. Outros suportes institucionais: Bandeiras, Pendões e Stand-Ups;

4. Cartão do Funcionário (a sua distribuição pelo DRH ocorrerá apenas em 2009, mas

o layout ficou aprovado, tendo sido divulgado a todos os colaboradores na edição de

Dezembro da revista interna Somos Nós nº 5);

5. Publicidade. Primeiro anúncio institucional do Somos SPS, publicado no Anuário dos

Facility Services:

6. Na área do Somos AMBIENTE foram produzidos os primeiros cartazes na área dos

Resíduos Hospitalares e concluída a criatividade da Roupa Hospitalar;

7. Na área do Somos EQUIPAS a concepção do restyling das Etiquetas, bem como a

produção de capas (monofolha) para participação em concursos e afins;

8. Na área do Somos NUTRIÇÃO a concepção do package que inclui várias peças para

esta área de negócio;

9. Coordenação do projecto Intranet;

10. Desenvolvimento do novo layout das newsletter do Departamento de Qualidade e do

layout do Conselho de Qualidade.

Relatório e Contas 2008

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Ainda no âmbito da nova Marca de Comunicação, importa destacar a aprovação do Kit de

Normas da Marca e das Sub-Marcas e a comunicação da primeira versão sobre as Regras de

Utilização da Marca, em Julho de 2008.

Em paralelo com a implementação da nova Marca de Comunicação, salientam-se como

grandes prioridades em 2008, apoiar o Somos AMBIENTE, enquanto cluster prioritário, e o

início da implementação do acordo de parceria estabelecido com a Direcção Geral de Saúde,

no âmbito do Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Infecções Associadas

aos Cuidados de Saúde (PNCI).

Em relação ao Somos AMBIENTE, foram organizadas duas importantes acções:

a) Duas edições da Semana Portas Abertas (em Junho e Outubro), cumprindo assim

as obrigações imposta pela DIA (Declaração de Impacto Ambiental), à semelhança

de 2007.

Decorrida entre 2 e 5 de Junho, Dia do Ambiente, a primeira Semana Portas

Abertas de 2008 contou com 28 participantes que se repartiram entre as visitas à

Central de Incineração e a assistência à Sessão Pública de Esclarecimento.

Entre 29 e 31 de Outubro realizou-se a segunda Semana Portas Abertas (SPA)

que, à semelhança da realizada em Junho e da sessão de 2007, procurou dar

continuidade à política de transparência e abertura ao público desenvolvida na

Central de Incineração (CI) do Parque da Saúde de Lisboa. A estrutura foi idêntica

à realizada em Junho: a) Visitas Guiadas à Central de Incineração do Parque da

Saúde de Lisboa e b) Sessão Pública de Esclarecimento.

b) A Conferência Internacional “Ambiente Responsável e Saúde”, realizada em 28

de Outubro na Chamusca, no âmbito do projecto do SUCH para o Eco-Parque do

Relvão, que inclui a possibilidade de unidades de triagem e reciclagem em

segmentos de resíduos ainda não reciclados no país, dando início a dinâmicas de

valorização de resíduos também no sector da saúde, bem como a criação de um

Relatório e Contas 2008

Página 43 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Centro de Investigação e Desenvolvimento para a Promoção do Ambiente e da

Saúde Pública8.

8 Programa da Conferência:

Relatório e Contas 2008

Página 44 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Destaca-se, ainda:

Mostra Portugal Tecnológico. No âmbito do Somos AMBIENTE e em termos de

comunicação externa é relevante destacar a participação na Mostra “Portugal Tecnológico

2008”, que se realizou na FIL – Feira Internacional de Lisboa, entre 18 e 23 de Novembro.

Inserido no Pavilhão da Saúde, sob a alçada “Ambiente e Saúde Pública”, o SUCH divulgou o

Projecto do Centro Integrado de Valorização Energética, Reciclagem e Tratamento de

Resíduos, inscrito no Plano Tecnológico Nacional e o Estudo de Benchmarking Internacional

de Resíduos Hospitalares, apresentados pela primeira vez na Conferência Internacional

“Ambiente Responsável e Saúde”, que o SUCH organizou em 28 de Outubro, na Chamusca.

Prémio VALORMED. Em paralelo, apoiou a equipa interna que preparou a candidatura ao

Prémio VALORMED, que seria ganho pelo SUCH, com um projecto de implantação de uma

Unidade de Triagem e Valorização de Resíduos de Embalagens de Medicamentos e de

Medicamentos fora de uso.

Protocolo PNCI. No âmbito da parceria com a Direcção Geral de Saúde, com a qual assinou

um Protocolo, o SUCH tornou-se patrocinador exclusivo do Programa Nacional de Prevenção

e Controlo da Infecção Associada aos Cuidados de Saúde. A colaboração do SUCH na

estratégia nacional para a melhoria da higiene das mãos centra-se no apoio técnico na área

da comunicação, nomeadamente, através da concepção e produção dos materiais de

comunicação e na área das tecnologias de informação, nomeadamente, através da

disponibilização de aplicações informáticas para a realização online dos Questionários da

Campanha e do Inquérito Nacional de Prevalência da Infecção que serão prioridades da DGS.

Entre as acções realizadas ao longo de 2008, conta-se o evento público / conferência de

imprensa do anúncio da parceria e a estratégia de comunicação da mesma, designadamente,

a criação da imagem da iniciativa.

Relatório e Contas 2008

Página 45 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Protocolo ISQ. Uma outra parceria importante que envolveu o contributo do GCI, em termos

de comunicação, apoiando o Somos EQUIPAS, foi a organização, divulgação e preparação

do press kit do evento (23 de Abril) que conduziu à assinatura do Protocolo de Cooperação

com o Instituto de Soldadura e Qualidade, uma parceria no âmbito do Plano Tecnológico,

para a inovação e qualificação do sector da Saúde, através da transferência de tecnologia e

incorporação de inovação. No quadro deste Protocolo de Cooperação, as duas entidades vão

desenvolver um conjunto de projectos que visam o estudo e experimentação de novos

modelos, processos e tecnologias que tragam valor acrescentado às actividades não clínicas

do sector da saúde. O primeiro projecto-piloto, já em arranque no Hospital de Santo André

(Leiria) integra a criação de um Sistema de Gestão da Manutenção de Equipamentos

Hospitalares, completado por um Sistema de Apoio à tomada de decisão de investimento em

equipamentos.

O SUCH participou, em 2008, num conjunto alargado de iniciativas dos quais se salientam:

SUCH na mostra Portugal Tecnológico 08

Organização: AIP-CE, FIL e BAN

Data: 18 a 23 Novembro 08

Apresentação: Ambiente na Saúde

"A Gestão na Saúde" - II Jornadas de Modernização Administrativa do Hospital de Faro

Organização: Hospital de Faro

Data: 7 Novembro 08

Apresentação: Inovar em Saúde - Serviços Partilhados

"A inovação na gestão, no conhecimento e nas pessoas. Contributos do Projecto b.Sapiens"

Organização: AERLIS (Associação Empresarial da Região de Lisboa)

Data: 30 Outubro 08

Apresentação: Talentos num momento de mudança: captação, gestão e desenvolvimento

Conferência Ambiente Responsável e Saúde

Organização: SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Data: 28 Outubro 08

1º Prémio Valormed / Investigação 2008

Data: 10 Outubro 08

Cerimónia de entrega do Prémio

Relatório e Contas 2008

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Sessão comemorativa da adesão de Portugal à World Alliance for Patient Safety de Organização Mundial

da Saúde

Organização: Direcção-Geral da Saúde

Data: 8 Outubro 08

Apresentação: O Protocolo Direcção-Geral da Saúde - Serviço de Utilização Comum dos Hospitais no âmbito do

Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde

Inovação em Saúde - XIX Encontro Nacional da Associação Portuguesa para a Promoção da Saúde

Pública

Organização: Associação Portuguesa para a Promoção da Saúde Pública

Data: 5 Junho 08

Apresentação: Somos Serviços Partilhados em Saúde (concepção e animação em powerpoint e produção final

em flash)

Curso da Pós Graduação em "Sistemas de Informação para a Saúde"

Organização: Faculdade de Engenharia da Universidade Católica de Lisboa

Data: 23 Maio 08

Apresentação: Uma Experiência Portuguesa de Transformação no Domínio da Saúde

Pharmalog 2008 - 6º Encontro Anual para o SCM Farmacêutico

Organização: Institute for Internacional Research (IIR)

Data: 13 Maio 08

Apresentação: Optimização da negociação entre os Hospitais e os Laboratórios através da Central de Compras

Fórum RH'08 - O estado da arte na gestão das pessoas

Organização: Recursos Humanos Magazine

Data: 18 Abril 08

Apresentação: Atracção e Retenção de Talentos

e-Powered" - 1ª Conferência sobre Soluções Integradas para o Sector Público

Organização: Oni Communications

Data: 8 Abril 08

Apresentação: Os Serviços Partilhados do SUCH

Oracle APPLICATIONS Day 2008

Organização: Oracle Portugal

Data: 5 Março 08

Apresentação: Inovar em Saúde: Serviços Partilhados e Tecnologias de Informação

Relatório e Contas 2008

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III Congresso Internacional de Sistemas e Tecnologias de Informação para a Nova Rede Hospitalar

Organização: Associação dos Profissionais de Informática, Tecnologias, Comunicação e Internet em Portugal

Data: 4 Março 08

Apresentação: Inovar em Saúde: Serviços Partilhados e as Tecnologias de Informação

O Novo Código dos Contratos Públicos - Aquisição de Tecnologias da Saúde

Organização: APORMED - Associação Portuguesa de Empresas de Dispositivos para a Saúde

Data: 28 Janeiro 08

Apresentação: Serviços Partilhados - Uma oportunidade para a Saúde

Além destas acções e iniciativas, destaca-se:

A preparação do Plano de Comunicação, corporativo e por cluster;

A produção de quatro números da revista interna Somos Nós (Abril, Junho, Outubro e

Dezembro);

O acompanhamento de notícias para a comunicação social (ex. Expresso, Diário

Económico);

Na coordenação do Diagnóstico de Atendimento presencial e telefónico, feita pelo

SUCH, com vista a implementar numa política de regras de Atendimento;

A participação do SUCH, como patrocinador no 1º congresso da Associação

Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar;

A participação do projecto “Somos Serviços Partilhados em Saúde” do SUCH, como

um dos pioneiros do Banco de Inovação em Saúde (www.ihealthbank.eu), um projecto

internacional;

A entrada do SUCH, como associado do Health Cluster Portugal;

A parceria do SUCH, enquanto Entidade Associada, com a Escola Superior de

Tecnologia de Abrantes do Instituto Politécnico de Tomar, no âmbito do curso de Pós-

Graduação denominado “Formação Avançada em Gestão da Informação para a

Saúde”.

Relatório e Contas 2008

Página 48 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Finalmente, importa anotar que em 2008 o trabalho de comunicação desenvolvido em 2007

foi reconhecido pela Associação Portuguesa de Comunicação Empresarial, ao atribuir

dois diplomas de mérito na Categoria de Evento Especial com o “Seminário Serviços

Partilhados – o Estado da Arte em Portugal” e na categoria Edição Especial com o trabalho

“Brochura Institucional Somos”.

IV.2.4. Marketing

O ano de 2008 foi o segundo ano de existência do Gabinete de Marketing do SUCH tendo a

sua actuação sido no essencial orientada para a Instituição propriamente dita, no sentido da

sua sedimentação para as mudanças e desafios inerentes à nova Visão, preconizadas no

Plano Estratégico 2007/2009.

Foi um ano em que, numa óptica estruturante da função de marketing no contexto da sua

integração no centro corporativo, a actividade foi centrada em dois dos factores dominantes

da estratégia do SUCH.

O Quem Somos e o Que Fazemos consubstanciando o plano de Reestruturação Interna e

Novo Posicionamento em que destacamos o contributo para a clusterização das unidades

produtivas e sua empresarialização. O posicionamento das áreas tradicionais e novas áreas e

o programa de comunicação Somos - institucional e dos negócios.

O Para Quem Existimos, traduzido no levantamento estratégico do Mercado e Clientes, na

definição de metodologias de avaliação e segmentação do mercado e na condução e análise

do Estudo da Avaliação da Satisfação dos Clientes.

Assim, foram dados importantes contributos na dimensão e caracterização do mercado e

suas oportunidades, da concorrência e dos clientes; na metodologia da avaliação e

segmentação do mercado; na análise e comunicação interna dos resultados do estudo da

avaliação e satisfação dos clientes; na interpretação da avaliação feita pelos clientes, assim

Relatório e Contas 2008

Página 49 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

como na correcta utilização da informação para a definição dos planos de actuação no

sentido de uma evolução positiva da relação e dos serviços prestados; na estruturação e

organização dos conteúdos relevantes para a comunicação Somos - institucional e dos

negócios; na revisão e redefinição dos serviços prestados por unidade de negócio e no seu

programa de comunicação com os clientes nos diversos suportes nomeadamente propostas

comerciais, facturas e outros; no plano mais interno a formatação das leituras e análises

estruturadas da evolução das vendas; definição das orientações para a construção do

orçamento de vendas e monitorização; apoio na preparação das apresentações dos novos

serviços a clientes e da nova oferta SUCH a novos clientes e o desenvolvimento do Plano de

Marketing Relacional para fomentar a consolidação da posição do SUCH como o parceiro dos

seus associados.

IV.2.5. Comercial

Em 2008, as Direcções Comerciais desenvolveram a sua actividade no âmbito do reforço da

política de proximidade ao Associado/Cliente, tendo presente o objectivo de 2008 de

“satisfazer as necessidades dos associados através de um Serviço de Qualidade ao

melhor preço”.

Neste âmbito merece particular realce a consolidação da implementação do modelo comercial

em interacção entre as áreas comercial e produtiva, a consolidação da implementação do

sistema de informação de Marketing Relacional – CRM e a criação e disponibilização dos

conteúdos públicos e privados na Intranet.

Complementarmente foi dada sequência à elaboração de documentos de suporte à

informação ao cliente (Relatórios de Progresso) e de compilação de informação estratégica

sobre os clientes (Planos de Desenvolvimento de Cliente), estes últimos ainda numa versão

experimental que se espera implementar e consolidar em 2009.

Continuou ainda a dar-se sequência à realização periódica de Reuniões de Planeamento de

Operações Comerciais com os vários Clusters e ACEs, que se revestem de importância

Relatório e Contas 2008

Página 50 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

primordial para a actividade comercial, nomeadamente na definição de abordagens de

negócio.

Direcção Comercial Norte

Em termos de propostas a associados/clientes, no ano de 2008 foi atingida uma percentagem

de adjudicação global de 78,79%.

Quadro nº 3

Os resultados demonstram um acréscimo do volume de negócios de 10% face aos objectivos

– orçamento do ano e de 4% relativamente aos proveitos registados em 2007.

Todos os Cluster de actividade do SUCH apresentam um aumento de vendas comparado

com os valores orçamentados, com especial destaque para a área do Somos AMBIENTE com

um acréscimo de 26,1%.

Direcção Comercial Norte Nº Clientes* Nº de Contratos% Contratos

Adjudicados

SOMOS EQUIPAS 95 128 71,51

Manutenção 67

Segurança e Controlo Técnico 47

Energia 2

Projectos e Obras 18 22 34,92

SOMOS AMBIENTE 110 125 89,29

Tratamento de Roupa 37 40 83,33

Gestão de Resíduos 92 76 93,83

Limpeza Hospitalar 8 9 81,82

SOMOS NUTRIÇÃO 10 6 100,00

TOTAL GERAL 176 260 78,79

É de salientar o seguinte:

* Todos os Clientes SRs e C.Saúde, bem como os Hospitais entretanto agregados em C. Hospitalares foram configurados neste

mapa de forma agregada num único cliente (ARS Norte e C.Hospitalares respectivo)

* Todos os contratos existentes nas SRs e C. Saúde, bem como das Unidades Hospitalares entretanto agregadas em C.

Hospitalares foram fundidos em contratos únicos, razão pela qual as colunas Nº. Clientes e Nº. de Contratos apresenta uma

redução quantitativa relativamente ao ano anterior

N.º de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Norte

106 91,38

Relatório e Contas 2008

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Quadro nº 4

Direcção Comercial Centro

Em termos de planeamento e gestão integrada dos clientes nos diferentes negócios tem sido

feito um esforço redobrado nos diversos processos de gestão, em articulação com as Áreas

de Actividade, de forma a ser assegurado o desenvolvimento comercial com os

associados/clientes.

Durante o ano de 2008 foram elaborados Relatórios de Progresso para todos os clientes e

associados, conforme previsto no plano.

Em termos de propostas a associados/clientes, no ano de 2008 foi atingida uma percentagem

de adjudicação global de 82,18%.

Direcção Comercial Norte Orçamento 2008 Real 2008

SOMOS EQUIPAS 9.755.160,87 9.907.655,20

Manutenção 6.231.980,62 4.206.963,61

Segurança e Controlo Técnico 344.834,70 291.728,28

Energia 1.461.977,13 1.352.802,63

Projectos e Obras 1.716.368,42 4.056.160,68

SOMOS AMBIENTE 7.994.821,29 10.082.097,76

Tratamento de Roupa 5.925.905,71 6.739.897,28

Gestão de Resíduos 1.267.582,25 1.342.095,26

Limpeza Hospitalar 801.333,33 2.000.105,22

SOMOS NUTRIÇÃO 7.892.396,63 7.926.745,44

SOMOS CONSULTORIA 0,00 300.000,00

TOTAL DE VENDAS 25.642.378,79 28.216.498,40

Unid: € Vendas da Direcção Comercial Norte

Relatório e Contas 2008

Página 52 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Quadro nº 5

Relativamente ao volume de negócios e comparando com o Orçamento de Vendas de 2008,

o resultado final foi superior ao previsto, com um desvio positivo de 9,5%. Neste âmbito, a

taxa de crescimento face ao ano anterior foi de 23 %.

Quadro nº 6

Direcção Comercial Centro Nº Clientes (a) Nº de Contratos% Contratos

Adjudicados

SOMOS EQUIPAS 65 129 62,02

Manutenção 53

Segurança e Controlo Técnico 19

Energia 9

Projectos e Obras 12 19,51

SOMOS AMBIENTE 536 742 87,60

Tratamento de Roupa 39 75,00

Gestão de Resíduos 524 90,13

Limpeza Hospitalar 11 48,39

SOMOS NUTRIÇÃO 35 19 76,00

TOTAL GERAL 570 890 82,18

(a) - Foram considerados como Clientes, as Entidades com Facturação em 2008, com e sem contrato.

