requerimientos de bÚfalos

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5/14/2018 REQUERIMIENTOS DE B FALOS - slidepdf.com

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2010 – Satish Serial Publishing House

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Prefacio_______________________________________________________________________

Depois da domesticação do gado pelo homem, estes animais tem sido criados porfazendeiros há séculos por suas características particulares ou valores culturais. Durantetodo este período, estes animais apresentaram uma lenta adaptação genética às condiçõeslocais, doenças, comida disponível, clima e muitas outras variáveis permanentesdeterminadas pelo ambiente local. O búfalo possui alguns aspectos exclusivos incluindoalgumas características anatômicas e fisiológicas que são bastante diferentes dos bovinos.Os búfalos foram alimentados e criados por séculos com alimentos fibrosos de baixaqualidade, com pouca proteína e energia, como palhas e outros resíduos de cultura. É obvioque estes sistemas rústicos de manejo alimentar tornaram os búfalos, por seleção genética,rapidamente adaptados a se desenvolver e produzir com alimentos de baixa qualidade.

Búfalos de rio, principalmente das raças Murrah e Nili-Ravi, do subcontinente indiano sãogeralmente denominados “ouro negro”. Sua significativa importância como animal leiteirona Índia pode ser verificado pelo fato que representam 35% da população de bovídeos dopaís, mas contribuem com 60% do leite produzido. Búfalo é considerado a espécie queatenderá no futuro o aumento da demanda por leite e carne de qualidade. O leite e a carnede búfalo vem aumentado sua popularidade no mundo por seu elevado valor nutritivo ebaixo conteúdo de colesterol. A nutrição tem um papel fundamental na criação de búfalos eé um fator chave na performance produtiva, reprodutiva e sanidade dos búfalos. Destaca-senesta publicação a cuidadosa, abrangente e útil revisão da literatura científica querepresenta nosso conhecimento sobre a nutrição de búfalos. Também foram feitos esforçospara examinar os princípios dos padrões de nutrição para búfalos e identificar em quemedida os padrões já publicados atendiam as necessidades dos produtores de búfalo daÍndia, os aspectos em que tais informações mostravam-se inadequadas, e apresentam asrecomendações atuais para o fornecimento de nutrientes a necessidades nutricionais dosbúfalos. Espera-se que esta publicação seja um recurso útil para uso no ensino, porpesquisadores, pela indústria de alimentos, escritórios de extensão e por criadores. Espera-se que esta publicação possa inspirar alguns pesquisadores a aprofundarem suas pesquisas afim de preencher as lacunas do conhecimento existente.

R.K. SethiDiretor

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Conteúdo_______________________________________________________________________

Capítulo 1: Introdução......................................................................................................6Capítulo 2: Comparação da digestão e nutrição entre

búfalos de rio e bovinos.................................................................................82.1. Ingestão voluntária de alimentos....................................................................82.2. Digestibilidade de nutrientes ........................................................................11

2.2.1. Digestibilidade in vivo .......................................................................112.2.2. Digestibilidade in vitro e in sacco .....................................................12

2.3. Metabólitos ruminais....................................................................................132.4. Ecologia microbiana no rúmen.....................................................................132.5. Taxa de passagem da digesta........................................................................14

2.6. Balanço de nitrogênio...................................................................................152.7. Eficiência na utilização de energia e proteínas.............................................15Capítulo 3: Padrões de alimentação existentes para búfalos

e base para calculo dos padrões...................................................................18Capítulo 4: Necessidade e suprimento de energia..........................................................21

4.1. Importância da energia .................................................................................214.2. Medidas de energia.......................................................................................214.3. Cálculo do valor de energia dos alimentos...................................................214.4. Necessidade de energia.................................................................................22

4.4.1. Manutenção ....................................................................................... 224.4.2. Produção de leite ...............................................................................254.4.3. Crescimento.......................................................................................254.4.4. Gestação.............................................................................................264.4.5. Trabalho e locomoção .......................................................................274.4.6. Touro em serviço...............................................................................28

Capítulo 5: Necessidade e suprimento de proteínas.......................................................295.1. Importância do consumo de proteína em

quantidade e qualidade otimizada.................................................................295.2. Necessidade e suprimento de unidades de proteínas....................................295.3. Frações de nitrogênio dos alimentos ............................................................325.4. Importância do sistema de avaliação de proteínas

baseado em PDR e PNR no contexto da India ............................................ 335.4.1. Efeito da alimentação com proteína protegida

na performance produtiva..................................................................345.4.2. Prováveis razões para as respostas inconsistentes

à alimentação com proteínas protegidas(não degradáveis no rúmen) ..............................................................35

5.5. Necessidades de proteínas para várias funções ........................................... 365.5.1. Manutenção, produção de leite e ganho tecidual...............................365.5.2. Gestação.............................................................................................385.5.3. Trabalho.............................................................................................39

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5.5.4. Touro em serviço...............................................................................39Capítulo 6: Ingestão de matéria seca em várias categorias de búfalos...........................40Capítulo 7: Ingestão de água em búfalos........................................................................48Capítulo 8: Necessidade e tolerância de Minerais..........................................................50Capítulo 9: Necessidade e tolerância de Vitaminas........................................................ 52

Capítulo 10: Aspectos Especiais da Alimentaçãode Búfalas Leiteiras ................................................................................... 5610.1. Alterações Metabólicas .............................................................................5610.2. Alterações Digestivas ................................................................................6110.3. Perfil Metabólico.......................................................................................6410.4. Alimentação de Búfalas de Alta Produção................................................65

Capítulo 11: Situação Nutricional de Búfalos Indianos nas Fazendas...........................68Capítulo 12: Apêndice....................................................................................................72

Tabela 12.1. Necessidades de nutrientes ............................................................72Tabela 12.3. Valor nutritivo de alimentos comuns............................................78

Referencias .....................................................................................................................80

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Introdução_______________________________________________________________________

Os búfalos foram domesticados cerca de 5.000 anos atrás a partir de búfalos selvagens( Bubalus arni), que ainda são encontrados nas florestas de Assam (Cockrill,1995). Há doisprincipais tipos de búfalos denominados de rio e de pântano.Os búfalos de rio (2n=50) sãoprimariamente explorados para produção de leite e secundariamente, para carne e trabalho,enquanto que os de pântano, são primariamente utilizados para trabalho enquanto que carnee leite são finalidades secundárias. No grupo de búfalos de rio existem diversas raças,

enquanto que o búfalo de pântano é constituído praticamente de uma única raça. No grupodo rio existe cerca de 18 raças leiteiras originarias da Índia, Paquistão, Egito e Europa.Porém hoje os búfalos de rio, além de Índia e Paquistão são encontrados em inúmerospaises, incluindo Irã, Iraque, Bulgária, Iugoslávia, Grécia, Itália, România, Europa eAmérica Latina. O tipo de pântano é encontrado do leste da Índia, Sudeste Asiático e China.Mais que 6% do leite do mundo é proveniente de búfalas. Há um aumento na pupolaçãomundial de búfalos nas ultimas duas décadas na Ásia (34%) e no mundo (35%). Europatambém registrou um crescimento positivo na população bubalina (FAO 1995-1999). Índiae Paquistão detêm cerca de 65% da população mundial de búfalos e a mesma vemcrescendo muito rápido, à taxa de 2% e 4,5% ao ano respectivamente. Na Índia, 35% dosbúfalos são de raças reconhecidas e 65% são cruzados ou sem raça.

De acordo com estimativas da FAO, em 2003 com búfalos contribuíram com 47,85 milhõesde TM, representando 55% de todo leite produzido na Índia de diversas origens (86,96milhões de TM). O leite de búfalas é mais rico em nutrientes do que o bovino, contendo 16-17% de sólidos contra 12-13% do leite bovino. Possui um teor de gorduras mais elevado(6-8% x 3,5-5%), de proteínas (4,5 x 3,3%), de cálcio (0,18 x 0,12%) e, ainda, contémmenos colesterol. Além de ser o maior produtor de leite de búfalas. A Índia é também omaior produtor de carne de búfalos (1,4 milhões de toneladas), representando 50% daprodução mundial, seguido pelo Paquistão (0,46 TM) e China (0,25 TM). A carne debúfalos é considerada de melhor qualidade, tanto nutricionalmente quanto por ser magra,com menos gordura e colesterol que a carne bovina. Não há registro de casos de doença davaca louca em búfalos nem na Índia nem em outra parte.

Búfalos tipicamente herbívoros devido à simbiose que mantém com microorganismosencontrados no seu. A maioria dos búfalos é criada por pequenos produtores, com rebanhosmédios de 2-3 animais, exceto na Itália, Síria, Bulgária e América do Sul onde os rebanhossão maiores. (Ranjhan,2003). Na Ásia, pequenos fazendeiros integraram a criação debúfalos com agricultura em sistemas sustentáveis de agricultura-pecuária. Búfalos sãocriados em sistema extensivos, semi-intensivos e intensivos, onde são mantidos a pasto, apasto com suplementos ou alimentados em confinamento, respectivamente. Alimentação e

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nutrição inadequadas tem sido repetidamente apontada como o principal problema nossistemas de produção em todo o mundo, principalmente na Ásia e África.

Para uma eficiente utilização de nutrientes da dieta e para uma completa expressão dopotencial genético dos animais, os nutrientes necessários devem estar presentes em

quantidades adequadas e balanceadas. Necessidades para um nutriente em particular é suaquantidade necessária para manter animal saudável e que permita que se reproduza e quesuporte seu nível de produção quando criado sob condições de manejo alimentar eambientais específicos.

Os nutrientes necessários para búfalos da Índia provavelmente serão diferentes daquelespropostos para bovinos leiteiros de climas temperados pela diferença da qualidade dosalimentos, condições climáticas e diferenças na eficiência da utilização dos nutrientes, esteultimo podendo ser atribuído a uma característica das espécies. Padrões nutricionais sãodefinidos como estimativas das necessidades nutricionais e valores dos alimentos e/oupadrões de resposta dos animais a alimentos que são comumente aceitas na indústria

agropecuária (BSAS, 2002). Padrões nutricionais não só oferecem uma orientaçãosatisfatória para a formulação de rações evitando a super ou sub-alimentação como sãoutilizados no planejamento de compras anuais de alimentos ou na decisão de cultivo dealimentos forrageiros. Alguns paises avançados desenvolveram seus próprios padrõesalimentares com base em experimentos conduzidos com seus animais submetidos àscondições agro-climáticas existentes em seu país. Os métodos experimentais para estimarnecessidades práticas para várias funções em animais de produção têm apresentadoconstante aprimoramento e, com o passar do tempo, mais informação tem sido geradadescrevendo a contínua relação entre a ingestão de nutrientes e performance dos animais.Portanto, os padrões de alimentação para as diferentes categorias de animais necessitam defreqüente revisão.

Neste livro, foi dada atenção (a) para identificar padrões publicados para búfalos, tantonacional quanto internacionalmente, e até que ponto eles eram utilizados na prática; (b)determinar até que ponto eles atendiam a relação completa de nutrientes e fatores queinfluenciam sua disponibilidade; (c) determinar em que medida eles estavam atualizadosem relação à informação disponível para diferentes nutrientes ; (d) examinar as bases dospadrões disponíveis; (e) identificar em que medida estes padrões publicados atendiam anecessidade atual dos criadores indianos de búfalo e nos aspectos em que estas informaçõeseram inadequadas e; (f) apresentar as recomendações atualizadas ao fornecimento denutrientes necessários à necessidade nutricional de búfalos de rio indianos. Espero que estapublicação se torne um “livro de referencia” sobre necessidades nutricionais de búfalos eseus padrões de alimentação. Poderá servir ainda como um recurso para professores,indústria de alimentos, serviços de extensão e para uma grande numero de criadores debúfalos. A publicação pode ainda ser uma fonte de sugestões para os pesquisadores paradesenvolverem futuras pesquisas sobre nutrição de búfalos.

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__________________________________________________________________ 2Comparação da Digestão eNutrição entre Búfalos de Rioe Bovinos_______________________________________________________________________

Existem diferenças fisiológicas consideráveis entre bovinos e bubalinos. Existem diferençasnos movimentos ruminais, volume do fluido no reticulorumen, taxa de passagem da digesta,eficiência na conversão de caroteno em vitamina A e acima de tudo, a composição do leitedas duas espécies. Muitos trabalhos foram realizados comparando a eficiência de utilizaçãode nutrientes e aspectos metabólicos nas duas espécies. Apresentamos a seguir, uma versãoresumida de aspectos de nutrição de búfalos comparados à de bovinos.

2.1. Ingestão Voluntária de AlimentosOs resultados de vários experimentos efetuados na Índia, com animais em crescimento eadultos não produzindo mostraram comportamentos variáveis na ingestão voluntária dematéria seca nas duas espécies. Pradhan (1964), revisando o tema observou que búfalosadultos não produzindo consumiam menos alimentos que bovinos. Sebastian et. Al (1970)mostraram que a IMS (ingestão de matéria seca) de búfalas Murrah em lactação (2,54% dopeso corporal) era significativamente inferior que bovinos Sahiwal (2,95% do pesocorporal). Ranjhan e Krishnamohan (1977) verificaram que a ingestão voluntária de matériaseca foi 14% inferior em búfalas em lactação que em bovinas. Ao contrario, Sem e Ray(1964) verificaram que búfalos consumiam mais matéria seca que bovinos com peso eidades similares. Devendra (1997) relatou que búfalos consumiram mais matéria seca depalha de arroz que bovinos. Chaturvedi et al (1973) não encontrou nenhuma diferençasignificativa na MS de bovinos e bubalinos.

Fatores como inadequação metodológica, comparações efetuadas com pequeno número deobservações, diferenças no programa nutricional, do estágio fisiológico dos animais efatores ambientais podem ser responsáveis por estas diferenças. Deve-se tomar muitocuidado ao comparar a IMS nas duas espécies com importantes fontes de variação,utilizando informações de múltiplos estudos, o que minimiza a chance de erros devido aefeitos no experimento ou pelo baixo numero de observações.

A análise estatística dos resultados da maioria dos experimentos de nutrição realizados embovinos e bubalinos leiteiros na Índia indica que o consumo voluntário (expresso em % do

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peso corporal) é significativamente menor (2,59% x 3,09%) nos bubalinos do que embovinos com níveis similares de produção (Paul et al, 2003). Entretanto, análises deregressão e coeficientes de correlação de Pearson calculados com estas informaçõesmostram que somente o FCM (leite corrigido para 4% de gordura) é responsável por 44,8%da variação da IMS. De forma similar, usando análises de um único fator de regressão, o

peso metabólico (W

0,75

kg), ganho de peso (g/d), total NDT (total de nutrientes digestivostotais da dieta), %PD (porcentagem de proteína digerível da dieta), % de volumosos,eespécies (individualmente) explicam respectivamente 34,3%, 5,5%, 16,8%, 11,5%, 11,6% e19,6% da variação na IMS (n=80, p<0,05). O modelo final de previsão de ingestão diária dematéria seca obtido pelo método de regressão múltipla foi o seguinte:

IMS (kg/d) = 4,469 (±1,466) + 0,589 ((±0,045) x FCM (kg/d) – 0,71 (±0,082) x %PD +0,0032 (±0,000) x ganho peso (g/d) + 0,0589 (±0,015) x W 0,75 (kg) + 1,037 (±0,334) xEspécie (1=bovino; 0=bubalino)

(R2=0,853, p<0,001 ; R

2ajustado=0,844; desvio padrão estimado=0,7085 kg; CV do modelo=

6,38% da média; n=80 – 46 búfalas e 34 bovinas))

O coeficiente de regressão parcial para espécie no modelo foi de 1,037 kg/d, o que significaque da diferença de IMS observada entre bovinos e bubalinos (em média a IMS em bovinasde 400 kg foi cerca de 2 kg superior que em búfalas com o mesmo peso) somente 1,037kg/d foi atribuído à diferença entre as espécies e o restante da diferença foi devida a FCM,ganho de peso, %PD e outros fatores não dimensionados que afetam a IMS.

