relatório de atividadesportaisars.azurewebsites.net/centro/wp-content/...antónio branco, joão...
TRANSCRIPT
1
Administração Regional de Saúde do Centro, IP
Relatório de atividades
2011
w w w . a r s c e n t r o . m i n - s a u d e . p t
Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Centro, IP:
José Manuel Azenha Tereso(Presidente)
Fernando José Ramos Lopes de Almeida(Vogal)
Luís Manuel Militão Mendes Cabral(Vogal)
Coordenação da edição
António Morais
Lúcio Meneses de Almeida
Sandra Lourenço
Lígia Carvalho
José Coimbra
Colaboração
António Branco, João Pedro Pimentel, Jorge Amaral Tavares, Maria Alzira Vaz, Maurício Loureiro Alexandre, Helena Neves, António Morais, Ana Dias, António Queimadela Baptista, Conceição Casimiro,Ernesto Fernandes, Eugénio Cordeiro, Elizabete Gonçalves,Fernanda
Pinto, Fernando Gomes da Costa,Fernando Lopes, Hélder Ferreira, Ilídia Duarte, Isabel Lança,João Crisóstomo Borges, José Bonifácio, José Carlos Cabral Peixoto,José Relvas,
Judite Maia Ribeiro, Lúcia Amélia Marques, Lúcio Meneses de Almeida, Maria da Anunciação Costa,Maria Hermínia Trindade Simões, Maria José Hespanha, Maria Manuel Açafrão
Nota prévia
A saúde é o bem mais precioso de qualquer sociedade. A par do bem-estar e qualidade de
vida, a saúde é geradora, a um nível populacional, de riqueza. Populações saudáveis geram
recursos e os recursos são, por sua vez, determinantes de saúde porque necessários ao
funcionamento do sistema de serviços de saúde e às condições gerais e de vida de uma
população.
O ano que agora relatamos foi caraterizado por uma grave crise económico-financeira com
inevitáveis repercussões em todos os sistemas sociais e, muito em particular, naqueles
dependentes do financiamento público. O desafio enfrentado e a enfrentar nos próximos anos
consiste em fazer mais com menos – isto é, assegurar a qualidade e acessibilidade dos
cuidados de saúde com menos recursos.
A efetividade de um sistema de saúde avalia-se através dos indicadores de saúde (impacte em
saúde). A região de saúde do Centro orgulha-se de apresentar excelentes indicadores de
saúde, designadamente na área materno-infantil.
Tal resulta do esforço, dedicação e competência dos profissionais do sistema regional de
saúde que, de forma empenhada, asseguram a satisfação de necessidades em cuidados
preventivos e curativos – incluindo a promoção e proteção da saúde das populações.
A missão das administrações regionais de saúde consiste, nos termos legais, em assegurar a
satisfação das necessidades em saúde das populações dos respetivos âmbitos jurisdicionais,
mediante a garantia do acesso a cuidados de saúde de qualidade.
Numa lógica de sustentabilidade, importa considerar os recursos disponíveis assegurando,
simultaneamente, a sua alocação criteriosa porque custo-efetiva.
O presente relatório resume as atividades desenvolvidas por este instituto público, tendo como
instrumento os programas regionais de saúde. Não se pretende detalhar, de forma exaustiva,
essas atividades mas, tão somente, relatar aquilo que de mais significativo foi implementado.
A avaliação é uma forma de medir aquilo que foi feito, estimar o seu impacte e corrigir “cursos
de ação”; simultaneamente, permite dar expressão à transparência e responsabilização que se
impõem a qualquer serviço público.
Uma palavra de apreço e de reconhecimento a todos os profissionais dos serviços centrais,
dependentes e desconcentrados (ACeS) desta ARS, bem como aos parceiros do setor da
saúde (hospitais e unidades locais de saúde) que, de forma concertada, contribuíram para os
resultados agora comunicados.
José Manuel Azenha Tereso
Presidente do Conselho Diretivo
Índice
CAPITULO I A REGIÃO DE SAÚDE DO CENTRO 1.Missão e estrutura organizacional da ARS do Centro, IP ................................................................................ 1 2.Território e população ...................................................................................................................................... 3 Estrutura etária ................................................................................................................................................... 5 Índices de envelhecimento e de dependência .................................................................................................... 7 3.Indicadores de saúde ...................................................................................................................................... 8 Esperança de vida à nascença........................................................................................................................... 8 Morbilidade: internamento hospitalar ................................................................................................................ 10 Mortalidade ....................................................................................................................................................... 23 4.Rede de cuidados de saúde e (re)organização dos serviços ........................................................................ 26 Cuidados de saúde primários ........................................................................................................................... 27 Cuidados de saúde diferenciados .................................................................................................................... 35 5.Caracterização económico-financeira ........................................................................................................... 37 Publicidade Institucional ................................................................................................................................... 40 6.Balanço Social: análisesumária ..................................................................................................................... 41
CAPÍTULO II PRODUÇÃO EM CUIDADOS DE SAÚDE
1.Produção dos cuidados de saúde primários .................................................................................................. 45 Utentes inscritos e utilizadores ......................................................................................................................... 45 Indicadores de desempenho ............................................................................................................................ 49 Indicadores de produção dos cuidados de saúde primários ............................................................................. 53 Indicadores de acesso ...................................................................................................................................... 55 Indicadores de qualidade ................................................................................................................................. 60 Indicadores de eficiência em CSP .................................................................................................................... 70 2.Produção hospitalar ....................................................................................................................................... 75
CAPÍTULO III PROGRAMAS DE SAÚDE
1.Programa de prevenção e controlo das doenças cardiovasculares .............................................................. 82 Doenças cardiovasculares ............................................................................................................................... 82 Programa de prevenção e controlo da diabetes ............................................................................................... 86 2.Programa de prevenção da doença oncológica ............................................................................................ 91 Programa de rastreio do cancro da mama (RCM) ............................................................................................ 92 Programa de rastreio do cancro do colo do útero (RCCU) ............................................................................... 94 Programa de rastreio do cancro do cólon e recto (RCCR) ............................................................................... 97 3.Programa de cuidados continuados integrados (RNCCI) .............................................................................. 99 4.Programa de prevenção e controlo de doenças transmissíveis .................................................................. 105 Sistemas de vigilância das doenças transmissíveis ....................................................................................... 105 Sistema de Alerta e Resposta Apropriada ...................................................................................................... 105 Doenças de Declaração Obrigatória (DDO) ................................................................................................... 105 Programa Nacional de Vacinação (PNV) ....................................................................................................... 109 VIH/Sida ......................................................................................................................................................... 116 Controlo da Infeção nas Unidades de Saúde ................................................................................................. 120 Programa de prevenção e luta contra a tuberculose ...................................................................................... 122 5.Programa de saúde materno-infantil e dos adolescentes ............................................................................ 126 6.Programa de prevenção do tabagismo ........................................................................................................ 131 7.Problemas ligados ao álcool ........................................................................................................................ 136 8.Programa da Qualidade e Vigilância Alimentar ........................................................................................... 138 9.Programa de promoção da saúde em meio escolar .................................................................................... 143 Programa nacional de promoção da saúde oral (PNSO)/ contratualização ................................................... 143 Programa Nacional de Saúde Escolar ............................................................................................................ 147 10.Programa de Saúde Ocupacional .............................................................................................................. 153 11.Programa de Gestão Ambiental ................................................................................................................ 154 Área de Laboratórios de Saúde Pública ......................................................................................................... 159 12.Programa de gestão das listas de espera hospitalares ............................................................................. 163 13.Programa regional de capacitação e literacia em saúde ........................................................................... 165
CAPÍTULO IV AVALIAÇÃO
1.QUAR (Quadro de avaliação e responsabilização) ..................................................................................... 168 2.Auto-avaliação ............................................................................................................................................. 173 ANEXOS ........................................................................................................................................................ 175
Índice de figuras, quadros e gráficos
Figura 1 - Âmbito territorial da Região de Saúde do Centro a 31/12/2011 ............................................................................ 2
Figura 2 - A NUTS II Centro (NUTS 1999 modificada) e respetivas NUTS III, em vigor desde 24 de Agosto de 2010 .......... 3
Figura 3–Taxa de incidência de tuberculose de declaração obrigatória na Região de Saúde do Centro por 100 000
residentes, por ACeS e ULS (2011) .................................................................................................................................. 108
Figura 4 – ARSC: Incidência TB por ACeS/ULS (2011) ..................................................................................................... 124
Quadro 1 - Resumo comparativo do território e população da Região de Saúde do Centro e da NUTS II Centro(2002) ....... 3
Quadro 2 - Evolução da população residente na Região de Saúde do Centro ...................................................................... 4
Quadro 3 - População residente na Região de Saúde do Centro, por grupo etário, Censos 2011 (resultados provisórios) ... 6
Quadro 4 - Índices demográficos, Censos 2001 e Censos 2011 (resultados provisórios) ...................................................... 8
Quadro 5 - Evolução da esperança de vida à nascença, por NUTS III .................................................................................. 9
Quadro 6 - Internamento por todas as neoplasias malignas nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010) ..... 14
Quadro 7 - Internamento por diabetes nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010) ...................................... 15
Quadro 8 - Internamento por AVC nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010) ............................................ 15
Quadro 9 - Internamento por AVC hemorrágico nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010) ....................... 16
Quadro 10 - Internamento por AVC isquémico nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010) ......................... 16
Quadro 11 - Internamento por enfarte agudo de miocárdio nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010) ...... 17
Quadro 12 - Internamento por cancro da mama feminina nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010) ......... 17
Quadro 13 - Internamento por cancro do colo do útero nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010) ............ 18
Quadro 14 - Internamento por cancro do cólon e reto nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010) .............. 18
Quadro 15 - Internamento por doenças infeciosas nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010) ................... 19
Quadro 16 - Internamento por SIDA nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010) ......................................... 19
Quadro 17 - Internamento por SIDA (portador) nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)......................... 20
Quadro 18 - Internamento por tuberculose nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010) ............................... 20
Quadro 19 - Internamento por gripe nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010) ......................................... 21
Quadro 20 - Internamento por pneumonia nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010) ................................ 21
Quadro 21 - Internamento por DPOC e asma nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)........................... 22
Quadro 22 - Internamento por doenças evitáveis por vacinação nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
........................................................................................................................................................................................... 22
Quadro 23 - Evolução dos indicadores de saúde na região centro e continente, nos últimos 5 anos. .................................. 24
Quadro 24 - Mortalidade por doenças cardiovasculares na Região de Saúde do Centro (por 100 000) .............................. 25
Quadro 25 - Mortalidade por doença neoplásica na Região de Saúde do Centro (por 100 000) .......................................... 25
Quadro 26 - Rede de cuidados de saúde da ARSC em 31/12/2011 .................................................................................... 26
Quadro 27 - Rede de cuidados de saúde das ULS da Região de Saúde do Centro em 31/12/2011 .................................... 27
Quadro 28 - Caraterização das USF segundo o modelo de funcionamento (2010 e 2011) .................................................. 28
Quadro 29 - Unidades de saúde familiar em funcionamento na Região de Saúde do Centro em 31/12/2011 ...................... 29
Quadro 30 - Unidades de cuidados de saúde personalizados da Região de Saúde do Centro em 31/12/2011 ................... 30
Quadro 31 - Unidades de cuidados na comunidade da Região de Saúde do Centro em 31/12/2011 .................................. 32
Quadro 32 - Unidades de Saúde Pública da Região de Saúde do Centro em 31/12/2011 ................................................... 33
Quadro 33 - Unidades de Recursos Assistenciais Partilhados da Região de Saúde do Centro em 31/12/2011 ................... 34
Quadro 34 - Unidades de Apoio à Gestão da ARSC em 31/12/2011 ................................................................................... 34
Quadro 35 - Centros hospitalares criados na Região de Saúde do Centro ao abrigo do DL nº 30/2011 .............................. 35
Quadro 36 - Rede de cuidados hospitalares da Região de Saúde do Centro em 31/12/2011, por tipo de entidade ............. 35
Quadro 37 - Rede de cuidados hospitalares da Região de Saúde do Centro em 31/12/2011 .............................................. 36
Quadro 38 - ARSC: lotação praticada pelos hospitais (2010 e 2011) .................................................................................. 36
Quadro 39 - Utentes inscritos com e sem médico de família atribuído, por ACeS e ULS (2010 e 2011) .............................. 46
Quadro 40 - Número de utilizadores em CSP na Região de Saúde do Centro, por ACeS e ULS ........................................ 48
Quadro 41 - Indicadores de desempenho dos ACeS (2011)................................................................................................ 49
Quadro 42 - Produção dos CSP na Região Centro (2010-2011) ......................................................................................... 53
Quadro 43 – Primeiras consultas de medicina geral e familiar e variação percentual 2010-2011 ........................................ 54
Quadro 44 - Total de consultas de medicina geral e familiar e variação percentual 2010-2011 ........................................... 54
Quadro 45 - Taxa de utilização global de consultas médicas (2010-2011) .......................................................................... 55
Quadro 46 - Taxa de utilização de consultas de planeamento familiar, 15-49 anos (2010-2011) ......................................... 56
Quadro 47 - Percentagem de consultas ao utente pelo médico de família atribuído (2010-2011) ........................................ 57
Quadro 48 - Taxa de visitas domiciliárias médicas por 1000 inscritos (2010-2011) ............................................................. 58
Quadro 49 - Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por 1000 inscritos (2010-2011) .................................................. 59
Quadro 50 - Recém-nascidos de termo com baixo peso (2007 a 2009) .............................................................................. 60
Quadro 51 - Taxa de realização do diagnóstico precoce (THSPKU) até ao 7ºdia de vida (2010-2011) ............................... 61
Quadro 52 - Percentagem de primeiras consultas na vida realizadas até ao 28º dia de vida (2010-2011) ........................... 62
Quadro 53 - Taxa cobertura de primeira consulta na vida, realizadas até aos 28 dias de vida (2010-2011) ........................ 63
Quadro 54 - Consultas de saúde materna (2010-2011) ....................................................................................................... 64
Quadro 55 - Taxa de cobertura de primeira consulta de saúde materna (2011) .................................................................. 65
Quadro 56 - Percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre (2010-2011) ...................................... 66
Quadro 57 - Percentagem de grávidas com revisão puerpério efetuado (2010-2011) ......................................................... 67
Quadro 58 - Percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos HbA1C registada nos últimos 12 meses (2010-2011) 68
Quadro 59 - Percentagem de hipertensos com 1 registo de tensão arterial nos últimos 6 meses (2010-2011) .................... 69
Quadro 60 - Percentagem do consumo de medicamentos genéricos em embalagens (2010-2011) .................................... 70
Quadro 61 - Custo médio de MCDT faturados por utilizador (2010-2011) ........................................................................... 71
Quadro 62 - Custo médio de medicamentos faturados por utilizador (2010-2011) ............................................................... 73
Quadro 63 - Consumo de medicamentos ansiolíticos, hipnóticos e sedativos e antidepressivos no mercado do SNS (2008 e
2009) .................................................................................................................................................................................. 74
Quadro 64 - Consultas realizadas nas unidades hospitalares da Região de Saúde do Centro, 2010 e 2011 ....................... 75
Quadro 65 - Dados de produção relativos ao internamento nos hospitais da Região de Saúde do Centro, 2010 e 2011 .... 76
Quadro 66 - Atendimentos em urgência nos hospitais da Região de Saúde do Centro, 2010 e 2011 .................................. 78
Quadro 67 - Dados de produção em cirurgia nos hospitais da Região de Saúde do Centro, 2010 e 2011 .......................... 79
Quadro 68 - Produção em cirurgia de ambulatório nos hospitais da Região de Saúde do Centro, 2010 e 2011 .................. 79
Quadro 69 - Produção do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra, 2010 e 2011 ............................................................ 80
Quadro 70 - Epidemiologia da diabetes noscuidadosde saúde primários (2010-2011) ........................................................ 88
Quadro 71 - Alguns indicadores da diabetes USF (2011) .................................................................................................... 88
Quadro 72 - Diagnóstico (rastreio) sistemático e tratamento da retinopatia diabética na Região Centro ............................. 90
Quadro 73 - Indicadores assistenciais (consultas) nos centros de saúde ............................................................................ 90
Quadro 74 - Nº camas previstas vs nº camas existentes (2011) ........................................................................................ 100
Quadro 75 - Doentes admitidos e atendidos na RNCCI na Região de Saúde do Centro (2011) ........................................ 101
Quadro 76 - Proveniência dos doentes referenciados no âmbito da RNCCI, Região de Saúde do Centro (2011) ............. 102
Quadro 77 - Motivos de alta dos doentes internados na RNCCI, Região de Saúde do Centro (2011) ............................... 103
Quadro 78 - Destino após alta dos doentes internados na RNCCI, Região de Saúde do Centro (2011) ............................ 103
Quadro 79 - N.º de prorrogações pedidas e autorizadas nas unidades de internamento da RNCCI, Região de Saúde do
Centro (2011) .................................................................................................................................................................... 104
Quadro 80 - Doenças declaradas por concelho, tipo de doença e data, na Região de Saúde do Centro (2011) ............... 105
Quadro 81 - Doenças de Declaração Obrigatória, em números absolutos e em proporções, na Região de Saúde do Centro
(2009 a 2011) .................................................................................................................................................................... 107
Quadro 82 – Atividades desenvolvidas e Indicadores ....................................................................................................... 110
Quadro 83 – Cobertura Vacinal (Vacinas do PNV) -coortes de nascidos no ano da avaliação, 1, 2, 7 e 13 anos de idade 112
Quadro 84 - Cobertura Vacinal (Vacinas do PNV) -coortes de nascidos de 14, 15, 16, 18, 25 e 65 anos de idade ........... 112
Quadro 85 - Cobertura Vacinal (Vacinas do PNV) –Campanha de Vacinação contra infeções por Vírus do Papiloma
Humano - coortes de raparigas de 17, 18 e menos de 19 anos de idade ......................................................................... 113
Quadro 86 – Contratualização - PNV cumprido aos 2, 7 E 14 ANOS .............................................................................. 113
Quadro 87 – VASPR I – Crianças Vacinadas por idade (meses)no 2.º ano de vida........................................................... 113
Quadro 88 – Mapa de inoculações da Região de Saúde do Centro (2011)– Total de doses por vacina ............................ 114
Quadro 89 – Vacinação contra a gripe sazonal (2010-2011) - Profissionais de saúde....................................................... 115
Quadro 90 – Vacinação contra a gripe sazonal (2010-2011) – Lares de idosos ................................................................ 115
Quadro 91 – Vacinação contra a gripe sazonal (2010-2011) - RNCCI ............................................................................... 115
Quadro 92 - Casos Acumulados e Óbitos por Infecção VIH/ Área Geográfica da ARSC, por Distrito ................................ 116
Quadro 93 - Testes de Rastreio do VIH Realizados pelos CAD da Região Centro em 2011 ............................................. 118
Quadro 94 - Indicadores de execução ............................................................................................................................... 119
Quadro 95 - Casos Novos de Tuberculose na Região Centro por Distrito (2011) .............................................................. 123
Quadro 96 - Casos Novos de Tuberculose na Região Centro por ACeS/ULS (2011) ........................................................ 123
Quadro 97 - Cobertura de TOD ......................................................................................................................................... 124
Quadro 98 - Casos novos de TB por nacionalidade (2011) ............................................................................................... 125
Quadro 99 - Casos Novos de TB Notificados em 2011, por país de origem ...................................................................... 125
Quadro 100 – Consultas de cessação tabágica (2011) ..................................................................................................... 131
Quadro 101 – Total de primeiras consultas (2011) ............................................................................................................ 132
Quadro 102 – Total de consultas seguintes (2011) ........................................................................................................... 132
Quadro 103 – Frequência dos utentes/caracterização dos utentes (2011) ........................................................................ 132
Quadro 104 – Numero total de consultas de cessação tabágica efetuadas (2005 a 2011) ................................................ 133
Quadro 105 – Número total de fumadores que frequentaram a consulta (2004 a 2011) .................................................... 133
Quadro 106 número de centros de saúde com consultas de cessação tabágica (2011) .................................................... 134
Quadro 107 – Projeto pão.come ....................................................................................................................................... 141
Quadro 108 - Projetosopa.come 2010/2011 ...................................................................................................................... 142
Quadro 109 - Monitorização dos indicadores de execução em saúde escolar (2011) ........................................................ 148
Quadro 110 - Monitorização das emissões gasosas, DL 78/2004 ..................................................................................... 156
Quadro 111 - Nº de amostras processadas nos 4 LSP em 2011 ....................................................................................... 162
Quadro 112 - Nº de parâmetros pesquisados nos 4 LSP em 2011 .................................................................................... 162
Quadro 113 - Faturação resultante da venda de serviços laboratoriais ............................................................................. 162
Gráfico 1 - Variação populacional intercensitária (%) na Região de Saúde do Centro ........................................................... 5
Gráfico 2 - População residente na Região de Saúde do Centro, por grupo etário, Censos 2011 (INE - resultados
provisórios) ........................................................................................................................................................................... 6
Gráfico 3 - Pirâmides etárias da população residente na Região de Saúde do Centro, nos Censos 2001 e nas estimativas
de 2010 ................................................................................................................................................................................. 7
Gráfico 4 - Evolução da esperança de vida à nascença ........................................................................................................ 9
Gráfico 5 - Total de internamentos nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010) ........................................... 10
Gráfico 6 - Variação percentual dos Internamentos nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010) .................. 11
Gráfico 7 - Variação percentual (2009-2010) dos internamentos por patologia nos hospitais da Região de Saúde do Centro
........................................................................................................................................................................................... 12
Gráfico 8 - Percentagem de internamentos nos hospitais da Região de Saúde do Centro, por patologia (2009-2010) ........ 12
Gráfico 9– Percentagem de internamentos (GDH) por sexo e (2010) .................................................................................. 13
Gráfico 10 - Média de Idades por GDH (2010) .................................................................................................................... 14
Gráfico 11 - Evolução da taxa de mortalidade infantil, 2006-2010 ....................................................................................... 23
Gráfico 12 - Taxa de mortalidade infantil por ACeS e ULS da Guarda................................................................................. 23
Gráfico 13 - Taxas de natalidade, mortalidade infantil, fetal e perinatal na Região Centro (NUTS 1999) ............................. 24
Gráfico 14 - Número de USF criadas entre 2006 e 2011 ..................................................................................................... 28
Gráfico 15 - Pirâmide etária dos utentes inscritos na Região de Saúde do Centro (2010 e 2011) ....................................... 45
Gráfico 16 - Percentagem de utentes inscritos com e sem médico de família, por ACeS e ULS (2011) .............................. 47
Gráfico 17 - Variação percentual do total de inscritos nos CSP, por ACeS e ULS (2010-2011) ........................................... 47
Gráfico 18 - Variação percentual de utentes utilizadores nos CSP, por ACeS e ULS (2010-2011) ...................................... 48
Gráfico 19 - Taxa de ocupação em internamento***, 2010 e 2011 ...................................................................................... 77
Gráfico 20 - Demora média em internamento***, em dias, 2010 e 2011 .............................................................................. 77
Gráfico 21 - Prevalência da diabetes em Portugal e prevalência ajustada ........................................................................... 87
Gráfico 22 - Prevalência da diabetes e da hiperglicémia intermédia em Portugal ................................................................ 87
Gráfico 23 - Distribuição da população com e sem diabetes,por escalão do IMC (prevalência ajustada à população em
2010) .................................................................................................................................................................................. 88
Gráfico 24 - Incidência Padronizada por Cancro do Colo do Útero ...................................................................................... 94
Gráfico 25 - Nº camas da RNCCI na Região de Saúde do Centro (2011) .......................................................................... 100
Gráfico 26 - Percentagem de doentes atendidos no âmbito da RNCCI, por tipologia, Região de Saúde do Centro (2011) 101
Gráfico 27 - Taxa de ocupação nas unidades da RNCCI, Região de Saúde do Centro (2011) .......................................... 102
Gráfico 28 – taxa de novos casos de infetados notificados durante o ano de 2011, por distrito (2011) .............................. 117
Gráfico 29 – Taxa de Seropositivos para o VIH por CAD da ARSC por 1 000 rastreados (2011) ...................................... 119
Gráfico 30 - Evolução da taxa de incidência da tuberculose na Região Centro (2009 a 2011) .......................................... 124
Gráfico 31 - Casos de tuberculose na Região por localização anatómica (2011)............................................................... 125
Gráfico 32 - Contributo percentual dos distritos nas taxas de cobertura regionais ............................................................. 141
Gráfico 33 - Saúde Oral na Saúde Infantil (SOSI) ............................................................................................................. 144
Gráfico 34 - Saúde Oral Crianças e Jovens (SOCJ) .......................................................................................................... 144
Gráfico 35 - Saúde Oral Crianças e Jovens – avaliação por coortes dos 7, 10 e 13 anos ................................................. 144
Gráfico 36 - Referenciação Higienista Oral........................................................................................................................ 145
Gráfico 37 - Saúde Oral de Crianças e Jovens com idades intermédias (SOCJ) ............................................................... 145
Gráfico 38 - Saúde Oral na Gravidez (SOG) ..................................................................................................................... 145
Gráfico 39 - Saúde Oral nas pessoas idosas (SOPI) ......................................................................................................... 146
Gráfico 40 - Saúde Oral em utentes com VIH .................................................................................................................... 146
Lista de siglas e abreviaturas
ACeS Agrupamentos de Centros de Saúde
ARSC Administração Regional de Saúde do Centro, IP
CHPC Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra
CMR Centro de Medicina e Reabilitação
CRI Centros de Resposta Integrada do IDT, IP
CSP Cuidados de Saúde Primários
MGF Medicina Geral e Familiar
DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
DDO Doenças de declaração obrigatória
DEA Desfibrilhadores externos automáticos
DERHAG Departamento de Estudos, Recursos Humanos e Administração Geral
DIE Departamento de Instalações e Equipamentos
DGF Departamento de Gestão Financeira
DGS Direcção-Geral da Saúde
DSPP Departamento de Saúde Pública e Planeamento
hab Habitantes
HTA Hipertensão arterial
PREVADIAB Hiperglicemia intermédia em Portugal
LSP Laboratórios de Saúde Pública
IDT Instituto da Droga e da Toxicodependência, IP
IMC Índice de Massa Corporal
INE Instituto Nacional de Estatística
INS Inquérito Nacional de Saúde
IPO Instituto Português de Oncologia
LIC Lista de Espera Cirúrgica
LINCE Lista de Espera para Consultas Externas
MCDT Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica
MGF Medicina Geral e Familiar
NUTS Nomenclatura das Unidades Territoriais
OMS Organização Mundial de Saúde
PF Planeamento Familiar
PHEPA Primary Health Care European Project on Alcohol
CLR Centro de Leitura de Retinografias
PLA Problemas ligados ao álcool
PNS Plano Nacional de Saúde
PNSE Programa Nacional de Saúde Escolar
PNSO Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral
PNV Plano Nacional de Vacinação
RCCR Programa de rastreio do cancro do cólon e reto
RCCU Programa de rastreio do cancro do colo do útero
RCM Programa de rastreio do cancro da mama
RNCCI Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
ECCI Equipas de Cuidados Continuados Integrados
UC Unidade de Convalescença
UCP Unidade de Cuidados Paliativos
ULDM Unidade de Longa Duração e Manutenção
UMDR Unidade de Média Duração de Reabilitação
MAC Mercado Abastecedor de Coimbra
SAP Serviço de Atendimento Permanente
SM Saúde Materna
MCDT Meios Complementares de diagnóstico e Terapêutica
TM Tumores malignos
UAG Unidade de Apoio à Gestão
UCC Unidade de Cuidados na Comunidade
UCSP Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados
ULS Unidade Local de Saúde
URAP Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados
USF Unidade de Saúde Familiar
USP Unidade de Saúde Pública
CNSMCA Comissão Nacional para a Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente
CAPITULO I
A REGIÃO DE SAÚDE DO CENTRO
1
1. Missão e estrutura organizacional da ARS do Centro, IP
A Administração Regional de Saúde do Centro IP, (ARSC) tem como missão garantir à
população da sua área geográfica de intervenção o acesso à prestação de cuidados de
saúde de qualidade, adequando os recursos disponíveis às necessidades em saúde e
cumprir e fazer cumprir o Plano Nacional de Saúde no seu âmbito jurisdicional territorial.
Os estatutos deste instituto público, aprovados pela Portaria nº 650/2007 de 30 de maio,
determinam a sua organização internaem5 departamentos (Saúde Pública e
Planeamento; Estudos, Recursos Humanos e Administração Geral; Contratualização;
Gestão Financeira; Instalações e Equipamentos) e 1 gabinete (Gabinete Jurídico e do
Cidadão).
A organização interna compreende, ainda, 2 unidades orgânicas (Unidade de
Planeamento, integrada no Departamento de Saúde Pública e Planeamento e a Unidade
de Administração Geral, integrada no Departamento de Estudos, Recursos Humanos e
Administração Geral), 4 assessorias especializadas e 1 gabinete de apoio ao Conselho
Diretivo.
2
Para além dos serviços centrais, a ARSC integra 14 serviços desconcentrados - os
agrupamentos de centros de saúde (ACeS) -, com autonomia administrativa e sujeitos ao
seu poder de direção. Estes serviços desconcentrados, criados ao abrigo da Portaria
nº 274/2009, de 18 de março correspondem aos seguintes ACeS: Baixo Vouga I, Baixo
Vouga II, Baixo Vouga III, Baixo Mondego I, Baixo Mondego II, Baixo Mondego III, Dão
Lafões I, Dão Lafões II e Dão Lafões III, Pinhal Interior Norte I, Pinhal Interior Norte II,
Pinhal Litoral I, Pinhal Litoral II e Cova da Beira.
O âmbito territorial da Região de Saúde do Centro compreende ainda duas unidades
locais de saúde (ULS):
ULS da Guarda, EPE, criada em 1 de outubro de 2008. Integra o Hospital de
Sousa Martins (Guarda), o Hospital de Nossa Senhora da Assunção (Seia) e os
centros de saúde de Guarda, Seia, Gouveia, Manteigas, Fornos de Algodres,
Celorico da Beira, Trancoso, Sabugal, Pinhel, Mêda, Almeida e Figueira de
Castelo Rodrigo.
ULS de Castelo Branco, EPE. Criada em 1 de janeiro de 2010, esta ULS integra o
Hospital Amato Lusitano (Castelo Branco) e os centros de saúde dos ACeS da
Beira Interior Sul (Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor e Vila Velha de
Ródão) e do Pinhal Interior Sul (Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei).
Figura 1 - Âmbito territorial da Região de Saúde do Centro a 31/12/2011
3
2. Território e população
A Região de Saúde do Centro corresponde, territorialmente, à NUTS II Centro prevista no
Decreto-Lei nº 317/99 de 11 de agosto - com as alterações introduzidas pela lei
nº 21/2010, de 23 de agosto (migração do concelho de Mação para o âmbito territorial da
ARS de Lisboa e Vale do Tejo). Subdivide-se em dez NUTS de nível III e atualmente
integra 77 concelhos, distribuídos por 23 273,3b Km2, correspondendo a 26% do território
de Portugal Continental (Figura1; Quadro 1).
Figura 2 - A NUTS II Centro (NUTS 1999 modificada) e respetivas NUTS III, em vigor desde 24 de Agosto de 2010
Quadro 1 - Resumo comparativo do território e população da Região de Saúde do Centro e da NUTS II Centro(2002)
Área (Km
2)
Pop. residente 2011
Densidade populacional
% Pop. Continente
Nº NUTS III
Nº concelhos
Região Saúde Centro 23.273,3 1.737.059 75 17,3 10 77
Centro (NUTS 2002) 28.199,4 2.327.580 83 23,2 12 100
Fonte: INE; CAOP 2011
4
Os resultados provisórios dos Censos 2011 contabilizam 1 737 059 residentes no âmbito
territorial da Região de Saúde do Centro – correspondendo a 17,3% da população
residente no Continente e a uma densidade populacional de 75 habitantes/Km2(Quadro
2).
Quadro 2 - Evolução da população residente na Região de Saúde do Centro
População residente Variação populacional Densidade populacional
2011
Censos 2001
Censos 2011
1991-2001 2001-2011
Nº Nº % hab/Km2
Continente 9.869.343 10.047.083 5,3 1,8 113
Região Saúde Centro 1.775.154 1.737.059 3,5 -2,1 75
Baixo Vouga I 114.936 112.234 9,0 -2,4 146
Baixo Vouga II 157.199 165.151 11,7 5,1 286
Baixo Vouga III 92.838 92.959 8,0 0,1 269
Baixo Mondego I 180.508 175.725 6,9 -2,6 260
Baixo Mondego II 109.019 107.521 -0,6 -1,4 123
Baixo Mondego III 81.912 79.163 3,3 -3,4 90
Pinhal Litoral I 56.299 55.217 9,6 -1,9 88
Pinhal Litoral II 194.691 205.707 12,6 5,7 184
Pinhal Interior Norte I 94.301 91.698 2,4 -2,8 52
Pinhal Interior Norte II 44.234 39.673 -6,6 -10,3 47
Dão-Lafões I 93.501 99.274 11,8 6,2 196
Dão-Lafões II 84.105 76.084 -3,7 -9,5 46
Dão-Lafões III 98.328 92.251 -2,5 -6,2 85
Cova da Beira 93.579 87.869 0,5 -6,1 64
ULS C. Branco, EPE 114.484 108.393 -6,0 -5,3 21
ULS Guarda, EPE 165.220 148.140 -4,3 -10,3 30
Fonte: INE; ARSC
Excluindo o concelho de Mação.
O ACeS Pinhal Litoral II é o mais populoso, logo seguido do Baixo Mondego I e Baixo
Vouga II. Os ACeS mais densamente povoados correspondem ao Baixo Vouga II e III e
ao Baixo Mondego I. Mais de metade dos habitantes da ARS Centro (57,2%) reside nos
ACeS do litoral.
No período intercensitário 2001-2011, observou-se um decréscimo populacional de 2,6%
na região, em resultado da perda de efetivos populacionais na maioria dos ACeS-
fenómeno mais acentuado no interior da região (Gráfico 1).
5
Gráfico 1 - Variação populacional intercensitária (%) na Região de Saúde do Centro
Estrutura etária
Em 2011, 22,8% da população residente na Região de Saúde do Centro tinha 65 e mais
anos e apenas 13,4% tinha menos de 15 anos de idade. O grupo etário dos 25 aos 64
anos representa 53,5% da população residente.
Confirmando a tendência de ―duplo envelhecimento‖ (de base e de topo) evidenciada nas
últimas décadas, no período intercensitário 2001-2011registou-se um decréscimo
de12,5% de crianças e jovens (idade inferior a 15 anos) e um aumento de 13,3% de
idosos (65 e mais anos).
A diminuição mais notória de efetivos ocorreu nos adultos jovens entre os 15 e os 24
anos (-27,5%) (Quadro 3).
-15 -10 -5 0 5 10 15
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Dão-Lafões I
Dão-Lafões II
Dão-Lafões III
Cova da Beira
ULS C. Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
1991-2001
2001-2011
Fonte: INE Dados não incluem Mação.
6
Quadro 3 - População residente na Região de Saúde do Centro, por grupo etário, Censos 2011 (resultados provisórios)
Grupos etários e variação 2001-2011
0-14 var. 15-24 var. 25-64 var. 65 + var.
Nº % Nº % Nº % Nº %
Continente 1.484.328 -4,7 1.078.057 -23,0 5.535.141 4,8 1.949.557 19,7
Região Saúde Centro 233.394 -12,5 178.657 -27,5 929.714 0,9 395.294 13,3
Baixo Vouga I 15.650 -12,1 11.714 -28,2 60.906 0,3 23.964 19,2
Baixo Vouga II 24.688 -6,4 18.179 -20,3 93.354 9,4 28.930 27,4
Baixo Vouga III 14.164 -13,2 10.505 -22,5 51.605 4,2 16.685 24,2
Baixo Mondego I 22.452 -10,5 17.899 -30,9 99.387 0,7 35.987 16,8
Baixo Mondego II 13.705 -5,8 10.164 -28,8 58.147 1,3 25.505 12,0
Baixo Mondego III 10.133 -12,9 7.683 -32,9 41.980 -2,2 19.367 21,6
Pinhal Litoral I 7.729 -11,9 5.853 -26,0 28.410 -0,7 13.225 20,3
Pinhal Litoral II 31.250 -3,0 22.537 -19,1 114.515 8,3 37.405 29,7
Pinhal Interior Norte I 12.249 -14,0 9.175 -24,5 47.635 1,7 22.639 7,4
Pinhal Interior Norte II 4.630 -20,2 3.772 -28,5 19.416 -9,8 11.855 2,0
Dão-Lafões I 15.160 -4,0 10.882 -25,4 54.637 11,5 18.595 31,6
Dão-Lafões II 10.090 -24,6 8.271 -32,1 37.954 -4,8 19.769 5,9
Dão-Lafões III 11.902 -18,4 9.384 -32,4 47.028 -3,1 23.937 12,2
Cova da Beira 10.612 -18,5 8.584 -30,9 46.392 -3,6 22.281 11,5
ULS C. Branco, EPE 12.178 -12,4 9.782 -28,0 53.971 -1,5 32.462 0,9
ULS Guarda, EPE 16.802 -24,7 14.273 -33,6 74.377 -7,3 42.688 3,6
Fonte: INE; ARSC Dados não incluem Mação.
Na maior parte dos ACeS e ULS, a estrutura etária é semelhante à do todo da região,
embora a prevalência dos idosos (65 e mais anos) seja maior no interior (Pinhal Interior
Norte II e ULS) (Gráfico 2).
Gráfico 2 - População residente na Região de Saúde do Centro, por grupo etário, Censos 2011 (INE - resultados
provisórios)
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Dão-Lafões I
Dão-Lafões II
Dão-Lafões III
Cova da Beira
ULS C. Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
0-14 15-24 25-64 65+
Fonte: INE Dados não incluem Mação.
7
A pirâmide etária da população residente é característica dos países afetados pelo ―duplo
envelhecimento‖:na base da pirâmide observa-se um estreitamento; no topo, um
alargamento, pelo aumento de idosos(Gráfico 3).
Gráfico 3 - Pirâmides etárias da população residente na Região de Saúde do Centro, nos Censos 2001 e nas estimativas
de 2010
Índices de envelhecimento e de dependência
Em 2011, o índice de envelhecimento (provisório) para a Região de Saúde do Centro é
de 169,4% tendo aumentado em todas as unidades administrativas. As ULS e o ACeS
Pinhal Interior Norte II são as unidades territoriais mais envelhecidas, com índices de
envelhecimento superiores a 250%.
Este cenário de envelhecimento da população reflete-se no aumento do índice de
dependência de idosos, que se mantém superior ao do Continente. Consistentemente, o
índice de dependência de jovens confirma a diminuição verificada nas últimas décadas.
Atendendo a que os índices de dependência têm como denominador a população
potencialmente ativa (dos 15 aos 64 anos), a sua evolução traduz um peso cada vez
maior dos idosos (65 e mais anos) na população em idade ativa (Quadro 4).
0
10.0
00
20.0
00
30.0
00
40.0
00
50.0
00
60.0
00
70.0
00
Mulheres
2010
0
10
.00
0
20
.00
0
30
.00
0
40
.00
0
50
.00
0
60
.00
0
70
.00
0
0-4
5-9
10-14
15-19
20-24
25-29
30-34
35-39
40-44
45-49
50-54
55-59
60-64
65-69
70-74
75-79
80-84
>85Homens
2001Fonte: INEDados de 2010 não incluem Mação.
8
Quadro 4 - Índices demográficos, Censos 2001 e Censos 2011 (resultados provisórios)
Índice de
envelhecimento (%)
Índice de dependência
total (%)
Índices de dependência de
jovens (%)
Índices de dependência de
idosos (%)
2001 2011 ∆ 2001 2011 ∆ 2001 2011 ∆ 2001 2011 ∆ Continente 104,5 131,3 ↑ 47,7 51,9 ↑ 23,3 22,4 ↓ 24,4 29,5 ↑
Região Saúde Centro 130,8 169,4 ↑ 52,7 56,7 ↑ 22,8 21,1 ↓ 29,9 35,7 ↑
Baixo Vouga I 112,9 153,1 ↑ 49,2 54,5 ↑ 23,1 21,6 ↓ 26,1 33,0 ↑
Baixo Vouga II 86,1 117,2 ↑ 45,4 48,1 ↑ 24,4 22,1 ↓ 21,0 25,9 ↑
Baixo Vouga III 82,3 117,8 ↑ 47,2 49,7 ↓ 25,9 22,8 ↓ 21,3 26,9 ↑
Baixo Mondego I 122,9 160,3 ↑ 44,8 49,8 ↑ 20,1 19,1 ↓ 24,7 30,7 ↑
Baixo Mondego II 156,5 186,1 ↑ 52,0 57,4 ↑ 20,3 20,1 ↔ 31,8 37,3 ↑
Baixo Mondego III 136,9 191,1 ↑ 50,7 59,4 ↑ 21,4 20,4 ↓ 29,3 39,0 ↑
Pinhal Litoral I 125,3 171,1 ↑ 54,1 61,2 ↑ 24,0 22,6 ↓ 30,1 38,6 ↑
Pinhal Litoral II 89,5 119,7 ↑ 45,7 50,1 ↑ 24,1 22,8 ↓ 21,6 27,3 ↑
Pinhal Interior Norte I 147,9 184,8 ↑ 59,9 61,4 ↓ 24,2 21,6 ↓ 35,7 39,9 ↑
Pinhal Interior Norte II 200,3 256,0 ↑ 65,0 71,1 ↓ 21,6 20,0 ↓ 43,4 51,1 ↑
Dão-Lafões I 89,5 122,7 ↑ 47,1 51,5 ↑ 24,8 23,1 ↓ 22,2 28,4 ↑
Dão-Lafões II 139,4 195,9 ↑ 61,6 64,6 ↓ 25,7 21,8 ↓ 35,8 42,8 ↑
Dão-Lafões III 146,3 201,1 ↑ 57,5 63,5 ↓ 23,4 21,1 ↓ 34,2 42,4 ↑
Cova da Beira 153,4 210,0 ↑ 54,5 59,8 ↓ 21,5 19,3 ↓ 33,0 40,5 ↑
ULS C. Branco, EPE 231,4 266,6 ↑ 67,4 70,0 ↓ 20,3 19,1 ↓ 47,1 50,9 ↑
ULS Guarda, EPE 184,6 254,1 ↑ 62,4 67,1 ↓ 21,9 19,0 ↓ 40,5 48,2 ↑
Fonte: INE; ARSC Dados não incluem Mação.
3. Indicadores de saúde
Esperança de vida à nascença
A esperança de vida à nascença é um indicador positivo de saúde que reflete o estado
geral de saúde duma população.A esperança de vida à nascença na Região Centro
(NUTS II 2002) é atualmente de 79,6 anos (ambos os sexos), evidenciando uma
evolução favorável nos últimos anos, sendo mesmo ligeiramente superior à do
Continente.
No contexto das NUTS III que integram a NUTS II Centro, a esperança de vida à
nascença varia entre 77,2 anos no Pinhal Interior Sul e 80 anos no Pinhal Litoral (Quadro
5).
9
Quadro 5 - Evolução da esperança de vida à nascença, por NUTS III
Esperança de vida à nascença
2004-2006 2005-2007 2006-2008 2007-2009 2008-2010
Anos Anos Anos Anos Anos
Continente 78,3 78,7 78,9 79,2 79,4
Centro (NUTS 2002) 78,7 78,9 79,1 79,4 79,6
Baixo Vouga 79,1 79,3 79,4 79,4 79,6
Baixo Mondego 79,0 79,4 79,6 79,7 79,7
Pinhal Litoral 78,9 79,2 79,5 79,7 80,0
Pinhal Interior Norte 77,8 78,3 78,8 79,2 79,4
Dão-Lafões 78,8 79,0 79,1 79,5 79,9
Cova da Beira 79,1 79,3 79,4 79,1 79,3
Beira Interior Norte 78,6 78,6 78,9 79,0 79,3
Beira Interior Sul 78,0 78,4 78,9 79,0 79,0
Pinhal Interior Sul * 77,0 77,3 77,8 77,2 77,2
Serra da Estrela 78,0 78,0 78,5 77,9 78,5
Oeste ** 77,8 78,4 78,7 78,7 78,9
Médio Tejo ** 78,3 78,8 79,2 79,7 79,8
Fonte: INE
* A NUTS III Pinhal Interior Sul inclui Mação. ** A NUT 2002 inclui na NUTS II Centro as NUT III Oeste e Médio Tejo, que atualmente não integram a Região de Saúde do Centro.
Gráfico 4 - Evolução da esperança de vida à nascença
79
79
79
79
80
78,000
78,200
78,400
78,600
78,800
79,000
79,200
79,400
79,600
79,800
2004-2006 2005-2007 2006-2008 2007-2009 2008-2010
Anos
Continente Centro (NUTS 2002)
Fonte: INE Dados incluem NUTS III Oeste e Médio Tejo.
10
Morbilidade: internamento hospitalar
Em 2010 realizaram-se 176 788 internamentos nos hospitais do SNS situados na Região
de Saúde do Centro, correspondendo a um decréscimo de 1,6% em relação ao ano
anterior.
Os ACeS Pinhal Litoral II e o Baixo Mondego I desde 2009 que apresentam um maior
número de episódios de internamento (superior a 20 000) da Região (Gráfico 5).
Gráfico 5 - Total de internamentos nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
Em termos de variação percentual, e no que respeita ao período de 2009-2010, verificou-
se um aumento significativo do número de episódios de internamento nos ACeS Pinhal
Interior Norte II (+7,67%), seguido do Baixo Mondego II (+3,53%) e Pinhal Litoral II (+3%)
(Gráfico 6).
12.092
15.488
4.872
19.377
11.481
8.049
13.846
6.111
20.877
9.111
3.991
9.503
7.251
9.969
11.604
16.109
11.526
15.042
4.512
19.332
11.886
7.992
13.695
6.109
21.505
9.172
4.297
9.468
6.835
8.855
11.733
14.829
0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Cova da Beira
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Dão Lafões I
Dão Lafões II
Dão Lafões III
ULS C. Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
2009
2010
Fonte: Base de dados dos GDH
Total 2010 = 176.788 internamentos Total 2009 = 179.731 internamentos
11
Gráfico 6 - Variação percentual dos Internamentos nos hospitaisda Região de Saúde do Centro (2009-2010)
Relativamente à variação dos GDH (2009-2010), os valores mais elevados observados
na Região de Saúde do Centro corresponderam à SIDA (+16% de internamentos em
2010 relativamente a 2009), seguido do cancro da mama (+13%), cancro do cólon e reto
(+10%) e AVC hemorrágicos (+9,7%). Inversamente, os maiores decréscimos, em
idêntico período, observaram-se na gripe (- 89% de internamentos em 2010 relativamente
a 2009), doenças evitáveis por vacinação (- 49%) e SIDA/portador (- 35%). No conjunto
das patologias sujeitas a programa de rastreio, o cancro do colo do útero, em 2010, foi a
patologia com maior redução do número de episódios de internamento, correspondendo
a menos de 35% em relação ao ano anterior.
Esta redução poderá resultar da taxa de cobertura de 58,4% do rastreio, cuja última volta
decorreu de 2008 a 2010.
-4,68
-2,88
-7,39
-0,23
3,53
-0,71
-1,09
-0,03
3,01
0,67
7,67
-0,37
-5,74
-11,17
1,11
-7,95
-15 -10 -5 0 5 10
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Cova da Beira
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Dão Lafões I
Dão Lafões II
Dão Lafões III
ULS C. Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
Fonte: Base de dados dos GDH
12
Gráfico 7 - Variação percentual (2009-2010) dos internamentos por patologia nos hospitais da Região de Saúde do Centro
Em 2010, as neoplasias malignas e a diabetes justificaram 25% dos internamentos
ocorridos nos hospitais da Região de Saúde do Centro, seguidas da pneumonia1 que foi
responsável por 7,6% dos internamentos (Gráfico 8).
Gráfico 8 - Percentagem de internamentos nos hospitais da Região de Saúde do Centro, por patologia (2009-2010)
1 Inclui pneumonia por organismo não especificado, broncopneumonia por organismo não especificado, pneumonia pneumocócica,
pneumonia bacteriana NCOP e pneumonia por organismo especificado.
4,0
3,2
-4,3
0,1
2,2
-1,0
10,2
-5,7
13,1
9,7
3,3
15,7
-48,7
-2,4
-35,4
-34,9
-86,8
-100 -80 -60 -40 -20 0 20 40
Neoplasias malignas
Diabetes
Pneumonia
AVC
DPOC e asma
AVC isquémico
Cancro cólon e recto
Enfarte agudo miocárdio
Cancro mama
AVC hemorrágico
Doenças infecciosas
SIDA
Evitáveis por vacinação
Tuberculose
Cancro colo útero
SIDA (portador)
Gripe
GD
H
Fonte: Base de dados dos GDH
0
2
4
6
8
10
12
142009 2010
Fonte: Base de dados dos GDH
13
Os quadros 6 a 22 contêm os dados dos internamentos – categorizados por ACeS, sexo
e média de idades à data do internamento. Da observação dos quadros há a destacar a
―masculinização‖ dos internamentos hospitalares (maior o número de internamentos de
indivíduos do sexo masculino - 52% do total de internamentos), com a exceção
dasneoplasias malignas, em que o sexo feminino registou maior número de episódios de
internamento hospitalar.
Gráfico 9–Percentagem de internamentos (GDH) porsexo e (2010)
Relativamente à média de idades de internamento por patologia, nos internamentos por
diabetes, AVC e DPOC e asma a média de idades é idêntica em todos os ACeS e é
superior a 70 anos. A estas patologias juntam-se os internamentos por cancro do cólon e
reto e por enfarte agudo de miocárdio que também atingem indivíduos com uma média
de idades de 70 anos.
Por sua vez, a gripe justificou 54 internamentos com uma média de idade, à data do
internamento, de 44 anos, explicada pela maior amplitude etária dos internados.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Homens Mulheres
Fonte: Base de dados dos GDH
14
Gráfico 10 - Média de Idades por GDH (2010)
Os quadros seguintes resumem os internamentos por causa específica (GDH), nos
hospitais do âmbito jurisdicional territorial da ARSC (quadros 6 a 22).
Pela elevada e muito favorável razão de custo-efetividade da vacinação (estratégia de
prevenção primária), incluem-se os internamentos motivados por doenças evitáveis pela
vacinação (quadro 22). Por idêntica razão se incluem os dados de internamentos
relativos a doenças alvo de rastreios organizados (prevenção secundária) - quadros 12
(cancro da mama feminina), 13 (cancro do colo do útero) e 14 (cancro do cólon e reto).