72,46

Nº de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Centro

Unid: €

Direcção Comercial Centro Orçamento 2008 Real 2008

SOMOS EQUIPAS 5.768.870,00 6.521.440,00

Manutenção 4.704.599,00 4.790.998,00

Segurança e Controlo Técnico 140.633,00 163.883,00

Energia 830.440,00 1.127.962,00

Projectos e Obras 93.198,00 438.597,00

SOMOS AMBIENTE 10.367.370,00 12.350.834,00

Tratamento de Roupa 6.871.488,00 7.306.578,00

Gestão de Resíduos 1.651.263,00 1.961.131,00

Limpeza Hospitalar 1.844.619,00 3.083.125,00

SOMOS NUTRIÇÃO 12.685.303,00 12.677.345,00

TOTAL DE VENDAS 28.821.543,00 31.549.619,00

Vendas da Direcção Comercial Centro

Relatório e Contas 2008

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Dando continuidade aos esforços de prossecução dos objectivos propostos para o período

2007-2009, perspectiva-se para 2009 a consolidação dos processos comerciais

desenvolvidos em 2008, nomeadamente: o Modelo de Gestão Comercial, com base na

interacção entre a área comercial e área produtiva, com especial referência para o PDC, o

Modelo de Valorização Económica de Propostas, o Sistema de informação de Marketing

Relacional – CRM (tendo em vista um melhor conhecimento dos associados/clientes e actuar

em conformidade) e o Site Comercial da Intranet, como plataforma de comunicação entre as

Direcções Comerciais e Áreas de Negócio e a gestão documental de propostas/contratos.

Igualmente de salientar a potenciação junto dos associados/clientes do conceito de

agregação de unidades de negócio em Clusters, oferecendo prestações de serviços

integrados e/ou propostas de soluções globais, a adesão de novos associados privados e

públicos e a promoção do contacto sistemático com o Associado/Cliente suportado em

Relatórios de Progresso.

Direcção Comercial Sul

Registou-se o reforço dos contactos com os associados, quer no âmbito dos pontos de

situação relativos à actividade nos mesmos desenvolvida (alguns deles suportados em

Relatórios de Progresso), quer na divulgação da nova identidade do SUCH como Serviços

Partilhados e na apresentação das novas áreas de negócio.

Em termos de contratos adjudicados durante 2008, face à elevada incidência de concursos na

Região Sul, julga-se ser relevante a percentagem global de contratos adjudicados (74,31%),

distribuída pelo Somos EQUIPAS (73,57%), Somos AMBIENTE (75,34%) e Somos

NUTRIÇÃO (40,00%)

Relatório e Contas 2008

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Quadro nº 7

Relativamente ao volume de vendas, regista-se uma variação positiva de cerca de 12,4% em

relação ao orçamentado.

É de registar um acréscimo de actividade comparativamente com 2007, que se traduz num

aumento de proveitos de cerca de 28 %, verificando-se uma redução do número global de

clientes e contratos como resultado da aglutinação de várias unidades hospitalares em

Centros Hospitalares e Unidades Locais de Saúde e de centralização da gestão contratual de

vários Centros de Saúde na ARSLisboa e Vale do Tejo, com a consequente unificação de

contratos.

Direcção Comercial Sul Nº Clientes Nº de Contratos% Contratos

Adjudicados

SOMOS EQUIPAS 52 206 73,57

Manutenção 40

Segurança e Controlo Técnico 24

Energia 1

Projectos e Obras 25 67,65

SOMOS AMBIENTE 234 278 75,34

Tratamento de Roupa 40 81,82

Gestão de Resíduos 226 74,03

Limpeza Hospitalar 5 83,33

SOMOS NUTRIÇÃO 2 2 40,00

TOTAL GERAL 254 486 74,31

Nº. de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Sul

75,47

Relatório e Contas 2008

Página 55 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Quadro nº 8

Na vertente interna e conforme previsto no Plano de Acção da Direcção Comercial do Sul,

perspectiva-se dar continuidade à implementação do modelo comercial, consolidar o modelo

de valorização económica de propostas, consolidar o CRM e incrementar a disponibilização

na Intranet de informação às áreas de negócio.

Na vertente externa prevê-se um reforço da divulgação da nova identidade do SUCH junto

dos associados e incrementar a oferta de serviços de valor integrado.

IV.2.6. Sistemas de Informação

Em 2008, conclui-se o Plano Estratégico dos Sistemas de Informação, documento

enquadrador para as tomadas de decisão nos próximos anos, designadamente ao nível da

evolução dos Enterprise Resource Planning (ERP) existentes: Navision (no SUCH) e Oracle

(nos ACE‟s).

Unid: €

Direcção ComercialSul Orçamento 2008 Real 2008

SOMOS EQUIPAS 10.969.257,17 15.290.619,88

Manutenção 6.709.192,45 7.599.473,83

Segurança e Controlo Técnico 375.241,29 406.502,68

Energia 77.823,43 78.429,62

Projectos e Obras 3.807.000,00 7.206.213,75

SOMOS AMBIENTE 11.383.664,10 12.211.846,47

Tratamento de Roupa 7.064.686,07 7.578.494,22

Gestão de Resíduos 2.773.978,03 3.127.145,90

Limpeza Hospitalar 1.545.000,00 1.506.206,35

SOMOS NUTRIÇÃO 4.082.187,51 2.213.128,19

TOTAL DE VENDAS 26.435.108,78 29.715.594,54

Vendas da Direcção Comercial Sul

Relatório e Contas 2008

Página 56 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Desenvolveu-se um trabalho de reflexão sobre os ERP, tendo o mesmo culminado com a

aprovação do Plano de Transição do Navision para o Oracle EBS que suporta a nova oferta

de serviços partilhados a clientes, após ponderação das várias alternativas viáveis, por parte

do Conselho de Administração do SUCH, evitando a prazo custos duplicados de “up grade”,

actualização e manutenção de dois ERPs em paralelo.

Em termos da Plataforma Tecnológica que serve de base aos novos serviços partilhados dos

Somos CONTAS, Somos COMPRAS e Somos PESSOAS, deu-se continuidade aos

respectivos desenvolvimentos e conclusões dos mesmos:

no caso do Somos PESSOAS importa assinalar o seu arranque em produção em

Março de 2008;

no que respeita ao Somos COMPRAS, foi preparada uma interligação entre o Navision

e o Oracle;

quanto ao Somos CONTAS optou-se por um arranque em produção para o SUCH,

numa primeira fase em Navision, dado o grau de customização deste ERP nas áreas

tradicionais.

Em relação à evolução dos Sistemas de Informação do próprio SUCH importa referir ainda

que se destacam, ao longo do ano de 2008, as seguintes acções como mais relevantes:

Conclusão do Data Mart de Contabilidade Analítica;

Informatização de 21 unidades do Somos NUTRIÇÃO;

Ligação das encomendas do Somos NUTRIÇÃO ao sistema informático de alguns

fornecedores;

Ligação de encomendas e recepções do Somos NUTRIÇÃO ao sistema informático do

Somos COMPRAS (Oracle);

Relatório e Contas 2008

Página 57 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Aquisição e instalação de servidor para página WEB do Somos;

Apoio ao Somos CONTAS na passagem da contabilidade do SUCH (Navision) e

diversos desenvolvimentos no módulo financeiro a seu pedido;

Criação de mecanismo para controlo das facturas de fornecedores;

Criação de repositório para Gestão dos dados do MVEP (Modelo de Valorização

Económica de Propostas);

Instalação de novo circuito de voz e dados no Hospital do Litoral Alentejano;

Instalação de ligações ADSL em 12 locais;

Preparação e entrega de 23 PC‟s e 24 portáteis;

Achiever: consolidação do programa informático Achiever, que constitui uma

ferramenta para o controlo documental e apoio à monitorização e medição dos

processos evidenciando todo o histórico para posterior análise e conclusões, essencial

à actividade do Departamento de Qualidade.

IV.2.7. Compras

No ano de 2008 prosseguiu-se o processo de centralização das aquisições (iniciado com a

criação da Direcção de Compras no final de 2006) e o processo de normalização de

procedimentos.

No que respeita à Normalização/Monitorização, foi aprovado pelo Conselho de Administração

um novo Regulamento de Contratação e emanadas Normas a aplicar, que transpuseram para

o SUCH a aplicação das boas práticas do novo Código de Contratação Pública, o Decreto-Lei

nº18/2008 de 29 de Janeiro, com adaptações no que se refere à contratação excluída.

Foram também adaptadas as peças de procedimento ao novo Regulamento de Contratação.

Relatório e Contas 2008

Página 58 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Para a aquisição das várias tipologias de bens e serviços para as Áreas Verticalizadas, foram

reformuladas /estabeleceram-se as respectivas Delegações de Competências.

Concluiu-se ainda o processo de implementação das requisições electrónicas, o que

constituiu um pilar muito significativo do processo de monitorização dos pedidos colocados às

Compras.

No que concerne à Centralização versus ganhos de produtividade e financeiros foi aprovado

um novo desenho organizacional da Direcção de Compras que evoluiu para uma

especialização por Área de Negócio, adaptando-se à organização dos serviços verticalizados

e clusterizados em 2007 que sucedeu às direcções regionais. Mantiveram-se porém os

serviços de apoio logístico já existentes: compras locais e armazéns.

Esta alteração permitiu acompanhar de forma mais eficaz a verticalização das Áreas de

Negócio bem como racionalizar os processos, obtendo-se os inerentes ganhos de

produtividade. Esta reorganização permitiu, ainda, racionalizar os recursos humanos afectos à

função.

Foram realizados processos para aquisição de bens e serviços de forma planeada, para

satisfação de necessidades emergentes e para satisfação das necessidades decorrentes do

lançamento de novas unidades de produção das áreas de Resíduos, Limpeza e Nutrição.

Alguns destes processos foram desencadeados pela primeira vez com carácter global.

Paralelamente, foi elaborado um Plano de Transição e iniciado o processo de externalização

das compras para o Somos COMPRAS, ACE, tendo sido decidido que em 2008 a

externalização se processaria por vagas de produtos e serviços. Foram identificadas 33 vagas

para o efeito, envolvendo bens e serviços destinados a várias áreas de negócio e áreas

corporativas.

Relatório e Contas 2008

Página 59 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Em trabalho conjunto entre Direcção de Compras, Direcção Financeira e o Somos CONTAS

foi desenvolvido durante o ano de 2008 um enorme esforço de controle dos circuitos de

despesa, quer a nível processual e documental, quer a nível económico-financeiro.

Foi ainda realizada uma monitorização sistemática do inventário de stocks, o que se traduziu

nas contagens físicas do final do ano, num reduzido desvio de existências.

Em 2009, perspectiva-se a consolidação do caminho já percorrido, centralização de compras

versus ganhos de produtividade e financeiros, bem como, a externalização total das Compras,

de acordo com o Plano de Transição para o Somos COMPRAS, ACE.

IV.2.8. Financeira

A par com a externalização dos processos transaccionais da contabilidade, contas a receber

e contas a pagar, para serviços partilhados, operado a partir de Julho, o ano de 2008 ficou

marcado pela conclusão do trabalho de saneamento da conta de trabalhos em curso no que à

unidade de negócio de projectos e obras diz respeito, conforme relato mais pormenorizado,

constante do Ponto V - Situação Económica e Financeira, deste Relatório.

Assinalam-se ainda como marcos de desenvolvimento organizacional relevantes no ano para

a estruturação dos processos visando melhores condições de gestão, designadamente:

a conclusão do Data Mart da Contabilidade Analítica (Abril/08);

a aprovação do Modelo de Planeamento e Controlo Orçamental (Setembro/08);

Relatório e Contas 2008

Página 60 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

o redesenho dos processos e estrutura de suporte à facturação a clientes (Outubro –

Dezembro/08);

a elaboração do Modelo de Valorização Económica de Propostas (Julho/08);

a constituição de uma Task Force de Acompanhamento e Introdução de Melhorias

sobre o Controlo da Conferência de Facturação de Fornecedores (Agosto –

Dezembro/08);

a definição de regras claras a utilizar por toda a organização em relação aos

procedimentos a utilizar com rigor face a Trabalhos em Curso, evitando a continuidade

de más práticas tradicionais apuradas no Relatório supra-referido (Novembro/08);

a adaptação dos sistemas de informação de suporte a todos estes processos e

procedimentos.

Permitindo estes novos instrumentos a qualificação dos processos de gestão do SUCH e a

introdução de boas práticas reconhecidas universalmente, importa, contudo, melhorar as

zonas de interface na articulação com os associados, quer ao nível das rotinas de encomenda

do serviço (havia serviços prestados sem nota de encomenda que o cliente depois não

reconhece), quer ainda ao nível da conferência e pagamento, em tempo, da facturação do

SUCH, cujos prazos têm sido excessivamente dilatados, conforme se refere no ponto relativo

à Situação Económica e Financeira.

IV.2.9. Apoio Geral

A par de uma constante preocupação de optimização das condições operacionais de cada

área do SUCH, inovando continuamente na busca de uma gestão inteligente, valorizando o

património, contribuindo para a eficiência de processos partilhados, promovendo o bem-estar

dos trabalhadores, visando desta forma para o sucesso global, a Direcção de Apoio Geral

Relatório e Contas 2008

Página 61 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

concluiu, no ano transacto, um projecto de redução de custos com utilização de viatura

própria em serviço para o Somos EQUIPAS (responsável por 77% dos gastos verificados

nesta rubrica), adequando a respectiva frota automóvel.

Deste projecto decorrerá uma poupança anual expectável superior a 100.000 €, devendo-se

seguir-lhe a adopção de idêntica política para os outros Clusters.

Outro processo já iniciado em final de 2008, refere-se ao plano de reinstalação global dos

serviços, nomeadamente em Lisboa, Coimbra e Porto, com um impacto anual mínimo de

redução de encargos face aos actuais de 82.000 €.

IV.2.10. Apoio Jurídico

Tendo presente a publicação do novo Código dos Contratos Públicos - CCP, através do

Decreto-Lei nº 18/2008 de 29 de Janeiro, que veio unitariamente estabelecer a disciplina

aplicável à formação dos contratos públicos, assumiu particular importância o enquadramento

geral das relações entre o SUCH e os seus Associados públicos face às normas aplicáveis,

no ordenamento jurídico nacional e comunitário, em matéria de contratação pública.

Em sede de aprofundamento destas matérias jurídicas, e tendo por base uma interpretação

teleológica conforme às normas comunitárias, considera-se possível reconduzir as relações

estabelecidas entre o SUCH e os seus associados públicos à figura das relações in house,

com a consequente exclusão dos acordos celebrados no âmbito dessa relação jurídica da

esfera de aplicação das regras sobre contratação pública, de acordo com o disposto no nº 2

do artigo 5º do CCP.

Relatório e Contas 2008

Página 62 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Embora, desde sempre se tenha entendido e, portanto defendido, que o SUCH, como

organismo de direito privado não está sujeito à disciplina da contratação pública, a verdade é

que, também desde sempre, se tem propugnado pelo respeito rigoroso dos princípios da boa

fé, transparência, publicidade, igualdade e concorrência na formação dos contratos a celebrar

pelo SUCH.

Assim, reconhecendo-se “que as melhores práticas em matéria de contratação se encontram

consignadas na legislação comunitária e nacional, e que os destinatários da actividade do

SUCH são, em larga medida, entidades que gerem dinheiros públicos e que se encontram

sujeitas às regras da contratação pública, afigurou-se oportuno adequar os processos de

contratação ao novo Código dos Contratos Públicos, com as devidas adaptações às

especialidades do SUCH.”.

Daí que o Conselho de Administração do SUCH tenha decidido a elaboração de um novo

Regulamento destinado a disciplinar todas as aquisições de bens e serviços e empreitadas

desencadeadas pelo SUCH que remetesse, ”no essencial, com as devidas adaptações, para

as normas do Código dos Contratos Públicos respeitantes aos tipos e escolha de

procedimentos, formação dos contratos, tramitação procedimental, sistemas de aquisição

dinâmicos, sistemas de qualificação e acordos-quadro”.

O Gabinete Jurídico do SUCH contribuiu, em reflexão alargada com jurisconsultos

especialistas na matéria, para a feitura desse Regulamento que tendo sido aprovado pelo CA

em 28 de Fevereiro antecipou-se à entrada em vigor do novo CCP.

É de justiça realçar que, ao longo desta sua ainda curta vigência, o referido Regulamento se

tem revelado um eficiente instrumento de contratação, sem problemas ou reparos.

Relatório e Contas 2008

Página 63 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Quanto ao desempenho das suas normais atribuições, a actividade do Gabinete Jurídico

desenvolveu-se, geograficamente, por todo o País, apontando-se a título meramente

exemplificativo – Bragança, Vila Real, Porto, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Viseu, Coimbra,

Lorvão, Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Leiria, Caldas da Rainha, Vila Franca de Xira,

Setúbal, Barreiro, Portalegre, Beja, Elvas e Lagos para além de Lisboa como é óbvio.

Em síntese, a sua actividade durante o ano de 2008, poderá resumir-se nos seguintes

elementos estatísticos:

Processos Disciplinares 41

Processos de Inquérito 6

Processos Judiciais 22

Processos de Contra-Ordenações 20

Actuações contenciosas em Concursos Públicos 7

Pareceres / Informações 656

Reconhecimentos 1700

IV.2.11. Cooperação

Com os PALOP, entre Janeiro e Abril de 2008, o SUCH realizou estágios dirigidos a cinco

técnicos provenientes de Cabo Verde, designadamente do Hospital Agostinho Neto e do

Hospital Sousa Baptista, por solicitação do Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério

da Saúde da República de Cabo Verde.

Estes estágios tiveram como objectivo proporcionar formação em Manutenção em

Equipamentos Hospitalares, abrangendo equipamentos de refrigeração, esterilização, bloco

operatório, radiologia e máquinas de revelação.

Também por contacto do mesmo Gabinete, foi demonstrado interesse no apoio para a

definição da Estratégia de Manutenção de Equipamentos em Cabo Verde, tendo o SUCH

Relatório e Contas 2008

Página 64 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

revelado disponibilidade, no âmbito de Protocolo a celebrar, para o desenvolvimento deste

trabalho no próximo ano.