A IMS comparando bovinos e bubalinos são apresentadas na tabela 2.1. Expressa tantocomo porcentagem do peso corporal ou em g por kg de peso metabólico, a IMS foisignificativamente (p<0,001) menor em búfalas que em bovinas em todos os níveis deprodução leiteira. A média geral de IMS de búfalas em lactação foi cerca de 0,5 kg / 100 kgde peso vivo menor. A IMS por kg de leite produzido corrigido para gordura a 4% (FCM4%) (Tabela 3) também foi significativamente (p<0,001) menor em búfalas que em bovinasno menor nível de produção (< 10kg FCM/dia), mas reverteu esta tendência em níveis maiselevados de produção. Isto parece devido ao fato que FCM está significativamenterelacionado com o peso corporal, que por sua vez se correlaciona significativamente com aIMS. Búfalas de alta produção em níveis similares de produção possuem invariavelmentemaior peso corporal e IMS que bovinas. Portanto, a relação IMS / kg FCM entre as duasespécies tendem a ser maior em búfalas com maior produção de leite. Em todos os níveis deprodução leiteira, não há diferença significativa na quantidade não ajustada de IMS/ kgFCM entre as duas espécies (aqui, o termo não ajustado significa sem nenhum ajustamentopara covariaveis). Porém, quando comparado a níveis equivalentes de peso metabólico,leite corrigido para gordura e variação de peso, NDT e proteína bruta, IMS / kg FCM foisignificativamente menor em búfalas quando comparado a bovinas, tão mais baixo quantomaior o nível de produção de leite corrigido para gordura. (Tabela 2.1)

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Tabela 2.1. Ingestão voluntária de matéria seca em bovinas e búfalas em lactação emdiferentes níveis de produção.

IMS como % Peso Corporal IMS (g/ W

0,75

)Produçãoleitecorrigido(kg FCM)

Bovinas Búfalas Bovinas Búfalas

< 92,79 ± 0,05

(n=42)2,32 ± 0,11

(n=16)***

119,00 ± 2,31(n=42)

107,03 ± 5,06(n=16)

*

9 – 113,67 ± 0,28

(n=13)2,67 ± 0,07

(n=19)***

151,84 ± 8,76(n=13)

122,65 ± 3,26(n=16)

**

> 113,29 ± 0,12

(n=24)2,67 ± 0,06

(n=20)***

143,94 ± 3,85(n=24)

125,37 ± 2,53(n=16)

***

Geral3,09 ± 0,07

(n=79)2,57 ± 0,05

(n=55)***

131,98 ± 2,70(n=79)

119,10 ± 2,29(n=55)

***

*P<0,05 ; **P<0,01 ; ***P<0,001

Udeybir (1998), tendo por base a análise de resultados de quase todos os trabalhosexperimentais de nutrição efetuados na Índia (tabela 2.2), verificou que a ingestão dematéria seca de bovinos e búfalos em crescimento (expresso tanto em % do peso vivoquanto em g/kg de peso metabólico), não difere significativamente em nenhum peso.

Tabela 2.2. Comparação de ingestão de matéria seca entre bubalinos e bovinos emcrescimento.

IMS (% Peso) IMS (g/ W0,75

)Peso Corporal(kg) Bovinos Bubalinos Bovinos Bubalinos

902,79 ± 0,08

(n=28)2,98 ± 0,11

(n=22)86,1 ± 2,8 92,4 ± 4,1

1152,96 ± 0,08

(n=28)2,78 ± 0,06

(n=28)97,1 ± 2,9 89,0 ± 1,8

1402,85 ± 0,08

(n=53)2,82 ± 0,07

(n=33)93,6 ± 3,0 94,3 ± 2,3

1652,65 ± 0,08

(n=46)2,52 ± 0,05

(n=55)96,0 ± 2,6 89,9 ± 1,8

1902,41 ± 0,08

(n=36)2,35 ± 0,08

(n=25)90,4 ± 1,8 87,6 ± 3,0

210 2,30 ± 0,08(n=15)

2,34 ± 0,03(n=29)

88,8 ± 2,6 88,9 ± 1,3

2302,44 ± 0,09

(n=26)2,40 ± 0,07

(n=10)97,4 ± 2,8 93,8 ± 2,7

2602,23 ± 0,09

(n=29)2,26 ± 0,08

(n=33)86,9 ± 4,7 92,5 ± 3,1

3202,08 ± 0,09

(n=11)2,10 ± 0,07

(n=21)94,1 ± 3,3 88,0 ± 2,3

P<0,05 para todas as comparações 

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2.2. Digestibilidade de nutrientes

 2.2.1. Digestibilidade in vivo Estudos comparativos de digestibilidade em búfalos e bovinos têm apresentado resultadosvariáveis. Pannu e Kaushal (1985) verificaram que bovino Haryana digeriu melhor a

matéria orgânica que búfalos Murrah, quando alimentados com concentrado peletizado epalha (50:50). Porém, Kennedy et al (1992) num estudo comparativo entre búfalos depântano e bovinos cruzados, oferecendo uma dieta fibrosa, verificou que a digestibilidadeda fibra em detergente neutro (FDN) foi menor em búfalos. Puppoo et al. (2002) relataramque a digestibilidade da matéria orgânica (MO) e FDN foram maiores em bovinos que embúfalos, enquanto que a digestibilidade da proteína bruta (PB) foi comparável.Diversamente, Hussain e Cheeke (1996) oferecendo palha de ryegrass e silagem de milho,constatou digestibilidade de FDN significativamente maior em búfalos que em bovinos.

Informação disponível de experimentos controlados está sumarizada na tabela 2.3. Combase na média geral de 33 grupo experimentais, cada grupo com 4-6 animais) de bovinos e

numero similar de bubalinos alimentados com dieta a base de volumosos, a digestibilidadeda matéria seca foi 4,5% (2,4% pontos percentuais) maior em búfalos enquanto que,baseado em 27 grupos experimentais, a digestibilidade da fibra bruta (FB) foi 4,6% (2,7pontos percentuais) maior em búfalos. A tendência foi similar com dietas à base de palha detrigo, forragem verde ou feno. No caso de dietas a base de palha de arroz, a digestibilidadeda matéria seca foi similar, mas a digestibilidade da fibra bruta foi levemente superior embovinos. A média geral de valores indica que a digestibilidade da proteína bruta foi 2,8%(1,6 pontos percentuais) maior em bovinos que em bubalinos.

Tabela 2.3. Comparação da digestibilidade in vivo (%) de volumosos em bovinos ebubalinos

DigestibilidadeMatéria Seca (%)

DigestibilidadeProteína Bruta (%)

DigestibilidadeFibra Bruta (%)Dieta

(Id referencia)Bovinos Búfalos Bovinos Búfalos Bovinos Búfalos

Palha de trigo triturado +concentrados(1)

52,9 52,9 60,7 53,8 64,4 64,8

Palha de trigo (ground)+concentrados(1)

54,1 51,9 59,4 53,9 62,9 58,7

Palha de trigo molhada (1) 52,3 54,8 50,6 50,5 57,7 55,8

Palha de trigo tratada combases + concentrados (1)

56,4 60,2 50,2 55,8 63,7 67,7

Palha de trigo +concentrados(1)

56,0 60,4 67,8 64,7 50,0 55,3

Palha de trigo c/sulfato desódio + concentrados(1)

53,0 57,6 68,4 64,7 50,0 55,3

Palha de trigo (2) 55,1 59,6 60,7 55,7 64,3 66,1Palha de trigo + 250 g de

óleo de linhaça54,7 58,6 64,0 47,7 40,2 57,3

Palha trigo + uréia +melaço + 200 far. peixe (3)

48,7 60,0 49,3 46,3 41,9 44,3

Palha trigo (65%) e tortade amendoim (35%) (4)

50,1 49,4 61,5 71,3 51,9 59,3

Palha trigo (67%) + (clus- ter bean meal -33%) (4)

54.7 54.5 72.4 70.9 52.8 56.8

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Média de dietas a basede palha de trigo (N=13)

52.3 55.7 60.6 54.3 54.53 58.30

Média de dietas a basede palha de arroz (N=4)

43.6 43.95 34.38 34.85 58.75 56.67

Média de dietasbaseadas em forragens

verdes e feno (n=15)58.4 60.4 62.2 63.1 63.3 66.8

Média geral 53.6 56.0 57.4 55.8 59.1 61.8

 References: 1, Chatuverdi et. al,1973 a,b,c 1974; 2, Verma et al.,1973; 3,Pathak et al.,1973; 4,Sangawan et.al.,1987; 5,Bhatia et al.,1998; 6,Moran etal.,1983; 7, Barsaul and Talpatra,1970; 8,Jang and Majumdar, 1962; 9,Upadhyay et al.,1973; 10,Jaikishan, 1974; 11,Grant et. al., 1974.

 2.2.1. Digestibilidade in vitro e in saccoGupta et al.(1968) e Ludri et al. (1971) constataram digestibilidade in vitro de matéria secano liquido ruminal equivalente entre búfalos e bovinos. Por outro lado, Gupta et al.(1970) eIchponani et al. (1971) verificaram um digestibilidade in vitro da celuloseconsideravelmente maior em búfalos que em bovinos. Os resultados de experimentos in

vitro conduzidos por Bhatia etal. (1998) foram variáveis para diferentes alimentos. Estudosinn sacco em dietas baseadas em palhas de trigo e arroz acrescidas de diferentes tortas deoleaginosas e fenos de trevo alexandrino ou lucerna mostraram maior desaparecimento de

matéria seca, FDN e FDA em búfalos que em bovinos (Bhatia et al.,1998).

Aparentemente, uma menos ingestão de matéria seca, hábito de ingerir mais lentamente emenor taxa de passagem da digesta contribuem para a levemente superior digestibilidadeobservada no rúmen de búfalos (in vivo e in sacco). De qualquer forma, o mesmo não ficaevidente em estudos in vitro com liquido ruminal, pelo fato de que os métodos deestimativa da digestibilidade in vitro têm a limitação de não levar em conta a taxa depassagem e a ingestão variável de matéria seca.

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___________________________________________________________________ ,$ 

2.3. Metabólitos ruminais As concentrações de VFA (ácidos graxos voláteis), nitrogênio amoniacal, nitrogêniobacteriano e certos eletrólitos como o potássio e cálcio apresentaram-se maiores no liquidoruminal de búfalos que no de bovinos submetidos à mesma dieta na maioria dos estudos

(tandon et al.,1972; Ludri e Razdan, 1981,1982; Punia e Sharma, 1988).Alguns estudos mostram que a concentração de VFA no liquido ruminal é comparável entrebúfalos e bovinos (Khalon et al., 1970; Chaturvedi et al.,1973ª,b,c,d, Pathak et. al,1973),mas Verma e al. (1990) verificaram maior nível de VFA no liquido ruminal de búfalosquando comparado com bovinos submetidos à mesma dieta. Taxas atuais de produção deVFA determinadas com uso de técnicas de diluição de isótopos não revelaram nenhumadiferença significativa entre as espécies. A relação entre acetato e propionato no líquidoruminal tem se mostrado significativamente mais próxima em búfalos que em bovinos, semmostrar diferença na produção de propionato. Aparentemente, a maior concentração dealguns dos metabólitos ruminais também pode ser atribuída a uma menor taxa de passagem

e menor ingestão de matéria seca. Kennedy et al. (1992) verificaram uma maiortransferência de uréia do sangue para o rúmen em búfalos que em bovinos, indicando umamaior taxa de reciclagem de nitrogênio no rúmen de bubalinos, o que pode sugerir umamaior eficiência na utilização de nitrogênio pelos búfalos. Estes autores tambémverificaram que a eficiência do crescimento microbiano no rúmen era 20% maior embúfalos que em bovinos (35 x 30 g N /kg de digestão aparente de matéria orgânica no pré-estomago)

2.4. Ecologia microbiana do rumen A maioria dos estudos microbiológicos do rúmen mostra que a contagem bacteriana total eque a população de bactérias celulolíticas, proteolíticas, amilolíticas e lipolíticas sãomaiores em búfalos que em bovinos sob condições idênticas de dietas. (Pant e Roy, 1970;Homma, 1986; Singh et al., 1992). Chabbra e Sehgal (1999) verificaram que a populaçãobacteriana é cerca de 2 vezes maior em búfalos que em bovinos. Bhatia et al. (1992)verificaram que a contagem de bactérias proteolíticas e amilolíticas foram de 5-7 vezesmaior em búfalos que em bovinos. As espécies bacterianas celulolíticas  Ruminicoccus flavifasciens e   R. albus são predominantes em bovinos enquanto que Fibrobactor 

succinogenes e   R. flavifasciens predominam no rúmen bubalino. F. succinogenes possuiuma atividade celulolítica maior que ruminicocci. Não se verificou a presença de R. albusno rúmen de búfalos . A degradação de fibras é maior em búfalos submetidos a dietas combaixo nível de proteínas quando comparado com bovinos, porque as espécies bacterianascelulolíticas predominantes em seu rúmen (Fibrobactor succinogenes) não necessitam denitrogênio amoniacal para seu crescimento. Por outro lado, as espécies bacterianascelulolíticas predominantes no rúmen bovino (  R. albus), necessitam de nitrogênioamoniacal para seu crescimento.

No rúmen de búfalos, o nível de nitrogênio amoniacal é maior que o do rúmen bovinoapesar de que a proteólise no rúmen bubalino ter se mostrado menor do que em bovino. Istopode ser em parte atribuído pela maior geração de amônia a partir do nitrogênio (nitrogênionão protéico) reciclado do sangue para o rúmen em búfalos. Mehra et al. (1987) verificouque a atividade proteolítica do líquido ruminal de búfalo foi muito menor que a de bovinos

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___________________________________________________________________ ," 

apesar da presença mais elevada de população microbiana adequada para mais proteínamicrobiana e mais quantidade de nitrogênio não protéico em búfalos. Estes autores sugeremque em função da reduzida proteólise, comparativamente aos bovinos, uma maiorquantidade de proteína da dieta pode atravessar o rúmen sem ser degradada e torna-sedisponível no intestino. Verifica-se que Streptococcus bovis e   Ruminibacter amylophylus 

são as espécies proteolíticas mais freqüentes em búfalos enquanto que S. bovis e Prevotellaruminicola predominam em bovinos. Há uma relação sinérgica entre as bactérias R. albus eP. ruminicola. R. albus necessita de ácido 3-fenil propiônico para seu crescimento edegradação da celulose o qual é sintetizado por P. ruminicola.  Prevotella ruminicola encontra-se ausente ou presente em quantidade insignificante no rúmen de búfalos. Estabactéria, através de pepetidases causa clivagem de peptídeos e, portanto, causa desperdíciode petptideos. Isto pode ser uma das razões pela melhor utilização de nitrogênio pelo rúmende búfalos.

A prevalência de bactérias produtoras de gás é menor em búfalos (10%) que em bovinos(20%) e, portanto, espera-se uma menor produção de metano em búfalos.

Não existe uma clara e consistente diferença entre a população de protozoários e atividadede enzimas no rúmen de bovinos e bubalinos. Verificou-se a predominância de Entodiniumsimplex em bovinos e de Entodinium caudatum em bubalinos.

As informações sobre a população de fungos em bovinos e búfalos são limitadas eaparentemente não existem diferenças na quantidade de fungos nas duas espécies deruminantes.

2.5. Taxa de passagem da digesta A taxa de passagem da digesta no trato gastrointestinal depende da relaçãovolumoso:concentrado, da composição da ração, do processamento dos alimentos, do nívelde ingestão, idade dos animais e do método de estimativa.

Animais alimentados com rações compostas de concentrados e palha de trigo em níveis demanutenção, a retenção média estimada pelo método de Balch foi de 99 a110 hs parabovinos e 104,2 a 118 hs para búfalos (Ludri et al., 1971). Touros adultos alimentados comtorta de amendoim e palha de trigo, o tempo de transito da digesta para passar oreticulorumen foi de 85,5 a 105 h em búfalos e 74 a 86,5 h em bovinos, e o transito dadigesta do abomaso ao reto foi de 30,5 a 34 hs nos búfalos e 26,5 a 30 hs em bovinos. Ostempos médios de retenção foram respectivamente de 87,5 a 97,25 hs em búfalos e 76,35 a85,7 hs em bovinos (Ponnapapa et al., 1971). Estas informações sugerem que o tempomédio de retenção (estimados pelo método de Balch em búfalos adultos é maior em cercade 9 horas que em bovinos adultos. Bartocci etal. (1997) verificaram que o búfalo retem aingesta no reticulorumen por mais tempo que o bovino (40,65 x 33,44 hs, p<0,05) enquantoque o bovino apresenta um maior tempo de retenção se considerado todo o trato digestivo(64,55 x 57,73 hs, p<0,05). Isto pode ser devido a um maior tempo de permanência daingesta no trato pos-ruminal em bovinos. Em animais em crescimento alimentados comuma ração mista, o tempo médio de retenção estimado pelo método de Balch foi de 71,5 hsem búfalos e 87 hs em bovinos (Bhatia et al., 1979).

