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INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSI DADE
Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade Coordenação Geral de Pesquisa e Monitoramento da Biodiversidade Coordenação de Monitoramento da Conservação da Biodiversidade
PROJETO PNUD BRA/07/G32 – Projeto Para Conservação e Uso Sustentável Efetivos de Ecossistemas Manguezais no Brasil
Relatório contendo os resultados obtidos durante o seminário
de discussão do Programa de Monitoramento da
biodiversidade para as UCs federais com manguezais
Dr. Anders Jensen Schmidt
Consultor PNUD
Agosto de 2013
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SUMÁRIO
1. Introdução................................................................................................................................. 1
2. Objetivos .................................................................................................................................. 3
3. Métodos .................................................................................................................................... 3
3.1 – Participantes do workshop ..................................................................................................... 4
3.2 – Condução do workshop .......................................................................................................... 5
4. Resultados ................................................................................................................................ 9
5. Conclusão ............................................................................................................................... 16
6. Bibliografia............................................................................................................................. 16
ANEXO I – Programação preliminar do Workshop ..................................................................... 18
ANEXO II – Lista de presença com assinatura e contatos dos participantes ................................ 20
ANEXO III – Apresentação da contextualização do Projeto Manguezais do Brasil e do modelo de monitoramento adotado pelo ICMBio, ministrada por Arthur Brant Pereira. ............. 22
ANEXO IV – Apresentação do diagnóstico da capacidade de execução de monitoramentos da biodiversidade pelas UC federais, ministrada por Anders Jensen Schmidt. ......................................................................................................................................... 23
ANEXO V – Apresentação da Minuta do Programa de Monitoramento da biodiversidade para as UCs federais com manguezais, ministrada por Anders Jensen Schmidt. ......................................................................................................................................... 25
ANEXO VI – Resumo da Minuta do Programa de Monitoramento da biodiversidade para as UCs federais com manguezais .......................................................................................... 27
ANEXO VII – Lista de indicadores após alterações feitas na minuta do Programa de Monitoramento, e suas respectivas pontuações em cada critério, estabelecidas pela plenária. ......................................................................................................................................... 31
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1. Introdução
Uma das primeiras questões que deve ser feita ao desenhar um programa de
monitoramento é “qual é o objetivo do programa?” e, em seguida, “o que será
monitorado?” (Hellawell 1991). A concepção do Programa de Monitoramento
fomentado pelo Projeto Manguezais do Brasil inclui como objetivo principal medir a
integridade1 do ecossistema manguezal e, por conseguinte, a eficiência das UCs na
conservação e uso sustentável da sua biodiversidade. No caso das UCs de proteção
integral, também é desejável que o monitoramento forneça informações importantes
para uma melhor compreensão do funcionamento do ecossistema manguezal sem a
influência direta humana (Nowlis&Friedlander 2004). Já no caso das UCs de uso
sustentável, é desejável que o monitoramento permita avaliar a sustentabilidade da
explotação dos recursos pesqueiros (Carr&Raimondi 1999).
Teoricamente, quanto mais componentes da biodiversidade forem monitorados,
mais fiel será a estimativa da integridade do ecossistema, porém, sabe-se que na prática
isso é inviável, o que torna imprescindível a escolha de indicadores (Hellawell 1991,
Carignan&Villard 2011). As definições de “indicador” variam entre autores, mas em
geral há um consenso em considera-lo um atributo mensurável de um ecossistema que
pode ser extrapolado confiavelmente para ele como um todo, de modo a tornar viável
economicamente e logisticamente o objetivo do monitoramento (Landreset al. 1988,
Noss 1990, Fleishman & Murphy 2009). Mais recentemente, o chavão “surrogate” (em
português, “substituto”) vem sendo crescentemente utilizado para designar um
estimador simplificado, biótico ou abiótico, cuja medição é representativa do parâmetro
da biodiversidade que se deseja avaliar (Caro &O’Doherty 1999, Mellin et al. 2011).
Por exemplo, a medição do número de espécies de um táxon em particular, dentro de
uma área em particular, se for realmente representativa, pode ser um “surrogate”
(substituto) da medição do número total de espécies da área como um todo (Mellinet al.
2011). Assim, considera-se uma espécie substituta (“surrogatespecies”) aquela que é
utilizada para representar outras espécies ou aspectos do ambiente para atingir um
objetivo (Caro 2010). Na prática, os conceitos de “surrogate” e “indicador” se
sobrepõem e se confundem (Caro &O’Doherty 1999), e alguns autores inclusive se
1A capacidadede um ecossistemapara suportare manter uma comunidade equilibrada, com umacomposição de espécies, diversidade e organização funcionalcomparável as de ecossistemas similares da região que não são perturbados(Karr e Dudley,1981).
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referem aos mesmos como sinônimos (Noss 1990). Assim, para simplificar, neste
Programa de Monitoramento será utilizado o termo mais genérico “indicador”.
Um eficiente programa de monitoramento deve envolver indicadores em
diferentes níveis organizacionais (Noss 1990, Lambeck1997, Noss 1999,
Carignan&Villard 2011). Até mesmo os guias da Convenção Ramsar deixam clara a
necessidade de uma abordagem multi-escalar para monitoramento da biodiversidade de
áreas úmidas (RamsarConventionSecretariat 2005, 2010). Entre as escalas contempladas
em monitoramentos pode-se citar: região-paisagem, ecossistema-comunidade,
população-espécie (Noss 1990) e organismo (Nowlis&Friedlander 2004, Shuteret al.
2011).
Em nível região-paisagem, o indicador deve considerar a complexidade espacial
das regiões e a escala deve variar do tamanho de uma unidade de conservação e seu
entorno até o tamanho de uma região fisiográfica ou província biogeográfica
(aproximadamente de 102 a 107 km2)(Noss 1990). Em nível de ecossistema-comunidade,
os indicadores são relacionados apenas ao ecossistema em questão, envolvendo várias
espécies e parâmetros monitorados diretamente no local, sem a necessidade de
sensoriamento remoto (Noss 1990). Em nível de população-espécie, o alvo do
monitoramento pode ser todas as populações da espécie ao longo do seu intervalo de
ocorrência, uma metapopulação (subpopulações conectadas geneticamente por
dispersão) ou uma população isolada de uma dada espécie (Noss1990). Por fim, em
nível de organismo, o monitoramento tem como indicador um ou mais indivíduos de
uma espécie, seja animal ou vegetal (Nowlis&Friedlander 2004, Primack& Rodrigues
2010, Shuteret al. 2011). Tais monitoramentos são normalmente ligados a estudos de
comportamento, principalmente de ecologia de movimento (Holden 2006).
Frequentemente envolvem a marcação de indivíduos para, por exemplo, determinar
padrões migratórios que podem orientar estratégias de conservação (Kintisch 2006) ou
para acompanhar o êxito de programas de reintrodução de espécimes (Unger 2006).
Ainda em nível de organismo, indivíduos de espécies bioacumuladoras (ex. crustáceos e
moluscos filtradores), podem ser utilizados para indicar a presença de poluentes como
metais pesados, hidrocarbonetos, PCBs e radionuclídeos (Becherand&Bjorseth 1987).
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2. Objetivos
O Seminário de discussão do Programa de Monitoramento da Biodiversidade teve
como objetivo geral reunir representantes da comunidade científica, de órgãos
governamentais e de ONGs para discutir e avaliar a “Minuta do Programa de
Monitoramento da Biodiversidade para as UC Federais com Manguezais” e dar início
aos trabalhos para elaboração da sua proposta definitiva.
Especificamente, o Seminário contribuiu para:
• Buscar maior articulação e integração entre atividades/estudos em curso no
âmbito do Projeto Manguezais do Brasil que subsidiam um programa de
monitoramento (mapeamento da cobertura vegetal, planos de manejo, plano
nacional de espécies ameaçadas de extinção e de importância socioeconômica);
• Avaliar a capacidade atual e as demandas de insumos (equipamentos,
capacitações, bolsistas, etc.) dos Centros de Pesquisa e Conservação do ICMBio
e das UC com manguezais para a execução do Programa de Monitoramento;
• Priorizar grupos taxonômicos e indicadores para monitoramento;
• Promover o debate sobre a elaboração de protocolos de amostragem, definindo
prioridades para a implementação do programa.