Em cooperação com a Guiné-Bissau, o SUCH ainda preparou a missão que terá em vista

instalar, em 2009, um equipamento de Raio-X, doado pelo Hospital de São Teotónio, Viseu,

no Hospital de Bafatá, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.

Já relativamente à candidatura apresentada no âmbito do projecto – apoio ao Hospital

Pediátrico David Bernardino (Luanda) como Laboratório de Referência de Angola, no âmbito

de candidatura conjunta ao Instituto de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), em que também

figuram como proponentes o Instituto Nacional Ricardo Jorge e o Hospital D. Estefânia,

encaminhada através do Alto Comissariado da Saúde, o SUCH não obteve qualquer decisão

até ao final do ano.

Em reunião realizada junto do Alto Comissariado da Saúde o SUCH disponibilizou-se,

igualmente, para cooperar em outras missões nos PALOPs, dentro de um exercício de

Responsabilidade Social, com o enquadramento e apoio do IPAD, Fundação Calouste

Gulbenkian e outras organizações.

IV.3. AS ÁREAS DE NEGÓCIO

IV.3.1. A Actividade Produtiva do SUCH

Em 2008, o SUCH viu o seu Volume de Negócios anual aumentar 15,7% face ao ano anterior.

Nos últimos três anos (2006-2008) este acréscimo ascendeu a 57,8%, registando todos os

anos percentagens anuais de crescimento superiores a 15%.

Relatório e Contas 2008

Página 65 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Quadro nº 9

Evolução do Volume de Negócios do SUCH

Unid: Milhões de €

Nota: Os valores apresentados incorporam os descontos de quotas a associados, bem como, no último

ano, os valores dos débitos pelas funções corporativas do SUCH aos novos ACE`s, no valor de 1,6

milhões de euros.

De salientar que, não obstante o período complexo do ponto de vista do funcionamento dos

mercados vivido em 2008, que ocasionou um acréscimo de custos operacionais idêntico à

variação do volume de negócios (15,7%), nos três anos em análise, o incremento dos custos -

53,2% - foi inferior ao correspondente aumento do volume de negócios.

Quadro nº 10

Evolução dos Custos Operacionais do SUCH

Unid: Milhões de €

Importa, no entanto, salientar que apesar da dinâmica dos custos operacionais ter

acompanhado com rigor o aumento do Volume de Negócios (reflectindo um forte

Volume de

Negócios

Total

2005

Realizado

2006

Realizado

2007

Realizado

2008

Realizado

Volume de

Negócios56,6 65,6 77,2 89,3

Evolução % 15,9 17,7 15,7

Evolução % 57,8

Custos

Operacionais

2005

Realizado

2006

Realizado

2007

Realizado

2008

Realizado

Custos

Operacionais61,6 67,9 81,6 94,4

Evolução % 10,2 20,2 15,7

Evolução % 53,2

Relatório e Contas 2008

Página 66 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

empenhamento do SUCH na procura de ganhos de eficiência), por força do efeito inflação

não previsível, verificado sobretudo nos primeiros 8 meses do ano, registaram-se desvios

com significado nas rubricas Matérias – Primas e Fornecimento de Serviços Externos (FSE).

Em rigor face a uma evolução de 15,7% do Volume de Negócios, o Custo de Matérias –

Primas evolui mais do que 19% no ano (desviando-se do orçamento em 31%) e os FSE

apresentam um acréscimo próximo dos 15% (mas observando um desvio face ao orçamento

de 47%)9.

Meramente a título ilustrativo referem-se três exemplos que contrastam com o crescimento

próximo dos 16% de Volume de Negócios:

Electricidade, os custos crescem 40,5% no ano importando um encargo adicional de

182 mil €;

Combustíveis, os custos crescem 76,8% no ano importando um encargo adicional de

1,6 Milhões de €;

Matérias – Primas Alimentares, os custos crescem 23% no ano, importando um

encargo adicional de 1,1 Milhões de €.

Num exercício simplificado: se apenas estas três sub-categorias do conjunto Matérias –

Primas e FSEs se tivessem comportado sem o efeito inflação, ou seja, acompanhando

apenas a respectiva despesa o crescimento da actividade em 16%, então deste encargo

adicional que totaliza 2,9 Milhões de € apenas teria resultado o encargo de 1,2 Milhões, pelo

que o desvio sentido pelo efeito inflação no SUCH no ano de 2008 (em apenas matérias -

primas alimentares, combustíveis e electricidade) resultou numa despesa adicional e

imprevisível para o ano no montante de 1,7 Milhões de €, com forte impacto no prejuízo

operacional (cifrado em 1,5 Milhões de €).

9 De notar que os montantes orçamentados para as rubricas Matérias – Primas e FSE contavam com um esmagamento, no ano

de 2008, nos respectivos custos associados, em virtude dos Ganhos de Escala esperados em consequência do arranque da

Central de Compras cuja expectativa (à data da elaboração do Orçamento de 2008) se centrava em Janeiro de 2008, facto que

só veio a ocorrer um ano depois!

Relatório e Contas 2008

Página 67 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

A distribuição relativa dos custos operacionais que suportam a actividade do SUCH

apresentam, no ano de 2008, o padrão expresso no gráfico seguinte, o qual não regista

alterações face ao ano de 2007.

Gráfico nº 7

Peso das diferentes rubricas nos Custos Operacionais das áreas de negócio – 2008

A distribuição percentual do Volume de Negócios pelos diferentes Clusters de actividade é

sensivelmente idêntica à verificada no ano anterior, tendo havido, contudo, um ligeiro

aumento do peso relativo do Cluster Somos AMBIENTE (que era responsável por 36% do

volume de negócios em 2007) em detrimento do Somos EQUIPAS (que assumia, em 2007,

38% do volume total de negócios das áreas).

13,4%

19,2%

18,8%

44,9%

3,7%

Materiais

Subcontratos

FSE

Custos com Pessoal

Outros

2008

Relatório e Contas 2008

Página 68 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Gráfico nº 8

Distribuição do Volume de Negócios pelos diferentes Clusters - 2008

Esta distribuição encontra paralelo na distribuição dos custos em que o Somos AMBIENTE vê

ligeiramente acrescida a sua participação nos custos face ao ano anterior – 37,8% em 2007 –

e uma pequena redução na participação do Somos EQUIPAS – 35,5% em 2007.

Gráfico nº 9

Distribuição dos custos pelos diferentes Clusters - 2008

36,1%

37,8%

25,7%0,4%

Somos EQUIPAS

Somos AMBIENTE

Somos NUTRIÇÃO

Somos CONSULTORIA

35%

39%

26%

0%

Somos EQUIPAS

Somos AMBIENTE

Somos NUTRIÇÃO

Somos CONSULTORIA

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 69 de 141

IV.3.2. Somos EQUIPAS

A área de negócio desenvolvida pelo cluster Somos EQUIPAS é suportada por quatro

unidades de negócio, designadamente:

Manutenção de Instalações e Equipamentos;

Segurança e Controlo Técnico;

Energia; e,

Projectos e Obras,

As principais orientações/alterações que se verificaram no ano 2008 estiveram,

essencialmente, relacionadas com a consolidação e aproveitamento das sinergias resultantes

da implementação do modelo de clusterização e verticalização do cluster Somos EQUIPAS,

iniciada em 2007 e continuada em 2008 em conformidade com o “Plano de Acção e

Orçamento para 2008”.

A referida clusterização e verticalização permitiu iniciar a uniformização de procedimentos,

com a consequente obtenção de vantagem competitiva, interiorizando as melhores práticas

que se encontravam dispersas nas Unidades de Negócio agora verticalizadas e clusterizadas,

processo que cabe aprofundar ainda em 2009.

O desenvolvimento das áreas corporativas ainda não teve o impacto esperado neste Cluster

associando-se ao aumento de rigor alguma perda de agilidade dos processos produtivos,

nomeadamente pela centralização dos processos financeiros e de compras.

Atendendo a que o SUCH garante a sua subsistência com recursos próprios que decorrem,

na sua totalidade, da facturação dos serviços prestados, operando exclusivamente no

mercado da saúde, (em particular no apoio a instituições enquadradas pelo Serviço Nacional

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 70 de 141

de Saúde) foi valorizado, no decurso do ano e num contexto organizacional de mudança,

salvaguardar a continuidade dos processos produtivos introduzindo-se paulatinamente novos

projectos. Entre estes destaca-se o projecto de microgeração de energia eléctrica fotovoltaica,

bem como o projecto de arquitectura de Unidades de Cuidados Continuados.

O cluster Somos EQUIPAS, apresentou a seguinte evolução no que respeita ao Volume de

Negócios nos últimos quatro anos.

Quadro nº 11

Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos EQUIPAS no período de 2005-2008

Unid: €

Somos EQUIPAS 2005 2006 2007 2008

Volume de Negócio

20.905.923

25.904.191

29.018.317

32.548.098

Evolução %

23,9

12,0

12,2

Evolução %

55,7

Constata-se que, no âmbito do Cluster, entre 2005 e 2008 o Volume e Negócios aumentou

mais de 55%, verificando-se, em todos os anos, taxas de crescimento superiores a dois

dígitos.

Gráfico nº 10

Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos EQUIPAS 2005-2008

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

35.000.000

2005 2006 2007 2008

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 71 de 141

Esta tendência global de crescimento de um Cluster que reúne quatro áreas de actividade

tradicional do SUCH resulta, no entanto, de dinâmicas diferenciadas nas suas unidades de

negócio, que importa observar.

Manutenção de Instalações e Equipamentos

A Unidade de Negócio responsável pela Manutenção de Instalações e Equipamentos, no ano

de 2008, fez um enorme esforço no sentido de inverter a tendência que se vinha verificando

nos últimos anos e relativa à perda de capacidade técnica de intervenção nos novos

equipamentos electromédicos, caracterizados por tecnologias mais recentes. Estes novos

equipamentos têm vindo a ser introduzidos nas unidades de saúde para substituição de

outros considerados obsoletos ou para equipar novos serviços. A dificuldade em conseguir

formação em equipamentos com tecnologias mais recentes reduziu a capacidade técnica de

intervenção por parte do SUCH, tendo-se verificado alguma redução do número de

equipamentos abrangidos nos contratos de manutenção. As solicitações para as reparações

extra-contrato sofreram igualmente uma redução.

A contrario, as actividades de manutenção de redes e equipamentos electromecânicos,

asseguradas através de diversos projectos de manutenção de instalações e equipamentos,

têm vindo a sofrer um incremento considerável.

A redução do número de contratos (para 262) a par do aumento do valor contratado, justifica-

se pela concentração de diversas unidades de saúde em centros hospitalares, o que conduziu

ao agrupamento de vários contratos, num único contrato. Simultaneamente, também se

constatou a junção de contratos na mesma unidade de saúde.

A centralização da aquisição de componentes e peças para proceder à actividade de

manutenção, originou, no ano, demoras nas reparações devidas a diversas dificuldades

associadas ao processo de aquisição, nomeadamente as resultantes dos fortes

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 72 de 141

constrangimentos de Tesouraria, por insuficiência de recebimentos provenientes dos

associados.

Apesar dos constrangimentos enunciados registou-se, no ano, um ligeiro aumento do Volume

de Negócios desta Unidade de Negócio.

Quadro nº 12

Evolução do Volume de Negócios da UN Manutenção de Instalações e Equipamentos 2005-2008

Unid: €

Manutenção 2005 2006 2007 2008

Volume de Negócio

14.242.168

14.339.807

17.361.439

17.736.159

Evolução %

0,7

21,1

2,2

Evolução %

24,5

Entre 2005 e 2008 o Volume de Negócios apresentou, assim, uma evolução positiva na

ordem dos 24,5%.

Gráfico nº 11

Evolução do Volume de Negócios da UN Manutenção de Instalações e Equipamentos 2005-2008

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

2005 2006 2007 2008

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 73 de 141

Segurança e Controlo Técnico

No ano de 2008 esta Unidade de Negócio fez uma aposta forte na sua certificação. Este

desiderato foi atingido, no entanto o volume de negócios teve uma forte diminuição

relativamente a 2007, apesar do acréscimo de 12 contratos no ano, totalizando 159.

Foi ainda desenvolvida uma aplicação DataMart para fornecer Indicadores estatísticos

fundamentais para o controlo da actividade.

Quadro nº 13

Evolução do Volume de Negócios da Segurança e Controlo Técnico 2005-2008

Unid: €

Segurança e Controlo Técnico

2005 2006 2007 2008

Volume de Negócio

666.433

787.556

863.874

794.439

Evolução %

18,2

9,7

-8,0

Evolução %

19,2

Entre 2005 e 2008 regista-se um aumento de 19,2% do Volume de Negócios da Unidade,

configurando o ano de 2008 o ano de inversão da tendência de crescimento sustentado

verificada no período de análise.

Gráfico nº 12

Evolução do Volume de Negócios da Segurança e Controlo Técnico 2005-2008

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

2005 2006 2007 2008

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 74 de 141

Energia

A Unidade de Negócio relacionada com a Energia, acrescentou em 2008 aos contratos

existentes em 2007 um novo contrato, totalizando a gestão de cinco Centrais Térmicas. A

variação que se pode verificar no volume de negócios é condicionada por factores exógenos,

designadamente condições meteorológicas, quantidade de roupa tratada ou número de

refeições confeccionadas.

Em 2008, o cluster Somos EQUIPAS iniciou uma aposta forte nesta área de actividade,

nomeadamente na microgeração de energia eléctrica fotovoltaica, tendo sido instalados 17

sistemas de microgeração fotovoltaica. Parece-nos ser uma aposta com inegáveis vantagens

para o Serviço Nacional de Saúde, ao nível das poupanças que se podem vir a obter.

Quadro nº 14

Evolução do Volume de Negócios da UN Energia nos anos 2006-2008

Unid: €

Energia 2006 2007 2008

Volume de Negócio

3.218.250

2.246.560

2.569.926

Evolução %

- 30,2

14,4

Evolução %

- 20,1

O ano de 2008 representa uma quebra da tendência de decréscimo desenhada em 2007,

tendo-se verificado um crescimento do volume de negócios superior a 14 %.

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 75 de 141

Gráfico nº 13

Evolução do Volume de Negócios da UN Energia 2006-2008

Projectos e Obras

Na Unidade de Negócio Projectos e Obras verificou-se um incremento significativo nas

actividades de Projecto e Fiscalização o que teve impacto directo no volume de facturação.

Esta Unidade de Negócio tem também desenvolvido vários trabalhos de projecto, fiscalização

e acompanhamento integrado de obras para apoio a outras áreas de negócio do SUCH. A

análise evolutiva do seu Volume de Negócio é apresentada no quadro e no gráfico seguinte.

Quadro nº 15

Evolução do Volume de Negócios da UN Projectos e Obras nos anos 2005-2008

Unid: €

Projectos e Obras 2005 2006 2007 2008

Volume de Negócio

3.217.560

6.476.330

7.465.399

10.757.441

Evolução %

101,3

15,3

44,1

Evolução %

234,3

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

2006 2007 2008

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 76 de 141

O crescimento de 234% do Volume de Negócios no período 2005-2008 representa mais do

que a triplicação do montante inicial. Em 2008 esta unidade passa a representar 1/3 do

Volume de Negócios do Cluster, enquanto no ano anterior representava apenas 1/4.

Gráfico nº 14

Evolução do Volume de Negócios da UN Projectos e Obras 2005-2008

A evolução do Volume de Negócios expressa no gráfico supra traduz a intensificação dos

indicadores de actividade no ano de 2008 como expressos no quadro seguinte:

Quadro nº 16

Evolução da actividade da UN Projectos e Obras nos anos 2005-2008

Projectos e Obras 2005 2006 2007 2008

Projectos

20 36 20 37

Obras

17 30 19 20

Fiscalização

4 1 1 5

0

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

12.000.000

2005 2006 2007 2008

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 77 de 141

Por fim, é apresentada, no gráfico seguinte, a distribuição percentual dos proveitos das quatro

unidades de negócio que constituem o Cluster Somos EQUIPAS, ilustrando a sua

representatividade relativa.

Gráfico nº 15

Distribuição Percentual de Proveitos por UN 2008

Relativamente ao ano de 2009 estão projectados os seguintes desenvolvimentos em

continuidade com o trabalho iniciado em 2008:

a implementação do piloto do Sistema de Gestão da Manutenção, em trabalho de

parceria com o Instituto de Soldadura e Qualidade (projecto integrado no Plano

Tecnológico e com piloto no Hospital de Leiria);

o desenvolvimento de um projecto que leve à implementação de um laboratório de

metrologia, essencial para avaliação e validação de parâmetros funcionais de

equipamentos;

expansão do novo negócio da microgeração eléctrica fotovoltaica;

lançamento da actividade de avaliação da eficiência energética de unidades de saúde;

expansão do projecto relativo a unidades de cuidados continuados modulares;

56%

8%2%

34%

Manutenção Energia Segurança e Controlo Técnico Projectos e Obras

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 78 de 141

desenvolvimento de um projecto similar vocacionado para Unidades de Saúde

Familiares, no âmbito dos cuidados de saúde primários;

purificação do Modelo de Gestão de Contratos, após a experiência e respectiva

avaliação realizadas em 2008.

Transversalmente a todo o Cluster será ainda lançado um programa de retenção de

conhecimento, actualização e desenvolvimento de competências que visem potenciar a

capacidade de inovação e de um serviço de valor acrescentado para os clientes/associados.

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 79 de 141

IV.3.3. Somos AMBIENTE

O cluster Somos AMBIENTE integra a Gestão e Tratamento de Roupa, Limpeza e Resíduos

Hospitalares, no âmbito do processo de verticalização das áreas de negócio, que veio

introduzir uma lógica empresarial por negócio, com abrangência nacional, iniciado no ano

anterior.

Em 2008, consolidou-se a verticalização e padronizaram-se já, transversalmente, algumas

melhores práticas identificadas, nomeadamente:

Implementação de um modelo de organização assente numa interacção entre linhas

de serviço e linhas de tratamento, com funções e objectivos distintos. Este modelo

encontra-se aplicado nas unidades de negócio: Gestão e Tratamento de Resíduos e

Limpeza e a dar os primeiros passos na área da Gestão e Tratamento de Roupa;

Definição da metodologia de recolha e tratamento da informação para a facturação,

padronização da designação dos serviços fornecidos e da apresentação da factura;

Implementação do método de análise e valorização dos custos para efeitos de cálculo

de propostas a apresentar por solicitação da Área Comercial.