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___________________________________________________________________ ,1 

A taxa de passagem da fração sólida da digesta pelo reticulorumen estimado pelo modelomulticompartimental (Terramoccia et al. 2000) em animais adultos alimentados com quatrodietas diferindo na relação volumosos:concentrados (87,5:12,5 ; 75:25 ; 62,5:37,5 ; 50:50)à base de 50g MS/kg W 0,75 por dia foi 2,80%, 2,42%, 2,39% e 2,24% /hora em búfalos e3,57%, 2,82%, 2,86% e 2,67% em bovinos, respectivamente. A taxa de passagem da fração

líquida não variou de forma significativa entre as espécies (6,98% e 6,71% para búfalos ebovinos respectivamente), enquanto que significativa diferença se verificou entre as dietas(7,58%, 6,92%, 6,42% e 6,25%/hora para as 4 dietas respectivamente).

Com base nos resultados acima publicados pode-se concluir que o búfalo adulto apresentauma taxa de passagem da digesta levemente mais lenta que o bovino adulto. Porém,somente uma publicação disponível comparando bezerros búfalos e bovinos que contradizesta conclusão e portanto, as informações de bezerros em crescimento é ainda insuficientepara permitir uma conclusão definitiva sobre a taxa de passagem da digesta.

2.6. Balanço de nitrogenio 

A maioria dos estudos indica que a retenção de nitrogênio é maior em búfalos do que embovinos em níveis idênticos de ingestão de nitrogênio e energia (Saini e Ray, 1964;Sebastian et al.,1970, Ranjan e Krishnamohan, 1977). Sebastian et al.(1970) verificaramque a percentagem total de nitrogênio retido e a percentagem de nitrogênio absorvido retidofoi de 13,8 e 20,2 para búfalas em lactação comparadas com 5,0 e 7,0 para bovinas emlactação. Saini e Ray (1964), usando baixos níveis de alimentação e volumosos de baixaqualidade, verificaram que os búfalos foram capazes de manter um elevado balanço denitrogênio enquanto que bovinos mantidos como contemporâneos nestes experimentosapresentaram um balanço apenas levemente positivo ou mesmo negativo. Este balanço denitrogênio mais elevado pode talvez ser decorrente da capacidade inerente dos búfalos demanter mais nitrogênio não protéico em seu sangue. Verificou-se que a concentração deuréia no sangue de bezerros búfalos em crescimento abaixo de dois anos é quase o dobro daobservada em bezerros bovinos, paralelamente a uma maior concentração ruminal deamônia no rúmen dos búfalos (Ranjan e Krishnamohan, 1977). Hayashi et al. (2005)também relataram que bovinos alimentados com a mesma dieta tem quase metade do nívelde nitrogênio ureico no sangue que bubalinos. Parece que a maior concentração de uréiasanguínea em búfalos pode não ser perdida pois ela pode ser efetivamente reciclada norúmen em épocas de deficiência de nitrogênio na dieta (Kennedy et al., 1992).

2.7. Eficiência de utilização de energia e proteínas A eficiência de utilização de energia e proteínas é geralmente expressa em termo deeficiência bruta (conteúdo de calorias ou proteínas do produto / calorias ou proteínasingeridas) e por eficiência líquida (conteúdo de calorias ou proteínas do produto / caloriasou proteínas ingeridas acima da necessidade de manutenção. São muito limitadosexperimentos especificamente planejados para avaliar comparativamente tal eficiência entrebovinos e bubalinos).

Mudgal (1988) mostrou que a eficiência de utilização de energia metabolizável paraprodução de leite foi maior em vacas cruzadas que em búfalas, mas, em termos da relaçãosaída/entrada de NDT e proteínas, búfalas alimentadas com dieta de palhas e grãos forammais eficientes que bovinas. Maymone e Bergenzini (1987) e Udeybir et. al. (2000) relatam

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___________________________________________________________________ ,/ 

que a eficiência na utilização de energia foi maior em búfalos em crescimento que embovinos em crescimento. Estudos calorimétricos mostraram que a taxa de metabolismobasal foi menor (284,5 kJ x 334,7-343,0 kJ/ kg de peso metabólico - W 0,75) em búfalos queem bovinos (Maymone e Bergenzini, 1987). Liang e Young (1995) estudaram a eficiênciaenergética de machos bovinos e búfalos do pântano e sugerem que a energia metabólica

(EM) necessária para manutenção foi de 335 kJ/kg de W

0,75

e 313 kJ/kg de W

0,75

,respectivamente.

Na análise estatística dos resultados (Paul et al.,2003) de quase todos os experimentos comnutrição efetuados na Índia (46 trabalhos publicados de bovinas leiteiras e 33 trabalhos debúfalas leiteiras) indicam que a eficiência energética bruta (25,19 x 23,17%; p<0,01) e aeficiência energética líquida (60,70 x 52,79%; p<0,001) foi significativamente maior embúfalas que em bovinas, enquanto que a ingestão de NDT, em g/kg de 4%FCM (leitecorrigido para 4% de gordura) (707,6 x 774,8 ; p<0,01) foi significativamente menor embúfalas que em bovinas. A ingestão de matéria seca (IMS), em g/kg de 4%FCM (1,17 x1,24) foi similar em ambas as espécies. A eficiência energética líquida mostrou-se maior

em búfalas alimentadas com dietas baseadas em palhas. A IMS e eficiência de utilização denutrientes aumenta em búfalas com a redução da percentagem de proteína digerível e deNDT na ração, enquanto a tendência observada em bovinas é exatamente o inverso.

A eficiência bruta não ajustada na utilização de proteínas (GPE; 45,72 x 38,45 %; p<0,01) ea eficiência líquida não ajustada de proteína (NPE; 72,56 x 59,86%; p<0,001) foi maior embúfalas em todos os níveis de produção leiteira. Também a ingestão não ajustada deproteínas digeríveis (DCPI) por kg de leite FCM foi também significativamente (80,36 x93,88; p<0,001) menor em búfalas. Quando comparados em níveis fixos de variáveis queinfluenciam significativamente GPE, NPE e DCPI /kg FCM, isto é, FCM, peso metabólico,ganho de peso e nível de proteína digerível, (Tabela 4) a tendência foi similar. A eficiênciana utilização de proteínas não foi afetada pela fonte de volumoso (seco ou natural) emambas espécies. A diferença de utilização de energia metabolizável entre as espécies podeser atribuída a diferentes necessidades para manutenção, produção de leite e ganho de peso.Depois de analisar um grande numero de dados experimentais, Udebyr (1998), concluiuque a eficiência na utilização de proteínas foi significativamente melhor em bezerrosbubalinos que nos bovinos. Não são ainda bem conhecidas as razões da aparente melhoreficiência de utilização de nitrogênio em bubalinos, mas pode ser devido à capacidade dosbubalinos em manterem maiores níveis de nitrogênio não protéico no sangue e recicla-lo devolta ao rúmen (Rajha e Krishnamohan, 1977).O búfalo, independentemente de seu estadofisiológico, come mais lentamente (Pradhan, 1994). A ingestão mais lenta e a menor taxade passagem da digesta do rúmen promove maior oportunidade de mastigação do alimentode forma mais eficiente que bovinos e, portanto reduzindo a fração de nitrogênio fecal(MFN) e aumentando a secreção de muco e degradação no epitélio intestinal. Além disso, abactéria ruminal Prevotella ruminicola que causa rápida clivagem de peptídeos ou não éencontrada ou tem pequena quantidade em búfalos (Pradhan, 1964). Verificou-se tambémque a atividade proteolítica no rúmen bubalino é menor (o que provavelmente permitemaior bypass de proteína verdadeira pelo rúmen) que em bovinos submetidos a mesmadieta, apesar da amônia ruminal e níveis de proteínas microbianas ser maior em búfalos(Mehera et al., 1978). De qualquer modo, acredita-se que uma levemente mais lenta taxa depassagem da digesta aumenta a extensão na degradação de proteínas no rúmen de búfalos.

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Tabela 2.4. Comparação da eficiência de utilização de nutrientes em bovinas e búfalas em lactação em

Produção de Leite (4% FCM kg/dia)

<9 9-11 >11 Parâmetros

bovinas búfalas sig bovinas búfalas sig bovinas búfalas

GEEeficiência

brutaenergia

20,23 ± 0,37(n=40)

22,13 ± 0,72(n=15)

*24,25 ± 0,79

(n=13)24,51 ± 0,86

(n=19)NS

27,47 ± 0,72(n=24)

28,12 ± 0,67(n=20)

GPEeficiência

brutaproteína

37,65 ± 1,40(n=24)

39,34 ± 1,68(n=12)

NS37,94 ± 1,91

(n=6)44,64 ± 1,30

(n=18)*

40,17 ± 1,47(n=13)

50,79 ± 1,39(n=19)

NEEEficiência

líquidaenergia

53,33 ± 1,86(n=42)

56,90 ± 2,81(n=15) NS

52,91 ± 2,84(n=10)

60,27 ± 2,57(n=18) NS

51,74 ± 1,41(n=23)

63,98 ± 2,63(n=20)

NPEEficiência

liquidaproteína

61,82 ± 1,85(n=24)

69,03 ± 5,08(n=11)

NS58,39 ± 4,10

(n=6)73,21 ± 2,52

(n=18)**

56,04 ± 1,19(n=10)

74,36 ± 2,19(n=15)

IngestãoMS

kg/kgFCM

1,450 ± 0,03(n=40)

1,212 ± 0,06(n=15)

***1,074 ± 0,03

(n=9)1,244± 0,04

(n=19)*

0,936 ± 0,02(n=22)

1,077 ± 0,09(n=19)

IngestãoPD

g/kgFCM

98,08 ± 2,95(n=25)

93,90 ± 4,39(n=15)

NS94,01 ± 5,0

(n=7)80,11 ± 2,52

(n=19)*

80,66 ± 2,56(n=8)

69,35 ± 1,65(n=18)

IngestãoNDT

g/KgFCM

871,8 ± 18,5(n=42)

814,0 ± 42(n=16)

NS702,1 ± 26,9

(n=10)719,5 ± 22,7

(n=18)NS

622,7 ± 17,1(n=22)

611,5 ± 15,7(n=20)

* p<0,05 ; ** p<0,01 ; *** p<0,001 ; NS = não significativo

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__________________________________________________________________ 3Padrões de Alimentação Existentes para

Búfalos e Base para Calculo dos Padrões_______________________________________________________________________

Alimentação científica de bovinos e bubalinos com utilização de padrões estabelecidos parabovinos nos países do Ocidente começaram no subcontinente indiano com a tentativa deestabelecimento de padrões alimentares por Sen (1938). Estes padrões eram principalmentebaseados nos padrões de Morrinson (1956). Mais tarde, revisão de Sen ,Ray e Ranjhan(1978) revisaram o padrão de Sen e Ray (1964), com base em experimentos de nutriçãoconduzidos em animais na Índia. Mais tarde, outros diversos padrões nutricionais foramsugeridos para alimentação de bovinos e bubalinos dentre eles: Ranjhan and Pathak, 1979;

Kearl, 1982; ICAR, 1985; Pathak e Verma, 1993; ICAR, 1998, Mandal et al.,2003. Dequalquer modo, há uma grande variação nas necessidades nutricionais recomendadas nosdiversos padrões (Fig.1 e 2). Estas diferenças podem ser atribuídas aos métodos deestimação de nutrientes e variações ambientais nos estudos de onde se originaram estespadrões (Paul e Mandal, 2002).

Os padrões definidos por Sen et al.(1978) e ICAR (1985,1998) foram baseados naconjugação de valores de estudos em bovinos e bubalinos.

Fig.1 Necessidade de energia (NDT) para uma búfala de 500 kg em lactação produzindo 20 kg deleite 6%FCM e ganhando 300 g/d de peso corporal.

13943

12301 12277

12804

12203

12520 12448

11000

11500

12000

12500

13000

13500

14000

14500

   K  e  a  r   l ,   1

   9   8   2

   P  a   t   h  a   k  -

   V  e  r  m  a ,   1

   9   9   3

   S  e  n  e   t

  a   l . ,

   1   9   7   8

   I   C   A   R ,   1

   9   8   5

   I   C   A   R ,   1

   9   9   8

   N   R   C ,   1

   9   8   9

   M  a  n   d  a

   l  e   t

  a   l . ,   2

   0   0   3

Padrões nutricionais

   N  e  c  e  s  s   i   d  a   d  e   d  e   N   D   T

   (  g   /   d   )

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___________________________________________________________________ ,4 

Fig. 2. Necessidade de proteínas (PB com 70% de digestibilidade) para uma búfala de 500 kg emlactação produzindo 20 kg de leite 6%FCM e ganhando 300 g/d de peso corporal.

Os padrões sugeridos por Kearl (1982) foram baseados na média de poucas e bastantedivergentes estimativas de necessidades. A validade deste tipo de media é questionável poisgrandes diferenças entre estimativas individuais são, ao menos em parte, devidas adiferenças de modelos experimentais, métodos, análise dos dados e diferenças nos valoresatribuídos a alguns parâmetros. Como resultado, o método de fazer uma média de valoresexperimentais é potencialmente falho pelo seguinte. A primeira e uma das maisfreqüentemente citadas estimativas de necessidade de energia para manutenção em búfalos(a qual é freqüentemente citada para demonstrar que a necessidade de energia dosbubalinos é muito menor que a de bovinos) é a de Srivastava (1970). Neste experimento, anecessidade de manutenção de búfalos em crescimento (319-347 kg de peso corporal, 328 a418 g/d de ganho de peso e 3,50 a 3,68 kg /d de NDT ingerido), foi transformada em 28-29g de NDT/ kg W0,75 , deduzindo o consumo estimado para ganho de peso de 3,536 kg deNDT/ kg de ganho de peso da energia total ingerida. A estimativa de energia necessáriapara ganho de peso foi baseada nos valores apresentados por Forbes e Kriss (1931) paragado bovino de raças de clima temperado. Verificando-se na literatura estimativas denecessidade de energia para ganho de peso de búfalos em crescimento de peso similar, omaior valor relatado foi de 2,23 kg de NDT/kg de ganho. Portanto, se recalcularmos anecessidade de manutenção a partir dos dados originais, assumindo a necessidade paraganho de peso de 2,23 kg NDT/kg ganho, a estimativa para manutenção passa a 36,6 a38,73 g NDT/ kg W0,75 , o qual não difere dos valores estimados pelo método estatístico departição de necessidades de nutrientes (Udeybir et al., 2000; Paul et al. 2000)

Um exemplo de como os métodos experimentais podem afetar as estimativas denecessidades pode ser evidenciada comparando o experimento de Gupta et al.(1996) comaquele de Negri et al. (1968). Gupta et al. estimaram a necessidade de proteínas digerívelpara manutenção de búfalos em 2,84 g/ kg W0,75 , enquanto que Negri et al. (1968)

2242 2173

2432

21222271

2151

2838

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

   K

  e  a  r   l ,   1   9   8   2

   P  a   t   h  a   k  -

   V  e  r  m  a ,   1

   9   9   3

   S  e  n  e   t  a   l . ,

   1   9   7   8

   I   C

   A   R ,

   1   9   8   5

   I   C

   A   R ,

   1   9   9   8

   N

   R   C ,

   1   9   8   9

   M  a  n   d  a   l  e   t

  a   l . ,

   2   0   0   3

   P  r  o   t  e   í  n  a   b  r  u   t  a

   (  g   /   d   )

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estimaram a necessidade em 1,68 g/ kg W0,75 em búfalos com peso similar e empregandometodologia semelhante, que foi o método fatorial baseado nos valores de perdas denitrogênio fecal (MFN) e nitrogênio urinário endógeno (EUN). A principal razõ para osbaixos valores obtidos por Negri et al. (1968) foi a reduzida quantidade de fibras da raçãoexperimental (37% de palha de trigo comparada com 67% do experimento de Gupta et al.),

o que resultou numa menor excreção de MFN (2,18 g x 3,43 g por kg de matéria secaingerida). De forma prática, a maioria dos dietas são baseadas em volumosos e, portanto, anecessidade de proteínas digerível sugerida por Gupta et al. (1966) é mais representativa deuma necessidade na prática que a sugerida por Negri et al.1968).

Os padrões nutricionais sugeridos por Pathak e Verna (2003) são baseados em informaçõesde poucos experimentos selecionados realizados com búfalos.