Quadro 6 - Internamento por todas as neoplasias malignas nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
ACeS/ ULS
2010 % var. 09/10Internamentos
H M Total HM Média de Idades
H M Total HM
Baixo Vouga I 617 760 1.377 62 -4,04 12,26 4,3
Baixo Vouga II 873 952 1.825 61 9,54 7,45 8,4
Baixo Vouga III 233 214 447 62 1,75 22,29 10,6
Baixo Mondego I 1.287 1.419 2.706 61 6,63 6,85 6,7
Baixo Mondego II 659 806 1.465 63 -4,77 6,05 0,8
Baixo Mondego III 559 537 1.096 65 15,98 -8,21 2,7
Cova da Beira 794 749 1.543 65 -10,28 4,61 -3,6
Pinhal Litoral I 425 400 825 64 11,26 10,50 10,9
Pinhal Litoral II 1.108 1.238 2.346 62 -3,99 3,60 -0,1
Pinhal Interior Norte I 544 548 1.092 65 -1,98 -1,44 -1,7
Pinhal Interior Norte II 262 266 528 65 -2,60 2,31 -0,2
Dão Lafões I 534 668 1.202 60 11,95 13,99 13,1
Dão Lafões II 456 379 835 64 15,15 -10,40 2,0
Dão Lafões III 593 609 1.202 65 -4,51 6,47 0,8
ULS C. Branco, EPE 711 685 1.396 66 5,65 9,42 7,5
ULS Guarda, EPE 1.241 1.231 2.472 65 8,29 3,36 5,8
Região Saúde Centro 10.896 11.461 22.357 63 2,71 5,17 4,0
Fonte: Base de dados dos GDH (diagnósticos considerados: 140.0 a 195.8 e 196.0 a 199.1 e 200.00 a 208.9 e 230.0 a 234.9)
H - Homens; M - Mulheres
76
75
72
71
71
70
65
63
62
62
55
54
52
52
46
44
36
DPOC e asma
AVC
Diabetes
Enfarte agudo miocárdio
AVC hemorrágico
Cancro cólon e recto
AVC isquémico
Neoplasias malignas
Pneumonia
Cancro mama feminina
Cancro colo útero
Tuberculose
Doenças infecciosas
Evitáveis por vacinação
SIDA
Gripe
SIDA (portador)
Fonte: Base de dados dos GDH
15
Quadro 7 - Internamento por diabetes nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
ACeS/ ULS
2010 % var. 09/10 Internamentos
H M Total HM Média de Idades
H M Total HM
Baixo Vouga I 652 613 1.265 72 4,82 1,32 3,1
Baixo Vouga II 937 770 1.707 71 0,54 -7,56 -3,3
Baixo Vouga III 307 322 629 73 8,48 -17,22 -6,4
Baixo Mondego I 1.287 1.143 2.430 70 15,32 15,22 15,3
Baixo Mondego II 805 749 1.554 71 21,42 19,08 20,3
Baixo Mondego III 628 418 1.046 73 15,87 -12,92 2,3
Cova da Beira 735 795 1.530 72 -10,37 -8,83 -9,6
Pinhal Litoral I 354 332 686 73 -1,39 -4,87 -3,1
Pinhal Litoral II 1.170 1.202 2.372 72 -2,01 8,98 3,3
Pinhal Interior Norte I 618 634 1.252 72 14,87 17,19 16,0
Pinhal Interior Norte II 392 360 752 73 21,74 29,96 25,5
Dão Lafões I 544 583 1.127 72 6,04 -5,36 -0,2
Dão Lafões II 473 480 953 73 1,50 -2,24 -0,4
Dão Lafões III 663 733 1.396 73 -7,40 -1,21 -4,3
ULS C. Branco, EPE 662 512 1.174 73 16,34 -11,27 2,4
ULS Guarda, EPE 820 834 1.654 72 0,49 -7,02 -3,4
Região Saúde Centro 11.047 10.480 21.527 72 5,50 0,84 3,2
Fonte: Base de dados dos GDH (diagnósticos considerados: 250.00 a 250.93) H - Homens; M - Mulheres
Quadro 8 - Internamento por AVC nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
ACeS/ ULS
2010 % var. 09/10 Internamentos
H M Total HM Média de Idades
H M Total HM
Baixo Vouga I 213 169 382 74 26,04 -12,44 5,5
Baixo Vouga II 217 255 472 73 -1,36 3,24 1,1
Baixo Vouga III 66 90 156 76 -38,89 -10,89 -25,4
Baixo Mondego I 314 244 558 72 6,08 -9,63 -1,4
Baixo Mondego II 222 230 452 74 28,32 10,58 18,6
Baixo Mondego III 145 141 286 74 2,84 19,49 10,4
Cova da Beira 179 164 343 76 -10,95 -17,59 -14,3
Pinhal Litoral I 106 88 194 75 -10,17 -14,56 -12,2
Pinhal Litoral II 378 352 730 73 9,88 10,34 10,1
Pinhal Interior Norte I 174 148 322 75 20,83 -1,33 9,5
Pinhal Interior Norte II 98 77 175 73 11,36 -10,47 0,6
Dão Lafões I 205 168 373 75 9,04 -9,19 0,0
Dão Lafões II 195 180 375 77 -2,01 -20,70 -12,0
Dão Lafões III 236 274 510 77 22,28 -1,08 8,5
ULS C. Branco, EPE 226 193 419 74 6,60 -9,81 -1,6
ULS Guarda, EPE 258 219 477 75 -0,77 -18,28 -9,7
Região Saúde Centro 3.232 2.992 6.224 75 5,83 -5,47 0,1
Fonte: Base de dados dos GDH (diagnósticos considerados: 09487 e 430 a 432.9 e 433.00 a 434.91 e 436) H - Homens; M - Mulheres
16
Quadro 9 - Internamento por AVC hemorrágico nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
ACeS/ ULS
2010 % var. 09/10 Internamentos
H M Total HM Média de Idades
H M Total HM
Baixo Vouga I 42 38 80 68 2,44 8,57 5,3
Baixo Vouga II 56 61 117 66 14,29 29,79 21,9
Baixo Vouga III 12 12 24 66 -55,56 -42,86 -50,0
Baixo Mondego I 77 63 140 70 24,19 57,50 37,3
Baixo Mondego II 62 45 107 71 72,22 9,76 39,0
Baixo Mondego III 39 26 65 72 50,00 13,04 32,7
Cova da Beira 32 32 64 74 -30,43 14,29 -13,5
Pinhal Litoral I 30 13 43 71 30,43 -23,53 7,5
Pinhal Litoral II 110 81 191 70 29,41 12,50 21,7
Pinhal Interior Norte I 49 27 76 71 58,06 17,39 40,7
Pinhal Interior Norte II 21 17 38 75 -12,50 -19,05 -15,6
Dão Lafões I 39 26 65 70 5,41 18,18 10,2
Dão Lafões II 40 22 62 73 11,11 -31,25 -8,8
Dão Lafões III 32 43 75 74 -8,57 13,16 2,7
ULS C. Branco, EPE 64 45 109 70 1,59 -23,73 -10,7
ULS Guarda, EPE 84 56 140 71 23,53 -12,50 6,1
Região Saúde Centro 789 607 1.396 71 14,51 4,12 9,7
Fonte: Base de dados dos GDH (diagnósticos considerados: 09487 e 430 a 432.9) H - Homens; M - Mulheres
Quadro 10 - Internamento por AVC isquémico nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
ACeS/ ULS
2010 % var. 09/10 Internamentos
H M Total HM Média de Idades
H M Total HM
Baixo Vouga I 173 137 310 82 32,06 -15,43 5,8
Baixo Vouga II 163 207 370 78 -7,91 2,48 -2,4
Baixo Vouga III 55 80 135 79 -33,73 -2,44 -18,2
Baixo Mondego I 253 202 455 71 1,61 -14,04 -6,0
Baixo Mondego II 171 192 363 78 19,58 10,98 14,9
Baixo Mondego III 110 118 228 81 -8,33 18,00 3,6
Cova da Beira 150 137 287 76 -6,25 -21,26 -14,1
Pinhal Litoral I 79 79 158 76 -20,20 -11,24 -16,0
Pinhal Litoral II 291 284 575 76 5,82 9,23 7,5
Pinhal Interior Norte I 131 123 254 76 13,91 -6,11 3,3
Pinhal Interior Norte II 83 68 151 37 12,16 -6,85 2,7
Dão Lafões I 170 146 316 38 11,11 -10,43 0,0
Dão Lafões II 157 158 315 39 -3,68 -19,80 -12,5
Dão Lafões III 205 234 439 39 28,13 -2,09 10,0
ULS C. Branco, EPE 169 156 325 68 5,63 -4,88 0,3
ULS Guarda, EPE 175 166 341 46 -10,71 -19,42 -15,2
Região Saúde Centro 2.535 2.487 5.022 65 3,13 -6,15 -1,7
Fonte: Base de dados dos GDH (diagnósticos considerados: 433.00 a 434.91 e 436) H - Homens; M - Mulheres
17
Quadro 11 - Internamento por enfarte agudo de miocárdio nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
ACeS/ ULS
2010 % var. 09/10 Internamentos
H M Total HM Média de Idades
H M Total HM
Baixo Vouga I 91 45 136 72 -10,78 -33,82 -20,0
Baixo Vouga II 114 51 165 67 2,70 2,00 2,5
Baixo Vouga III 38 8 46 70 58,33 -11,11 39,4
Baixo Mondego I 149 112 261 71 -10,78 16,67 -0,8
Baixo Mondego II 123 67 190 71 -4,65 -6,94 -5,5
Baixo Mondego III 76 39 115 70 5,56 -2,50 2,7
Cova da Beira 103 61 164 72 10,75 3,39 7,9
Pinhal Litoral I 32 10 42 71 -5,88 -37,50 -16,0
Pinhal Litoral II 118 66 184 68 -16,90 17,86 -7,1
Pinhal Interior Norte I 83 74 157 73 -7,78 48,00 12,1
Pinhal Interior Norte II 37 15 52 72 -19,57 -34,78 -24,6
Dão Lafões I 65 29 94 69 6,56 -3,33 3,3
Dão Lafões II 55 24 79 70 41,03 -42,86 -2,5
Dão Lafões III 47 29 76 72 -9,62 -49,12 -30,3
ULS C. Branco, EPE 95 43 138 71 3,26 -21,82 -6,1
ULS Guarda, EPE 102 51 153 73 -22,14 -25,00 -23,1
Região Saúde Centro 1.328 724 2.052 71 -4,12 -8,47 -5,7
Fonte: Base de dados dos GDH (diagnósticos considerados: 410.00 a 410.92) H - Homens; M - Mulheres
Quadro 12 - Internamento por cancro da mama feminina nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
ACeS/ ULS
2010 % var. 09/10
Internamentos
M Média de Idades
M
Baixo Vouga I 136 60 81,33
Baixo Vouga II 159 59 37,07
Baixo Vouga III 30 61 275,00
Baixo Mondego I 308 61 19,84
Baixo Mondego II 152 63 21,60
Baixo Mondego III 83 68 -6,74
Cova da Beira 98 61 2,08
Pinhal Litoral I 47 61 17,50
Pinhal Litoral II 219 61 1,39
Pinhal Interior Norte I 105 66 25,00
Pinhal Interior Norte II 23 65 -41,03
Dão Lafões I 123 59 17,14
Dão Lafões II 58 64 26,09
Dão Lafões III 84 62 -2,33
ULS C. Branco, EPE 107 66 -5,31
ULS Guarda, EPE 132 60 -10,81
Região Saúde Centro 1.864 62 13,45
Fonte: Base de dados dos GDH (diagnósticos considerados: 174.0 a 174.9 e 233.0 e 198.81) M - Mulheres
18
Quadro 13 - Internamento por cancro do colo do útero nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
ACeS/ ULS
2010 % var. 09/10
Internamentos
M Média de
Idades M
Baixo Vouga I 26 64 -18,75
Baixo Vouga II 29 55 -19,44
Baixo Vouga III 5 58 66,67
Baixo Mondego I 19 62 -32,14
Baixo Mondego II 17 56 -56,41
Baixo Mondego III 6 68 -45,45
Cova da Beira 2 44 0,00
Pinhal Litoral I 4 35 -63,64
Pinhal Litoral II 23 53 -41,03
Pinhal Interior Norte I 4 58 -85,19
Pinhal Interior Norte II 4 57 -42,86
Dão Lafões I 12 44 -20,00
Dão Lafões II 8 59 -52,94
Dão Lafões III 16 47 45,45
ULS C. Branco, EPE 13 58 -38,10
ULS Guarda, EPE 16 55 -5,88
Região Saúde Centro 204 55 -35,44
Fonte: Base de dados dos GDH (diagnósticos considerados: 180.0 a 180.9 e 233.1) M - Mulheres
Quadro 14 - Internamento por cancro do cólon e reto nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
ACeS/ ULS
2010 % var. 09/10 Internamentos
H M Total HM Média de
Idades H M Total HM
Baixo Vouga I 93 71 164 70 8,14 9,23 8,6
Baixo Vouga II 129 98 227 67 20,56 3,16 12,4
Baixo Vouga III 29 18 47 71 0,00 -35,71 -17,5
Baixo Mondego I 141 86 227 69 31,78 -17,31 7,6
Baixo Mondego II 106 64 170 71 16,48 30,61 21,4
Baixo Mondego III 47 35 82 72 4,44 -22,22 -8,9
Cova da Beira 113 54 167 73 5,61 35,00 13,6
Pinhal Litoral I 90 47 137 72 57,89 34,29 48,9
Pinhal Litoral II 140 83 223 68 -24,32 0,00 -16,8
Pinhal Interior Norte I 55 37 92 71 0,00 12,12 4,5
Pinhal Interior Norte II 45 27 72 68 2,27 50,00 16,1
Dão Lafões I 44 34 78 73 -18,52 -26,09 -22,0
Dão Lafões II 66 25 91 67 34,69 -46,81 -5,2
Dão Lafões III 100 54 154 73 3,09 5,88 4,1
ULS C. Branco, EPE 86 72 158 73 -21,82 22,03 -6,5
ULS Guarda, EPE 263 225 488 69 37,70 78,57 53,9
Região Saúde Centro 1.547 1.030 2.577 70 9,41 11,47 10,2
Fonte: Base de dados dos GDH (diagnósticos considerados: 153.0 a 153.9 e 154.0 a 154.1 e 230.3 a 230.4 e 197.5) H - Homens; M - Mulheres
19
Quadro 15 - Internamento por doenças infeciosas nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
ACeS/ ULS
2010 % var. 09/10 Internamentos
H M Total HM Média de Idades
H M Total HM
Baixo Vouga I 32 17 49 48 23,08 30,77 25,6
Baixo Vouga II 55 43 98 48 -5,17 86,96 21,0
Baixo Vouga III 23 13 36 52 -36,11 -18,75 -30,8
Baixo Mondego I 114 68 182 47 -25,97 54,55 -8,1
Baixo Mondego II 48 38 86 52 -18,64 80,95 7,5
Baixo Mondego III 24 10 34 57 20,00 -23,08 3,0
Cova da Beira 66 32 98 51 17,86 39,13 24,1
Pinhal Litoral I 13 16 29 60 0,00 45,45 20,8
Pinhal Litoral II 86 23 109 46 2,38 -42,50 -12,1
Pinhal Interior Norte I 29 21 50 56 16,00 61,54 31,6
Pinhal Interior Norte II 26 12 38 64 333,33 200,00 280,0
Dão Lafões I 22 13 35 49 -24,14 -23,53 -23,9
Dão Lafões II 13 11 24 53 -7,14 37,50 9,1
Dão Lafões III 27 15 42 53 -37,21 50,00 -20,8
ULS C. Branco, EPE 34 24 58 47 -34,62 26,32 -18,3
ULS Guarda, EPE 43 15 58 46 53,57 0,00 34,9
Região Saúde Centro 655 371 1.026 52 -6,83 27,93 3,3
Fonte: Base de dados dos GDH (diagnósticos considerados: 005.1 e 023.0 a 023.9 e 046.1 e 001.1 a 001.9 e 032.0 a 032.9 e 122.0 a 122.9 e 066.1 e 060.0 a 060.9 e 002.0 e 083.0 e 098.0 a 098.19 e 070.0 a 070.9 e 030.0 a 030.9 e 098.0 a 098.89 e 482.84 e 085.0 e 100.0 a 100.9 e 084.0 a 084.9 e 036.0 a 036.9 e 020.0 a 020.9 e 072.9 e 045.00 a 045.93 e 056.00 a 056.9 e 771.0 e 003.0 a 003.9 e 055.0 a 055.9 e 004.0 a 004.9 e 090.0 a 090.9 e 104.0 e 091.0 a 091.9 e 037 e 771.3 e 033.0 a 033.9 e 124 e 013.00 a 013.96 e 018.00 a 018.96 e 012.00 a 012.86 e 320.0 e 088.81 e 071 e 041.5) H - Homens; M - Mulheres
Quadro 16 - Internamento por SIDA nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
ACeS/ ULS
2010 % var. 09/10 Internamentos
H M Total HM Média de Idades
H M Total HM
Baixo Vouga I 16 12 28 44 -5,88 100,00 21,7
Baixo Vouga II 36 14 50 44 5,88 -6,67 2,0
Baixo Vouga III 6 4 10 45 -45,45 -20,00 -37,5
Baixo Mondego I 102 23 125 46 4,08 -11,54 0,8
Baixo Mondego II 13 12 25 46 30,00 200,00 78,6
Baixo Mondego III 16 2 18 43 100,00 0,00 80,0
Cova da Beira 22 10 32 43 37,50 25,00 33,3
Pinhal Litoral I 0 3 3 50
Pinhal Litoral II 62 12 74 43 63,16 -20,00 39,6
Pinhal Interior Norte I 17 5 22 49 466,67 -54,55 57,1
Pinhal Interior Norte II 4 1 5 40 -20,00 0,00 -16,7
Dão Lafões I 8 3 11 47 -46,67
-26,7
Dão Lafões II 4 1 5 49 0,00 0,00 0,0
Dão Lafões III 17 2 19 48 142,86 -33,33 90,0
ULS C. Branco, EPE 23 5 28 45 -4,17 25,00 0,0
ULS Guarda, EPE 13 3 16 46 30,00 -40,00 6,7
Região Saúde Centro 359 112 471 46 19,27 5,66 15,7
Fonte: Base de dados dos GDH (diagnósticos considerados: 042) H - Homens; M - Mulheres
20
Quadro 17 - Internamento por SIDA (portador) nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
ACeS/ ULS
2010 % var. 09/10 Internamentos
H M Total HM Média de Idades
H M Total HM
Baixo Vouga I 2 5 7 41 -66,67 400,00 0,0
Baixo Vouga II 6 3 9 49 -25,00 -40,00 -30,8
Baixo Vouga III 1 0 1 33 -66,67 -100,00 -75,0
Baixo Mondego I 8 8 16 44 -42,86 33,33 -20,0
Baixo Mondego II 0 0 0 0 -100,00 -100,00 -100,0
Baixo Mondego III 1 0 1 64 -66,67 -100,00 -75,0
Cova da Beira 2 2 4 35 0,00
100,0
Pinhal Litoral I 0 1 1 46 -100,00
0,0
Pinhal Litoral II 8 2 10 38 0,00 -88,89 -61,5
Pinhal Interior Norte I 0 3 3 38
200,00 200,0
Pinhal Interior Norte II 0 0 0 0 -100,00
-100,0
Dão Lafões I 1 1 2 39 -66,67
-33,3
Dão Lafões II 3 0 3 56
-100,00 50,0
Dão Lafões III 2 0 2 34 0,00
0,0
ULS C. Branco, EPE 5 1 6 21 66,67 -66,67 0,0
ULS Guarda, EPE 4 0 4 33 -33,33
-33,3
Região Saúde Centro 43 26 69 36 -35,82 -33,33 -34,9
Fonte: Base de dados dos GDH (diagnósticos considerados: V08) H - Homens; M - Mulheres
Quadro 18 - Internamento por tuberculose nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
ACeS/ ULS
2010 % var. 09/10 Internamentos
H M Total HM Média de Idades
H M Total HM
Baixo Vouga I 11 16 27 54 0,00 300,00 80,0
Baixo Vouga II 47 13 60 44 95,83 -27,78 42,9
Baixo Vouga III 5 6 11 36 -58,33 100,00 -26,7
Baixo Mondego I 11 10 21 54 -54,17 -9,09 -40,0
Baixo Mondego II 4 10 14 59 -42,86 233,33 40,0
Baixo Mondego III 9 1 10 61 200,00 0,00 150,0
Cova da Beira 24 15 39 47 -7,69 50,00 8,3
Pinhal Litoral I 6 1 7 50 20,00 0,00 16,7
Pinhal Litoral II 9 4 13 52 -50,00 -66,67 -56,7
Pinhal Interior Norte I 5 4 9 54 -54,55 100,00 -30,8
Pinhal Interior Norte II 8 0 8 70 166,67 -100,00 0,0
Dão Lafões I 4 2 6 54 -20,00
20,0
Dão Lafões II 8 2 10 69 -42,86 -33,33 -41,2
Dão Lafões III 4 0 4 53 33,33 -100,00 0,0
ULS C. Branco, EPE 22 6 28 48 4,76 0,00 3,7
ULS Guarda, EPE 12 3 15 58 -29,41 -40,00 -31,8
Região Saúde Centro 189 93 282 54 -7,35 9,41 -2,4
Fonte: Base de dados dos GDH (diagnósticos considerados: 010.00 a 018.96) H - Homens; M - Mulheres
21
Quadro 19 - Internamento por gripe nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
ACeS/ ULS
2010 % var. 09/10 Internamentos
H M Total HM Média de Idades
H M Total HM
Baixo Vouga I 3 2 5 46 -57,14 -81,82 -72,2
Baixo Vouga II 2 1 3 36 -92,59 -95,00 -93,6
Baixo Vouga III 1 0 1 0 -83,33 -100,00 -88,9
Baixo Mondego I 3 1 4 51 -70,00 -95,65 -87,9
Baixo Mondego II 2 1 3 65 -71,43 -92,31 -85,0
Baixo Mondego III 0 1 1 20 -100,00 -80,00 -93,3
Cova da Beira 3 6 9 44 -88,00 -76,00 -82,0
Pinhal Litoral I 0 1 1 81 -100,00 -75,00 -87,5
Pinhal Litoral II 1 1 2 49 -97,22 -96,15 -96,8
Pinhal Interior Norte I 1 1 2 42 -83,33 -80,00 -81,8
Pinhal Interior Norte II 1 2 3 65 -50,00 -66,67 -62,5
Dão Lafões I 3 3 6 28 -80,00 -78,57 -79,3
Dão Lafões II 1 2 3 33 -83,33 -77,78 -80,0
Dão Lafões III 1 2 3 59 -80,00 -71,43 -75,0
ULS C. Branco, EPE 5 0 5 57 -80,77 -100,00 -88,6
ULS Guarda, EPE 0 3 3 28 -100,00 -83,33 -88,9
Região Saúde Centro 27 27 54 44 -86,57 -86,96 -86,8
Fonte: Base de dados dos GDH (diagnósticos considerados: 487.0 a 487.8) H - Homens; M - Mulheres
Quadro 20 - Internamento por pneumonia nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
ACeS/ ULS
2010 % var. 09/10 Internamentos
H M Total HM Média de
Idades H M Total HM
Baixo Vouga I 460 429 889 67 -13,37 -9,68 -11,6
Baixo Vouga II 656 533 1.189 60 -1,94 -18,00 -9,9
Baixo Vouga III 233 257 490 64 -3,72 -0,77 -2,2
Baixo Mondego I 776 703 1.479 60 3,05 12,48 7,3
Baixo Mondego II 538 477 1.015 65 0,75 1,27 1,0
Baixo Mondego III 421 352 773 61 7,67 13,18 10,1
Cova da Beira 482 404 886 68 -16,46 -15,13 -15,9
Pinhal Litoral I 254 235 489 75 -8,63 -4,86 -6,9
Pinhal Litoral II 800 676 1.476 59 -6,65 4,64 -1,8
Pinhal Interior Norte I 447 453 900 66 -5,10 14,11 3,7
Pinhal Interior Norte II 291 198 489 75 9,81 13,79 11,4
Dão Lafões I 273 241 514 60 -19,47 -11,07 -15,7
Dão Lafões II 263 191 454 51 -10,85 -22,98 -16,4
Dão Lafões III 358 241 599 50 -12,04 -25,16 -17,8
ULS C. Branco, EPE 553 379 932 52 14,26 4,70 10,2
ULS Guarda, EPE 489 361 850 58 -8,77 -22,03 -14,9
Região Saúde Centro
7.294 6.130 13.424 62 -4,39 -4,17 -4,29
Fonte: Base de dados dos GDH (diagnósticos considerados: 486; 485; 481; 482.0 a 482.9; 483.0 a 483.8) H - Homens; M - Mulheres
22
Quadro 21 - Internamento por DPOC e asma nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
ACeS/ ULS
2010 % var. 09/10Internamentos
H M Total HM Média de
Idades H M Total HM
Baixo Vouga I 195 178 373 76 -8,45 7,88 -1,3
Baixo Vouga II 296 215 511 76 8,42 5,91 7,4
Baixo Vouga III 103 124 227 76 9,57 -3,88 1,8
Baixo Mondego I 422 267 689 75 9,04 3,49 6,8
Baixo Mondego II 226 163 389 74 -3,00 -7,39 -4,9
Baixo Mondego III 208 101 309 75 11,23 -9,82 3,3
Cova da Beira 387 240 627 77 6,03 4,80 5,6
Pinhal Litoral I 103 85 188 77 -15,57 1,19 -8,7
Pinhal Litoral II 553 461 1.014 76 2,98 0,88 2,0
Pinhal Interior Norte I 242 140 382 76 0,83 4,48 2,1
Pinhal Interior Norte II 124 72 196 75 19,23 16,13 18,1
Dão Lafões I 213 127 340 74 -2,29 -16,45 -8,1
Dão Lafões II 179 114 293 78 10,49 -19,72 -3,6
Dão Lafões III 257 175 432 78 7,98 -8,38 0,7
ULS C. Branco, EPE 221 76 297 75 29,24 0,00 20,2
ULS Guarda, EPE 343 186 529 77 0,59 -5,10 -1,5
Região Saúde Centro 4.072 2.724 6.796 76 4,81 -1,52 2,2
Fonte: Base de dados dos GDH (diagnósticos considerados: 491.20 a 491.22, 492.0 a 492.8, 493.20 a 493.22 e 496) H - Homens; M - Mulheres
Quadro 22 - Internamento por doenças evitáveis por vacinação nos hospitais da Região de Saúde do Centro (2009-2010)
ACeS/ ULS
2010 % var. 09/10 Internamentos
H M Total HM
Média de Idades
H M Total HM
Baixo Vouga I 13 7 20 50 -13,33 -56,25 -35,5
Baixo Vouga II 13 23 36 56 -65,79 -17,86 -45,5
Baixo Vouga III 16 1 17 47 -27,27 -83,33 -39,3
Baixo Mondego I 34 18 52 45 -26,09 -60,00 -42,9
Baixo Mondego II 16 4 20 56 -23,81 -80,00 -51,2
Baixo Mondego III 7 2 9 44 -61,11 -81,82 -69,0
Cova da Beira 17 13 30 52 -55,26 -58,06 -56,5
Pinhal Litoral I 6 9 15 55 -57,14 28,57 -28,6
Pinhal Litoral II 28 11 39 47 -54,84 -77,55 -64,9
Pinhal Interior Norte I 11 6 17 52 -8,33 -25,00 -15,0
Pinhal Interior Norte II 8 4 12 73 300,00 -50,00 20,0
Dão Lafões I 12 12 24 47 -63,64 -50,00 -57,9
Dão Lafões II 6 5 11 48 -57,14 -61,54 -59,3
Dão Lafões III 17 13 30 53 -15,00 18,18 -3,2
ULS C. Branco, EPE 10 5 15 56 -70,59 -80,77 -75,0
ULS Guarda, EPE 23 6 29 45 27,78 -73,91 -29,3
Região Saúde Centro 237 139 376 52 -41,77 -57,36 -48,7
Fonte: Base de dados dos GDH (diagnósticos considerados: 056.00 a 056.9 e 771.0 e 070.30 a 070.33 e V02.61 e 055.0 a 055.9 e 032.0 a 032.9 e 487.0 a 487.8 e 036.0 a 036.9 e 037 e 771.3 e 033.0 a 033.9 e 041.5) H - Homens; M - Mulheres
23
Mortalidade
A taxa de mortalidade infantil éum dos indicadores de saúde mais sensíveis, sendo
utilizado para medir e, desta forma, refletir o nível assistencial ede condições gerais de
vida de uma região.
Em 2010 nasceram, no âmbito territorial jurisdicional da ARSC, 13 932 nados-vivos,
tendo ocorrido 26 óbitos infantis (i.e., com menos de 1 ano de idade). Desta forma, a taxa
de mortalidade infantil desta região de Saúde foi de 1,9‰– valor substancialmente inferior
ao do todo continental e nacional (2,5‰).
Gráfico 11 - Evolução da taxa de mortalidade infantil, 2006-2010
Gráfico 12 - Taxa de mortalidade infantil por ACeS e ULS da Guarda
3,3 3,4 3,3 3,6
2,5 3,0
3,2
3,7
2,6
1,9
0
1
2
3
4
2006 2007 2008 2009 2010
1000 n
ados-v
ivos
Continente
Região Centro(NUTS 1999)
Fonte: INE; DGS
00
02
04
06
08
10
12
14
16
2006 2007 2008 2009 Valor médio da Região Centro (2006-2009)
Fonte: WebSIG ACS
24
Gráfico 13 - Taxas de natalidade, mortalidade infantil, fetal e perinatal na Região Centro (NUTS 1999)
Relativamente à taxa bruta de mortalidade, a Região Centro tem apresentado ao longo
dos últimos anos valores superiores aos verificados no Continente. Inversamente, a taxa
bruta de natalidade é inferior na Região Centro.
Quadro 23 - Evolução dos indicadores de saúde na região centro e continente, nos últimos 5 anos.
ANO
Taxa bruta mortalidade Taxa bruta natalidade * Taxa mortalidade infantil * Taxa mortalidade
neonatal *
Continente Reg. Centro (NUTS 2002)
Continente Reg. Centro (NUTS 1999)
Continente Reg. Centro (NUTS 1999)
Continente Reg. Centro
(NUTS 1999)
2006 9,6 11,0 9,9 8,6 3,3 3,0 2,1 2,1
2007 9,8 11,3 9,6 8,1 3,4 3,2 2,0 1,8
2008 9,8 11,4 9,8 8,2 3,3 3,7 2,1 2,0
2009 9,8 11,2 9,3 7,8 3,6 2,6 2,4 2,0
2010 9,9 11,4 9,5 8,2 2,5 1,9 1,6 1,3
Fonte: INE; *DGS
Os quadros seguintes resumem dados de mortalidade por causas específicas (doenças
cardiovasculares e neoplásicas).
8,6
8,1 8,2 7,8
8,2
3,0 3,2
3,7
2,6
1,9
3,7
2,6
1,9
2,9 2,6
5,8
4,4
3,9
4,9
3,9
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
2006 2007 2008 2009 2010
Natalidade Mortalidade infantil Mortalidade fetal Mortalidade perinatal
Fonte: INE; DGS
25
Quadro 24 - Mortalidade por doenças cardiovasculares naRegião de Saúde do Centro (por 100 000)
ACES/ ULS
Taxa bruta de mortalidade por AVC antes dos 65 anos
Taxa bruta de mortalidade por doença isquémica cardíaca antes dos 65 anos
2006 2007 2008 2009 2006 2007 2008 2009
Baixo Mondego I 8,1 6,4 8,2 8,1 2,3 7,0 5,3 5,9
Baixo Mondego II 10,1 13,8 9,2 11,8 11,0 3,7 5,5 10,7
Baixo Mondego III 9,5 5,9 9,5 7,6 5,9 2,4 5,9 6,1
Baixo Vouga I 5,1 6,0 9,4 11,7 2,6 4,3 1,7 9,5
Baixo Vouga II 15,9 12,2 7,3 14,5 6,1 3,7 4,2 5,1
Baixo Vouga III 7,3 9,4 12,5 6,2 3,1 4,2 5,2 3,7
Cova da Beira 12,0 9,9 5,5 17,2 8,7 5,5 4,4 5,7
Dão Lafões I 12,3 15,2 7,1 8,5 6,1 4,1 2,0 2,4
Dão Lafões II 10,6 11,9 7,1 10,8 7,1 8,3 9,5 7,7
Dão Lafões III 11,2 9,2 7,1 10,6 2,0 3,1 3,1 2,6
Pinhal Int Norte I 12,6 6,3 4,2 10,8 7,3 8,4 2,1 8,1
Pinhal Int Norte II 7,1 4,8 14,5 19,9 0,0 0,0 4,8 0,0
Pinhal Litoral I 6,7 5,0 6,7 8,5 1,7 1,7 0,0 0,0
Pinhal Litoral II 6,3 6,3 6,2 8,1 2,4 3,4 2,9 5,2
ULS Guarda 8,1 8,9 10,2 15,4 4,4 5,1 8,9 4,3
ULS C. Branco - Beira Int Sul 12,0 9,5 6,8 15,1 9,3 4,1 10,9 9,5
ULS C. Branco - Pinhal Int Sul 16,7 9,7 9,9 14,3 2,4 0,0 12,4 7,2
Fonte: WebSIG ACS/ DGS
Quadro 25 - Mortalidade por doença neoplásica naRegião de Saúde do Centro (por 100 000)
ACES
Taxa de mortalidade por cancro da mama antes dos
65 anos
Taxa de mortalidade por cancro do cólon e recto
antes dos 65 anos
Taxa de mortalidade por cancro do colo do útero
antes dos 65 anos
2006 2007 2008 2009 2006 2007 2008 2009 2006 2007 2008 2009
Baixo Mondego I 8,7 4,4 11,1 12,8 9,2 11,7 6,5 8.1 0,0 2,2 2,2 5,7
Baixo Mondego II 5,3 8,9 10,7 9,4 7,3 9,2 5,5 8,3 0,0 3,5 3,6 4,7
Baixo Mondego III 16,1 11,4 11,4 3,0 7,1 2,4 9,5 10,6 2,3 0,0 0,0 3,0
Baixo Vouga I 13,2 8,3 13,2 14,7 8,5 6,0 9,4 5,3 5,0 3,3 0,0 4,2
Baixo Vouga II 13,1 8,3 5,9 15,8 8,0 4,9 7,3 8,7 0,0 1,2 3,5 4,3
Baixo Vouga III 8,2 12,2 8,1 14,9 11,5 2,1 7,3 9,9 2,0 2,0 2,0 0,0
Cova da Beira 12,6 10,6 12,8 5,8 6,5 6,6 9,9 7,2 2,1 0,0 2,1 0,0
Dão Lafões I 13,7 15,6 15,5 14,3 4,1 8,1 8,1 8,5 2,0 0,0 5,8 2,4
Dão Lafões II 6,9 6,9 6,9 6,2 7,1 7,1 4,8 3,1 0,0 0,0 4,6 9,3
Dão Lafões III 3,9 11,8 5,9 13,2 5,1 9,2 6,1 9,3 0,0 2,0 2,0 2,6
Pinhal Int Norte I 12,2 14,2 8,1 8,2 7,3 6,3 5,2 14,8 0,0 0,0 2,0 5,5
Pinhal Int Norte II 9,0 9,2 9,2 26,8 7,1 7,1 9,6 3,3 0,0 0,0 0,0 0,0
Pinhal Litoral I 6,6 19,6 3,3 4,3 3,4 8,4 10,0 4,2 3,3 6,5 0,0 4,3
Pinhal Litoral II 7,6 12,3 15,1 10,4 6,8 6,7 7,2 6,4 1,0 1,9 1,9 3,5
ULS Guarda 6,0 4,8 4,9 20,5 5,0 7,6 8,3 12,0 0,0 2,4 1,2 1,7
ULS CB - Beira Int Sul 23,1 5,2 7,9 19,1 10,7 5,4 6,8 13,2 0,0 2,6 2,6 3,8
ULS CB - Pinhal Int Sul 0,0 0,0 9,5 14,9 4,8 2,4 9,9 10,7 4,6 0,0 0,0 7,4
Fonte: WebSIG ACS/DGS
26
4. Rede de cuidados de saúde e (re)organização dos serviços
A rede de cuidados de saúde primários da Região de Saúde do Centro inclui 85centros
de saúde, dos quais 20 estão integrados nas ULS da Guarda e de Castelo Branco e os
restantes 65 nos 14 ACeS da ARSC. As unidades funcionais dos ACeS asseguram, nos
termos legais, a prestação de cuidados de saúde primários à população da sua área
geodemográfica (Quadro 26).
A rede de cuidados hospitalares compreende 28 hospitais com financiamento público,
dos quais 26 unidades hospitalares do SNS (Quadro 27).
A rede hospitalar do SNS está organizada em 5 centros hospitalares, 2 hospitais centrais
especializados, 1 hospital distrital, 3 hospitais de nível 1 e 3 hospitais integrados em ULS.
Quadro 26 - Rede de cuidados de saúde da ARSC em 31/12/2011
ACeS Centros Saúde Hospitais
ACeS Centros Saúde Hospitais
Baixo Vouga I
Águeda Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE - Hospital Distrital de Águeda
Pinhal Interior Norte I
Arganil
Anadia
Góis
Oliveira do Bairro Hospital José Luciano de Castro
Lousã
Sever do Vouga
Miranda do Corvo
Baixo Vouga II
Albergaria-a-Velha Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE - Hospital Infante D. Pedro
Oliveira do Hospital
Aveiro
Pampilhosa da Serra
Ílhavo
Tábua
Vagos
Vila Nova de Poiares
Baixo Vouga III
Estarreja Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE - Hospital Visconde de Salreu
Pinhal Interior Norte II
Alvaiázere
Murtosa
Ansião
Ovar Hospital Dr. Francisco Zagalo - Ovar
Castanheira de Pera
Baixo Mondego I
Celas Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Figueiró dos Vinhos
Eiras
Pedrógão grande
Fernão de Magalhães
Penela
Norton de Matos
Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil, EPE
Dão Lafões I
Viseu 1 Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE - Hospital S. Teotónio
Santa Clara
Viseu 3
S. Martinho do Bispo
Dão Lafões II
Aguiar da Beira
Condeixa-a-Nova
Castro Daire
Penacova
Oliveira de Frades
Baixo Mondego II
Figueira da Foz Hospital Distrital da Figueira Foz, EPE
São Pedro do Sul
Montemor-o-Velho Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Sátão
Soure
Vila Nova de Paiva
Baixo Mondego III
Cantanhede Hospital Arcebispo João Crisóstomo - Cantanhede
Vouzela
Mealhada
Dão Lafões III
Carregal do Sal
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE - Hospital Cândido de Figueiredo
Mira Centro de Medicina e Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais
Mangualde
Mortágua
Nelas
Cova da Beira
Belmonte Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE
Penalva do Castelo
Covilhã
Santa Comba Dão
Fundão
Tondela
Pinhal Litoral I
Pombal Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE - Hospital Distrital de Pombal
Pinhal Litoral II
Batalha
Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE - Hospital Santo André
Arnaldo Sampaio
Gorjão Henriques
Marinha grande
Porto de Mós
27
Quadro 27 - Rede de cuidados de saúde das ULS da Região de Saúde do Centro em 31/12/2011
ULS Centros de saúde Hospitais
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE
Beira Interior Sul
Castelo Branco
Hospital Amato Lusitano - Castelo Branco
Idanha-a-Nova
Penamacor
Vila Velha de Ródão
Pinhal Interior Sul
Oleiros
Proença-a-Nova
Sertã
Vila de Rei
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE
Celorico da Beira
Hospital Sousa Martins - Guarda
Guarda
Manteigas
Sabugal
Almeida
Figueira de Castelo Rodrigo
Hospital Nossa Senhora da Assunção - Seia
Meda
Pinhel
Trancoso
Fornos de Algodres
Gouveia
Seia
Cuidados de saúde primários
Unidades de Saúde Familiar (USF)
As USF são unidades funcionais dos ACeS que surgem de um movimento organizativo
voluntário de um conjunto de profissionais de saúde e visam, a par das unidades de
cuidados de saúde personalizados (UCSP), a prestação de cuidados de saúde
individuais.
Em 2011 entraram em funcionamento 4 novas unidades de saúde familiar na Região de
Saúde do Centro: Araceti (ACeS Baixo Mondego II), Condestável (ACeS Pinhal Litoral II),
Trevim-Sol (ACeS Pinhal Interior Norte I) e Estrela do Dão (ACeS Dão Lafões III).
Assim, a 31 de dezembro de 2011 encontravam-se em atividade 35 USF, 22 das quais a
funcionar em modelo A e 13 a funcionar de acordo com o modelo B (Quadro 28).
28
Quadro 28 - Caraterização das USF segundo o modelo de funcionamento (2010 e 2011)
2011 % 2010 % Var. 10/11 (%)
USF modelo A 22 62,9 20 64,5 10,0
USF modelo B 13 59,1 11 55,0 18,2
Total USF 35 100 31 100 12,9
O ano em que foi criado um maior número de USF foi 2007 (pico), assistindo-se a uma
diminuição progressiva, porventura explicável escassez de recursos humanos médicos e
pelo caráter auto-organizativo destas unidades funcionais(Gráfico 14).
Gráfico 14 - Número de USF criadas entre 2006 e 2011
Os ACeS do Baixo Vouga II, Baixo Mondego I e Dão Lafões I são aqueles que detêm o
maior número de USF em funcionamento (5 USF em cada um destes ACeS), conforme o
quadro 29.
4
10
7
5 5
4
0
2
4
6
8
10
12
2006 2007 2008 2009 2010 2011
Fonte: ARSC
29
Quadro 29 - Unidades de saúde familiar em funcionamento na Região de Saúde do Centro em 31/12/2011
ACeS/ ULS Designação das USF Entrada em funcionamento
Modelo A Modelo B
Baixo Vouga II
Moliceiro 14-05-2007 01-03-2010
Santa Joana 23-06-2008
Beira Ria 15-12-2008
Flor de Sal 26-03-2010
Rainha D. Teresa 09-12-2010
Baixo Vouga III
Barrinha 27-12-2007 01-07-2009
S. João de Ovar 17-12-2008
João Semana 15-12-2008 01-04-2011
Alpha 29-12-2009
Baixo Mondego I
Briosa 05-02-2007 01-07-2009
Cruz de Celas 05-02-2007 01-07-2009
Condeixa 04-09-2006 01-07-2008
CelaSaúde 18-11-2009
Mondego 23-12-2010
Baixo Mondego II
Buarcos 11-12-2007 01-01-2010
S. Julião 30-12-2006
Vitasaurium 30-10-2006
Araceti 04-08-2011
Baixo Mondego III
Marquês de Marialva 02-07-2007
As Gândras 15-09-2008
Progresso e Saúde 01-10-2010
Pinhal Interior Norte I Serra da Lousã 19-11-2007 01-10-2008
Trevim-Sol 16-09-2011
Pinhal Litoral II
Santiago de Leiria 01-03-2007 01-07-2009
D. Dinis 29-11-2007 01-11-2008
Condestável 19-09-2011
Dão-Lafões I
Grão Vasco 23-10-2006 01-09-2008
Infante D. Henrique 02-07-2007 01-12-2008
Viriato 09-12-2008 01-04-2011
Lusitana 28-07-2009
Viseu Cidade 28-07-2009
Dão-Lafões II Montemuro 09-12-2010
Lafões 02-12-2008
Dão-Lafões III Estrela do Dão 16-05-2011
ULS Guarda, EPE A Ribeirinha 15-07-2009
Fonte: ARSC
30
Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP)
As UCSP, à semelhança das USF, prestam cuidados personalizados individualizados de
saúde, garantindo as suas acessibilidades, continuidade e globalidade. Estas unidades
são constituídas através da assinatura de uma carta de compromisso com o diretor
executivo do ACeS, de acordo com o plano de açãorespetivo.
Foram formalizadas, na área territorial da Região de Saúde do Centro, durante 2011, um
total de 71 unidades de cuidados de saúde personalizados. A maioria dos ACeS da
ARSC (9/14) já dispõe de UCSP formalizadas, sendo que apenas os ACeS Baixo Vouga
III, Cova da Beira, Dão Lafões II, Pinhal Litoral II e Pinhal Interior Norte II não
formalizaram nenhuma UCSP (Quadro 30).
Quadro 30 - Unidades de cuidados de saúde personalizados da Região de Saúde do Centro em 31/12/2011
ACeS / ULS
UCSP
Designação Entrada em funcionamento
Baixo Vouga I
Águeda I 02-06-2010
Águeda II 21-01-2011
Águeda IV 25-01-2011
Águeda V 02-12-2010
Anadia I 04-02-2011
Anadia II 04-02-2011
Anadia III 04-02-2011
Oliv.do Bairro I 04-05-2010
Oliv.do Bairro II 02-12-2010
Sever do Vouga 01-06-2011
Baixo Vouga II
Albergaria-a-Velha I 09-12-2010
Aveiro I 17-01-2011
Aveiro II 17-01-2011
Ilhavo I 01-04-2010
Ilhavo II 01-04-2010
Vagos I 31-01-2011
Vagos II 31-01-2011
Baixo Mondego I Fernão de Magalhães 12-12-2011
Penacova 12-12-2011
Baixo Mondego II
Figueira da Foz Urbana 19-06-2009
Montemor-o-Velho 20-07-2009
Soure 19-06-2009
Figueira da Foz Norte 19-06-2009
Figueira da Foz Sul 02-07-2009
Baixo Mondego III
Cantanhede 20-09-2010
Mealhada 13-09-2010
Mira 20-09-2010
Mortágua "Juíz de Fora" 27-09-2010
Pinhal Litoral I
Pombal Oeste 10-05-2010
São Martinho 01-03-2011
Marquês 01-03-2011
Pinhal Interior Norte I
Arganil 01-04-2011
Miranda do Corvo 12-04-2010
Oliveira do Hospital 01-12-2011
Pampilhosa da Serra 12-04-2010
Tábua 01-12-2011
(continua)
31
(continuação)
ACeS / ULS
UCSP
Designação Entrada em
funcionamento
Dão Lafões I D. Duarte 01-06-2009
Coração de Viseu 01-06-2009
Dão Lafões III
Mangualde 01-05-2011
Penalva do Castelo 01-05-2011
Canas de Senhorim 01-05-2011
Carregal do Sal 01-05-2011
Santa Comba Dão 01-05-2011
Tondela 01-05-2011
Campo Caramulo 01-05-2011
Canas de Santa Maria 01-05-2011
ULS Castelo Branco, EPE
Oleiros 01-11-2009
Proença-a-Nova 01-11-2009
Sertã 01-11-2009
Vila de Rei 01-11-2009
UCSP I 01-11-2009
UCSP II 01-11-2009
UCSP III 01-11-2009
UCSP IV 01-11-2009
UCSP V 01-11-2009
Idanha-a-Nova 01-11-2009
Penamacor 01-11-2009
Vila Velha de Rodão 01-11-2009
ULS Guarda, EPE
CS Almeida 10-03-2011
CS Celorico 10-03-2011
CS Figueira de Castelo Rodrigo 10-03-2011
CS Fornos de Algodres 10-03-2011
CS Gouveia 10-03-2011
CS Guarda 10-03-2011
CS Manteigas 10-03-2011
CS Meda 10-03-2011
CS Pinhel 10-03-2011
CS Sabugal 10-03-2011
CS Seia 10-03-2011
CS Trancoso 10-03-2011
Fonte: ARSC
Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC)
As UCC foram regulamentadas pelo Despacho nº 10143/2009 e têm como missão a
prestação de cuidados de saúde e apoio psicológico e social de âmbito domiciliário e
comunitário, especialmente às pessoas, famílias e grupos mais vulneráveis, em situação
32
de maior risco ou dependência física e funcional ou doença que requeira
acompanhamento próximo.
Atuam, ainda, na educação para a saúde, na integração em redes de apoio à família e na
implementação de unidades móveis de intervenção, garantindo a continuidade e
qualidade dos cuidados prestados.
Resultando de um processo de candidatura com a respetiva autorização e homologação
pelo Conselho Diretivo da ARSC, em 2011 iniciaram a sua atividade cinco unidades
(Quadro 31): Sever do Vouga (ACeS Baixo Vouga I), Soure (ACeS Baixo Mondego II),
Belmonte (ACeS Cova da Beira), Poiares (ACeS Pinhal Interior Norte I) e Seia (ULS
Guarda, EPE).
Quadro 31 - Unidades de cuidados na comunidade da Região de Saúde do Centro em 31/12/2011
ACeS / ULS UCC
Designação Entrada em funcionamento
Baixo Vouga I Sever do Vouga Fev. 2011
Baixo Vouga II Albergaria 10-12-2010
Baixo Mondego II Soure 11-01-2011
Cova da Beira Belmonte 01-02-2011
Pinhal Interior Norte I
Arouce 01-10-2010
Pedra da Sé 11-08-2010
Por Poiares 29-03-2011
Dão Lafões III Nelas com + Saúde 19-11-2010
ULS Guarda, EPE Seia 03-10-2011
Fonte: ARSC
Unidades de Saúde Pública (USP)
As USP abrangem toda a área geográfica do ACeS e têm como competências elaborar
informação e planos no domínio da saúde pública, proceder à vigilância epidemiológica,
gerir e monitorizar programas de saúde no âmbito da prevenção, promoção e proteção da
saúde e ainda colaborar no exercício das funções de autoridade de saúde.
Nos termos da legislação em vigor, as USP detêm a missão de observatório de saúde da
área geodemográfica correspondente ao ACeS em que se integram – dotando, desta
forma, os decisores de informação em saúde necessária à tomada de decisão.
Em 31/12/2011 encontravam-se em funcionamento 17 USP (Quadro 32),
correspondentes à totalidade dos 14 ACeS da ARSC e às ULS da Região. A ULS de
33
Castelo Branco EPE dispõe de duas destas unidades, transitadas dos ACeS criados ao
abrigo da Portaria nº 274/2009 de 18 de Março (Beira Interior Sul e Pinhal Interior Sul).
Quadro 32 - Unidades de Saúde Pública da Região de Saúde do Centro em 31/12/2011
ACeS / ULS USP
Entrada em funcionamento Nº profissionais
Baixo Vouga I 30-07-2009 16
Baixo Vouga II 06-07-2009 27*
Baixo Vouga III 19-03-2009 21
Baixo Mondego I 08-09-2009 27
Baixo Mondego II 02-04-2009 13
Baixo Mondego III 17-09-2009 16
Cova da Beira 01-01-2010 33**
Pinhal Litoral I 02-04-2009 5
Pinhal Litoral II 01-02-2010 36
Pinhal Interior Norte I 01-03-2010 26
Pinhal Interior Norte II 01-01-2009 8
Dão Lafões I 01-06-2009 10
Dão Lafões II 02-11-2009 11
Dão Lafões III 01-03-2009 12
ULS Guarda, EPE n.d. 49***
ULS Castelo Branco , EPE 01-09-2009 (Pinhal Interior Sul) 8
01-09-2009 (Beira Interior Sul) 11
Fonte: ARSC
* Inclui 8 profissionais a tempo parcial.
** Inclui 26 profissionais a tempo parcial.
*** Inclui 21 profissionais a tempo parcial.
Unidades de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP)
Estas unidades, criadas ao abrigo do Decreto-Lei nº 28/2008 de 22 de Fevereiro,
abrangem todo o território do ACeS (à semelhança das USP) e prestam serviços de
consultoria e assistenciais às outras unidades funcionais, organizando ainda as ligações
funcionais com os serviços hospitalares.
A 31/12/2011encontravam-se em funcionamento 15 destas unidades funcionais
formalizadas (Quadro 33).
34
Quadro 33 - Unidades de Recursos Assistenciais Partilhados da Região de Saúde do Centro em 31/12/2011
ACeS / ULS URAP
Entrada em funcionamento Nº profissionais
Baixo Vouga I 19-03-2010 5
Baixo Vouga II 06-11-2009 12*
Baixo Vouga III 19-03-2009 13
Baixo Mondego I 03-05-2010 23
Baixo Mondego II 16-10-2009 15
Baixo Mondego III 10-08-2010 7
Cova da Beira 27-04-2010 6
Pinhal Litoral II n.d. 11
Pinhal Interior Norte I 03-03-2010 20
Pinhal Interior Norte II 01-04-2009 4
Dão Lafões I 01-06-2009 16
Dão Lafões II 18-03-2009 11
Dão Lafões III 01-06-2009 11
ULS Castelo Branco, EPE 01-11-2009 (Beira Interior Sul) 7
01-11-2009 (Pinhal Interior Sul) 5
Fonte: ARSC * Inclui 8 profissionais a tempo parcial.
Unidades de Apoio à Gestão (UAG)
A 31/12/2011 a ARSC dispunha de 14 unidades de apoio à gestão em funcionamento.
Estas unidades, criadas ao abrigo da alínea f) do número 1 do artigo 7º do decreto-lei
nº 28/2008 de 22 de Fevereiro, exercem funções de assessoria ao diretor executivo do
ACeS (Quadro 34).
Quadro 34 - Unidades de Apoio à Gestão da ARSC em 31/12/2011
ACeS / ULS UAG
Entrada em funcionamento Nº profissionais
Baixo Vouga I 03-04-2009 12
Baixo Vouga II 20-05-2009 23
Baixo Vouga III 19-03-2009 9
Baixo Mondego I 17-04-2009 12
Baixo Mondego II 18-05-2009 21
Baixo Mondego III 28-04-2009 13
Cova da Beira 12-10-2009 4
Pinhal Litoral I 03-08-2009 6
Pinhal Litoral II 02-04-2009 43
Pinhal Interior Norte I 18-01-2010 14
Pinhal Interior Norte II 01-01-2009 3
Dão Lafões I 01-06-2009 53
Dão Lafões II 18-03-2009 10
Dão Lafões III 01-03-2009 22
Fonte: ARSC
35
Cuidados de saúde diferenciados
A reestruturação da rede hospitalar da Região de Saúde do Centro conheceu novos
desenvolvimentos em 2011, seguindo a política de integração, complementaridade e
concentração de recursos que tem vindo a ser implementada pelo Governo, bem como a
redução de estruturas orgânicas, administrativas e funcionais das unidades de saúde.
Assim, o Decreto-Lei nº 30/2011 de 2 de março determinou a criação de 4 centros
hospitalares na Região de Saúde do Centro com a natureza de entidades públicas
empresariais (EPE), por fusão de 10 unidades hospitalares que lhe deram origem
(Quadro 35).