No quadro seguinte pode constatar-se a evolução do Volume de Negócios representando, no

período 2005-2008, um crescimento de 52,4%.

Quadro nº 17

Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos AMBIENTE no período de 2005-2008

Unid: €

Somos AMBIENTE 2005 2006 2007 2008

Volume de Negócio

22.349.726

24.241.091

27.526.466

34.069.357

Evolução %

8,5

13,6

23,8

Evolução %

52,4

No ano de 2008 o Volume de Negócios atinge os 34 Milhões de € representando um

crescimento face ao ano anterior superior a 23%.

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 80 de 141

Gráfico nº 16

Evolução do Volume de Negócios – Cluster Somos AMBIENTE - 2005-2008

Regista-se, em 2008, o crescimento do Volume de Negócios das três unidades,

designadamente, na Gestão e Tratamento de Roupa na ordem dos 9,06%, na Gestão e

Tratamento de Resíduos de 25,75% e, em especial, na Limpeza hospitalar de 103,95%.

No gráfico seguinte, pode observar-se a evolução dos indicadores de actividade de cada

uma das unidades, com um aumento na área das Roupas de 8,91%, um ligeiro decréscimo

de -1,23% (na quantidade de resíduos tratados) e um forte incremento no nº de horas

/homem nas limpezas de 112,55%.

Trat. Roupa Trat. Resíduos Limpezas Total Cluster Ambiente

15

.32

2.7

45

4.8

26

.31

4 €

2.2

00

.66

7 €

17

.03

8.5

38

4.5

74

.58

6 €

2.6

27

.96

7 €

19

.08

8.9

29

5.0

59

.58

0 €

3.3

77

.95

7 €

20

.81

7.7

86

6.3

62

.21

1 €

6.8

89

.36

0 €

2005 2006 2007 2008

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 81 de 141

Gráfico nº 17

Evolução da Produção – Cluster Somos AMBIENTE

GESTÃO E TRATAMENTO DE ROUPA

Esta é a área do Somos AMBIENTE que reflecte a maior adesão por parte dos associados e

clientes, com um crescimento notório e, paralelamente, com um nível de exigência

constante. De facto, em especial, os hospitais são organizações complexas e de uma forma

contínua acrescentam novos requisitos aos padrões de serviço actuais.

O desafio do renting – actividade em que o SUCH é pioneiro na área da Saúde, também

assinala uma evolução crescente, como comprova o mapa seguinte – sentindo-se hoje

também uma maior procura do tratamento personalizado de fardamentos e do serviço de

reposição de roupa intra hospitalar.

Quadro nº 18

Evolução da Produção – UN Gestão e Tratamento de Roupa

Unid: Kg

Locação de Roupa 2005 2006 2007 2008

Produção

15.322.745

17.038.538

19.088.929

20.817.784

Evolução %

11,2

12,0

9,1

Evolução %

35,9

Trat. Roupa ( Kg) Trat. Residuos ( kg) Limpezas (h/h)

25

.62

6.7

23

10

.54

0.3

77

35

8.9

12

26

.39

9.0

73

8.1

92

.37

7

45

3.0

39

28

.39

7.2

30

10

.81

7.0

63

54

4.1

33

30

.92

6.2

60

10

.68

4.0

84

1.1

56

.53

0

2005 2006 2007 2008

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 82 de 141

A vantagem competitiva do SUCH cifra-se na sua longa experiência nesta área de actuação,

reconhecida pelos associados e clientes, e na dimensão da sua capacidade instalada, que

permite optimizar os processos.

No ano de 2008, destaca-se a padronização de alguns processos produtivos pelas melhores

práticas, designadamente, na logística de entrega de roupa, na expedição de guias por

tipologias quantificadas (além do peso total), na oferta de roupa de locação quer em modelos

quer em cores e dimensões e, ainda, na aquisição de equipamentos de produção de marca e

modelo já com prova de eficiência dada noutras unidades.

Neste ano, por circunstâncias várias, não foi possível abrir a nova lavandaria do Fundão, mas

o projecto manteve-se em curso, permitindo que o seu funcionamento se inicie em Abril de

2009, com capacidade para tratar 7 toneladas/dia.

Por outro lado, iniciou-se o projecto de construção de raiz de uma lavandaria na Tocha, tal

como previsto no Plano de Acção e Orçamento para 2008.

LIMPEZA HOSPITALAR

No ano de 2008 a Área da Limpeza Hospitalar viu o seu volume de actividade crescer mais do

que o dobro, em resposta directa às solicitações dos associados.

Quadro nº 19

Evolução da Produção – UN Limpeza Hospitalar

Unid: Nº Horas

Limpeza 2005 2006 2007 2008

Produção

358.912

453.039

544.133

1.156.530

Evolução %

26,2

20,1

112,5

Evolução %

222,2

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 83 de 141

Com já foi expresso em anos anteriores, o SUCH no cumprimento de todas as obrigações

legais e de qualidade de produtos certificados, não é competitivo, em preço, enquanto critério

decisivo, com outras empresas em sede de mercado concorrencial.

Não obstante, a preferência por um trabalho sério e rigoroso foi reconhecido por várias

instituições de saúde, evidenciando uma preocupação crescente no contexto hospitalar por

prestações de qualidade.

A maior vantagem competitiva do SUCH, nesta área, reside na sua experiência, reconhecida

pelos associados e clientes, e no facto de actuar sinergicamente com as outras áreas de

actividade do cluster Somos AMBIENTE. Destaca-se, em particular, o trabalho que está a ser

desenvolvido nos HUC e no Hospital de Aveiro, em que existe uma mais valia pela actuação

conjunta das áreas da Limpeza e dos Resíduos Hospitalares.

GESTÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS

Em 2008, salienta-se, já em sede de área verticalizada, a implementação de processos

padronizados, nomeadamente, no respeitante à contentorização uniforme na totalidade das

instituições de saúde e à higienização dos referidos contentores. Foi ainda elaborado o

Manual de Formação/Sensibilização e Auditoria, em utilização junto dos associados e clientes

do SUCH.

Nesta área, o SUCH perdeu um cliente de dimensão significativa, num processo de difícil

compreensão em contexto associativo e concorrencial, com reflexo imediato na quantidade de

resíduos tratados, mas que foi possível equilibrar com a adesão de novos associados,

designadamente, o Centro Hospitalar do Porto, os Hospitais da Universidade de Coimbra, o

Centro Hospitalar de Aveiro e o Centro Hospitalar de Lisboa Central, entre outros, em

diferentes fases do ano.

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 84 de 141

Esta área tem como principal vantagem competitiva o facto de o SUCH ser reconhecido como

pioneiro e experiente nas matérias de tratamento de resíduos hospitalares, sendo o único

operador de mercado que detém a linha completa, desde a recolha e tratamento à

incineração, em unidades próprias e licenciadas, e actuar em áreas sinérgicas com esta e

com o enfoque na prevenção e controlo da infecção hospitalar. No entanto, face a práticas

comerciais associadas às propostas da concorrência, nem sempre pode apresentar um preço

inferior.

No quadro seguinte são apresentados os dados referentes à evolução da recolha e

processamento dos resíduos hospitalares de acordo com a sua classificação.

Quadro nº 20

Evolução da Produção – UN Gestão e Tratamento de Resíduos

Unid: Kg

É ainda de salientar, com apreciação muito favorável, a exportação meramente residual de

resíduos do Grupo IV, tal como mostra o quadro seguinte:

2005 2006 2007 2008 Δ % 2005-2006 Δ % 2006-2007 Δ % 2007-2008

GRUPO III 5.569.969 4.793.545 5.254.390 6.688.877 -13,94% 9,61% 27,30%

GRUPO IV 1.042.427 1.283.881 1.298.074 1.271.967 23,16% 1,11% -2,01%

GRUPO I/II 3.472.124 1.584.224 3.559.292 1.709.151 -54,37% 124,67% -51,98%

RESIDUOS INDUSTRIAIS BANAIS 15.315 45.600 33.720 67.960 197,75% -26,05% 101,54%

RECICLÁVEIS 298.154 249.892 303.946496.214

-16,19% 21,63% 63,26%

LIQUIDOS PERIGOSOS 139.634 234.896 338.124427.203

68,22% 43,95% 26,35%

OUTROS RESIDUOS PERIGOSOS 2.754 339 29.517 22.713 -87,69% 8606,96% -23,05%

TOTAL 10.540.377 8.192.377 10.817.062 10.684.085 -22,28% 32,04% -1,23%

QUANTIDADES DE RESIDUOS PROCESSADOSQUANT. RESIDUOS NACIONAL

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 85 de 141

Quadro nº 21

Distribuição Nacional e Exportação dos Resíduos a incinerar

Unid: Kg

Destaca-se, ainda, como marco importante, a constituição do Agrupamento Complementar de

Empresas, Somos AMBIENTE, ACE, em Julho, na sequência da prévia aprovação do projecto

pela Assembleia Geral do SUCH de 7 de Maio de 2008.

O Somos AMBIENTE, ACE tem como objecto criar um Centro Integrado de Valorização e

Tratamento de Resíduos, na Chamusca, cujo conceito integra a implantação de três unidades

de tratamento e valorização, complementares e sinérgicas, mediante a adopção das melhores

tecnologias e das melhores práticas existentes.

No segundo semestre do ano, foi desenvolvido o Business Plan do referido projecto e

procedeu-se à elaboração da respectiva candidatura ao Projecto EUREKA, no sentido de

obter o Selo de Excelência Eureka.

O projecto “ Centro Integrado de Valorização e Tratamento de Resíduos” esteve presente, na

mostra do Portugal Tecnológico, que teve lugar na FIL, no mês de Novembro, com a

apresentação de um filme, tendo também, por essa ocasião, sido apresentado o “Estudo de

Benchmarking Internacional”, realizado em 2007, pelo SUCH, na sessão de conferências.

Importa, ainda, referir, que o projecto integra-se nas prioridades da Estratégia de

Lisboa/Plano Nacional de Reformas: Novo Ciclo 2008-2010/Domínio 4 – Combater as

Alterações Climáticas, apostar nas Energias Renováveis e na Eficiência Energética, tendo,

2005 2006 2007 2008 2005 2006 2007 2008 Δ % 2005-2006 Δ % 2006-2007 Δ % 2007-2008 Δ % 2005-2006 Δ % 2006-2007 Δ % 2007-2008

742.737 725.191 1.059.930 1.484.312 299.690 558.690 238.144 37.034 -2,36% 46,16% 40,04% 86,42% -57,37% -84,45%

CENTRAL INCINERAÇÃO EXPORTAÇÃO CENTRAL INCINERAÇÃO EXPORTAÇÃO

GRUPO IV

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 86 de 141

portanto, sido reconhecido o mérito do projecto na minimização de impactes ambientais, na

maximização da eficiência e na geração de créditos de carbono.

Ainda em 2008, o SUCH foi distinguido com a atribuição do primeiro Prémio de Investigação

Valormed/Universidade Nova de Lisboa, pela apresentação do projecto “Unidade de Triagem

e Valorização dos Resíduos de Embalagens de Medicamentos e de Medicamentos Fora de

Uso”, elaborado pelo Somos AMBIENTE.

De destacar, ainda, no mês de Outubro, a realização da Conferência Internacional “Ambiente

Responsável e Saúde”, já anteriormente referida, com o alto patrocínio da Câmara Municipal

da Chamusca, onde o SUCH, no seu exercício de Responsabilidade Social, promoveu

amplamente o debate sobre a temática dos Resíduos Hospitalares e suas implicações na

saúde pública e no desenvolvimento sustentável, reunindo especialistas portugueses e

estrangeiros e vários públicos interessados, em que contou, igualmente com a presença de

Sua Excelência o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, de Sua Excelência o Secretário

de Estado do Ambiente, do Senhor Director Geral da Saúde e do Senhor Presidente da

Câmara Municipal da Chamusca.

O evento referido assumiu o estatuto de Evento Carbono Zero, tendo as emissões com efeito

de estufa associadas à organização da Conferência sido monitorizadas e compensadas,

posteriormente, em quantidade equivalente na reflorestação da Herdade da Pernada, situada

nos concelhos de Palmela e Vendas Novas.

À semelhança do já verificado em 2007, no presente ano, realizou-se igualmente a Semana

Portas Abertas da Central de Incineração do Parque da Saúde (em duas edições: de 2 a 5 de

Junho e de 29 a 31 de Outubro), com a inclusão de duas sessões de esclarecimento ao

público em geral e várias visitas guiadas à Central por parte de cidadãos interessados, tendo

como pontos da agenda o seu funcionamento nas vertentes técnica e psicossocial.

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 87 de 141

IV.3.4. SOMOS NUTRIÇÃO

O processo de verticalização da área tinha por objectivo a adopção uniforme das melhores

práticas tendo por meta a implementação de mudanças promotoras de vantagens

competitivas, num serviço de qualidade para o cliente.

No âmbito deste processo foi considerado crítico, como estratégia de acréscimo de eficiência

da área, o ganho de escala e optimização dos processos de compra, tendo no ano sido

realizados dois projectos-piloto com Centrais de Compras da Uniself e da Sogenave,

rigorosamente monitorizados durante o primeiro semestre do ano. Ponderados os resultados

da avaliação dos dois projectos optou-se pela externalização das compras e abastecimento

de matérias-primas através do Somos COMPRAS, ACE, em Setembro de 2008.

Assim foi com a maior expectativa que se decidiu aproveitar as sinergias do ACE Somos

COMPRAS para criar na sua estrutura profissionalizada, um núcleo especializado para

aquisição e logística de bens e matérias-primas alimentares, contrapondo ao “efeito escala”

(acessível apenas em Centrais de Compras de Alimentação) a especializada gestão de

fornecedores, a prospecção de oportunidades de mercado, de produtos locais e de produtos

sazonais. Entre as vantagens desta opção (que em devido tempo se avaliará) conta-se

especialmente o facto de o Somos NUTRIÇÃO beneficiar, assim, do Sistema de Garantia de

Pagamentos associado ao ACE, garantindo-se por essa via o pagamento em tempo aos

fornecedores do SUCH (que durante o ano de 2008 geraram inúmeras rupturas de

fornecimento por pagamento insuficiente, dados os fortes constrangimentos de Tesouraria

verificados).

Outro facto relevante, em 2008, foi dar continuidade, no quadro da gestão de recursos

humanos, à colocação em todas as unidades produtivas, de terminais biométricos ou outros

sistemas de controlo de assiduidade dos recursos humanos, bem como ao recurso à

contratação para substituições transitórias, através do trabalho temporário. No entanto este

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 88 de 141

último recurso carece ainda de aperfeiçoamento visando idêntica eficácia em todas as

regiões do país.

Tendo em vista promover uma maior eficiência e automatização dos processos e a viabilidade

da adopção de um Controlo de Gestão foi desenvolvido, em colaboração com o Gabinete de

Informática e Telecomunicações, o módulo Alimentação no ERP-NAVISION. Após o sucesso

dos dois projectos-piloto nos Hospitais da Universidade de Coimbra e Hospital Psiquiátrico do

Lorvão, realizados durante o mês de Dezembro de 2007, iniciou-se a entrada em exploração,

na base de dados real, a 1 de Janeiro de 2008. Apesar das grandes dificuldades em

disponibilizar recursos humanos das unidades produtivas para estas tarefas, foi conseguido,

ao longo de 2008, estender esta solução a todos os restantes Centros de Responsabilidade

da Área.

Em 2008 foi ainda lançado o Concurso para aquisição de POS (Point Of Sale), de forma a

satisfazer também requisitos legais e necessidades de optimização, nos processos gestão.

No processo de selecção foi atribuída uma elevada ponderação às soluções com capacidade

de integração com o sistema NAVISION. Desta forma os dados das vendas e consumos

serão apurados automaticamente, permitindo o seu controlo e monitorização em tempo real.

Esta informação poderá, assim, ser integrada na Contabilidade Analítica aumentando o seu

grau de detalhe de análise.

Durante o ano de 2008 registou-se a adesão de quatro novos grandes clientes, totalizando-

se, ao termo do ano, 22 unidades produtivas e um crescimento do Volume de Negócios de

17,1% face ao ano anterior.

O quadro seguinte evidencia a evolução do Volume de Negócios da Área da Alimentação,

referente ao período 2005-2008.

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 89 de 141

Quadro nº 22

Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos NUTRIÇÃO - 2005-2008

Unid: €

Somos NUTRIÇÃO 2005 2006 2007 2008

Volume de Negócio 15.171.837 16.627.493 19.776.159 23.160.777

Evolução %

9,6 18,9 17,1

Evolução % 52,7

Assinala-se, pois, uma dinâmica de crescimento sustentado da área traduzida, no período

2005-2008, num crescimento do Volume de Negócios da Ordem dos 53%.

Gráfico nº 18

Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos NUTRIÇÃO - 2005-2008

- €

5.000.000 €

10.000.000 €

15.000.000 €

20.000.000 €

25.000.000 €

30.000.000 €

2005 2006 2007 2008

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 90 de 141

O quadro seguinte evidencia a evolução dos indicadores de produção da Área da

Alimentação, referentes também ao período 2005-2008.

Quadro nº 23

Evolução do Volume de Produção do Cluster Somos NUTRIÇÃO - 2005-2008

Somos NUTRIÇÃO 2005 2006 2007 2008

DOENTES PESSOAL OUTRAS DOENTES PESSOAL OUTRAS DOENTES PESSOAL OUTRAS DOENTES PESSOAL OUTRAS

SUB TOTAL 5.660.613 519.624 403.189 6.004.463 503.402 430.694 6.742.325 814.462 503.826 7.606.436 1.063.623 556.972

Total Refeições 6.583.426 6.938.559 8.060.613 9.227.031

Evolução % 5,4 16,2 14,5

Evolução % 40

Neste quadro de crescimento sustentado, no período (em análise) os indicadores de

produção registam os seguintes aumentos relativos:

- 40% no total de refeições produzidas;

- 34% no número de doentes servidos;

- 105% do número de profissionais servidos.