3. Métodos
O seminário foi realizado nos dias 27 e 28 de junho de 2013, em Brasília/DF, no
auditório da sede do PNUD, na Casa das Nações Unidas, no Brasil Complexo Sergio
Vieira de Mello Módulo I – Prédio Zilda Arns Setor de Embaixadas Norte, Quadra 802
Conjunto C, Lote 17. O evento foi conduzido nos moldes de um workshop, envolvendo
um conjunto multidisciplinar de participantes.
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3.1– Participantes do workshop
Basicamente, o workshop envolveu quatro grupos distintos de participantes:
a) Representantes de redes nacionais de monitoramento existentes
Pesquisadores oriundos de universidades, centros de pesquisa e Organizações não
Governamentais (ONGs) já envolvidos em redes de monitoramento em nível nacional.
Estes foram convidados para participar da escolha de indicadores e da discussão
preliminar sobre protocolos de amostragem, com base na experiência adquirida em suas
redes de monitoramento. Foram convidados representantes de redes de monitoramento
de vegetação, invertebrados não explotados, aves e mamíferos do ecossistema
manguezal.
b) Pesquisadores de indicadores ainda não contemplados por redes nacionais de
monitoramento
Pesquisadores de universidades, centros de pesquisa e ONGs, cujos objetos de
estudo não são contemplados efetivamente nas redes de monitoramento nacionais
existentes. Estes foram convidados para contribuir com informações técnicas durante a
plenária para escolha de indicadores e para delinear protocolos preliminares de
amostragem para diferentes grupos taxonômicos. Foram convidados pesquisadores de
moluscos, crustáceos e peixes explotados.
c) Gestores de Unidades de Conservação
Chefes de UC federais que abrangem áreas de manguezal, ou representantes
designados pelos mesmos. Os gestores de UC foram chamados para contribuir na
plenária, principalmente ponderando a exequibilidade do monitoramento dos
indicadores a serem priorizados.
d) Representantes do ICMBio e do PNUD
Coordenadores, analistas, assessores, moderadores e consultores, do ICMBio e do
PNUD, que tiveram como incumbências principais deixar claro os objetivos do
Programa de Monitoramento para todos os participantes e conduzir o Seminário de
maneira mais participativa possível. Também coube a estes participantes relatar as
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orientações da plenária referentes à escolha dos indicadores prioritários e compilar
informações sobre protocolos de monitoramento.
Dada a inviabilidade de conduzir um Seminário com um número demasiadamente
grande de participantes, foram estabelecidos critérios para o convite de participantes.
Foram priorizados pesquisadores atuantes em UCs federais e que estão estudando
espécies com potencial para um monitoramento em escala nacional. Para tanto, foi
levado em conta não somente a importância ecológica e socioeconômica das espécies
estudadas, mas também a viabilidade de amostragem com a infraestrutura disponível
atualmente nas UC. No caso dos gestores de UC federais, buscou-se, na medida do
possível, formar um grupo heterogêneo, incluindo representantes de diferentes
categorias de UC e de diferentes regiões do Brasil. Foram priorizados aqueles gestores
que mais contribuíram para a pesquisa realizada no “Diagnóstico dos programas de
monitoramento da biodiversidade em ecossistemas manguezais e ambientes afins”.
3.2 – Condução do workshop
A programação originalmente proposta para o workshop segue no ANEXO I, porém
algumas adaptações mostraram-se necessárias ao longo do evento. Devido à falta de
alguns participantes, algumas palestras não foram realizadas, enquanto outras se
prolongaram mais. Adicionalmente, como se mostrou necessário um avanço nas
discussões sobre a elaboração dos critérios para priorização dos indicadores, os grupos
de trabalho originalmente previstos foram substituídos por uma discussão em plenária
para definição de uma estratégia para elaborar os protocolos de amostragem dos
indicadores através da internet.Com estas alterações, o workshop foi conduzido
seguindo as seguintes etapas:
a) Apresentações introdutórias
No dia 27 de junho de 2013, as 9:00h, a moderadora, Sra. Neusa Zimmermann
conduziu a plenária para o estabelecimento de regras de convivência ao longo do
evento. Em seguida, o Sr. João Arnaldo Novaes Júnior, Diretor de Ações
Socioambientais e Consolidação Territorial em UCs,deu boas vindas aos participantes,
ressaltando a importância do monitoramento da biodiversidade de Unidades de
Conservação. Dando prosseguimento aos trabalhos iniciais, o Coordenador de
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Monitoramento da Conservação da Biodiversidade – COMOB do ICMBio, Sr. Arthur
Brant Pereira, apresentou a contextualização do Projeto Manguezais do Brasil e o
modelo e objetivos do monitoramento adotado pelo ICMBio (Fig. 1). A palavra foi
passada a Sra. Fátima Pires de Almeida, da Coordenadoria de Planos de Ação Nacionais
–COPAN / ICMBio, que apresentou as diretrizes, estratégias e resultados obtidos pelo
Plano de Ação Nacional para Conservação das Espécies Ameaçadas e de Importância
Socioeconômica do Ecossistema Manguezal na Costa Brasileira (PAN Manguezal), no
âmbito do Projeto Manguezais do Brasil.
b) Apresentação do diagnóstico da capacidade de execução de monitoramentos da
biodiversidade pelas UC federais
O consultor Anders Jensen Schmidt foi o responsável pela apresentação deste
diagnóstico, que teve como objetivo expor para os participantes a situação das unidades
de conservação com manguezal,para que a priorização dos indicadores fosse feita
considerando as suas limitações (Fig. 2). Inicialmente foi apresentado o levantamento
do número atual de UCs com manguezal de diferentes categorias e a distribuição destas
nos estados do Brasil. Em seguida, foi apresentado um levantamento dos estudos que
vem sendo conduzidos nas UCs com manguezal, baseado em uma pesquisa realizada
junto aos gestores em 2012. Por fim, foi apresentado o diagnóstico da capacidade de
execução de monitoramentos da biodiversidade pelas UC federais, incluindo
disponibilidade de infraestrutura, equipamentos e recursos humanos para realização de
monitoramentos.
c) Apresentação da Minuta do Programa de Monitoramento da biodiversidade para
as UCs federais com manguezais
Esta apresentação também foi efetuada pelo consultor Anders Jensen Schmidt e teve
como objetivo realizar uma provocação inicial sugerindo justificadamente indicadores
cujo monitoramento seja exequível pelas UCs, bem como indicando métodos e
protocolos padronizados para coleta de dados, considerando a possibilidade de execução
pelas UCs (Fig. 3). Foram apresentados os critérios utilizados para a sugestão dos
indicadores e a divisão dos mesmos em diferentes níveis de organização ecológica:
região-paisagem, ecossistema-comunidade, população-espécie e organismo.
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d) Apresentação da Rede de Monitoramento de Habitats Bentônicos Costeiros –
ReBentos
O representante da ReBentos, Dr. Angelo Fraga Bernardino (Fig. 4), foi o
responsável por apresentar esta rede que já vem realizando esforços para escolha de
indicadores e padronização de métodos de monitoramento da biodiversidade de
manguezais através do GT Estuários, coordenado pelo próprio Dr. Bernardino, e através
do GT Manguezais, coordenado pela Dra. Yara Schaeffer-Novelli. O objetivo da
palestra foi passar para a Plenária a experiência obtida na ReBentos para permitir uma
maior produtividade do workshop.
e) Plenária para priorização dos indicadores para monitoramento da biodiversidade
de manguezais de unidades de conservação.
A plenária foi conduzida pelo consultor Anders Jensen Schmidt, com mediação
realizada pela Sra. Neusa Zimmermann (Figs. 5 e 6). Inicialmente foi apresentada uma
tabela com os indicadores para monitoramento em nível de região-paisagem,
ecossistema-comunidade, população-espécie e organismo, contidos na minuta do
Programa de Monitoramento da biodiversidade para as UCs federais com manguezais.
A plenária então sugeriu, quando necessário, a remoção ou inserção de indicadores. Em
seguida a plenária trabalhou em conjunto para aprimorar os critérios para priorização
dos indicadores que envolvem espécies em particular (nível de população e nível de
organismo). Posteriormente, para estes indicadores, a plenária forneceu uma pontuação
de 1 a 3 em cada um dos critérios e, por fim, os indicadores foram ordenados por
prioridade, conforme o somatório total da pontuação obtida em todos os critérios.
f) Discussão de estratégia para elaboração de protocolos de amostragem.
Ao término do workshop a plenária discutiu livremente uma estratégia para
viabilizar a elaboração dos protocolos de amostragem de cada indicador, envolvendo
também pesquisadores que não participaram do evento.