Os padrões desenvolvidos por Mandal et al. (2003) são baseados na análise de informaçõesprimárias agregadas de ingestão de nutrientes, peso corporal e produção, de um grandenumero de experimentos conduzidos com búfalos em diferentes institutos de pesquisa na

Índia e, portanto, podem ser considerados abrangentes e ajustados a diversos tipos desituação alimentar.

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Necessidade e Suprimentode Energia_______________________________________________________________________

4.1. Importância da energiaA energia dos alimentos é um dos mais importantes fatores responsáveis pela manutençãoda saúde e funções produtivas normais dos animais de produção. De fato, a ingestão de

energia é o controle da produção, com o animal mostrando uma resposta contínua àsvariações das quantidades ofertadas. Energia é o nutriente mais limitante na maior parte dosalimentos tropicais onde a maioria das dietas é de baixa qualidade e fibrosas. Alimentos debaixa qualidade são normalmente pouco digeridos e permanecem muito tempo no tratodigestivo. Muitos fatores afetam a necessidade de energia de búfalos, entre eles, tamanho,idade, gestação, produção, crescimento e fatores ambientais estressantes.

4.2. Medidas de energiaPadrões alimentares do Ocidente (ARC,1984; AFRC, 1991; NRC, 1989) seguem diferentessistemas de energia tais como energia líquida de manutenção (ELm), energia líquida deprodução de leite (ELl), energia metabolizável (EM), energia digestível (ED) e nutrientesdigestíveis totais (NDT) para expressar a necessidade de nutrientes do animal e valornutritivo da dieta.

É obviamente desejável que as unidades utilizadas nos padrões sejam as mesmas utilizadasna avaliação dos alimentos. Desde que a maioria das informações sobre energia dosalimentos e necessidades dos animais na Índia são expressas em termos de NDT ou EM, ospadrões nutricionais existentes adotaram estas unidades para expressar as necessidadesnutricionais dos búfalos. Sistemas de NDT ou EM funcionam bem o que fica evidente pelofato de que a performance animal está intimamente relacionada com a ingestão de NDTquando a ingestão dos demais nutrientes for adequada.

4.3. Cálculo do valor energético dos alimentosÉ desejável desenvolver equações espécie-específicas para o cálculo da energiametabolizável dos nutrientes digestíveis dos alimentos. As publicações existentes não sãosuficientes para desenvolver tais equações para búfalos. Porém, a equação adotada porGDE (2003) pode também ser utilizada por qualquer ruminante e é apresentada abaixo parauso em bubalinos:

EM (MJ) = 0,0312 (MJ/g) x EED (g) + 0,0136 (MJ/g) x FBD (g) + 0,0147 (MJ/g) x (MOD– EED –FBD) (g) + 0,0234 (MJ/g) x PB (g)

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Onde EM= energia metabolizável ; EED = estrato etéreo digerível ; FBD = fibra brutadigerível ; MOD= matéria orgânica digerível ; PB= proteína bruta.

EM também pode ser calculada a partir dos valores de NDT usando a relação de 1 kg de

NDT = 15,129 MJ de EM (NRC, 1981)4.4. Necessidade de Energia

 4.4.1. ManutençãoEstudos calorimétricos mostraram que a produção de calor em jejum é menor (68 kcal x 80-82 kcal por kg de peso metabólico) em búfalos que em bovinos (Maymone e Bergenzini,1987). Khan et al. (1988) estimaram a produção de calor em jejum em búfala adulta nãoprenha em 68 Mcal/ kg W0,75 . A produção de calor em jejum é definida como o gasto decalor de animais que foram mantidos em jejum por 72 horas. Porém, as necessidades demanutenção incluem a energia necessária para ingestão, para a digestão de alimentos e para

movimentos limitados.Teoricamente, a necessidade de energia para manutenção é determinada como sendo aquantidade de energia suficiente para manutenção do peso corporal de animais nãoprodutores, para manter as funções fisiológicas normais em condição de jejum. Como naprática os animais raramente se encontram numa condição não produtiva ou em descansoou em ambiente neutro termicamente; parece ser apenas de interesse acadêmico adeterminação da necessidade de nutrientes para manutenção. Na prática a necessidade demanutenção em animais em produção é geralmente maior que os que não estão produzindo,pelo aumento da taxa de turnover de nutrientes de animais em produção. Necessidade demanutenção na prática deve ser suficiente para atender a atividade voluntária normal dosanimais.

A tabela 4.1 apresenta estimativas de manutenção verificadas por vários pesquisadores embúfalos.

Tabela 4.1. Sumário de necessidades de energia (NDT) em búfalosEstágio do ciclo Manutenção

(g/ W0,75

kg)Crescimento(g/g ganho)

Lactação(g/kg 6%FCM)

Referencia

Macho adulto 29,78 - - Khan et al. 1988Macho castrado 27,10 - - Kurar & Mudgal, 1980

Macho adulto 28,93 - - Srivastava,1970

Macho crescimento 31,20 - - Agarwal, 1974Macho crescimento 30,62- 31,60 1,35-1,65 - Baruah et al., 1983

Macho cresc. 324 kg 32,30 2,48 Prakash et al, 1990Macho cresc. 125 kg 39,30 1,40 Paul et al, 2004

150 kg 37,50 1,54 “175 kg  36,61 1,60 “

200 kg  36,65 1,86 “

225 kg  36,20 1,95 “

250 kg  35,40 1,93 “

275 kg  35,94 1,92 “

300 kg  36,50 2,07 “

325 kg  37,15 2,23 “

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Macho cresc. 100 kg 47,00 0,78 Udeybir et. Al., 2001

150 kg 39,90 1,44 “200 kg  39,00 1.56 “

250 kg  35,10 2,10 “300 kg 35,34 1,95 “

Femea crescimento 27,51-30,28 - - Bakshi et. al, 1984

Femea crescimento 52,00 0,37-0,64 - Siviah & Mudgal, 1978

Inicio lactação 44,53 585 Mudgal & Kurar, 1978Meio Lactação 33,59 0,38 360 Siviah & Mudgal, 1978Final Lactação 49,20 1,90 557 Tiwari & Patle, 1983

Lactação - - 376 (344-400) Gupta, 1973Lactação - - 430 (320-511) Shukla et al., 1972

Lactação - - 220 Sharma & Mudgal, 1975

Lactação - - 502 Singh et al., 1972

Lactação 35,34 1,97 406,32 Paul et al., 2002

A grande diferença entre estimativas individuais são em grande parte devidas a diferençasnos métodos experimentais empregados. Geralmente a informação de necessidades demanutenção de búfalos é por uma de quatro formas diferentes. O primeiro método consisteno uso de curtos experimentos onde os animais são mantidos em jejum e a produção decalor no jejum é estimada com uso de calorimetro (Khan et al., 1988).Esta estimativa temapenas valor teórico pois a produção de calor é muito menor (10 a 15%) em condição nãonatural representanda por um jejum em ambiente termico neutro em um calorímetro do queaquela de animais mantidos em fazendas onde o dispendio energético é muito maior devidoao aumento da atividade voluntária e para a manutenção da temperatura corporal emcondição natural. Por esta razão, para transportar os valores de metabolismo em jejum emnecessidades práticas de manutenção, deve-se aumentar em 10-15% a energia líquidacalculado para produção de calor em jejum em bufalos adultos não produzindo. Khan et al.,(1988) estimaram a produção de calor em jejum em 68 Mcal/ kg W0,75 com Km de 0,63. Seadicionarmos 10% para a atividade voluntária e por segurança, mais 5% de acréscimo pelatemperatura ambiente, a Energia Líquida de manutenção (ELm) seria de 78,2 MCal EL/ W0,75 kg e o correspondente. Energia metabolizável para manutenção atingiria 122 kCal/ W0,75 kg, que pode corresponder a uma aproximação prática da necessidade de manutençãopara búfalos adultos não produzindo. A produção de calor em jejum para animais deelevada produção e naqueles com elevados níveis de nutrição é maior (acima de 20%) queanimais de baixa produção e com baixos níveis de nutrição. Mas há uma falta deinformações a respeito de produção de calor em jejum de búfalos em produção.

De acordo com o segundo método (Kurar e Mudgal, 1977;Bakshi et al. 1984, Mudgal eKurar, 1978; Siviah e Mudgal, 1978; Prakash, 1990), a estimativa da quantidade de energiapara manutenção, ou seja, para promover um balanço energético neutro é obtida de animaisalimentados de forma que tenham pequenos ganhos ou perdas no balanço energético emtestes de curta duração. Desta forma, foram empregados tanto extrapolação gráfica quantoanálise de regressão múltipla (usando o modelo sugerido por Moe et al.,1970) paraobtenção de valores das necessidades de ingestão de energia para que não haja nenhumaretenção. A validades destas estimativas é questionável, principalmente porque estestrabalhos invariavelmente envolvem erros apreciáveis de amostragem e análise egeralmente se encontram pobres correlações entre as informações de balanços eperformance. Por isso, a segurança na utilização destas informações para recomendaçõesdas necessidades de nutrientes é duvidosa.

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De acordo com o terceiro método, a retenção de energia foi estimada em testes de longaduração baseada em teste de alimentação metabólica por sua vez baseados em testesmetabólicos e estudos de composição corporal em diferentes fases do experimento onde osanimais são alimentados com num nível variado, mas restrito de energia, com níveissuficientes dos outros nutrientes (Agarwal,1974).Este método apresenta erro similar

àqueles baseados em testes de curta duração e retenção de energia, pois neles a retenção deenergia durante o teste metabólico recebe um peso maior que a performance do animal, oque tem uma estimativa de erro inerente.

De acordo com a quarta abordagem (Baruah, 1983; Tiwari e Patle, 1997), em um teste delongo prazo, era fornecido aos animais em produção quantidades conhecidas de energia dealimentos e eram medidos seu peso, alterações de peso e a produção de leite. Estimativa deenergia para manutenção, produção de leite e ganho de peso eram obtidas particionando ainformação de ingestão usando o modelo de análise de regressão múltipla sugerido porPreston (1966): Y = a + b1 x W0,75 + b2 x GPD + b3 x prod.leite, onde Y= ingestão denutriente, a=constante, b1= coeficiente da necessidade de manutenção, b2=coeficiente da

necessidade para ganho de peso, b3= coeficiente da necessidade para produção de leite. Secuidadosamente empregado, as estimativas obtidas por este método podem ser consideradascomo as melhores estimativas práticas para as necessidades de nutrientes. Algunspesquisadores obtiveram estimativas muito elevadas utilizando este método, o que pode seratribuído a violações na premissa básica do método de regressão em que o nutrienteavaliado deve ser o único nutriente limitante. Nestes experimentos os animais foramalimentados além de seu potencial genético de produção, o que resultou numasuperestimativa das necessidades de energia. Este método vem gradualmente passando porum refinamento. Antes, ainda que os animais fossem submetidos a testes de longa duração,para o calculo da necessidade de nutrientes, somente as informações relativas os período deteste metabólico eram usadas (Baruah et al., 1983). Isto levava a uma pequenasubestimação, pois animais colocados em testes metabólicos reduzem voluntariamente aingestão de alimentos com pouca ou nenhuma alteração na performance. Portanto, aperformance subseqüente e a ingestão antes e após o período metabólico foram usadas naanálises de regressão (Deshmukh et al.; Paul et al. 2004).

Outra fonte de variação entre as estimativas obtidas por regressão múltipla é a imprópria earbitrária distribuição da constante “a” para outros coeficientes parciais na equação deregressão. Originalmente, Moe et al.(1970) associaram a constante “a” ao termo demanutenção dividindo a constante ‘a’ pela média do tamanho metabólico e adicionandoeste ao coeficiente parcial de manutenção a fim de obter um valor lógico. Mai tarde,muitos pesquisadores associaram a constante ‘a’ ao termo de manutenção e obtiveramvalores racionais de todos os coeficientes parciais (Kurar e Mudgal, 1977; Siddiqui etal.1977; Bakshi et. al, 1983). De qualquer modo, em alguns estudos (Siviah e Mudgal,1982), associando ‘a’ ao termo de manutenção resultaram em valores muito elevados denecessidade de manutenção e uma grande subestimação das necessidades de produção.Diversos autores (Deshmukh et al.,1990, Udeybir e Mandal, 2000) adotaram umadistribuição lógica de ‘a’ aos coeficientes parciais que possuíam valores pequenos ou nãosignificantes ou forçaram a equação até sua origem usando programa computacional (Paulet al., 2004; Paul e Patil, 2007) ao invés de associar ‘a’ a um termo de manutenção isoladoe assim obter valores racionais tanto de necessidades de manutenção quanto de produção.

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Recentemente, a necessidade de energia para manutenção em crescimento (> 100 kg) e debúfalas em lactação foi determinada por análise de regressão múltipla de informações damaior parte dos testes de longa duração realizados em vários Institutos de Pesquisa na Índia(Udeybir et al.,2000; Paul et al., 2002) com o emprego de metatecnicas. Informações sobre

as necessidades de energia de novilhas bubalinas em crescimento é escassa. Num estudorecente conduzido no CIRB (Nabha), verificou-se que novilhas Nili-Ravi necessitam de443, 506, 511, 529, 542, 514 MJ de EM/ kg W0,75 para manutenção aos 125-150, 151-200,201-250, 251-300, 301-350 e 351-400 kg de peso corporal, respectivamente (Paul e Patil,2007).

 4.4.2. Produção leiteiraOs nutrientes necessários para búfalas em lactação dependem tanto da quantidade de leiteproduzido quanto de sua composição. A produção de leite depende primariamente da raça.O leite de búfalas contém mais sólidos e gordura que o leite de bovino, sendo que o teor de

gorduras varia geralmente de 5,5 a 7,5%.O leite é altamente variável em sua composição. Normalmente contém uma elevadaproporção de água que não requer particularmente gasto energético pelo animal. Muitopoucos estudos foram efetuados (tabela 1) para determinar a necessidade de nutrientes paraprodução de leite em búfalos. A maioria dos autores (Shukla et al.,1972 ; Singh et al., 1972;Srivastava, 1970; Gupta, 1973) calcularam a necessidade de energia necessária paraprodução de leite subtraindo a necessidade de manutenção tanto aquelas baseadas empadrões para bovinos quanto nas baseadas em estimativas para búfalos em crescimento. Asnecessidades para manutenção assumidas variaram bastante o que, ao menos parcialmente,contribuiu para as variações nas estimativas das necessidades para produção leiteiraapresentada por estes autores. Mudgal e Kurar (1978) e Siviah e Mudgal (1978)empregando testes de balanço energético e análise de regressão e obtiveram estimativasmuito elevadas de necessidades para produção deleite. O elevado valor foi provavelmentedevido a uma grade superalimentação dos animais além de seu potencial genético paraprodução leiteira que resultou numa superestimação da necessidade de energia. Devida àmesma razão, Tiwari e Patle (1997) também obtiveram estimativas muito elevadas paraprodução leiteira. Em um estudo recente conduzido no CIRB (Nabha) baseado em análisede regressão de dados obtidos em testes de longa duração realizados na Índia (35) ondeenergia foi o único nutriente limitante, a necessidade de energia para produção de leiteencontrada foi de 406,32 g de NDT por Kg de leite corrigido para 6% de gordura (6%FCM)(Paul et al., 2002).

 4.4.3. CrescimentoHá uma diferença considerável na composição do ganho tecidual produzido por diferençasde sexo, taxa de crescimento, idade, tipo de manejo nutricional. Em búfalos há poucainformação disponível para efetuar estimativas quantitativas dos efeitos da composição doganho produzidas por diferenças de taxa de crescimento, sexo e raça. A maioria dos estudossobre crescimento ou composição corporal foi efetuada com machos em crescimento.Também a maioria destes estudos indicou que a necessidade de energia para crescimentoaumenta com o aumento do peso corporal devido a um aumento da deposição de gordura.