Quadro 35 - Centros hospitalares criados na Região de Saúde do Centro ao abrigo do DL nº 30/2011
CENTROS HOSPITALARES Hospitais integrados por fusão
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Hospital Distrital de Águeda
Hospital Visconde de Salreu – Estarreja
Hospital Infante D. Pedro, EPE – Aveiro
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE
Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra
Centro Hospitalar de Coimbra, EPE
Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE Hospital Santo André, EPE – Leiria
Hospital Distrital de Pombal
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE Hospital Cândido de Figueiredo – Tondela
Hospital São Teotónio, EPE – Viseu
A rede hospitalar da ARS Centro é, assim, constituída desde 1 de abril de 2011 por 5
centros hospitalares, 2 hospitais centrais especializados (IPO de Coimbra e Centro de
Medicina Física e Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais), 1 hospital distrital
(Hospital Distrital da Figueira da Foz), 3 hospitais de nível 1 e 3 hospitais integrados em
duas ULS (Hospital Sousa Martins e Hospital de Seia e Hospital Amato Lusitano) –
totalizando 26 unidades prestadoras de cuidados hospitalares do SNS, correspondentes
a 13 entidades (quadros 36 e 37).
Quadro 36 - Rede de cuidados hospitalares da Região de Saúde do Centro em 31/12/2011, por tipo de entidade
SPA EPE
Centros hospitalares
5
Hospitais 4 1
IPO
1
ULS
2
36
Quadro 37 - Rede de cuidados hospitalares da Região de Saúde do Centro em 31/12/2011
Hospitais SPA
Hospital do Arcebispo João Crisóstomo – Cantanhede
Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar
Hospital de José Luciano de Castro – Anadia
Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais
Hospitais EPE
Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE Hospital Distrital da Covilhã
Hospital Distrital do Fundão
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE Hospital de São Teotónio – Viseu
Hospital de Cândido de Figueiredo – Tondela
Hospital Distrital da Figueira Foz, EPE
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Hospital Infante D. Pedro – Aveiro
Hospital Distrital de Águeda
Hospital do Visconde de Salreu – Estarreja
Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE Hospital de Santo André – Leiria
Hospital Distrital de Pombal
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Centro Hospitalar de Coimbra
Hospitais da Universidade de Coimbra
Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra
Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE
ULS Castelo Branco, EPE Hospital Amato Lusitano - Castelo Branco
ULS Guarda, EPE Hospital Sousa Martins - Guarda
Hospital de Nossa Senhora da Assunção – Seia
A lotação praticada a dezembro de2011 (excluindo berçário, quartos particulares, lar de
doentes e cuidados paliativos na rede) corresponde a 5421 camas. O CHUC, a maior
entidade hospitalar do País,destaca-se com um total de 2280 camas, correspondentes a
42% da lotação praticada regional.
Relativamente a 2010, observou-se um decréscimo regional global da lotação praticada
de 2%.
Quadro 38 - ARSC: lotação praticada pelos hospitais (2010 e 2011)
Hospitais Dez 2010 Dez 2011 Variação11/10
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 341 319 -6,5%
Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, EPE 562 537 -4,4%
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 486 509 4,7%
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 2.357 2.280 -3,3%
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE 650 646 -0,6%
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 144 144 0,0%
Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE 191 191 0,0%
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 362 373 3,0%
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 298 293 -1,7%
Centro Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais 101 101 0,0%
Hospital Arcebispo João Crisóstomo (1) - - -
Hospital Dr. Francisco Zagalo 23 28 21,7%
Hospital José Luciano de Castro (1) 16 - -
Região de Saúde do Centro 5.531 5.421 -2,0%
Notas: (1) Hospitais sem internamento.
Fonte: mapas de acompanhamento mensal, SICA. Informação obtida a 02/04/2012
37
5. Caracterização económico-financeira
No âmbito do novo modelo de organização que teve como uma das metas a
racionalização dos meios humanos e técnicos disponíveis na área financeira deu-se
continuidade, no ano de 2011, ao processo de centralização do processamento da
despesa num único serviço, cabendo aos ACeS a responsabilidade do pagamento
daquela que, pelas suas caraterísticas, dificilmente poderia ser paga nos serviços
centrais.
Estes pagamentos são realizados cumprindo o estabelecido no Regulamento de Fundo
de Maneio e de acordo com as competências subdelegadas pelo Conselho Diretivo da
ARSC.
O ano de 2011 caraterizou-se pela solidificação de um conjunto de projetos e pelo
arranque de outros, considerados pelo Departamento de Gestão Financeira (DGF)
fundamentais à consolidação do novo modelo de organização centrado na simplificação
da estrutura existente e na melhoria da qualidade dos serviços prestados. Internamente,
descrevem-se sucintamente os seguintes projetos:
Projeto de Gestão de Reembolsos – implementação de um sistema de gestão
administrativa e financeira de reembolsos, descentralizado (na componente
administrativa) pelos ACeS, desenvolvido pela ARS Norte, IP.
Através deste projeto é possível o processamento atempado dos reembolsos das
despesas de saúde realizadas pelos utentes, assegurando-se o necessário
controlo.
Projeto SGTD (Sistema de Gestão de Transportes de Doentes) –de forma
desmaterializada, garante a gestão do transporte de doentes no âmbito da
prestação de cuidados de saúde, com ganhos muito significativos no processo de
conferência de facturas (em resultado do controlo cruzado e automatizado do
transporte de doentes), bem como uma diminuição expressiva da despesa
realizada neste âmbito (decorrente da maior rentabilização dos meios
contratualizados pela ARS).
Pelas suas características é um projeto descentralizado na componente
administrativa, ficando a componente financeira sob a responsabilidade do DGF.
38
Projeto de Faturação – com o retomar da implementação de um software de
faturação. A integração deste programa nos sistemas de gestão de doentes em
funcionamento nas unidades de saúde e posterior ligação com o SIDC, está a
permitir um maior controlo sobre toda a facturação bem como uma maior
rentabilização dos recursos humanos existentes.
Os atrasos verificados na implementação deste programa tiveram como
consequência que só no final do exercício económico se integre no sistema
contabilístico a receita facturada.
Projeto de Conferência de Faturas – com a preparação e transferência da
conferência de faturação dos serviços prestados pela entidade convencionada no
âmbito dos Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica para o Centro
de Conferência de Faturas.
Projeto de Migrantes – recuperação da faturação de despesa de utentes de
migrantes da Comunidade Europeia aos respetivos países de origem através de
equipas descentralizadas.
Informação contabilística e financeira
As dificuldades sentidas no ano de 2010, resultantes da integração dos serviços
financeiros das extintas sub-regiões na ARSC, penalizaram a execução orçamental e
financeira de 2011 com o acréscimo acentuado de custos extraordinários de anos
anteriores.
Este facto, a par do processo de centralização da despesa dos ACeS e da normalização
dos prazos médios de pagamento a fornecedores, obrigou a um esforço considerável das
diferentes equipas da área financeira em horas de trabalho extraordinário, concluído no
final do terceiro trimestre do ano.
No decorrer do exercício orçamental, foram desenvolvidas iniciativas conducentes à
racionalização dos meios existentes - físicos e humanos - designadamente com a
libertação de instalações, a revisão de contratos de serviços e a implementação dos
sistemas de logística e de gestão de armazéns.
39
Proveitos e ganhos
Relativamente aos proveitos e ganhos, ressalta da leitura do gráfico abaixo, que a
principal fonte de receita se traduz nas transferências e subsídios correntes obtidos
(99%).
O valor global desta rubrica
regista um decréscimo de
7,8% face ao ano anterior
(56.319.725 euros).
Em termos globais, verifica-
se, igualmente, um
decréscimo na classe 7 –
Proveitos e Ganhos, de
€54.255.284 (7,4%).
Custos e perdas
Apesar do esforço realizado na recuperação e estabilização dos prazos médios de
pagamento, com a liquidação da faturação em atraso de 2010, a despesa desceu
significativamente tendo, em parte, acompanhado o decréscimo da receita.
0
100.000.000
200.000.000
300.000.000
400.000.000
500.000.000
600.000.000
700.000.000
800.000.000
Transferencia esubsídios correntes
obtidos
Outras receitas
Evolução da receita 2010/2011
2010
2011
0
100.000.000
200.000.000
300.000.000
400.000.000
500.000.000
600.000.000
Custo dasmercadorias
vendidasmatérias
consumidas
FSE -subcontratos
FSE - outros Custos compessoal
Outros custos Custos eperdas
extraordinárias
Evolução da despesa 2010/2011
2010
2011
40
A relevância do peso financeiro dos subcontratos no orçamento da ARSC é muito grande,
com particular ênfase para os medicamentos (farmácias privadas), correspondente a 67%
deste subagrupamento.
Face a 2010 o decréscimo da despesa com medicamentos é de aproximadamente 11%,
em resultado das políticas ministeriais implementadas para esta área.
No âmbito dos investimentos, a ação da ARSC focalizou-se fundamentalmente no projeto
financiado pelo QREN de reequipamento do Novo Hospital Pediátrico do CHUC, cuja
inauguração e abertura decorreram em 2011.
Paralelamente terminaram-se as obras de recuperação e reestruturação do edifício sede
da ARSC e deu-se continuidade a um conjunto de intervenções nas unidades de saúde,
tendo em vista a sua reestruturação e preparação para a abertura de novas USF.
Por último, reitera-se o esforço realizado ao longo do exercício económico para a
diminuição dos prazos médios de pagamento (pmp) que, como foi referido, influenciou o
nível de despesa processada e paga, fundamentalmente nos subcontratos.
Publicidade Institucional
A Administração Regional de Saúde do Centro IP, no âmbito das suas atividades no ano
de 2011, na rubrica 62233 - Publicidade e propaganda foi de: 7.484,34 €.
Fonte: DGF - retirado do Sistema de Informações Descentralizado da Contabilidade (SIDC).
0
50.000.000
100.000.000
150.000.000
200.000.000
250.000.000
300.000.000
350.000.000
MCDT Medicamentos Outros
Evolução da despesa subcontratos 2010/2011
2010
2011
41
6. Balanço Social: análise sumária
A 31/12/2011 existiam 4 402 trabalhadores em funções na ARS do Centro, IP (sede e
serviços desconcentrados), dos quais 79% do sexo feminino e 21% do sexo masculino.
A idade dos trabalhadores estava compreendida entre os 25 e os 70 anos, sendo que a
maioria tinha mais de 45 anos de idade (62%) e o grupo etário com uma maior proporção
de efetivos é o dos 55 a 59 anos (23%). A idade média dos trabalhadores, à data em
questão,é de 47 anos.
Além destes, existiam 16 trabalhadores em prestação de serviços (avença), na sua
maioria do sexo masculino.
Considerando a modalidade de vinculação, 99% dos trabalhadores detinha Contratos de
Trabalho em Funções Públicas (CTFP), dos quais 85% por tempo indeterminado e 14% a
termo resolutivo (certo e incerto).Os restantes trabalhadores estavam em Comissão de
Serviço no âmbito da LVCR e no âmbito do Código do Trabalho.
85,2
9,9
4,1
0,4 0,1 0,3 0,0
% t
raba
lha
dore
s
CTFP tempo indeterm.
CTFP termo resol. certo
CTFP termo resol. incerto
Com. Serviço no âmbito LVCR
Com. Serviço no âmbito Cód. Trabalho
CT tempo indeterm. no âmbito Cód. Trabalho
CT termo resol. certo no âmbito Cód. Trabalho
Nº trabalhadores
42
As carreiras médica e de enfermagem são as mais prevalentes, correspondendo a 52%
dos trabalhadores da ARSC. A proporção de assistentes técnicos e de assistentes
operacionais é também notória, com cerca de 40% dos trabalhadores.
Entre as carreiras mais prevalentes (enfermeiros e médicos), a maioria dos médicos tinha
mais de 50 anos de idade (65,5%) e a distribuição por sexos era equivalente. No que
respeita aos enfermeiros, 80,6% tinham idades inferiores a 50 anos e na sua maioria
eram do sexo feminino (88,5%).
Em mobilidade geral encontravam-se 60 trabalhadores, designadamente 48 em cedência
de interesse público e 12 em mobilidade interna, predominantemente pertencentes às
carreiras de enfermagem e de assistente técnico.
O nível médio de antiguidade dos trabalhadores na respetiva carreira era de cerca de 20
anos de serviço. Considerando as carreiras mais prevalentes, é de referir que 56,5% dos
médicos trabalha há mais de 25 anos na carreira e cerca de 70% dos enfermeiros tem
menos de 20 anos de serviço; por outro lado, 25% dos assistentes técnicos tem entre 35
e 39 anos de serviço.
No ano de 2011,a saída de trabalhadores foi mais significativa nas carreiras médica (40%
das saídas) e de assistente técnico (24%), tendo ocorrido maioritariamente (em 75% dos
casos) por motivos de reforma/aposentação.
21
120
1.034
716
29
1.139
1.139
49
155
0 200 400 600 800 1.000 1.200
Dirigentes
Técnico Superior
Assistente Técnico
Assistente Operacional
Informático
Médico
Enfermeiro
Téc. Superior de Saúde
Téc. DiagnósticoTerapêutica
Nº trabalhadores
43
As ausências ao trabalho dos profissionais da ARSC totalizaram 81 246 dias em 2011 e
deveram-se principalmente a doença (49%) e a proteção na parentalidade (13%).
O total de encargos com pessoal no ano de 2011somou 134 211 932,48 euros e
destinou-se essencialmente ao pagamento da remuneração base, incluindo subsídios de
férias e de natal (79%) e suplementos remuneratórios (17%).
De entre os encargos com suplementos remuneratórios, são de destacar o pagamento de
trabalho extraordinário diurno e noturno (31%)e o pagamento de trabalho em dias de
descanso semanal, complementar e feriados (30%). Mais de 2/3 dos suplementos
remuneratórios (68%) foram pagos a médicos, devido principalmente a trabalho
extraordinário (32%) e a trabalho em dias de descanso (26%).
Os enfermeiros auferiram 17% dos suplementos remuneratórios pelos mesmos motivos
dos médicos (35% e 34% respetivamente por trabalho extraordinário e trabalho em dias
de descanso).
Os encargos com prestações sociais representaram 4% das despesas com pessoal em
2011, 82% dos quais devidos a subsídio de refeição, seguindo-se o pagamento de
subsídios no âmbito da parentalidade (11%) e o abono de família (4%).
Em 2011 registaram-se 46 acidentes no local de trabalho. Dos acidentes de trabalho
resultaram 1 450 dias de trabalho perdidos. Não foram declarados casos de incapacidade
relativamente aos trabalhadores vítimas de acidente de trabalho.
No âmbito das atividades de medicina no trabalho efetuaram-se 184 exames médicos,
totalizando os encargos correspondentes16 625 euros.
No que diz respeito a ações de formação profissional durante o ano de 2011, registaram-
se1 638 participações, todas internas, e na sua maioria com duração inferior a 30 horas
(83%). As despesas com formação (suportadas pelo orçamento do serviço) somaram
103 299,44 euros.
As ações de formação tiveram a participação de enfermeiros, médicos, técnicos
superiores de saúde, assistentes técnicos, assistentes operacionais, técnicos superiores,
dirigentes e técnicos de diagnóstico e terapêutica, sendo as participações mais
representativas as dos enfermeiros (34%), médicos (29%) e técnicos superiores de saúde
(20%).
CAPÍTULO II
PRODUÇÃO EM CUIDADOS DE SAÚDE
45
1. Produção dos cuidados de saúde primários
Utentes inscritos e utilizadores
Em dezembro de 2011, a Região de Saúde do Centro tinha um total de 1 919 439 utentes
inscritos, 85% dos quais inscritos nos serviços desconcentrados da ARSC (ACeS).
Comparativamente ao ano anterior, verificou-se uma diminuição do número de utentes
inscritos (Quadro 39).
A maior parte dos utentes inscritos nos CSP tem médico de família atribuído (91%); no
entanto, os utentes sem médico de família atribuído ainda representam 8,8% do total de
inscritos nesta região, tendo-se verificado um aumento de cerca de 30% relativamente a
2010 (Quadro 39).
Gráfico 15 - Pirâmide etária dos utentes inscritos na Região de Saúde do Centro (2010 e 2011)
0
10.0
00
20.0
00
30.0
00
40.0
00
50.0
00
60.0
00
70.0
00
80.0
00
Mulheres
2011
0
10.0
00
20.0
00
30.0
00
40.0
00
50.0
00
60.0
00
70.0
00
80.0
00
0-4
5-9
10-14
15-19
20-24
25-29
30-34
35-39
40-44
45-49
50-54
55-59
60-64
65-69
70-74
75-79
80-84
>85Homens
2010Fonte: SIARS
46
Quadro 39 - Utentes inscritos com e sem médico de família atribuído, por ACeS e ULS (2010 e 2011)
ACeS/ ULS
Inscritos sem médico família
Inscritos commédico família Total inscritos
2010 2011 Var.
11/10 (%)
2010 2011 Var.
11/10 (%)
2010 2011 Var.
11/10 (%)
Baixo Vouga I 19.353 18.697 -3,4 106.301 105.747 -0,5 125.654 124.444 -1,0
Baixo Vouga II 8.134 10.830 33,1 173.862 169.546 -2,5 181.996 180.376 -0,9
Baixo Vouga III 1.005 3.928 290,8 101.765 98.333 -3,4 102.770 102.261 -0,5
Cova da Beira 9.291 9.084 -2,2 90.088 89.475 -0,7 99.379 98.559 -0,8
Baixo Mondego I 17.721 24.194 36,5 185.932 177.561 -4,5 203.653 201.755 -0,9
Baixo Mondego II 8.789 7.711 -12,3 108.815 108.468 -0,3 117.604 116.179 -1,2
Baixo Mondego III 1.406 4.993 255,1 89.919 85.503 -4,9 91.325 90.496 -0,9
Pinhal Interior Norte I 4.738 5.717 20,7 93.579 91.335 -2,4 98.317 97.052 -1,3
Pinhal Interior Norte II 6.696 2.745 -59,0 38.036 41.195 8,3 44.732 43.940 -1,8
Pinhal Litoral I 1.750 3.810 117,7 59.558 56.897 -4,5 61.308 60.707 -1,0
Pinhal Litoral II 18.397 28.616 55,5 207.397 197.108 -5,0 225.794 225.724 0,0
Dão/Lafões I 3.962 13.456 239,6 106.095 96.704 -8,9 110.057 110.160 0,1
Dão/Lafões II 1.995 4.867 144,0 83.686 79.272 -5,3 85.681 84.139 -1,8
Dão/Lafões III 11.594 22.241 91,8 92.424 80.805 -12,6 104.018 103.046 -0,9
Total ACeS 114.831 160.889 40,1 1.537.457 1.477.949 -3,9 1.652.288 1.638.838 -0,8
ULS Castelo Branco, EPE 1.432 1.113 -22,3 125.211 115.600 -7,7 126.643 116.713 -7,8
ULS Guarda, EPE 13.081 5.997 -54,2 152.604 157.891 3,5 165.685 163.888 -1,1
Total ULS 14.513 7.110 -51,0 277.815 273.491 -1,6 292.328 280.601 -4,0
Região Saúde Centro 129.344 167.999 29,9 1.815.272 1.751.440 -3,5 1.944.616 1.919.439 -1,3
Fonte: SIARS [Indicadores > Relatórios Compartilhados > 08 - GESTÃO DE ACeS> Painel 3 - Disponibilidades (Inscritos) > 3.3 e 3.4 - Nº e (%) de Inscritos Sem Médico de Família]
A proporção de utentes sem médico de família é notoriamente mais elevada no ACeS
Dão-Lafões III, em oposição à ULS Castelo Branco EPE que regista a menor proporção
de utentes sem médico de família; no entanto, foi também esta ULS que apresentou a
maior diminuição do total de inscritos, o que poderá ser explicado pela transição do
centro de saúde de Mação para o âmbito jurisdicional da ARS Lisboa e Vale do Tejo, IP
(Quadro 39; gráficos16 e 17).
47
Gráfico 16 - Percentagem de utentes inscritos com e sem médico de família, por ACeS e ULS (2011)
Gráfico 17 - Variação percentual do total de inscritos nos CSP, por ACeS e ULS (2010-2011)
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Cova da Beira
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Dão/Lafões I
Dão/Lafões II
Dão/Lafões III
ULS Castelo Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
Sem Médico Família Com Médico Família
Fonte: SIARS
-08 -06 -04 -02 00 02
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Cova da Beira
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Dão/Lafões I
Dão/Lafões II
Dão/Lafões III
ULS Castelo Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
Fonte: SIARS
48
Em dezembro de 2011, o número de utentes utilizadores dos CSP era de
1 322 614,tendo sofrido um pequeno decréscimo relativamente a dezembro de 2010 (i.e.,
-1,3%). A contrariar esta evolução está o ACeS Baixo Mondego II, em que se observou
um aumento de 9,2% do número de utentes utilizadores. Em termos de taxa de utilização
global, o ACeS Pinhal Interior Norte I é aquele em que a proporção de utilizadores é
maior (77,1%, sendo a média regional de 68,9%) (Quadro 40; Gráfico 18).
Quadro 40 - Número de utilizadores em CSP na Região de Saúde do Centro, por ACeS e ULS
ACeS/ ULS
Nº utilizadores
2010 % 2011 % Var. 11/10
(%)
Baixo Vouga I 90.204 71,8 87.766 70,5 -2,7
Baixo Vouga II 125.435 68,9 122.361 67,8 -2,5
Baixo Vouga III 75.605 73,6 74.630 73,0 -1,3
Cova da Beira 60.371 60,7 59.772 60,6 -1,0
Baixo Mondego I 134.224 65,9 133.103 66,0 -0,8
Baixo Mondego II 74.374 63,2 81.197 69,9 9,2
Baixo Mondego III 68.190 74,7 67.805 74,9 -0,6
Pinhal Interior Norte I 76.639 78,0 74.834 77,1 -2,4
Pinhal Interior Norte II 34.189 76,4 33.388 76,0 -2,3
Pinhal Litoral I 40.002 65,2 40.052 66,0 0,1
Pinhal Litoral II 148.982 66,0 147.547 65,4 -1,0
Dão/Lafões I 71.555 65,0 71.132 64,6 -0,6
Dão/Lafões II 65.513 76,5 63.946 76,0 -2,4
Dão/Lafões III 74.386 71,5 71.075 69,0 -4,5
Total ACeS 1.139.669 69,0 1.128.608 68,9 -1,0
ULS Castelo Branco, EPE 86.823 68,6 80.593 69,1 -7,2
ULS Guarda, EPE 114.001 68,8 113.413 69,2 -0,5
Total ULS 200.824 68,7 194.006 69,1 -3,4
Região Saúde Centro 1.340.493 68,9 1.322.614 68,9 -1,3
Fonte: SIARS [Indicadores > Relatórios Compartilhados > 02 - INDICADORES MISSÃO > OFICIAIS > 1 - Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores (Agregado ACES) no Período em análise]
Gráfico 18 - Variação percentual de utentes utilizadores nos CSP, por ACeS e ULS (2010-2011)
-08 -06 -04 -02 00 02 04 06 08 10
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Cova da Beira
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Dão/Lafões I
Dão/Lafões II
Dão/Lafões III
ULS Castelo Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
Fonte: SIARS
49
Indicadores de desempenho
Quadro 41 - Indicadores de desempenho dos ACeS (2011)
INDICADORES ACeS (2011) B
aix
o V
ou
ga I
Desv
io 1
1/1
0
Baix
o V
ou
ga II
Desv
io 1
1/1
0
Baix
o V
ou
ga III
Desv
io 1
1/1
0
Co
va d
a B
eir
a
Desv
io 1
1/1
0
Baix
o M
on
de
go
I
Desv
io 1
1/1
0
Baix
o M
on
de
go
II
Desv
io 1
1/1
0
Baix
o M
on
de
go
III
Desv
io 1
1/1
0
Pin
ha
l In
t. N
ort
e I
Desv
io 1
1/1
0
Pin
ha
l In
t. N
ort
e II
Desv
io 1
1/1
0
Pin
ha
l L
ito
ral I
Desv
io 1
1/1
0
Pin
ha
l L
ito
ral II
Desv
io 1
1/1
0
D.
La
fõe
s I
Desv
io 1
1/1
0
D.
La
fõe
s II
Desv
io 1
1/1
0
D.
La
fõe
s III
Desv
io 1
1/1
0
Acesso
Taxa de utilização global de consultas médicas
68,5 -2 65,6 -2 71,3 -1 59,2 -1 63,7 0 67,7 7 72,6 0 74,4 -1 73,3 -1 63,9 0 64,0 -1 63,0 -0,2 73,2 0 67,2 -3
Taxa de utilização de consultas de Planeamento Familiar /15-49 anos
24,9 2 31,3 1 21,2 0 13,7 1 26,1 3 29,1 9 29,1 3 22,6 0 16,4 0 20,6 1 18,5 2 31,4 2,4 19,0 4 14,2 1
% percentagem de consultas ao utente pelo seu médico de familia
72,7 4 79,8 3 71,5 -2 73,9 -1 75,6 -3 78,9 3 68,0 2 64,6 0 67,4 1 88,1 2 71,8 1 88,1 1,9 72,6 4 67,7 0
Taxa de visistas domiciliárias médicas por 1000 inscritos
10,2 4 12,1 2 22,2 3 2,3 0 15,4 -3 16,1 0 12,2 -1 10,1 1 5,6 -2 5,3 2 7,5 0 19,0 -4,8 14,3 7 7,2 0
Taxa de visistas domiciliárias de enfermagem por 1000 inscritos
110,5 -8 113,4 -1 182,9 14 50,2 45 145,0 1 143,9 49 157,9 -4 136,5 3 100,7 37 96,3 45 86,5 39 128,5 7,0 124,1 17 81,4 -17
Qualidade / Efetividade
Recém nascidos de termo com baixo peso / 1 000 recém nascidos de termo (1)
0,4 -1 2,2 0 1,9 1 0,2 -1 0,7 -1 1,5 1 0,2 0 0,5 0 2,3 0 0,5 -2 2,5 1 1,4 -0,7 1,0 -1 1,4 -1
Taxa de realização do diagnóstico precoce até ao 7º dia de vida do recém-nascido
88,3 14 83,3 4 87,5 6 58,4 38 84,4 16 85,9 33 80,8 10 54,9 6 75,4 34 82,8 18 91,9 35 93,1 3,9 94,1 14 57,9 20
50
INDICADORES ACeS (2011)
Baix
o V
ou
ga I
Desv
io 1
1/1
0
Baix
o V
ou
ga II
Desv
io 1
1/1
0
Baix
o V
ou
ga III
Desv
io 1
1/1
0
Co
va d
a B
eir
a
Desv
io 1
1/1
0
Baix
o M
on
de
go
I
Desv
io 1
1/1
0
Baix
o M
on
de
go
II
Desv
io 1
1/1
0
Baix
o M
on
de
go
III
Desv
io 1
1/1
0
Pin
ha
l In
t. N
ort
e I
Desv
io 1
1/1
0
Pin
ha
l In
t. N
ort
e II
Desv
io 1
1/1
0
Pin
ha
l L
ito
ral I
Desv
io 1
1/1
0
Pin
ha
l L
ito
ral II
Desv
io 1
1/1
0
D.
La
fõe
s I
Desv
io 1
1/1
0
D.
La
fõe
s II
Desv
io 1
1/1
0
D.
La
fõe
s III
Desv
io 1
1/1
0
Qualidade / Efetividade
Percentagem de primeiras consultas na vida efectuadas até aos 28 dias
77,4 5 82,4 9 79,7 1 70,5 1 77,4 2 79,4 19 87,3 1 64,9 -11 82,5 2 77,6 6 73,1 9 86,8 3,7 91,6 4 82,2 6
Taxa cobertura de 1ª consultas na vida realizadas até aos 28 dias de vida
71,9 -1 79,7 6 74,0 -6 66,8 -4 88,0 5 70,8 12 89,1 -2 63,3 -10 74,9 -11 73,9 2 73,3 7 88,8 7,1 90,9 4 88,1 12
Percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre
81,6 1 82,9 1 80,8 -3 76,7 -4 81,1 -3 81,2 -3 85,7 5 85,5 1 88,5 10 84,2 -1 78,2 -1 84,2 2,5 82,1 7 78,6 1
Percentagem de grávidas com revisão puerpério efetuado
35,8 14 44,6 1 56,3 11 25,8 13 50,1 3 49,4 11 22,0 2 40,2 1 27,3 -3 24,5 6 47,3 8 65,8 5,3 36,4 3 27,8 2
* % de utentes com PNV actualizado aos 14 anos
98,1 1 96,7 0 96,0 -2 95,2 0 90,8 -1 93,8 0 97,0 0 94,8 -1 97,9 1 97,1 -2 96,7 1 96,9 -0,4 95,8 -2 95,4 -3
* % de utentes com PNV actualizado aos 7 anos
98,1 2 96,7 -1 98,5 1 92,8 -3 93,6 0 96,6 1 97,7 0 94,9 -1 97,8 8 92,4 -2 96,6 0 99,0 2,0 96,8 0 95,8 -2
* % de utentes com PNV actualizado aos 2 anos
98,6 3 97,7 1 97,7 0 92,1 -3 94,9 0 94,8 0 96,8 -2 95,8 1 96,3 -2 95,2 1 97,2 0 99,2 1,5 98,0 1 97,1 3
Percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos de HbA1C registada nos últimos 12 meses
48,6 12 54,5 4 47,5 0 10,0 3 43,8 0 58,9 -8 39,9 2 39,1 -4 33,8 1 30,2 5 40,8 6 52,4 -7,3 44,2 9 18,2 0
% de Hipertensos com registo de tensão arterial nos últimos 6 meses
67,0 4 67,6 0 67,8 2 50,9 2 63,8 3 69,3 6 64,4 -4 67,1 -1 62,8 9 68,2 7 68,8 7 86,5 2,0 74,2 5 57,9 -8
51
INDICADORES ACeS (2011)
Baix
o V
ou
ga I
Desv
io 1
1/1
0
Baix
o V
ou
ga II
Desv
io 1
1/1
0
Baix
o V
ou
ga III
Desv
io 1
1/1
0
Co
va d
a B
eir
a
Desv
io 1
1/1
0
Baix
o M
on
de
go
I
Desv
io 1
1/1
0
Baix
o M
on
de
go
II
Desv
io 1
1/1
0
Baix
o M
on
de
go
III
Desv
io 1
1/1
0
Pin
ha
l In
t. N
ort
e I
Desv
io 1
1/1
0
Pin
ha
l In
t. N
ort
e II
Desv
io 1
1/1
0
Pin
ha
l L
ito
ral I
Desv
io 1
1/1
0
Pin
ha
l L
ito
ral II
Desv
io 1
1/1
0
D.
La
fõe
s I
Desv
io 1
1/1
0
D.
La
fõe
s II
Desv
io 1
1/1
0
D.
La
fõe
s III
Desv
io 1
1/1
0
Eficiência
Consumo de medicamentos ansiolíticos, hipnóticos e sedativos e antidepressivos no mercado do SNS em ambulatório (Dose Diária Definida / 1000 Hab/ dia) (1)
154,3 8 134,1 6 120,1 6 138,2 8 156,5 6 167,3 11 152,1 10 147,5 9 198,4 13 144,1 4 144,7 8 139,7 9,4 123,6 8 139,8 9
% do consumo de medicamentos genéricos em embalagens, no total de embalagens de medicamentos (2)
30,3 4 28,9 5 31,3 6 25,6 4 30,8 5 29,8 5 32,0 3 33,8 5 33,2 5 30,5 5 31,3 4 30,5 5,2 32,2 3 31,4 5
Custo médio de medicamentos facturados por utilizador (2)
219,0 -38 196,0 -30 179,2 -31 227,6 -46 195,6 -41 236,2 -47 223,3 -42 211,6 -47 265,2 -43 232,9 -41 194,9 -35 168,0 -30,9 201,4 -36 230,6 -41
Custo médio de MCDT facturados por utilizador (2)
58,2 -17 55,1 -1 47,7 -20 34,7 -17 47,8 -19 40,0 -20 44,1 -13 44,4 -18 47,6 -15 56,7 -20 57,2 -17 37,7 -10,4 42,4 -8 39,4 -14
Fonte: SIARS / WebSigACS - (*) Programa de Vacinação - (**) Liga Portuguesa Contra o Cancro
nota
(1) Ano de 2010 - Dados referentes a 2008 / Ano de 2011 - Dados referentes a 2009
(2) Ano de 2011 - Resultados provisórios (input 13/3/2012)
52
No ano de 2011, o desempenho assistencial evidencia a melhoria de alguns
indicadores. Destacam-se a taxa de utilização das consultas de planeamento familiar
(15-49 anos) e, no que diz respeito a indicadores de impacte (outcomes em saúde), a
redução da morbilidade e mortalidade materna, perinatal e fetal (22 e mais semanas),
tal como a redução dos recém-nascidos de termo com baixo peso (por 1000 recém-
nascidos de termo).
Valores mínimos, máximos e média dos indicadores de desempenho dos ACeS (2010-2011)
INDICADORES - ACeS 2010 2011 Desvio 11/10
Mínimo Média Máximo Mínimo Média Máximo Mínimo Média Máximo
Acesso
Taxa de utilização global de consultas médicas 59,7 68,1 75,6 59,2 67,7 74,4 -0,5 -0,4 -1,3
Taxa de utilização de consultas de Planeamento
Familiar /15-49 anos 12,2 20,6 30,4 13,7 22,7 31,4 1,5 2,1 1,0
% percentagem de consultas ao utente pelo seu
médico de família 64,4 73,2 86,2 64,6 74,3 88,1 0,1 1,2 1,9
Taxa de visitas domiciliárias médicas por 1000
inscritos 2,3 10,8 23,8 2,3 11,4 22,2 0,0 0,6 -1,6
Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por
1000 inscritos 5,4 102,2 168,4 50,2 118,4 182,9 44,8 16,2 14,4
Qualidade / Efetividade
Recém nascidos de termo com baixo peso / 1 000
recém nascidos de termo (1) 0,2 1,6 2,7 0,2 1,2 2,5 0,0 -0,4 -0,2
Taxa de realização do diagnóstico precoce até ao
7º dia de vida do recém-nascido 20,5 61,9 89,2 54,9 79,9 94,1 34,4 18,1 4,9
Percentagem de primeiras consultas na vida
efectuadas até aos 28 dias 60,4 75,2 87,1 64,9 79,5 91,6 4,6 4,2 4,4
Taxa cobertura de 1ª consultas na vida realizadas
até aos 28 dias de vida 59,0 76,6 90,9 63,3 78,1 90,9 4,3 1,5 0,0
Percentagem de primeiras consultas de gravidez
no primeiro trimestre 75,5 81,4 85,7 76,7 82,2 88,5 1,2 0,9 2,8
Percentagem de grávidas com revisão puerpério
efetuado 12,9 34,0 60,5 22,0 39,5 65,8 9,1 5,5 5,3
* % de utentes com PNV actualizado aos 14 anos 91,8 96,4 98,6 90,8 95,9 98,1 -1,0 -0,5 -0,5
* % de utentes com PNV actualizado aos 7 anos 89,9 96,0 98,0 92,4 96,2 99,0 2,5 0,2 1,0
* % de utentes com PNV actualizado aos 2 anos 93,8 96,2 98,4 92,1 96,5 99,2 -1,7 0,4 0,8
Percentagem de diabéticos com pelo menos 3
registos de HbA1C registada nos últimos 12
meses
6,5 38,6 67,1 10,0 40,1 58,9 3,5 1,5 -8,3
% de Hipertensos com registo de tensão arterial
nos últimos 6 meses 49,1 64,4 84,5 50,9 66,9 86,5 1,8 2,4 2,0
Eficiência
Consumo de medicamentos ansiolíticos,
hipnóticos e sedativos e antidepressivos no
mercado do SNS em ambulatório (Dose Diária
Definida / 1000 hab/ dia) - (1)
114,5 139,0 185,1 120,1 147,2 198,4 5,6 8,2 13,3
% do consumo de medicamentos genéricos em
embalagens, no total de embalagens de
medicamentos (2)
21,5 26,2 29,3 25,6 30,8 33,8 4,1 4,6 4,5
Custo médio de medicamentos facturados por
utilizador (2) 199,0 252,2 308,2 168,0 213,0 265,2 -30,9 -39,2 -43,1
Custo médio de MCDT facturados por utilizador(2) 48,1 61,6 77,0 34,7 46,6 58,2 -13,3 -15,0 -18,7
Fonte: SIARS / WebSigACS - (*) Programa de Vacinação - (**) Liga Portuguesa Contra o Cancro nota
(1) Ano de 2010 - Dados referentes a 2008 / Ano de 2011 - Dados referentes a 2009
(2) Ano de 2011 - Resultados provisórios (input 13/3/2012)
53
Indicadores de produção dos cuidados de saúde primários
Em 2011 realizou-se um total de 7 575 643 consultas na Região de Saúde do Centro
(ambulatório e SAP), observando-se uma diminuição de 5,8% relativamente ao ano
anterior. Em virtude do encerramento de alguns SAP, o número de atendimentos
nestes serviços e afins foi o que apresentou a maior descida (-18,8%).
Quanto à atividade de enfermagem, verificou-se um aumento de 4,1%
comparativamente com o ano anterior (Quadro 42).
Quadro 42 - Produção dos CSP na Região Centro (2010-2011)
ARSC (inclui ULS) 2010 2011 % var. 11/10
Consultas Totais (Ambulatório + SAP) 8.045.744 7.575.643 -5,8
Consultas Programadas e Não Programadas 6.968.373 6.700.781 -3,8
Atendimentos em SAP e Afins (período horário) 1.077.371 874.862 -18,8
Primeiras consultas do ano 1.485.315 1.479.544 -0,4
Atos de Enfermagem 3.648.029 3.796.025 4,1
Fonte: SIARS / Relatório de Atividades 2010 (ARSC) Dados do ano de 2011 não incluem Mação.
Considerando apenas as consultas de medicina geral e familiar, realizaram-se em
2011 um total de 5 762 726 consultas na região, o que correspondeu a uma
diminuição de 1,6% em relação ao ano anterior. Neste ano, as primeiras consultas
corresponderam a 25,7% do total (aumento de 1,3% em relação ao ano anterior).
No que diz especificamente respeito aos serviços desconcentrados da ARSC (ACeS),
estes apresentam uma diminuição de 1,4% do total de consultas em relação ao ano
anterior (Quadro 44).
54
Quadro 43–Primeiras consultas de medicina geral e familiar e variação percentual 2010-2011
ACeS/ ULS
Primeiras consultas de medicina geral e familiar (MGF)
Saúde Materna
% var. 11/10
Planeamento Familiar
% var. 11/10
Saúde Infantil até aos 13 anos
% var. 11/10
Saúde Juvenil dos 14 aos 18 anos
% var. 11/10
Saúde do Adulto
% var. 11/10
Especialidade
Baixo Vouga I 906 7,9 ↑ 8.646 6,3 ↑ 10.664 3,3 ↑ 3.375 2,9 ↑ 85.515 5,9 ↑ 27
Baixo Vouga II 1.399 10,0 ↑ 15.396 -0,1 ↓ 17.568 -2,8 ↓ 5.384 -1,5 ↓ 107.101 -4,0 ↓ 1.663
Baixo Vouga III 776 8,1 ↑ 6.709 -7,0 ↓ 8.982 -2,6 ↓ 2.992 -3,5 ↓ 55.461 -0,6 ↓ 4
Cova da Beira 363 -25,2 ↓ 6.188 0,4 ↑ 5.098 -4,2 ↓ 1.525 -7,6 ↓ 49.426 -0,6 ↓ 16
Baixo Mondego I 1.164 4,1 ↑ 15.099 0,6 ↑ 15.963 -1,7 ↓ 4.784 -6,1 ↓ 113.439 2,3 ↓ 5.636
Baixo Mondego II 442 -15,2 ↓ 5.555 17,9 ↑ 7.580 38,9 ↑ 2.438 40,8 ↑ 58.422 9,1 ↑ 274
Baixo Mondego III 550 -26,6 ↓ 8.207 3,5 ↑ 6.871 -20,4 ↓ 2.079 -21,1 ↓ 51.179 -33,8 ↓ 134
Pinhal Interior Norte I 528 0,4 ↑ 5.123 -1,4 ↓ 8.805 -1,0 ↓ 2.840 -1,4 ↓ 62.685 -0,8 ↓ 5
Pinhal Interior Norte II 185 -11,1 ↓ 2.424 -8,5 ↓ 3.112 -1,4 ↓ 1.000 -3,2 ↓ 28.069 -2,7 ↓ 45
Pinhal Litoral I 396 18,9 ↑ 5.272 21,8 ↑ 5.067 4,6 ↑ 1.644 -0,1 ↓ 41.907 2,7 ↑
Pinhal Litoral II 1.022 -1,2 ↓ 14.621 3,3 ↑ 18.964 -0,4 ↓ 5.818 -1,9 ↓ 130.811 3,6 ↑ 647
Dão/Lafões I 665 10,1 ↑ 9.890 17,0 ↑ 10.298 13,9 ↑ 3.061 9,8 ↑ 58.759 14,1 ↑ 962
Dão/Lafões II 480 -14,9 ↓ 5.245 10,3 ↑ 8.348 -10,6 ↓ 3.023 -6,9 ↓ 55.706 -12,4 ↓ 699
Dão/Lafões III 605 -2,9 ↓ 5.404 3,1 ↑ 7.451 -7,6 ↓ 2.389 -11,3 ↓ 62.734 -1,1 ↓ 1.630
ULS C. Branco, EPE 663 -10,9 ↓ 7.388 -0,1 ↓ 7.274 -3,8 ↓ 2.458 -6,2 ↓ 69.516 -7,8 ↓ 304
ULS Guarda, EPE 842 -0,5 ↓ 8.442 4,9 ↑ 10.818 2,3 ↑ 3.203 -0,8 ↓ 95.266 1,3 ↓ 31
Total ACES 9.481 -1,2 ↓ 113.779 4,0 ↑ 134.771 -0,7 ↓ 42.352 -1,9 ↓ 961.214 -1,6 ↓ 11.742
Total Região Centro 10.986 -1,8 ↓ 129.609 3,9 ↑ 152.863 -0,6 ↓ 48.013 -2,1 ↓ 1.125.996 -1,8 ↓ 12.077
Fonte: SIARS / Relatório de Atividades 2010 (ARSC) Nota: Excluídos domicílios Dados do ano de 2011 não incluem Mação.
Quadro 44 - Total de consultas de medicina geral e familiar e variação percentual 2010-2011
ACeS/ ULS
Total de consultas de medicina geral e familiar (MGF)
Total consultas seguintes
% var. 11/10 Revisão
Puerpério % var. 11/10
Consultas no domicílio
(médico)
% var. 11/10
Total consultas
MGF % var. 11/10
Baixo Vouga I 303.566 -0,1 ↓ 342 17,1 ↑ 1.315 62,3 ↑ 414.356 1,4 ↑
Baixo Vouga II 424.386 2,6 ↑ 563 -13,0 ↓ 2.261 20,7 ↑ 575.721 1,4 ↑
Baixo Vouga III 245.216 -6,1 ↓ 407 4,1 ↑ 2.326 13,5 ↑ 322.873 -4,9 ↓
Cova da Beira 179.925 -2,9 ↓ 84 -21,5 ↓ 247 1,6 ↑ 242.872 -2,4 ↓
Baixo Mondego I 444.921 -2,1 ↓ 329 -3,8 ↓ 3.292 -14,1 ↓ 604.627 -0,4 ↓
Baixo Mondego II 237.262 2,4 ↑ 198 21,5 ↑ 1.988 -1,8 ↓ 314.159 4,7 ↑
Baixo Mondego III 239.052 12,8 ↑ 250 8,2 ↑ 1.150 -5,8 ↓ 309.472 -0,4 ↓
Pinhal Interior Norte I 257.029 -5,4 ↓ 206 9,6 ↑ 1.049 8,3 ↑ 338.270 -4,3 ↓
Pinhal Interior Norte II 113.633 -7,5 ↓ 55 7,8 ↑ 258 -24,3 ↓ 148.781 -6,5 ↓
Pinhal Litoral I 136.000 -5,0 ↓ 80 15,9 ↑ 335 57,3 ↑ 190.701 -2,4 ↓
Pinhal Litoral II 402.309 -5,5 ↓ 381 -2,8 ↓ 1.740 -3,9 ↓ 576.313 -3,0 ↓
Dão/Lafões I 236.014 -3,0 ↓ 464 22,8 ↑ 2.195 -19,7 ↓ 322.308 1,1 ↑
Dão/Lafões II 215.452 1,0 ↑ 234 24,5 ↑ 1.257 98,0 ↑ 290.444 -1,7 ↓
Dão/Lafões III 228.334 -9,4 ↓ 185 -19,6 ↓ 762 4,4 ↑ 309.494 -7,1 ↓
ULS C. Branco, EPE 259.442 -7,7 ↓ 223 19,9 ↑ 353 -83,1 ↓ 347.621 -7,8 ↓
ULS Guarda, EPE 332.886 1,3 ↑ 299 9,1 ↑ 2.927 -2,7 ↓ 454.714 1,4 ↑
Total ACES 3.663.099 -1,9 ↓ 3.778 3,0 ↑ 20.175 3,5 ↑ 4.960.391 -1,4 ↓
Total Região Centro 4.255.427 -2,0 ↓ 4.300 4,1 ↑ 23.455 -4,6 ↓ 5.762.726 -1,6 ↓
Fonte: SIARS / Relatório de Atividades 2010 (ARSC)
Dados do ano de 2011 não incluem Mação.
55
Indicadores de acesso
Taxa de utilização global de consultas médicas
A taxa de utilização global de consultas médicas em 2011 na Região de Saúde do
Centro foi de 66,9%, correspondendo a uma diminuição de 0,3 pontos percentuais
(―desvio‖), comparativamente com o ano anterior. Esta variação é idêntica no que
respeita ao conjunto dos serviços desconcentrados da ARSC (ACeS) e ao total da
Região (ULS incluídas) (Quadro 45).
Quadro 45 - Taxa de utilização global de consultas médicas (2010-2011)
Taxa de utilização global de consultas Médicas
Desvio2011/10
ACES/ ULS 2010 Taxa 2011 Taxa
Baixo Vouga I 90.204 70,2 87.766 68,5 -1,7
Baixo Vouga II 125.435 67,5 122.361 65,6 -1,8
Baixo Vouga III 75.605 72,1 74.630 71,3 -0,8
Cova da Beira 60.371 59,7 59.772 59,2 -0,5
Baixo Mondego I 134.224 64,0 133.103 63,7 -0,3
Baixo Mondego II 74.374 61,2 81.197 67,7 6,5
Baixo Mondego III 68.190 73,0 67.805 72,6 -0,4
Pinhal Interior Norte I 76.639 75,6 74.834 74,4 -1,3
Pinhal Interior Norte II 34.189 74,6 33.388 73,3 -1,3
Pinhal Litoral I 40.002 63,8 40.052 63,9 0,1
Pinhal Litoral II 148.982 64,5 147.547 64,0 -0,5
Dão/Lafões I 71.555 63,2 71.132 63,0 -0,2
Dão/Lafões II 65.513 73,3 63.946 73,2 -0,1
Dão/Lafões III 74.386 70,1 71.075 67,2 -2,9
ULS C. Branco, EPE 86.823 66,9 80.593 66,3 -0,5
ULS Guarda, EPE 114.001 66,9 113.413 67,2 0,3
Total ACeS 1.139.669 67,3 1.128.608 66,9 -0,4
Total Região Centro 1.340.493 67,2 1.322.614 66,9 -0,3 Fonte: SIARS
0 20 40 60 80 100
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Cova da Beira
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Dão/Lafões I
Dão/Lafões II
Dão/Lafões III
ULS C. Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
Total da Região de Saúde do Centro 2011
2010
Fonte: SIARS
56
Taxa de utilização de consultas de planeamento familiar
Em 2011, o número de mulheres em idade fértil (15-49 anos) inscritas nas unidades
funcionais da Região de Saúde do Centro era de 450 690, correspondendo a uma
diminuição de 2% em relação ao ano de 2010.
Não obstante, o número de mulheres com, pelo menos, uma consulta médica de
planeamento familiar tem vindo a aumentar, tendo-se verificado uma taxa de
crescimento positiva de 2,3pontos percentuais em 2011 relativamente ao ano anterior
(Quadro 46).
Quadro 46 - Taxa de utilização de consultas de planeamento familiar, 15-49 anos (2010-2011)
ACeS/ ULS
Nº mulheres em idade fértil com consulta médica de PF (15-49a)
Nº mulheres inscritas em
idade fértil
2010 Taxa 2011 Taxa Desvio 11/10
2010 2011 %
var. 11/10
Baixo Vouga I 6.826 22,5 7.427 24,9 2,4 30.370 29.844 -1,7
Baixo Vouga II 14.064 30,4 14.408 31,3 0,9 46.288 46.009 -0,6
Baixo Vouga III 5.498 21,7 5.315 21,2 -0,5 25.315 25.025 -1,1
Cova da Beira 2.667 12,2 2.942 13,7 1,5 21.851 21.497 -1,6
Baixo Mondego I 12.011 23,2 13.289 26,1 2,9 51.782 50.908 -1,7
Baixo Mondego II 5.541 20,5 7.622 29,1 8,6 27.025 26.180 -3,1
Baixo Mondego III 5.508 26,6 5.962 29,1 2,5 20.743 20.492 -1,2
Pinhal Interior Norte I 4.988 22,4 4.929 22,6 0,1 22.222 21.835 -1,7
Pinhal Interior Norte II 1.459 15,9 1.484 16,4 0,4 9.159 9.061 -1,1
Pinhal Litoral I 2.757 19,2 2.941 20,6 1,5 14.375 14.245 -0,9
Pinhal Litoral II 9.546 16,8 10.342 18,5 1,7 56.677 55.827 -1,5
Dão/Lafões I 8.293 29,0 8.814 31,4 2,4 28.623 28.053 -2,0
Dão/Lafões II 3.025 15,1 3.662 19,0 3,9 20.094 19.297 -4,0
Dão/Lafões III 2.961 12,9 3.220 14,2 1,3 23.032 22.690 -1,5
ULS C. Branco, EPE 3.425 13,1 4.448 18,2 5,1 26.169 24.501 -6,4
ULS Guarda, EPE 4.256 11,8 4.522 12,8 1,1 36.140 35.226 -2,5
Total ACeS 85.144 21,4 92.357 23,6 2,2 397.556 390.963 -1,7
Total Região Centro 92.825 20,2 101.327 22,5 2,3 459.865 450.690 -2,0
Fonte: SIARS
0 5 10 15 20 25 30 35
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Cova da Beira
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Dão/Lafões I
Dão/Lafões II
Dão/Lafões III
ULS C. Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
Total da Região de Saúde do Centro 2011
2010
Fonte: SIARS
57
Percentagem de consultas ao utente pelo médico de família
Em 2011 realizaram-se 5 027 200 consultas médicas na Região de Saúde do Centro
realizadas por médico de família atribuído, correspondendo a uma diminuição de 5,5%
relativamente ao período homólogo do ano anterior. Verificou-se que 74,1% destas
consultas são presenciais com o médico de família, traduzindo, assim, um aumento
em relação a 2010 (Quadro 47).