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Figura 3 – Apresentação da Minuta do Programa de
Monitoramento da biodiversidade para as UCs
federais com manguezais, pelo consultor do PNUD
para o ICMBio, Dr. Anders Schmidt.
Figura 4 – Apresentação da Rede de Monitoramento
de Habitats Bentônicos Costeiros – ReBentos,pelo Dr.
Angelo Fraga Bernardino, da Universidade Federal do
Espírito Santo.
Figura 2 – Apresentação do diagnóstico da capacidade de execução de monitoramentos da biodiversidade pelas
UC federais, pelo consultor do PNUD para o ICMBio, Dr. Anders Schmidt, no auditório da sede do PNUD, no
dia 27 de junho de 2013.
Figura 1 – Apresentação do modelo de monitoramento adotado pelo Projeto Manguezais do Brasil, pelo
Coordenador de Monitoramento da Conservação da Biodiversidade – COMOB / ICMBio, Sr. Arthur Brant
Pereira, no auditório da sede do PNUD, no dia 27 de junho de 2013.
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4. Resultados
O workshop contou com um total de 21 participantes, sendo 7 representantes de
instituições de pesquisa, 8 gestores de unidades de conservação e 6 representantes de
coordenações do ICMBio e do PNUD (ver lista de presença no ANEXO II). O caráter
heterogêneo dos participantes foi fundamental para a produtividade do workshop e os
resultados de cada etapa de sua execução são expostos a seguir:
a) Apresentações introdutórias
Entre vários esclarecimentos, a palestra apresentada pelo Coordenador de
Monitoramento da Conservação da Biodiversidade – COMOB, Arthur Brant Pereira
(ANEXO III), deixou claro para os participantes, “o que” se pretende monitorar com o
Programa (indicadores da integridade do ecossistema e indicadores da sustentabilidade
da explotação de recursos do manguezal) e “para que” pretende-se monitorar a
biodiversidade (principalmente para avaliar a efetividade das diferentes categorias de
unidades de conservação no cumprimento de seus objetivos). Estas diretrizes foram
reforçadas ao longo do workshop para manter o foco das discussões nos seus objetivos.
b) Apresentação do diagnóstico da capacidade de execução de monitoramentos da
biodiversidade pelas UC federais
A apresentação deste diagnóstico situou os participantes dentro da realidade das
unidades de conservação brasileiras, o que foi essencial para que o processo de
priorização dos indicadores fosse feito considerando as limitações de infraestrutura,
equipamentos e recursos humanos existentes. A apresentação do diagnóstico está
disponível no ANEXO IV.
c) Apresentação da minuta do Programa de Monitoramento da biodiversidade para
as UCs federais com manguezais
A apresentação da minuta do Programa de Monitoramento da biodiversidade
para as UCs federais com manguezais (ANEXO V) cumpriu com o seu objetivo ao
realizar uma provocação inicial que funcionou como ponto de partida para a discussão e
sugestão de indicadores factíveis de serem monitorados nas unidades de conservação.
Sua divisão em níveis de organização ecológica – região-paisagem, ecossistema-
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comunidade, população-espécie e organismo – funcionou como estrutura para todas as
etapas seguintes do workshop (ANEXO VI).
d) Apresentação da Rede de Monitoramento de Habitats Bentônicos Costeiros –
ReBentos
Com esta apresentação a plenária pode conhecer mais detalhadamente uma rede de
monitoramento atuante, com foco na identificação de respostas dos ecossistemas
costeiros a mudanças climáticas. Embora os objetivos da ReBentos sejam distintos dos
objetivos do Programa de Monitoramento em elaboração pelo Projeto Manguezais do
Brasil, o conhecimento sobre as dificuldades e potencialidades de sua implantação foi
muito válidos para a condução do restante do workshop.
e) Plenária para priorização dos indicadores para monitoramento da biodiversidade
de manguezais de unidades de conservação
Algumas alterações foram feitas pela plenária na proposta inicial de indicadores
contida na minuta do Programa de Monitoramento da biodiversidade para as UCs
federais com manguezais (ANEXO VI). Em nível de organismo, o indicador “Nível de
poluentes bioacumulados em indivíduos de caranguejo-uçá (Ucidescordatus)” foi
substituído pelo indicador “Marcadores biológicos em U. cordatus”, alteração
justificada pelo menor custo da técnica do micronúcleo utilizada para detectar respostas
genéticas a diferentes tipos de poluentes.
Em nível de população-espécie, foi incluída na lista de indicadores a abundância do
berbigão (Anomalocardia brasiliana), recurso pesqueiro importante em algumas
unidades de conservação. Já a abundância do siri-açu (Callinectesexasperatus), incluída
na minuta pelo fato de ser o siri mais intimamente ligado aosbosques de manguezal, foi
substituída pela abundância de siris em geral (Callinectes spp.), pois a espécie mais
importante economicamente de siri varia muito regionalmente. Em relação aos
invertebrados não explotados, os moluscosMelampuscoffeus e Littorariaangulifera, este
último já monitorado pela ReBentos, foram removidos sob justificativa do método de
amostragem ser de difícil condução pelas unidades de conservação. Em contrapartida,
foi sugerida a inclusão de abelhas nativas (Meliponini) e formigas (Camponotusatriceps
e Camponotusbrettesi) típicas de vegetação de manguezal. Ainda em nível de
população-espécie, a abundância do mero (Epinephelusitajara) foi removida da lista de
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indicadores pelo fato do método de amostragem envolver morte de indivíduos de uma
espécie protegida. Em contrapartida, um peixe não explotado inserido na lista foi o
gobídeo Ctenoglobus spp. No caso dos peixes explotados, foram inseridas na lista
algumas espécies consideradas de ampla importância econômica: Lutjanus alexandrei
(baúna-de-fogo), Lutjanus jocu (vermelho), Dasyatis spp. (arraia), Sciades spp. (bagre)
e Genidens spp. (bagre branco). Em relação às aves, foi sugerido restringir o indicador
“abundância de ninhos de aves limnícolas” à “abundância de ninhos do guará
(Eudocimusruber)”, espécie mais intimamente ligada ao ecossistema manguezal e com
situação mais preocupante nas UCs.
Em nível de ecossistema-comunidade, sugeriu-se a supressão dos seguintes
indicadores propostos na minuta: “Produtividade primária do manguezal baseada na
queda de serapilheira”, “Estoque de carbono retido no sedimento do manguezal”, cujos
métodos foram considerados de difícil implementação pelas UCs, e “Índices de
Diversidade de anelídeos poliquetas”, cuja identificação de espécies dependeria
necessariamente de profissionais de fora das UCs. Em contrapartida, foi sugerida a
inclusão dos seguintes indicadores: “Estrutura dos bosques de mangue”, “Ocorrências
de espécies exóticas” e “Ocorrência de espécies raras”. Estes dois últimos indicadores
não envolveriam amostragens quantitativas, mas sim registro de presença e ausência.
Em relação às espécies raras, foram mencionadas: cavalo-marinho (Hippocampusreidii),
espécies raras de anfíbios, jacaré-de-papo-amarelo (Caimanlatirostris), papagaio-da-
cara-roxa (Amazona brasiliensis), papagaio-do-mangue (Amazona amazonica), águia-
pescadora (Pandionhaliaetus) e mamíferos residentes e visitantes (ex. guaxinim,
Procyoncancrivorus; tamanduá, Cyclopesdidactylus elontra, Lutralongicaudis).
Em nível de região-paisagem, foi sugerida a supressão do indicador “Traçado do
contorno geográfico das áreas de manguezal” e a inserção dos indicadores “Relação
entre área de acréscimo e área de decréscimo de cobertura de manguezal”, “Relação
entre bosque saudável e bosque degradado” e “Área de ocupação humana no
manguezal”. A lista de indicadores resultante das alterações realizadas está exposta no
ANEXO VII.
Para organizar estes indicadores em ordem de prioridade, a plenária trabalhou para a
elaboração de critérios, tomando como base aqueles utilizados na minuta do Programa
de Monitoramento da Biodiversidade para as UCs federais com manguezais (Tabela I)
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Tabela I – Critérios utilizados pela plenária para priorização de indicadores para monitoramento da
biodiversidade de manguezais de unidades de conservação (UCs) e suas respectivas pontuações.