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De qualquer modo, os búfalos tendem a depositar menos gordura nos tecidos quandocomparado com bovinos de idade semelhante. O conteúdo de gordura na carcaça de búfalosvaria normalmente de 2-5% aos 100 kg, 5-8% aos 200 kg, 10-16% aos 300kg de peso vivo(Agarwal,1974; Prakash, 1990; Pathak, 1996) dependendo do manejo nutricional. Aestimativa da necessidade de energia para ganho apontada na literatura (Tabela 4.1) foi

obtida a partir de estimativas de deposição de energia em tecidos por abates ou técnicas dediluição (Agarwal, 1974) ou estatisticamente por analise de regressão múltipla ouinformações de testes nutricionais (Baruah, 1983; Tiwari e Patle, 1997; Paul et al., 2002;Udeybir et al.,2001) ou de informações de retenção de energia obtida em testes de balançoenergético e calorímetro respiratório (Prakashm 1990; Siviah e Mudgal, 1978). Estudoscom outras espécies indicaram que o tecido de fêmeas contém mais energia e menosproteínas que machos com o mesmo peso corporal. Mas o único valor de necessidade deenergia para ganho em fêmeas em crescimento foi reportado por Siviah e Mudgal (1978) eo resultado contradiz a norma básica. A estimativa efetuada por estes autores apresenta umerro de estimativa, pois superestimam a necessidade de manutenção e subestimam anecessidade para ganho de peso devido a uma estipulação arbitrária de uma constante de do

termo de manutenção da equação de regressão. São raras as referencias sobre necessidadede energia para novilhas em diferentes estágios de crescimento. Recente estudo conduzidopelo CIRB (Nabha) indicou que novilhas Nili-Ravi necessitam de 32,8; 30,2; 26,0 ; 33,7;40,6 e 54 KJ EM/ g de ganho respectivamente com peso corporal de 125-150, 151-200,201-250, 251-300,301-350 e 351-400 (Paul e Patil, 2007).

 4.4.4. GestaçãoNo ciclo da vida de uma fêmea, a gestação é o mais ativo estado anabólico. O feto tem umaelevada prioridade nos nutrientes e, se sua mão tem uma baixa ingestão, suas reservas sãoutilizadas para atender às necessidades do feto. O feto tem uma elevada necessidade decarbohidratos e, em função de sua prioridade, é capaz de manter sua própria glicemia emum nível mais alto do que o de sua mãe. A proteção proporcionada ao feto, porém, não éabsoluta, pois em deficiências severas e prolongadas tanto o feto quanto a mãe sofrem.Severa desnutrição pode levar a morte embrionária num estágio inicial ou, mais tarde nagestação, pode levar a uma malformação do feto, levando a morte fetal. Uma desnutriçãomenos severa pode reduzir o peso ao nascer e dos tecidos relacionados (anexos: placenta,membranas fetais e útero). Verificou-se que o crescimento do feto segue uma curvaexponencial com o tempo. O padrão de crescimento pode ser descrito pela equação decrescimento de Gompertz: Log Y=A – B e-CX onde Y= o peso do feto ou um componentedele; A,B,C são constantes; X=dias em gestação.

Necessidades de nutrientes para gestação são geralmente estimados a partir da retenção denutrientes no útero grávido e de estimativas de disponibilidade de nutrientes na dieta. Paraestimar a retenção de nutrientes no útero grávido, os animais são abatidos em determinadosintervalos durante a gestação e o útero, feto e membranas fetais são dissecadas e suacomposição e valor energético são determinados.Completando as informações da equaçãode crescimento de Gompertz e sua diferenciação permite o calculo da deposição em cadaestágio de gestação. Outra abordagem para determinar a necessidade de energia paragestação é estimar a ingestão de nutrientes necessária para manutenção de algunsparâmetros bioquímicos no sangue (ácidos graxos livres e corpos cetônicos) a um níveldesejado (Russel et al., 1967).

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Há uma completa falta de informações sobre as necessidades nutricionais de búfalas emgestação. De fato, não há informação disponível sobre a retenção de nutrientes no úterográvido de búfalas. Os padrões de nutrição existentes na Índia sugerem que se usem ospadrões para bovinas em gestação propostos pelo NRC ou ARC para as búfalas tendo emvista a ausência de informação específica. Estudos de abates de bovinas em lactação

revisados pela ARC (1980) indicaram que a retenção de energia em úteros grávidos eramproporcionais ao peso ao nascer do feto independentemente da raça. Nos padrõesnutricionais desenvolvidos por Mandal et al. (2003), as necessidades nutricionais de búfalasem gestação foram baseadas em cálculos fatoriais baseados nas informações de abate doARC e informações de peso ao nascer de búfalos. O desenvolvimento mamário ocorredurante a gestação, mas somente nos estágios finais que o crescimento se acelera e gerauma demanda apreciável de energia. Não há informação disponível sobre as necessidadesde nutrientes para o desenvolvimento mamário em diferentes estágios de gestação embúfalas. Durante a gestação, ocorre um significativo crescimento extra-uterino na mãe,principalmente no início. Este anabolismo da gestação é obviamente necessário em animaisimaturos que ainda estão em crescimento, mas também ocorre em animais mais velhos.

Usualmente considera-se o crescimento materno como necessário em búfalas imaturas, istoé, entre a primeira e segunda lactação. Em caso de búfalas adultas o crescimento maternalnão é considerado essencial para a gestação. Não há estimativas na literatura de nutrientesnecessários para o crescimento materno durante a gestação. Geralmente, os padrõesnutricionais existentes recomendam um fornecimento adicional de 20 e 10% nasnecessidades de manutenção, respectivamente para búfalas imaturas na primeira e segundalactação para permitir um crescimento materno.

 4.4.5. Trabalho e LocomoçãoA necessidade de energia para trabalho depende da duração e intensidade do trabalho,condições ambientais, treino para trabalho e condição de saúde do animal. Não há pesquisavisando determinar a necessidade de energia para trabalho em búfalos. Determinação daeficiência de utilização de energia metabolizável em trabalho muscular é difícil porqueenvolve a medida da quantidade de trabalho feito pelo animal movimentando seu corpo. Otrabalho feito em subida pode, porém, ser medido pela massa corporal, tamanho dadistancia vertical percorrida e a aceleração devido à gravidade, e a energia gasta peloanimal na execução do trabalho pode ser estimada como a diferença entre o caminhar emnível e caminhar em uma subida. A relação entre o trabalho executado na subida e energiagasta representa a eficiência com que a energia proveniente da oxidação da gordura ecarbohidratos corporais são usadas no fornecimento de energia no processo de contração.Para o homem, cachorro, carneiro, vacas e cavalo, o valor obtido e cerca de 0,30. Porém,esta eficiência não tem relação com a energia metabolizável utilizada para atender o gastode energia liquida que ocorre ao realizar o trabalho. O trabalho efetuado em outros tipos detrabalho muscular – ficar em pé, caminhar e correr, é melhor expresso como gastoenergético. A eficiência na utilização de energia metabolizável para atender a energia gastano trabalho pode, portanto ser medida de forma análoga àquela adotada na determinaçãode gastos de energia para manutenção que é a alteração na energia de retenção por unidadede aumento de ingestão de energia metabolizável quantos os animais são alimentados acimaou abaixo do nível de manutenção e forçados a fazer algum trabalho. A eficiência nautilização de energia metabolizável para atender a energia líquida gasta no trabalho éconsiderada da mesma forma que na função de manutenção. Quando os animais são

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expostos ao frio, seus tremores e a eficiência com que a EM é utilizada nesta condição é1,00. Isto porque o aumento de calor associado ao “trabalho” de tremer é completamenteutilizado para manter o calor corporal no ambiente frio. Estudos com bovinos indicam queo custo energético de se manter em pé ao invés de deitado é de 2,84 kcal / kg de pesocorporal/ dia e a diferença entre o metabolismo de ficar em pé ou deitado diminui com o

treinamento. A energia gasta para mover 1 kg de peso corporal por metro em um planohorizontal é de 0,5 kcal e para subir num plano vertical, 6,45 kcal. Não há informaçãodisponível para o gasto energético em descida em ruminantes. Conforme aumenta a carga evelocidade do trabalho, as necessidades de energia aumentam rapidamente. Estudos comcavalos indicam que as necessidades de energia metabólica por kg de peso por hora seriam:caminhando= 0,41; trote leve: 4,1 ; trote rápido: 10,25 ; galope= 18,86 e atividadevigorosa= 31,98 kcal. Búfalos são normalmente usados em aração e carga, normalmente empequenos espaços. Como não existem informações sobre o gasto de energia em búfalos detrabalho, os padrões de alimentação existentes têm recomendado o uso de 2,4 Kcal de EMpor kg de peso corporal por hora (Ranjan e Pathak, 11979; Mandal et al., 2003).

 4.4.6. Touros em serviçoComparativamente poucos estudos têm sido feitos para determinar a necessidadenutricional de touros em serviço. Um ejaculado médio de touro bubalino contém somente0,5 g de matéria seca, por isto, parece que os nutrientes necessários para produção de sêmensão desprezíveis diante das necessidades de manutenção ou crescimento. Porém, búfalosem serviço apresentam um metabolismo basal maior que fêmeas adultas fora de produçãoou castrados com idade similar. Por outro lado, a engorda excessiva de touros em serviçoreduz a performance reprodutiva. Até o presente, não existe estimativa disponível depadrões alimentares para touros bubalinos indianos sendo os padrões utilizados baseados noNRC (1989). Adota-se que a necessidade de energia para manutenção para touros emserviço é de 41,04 g de NDT/ kg de W0,75 .

As recomendações para fornecimento de energia em búfalos apresentadas ao final destapublicação (tabelas de necessidades de nutrientes) foram baseadas nas seguintespublicações:

a) Necessidade de energia para crescimento (> 100 kg) de búfalos machos foi baseada emUdeybir et al. (2000) e Paul et al. (2004)

b) Necessidade de energia para crescimento de novilhas foi baseada em Paul e Patil (2007).

c) Necessidade de energia de búfalas em lactação foi baseada em Paul et al. (2002)

d) Necessidade de energia para gestação foi baseada em AFRC (1991)

e) Necessidade de energia para trabalho foi baseada em Ranjhan e Pathak (1979)

f) Necessidade de energia para touros em serviço foi baseada no NRC (1979)

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Necessidade e Suprimentode Proteínas_______________________________________________________________________

5.1. Importância do consumo de proteína em quantidade e qualidade otimizadaA proteína é vital para a manutenção, reprodução, crescimento e lactação dos animais.Baixos níveis de proteínas na dieta afetam severamente o crescimento e fermentaçãomicrobiana no rúmen resultando num aumento do tempo de retenção de nutrientes,

diminuição na capacidade de digerir a matéria orgânica e diminuição na ingestão dealimentos, afetando a performance animal. Redução na ingestão de proteínas tambémdeprime a velocidade de crescimento bem como a produção de leite, este último em funçãode redução de síntese de lactose e redução da mobilização de gordura corporal. Quandoalimentados em excesso, a proteína é utilizada como fonte de energia, principalmente emcasos de deficiência de energia já que a deposição de proteína em tecidos de reserva élimitada em ruminantes a cerca de 8-22% da proteína total corporal (Huber, 1976). Aeliminação de excesso de uréia causa transtornos, pois se eleva a necessidade de energia epode afetar a saúde e reprodução dos animais. A qualidade da proteína em termo dedegradabilidade ruminal é também importante para os ruminantes. Quando proteínasbypass são consumidas pelos animais, a maior parte das proteínas permanece nãodegradada no rúmen, reduzindo a produção local de amônia que, de outra forma, seriaproduzida em grande quantidade e, o excesso, absorvido e convertido em uréia no fígado(envolvendo gasto de energia) e a maior parte excretada pela urina. Pela alimentação deproteína bypass, evita-se que pelo menos 30% dos aminoácidos da dieta sejam excretadoscomo uréia. O excesso de aminoácidos absorvidos no trato digestivo inferior é convertidoem glicose no fígado e usado como precursor na síntese de lactose na glândula mamária,que regula a pressão osmótica do leite, resultando num maior volume de leite produzido.

5.2. Necessidade e suprimento de unidades de proteínasO método mais utilizado na Índia para expressar a necessidade de proteínas pararuminantes e determinação de quais alimentos podem atender esta necessidade é baseado naquantidade de proteína digerível (PD). A PD é obtida pela diferença entre a ingestão denitrogênio e a excreção de nitrogênio fecal. O sistema de PD tem certas limitações,primeiramente porque dietas com elevado teor de nitrogênio não protéico (NNP)apresentam PD muito elevada, ou seja, um elevado teor nutritivo eu não se reflete naperformance animal, pois elevados teores de NNP na dieta resultam numa rápida absorçãosanguínea (como nitrogênio amoniacal: NH3-N) a maior parte do qual é excretada na urina.Em segundo lugar, sistema de PD não leva em conta o papel da energia ou composição daração na utilização da proteína. Verificou-se que a necessidade de nitrogênio é menor emrações contendo alto nível de energia e naquelas com menores teores de fibras (Elliot e

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Topps, 1964). O sistema de PD não fornece nenhuma idéia da quantidade de N absorvidocomo aminoácido. Os microorganismos do rúmen concorrentemente degradam a proteínabruta da dieta e sintetizam sua própria proteína celular, de forma que compostos contendonitrogênio que seguem para o duodeno diferem daqueles contidos na ração tantoquantitativa quanto qualitativamente. O nitrogênio excretado nas fezes em grande parte se

origina de fontes endógenas e de microorganismos não digeridos. O sistema de PD tambémnão separa a necessidade de nitrogênio dos microorganismos daquela dos animaishospedeiros. Além disso, a captura de nitrogênio pelos microorganismos no intestinogrosso (durante a fermentação no ceco) e sua subseqüente excreção nas fezes também reduzo valor da PD dos alimentos. Quanto a PD é utilizada como medida do valor protéico devolumosos de baixa qualidade (palhas, forragens, etc.) não se considera seu conteúdo de PDe, portanto, sem valor como fonte de proteínas. Avaliações de proteínas não degradáveisno rúmen (PNDR) e degradáveis (PDR) destes volumosos (palha de trigo, palha de arroz efeno de capim maduro) revelaram que eles contêm uma quantidade apreciável de PDR paranutrição dos microorganismos ruminais. A proteína microbiana, juntamente com a proteínanão degradável no rúmen nestes volumosos pode atender 42, 65 e 41%, respectivamente

das necessidades de nitrogênio de uma vaca de 400 kg (Negi et al. 1988). A determinaçãoda PD por testes de média de digestibilidade de grande numero de alimentos é difícil. Poresta razão, o NRC omite a PD e apresenta as necessidades de proteínas somente comoproteína bruta (PB). Também sugere que PD de uma dieta, se desejável, pode ser calculadade valores de PB usando equações de previsão pois a digestibilidade da proteína estádiretamente relacionada com a porcentagem de proteína na dieta.

O sistema ideal para calculo das necessidades de nitrogênio de ruminantes deve fornecerestimativas totais e individuais aminoácidos absorvidos no intestino delgado. Estesaminoácidos são fornecidos parcialmente através da proteína microbiana sintetizada norúmen e parcialmente pela proteína da dieta que escapa da fermentação no rúmen. O valordas fontes de NNP (nitrogênio não protéico) da dieta e a porção que é degradada no rúmendependem inteiramente da extensão em que são utilizadas para síntese de proteínamicrobiana, e da proteína de boa qualidade que é protegida a degradação microbiana. Dequalquer forma, deve ser dada prioridade para atender a necessidade de nitrogênio dosmicroorganismos ruminais e que otimizem seu crescimento já que são essenciais para adigestão de alimentos fibrosos no rúmen. Desta forma um novo sistema de avaliação daqualidade da proteína baseado na proteínas degradáveis (PDR- proteína degradável norúmen ou PDI- proteínas degradável no intestino) e proteínas não degradáveis no rúmen(PNR- proteína não degradável no rúmen ou PNI- proteína não degradável no intestino) foiproposto que eleva em conta a quantidade necessária de proteínas microbianas bem comode proteína bypass pelos ruminantes (ARC,1980; AFRC, 1991; NRC, 2001). Pelo sistemado Metabolismo de Proteínas (MP) apresentado pelo NRC (2001) para bovinas leiteiraspara estimar a degradabilidade da proteína bruta no rúmen, o modelo proposto por Orskov eMc Donald (1979) avalia o desaparecimento in sacco de nitrogênio através do seguintemodelo:

P= a + b (1 – e-ct)

onde P é a quantidade degradada no rúmen no tempo ‘t’; ‘a’ é a fração rapidamente solúvel;‘b’ é a fração de degradação potencial e ‘c’ é a taxa de degradação constante de ‘b’ . Afração a + b representa a degradabilidade total, que é assintota da curva de degradação. A

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degradabilidade efetiva é calculada pela equação:

P = a + ( b. c / (c + k))

onde ‘a’, ‘b’ e ‘c’ são descritas acima e k é a taxa fracional de passagem. Assume-se k =

0,05 para animais em crescimento.As necessidades de proteína corporal são expressas em unidades de PM (proteínametabolizável), necessidades na dieta são expressas em unidades de PDR (proteínasdegradáveis no rúmen) e PNR (proteínas não degradáveis no rúmen). A PM é definidacomo a quantidade de proteínas (que neste contexto é definida como 6,25 vezes onitrogênio de aminoácidos, ou seja, verdadeira proteína digerível) digeridas pósruminalmente e o componente de aminoácidos absorvidos no intestino. As necessidades dePM são estimadas por um método fatorial de cálculo de necessidades líquidas de proteínaspara manutenção (das perdas endógenas de nitrogênio na urina, perda de nitrogênio pelapele e nitrogênio metabólico fecal) e produção (necessidade líquida de acréscimo de

proteína corporal para o crescimento, feto e proteínas do leite) e assumindo uma eficiênciade conversão de proteína metabólica (PM) em proteínas líquida de 0,67. Para estimativas, anecessidade de proteínas degradáveis no rúmen (PDR) e não degradáveis (PNR) sãocalculadas da forma a seguir.