Quadro 47 - Percentagem de consultas ao utente pelo médico de família atribuído (2010-2011)
ACeS/ ULS
N.º total de consultas médicas presenciais com o seu médico de
família
N.º total de consultas médicas no período em análise
2010 % 2011 % 2010 2011 % var. 11/10
Baixo Vouga I 242.011 68,4 247.598 72,7 353.651 340.693 -3,7
Baixo Vouga II 371.530 76,9 356.209 79,8 482.900 446.126 -7,6
Baixo Vouga III 218.235 73,0 208.299 71,5 298.855 291.508 -2,5
Cova da Beira 175.531 75,2 148.526 73,9 233.501 200.851 -14,0
Baixo Mondego I 390.491 78,8 349.405 75,6 495.851 462.286 -6,8
Baixo Mondego II 200.418 76,4 239.598 78,9 262.465 303.712 15,7
Baixo Mondego III 184.378 65,7 184.517 68,0 280.684 271.502 -3,3
Pinhal Interior Norte I 202.987 64,4 186.066 64,6 315.127 288.199 -8,5
Pinhal Interior Norte II 95.278 66,0 89.860 67,4 144.329 133.298 -7,6
Pinhal Litoral I 130.023 86,2 127.903 88,1 150.854 145.182 -3,8
Pinhal Litoral II 397.532 71,2 382.770 71,8 558.179 533.114 -4,5
Dão/Lafões I 229.563 86,8 197.440 79,2 264.339 249.395 -5,7
Dão/Lafões II 203.114 68,1 200.531 72,6 298.088 276.309 -7,3
Dão/Lafões III 212.549 67,8 182.909 67,7 313.450 270.271 -13,8
ULS C. Branco, EPE 284.699 73,8 259.021 76,8 385.791 337.075 -12,6
ULS Guarda, EPE 357.684 73,9 364.166 76,2 484.144 477.679 -1,3
Total ACeS 3.253.640 73,1 3.101.631 73,6 4.452.273 4.212.446 -5,4
Total Região Centro 3.896.023 73,2 3.724.818 74,1 5.322.208 5.027.200 -5,5
Fonte: SIARS
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Cova da Beira
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Dão/Lafões I
Dão/Lafões II
Dão/Lafões III
ULS C. Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
Total da Região de Saúde do Centro2011
2010
Fonte: SIARS
58
Visitas domiciliárias médicas
No ano de 2011 realizaram-se 23 096 consultas médicas no domicílio, o que
corresponde a uma taxa de 11,7 visitas por 1 000 inscritos. Contrariamente ao total da
Região (ULS incluídas), verificou-se um aumento – ainda que discreto - da taxa de
domicílios médicos nos serviços desconcentrados (ACeS) em relação ao ano de 2010
(Quadro 48).
Quadro 48 - Taxa de visitas domiciliárias médicas por 1000 inscritos (2010-2011)
ACeS/ ULS
Nº consultas domiciliárias médicas
2010 Tx/1000 inscritos
2011 Tx/1000 inscritos
Baixo Vouga I 807 6,3 1.307 10,2
Baixo Vouga II 1.868 10,1 2.253 12,1
Baixo Vouga III 2.037 19,4 2.323 22,2
Cova da Beira 237 2,3 237 2,3
Baixo Mondego I 3.795 18,1 3.222 15,4
Baixo Mondego II 1.979 16,3 1.929 16,1
Baixo Mondego III 1.206 12,9 1.137 12,2
Pinhal Interior Norte I 952 9,4 1.013 10,1
Pinhal Interior Norte II 338 7,4 256 5,6
Pinhal Litoral I 211 3,4 333 5,3
Pinhal Litoral II 1.803 7,8 1.737 7,5
Dão/Lafões I 2.696 23,8 2.146 19,0
Dão/Lafões II 623 7,0 1.251 14,3
Dão/Lafões III 730 6,9 760 7,2
ULS C. Branco, EPE 2.077 16,0 347 2,9
ULS Guarda, EPE 2.921 17,1 2.845 16,9
Total ACeS 19.282 11,4 19.904 11,8
Total Região Centro 24.280 12,2 23.096 11,7
Fonte: SIARS
0 5 10 15 20 25
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Cova da Beira
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Dão/Lafões I
Dão/Lafões II
Dão/Lafões III
ULS C. Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
Total da Região de Saúde do Centro 2011
2010
Fonte: SIARS
59
Visitas domiciliárias de enfermagem
Realizaram-se em 2011 236 522 consultas domiciliárias de enfermagem,
correspondendo a uma taxa de 119,6 visitas por 1 000 inscritos. Esta taxa apresenta
uma tendência crescente relativamente a 2010 (Quadro 49).
Quadro 49 - Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por 1000 inscritos (2010-2011)
Nº consultas domiciliárias de enfermagem
ACeS/ ULS 2010 Tx/1000 inscritos
2011 Tx/1000 inscritos
Baixo Vouga I 15.286 118,9 14.160 110,5
Baixo Vouga II 21.238 114,3 21.146 113,4
Baixo Vouga III 17.654 168,4 19.131 182,9
Cova da Beira 545 5,4 5.069 50,2
Baixo Mondego I 30.268 144,3 30.313 145,0
Baixo Mondego II 11.502 94,6 17.248 143,9
Baixo Mondego III 15.083 161,4 14.742 157,9
Pinhal Interior Norte I 13.567 133,9 13.734 136,5
Pinhal Interior Norte II 2.914 63,6 4.588 100,7
Pinhal Litoral I 3.185 50,8 6.038 96,3
Pinhal Litoral II 11.066 47,9 19.926 86,5
Dão/Lafões I 13.766 121,6 14.513 128,5
Dão/Lafões II 9.586 107,2 10.836 124,1
Dão/Lafões III 10.417 98,2 8.606 81,4
ULS C. Branco, EPE 4.071 31,4 14.259 117,4
ULS Guarda, EPE 20.381 119,6 22.213 131,6
Total ACeS 176.077 103,9 200.050 118,5
Total Região Centro 200.529 100,5 236.522 119,6
Fonte: SIARS
0 50 100 150 200
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Cova da Beira
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Dão/Lafões I
Dão/Lafões II
Dão/Lafões III
ULS C. Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
Total da Região de Saúde do Centro 2011
2010
Fonte: SIARS
60
Indicadores de qualidade
Recém-nascidos de termo com baixo peso
A proporção de recém-nascidos de termo com baixo peso na Região de Saúde do
Centro tem-se mantido estável, com uma média regional de 1,2 por 1 000 recém-
nascidos de termo em 2009.
Quadro 50 - Recém-nascidos de termo com baixo peso (2007 a 2009)
ACeS/ ULS
Recém nascidos de termo com baixo peso /1 000 recém nascidos
de termo
Ano 2008 2009 % Var. 09/08
Baixo Vouga I 1,6 0,4 -0,8
Baixo Vouga II 2,1 2,2 0,0
Baixo Vouga III 1,0 1,9 0,9
Cova da Beira 0,9 0,2 -0,8
Baixo Mondego I 1,7 0,7 -0,6
Baixo Mondego II 0,9 1,5 0,7
Baixo Mondego III 0,3 0,2 -0,3
Pinhal Interior Norte I 0,2 0,5 1,5
Pinhal Interior Norte II 2,7 2,3 -0,1
Pinhal Litoral I 2,5 0,5 -0,8
Pinhal Litoral II 2,0 2,5 0,3
Dão/Lafões I 2,1 1,4 -0,3
Dão/Lafões II 2,0 1,0 -0,5
Dão/Lafões III 1,9 1,4 -0,3
Pinhal Int. Sul (ULS de Castelo Branco, EPE) 2,7 2,0 -0,3
Beira Int. Sul (ULS de Castelo Branco, EPE) 1,2 1,0 -0,2
ULS Guarda, EPE 2,2 0,9 -0,6
Região de Saúde do Centro 1,6 1,2 -0,3 Fonte: WebSig ACS
-1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Cova da Beira
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Dão/Lafões I
Dão/Lafões II
Dão/Lafões III
Pinhal Int. Sul (UlS de Castelo Branco, EPE)
Beira Int. Sul (UlS de Castelo Branco, EPE)
ULS Guarda, EPE
% Var.08/09
Fonte: WebSIG ACS
61
Diagnóstico precoce (THSPKU) em recém-nascidos até ao 7º dia de vida
Em 2011 verificou-se um aumento da proporção de recém-nascidos com registo de
diagnóstico precoce (até ao 7º dia de vida), em relação ao ano anterior - de 62% para
81,8%.
Não obstante a diminuição do número de nascimentos, este indicador reflete a
melhoria da qualidade dos registos.
Quadro 51 - Taxa de realização do diagnóstico precoce (THSPKU) até ao 7ºdia de vida (2010-2011)
ACeS/ ULS
Recém-nascidos com registo de diagnóstico precoce
Total recém-nascidos que completaram 7 dias
de vida
2010 Taxa 2011 Taxa 2010 2011
Baixo Vouga I 701 73,9 764 88,3 948 865
Baixo Vouga II 1.270 79,2 1.245 83,3 1.603 1.495
Baixo Vouga III 685 81,3 650 87,5 843 743
Cova da Beira 128 20,5 346 58,4 624 592
Baixo Mondego I 1.104 68,3 1.374 84,4 1.616 1.628
Baixo Mondego II 436 52,5 684 85,9 831 796
Baixo Mondego III 449 71,2 498 80,8 631 616
Pinhal Interior Norte I 332 49,3 364 54,9 674 663
Pinhal Interior Norte II 106 41,7 159 75,4 254 211
Pinhal Litoral I 284 64,4 336 82,8 441 406
Pinhal Litoral II 1.098 56,6 1.743 91,9 1.941 1.897
Dão/Lafões I 844 89,2 891 93,1 946 957
Dão/Lafões II 421 79,9 466 94,1 527 495
Dão/Lafões III 228 38,0 369 57,9 600 637
ULS C. Branco, EPE 100 13,0 621 86,6 770 717
ULS Guarda, EPE 574 65,9 664 71,0 871 935
Total ACeS 8.086 64,8 9.889 82,4 12.479 12.001
Total Região Saúde Centro 8.760 62,0 11.174 81,8 14.120 13.653
Fonte: SIARS
0 20 40 60 80 100
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Cova da Beira
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Dão/Lafões I
Dão/Lafões II
Dão/Lafões III
ULS C. Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
Total Região de Saúde do Centro 2011
2010
Fonte: SIARS
62
Primeiras consultas na vida realizadas até ao 28º dia de vida
Em 2011 realizaram-se 10 932 primeiras consultas médicas neonatais (até aos 28 dias
de vida) na Região de Saúde do Centro, tendo-se observado um aumento de
73,3%,em 2010 para 78,7%,em 2011.
Quadro 52 - Percentagem de primeiras consultas na vida realizadas até ao 28º dia de vida (2010-2011)
ACeS/ ULS
Primeiras consultas médicas realizadas até ao 28º dia de vida
Número de recém-nascidos que completaram 28 dias
2010 % 2011 % 2010 2011
Baixo Vouga I 690 72,3 685 77,4 954 885
Baixo Vouga II 1.184 73,9 1.275 82,4 1.603 1.547
Baixo Vouga III 660 78,7 611 79,7 839 767
Cova da Beira 447 69,1 420 70,5 647 596
Baixo Mondego I 1.220 75,3 1.288 77,4 1.621 1.664
Baixo Mondego II 515 60,4 618 79,4 853 778
Baixo Mondego III 548 86,0 537 87,3 637 615
Pinhal Interior Norte I 505 76,2 437 64,9 663 673
Pinhal Interior Norte II 206 80,2 179 82,5 257 217
Pinhal Litoral I 316 71,5 323 77,6 442 416
Pinhal Litoral II 1.257 63,7 1.394 73,1 1.974 1.908
Dão/Lafões I 786 83,1 854 86,8 946 984
Dão/Lafões II 454 87,1 477 91,6 521 521
Dão/Lafões III 458 76,0 531 82,2 603 646
ULS C. Branco, EPE 530 67,4 598 80,9 786 739
ULS Guarda, EPE 660 73,3 705 75,7 900 931
Total ACeS 9.246 73,6 9.629 78,8 12.560 12.217
Total Região Centro 10.436 73,3 10.932 78,7 14.246 13.887
Fonte: SIARS
0 20 40 60 80 100
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Cova da Beira
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Dão/Lafões I
Dão/Lafões II
Dão/Lafões III
ULS C. Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
Total da Região de Saúde do Centro 2011
2010
Fonte: SIARS
63
Taxa de cobertura de primeira consulta na vida, realizadas até aos 28 dias de
vida
A cobertura de saúde infantil até aos 28 dias de vida aumentou de forma significativa
na Região de Saúde do Centro, tendo passado de 75% em 2010 para 78,6% em 2011
(tendo, como denominador, o número de nados-vivos em 2010).
Quadro 53 - Taxa cobertura de primeira consulta na vida, realizadas até aos 28 dias de vida (2010-2011)
ACeS/ ULS Nados-vivos
2010
Taxa cobertura da primeira consulta até aos 28 dias
2010 2011 (a)
Baixo Vouga I 953 72,4 71,9
Baixo Vouga II 1.600 74,0 79,7
Baixo Vouga III 826 79,9 74,0
Cova da Beira 629 71,1 66,8
Baixo Mondego I 1.463 83,4 88,0
Baixo Mondego II 873 59,0 70,8
Baixo Mondego III 603 90,9 89,1
Pinhal Interior Norte I 690 73,2 63,3
Pinhal Interior Norte II 239 86,2 74,9
Pinhal Litoral I 437 72,3 73,9
Pinhal Litoral II 1.902 66,1 73,3
Dão/Lafões I 962 81,7 88,8
Dão/Lafões II 525 86,5 90,9
Dão/Lafões III 603 76,0 88,1
ULS C. Branco, EPE 734 72,2 81,5
ULS Guarda, EPE 867 76,1 81,3
Total ACeS 12.305 75,1 78,3
Total Região Saúde Centro 13.906 75,0 78,6
Fonte: SIARS e INE (a) Estimativa aproximada tendo em consideração a indisponibilidade dos nados vivos de 2011, à presente data.
Consultas de saúde materna
No ano de 2011 realizaram-se 10 986 primeiras consultas de saúde materna na
Região de Saúde do Centro (mulheres grávidas ou no período pós-parto), em
consequência de uma gravidez, traduzindo uma diminuição de 1,8% em relação ao
ano anterior (Quadro 54).
64
Quadro 54 - Consultas de saúde materna (2010-2011)
ACeS/ ULS
Primeiras consultas de saúde materna % var.
11/10
Total de consultas saúde materna % var.
11/10
2010 2011 2010 2011
Baixo Vouga I 840 906 7,9 6.062 5.702 -5,9
Baixo Vouga II 1.272 1.399 10,0 9.069 8.222 -9,3
Baixo Vouga III 718 776 8,1 5.916 5.023 -15,1
Cova da Beira 485 363 -25,2 2.146 1.555 -27,5
Baixo Mondego I 1.118 1.164 4,1 7.581 7.532 -0,6
Baixo Mondego II 521 442 -15,2 3.048 3.173 4,1
Baixo Mondego III 749 550 -26,6 4.030 4.153 3,1
Pinhal Interior Norte I 526 528 0,4 3.920 3.991 1,8
Pinhal Interior Norte II 208 185 -11,1 1.393 1.036 -25,6
Pinhal Litoral I 333 396 18,9 1.966 1.912 -2,7
Pinhal Litoral II 1.034 1.022 -1,2 5.959 5.206 -12,6
Dão/Lafões I 604 665 10,1 4.901 4.803 -2,0
Dão/Lafões II 564 480 -14,9 3.919 3.477 -11,3
Dão/Lafões III 623 605 -2,9 4.211 4.179 -0,8
ULS C. Branco, EPE 744 663 -10,9 4.298 4.049 -5,8
ULS Guarda, EPE 846 842 -0,5 5.718 5.655 -1,1
Total ACeS 9.595 9.481 -1,2 64.121 59.964 -6,5
Total Região Centro 11.185 10.986 -1,8 74.137 69.668 -6,0
Fonte: SIARS
Taxa de cobertura de primeira consulta de saúde materna
Em 2011, a taxa de cobertura em saúde materna foi de 78,7% variando entre o
mínimo de 50,3% no ACeS Baixo Mondego II e máximo de 100% do ACeS Dão Lafões
III (Quadro 55).
65
Quadro 55 - Taxa de cobertura de primeira consulta de saúde materna (2011)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Taxa de cobertura de Saúde Materna Valor médio da Região Centro (2011)
Fonte: SIARS; INE
ACeS/ ULS
Taxa de cobertura de saúde
materna
2011
Baixo Vouga I 94,7
Baixo Vouga II 87,0
Baixo Vouga III 93,6
Cova da Beira 57,5
Baixo Mondego I 79,2
Baixo Mondego II 50,3
Baixo Mondego III 91,1
Pinhal Interior Norte I 76,5
Pinhal Interior Norte II 77,4
Pinhal Litoral I 90,2
Pinhal Litoral II 53,6
Dão/Lafões I 68,8
Dão/Lafões II 91,3
Dão/Lafões III 100,0
ULS C. Branco, EPE 89,8
ULS Guarda, EPE 96,7
Total ACeS 76,8
Total Região Centro 78,7
Fonte: SIARS e INE
66
Percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre
Em 2011 realizou-se um total de 7 487 primeiras consultas de gravidez (primeiro
trimestre de gravidez), tendo havido um ligeiro decréscimo em relação ao ano anterior.
Em 2011 existiam 9 212 grávidas inscritas no âmbito territorial da ARSC,
correspondendo a diminuição de 2,5% em relação ao ano anterior.
A percentagem de primeiras consultas, no decurso do primeiro trimestre de gravidez,
na Região de Saúde do Centro foi de 81,3%, sendo semelhante à do ano anterior.
No que diz respeito à amplitude local de valores, esta varia entre 76,7% no ACeS
Cova da Beira e 88,5% no ACeS Pinhal Interior Norte II.
Quadro 56 - Percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre (2010-2011)
ACeS/ ULS
Primeiras consultas de gravidez no 1º trimestre
Total de grávidas inscritas no 1º
trimestre % var. 11/10
2010 % 2011 % 2010 2011
Baixo Vouga I 534 80,5 550 81,6 663 674 1,7
Baixo Vouga II 919 81,5 827 82,9 1.127 997 -11,5
Baixo Vouga III 519 84,0 484 80,8 618 599 -3,1
Cova da Beira 278 80,6 224 76,7 345 292 -15,4
Baixo Mondego I 903 84,4 885 81,1 1.070 1.091 2,0
Baixo Mondego II 375 84,3 401 81,2 445 494 11,0
Baixo Mondego III 425 80,7 403 85,7 527 470 -10,8
Pinhal Interior Norte I 428 84,9 406 85,5 504 475 -5,8
Pinhal Interior Norte II 116 78,4 123 88,5 148 139 -6,1
Pinhal Litoral I 209 85,7 218 84,2 244 259 6,1
Pinhal Litoral II 809 79,2 838 78,2 1.022 1.071 4,8
Dão/Lafões I 512 81,7 531 84,2 627 631 0,6
Dão/Lafões II 330 75,5 322 82,1 437 392 -10,3
Dão/Lafões III 376 77,7 389 78,6 484 495 2,3
ULS C. Branco, EPE 383 73,0 391 79,6 525 491 -6,5
ULS Guarda, EPE 533 80,3 495 77,1 664 642 -3,3
Total ACeS 6.733 81,5 6.601 81,7 8.261 8.079 -2,2
Total Região Centro 7.649 80,9 7.487 81,3 9.450 9.212 -2,5
Fonte: SIARS e INE
0 20 40 60 80 100
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Cova da Beira
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Dão/Lafões I
Dão/Lafões II
Dão/Lafões III
ULS C. Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
Total da Região de Saúde do Centro2011
2010
Fonte: SIARS; INE
67
Percentagem de grávidas com revisão puerpério efetuado
As consultas de revisão de puerpério realizadas em 2011 corresponderam a um total
de 1 793. Comparando com o ano anterior, verificou-se uma variação positiva
de4,7pontos percentuais (―desvio‖) na região Centro (ULS incluídas) e de 5,6 para os
serviços desconcentrados (ACeS) da ARSC.
De entre as mulheres com compromisso de vigilância em saúde materna que
completaram o puerpério, 41,2% efetuaram a consulta de revisão de puerpério– valor
mínimo de 22% no ACeS Baixo Mondego III e máximo de 65,8% no ACeS Dão Lafões
I.
Quadro 57 - Percentagem de grávidas com revisão puerpério efetuado (2010-2011)
Mulheres, com compromisso de vigilância em Saúde Materna, com consulta de revisão de
puerpério
Mulheres com compromisso de vigilância em Saúde Materna que completaram o puerpério
no período em análise
ACES/ ULS 2010 % 2011 % Desvio 11/10
2010 2011 % var. 11/10
Baixo Vouga I 68 21,9 131 35,8 13,9 311 366 17,7
Baixo Vouga II 254 43,6 271 44,6 1,0 583 608 4,3
Baixo Vouga III 137 45,7 180 56,3 10,6 300 320 6,7
Cova da Beira 11 12,9 17 25,8 12,8 85 66 -22,4
Baixo Mondego I 186 46,6 226 50,1 3,5 399 451 13,0
Baixo Mondego II 87 38,0 118 49,4 11,4 229 239 4,4
Baixo Mondego III 51 20,2 52 22,0 1,8 252 236 -6,3
Pinhal Interior Norte I 98 39,2 98 40,2 1,0 250 244 -2,4
Pinhal Interior Norte II 15 30,0 18 27,3 -2,7 50 66 32,0
Pinhal Litoral I 12 18,8 24 24,5 5,7 64 98 53,1
Pinhal Litoral II 104 39,0 172 47,3 8,3 267 364 36,3
Dão/Lafões I 201 60,5 256 65,8 5,3 332 389 17,2
Dão/Lafões II 68 33,0 76 36,4 3,4 206 209 1,5
Dão/Lafões III 44 26,2 63 27,8 1,6 168 227 35,1
ULS C. Branco, EPE 20 13,2 40 16,9 3,8 152 236 55,3
ULS Guarda, EPE 31 19,5 51 21,5 2,0 159 237 49,1
Total ACES 1.336 38,2 1.702 43,8 5,6 3.496 3.883 11,1
Total Região Centro 1.387 36,4 1.793 41,2 4,7 3.807 4.356 14,4
Fonte: SIARS
0 10 20 30 40 50 60 70
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Cova da Beira
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Dão/Lafões I
Dão/Lafões II
Dão/Lafões III
ULS C. Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
Total da Região de Saúde do Centro 2011
2010
Fonte: SIARS
68
Percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos de HBA1C nos últimos 12
meses
Em 2011 existia um total de 24 563 utentes diabéticos que apresentavam pelo menos
3 registos de HbA1C na Região de Saúde do Centro. Este indicador apresenta um
discreto aumento (0,2 pontos percentuais) relativamente ao ano anterior.
Verificou-se também um aumento de 19,9% dos utentes com compromisso de
vigilância no programa de diabetes, comparativamente com 2010.
Quadro 58 - Percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos HbA1C registada nos últimos 12 meses (2010-2011)
ACeS/ ULS N.º de utentes com pelo menos 3 registos de HbA1C
no período N.º de utentes com compromisso de vigilância no programa de diabetes
2010 (%) 2011 (%) Desvio 11/10
2010 2011 %
Var.11/10
Baixo Vouga I 1.410 37,9 2.157 48,6 10,7 3.723 4439 19,2
Baixo Vouga II 3.065 52,2 3.677 54,5 2,3 5.872 6741 14,8
Baixo Vouga III 1.499 48,9 1.663 47,5 -1,4 3.068 3504 14,2
Cova da Beira 118 7,3 202 10,0 2,7 1.610 2018 25,3
Baixo Mondego I 2594 44,8 2.859 43,8 -1,0 5.788 6532 12,9
Baixo Mondego II 1955 68,0 2.470 58,9 -9,2 2.873 4195 46,0
Baixo Mondego III 1501 39,8 1.592 39,9 0,2 3.775 3987 5,6
Pinhal Interior Norte I 1411 45,6 1.352 39,1 -6,6 3.091 3459 11,9
Pinhal Interior Norte II 584 34,0 680 33,8 -0,1 1.720 2010 16,9
Pinhal Litoral I 387 26,6 568 30,2 3,6 1.455 1883 29,4
Pinhal Litoral II 1595 36,9 2.387 40,8 3,9 4.322 5853 35,4
Dão/Lafões I 1687 60,4 1.691 52,4 -8,0 2.792 3228 15,6
Dão/Lafões II 979 37,2 1.330 44,2 7,0 2.634 3008 14,2
Dão/Lafões III 564 19,4 637 18,2 -1,2 2.905 3494 20,3
ULS C. Branco, EPE 227 9,9 305 9,6 -0,2 2.302 3161 37,3
ULS Guarda, EPE 796 24,2 993 25,4 1,2 3.293 3910 18,7
Total ACeS 19.349 42,4 23.265 42,8 0,4 45.628 54.351 19,1
Total Região Centro 20.372 39,8 24.563 40,0 0,2 51.223 61.422 19,9
Fonte: SIARS
0 20 40 60 80 100
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Cova da Beira
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Dão/Lafões I
Dão/Lafões II
Dão/Lafões III
ULS C. Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
Total da Região de Saúde do Centro 2011
2010
Fonte: SIARS
69
Percentagem de hipertensos com 1 registo de tensão arterial nos últimos 6
meses
O número de hipertensos com 1 registo de tensão arterial nos últimos 6 meses na
Região de Saúde do Centro em 2011 foi de 143 854, correspondendo a um aumento
de 33% em relação ao ano anterior. Em termos de número de utentes com
compromisso de vigilância no programa de hipertensão, observou-se também um
aumento de 29,1%.
No que diz respeito à proporção de hipertensos em programa com pelo menos 1
registo tensional, verificou-se um aumento de 1,9pontos percentuais (―desvio‖)
relativamente a 2010 em toda a Região (incluindo ULS) e de 2,1 pontos no conjunto
dos serviços desconcentrados da ARSC.
Quadro 59 - Percentagem de hipertensos com 1 registo de tensão arterial nos últimos 6 meses (2010-2011)
ACeS/ ULS
Nº hipertensos com pelo menos 1 registo TA Nº hipertensos com
compromisso de vigilância no programa de Hipertensão
2010 % 2011 % Desvio 11/10
2010 2011 %
Var.11/10
Baixo Vouga I 7.721 63,2 10.558 67,0 3,9 12.225 15.756 28,9
Baixo Vouga II 11.726 67,5 14.073 67,6 0,1 17.361 20.816 19,9
Baixo Vouga III 6.870 66,2 8.079 67,8 1,6 10.374 11.917 14,9
Cova da Beira 1.874 49,1 2.834 50,9 1,8 3.817 5.563 45,7
Baixo Mondego I 12.457 60,9 15.318 63,8 2,8 20.449 24.024 17,5
Baixo Mondego II 7.180 63,3 11.627 69,3 6,0 11.339 16.777 48,0
Baixo Mondego III 8.411 68,1 9.087 64,4 -3,7 12.354 14.107 14,2
Pinhal Interior Norte I 5.973 67,7 7.200 67,1 -0,6 8.818 10.724 21,6
Pinhal Interior Norte II 2.749 53,8 3.970 62,8 9,0 5.106 6.320 23,8
Pinhal Litoral I 3.204 61,6 4.966 68,2 6,6 5.199 7.279 40,0
Pinhal Litoral II 7.443 61,4 12.389 68,8 7,4 12.119 18.012 48,6
Dão/Lafões I 6.354 84,5 7.416 86,5 2,0 7.519 8.573 14,0
Dão/Lafões II 5.251 68,7 7.958 74,2 5,5 7.647 10.727 40,3
Dão/Lafões III 5.537 66,1 6.553 57,9 -8,2 8.377 11.318 35,1
ULS C. Branco, EPE 8.240 69,3 12.389 69,4 0,1 11.893 17.856 50,1
ULS Guarda, EPE 7.351 67,6 9.437 67,9 0,3 10.873 13.895 27,8
Total ACeS 92.750 65,0 122.028 67,1 2,1 142.704 181.913 27,5
Total Região Centro 108.341 65,5 143.854 67,3 1,9 165.470 213.664 29,1
Fonte: SIARS
0 20 40 60 80 100
Baixo Vouga IBaixo Vouga IIBaixo Vouga IIICova da Beira
Baixo Mondego IBaixo Mondego IIBaixo Mondego III
Pinhal Interior Norte IPinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral IPinhal Litoral II
Dão/Lafões IDão/Lafões IIDão/Lafões III
ULS C. Branco, EPEULS Guarda, EPE
Total da Região de Saúde do Centro2011
2010
Fonte: SIARS
70
Indicadores de eficiência em CSP
Percentagem do consumo de medicamentos genéricos em embalagens
No ano de 2011 a proporção de embalagens de medicamentos genéricos,
relativamente ao total de medicamentos faturados na Região de Saúde do Centro, foi
de 30,8 pontos percentuais, variando entre o mínimo de 25,6 no ACeS da Cova da
Beira e o máximo de 33,8 no ACeS do Pinhal Interior Norte I. Tal representa uma
evolução positiva de 4,5 pontos percentuais em relação ao ano anterior, traduzindo
uma tendência crescente de prescrição deste tipo de medicamento.
Quadro 60 - Percentagem do consumo de medicamentos genéricos em embalagens (2010-2011)
Número embalagens de medicamentos
genéricos faturadas
Númerototal de embalagens medicamentos faturadas
ACeS/ ULS 2010 % 2011 % Desvio 11/10
2010 2011 % Var. 11/10
Baixo Vouga I 343.821 26,4 375.643 30,3 3,9 1.303.951 1.240.632 -4,9
Baixo Vouga II 379.426 24,1 448.952 28,9 4,8 1.574.282 1.554.704 -1,2
Baixo Vouga III 230.383 25,2 277.341 31,3 6,0 913.077 887.238 -2,8
Cova da Beira 173.105 21,5 211.293 25,6 4,1 804.986 825.897 2,6
Baixo Mondego I 410.707 25,9 539.717 30,8 4,9 1.585.908 1.750.594 10,4
Baixo Mondego II 305.774 24,6 370.017 29,8 5,2 1.241.028 1.241.661 0,1
Baixo Mondego III 283.267 28,6 320.925 32,0 3,4 991.401 1.003.120 1,2
Pinhal Interior Norte I 295.054 29,0 344.792 33,8 4,9 1.018.688 1.019.344 0,1
Pinhal Interior Norte II 159.511 28,3 183.058 33,2 4,9 563.175 551.097 -2,1
Pinhal Litoral I 155.104 25,5 180.081 30,5 5,0 608.211 590.183 -3,0
Pinhal Litoral II 474.998 26,8 539.584 31,3 4,5 1.771.528 1.724.255 -2,7
Dão/Lafões I 190.304 25,3 235.752 30,5 5,2 752.050 772.856 2,8
Dão/Lafões II 239.288 29,3 262.623 32,2 2,9 815.849 815.148 -0,1
Dão/Lafões III 279.226 26,1 319.165 31,4 5,3 1.069.320 1.016.597 -4,9
ULS C. Branco, EPE 292.636 25,5 338.592 29,1 3,7 1.149.189 1.162.085 1,1
ULS Guarda, EPE 399.510 28,4 467.742 32,6 4,2 1.406.917 1.435.373 2,0
Total ACES 3.919.968 26,1 4.608.943 30,7 4,6 15.013.454 14.993.326 -0,1
Total Região Centro 4.612.114 26,3 5.415.277 30,8 4,5 17.569.560 17.590.784 0,1
Fonte: SIARS Nota: Os dados do ano de 2010 foram atualizados, passando a ser considerados resultados definitivos. Os resultados referentes ao ano de 2011 são provisórios (15/3/2012).
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Cova da Beira
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Dão/Lafões I
Dão/Lafões II
Dão/Lafões III
ULS C. Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
Total da Região de Saúde do Centro2011
2010
Fonte: SIARS
71
Custo médio de MCDT faturados por utilizador
Em 2011 o custo médio de meios complementares de diagnóstico e terapêutica
(MCDT) faturados por utilizador foi de 46,6 euros na Região de Saúde do Centro (ULS
incluídas), variando entre o mínimo 33,8 euros na ULS de Castelo Branco e o máximo
de 58 euros no ACeS do Baixo Vouga I.
Relativamente ao ano anterior, e em termos de diferença percentual homóloga,
verifica-se uma redução (―desvio‖) de cerca de 15 pontos nos custos médios de MCDT
por utilizador no total da região Centro. Esta redução na despesa associada é mais
acentuada se considerarmos apenas os ACeS, serviços desconcentrados da ARSC (-
16,5 pontos percentuais).
O ACeS do Baixo Mondego II foi aquele em que se verificou, em toda a região Centro
(ULS incluídas), a maior diminuição do custo médio por utilizador de MCDT faturados
(20,5 pontos percentuais), seguindo-se-lhe imediatamente o ACeS do Pinhal Litoral I,
com uma redução de 20,3 pontos.
Quadro 61 - Custo médio de MCDT faturados por utilizador (2010-2011)
Custo total com MCDT faturados Número de Utilizadores
ACeS/ ULS 2010 Custo
médio/utilizadores
2011 Custo
médio/utilizadores
Desvio 11/10
2010 2011 % var. 11/10
Baixo Vouga I 6.409.752 75,3 4.827.363 58,2 -17,1 85.115 82.886 -2,6
Baixo Vouga II 8.523.488 73,7 6.212.434 55,1 -18,5 115.722 112.690 -2,6
Baixo Vouga III 4.757.527 67,3 3.306.347 47,7 -19,6 70.664 69.318 -1,9
Cova da Beira 2.867.219 52,0 1.896.618 34,7 -17,2 55.188 54.618 -1,0
Baixo Mondego I 7.139.978 66,6 5.235.208 47,8 -18,8 107.243 109.569 2,2
Baixo Mondego II 4.337.659 60,5 2.916.630 40,0 -20,5 71.728 72.880 1,6
Baixo Mondego III 3.516.045 56,6 2.727.802 44,1 -12,5 62.107 61.877 -0,4
Pinhal Interior Norte I 4.241.659 62,1 3.041.508 44,4 -17,7 68.259 68.508 0,4
Pinhal Interior Norte II 1.962.822 62,7 1.463.208 47,6 -15,1 31.303 30.713 -1,9
Pinhal Litoral I 2.965.356 77,0 2.190.533 56,7 -20,3 38.522 38.636 0,3
Pinhal Litoral II 10.306.754 73,8 7.927.334 57,2 -16,6 139.663 138.708 -0,7
Dão/Lafões I 3.017.250 48,1 2.354.684 37,7 -10,4 62.784 62.506 -0,4
Dão/Lafões II 3.018.858 50,5 2.479.658 42,4 -8,1 59.797 58.491 -2,2
Dão/Lafões III 3.687.071 53,6 2.600.977 39,4 -14,1 68.839 65.944 -4,2
ULS C. Branco, EPE 3.405.886 44,2 2.411.479 33,8 -10,3 77.101 71.283 -7,5
ULS Guarda, EPE 4.636.459 45,7 4.313.598 42,7 -3,1 101.383 101.070 -0,3
Total ACeS 66.751.438 64,4 49.180.304 47,9 -16,5 1.036.934 1.027.344 -0,9
Total Região Centro 74.793.783 61,5 55.905.381 46,6 -14,9 1.215.418 1.199.697 -1,3
Fonte: SIARS Nota: Os dados do ano de 2010 foram atualizados, passando a ser considerados resultados definitivos. Os resultados referentes ao ano de 2011 são provisórios (15/3/2012).
72
No que diz respeito às ULS, entidades públicas empresariais, aqueladiferença
percentual foi inferior à média regional, correspondendo mesmo a ULS da Guarda
EPE à estrutura subregional de saúde em que se verificou a menor redução
relativamente a 2010 (de apenas 3,1 pontos percentuais)
Custo médio de medicamentos faturados por utilizador
O custo médio de medicamentos faturados por utilizador, em 2011, foi de 210 euros na
Região de Saúde do Centro, variando entre o mínimo de 168 euros no ACeS Dão
Lafões I e o máximo de 265 euros no ACeS Pinhal Interior Norte II ecorrespondendo a
uma diferença de 37,4 pontosrelativamente ao ano anterior.
Essa redução foi mais acentuada no conjunto dos ACeS (variação de -38,4 pontos
percentuais relativamente a 2010). No entanto, na ULS da Guarda EPE observou-
seuma diminuição dos custos associados superior à da média regional total (―desvio‖
de - 40,5 pontos percentuais).
Já a ULS de Castelo Branco EPE observou uma redução inferior à da média da
Região e dos ACeS nos custos com medicamentos faturados (- 19,1 pontos
percentuais) Quadro 62.
0 20 40 60 80
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Cova da Beira
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Dão/Lafões I
Dão/Lafões II
Dão/Lafões III
ULS C. Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
Total da Região de Saúde do…2011
2010
Fonte: SIARS
73
Quadro 62 - Custo médio de medicamentos faturados por utilizador (2010-2011)
Custo total com medicamentos faturados Número de Utilizadores
ACES/ ULS 2010 CM/
utilizadores 2011
CM/ utilizadores
Desvio 11/10
2010 2011
% Variaç
ão 11/10
Baixo Vouga I 21.850.926 256,7 18.148.286 219,0 -37,8 85.115 82.886 -2,6
Baixo Vouga II 26.209.471 226,5 22.088.237 196,0 -30,5 115.722 112.690 -2,6
Baixo Vouga III 14.837.604 210,0 12.420.476 179,2 -30,8 70.664 69.318 -1,9
Cova da Beira 15.116.341 273,9 12.428.871 227,6 -46,3 55.188 54.618 -1,0
Baixo Mondego I 25.359.635 236,5 21.434.437 195,6 -40,8 107.243 109.569 2,2
Baixo Mondego II 20.321.969 283,3 17.217.754 236,2 -47,1 71.728 72.880 1,6
Baixo Mondego III 16.445.440 264,8 13.816.215 223,3 -41,5 62.107 61.877 -0,4
Pinhal Interior Norte I 17.660.176 258,7 14.493.082 211,6 -47,2 68.259 68.508 0,4
Pinhal Interior Norte II 9.649.034 308,2 8.144.591 265,2 -43,1 31.303 30.713 -1,9
Pinhal Litoral I 10.555.119 274,0 8.996.942 232,9 -41,1 38.522 38.636 0,3
Pinhal Litoral II 32.151.433 230,2 27.033.761 194,9 -35,3 139.663 138.708 -0,7
Dão/Lafões I 12.491.389 199,0 10.503.572 168,0 -30,9 62.784 62.506 -0,4
Dão/Lafões II 14.179.027 237,1 11.782.149 201,4 -35,7 59.797 58.491 -2,2
Dão/Lafões III 18.716.722 271,9 15.206.015 230,6 -41,3 68.839 65.944 -4,2
ULS C. Branco, EPE 18.935.490 245,6 16.142.988 226,5 -19,1 77.101 71.283 -7,5
ULS Guarda, EPE 26.652.525 262,9 22.477.561 222,4 -40,5 101.383 101.070 -0,3
Total ACES 255.544.286 246,4 213.714.388 208,0 -38,4 1.036.934 1.027.344 -0,9
Total Região Centro 301.132.301 247,8 252.334.937 210,3 -37,4 1.215.418 1.199.697 -1,3
Fonte: SIARS Nota: Os dados do ano de 2010 foram atualizados, passando a ser considerados resultados definitivos. Os resultados referentes ao ano de 2011 são provisórios (15/3/2012).
0 50 100 150 200 250 300 350
Baixo Vouga I
Baixo Vouga II
Baixo Vouga III
Cova da Beira
Baixo Mondego I
Baixo Mondego II
Baixo Mondego III
Pinhal Interior Norte I
Pinhal Interior Norte II
Pinhal Litoral I
Pinhal Litoral II
Dão/Lafões I
Dão/Lafões II
Dão/Lafões III
ULS C. Branco, EPE
ULS Guarda, EPE
Total da Região de Saúde do Centro2011
2010
Fonte: SIARS
74
Consumo de medicamentos ansiolíticos, hipnóticos e sedativos e
antidepressivos no mercado do SNS
Nos últimos anos, verifica-se uma tendência crescente no consumo de ansiolíticos,
hipnóticos, sedativos e antidepressivos na Região de Saúde do Centro.
No que diz respeito a 2008-2009 (últimos dados disponíveis), todos os ACeS e ULS
apresentaram uma variação positiva (aumento) do consumo daqueles fármacos
psicoativos sendo que, individualmente, este aumento é superior ou igual a 3% (entre
3,0% a 8,1%). O ACeS Baixo Vouga III é o que apresenta o menor consumo deste
grupo de fármacos (120,1 DDD/1 000 hab/dia).
Quadro 63 - Consumo de medicamentos ansiolíticos, hipnóticos e sedativos e antidepressivos no mercado do SNS (2008 e 2009)
ACES/ ULS
Consumo de medicamentos ansiolíticos, hipnóticos e sedativos e antidepressivos % Var.
09/08 DDD/1 000 habitantes/dia
Ano 2008 2009
Baixo Vouga I 146,0 154,3 5,7
Baixo Vouga II 127,7 134,1 5,0
Baixo Vouga III 114,5 120,1 4,9
Cova da Beira 130,5 138,2 5,9
Baixo Mondego I 150,2 156,5 4,2
Baixo Mondego II 156,8 167,3 6,7
Baixo Mondego III 142,5 152,1 6,7
Pinhal Interior Norte I 139,0 147,5 6,1
Pinhal Interior Norte II 185,1 198,4 7,2
Pinhal Litoral I 139,9 144,1 3,0
Pinhal Litoral II 137,1 144,7 5,5
Dão/Lafões I 130,3 139,7 7,2
Dão/Lafões II 115,6 123,6 6,9
Dão/Lafões III 130,9 139,8 6,8
Pinhal Int. Sul (ULS C. Branco, EPE) 126,8 137,1 8,1
Beira Int. Sul (ULS C. Branco, EPE) 149,9 157,4 5,0
ULS Guarda, EPE 119,9 128,1 6,8
Fonte: WebSigACS
122
138
146
110
120
130
140
150
2006 2008 2009
Evolução do consumo de ansiolíticos, hipnóticos, sedativos e antidepressivos na Região de Saúde do Centro
DDD/1000 habitantes/diaFonte: WebSIG ACS
75
2. Produção hospitalar
No conjunto das unidades hospitalares do SNS da Região de Saúde do Centro
(excluindo o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra integrado, desde 1 de abril de
2011 e ao abrigo do decreto-lei nº 30/2011 de 2 de março, no Centro Hospitalar e
Universitário de Coimbra EPE) o movimento de consultas em 2011 somou um total de
2 171 926 consultas hospitalares.
Esta produção regional (total de consultas) corresponde a um acréscimo de 2,4%
relativamente ao ano anterior, refletindo o aumento verificado na maior parte das
unidades hospitalares do âmbito jurisdicional da ARSC.
Já as primeiras consultas, no conjunto das unidades hospitalares da região, sofreram
um aumento incipiente (0,4%), em resultado de taxas de crescimento negativo
observadas na maior parte dos hospitais da região. A proporção das primeiras
consultas no total de consultas (primeiras e seguintes) foi de 28,7%, valor ligeiramente
inferior ao do ano anterior.
Quadro 64 - Consultas realizadas nas unidades hospitalares da Região de Saúde do Centro, 2010 e 2011
Primeiras consultas (inclui especialidades não-médicas)
Tx. crescimento 2011/ 2010
Total consultas (inclui especialidades não-
médicas) Tx.
crescimento 2011/ 2010
% 1.ªs consultas/ total
consultas
Dez-10 Dez-11 Dez-10 Dez-11 Dez-10
Dez-11
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
52.458 51.194 -2,4% 161.413 166.721 3,3% 32,5% 30,7%
Hospital Distrital de Pombal 6.151 5.590 -9,1% 22.311 19.854 -11,0% 27,6% 28,2%
Hospital Santo André, EPE 65.306 67.447 3,3% 191.312 190.347 -0,5% 34,1% 35,4%
Hospital Distrital de Águeda 9.779 9.018 -7,8% 24.389 22.902 -6,1% 40,1% 39,4%
Hospital Infante D. Pedro, EPE 60.359 60.140 -0,4% 180.876 188.825 4,4% 33,4% 31,8%
Hospital Visconde de Salreu 4.429 4.506 1,7% 13.299 14.083 5,9% 33,3% 32,0%
Centro Hospitalar de Coimbra, EPE
84.406 84.294 -0,1% 278.071 284.583 2,3% 30,4% 29,6%
Hospitais Universidade de Coimbra, EPE
120.529 117.870 -2,2% 527.828 542.404 2,8% 22,8% 21,7%
Hospital Cândido de Figueiredo
4.251 4.806 13,1% 11.724 12.795 9,1% 36,3% 37,6%
Hospital S. Teotónio, EPE 68.679 66.459 -3,2% 217.150 217.124 0,0% 31,6% 30,6%
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE
30.174 29.198 -3,2% 97.218 97.370 0,2% 31,0% 30,0%
Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE
23.135 24.068 4,0% 130.818 134.315 2,7% 17,7% 17,9%
Centro Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais
1.551 1.445 -6,8% 3.044 3.373 10,8% 51,0% 42,8%
Hospital Arcebispo João Crisóstomo
7.451 8.036 7,9% 17.264 17.453 1,1% 43,2% 46,0%
Hospital Dr. Francisco Zagalo 10.531 9.810 -6,8% 31.179 31.789 2,0% 33,8% 30,9%
Hospital José Luciano de Castro
6.868 6.674 -2,8% 16.597 17.670 6,5% 41,4% 37,8%
ULS Castelo Branco, EPE 28.910 29.492 2,0% 91.536 94.790 3,6% 31,6% 31,1%
ULS Guarda, EPE 35.236 42.473 20,5% 104.158 115.528 10,9% 33,8% 36,8%
Região Saúde Centro (s/ CHPC)
620.203 622.520 0,4% 2.120.187 2.171.926 2,4% 29,3% 28,7%
Fonte: SICA
76
Ao nível dos internamentos em 2011, e considerando ainda os resultados provisórios,
foram 190 844 os doentes saídos, a que corresponderam 1 424 693 dias de
internamento. Ambos os indicadores sofreram um decréscimo superior a 1%
(respetivamente, de 1,6% e de 1,2%), coincidindo com a diminuição verificada na
lotação praticada (cerca de 1%).
Quadro 65 - Dados de produção relativos ao internamento nos hospitais da Região de Saúde do Centro, 2010 e 2011
Nº Doentes Saídos *
Tx. crescimento 2011/ 2010
Nº Dias Internamento *
Tx. crescimento 2011/ 2010
Lotação Praticada *
Tx. crescimento 2011/ 2010
Dez-10 Dez-11 Dez-10 Dez-11 Dez-10
Dez-11
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
13.700 13.349 -2,6% 100.129 96.075 -4,0% 353 331 -6,2%
Hospital Distrital de Pombal
1.633 1.587 -2,8% 14.989 13.344 -11,0% 57 45 -21,1%
Hospital Santo André, EPE
22.662 22.719 0,3% 143.441 142.756 -0,5% 554 541 -2,3%
Hospital Distrital de Águeda
2.984 2.804 -6,0% 25.955 25.315 -2,5% 110 110 0,0%
Hospital Infante D. Pedro, EPE
17.221 16.930 -1,7% 105.363 110.020 4,4% 353 377 6,8%
Hospital Visconde de Salreu
1.127 1.164 3,3% 9.322 8.716 -6,5% 46 43 -6,5%
Centro Hospitalar de Coimbra, EPE
25.071 24.727 -1,4% 177.305 175.730 -0,9% 568 586 3,2%
Hospitais Universidade de Coimbra, EPE
48.290 46.431 -3,8% 384.025 363.010 -5,5% 1.430 1.403 -1,9%
Hospital Cândido de Figueiredo
117 765 553,8% 928 5.711 515,4% 24 24 0,0%
Hospital S. Teotónio, EPE
24.260 23.999 -1,1% 190.727 186.478 -2,2% 666 662 -0,6%
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE
5.508 5.615 1,9% 40.223 41.530 3,2% 144 144 0,0%
Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE
8.785 8.939 1,8% 45.874 49.455 7,8% 236 236 0,0%
Centro Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais
246 276 12,2% 32.091 34.137 6,4% 101 101 0,0%
Hospital Arcebispo João Crisóstomo **
- - - - - - - - -
Hospital Dr. Francisco Zagalo
914 717 -21,6% 7.846 6.214 -20,8% 23 28 21,7%
Hospital José Luciano de Castro **
566 - - 865 - - 16 - -
ULS Castelo Branco, EPE
9.759 9.655 -1,1% 69.543 70.460 1,3% 316 311 -1,6%
ULS Guarda, EPE 11.118 11.167 0,4% 94.083 95.742 1,8% 397 408 2,8%
Região Saúde Centro (s/ CHPC)
193.961 190.844 -1,6% 1.442.709 1.424.693 -1,2% 5.394 5.350 -0,8%
Fonte: SICA (informação de 2011 sujeita a correções). * Não inclui informação de berçário, quartos particulares, lar de doentes e cuidados paliativos na Rede. ** Não dispõe de serviços de internamento no(s) período(os) considerado(s).
Em 2011, os hospitais da Região de Saúde do Centro registaram uma taxa de
ocupação em internamento de 74,4% (sem considerar o Centro de Medicina de
Reabilitação do Centro - Rovisco Pais), semelhante ao valor observado em 2010
(74,7%). O Centro Hospitalar de Coimbra do CHUC e o Hospital Distrital de Pombal do
77
Centro Hospitalar Leiria-Pombal EPE foram as unidades hospitalares que
apresentaram as taxas de ocupação mais elevadas.
A demora média em internamento na região foi de 8,1 dias (sem considerar o CMR
Rovisco Pais), destacando-se o Hospital de Águeda do Centro Hospitalar do Baixo
Vouga EPE e a ULS da Guarda EPE com 9 dias de demora média.
Gráfico 19 - Taxa de ocupação em internamento***, 2010 e 2011
Gráfico 20 - Demora média em internamento***, em dias, 2010 e 2011
0%
20%
40%
60%
80%
100%
CH
Cova
da
Beir
a,
EP
E
H.
Dis
trital P
om
bal
H.
Sto
. A
ndré
- L
eiria
H.
Dis
trital Á
gue
da
H.
Infa
nte
D.
Ped
ro -
Ave
iro
H.
Vis
c. S
alreu
CH
Coim
bra
H.U
.C.
H.
Cân
did
o d
e F
igu
eir
ed
o
H.
S.
Teotó
nio
- V
iseu
H.
Dis
trital F
ig.
Fo
z, E
PE
IPO
Coim
bra
, E
PE
H.
Dr.
Fra
ncis
co Z
aga
lo
H.
José
Lu
cia
no d
e C
astr
o
UL
S C
aste
lo B
ranco
, E
PE
UL
S G
uard
a,
EP
E
Dez-10 Dez-11 Região Centro 2011 (s/ CHPC)
Fonte: SICA
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
CH
Cova
da
Beir
a,
EP
E
H.
Dis
trital P
om
bal
H.
Sto
. A
ndré
- L
eiria
H.
Dis
trital Á
gue
da
H.
Infa
nte
D.
Ped
ro -
Ave
iro
H.
Vis
c. S
alreu
CH
Coim
bra
H.U
.C.
H.
Cân
did
o d
e F
igu
eir
ed
o
H.
S.
Teotó
nio
- V
iseu
H.
Dis
trital F
ig.
Fo
z, E
PE
IPO
Coim
bra
, E
PE
H.
Dr.
Fra
ncis
co Z
aga
lo
H.
José
Lu
cia
no d
e C
astr
o
UL
S C
aste
lo B
ranco
, E
PE
UL
S G
uard
a,
EP
E
Dez-10 Dez-11 Região Centro 2011 (s/ CHPC)
Fonte: SICA
78
O total de atendimentos em urgências em 2011 foi de 1 199 107, valor ligeiramente
superior ao do ano anterior, resultando numa taxa de crescimento quase nula. O
movimento nas urgências aumentou relativamente a 2010 acentuadamente no
Hospital Distrital da Figueira da Foz EPE, contrariamente ao Hospital Distrital de
Pombal do Centro Hospitalar Leiria Pombal EPE que registou o maior decréscimo de
atendimentos em urgência na região em 2011.
Quadro 66 - Atendimentos em urgência nos hospitais da Região de Saúde do Centro, 2010 e 2011
Nº de Atendimentos Total - Urgência
Tx. de crescimento 2011/ 2010
Dez-10 Dez-11
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 88.332 87.054 -1,4%
Hospital Distrital de Pombal (CHLP) 39.018 36.884 -5,5%
Hospital Santo André (CHLP) 149.516 145.427 -2,7%
Hospital Distrital de Águeda (CHBV) 44.623 45.859 2,8%
Hospital Infante D. Pedro (CHBV) 141.417 148.115 4,7%
Centro Hospitalar de Coimbra (CHUC) 139.229 144.284 3,6%
Hospitais Universidade de Coimbra (CHUC) 166.739 163.107 -2,2%
Hospital Cândido de Figueiredo (CHTV) 32.926 32.259 -2,0%
Hospital S. Teotónio (CHTV) 150.358 149.860 -0,3%
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 74.856 79.488 6,2%
ULS Castelo Branco, EPE 73.758 72.996 -1,0%
ULS Guarda, EPE 98.043 93.774 -4,4%
Região Saúde Centro (s/ CHPC) 1.198.815 1.199.107 0,0%
Fonte: SICA
CHUC: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra EPE CHTV: Centro Hospitalar Tondela-Viseu EPE CHLP: Centro Hospitalar Leiria-Pombal EPE CHBV: Centro Hospitalar do Baixo Vouga EPE
Em 2011, a produção cirúrgica total sofreu uma variação negativa de 1,2%
relativamente ao ano anterior, em resultado do decréscimo da cirurgia convencional -
uma vez que nas restantes modalidades a variação foi quase nula.