Com base nestes critérios, a plenária avaliou, um a um, os indicadores,
estabelecendo as suas pontuações (ANEXO VII). O produto final deste trabalho foi uma
lista de prioridades dos indicadores em nível de população-espécie (explotadas e não-
Critérios para priorização de indicadores para monitoramento de manguezais de UCs PontosVulnerabilidadeMuito alta - Espécie na lista nacional de espécies ameaçadas de extinção ou sobreexplotação 3Alta - Espécie na lista estadual de espécies ameaçadas de extinção ou sobreexplotação 2Média - Espécie não incluída em lista nacional e estadual 1
Importância sócio-econômicaAlta - Espécie incluída nas 3 listas do PAN Manguezal 3Média - Espécie incluída em pelo menos uma lista do PAN Manguezal 2Baixa - Espécie com importância, porém fora da lista do PAN Manguezal 1
Importância atribuída pelos gestores aos indicadores*Alta - Mais que 50% das UCs apresentam pesquisas sobre o indicador 3Média - De 20 a 50% das UCs apresentam pesquisas sobre o indicador 2Baixa - Menor que 20 % das UC apresentam pesquisas sobre o indicador 1
Importância EcológicaAlta - Organismos com residência permanente no manguezal e predadores de topo 3Média - Organismos com residência parcial ou sazonal no manguezal 2Baixa - Organismos com ocorrência pontual no manguezal 1
Ditribuição GeográficaAmpla - Espécie ocorre em todas as UCs com manguezal 3Média - Espécie ocorre em 50% ou mais das UCs com manguezal 2Restrita - Espécie ocorre em menos que 50% das UCs com manguezal 1
Porcentagem de UCs com pesquisas com potencial para realização de monitoramento*Alta - Mais que 20% das UCs apresentam pesquisas sobre o indicador 3Média - De 10 a 20% das UCs apresentam pesquisas sobre o indicador 2Baixa - Menor que 10 % das UC apresentam pesquisas sobre o indicador 1
Custo de monitoramento**Baixo - Nenhum item de equipamentos e pessoal são necessários 3Médio - É necessário apenas 1 dos itens de equipamentos e pessoal 2Alto - É necessário mais de um item de equipamentos e pessoal 1
Facilidade de identificação taxonômicaAlta A espécie é facilmente identificada 3Média Há dificuldade de identificação, mas esta pode ser feita por não-especialistas 2Baixa Há necessidade de especialistas, análises de morfologia interna e análises genéticas1* Porcentagem baseada em pesquisa realizada com gestores de UCs em 2012
** Itens: (1) Equipamentos para coleta, (2) Equipamentos para processamento de amostras,
(3) profissionais especializados
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explotadas) e em nível de indivíduo (Tabelas II, III, IV e V). No geral, os três
indicadores prioritários foram “Abundância de caranguejo-uçá Ucidescordatus” (nível
de população – espécie explotada), com 24 pontos (pontuação máxima possível),
“Marcadores biológicos em caranguejo-uçá Ucidescordatus” (nível de indivíduo), com
22 pontos, e “Abundância de aves limnícolas” (nível de população – espécie não
explotada), com 21pontos (Tabela II).
Tabela II – Lista de prioridade de todos indicadores para monitoramento da biodiversidade de manguezais
de unidades de conservação (UCs) propostos no workshop e suas respectivas pontuações obtidas pela
avaliação dos critérios efetuada pela plenária.
No grupo de indicadores em nível de população, envolvendo espécies explotadas,
após o indicador “Abundância de U. cordatus” (24 pontos), os indicadores com maior
pontuação foram: abundância de Mugilliza (tainha) (20 pontos), Cardisoma guanhumi
Pontos1- Abund. de Ucides cordatus (caranguejo-uçá) 242- Marcadores biológicos em U. cordatus (caranguejo-uçá) 223- Abundância de Aves limnícolas 214- Abund. de Mugil liza (tainha) 205- Avistamentos e encalhes Sotalia guianensis (boto-cinza) 206- Registro de indivíduos marcados de E. itajara(mero) 197- Registro de aves anilhadas 198- Abund. de Cardisoma guanhumi (guaiamum) 189- Abund. de Centropomus undecimalis (robalo-flecha) 18
10- Abund. de ninhos Eudocimus ruber (guará) 1811- Avistamentos e encalhes Trichechus manatus (peixe boi) 1812- Registro de poluentes e marcação em Sotalia guianensis (boto) 1813- Abund. de Callinectes spp. (siris) 1714- Abund. de Centropomus paralellus (robalo-peba) 1715- Abund. de Genidens spp. (bagre branco) 1716- Abund. de Mytella spp.(sururu) 1617- Abund. de Goniopsis cruentata (aratu) 1618- Abund. de Mugil spp. (tainha) 1619- Abund. de Cinoscion acoupa (pescada amarela) 1620- Abund. de Cinoscion spp.(pescada) 1621- Abund. de Uca spp. (caranguejo chama-maré) 1622- Registro de poluentes e marcação em Trichechus manatus (peixe-boi)1623- Abund. de Lucina pectinata (lambreta) 1524- Abund. de Anomalocardia brasiliana (berbigão) 1525- Abund. de Lutjanus alexandrei (baúna-de-fogo) 1526- Abund. de Lutjanus jocu (vermelho) 1527- Abund. de Sciades spp. (bagre) 1528- Abund. de Meliponídeas (abelhas nativas) 1529- Abund. de Ctenoglobus spp. (gobideo, morêia) 1530- Abund. de Crassostrea spp. (ostra) 1431- Abund. de Dasyatis spp. (arraia) 1432- Abund. de Camponotus spp. (formigas) 14
TODOS OS INDICADORES
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(guaiamum) e Centropomus undecimalis (robalo-flecha) (ambos com 18 pontos)
(Tabela III).
Tabela III – Lista de prioridade de indicadores em nível de população(espécies explotadas) para
monitoramento da biodiversidade de manguezais de unidades de conservação (UCs) e suas respectivas
pontuações obtidas pela avaliação dos critérios efetuada pela plenária.
INDICADORES EM NÍVEL DE POPULAÇÃO-ESPÉCIE(ESPÉCIES EXPLOTADAS) Pontos
1- Abund. de Ucides cordatus (caranguejo-uçá) 242- Abund. de Mugil liza (tainha) 203- Abund. de Cardisoma guanhumi (guaiamum) 184- Abund. de Centropomus undecimalis (robalo-flecha) 185- Abund. de Callinectes spp. (siris) 176- Abund. de Centropomus paralellus (robalo-peba) 177- Abund. de Genidens spp. (bagre branco) 178- Abund. de Mytella spp.(sururu) 169- Abund. de Goniopsis cruentata (aratu) 16
10- Abund. de Mugil spp. (tainha) 1611- Abund. de Cinoscion acoupa (pescada amarela) 1612- Abund. de Cinoscion spp.(pescada) 1613- Abund. de Lucina pectinata (lambreta) 1514- Abund. de Anomalocardia brasiliana (berbigão) 1515- Abund. de Lutjanus alexandrei (baúna-de-fogo) 1516- Abund. de Lutjanus jocu (vermelho) 1517- Abund. de Sciades spp. (bagre) 1518- Abund. de Crassostrea spp. (ostra) 1419- Abund. de Dasyatis spp. (arraia) 14
No grupo de indicadores em nível de população, envolvendo espécies não
explotadas, após o indicador “Abundância de aves limnícolas” (21 pontos), os
indicadores com maior pontuação foram: avistamentos e encalhes de Sotaliaguianensis
(boto-cinza) (20 pontos) e Trichechusmanatus (peixe-boi) (18 pontos), e abundância de
Eudocimusruber (guará) (18 pontos) (Tabela IV).
Tabela IV – Lista de prioridade de indicadores em nível de população (espécies não explotadas) para
monitoramento da biodiversidade de manguezais de unidades de conservação (UCs) e suas respectivas
pontuações obtidas pela avaliação dos critérios efetuada pela plenária.
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No grupo de indicadores em nível de organismo, após o indicador “Marcadores
biológicos em U. cordatus” (22 pontos), os indicadores com maior pontuação foram:
registro de indivíduos marcados de Epinephelus itajara (mero) e de aves anilhadas
(ambos com 19 pontos) (Tabela V).
Tabela V – Lista de prioridade de indicadores em nível de organismo para monitoramento da
biodiversidade de manguezais de unidades de conservação (UCs) e suas respectivas pontuações obtidas
pela avaliação dos critérios efetuada pela plenária.
f) Discussão de estratégia para elaboração de protocolos de amostragem.