Necessidade de PDR (g/d) é 0,15294 x ingestão de NDT (g/d).

Fornecimento de PDR (g/d) = IMS (kg) x 1000 x PB da dieta (g) x fração de PDR na PB.

Fornecimento de PNR (g/d) = PB total – fornecimento de PDR.

PM fornecida pela proteína bruta microbiana ou PDR = ingestão de NDT x 0,8 (% deproteína verdadeira na proteína bruta microbiana) x 0,8 (digestibilidade da proteínamicrobiana)

PM necessária de PND = PM necessária determinada pelo método fatorial – PM fornecidapela proteína bruta microbiana.

Necessidade de PNR = PM necessária de PNR / (1 x digestibilidade PNR) onde se assumeque PNR contém 100% de proteína verdadeira e que a digestibilidade da PNR é de 50 a100% dependendo do alimento.

Fornecimento de PM de PNR = PNR x 1 x digestibilidade PNR

Fornecimento total de PM = PM da PDR + PM da PNR

Necessidade de PM = Necessidade de PDR + necessidade de PNR

Valor protéico do alimento é expresso como %PB, frações de nitrogênio (a, b, c) , kd (%/h),% digestibilidade da PNR e % dos diferentes aminoácidos.

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Necessidade de proteínas pelos animais é expressa como PDR, PNR e PB em g/d ou % nadieta.

O sistema de proteínas proposto por GFE (2003) para cabras, AFRC (1991), Sniffen et al.(1992) são mais ou menos similar ao do NRC (2001).

Na Índia foi feito pouco esforço em desenvolver padrões baseados na PDR, PNR e PM.Informações de pesquisas básicas sobre diversos fatores necessários para estabelecerpadrões alimentares não estão disponíveis. Porém, fizemos uma tentativa de desenvolverpadrões alimentares para novilhas em crescimento baseadas no sistema de PDR e PNRatravés de análise de regressão de informações de performance relacionadas ‘a ingestão dePDR e PNR envolvendo testes experimentais (Paul e Patil, 2007) que são apresentadas nastabelas de necessidades de nutrientes para novilhas. Para outras categorias de búfalos, foimantido o sistema de PB e PD.

5.3. Frações de nitrogênio dos alimentos

Pelo sistema de Proteínas e Carbohidratos de Cornell (sistema CNCPS) apresentado porSniffes et al. (1992) a fração de PB das forragens compõe-se de 5 frações bastante diversasquanto à taxa de degradação ruminal. Estimativas destas frações podem ajudar a prever osvalores de PDR e PNR dos alimentos. Quatro frações são estimadas quimicamente (A, B1,B3 e C), baseando-se na solubilidade em diferentes soluções e B2 é estimada por diferença.Detalhes das frações são apresentados na tabela 5.1 e figura 5.1.

Figura 5.1. Analise das frações de proteína bruta utilizando buffer de borato fosfato e soluções de detergente ácido e neutro (Roe et al, 1990; Sniffen et al, 1992)

Total PB

detergente ácidodetergente neutrobuffer borato

Solúvel

A

B1

insolúvel

B2B3

C

Solúvel

AB1

B2

insolúvel

B3C

Solúvel

AB1

B2

B3

Insolúvel

C

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Tabela 5.1 Detalhes das frações de proteínas nos alimentosFração Natureza

químicaDefinição / Método de estimativa Degradabilidade

ruminalA nitrogênio não

proteicoDeterminado quimicamente como % da PB queé solúvel em buffer de fosfato borato, mas nãoprecipitada com TCA

Instantaneamentesolubilizado;portanto tem taxade degradaçãoinfinita

B1 proteínaverdadeira

Determinado quimicamente como % da PB queé solúvel em buffer de fosfato borato eprecipitada com TCA

Alta taxa fracionalde degradação(120-400 %/h)

B2 proteínaverdadeira

Determinado por diferençaB2 = PB total – (A + B1 + B3 + C)

Média taxafracional dedegradação(3-16 %/h)

B3 proteínaverdadeira

(principalmenteglicoproteínacom ligaçãocovalente com ahemicelulose naparede celular)

Insolúvel em detergente neutro mas solúvel emdetergente ácido. Determinada quimicamente

como:B3 = CPin FDN (NDIN) – PB em FDA(ADIN)

Baixa taxa fracionalde degradação

(0,06-0,55%)

C proteínaverdadeiraassociada comlignina, tanino efrações afetadaspelo calor como

os produtos dareação deMaillard

Insolúvel em buffer, detergente neutro edetergente ácido. Determinada quimicamentecomo % do total de PB que é recuperado comFDA (ADIN)

Considerada nãodegradável

Os valores de PDR e PNR de forragens são calculados usando as seguintes equações:

PRD = A + B1 [kdB1 / (kdB1 + kp)] + B2 [kdB2/(kdB2 + kp)] + B3 [kdB3/(kdB3 + kp)] ,ou seja A + B degradável

PNR = B1 [kp / (kdB1 + kp)] + B2 [kp / (kdB2 + kp)] + B3 [kp /(kdB3 + kp)], ou seja B+Cnão degradáveis

onde kd é a taxa fracional de degradação e kp é a taxa fracional de passagem da digesta.

5.4. Importância do sistema de avaliação de proteínas baseado em PDR e PNR nocontexto da IndiaPesquisas realizadas nos anos 60 (Virtanen, 1966), mostraram que o rúmen era capaz defornecer as proteínas necessárias para produção de até 4.500 kg de leite por lactação. NaÍndia, por muitos anos, o conteúdo de PB e PD foram usados na formulação de dietas deruminantes, considerando o fato de que a maioria dos animais na Índia é de baixa produção.

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Porem, com a introdução de búfalas selecionadas para leite a produção tem aumentado nosúltimos 15-20 anos. Hoje já não é raro encontrar animais atingindo 25 kg/dia na Índia aonível de fazendas. De qualquer modo, a maioria das fazendas de pesquisa não possuianimais de alta produção e, portanto, há pouca informação disponível de experimentoscontrolados utilizando sistemas de alimentação baseados em PDR e PNDR em búfalos,

Resultados de experimentos nutricionais com proteína protegida são sumarizados a seguir.5.4.1. Efeito da alimentação com proteína protegida na performance produtiva

 Efeito no crescimentoA maioria dos trabalhos envolvendo alimentação com tortas tratadas com formaldeídoindicou um efeito benéfico em ruminantes em crescimento. Tiwari e Yadav (1994)observaram que a torta de mostarda tratada com formaldeído garantiram um melhorcrescimento de bezerros que com a torta não tratada, mas comparável com torta deamendoim não tratada. Malik et al. (1981) verificou que a substituição de 30% de torta de

amendoim tratada com formaldeído (1% da PB) aumentou significativamente a velocidadede crescimento (637 d x 479g/d). Giri e Dass (1993) observaram que o nível de PB pode serreduzido em 15% na dieta de bezerros bubalinos quando suas dietas são suplementadascomo torta de mostarda tratada com formaldeído em substituição da torta não tratada.Chatterjee e Walli (1998) verificaram que a alimentação de bezerros bubalinos com tortade mostarda protegida pode fornecer melhor suprimento de lisina e metionina aos animaisque torta de amendoim protegida.

Porém, Pachuri et al. (1999) verificou que a inclusão de torta de amendoim tratada comformaldeído (usada a 1% da PB) e substituição à torta não tratada (até 70%) não resultouem nenhum efeito positivo na taxa de crescimento e que a proteína não degradável (PND)não foi importante para bezerros crescendo a uma taxa de 450-480 g/d, mas que a PNDresultou num efeito positivo na proteína no soro e na concentração de nitrogênio ureico embezerras alimentadas com uma dieta baseada em sorgo.

 Efeito na produção e composição do leiteOs trabalhos publicados revelam geralmente resultados inconsistentes com uso desuplementos protéicos em que elevadas quantidades de proteínas não degradáveissubstituem parcial ou totalmente fontes convencionais de proteínas tais como farelo de sojaou torta de algodão em testes experimentais de alimentação controlada, Chaterjee e Walli(1998) verificaram significativo aumento na produção leiteira (5,98 x 6,65 kg/d) e nagordura do leite em búfalas alimentadas com torta de mostarda tratada com formaldeído.Ao contrário, Chopra et al. (1982) observaram que não houve aumento na produção de leite(11,45 kg no grupo tratado x 12,81 kg/d no grupo controle) ou na % de gordura (6,26% nogrupo tratado e 6,63% no grupo controle) em búfalas leiteiras substituindo-se torta deamendoim por torta de amendoim tratada (formaldeído à base de 1% da PB). Porém, nascondições de campo onde os ruminantes são principalmente alimentados com resíduos deculturas e tem pouco acesso a concentrados, a resposta à alimentação com proteínas bypassé boa.

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5.4.2. Prováveis razões para as respostas inconsistentes à alimentação com proteínasprotegidas (não degradáveis no rúmen)A observada inconsistência nos resultados de alimentação com elevados teores de proteínasnão degradáveis no rúmen em experimentos controlados pode ser devido à fragilidade nosexperimentos de avaliar os efeitos do uso de dieta com elevado teor de PND que incluem:

1) Não levar em consideração a redução da produção de proteína microbiana quando sefornece proteínas não degradáveis às custas das proteínas degradáveis.

2) Não levar em consideração as necessidades de aminoácidos limitantes e o perfil deaminoácidos limitantes da fonte de proteínas não degradáveis. As fontes com elevado teorde PND que mais consistentemente beneficiam a performance de lactação de bovinos ebubalinos são a farinha de peixe, farinha de soja tratada e torta de mostarda tratada. Essessuplementos de proteína também possuem elevado índice de aminoácidos essenciais e altonível de lisina e metionina (os mais limitantes aminoácidos) quando comparado com outrasfontes.

3) Baixo potencial genético dos animais ou animais idosos utilizados em pesquisas e baixofornecimento de energia na dieta.

4) Grupos de tratamento onde não se fornece um numero de níveis de proteína bypass namesma dieta.

A alimentação de ruminantes com resíduos de culturas e pastos maduros dependem deproteína microbiana no rúmen como sua principal fonte de proteína metabolizável. Estesalimentos são deficientes em proteína bruta e minerais. Na ausência de fonte suplementaresde amônia e minerais, o crescimento microbiano é lento como resultado de uma baixarelação entre Proteína metabolizável (PM) e Energia metabolizável (EM). Portanto,proteína metabolizável torna-se limitante para animais em crescimento ou em produçãoleiteira. Por isso, animais alimentados somente com palhas respondem como uma funçãologarítmica quando suplementados com fontes de amônia e minerais ao rúmen e proteínasbypass parecem permitir que palhas e outras forragens de baixa qualidade sejam utilizadascom muito mais eficiência para produção do que estimado por seu conteúdo de EM. Assim,com suplementação de baixos níveis de nutrientes para o rúmen e baixos níveis de proteínasbypass em dietas de volumosos de baixa qualidade podem ser obtidas maiores respostas naprodução. A suplementação com uma fonte de proteínas bypass aumenta a eficiência no usodo nutriente absorvido e da energia. Os níveis de produção alcançados quando a proporçãode PM na EM é aumentada sobre uma taxa inicial baixa, são mais elevados que os previstospelo conteúdo de energia metabolizável dos alimentos (Leng, 1990). Isto provavelmente sedeve à baixa produção de calor associada ao aumento de balanço protéico e energéticomesmo quando a ingestão de alimentos não é aumentada.

Pesquisas recentes também demonstraram o importante papel da PND modificando o cursode sintomas e performance de animais sob stress. Fornecimento de proteína bypass parabezerros estressados resultou em aumento de performance (Philips, 1984). Além disso,dietas com elevados níveis de proteínas degradáveis no rúmen têm sido relacionadas aproblemas de fertilidade em rebanhos leiteiros. Assim, uma grande ênfase tem sido dada na

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adoção de sistemas de PDR e PNR em todo o mundo para reduzir o desperdício deproteínas, minimizar custo de alimentação e otimizar a performance animal e reduzir ostress metabólico associado a um desequilíbrio entre os níveis de proteína degradáveis enão degradáveis. Na Índia, a maioria dos valores de composição de alimentos enecessidades de animais têm sido expressos em termos de proteína digerível (PD) e

proteína bruta (PB) e não existe informação suficiente sobre as necessidades de proteínasdegradáveis e não degradáveis. De qualquer forma, há uma necessidade urgente dedesenvolver padrões de alimentação baseados em PDR e PND para búfalos que leve emconta os complexos aspectos do metabolismo de nitrogênio no trato digestivo deruminantes. Isto permitiria aumentar a eficiência na utilização das proteínas, minimize ostress metabólico e aumente a produtividade em búfalos. Também é urgente determinar asnecessidades de aminoácidos limitantes ao crescimento e produção leiteira de búfalos.

5.5. Necessidade de Proteínas para diversas funções

5.5.1. Manutenção, produção de leite e ganho tecidual.

Quando um animal é submetido a uma dieta livre de nitrogênio, a quantidade de nitrogênioem sua urina cai progressivamente por diversos dias estabilizando-se num nível baixo.  Istose deve à presença de proteínas de reserva, que pode ser utilizada em períodos de escassez.Uma vez consumida a reserva de proteínas, a excreção urinária atinge nível mínimo eaproximadamente constante. Este nível será mantido apenas se a ingestão de energia foradequada, pois se a proteína tecidual é catabolizada especificamente para fornecer energia,a exceção urinária volta a aumentar. A excreção urinária de nitrogênio a seu nível mínimo éconhecida como nitrogênio urinário endógeno (NUE) e representa a menor perda denitrogênio corporal compatível com a existência do animal. Em ruminantes, porções denitrogênio podem ser reciclados ao trato gastro-intestinal e depois excretadas pelas fezescomo resíduos de nitrogênio microbiano. É por isso que a perda de NUE écomparativamente menor em ruminantes. Assim, a perda de nitrogênio metabólico fecal(NMF) em ruminantes é muito maior que em não ruminantes. O nitrogênio excretado nasfezes de animais consumindo dietas livres de nitrogênio é denominada de nitrogênio fecalmetabólico, que se considera um resíduo de secreções do organismo a tecidos ligados aosmovimentos dos alimentos através do trato gastro-intestinal mas contém invariavelmenteproteínas microbianas. Teoricamente, a quantidade de nitrogênio ou de proteínas necessárioà manutenção é aquela em que se equilibram as perdas metabólicas fecais e urinárias denitrogênio (e também pequena quantidade de perdas que ocorrem na descamação, pelos esuor).

Um sumário de estimativas de necessidade de proteínas apontadas por diversos autores éapresentada na tabela 5.2

Há uma grande variedade nos valores apontados de necessidade de proteínas em búfalos. Amaior parte das variações nas estimativas pode ser atribuída à diferenças nos métodos deestimativa. A necessidade de proteínas por búfalos é principalmente estimada por trêsmétodos. O primeiro método (chamado método fatorial) envolve a medida das perdas denitrogênio pelo animal quando alimentado com dieta sem nitrogênio (mas adequada emoutros nutrientes) e calculada a quantidade de nitrogênio alimentar necessária paraequilibrar estas perdas. (Singh, 1965; Gupta, 1966; Negi et al.1968). As estimativas obtidas

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por este método são relativamente menores e a adequação destas estimativas quandoaplicadas em animais de produção é questionável. Animais de produção devem trabalharcom um turnover de proteínas mais intenso que nas condições nas quais NUE e NMF sãoestimados e, por isso, incorrem em maior custo de manutenção. Além disso, os valores deNUE e NMF não são absolutos, mas sim dependentes de uma interação de proteínas, fibras

britas e densidade calórica da ração. Geralmente, se acredita que a estimativa fatorialfornece valores muito menores que os obtidos em testes alimentares de longa duração.Portanto, estimativas fatoriais representam as necessidades mínimas e se ou quanto osníveis recomendados podem diferir dependerá da classe do lote, tipo de manejo e fatoreseconômicos baseados na comparação entre as estimativas fatoriais e resultados de testes dealimentação.