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 91 de 141

Gráfico nº 19

Evolução do Volume de Produção do Cluster Somos NUTRIÇÃO - 2005-2008

No quadro das políticas de formação e qualidade registam-se como factos relevantes:

nas unidades de produção, o número de horas de formação interna por comparação a

2007, aumentou em 527% (de 98h para 517h). Os temas abordados foram: Práticas

Higiene e Segurança Alimentar, Dietas terapêuticas, Técnicas Culinárias, Atendimento

ao Cliente, Introdução á informática;

O número de auditorias internas, por comparação com 2007, aumentou 47% (de 130

para 192), o número de análises microbiológicas a produtos alimentares 170% (de 127

para 344) e o número de análises microbiológicas por esfregaço 194% (de 145 para

427);

O número de testes efectuados para controlo de qualidade do óleo de fritura, por

comparação com 2007, aumentou 10% (de 556 para 610) e o número de testes para

verificação de limpeza de superfícies 72% (de 218 para 376).

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 92 de 141

De realçar ainda a obtenção de renovação da certificação na ISO 9001:2000, na sequência

da auditoria de seguimento da APCER e o desencadear, no ano, da solicitação de inúmeras

licenças de catering preparando a dinâmica das Cozinhas Partilhadas.

No quadro de uma política de crescimento sustentado da área com acréscimo de eficiência e

produtividade, de registo ainda o facto de a um crescimento de 17,1% do Volume de

Negócios e do número de refeições servidas de 15%, se contrapor um crescimento do

número de efectivos, no ano, de apenas 13%.

Por fim, é de assinalar ainda a elaboração, em 2008, de um Plano de Negócios a 10 anos no

quadro do qual ganham central relevância:

- a evolução para um posicionamento claro de Cozinhas Partilhadas;

- a prossecução da política de obtenção de novas Certificações de Qualidade, bem

como a de Segurança Alimentar;

- a necessidade estrita de ter Ganhos efectivos no processo de Compras, o que até à

data (apesar de todos os esforços envidados nesse sentido) não foi possível

concretizar com o sucesso pretendido10.

10

Com efeito no ano de 2008 o custo com as matérias-primas alimentares registou um incremento face ao ano anterior de 23,3%

(que confronta com 17% do crescimento do volume de negócios) apesar da estratégia de eficiência assumida como projecto

crítico para o ano. Esta estratégia permitiu contudo que 30% dos bens tivessem registado uma redução média de preço superior

a 50%, evitando-se por esta via um prejuízo operacional ainda mais pesado.

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 93 de 141

IV.3.5. Somos CONSULTORIA

Somos CONSULTORIA surge durante o ano 2007 como resposta do SUCH à necessidade

apresentada pelo conjunto de Associados e Clientes, no sentido de lhes ser fornecido um

serviço profissional de consultoria.

Tem como missão disponibilizar um serviço de apoio estratégico e de gestão aos Associados

do SUCH, com o intuito de os auxiliar na consecução da sua estratégia e objectivos definidos,

através de uma abordagem sistemática e disciplinada na avaliação dos processos de gestão,

destinada a acrescentar valor e a melhorar as operações e factores produtivos associados.

O estudo de satisfação de associados e clientes mostrou ao SUCH o caminho a desenvolver

neste âmbito. Apoiar os associados no caminho da mudança provocado pelas medidas de

modernização e reforma da Administração Central e pela necessidade de racionalizar os

recursos escassos financeiros. Neste contexto, o Somos CONSULTORIA desenvolveu uma

presença activa no apoio em quatro vertentes da gestão interligadas nos processos de

mudança e desenho do modelo de gestão e do modelo de negócio associado, elaboração de

diagnósticos e recomendações sobre processos actuais e futuros, elaboração de planos

estratégicos e no planeamento e gestão da concretização de planos de implementação

associados a momentos de evolução organizacional e de gestão da comunicação da

mudança.

A pertinência do Somos CONSULTORIA junto dos associados tem vindo a ser crescente,

justificada de certa forma, pelo retorno que os resultados dos projectos de organização e de

gestão representam nas instituições do sector. Assume particular destaque o compromisso de

adequar correctamente as soluções, sob um estudo rigoroso de viabilidade económico-

financeira, a garantia de transferência do conhecimento para a autonomia futura dos

associados e a orientação para a melhoria continua sob objectivos mensuráveis.

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 94 de 141

O profundo conhecimento que o SUCH detém da área da Saúde, a ampla experiência

profissional da equipa do Somos CONSULTORIA, bem como a ambição da nossa missão,

constituem-se como a nossa principal vantagem competitiva.

Para maximizar esta vantagem competitiva será necessário ultrapassar alguns

constrangimentos, como por exemplo o modelo de abordagem aos Clientes externos, que se

tem revelado pouco eficaz, atendendo ao número de intervenientes envolvidos na

comunicação entre os potenciais Clientes e a Área.

Em 2008, destacam-se os seguintes projectos:

Manual de Procedimentos para o Licenciamento das Unidades Privadas de

Serviços de Saúde – Administração Central dos Serviços de Saúde - ACSS

O Manual de Procedimentos para a instrução, desenvolvimento e finalização do

processo inicial de avaliação e verificação da conformidade das Unidades face aos

requisitos exigíveis, com vista ao licenciamento das Unidades Privadas de Serviços de

Saúde.

Business Case (BC) - ACE Ambiente

Definição do modelo de parceria e Business case de exploração de um Agrupamento

Complementar de Empresas na área de tratamento e valorização de resíduos

hospitalares.

Gestão da Mudança – Somos PESSOAS

Gestão da Mudança, no âmbito da adesão à externalização do serviço de

processamento de vencimentos nas ARSs do Algarve, Centro e Norte.

Elaboração de diversos Planos de Negócios internos no SUCH - Somos

NUTRIÇÃO, Somos EQUIPAS, Micro-geração.

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 95 de 141

Revisão do Processo de Facturação a Terceiros do SUCH

Revisão dos processos de suporte à facturação a terceiros, desde a produção até ao

envio da factura, para cada área de negócio e implementação da proposta de

redesenho.

INSA – Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge

No seguimento do diagnóstico global de novas necessidades determinadas pela

reestruturação do INSA, Somos CONSULTORIA colabora com o INSA na prestação

de serviços de consultoria na vertente de Comunicação e difusão da Cultura Científica

do INSA.

O ano 2008, foi o primeiro ano em que se realizou um exercício completo, sendo um ano

chave de consolidação da área, em que se adquiriu visibilidade no Universo SOMOS, e

simultaneamente nos apresentámos ao mercado.

Os resultados deste ano permitem algum optimismo para os anos vindouros.

Quadro nº 24

Evolução do Volume de Negócios do Somos CONSULTORIA

Unid: €

Somos CONSULTORIA 2007 2008

Volume de Negócios 100.010 339.090

Evolução (%) 239

Relatório e Contas 2008

SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 96 de 141

Gráfico nº 20

Análise evolutiva da actividade do Somos CONSULTORIA 2007-2008

V.

Relatório e Contas 2008

Página 98 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

V. A SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA

V.1. EVOLUÇÃO E ANÁLISE

O exercício económico de 2008, apesar de as Vendas e os Proveitos Totais terem

experimentado um crescimento de cerca de 15,7% e de 12,7% respectivamente, (suplantando

significativamente as previsões de evolução do volume de negócios e dos proveitos

esperados, constantes do Orçamento do ano, em cerca de 14%), encerrou com um resultado

líquido negativo de 4.410,6 milhares €.

Para este resultado líquido negativo contribuíram principalmente:

um crescimento significativo (de 153%), no ano, dos custos e perdas financeiras com

um ganho de peso relativo na estrutura de custos totais do SUCH em cerca de 2%

(de 1,6%, verificado em 2007, para 3,5%, verificado em 2008);

um desvio relevante, face ao orçamentado para o ano, nas rubricas matérias-primas,

fornecimento de serviços externos (consequência da inflação não esperada mas

verificada em 2008, bem como do facto de não se terem observado nas aquisições os

Ganhos de Escala esperados da realização de compras conjuntas com os hospitais

que se estimavam associados ao arranque da Central de Compras).

Os resultados financeiros negativos de cerca de 2.818 milhares €, explicam-se pelo elevado

acréscimo de encargos suportados resultantes do diferimento permanente de cobranças,

cujos prazos médios de recebimento atingiram nomeadamente:

- Em Fevereiro …………………… 289 dias = 9,6 meses

- Em Março ………………………. 291 dias = 9,7 meses

- Em Abril ………………………… 271 dias = 9 meses

- Em Maio ……………………….. 255 dias = 8,5 meses

- Em Junho ………………………. 236 dias = 7,8 meses

- Em Julho ………………………. 238 dias = 7,9 meses

- Em Agosto ……………………. 238 dias = 7,9 meses

- Em Setembro …………………. 245 dias = 8,2 meses

- Em Outubro …………………… 242 dias = 8,1 meses

Relatório e Contas 2008

Página 99 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

- Em Novembro ………………… 243 dias = 8,1 meses

- Em Dezembro ………………… 175 dias = 5,8 meses

Este resultado financeiro negativo é pois consequência de um custo financeiro global de

3.46411 milhares € e de um proveito global de 646 milhares € (dos quais 96% correspondem à

consolidação de resultados positivos de empresas associadas)12.

Relativamente aos custos financeiros, tem-se aqui a referir que, conforme devidamente

explicitado, na nota nº 45 do ABDR- anexo ao balanço e à demonstração de resultados, de

entre aqueles custos, 2.217 milhares € dizem respeito a juros e custos similares, e os

restantes 1.247 milhares €, relacionam-se com resultados negativos em empresas do grupo e

associadas.13

Não obstante, face ao ano transacto o acréscimo anual verificado naqueles custos (Custos e

Perdas Financeiras deduzidos das Perdas em empresas associadas) é de 65%, aliás em

consonância com o elevado recurso, mensal e permanente, ao crédito bancário, lato sensu,

(incluindo empréstimos bancários, leasings e factoring), cujo balanço - porque sendo um

documento meramente “fotográfico” não reflecte, - mas de que os indicadores do quadro infra,

obtidos a partir de balancetes mensais, são prova clarividente:

- Em Janeiro ……………………… 20.346,8 milhares €

- Em Fevereiro …………………… 26.797,9 milhares €

- Em Março ………………………. 26.380,9 milhares €

- Em Abril ………………………… 30.270,2 milhares €

11

Digno de nota o facto de os juros suportados crescerem 45,5%, no ano de 2008 face ao de 2007, e os descontos de pronto

pagamento efectuados sobretudo no final do 1º semestre em momento crítico de Tesouraria registarem um aumento de 138%!

12 Consolidaram resultados positivos nas contas do SUCH o SUCH-Dalkia, ACE, o Somos COMPRAS, ACE, (dado o atraso no

início da actividade e a imobilização dos respectivos custos) e a EAS.

13 Este resultado representa a consolidação, nas contas do SUCH, designadamente dos resultados líquidos negativos

decorrentes da actividade do Somos PESSOAS, ACE e do Somos CONTAS, ACE, para cujos primeiros anos de actividade se

projectam resultados negativos, desejavelmente compensáveis através da consolidação dos resultados positivos do SUCH –

Dalkia, ACE, e do Somos COMPRAS, ACE, com “Break-even” possível no 1º ano de actividade (de acordo com o Plano de

Negócios aprovado em 2007).

Relatório e Contas 2008

Página 100 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

- Em Maio ………………………... 28.592,9 milhares €

- Em Junho ……………………….. 30.504.9 milhares €

- Em Julho ……………………….. 22.007,3 milhares €

- Em Agosto …………………….. 31.884,6 milhares €

- Em Setembro …………………. 31.883,2 milhares €

- Em Outubro …………………… 35.753,8 milhares €

- Em Novembro ………………… 38.514,2 milhares €

- Em Dezembro ………………… 25.266,1 milhares €

O mapa do equilíbrio financeiro evidenciando uma necessidade/desequilíbrio de 21.764

milhares €, que face ao ano transacto quase duplicou, é também prova real e justificação

bastante dos resultados alcançados.

Os resultados extraordinários apresentam um valor positivo de cerca de 2 milhares €.

Do ponto de vista financeiro, na situação patrimonial do SUCH destaca-se que o Activo

Líquido global atingiu em 31 de Dezembro o montante de 73.241 milhares €, praticamente

igual ao do ano de 2007. Em termos das suas principais componentes, o activo imobilizado

passou de 18.000 milhares € em 2007, para 21.944 milhares € em 2008, fundamentalmente à

custa das imobilizações incorpóreas que passaram a ter um valor bruto de cerca de 1.369

milhares € e do activo imobilizado corpóreo que cresceu, em termos de valores brutos, cerca

de 5.590 milhares € (vide nota nº 10 do ABDR).

Num exame detalhado das grandes rubricas que compõem o investimento corpóreo,

salientam-se os seguintes acréscimos em valores brutos:

- Equipamento básico, que evoluiu de 21.704 m. € para 25.313 milhares €;

- Equipamento de Transporte, que evoluiu de 3.576 m. € para 4.309 milhares €;

- Equipamento administrativo, que evoluiu de 2.182 m.€ para 2.304 milhares €.

Relatório e Contas 2008

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Enquanto o Activo Bruto verifica uma valorização de 9,3% no ano 2008 face ao ano de 2007

(de 94,5 Milhões de € para 103,2 Milhões de €) o Passivo Total e o Endividamento Global

(Passivo/Activo) registam aumentos percentuais idênticos ao do crescimento do volume de

negócios – 16%.

Com efeito, o Total do Passivo registou um significativo “crescimento”, de cerca de 7.500

milhares €, desde logo explicado:

- pela conta de adiantamento de factoring que, pela primeira vez, regista no final do ano

uma responsabilidade de 6.258 milhares €;

- pelo aumento de cerca de 2.757 milhares € da conta de fornecedores c.c. que passa

de 14.503 milhares € para 17.260 milhares €;

- pelo saldo da conta de fornecedores de imobilizado (incluindo leasing) que aumenta

cerca de 2.373 milhares €;

- pelo aumento do saldo credor da conta de outros accionistas (sócios) em cerca de

1.249 milhares € que representa, nas devidas percentagens de participação, a

assumpção das responsabilidades do SUCH nos prejuízos dos ACE´s (Somos

CONTAS e Somos PESSOAS).

Finalmente de realçar a mais que pontual, estática e momentânea situação retratada na

rubrica dívidas a instituições de crédito que, pontualmente e não num contexto alargado de

financiamento global que inclui empréstimos bancários, leasings e factoring, revela uma

redução de 3.122 milhares €.

Relatório e Contas 2008

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No que respeita ao Capital Próprio verifica-se uma séria degradação mercê:

- do “saneamento” operado na rubrica de existências/trabalhos em curso14 com o

necessário reflexo em termos de resultados transitados e da própria situação

liquida no montante de 3.092 milhares €;

- decorrente da aprovação do presente relatório, do acréscimo do prejuízo

superveniente dos resultados líquidos do exercício de 2008, no montante de –

4.410,6 milhares €.

Destas operações decorrerá uma redução global do capital próprio em cerca de 7.500

milhões €, ou seja, passando este de 23.388 milhares € para 15.885,6 milhares €.

Em consequência assiste-se à degradação de todos os indicadores que entram com o Capital

Próprio na sua composição, nomeadamente numa perspectiva de origem/(passivo e capitais

próprios) versus aplicações/(activo) de fundos, o balanço revela, pelos motivos atrás

expostos, uma certa deterioração quanto às origens cobrirem as aplicações, aliás como

prova, o indicador de Autonomia Financeira, que estabelecendo o nível de cobertura do activo

total pelo capital próprio, passou de um valor percentual de cerca de 32% no ano anterior,

para 22% no ano em apreço15.

Relativamente aos indicadores de gestão já referenciados no exercício anterior, apresentam-

se no quadro infra a respectiva evolução:

14

A análise cuidada dos Trabalhos em Curso incidiu sobre a Unidade de Negócios de Projectos e Obras, tarefa já iniciada em

2006, e que requereu um exame minucioso e complexo a numerosos projectos alguns com uma antiguidade superior a 4 anos,

tendo-se verificado que, estando os sobreditos projectos concluídos, não fazia sentido permanecerem em obras em curso.

15 Caso se quisesse considerar apenas a evolução do SUCH tradicional (sem o impacto da consolidação de resultados das

empresas associadas) e sem que se tivesse feito a limpeza dos Trabalhos em Curso o Ratio de Autonomia Financeira situar-se-

ia, em 2008, em 26%.

Relatório e Contas 2008

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Quadro nº 25

Indicadores de Gestão

Indicadores de Gestão 2008 2007 Variação 08/07

Volume Negócios (€)

89.296.861 77.174.326 + 12.122.535

Solvabilidade 27,70% (16)

46,90% - 19,20%

Liquidez

Geral 0,95 1,229 - 0,279

Reduzida 0,9 1,11 - 0,21

Imediata 0,01 0,14 - 0,130

PMP 128 190 - 62

PMR 175 126 49

Da respectiva análise, para além de uma vez mais os indicadores revelarem, em termos

genéricos, a degradação da situação financeira, tem-se a destacar e a realçar, não obstante a

decalage de 47 dias entre PMP e PMR, o assinalável esforço levado a cabo pelo SUCH, para

ainda assim, no contexto actual de crise que o país e o mundo atravessam, manter níveis

aceitáveis e contínuos de prestação de serviços aos seus associados.

Por fim, importa sublinhar a desadequação da estrutura de capital, sendo aconselhável que a

mesma seja revista adequando-se concomitantemente o capital social da organização, pois

que, os níveis dos capitais próprios e daquele, encontrando-se intimamente associados,

preservam a autonomia financeira e desta forma enquadram, num intervalo de variação

admissível pelo mercado, o risco financeiro associado, o mesmo é dizer ajuda a “refrear

spreads” e custos subjacentes.

16

Também aqui se considerado o SUCH tradicional e a não realização da operação relativa aos Trabalhos em Curso,

consumada no exercício mas alusiva aos últimos 10 anos de actividade, o Ratio de Solvabilidade encontraria, no ano, o valor de

0,351.