Decidiu-se em plenária que os participantes e também pesquisadores que não
puderam participar do workshop enviarão sugestões de métodos de monitoramento dos
indicadores priorizados via e-mail. A idéia proposta é preparar uma lista de opções de
possíveis métodos de amostragem que serão escolhidos posteriormente para um
protocolo definitivo, levando-se em conta as limitações de infraestrutura, equipamentos
e pessoal das unidades de conservação. Para tanto, um formulário para detalhamento de
métodos (incluindo informações sobre unidade amostral, variáveis a serem medidas,
esforço amostral e áreas onde o método já vem sendo utilizado) será enviado por e-mail
para pesquisadores atuantes no estudo dos indicadores priorizados no workshop.
INDICADORES EM NÍVEL DE POPULAÇÃO-ESPÉCIE(ESPÉCIES NÃO-EXPLOTADAS) Pontos
1- Abundância de Aves limnícolas 212- Avistamentos e encalhes Sotalia guianensis (boto) 203- Abund. de ninhos Eudocimus ruber (guará) 184- Avistamentos e encalhes Trichechus manatus (peixe boi) 185- Abund. de Uca spp. (caranguejo chama-maré) 166- Abund. de Meliponídeas (abelhas nativas) 157- Abund. de Ctenoglobus spp. (gobideo, morêia) 158- Abund. de Camponotus spp. (formigas) 14
INDICADORES EM NÍVEL DE ORGANISMO Pontos1- Marcadores biológicos em U. cordatus (caranguejo-uçá) 222- Registro de indivíduos marcados de E. itajara(mero) 193- Registro de aves anilhadas 194- Registro de poluentes e marcação em Sotalia guianensis (boto-cinza) 185- Registro de poluentes e marcação em Trichechus manatus (peixe-boi) 16
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5. Conclusão
O workshop cumpriu com seus objetivos, tendo produzido uma lista de indicadores
prioritários para monitoramento da biodiversidade de manguezais de unidades de
conservação, feita de maneira criteriosa e objetiva. Os encaminhamentos do workshop,
com o auxílio de um formulário bem estruturado, permitirá a obtenção das informações
adicionais sobre os métodos de amostragem dos indicadores, que serão utilizadas para
atualização da minuta e elaboração da versão final da propostado “Programa de
Monitoramento da Biodiversidade para as UCs Federais que abrigam manguezais”.
6. Bibliografia
BECHERAND, G.; BJORSETH, A. Monitoring of Environmental Chemicals. In:
VOUK, V. B.; BUTLER, G. C.; UPTON, A. C.; PARKEAND, D. V.; ASHER; S.
C. Methods for Assessing the Effects of Mixtures of Chemicals. Scientific
Committee on Problems of the Environment – SCOPE. John Wiley & Sons,
Chichester,1987, 928p.
CARIGNAN, V.; VILLARD, M. A. Selecting indicator species to monitor ecological
integrity: a review. Environ. Monit. Assess., Dordrecht, v. 78, p. 45-61, 2002.
CARO, T.M. Conservation by Proxi: Indicator, umbrela, keystone, flagship, and
other surrogate species. Washington, DC, Island Press, 2010, 400p.
CARO, T.M.; O’DOHERTY, G.On the Use of Surrogate Species in Conservation
Biology. Conserv. Biol., 1999, v. 4, n. 13, p. 805-814.
CARR, M. H.; RAIMONDI, P. T. Marine protected areas as a precautionary approach
to management. Cal Coop Ocean Fish, 1999, v. 40, p. 71-76.
FLEISHMAN, E.; MURPHY, D. D.A realistic assessment of the indicator potential of
butterflies and other charismatic taxonomic groups. Conserv. Biol., 23, p. 1109-
1116, 2009.
HELLAWELL, J. M. Development of a rationale for monitoring. In: Goldsmith, F. B.,
(Eds.) Monitoring for Conservation and Ecology. Chapman & Hall, p. 1–14,
1991.
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17
HOLDEN, C. Inching Toward Movement Ecology. Nature, 2006, v. 313, p. 779-782.
KINTISCH, E.As the Seas Warm.Nature, 2006, v. 313, p. 776-779.
LANDRES, P. B.; VERNER, J.; THOMAS, J.W. Ecological uses of vertebrate
indicator species: a critique. Conserv. Biol., 2, p. 316-327, 1988
MELLIN, C.; DELEAN, S.; CALEY, J.; EDGAR, G.; MEEKAN, M.; Pitcher, R.;
PRZESLAWSKI, R.; WILLIAMS, A.; BRADSHAW, C. Effectiveness of
Biological Surrogates for Predicting Patterns of Marine Biodiversity: A Global
Meta-Analysis. Plos. One., 2011, v. 6, n. 6, , e20141.
NOSS, R. F. A regional landscape approach to maintain diversity. BioScience, 1983, n.
33, p. 700-706.
NOSS, R. F. Assessing and monitoring forest biodiversity: A suggested framework and
indicators. For. Ecol. Manage, v. 115, p. 135–146., 1999.
NOSS, R. F. From plant communities to landscapes in conservation inventories: a look
at The Nature Conservancy (USA). Biol. Conserv., v. 41, p. 11-37, 1987.
NOSS, R. F. Indicators for monitoring biodiversity: A hierarchical approach.
Conserv.Biol., v.4, p. 355–264, 1990.
NOWLIS, S. D.; FRIEDLANDER, A. Research Priorities and Techniques. In: SOBEL,
J. A.; DAHLGREN, C. Marine Reserves: A Guide to Science, Design, and Use.
Island Press, Washington DC, 2004, 383p.
PRIMACK, R. B.; RODRIGUES, E. Biologia da Conservação. Londrina, Ed. Planta,
2010, 327p.
SHUTER, J. L; BRODERICK, A. C.; AGNEW, D. J.; JONZÉN, N.; GODLEY, B. J.;
MILNER-GULLAND, E. J.; THIRGOOD, S. Conservation and management of
migratory species. In: MILNER-GULLAND, E. J.; FRYXELL, J. M.; SINCLAIR,
A. R. E. Animal Migration a Synthesis. Oxford, Oxford University Press. 2011, p.
172 – 206.
UNGER, K. Follow the Footprints. Nature, 2006, v. 313, p. 784-785.
![Page 20: Relatório contendo os resultados obtidos durante o ......O seminário foi realizado nos dias 27 e 28 de junho de 2013, em Brasília/DF, no auditório da sede do PNUD, na Casa das](https://reader034.vdocuments.net/reader034/viewer/2022050121/5f51936acfea8c66d42f05de/html5/thumbnails/20.jpg)
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ANEXO I – Programação preliminar do Workshop
PROGRAMAÇÃO DA OFICINA DE MONITORAMENTO DE
BIODIVERSIDADE EM UCS COM MANGUE
Local: auditório do PNUD
Datas: 27 e 28 de junho de 2013
Dia 27/06
Horário Atividade
9:00 - 9:15 Boas vindas e Apresentação de abertura – Contextualização do Projeto Manguezais do Brasil
9:15 - 9:30 Modelo de monitoramento adotado pelo ICMBio
9:30 - 10:00 Diagnóstico da capacidade de execução de monitoramentos da biodiversidade pelas UC federais
10:00 - 10:15 Coffee-break
10:15 - 11:00
Ações complementares de monitoramento da biodiversidade dos manguezais: a) PAN Manguezal – DIBIO (15 min) b) Planos de Manejo e ações de monitoramento – DIMAN (15 min) c) Mapeamento da cobertura vegetal – CSR/IBAMA (15 min)
11:00 - 11:20 Perguntas e esclarecimentos
11:20 - 11:45 Minuta do Programa de Monitoramento da Biodiversidade para as UC Federais com Manguezais
11:45 - 12:00 Explanação da metodologia de trabalho e estabelecimento de acordos
12:00 - 14:00 Almoço
14:00 - 18:00
Em plenária: Priorização de grupos indicadores para monitoramento da biodiversidade nas UC federais Etapa 1: Indicadores em nível de ecossistema Etapa 2: Indicadores ligados a espécies explotadas Etapa 3: Indicadores ligados a espécies não-explotadas
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Dia 28/06
9:00 - 9:20 Apresentação do GT Manguezais da Rede de Monitoramento de Habitats Bentônicos Costeiros - ReBentos
9:20 - 10:00 Explanação da metodologia de trabalho e estabelecimento de acordos
10:00 - 10:15 Coffee-break
10:15 - 12:00*
(a) Entrevistas para compilação de informações sobre os protocolos de monitoramento já existentes (vegetação, invertebrados não explotados, aves e mamíferos)
(b) Delineamento preliminar de novos protocolos mínimos de amostragem em grupos de trabalho (moluscos, crustáceos e peixes explotados)
12:00 - 14:00 Almoço
14:00 - 15:00*
(a) Entrevistas para compilação de informações sobre os protocolos de monitoramento já existentes (vegetação, invertebrados não explotados, aves e mamíferos)
(b) Delineamento preliminar de novos protocolos mínimos de amostragem em grupos de trabalho (moluscos, crustáceos e peixes explotados)
15:00 - 16:15 Apresentação resumida dos protocolos preliminares delineados pelos grupos de trabalho (moluscos, crustáceos e peixes explotados) (10 min de apresentação e 10 min de discussão)
16:15 - 16:30 Coffee-break
16:30 - 17:30 Plenária para elaboração de uma agenda para conclusão dos protocolos de monitoramento dos indicadores
17:30 - 18:00 Conclusão da reunião
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ANEXO II – Lista de presença com assinatura e contatos dos participantes
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22
ANEXO III – Apresentação da contextualização do Projeto Manguezais do Brasil e
do modelo de monitoramento adotado pelo ICMBio, ministrada por Arthur Brant
Pereira.