A cirurgia de ambulatório correspondeu a cerca de 50% do total de cirurgias
programadas em 2011 nos hospitais da Região de Saúde do Centro, sendo de
assinalar o Hospital Arcebispo João Crisóstomo (Cantanhede) e o Hospital José
Luciano de Castro (Anadia), onde a totalidade das cirurgias programadas foram
realizadas em ambulatório.
79
Quadro 67 - Dados de produção em cirurgia nos hospitais da Região de Saúde do Centro, 2010 e 2011
Total cirurgias (base+adicional)
Taxa crescimento
2011/2010
Cirurgia ambulatória
(base+adicional)
Taxa crescimento
2011/2010
Cirurgia convencional
(base+adicional)
Taxa crescimento
2011/2010
Cirurgia urgente Taxa crescimento
2011/2010 Dez-10 Dez-11 Dez-10 Dez-11 Dez-10 Dez-11 Dez-10 Dez-11
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
5.366 5.236 -2,4% 1.808 1.758 -2,8% 2.773 2.613 -5,8% 785 865 10,2%
Hospital Distrital de Pombal (CHLP)
1.903 1.798 -5,5% 1.521 1.515 -0,4% 382 283 -25,9%
Hospital Santo André, (CHLP)
13.300 13.535 1,8% 5.967 5.827 -2,3% 4.949 5.359 8,3% 2.384 2.349 -1,5%
Hospital Distrital de Águeda (CHBV)
2.915 2.541 -12,8% 1.473 1.283 -12,9% 1.339 1.166 -12,9% 103 92 -10,7%
Hospital Infante D. Pedro (CHBV)
7.839 7.677 -2,1% 2.994 2.776 -7,3% 3.160 2.778 -12,1% 1.685 2.123 26,0%
Hospital Visconde de Salreu (CHBV)
1.156 1.251 8,2% 520 413 -20,6% 636 837 31,6% 1
Centro Hospitalar de Coimbra (CHUC)
19.012 18.644 -1,9% 6.694 6.446 -3,7% 8.586 8.636 0,6% 3.732 3.562 -4,6%
Hospitais Universidade de Coimbra (CHUC)
26.599 26.975 1,4% 8.052 9.462 17,5% 13.283 12.677 -4,6% 5.264 4.836 -8,1%
Hospital Cândido de Figueiredo (CHTV)
220 1.113 405,9% 123 484 293,5% 97 629 548,5%
Hospital S. Teotónio (CHTV)
17.425 15.876 -8,9% 7.589 6.227 -17,9% 6.400 6.299 -1,6% 3.436 3.350 -2,5%
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE
7.534 7.563 0,4% 4.662 4.669 0,2% 2.152 2.127 -1,2% 720 767 6,5%
Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE
5.330 5.162 -3,2% 2.054 1.857 -9,6% 3.276 3.305 0,9%
Hospital Arcebispo João Crisóstomo*
1.986 1.378 30,6% 1.986 1.378 30,6%
Hospital Dr. Francisco Zagalo
1.485 1.810 21,9% 880 1.299 47,6% 605 511 -15,5%
Hospital José Luciano de Castro
1.078 933 -13,5% 499 933 87,0% 579
ULS Castelo Branco, EPE
6.987 6.423 -8,1% 2.536 2.157 -14,9% 3.125 2.810 -10,1% 1.326 1.456 9,8%
ULS Guarda, EPE 7.745 8.445 9,0% 3.263 4.142 26,9% 3.355 3.099 -7,6% 1.127 1.204 6,8% Região Saúde Centro (s/ CHPC)
127.880 126.360 -1,2% 52.621 52.626 0,0% 54.697 53.129 -2,9% 20.562 20.605 0,2%
Fonte: SICA * Não dispõe de serviços de cirurgia convencional CHUC: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra EPE; CHTV: Centro Hospitalar Tondela-Viseu EPE; CHLP: Centro Hospitalar Leiria-Pombal EPE; CHBV: Centro Hospitalar do Baixo Vouga EPE
Quadro 68 - Produção em cirurgia de ambulatório nos hospitais da Região de Saúde do Centro, 2010 e 2011
% Cirurgia de ambulatório (GDH)/ total de cirurgia programada (GDH)
Dez-10 Dez-11
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 43,21% 40,30%
Hospital Distrital de Pombal (CHLP) 72,70% 64,45%
Hospital Santo André (CHLP) 56,28% 53,96%
Hospital Distrital de Águeda (CHBV) 44,92% 51,97%
Hospital Infante D. Pedro (CHBV) 52,30% 50,95%
Hospital Visconde de Salreu (CHBV) 45,76% 37,57%
Centro Hospitalar de Coimbra (CHUC) 45,64% 45,06%
Hospitais Universidade de Coimbra (CHUC) 37,25% 41,56%
Hospital Cândido de Figueiredo (CHTV) 56,85% 44,65%
Hospital S. Teotónio (CHTV) 57,98% 55,57%
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 65,78% 65,28%
Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE 39,48% 36,58%
Hospital Arcebispo João Crisóstomo 100,00% 100,00%
Hospital Dr. Francisco Zagalo 60,33% 72,36%
Hospital José Luciano de Castro 43,60% 100,00%
ULS Castelo Branco, EPE 49,53% 47,72%
ULS Guarda, EPE 53,92% 64,62%
Região Saúde Centro (s/ CHPC) 49,31% 49,95%
Fonte: SICA CHUC: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra EPE; CHTV: Centro Hospitalar Tondela-Viseu EPE; CHLP: Centro Hospitalar Leiria-Pombal EPE CHBV: Centro Hospitalar do Baixo Vouga EPE
80
No que diz respeito ao Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra (CHPC), integrado
desde 1 de abril de 2011 no CHUC, a taxa de ocupação dos internamentos de agudos
aproximou-se de 84%, superior ao ano de 2010, enquanto nos internamentos crónicos
a taxa de ocupação ultrapassou os 95%, mantendo uma evolução crescente. A
lotação, pelo contrário, sofreu uma redução nos internamentos agudos, crónicos,
forenses e, especialmente, na reabilitação psicossocial.
Relativamente aos internamentos de agudos, os doentes saídos do CHPC sofreram
uma variação positiva de 3,6%, tendo diminuído os dias de internamento e,
consequentemente, a demora média.
Nas restantes tipologias de internamento, verificou-se um aumento de doentes
tratados nos internamentos forenses e uma diminuição nos internamentos crónicos.
O número de doentes tratados em hospital de dia também sofreu um decréscimo, não
obstante ter aumentado o número de sessões.
A reabilitação psicossocial destaca-se por apresentar, em termos percentuais, a maior
redução no que diz respeito a dias de internamento e lotação. Com uma evolução
negativa destacam-se também os cuidados no domicílio que viram as visitas reduzidas
em 25%. Pelo contrário, as unidades sócio-ocupacionais viram aumentar os doentes
tratados.
O total de consultas registou uma discreta descida (inferior a 1%) relativamente a
2010, em grande parte relacionada com a diminuição das primeiras consultas (menos
9,2%).
Quadro 69 - Produção do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra, 2010 e 2011
Acumulado Dez-2010
Acumulado Dez-2011
Taxacrescimento 2011/2010
Internamento de Agudos
Doentes Saídos 1.030 1.067 3,6%
Dias de Internamento 27.641 25.338 -8,3%
Demora Média 26,8 23,7 -11,5%
Taxa de Ocupação 83,2% 83,6% 0,5%
Lotação 91 83 -8,8%
Internamentos Crónicos
Doentes Tratados 218 205 -6,0%
Dias de Internamento 64.151 66.396 3,5%
Taxa de Ocupação 87,9% 95,7% 8,9%
Lotação 200 190 -5,0%
Internamento de Forenses
Doentes Tratados 134 145 8,2%
Dias de Internamento 38.261 36.616 -4,3%
Lotação 142 112 -21,1%
Reabilitação Psicossocial/ Estruturas Residenciais
Dias de Internamento 8.217 3.000 -63,5%
Lotação 30 10 -66,7%
Hospital Dia N.º de Sessões 3.952 4.076 3,1%
Doentes Tratados 205 197 -3,9%
Unidades Sócio-Ocupacionais/ Estruturas Reabilitativas
Dias de Tratamento 5.474 7.202 31,6%
Doentes Tratados 42 46 9,5%
Cuidados no Domicílio N.º de Visitas 1.777 1.331 -25,1%
Consultas Médicas
1.ªs Consultas 2.265 2.057 -9,2%
Consultas Subsequentes 22.524 22.521 0,0%
Total de Consultas 24.789 24.578 -0,9% Fonte: SICA
CAPÍTULO III
PROGRAMAS DE SAÚDE
1. Programa de prevenção e controlo das doenças cardiovasculares
As doenças do aparelho circulatório são uma das principais causas de morte e de
incapacidade nas sociedades ocidentais, nas quais Portugal se inclui. A Região Centro
do País não é exceção neste aspecto, sendo de prever que o impacto nefasto destas
doenças na nossa Região se venha a agravar com o crescente envelhecimento da
população e com o aumento da prevalência dos vários fatores de risco a elas
associadas, particularmente na população mais jovem.
Dadas as alterações reorganizativas da ARSC e respetivos impactos durante o ano de
2011, bem como os constrangimentos orçamentais e em recursos humanos (em
especial médicos), que com mais acuidade se verificaram neste período, houve
durante o referido ano um ―abrandar‖ de novas iniciativas no âmbito das doenças
cardiovasculares, tendo-se optado por manter uma atividade de apoio aos programas
em curso, iniciados em anos anteriores.
Doenças cardiovasculares
Programa de hipocoagulação
Durante 2011 foi dada continuidade ao programa que consistiu em, após em 2009 ter
sido efetuada a distribuição de coagulómetros por todos os centros de saúde da ARSC
que se mostraram interessados e dada formação básica sobre a sua utilização,
promover e ampliar no terreno a sua utilização corrente.
Foram ainda definidas as normas e vias para aquisição das tiras a utilizar, situação
que não se encontra totalmente resolvida, havendo ainda a assinalar algumas
situações de insuficiência e ruptura de stocks, bastante menos do que em 2010, mas
que terão que ser resolvidas definitivamente durante 2012.
Durante 2011 o trabalho de coordenação incidiu sobretudo no acompanhamento das
eventuais dificuldades e necessidades detetadas, que passaram sobretudo por
problemas com o fornecimento atempado das tiras reagentes, e sensibilização para
que mais profissionais de saúde aderissem ao programa, provados que estão os
ganhos em termos de custos e, sobretudo, rapidez de resposta nas situações carentes
de controlo.
Até agora, o programa está a funcionar em 67 das 106 unidades de saúde, sendo
objetivo alargar para 95% as unidades aderentes em 2012.
83
Foram também levadas a cabo diversas ações de formação no âmbito da utilização do
software de comunicação e controlo dedicado a este programa (TaoNet).
Foram distribuídas 58 752 tiras/teste de hipocoagulação em 2011 (1 224 embalagens).
Também se verificou que houve uma consciencialização da utilidade deste programa,
pelo que muitos centros de saúde manifestaram o desejo de serem incluídos no
programa e outros de serem equipados com mais aparelhos. Foi possível adquirir mais
19hipocoagulómetros, totalizando assim 261 aparelhos distribuídos.
Vias verdes Coronária e AVC
Na sequência do trabalho desenvolvido em anos anteriores, todos os hospitais,
serviços de urgência, INEM e demais prestadores de cuidados de saúde do âmbito
territorial da ARSC foram instruídos e formalmente articulados para a correta
implementação das vias verdes.
Num balanço efetuado em finais de 2011, verifica-se que houve um avanço
significativo no âmbito da Via Verde AVC, mas no que se refere à Via Verde Coronária
existem ainda alguns aspetos de articulação entre os diversos serviços a corrigir -
sobretudo na comunicação entre UCIC, centros de hemodinâmica e INEM.
Programa PRECOCE
Trata-se de um programa em que, nos casos suspeitos de enfarte do miocárdio, os
diversos centros de saúde (antigos SAP, e também SUB ou centros de saúde de
grandes dimensões) e os diversos hospitais podem contactar, via telemedicina, com
os serviços de UCIC de referência e ali ser efetuado online o diagnóstico à distância -
com a avaliação em direto do ECG, exame clínico e outros julgados necessários -,
bem como dadas indicações terapêuticas imediatas, e organizar a referenciação do
doente de modo a que chegue com a maior brevidade de tempo e já pré-diagnosticado
ao destino mais adequado (UCIC, hemodinâmica, etc.).
O sistema está formalmente implantado em 11 centros de saúde, entre os quais no
SUB de Arganil, mas face aos condicionalismos já mencionados, esteve praticamente
inativo. De referir que, apesar da virtual não utilização no ano de 2011, o sistema
continua operacional, carecendo eventualmente de um reforço e incentivo da sua
utilização junto dos profissionais.
Para 2012 o objetivo principal será, portanto, dinamizar a sua utilização em articulação
com as novas direções dos ACeS.
84
Cartão de risco cardio-vascular
Este projeto consiste em distribuir aos utentes dos centros de saúde um cartão que
recolha de forma consistente os 5 principais fatores de risco das doenças
cardiovasculares (cores verde, amarelo ou vermelho, consoante o risco), para assim
motivar os utentes a se auto controlarem. Fornece também explicações básicas sobre
os fatores de risco, sendo replicado nos sistemas informáticos.
Foi lançada - e terminada em 2008 - a fase piloto de teste em três centros de saúde
(Aveiro, Eiras e Cantanhede), onde foram já distribuídos cerca de 800 cartões. Em
2010 foram criados novos interfaces e sistemas de recolha de dados nos sistemas
informáticos de gestão das consultas e atos de enfermagem e, ao longo do ano e na
sequência das reuniões de monitorização havidas, foram efetuadas diversas
adaptações para poder incluir os dados colhidos através dos cartões (os 5 fatores de
risco das doenças cardiovasculares) e articular devidamente os programas SAM e
SAPE.
Assim, e após diversas reuniões com os ACeS, foi alargada a distribuição do cartão e
instalado o respetivo programa de monitorização e prevenção em mais 16 unidades de
saúde, a fim de que o programa decorresse em 19 locais.
Em 2011 foi feita a distribuição do material (cartões e autocolantes) por esses locais.
No entanto, porque entretanto outras prioridades e premências em termos de gestão
de saúde e recursos se interpuseram, o programa não teve o apoio e adesão
esperados, não obstante repetidas solicitações juntos das entidades nele integradas
para que nos fosse fornecido o respectivo feedback.
Sendo este um programa com muito poucos custos em termos financeiros, e de
potencial grande impacte em termos de ganhos em saúde, deverá ser reequacionada
a sua implementação, eventualmente em novos moldes e com uma maior
responsabilização e sensibilização dos dirigentes locais.
Programas locais de Suporte Básico de Vida (SBV)
Este projeto destina-se a dar competências de atuação prática no âmbito do SBV a
diversas pessoas, profissionais de saúde ou não, que integrem comunidades locais a
nível dos concelhos da área de influência da ARSC, e a fomentar a instalação de
desfibrilhadores externos automáticos (DEA) em locais cuja dimensão populacional
e/ou tipo de atividades o justifiquem.
Sendo reconhecida a extrema importância da precocidade de intervenção nas
situações de paragem cardio-respiratória, e sendo quase total a falta de informação e
85
formação da população nessa área, estes programas irão, de forma faseada,
nomeadamente junto de locais como centros desportivos, escolas, fábricas de grande
dimensão e outras instituições sociais, formar indivíduos em SBV, promover a
aquisição de DEA, e possibilitar a formação contínua e prática regular do SBV aos
formandos.
Em 2008 foi delineado um protocolo de colaboração entre a ARSC, a Fundação
Portuguesa de Cardiologia e a Câmara Municipal de Cantanhede, bem como um plano
de atuação e organização, sendo neste concelho que avançou durante o ano de 2009
o projeto-piloto. Em 2009 realizaram-se 4 cursos neste concelho, um deles já de
reciclagem, havendo um total de 82 formandos.
De referir que o interesse neste tipo de formação já começou a manifestar-se noutros
locais, nomeadamente em Coimbra, onde a ARSC promoveu em articulação com os
formadores do INEM dois novos cursos de SBV direcionados para as equipas técnicas
dos vários escalões da secção de basquetebol da Associação Académica de Coimbra,
abrangendo um total de 38 formandos.
Durante 2011, e por falta de disponibilidade financeira e de recursos humanos, o
programa não avançou, mas será equacionada a sua continuidade durante 2012 em
colaboração com o INEM e Gabinete de Formação da ARSC.
Programa SMILES
Este programa consiste na monitorização no domicílio de doentes de risco
cardiovascular, permitindo obter e transmitir de forma regular e permanente dados
como peso, tensão, glicemia, colesterolemia, e frequência cardíaca, sendo ainda
possível adicionar outros parâmetros.
Esses dados são recolhidos de forma automática no domicílio dos pacientes, e
transmitidos para um servidor central que os trata, procede a uma análise automática
dos valores, e os transmite para os locais adequados e previamente acordados, como
sejam o e-mail do médico, consultório, gabinete de enfermagem, ou outros “devices”
de acesso à rede informática ou de GSM. É inclusivamente possível parametrizar o
sistema para que sejam definidos alertas automáticos personalizados por doente.
Atualmente já terminou a fase-piloto preliminar no Centro de Saúde de Celas
(Coimbra), com um feedback extremamente positivo, pelo que foi solicitada em 2011
autorização para se iniciar a fase de validação do projeto, com 1 000 doentes. Esta
pretensão obteve, então, parecer favorável da Tutela.
Após a tomada de posse do novo Governo, e depois de novos contactos com as
estruturas do atual Ministério da Saúde, foi solicitada pelo Gabinete do Senhor
86
Secretário de Estado a reavaliação do projeto, bem como a resposta a alguns pontos
entretanto levantados referentes a custos e metodologia – pelo que este projeto se
encontra, em fase de avaliação quanto à sua exequibilidade.
Programa de prevenção e controlo da diabetes
A diabetes mellitus é uma doença crónica cada vez mais frequente na nossa
sociedade. Além de incapacitante para o doente, a sua prevalência aumenta com a
idade.
As pessoas com diabetes podem vir a desenvolver uma série de complicações,
passíveis de prevenção e controlo mediante um controlo rigoroso da hiperglicemia, da
hipertensão arterial, da dislipidémia, entre outros, bem como de uma vigilância
periódica dos órgãos mais sensíveis (retina, nervos, rim, coração, etc.).
Dada a frequente associação da diabetes com a hipertensão arterial e o colesterol
elevado, o controlo destes dois fatores de risco faz parte integrante do controlo da
diabetes.
O primeiro passo no tratamento da diabetes tipo 2 é o mais importante e implica uma
alimentação nutricionalmente equilibrada e a promoção da atividade física. Este
primeiro passo é, muitas vezes, suficiente para manter a diabetes controlada.
O consumo de medicamentos para a diabetes tem vindo a aumentar significativamente
nos últimos anos - cerca de 78% em Portugal, entre 2000 e 2009, em termos da dose
diária definida/1 000 habitantes/dia.
As razões apontadas são, para além do aumento da prevalência da doença, o
aumento do número e da proporção de pessoas tratadas, bem como as dosagens
médias utilizadas nos tratamentos.
Epidemiologia da diabetes
A prevalência da diabetes em 2010 é de 12,4% na população portuguesa com idades
compreendidas entre os 20 e os 79 anos, o que corresponde a um total de
aproximadamente 1 milhão de indivíduos.
Em 56% dos indivíduos esta já havia sido diagnosticada e em 44% ainda não tinha
sido diagnosticada.
87
Gráfico 21 - Prevalência da diabetes em Portugal e prevalência ajustada
12,4% Taxa de Prevalência da Diabetes – Diagnosticada e Não Diagnosticada – População total 20-79 anos (Prevalência Ajustada à população em 2010
Fonte: PREVADIAD – SPD; OND
7,3%
da população total
Taxa de Prevalência da Diabetes – Diagnosticada – População total 2010
Fonte: Amostra ECOS 2010;DEP-INSA
Prevalência da hiperglicemia intermédia
A hiperglicemia intermédia em Portugal (PREVADIAB), em 2010 atinge 26% da
população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos.
Gráfico 22 - Prevalência da diabetes e da hiperglicémia intermédia em Portugal
Mais de 1/3 da população portuguesa (20-79 anos) ou tem diabetes ou tem
hiperglicemia intermédia.
7,0%
5,4%
0%
5%
10%
15%
1Diagnosticada Não diagnosticada
12,4
9,9
13,6
2,5
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Diabetes + Hiperglicémia intermédia
Diabetes AGJ TDG AGJ+TDG
88
Diabetes e excesso de peso ou obesidade
Verifica-se a nível nacional a existência de uma relação entre o escalão de IMC e a
diabetes, com cerca de 90% da população com diabetes a apresentar excesso de
peso ou obesidade. Verifica-se, ainda, que uma pessoa obesa apresenta um risco 3
vezes superior de desenvolver diabetes do que uma pessoa sem excesso de peso.
Gráfico 23 - Distribuição da população com e sem diabetes,por escalão do IMC (prevalência ajustada à população em
2010)
Quadro 70 - Epidemiologia da diabetes noscuidadosde saúde primários (2010-2011)
2010
2011
Inscritos
Nºutentes com diabetes
(%) Inscritos Nºutentes com
diabetes (%)
USF (Portugal Continental) 3.509.354 203.913 5,81%
Região Centro (65 centros de Saúde - 14 ACeS)
1.013.749 68.582 6,77% 1.239.293 74.971 6,05%
USF (33)
394.996 25.685 6,50%
Quadro 71 - Alguns indicadores da diabetes USF (2011)
Ano 2011 11 ACeSe
34 USF
Diagnóstico de DM (T89 ou T90) na lista de problemas 25 052 100,0
Com pelo menos 2 Consultas Médicas 18 477 73,8
Com pelo menos 2 registos de pressão arterial 18 216 72,7
Com pelo menos 2 registos de resultados de HbA1c (MCDT c/ código A531) 15 441 61,6
Com pelo menos 1 registo de HbA1c < 8,5 18 028 72,0
Com pelo menos 1 registo de resultado de microalbuminúria 15 918 63,5
Com pelo menos 1 registo de Colesterol Total; C-HDL e Triglicerídeos 17 426 69,6
Nota: Só se consideraram 33 USF, porque a USF Trevim-Sol só apresenta o nº de diabéticos diagnosticados.
27,0%
11,2%
50,0%
49,2%
23,0%
39,6%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Sem diabetes Com diabetes
IMC >=30
30> IMC >=25
IMC <25
5,6%
12,2%
19,6%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
IMC <25 30> IMC >=25 IMC >=30
Prevalência total = 12,4%
89
Implementação de consultas autónomas e multidisciplinares da diabetes nas
unidades de saúde e hospitais:
Conforme as orientações do Conselho Diretivo da ARSC, todos os médicos de família
deverão dispor de um período do seu horário para consultas de diabetes - autónomas,
em equipa de pelo menos médico e enfermeiro e, se possível, com outros profissionais
necessários ao tratamento e gestão da diabetes tipo 2 (caso de nutricionistas e
psicólogos).
Praticamente todos os hospitais da Região Centro têm consultas de ―pé diabético‖,
havendo alguns que têm em funcionamento Hospital de Dia de diabetes.
A nível dos cuidados de saúde primários tem-se incentivado a consulta de Pé
Diabético. Para tal procedeu-se à aquisição de material (cadeiras de podologia,
micromotores, fresas e restante material).
Diagnóstico (rastreio) sistemático e tratamento da retinopatia diabética na
Região Centro.
A prevalência de retinopatia diabética em diabéticos tipo 1 é de cerca 40% enquanto
em diabético tipo 2 é de 20%. A faixa etária mais atingida situa-se entre 30-65 anos,
sendo o sexo feminino mais afetado.
Estão envolvidos, no rastreio sistemático da retinopatia diabética, todos os centros de
saúde do âmbito territorial da ARSC, à exceção das ULS da Guarda e de Castelo
Branco, na convocação e realização de retinografias de rastreio (2 fotos em cada
olho).
O tratamento da retinopatia diabética com laser é realizado nos serviços de
Oftalmologia dos seguintes hospitais: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
(Hospitais da Universidade de Coimbra e Centro Hospitalar de Coimbra); Hospital
Distrital da Figueira da Foz; Centro Hospitalar de Tondela-Viseu (Hospital S. Teotónio
– Viseu); Centro Hospitalar da Cova da Beira; Centro Hospitalar de Leiria-Pombal
(Hospital de Santo André – Leiria); Centro Hospitalar do Baixo Vouga (Hospital Infante
D. Pedro – Aveiro); Hospital Amato Lusitano – Castelo Branco.
Em junho de 2011, o Manual de Procedimentos foi revisto e atualizado no seguimento
da Norma nº 006/2011 de 27/01/2011 da Direção-Geral da Saúde. Este manual
explícita todas as atividades a realizar pelos diversos elementos intervenientes no
programa, nomeadamente ARSC/Coordenação Regional do Programa de Prevenção
e Controlo da Diabetes, ACeS, ortoptistas/técnicos de retinografia, coordenadores do
90
Programa de Prevenção e Controlo da Diabetes nos ACeS, USF e UCSP, hospitais e
Centro de Leitura de Retinografias.
Em 2011 foram realizadas 15 258 retinografias, no âmbito do diagnóstico sistemático
da retinopatia diabética.
Quadro 72 - Diagnóstico (rastreio) sistemático e tratamento da retinopatia diabética na Região Centro
ANO Total rastreios
Resultados
Doentes que necessitam tratamento
Doentes que não necessitam de tratamento
2009 14.766 978 6,60% 13.788 93,40%
2010 15.271 812 5,32% 14.459 94,68%
2011 15.258 772 5,06% 14.486 94,94%
Quadro 73 - Indicadores assistenciais (consultas) nos centros de saúde
2009 2010 2011 Metas 2012
Proporção de utentes em programa de diabetes 5,0% 4,5% 5,1% 6,0%
% de diabéticos corretamente vigiados 29,2% 29,2% 29,6% 30,0%
% de diabéticos controlados 24,5% 20,5% 21,6% 25,0%
Nº de novos casos diabetes em programa no ano 9.254 6.471 5.987
% diabéticos com rastreio de retinopatia diabética 24,5% 18,4% 19,1% 25,0%
% diabéticos com referenciação para oftalmologia
7,8% 8,5% 10,0%
% diabéticos com rastreio de nefropatias 1,0% 0,6% 1,0% 1,0%
% diabéticos com complicações da doença 0,9% 0,6% 1,0% 1,0%
Fonte: BD SAM / SAMESTATbi; 2011
Notas:
Diabéticos controlados: diabéticos que na última consulta, têm um registo de HbA1C igual ou < 6,5
Diabéticos corretamente vigiados: média dos valores de HbA1C registados no último ano igual < 6,5
Diabéticos com rastreio de retinopatia diabética: diabéticos com avaliação oftalmológica (ficha de diabetes) ―Referenciação‖ ou ―Consulta‖ = Sim.
Diabéticos com complicações da doença: diabéticos com sinalização em Patologias Associadas na Ficha da Diabetes.
Articulação com as unidades prestadoras de cuidados de saúde
Em todos os ACeS, USF, UCSP e hospitais, as respetivas direções designaram um
profissional ou equipa de profissionais responsáveis para funcionarem como
interlocutores em matérias relacionadas com o Programa de Prevenção e Controlo da
Diabetes. Cabe, igualmente, a estes profissionais assegurar a implementação local do
programa (detecção de carência e necessidades, levantamento da situação e dos
91
recursos, adaptação e definição das estratégias locais e acompanhamento da
respectiva implementação).
Realizaram-se várias reuniões de trabalho com os responsáveis dos ACeS (diretores
executivos ou seus representantes).
2. Programa de prevenção da doença oncológica
A ARS Centro tem vindo a valorizar significativamente a prevenção da doença
oncológica nos seus vários níveis de actuação. Em cuidados de saúde primários, são
sobremaneira importantes as actuações em prevenção primária e secundária.
Têm sido desenvolvidos programas e projectos de prevenção primária e de promoção
da saúde sobre factores de risco e factores condicionantes da doença oncológica:
Sendo a Alimentação um dos principais factores condicionantes da oncogénese,
foram durante 2011 continuados e potenciados programas e projectos de intervenção
comunitária importantes nesta área - Projecto pão.come (redução do sal adicionado
ao pão); - Projectosopa.come (redução do sal adicionado à sopa); - Programa de
Prevenção e Controlo da Obesidade (prevenção do excesso de peso e obesidade das
crianças, em articulação com as estruturas regionais do Ministério da Educação; -
Projeto oleovitaede monitorização dos compostos polares presentes nos óleos de
fritura
Foi também valorizado o Programa Regional de Prevenção do Tabagismo
(sensibilização para os malefícios do tabagismo activo e passivo, em articulação com
o Programa de Promoção da Saúde em Meio Escolar, e implementação de consultas
de desabituação tabágica em Cuidados de saúde primários).
Foi alargada a intervenção do Programa Regional para a Redução dos Problemas
Ligados ao Álcool (priorização dos estabelecimentos pré-escolares e escolas como
settings de prevenção do abuso e dependência alcoólicas – em articulação com as
estruturas regionais do Ministério da Educação);
No Programa Regional de Vacinação, foi aumentada a taxa de cobertura da vacina
contra a infecção pelo papilomavírus, incluída no PNV.
Foi dada continuidade ao Programa de Prevenção do Cancro da Pele (programa
sazonal, de iniciativa local, que abrange os centros de saúde da orla costeira de
região centro).
92
De forma transversal, o Programa Regional de Capacitação e Literacia em Saúde
tem contribuído para a capacitação e literacia em saúde da população de forma
significativa na promoção de estilos de vida saudáveis.
Estes programas assentam no âmbito comunitário e inter-sectorial de intervenção.
Dentre os organismos e entidades envolvidos em parcerias temos, designadamente, a
Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), a Direcção de Educação do Centro, o
Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), as estruturas regionais do Ministério do
Ambiente e do Ordenamento do Território e entidades da sociedade civil.
Relativamente à prevenção secundária, foi dada continuidade aos três programas de
rastreio oncológico, promovendo-se o alargamento faseado do rastreio do cancro do
cólon e recto, e desenvolvidas inúmeras actividades de informação e formação para
settings específicos e para a população alvo:
Programa de rastreio do cancro da mama (RCM)
O rastreio do cancro da mama decorre na ARS Centro desde 1990. É um rastreio de
base populacional, que atingiu 100% de cobertura geográfica da Região em 2001.
A população alvo na área geodemográfica actual da ARS Centro na volta 2010-2011 é
estimada em 289.569 mulheres entre 45 e 69 anos. A Liga Portuguesa Contra o Cancro
(LPCC) O é parceira da ARSC na realização deste rastreio, sendo responsável pela sua
implementação. O convite personalizado (bienal) à participação foi instituído em 2003, e a
a digitalização da mamografia, feita em 2007. Os casos radiologicamente positivos são
submetidas a consulta de aferição centralizada (cirurgia, imagiologia, patologia e
psicologia), e os casos considerados positivos são encaminhados para os 3 Hospitais de
referência para o rastreio.
Resultados 2010-2011:
Mulheres convidadas – 272.739 (96,3%)
Mulheres rastreadas – 196.355
Taxa de participação – 72%
Taxa de cobertura – 66,5%
Discrepância inter-leitores em dupla ocultação ( na última volta) – 6,2%
Nº de aferições na última volta (Tx Mamomgrafia +) -6.455 ( 3,3%)
93
Nº de aferições positivas na última volta – 785 (12,2% das aferidas ou 4,0 por mil
mulheres rastreadas)
É apresentado em anexo a análise da participação, cobertura e aferição segundo os
Agrupamentos dos Centros de Saúde e Unidades Locais de Saúde (anexo I)
Os resultados finais relativos a 2010-11 só estarão disponíveis em 2013 dado que a
maioria das mulheres ainda estão em tratamento, pelo que se apresentam os resultados
obtidos nas voltas anteriores:
Taxa de detecção tumoral (1990 a 2009) – Total 2,8‰
(Novas 3,8‰ ; Repetidas 1,9‰)
Valor preditivo positivo da mamografia (1990 a 2009) – Total 10,5%
Valor preditivo positivo da aferição (1990 a 2009) – Total 59,1%
Valor preditivo positivo da biopsia (2009) – Total 84,8%
Até 2009, 82,9% dos tumores detectados eram invasivos (17,1% in situ).
Das mulheres submetidas a cirurgia (98%), 36% realizaram cirurgia conservadora e as
restantes mastectomia.
Em 79% dos cancros detectados no programa de rastreio, não havia invasão ganglionar.
94
Programa de rastreio do cancro do colo do útero (RCCU)
O rastreio do cancro do colo do útero (RCCU) na Região Centro iniciou-se de forma
estruturada em 1990, com coordenação do Instituto Português de Oncologia de
Coimbra (IPOC). Até 1997 foram englobados 65 centros de saúde. A partir de 2005,
com a coordenação do programa dependente da Comissão Oncológica Regional
(COR) da ARS Centro, o programa alargou-se à totalidade dos centros de saúde da
região em 2007.
Estão envolvidos 2 laboratórios de citopatologia e uma rede de referenciação com 10
Unidades de Patologia Cervical.
A taxa de incidência na região subiu inicialmente, devido à procura activa, de 19,6 por
100 mil até 28,4 por 100 mil em 1995, iniciando uma queda progressiva desde essa
data, situando-se em 18,2 por mil em 2009 (última edição do Registo Oncológico
Regional).
De referir que, relativamente aos carcinomas invasivos, a região com 9 casos por 100
mil mulheres apresenta valores idênticos aos mais baixos encontrados nos países da
CE.
Gráfico 24 - Incidência Padronizada por Cancro do Colo do Útero
28,0
22,4
18,8 17,8
19,6
21,2
18,7
16,7
18,1
14,3 14,4 14,0
16,7
18,3
16,8 15,9
12,5
9,1
11,2
13,1 12,4
11,1
9,7 10,3
8,4 9,0
8,1
9,4 8,9
8,5
12,2
10,0 9,7
6,6 6,4
8,8
7,6 7,0
7,8
5,9 5,4
5,9
7,3 9,4 8,3
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
colo total invasivos in situ
95
A mortalidade por cancro do colo do útero tem vindo a diminuir, de 3,1 por 100 mil em
1996 até 2,2‰ em 2007. Em 2009 ocorreram na região 44 óbitos por esta doença.
A incidência de cancro invasivo reduziu-se drasticamente nas últimas duas décadas.
Antes do inicio do rastreio menos de 20% dos cancros eram detectados no estádio I e
II, sendo mais de 50% detectados em estadios avançados (III e IV), actualmente a
situação inverteu-se, sendo detectados mais de 90% dos casos nos estadios I e II.
Desde 2005 a cobertura populacional tem vindo a subir. Foram rastreadas 46.700
mulheres em 2004 (65 centros de saúde participantes), 65.400 em 2005 (82 centros
de saúde) e 99.700 em 2006 (cobertura de todos os 109 centros de saúde da região
em Junho), 111.649 em 2007, 113.985 em 2008. Em 2009, com a alteração da
estrutura das ARS, a região Centro viu reduzida a população alvo em cerca de 26%,
pelo que o nº de mulheres rastreadas foi de 78.712,em 2009 e de 83.704 em 2010 a
que corresponde uma taxa de cobertura de 57%..
Em 2011 participaram no rastreio 83.968 mulheres na região, a que corresponde uma
taxa de cobertura de 58% da população elegível estimada.
A última volta – 2009 a 2011:
Realizaram o rastreio na última volta 246.384 mulheres, o que em 3 anos
representa uma taxa de cobertura de 57%.
Diagnosticaram-se e trataram-se 26 cancros do colo correspondendo a uma
taxa de incidência de 0,13 ‰
Diagnosticaram-se 871 lesões de alto grau a que corresponde uma incidência
de 3,6 ‰ .
A percentagem de citologias insatisfatórias foi menor que 1%,
significativamente inferiores à de outros programas.
Mais de 90% dos cancros diagnosticados correspondem a mulheres que foram
rastreadas na primeira fase.
96
Programa de rastreio do cancro do colo do útero (triénio 2009-2011)
ACES/ULS Populaçãoelegível
estimada Citologias
2009 Citologias
2010 Citologias
2011 09-11
asc-us
LSIL HSIL Carcinoma
BAIXO VOUGA I 29.232 5.319 5.610 5.820 16.749 353 332 38 2
B. VOUGA II 41.993 9.290 10.302 10.257 29.849 978 453 117 2
B. VOUGA III 24.399 4.522 5.605 4.775 14.902 444 138 53 0
COVA BEIRA 21.477 4.108 3.522 3.459 11.089 184 179 6 0
ULS CAST. BRANCO
23.402 3.544 3.814 4.463 11.821 171 214 13 0
PINHAL INT. NORTE I
22.383 4.395 4.030 4.223 12.648 224 275 29 1
B. MONDEGO III 20.718 4.596 5.065 4.658 14.319 560 214 63 2
BAIXO MONDEGO I
44.608 9.277 9.066 9.515 27.858 592 513 70 2
BAIXO MONDEGO II
26.787 5.238 5.433 5.677 16.348 345 329 38 1
ULS GUARDA 36.517 6.319 6.633 6.887 19.839 323 347 24 3
PINHAL INT NORTE II
9.185 1.275 1.278 1.115 3.668 163 39 13 0
PINHAL LITORAL I
13.062 1.600 1.769 1.842 5.211 180 53 21 0
PINHAL LITORAL II
51.942 6.890 7.624 7.182 21.696 993 368 142 5
DÃO LAFÕES III 23.225 3.298 3.451 3.491 10.240 566 136 46 3
D. LAFÕES II 19.526 3.373 3.364 3.798 10.535 519 114 46 2
Dão Lafões I 25.216 5.668 7.138 6.806 19.612 1.063 317 127 3
REGIÃO CENTRO 433.673 78.712 83.704 83.968 246.384 7.467 4.036 871 26
Pode ser consultada em anexo a cobertura e diagnóstico citológico por centro de
saúde e por ACeS/ULS (anexo II).
97
Programa de rastreio do cancro do cólon e recto (RCCR)
Em Portugal, o carcinoma do cólon e do recto (CCR) representa a primeira causa de
morte por cancro, 3.648 mortes em 2009 (10 óbitos por dia) dos quais 692 na Região
Centro. Verifica-se um aumento consistente entre nós desde o início da década de 80,
a uma taxa média anual superior a 4%. O CCR é uma neoplasia maligna susceptível
de ser prevenida. Com efeito, cerca de 90% destes tumores têm a sua origem em
pólipos adenomatosos benignos, os quais crescem e se desenvolvem no cólon
durante 10 a 20 anos até se tornarem malignos, podendo a identificação e remoção
atempada destes adenomas prevenir o CCR e, decorrentemente, reduzir a sua
incidência. Além disso o CCR possui uma fase pré-clínica relativamente longa, no
decurso da qual o tumor pode ser detectado num estádio precoce e curável.
De acordo com dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC)
comprovados pelas estatísticas de saúde de países com programas de rastreio
iniciados nos anos 80-90, uma em cada três mortes poderia ser evitada se os
indivíduos com mais de 50 anos fossem vigiados com regularidade, uma vez que mais
de 90% dos CCR ocorrem depois daquela idade.
As recomendações do International Agency for Research on Cancer (IARC)/European
Colorectal Cancer Network (ECRCN), vão no sentido da realização de rastreios de
base populacional, utilizando a pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF)
complementada com colonoscopia total nos casos positivos. Esta a metodologia
adoptada no programa piloto deste rastreio na Região Centro, iniciado em Abril 2009.
O programa está no terreno em 34 centros de saúde correspondendo a 8 ACeS tendo
grande parte da estrutura montada no terreno - projecto com manual, participação das
equipas de medicina familiar, laboratório de saúde pública, gastrenterologia (IPOC, HS
Teotónio e desde Dezembro de 2011 no H. Santo André) e anatomia patológica
(FMUC). Os módulos de cirurgia e de monitorização do programa, (epidemiologia,
estatística e informática), estão em fase de implementação..
Resultados dos primeiros 2 anos de programa:
Selecionados dos ficheiros de medicina familiar para o rastreio 30.192 utentes,
tendo apresentado critérios de exclusão 532 (1,8%)
Convidados 33% da população alvo - 21710 utentes
75% dos convidados (16290) acorreram à consulta
98
83,4% dos utentes a quem foi atribuído um teste participou efectivamente no
rastreio (63% dos utentes convidados)
1,5% dos testes foram inconclusivos
3,9% dos testes tiveram resultado positivo
88% dos testes positivos resultaram em CT de rastreio
Em 67% das colonoscopias foi detectada patologia (adenomas pré-malignos
em 33% das CT e cancro ou DAG em 12%)
9 em cada mil participantes no rastreio apresentaram adenomas vilosos ou
serreados
1,6 em cada mil participantes no rastreio apresentaram displasias de alto grau
Em cada mil participantes diagnosticaram-se 1,1 cancros do cólon e recto.
2010 - 2011
População alvo
População Selecionada
com motivos
de exclusão
Primeiras Consultas
testes analisados
Testes positivos
% (%) taxa cobertura
(%) taxa Participação
(%) taxa
Adesão
Pinhal Interior Norte I 11500 3012 171 2103 1786 52 2,9 16 63 85
Arganil 1478 52
24 20 0 0,0 1 38 83 Góis 501
Lousã 2407 56 3 33 29 0 0,0 1 55 88 Miranda do Corvo 1736
Oliveira do Hospital 2552 1136 38 362 322 14 4,3 13 29 89 Pampilhosa 519 182 4 168 151 4 2,6 29 85 90 Tábua 1546 1586 126 1516 1264 34 2,7 82 87 83 Vila Nova de Poiares 874
Pinhal Interior Norte II 5313 4697 286 3205 2648 129 4,9 50 60 83
Alvaiazere 958 948 3 363 274 10 3,6 29 29 75 Ansião 1723 1656 85 1106 926 38 4,1 54 59 84 Castanheira de Pera 500 415 36 293 265 14 5,3 53 70 90 Figueiró dos Vinhos 907 856 78 662 545 25 4,6 60 70 82 Pedrogão Grande 444
Penela 832 822 84 781 638 42 6,6 77 86 82
Pinhal Litoral I 7245 3934 605 1925 1515 86 5,7 21 46 79
Pombal 7245 3934 605 1925 1515 86 5,7 21 46 79
Dão Lafões I 12181 7128 243 3146 2657 102 3,8 22 39 84
Viseu 12181 7128 243 3146 2657 102 3,8 22 39 84
Dão Lafões II 9990 6537 385 2381 2106 74 3,5 21 34 88
Aguiar da Beira 719 301 3 99 83 5 6,0 12 28 84 Castro Daire 1972 1468 37 518 493 24 4,9 25 34 95 Oliveira de Frades 1210 386 21 96 80 5 6,3 7 22 83 S. Pedro do Sul 2404 523 65 172 144 8 5,6 6 31 84 Sátão 1534 2333 185 1069 980 22 2,2 64 46 92 Vila Nova de Paiva 685 396 36 207 180 4 2,2 26 50 87 Vouzela 1467 1130 38 220 146 6 4,1 10 13 66
Dão lafões III 11841 2173 113 1686 1412 24 1,7 12 69 84
Carregal do Sal 1358 392 34 227 200 14 7,0 15 56 88 Mangualde 2742 124 41 64 44 0 0,0 2 53 69 Nelas 1995
1 0 0,0
Santa Comba Dão 1726 1657 38 1395 1165 10 0,9 67 72 84 Tondela 4021
2 0 0,0
USF (mod. B) B Mondego I 7872 2711 733 1844 1455 65 4,5 18 74 79
Total 65944 30192 532 16290 13579 532 3,9 21 46 83
99
Prevê-se a conclusão do piloto de rastreio na região no final de 2012.
Progressivamente prevê-se o alargamento do rastreio a toda a região.
3. Programa de cuidados continuados integrados (RNCCI)
A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) foi criada através do
Decreto-Lei nº 101/2006 de 6 de Junho.
A sua implementação desde 2006 tem vindo a ser realizada de uma forma sustentada
e baseada na integralidade, globalidade, interdisciplinaridade, intersetorialidade
(sectores social e da saúde), inserção na comunidade, harmonia, qualidade e
continuidade assistencial, garantindo o princípio da autonomia e desenvolvendo a
participação da família, fomentando a permanência das pessoas no seu domicílio e
assente na metodologia do trabalho por objetivos.
100
1. Capacidade instalada
Desde a experiência piloto em Novembro de 2006, a RNCCI na Região de Saúde do
Centro contratualizou um total de 1 607 camas até ao final do ano de 2011, com maior
predominância de camas nas tipologias de longa duração (48%) e média duração
(36%), ou seja, as tipologias com possibilidade de internamentos mais prolongados.
Comparativamente ao ano transato, verificou-se um acréscimo do número de camas
em 13% (181 camas).
Gráfico 25 - Nº camas da RNCCI na Região de Saúde do Centro (2011)
Tendo em consideração a meta estabelecida para 2011 (contratualização de um total
de 1 922 camas), a execução foi de 84%.
Na tipologia de convalescença, entraram em funcionamento em 17/05/2011 30 camas
do Centro de Medicina de Reabilitação Rovisco Pais, que têm a particularidade de
serem destinadas exclusivamente a doentes com AVC e Ortotraumatologia.
Relativamente às outras tipologias, em que não foi possível atingir as metas previstas
para 2011, os motivos estão relacionados essencialmente com atrasos na finalização
das obras do Modelar - concretamente na angariação do alvará de utilização passado
pelas câmaras municipais (e que assenta nas vistorias feitas por diversas entidades) -
e nas dificuldades financeiras que o nosso país atravessa.
Quadro 74 - Nº camas previstas vs nº camas existentes (2011)
Tipologia Camas propostas
2011 Camas efectivas
2011 Variação
UC 202 202 0%
UMDR 638 581 -9%
ULDM 1.017 779 -23%
UCP 65 45 -31%
202
581
779
45
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
UC UMDR ULDM UP
Legenda: UC: Unidades de Convalescença UMDR: Unidades de Média Duração e Reabilitação ULDM: Unidades de Longa Duração e Manutenção UCP: Unidades de Cuidados Paliativos
101
Total 1.922 1.607 -16%
2. Doentes atendidos
No decurso do ano de 2011, nas unidades de cuidados continuados integrados da
região Centro e equipas de cuidados continuados integrados (ECCI), foram prestados
cuidados a 7 281 doentes, tendo sido admitidos 5 612 novos doentes.
Quadro 75 - Doentes admitidos e atendidos na RNCCI na Região de Saúde do Centro (2011)
Tipologia Doentes admitidos Doentes atendidos
ECCI 370 692
UC 1.509 1.664
UMDR 2.126 2.602
ULDM 1.289 1.982
UP 318 341
Total 5.612 7.281
O número de doentes em tratamento na tipologia de convalescença e média duração,
que focam a sua atividade essencialmente em programas de reabilitação,
representam, no conjunto, 59% do total de doentes, contrastando a rotatividade de
doentes nestas tipologias com a tipologia de longa duração detentora de 48% do total
de camas da região e com apenas 32% dos doentes tratados.
Gráfico 26 - Percentagem de doentes atendidos no âmbito da RNCCI, por tipologia, Região de Saúde do Centro (2011)
3. Proveniência dos doentes referenciados
De todo o inter-relacionamento das equipas que integram a RNCCI, nomeadamente
ECR, ECL, EGA, especialidades de internamento hospitalar, e centros de saúde,
ECCI 10%
UC 23%
UMDR 35%
ULDM 27%
UCP 5% Legenda:
UC: Unidades de Convalescença
UMDR: Unidades de Média Duração e Reabilitação
ULDM: Unidades de Longa Duração e Manutenção
UCP: Unidades de Cuidados Paliativos
ECCI: Equipas de Cuidados Continuados Integrados
102
resultou a referenciação de 5 959 doentes na Região Centro, em 2011, sendo que as
instituições hospitalares superam os centros de saúde neste âmbito.
Assim, no ano de 2011, 59% do total de doentes foram referenciados por hospitais e
apenas 41% pelos cuidados de saúde primários. Esta relação é exatamente igual à
verificada no ano transato.
Quadro 76 - Proveniência dos doentes referenciados no âmbito da RNCCI, Região de Saúde do Centro (2011)
Tipologia Centro de Saúde Hospital Total
Valor % Valor % Valor %
ECCI 234 4% 85 1% 319 5%
UC 202 3% 1.103 19% 1.305 22%
UCP 135 2% 330 6% 465 8%
UMDR 839 14% 1.500 25% 2.339 39%
ULDM 1.012 17% 519 9% 1.531 26%
Total 2.422 41% 3.537 59% 5.959 100%
A análise do anterior permite-nos concluir que 39% dos doentes foram referenciados
para unidades de média duração e reabilitação, 26% para unidades de convalescença,
22% para unidades de longa duração e manutenção e 8% para unidades de cuidados
paliativos. A referenciação para equipas de apoio domiciliário representa apenas 5%.
4. Utilização da capacidade instalada
No ano de 2011 a taxa de ocupação das unidades que integram a RNCCI da Região
Centro foi de 90%, nomeadamente 89% na convalescença, 93% na média duração,
96% na longa duração e 83% em cuidados paliativos.
Gráfico 27 - Taxa de ocupação nas unidades da RNCCI, Região de Saúde do Centro (2011)
A taxa de ocupação das ECCI não foi tida em consideração para o cálculo deste
indicador, uma vez que a plataforma informática de apoio à RNCCI considera um
89% 93% 96% 83%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
UC UMDR ULDM UCP
Valor médio: 90%
103
conjunto de entidades prestadoras não operacionais. No entanto, se analisarmos a
taxa de ocupação das ECCI separadamente, verificamos que fica muito aquém da
desejada, pois, em média, foi de 30%. Este valor explica-se porque estamos a ter em
conta todas as ECCI identificadas na plataforma da RNCCI, que não estão
devidamente atualizadas. Durante este ano foi feito um esforço de atualizar toda a
informação, pelo que esperamos em 2012 ter dados mais rigorosos.
5. Altas
Durante o ano 2011 foi dada alta das unidades e ECCI a 2 688 doentes, tendo sido em
62% dos casos pelo facto de terem sido atingidos os objetivos estabelecidos no plano
individual de intervenção. Exceto nas unidades de cuidados paliativos, este foi o
motivo mais prevalente em todas as tipologias.
É de notar que 13% das altas representaram a transferência para outra tipologia e/ou
unidade, havendo uma continuidade do percurso dos doentes na RNCCI.
Quadro 77 - Motivos de alta dos doentes internados na RNCCI, Região de Saúde do Centro (2011)
Motivo da alta UC UMDR ULDM UCP ECCI Total
Atingidos objectivos 78% 55% 58% 61% 61% 62%
Transferência para outra tipologia 2% 18% 14% 13% 13% 13%
A pedido do doente 3% 7% 9% 5% 5% 6%
Transferência por proximidade 1% 3% 7% 2% 2% 3%
Outras 16% 17% 12% 19% 19% 16%
Total 100% 100% 100% 100% 100% 100%
No que diz respeito ao destino dos doentes após a alta, verifica-se que 44%
regressam ao seu domicílio, mas ainda necessitando de suporte, quer seja de apoio
domiciliário, apoio familiar, etc. Apenas 14% dos doentes regressam aos domicílios
totalmente autónomos.
Quadro 78 - Destino após alta dos doentes internados na RNCCI, Região de Saúde do Centro (2011)
Destino após alta UC UMDR ULDM UCP ECCI Total %
Domicílio com suporte 377 463 253 4 75 1.172 44%
Domicílio sem suporte 137 167 61 2 16 383 14%
Lar com acordo da Segurança Social 6 44 27 1 3 81 3%
Outra Resposta da Rede 16 255 124 17 20 432 16%
Resposta ou Equipamento Social 61 133 69 0 3 266 10%
Outras 108 178 40 1 27 354 13%
Total Geral 705 1.240 574 25 144 2.688 100%
104
6. Prorrogações
A prorrogação do prazo de internamento só é necessária para as tipologias de
convalescença e de média duração e reabilitação. Em 2011 foi solicitada prorrogação
do prazo de internamento para 36% dos doentes internados, ou seja, foram pedidas
1 518 prorrogações, sendo 97% consideradas justificáveis pela ECR.
Em média, foram concedidos mais 36 dias de internamento ao período de tempo
aconselhado.
Quadro 79 - N.º de prorrogações pedidas e autorizadas nas unidades de internamento da RNCCI, Região de Saúde do Centro (2011)
Prorrogações UC UMDR Total
N.º Pedidos 677 841 1518
% Aprovadas 98% 97% 97%
N.º Médio de dias concedidos 22 Dias 48 Dias 36 Dias
% Prorrogações / doentes atendidos 41% 32% 36%
7. Execução financeira
A execução financeira da RNCCI na Região de Saúde do Centro no ano de 2011
acresce a um valor de 32 871 422,33€ (mais 18% relativamente ao ano anterior).