Tabela 5.2. Sumário de necessidades de proteína digerível (PD) em búfalosEstágio do ciclo de

vidaManutenção(g/ kg W0,75)

Crescimento(g / g ganho)

Lactação(g/kg 6%FCM)

Referencia

Adulta seca 2,089 Singh,1965

Adulta seca 2,84 Gupta, 1966Adulta seca 2,44-2,84 Gupta et al., 1966Macho adulto 1,68 Negi et al., 1966Macho crescimento 2,59-2,89 0,26 Pachuri, 1974Fêmea adulta seca 2,48 Kurar&Mudgal, 1977Seca não prenha 2,49-2,35 Kurar&Mudgal, 1981Macho crescimento 3,20 Kurar&Mudgal, 1980Femea crescimento 1,11 (3,40) 0,45 Singh et al., 1994Macho crescimento 2,95

(4,54-6,56)0,24

Baruah (1983)

Macho crescimento 3,60-5,05(5,98-7,64)

0,27-0,32(0,44-0,51)

Udeybir&Mandal,2001

Lactação (início) 3,20 53 Kurar&Mudgal, 1980Lactação (meio) 3,65 68,6 Kurar&Mudgal, 1978Lactação 3,005 (5,83) 0,20 (0,39) (102,2) Tiwari&Patle, 1997Lactação 3,14 (5,43) 0,23 (0,33) 55,24 (90,3) Paul et al., 2002Valores entre parênteses referem-se à necessidade de PB

De acordo com o segundo método as necessidades de proteínas de manutenção sãoestimadas (Pachuri, 1974; Kurar a e Mudgal, 1977; Siviah e Mudgal, 1978; Kurar e Mudgal,1980, Kurar e Mudgal, 1981) encontrando-se a mínima ingestão que produza equilíbrio denitrogênio em testes de balanço de curto prazo, onde os animais são alimentados cmdiferentes graduações, mas em níveis restritos de proteínas e as dietas são adequadas em

relação a outros nutrientes. Determinando as necessidades de proteína de manutenção destaforma é de certa forma análogo à reposição das perdas combinadas de nitrogênio endógeno.O equilíbrio de nitrogênio não é uma boa medida das necessidades de proteínas a não serque a necessidade de proteínas de todos os tecidos seja atendida. O equilíbrio de nitrogênionão garante a preservação da integridade do nitrogênio de reserva ou seu conteúdo nostecidos lábeis. Geralmente o equilíbrio de nitrogênio é atingido às custas de reservascorporais de proteínas, cuja depleção reduz as atividades enzimáticas, reduz o nível dehemoglobina e a contagem de espermatozóides. Portanto, quando o equilíbrio de nitrogênio

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é utilizado como medida das necessidades de proteína para manutenção, é importante que amedida seja feita em animais previamente bem nutridos de proteínas.O terceiro método (Baruah, 1983; Tiwari e Patle, 1997; Udeybir et al., 2001; Paul et al.2002) de estimativa de necessidades de proteínas (método estatístico) é baseado em analisede regressão múltipla em testes de longa duração, particionando a ingestão de proteínas

entre as diferentes funções usando o modelo: Y = a + b1X1 + b2X2 + b3X3, onde Y=ingestão do nutriente, a= constante, b1= coeficiente para necessidade de manutenção, b2=coeficiente para ganho de peso, b3= coeficiente para produção de leite. Se cuidadosamenteempregado, a estimativa obtida por este método pode ser considerada a melhor estimativaprática de necessidade de nutrientes. Desta forma, somente um experimento de necessidadede proteínas para novilhas em crescimento foi efetuado por Singh et al., 1994. O valorestimado de necessidade de manutenção é muito baixo e aquele estabelecido para ganho depeso é muito elevado quando comparado com estudos efetuados com machos emcrescimento e com novilhas bovinas. É, pois razoável estimar que não sejam disponíveisestimativas de necessidades de proteínas para novilhas em crescimento e a maioria dospadrões nutricionais recomendam as mesmas necessidades para crescimento em ambos os

sexos. As estimativas de necessidade de proteínas de búfalos machos em crescimentoapresentadas nesta publicação é baseada em estimativas apresentadas de análise deregressão múltipla em experimentos de longa duração (Baruah et. al, 1983). Asnecessidades recomendadas para búfalas em lactação foram baseadas em análise deregressão múltipla de informações de ingestão e performance de búfalas em lactação em 35experimentos de longa duração onde proteína foi o único nutriente isolado limitante (Paulet al,,2002). Em um estudo envolvendo novilhas Nili-Ravi as necessidades de PB e PMpara manutenção aos 125-150, 151-200, 201-250, 251-300, 301-350 e 351-400 kg de pesoforam respectivamente 6,96 a 4,03, 7,43 e 4,47, 7,27 e 4,07, 6,19 e 3,57, 9,48 e 4,65 e 9,48e 6,30 KJ ou g / kg W0,75. Os respectivos valores para ganho diário de peso foram 0,30 e0,21; 0,27 e 0,18; 0,24 e 0,20; 0,45 e 0,31; 0,42 e 0,24 e 0,26 e 0,24 KJ ou g/ g de ganhodiário de peso (Paul e Patil, 2007). Estes foram utilizados no desenvolvimento dos padrõesnutricionais para novilhas bubalinas.

5.5.2. GestaçãoRecém nascidos bovinos, ovinos e outros contêm 18-20% de proteínas (Blaxter, 1989). Oacréscimo de proteínas no feto e anexos parece apresentar uma curva exponencial egeralmente a taxa de deposição de proteínas é proporcional ao peso ao nascer. A eficiênciade utilização da proteína absorvida para incorporação pelo feto é menor que a demanutenção ou de lactação. Fica evidente em informações de abate de bovinos em paísesocidentais que a quantidade de deposição de proteínas no útero grávido (até o terço final degestação) é muito pequena em relação às necessidades de manutenção da mãe.

Não existe informação disponível sobre as necessidades de proteínas de búfalas emgestação e a maioria dos padrões nutricionais adotou os valores sugeridos pelo NRC. Umestudo envolvendo búfalas Nili-Ravi gestantes no CIRB (Nabha) indicou que búfalas emgestação requerem 12% de PB na dieta durante 240-270 dias e 14% PB durante 270-308dias de gestação (Paul e Patil, 2006).

As necessidades de proteínas apresentadas nos padrões nutricionais sugeridas por Mandalet al. (2003) é baseada em cálculo fatorial de informações de bovinos abatidos conforme

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recomendado por AFRC (1991). Não há informação disponível sobre a necessidade deproteínas para o desenvolvimento mamário durante a gestação ou para o crescimentomaterno. De qualquer forma, a maioria dos padrões nutricionais recomendam para búfalasimaturas na primeira e segunda lactação , 20% e 10% respectivamente, de proteínadigerível adicional para atender à necessidade de crescimento além do necessário para

manutenção.5.5.3. TrabalhoA proteína não é o combustível normal para o trabalho muscular e não há um consumo detecido durante o trabalho. Desta forma, teoricamente, não é necessário fornecimentoadicional de proteínas desde que a ração forneça adequadamente carbohidratos e gorduraspara a energia adicional requerida pelo trabalho pesado. Porém, desde que durante otrabalho pesado a necessidade de energia aumenta, a menos que o conteúdo de proteínas naração seja aumentado, altera-se a relação de nutrientes o que resulta em redução dadigestibilidade e da utilização eficiente de energia. Desta forma, há uma necessidadeadicional de proteínas que permita a manutenção adequada da relação nutritiva da dieta que

deve se situar entre 1:8-10, que geralmente mais larga que nas rações para lactação oucrescimento (Ranjhan e Pathak, 1979). De qualquer modo, não existem recomendações denecessidade de proteínas para búfalos em trabalho e nesta publicação são adotados valoressugeridos em padrões nutricionais existentes.

5.5.3. Touros em serviçoAs necessidades de proteínas para produção de sêmen são irrelevantes quando comparadaàs necessidades de manutenção. De qualquer modo, para manutenção de boa saúde e paraassegurar uma ingestão ótima de alimentos, proteína suficiente deve ser fornecida pela dietade touros em serviço. Até o presente não existe na India estimativas das necessidades deproteínas ara búfalos em serviço sendo as recomendações apresentadas baseadas nasrecomendações do NRC (1989). A necessidade de proteínas para manutenção de touros emserviço é de 7,46 g PB/ kg W0,75.

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__________________________________________________________________ 6Ingestão Voluntária de Matéria Seca

em Diversas Categorias de Búfalos_______________________________________________________________________

Apesar da matéria seca não ser propriamente uma categoria de nutriente, ela é consideradaum veiculo para os demais nutrientes da dieta. Portanto, qualquer padrão de dieta deve sercapaz de prever a de forma precisa a ingestão de matéria seca sob as diversas situações, oque auxiliará o nutricionista a determinar a quantidade de ração necessário para o animal

ver atendidas as suas necessidades de todos os nutrientes. A formulação de uma raçãoeconômica e balanceada necessita inicialmente de uma estimativa precisa da ingestãovoluntária de matéria seca à vontade. Relacionar a quantidade de nutrientes necessárioscom a estimativa de ingestão de matéria seca e então agrupar os animais de acordo comsuas necessidades minimiza os desvios individuais de alimentação que ocorrem quandouma dieta com mistura total é fornecida para consumo à vontade em um grupo de animais.O conhecimento da quantidade de alimentos consumida pelos animais proporcionaflexibilidade no uso de ingredientes alimentares, otimizando o uso de forragens e ajudandoa planejar a aquisição de ingredientes.

Equações para previsão de ingestão de matéria seca no caso de bovinas de leite foram

geralmente obtidas por técnicas de regressão aplicadas a bases de dados históricas (Forbes,1995).

Os padrões sugeridos por Kearl (1982) foram determinados dividindo-se a ingestão de NDTpela percentagem de NDT estimada da ração. NRC (1989) adotou a seguinte equação paraprever a ingestão de matéria seca pela bovina leiteira:

IMS(kg/d) = - 0,293 + 0,0968 x Peso Metabólico(kg) + 0,372 x FCM 4% (kg)

Fatores que influenciam o consumo de matéria seca.

 Relacionados com o animal Influenciam a ingestão de matéria seca o peso corporal, o estado fisiológico, o nívelprodutivo, a composição corporal, alterações metabólicas ou digestivas, etc. A ingestão estáintimamente relacionada com o ganho de peso e relaciona-se melhor com o pesometabólico (W 0,75) do que com o peso corporal (Udeybir et al.,2000, AFRC, 1991). Aingestão parece estar relacionada com a produção de calor corporal (fasting heatproduction), que, por sua vez, relacionada com o peso metabólico. Existe uma elevada

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correlação (P<0,01) entre velocidade de crescimento e ingestão de MS ou de NDT embovinos e bubalinos (Udeybir et al.,2000). A produção leiteira é outro fator que afeta aingestão de matéria seca. Baseado em informações de pesquisas na Índia, encontrou-secorrelação significativa entre a produção de leite corrigida para gordura (FCM) e ingestãode matéria seca em vacas leiteiras e búfalas (Mandal et al., 2001). O teor de gordura do leite

também está relacionado com a ingestão de matéria seca em alguns experimentos. Aingestão em animais em lactação é determinado pelo peso corporal, produção leiteira,estágio de lactação e conteúdo de gordura no leite. A ingestão é menor logo após o parto evai aumentando gradualmente até cerca de 30 dias. O aumento da ingestão que ocorreprecocemente na lactação é maior nas maiores produtoras que nas piores e atinge umplateau entre 3-6 meses. A gordura corporal também modula a ingestão voluntária dealimentos. Em animais mais magros, a ingestão por unidade de peso metabólico tende a sermaior que em animais mais gordos. Na gestação, a ingestão é determinada pelo balanço dedois fatores opostos; o aumento da necessidade de nutrientes tende a aumentar a ingestãomas a redução da cavidade abdominal devido ao crescimento do feto tende a reduzir aingestão de alimentos.

Algumas desordens digestivas e metabólicas como uma simples indigestão,empansinamento, reticuloperitonite, (bloat), indigestão vagal, torção de abomaso,acetonemia, síndrome do fígado gordo afetam a ingestão em extensão variavel.

 Fatores relacionados aos alimentos Diversos fatores relacionados com os alimentos como a composição da dieta, densidadeenergética, relação entre volumosos e concentrados, presença de fatores antinutricionais,tamanho das partículas e fatores sensoriais podem afetar a ingestão voluntária de alimentos.

Com dietas ricas em fibras, a ingestão de matéria seca é influenciada pelo teor de fibras dadieta e o enchimento do rúmen parece ser um fator limitante na ingestão de ruminantes.Com dietas menos fibrosas, a fibra não limita a ingestão, mas sim a densidade energética dadieta e necessidade de energia. NDF e ADF apresentam correlação negativa com a ingestãode matéria seca. Bovinos ingerem até 20% mais matéria seca na forma de leguminosas doque consumindo gramíneas (Wangsness and Muller, 1981), em função do menor teor deNDF das leguminosas.

O consumo total de matéria seca se reduz se a umidade da dieta supera 50%. O efeito émais pronunciado no caso de silagem do que de forragem verde.

A ingestão de matéria seca aumenta com níveis até 19% de proteína bruta na dieta (Weiss,1991). Teores inferiores a 8% reduzem a ingestão em bovinos em função da redução dadigestão microbiana. Aumento da ingestão de gordura acima de 3% da dieta total reduz aingestão de matéria seca por inibição da fermentação ruminal. Outros nutrientes cujasdeficiências estão sujeitas a uma ingestão restrita de alimentos em ruminantes são enxofre,fósforo, sódio, cobalto, etc.

A relação entre a densidade de nutrientes e a ingestão voluntária de matéria seca emruminantes é bifásica. Quando o alimento é uma forragem pobre ou média, a correlaçãoentre a densidade de energia e ingestão de matéria seca é positiva. Quando a forragem é de

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alta qualidade e com grande proporção de grãos na dieta, a correlação entre a densidade deenergia e ingestão de matéria seca é negativa (NRC,1989).

Em pesquisas conduzidas na Índia, observou-se que a ingestão de matéria seca e aeficiência na utilização de nutrientes aumenta em búfalos com redução de proteínas

digeríveis e de NDT na ração, tendência inversa da observada em bovinos (Paul et al,2003).Tamanho das partículas exerce grande influencia na ingestão de matéria seca. Cortes maisintensos de forragens aumenta sua digestibilidade e taxa de passagem. A trituração devolumosos resultou num aumento de até 30% no consumo apesar da digestibilidade dosalimentos ter diminuído pela passagem mais rápido do alimento pelo tubo intestinal(Ronning e Dobie, 1962).

Suplementação em uma dieta de volumosos de baixa qualidade aumenta a ingestão dematéria seca pelo fornecimento de nutrientes catalíticos. Quando grãos ou concentrados sãoadicionados em uma dieta exclusiva de volumosos, a ingestão de volumosos aumenta. Por

outro lado, aumentando o percentual de concentrados na ração, resulta em menor ingestãode forragens. Quando a percentagem de concentrados na ração excede 70% a fermentaçãoruminal é prejudicada. Plegge e Goodrich (1986) mostraram que a densidade de energia daração exerce um efeito quadrático na máxima ingestão de matéria seca por bovinos de corte,com o pico de ingestão sendo observado quando a energia metabolizável (ME) foi de 2,52Mcal/kg (~75,5 % de NDT). A ingestão aumenta proporcionalmente ao aumento dedigestibilidade entre 52 e 68% e acima disto, a ingestão é limitada pela demanda de energiapela vaca.

A ingestão é deprimida quando a maior parte da dieta é composta por alimentosfermentáveis, pela presença de ácidos orgânicos, aminas e nitrogênio amoniacal.