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ANEXO IV – Apresentação do diagnóstico da capacidade de execução de
monitoramentos da biodiversidade pelas UC federais, ministrada por Anders
Jensen Schmidt.
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ANEXO V – Apresentação da Minuta do Programa de Monitoramento da
biodiversidade para as UCs federais com manguezais, ministrada por Anders
Jensen Schmidt.
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ANEXOVI – Resumo da Minuta do Programa de Monitoramento da
biodiversidade para as UCs federais com manguezais
No Grupo Indicador O que indica Instituições Métodos suger idos
* Vegetação
Proporção de área de cobertura manguezal herbáceo (ex. apicuns) em relação à área total de manguezal
Potencial que o manguezal monitorado apresenta para renovação de populações de espécies que têm seu recrutamento predominante na zona de manguezal herbáceo
* VegetaçãoTraçado do contorno geográfico das áreas de manguezal
Alterações do nível médio relativo do mar
* Vegetação Área de empreendimentos potencialmente impactantes no entorno da UC
Potenciais impactos antrópicos, notadamente aqueles relacionados a efluentes que podem chegar aos corpos d’água formadores dos manguezais, influenciando a sua biodiversidade
* VegetaçãoÁrea de cobertura de vegetação de restinga adjacente ao manguezal
Disponibilidade de habitat para espécies que ocorrem no manguezal, mas que também dependem da restinga adjacente, pelo menos em parte do seu ciclo de vida
* Indicadores contemplados pelo programa de monitoramento contínuo da cobertura vegetal de manguezais da CGFLO / DIUSP / ICMBio
Indicadores para monitoramento da biodiversidade de manguezais em diferentes níveis de organização eco lógica:
CGFLO / DIUSP / ICMBio; UFSC, na ESEC de Carijós;
ONG Instituto Acquamazon, nas RESEXs São João da Ponta, Gurupi-Piriá, Maracanã, Mãe
Grande de Curuçá, Tracuateua e Soure
Sensoriamento remoto
1. Nível de região-paisagem
No Grupo Indicador O que indica Instituições Métodos suger idos
1 VegetaçãoProdutividade primária do manguezal baseada na queda de serapilheira
Saúde de um ecossistema e fluxos de carbono da biosfera
Instituto Bioma Brasil (no PARNAM de Fernando de Noronha, PE), Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC (na ESEC de Carijós, SC), Universidade Federal do Pará – UFPA (na RESEX de Caeté-Taperaçú, PA)
Coleta de serapilheira com cestas e pesagem (método protocolado pela ReBentos)
2 SedimentoEstoque de carbono retido no sedimento do manguezal
Mudanças climáticas
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC e Rede de Monitoramento de Habitats Bentônicos Costeiros – ReBentos (ESEC de Carijós, SC e outros locais fora de UCs).
Coleta com corer e determinação do teor de carbono por titrimetria ou “Inductively Coupled Plasma – Mass Spectrometry (ICP-MS)”
3Anelídeos poliquetas
Índices de Diversidade de anelídeos poliquetas
Diversidade do manguezal como um todo (grupo considerado um típico “surrogate” de biodiversidade)
Universidade Federal de Santa Catarina (ESEC de Carijós, SC e outros locais fora de UCs), Universidade Federal Fluminense (ESEC Guanabara e APA de Guapimirim, RJ) e Rede de Monitoramento de Habitats Bentônicos Costeiros – ReBentos
Coleta com corer , triagem e identificação das espécies
2. Nível de comunidade-ecossistema
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No Grupo Indicador O que indica Instituições Métodos suger idos
4Moluscos bivalves explotados
Abundância e distribuição de frequência por classes de tamanho de moluscos bivalves explotados (ostra, Crassostrea spp.; sururu, Mytella spp.; lambreta, Lucina pectinata )
Sustentabilidade da atividade pesqueira e alteração na disponibilidade de plâncton ou matéria particulada
Instituto de Pesca (São Paulo) e Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR (na RESEX Mandira e APA de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, SP), Universidade Federal da Bahia – UFBA (fora de UCs federais), Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Nordeste – CEPENE (na Bahia, na RESEX do Cassurubá, RESEX de Canavieiras e REBIO de Una), Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC (na RESEX de Canavieiras).
Cálculo de CPUE com base em entrevista ou acompanhamento de extrativistas, ou, preferencialmente monitoramento da dinâmica populacional em bancos de moluscos. Métodos de amostragem variam conforme a espécie
5Caranguejos explotados
Abundância e distribuição de frequência por classes de tamanho de caranguejos explotados (guaiamum, Cardisoma guanhumi ; caranguejo-uçá, Ucides cordatus , aratu, Goniopsis cruentata e siri-açu, Callinectes exasperatus )
Sustentabilidade da atividade pesqueira e alterações ambientais antropogênicas ou naturais ao longo das zonas do manguezal, alterações na distribuição espacial devido a mudanças no nível médio relativo do mar e perda de habitat
U. cordatus : CEPENE (na APA da Barra de Mamanguape, RESEX Acaú-Goiana, PB, RESEX do Cururupu, MA, APA do Delta do Parnaíba, PI; CEPENE-Caravelas (na RESEX do Cassurubá, RESEX de Canavieiras e REBIO de Una, BA); Instituto de Pesca (São Paulo) e UFSCAR (na RESEX Mandira e APA de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, SP); UFRRJ (na APA de Guapimirim e ESEC Guanabara, RJ), EMBRAPA (no PARNA do Cabo Orange, ESEC de Maracá- Jipioca, AP e APA do Delta do Parnaíba, PI); UFF (na APA de Guapimirim e ESEC Guanabara, RJ); UFPB (na APA da Barra de Mamanguape, PB); UFPA (na RESEX Marinha de Tracuateua e na RESEX de Caeté-Taperaçu); UNESP (na APA Cananéia-Iguape-Peruíbe); UFPI (na APA do Delta do Parnaíba). C. guanhumi : CEPENE-Caravelas (na RESEX do Cassurubá, RESEX do Corumbau, RESEX de Canavieiras e REBIO de Una, BA). G. cruentata : UFRN (Fora de UCs), CEPENE-Caravelas (RESEX Cassurubá). Callinectes spp.: UFPB (na APA da Barra de Mamanguape), CEPENE-Caravelas (RESEX Cassurubá)
Contagem de tocas dentro de unidades amostrais (U. cordatus e C. guanhumi ), observação e contagem de indivíduos em unidades amostrais (G. cruentata ) e amostragem do tipo plotless (C. exasperatus ) (métodos parcialmente protocolados pelo CEPENE)
6 Peixes
Captura por unidade de esforço, abundância, comprimento e peso de peixes explotados (tainha, Mugil spp., pescada, Cynoscion spp., e robalo, Centropomus spp.) capturados em rede de emalhe
Sustentabilidade da atividade pesqueira e alterações ambientais
Universidade do Estado do Amapá (na ESEC de Maracá- Jipioca, AP), Universidade Federal Rural da Amazônia (na RESEX Marinha Soure, AP), Universidade Federal do Pará – UFPA (na RESEX Caeté-Taperaçu)
Captura com rede de emalhe, biometria dos peixes coletados e estimativa da CPUE
3.1. Indicadores ligados a espécies explotadas3. Nível de população-espécie
7Moluscos gastrópodos não explotados
Densidade e distribuição de frequência por classes de tamanho dos moluscos gastrópodos Melampus coffeus e Littoraria angulifera
Respostas de espécies a alterações ambientais isolando-se a variável pesca