Duas parcelas constituem esta despesa: a prestação de cuidados de saúde e apoio
social levado a cabo pelas unidades contratadas e o financiamento para a construção
de novas unidades ou apetrechamento técnico das já existentes (através do Programa
Modelar 1.ª e 2.ª fases).
A primeira parcela representa 78% da execução financeira e a segunda parcela 22%.
8. Divulgação da RNCCI
No ano 2011 a ECR Centro foi responsável pela organização do 5º Encontro Nacional
da RNCCI, sob o tema ―Olhares Cruzados sobre os Cuidados Continuados Integrados
em Portugal‖.
Este evento foi realizado no dia 4 de novembro de 2011 no Auditório dos Hospitais da
Universidade de Coimbra/Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra EPE e
estiveram presentes mais de 600 participantes, oriundos de diversos pontos do País.
105
4. Programa de prevenção e controlo de doenças transmissíveis
Sistemas de vigilância das doenças transmissíveis
Sistema de Alerta e Resposta Apropriada
Em 2011, na Região Centro foram declarados apenas 2 casos esporádicos de doença
meningocócica pelo Sistema de Alerta e Resposta Apropriada (SARA). Os casos
ocorreram em julho e em fevereiro, respetivamente no ACeS do Pinhal Litoral II
(Quadro 79).
Quadro 80 - Doenças declaradas por concelho, tipo de doença e data, na Região de Saúde do Centro (2011)
DOENÇA SEXO IDADE DATA
Meningococémia M 2 Anos 10 julho
Meningite Meningocócica F 63 Anos 12 fevereiro
Pelo sistema de vigilância das Doenças de Declaração obrigatória foram declarados 8
casos esporádicos de meningite meningocócica e 2 casos de infecção meningocócica,
para o mesmo ano de 2011, o que denota o mau funcionamento do SARA.
A transcendência da doença meningocócica prende-se mais com a gravidade
potencial da doença e suas consequências do que com o número de casos.
Não têm sido detetados casos agrupados ou surtos de doença meningocócica por
razões desconhecidas. Sabe-se que a probabilidade da sua ocorrência é maior
perante estirpes importadas para as quais a população não apresenta memória
imunológica.
Invoca-se a importância da quimioprofilaxia dos contatantes na prevenção da eclosão
de casos agrupados, pois sabe-se que a sua prescrição é regra dos médicos
envolvidos no controlo e vigilância da doença meningocócica; no entanto esta hipótese
carece de confirmação.
Doenças de Declaração Obrigatória (DDO)
A DGS publica anualmente os resultados consolidados do sistema de vigilância das
doenças de declaração obrigatória (DDO). A última publicação encontrada no site
106
refere-se aos dados históricos de 2004 a 20082. Nesta série de 5 anos a proporção
dos casos declarados pela Região Centro, em relação ao total de casos residentes no
país, variou entre os 20% (1040/5259) em 2005 e os 13% (438/3500) em 2008.
A tuberculose de declaração obrigatória (TBDO) foi sempre a doença mais declarada
nesta série temporal, quer no país, quer na região, seguida à distância,
independentemente da ordem, de ―outras salmoneloses‖, ―febre escaronodular‖ e
―parotidite epidémica‖.
Na região, em 2011, a TBDO continua a ser a ser a doença mais declarada, com 49 %
do total de doenças de declaração obrigatória, mostrando, no entanto, um decréscimo
de 1,3 pontos percentuais em relação a 2010. Foram declaradas, 194 TBDO em 2011
o que corresponde a uma taxa de incidência de 11,17 %oooo residentes, contra 9,47 em
2010 e 9,07 em 2009.
Assim, de 2009 a 2011, observa-se uma tendência crescente, embora moderada, da
taxa de incidência da TBDO na região. Estes valores podem estar afetados quer pela
variação dos denominadores, calculados por estimativa, quer pela reconfiguração da
região (âmbito jurisdicional territorial) pelo que importa olhar para os números
absolutos que, também eles, mostram a mesma tendência - ou seja mais 32 casos
entre 2009 e 2011.
Tendo em consideração que o sistema de vigilância das DDO não incluí todas as
formas de tuberculose é normal que o número de doenças declaradas neste sistema
seja inferior ao número declarado para o SVIG-TB. Esta diferença vem diminuindo de
2009 a 2011 pelo que o SVIG-TB mostra uma diminuição da incidência da doença,
quer em taxas quer em números absolutos, enquanto o sistema de vigilância das DDO
mostra um crescimento. Esta aproximação de valores pode dever-se à maior
notificação de tuberculoses de declaração obrigatória. A leitura dos resultados apenas
pelo sistema de vigilância das DDO dá uma falsa noção de aumento da incidência.
A seguir à tuberculose, as 4 doenças mais declaradas - com percentagens iguais ou
superiores a 5% do total de doenças declaradas em 2011 - são, por ordem
decrescente: febre escaro-nodular, brucelose, sífilis precoce e ―outras salmoneloses‖.
A febre escaro-nodular foi a segunda doença mais declarada de 2009 a 2011, mas as
―outras salmoneloses‖, perderam o terceiro lugar que mantinham em 2009 e em 2010
2Doenças de Declaração Obrigatória 2004/2008, Direcção de Serviços de Epidemiologia e Estatísticas de Saúde,
Divisão de Epidemiologia, Direcção-Geral da Saúde, Lisboa, 2010
107
para a brucelose em 2011. O aumento do número de casos de brucelose deveu-se a
um surto de 29 casos e 2 pequenos clusters de 3 casos cada.
A sífilis precoce mostra valores absolutos crescentes respectivamente de 11, 15 e 21
casos, o que poderá dever-se a um aumento real ou a um aumento da frequência da
declaração. Já a sífilis congénita passa de 0 casos em 2009 para 2 em 2010 e 2 em
2011 (Quadro 80).
Quadro 81 - Doenças de Declaração Obrigatória, em números absolutos e em proporções, na Região de Saúde do Centro (2009 a 2011)
DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA
2009 2010 2011
Nº % Taxa a Nº % Taxa b Nº % Taxa c
Todas as tuberculoses (A15 a A19) 162 44,38 9,07 169 50,15 9,47 194 48,87 11,17
Tuberculose respiratoria (A15 e A16) 157 43,01 8,79 161 47,77 9,02 182 45,84 10,48
Tuberculose respiratoria (A15) 152 41,64 8,51 150 44,51 8,41 174 43,83 10,02
Febre escaro nodular 63 17,26 3,53 45 13,35 2,52 53 13,35 3,05
Outras salmoneloses 25 6,85 1,40 17 5,04 0,95 19 4,79 1,09
Parotidite epidemica 21 5,75 1,18 16 4,75 0,90 13 3,27 0,75
Tosse convulsa 16 4,38 0,90 1 0,30 0,06 5 1,26 0,29
Hepatite aguda C 13 3,56 0,73 5 1,48 0,28 3 0,76 0,17
Febres Tifoide e paratifoide 12 3,29 0,67 7 2,08 0,39 1 0,25 0,06
Sifilis precoce 11 3,01 0,62 15 4,45 0,84 21 5,29 1,21
Hepatite aguda B 8 2,19 0,45 6 1,78 0,34 8 2,02 0,46
Leptospirose 7 1,92 0,39 6 1,78 0,34 2 0,50 0,12
Hepatite aguda A 6 1,64 0,34 1 0,30 0,06 0 0,00 0,00
Tuberculose respiratória (A16) 5 1,36 0,28 11 3,26 0,62 8 2,02 0,46
Brucelose 4 1,10 0,22 7 2,08 0,39 40 10,08 2,30
Febre Q 4 1,10 0,22 6 1,78 0,34 3 0,76 0,17
Meningite meningococica 4 1,10 0,22 6 2,08 0,39 8 2,02 0,46
Tuberculose miliar (A19) 4 1,10 0,22 6 1,78 0,34 3 0,76 0,17
Leishmaníase visceral 3 0,82 0,17 2 0,59 0,11 1 0,25 0,06
Doença dos legionarios 2 0,55 0,11 6 1,78 0,34 8 2,02 0,46
Malaria 2 0,55 0,11 6 1,78 0,34 6 1,51 0,35
Rubeola 1 0,27 0,06 1 0,30 0,06 3 0,76 0,17
Sarampo 1 0,27 0,06 7 2,08 0,39 0 0,00 0,00
Tuberculose do sistema nervoso (A17) 1 0,27 0,06 2 0,59 0,11 9 2,27 0,52
Sifilis congénita 0 0,00 0,00 2 0,59 0,11 2 0,50 0,12
Infecção meningocócica 0 0,00 0,00 1 0,30 0,06 2 0,50 0,12
Doença de Creutzfeldt Jacob 0 0,00 0,00 1 0,30 0,06 1 0,25 0,06
Doença de Hansen 0 0,00 0,00 1 0,30 0,06 1 0,25 0,06
Tétano 0 0,00 0,00 1 0,30 0,06 0 0,00 0,00
Infecção gonocócica 0 0,00 0,00 2 0,59 0,11 2 0,50 0,12
Outras Hepatites Virais Agudas 1 0,25 0,06
Total 365 100,0 20,43 337 100,0 18,89 397 100,0 22,85
aTaxa por 100 000 residentes. Estimativas do INE para o final de 2009 (1 788 295)
bTaxa por 100 000 residentes. Estimativas do INE para o final de 2010 (1 783 981)
c Taxa por 100 000 residentes. Dados provisórios do INE Censos 2011 (1 737 059)
108
Relativamente à tuberculose, a nova divisão, por ACeS e ULS, mostra um padrão
visual semelhante ao de 2010, no qual se destacam os ACeS da Cova da Beira (CB)
com uma taxa de incidência de 27,31 e os ACeS do Baixo Vouga 3 (BV3) e Baixo
Vouga 2 (BV2),respetivamente com taxas de incidência de 25,82 e de 20,59 %oooo
residentes.
Figura 3–Taxa de incidência de tuberculose de declaração obrigatória na Região de Saúde do Centro por 100 000
residentes, por ACeS e ULS (2011)
Tuberculose de declaração obrigatória
Região Centro 2011
Taxa 1/100.000
0
4 - 10
11 - 20
21 - 27
Fonte:Sistema Nacional de Vigilância das Doenças de Declaração Obrigatória (dados preliminares); INE, Censos de 2011 (dados provisórios)
O número de casos de tuberculose respiratória (A15+A16) representa 94% (182/194)
do número de total de casos de tuberculose de declaração obrigatória.
O número total (194) de casos de tuberculose de declaração obrigatória declarados
em 2011 é superior em 11 ao número de novos casos declarados no SVIGTB o que
não é expectável já que para este sistema são declarados todos os casos de
tuberculose e não apenas os de declaração obrigatória.
Esta discrepância necessita de investigação que só o acesso aos dados de
identificação individual dos doentes em ambos os sistemas pode permitir.
Foram declarados 6 óbitos por tuberculose; 5 correspondem a tuberculose respiratória
com confirmação laboratorial (A15) e um corresponde a meningite tuberculose (A17);
todos eram do sexo masculino com uma idade mediana de 80 anos, compreendidas
entre os 41 e os 91 anos.
109
Foram declarados 10 casos esporádicos de doença meningocócica que incluem os
casos de meningococémia e de meningite meningocócica declarados pelo SARA; 6
doentes eram do sexo masculino e 4 do sexo feminino e tinham uma idade mediana
de 7 anos, compreendida entre os 2 e os 52 anos. Não há registo de óbitos.
Investigação de surtos
Os serviços operativos de saúde pública da ARSC (Departamento de Saúde Pública e
Planeamento e unidades de saúde pública dos respetivos ACeS) procederam à
investigação de dois surtos ocorridos no seu âmbito territorial: surto de gastroenterites
do Palheirão (concelho de Cantanhede) e surto de brucelose em Vila Nova do Touro
(concelho de Vila Nova de Paiva).
Em ambas as situações, foram empreendidas medidas de prevenção e controlo e
elaborado o competente relatório epidemiológico.
Programa Nacional de Vacinação (PNV)
O Programa Nacional de Vacinação (PNV) inclui as vacinas contra as seguintes
doenças: tuberculose (BCG); hepatite B (VHB); difteria, tétano e tosse convulsa (DTP e
Td); poliomielite (VIP); doença invasiva por Haemophilus influenzae do serotipo b (Hib);
sarampo, parotidite epidémica e rubéola (VASPR); doença invasiva por Neisseria
meningitidis do serogrupo C (MenC); infeções por vírus do papiloma humano (HPV).
As atividades desenvolvidas em 2011 aos diferentes níveis (regional, ACeS/ULS e
local/unidades funcionais) permitiram alcançar resultados que só foram possíveis com a
sensibilização e o envolvimento continuado de todos os profissionais de saúde que
trabalham nesta área.
Com a finalidade de proporcionar à população da Região Centro serviços de melhor
qualidade no âmbito da vacinação, tem vindo a ser implementado o projeto ―Excelência
na vacinação‖. Este projeto tem por finalidade proporcionar, à população da Região
Centro serviços de qualidade na área da vacinação, utiliza normas de procedimento,
materiais e avaliação comuns, de forma a permitir adoptar as necessárias medidas
corretoras.
110
Quadro 82 – Atividades desenvolvidas e Indicadores
ATIVIDADES COMENTÁRIOS
Monitorização e avaliação das taxas de cobertura
vacinal – coortes de nascidos no ano da avaliação, 1,
2, 7, 13, 14, 15, 16,17,18, 25 e 65 anos de idade
Foram realizadas 2 avaliações: final do 1.º semestre -
30.06.2011 (unidade de saúde, ACES, ULS e região);
final do ano - 31.12.2011 (unidade de saúde, ACES,
ULS e região)
Monitorização e avaliação das taxas de cobertura
vacinal – coortes de raparigas de 17 e 18 anos
abrangidas pela campanha de vacinação contra as
infecções por vírus do papiloma humano (vacina HPV)
Foram realizadas 2 avaliações: final do 1.º semestre -
30.06.2011 (unidade de saúde, ACES, ULS e região);
final do ano - 31.12.2011 (unidade de saúde, ACES,
ULS e região)
Monitorização e avaliação das taxas de cobertura
vacinal – indicadores de desempenho –
contratualização - coortes de nascidos no ano da
avaliação, 2, 7 e 14 anos de idade
Foram realizadas 2 avaliações: final do 1.º semestre -
30.06.2011 (unidade de saúde, ACES, ULS e região);
final do ano - 31.12.2011 (unidade de saúde, ACES,
ULS e região)
Monitorização e avaliação das taxas de cobertura
vacinal – vacinação VASPR – número de susceptíveis -
coortes de nascidos no ano da avaliação, 2, 3 e 4 anos
de idade
Foram realizadas 2 avaliações: final do 1.º semestre -
30.06.2011 (unidade de saúde, ACES, ULS e região);
final do ano - 31.12.2011 (unidade de saúde, ACES,
ULS e região)
Determinação do número de doses administradas e
registadas no módulo de vacinação do SINUS
Realizada avaliação: final do ano - 31.12.2011
(unidade de saúde, ACES, ULS e região)
Determinação de taxas de cobertura vacinal relativa à
Gripe Sazonal 2010/2011
Aplicação de suportes de informação relativos a:
profissionais de saúde – ACES, ULS e hospitais;
idosos e população em geral; instituições de apoio
social e/ou privada de saúde
Elaboração do plano de actividades – programa de
Vacinação da Região Centro (2011-2013)
Elaborado o plano de actividades anual tendo em vista
a sua integração no plano de actividades da ARSC
Elaboração do relatório de actividades – programa de
Vacinação da Região Centro (2011)
Elaborado o relatório anual tendo em vista a sua
integração no relatório de actividades da ARSC
Divulgação de informação relativa ao PNV
Foram divulgadas informações de apoio à
implementação do PNV (apoio técnico associado a
rede de frio, administração de vacinas,…)
Reuniões com os responsáveis do Programa de
Vacinação (ACES e ULS) Foram realizadas2 reuniões ao longo do ano de 2011
Reunião com Conselho Consultivo de Vacinação Foi realizada 1 reunião ao longo do ano de 2011
Reuniões do Grupo Coordenador Regional Foram realizadas reuniões semanais
111
Continuação
ACTIVIDADES COMENTÁRIOS
Apoio técnico na área da vacinação a dúvidas e
questões levantadas por profissionais das unidades de
saúde e utentes da Região.
Análise e resposta às dúvidas e questões que foram
colocadas por profissionais e utentes da Região.
Reuniões com os responsáveis regionais e nacionais
do Programa de Vacinação Foram realizadas2 reuniões ao longo do ano de 2011
Participação no workshop ―PNV divulgação de
Boas Práticas‖ (organização: DGS. Lisboa, 13 e
14 de Dezembro 2011)
Presença do grupo Regional no Workshop e
divulgação do mesmo aos responsáveis do Programa
de Vacinação (ACES e ULS)
Participação na apresentação do novo PNV 2012 Divulgação do mesmo aos responsáveis do Programa
de Vacinação (ACES e ULS)
Foram momentos marcantes para o Programa de Vacinação Regional em 2011 o
processo de reorganização em curso dos serviços de saúde (criação de novas unidades
funcionais e colaboração com os responsáveis e interlocutores do programa), a
campanha de vacinação contra as infeções por vírus do papiloma humano (vacina HPV)
dirigida às raparigas de 17 anos de idade, a disponibilização de vacina Fluarix®
gratuitamente para determinados grupos alvo (registo FluarixSNS), a continuidade na
implementação do PNV e a preparação para o novo PNV 2012.
COBERTURA VACINAL (PNV)
Destaque para a evolução positiva das coberturas vacinais, que de um modo geral
aumentou em todas as coortes.
As metas regionais foram atingidas em todas as coortes em avaliação. A única exceção
diz respeito à vacina HPV nas raparigas de 13 anos de idade pelo que – e sem prejuízo
desta situação poder ter estado relacionada com a diminuição da oferta da vacina
verificada nos primeiros meses do ano - devem ser mantidos todos os esforços para
continuar a aumentar a cobertura vacinal contra as infeções por vírus do papiloma
humano.
112
Quadro 83 – Cobertura Vacinal (Vacinas do PNV) -coortes de nascidos no ano da avaliação, 1, 2, 7 e 13 anos de
idade
Nascidos
ano de
avaliação
1 ano de idade 2 anos de idade 7 anos de
idade
Raparigas
com 13
anos de
idade
BC
G
VH
B I
BC
G
DT
Pa I
II/D
TP
a
Hib
III
/Hib
VIP
III/V
IP
VH
B III/V
HB
Men
C II/
Me
nC
DT
Pa I
V/D
TP
a
Hib
IV
/Hib
VA
SP
R I
Men
C III
/MenC
DT
Pa V
/DT
Pa
VIP
IV
/VIP
VA
SP
R II
HP
V I
HP
V III
Avaliação 2009 (%) 96 96 98 98 98 98 98 98 95 96 97 96 95 96 96 85 54
Avaliação 2010 (%) 97 97 99 98 98 98 98 98 97 97 98 98 97 97 97 88 63
Avaliação 2011(%) 98 98 99 99 99 99 99 99 98 97 98 99 97 98 98 90 57
Quadro 84 - Cobertura Vacinal (Vacinas do PNV) -coortes de nascidos de 14, 15, 16, 18, 25 e 65 anos de idade
14 anos de idade 15 anos de idade
16 anos de idade
18 anos de idade 25 anos de idade
65 anos de idade
VA
SP
R II
VH
B III/V
HB
Td
HP
V III
(ra
pa
riga
s)
HP
V III
(ra
pa
riga
s)
HP
V III
(ra
pa
riga
s)
VA
SP
R II
VIP
VH
B III
Td
Td
Td
Avaliação 2009 (%) 98 97 97 84 96 97 95 96 79 77
Avaliação 2010 (%) 99 97 98 89 91 97 98 96 97 80 78
Avaliação 2011 (%) 99 97 98 90 93 94 98 98 97 98 81 80
CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA AS INFEÇÕES POR VÍRUS DO PAPILOMA HUMANO
Durante o ano de 2011, foi dada continuidade à campanha de vacinação contra as
infeções pelo HPV dirigida às raparigas de 17 anos.
Para a 1.ª dose foi atingida a cobertura de 89%, tendo diminuído para 68% com as 3
doses da vacina - situação que, conforme previamente referido, poderá ter estado
relacionada com a diminuição da oferta da vacina verificada nos primeiros meses do
ano.
113
Quadro 85 - Cobertura Vacinal (Vacinas do PNV) –Campanha de Vacinação contra infeções por Vírus do Papiloma
Humano - coortes de raparigas de 17, 18 e menos de 19 anos de idade
Raparigas com
17 anos de
idade
Raparigas com
18 anos de
idade
Raparigas com
menos de 19
anos de idade
HP
V I
HP
V III
HP
V III
HP
V III
Avaliação 2009 (%) 85 64
Avaliação 2010 (%) 88 70 86
Avaliação 2011 (%) 89 68 88 89
Para as raparigas que entraram na campanha em 2009 e 2010 (18 e menos de 19 anos
de idade), já foram atingidas as coberturas de 88% e 89%, respetivamente.
CONTRATUALIZAÇÃO
No ano de 2011, manteve-se incluída a avaliação dos indicadores de desempenho –
contratualização. No que diz respeito ao conjunto de todos ACeS e ULS, atingiram-se as
seguintes coberturas:
Quadro 86 – Contratualização - PNV cumprido aos 2, 7 E 14 ANOS
Coort
e
2009
Coort
e
2004
Coort
e
1997
Avaliação 2010 (%) 96 96 96
Avaliação 2011 (%) 97 96 96
VACINAÇÃO VASPR I No ano de 2011, foi também incluída a avaliação de utentes em cada coorte que
cumpriram, para a vacina contra o sarampo, parotidite epidémica e rubéola, a 1.ª dose
da vacina, respetivamente aos 16,17, 18, 19, 20, 21, 22, 23 e 24 meses de idade.
Quadro 87 – VASPR I – Crianças Vacinadas por idade (meses)no 2.º ano de vida
Idade (meses)
Co
ort e
200
9
Co
ort e
200
8
Co
ort e
200
7
16 meses(%) 81 78 82
17 meses(%) 92 90 92
18 meses(%) 95 93 94
19 meses(%) 96 96 96
20 meses(%) 97 96 96
21 meses(%) 97 97 97
22 meses(%) 98 97 97
23 meses(%) 98 97 97
24 meses(%) 98 98 97
114
Para a coorte de 2009 foi atingida a imunidade de grupo aos 18 meses, havendo ainda
aos 24 meses de idade, 304 crianças não vacinadas (susceptiveis).
Para a coorte de 2008 foi atingida a imunidade de grupo aos 19 meses, havendo ainda
aos 24 meses de idade, 382 crianças não vacinadas (susceptiveis).
Para a coorte de 2007 foi atingida a imunidade de grupo aos 19 meses, havendo ainda
aos 24 meses de idade, 397 crianças não vacinadas (susceptiveis).
INOCULAÇÕES DE VACINAS DO PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO
Quadro 88 – Mapa de inoculações da Região de Saúde do Centro (2011)– Total de doses por vacina
Vacinas
BC
G*
VH
B*
Td
VIP
Hib
VA
SP
R
DT
PaH
ib
DT
PaV
IP
DT
PaH
ib
VIP
DT
Pa
Me
nC
HP
V**
TO
TA
L
Região Centro
- 2011 11.135 43.625
367.617 1.267 81 30.680 13.547 15.899 41.383 13 42.381 51.823 619.451
Fonte: SIARS
* Haverá subnotificação referente às vacinas BCG e VHB, em virtude do não registo no SINUS de vacinas
administradas em algumas maternidades (n.º de vacinados com BCG e nascidos em 2011 – 13654);
** Este n.º inclui o registo das 2048vacinas HPV Cervarix® (vacina HPV que não integra o PNV)
No ano de 2011, foram administradas e registadas no SINUS Vacinação 619 451
vacinas na Região Centro.
VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE SAZONAL 2010/2011
Com a disponibilização da vacina Fluarix® gratuitamente para determinados grupos alvo
(registo FluarixSNS), a avaliação da vacinação contra a gripe sazonal contemplou os
profissionais de saúde, os lares de idosos (residentes e profissionais) e as unidades e equipas
da rede de cuidados continuados integrados (RNCCI).
Em relação aos profissionais de saúde, e com exceção dos hospitais, houve uma
diminuição da cobertura vacinal, devendo ser mantidas estratégias promotoras duma
maior adesão à vacinação antigripal, em particular no grupo dos médicos,
administrativos, auxiliares e outros técnicos.
115
Quadro 89 – Vacinação contra a gripe sazonal (2010-2011) - Profissionais de saúde
Profissionais de saúde
Médicos Enfermeiros
Administrativos,
Auxiliares,
Outros técnicos
AC
ES
ULS
Hospitais
AC
ES
ULS
Hospitais
AC
ES
ULS
Hospitais
Avaliação 2010/2011
(%) 53 38 36 61 41 35 55 46 33
Em relação aos lares verificou-se a necessidade de melhorar a cobertura vacinal nos
seus profissionais.
Apesar da adesão registada, verificou-se que dos 317 lares abrangidos pela vacinação
gratuita responderam ao questionário de avaliação 274 (86%).
Das 89 instituições com fins lucrativos existentes, só responderam 54 (61%).
Quadro 90 – Vacinação contra a gripe sazonal (2010-2011) – Lares de idosos
Lares respondentes
Instituições abrangidos pela
vacina gratuita Instituições lucrativas
Total (nº) Vacinados (nº) % Total (nº) Vacinados (nº) %
Residentes 13621 11523 85 1800 1339 74
Trabalhadores 5553 1287 23 650 286 44
Em relação à RNCCI, verificou-se que responderam 33 das 36 unidades existentes
(92%), tendo a totalidade das 22 equipas de cuidados continuados integrados (ECCI)
respondido à avaliação.
Quadro 91 – Vacinação contra a gripe sazonal (2010-2011) - RNCCI
Grupo Alvo
Unidades respondentes
Total (nº) Vacinados (nº) %
Doentes internados 1141 984 86
Doentes em cuidados
domiciliários 409 328 80
Profissionais Unidades 794 86 11
Profissionais ECCI 246 111 45
116
VIH/Sida
A infeção VIH/sida é inquestionavelmente um problema de saúde pública à escala
mundial. Portugal apresenta a terceira maior taxa de incidência de infecção VIH/sida
da Europa, o que justifica que a intervenção nesta área seja objeto de um dos
programas de saúde prioritários a nível nacional.
A prevenção primária, rastreio precoce e tratamento adequado são as únicas
estratégias comprovadamente eficazes para o combate desta infeção e tem
fundamentado todas as intervenções nesta área da ARSC.
Todas as atividades realizadas em 2011 pela ARSC foram desenvolvidas de acordo
com as orientações da Coordenação Nacional para a Infeção VIH/Sida (CNSIDA) e as
previstas no ―Plano Regional de Prevenção e Controlo da Infeção VIH/sida para 2011‖.
Embora se tenha vindo a assistir em todo o mundo a uma diminuição dos óbitos e das
novas infeções VIH/sida, na Região Centro, durante o ano de 2011 (até 30 de
setembro) verificou-se um aumento de novos casos declarados (80 casos em 2011; 73
casos em 2010) e dos óbitos (17 óbitos em 2011; 11 óbitos em 2010),
comparativamente ao período homólogo do ano passado.
Foram notificados na Região Centro 3 779 casos (acumulados), com 782 óbitos,
sendo 2 683 casos e 518 óbitos, respectivamente, na área geográfica abrangida pela
ARSC.
Aveiro é o distrito com o maior número de casos acumulados, totalizando 640 casos
no que diz exclusivamente respeito, ao âmbito de jurisdição territorial da ARSC, e o
distrito da Guarda, a menor, com 130 casos notificados.
Quadro 92 - Casos Acumulados e Óbitos por Infecção VIH/ Área Geográfica da ARSC, por Distrito
Distritos Casos Óbitos % Óbitos
Aveiro 640 115 18,0%
Castelo Branco 233 58 24,9%
Coimbra 804 161 20,0%
Guarda 130 36 27,7%
Leiria 507 85 16,8%
Viseu 369 63 17,1%
TOTAL 2.683 518 19,3%
Fonte: DDI-URVE do INSA – Casos notificados até 30/09/2011; ARSC
117
A Região Centro (área de influência da ARSC) apresenta uma taxa de 4,02 novos
casos declarados de Infeção VIH/sida por 100 mil habitantes, em 2011, sendo Aveiro o
distrito com a maior taxa de novos casos (6,39 por 100 mil habitantes) e Guarda a
menor (0).
Gráfico 28 – taxa de novos casos de infetados notificados durante o ano de 2011, por distrito (2011)
A tuberculose (TB), doença indicadora de sida, continua a ser a infeção oportunista
mais frequente (33,6%), tendo sido identificados 191 casos de tuberculose em 2011,
na população da área geográfica da ARSC, sendo 185 novos casos.
As infeções sexualmente transmissíveis (IST), indicadores indiretos da infecção VIH,
subiram em 2011 (34 notificadas) comparativamente ao ano anterior (30), sendo 21
casos de sífilis, 8 de hepatite B, 3 de hepatite C e 2 de infeção gonorreica.
A maior parte (52,6%) dos casos notificados são portadores assintomáticos (PA) - em
todos os distritos da área geográfica da ARSC, com exceção da Guarda, onde
predominam os casos em fase de Sida (45,4%). Provavelmente tal justifica o fato da
Guarda ser o distrito com a maior percentagem de óbitos, relativamente aos casos
declarados (27,7%).
A transmissão heterossexual é a principal via de transmissão (50,3%) em todos os
distritos, excepto em Castelo Branco onde a infeção predomina nos utilizadores de
drogas injetáveis (45,5%). A transmissão vertical ocorreu em 32 casos acumulados na
região Centro, tendo 2 casos sido notificados em 2011.
Os infetados são predominantemente do sexo masculino (75%), estão em idade fértil
(80,7% entre os 15-49 anos) e em 95,7% dos casos a infeção foi provocada pelo VIH1.
6,4 6,1
4,0 3,5
3,0
2,0
0,0 0
1
2
3
4
5
6
7
Aveiro Leiria R. Centro Viseu Coimbra C. Branco Guarda
Fonte: DDI-URVE do INSA – Casos notificados até 30/09/2011; ARSC
118
Atividades previstas e desenvolvidas em 2011
Atividades no âmbito da Comemoração do Dia Mundial da Sida, nomeadamente,
workshops e rastreios do VIH pelos CAD, utilizando unidades móveis (em
articulação com os ACeS, IPJ, ONG e escolas), bem como publicação de artigos
no site da ARSC e na comunicação social;
Distribuição de material informativo e preventivo (gel lubrificante, preservativos
masculinos e femininos) fornecido pela CNSIDA em centros de aconselhamento e
detecção (CAD) do VIH, centros de atendimento de jovens (CAJ), USF, UCSP e
outras instituições públicas ou privadas;
Atividades de formação sobre a infeção VIH/sida dinamizadas pela Equipa
Regional, CAD, ACeS e ULS;
Emissão de 13 pareceres técnicos referentes às candidaturas ao programa ADIS
para 2012, referentes a 9 projetos regionais no âmbito da prevenção, 1 no âmbito
da formação e 3 no âmbito do apoio psicossocial;
Realizados 2 885 atendimentos nos CAD durante o ano de 2011, com
aconselhamento pré-teste e 2 428 rastreios do VIH com testes rápidos (sempre
com aconselhamento pós-teste), anónima e gratuitamente e referenciação
hospitalar dos casos positivos, pelos cinco CAD da Região Centro (Aveiro, Castelo
Branco, Coimbra, Leiria e Viseu).
Quadro 93 - Testes de Rastreio do VIH Realizados pelos CAD da Região Centro em 2011
CAD Testes de Rastreio do VIH
CAD de Aveiro 292
CAD de C. Branco 358
CAD de Coimbra 1.053
CAD de Leiria 377
CAD Viseu 348
TOTAL 2.428
Fonte: ARSC /CAD
A taxa de seropositivos para o VIH nos utentes dos CAD, durante o ano de 2011, foi
de 9,5 por mil rastreados (23 positivos) - muito superior à taxa de novos casos de
infecção VIH/sida verificada na população em geral - e subiu comparativamente à
verificada nos CAD em 2010 (5,2 por mil rastreios em 2010).
119
O CAD de Aveiro teve a maior taxa de seropositivos para o VIH (17,1 por 1 000
rastreados) e foi igual a zero no CAD de Castelo Branco.
Gráfico 29 – Taxa de Seropositivos para o VIH por CAD da ARSC por 1 000 rastreados (2011)
Quadro 94 - Indicadores de execução
Metas para 2011 Atingidas Propostas
em 2011* para 2011
1 - Nº casos e óbitos por infeção VIH/sida, identificados, durante o ano - 80 Casos
A identificar - 17 Óbitos
2- % Doentes com tuberculose sujeitos a rastreio de VIH pelos CDP 73,50% 60%
3- % Doentes com tuberculose diagnosticada, sujeitos a rastreio de VIH pelos
CDP, através de testes rápidos 25,40% 25%
4- % CDP que utilizam testes rápidos de rastreio do VIH 60% 50%
5- Nº casos positivos para o VIH identificados pelos CDP, ano 6 # A identificar
6 - % Casos VIH positivos encaminhados/referenciados para hospital, pelos
CDP 0% 99%
7- % ACeS/ULS que desenvolvem projetos de Saúde Escolar em parceria
com escolas do Ensino Básico e Secundário, nesta área 56% 75%
8- Nº testes de pesquisa de AC-VIH efectuados pelos hospitais, ano 26 932 A identificar
9- Nº testes de pesquisa de AC-VIH efectuados pelos ACeS/ULS Dado não
disponível A identificar
10- % ACeS/ULS que utilizam testes rápidos de rastreio do VIH 56% 70%
11- Nº casos VIH positivos detectados pelos ACeS/ULS, por ano 5 A identificar
12-% Encaminhamentos de casos VIH positivos efectuados pelos ACeS/ULS 100% 99%
13- % Notificações de infeções por VIH/sida efectuados pelos ACeS/ULS 80% 99%
14- % Equipas de tratamento do Instituto da Droga e Toxicodependência do
Centro, com o ―Programa Klotho‖ implementado 100% 100%
15- % CAD que efetuaram> 200 testes rápidos de pesquisa do VIH, por
semestre 40% 100%
16- Nº casos VIH positivos detectados pelos CAD 23 A identificar
17- % Testes confirmatórios efetuados pelos CAD, após teste de rastreio do
VIH reativos 95,70% 100%
18- % Atendimentos/rastreios efectuados pelos CAD a trabalhadores e/ou
utilizadores de sexo pago/ migrantes/HSH 25,30% 20%
19- % Maternidades públicas que possuem testes rápidos de rastreio do VIH Dado não
disponível 100%
20- % Hospitais que possuem testes rápidos de rastreio do VIH no serviço de
urgência 18,20% 100%
* - Referente aos dados do INSA, até 30/09/2011e aos dados enviados pelos hospitais, ACeS, CAD e CDP # SVIG
Aveiro 17,1
C. Branco 0
Coimbra 10,4
Leiria 13,3
Viseu 5,7
Fonte: ARSC/CAD
120
Previsão para 2012
Para 2012, prevê-se a continuidade do Programa de Prevenção e Controlo da
Infecção VIH/sida com as novas orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), que
passou a coordenar o Programa Nacional para a Infecção VIH/sida a nível nacional -
após a extinção do Alto Comissariado para a Saúde e, consequentemente, do
Coordenador Nacional para a Infeção VIH/sida.
Com a publicação da norma da DGS nº 058/2011, de 28/11/2011, que se encontra em
fase de audição e teste de aplicabilidade até 30 de abril de 2012, prevê-se uma maior
uniformização de critérios na realização de rastreios do VIH bem como no registo dos
seus indicadores.
Controlo da Infeção nas Unidades de Saúde
A infeção associada aos cuidados de saúde (IACS) é uma infeção adquirida pelos
doentes em consequência dos cuidados e procedimentos de saúde prestados
podendo, também, afetar os profissionais de saúde durante o exercício da sua
atividade.
Desta forma, é importante assegurar a comunicação e a articulação efetiva entre os
diversos níveis de cuidados de saúde, tendo em vista controlar este problema de
saúde pública mediante a redução do risco de infeção cruzada.
A IACS não sendo um problema novo, assume uma importância cada vez maior em
Portugal e no mundo. À medida que a esperança de vida aumenta e que dispomos de
tecnologias cada vez mais avançadas e invasivas, aumenta o risco de infeção
associada. Estudos internacionais revelam que cerca de um terço das infecções
adquiridas no decurso de prestação de cuidados de saúde são evitáveis.
A OMS reconhece que as IACS são uma causa importante de morbimortalidade,
afetando a efetividade, a eficiência e a qualidade dos cuidados de saúde prestados e
concorrendo para o consumo acrescido de recursos, quer hospitalares quer da
comunidade.
Pretende-se dar a conhecer as estratégias e metodologias delineadas no Plano de
Atividades, bem como as atividades previstas e concretizadas, em concordância com
o previamente definido para o ano de 2011.
121
Atividades programadas e concretizadas
1. Recomendações/orientações de boas práticas na utilização de antissépticos e
desinfectantes nos CSP e UCCI:
Seleção de produtos de utilização livre ou restrita na Região Centro. Esta
atividade só foi parcialmente realizada, assim como a divulgação de
recomendações/orientações sobre utilização de antissépticos e desinfetantes.
2. Campanha Nacional de Higiene das Mãos:
Realizada a divulgação de suportes informativos de sensibilização para a
higiene das mãos, nas unidades aderentes à Campanha Nacional de Higiene
das Mãos (CHM);
Divulgação da declaração de compromisso formal para a adesão à campanha
da higienização das mãos nos CSP e UCCI;
Formação aos coordenadores da CHM das unidades aderentes;
Reuniões de acompanhamento da CHM, com os coordenadores da campanha
nos CSP aderentes.
3. Formação:
Realizou-se uma ação de formação, conjuntamente com o Gabinete de
Formação da ARSC, com duração de dezoito horas, destinada aos elos de
ligação das unidades de saúde ação frequentada por 20 formandos).
Atividades programadas e não concretizadas
Não foram realizadas as reuniões de acompanhamento, com as equipas de CCI em
todos os ACeS da Região Centro, por constrangimentos diversos (humanos e
materiais) não previstos.
Recomendações
As limitações e constrangimentos de vária ordem, já referidos, condicionaram,
naturalmente, o nível de concretização das atividades propostas.
Não obstante, consideramos terem sido cumpridas as atribuições constantes na
Circular Normativa nº 24 DSQC/DSC de 17/12/2007, tendo em vista a obtenção de
reais e efetivos ganhos em saúde na Região Centro no âmbito do controlo da infeção
associada aos cuidados da saúde.
122
Programa de prevenção e luta contra a tuberculose
A tuberculose (TB) é a segunda causa de morte por doenças infeciosas em todo o
mundo -seguindo-se à Sida. Quase um terço da população mundial está infetado com
o Mycobacterium tuberculosis e, consequentemente, em risco de desenvolver a
doença.
Apesar dos progressos recentes, e não obstante ser evitável e curável, esta doença
continua a ser um importante problema de saúde pública em todos os países do
mundo, na medida em que está fortemente associada à pobreza e à infeção VIH/SIDA
A co-infeção com o vírus da imunodeficiência humana (VIH) aumenta
significativamente o risco de vir a desenvolver TB, duplicando o número de casos e de
mortes. Simultaneamente a multirresistência, que se deve a medidas de tratamento
inadequado, representa um problema crescente e muito preocupante, ameaçando
minar anos de progresso no controlo da tuberculose, já que o tratamento exige
medicação diferente e mais onerosa.
O Programa de Luta contra a Tuberculose, publicado no Diário da República, nº 218
em 20 de Setembro de 1995, é coordenado e avaliado pela DGS, em colaboração com
a Comissão Nacional de Luta contra a Tuberculose, e tem como finalidade a redução
sustentada do impacte da tuberculose na saúde da comunidade – traduzida pela
diminuição anual da taxa de incidência, mediante o aumento da taxa de deteção de
novos casos de tuberculose bacilífera e da melhoria do sucesso terapêutico.
Assim, novas abordagens no diagnóstico da TB, associadas a sistemas de saúde
aperfeiçoados e a uma maior informação da população, com paralelo investimento na
estratégia DOTS (Toma de Observação Direta) e nos testes IGRA são decisivas na
deteção e tratamento precoces desta doença que deve ser encarada como uma
―pandemia‖ a controlar.
Atividades desenvolvidas
Reuniões parcelares com coordenadores das unidades funcionais. Análise dos
ficheiros com respectivo feedback.
Seleção e entrada em funcionamento dos locais de realização dos testes IGRA.
123
Quadro 95 - Casos Novos de Tuberculose na Região Centro por Distrito (2011)
Distrito M F MF %
Aveiro 30 23 53 29,12
C. Branco 15 7 22 12,09
Coimbra 21 19 40 21,98
Guarda 14 7 21 11,54
Leiria 21 8 29 15,93
Viseu 10 7 18 9,34
Total 111 71 183 100
M- sexo masculino F – sexo feminino % - proporção do total de casos detetados (por distrito) Fonte: SVIG TB, 31 Janeiro de 2011
Em 2011 foram notificados 189 casos (dados preliminares) dos quais 6 correspondem a
recidivas.
Aveiro continua a ser o distrito com maior número de casos novos (53) seguido dos distritos
de Coimbra, com 40 casos, e de Leiria (29 casos) Quadro 95.
No que diz respeito ao número de casos por ACeS é o Baixo Vouga II, aquele que
apresenta o maior número, seguido pelo ACeS do Pinhal Litoral II e pela ULS da Guarda
(Quadro 96).
Quadro 96 - Casos Novos de Tuberculose na Região Centro por ACeS/ULS(2011)
ACES/ ULS Nº Taxa
Baixo Mondego I 12 6,82
Baixo Mondego II 11 10,23
Baixo Mondego III 8 10,1
Baixo Vouga I 11 9,8
Baixo Vouga II 31 18,77
Baixo Vouga III 10 10,76
Cova da Beira 15 17,07
Dão Lafões I 6 6,04
Dão Lafões II 7 9,2
Dão Lafões III 4 4,33
Pinhal Interior Norte I 12 13,09
Pinhal Interior Norte II 3 7,56
Pinhal Litoral I 2 3,62
Pinhal Litoral II 24 11,67
ULS Guarda, EPE 20 13,5
ULS Castelo Branco, EPE 7 6,45
Total 183 10,54
Fonte: SVIG TB, 31 Janeiro de 2011
A incidência de TB na Região Centro em 2011 foi de 10,54 %0000 (dados preliminares),
decrescendo relativamente a 2010 (12,28 %0000) e mantendo assim a tendência
decrescente que se tem verificado ao longo dos últimos 3 anos (Gráfico 29).
124
A incidência da tuberculose multirresistente tem vindo a diminuir, tendo sido objeto de
notificação um único caso no distrito de Viseu. Continuam em tratamento os dois casos
diagnosticados em 2010, com sucesso terapêutico.
Gráfico 30 - Evolução da taxa de incidência da tuberculose na Região Centro (2009 a 2011)
Fonte: SVIG TB, 31 Janeiro 2011
Figura 4–ARSC: Incidência TB por ACeS/ULS(2011)
Fonte: SVIG TB 02 Fevereiro de 2011
Dos casos novos notificados em 2011, 179 (94,7%) foram detetados após sintomas e
apenas 2 (1,1%) através do rastreio de contactos.
O teste VIH foi realizado em 39,9 % dos casos novos diagnosticados e em 3,3 % a TB
foi indicativa de SIDA.A toma observada direta regista-se em 48,6% dos doentes,
havendo ainda uma percentagem de 11,5 % em que não houve registo desse
indicador - pelo que se desconhece se encontram ou não em TOD (Quadro 96).
Quadro 97 - Cobertura de TOD
TOD Nº % Com TOD 89 48,6 SemTOD 73 39,9
Sem Registo 21 11,5 Total 183 100
Fonte: SVIG TB 02 Fevereiro de 2011
0
2
4
6
8
10
12
14
2009 2010 2011
125
Dos casos novos notificados 94% (n=172) eram de nacionalidade portuguesa e
apenas 6,0 % (n=11) foram diagnosticados em cidadãos estrangeiros (Quadro 97).
Relativamente a estes últimos, predominam os naturais de Marrocos, Angola, Brasil e
Guiné-Bissau - com 2 casos cada (Quadro 98).
Quadro 98 - Casos novos de TB por nacionalidade (2011)
Nº %
Portugueses 172 93,99
Estrangeiros 11 6,01
Total 183 100
Fonte: SVIG TB 02 Fevereiro de 2011
Quadro 99 - Casos Novos de TB Notificados em 2011, por país de origem
Nº %
Portugal 172 93,99
Marrocos 2 1,09
Angola 2 1,09
Brasil 2 1,09
Cabo Verde 1 0,55
Congo 1 0,55
França 1 0,55
Guiné Bissau 2 1,09
Total 183 100
Fonte: SVIG TB 02 Fevereiro de 2011
Em 71 % dos doentes a localização principal da doença foi pulmonar e 29%
apresentavam lesões a nível pulmonar e também noutros órgãos (Gráfico 33). Dos
casos com lesões extrapulmonares predomina a tuberculose pleural e linfática.
Gráfico 31 - Casos de tuberculose na Região por localização anatómica (2011)
Fonte: SVIG TB 02 Fevereiro de 2011
130; 71%
53; 29%
0; 0%
Total de casos notificados: 183
Total Pulmonares Extra Pulmonar (Exclusiva) Desconhecida
126
5. Programa de saúde materno-infantil e dos adolescentes
Comissão Regional da Saúde da Mulher, Criança e Adolescente (CRSMCA)
A publicação do Despacho nº 9872/2010 reforçou o papel de coordenador da Saúde
Materna, Infantil e dos Adolescentes. Com este Despacho, a Comissão Regional da
Saúde da Mulher, Criança e Adolescente (CRSMCA) ficou oficialmente
responsabilizada pela coordenação da referenciação entre cuidados primários e
hospitais que vinha exercendo, acrescentando-lhe a responsabilidade de desenvolver
a coordenação das relações inter-hospitalares.
Em dezembro de 2011, a CRSMCA foi reconduzida pelo Conselho Diretivo da ARS
Centro.
O trabalho iniciado em 2009, e desenvolvido em 2010/2011, teve como principais
objetivos:
Constituir de novo as unidades coordenadoras funcionais, adaptando-as à nova
estrutura dos ACeS e iniciar o processo de coordenação;
Garantir o acesso universal e com equidade nos vários circuitos assistenciais da
Saúde da Mulher Criança e Adolescente:
o Saúde Reprodutiva,
o Infertilidade,
o Saúde Materna,
o Saúde Infantil,
o Acção da saúde para crianças e jovens em risco,
o SNIPI (Intervenção precoce)
o Saúde dos adolescentes
o Doença crónica – Cuidados Continuados
Promover a cooperação interprofissional e complementaridade interinstitucional;
Desenvolver o processo da gestão do conhecimento e disseminação da
informação entre os vários intervenientes;
Desenvolver o processo de avaliação e formação.
Estratégia:
Foi dado cumprimento ao Despacho nº 9872/2010, mantendo a coordenação das
unidades coordenadoras funcionais (UCF) e retificando as redes de referência nos
127
vários circuitos assistenciais - adaptando-a à nova reformulação dos cuidados
primários e aos novos modelos de gestão hospitalar.
Atividades desenvolvidas em 2010/2011
Depois da constituição das UCF nas vertentes 1 e 2 em toda a região Centro,
foram realizadas reuniões com todas nas suas próprias sedes (Covilhã, Guarda,
Figueira da Foz, Leiria, Aveiro, Viseu, Castelo Branco, Maternidade Bissaya
Barreto/CHUC, Maternidade Daniel de Matos/CHUC), para avaliação do seu
funcionamento, retificação das redes de referência entre serviços de Pediatria e
serviços de Obstetrícia e unidades prestadoras dos cuidados de saúde primários
(USF e UCSP) e definição de um Plano de Ação para revisão dos protocolos
funcionais interinstitucionais e meios de circulação da informação clínica.
Organização e realização do IV Plenário Regional das UCF, em 28 de janeiro de
2011(UCF que apresentaram o relatório de atividades de 2010 e o plano de ação
para 2011). Todas as UCF estiveram presentes. Este Plenário contou com a
presença de Sua Excelência a Ministra da Saúde, Dra Ana Jorge.
Retificação das redes de referência materno-infantis – referência da Saúde
Materna e Infantil em toda a região.
Constituição dos núcleos de apoio às crianças e jovens em risco (NACJR) em
todos os ACeS, cumprindo o Despacho em epígrafe. Estruturação do Circuito
Assistencial da Criança com Risco Biológico. Foram envolvidos os diretores de
serviço de Pediatria da Região e os responsáveis do Hospital Pediátrico de
Coimbra/CHUC. Foi efetuado um levantamento estrutural e elaborado um
protocolo de avaliação que regulamenta as regras de cooperação e
complementaridades entre os vários serviços.
SNIPI: Criação das ELIS em toda a Região Centro.
SAÚDE DOS ADOLESCENTES:
Reuniões com todos os responsáveis dos Programas de Intervenção nos
Adolescentes da ARS Centro perspetivando a estruturação do Circuito
Assistencial dos Jovens.
Realização do 1º Curso de Formação de prestadores em Medicina do
Adolescente que decorreu de fevereiro a julho 2010 em Coimbra e elaboração
de plano para estruturar a assistência aos adolescentes na Região.
128
Estruturação das referências das crianças/jovens com suspeita de consumos
de substâncias ilícitas e da área da Pedopsiquiatria na Região.
Início do 2º Curso de Formação de prestadores em Medicina dos Adolescentes
em junho de 2011
Reunião com o Presidente do Centro de Estudos Perinatais da Região Centro
visando agregar as sociedades científicas a colaborar com a CRSMCA no sentido
de resolver algumas questões científicas:
o Consenso sobre a avaliação e orientação do risco obstétrico
o Análise das causas do aumento da prematuridade e baixo peso na Região.
o Propor o reinício da auditoria dos óbitos perinatais e infantis na Região.
Nomeação dos pediatras consultores e sua integração nas UCF.
Reuniões com os responsáveis dos serviços de informática para garantir o acesso,
a comunicação, monitorização e avaliação das consultas de referência. Elaboração
de ponto de situação sobre o ALERT P1.
Desenvolvidos esforços no sentida da informatização da Notícia de Nascimento e
da Alta, acrescentando ao papel de sinalização das famílias de risco para a qual foi
concebida, o papel de fonte de monitorização contínua da qualidade dos serviços
prestados.
Disponibilização de conteúdos no sítio da ARSC (em http://www.arscentro.min-
saude.pt/INSTITUCIONAL/PROJECTOS/CRSMCA/Paginas/default.aspx) enquanto espaço de
alojamento de informação e plataforma de comunicação e divulgação da atividade
de cada UCF e UCF IH/materno-neonatal e pediátrica, bem como de informação
relativamente a circuitos assistenciais e ―normas de orientação clínica‖
Participação no Fórum de discussão do Plano Nacional de Saúde;
Reunião com a Comissão Nacional para a Saúde da Mulher, da Criança e do
Adolescente (CNSMCA) para apresentação do relatório de atividades e Plano de
Ação para 2011;
Colaboração na redação e elaboração do despacho nº 9872/2010;
o Este despacho alargou o âmbito da CRSMCA para desenvolver as relações
Interhospitalares.
o Nesse sentido iniciaram-se em 2010/2011 as seguintes iniciativas:
Reunião entre a CRSMCA e ARS para rectificar a composição da
CRSMCA integrando um elemento do Conselho Diretivo da ARS;
Programação de reunião com todos os diretores de serviço de Pediatria
da Região para preparar a criação da UCF Inter-hospitalar Pediátrica;
129
Reunião com os representantes do Hospital Pediátrico/CHUC e serviços
de Pediatria para discutir a necessidade de criação da UCF inter-
hospitalar Pediátrica (novembro de 2010) e instalações do novo HPC;
Reuniões para a constituição da UCF Inter-hospitalar Pediátrica;
Reuniões para discussão sobre a constituição da UCF inter-hospitalar
materno neonatal com os diretores de serviço de obstetrícia dos HAPD e
dos HAP;
Reunião com todos os 25 coordenadores das áreas diferenciadas
pediátricas (AD) do HPC para estabelecer: vias de comunicação entre
serviços de Pediatria Geral da Região e o HPC do CHUC, elaboração dos
protocolos de referência em cada AD, atualização e divulgação das
Normas de Orientação Clínica através do alojamento disponibilizado para
o efeito pela ARSC (na sua página web) e proposta de, pelo menos, uma
reunião anual entre todos os intervenientes regionais de cada área;
Reuniões entre os diretores de Obstetrícia das duas maternidades de
Coimbra (integradas no CHUC) e os diretores dos HAP da Região da sua
área de referência;
Constituição da UCF inter-hospitalar Pediátrica em 2011
1ª Reunião Plenária em setembro de 2011
Constituição da UCF inter-hospitalar materno-neonatal incluindo os
diretores de serviço das duas maternidades de Coimbra (CHUC) e todos
os diretores de serviço de Obstetrícia e Pediatria da Região.