Relatório e Contas 2008

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V.2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2007

ACTIVO Activo Bruto Amort+Ajust. Activo Líquido Activo Líquido

IMOBILIZADO

Imobilizado Incorpóreo

Despesas de Investigação e Desenvolvimento 1.369.318,69 456.439,53 912.879,16

1.369.318,69 456.439,53 912.879,16

Imobilizado Corpóreo

Terrenos e Outros Recursos Naturais 1.150.000,00 1.150.000,00 1.150.000,00

Edifícios e Outras Construções 6.845.684,33 4.150.341,84 2.695.342,49 3.238.946,44

Equipamento Básico 25.313.381,81 13.300.328,46 12.013.053,35 10.201.310,11

Equipamento de Transporte 4.309.299,75 3.159.890,99 1.149.408,76 320.145,98

Ferramentas e Utensílios 136.612,32 99.195,44 37.416,88 18.752,14

Equipamento Administrativo 2.304.152,53 1.733.820,40 570.332,13 648.920,52

Outras Imobilizações Corpóreas 1.369.018,75 1.086.173,07 282.845,68 402.634,98

Imobilizações em Curso 1.122.432,43 1.122.432,43 154.214,28

42.550.581,92 23.529.750,20 19.020.831,72 16.134.924,45

Investimentos Financeiros

Partes de Capital em Empresas Associadas 2.010.079,10 2.010.079,10 1.875.553,79

2.010.079,10 2.010.079,10 1.875.553,79

CIRCULANTE

Existências

Matérias Primas Subsidiárias e de Consumo 841.381,56 37.019,09 804.362,47 387.753,03

Trabalhos em Curso 1.767.844,89 114.669,67 1.653.175,22 4.745.204,92

Adiantamentos p/conta de Compras

2.609.226,45 151.688,76 2.457.537,69 5.132.957,95

Dividas de Terceiros - Curto Prazo

Clientes c/Corrente 43.799.210,79 269.900,95 43.529.309,84 40.247.879,94

Adiantamento a Fornecedores 7.201,86

Estado e Outros Entes Públicos 179.549,00 179.549,00 376.263,04

Outros Devedores 1.819.424,95 21.058,37 1.798.366,58 1.186.989,43

45.798.184,74 290.959,32 45.507.225,42 41.818.334,27

Depósitos Bancários e Caixa

Depósitos a Ordem 521.687,07 521.687,07 6.156.479,37

Caixa 5.823,60 5.823,60 7.826,92

6.156.479,37 527.510,67 6.164.306,29

Acréscimos e Diferimentos

Acréscimos de Proveitos 20.444,31 20.444,31 62.291,81

Custos Diferidos 2.784.629,44 2.784.629,44 2.051.031,92

2.805.073,75 2.805.073,75 2.113.323,73

Total de amortizações 23.986.189,73

Total de ajustamentos 442.648,08

Total do Activo 103.298.944,02 23.972.398,28 73.241.137,51 73.239.400,48

Balanço em 31 de Dezembro de 2008

2008

Relatório e Contas 2008

Página 105 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

2007

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO

Capital 93.238,33 93.238,33

Ajust. Partes de Capital em Filiais e Associadas 738.634,38 738.634,38

Reservas

Outras Reservas 22.533.925,75 22.339.903,65

Resultados Transitados -3.069.669,68 194.022,10

20.296.128,78 23.365.798,46

Resultado Líquido do Exercício -4.410.574,57 22.211,44

TOTAL CAPITAL PRÓPRIO 15.885.554,21 23.388.009,90

PASSIVO

Provisões p/Riscos e Encargos:

Provisões p/Riscos e Encargos 194.746,30 184.679,70

Outras Provisões

194.746,30 184.679,70

Dívidas a Terceiros-Curto Prazo:

Dívidas a Instituições de Crédito 13.897.066,73 18.835.300,54

Adiantamento de factoring 6.258.217,02

Fornecedores c/c 17.260.215,14 14.503.458,15

Fornecedores facturas em recepção e Conferência 692.406,82

Adiantamento de Clientes 58.784,28

Fornecedores de Imobilizado 6.932.546,23 4.559.998,18

Outros Accionistas ( Socios) 1.248.963,90 344,55

Estado e Outros Entes Públicos 1.859.119,08 2.795.679,11

Outros Credores 3.047.436,43 2.521.740,97

51.254.755,63 43.216.521,50

Acréscimos e Diferimentos:

Acréscimos de Custos 5.270.850,21 5.716.498,98

Proveitos Diferidos 635.231,16 733.690,40

5.906.081,37 6.450.189,38

TOTAL DO PASSIVO 57.355.583,30 49.851.390,58

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 73.241.137,51 73.239.400,48

Lisboa, 31 de Dezembro de 2008

A TÉCNICA DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

2008

Relatório e Contas 2008

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CUSTOS E PERDAS

61 Custo das Mercadorias Vendidas e das Materias Consumidas 12.671.615,86 10.646.747,21

62 Fornecimento e Serviços Externos 35.880.750,23 31.322.282,77

Custos com Pessoal

641+642 Remunerações 34.783.547,12 29.333.082,39

Encargos sociais

643+644 Pensões

645/649 Outros 7.588.333,50 42.371.880,62 6.586.637,23 35.919.719,62

662+663 Amortizações do imobilizado corpóreo e Incorpóreo 3.432.612,99 2.688.991,96

666+667 Ajustamentos

67 Provisões 10.066,60 25.082,54

63 Impostos 11.509,60 3.259,17

65 Outros Custos Operacionais 26.684,59 3.480.873,78 944.383,85 3.661.717,52

(A) 94.405.120,49 81.550.467,12

682 Perdas em empresas do grupo e associadas 1.247.225,63 27.977,48

68 Juros e Custos Similares 2.216.850,51 3.464.076,14 1.339.488,93 1.367.466,41

(C) 97.869.196,63 82.917.933,53

69 Custos e Perdas Extraordinárias 218.832,48 187.923,18

(E) 98.088.029,11 83.105.856,71

RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO -4.410.574,57 22.211,44

93.677.454,54 83.128.068,15

PROVEITOS E GANHOS

71 Vendas 1.425,69

72 Prestações de Serviços 89.296.860,82 89.296.860,82 77.172.900,17 77.174.325,86

Variação de Trabalhos em Curso -148,58 2.191.706,84

75 Trabalhos para a Própria Empresa 270.677,56 69.086,49

73 Proveitos Suplementares 3.700,98 10.834,04

74 Subsídio à Exploração 72.002,80 93.396,93

76 Outros Proveitos Operacionais 3.167.107,51 2.960.824,12

77 Reversões de amortizações e ajustamentos 3.513.488,85 3.134.141,58

(B) 92.810.201,09 82.500.174,28

782 Ganhos em empresas do grupo e associadas 622.020,09 467.500,00

78 Outros juros e proveitos similares 24.403,68 646.423,77 15.571,50 483.071,50

(D) 93.456.624,86 82.983.245,78

79 Proveitos e Ganhos Extraordinários 220.829,68 144.822,37

(F) 93.677.454,54 83.128.068,15

RESUMO:

Resultados Operacionais: (B) - (A) = -1.594.919,40 949.707,16

Resultados Financeiros: (D-B) - (C-A) = -2.817.652,37 -884.394,91

Resultados Correntes: (D) - (C) = -4.412.571,77 65.312,25

Resultados Líquido do Exercício: (F) - (E) = -4.410.574,57 22.211,44

Lisboa, 31 de Dezembro de 2008

A TÉCNICA DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008

2008 2007

Relatório e Contas 2008

Página 107 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Vendas e prestação de serviços 89.296.860,82 77.174.325,86

Custo das vendas e das prestações de serviços 82.783.249,09 67.229.042,72

RESULTADOS BRUTOS 6.513.611,73 9.945.283,14

Outros proveitos e ganhos operacionais 3.155.842,20 3.156.718,46

Custos administrativos 11.400.379,72 11.996.201,03

Outros custos e perdas operacionais 47.334,67 323.189,52

RESULTADOS OPERACIONAIS -1.778.260,46 782.611,05

Custo liquido do financiamento 2.101.736,60 1.288.496,33

Ganhos (Perdas) em filiais e associadas -625.205,54 439.522,52

RESULTADOS CORRENTES -4.505.202,60 -66.362,76

RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 94.628,03 88.574,20

RESULTADOS LÍQUIDOS -4.410.574,57 22.211,44

Lisboa, 31 de Dezembro de 2008

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

2008 2007

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008

Relatório e Contas 2008

Página 108 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

MAPA DE FLUXOS DE CAIXA

2008 2007

ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de Clientes 98.939.060,91 86.158.808,28

Pagamentos a Fornecedores 51.246.057,65 44.321.574,39

Pagamentos ao Pessoal 29.857.963,14 24.227.660,78

FLUXO GERADO PELAS OPERAÇÕES 17.835.040,12 17.609.573,11

Outros Recebimentos relativos à Actividade Operacional 115.769,61 125.830,59

Outros Pagamentos relativos à Actividade Operacional 20.739.031,23 18.037.782,29

FLUXO GERADO ANTES DAS RUBRICAS EXTRAORDINÁRIAS -2.788.221,50 -302.378,59

Recebimentos Relacionados com Rubricas Extraordinárias 290,28 96,80

Pagamentos Relacionados com Rubricas Extraordinárias 83.263,12 19.714,61

FLUXO DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS -2.871.194,34 -321.996,40

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de :

Imobilizações Corpóreas 25,00

Investimentos Financeiros 19.994,74 445.205,04

Pagamentos respeitantes a:

Investimentos Financeiros

Imobilizações Corpóreas 188.563,22

FLUXO DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO 19.994,74 256.666,82

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de :

Empréstimos Obtidos

Subsidios e Doações 4.460,00

Juros e Proveitos Similares 21.400,53

Adiantamentos de Fundos - Factoring (Recebimentos) 5.859.106,19

Dividas a instituições de Crédito 8.478.323,83

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos Obtidos

Amortização de contratos de locação financeira 3.141.760,97 2.519.760,65

Juros e custos similares 590.567,96 769.717,17

Adiantamentos/Factoring ( Reembolsos) 1.396.388,78

Amortização de dividas a instituições de Crédito 4.938.233,81

FLUXO DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO -2.785.596,02 3.792.457,23

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES -5.636.795,62 3.727.127,65

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INICÍO DO PERÍODO 6.164.306,29 2.437.178,64

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO 527.510,67 6.164.306,29

Relatório e Contas 2008

Página 109 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

2- Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes 2008 2007

1. Numerário 5.823,60 7.826,92

2. Depósitos Bancários imediatamente mobilizáveis 521.687,07 6.156.479,37

3. Equivalentes e Caixa

3.1 Descobertos Bancários -13.897.066,73 -18.835.300,54

3.2 Adiantamentos de Factoring -6.258.217,02 0,00

4. Total de Caixa e seus Equivalentes -19.627.773,08 -12.670.994,25

5. Outras Disponibilidades 0,00 0,00

6. Disponibilidades constantes do Balanço

6.1 No Activo 527.510,67 6.164.306,29

6.2 No Passivo -20.155.283,75 -18.835.300,54

Total de Disponibilidades no Balanço -19.627.773,08 -12.670.994,25

3 Créditos Bancários Concedidos e não sacados: 2008 2007

Plafonds Bancários autorizados 23.484.973,62 23.484.973,62

Plafonds Bancários Utilizados -13.897.066,73 -18.835.300,54

Plafond por Utilizar 9.587.906,89 4.649.673,08

ANEXO À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Relatório e Contas 2008

Página 110 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

As Demonstrações Financeiras relativas ao exercício de 2008, foram preparadas em

harmonia com os Princípios Contabilísticos geralmente aceites definidos no Plano Oficial de

Contabilidade (POC). As notas que se seguem respeitam à numeração sequencial definida

pelo POC.

As notas cuja enumeração não se encontre mencionada neste anexo não são aplicáveis ou a

sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras.

2 – Indicação e comentário das contas do balanço e da demonstração dos resultados

cujos conteúdos não sejam comparáveis com os do exercício anterior

Foi alterado o critério de cálculo das amortizações e reintegrações do exercício apenas no

que diz respeito às aquisições efectuadas a partir de 1 de Janeiro de 2008, deixando de ser

utilizadas as taxas máximas permitidas pelo Decreto Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro,

e subsequentes alterações, para se passarem a utilizar as taxas mínimas, nas aquisições

feitas a partir daquela data.

Foram regularizadas as existências na conta de Trabalhos em Curso de projectos e obras,

cujo saldo estava influenciado por valores de projectos que, estando concluídos, não fazia

sentido permanecerem nesta rubrica patrimonial. Esta regularização, no valor de

3.091.881,12€, dado ser relativa a anos anteriores e de grande significado, foi contabilizada

por contrapartida da conta de Resultados Transitados.

3 – Critérios valorimétricos utilizados

As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações, a partir dos livros e registos contabilísticos, mantidos de acordo com os princípios

de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

Os critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os

seguintes:

Relatório e Contas 2008

Página 111 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Investimentos Financeiros

Os investimentos financeiros são registados pelo método do custo e posteriormente

valorizados de acordo com o método de equivalência patrimonial.

Imobilizações Corpóreas

As imobilizações corpóreas, são valorizadas através do custo histórico de aquisição, não

tendo sido objecto de qualquer reavaliação.

Para o cálculo das amortizações, até Dezembro de 2007, foi utilizado o método das quotas

constantes tendo por base as taxas máximas permitidas pelo Decreto Regulamentar n.º 2/90,

de 12 de Janeiro e subsequentes alterações. Alterou-se este critério para os bens

imobilizados adquiridos no ano de 2008, conforme já referido na nota 2.

No que respeita aos bens imobilizados adquiridos em estado de uso, foi adoptado o critério

de amortização à taxa específica, de acordo com a vida útil esperada.

Existências

As Matérias-Primas, Subsidiárias e de Consumo são valorizadas ao custo médio

ponderado de aquisição:

Entradas em Armazém - ao preço de custo;

Saídas em Armazém - ao custo médio ponderado.

Os Ajustamentos em Existências são efectuados, quando necessário, e calculados tendo

por base a estimativa do valor de existências obsoletas e de lenta rotação no final do ano.

No que respeita à valorização dos Trabalhos em Curso, esta é feita ao preço de custo.

Acréscimos e Diferimentos

São registados nestas rubricas os efeitos dos custos pagos e proveitos recebidos, nos

exercícios a que respeitam, de forma a respeitar o princípio da especialização dos exercícios

ou do acréscimo. Foram considerados como Acréscimos de Custos a provisão para Férias e

Subsídio de Férias vencida no exercício de 2008 a pagar no exercício subsequente, com base

nos valores processados no mês de Dezembro de 2008.

Relatório e Contas 2008

Página 112 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Ajustamento de Dívidas a Receber

Em 2008 a dívida de clientes superior a 2 anos era de 1.819.520,02 €, em 2007, a mesma era

de 1.941.592,86 €, isto é, decresceu 122.072,84 €. Desta forma, mantendo-se o mesmo

critério que no ano transacto, o ajustamento para dívidas de clientes reduzir-se-ia. Por

prudência manteve-se o ajustamento para Dívidas de Clientes no valor do ano transacto, ou

seja, nos 269.900,95 €.

Provisões para Processos Judiciais em Curso

Em 2008, com base nos dados disponíveis e seguindo o mesmo critério do ano transacto,

tem-se:

Valores médios dos processos em contencioso: 1.156.795,99 €

Valor dos custos com decisões judiciais em 2008: 30.405,35 €

Afectação de custos suportados versus provisão constituída em 2007:

(28.833,64€/184.679,70€) = 15,61%

Estimativa de afectação de custos suportados versus provisão a constituir em 2008:

(30.405,35€/194.746,30€) *100= 15,61%

Face ao exposto, reforça-se a provisão em 10.066,60 €, passando dos 184.679,70€ para

194.746,30€.

Demonstração dos Fluxos de Caixa

Para efeitos da Demonstração dos Fluxos de Caixa, a rubrica Caixa e seus equivalentes

corresponde à rubrica de Depósitos Bancários e Caixa.

7 – Número médio de pessoas ao serviço da empresa, no exercício

No exercício de 2008 o número médio de colaboradores ao serviço da empresa foi de 2989.

8 – Comentário à conta 432 – Despesas de investigação e desenvolvimento

Foram levados à conta em referência os factos patrimoniais de relevância estratégica para o

futuro do SUCH na senda do Plano Estratégico 2007-2009.

Relatório e Contas 2008

Página 113 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

10 – Movimentos ocorridos nas rubricas do Activo Imobilizado constantes do balanço e

nas respectivas amortizações e ajustamentos

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 o movimento ocorrido nas rubricas do

Imobilizado Corpóreo, bem como nas respectivas amortizações acumuladas está expresso

nos quadros seguintes:

ACTIVO BRUTO

RUBRICAS Saldo Inicial Aumentos Transf/Abates Saldo Final

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS:

Despesas de Investigação e Desenvolvimento 1.369.318,69 1.369.318,69

0,00 1.369.318,69 0,00 1.369.318,69

RUBRICAS Saldo Inicial Aumentos Transf/Abates Saldo Final

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS:

Terrenos e Recursos Naturais 1.150.000,00 1.150.000,00

Edifícios e Outras Construções 6.845.684,33 6.845.684,33

Equipamento Básico 21.703.853,68 3.781.090,06 171.561,93 25.313.381,81

Equipamento de Transporte 3.575.757,64 1.679.635,66 946.093,55 4.309.299,75

Ferramentas e Utensílios 111.464,32 25.285,79 137,79 136.612,32

Equipamento Administrativo 2.182.352,08 123.669,19 1.868,74 2.304.152,53

Outras Imobilizações Corpóreas 1.237.115,55 131.903,20 1.369.018,75

Imobilizações em Curso 154.214,28 1.066.218,15 98.000,00 1.122.432,43

36.960.441,88 6.807.802,05 1.217.662,01 42.550.581,92

RUBRICAS Saldo Inicial Aumentos Regul. Saldo Final

INVESTIMENTOS FINANCEIROS

SUCH/DALKIA, Serviços Hospitalares 1.516.882,75 552.630,00 467.500,00 1.602.012,75

EAS, LDª 320.278,12 64.425,52 384.703,64

Saudec - Cons.Estudos Saúde 19.994,78 19.994,78 0,00

Coimbravita,Agência Desenv. Reg.S.A. 15.372,01 15.372,01

Coimbra Inovação Parque , S.A. 3.026,13 3.026,13

Somos Compras ACE 4.964,57 4.964,57

1.875.553,79 622.020,09 487.494,78 2.010.079,10

Relatório e Contas 2008

Página 114 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

O SUCH/DALKIA, Serviços Hospitalares, A.C.E., foi constituído em Junho de 1996, e adoptou

a figura de Agrupamento Complementar de Empresas (A.C.E.), cujos detentores são o SUCH

(50%) e a DALKIA - Empresa de Serviços, Condução e Manutenção de Instalações Técnicas,

S.A. (50%). Este ACE tem por objecto social a produção de energia eléctrica, gerir nas

condições económicas, técnicas e sociais mais favoráveis as actividades dos membros

relacionadas com a gestão e exploração de actividades de apoio em hospitais e outros

serviços a instituições de saúde, designadamente o conjunto de serviços técnicos de

manutenção de equipamentos e exploração de lavandarias, incineração de resíduos

hospitalares, centrais, transportes e, ainda, gerir e explorar estas ou outras actividades, em

relação a quaisquer entidades com os quais possa vir a contratar em hospitais.