UFES, UFSC e Rede de Monitoramento de Habitats Bentônicos Costeiros – ReBentos (ESEC de Carijós, SC e outros locais fora de UCs); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará e Universidade Federal do Ceará (fora de UCs, CE)
Contagem de indivíduos dentro de unidades amostrais (método protocolado pela ReBentos)
8Caranguejos não explotados
Densidade, distribuição de frequência por classes de tamanho e distribuição espacial de caranguejos chama-maré, gênero Uca
Respostas de espécies a alterações ambientais isolando-se a variável pesca, alterações na distribuição espacial devido a mudanças no nível médio relativo do mar e alterações na distribuição latitudinal das espécies devido a mudanças climáticas
Rede de Monitoramento de Habitats Bentônicos Costeiros – ReBentos (ESEC de Carijós, SC e outros locais fora de UCs), Universidade Federal Fluminense – UFF (APA de Guapi-Mirim e ESEC Guanabara, RJ), Universidade Federal do Paraná – UFPR, Universidade Federal do Piauí - UFPI (fora de UCs)
Contagem de tocas e identificação de espécies dentro de unidades amostrais (método protocolado pela ReBentos)
3.2. Indicadores ligados a espécies não-explotadas
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29
9Peixes com captura suspensa
Captura por unidade de esforço, abundância, comprimento e peso de meros, Epinephelus itajara , capturados em redes de camboa
Recuperação de estoque pesqueiro e ocorrência de captura ilegal
Projeto Meros do Brasil (na RESEX do Cassurubá, BA e na APA Costa dos Corais, AL), Universidade Federal do Espírito Santo (PARNA do Superagui, PR; APA de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, SP; APA de Guapi-Mirim, RJ; APA Costa das Algas, ES; REVIS de Santa Cruz, ES; RESEX do Cassurubá, BA; RESEX do Corumbau)
Acompanhamento da pesca de camboa, calculando-se CPUE e realizando biometria dos peixes; ou utilização de armadilhas tradicionais para captura de peixes (jequis), covos para crustáceos, pesca por anzol e linha, espinhel de fundo e vertical, tarrafa, puçá, peneira, picaré, redes tipo Fyke e até mesmo rede de arrasto por tração motorizada.
10Aves
congregatórias
Número de indivíduos jovens e adultos de aves congregatórias, Ciconiiformes (ex. guará, Eudocimus ruber , e garça-branca-grande, Ardea alba ) e Charadriiformes (maçaricos, batuíras e trinta-réis) em áreas de alimentação.
Alterações na cadeia alimentar, alterações ambientais em grande escala (espécies migratórias) e produtividade do manguezal
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBIo (na APA de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, SP), Universidade Estadual da Paraíba (na APA da Barra de Mamanguape, ARIE Manguezais da Foz do Rio Mamanguape e RESEX Acau-Goiana, PB), Universidade Regional de Blumenau- FURB (na ESEC de Carijós, SC), CEMAVE/IBAMA, Museu Goeldi, Universidade Federal do Pará - UFPA, Universidade Federal do Maranhão, Instituto Ilha do Caju, FOSFERTIL, IBAMA-Iguape (SP) e CETREL
Registro do número de indivíduos de cada táxon observado e do tempo gasto no monitoramento de transectos lineares (métodos padronizados pelo CEMAVE)
11Aves
congregatórias (ninhos)
Número de ninhos ativos, indivíduos adultos e jovens em colônias reprodutivas de aves congregatórias (ex. guará, Eudocimus ruber ; savacu-de-coroa, Nyctanassa violácea e socós-boi, Tigrisoma spp).
Sucesso reprodutivo e taxas de sobrevivência, permitindo a identificação antecipada de efeitos de alterações ambientais antes que estes venham levar ao declínio da população
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBIo (na APA de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, SP), Universidade Estadual da Paraíba (na APA da Barra de Mamanguape, ARIE Manguezais da Foz do Rio Mamanguape e RESEX Acau-Goiana, PB), CEMAVE/IBAMA, Museu Goeldi, Universidade Federal do Pará - UFPA, Universidade Federal do Maranhão, Instituto Ilha do Caju, FOSFERTIL, IBAMA-Iguape (SP), CETREL e FURG
Observações de colônias com binóculos, registrando-se espécies presentes, número de ninhos, seu posicionamento no dossel, número de adultos, de juvenis e de ovos.
12Mamíferos marinhos
Número de indivíduos vivos observados e número de indivíduos mortos encalhados dos mamíferos marinhos (peixe-boi, Trichechus manatus ; boto cinza, Sotalia guianensis e toninha, Pontoporia blainvillei )
Alterações na cadeia trófica (incluindo pressão sobre recursos pesqueiros) e poluição sonora
T. manatus : IEPA (na ESEC de Maracá- Jipioca, AP), FIOCRUZ (nas RESEXs de Soure, Mãe Grande de Curuçá e Maracanã, PA), UFPE (na APA Costa dos Corais, AL), CMA (na APA Costa dos Corais, AL), FMA (na APA Costa dos Corais, AL) e Projeto Bicho D’Água (PA). S. guianensis : FIOCRUZ (nas RESEXs de Soure, Mãe Grande de Curuçá e Maracanã, PA), CMA (PA-SC), IBJ (na RESEX do Cassurubá, BA), UERJ (na APA de Guapi-Mirim, RJ), IOUSP (na APA de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, SP, e APA de Guaraqueçaba, PR), IpeC (na APA de Guaraqueçaba, PR e APA de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, SP), Bicho D’Água (PA), UFRN (RN), Aquasis (CE), IBC (AL), PAT – ECOSMAR (BA), IMA (BA), Instituto Boto Cinza (RJ) e GEMMRL (RJ). Pontoporia blainvillei : IOUSP (na APA de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, SP, e APA de Guaraqueçaba, PR), IpeC (na APA de Guaraqueçaba, PR e APA de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, SP), CMA (PA-SC) e GEMMRL(no Rio de Janeiro)
Registro do número de encalhes, coleta de carcaças para análise de causa mortis, estimativa de abundância ou estimativas de densidade aravés de observações de bordo ao longo de transcetos utilizando o Método da Distância (métodos protocolados pela REMAB)
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30
No Grupo Indicador O que indica Instituições Métodos suger idos
13 CaranguejosNível de poluentes bioacumulados em indivíduos de caranguejo-uçá (Ucides cordatus )
Contaminação por hidrocarbonetos e metais pesados; riscos para a saúde pública
Instituto Federal de Estudo e Tecnologia do Pará – IFPA (na RESEX de Caeté-Taperaçú, PA), Universidade Federal Fluminense – UFF (APA de Guapimirim, ESEC Guanabara,APA Cairuçu, RJ), UERJ (APA de Cairuçu, RJ), UNESP (APA de Cananéia-Iguape-Peruíbe), IFPA- Instituto Federal de Estudo e Tecnologia do Pará (na RESEX Caeté-Tapeaçu)
Coleta de espécimes, extração de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos do tecido muscular e determinação da concentração em espectrofluorímetro; análise de metais pesados em diferentes tecidos pelo método de mineralização com HNO3 e leitura por espectrofotometria de absorção atômica
14Mamíferos marinhos
Nível de poluentes bioacumulados em mamíferos marinhos (peixe-boi, Trichechus manatus ; boto cinza, Sotalia guianensis e toninha, Pontoporia blainvillei )
Contaminação por metais pesados e organoclorados