Prioridades para as UCF em 2012
1 Retificar a composição de acordo com o Despacho nº 9872/2010;
2 Criar uma base de dados para facilitar a comunicação;
3 Nomear um ponto focal em cada ACeS/unidade de saúde para concretizar a
divulgação e circulação da informação;
4 Desenvolvimento, pelos pediatras e obstetras consultores voluntários, de ações de
comunicação/formação nas unidades de saúde/ACeS para divulgação de normas,
consensos e auditorias clínicas;
5 Estabelecer as regras de referenciação entre as várias unidades de saúde e as
consultas de referência nos hospitais, em conformidade com as orientações
emanadas ou a emanar pela DGS;
130
6 Promover a uniformização de atitudes na vigilância de saúde materna e infantil
através de cursos de atualização, divulgação/estabelecimento de consensos ou
divulgação de informação pertinente no espaço da CRSMCA disponibilizado pela
ARSC em www.arscentro.min-saude.pt;
7 Promover o uso da Noticia de nascimento e Boletim de Saúde Infantil;
8 Promover a auditoria dos óbitos perinatais aproveitando-se do registo contínuo da
base de dados da DGS.
Comentário final
Graças à atividade continuada da CRSMCA, reconhecida pelos sucessivos órgãos
dirigentes (conselhos diretivos) da ARS Centro, e à dedicação dos profissionais de
saúde nestes últimos 20 anos, a região Centro protagonizou e consolidou uma
verdadeira integração entre cuidados regionais perinatais e pediátricos.
Esta organização é considerada internacionalmente como exemplar, sendo suportada
cientificamente como o modelo com maior efetividade e eficiência na prestação de
cuidados.
Os ganhos em saúde, a otimização dos recursos instalados, a consolidação das
relações entre profissionais e inter-institucionais (barreira principal para a consolidação
deste modelo) através da constituição e ação de todas as UCF entre os ACeS e
hospitais e as UCF IH pediátricas e materno-neonatais, são fatores a atentar nas
futuras decisões sobre a organização materno-infantil da Região.
Consideramos que este modelo deverá ser estudado com maior exaustividade e, se se
comprovarem os ganhos em efetividade e eficiência, será de replicar nas diferentes
regiões do País.
131
6. Programa de prevenção do tabagismo
O hábito tabágico é o principal fator de risco não só das doenças crónicas mas
também é a primeira causa de morte evitável no mundo. Deste modo, o tabagismo é a
maior pandemia de todos os tempos.
Fumar é um hábito que faz parte dos costumes e de culturas na nossa sociedade. A
nicotina é a substância aditiva responsável pela dependência.
O papel central dos profissionais de saúde é essencial, para melhorar a qualidade de
vida das populações, com intervenção direta nas comunidades – comunidade escolar
e na população em geral - visando diminuir o número de fumadores (essencialmente
entre os jovens), assim como ajudar todos os fumadores que queiram deixar de fumar
a abandonar este hábito e, desta forma, protegendo o fumador passivo.
A intervenção direta em mulheres que pretendem engravidar ou nas grávidas
fumadoras - com a finalidade de abandonarem o consumo de tabaco - é da maior
relevância em Saúde Pública pelo impacte positivo sobre a saúde do feto e futuro
recém-nascido.
Os profissionais de saúde são os primeiros atores implicados nesta temática e só
mediante uma intervenção conjunta se poderá diminuir a prevalência de fumadores,
bem como também aumentar o número de ex-fumadores.
Atividades desenvolvidas
Os quadros seguintes resumem as consultas realizadas nosseguintes ACeS/ULS:
Baixo Mondego I, Cova da Beira, Pinhal Interior Norte II, Pinhal Litoral I, Pinhal Litoral
II, Dão Lafões II, Baixo Vouga I, Baixo Vouga II, ULS da Guarda e ULS Castelo
Branco.
Quadro 100 – Consultas de cessação tabágica (2011)
Idades dos utentes
Nº de fumadores com 1ª consulta em 2011
Total fumadores inscritos
Homens Mulheres TOTAL (H+M)
10 a 14 anos 1 0 1
15 a 24 anos 18 9 27
25 a 34 anos 65 45 110
35 a 44 anos 94 79 173
45 a 54 anos 108 65 173
55 a 64 anos 67 31 98
65 a 74 anos 27 7 34
> 75 anos 2 1 3
TOTAL 382 237 619
132
Quadro 101 – Total de primeiras consultas (2011)
ACeS
Nº de fumadores com 1ª consulta em 2011
Total fumadores inscritos
Homens Mulheres TOTAL (H+M)
Baixo Vouga I 21 7 28
Baixo Vouga II 31 19 50
Baixo Mondego I 96 73 169
Cova da Beira 81 31 112
Pinhal Interior Norte II 4 4 8
Pinhal Litoral I 21 9 30
Pinhal Litoral II 55 35 90
Dão Lafões II 4 3 7
ULS Guarda 41 36 77
ULS Castelo Branco 28 20 48
Total 382 227 619
Quadro 102 – Total de consultas seguintes (2011)
ACES Total de consultas seguintes *
Total de consultas
seguintes
Homens Mulheres (H+M)
Baixo Vouga II 54 46 100
Baixo Mondego I 185 130 315
Cova da Beira 157 32 189
Pinhal Interior Norte II 3 3 6
Pinhal Litoral I 48 25 73
Pinhal Litoral II 80 51 131
Dão Lafões II 9 10 19
Total 536 297 833
* Não estão incluídas as consultas seguintes do ACeS Baixo Vouga I, ULS da Guarda e de
Castelo Branco.
Quadro 103 – Frequência dos utentes/caracterização dos utentes (2011)
Frequência dos utentes *
Homens Mulheres TOTAL
1 vez 130 87 217
2 vezes 66 39 105
3 vezes 36 14 50
4 vezes 20 13 33
5 vezes 21 11 32
> 5 vezes 19 10 29
TOTAL 292 174 466
* Excluindo as consultas do ACeS Baixo Vouga I, ULS da Guarda e de Castelo.
No quadro acima podemos concluir que 217 fumadores frequentaram a consulta uma
única vez, sendo 130 no sexo masculino e 87 no sexo feminino.
133
Quadro 104 – Numero total de consultas de cessação tabágica efetuadas (2005 a 2011)
ACES 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 TOTAL
Baixo Vouga I
63 28* 91
Baixo Vouga II 518 457 506 537 480 465 150 3.113
BAIXO Vouga III
127
127
Baixo Mondego I
407 484 891
Baixo Mondego II
78 132 104 75 254
643
Baixo Mondego III
7 175 182 117
481
Pinhal Interior Norte II 72 19 38 53 136
14 332
Pinhal Litoral I 116 252 --- 37 168 187 103 863
Pinhal Litoral II
192 256 221 669
Cova da Beira 398 477 549 835 545 425 301 3.530
Dão Lafões II
331 12 26 369
ULS Guarda EPE
142 368 77* 587
ULS Castelo Branco EPE
48* 48
Região Saúde Centro 1.104 1.283 1.232 1.741 2.251 2.681 1.452* 11.744
* Não estão incluídas neste quadro o total de consultas seguintes dos ACeS Baixo Vouga I, ULS da Guarda e de Castelo Branco (só estão inseridas as primeiras consultas do ano).
Quadro 105 – Número total de fumadores que frequentaram a consulta (2004 a 2011)
ACES 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 TOTAL
Baixo Vouga I 13 28 41
Baixo Vouga II 221 50 271
Baixo Vouga III 45 0 45
Baixo Mondego I 174 169 343
Baixo Mondego II 66 0 66
Baixo Mondego III 38 0 38
Pinhal Interior Norte II 8 8
Pinhal Litoral I 37 168 31 30 266
Pinhal Litoral II 151 120 96 93 131 91 120 90 892
Cova da Beira 9 398 477 549 835 550 111 112 3.041
Dão Lafões II 4 7 11
ULS Guarda EPE 111 77 188
ULS C. Branco EPE 48 48
Região Saúde Centro 160 518 573 642 1.003 809 934 619 5.258
Relativamente a anos anteriores, verificou-se uma ligeira diminuição do número de
primeiras consultas.
134
Quadro 106 número de centros de saúde com consultas de cessação tabágica (2011)
ACES Nº centros de saúde com
consulta
Baixo Vouga I 4
Baixo Vouga II 4
Baixo Vouga III 1
Baixo Mondego I 2
Baixo Mondego II 2
Baixo Mondego III 1
Pinhal Interior Norte II 1
Pinhal Litoral I 1
Pinhal Litoral II 3
Cova da Beira 1
Dão Lafões II 2
ULS Guarda EPE 1
ULS C. Branco EPE 1
Baixo Vouga I 1
Baixo Vouga II 7
Baixo Vouga III 4
Região Saúde do Centro 36
Existem 36 consultas de cessação tabágica em funcionamento na Região de Saúde
do Centro.
Grupo de trabalho prevenção e cessação tabágica da ARSC
Este grupo reúne-se periodicamente, sendo constituído pela responsável regional,
pela co-responsável regional do Departamento de Saúde Pública e Planeamento,
pelos interlocutores/responsáveis do tabagismo nos ACeS, assim como por
presidentes de conselhos clínicos.
Foram publicadas 2 newsletters, que se encontram disponíveis no site da ARSC (em
―Saúde Pública‖/‖Programas e projetos‖/‖Programa regional de prevenção do
tabagismo‖) e elaborados folhetos que foram distribuídos nos ACeS no Dia Mundial
Sem Tabaco e no Dia Nacional do Não Fumador.De referir a publicação de artigo em
jornais regionais e locais.
A Coordenação Regional do Tabagismo participou nas reuniões do Grupo de Trabalho
para a Implementação das Consultas de Cessação Tabágica da DGS, tendo
participado no VIII Congresso no EMASH – ―As instituições de saúde e o tabagismo‖ e
a ―Prevenção das recaídas‖.
Outras intervenções na comunidade
ACeS Pinhal Litoral II
Ação de sensibilização a alunos da Escola 2º e 3º ciclos D. Dinis, onde
participaram 60 alunos;
135
Ação de sensibilização no Colégio da Cruz da Areia - participaram 120 alunos
e alguns professores;
Sensibilização à população com a medição de CO e espirometria no Centro de
Saúde Dr. Gorjão Henriques.
ACeS Cova da Beira
Realizaram-seatividadesde medição do monóxido de carbono e exibição de filmesna
Escola Secundária e do 3º ciclo Quinta das Palmeiras aos alunos do ensino
secundário.
No Agrupamento de Escolas João Franco foi desenvolvida a atividade ―Coração
Franco‖ – atividades físico-desportivas e a visita de stands informativos, assim como
ações de sensibilização.
A equipa de saúde da USCP do Tortosendo desenvolveu atividades de educação para
a saúde às turmas do 7º ano e do PIEF, em que participaram 100 alunos.
No Centro de Saúde do Fundão foi realizada uma sessão clínica sobre o tem ―DPOC e
tabagismo‖.
USCP Nortonde Matos
Ação formativa ―Tabaco e a Saúde‖, na Escola Secundária do Vale das Flores
dirigida a 100 professores;
Sessão formativa Escola Livre de Tabaco com os seguintes temas: ―O tabaco e
a saúde‖, ―O tabagismo e sua prevenção‖ e ―Tabagismo na adolescência‖. Esta
sessão decorreu no auditório do Conservatório de Atividades Musicais com a
presença de alunos e professores da Escola Secundária e do Ensino Básico do
Vale das Flores, tendo contado com a participação de 300 alunos;
Sessão formativa dirigida a auxiliares de ação educativa ―Abordar o
adolescente fumador, história do tabaco, as doenças do tabagismo e
tabagismo e adolescência‖;
Sensibilização aos fumadores com o apoio do carro móvel da saúde 21, na
Escola Secundária do Vale das Flores.
Reflexão crítica
O ―investimento‖ por parte dos profissionais de saúde não foi o esperado, pois
verificou-se uma redução do número de consultas. Esta situação deveu-se ao facto de
muitos profissionais se terem aposentado, criando uma lacuna em recursos humanos.
O défice na formação nesta área é outro dos factores que urge colmatar, por forma a
garantir a efetividade deste programa de saúde pública.
136
7. Problemas ligados ao álcool
Os Problemas Ligados ao Álcool (PLA) têm vindo a assumir uma gravidade crescente
comprovada por estudos recentes que evidenciam um preocupante consumo global a
nível mundial.
Os maiores níveis de consumo correspondem taxas de mortalidade e morbilidade mais
elevadas, acidentes nos locais de trabalho e sinistralidade rodoviária. Influenciam
ainda outras situações, como o absentismo laboral, comportamentos sexuais de risco,
gravidez na adolescência e violência.
O conhecimento científico dos fatores de risco e suas consequências justifica que a
política atual em relação aos problemas ligados ao álcool deva apontar para a
necessidade de uma sensibilização ao nível da população, no sentido da redução do
consumo global e dos consumos de risco, sem perder de vista a necessidade de
intervenção específica junto de utentes com consumos nocivos e, ainda, junto dos
dependentes alcoólicos.
A identificação do consumidor de risco e nocivo em etapas precoces diminui o risco de
complicações ligadas à saúde, possibilitando que as alterações comportamentais
necessárias na abordagem e no tratamento sejam mais facilmente alcançadas e/ou
mantidas.
A rede de cuidados de saúde primários ocupa uma posição privilegiada em termos da
intervenção quanto aos problemas relacionados com o consumo de bebidas alcoólicas
no que respeita a detecção e primeira linha de intervenção.
Nessa medida, a ARSC considera fundamental o papel das unidades funcionais dos
seus ACeS (unidades de saúde pública, unidades prestadoras de cuidados diretos e
personalizados e unidades de cuidados na comunidade, entre outras), na identificação
de casos de abuso e dependência alcoólicas e na gestão, ―de base comunitária‖ dos
PLA. Tal pressupõe a articulação efetiva com outros setores da saúde e outros
sistemas sociais, mediante o estabelecimento de parcerias.
Atividades desenvolvidas
Diagnóstico da situação regional no âmbito dos PLA e identificação das
equipas de alcoologia a funcionar nos ACeS da área de influência da ARSC,
assim como dos respetivos coordenadores, consultas e carga horária;
137
Nomeação dos responsáveis/interlocutores na área de alcoologia em cada um
dos ACeS da área de influência da ARSC;
Participação na organização de uma Rede de Referenciação de Alcoologia,
baseada nas orientações do IDT Participação na elaboração do Manual da
Abordagem do PLA nos CSP, preparado no âmbito do Projeto PHEPA, que se
encontra traduzido e revisto para publicação conforme proposta apresentada
pelo Núcleo e Comportamentos Aditivos, assim como manual de bolso
simplificado;
Definição, em colaboração com o Núcleo de Comportamentos Aditivos, dos
conteúdos de duas brochuras para CSP - uma para utentes e outra para
profissionais de saúde;
Participação em reuniões com os parceiros envolvidos, quer a nível dos CSP,
quer a nível da Unidade de Alcoologia, serviços de saúde mental e IDT;
Participação no Fórum dos PLA, a nível nacional, com a presença do
Coordenador do Programa.
Avaliação
Diversos constrangimentos de índole organizacional levaram a que não fosse possível
atingir algumas das metas a que nos propusemos realizar durante o ano de 2011, que
se passam a nomear:
Reuniões com os interlocutores/responsáveis dos ACeS pelos PLA;
Uniformização de indicadores de avaliação (foram propostos pela ACSS, às
UCSP/USF, indicadores a contratualizar, nesta área);
Articulação com todos os parceiros envolvidos, o que só será possível depois
de incrementada a Rede de Referenciação Alcoológica;
Formação de profissionais de saúde que permitam a criação de novas equipas
de alcoologia.
138
8. Programa da Qualidade e Vigilância Alimentar
As doenças infeciosas veiculadas pelos alimentos continuam a ser um grave problema
de saúde pública. Apesar do número de notificações de toxinfeção alimentar coletiva
ter vindo a decrescer nos últimos anos, tal facto poderá estar relacionado com o
aumento do nível de segurança alimentar, não obstante poder dever-se a uma
diminuição da notificação destas doenças.
Partindo de uma análise documental fundamentada em estatísticas credíveis, foram
priorizadas as doenças alimentares não transmissíveis. De acordo com a OMS, as
doenças não transmissíveis transformaram-se na maior epidemia.
Isto deveu-se em parte, à rápida mudança dos estilos de vida, traduzida por uma
acentuada diminuição da atividade física, alterações da dieta e incremento do uso de
tabaco.
Dando continuidade ao proposto em anos anteriores, a atividade deste programa
baseou-se em projetos, que têm como objetivo minorar a prevalência de algumas
patologias de grande impacto na nossa população.
1.ª Estratégia
Capacitação dos profissionais dos CSP (médicos e enfermeiros) na área da nutrição
humana.
Projeto Aguarela Alimentar
Objetivo: contribuir para a prevenção e para a diminuição da prevalência da
obesidade, diabetes, neoplasias e dislipidémias.
Este projeto, com 7 anos de duração, tem vindo ao longo deste tempo a formar
médicos e enfermeiros e outros profissionais de saúde que possam estar integrados
em projetos de intervenção comunitária ou que, na sua prática diária, necessitem de
obter um reforço de competências nesta área.
Ano Cursos N.º formandos
2005 3 60
2006 10 200
2007 4 74
2010 3 60
2011 3 60
TOTAL 23 454
139
Partindo de uma lógica de multidisciplinaridade para um conhecimento mais profundo
destas matérias, foram partilhados saberes entre diversas disciplinas como a nutrição,
a psicologia, a psiquiatria e a gastronomia saudável.
Dos quatro cursos programados para 2011, foram realizados três, tendo passado um
para o ano de 2012.
2.ª Estratégia
Reforçar a organização/ harmonizar procedimentos dos serviços operativos de saúde
pública, através da criação de instrumentos de trabalho, suportes de informação e
metodologias organizacionais.
Sistema Integrado de Gestão em Segurança Alimentar (SIG-SA)
Objetivo: apoiar a organização interna dos serviços de saúde pública/área da
qualidade alimentar, tendo em vista a melhoria da eficiência dos mesmos.
De acordo com o proposto para o ano de 2011, foi disponibilizada a aplicação
informática SIG-SA® a todas as unidades de saúde pública (USP), através dos
serviços de informática da ARSC.
Foi administrada formação sobre a metodologia de utilização da referida aplicação a
50 profissionais, médicos, técnicos de saúde ambiental, nutricionistas e engenheiros,
em 3 cursos, tendo sido cumprido o objetivo proposto para o ano de 2011.
3.ª Estratégia
Intervir em equipamentos que confecionem alimentos, tendo em vista a sensibilização
dos manipuladores para as boas práticas e a vigilância de fatores considerados
perniciosos para a saúde.
ProjetoOleovitae
Objetivo de saúde: contribuir para a diminuição de algumas neoplasias que têm como
um dos fatores determinantes a ingestão de gorduras com altos teores de compostos
polares e contribuir para a diminuição da obesidade, e das doenças cardio e
cerebrovasculares.
140
Objetivos operacionais
1.º - Capacitar os manipuladores para a adequação das ementas a uma alimentação
saudável, nomeadamente no que concerne à utilização das gorduras;
2.º - Diminuir a presença de compostos polares nos óleos de fritura da restauração
colectiva e não coletiva.
Tendo como base o diagnóstico realizado pelos serviços de saúde pública da ARSC,
em que em 2 039 avaliações de óleos de fritura, foram detetados 7% de compostos
polares com valores acima do aceitável (24%) e 22% no limite máximo do aceitável
(17%-24%), partimos para a 2.ª fase do projeto.
Para a consecução desta segunda fase foram distribuídas 11 sondas de avaliação de
compostos polares pelos ACeS da Região Centro. Foi feita uma abordagem de
avaliação do projeto em duas reuniões que contaram com a presença dos
coordenadores das USP e dos coordenadores do projeto a nível dos ACeS, tendo
participado 37 profissionais.
Uma das reuniões serviu, igualmente, para inteirar os responsáveis do projeto, do
modo adequado de utilização, do equipamento distribuído.
4.ª Estratégia
Criar interações/estabelecer parcerias, com as associações científicas, indústria
alimentar, associações corporativistas, sociedade civil e os meios de comunicação,
com a finalidade de: 1) melhorar conhecimentos; 2) melhorar procedimentos; 3)
envolver vários parceiros com influência e capacidade de persuasão; 4) sensibilizar a
sociedade para problemas de saúde onde a alimentação tem um papel fundamental;
5) difundir informações de uma forma mais abrangente.
Minorsal.saude
Minorsal.saude, parte integrante da estratégia acima referenciada, é presentemente o
traço comum entre dois projetos implementados pela ARSC - o projetopão.come e o
projetosopa.come - que visam a diminuição do sal na alimentação da população da
Região Centro.
Objetivo de saúde: contribuir para a diminuição da prevalência das doenças cardio e
cérebro vasculares e neoplasias da nasofaringe/estômago.
Projetopão.come
Objectivo operacional: reduzir o sal de adição ao pão na Região Centro para valores
de 0,8g/100g de pão.
141
Este projeto, operacionalizado pelas USP dos 14 ACeS e 2 ULS da Região de Saúde
do Centro, encontra-se no seu 5º ano de implementação.
O objetivo operacional do projeto desenhado em 2006, implicava o terminus da
implementação do mesmo no ano de 2011. Constrangimentos decorrentes de falta de
recursos humanos em alguns dos ACeS que integram a ARSC levaram ao não
cumprimento dos objetivos estipulados inicialmente.
No quadro abaixo encontram-se expressos por distrito o número de concelhos
envolvidos no projeto pão.come da Região Centro. O projeto foi implementado ainda
em mais oito concelhos que atualmente pertencem à ARS Norte e à ARSLVT,
perfazendo 75 concelhos.
Quadro 107–Projetopão.come
DISTRITOS CONCELHOS CONCELHOS ENVOLVIDOS
%
Aveiro 13 9 69%
Castelo Branco
12 7 58%
Coimbra 17 17 100%
Guarda 12 12 100%
Leiria 10 10 100%
Viseu 13 12 92%
Região Centro
77 67 87%
Gráfico 32 - Contributo percentual dos distritos nas taxas de cobertura regionais
Das mais de 1 000 padarias aderentes ao pão.come, no ano de 2011 foram
intervencionadas 630 a nível regional. Tendo em consideração o facto do projeto se
encontrar em fases diferentes a nível regional, houve um distrito (Aveiro) que tendo
concluído o processo de implementação em 2010 com grande êxito, tanto pelo número
de padarias envolvidas como pelos valores médios de NaCl encontrados em 100g de
pão, não fez avaliação analítica em 2011, iniciando a monitorização no ano de 2012.
O referido no parágrafo anterior ocorreu em alguns concelhos de outros distritos.
Assim, os valores apresentados na tabela que se segue não correspondem a uma
diminuição da atividade do processo de monitorização, mas sim a uma racionalização
da mesma, tendo em conta a evolução de todo o projeto.
13,5
9,8
24
9,2
16,8
10,6
0
5
10
15
20
25
30
Aveiro C.Branco Coimbra Guarda Leiria Viseu
142
Distritos Padarias
intervencionadas 2011
Análises Médias
distritais
Aveiro
C. Branco 31 38 0,86
Coimbra 177 202 1,02
Guarda 112 356 0,88
Leiria 210 221 0,89
Viseu 100 147 0,82
Região Centro 630 964
Sublinhamos o facto do valor legal de NaCl/100g de pão, conforme o estipulado no
Decreto-Leinº 75/2009 de 12 de Agosto, ser de 1,4g, pelo que os resultados agora
verificados apresentarem uma diferença expressiva, traduzindo o envolvimento e
entusiasmo de todos os profissionais de Saúde Pública envolvidos, assim como a
coragem da indústria da panificação e a sua vontade de participação nesta
intervenção de promoção da saúde.
Projetosopa.come
Objetivo operacional: reduzir o sal de adição à sopa na Região Centro para valores de
0,2g/100g de sopa.
Este projeto, com dois anos de duração, está ser desenvolvido de uma forma
experimental apenas em dois distritos da região. Embora estivesse previsto o seu
alargamento faseado a toda a Região Centro, tal objetivo não foi atingido devido a
constrangimentos técnicos.
Quadro 108 - Projetosopa.come 2010/2011
Distritos Concelhos envolvidos
Estabelecimentos envolvidos
Análises realizadas
Coimbra 17 698 836
Guarda 12 227 394
Região Centro 29 925 1230
Não obstante a prioridade neste projeto tenha sido dada à restauração coletiva, em 11
concelhos do distrito de Coimbra foi aplicado à restauração não coletiva, tendo sido
avaliados 271 restaurantes.
A avaliação dos teores de sal nas sopas não consta deste relatório de atividades,
perspectivando-se a sua abordagem detalhada no relatório do projetosopa.come.
Além da avaliação dos projetos atrás referenciada, que espelha o trabalho das USP,
dos seis laboratórios da rede da ARSC e do PQVA, foi elaborado um conjunto de
documentos estruturantes para os novos projetos a incluir no Plano de Atividades de
2012.
143
9. Programa de promoção da saúde em meio escolar
Programa nacional de promoção da saúde oral (PNSO)/
contratualização
O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO) corresponde a uma
estratégia global de intervenção assente na promoção da saúde/prevenção primordial
e prevenção primária e secundária da cárie dentária.
A promoção da saúde e prevenção da doença são assegurados pelas equipas de
saúde escolar com o suporte da intervenção curativa, operacionalizada
essencialmente através da contratualização.
A nível regional, aderiram ao PNSO 573 médicos (1/5 do total nacional de médicos
aderentes), correspondentes a 783 locais de prestação de cuidados (de um total
nacional de 4560 locais).
O PNPSO inclui os seguintes 5 projetos:
Saúde oral crianças e jovens (SOCJ) - permite prestar cuidados médico-
dentários às coortes dos 7, 10 e 13 anos (crianças escolarizadas) integradas
em programa de saúde oral e que desenvolvem cárie dentária.
Saúde oral em saúde infantil (SOSI) - destinado a crianças com idade até aos 6
anos que apresentam situações de cárie dentária de considerável gravidade,
avaliadas pelo médico de família.
Saúde oral na gravidez (SOG) - destinado a grávidas seguidas no SNS.
Saúde oral nas pessoas idosas (SOPI) - destinados a beneficiários do
complemento solidário para idosos.
Saúde oral em utentes com VIH - destinados a utentes com o vírus VIH e
portadores da SIDA.
144
Aderiram ao programa 573 prestadores de cuidados médico-dentários, distribuidos por
toda a Região Centro, correspondendo a 783 locais de prestação de cuidados.
Na Saúde Oral na Saúde Infantil foram abrangidas 4445 crianças com emissão de
cheque dentista pelos médicos de família, tendo 63% das crianças utilizado esses
cheques (taxa de utilização).
Gráfico 33 - Saúde Oral na Saúde Infantil (SOSI)
Na Saúde Oral Crianças e Jovens (coortes 7, 10 e 13 anos), foram abrangidas 44729
crianças com emissão do respetivo cheque dentista pelas equipas de saúde escolar,
tendo 57% das crianças utilizado esses cheques.
Gráfico 34 - Saúde Oral Crianças e Jovens (SOCJ)
Gráfico 35 - Saúde Oral Crianças e Jovens – avaliação por coortes dos 7, 10 e 13 anos
4445
2783
0
1000
2000
3000
4000
5000
Cheques emitidos Cheques utilizados
Taxa execução: 63%
44729
25565
0
10000
20000
30000
40000
50000
Cheques emitidos Cheques utilizados
Taxa execução: 57%
12677
15933 16119
8120 8335 9110
7 anos 10 anos 13 anos
Cheques emitidos Cheques utilizados
145
Também neste projecto foram abrangidas mais 5187 crianças por referenciações para
consultas de saúde oral prestadas pelos higienistas orais dos centros de saúde, tendo
56% dessas crianças utilizado as respectivas referenciações.
Gráfico 36 - Referenciação Higienista Oral
Na continuidade daSaúde Oral de Crianças e Jovens com idades intermédias surge o
projecto SOCJi (idades intermédias), com 802 crianças abrangidas com emissão de
cheque dentista pelos médicos de família, tendo 68% das crianças utilizado esses
cheques.
Gráfico 37 - Saúde Oral de Crianças e Jovens com idades intermédias (SOCJ)
NaSaúde Oral na Gravidez foram abrangidas 5927 grávidas que frequentam o SNS
com emissão de cheque dentista pelos médicos de família, tendo sido utilizados 59%
desses cheques.
Gráfico 38 - Saúde Oral na Gravidez (SOG)
5187
2907
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
Ref. Emitidas Ref. Utilizadas
Taxa execução: 56%
802
542
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Cheques emitidos Cheques utilizados
Taxa execução: 68%
5927
3498
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
Cheques emitidos Cheques utilizados
Taxa execução: 59%
146
NaSaúde Oral nas pessoas idosas foram abrangidos 985 idosos beneficiários do
complemento solidário para idosos, com emissão de cheques dentistas pelos médicos
de família, tendo sido utilizados 82% desses cheques.
Gráfico 39 - Saúde Oral nas pessoas idosas (SOPI)
No VIH/SIDA foram abrangidos 18 utentes portadores do vírus VIH com emissão de
cheques dentistas pelos médicos de família, tendo sido utilizados 89% desses
cheques.
Gráfico 40 - Saúde Oral em utentes com VIH
Resumo:
Assim, verificou-se que durante o ano de 2011 as taxas de execução aumentaram nos
grupos etários mais jovens (SOSI, SOCJ, SOCJi) e diminuíram nos grupos dos
adultos (SOG e SOPI). Estes dados foram obtidos diretamente da aplicação
informática SISO, que monitoriza os 5 projetos.
985
813
0
200
400
600
800
1000
1200
Cheques emitidos Cheques utilizados
Taxa execução: 82%
18
16
15
15,5
16
16,5
17
17,5
18
18,5
Cheques emitidos Cheques utilizados
Taxa execução: 89%
147
Programa Nacional de Saúde Escolar
O Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE) assenta na execução sistemática de
um conjunto de atividades organizadas, que contemplam uma intervenção integrada
em quatro áreas: a saúde individual e coletiva, a inclusão escolar, o ambiente e os
estilos de vida.
Para estas áreas de intervenção prioritárias foram definidos indicadores, que nos
permitiram evidenciar mudanças numa realidade que se pretende modificar.
Assim, a avaliação é feita anualmente e os dados recolhidos são transcritos para
suportes de informação normalizados, preenchidos ao nível local, remetidos à ARSC
e, por este instituto público, compilados, processados e analisados a fim se serem
enviados à DGS.
A intervenção da saúde em contexto escolar incide frequentemente sobre problemas
multifatoriais, decorrentes de uma população-alvo muito heterogénea, com contextos e
realidades muito variáveis. Os profissionais que trabalham em saúde escolar
direcionam a sua intervenção dando resposta às necessidades, reais e sentidas, da
comunidade educativa.
A população-alvo do Programa de Saúde Escolar são alunos, professores, educadores
de infância, auxiliar de ação educativo e pais – constituindo aquilo a que
genericamente se designa por Comunidade Educativa. Os projetos específicos nesta
área são uma estratégia para combater, de forma participada, alguns dos problemas
de saúde.
Com a evolução e consolidação da reorganização dos cuidados de saúde primários –
apesar de alguns constrangimentos, ainda existentes –, verifica-se que as equipas de
saúde escolar se encontram numa fase de maior estabilidade com reflexos positivos
nos indicadores do programa.
Seja qual for a realidade vivenciada, torna-se cada vez mais necessário definir e
sedimentar estratégias regionais de ação pertinentes neste domínio, com a
cooperação de todos os parceiros internos e externos envolvidos, definindo
metodologias de trabalho/articulação entre unidades e a afetação de recursos, tendo
em vista melhorar os indicadores do PNSE.
148
Indicadores de produção e taxas de execução
Quadro 109 - Monitorização dos indicadores de execução em saúde escolar (2011)
INDICADOR META (%) Avaliação
1. Agrupamentos de centros de saúde que desenvolvem atividades no âmbito do PNSE
100 100
2. Taxa de cobertura, por saúde escolar, a escolas do ensino pré-escolar 87 87
3. Taxa de cobertura, por saúde escolar, a escolas do 1º ciclo do ensino básico 86 95
4. Taxa de cobertura, por saúde escolar, a escolas do 2º e 3º ciclos do ensino básico e secundário
89 98
5. Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do ensino pré-escolar 70 82
6. Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do 1º ciclo do ensino básico 82 88
7. Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do 2º ciclo do ensino básico 83 67
8. Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do 3º ciclo do ensino básico 65 64
9. Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do ensino secundário 61 53
10. Taxa de cobertura, pelo Programa Básico de Saúde Oral, a alunos do ensino pré-escolar
37 53
11. Taxa de cobertura pelo, Programa Básico de Saúde Oral, a alunos do 1º ciclo do ensino básico
56 69
12. Taxa de cobertura, dos alunos com 6 anos, por exames globais de saúde (EGS)
69 73
13. Taxa de cobertura vacinal dos alunos com 6 anos 73 96
14. Taxa de cobertura, dos alunos com 13 anos, por EGS 57 42
15. Taxa de cobertura vacinal dos alunos com 13 anos 92 90
No ano letivo de 2010/2011 todos os ACeS/ULS da Região Centro desenvolveram
atividades de saúde escolar.
Verificou-se um aumento no número de escolas e de alunos abrangidos por atividades
de saúde escolar. Assim 93% das escolas foram abrangidas, bem como 82% dos
alunos do ensino pré-escolar, 88% dos alunos do 1º ciclo, 67% dos alunos do 2º ciclo,
64% dos alunos do 3º ciclo do ensino básico e 53% dos alunos do ensino secundário,
tiveram oportunidade de participar nas ações desenvolvidas.
Das 2105 crianças com necessidades de saúde especiais (NSE) detetadas no âmbito
deste programa (nomeadamente casos de défice visual, auditivo, doença crónica ou
outro), foi possível o encaminhamento de cerca de 93% destas crianças, tendo ficado
tratadas ou em tratamento cerca de 75% das crianças encaminhadas.
149
Cerca de 44% das escolas têm Programa de Prevenção de Acidentes e foram
monitorizados cerca de 5 769 acidentes, dos quais em 89% dos casos houve recurso
aos serviços de saúde para tratamento.
As equipas de saúde escolar (SE) apoiaram/desenvolveram projetos específicos de
promoção da saúde, abrangendo alunos de todos os graus de ensino em áreas
diversas como: vida ativa saudável (36 227 alunos), educação alimentar (51 323
alunos), educação sexual (37 333 alunos), relações interpessoais (6 761 alunos),
cidadania (7 825 alunos), absentismo escolar (3 050 alunos), consumos nocivos
(27 285 alunos), prevenção da violência (9 493 alunos) e outras temáticas (18 221
alunos), tendo sido realizadas parcerias com associações de pais e de alunos, CPCJ,
RSI, autarquias, IPJ, IDT, APF e outras.
No âmbito das orientações nº 9 e nº 10 de 14/10/2010 da DGS, as USP
acompanharam e apoiaram 983 escolas. Das atividades de execução corrente, a
realização dos exames de saúde global (ESG) mantiveram-se em 73% aos 6 anos,
havendo uma diminuição aos 13 anos para 42%.
O Programa Básico de Saúde Oral foi desenvolvido por 53% dos alunos do pré-
escolar e 69% do 1º ciclo.
A avaliação das condições de segurança, higiene e saúde das escolas é um aspeto a
melhorar, tendo a DGS, em articulação com as coordenações das ARS, criado um
grupo de trabalho para propor as alterações ao suporte informático existente.
Projetos intersetoriais de âmbito regional
Projeto+ Contig- “Prevenção do suicídio em contexto escolar”
O Plano Nacional de Saúde Mental (2008) elege como um dos seus quatro objetivos
um programa de prevenção da depressão e suicídio.
A nível da Região Centro, as taxas de suicídio têm sido ligeiramente mais baixas que
os dados nacionais (7,8/100 000 em 2006); contudo, se analisarmos os dados
disponíveis para os comportamentos para-suicidários verificamos que,
comparativamente com os dados do estudo multicêntrico do para-suicídio (OMS),
Coimbra ocupa os lugares cimeiros, particularmente em jovens do sexo feminino
(Schmidtkeetal., 1994; Saraiva, 1996). Dados que, apesar da data, se manterão
150
atuais, a crer no atendimento registado nos serviços de urgência e na Consulta de
Prevenção do Suicídio dos HUC/CHUC que apontam para cerca de dois casos em
média/dia.
O Programa Nacional de Saúde Escolar (2004-2010) apresenta a Saúde Mental como
área prioritária de intervenção para a promoção de estilos de vida saudáveis,
salientando projetos que promovam o desenvolvimento de competências pessoais e
sociais, aumento da resiliência, promoção da auto-estima e prevenção de
comportamentos de risco.
A escola aparece como centro promotor de saúde mental quando associada à sua
função educacional, uma educação para as emoções sociais e habilidades para a vida
(Social EmotionalLearning e Skills for Life). A inclusão de toda a comunidade
educativa (pessoal docente e não docente) nas estratégias definidas e a continuidade
das intervenções otimizam os resultados alcançados a curto e médio prazo,
nomeadamente aprendizagem ou melhoria de competências sociais, atitudes positivas
em relação a si e aos outros, redução de comportamento antissocial, prevenção ou
identificação precoce de doença mental, melhoria dos resultados escolares.
População-alvo:
Alunos do 3º ciclo básico e ensino secundário que frequentam os estabelecimentos de
ensino da Região Centro.
Objetivos gerais:
Promover a saúde mental e bem-estar nos alunos do 3º ciclo e secundário;
Prevenir comportamentos autodestrutivos;
Prevenir o suicídio;
Combater o estigma em saúde mental;
Criar uma rede de atendimento de saúde mental.
151
O desenvolvimento do projeto foi planeado em 5 fases:
1ª Fase Formação+ Contigo para técnicos de saúde
2ª Fase
Deslocação da equipa aos agrupamentos de escolas que vão implementar projeto+ Contigo
Momento formativo dirigido à comunidade educativa
Sensibilização junto dos encarregados de educação
Elaboração projeto local + Contigo (saúde e educação)
Envio do projeto local para a Equipa Regional + Contigo
Equipa regional + Contigo fornece CD com material de apoio à implementação local
3ª Fase
Internamente, o agrupamento de escolas aciona mecanismos necessários à recolha de dados para avaliação do projeto, de acordo com a prática da escola
1º momento com os alunos: diagnóstico de situação - aplicação dos questionários (45 min)
4ª Fase
2º, 3º e 4º momento com os alunos - Realização das intervenções em sala de aula (45m cada intervenção)
5º momento com os alunos - 1ª Avaliação das intervenções realizadas - aplicação dos questionários
6º momento com os alunos - 2ª Avaliação - aplicação dos questionários
Sinalização e encaminhamento dos casos identificados para Equipa de saúde local + Contigo (sempre com o envolvimento do encarregado de educação do aluno) que articula com equipa de saúde do jovem (USF ou UCSP)
Casos graves que necessitam de acompanhamento especializado podem ser encaminhados para consulta de prevenção do suicídio dos HUC (existe protocolo de articulação estabelecido)
5ª Fase
Avaliação do projeto de acordo com o planeado pela equipa regional + Contigo (DSPP) -1º momento início do ano letivo- diagnóstico, 2ºmomento Fevereiro e 3º momento final do ano letivo
Outras atividades da iniciativa das equipas locais+ Contigo
Realização de Encontro + Contigo - momento de partilha entre todas equipas + Contigo com apresentação dos resultados e partilha de experiências
152
Atividades desenvolvidas no âmbito do PNSE durante o ano 2011:
Foram elaborados materiais de apoio à implementação do projeto (fluxograma,
encaminhamento de casos, formulário de adesão ao projeto e CD a distribuir pelas
equipas - material a utilizar pelas equipas locais nas intervenções).
Decorreram duas formações destinadas aos interlocutores das USP e às equipas de
saúde escolar que tinham condições para aderir ao projeto, num total de 45
profissionais de saúdeoriundos de 13 ACeS da região (1º e 2º cursos).
Foram realizadas reuniões formativas/informativas em todos os agrupamentos de
escolas onde está a ser implementado o projeto. A comunidade educativa abrangida
por estas ações correspondeu a um total de 228 professores e auxiliares e 153
encarregados de educação e o número total de alunos em projeto é de 1 301.
A equipa regional colaborou com as equipas locais no acompanhamento e
encaminhamento de 7 casos identificados pelas equipas locais (1º período letivo) e
para os quais foi solicitada ajuda/encaminhamento.
Programa 5 ao dia – faz crescer com energia
O programa 5 ao Dia iniciou a sua atividade na Região Centro no ano de 2009 - ano
em que foi assinado o respetivo protocolo entre o MAC e a ARSC.
Desde essa data o DSPP da ARSC tem participado no desenvolvimento deste
programa, que tem como objetivo promover o consumo diário de, pelo menos, 5
porções de fruta e hortícolas, visando uma alimentação saudável e a prevenção das
doenças crónicas associadas aos maus hábitos alimentares.
Os destinatários do programa são as escolas em geral, professores e crianças/jovens
em idade escolar entre os 7 e os 12 anos. Não obstante, estiveram também envolvidas
nas atividades crianças dos jardins-de-infância e 3º ciclo.
No ano letivo 2010-2011 participaram nas atividades5 ao Dia um total de 851 alunos e
de 59 professores. De referir que o número de alunos e professores abrangidos quase
duplicou em relação ao ano de 2009-2010.
A programação, desenvolvimento e avaliação deste tipo de atividades resultam de um
trabalho de cooperação e parceria entre todos os seus executores, quer tenham a sua
génese na escola, saúde ou outros. A estimulação de parcerias é uma estratégia que
reforça a obtenção de ganhos em saúde.
153
10. Programa de Saúde Ocupacional
A saúde ocupacional tem como finalidades a prevenção dos riscos profissionais e a
promoção da saúde dos trabalhadores.
A qualidade de vida no trabalho, conducente à realização pessoal e profissional, tem
de se inserir numa matriz de desenvolvimento que integra como pilar fundamental as
adequadas condições de segurança e saúde nos locais de trabalho.
As atividades deste programa englobam uma dupla vertente:
Interna, de prestação de cuidados com o objetivo de proteção e promoção da
saúde dos trabalhadores que desempenham funções nos estabelecimentos da
área de influência da ARSC, independentemente do vínculo e contrato laboral,
bem como de apoio técnico em conformidade às unidades de saúde pública;
Externa, de representação da DGS no processo de licenciamento e auditoria de
―Serviços Externos de Segurança e Saúde no Trabalho”, de acordo com a
legislação aplicável.
Atividades desenvolvidas em 2011:
Vigilância e Promoção da Saúde dos trabalhadores que desempenham funções nos
estabelecimentos da área de influência da ARSC:
Atividades de Saúde no Trabalho Número
۰ Exames médicos de Saúde no Trabalho: 184
- Iniciais e Periódicos 146
- Ocasionais (a pedido do trabalhador e do serviço) 38
۰ Avaliações de enfermagem 184
۰ Ações de sensibilização, informação e formação sobre riscos profissionais e medidas preventivas
184
۰ Exames complementares:
- Electrocardiogramas 178
- Rastreios da visão (Titmus) 178
- Analises clínicas 102
۰ Vacinação contra a gripe sazonal 43
۰ Processos de licenciamento de empresas prestadoras de ―Serviços Externos de Saúde no Trabalho‖, na área
de influência da ARSC: vistorias a 22 empresas.
154
Avaliação final sumária:
No âmbito da vigilância e promoção da saúde dos trabalhadores da ARSC, pese
embora a carência de recursos humanos na área médica do trabalho, poderia ter sido
efetuada a vigilância a um maior número de trabalhadores, se não se tivessem
verificado alguns constrangimentos logísticos.
O responsável deste programa,sediado no Departamento de Saúde Pública e
Planeamento:
Integrou na DGS a Comissão Técnica de acompanhamento do Programa
Nacional de Saúde Ocupacional em representação da ARSC;
Colaborou com a Autoridade das Condições de Trabalho na realização das
vistorias de licenciamento e auditorias conjuntas aos ―Serviços Externos de
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho‖, de acordo com a legislação
aplicável.
11. Programa de Gestão Ambiental
O Programa de Gestão Ambiental da ARSC pretende estabelecer orientações que
viabilizem a gestão sustentável de instalações e serviços harmonizando as guidelines
internacionais e o enquadramento legislativo nacional, otimizando os recursos
disponíveis, para a melhoria contínua da prestação de cuidados de saúde, quer para a
população quer para o ambiente, assegurando a qualidade e a eficiência do seu
funcionamento. Nesta medida, trata-se de uma área privilegiada em matéria de saúde
ambiental.
O conhecimento das condições existentes, bem como dos meios disponíveis para a
otimização das intervenções a desenvolver em saúde ambiental são fundamentais
para a prossecução de programas, e execução dos projetos anteriormente iniciados.
Por força das estratégias estabelecidas a nível comunitário para a área da saúde,
foram estabelecidas novas metas e desenvolvidos novos projetos que vieram reforçar
os objetivos anteriormente estabelecidos neste programa - nomeadamente a gestão
ambiental, qualidade e monitorização dos determinantes ambientais e
sustentabilidade:
155
Projeto de qualidade ambiental – engloba todos os projetos relacionados com a
intervenção em matéria de determinantes ambientais da saúde. Salienta-se o projeto
de qualidade do ar, tendo passado a enquadrar o projeto decorrente do Plano
Estratégico do Baixo Carbono e da Ecoeficiência na Administração Pública, que tem
como principal meta a adequação de um plano de gestão ambiental e de
sustentabilidade das unidades prestadoras de cuidados de saúde;
Projeto de resíduos hospitalares – consiste na implementação da organização no
SIRAPA (Sistema Integrado de Registo de Resíduos da Agência Portuguesa do
Ambiente) e, complementarmente, a implementação da gestão de resíduos na função
pública;
Projeto de prevenção de doenças e riscos decorrentes de factores ambientais de
desenvolvimento ou transmissão – Projeto Data Dose Med2.
Atividades previstas e atividades desenvolvidas em 2011
De forma a colmatar algumas limitações decorrentes das especificidades e majorando
as capacidades efetivas foram utilizadas medidas de acompanhamento e
harmonização, de acordo com as metas estabelecidas no Plano de Ação,
designadamente:
Reuniões conjuntas realizadas no DSPP com todos os ACeS (com
periodicidade trimestral), para acompanhamento dos programas e avaliação da
implementação;
Ações de formação realizadas nos ACeS, solicitadas pelas USP (Planos de
Segurança da Água/PSA, SIRAPA e Prevenção da Legionellapneumophilae);
Plano de formação da ARSC/POPH (amianto, SIRAPA e prevenção da
Legionellapneumophilae).
Tendo sido dada continuidade aos projetos estabelecidos, a avaliação foi a seguinte:
1 - Projeto de qualidade do ar
Foi efetuada a atualização das fontes de emissão, e devido à especificidade da
monitorização, de acordo com o Decreto-Lei nº 78/2004, foi iniciada a preparação do
plano de monitorização trienal - a executar em 2012.
156
Indicadores
Programa de Gestão Ambiental
Quadro 110 - Monitorização das emissões gasosas, DL 78/2004
ACeS Localização dasfontes
de emissão
Combustívelda
caldeira Nº caldeiras Nºchaminés
Cumprimento dos VLE (valores
limite de emissão)
Parecer CCDRC
Totalidade Centros de saúde
Gás Natural
Gás
Gás/Gasóleo
55 (+2) 40(+2) Monitorização trienal aefetuar
em 2012
2 - Plano Estratégico do Baixo Carbono e da Ecoeficiência
A Resolução do Conselho de Ministros nº 93/2010 de 26 de novembro determinou a
elaboração do RoteiroNacional de Baixo Carbono 2020 (RNBC 2020) para o período
até 2020, com base numa previsão global doscenários de evolução das emissões
nacionais de gases com efeito de estufa para os horizontes de 2030 e 2050, bem
como o estabelecimento das políticas a prosseguir e metas nacionais a alcançar
emtermos de emissões de gases com efeito de estufa, quepermitam a redução de
custos, o aumento da eficiência energética e a estimulação da política do baixo
carbono em todas as vertentes do SNS (compras — optimização de recursos; energia
— eficiência energética; operações — eficiência operacional; resíduos — reciclagem e
valorização; água — otimização e reutilização; transportes — mobilidade sustentável;
doentes — eficiência de produção). Foi, igualmente, estabelecida a elaboração de
planos setoriais de baixo carbono, para cada ministério.
Assim, em 22 de dezembro de 2010 foi divulgado o Plano Estratégico de Baixo
Carbono (PEBC) para o SNS, cujos objetivos são a redução de emissões, a redução
de custos, o aumento da qualidade de serviço e a criação de boas práticas, tendo o
Despacho nº 1729/2011 de 21 de janeiro, do Gabinete do Secretário de Estado da
Saúde, vindo definir a articulação da implementação do processo.
A ACSS definiu, em conjunto com as ARS, a estratégia de implementação do Plano
Estratégico de Baixo Carbono.
As ARS coordenarão e acompanharão o Plano Estratégico de Baixo Carbono e o
Programa de Eficiência Energética na Administração Pública (Eco.AP), traduzindo-se
na articulação com osACeS e os hospitais, no sentido de serem atingidas as metas
estabelecidas para o SNS. Para tal, foram nomeados os responsáveis pela
157
implementação do programa em todas as unidades de prestação de cuidados de
saúde abrangidas.
Indicadores
Nesse sentido foi iniciado o levantamento da situação existente na Região Centro,
direcionado para os dados do inquérito, cujas áreas de incidência foram:
Consumos e custos anuais (2008 a 2011)
Energia; Resíduos; Água e Águas Residuais; Monitorização das Emissões Gasosas.
Parâmetros de qualidade de Gestão Ambiental
Energia; Água e Águas Residuais; Resíduos; Monitorização de Emissões Gasosas;
Compras (cumprimento da legislação referente a compras ecológicas).
Foram remetidos os inquéritos, tendo sido estabelecido prazo para a devolução, o qual
não foi cumprido, estando ainda em curso a recolha de informação, de acordo com:
ACeS ULS HOSPITAIS
Edifícios Lab. Saúde CDP
ARSC Pública
Inquéritos enviados 14 2 18 5 4 4
Inquéritos respondidos/incompletos
10-Fev 1 12-Jan 0 2 0
Inquéritos não respondidos 4 1 6 5 2 4
A dificuldade na obtenção dos dados necessários constitui um indicador de fragilidade
na perspectiva da sustentabilidade e da ecoeficiência.
Durante o ano de 2012 será efetuada a análise dos dados e definidos os pontos
críticos do sistema para implementação de medidas de redução das emissões de
carbono equivalentes.
3 - Resíduos hospitalares – a implementação da organização no SIRAPA e a
implementação da gestão de resíduos na função pública.
Projeto de resíduos hospitalares
Durante o ano de 2011 foi efectuada a desativação dos centros de saúde transitados
158
para as outras ARS (desagregados ao nível do concelho), conforme havia sido
solicitado à Agência Portuguesa do Ambiente.
Consideram-se como estabelecimentos da Organização, para além dos centros de
saúde, os laboratórios de Saúde Pública e os centros de diagnóstico pneumológico,
correspondendo a um total de 71 estabelecimentos registados.
Indicadores
No ano de 2011 foi completado o processo de atualização da Organização ARSC no
SIRAPA, a qual estava pendente da intervenção da APA.Dos 71 registos efetuados
apenas 8 estão incompletos, em resultado de algumas dificuldades na introdução de
passwords e submissão de dados, que carece da intervenção concertada com a APA.
O pagamento de Documentos Únicos de Cobrança (DUC) encontra-se regularizado e
o procedimento segue uma tramitação bem definida, estando a ARSC em
cumprimento da legislação aplicável.
Está a ser de novo implementada e atualizada a metodologia de Gestão de Resíduos
Hospitalares.