A EAS – Empresa de Ambiente na Saúde, Tratamento de Resíduos Hospitalares, Lda. foi

criada em 8 de Maio de 2001, com a participação de 50% do SUCH e 50% do IPE –

Investimento e Participações Empresariais, S.A. O seu objecto social alterado no ano de

2008, na sequência da Assembleia Geral de Maio, consiste em actividades relacionadas com

a prestação de serviços a entidades que integram o sistema português de saúde. No ano de

2005 o SUCH adquiriu os 50% da participação do IPE, ficando com 100%. A EAS, por seu

turno, detém uma participação na Valor Hospital, S.A. de 64,5%.

A Coimbravita - Agência de Desenvolvimento Regional S.A., constituída em 27 de Julho de

2000, com a participação de 4% do SUCH, que tem por objecto a promoção de acções que

gerem emprego e melhorem o ambiente e a qualidade de vida no distrito de Coimbra e

distritos limítrofes, em actividades de serviços, indústria e comércio, exclusivamente

relacionadas com a saúde e as ciências da vida.

A Coimbra Inovação Parque – Parque de Inovação em Ciência, Tecnologia, Saúde S.A., que

foi constituída em Fevereiro de 2004 com a participação do SUCH de 0,32%, tendo por

objecto a implementação, gestão e administração de parques empresariais, científicos e

tecnológicos e o apoio à actividade económica e empresarial em geral.

Relatório e Contas 2008

Página 115 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

As variações registadas nos valores das participações decorrem da aplicação do método de

equivalência patrimonial, aplicado aos resultados de 2008 dos ACEs SUCH-Dalkia e Somos

COMPRAS, bem como das participadas EAS e Coimbravita.

Em 2007 e 2008 foram constituídos, sem investimento financeiro do SUCH os ACE´S

seguintes:

Comparsis, ACE (cuja designação social foi posteriormente alterada para Somos COMPRAS,

ACE), constituído em Abril de 2007, com uma participação do SUCH de 86% e com o objecto

social de implementar e operar, para o agrupado SUCH, uma estrutura capaz de centralizar,

optimizar e racionalizar a aquisição de bens e serviços para os agrupados e a disponibilização

de serviços de compras e logísticas aos mesmos, bem como para os associados do SUCH.

Este ACE veio a ser reconhecido pelo Decreto-Lei nº 200/2008, de 9/10, Central de Compras

Pública da Saúde, a par da ACSS.

Somos PESSOAS, ACE, constituído em Junho de 2007, com uma participação do SUCH de

95% e um objecto social de implementar e operar, para o agrupado SUCH, um centro capaz

de prestar serviços de administração e gestão de recursos humanos aos agrupados e aos

associados do SUCH.

Somos CONTAS, ACE, constituído em Junho de 2007, com uma participação do SUCH de

95% e um objecto social de desenvolvimento da actividade de prestação de serviços nas

áreas de gestão financeira e de contabilidade, tendo em vista a melhoria da eficiência dos

agrupados, bem como dos associados do SUCH que adiram aos Serviços Partilhados

Financeiros.

Somos AMBIENTE, ACE, constituído em Julho de 2008, com uma participação do SUCH de

80% e um objecto social de construção e exploração de um Centro Integrado de Valorização

Energética, Reciclagem e Tratamento de Resíduos hospitalares, industriais, comerciais e

Relatório e Contas 2008

Página 116 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

animais, para prestação de serviços aos associados e clientes dos agrupados, tendo em vista

a melhoria da eficiência dos agrupados, através do aproveitamento máximo de sinergias.

IMOBILIZAÇÕES CURSO

RUBRICAS Saldo Inicial Aumentos Transferências Saldo Final

Obras Gago Coutinho 64.033,03 185.614,29 249.647,32 Software Datamart (Contabilidade Analítica) 49.000,00 49.000,00 98.000,00 0,00

Futuras Instalações -Monte Belo-Coimbra 41.181,25 41.181,25

Lavandaria do Fundão 277.114,69 277.114,69

Cozinha de Castelo Branco 554.489,17 554.489,17

154.214,28 1.066.218,15 98.000,00 1.122.432,43

AMORTIZAÇÕES E AJUSTAMENTOS

RUBRICAS Saldo Inicial Reforço Regularizações Saldo Final

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS:

Despesas de Investigação e Desenvolvimento 456.439,53 456.439,53

0,00 456.439,53 0,00 456.439,53

RUBRICAS Saldo Inicial Reforço Regularizações Saldo Final

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS:

Edifícios e Outras Construções 3.606.737,89 543.603,95 0,00 4.150.341,84

Equipamento Básico 11.502.115,66 1.798.212,80 0,00 13.300.328,46

Equipamento de Transporte 3.255.611,66 174.413,36 270.134,03 3.159.890,99

Ferramentas e Utensílios 92.712,18 6.483,26 99.195,44

Equipamento Administrativo 1.533.431,56 201.417,36 1.028,52 1.733.820,40

Outras imobilizações Corpóreas 834.908,48 251.264,59 0,00 1.086.173,07

20.825.517,43 2.975.395,32 271.162,55 23.529.750,20

Relatório e Contas 2008

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14 – Imobilizações Corpóreas

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 a discriminação dos bens implantados

em propriedade alheia são os seguintes:

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 a discriminação dos bens implantados

por actividade são os seguintes

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS POR ACTIVIDADE

ACTIVIDADES Valor de Aquisição Amort. Acumulada Valor Contabilistico

MANUTENÇÃO 2.155.266,52 1.563.452,46 591.814,06

TRATAMENTO DE ROUPA 21.901.965,59 13.418.996,17 8.482.969,42

TRATAMENTO DO AMBIENTE 7.076.569,29 2.623.930,34 4.452.638,95

APOIOS N ESPECIFICADOS 55,00 11,96 43,04

LIMPEZA 228.751,43 58.100,61 170.650,82

ENERGIA 7.165,12 1.725,40 5.439,72

ALIMENTAÇÃO 892.412,92 587.717,90 304.695,02

SEG. CONTROLO TÉCNICO 252.999,29 197.574,67 55.424,62

PROJECTOS E OBRAS 231.338,36 203.532,55 27.805,81

GERAL 8.681.625,97 4.874.708,14 3.806.917,83

EM CURSO 1.122.432,43 1.122.432,43

42.550.581,92 23.529.750,20 19.020.831,72

:

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS EM PROPRIEDADE ALHEIA

ACTIVIDADES Edif. Const. Eqtº Basico Ferr.utensilios Eqtº Adm. Out.Imob. TOTAL

MANUTENÇÃO 216.060,10 35.197,22 99.339,08 14.367,16 364.963,56

TRAT. DE ROUPA 1.223.871,45 9.168.859,86 11.916,19 97.845,66 10.502.493,16

TRAT. DO AMBIENTE 2.972.378,36 760,03 15.104,31 2.988.242,70

LIMPEZA 203.045,03 4.992,28 9.423,39 217.460,70

ENERGIA 6.438,02 527,52 6.965,54

ALIMENTAÇÃO 528.386,23 2.523,11 72.195,03 603.104,37

1.223.871,45 13.095.167,60 55.916,35 293.907,47 14.367,16 14.683.230,03

Relatório e Contas 2008

Página 118 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

15 - Bens Imobilizados em Regime de Locação Financeira

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 a discriminação dos bens utilizados

em regime de Locação Financeira é a seguinte:

16 – Firma e Sede das empresas do grupo e das empresas associadas

BENS UTILIZADOS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA

RUBRICAS Valor de Aquisição Amort. Acumulada Valor Contabilistico

422 - Edifícios e Outras Construções 213.574,38 169.344,61 44.229,77

423 - Equipamento Básico 13.998.014,38 7.783.891,29 6.214.123,09

424 - Equipamento de Transporte 4.160.395,50 3.030.456,68 1.129.938,82

426 - Equipamento Administrativo 777.750,95 678.187,31 99.563,64

429 - Outras Imobilizações Corpóreas 721.047,02 715.947,10 5.099,92

19.870.782,23 12.377.826,99 7.492.955,24

DESIGNAÇÃO SOCIAL Sede Social Capital Social Fracção detida Capitais Próprios Resultado

Such-Dalkia, ACEEstrada de Paço de Arcos, 42

2770-129 Paço de Arcos150.000,00 50,00% 3.204.025,00 1.105.260,00

EAS, Lda.

Parque da Saúde, nº 53,

Pavilhão 33-A, 1749 – 003

Lisboa

500.000,00 100,00% 384.703,64 29.868,49

Coimbra Inov. Parque-Inov.

Em Ciência, Tecnol., Saúde,

SA.

Praça 8 de Maio, Casa Aninhas,

3º Piso 3000-300 Coimbra939.000,00 0,32% 940.629,16 237,38 (*)

Coimbravita A.D.R. SACuria Tenoparque 3780-544

Tamengos676.145,00 4,00% 323.646,88 -36.782,66 (*)

Somos Pessoas, ACE

Parque da Saúde, nº 53,

Pavilhão 33-A, 1749 – 003

Lisboa

0,00 95,00% -1.237.722,54 -1.237.722,54

Somos Compras, ACE

Parque da Saúde, nº 53,

Pavilhão 33-A, 1749 – 003

Lisboa

0,00 86,00% 5.772,76 5.772,76

Somos Contas, ACE

Parque da Saúde, nº 53,

Pavilhão 33-A, 1749 – 003

Lisboa

0,00 95,00% -75.146,50 -75.146,50

Somos Ambiente, ACE

Rua Anselmo de Andrade, nº 53

Centro de Apoio a Empresas

2140-081 CHAMUSCA

0,00 80,00% 0,00 0,00

(*) Valores de 2007

EMPRESAS ASSOCIADAS

Relatório e Contas 2008

Página 119 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

21 – Movimentos ocorridos na Rubrica de Activo Circulante

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 os movimentos ocorridos na Rubrica

de Activo Circulante estão de acordo com o quadro infra:

25 – Dividas Activas/Passivas ao Pessoal da empresa

O exercício de 2008 foi encerrado com o saldo devedor relativamente às contas de Pessoal

conforme se detalha no quadro anexo:

Estas dívidas dizem respeito a valores atribuídos aos colaboradores relativos a

adiantamentos de remunerações e por conta de deslocações, bem como, valores atribuídos

para Fundo de Auxílio.

28 – Sector Público Estatal

Em 31 de Dezembro de 2008 o SUCH não tinha dívidas em mora ao Estado e Outros Entes

Públicos. As dívidas correntes, constantes do Balanço, foram liquidadas dentro dos

respectivos prazos.

AJUSTAMENTOSCONTAS Saldo Inicial Reforço Transfªs Reversão Saldo Final

Existências:

Matérias Primas, subsidiárias e de consumo 37.019,09 37.019,09

Trabalhos em Curso 114.669,67 114.669,67

Dividas de Terceiros:

Clientes c/corrente 269.900,95 269.900,95

Outros Devedores 21.058,37 21.058,37

442.648,08 0,00 0,00 0,00 442.648,08

CONTAS Saldo Inicial Movimentos Saldo final

26241 - Remunerações do Pessoal 33.037,59 173.763,22 206.800,81

26243 - Outros Custos do Pessoal -364,74 -26.910,51 -27.275,25

26244 - Fundo de Auxilío 9.992,68 1.363,75 11.356,43

26245 - Regularização de Vencimentos 47.884,93 -147.374,43 -99.489,50

26249 - Adiantamentos P/ Deslocações 37.167,56 26.127,76 63.295,32

127.718,02 26.969,79 154.687,81

Relatório e Contas 2008

Página 120 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

32 – Responsabilidades por garantias prestadas e recebidas

Durante o exercício de 2008, as responsabilidades não reflectidas no Balanço, dizem respeito

a garantias bancárias prestadas a clientes no montante de 3.026.648,73 €

34 – Provisões Acumuladas e Explicitação dos movimentos no exercício

40 – Movimentos nas rubricas de Capitais Próprios ocorridos no exercício

Explicitação e justificação dos movimentos ocorridos no exercício em cada uma das rubricas

de capitais próprios, constantes do balanço:

41 – Demonstração da variação das existências

PROVISÕES

CONTAS Saldo Inicial Aumentos Transfªs Redução Saldo Final

293 - Provisão para processos judiciais em curso 184.679,70 10.066,60 194.746,30

184.679,70 10.066,60 0,00 0,00 194.746,30

CONTAS Saldo Inicial Aumentos Transfªs Diminuições Saldo Final

51 - Capital 93.238,33 93.238,33

55 - Ajustamentos .Partes Capital 738.634,38 738.634,38

57 - Reservas 22.339.903,65 194.022,10 22.533.925,75

59 - Resultados Transitados 194.022,10 22.211,44 3.285.903,22 -3.069.669,68

88 - Resultados Liquidos 22.211,44 -4.410.574,57 22.211,44 -4.410.574,57

23.388.009,90 -4.194.341,03 0,00 3.308.114,66 15.885.554,21

CONTAS Exist.Iniciais Compras Exist.Finais Consumo

361 - Matérias Primas 56.452,42 6.475.508,08 421.133,57 6.110.826,93

363 - Materiais Diversos 326.007,55 5.863.913,14 309.904,20 5.880.016,49

364 - Materiais de Economato 42.312,15 748.804,08 110.343,79 680.772,44

424.772,12 13.088.225,30 841.381,56 12.671.615,86

Relatório e Contas 2008

Página 121 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

42 – Demonstração da variação da produção

43 – Remunerações atribuídas aos Membros dos Órgãos Sociais

As remunerações brutas atribuídas aos Órgãos Sociais da Instituição, no presente exercício

foram:

Conselho de Administração: 422 817,11 €.

44 – Vendas e Prestações de Serviços

As prestações de serviços ocorreram na sua totalidade no mercado nacional e repartiram-se

pelas seguintes actividades:

45 – Demonstração de Resultados Financeiros

CONTAS Saldo Inicial Regularizações Saldo FinalVariação da

Produção

352 - Trabalhos em Curso 4.859.874,59 -3.091.881,12 1.767.844,89 148,58

4.859.874,59 -3.091.881,12 1.767.844,89 148,58

Áreas de Actividade Vendas e Prest. Serviços

Somos Equipas 32.548.098,00

Somos Ambiente 34.069.357,00

Somos Nutrição 23.160.777,00

Somos Consultoria 339.090,00

Administrativa -820.461,18

89.296.860,82

CUSTOS E PERDAS 2008 2007 PROVEITOS E GANHOS 2008 2007

681- Juros Suportados 1.515.147,96 1.041.525,45 781 - Juros Obtidos 6.686,42 3.610,24

682 - Perdas em Emp. Grupo e Associadas 1.247.225,63 27.977,48 782 - Ganhos em Emp. Grupo e Associadas 622.020,09 467.500,00

686 - Desc.P.P. Concedidos 610.077,09 256.589,11 786 - Desc.P.P. Obtidos 142,18 0,00

688 - Outras Perdas Financeiras 91.625,46 41.374,37 788 - Reversões e Out. Prov. Ganhos Financeiros 17.575,08 11.961,26

RESULTADOS FINANCEIROS -2.817.652,37 -884.394,91

646.423,77 483.071,50 646.423,77 483.071,50

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS FINANCEIROS

Relatório e Contas 2008

Página 122 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

46 – Demonstração de Resultados Extraordinários

48 – Outras informações consideradas relevantes para melhor compreensão da

posição financeira e dos resultados

48.1 - Acréscimos e Diferimentos

Os custos diferidos, referem-se aos custos de funcionamento incorridos durante o exercício,

que serão reconhecidos nos exercícios a que correspondem, com a seguinte decomposição:

Englobam os valores referentes à Roupa hospitalar, Estudos de Marca, Benchmarking e

Concorrência, Estudos Prévios e de Viabilidade do ACE do Ambiente e Outros Custos a

imputar em exercícios posteriores.

No que respeita à Roupa Hospitalar o diferimento é efectuado pelo período de 2 anos, e em

relação aos estudos, o período considerado é de 3 anos.

CUSTOS E PERDAS 2008 2007 PROVEITOS E GANHOS 2008 2007

691 - Donativos 2.992,80 5.557,80 792 - Recuperação de Dividas 0,00 0,00

692 - Dividas Incobraveis 0,00 348,32 793 - Ganhos em Existências 73.565,87 214,93

693 - Perdas em Existências 10.314,37 127,31 794 - Ganhos em Imobilizações 13.969,71 7.760,11

694 - Perdas em Imobilizado 9.909,52 10.496,22 796 - Red. Amort. Provisões 0,00 0,00

695 - Multas e Penalidades 53.568,04 32.668,80 797 - Correcções .Exerc Anteriores 36,75 17.015,38

697 - Correcções Exerc. Anteriores 142.044,67 136.621,73 798 - Outros Ganhos Extraordinários 133.257,35 119.831,95

698 - Outros Perdas Extraordinárias 3,08 2.103,00

RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 1.997,20 -43.100,81

220.829,68 144.822,37 220.829,68 144.822,37

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

Custos Diferidos 2008 2007

Roupa Hospitalar - Até 2008 1.411.554,21 1.027.853,84

Estudos 274.542,12 682.084,25

ACEs 39.773,73 39.773,72

Outros Custos Diferidos 1.058.759,38 301.320,11

2.784.629,44 2.051.031,92

Relatório e Contas 2008

Página 123 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Quanto aos Estudos Prévios e de Viabilidade relativos ao ACE do Ambiente não considerados

no respectivo Aporte Inicial deverá ser o respectivo montante debitado ao respectivo ACE no

ano de 2009.