Instituto Oswaldo Cruz (nas RESEXs de Soure, Mãe Grande de Curuçá e Maracanã, PA), Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (na APA Costa dos Corais, AL) e Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ (na APA de Guapi-Mirim)
Determinação da concentração de organoclorados em tecido muscular e gordura através de Espectrometria de massa ICP (ICP MS); análise de metais pesados em tecido muscular por espectroscopia de absorção atômica (AAS)
15 PeixesPosicionamento geográfico ao longo do tempo de meros (Epinephelus itajara )
Sustentabilidade da atividade pesqueira, alterações ambientais, sobrevivência e saúde do espécime
Projeto Meros do Brasil (na RESEX do Cassurubá, BA e na APA Costa dos Corais, AL), Universidade Federal do Espírito Santo (PARNA do Superagui, PR; APA de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, SP; APA de Guapi-Mirim, RJ; APA Costa das Algas, ES; REVIS de Santa Cruz, ES; RESEX do Cassurubá, BA; RESEX do Corumbau)
Marcação de meros com tags e posterior liberação no ambiente
16Aves congregatórias
Posicionamento geográfico ao longo do tempo de aves (guará, Eudocimus ruber ; maçarico-de-papo-vermelho, Calidris canutus rufa e trinta-réis-real, Thalasseus maximus )
Alterações ambientais em larga escala, sobrevivência e saúde do espécime
Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres – CEMAVE / ICMBio (junto com a maior parte das iniciativas atuais de anilhamento de aves), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBIo (na APA de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, SP), Universidade Estadual da Paraíba (na APA da Barra de Mamanguape, ARIE Manguezais da Foz do Rio Mamanguape e RESEX Acau-Goiana, PB)
Captura com rede de neblina e anilhamento de espécimes (método protocolado pelo CEMAVE)
17Mamíferos marinhos
Posicionamento geográfico ao longo do tempo dos mamíferos marinhos (peixe-boi, Trichechus manatus ; boto cinza, Sotalia guianensis e toninha, Pontoporia blainvillei )
Alterações ambientais , estrutura do grupo, fidelidade de sítio, sobrevivência e saúde do espécime
T. manatus : CMA (na APA Costa dos Corais, AL). S. guianensis : CMA (PA-SC), IBJ (na RESEX do Cassurubá, BA), UERJ (na APA de Guapi-Mirim, RJ), IOUSP (na APA de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, SP, e APA de Guaraqueçaba, PR), IpeC (na APA de Guaraqueçaba, PR e APA de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, SP) e Aquasis (fora de UC, CE). P. blainvillei : IOUSP (na APA de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, SP, e APA de Guaraqueçaba, PR), IpeC (na APA de Guaraqueçaba, PR e APA de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, SP), CMA (PA-SC)
Telemetria por satélite e VHF (T. manatus ); fotoidentificação, a partir de marcas na nadadeira dorsal (S. guianensis e Pontoporia blainvillei )
4- Nível de organismo
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31
ANEXO VII – Lista de indicadores após alterações feitas na minuta do Programa de Monitoramento, e suas respectivas pontuações em
cada critério, estabelecidas pela plenária.
ALTA
(3)
MÉDIA
(2)
BAIXA
(1)
ALTA
(3)
MÉDIA
(2)
BAIXA
(1)
ALTA
(3)
MÉDIA
(2)
BAIXA
(1)
ALTA
(3)
MÉDIA
(2)
BAIXA
(1)
AMPLA
(3)
MÉDIA
(2)
RES-
TRITA
(1)
GRAN-
DE
(3)
MÉDIA
(2)
PEQUE-
NA
(1)
BAIXO
(3)
MÉDIO
(2)
ALTO
(1)
GRAN-
DE
(3)
MÉDIA
(2)
PEQUE-
NA
(1)
1 1 2 1 1 2 3 2 2 14
2 1 2 1 1 3 2 3 3 16
3 1 1 1 1 3 2 3 3 15
4 1 2 1 1 3 1 3 3 15
5 3 2 2 1 3 1 3 3 18
6 3 3 3 3 3 3 3 3 24
7 1 2 1 2 3 3 3 2 17
8 1 1 1 3 3 1 3 3 16
9 3 3 2 3 3 1 2 3 20
10 1 2 2 3 3 1 2 2 16
11 1 3 2 3 3 1 2 3 18
12 1 2 2 3 3 1 2 3 17
13 1 2 2 2 3 1 2 3 16
14 1 2 2 2 3 1 2 3 16
15 1 1 1 3 3 1 2 3 15
16 1 1 1 3 3 1 2 3 15
17 1 1 1 2 3 1 2 3 14
18 1 1 2 2 3 1 2 3 15
19 3 1 2 2 3 1 2 3 17
Abund. de Crassostrea spp. (ostra)
Abund. de Lucina pectinata (lambreta)
Abund. de Ucides cordatus (caranguejo)
% de UCs com pesquisaVulnerabilidade Distribuição geográficaCusto de
monitoramentoImportância ecológica Facilidade de identificação
Importância Sócio-
econômica
Abund. de Anomalocardia brasiliana (berbigão)
CATEGORIA
NÍVEL DE
POPULAÇÃO
(ESPÉCIES
EXPLOTADAS)
Abund. de Dasyatis spp. (arraia)
Abund. de Sciades spp. (bagre)
Abund. de Cinoscion acoupa (pescada amarela)
Abund. de Callinectes spp. (siris)
Abund. de Goniopsis cruentata (aratu)
Abund. de Mugil liza (tainha)
Abund. de Centropomus paralellus (robalo-peba)
Abund. de Mugil spp. (tainha)
Abund. de Centropomus undecimalis (robalo-flecha)
TOT.INDICADOR
Importância dada pelos
gestores
Abund. de Mytella spp.(sururu)
Abund. de Cardisoma guanhumi (guaiamum)
Abund. de Lutjanus alexandrei (baúna-de-fogo)
Abund. de Lutjanus jocu (vermelho)
Abund. de Cinoscion spp.(pescada)
Abund. de Genidens spp. (bagre branco)
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32
ALTA
(3)
MÉDIA
(2)
BAIXA
(1)
ALTA
(3)
MÉDIA
(2)
BAIXA
(1)
ALTA
(3)
MÉDIA
(2)
BAIXA
(1)
ALTA
(3)
MÉDIA
(2)
BAIXA
(1)
AMPLA
(3)
MÉDIA
(2)
RES-
TRITA
(1)
GRAN-
DE
(3)
MÉDIA
(2)
PEQUE-
NA
(1)
BAIXO
(3)
MÉDIO
(2)
ALTO
(1)
GRAN-
DE
(3)
MÉDIA
(2)
PEQUE-
NA
(1)
20 1 1 1 3 3 1 3 3 16
21 1 1 1 3 3 1 3 1 14
22 2 1 1 3 3 1 3 1 15
23 1 1 1 3 2 1 3 3 15
24 2 3 3 3 2 1 1 3 18
25 3 3 3 3 3 2 1 3 21
26 1 3 1 3 3 3 3 3 20
27 3 2 1 2 1 3 3 3 18
28 3 3 3 3 3 3 1 3 22
29 3 3 2 2 3 2 1 3 19
30 3 3 3 3 3 2 1 1 19
31 1 3 1 3 3 3 1 3 18
32 3 2 1 2 1 3 1 3 16
33 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
34 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
35 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
36 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
37 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
38 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
39 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
40 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
41 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
NÍVEL DE
PAISAGEM
Proporção manguezal arbóreo X área de transição
Presença de empreendimentos impactantes no entorno
Área de restinga adjacente ao manguezal
NÍVEL DE
ECOSSISTEMA*
Estrutura de bosques de mangue
Abundância e no de espécies exóticas
Presença de espécies raras (ver lista)
Área de acréscimo X área de decréscimo
Área de bosque saudável X degradado
Área de ocupação humana no manguezal
NÍVEL DE
INDIVÍDUO
Marcadores biológicos em U. cordatus (caranguejo-uçá)
Registro de poluentes e marcação em Sotalia guianensis
Registro de indivíduos marcados de E. itajara (mero)
Registro de poluentes e marcação em Trichechus manatus
Registro de aves anilhadas
% de UCs com pesquisaVulnerabilidade Distribuição geográficaCusto de
monitoramentoImportância ecológica Facilidade de identificação
Importância Sócio-
econômica
CATEGORIA
NÍVEL DE
POPULAÇÃO
(ESPÉCIES NÃO
EXPLOTADAS)
Abund. de Uca spp. (caranguejo chama-maré)
Abundância de Aves limnícolas*
Avistamentos e encalhes Sotalia guianensis (boto)
Abund. de ninhos Eudocimus ruber (guará)
Avistamentos e encalhes Trichechus manatus (peixe boi)
Abund. de Ctenoglobus spp. (gobideo, morêia)
Abund. de formigas
Abund. de abelhas nativas
TOT.INDICADOR
Importância dada pelos
gestores