4 - Projeto Dose DataMed2 Portugal (DDM2) – avaliação da exposição da
população portuguesa a radiações ionizantes devido a exames médicos de
radiodiagnóstico e medicina nuclear.
Na sequência do trabalho desenvolvido em matéria de radiações não ionizantes e
ionizantes, foi iniciada a intervenção num novo projeto (DDM2) coordenado pelo
Instituto Tecnológico e Nuclear (ITN) e promovido pela Comissão Europeia (Radiation
Protection 154).
Este projeto tem como objetivo a avaliação da exposição da população devido a
exames médicos de radiodiagnóstico e medicina nuclear, nos países da União
Europeia - de acordo com a metodologia estabelecida pela Comissão Europeia
“EuropeanGuidelinesonEstimatingPopulation Doses from Medical X-RayProcedures”.
O estudo reportou-se a uma lista dos 20 exames mais frequentes, denominados Top
20:
159
Foi efetuada a recolha do número de exames associados à ARSC, tendo sido
calculada a dose de radiação para cálculo da exposição grupo de trabalho constituído
por várias entidades, garantido a apresentação de dados com cobertura nacional.
O trabalho foi concluído no prazo previsto e remetido à Comissão Europeia, Projeto
DDM2, em novembro de 2011, seguindo-se a apresentação pública nacional em 2012.
Área de Laboratórios de Saúde Pública
A existência de laboratórios de saúde pública (LSP) tem-se revelado essencial na
obtenção de ganhos em saúde através da prestação de serviços analíticos destinados
a apoiar a investigação epidemiológica, a implementação de programas de saúde e o
planeamento em saúde - sobretudo no âmbito da prevenção da doença e da proteção
e promoção da saúde.
Os LSP são também fundamentais para gerar evidência e conhecimento necessários
à avaliação e gestão de riscos para a saúde e à fundamentação da tomada de decisão
no âmbito da intervenção das autoridades de saúde.
A exigência, cada vez maior, de qualidade técnica e científica no desempenho dos
profissionais de saúde, implica necessariamente o crescente recurso ao apoio
laboratorial, exigindo uma maior capacitação e qualidade de serviços prestados. No
âmbito da qualidade é de realçar que os LSP iniciaram em 2010 um processo de
160
preparação para a acreditação que, previsivelmente, culminará com uma candidatura
ao IPAC ainda durante o primeiro semestre de 2012.
Atualmente os LSP vive mmomentos de alguns constrangimentos: a instabilidade e
escassez de recursos humanos e a falta de normalidade na aquisição de materiais
reagentes, são alguns desses constrangimentos que colidem com os critérios exigidos
para a acreditação e o funcionamento com qualidade dos laboratórios.
Laboratórios de Saúde Pública da ARSC
Na área geográfica da ARSC situam-se 6 laboratórios de Saúde Pública: Aveiro,
Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu.
Os LSP situados em Aveiro, Coimbra, Leiria e Viseu constituem-se como unidades
orgânicas de uma única unidade laboratorial funcional da ARSC. Os LSP de Guarda
(que acreditou vários ensaios em 2011) e de Castelo Branco integram,
respetivamente, a ULS da Guarda e a ULS de Castelo Branco, possuindo autonomia
própria e, por isso, não sendo objeto de análise neste relatório.
Mantêm, no entanto, a potencialidade de se articularem em rede com os 4 laboratórios
dirigidos pelo DSPP da ARSC, mediante protocolos ou outro tipo de acordos.
Atividades desenvolvidas em 2011
Organização
Realização de 7 reuniões entre responsáveis de LSP;
Realização de 6 reuniões com a UAG/ARSC para articulação;
Realização de 3 reuniões entre técnicos dos LSP para uniformização de grelhas
de reagentes e materiais;
Participação em concursos para aquisição de reagentes e materiais;
Realização de 3 reuniões com as empresas envolvidas no processo de
acreditação;
Participação no grupo de trabalho nacional para a elaboração de um documento
com propostas sobre o desenvolvimento dos LSP;
Coordenação da articulação inter-laboratorial para a prestação de serviços aos
serviços de saúde pública da ARSC;
Elaboração de documento com enquadramento legal dos LSP;
Elaboração do orçamento previsional para 2012.
161
Qualidade
Participação em programas internos e externos de controlo da qualidade;
Acompanhamento e implementação, por parte dos LSP, do contrato com as
empresas envolvidas no Projeto de Acreditação dos LSP (que incluiu um trabalho
intensivo de formação e treino sobre qualidade, acreditação, organização e gestão
laboratorial e analítica).
Áreas, programas e projetos
Para além da área dos determinantes ambientais da saúde, os LSP desenvolvem
atividades noutros âmbitos. Se adicionarmos a especificidade de cada um dos LSP,
poderemos considerar que, globalmente, os LSP desenvolvem atividade nas seguintes
áreas:
Programas de Vigilância Sanitária da Qualidade da Água: água de consumo
humano, águas balneares, água de piscinas e parques aquáticos, águas minerais
naturais e de nascente e estabelecimentos termais;
Programa de Monitorização de Cianobactérias em Águas Superficiais;
Programa de Prevenção da Doença dos Legionários;
Prevenção de Doenças Cardiovasculares: Projetopão.come; projeto de redução do
sal na sopa; projeto de redução do sal no prato/ alimentos;
Programa de Vigilância da Qualidade Alimentar;
Apoio a agrupamentos de centros de saúde;
Apoio ao CAD de Leiria (administrativo e técnico com a realização dos testes);
Rastreio do cancro do cólon e reto;
Rastreio de hepatites B, C e HIV (parceria com estabelecimentos prisionais);
Colaboração no protocolo de rastreio e prevenção do estreptococo B hemolítico,
grupo B;
Apoio analítico no âmbito do controlo da infeção;
Apoio ao Centro de Diagnóstico Pneumológico e realização de testes
IGRA/Tuberculose;
Apoio ao diagnóstico da Doença de Hansen;
162
Colaboração em investigações epidemiológicas na comunidade: toxinfeções
alimentares coletivas, doença dos Legionários, etc.;
Colaboração na formação profissional: em estágios curriculares no âmbito da
Licenciatura de Análises Clínicas e Saúde Pública de diversas escolas superiores
de Saúde; estágios de médicos internos do ano comum;
Colaboração com a Universidade de Aveiro em estágios de Mestrado sobre
análises de águas e alimentos, dos quais surgiram 2 trabalhos nesta áreas,
transformados em artigos que aguardam aprovação para publicação em revista de
circulação internacional;
Assessoria técnica e científica aos profissionais de saúde em assuntos da área
laboratorial.
Produção laboratorial
Quadro 111 - Nº de amostras processadas nos 4 LSP em 2011
Descrição Aveiro Coimbra Leiria Viseu Total
Microbiologia de Águas 2.216 1.903 2.493 4.054 10.666
Microbiologia de Alimentos 981 695 1.676
Química de Águas 1.060 395 1.017 286 2.758
Análises relacionadas c/ cianobactérias 16 16
Análises relacionadas c/ Legionella 27 255 282
Determinações de NaCl no pão 202 221 147 570
Determinações de NaCl na sopa 152 152
Determinação de NaCl na refeição 62 62
Ruído
Produtos biológicos /Clínica 2.616 2.616
Micobacteriologia (BK e Hansen) 315 30 352 697
Pesquisa de sangue oculto fezes 20.601 12 20.613
Total de amostras 40.108
Fonte: responsáveis dos LSP
Quadro 112 - Nº de parâmetros pesquisados nos 4 LSP em 2011
Descrição Aveiro Coimbra Leiria Viseu Total
Microbiologia de Águas 14.262 7.569 15.811 26.622 64.264
Microbiologia de Alimentos 6.365 6.125 12.490
Química de Águas 10.352 3.099 8.399 2.468 24.318
Análises relacionadas c/ cianobact 32 32
Análises relacionadas c/ Legionella 27 255 282
Determinações de NaCl no pão 404 442 294 1.140
Determinações de NaCl na sopa 304 304
Determinação de NaCl na refeição 124 124
Ruído
Produtos biológicos /Clínica 33.794 33.794
Micobacteriologia (BK e Hansen) 1.747 112 892 2.751
Pesquisa de sangue oculto fezes 41.202 39 41.241
Total de parâmetros 180.740
Fonte: responsáveis dos LSP
Quadro 113 - Faturação resultante da venda de serviços laboratoriais
163
Faturação
Aveiro Coimbra Leiria Viseu Total euros
9.518 7.794 23.952 92.794 134.058
Fonte: responsáveis dos LSP
A faturação dos LSP tem diminuído significativamente nos últimos anos (em 2009 foi
de cerca 276 000€), facto ao qual não serão alheios os constrangimentos enumerados
anteriormente e a falta de acreditação de ensaios.
12. Programa de gestão das listas de espera hospitalares
A possibilidade das pessoas receberem cuidados de saúde adequados, no tempo
próprio e a um preço razoável, faz a diferença entre uma vida produtiva e a
incapacidade ou a morte.
As questões relacionadas com o acesso aos cuidados de saúde são, por isso, críticas
quanto ao sucesso da política regional de saúde. Planear e dimensionar a oferta e
orientar a procura, seja de consultas, seja de cirurgias, é uma tarefa essencial, básica
e estruturante no âmbito das competências regionais.
Em 2011 a dimensão da Lista de Espera Cirúrgica cresceu ligeiramente, passando da
casa dos cerca de 38 000 doentes no início de Janeiro para 40 845 doentes em 31 de
dezembro. A mediana do tempo de espera manteve-se estável dentro dos 4,1 meses
em dezembro de 2010 e 4,13 meses em 31 de dezembro de 2011.
Neste período foram operados um total de 42 618 doentes nos hospitais públicos e
convencionados da região que esperaram, em média, 3,32 meses para ser operados
(dados provisórios reportados a 31 de dezembro de 2011, fornecidos pela UCGIC-
Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia).
Estes números mostram uma estabilização dos indicadores e mostram que além deste
patamar quaisquer ganhos e melhorias com impacte sensível nos dados e na vida dos
doentes dependem, fundamentalmente, de decisões que concentrem os recursos
tecnológicos e médicos e façam convergir os doentes para centros especializados com
alta diferenciação e rentabilidade. Este é, também, o caminho para maior qualidade
dos cuidados e sustentabilidade dos serviços.
164
Haverá ainda que fazer um esforço de modo a eliminar situações de tempos de espera
que, sendo pontuais e localizadas, são claramente excêntricas e excessivas face ao
padrão geral de desempenho aqui descrito. Para isso, é importante não apenas
manter uma vigilância permanente e atualização das listas de espera mas, sobretudo,
desenvolver mecanismos que estimulem a produção interna dos hospitais.
Já quanto ao acesso às primeiras consultas hospitalares, a retrospetiva do ano de
2011 é positiva, sendo possível mostrar ganhos evidentes em termos de metodologia
e organização. Este facto deve-se, provavelmente, a uma situação inicial menos
favorável e, com toda a certeza, ao esforço e empenho dos profissionais da região, em
especial dos ACeS.
O alargamento dos pedidos e agendamento electrónico das primeiras consultas (via
Alert) constituiu uma das linhas prioritárias de intervenção. O crescimento do número
de pedidos eletrónicos no ano de 2011 foi de 25% (147 743 e 183 726 pedidos nos
anos de 2010 e 2011, respetivamente) e a relação entre as primeiras consultas
realizadas nos hospitais e o número de pedidos via eletrónica é de 29,5% (622 520
primeiras consultas e 183 726 pedidos electrónicos no ano de 2011).
Quer isto dizer que no ano de 2011 não só aumentou cerca de 25% o número absoluto
de pedidos via electrónica, como o que poderíamos chamar de ―taxa de cobertura‖ de
pedidos via electrónica - relativamente ao total de consultas - atingiu os 30% (dados
provisórios do SICA para as primeiras consultas hospitalares e do ADW para os
pedidos dos centros de saúde, reportados a 31 de Dezembro).
Estes resultados representam, só por si, todo um projeto de trabalho que consistirá por
um lado na generalização e banalização da referenciação eletrónica de consultas e,
por outro, na avaliação e modelação do mapa de oferta de consultas em função de
critérios técnicos e lógicas de rede.
É este o estímulo e o desafio para um trabalho conjunto entre todas as estruturas da
região (hospitais e ACeS) do qual depende, em última análise, a solução dos
problemas que estão escondidos atrás dos números e dos indicadores e dos papéis e
que são problemas concretos de pessoais reais.
165
13. Programa regional de capacitação e literacia em saúde
O programa regional de capacitação e literacia em saúde “Informação para uma
correta decisão [em saúde] ”sucedeu, em 2008, ao programa de informação e
comunicação em saúde pública do Centro Regional de Saúde Pública do Centro
(CRSPC) - serviço de saúde pública de âmbito regional integrado, desde junho de
2007, na ARSC.
O programa de informação e comunicação em saúde pública, criado em setembro de
2004, tinha como finalidade a divulgação de informação pertinente aos profissionais
dos serviços de saúde pública (atualização técnico-científica e normativa) e público em
geral (capacitação em saúde), mediante a utilização das tecnologias de informação e
comunicação emergentes.
Para tal, dispunha dos seguintes instrumentos comunicacionais de massa: Boletim
trimestral ―Saúde Pública ao Centro‖ (7 edições, de setembro de 2004 a janeiro/março
de 2006), co-representação da ARSC no PORTAL DA SAÚDE (desde a sua criação,
em junho-julho de 2005) e microsite do Delegado de Saúde Regional do Centro (desde
janeiro de 2006).
Em virtude da extinção do CRSPC, ao abrigo do decreto-lei nº 212/2006 de 27 de
outubro, e da sua posterior integração nos serviços centrais da ARSC (Departamento
de Saúde Pública e Planeamento), foi igualmente extinto o programa de informação e
comunicação em saúde pública e criado o programa regional de capacitação e literacia
em saúde da ARSC.
Este programa, recentrado na capacitação do público em geral e públicos setoriais,
―herdou‖, como instrumentos comunicacionais, o microsite do Delegado de Saúde
Regional e a representação no PORTAL DA SAÚDE do Ministério da Saúde (equipa
nacional de edição de conteúdos) tendo, no decurso da preparação e resposta à
pandemia de gripe, integrado o Gabinete de Informação e Comunicação em Saúde da
ARSC.
A finalidade do programa regional de capacitação e literacia em saúde consiste em
promover a literacia e capacitação em saúde do público utente da ARSC e,
consequentemente, contribuir para o exercício da cidadania em saúde. Assenta no
pressuposto fundamental do cidadão como ―centro‖ do sistema de saúde e como seu
recurso primordial (autogestão apropriada da saúde e da doença), ainda que
―subaproveitado‖.
166
Atividades desenvolvidas:
Integração da equipa nacional de conteúdos do PORTAL DA SAÚDE do
Ministério da Saúde (www.portaldasaude.pt) – edição e submissão de diversos
conteúdos para publicação, incluindo a divulgação de iniciativas desenvolvidas
pelas unidades de saúde do âmbito territorial da ARSC;
Gestão, com todos os níveis de privilégio (incluindo publicação) do microsite do
Delegado de Saúde Regional do Centro (alojado em
http://www.dgs.pt/ms/1/default.aspx?pl=&id=5504&acess=0);
Colaboração na edição de conteúdos e refrescamento da página web da ARSC
(www.arscentro.min-saude.pt) – em articulação com a Assessoria
Especializada de Informação e Comunicação;
Assessoria, na área da comunicação estratégica em saúde, ao Conselho
Diretivo da ARSC (desde outubro de 2011) e ao Delegado de Saúde Regional
do Centro/diretor do Departamento de Saúde Pública e Planeamento;
Planeamento e execução (junho de 2011) de ação de formação de 8 horas
destinada a dirigentes dos serviços de saúde e autoridades de saúde da região
Centro subordinada à comunicação mediatizada do risco em saúde (12
formandos) – em articulação com o Gabinete de Formação;
Colaboração no Plano de Contingência para as Temperaturas Extremas
Adversas da DGS/módulo calor (integração do Grupo Coordenador Regional).
CAPÍTULO IV
AVALIAÇÃO
168
1. QUAR (Quadro de avaliação e responsabilização)
MISSÃO: Garantir à população da sua área geográfica de intervenção o acesso à
prestação de cuidados de saúde de qualidade, adequando os recursos disponíveis às
necessidades em saúde e cumprir e fazer cumprir o Plano Nacional de Saúde na
Região de Saúde do Centro.
Objectivos Estratégicos:
Monitorização 2011
Objectivos Operacionais
Eficácia 50,0
OP1: Implementação da nova organização dos cuidados de saúde primários (DL 28/2008) através da entrada em funcionamento dos ACES e suas Unidades Funcionais (OE1)
Peso: 20,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind1 Nº de ACES com todas as unidades funcionais criadas e regulamentadas
0 11 13 1 14 25% 12 92% atingiu
Ind2 Nº de USF e UCSP em funcionamento na região
27 81 95 2 95 60% 98 103% superou
Ind3 ACES/ULS com USF em funcionamento na região
7 11 14 2 14 15% 12 86% atingiu
OP2: Assegurar cobertura por MF a pelo menos 91% dos utentes inscritos (OE1) Peso:10,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind4 Nº de utentes sem médico de família na região
69910 136200 176000 6000 182000 100% 167999 105% superou
OP3: Aumentar em 10% o nº total de camas em RCCI (OE 2) Peso:20,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind5 Nº de camas disponíveis em RCCI a 31-12-2011 (convalescença, média e longa duração)
1120 1290 1420 40 1420 75% 1562 110% superou
Ind6 Nº de camas disponíveis em RCCI a 31-12-2011 (cuidados paliativos)
24 60 60 7 60 20% 45 75% não atingiu
Ind7 Nº de equipas em cuidados domiciliarios em RCCI a 31-12-2011
45 54 54 6 54 5% 45 83% não atingiu
OE 1: Melhorar a acessibilidade das populações aos cuidados de saúde
OE 2: Alargar a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI)
OE 3: Incrementar a prevenção e controlo da doença crónica
OE 4: Incrementar a saúde da Mulher da Criança e do Adolescente
OE 5: Melhorar a qualidade de gestão da ARS Centro promovendo uma politica de contenção de custos, optimização de recursos e modernização administrativa
169
OP4: Manter a capacidade de oferta em consultas médicas hospitalares (OE1) Peso: 10,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind8 Nº de primeiras consultas médicas hospitalares no ano de 2011
546000 562000 562000 26000 562000 60% 606948 108% superou
Ind9
Percentagem de primeiras consultas médicas hospitalares em 2011 relativamente ao total de consultas hospitalares
30 31 31 1 31 40% 29 94% não atingiu
OP5: manter a capacidade de oferta cirurgicahospitalar por forma a impedir o crescimento da lista de espera cirurgica (OE1) Peso: 10,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind10 Nº de cirurgias realizadas no ano de 2011 109000 112000 112000 2240 112000 70% 126360 113% superou
Ind11 Percentagem de cirurgias em ambulatório no ano de 2011, relativamente ao total de cirurgias programadas
47 33 40 7 50 15% 50 125% superou
Ind12 Nº de utentes em lista de espera cirurgica 39600 38600 38600 2000 37900 15% 40800 95% não atingiu
OP6: Promover a formação profissional dos trabalhadores da ARSC (OE 5) Peso:10,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind13 Proporção de profissionais de saúde que obtiveram formação na respectiva área profissional durante 2011
33% 3% 34% 100% 33% 100% atingiu
OP7: Articulação da ARSC com os competentes serviços centrais do Ministério da Saúde no âmbito da prossecução dos objectivos e metas do PNS 2011-16 (OE 5)
Peso:10,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind14 Formalizar protocolo de articulação com os Serv. Centrais do MS no âmbito do PNS, até 31 de Dezembro 2011
efectivação 0% efectivação 100% efectivo 100% atingiu
OP8: Assegurar a resposta adequada a solicitações exrternas no âmbito da cooperação internacional, em articulação com os serviços centrais do Ministério da Saúde (OE 5)
Peso:10,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind15 Percentagem de respostas atempadas a pedidos de colaboração /articulação internacional em 2011
80% 5% 80% 100% 100% 125% superou
Eficiência
25,0
OP9: Optimização dos recursos humanos e materiais nos cuidados de saúde em RCCI, incrementando a utilização custo-efectiva (OE2) Peso: 30,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind16 Taxa média de ocupação das camas em CCI durante 2011
90 91 91 1 92 100% 93 102% superou
170
OP10: Implementação de politica de prevenção da doença oncológica incrementando a utilização custo-efectiva (OE2) Peso: 40,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind17 Percentagem de mulheres em idade elegível que realizam rastreio do cancro do colo do útero
57 54 57 3 60 15% 57 100% atingiu
Ind18 Percentagem de unidades de saúde da região com programa de rastreio do cancro do colo do útero
100 100 100 2 100 35% 100 100% atingiu
Ind19 Percentagem de mulheres em idade elegível que realizam rastreio do cancro da mama
66 67 67 3 70 15% 68 101% atingiu
Ind20 Percentagem de unidades de saúde da região com programa de rastreio do cancro da mama
100 100 100 2 100 35% 100 100% atingiu
OP11: Aumentar a utilização de medicamentos genéricos na região (OE5) Peso: 30,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind21
percentagem de embalagens de medicamentos genéricos vendidas relativamente ao total de embalagens receitadas em 2011
17 22 24 2 25 100% 31% 128% superou
Qualidade
OP12: Manter as taxas de cobertura em saúde materno-infantil em CSP (OE4) Peso: 15,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind22 Taxa de cobertura em saúde materna nos centros de saúde da região
61 61 61 2 61 60% 78 128% superou
Ind23 Taxa de cobertura em saúde infatil (1º ano de vida) nos centros de saúde da região
78 77 77 2 78 25% 82 106% superou
Ind24 Precocidade da primeira consulta S. Infantil ( < 28 dias)
68 70 71 2 70 15% 79 111% superou
OP13: Implementar o rastreio do cancro do colon e recto como projecto piloto em 10 dos 14 ACES para cidadãos dos 55 aos 70 anos de idade (OE3) Peso: 15,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind25 Nº de ACES em programa de rastreio CCR 6 6 10 2 10 100% 8 80% atingiu
OP14: Garantir resposta atempada pelo Gabinete do Utente às reclamações/sugestões do cidadão (OE5) Peso: 10,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind26 Percentagem de exposições de utentes respondidas em 30 dias úteis
55 60 5 65 100% 59 98% atingiu
OP15: Manter a taxa de cobertura vacinal aos 15 meses não inferior a 97,5% (OE 4) Peso: 10,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind27 Taxa de cobertura vacinal aos 15 meses 97 97 97 2 95 100% 97 100% atingiu
171
OP16: Atingir uma taxa de cobertura vacinal Anti-HPV superior a 86% na coorte feminina de 13 anos de idade (OE 4) Peso: 10,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind28 Taxa de cobertura vacinal HPV aos 13 anos 86 86 87 2 85 100% 90 103% superou
OP17: Implementação de Unidades de Saúde Mental Comunitária (OE1) Peso: 10,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind29 Nº de unidades de saúde mental comunitária na região
0 1 2 1 2 100% 2 100% atingiu
OP18: promoção de politica rigorosa de contabilização e cobrança de receitas (OE5) Peso: 10,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind30 Taxa de contabilização dos proveitos no momento em que são obtidos
80% 5 85 100% 95 119% superou
OP19: Implementação do sistema de contabilidade analítica na ARSC.IP (OE5) Peso: 10,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind31 Taxa de contabilização isenta de erros no registo mensal da contabillidade analítica sem erros
80% 5 85 100% 90 113% superou
OP20: Melhorar os processos de suporte e de controlo interno (OE5) Peso: 10,0
INDICADORES 2009 2010(E) META 2011
Tolerância Valor crítico
PESO RESULTADO TAXA
REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
Ind32 Nº de procedimentos aprovados em 2011 no âmbito do manual de procedimentos do DGF
8 1 7 100% 8 100% atingiu
JUSTIFICAÇÃO DE DESVIOS
Os indicadores 6 e 7 ficaram aquém do planeado, dado que em 2011 foi decidido repensar a RNCCI e a sua sustentabilidade. Nos indicadores 9e 12 obteve-se
uma taxa de realização próxima dos 95%, que reflete uma ligeira contração no Nº de novos doentes vigiados e no Nº de cirurgias realizadas no sistema.
(eventual relação com a redução de horas extraordinárias).
AVALIAÇÃO FINAL
A taxa de realização final ponderada, no conjunto dos 32 indicadores mensurados na ARS Centro foi de 105%
Eficácia
No parâmetro de eficácia obtivemos um score de 104%
Eficiência
Neste parâmetro a realização da ARS Centro foi de 109%
Qualidade
A média no parâmetro qualidade na ARS Centro foi de 103%
172
Recursos Humanos
DESIGNAÇÃO PONTUAÇÃO PLANEADOS REALIZADOS DESVIO
Dirigentes - Direcção Superior 18 18 0
Dirigentes - Direcção intermédia e chefes de equipa
8 8 0
Técnico Superior - (inclui especialistas de informática)
3084 2064 -1020
Coordenador Técnico - (inclui chefes de secção) 46 -46
Assistente Técnico - (inclui técnicos de informática)
1305 1063 -242
Assitente operacional 922 717 -205
Total 5383 4414 -969
Recursos Financeiros
DESIGNAÇÃO 2010 (exec.
prevista) PLANEADOS EXECUTADOS DESVIO
Orçamento de funcionamento 609.854.287 587.722.307 669.492.469 81.770.162
Despesas c/Pessoal 174.478.523 202.165.557 167.575.690 -34.589.867
Aquisições de Bens e Serviços 571.297.711 385.209.855 499.798.101 114.588.246
Outras despesas correntes 3.899.036 346.895 2.118.678 1.771.783
PIDDAC 34.657.540 7.674.372 702.052 -6.972.320
Outros valores 24.085.662 47.962.487 26.179.597 -21.782.890
TOTAL (OF+PIDDAC+Outros) 808.418.472 643.359.166 696.374.118 53.014.952
Indicadores Fonte de Verificação Número ACES com todas as unidades funcionais criadas e regulamentadas ARSC,IP
Nº de USF e UCSP em funcionamento na região ARSC,IP
Nº de ACES/ULS com USF na região ARSC,IP
Número de utentes sem médico de família em 31-12-11 Programa SINUS (ACSS, IP) SIARS
Número de camas disponíveis em RCCI em 31-12-11 (convalescença, média e longa duração) Base de dados da RNCCI
Número de camas disponíveis em RCCI em 31-12-11 (cuidados paliativos) Base de dados da RNCCI
Número de equipas de cuidados domiciliários em RCCI em 31-12-11. Base de dados da RNCCI
Número de primeiras consultas médicas hospitalares no ano de 2011. Plano de desempenho mensal ARSC, IP.
Percentagem de primeiras consultas médicas hospitalares no ano de 2011 relativamente ao total de consultas hopitalares Plano de desempenho mensal ARSC, IP.
Número de cirurgias realizadas no ano de 2011. SIGIC
Percentagem de cirurgias em ambulatório no ano de 2011 relativamente ao total de cirurgias programadas SIGIC
Número de utentes em lista de espera cirurgica SIGIC
Proporção de profissionais de saúde que obtiveram formação na respectiva área profissional durante 2011 DERAG-ARSC.IP
Formalizar protocolo de articulação com os Serv. Centrais do MS no âmbito do PNS, até 31 de Dezembro 2011 ARSC.IP Percentagem de respostas atempadas a pedidos de colaboração /articulação internacional em 2011 ARSC.IP
Taxa média de ocupação das camas em CCI RNCCI, ARSC,IP.
Percentagem de mulheres da população elegível que realizaram citologia de rastreio, em relação à população elegível para 2011 Comissão Oncológica Regional, ARSC, IP.
Percentagem de unidades de saúde da região com programa de rastreio do cancro do colo do utero Comissão Oncológica Regional, ARSC, IP.
Percentagem de mulheres da população elegível que realizaram mamografia de rastreio, em relação à população elegível para 2011
Comissão Oncológica Regional, ARSC, IP.
Percentagem de unidades de saúde da região com programa de rastreio do cancro da mama Comissão Oncológica Regional, ARSC, IP.
percentagem de embalagens de medicamentos genéricos vendidas relativamente ao total de embalagens receitadas em 2011 INFARMED e ARSC.IP
Taxa de cobertura em saúde materna ARSC.IP
Taxa de cobertura em saúde infantil ARSC.IP
Precocidade da primeira consulta em saúde infantil ARSC.IP
Número de ACES com RCCR em curso Comissão Oncológica Regional, ARSC, IP.
Percentagem de exposições de utentes respondidas em 30 dias úteis ARSC.IP
Taxa de cobertura vacinal aos 15 meses DGS, ARSC, IP.
Percentagem de jovens da coorte de 13 anos vacinadas relativamente à população elegível DGS, ARSC, IP.
Nº de unidades de saúde mental comunitária em funcionamento na região ARSC.IP
Taxa de contabilização dos proveitos no momento em que são obtidos SIDC
Taxa de contabilização isenta de erros no registo mensal da contabillidade analítica sem erros SIDC
Nº de procedimentos aprovados em 2011 no âmbito do manual de procedimentos do DGF SIDC
173
2. Auto-avaliação
Na globalidade, os objectivos propostos no QUAR de 2011 da ARSC, foram atingidos
ou superados, tendo-se atingido 105% na taxa de realização final.
Dos objectivos de eficácia, foram superados 5 em 8 objectivos propostos, o que levou a
uma taxa final de 104%. Três dos 8 objectivos foram atingidos. Dois dos indicadores do
objectivo 3: ― Aumento em 10% do número de camas em RNCCI‖ não foram atingidos
(indicador 6 – nº de camas em paliativos, e Indicador 7 – Nº de equipas em cuidados
domiciliários EDCCI).
A necessária reestruturação da Rede, e o condicionalismo imposto pelos
concursos, com forte componente burocrático, sofreram atrasos consideráveis.
A criação de EDCCI tem sido condicionada pela falta de recursos humanos,
sobretudo de enfermagem, nos ACES.
O indicador ―percentagem de primeiras consultas hospitalares relativamente ao total de
consultas hospitalares na região‖ (indicador 9) ficou também aquém do proposto
atingindo 94%, contudo, o objectivo operacional 4 de manutenção da capacidade de
oferta de consultas hospitalares na região foi superado.
O indicador 12 ―nº de utentes em lista de espera cirúrgica‖ ficou também aquém do
proposto atingindo 95%, contudo, o objectivo operacional 5 de manutenção da
capacidade de oferta cirúrgica hospitalar na região foi superado.
Dos objectivos operacionais de eficiência, 2 foram superados e um atingido, e todos os
indicadores atingidos ou superados, tendo sido de 109% a taxa final de eficiência.
Relativamente aos 9 objectivos operacionais de qualidade, 4 foram superados, 4 foram
atingidos e 1 não foi atingido, obtendo-se uma taxa final de 103% em qualidade. Apenas
o objectivo operacional da implementação do rastreio do cancro do cólon e recto em 10
ACeS ficou aquém do desejado:
O alargamento do rastreio ao mais ACeS está condicionado à oferta de
Colonoscopia Total, que não foi disponibilizada no H. de Aveiro e Cova Beira até
ao final de 2011.
Como menção, salientamos a superação em todas as áreas: Eficácia(104%) ,
Eficiência(109%) e Qualidade (103%). Consideramos ter havido um desempenho
muito positivo por parte da instituição e seus profissionais. Assim, consideramos que
174
na sua globalidade, a ARS Centro teve um nível de desempenho que classificamos
qualitativamente como Bom, em paralelo com a avaliação quantitativa global de 105%
da taxa de realização final.
Realçamos algumas das referências na audição dos dirigentes intermédios e demais
trabalhadores que demonstram a preocupação numa gestão participada e numa
cultura de co-responsabilização.
Não foi realizado, inquérito interno de satisfação aos utilizadores a nível regional. Este
inquérito está a ser realizado num âmbito nacional, com validação externa.
O plano de acção de 2012, em consonância com o Plano Nacional de Saúde 2011-16,
não deixará de incluir as medidas de correcção dos desvios observados.
O Presidente do Conselho Directivo da ARSC, IP
(Dr. José Manuel Azenha Tereso)
ANEXOS
Anexo I -PROGRAMA DE RASTREIO DO CANCRO DA MAMA DA ARS CENTRO - Avaliação
da última volta - 2010/2011
Centros de Saúde
Mulheres residentes
45-69
Convidadas (exclui
devoluções) Mulheres
Rastreadas Taxa de
participação Taxa de
cobertura Mamografias
positivas
Tx positividade
(%) Aferições Positivas
Tx Aferições positivas
Águeda 8382 7611 6003 78,9 71,6 214 3,6 26 12,1
Anadia 5195 4943 3666 74,2 70,6 82 2,2 6 7,3
Ol. Bairro 3670 3291 2010 61,1 54,8 67 3,3 7 10,4
Sever Vouga 1948 2049 1668 81,4 85,6 43 2,6 2 4,7
BAIXO VOUGA I 19195 17894 13347 74,6 69,5 406 3,0 41 10,1
Albergaria 4283 3950 3225 81,6 75,3 105 3,3 6 5,7
Aveiro 12380 11910 7904 66,4 63,8 263 3,3 23 8,7
Ilhavo 6756 5897 3961 67,2 58,6 153 3,9 16 10,5
Vagos 3657 3291 2596 78,9 71,0 73 2,8 9 12,3
B. VOUGA II 27076 25048 17686 70,6 65,3 594 3,4 54 9,1
Estarreja 4544 4210 3425 79,6 75,4 142 7,4 15 10,6
Murtosa 1470 1719 942 61,3 64,1 23 2,4 3 13,0
Ovar 9497 7842 6471 73,9 68,1 201 3,1 17 8,5
B. VOUGA III 15511 13771 10838 78,7 69,9 366 3,4 35 9,6
Belmonte 1245 1178 913 77,5 73,3 24 4,5 3 12,5
Covilhã 8724 7497 6185 82,5 70,9 262 2,9 40 15,3
Fundão 4803 4578 3614 78,9 75,2 117 3,6 17 14,5
COVA BEIRA 14772 13253 10712 80,8 72,5 403 3,8 60 14,9
Castelo Branco 8918 8940 6471 72,4 72,6 208 3,0 35 16,8
Idanha a Nova 1343 1425 839 58,9 62,5 23 3,1 1 4,3
Penamacor 738 825 639 77,4 86,6 19 4,0 1 5,3
Vila V. Rodão 525 550 388 70,5 73,9 13 2,6 2 15,4
Oleiros 926 861 679 78,9 73,3 17 2,1 3 17,6
Proença a Nova 1299 1306 1103 84,5 84,9 39 2,9 1 2,6
Sertã 2313 2341 1701 72,7 73,5 71 2,7 12 16,9
Vila de Rei 445 524 367 70,0 82,5 15 4,9 2 13,3
ULS CasteloBranco 16507 16772 12187 72,7 73,8 405 3,3 57 14,1
Arganil 1965
2004 1539 76,8 78,3 42 2,7 4
9,5
Gois 642
618 439 71,0 68,4 10 2,3 0
0,0
Lousã 3012
2455 1722 70,1 57,2 60 3,4 10
16,7
Miranda 2284
1927 1053 54,6 46,1 35 3,3 3
8,6
Oliveira do Hospital 3402
3344 2373 71,0 69,8 63 2,6 6
9,5
Pampilhosa 618
640 493 77,0 79,8 11 1,2 3
27,3
Tábua 1862
1838 1419 77,2 76,2 33 2,1 4
12,1
V. N. Poiares 1082
1178 730 62,0 67,5 26 2,5 2
7,7
PINHAL INT. NORTE I 14867 14004 9768 69,8 65,7 280 2,9 32 11,4
Centros de Saúde
Mulheres residentes
45-69
Convidadas (exclui
devoluções) Mulheres
Rastreadas Taxa de
participação Taxa de
cobertura Mamografias
positivas
Tx positividade
(%) Aferições Positivas
Tx Aferições positivas
Cantanhede 6430
6017 4348 72,3 67,6 142 3,1 18 12,7
Mealhada 3626
3271 2195 67,1 60,5 76 3,4 8 10,5
Mira 2201
2276 1558 68,5 70,8 51 2,4 5 9,8
Mortágua 1798
1831 1490 81,4 82,9 34 2,0 8 23,5
B. MONDEGO III 14055 13395 9591 71,6 68,2 303 3,2 39 12,9
Coimbra 23907 22633 12696 56,1 53,1 513
3,9 64 12,5
Condeixa 3053
2383 1728 72,5 56,6 54
4,3 12 22,2
Penacova 2734
2345 1632 69,6 59,7 40
3,3 9 22,5
BAIXO MONDEGO I 29694 27361 16056 58,7 54,1 607 3,8 85 14,0
Fig. Foz 11047 9662 6228 64,5 56,4 191 3,0 23 12,0
Montemor 4187 3683 2673 72,6 63,8 75 3,2 12 16,0
Soure 3370 3069 2643 86,1 78,4 78 3,0 15 19,2
BAIXO MONDEGO II 18604 16414 11544 70,3 62,1 344 3,0 50 14,5
Fornos Algodres 800 912 701 76,9 87,6 30 4,3 2 6,7
Gouveia 2495 2573 1838 71,4 73,7 58 3,2 8 13,8
Seia 4665 4460 3470 77,8 74,4 118 3,4 16 13,6
Celorico da Beira 1287 1298 1019 78,5 79,2 32 3,1 5 15,6
Guarda 7156 8347 5421 64,9 75,8 254 4,7 16 6,3
Manteigas 640 692 562 81,2 87,8 14 2,5 1 7,1
Sabugal 1948 1853 1491 80,5 76,5 55 3,7 6 10,9
Almeida 1089 1256 952 75,8 87,4 37 3,9 4 10,8
Figueira Castelo Rodrigo 992 956 692 72,4 69,8 24 3,5 3 12,5
Meda 898 909 736 81,0 82,0 33 4,5 3 9,1
Pinhel 1587 1595 1220 76,5 76,9 44 3,6 3 6,8
Trancoso 1591 1754 1396 79,6 87,7 43 3,1 9 20,9
ULS da GUARDA 25148 26604 19498 73,3
77,5 742 3,8 76 10,2
Alvaiazere 1171 1540 879 57,1 75,1 24 2,7 4 16,7
Ansião 2137 2170 1788 82,4 83,7 39 2,2 5 12,8
Castanheira de Pêra 551 549 430 78,3 78,0 14 3,3 1 7,1
Figueiró dos Vinhos 1112 1159 811 70,0 72,9 32 3,9 3 9,4
Pedrógão Gde 620 756 503 66,5 81,1 14 2,8 0 0,0
Penela 970 883 614 69,6 63,3 11 1,8 3 27,3
PINHAL INT NORTE II 6525 7057 5025 71,2 77,0 134 2,7 16 11,9
Pombal 9298 8153 6643 81,5 71,4 190 2,9 31 16,3
PINHAL LITORAL I 9298 8153 6643 81,5 71,4 190 2,9 31 16,3
Batalha 2513 2660 1801 67,7 71,7 44 3,4 1 2,3
Leiria 21202 19091 10828 56,7 51,1 404 3,7 41 10,1
Mar. Grande 6325 5907 3902 66,1 61,7 124 3,7 21 16,9
Porto de Mós 3983 3546 2697 76,1 67,7 86 3,9 13 15,1
PINHAL LITORAL II 34023 31204 19228 61,6 56,5 658 3,4 76 11,6
Carregal do Sal 1670 2253 1362 60,4 81,6 35 1,8 8 22,9
Mangualde 3373 3383 2746 81,2 81,4 90 3,8 12 13,3
Nelas 2413 2242 1887 84,2 78,2 54 3,3 8 14,8
Penalva Castelo 1313 1258 1070 85,1 81,5 34 2,4 4 11,8
Santa Comba Dão 2036 1931 1406 72,8 69,1 36 2,4 5 13,9
Tondela 4896 4588 3960 86,3 80,9 88 2,1 13 14,8
DÃO L. III 15701 15655 12431 79,4 79,2 337 2,7 50 14,8
Aguiar da Beira 940 1008
856 84,9 91,1
26 2,6 6 23,1
Castro Daire 2400 2475 2164 87,4 90,2 56
2,0 2 3,6
Oliveira de Frades 1577 1499 1052 70,2 66,7 31
2,9 2 6,5
S. Pedro do Sul 3012 2821 2279 80,8 75,7 66
3,4 11 16,7
Sátão 1995 1867 1649 88,3 82,7 53
2,6 5 9,4
Vila Nova de Paiva 887 857 663 77,3 74,7 27
3,3 1 3,7
Vouzela 1768 1843 1386 75,2 78,4 44
3,2 5 11,4
D. LAFÕES II 12579 12371 10049 81,2 79,9
303 3,0 32 10,6
Viseu 16014 13776 11752 85,3 73,4 383 3,2 51 13,3
Dão Lafões I Viseu 16014 13776 11752 85,3 73,4 383 3,3 51 13,3
REGIÃO CENTRO 289569 272732 196355 72,0 67,8 6455 3,3 785 12,2
Anexo II - PROGRAMA DE RASTREIO DO CANCRO DO COLO DO ÚTERO DA ARS CENTRO (triénio 2009-2011)
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Águeda 14.435 12775 2.608 2.814 2.822 8.244 7.431 24 111 181 13 0
Anadia 8.755 7748 1.337 1.213 1.558 4.108 3.912 5 52 83 5 0
Ol. Bairro 6.370 5637 830 932 905 2.667 2.393 12 120 41 14 2
Sever Vouga 3.470 3071 544 651 535 1.730 1.645 12 70 27 6 1
BAIXO VOUGA I 33.030 29.232 5.319 5.610 5.820 16.749 15.381 53 353 332 38 3
55% 58% 60%
918,32 3,16 21,08 19,82 2,27 0,19
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Albergaria 7.574 6.703 1.317 930 1.109 3.356 3.309 46 152 52 27 1
Aveiro 21.205 18.766 4.236 5.099 5.316 14.651 12.359 179 522 181 74 1
Ilhavo 12.013 10.632 2.571 2.854 2.452 7.877 7.366 10 141 173 11 0
Vagos 6.658 5.892 1.166 1.419 1.380 3.965 3.416 33 163 47 5 0
B. VOUGA II 47.450 41.993 9.290 10.302 10.257 29.849 26.450 268 978 453 117 2
66% 74% 73%
886,13 8,98 32,76 15,18 3,92 0,07
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Estarreja 7.926 7.015 773 1.038 847 2.658 2.591 24 96 25 11 0
Murtosa 2.545 2.252 426 330 342 1.098 1.113 3 14 24 1 0
Ovar 17.099 15.133 3.323 4.237 3.586 11.146 9.663 128 334 89 41 0
B. VOUGA III 27.570 24.399 4.522 5.605 4.775 14.902 13.367 155 444 138 53 0
56% 69% 59%
896,99 10,40 29,79 9,88 3,79 0,00
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Belmonte 2.104 1.862 446 276 335 1.057 1.049 1 13 22 0 0
Covilhã 14.293 12.649 3.034 2.730 2.659 8.423 8.633 10 144 122 5 0
Fundão 7.871 6.966 628 516 465 1.609 1.887 1 27 35 1 0
COVA BEIRA 24.268 21.477 4.108 3.522 3.459 11.089 11.569 12 184 179 6 0
57% 49% 48%
1.043,29 1,08 16,59 16,14 0,54 0,00
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Castelo Branco 14.614 12.933 1.359 1.920 2.195 5.474 4.738 12 91 112 4 0
Idanha a Nova 2.037 1.803 261 207 244 712 750 1 12 9 2 0
Penamacor 1.105 978 171 179 214 564 496 1 10 17 0 0
Vila V. Rodão 791 700 127 124 228 479 426 0 6 7 0 0
Oleiros 1.268 1.122 232 62 77 371 435 0 1 6 1 0
Proença a Nova 2.086 1.846 456 432 531 1.419 1.299 0 15 26 1 0
Sertã 3.868 3.423 795 766 803 2.364 2.195 3 33 30 4 0
Vila de Rei 674 596 143 124 171 438 406 0 3 7 1 0
ULS CAST. BRANCO
26.443 23.402 3.544 3.814 4.463 11.821 10.745 17 171 214 13 0
45% 49% 57%
908,98 1,44 14,47 18,10 1,10 0,00
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Arganil 3.128 2.768 574 518 671 1.763 1.569 5 28 44 5 0
Gois 975 863 80 72 95 247 224 0 7 2 0 0
Lousã 5.464 4.836 1.399 1.429 1.336 4.164 4.030 5 53 92 6 0
Miranda 3.799 3.362 544 527 557 1.628 1.595 2 20 27 2 0
Ol. Hospital 5.775 5.111 828 550 515 1.893 2.265 6 33 42 2 0
Pampilhosa 878 777 95 125 137 357 323 3 23 8 4 0
Tábua 3.220 2.850 671 711 804 2.186 1.956 6 32 53 5 1
V. N. Poiares 2.053 1.817 204 98 108 410 462 9 28 7 5 0
PINHAL INT. NORTE I
25.292 22.383 4.395 4.030 4.223 12.648 12.424 36 224 275 29 1
59% 54% 57%
982,29 2,85 17,71 21,74 2,29 0,08
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Cantanhede 10.673 9.446 2.206 2.351 2.139 6.696 6.237 95 292 82 34 3
Mealhada 6.273 5.552 1.470 1.595 1.644 4.709 4.187 28 77 97 6 0
Mira 3.681 3.258 612 752 514 1.878 1.860 31 130 21 17 1
Mortágua 2.783 2.463 308 367 361 1.036 969 7 61 14 6 0
B. MONDEGO III 23.410 20.718 4.596 5.065 4.658 14.319 13.253 161 560 214 63 4
67% 73% 67%
925,55 11,24 39,11 14,95 4,40 0,29
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Coimbra 39.692 0
Celas (1) 8.152 1.507 1.633 3.430 6.570 4.315 39 174 73 19 2
Condeixa 5.045 4.465 1.092 1.022 1.307 3.421 3.203 3 41 63 2 0
Eiras (2) 4.074 1.215 861 2.951 2 53 68 5 0
Fer.Magalhães (2)
6.153 1.209 1.164 3.409 5 63 88 8 0
Norton Matos (2) 8.014 1.761 1.729 3.894 7.384 5.052 4 79 137 10 0
Penacova 4.699 4.159 741 801 884 2.426 2.249 7 49 41 6 0
S. Clara (1) 4.840 889 896 2.586 11 55 20 7 2
S. Martinho Bispo (1)
4.751 863 960 2.554 12 78 23 13 0
BAIXO MONDEGO I
49.436 44.608 9.277 9.066 9.515 27.858 26.319 83 592 513 70 4
(1) - CS de Coimbra
62% 61% 64%
944,76 2,98 21,25 18,41 2,51 0,15
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Fig. Foz 18.029 15.956 2.996 3.237 3.509 9.742 9.156 17 170 230 24 0
Montemor 6.812 6.029 1.291 1.276 1.322 3.889 3.684 3 64 68 5 1
Soure 5.427 4.803 951 920 846 2.717 2.708 32 111 31 9 0
BAIXO MONDEGO II
30.268 26.787 5.238 5.433 5.677 16.348 15.548 52 345 329 38 1
59% 61% 64%
951,06 3,18 21,10 20,12 2,32 0,06
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Fornos Algodres 1.289 1.141 262 239 260 761 748 0 29 17 1 1
Gouveia 3.900 3.452 694 724 730 2.148 2.033 1 37 44 2 0
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Seia 7.703 6.817 544 615 795 1.954 1.491 1 27 28 2 0
Celorico da Beira 2.156 1.908 386 289 387 1.062 1.117 1 14 13 2 0
Guarda 12.413 10.986 2.392 2.636 2.582 7.610 7.161 9 120 136 8 3
Manteigas 1.010 894 148 143 210 501 462 3 3 6 2 0
Sabugal 2.984 2.641 239 222 244 705 855 2 8 8 2 1
Almeida 1.750 1.549 411 352 306 1.069 1.201 0 22 20 1 0
Figueira Castelo Rodrigo
1.579 1.397 184 169 101 454 531 1 3 10 0 0
Meda 1.396 1.235 186 139 113 438 484 5 6 6 0 0
Pinhel 2.441 2.160 454 430 465 1.349 1.091 3 22 24 1 0
Trancoso 2.641 2.337 419 675 694 1.788 1.395 1 32 35 3 0
ULS GUARDA 41.262 36.517 6.319 6.633 6.887 19.839 18.569 27 323 347 24 5
52% 54% 57%
935,98 1,36 16,28 17,49 1,21 0,26
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Alvaiazere 1.841 1.629 169 181 132 482 547 2 10 6 2 0
Ansião 3.530 3.124 501 505 392 1.398 1.499 17 76 17 4 0
Castanheira de Pêra
844 747 82 83 139 304 233 1 15 3 0 0
Figueiró dos Vinhos
1.734 1.535 159 144 175 478 466 3 28 2 1 0
Pedrógão Gde 917 812 53 48 48 149 159 0 12 1 2 0
Penela 1.513 1.339 311 317 229 857 713 20 22 10 4 0
PINHAL INT NORTE II
10.379 9.185 1.275 1.278 1.115 3.668 2.295 43 163 39 13 0
42%
36%
625,68 11,72 44,44 10,63 3,54 0,00
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Pombal 15.990 13.062 1.600 1.769 1.842 5.211 4.381 56 180 53 21 0
PINHAL LITORAL I
15.990 13.062 1.600 1.769 1.842 5.211 3.059 56 180 53 21 0
37% 41% 42%
587,03 10,75 34,54 10,17 4,03 0,00
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Batalha 4.394 3.889 640 625 595 1.860 1.827 13 95 27 6 1
Leiria 36.709 32.487 4.657 5.282 5.055 14.994 13.144 183 694 283 99 4
Mar. Grande 10.581 9.364 894 1.025 876 2.795 2.529 31 113 33 23 2
Porto de Mós 7.007 6.201 699 692 656 2.047 1.929 15 91 25 14 0
PINHAL LITORAL II
58.691 51.942 6.890 7.624 7.182 21.696 12.762 242 993 368 142 7
40% 44% 41%
588,22 11,15 45,77 16,96 6,54 0,50
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Carregal do Sal 2.808 2.485 381 456 272 1.109 1.203 6 51 11 3 0
Mangualde 5.697 5.042 924 900 1.073 2.897 2.516 17 129 27 14 1
Nelas 4.015 3.553 464 456 414 1.334 1.365 10 95 18 7 1
Penalva Castelo 2.154 1.906 244 260 262 766 701 2 31 3 0 0
Santa Comba Dão
3.420 3.027 347 348 471 1.166 1.112 7 62 14 8 1
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Tondela 8.149 7.212 938 1.031 999 2.968 2.660 11 198 63 14 1
DÃO LAFÕES III 26.243 23.225 3.298 3.451 3.491 10.240 5.944 53 566 136 46 4
43% 45% 45%
580,47 5,18 55,27 13,28 4,49 0,61
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Aguiar da Beira 1.678 1.485 111 186 151 448 417 6 29 2 4 0
Castro Daire 4.127 3.652 505 500 881 1.886 1.368 6 64 11 6 1
Oliveira de Frades
2.834 2.508 520 453 395 1.368 1.314 6 73 22 4 0
S. Pedro do Sul 5.123 4.534 1.115 1.012 1.056 3.183 3.108 13 184 35 18 0
Sátão 3.647 3.228 570 442 583 1.595 1.471 6 72 18 8 0
Vila Nova de Paiva
1.673 1.481 224 256 199 679 730 10 44 8 1 0
Vouzela 2.981 2.638 328 515 533 1.376 1.082 6 53 18 5 1
D. LAFÕES II 22.063 19.526 3.373 3.364 3.798 10.535 6.003 53 519 114 46 2
52% 52% 58% 569,81 5,03 49,26 10,82 4,37 0,30
Centros de Saúde
Pop res. 25-64 anos
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
Viseu 28.493 25.216 5.668 7.138 6.806 19.612 17.324 110 1.063 317 127 5
Dão Lafões I 28.493 25.216 5.668 7.138 6.806 19.612 17.324 110 1.063 317 127 5
67% 85% 81%
883,34 5,61 54,20 16,16 6,48 0,27
Pop
Residente *
pop elegivel estim
citol 2009
citol 2010
citol 2011
volta 09-11
negativos insatisfatório asc-us/h
LSIL HSIL carcinoma
REGIÃO CENTRO
490.288 433.673 78.712 83.704 83.968 246.384 211.012 1.421 7.658 4.021 846 38
54% 58% 58% 57% 856,44 5,77 31,08 16,32 3,43 0,17
Legenda
(1) Referencia para o IPO
(2) Referencia para o CHUC