Os acréscimos de custos referem-se a custos relativos ao exercício em referência que até ao

momento não foram recepcionados, tal como se detalha no quadro anexo:

Nesta rubrica foi considerada a provisão para Férias e Subsídio de Férias vencida no

exercício de 2008 a pagar no exercício subsequente.

Os proveitos diferidos referem-se aos proveitos incorridos durante o exercício, que serão

reconhecidos nos exercícios a que correspondem:

Durante o exercício findo foi recepcionado parte do subsídio do FEDER para fazer face à

Instalação da Central de Incineração.

Os Acréscimos de Proveitos referem-se a proveitos relativos ao exercício em referência que

até ao momento não foram recepcionados, tal como se detalha no quadro anexo:

Acréscimo de Custos 2008 2007

Remunerações a Liquidar 5.217.877,81 4.631.377,89

Juros a Liquidar 52.785,15 0,00

Outros Acrescimos de Custos 187,25 1.085.121,09

5.270.850,21 5.716.498,98

Proveitos Diferidos 2008 2007

Subsidio p/ Investimento FEDER 635.231,16 729.340,07

Outros Proveitos Diferidos 0,00 4.350,33

635.231,16 733.690,40

Relatório e Contas 2008

Página 124 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

48.2 – FSE - Fundo Social Europeu

No presente exercício foram recebidos 56.132,47 € relativos a:

- Plano de formação 2007 – Formação para a Inovação e Gestão 23 777,31 €

- Programa Operacional Saúde, Saúde XXI 32 355,16 €

Os correspondentes proveitos foram registados:

- Em 2007 42 000,00 €

- Em 2008 14 132,47 €

56 132,47 €

Acréscimo de Proveitos 2008 2007

Juros a Receber 152,50 0,00

Subsidio FSE 0,00 42.000,00

Indemnizações p/ Sinistros 20.291,81 20.291,81

Outros Acrescimos de Proveitos 0,00 0,00

20.444,31 62.291,81

Relatório e Contas 2008

Página 125 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

V.3. Proposta de Aplicação de Resultados

Nos termos das competências conferidas pelos Estatutos, o Conselho de Administração

propõe que o Resultado Líquido do Exercício de 2008, no montante de (4.410.574,57) €,

(quatro milhões quatrocentos e dez mil quinhentos e setenta e quatro euros e cinquenta e

sete cêntimos), seja transferido para a conta de Resultados Transitados;

Lisboa, 31 de Março de 2009

O Conselho de Administração

Paula Maria Mendes Nanita Lopes de Oliveira

Maria Joaquina Rodrigues Sobral de Matos

Graça Isabel Bessone Pereira Resendes de Couto

Lourdes Hill Giménez

João Manuel Vidal Nabais

Relatório e Contas 2008

Página 127 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

VI. ÓRGÃOS SOCIAIS

a 31 de Dezembro de 2008

Mesa da Assembleia Geral

Presidente - Eng.º João Gerardo Maurício Wemans

1º Secretário - Dr. Carlos Alberto Raposo de Santana Maia

2º Secretário - Dr. Francisco Cunha de Oliveira

Conselho de Administração

Presidente - Dra. Paula Maria Mendes Nanita Lopes de Oliveira

Vice-Presidente - Dra. Maria Joaquina Rodrigues Sobral de Matos

Vogal - Dra. Graça Isabel Bessone Pereira Resendes do Couto

Vogal - Dr. João Manuel Vidal Nabais

Vogal - Dra. Lourdes Hill Giménez

Conselho Fiscal

Presidente - Dr. António Pedro Araújo Lopes

Vogal - Dra. Maria Manuela Veloso de Carvalho

Vogal - Alves da Cunha, A. Dias & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

a 31 de Março de 2009

Mesa da Assembleia Geral

Presidente – Professor Doutor António Fernando Correia de Campo

1º Secretário – Dr. Francisco Cunha de Oliveira

2º Secretário – Dr. Artur Aires Rodrigues de Morais Vaz

Conselho de Administração

Presidente – Paula Maria Mendes Nanita Lopes de Oliveira

Vice-Presidente – Maria Joaquina Rodrigues Sobral de Matos

Vogal – Graça Isabel Bessone Pereira Resendes do Couto

Vogal – João Manuel Vidal Nabais

Vogal – Lourdes Hill Giménez

Conselho Fiscal

Presidente – Dr. António Pedro Lopes

Vogal – Drª Maria Manuela Duarte Veloso Carvalho Sousa

Vogal – ROC – Dr. José Luís Areal Alves da Cunha

Suplente – Dr. José Duarte Assunção Dias

Relatório e Contas 2008

Página 129 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

VII. ASSOCIADOS A 31 DE DEZEMBRO DE 2008

ACSS do Sistema de Saúde, IP

ARS de Lisboa e Vale do Tejo, IP

ARS do Alentejo, IP

ARS do Algarve, IP

ARS do Centro, IP

ARS do Norte, IP

C.M.R.R.C. - Rovisco Pais

Centro Hosp. Alto Ave, EPE

Centro Hosp. Barlavento Algarvio, EPE

Centro Hosp. Caldas da Rainha

Centro Hosp. Cascais

Centro Hosp. Coimbra, EPE

Centro Hosp. Cova da Beira, EPE

Centro Hosp. Lisboa Central, EPE

Centro Hosp. Lisboa Norte, EPE

Centro Hosp. Lisboa Ocidental, EPE

Centro Hosp. Médio Ave, EPE

Centro Hosp. Médio Tejo, EPE

Centro Hosp. Nordeste, EPE

Centro Hosp. Porto, EPE

Centro Hosp. Povoa Varzim/Vila Conde

Centro Hosp. Psiquiátrico de Coimbra

Centro Hosp. Psiquiátrico de Lisboa

Centro Hosp. Setúbal, EPE

Centro Hosp. Tâmega e Sousa, EPE

Centro Hosp. Torres Vedras

Centro Hosp. Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE

Centro Hosp. V.N. Gaia/Espinho, EPE

CESPU

Confraria N. Sª. Nazaré

Fundação Aurélio Amaro Diniz

Hospitais da Universidade Coimbra, EPE

Hospital Faro, EPE

Hospital Amato Lusitano - Castelo Branco

Hospital Bernardino Lopes de Oliveira - Alcobaça

Hospital Cândido Figueiredo - Tondela

Hospital Curry Cabral

Hospital da Prelada - Porto

Hospital Dist. Águeda

Hospital Dist. da Figueira da Foz , EPE

Hospital Dist. Montijo

Relatório e Contas 2008

Página 130 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Hospital Dist. Pombal

Hospital Dist. S. João da Madeira

Hospital Dist. Santarém, EPE

Hospital Dr. Francisco Zagalo - Ovar

Hospital Espírito Santo, EPE

Hospital Garcia de Orta, EPE

Hospital Infante D. Pedro, EPE

Hospital Joaquim Urbano - Porto

Hospital José Luciano de Castro - Anadia

Hospital Litoral Alentejano

Hospital Lusíadas

Hospital Magalhães Lemos

Hospital N. Sra. Conceição - Valongo

Hospital Nossa Senhora do Rosário, EPE

Hospital Reynaldo dos Santos - Vila Franca Xira

Hospital S. João, EPE

Hospital S. Marcos - Braga

Hospital S. Miguel - Oliveira de Azeméis

Hospital S. Teotónio, EPE

Hospital Sta. Maria Maior, EPE - Barcelos

Hospital Sto. André - Leiria

Hospital Sto. Espírito de Angra do Heroísmo

IDT- Instituto da Droga e da Toxicodependência

Infarmed, IP

Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto

Instituto Nacional de Emergência Médica, IP

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge

Instituto Português do Sangue, I.P.

Instituto Português Oncologia Francisco Gentil, EPE

IPO Porto Francisco Gentil, EPE

Irmandade da SCM de Montalegre

Irmandade da SCM de Murça

Santa Casa da Misericórdia Alijó

Santa Casa da Misericórdia Bombarral

Santa Casa da Misericórdia Cinfães

Santa Casa da Misericórdia Coimbra

Santa Casa da Misericórdia Entroncamento

Santa Casa da Misericórdia Esposende

Santa Casa da Misericórdia Guarda

Santa Casa da Misericórdia Marco Canaveses

Santa Casa da Misericórdia Mealhada

Santa Casa da Misericórdia Pinhel

Santa Casa da Misericórdia Portimão

Relatório e Contas 2008

Página 131 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Santa Casa da Misericórdia Povoa Lanhoso

Santa Casa da Misericórdia Sabrosa

Santa Casa da Misericórdia Santiago do Cacém

Santa Casa da Misericórdia Vila Real

Secretaria-Geral do Ministério da Saúde

ULS de Matosinhos, EPE Hospital Pedro Hispano

ULS Norte Alentejano, EPE

União das Misericórdias Portuguesas

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE

Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE

Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE

Relatório e Contas 2008

Página 133 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

VIII. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O período estratégico 2007-2009 visa afirmar o SUCH, assente na sua natureza de

associação privada sem fins lucrativos, como instituição de referência de serviços partilhados

em saúde.

O ano de 2007 – 1º ano de execução do Plano Estratégico – cumpriu todos os pré-requisitos

necessários: de infra-estruturação das novas áreas, de reestruturação das áreas tradicionais

(através de verticalização de todas e de clusterização de algumas), de criação e

desenvolvimento de funções corporativas.

O ano de 2008 – 2º ano de execução do Plano Estratégico – permitiu:

O aprofundamento da Estratégia de Eficiência Global do SUCH (nomeadamente

através da externalização para os novos ACEs das correspondentes funções de:

administração de recursos humanos, contabilidade e compras – esta última apenas

parcialmente);

A consolidação do Modelo de Relação „In-House‟ com os Associados e a consequente

purificação de todos os processos jurídicos;

A criação dos necessários instrumentos de gestão de que o SUCH nunca dispôs até à

data (Contabilidade Analítica, Modelo de Planeamento e Controlo de Gestão, Modelo

de Valorização Económica de Propostas, processos financeiros e de compras

redesenhados com base nas boas práticas internacionais);

Primeira abordagem-teste ao posicionamento de Gestor de Contratos (muito

prejudicada no entanto pelas dificuldades de Tesouraria);

Estudo e desenho da Estratégia de Empresarialização das áreas tradicionais (visando

os propósitos previstos no Plano Estratégico) e esboço dos primeiros Planos de

Negócio destas áreas a 5 – 10 anos;

Relatório e Contas 2008

Página 134 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Arranque em produção para os associados do Somos PESSOAS, ACE;

Criação do Somos AMBIENTE, ACE.

Não obstante o realizado, o ano de 2008 revelou, com clareza, limites e possibilidades do

posicionamento pelo qual se optou em sede estratégica – Serviços Partilhados17 – bem como

os paradoxos e riscos que resultam da natureza jurídica reafirmada estatutariamente em

Dezembro de 2006 – a de Associação.

Referimo-nos por exemplo a:

1º- Sendo estritamente necessários ao controlo da evolução da despesa da Saúde – os

serviços partilhados (na esteira do que vem sendo feito em todos os países desenvolvidos) –

e constituindo estes um instrumento potenciador da estratégia de eficiência subjacente à

empresarialização dos hospitais, o momento é ainda de sobrevalorização pelos associados

das diferenças entre hospitais e da sua afirmação competitiva, com baixa adesão a

mecanismos cooperativos, dos quais os serviços partilhados são exemplo.

2º- Sendo os associados do SUCH maioritariamente entes públicos, foi valorizado o desenho

de novas linhas de serviços que melhor combinavam os reptos da Tutela (com quem o

Conselho de Administração sempre cultivou forte coordenação estratégica) e os pedidos

expressos formulados em 2006 pelos associados públicos. Contudo, os factores:

remodelação governamental e atrasos relativos das reformas PRACE e Cuidados de Saúde

Primários (verificados em 2008) não permitiram, apenas por parte dos associados aderentes,

o arranque preparado em tempo pelo SUCH e previsto para o ano. Neste contexto as linhas

de serviço necessárias ao suporte da sustentabilidade do SNS, devidamente infra-

estruturadas e preparadas para arranque, foram financiadas por capital alheio, sendo o risco

de suporte e consequentes custos, assumidos exclusivamente pelo SUCH.

17 Os serviços partilhados consistem em todo o mundo desenvolvido na criação de estruturas autónomas, cuja

missão é a prestação de serviços comuns (processos de natureza transaccional) às entidades associadas, sendo o seu financiamento assegurado de modo independente, assegurando-se, pela actividade, a recuperação integral dos custos de estrutura. Para este efeito, em regra, a adesão aos serviços reveste a natureza vinculativa, garantindo-se por essa via a viabilidade económica da nova estrutura e o retorno, em qualidade de serviço e poupança, aos associados. Em todos os países estudados e nos outros sectores em Portugal a recuperação integral dos custos em serviços partilhados foi assegurada entre 1 a 4 anos e as poupanças obtidas situadas entre os 10% e 20% nos primeiros anos de actividade.

Relatório e Contas 2008

Página 135 de 141 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

Estes dois vectores (aposta na cooperação entre instituições de saúde e/ou adesão

vinculativa às novas linhas de serviços, bem como assumpção exclusiva pelo SUCH do

risco do negócio) são desideratos cruciais no Plano Estratégico que, se não controlados

com eficácia em 2009 pelos associados e pela Tutela, colocam em sério risco a

instituição.

Outro factor presente em 2008 e ilustrativo do paradoxo institucional prende-se com o facto

de o SUCH ter como únicas fontes de receitas as quotas e a remuneração da prestação de

serviços pelos associados (sendo que as primeiras são dedutíveis na segunda, de acordo

com o regime de quotizações em vigor), o que não é coadunável com a tradicional cultura de

não pagamento protagonizada pela maioria dos associados. Sendo uma instituição sem fins

lucrativos e de natureza associativa, os associados esperam do SUCH a melhor relação

preço – qualidade. Para o satisfazer o SUCH trabalha com pequenas margens de negócio

não incorporando até aqui, na formação do preço, o atraso no recebimento da remuneração

dos serviços que prestou. Nesta medida e atentos os níveis de endividamento do SUCH, na

ordem dos 70%, foi obrigatório, para fazer face a prazos médios de recebimento (que

atingiram os 290 dias!), o recurso, no ano, a sistemas de factoring (com suporte integral do

custo pelo SUCH) e a descontos de pronto-pagamento aos associados, no intuito de

satisfazer necessidades mínimas e críticas de Tesouraria.

Factos:

As quotas - de pagamento mensal - representam apenas 2,7% do Volume de

Negócios anual;

Os custos financeiros decorrentes de juros (excluindo leasings) e de recurso a

factoring representaram, no ano, mais de 1,2 milhões de €, consumindo totalmente as

pequenas margens de negócio;

Os descontos de pronto-pagamento, recurso efectuado em momento crítico de

Tesouraria (meados de 2008) face à generalidade dos cortes de fornecimento,

cifraram-se em 610 mil €, totalizando, com os custos financeiros referidos supra, um

encargo anual superior a 1,8 milhões de €.

Relatório e Contas 2008

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Assente exclusivamente, o modelo de remuneração do SUCH, em quotizações e

remuneração das prestações de serviços efectuadas, o cumprimento do objectivo estratégico:

Serviço de Qualidade ao Melhor Preço parece apenas possível se:

1º- Fôr revisto o regime de quotização para montantes que representem um

pagamento mensal de suporte com significado à Tesouraria do SUCH.

2º- Os associados assumirem de facto e generalizadamente uma cultura de

cumprimento das suas obrigações de pagamento (em prazo pré-definido) à

semelhança do verificado em Dezembro de 2008, por imposição do Governo.

Em suma, ficou claro no exercício de 2008, que o SUCH assumindo exclusivamente o risco

dos serviços que disponibiliza para satisfazer as necessidades dos seus associados (e a

pedido destes e/ou da Tutela) fica totalmente refém de factores que lhe são exógenos,

nomeadamente:

- o ritmo de concretização das reformas do sector;

- o nível de envolvimento dos associados, expresso designadamente no ritmo de

adesão aos serviços e na cultura de pagamento pontual das prestações que

contratam;

- a sobrevalorização de modelos competitivos entre instituições de saúde em

detrimento de modelos cooperativos que viabilizam Ganhos de Escala e a eliminação

de duplicações: de investimento e das estruturas de suporte.

Importa pois, através do controlo destas variáveis exógenas, pôr termo a uma espiral de

consumo dos capitais próprios e de endividamento do SUCH, podendo constituir uma boa

solução a injecção de Capital Social (tradicionalmente diminuto na instituição), a par da

assumpção de uma cultura de cumprimento dos pagamentos devidos, de molde a serem

mantidas condições competitivas e adequadas para a contratação de recursos financeiros a

bom preço.

Relatório e Contas 2008

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O expresso até este ponto visa suscitar a reflexão, inadiável, sobre os limites e possibilidades

das opções efectuadas em sede estratégica pelas Assembleias Gerais do SUCH, no período

compreendido entre Outubro de 2006 e Maio de 2007, ao jeito de avaliação intercalar do

Plano mas também enquanto é tempo de agir sobre os factores que, exógenos ao Conselho

de Administração, são, no entanto, alteráveis por decisões da Assembleia Geral e da Tutela.

Contudo há que recordar que o ano de 2008 foi ainda perturbado pelo descontrolo nos

mercados da evolução dos preços, nomeadamente dos combustíveis e matérias-primas

alimentares (que determinaram o prejuízo operacional do ano), bem como pelo agravamento

sério de todos os spreads associados ao financiamento bancário (também com sério impacto

no SUCH e respectivos ACEs em que aquele detém posição dominante).

Não obstante, em ano de tão grandes dificuldades (que em síntese supra se plasmam), a

actividade tradicional do SUCH verificou de novo um crescimento superior a 15% no ano e

deu-se efectivamente início ao arranque de um dos novos Serviços Partilhados – o de

Recursos Humanos.

Se controlados os factores exógenos dependentes da intervenção dos associados e da

Tutela, ao termo do ano de 2009, estará cumprida no essencial a Visão do Plano Estratégico,

apesar de já garantidos à presente data novos resultados líquidos anuais negativos

resultantes da consolidação de resultados dos novos ACEs que persistem com delongas na

entrada em produção.

No que respeita à empresarialização das áreas tradicionais, apesar de todos os esforços já

envidados na sua preparação, aconselha a prudência, o seu adiamento para um contexto

económico-financeiro, mundial e do país, menos marcado pela incerteza e pela recessão.