A presença de produtos tóxicos como micotoxinas, plantas tóxicas, metais pesados eresíduos de pesticidas pode reduzir a ingestão de alimentos. Fatores sensoriais como sabor,cheiro e cor, exercem efeitos variáveis em diferentes espécies animais. Uma variedade desubstancias aromáticas como endro, anis, (fenugreek) são reconhecidos como estimulantesde consumo.

 Fatores ambientaisOs principais fatores ambientais que influenciam a ingestão de alimentos incluem atemperatura, doenças, fotoperiodo, fatores sociais, confinamento, etc.

O consumo voluntário em bovinos é influenciado por temperaturas acima de 25ºC e abixode 15ºC. Estudos com raças de clima temperado indicam que em ambiente refrigerado (5 a15ºC) o consumo se eleva de 2-5%. Temperatura entre -5 e 5ºC estimulam a ingestão entre5 e 10% (Fox e Black, 1984). Stress por frio aumenta a taxa de passagem do bolo alimentare reduz a digestibilidade e também gera um aumento de apetite. O stress pelo calor deprimea ingestão de alimentos quando a umidade relativa supera 72 (Holter et. Al, 1996). O efeitodo stress pelo calor é muito acentuado se não houver noites mais frescas. A ingestão dematéria seca de vacas leiteiras pode ser deprimida cerca de 3,3% para cada ºC acima de25ºC de temperatura e estes efeitos são aumentados na presença de elevada umidade

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relativa do ar. Em temperaturas acima de 35ºC, animais em produção podem apresentaruma depressão de 10-35% na ingestão e animais em manutenção podem ter uma redução de5-20% na ingestão (Fox e Black, 1984).

Infestação por parasitas geralmente causa uma depressão primária na ingestão de alimentos.

A redução do apetite é um sintoma comum na tripanosomiase, babesiose, fasciolose,orteargiase e infecção por tricostrongilose. A duração desta depressão de ingestão dependeda velocidade de desenvolvimento de imunidade que pode variar de poucos dias eminfecções por protozoários (Van Dam,1996) até diversas semanas em parasitismo porhelmintos. O grau de depressão de ingestão de alimentos em doenças por protozoários nosangue (como trypanosoma) pode ser de até 31% (Dam et al,1998), sendo que o fator queinduz a esta depressão não está bem determinado, tendo sido sugeridas várias hipóteses.Uma delas é que o parasita causaria uma deficiência de proteínas e aminoácidos nohospedeiro a qual seria responsável pela redução na ingestão. O nível plasmático decolecistoquinina e neuropeptidios aumenta à medida que a ingestão cai durante o curso dainfestação, o que sugere que tal fator poderia estar envolvido na perda do apetite.

Várias infecções por bactérias (E. coli, Salmonella, M. paratuberculosis), vírus (Rotavirus,Corona vírus, Doença de Mucosas, Rinderpest), protozoários (Eimeria, Cryptosporidium)afetam o trato gastrointestinal, causando diarréia e reduzem a ingestão de alimentos, damesma forma que varias desordens gastrointestinais e doenças metabólicas.Variasmicotoxinas, plantas tóxicas, resíduos de pesticidas, matais pesados também reduzem aingestão de alimentos em extensões variáveis.

O confinamento e fatores sociais podem também causar stress nos animais e afetar aingestão voluntária de alimentos.

Experimentos sobre ingestão voluntária de matéria seca em búfalos Búfalos em crescimentoSharma e Talpatra (1963) relataram 2,43 e 2,32 kg de ingestão de matéria seca por 100 kgde peso vivo em bezerros búfalos machos com plano de nutrição médio e elevado. Jain et.Al (1970) relataram consumo de 2,2% em búfalos em crescimento consumindo palha avontade. Agarwal (1974) relatou que consumindo rações baseadas em concentrados evolumosos o consumo entre 9-13 meses foi respectivamente de 2,74% e 2,59%, entre 14-18 meses, foi de 2,59 e 2,34% e acima de 18 meses foi de 1,97% e 2,53% do peso vivo.Sharma e Murdia (1974) relataram que bezerros Surti consumiram 2,35% de MS entre 11-12 meses (139-160 kg) utilizando feno de trevo alexandrino (berseem) como únicovolumoso. Siviah e Mudgal (1978) verificaram consumo de búfalos em crecimentovariando entre 2,27e 2,37% do peso vivo. Em um estudo envolvendo machos Nili-Ravi emcrescimento alimentados com volumosos observaram a ingestão de matéria seca de 2,79%,2,65%, 2,66%, 2,57%, 2,55%, 2,39%, 2,35%, 2,30% e 2,27% respectivamente aos pesos de125, 151, 175, 202, 225, 251, 275, 300 e 325 kg (Paul et al., 2004). Em outro estudoenvolvendo novilhas Nili-Ravi com dieta baseada em volumosos observou-se um consumode 2,88%, 2,61%, 2,25% e 2,29% com pesos respectivamente de 121, 175, 225, 277, 326 e384 kg (Paul e Patil, 2007)

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 Búfalas em lactaçãoSebastian et. al. (1970) verificaram o consumo diário de 2,54% de matéria seca em búfalasem lactação. Taparia e Sharma (1980) verificaram consumo de 98,9 a 148,5 g por kg depeso metabólico (W 0,75) em búfalas em lactação. Mudgal e Kurar (1978) observaramconsumo em búfalas Murrah em lactação de 111,4 , 133,8 e 157,7 g/ kg W 0,75 para grupos

recebendo respectivamente 90, 110 e 130% da energia recomendada pelo NRC. Em umexperimento conduzido recentemente pelo CIRB em búfalas Nili-Ravi em lactação, a médiade consumo foi de 2,62% do peso corporal. (Singh et al., 2008).

Outras categorias de búfalosJain et al. (1970) verificaram o consumo de 1,6 kg por 100 kg de peso vivo em búfalos

adultos consumindo palhas a vontade. Ranjam (1980) verificou que garrotes búfalosconsumiam 2,5 a 3,0% do peso vivo quando alimentados com volumosos de boa qualidadena fase de crescimento, mas, em terminação, a ingestão se reduzia para 1,5 a 2,0% do pesovivo.

Previsão da ingestão voluntária de alimentosPara o balanceamento de rações, com o objetivo de reduzir desperdícios e maximizar aingestão de matéria seca com uso de ingredientes mais econômicos e para permitir oplanejamento da aquisição destes ingredientes, torna-se necessário uma previsão acurada daingestão de alimentos. Como se discutiu anteriormente, numerosas características da ração,do animal e do ambiente afetam o consumo voluntário de matéria seca. Algumas destascaracterísticas não são facilmente quantificáveis e assim, praticamente não são levadas emconta pelos produtores. Algumas das variáveis mais comumente utilizadas em equações deprevisão de consumo de animais de leite são o peso corporal, leite corrigido para 4% degordura, conteúdo de proteína do leite produzido, semana de lactação, NDF na ração, fibrabruta, porcentagem de volumosos representada pela silagem, alterações no peso corporal,temperatura ambiente, e estação do ano (Weiss, 1991; Holter et al., 1996). Existem diversasequações de predição disponíveis (AFRC,1991) para raças de clima temperado que podemnão ser aplicáveis nas condições da Índia ou para raças tropicais. Além disto, a maioria dasinformações necessárias para as predições não foram coletadas na Índia. Diante destasdificuldades em se prever a ingestão de matéria seca com precisão, a maioria dos padrõesindianos optaram para calcular a ingestão diária de matéria seca como aquela necessáriapara atender à necessidade de energia para manutenção, produção de leite e recuperação deperda de peso usando dietas com concentração de NDT recomendadas.

 Previsão de ingestão de matéria seca em búfalos de rio em lactaçãoApesar de existir grande quantidade de informações primárias disponíveis sobre a ingestãode matéria seca por búfalas de rio em lactação submetidas a diversas situações dietéticas, sórecentemente se dedicou alguma atenção na previsão da ingestão de matéria seca por estesanimais. Recentemente, Madal e al. (2001) desenvolveram um modelo para previsão deingestão de matéria seca a partir de dados primários de quase todos trabalhos efetuados naÍndia. Estes pesquisadores observaram que a ingestão de matéria seca poderia ser previstacom elevado grau de precisão (6,9% da ingestão atual) baseando-se em valores facilmenteobtidos tais como a %NDT calculada da ração, peso corporal, produção leiteira, % degordura do leite e alterações do peso corporal, usando o modelo:

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IMS (kg/d) = 4,92 – 0,126 x %NDT +0,00568 x ganho peso diário (g/d) +0,06008 x W 0,75 + 0,362 x FCM 4% (kg/d) + 0,59 x %gord leite.

Mandal et al. (2001) também avaliaram a precisão de modelos de previsão adotados emdiferentes padrões de alimentação, usando a mesma base histórica. Ele observou que os

modelos usados por Kearl (1982) e pelo NRC (1989) superestimavam a ingestão diária dematéria seca respectivamente em 13,5% e 8,5%, enquanto que o modelo adotado porPathak e Verma (1993) subestimava a ingestão em 12,1%. O erro de previsão destes trêsmodelos foi de 1,88, 1,886 e 1,95 kg/dia ou 15,73, 15,79 e 16,32 % da ingestão atual,respectivamente. Subdividindo a ingestão de matéria seca nas diversas funções para que sedestina, verifica-se 60,08 g por kg de peso metabólico para manutenção, 524 g por kg deleite FCM 4% e 5,07 g por g de ganho de peso (Mandal e al., 2001)

A previsão de ingestão de matéria seca utilizada pelo autor na elaboração de tabelas derecomendações é a determinada no trabalho de Mandal et al. 2001.

 Búfalos em crescimentoNenhum pos padrões de alimentação fornece separadamente as necessidades de ingestãopara manutenção e para ganho de peso e não se verificam esforços para determinar modelosde predição de ingestão de búfalos em crescimento. Antes, a maioria dos trabalhos erecomendações apresentavam a necessidade total para ambas as funções o que acabavaresultando em erro na predição de ingestão de matéria seca por animais em crescimento. Ospadrões determinados por Kearl (1982) sugeriam uma necessidade mínima para búfalos emcrescimento de 97,4 g de MS/ kg de peso metabólico. O padrão sugerido por Pathak eVerna (1993) recomenda 80-105 g de MS por kg de peso metabólico. Os padrões do ICAR(1985 ; 1998) não fornecem nenhuma base para tais necessidades.

Apesar da disponibilidade de grande quantidade de dados primários de ingestão de matériaseca em búfalos em crescimento submetidos a diferentes dietas, apenas recentementeverifica-se alguma atenção envolvendo modelos de previsão de ingestão de matéria secadestes animais. Udeybir e Mandal (2001), baseado em informações de um grande numerode trabalhos desenvolvidos em diferentes partes da Índia, desenvolveram equações deprevisão de ingestão de búfalos em crescimento pesando entre 100 e 300 kg de peso vivo.Estas estimativas foram baseadas em manejos alimentares diversificados e em grandenumero de observações e pode, portanto ser utilizado como um guia pratico.

Num estudo envolvendo bufalos Nili-Ravi conuzido pelo CIRB (Paul et. Al. 2004), aingestão de matéria seca de bufalos em crescimento foi estimada em 67,02g, 64,00g, 63,6g,62,64g, 60,70g, 60,00g, 61,00g, 61,58g e 59,00 g /kg de pesometabólico para manutençãoaos 125, 150, 175, 200, 225, 250, 275, 300 e 325 kg de peso corporal respectivamente. Aingestão de matéria seca para ganho de peso de uma grama foi respectivamente 2,43g,2,66g, 2,71g, 2,96g, 3,36g, 3,21g, 3,26g, 3,93g e 4,27 g.

A ingestão de matéria seca prevista nas diferentes recomendações ou autores para bufalosem crescimento à razão de 500 g de ganho de peso diário em diferentes pesos corporaisestão apresentadas na tabela abaixo. Nossa estimatica da necessidade de ingestão de MSsão similares às apresentadas em estudos com búfalos não identificados (Baruah et al. 1990)

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ou análise de grande numero de informações de diferentes raças de búfalos (Udeybir eMandal, 2001). Porém, nossas estimativas são bem maiores que as necessidades parabovinos recomendadas pelo padrões dealimentação do NRC (1989). Nossas estimativas sãomais ou menos comparáveis com as previstas por Kearl (1982) , exceto aos 100 kg de pesoem que sugerimos um consumo 18,93% superior ao previsto por ele. De forma similar, os

valores especificados por Pathak e Verma (1993) são também comparaveis exceto pelosmenor peso (100 kg) e pelo maior (300 kg).

Tabela 6.1. Comparação de previsão de ingestão de materia seca com trabalhosanteriores em bufalos em crescimento e pdrões existentes de recomendações

PesoCorporal

(kg)

Ganhodiário(g/d)

Paul et al(2004)

Baruah etal (1990)

Udeybir &Mandal(2001)

Kearl(1982)

Pathak &Verma(1993)

NRC(1989)

Previsão de ingestão diária de matéria seca (kg/d)

100 500 3,333,25

(+2,7%) 3,44

(-0,4%) 2,80

(+18,9%) 2,77

(+20,2%) 2,45

(+35,9%)

150 500 4,073,84

(+6,0%) 4,02

(+1,2%) 4,10

(-0,7%)3,75

(+8,5%)3,28

(+24,1%) 

200 500 4,81 4,44(+7,7%) 

4,80(+0,0%) 

5,10(-5,7%)

4,65(+3,3%) 

4,12(+16,8%) 

250 500 5,385,04

(+6,8%) 5,60

(-3,5%)5,90

(-8,8%) 5,50

(-2,2%) 4,99

(+7,8%)

300 500 6,405,64

(+13,5%) 6,80

(-5,9%) 6,80

(-5,9%)5,59

(+14,5%) 5,89

(+8,7%) 

Valores entre parênteses indicam maior ou menor percentagem recomendada (Paul 2004)em relação à prevista pelos autores indicados.

Nesta publicação a ingestão de matéria seca prevista foi baseada em Paul et al (2004) eUdeybir e Mandal (2001).

Outras categorias de búfalosMuito pouca informação pode ser localizada sobre a ingestão de matéria seca de outrascategorias de búfalos. Portanto, para estas categorias, valores adotados em padrõesanteriores (Pathak e Verma, 1193 e Mandal et. Al., 2003), foram adotados neste trabalho esão apresentados abaixo.Previsão de ingestão de matéria seca em búfalos com menos de 6 meses:

1. Bezerros ingerindo apenas leite ou sucedâneos:Do nascimento até 1 mês: 30-35 g / kg W 0,75 De 1 a 2 meses: 35-40 g / kg W 0,75 De 2 a 3 meses: 35-45 g / kg W 0,75

2. Bezerros com aleitamento restrito ou parcialmente alimentados com leite desnatadocombinado com ração iniciadora e forragem.De 1 a 2 meses: 50-60 g / kg W 0,75 De 2 a 3 meses: 60-75 g / kg W 0,75

3. Ingestão de matéria seca dos 3 aos 6 mesesDieta rica em concentrados: 75-90 g / kg W 0,75 

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Dieta rica em volumosos de boa qualidade, leguminosas ou mistura de cereais eleguminosas: 65-80 g / kg W 0,75 

 Ingestão de matéria seca por búfalos de trabalhoA ingestão aumenta com o aumento da carga de trabalho e é similar ao de búfalas em

lactação. A ingestão pode ser de 2,0 kg, 2,5 kg e 3,0 kg por cada 100 kg de peso vivo paraanimais envolvidos em trabalhos respectivamente leves, médios e pesados.

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Ingestão de Água em BúfalosA água representa mais da metade da massa corporal de búfalos e sua concentração serelaciona negativamente com a concentração de gordura corporal. A água desempenha umimportante papel na manutenção do balanço osmótico, transporte de nutrientes e excreçãode produtos finais do metabolismo. A relação entre fluidos intra e extra celular é de cercade 2:1. Aumento na pressão osmótica dos fluidos extra celular causa sensação de sede. Aágua nos produtos (feto, leite e ganho de peso) e perda de água pelas fezes, urina ouevaporação deve ser reposta a fim de prevenir a desidratação do animal. Parcialmente, a

água produzida durante os processos metabólicos é chamada de “água metabólica” é poderepresentar uma fonte de água. A maior parte, porém, deve ser ingerida, seja comocomponente do alimento ingerido ou in natura. As perdas evaporativas são muito maioresdurante stress calórico.

Fatores que afetam a ingestão voluntária de água

Na há informações sobre os efeitos da limitação de ingestão de água sobre a matéria secaingerida ou de efeito negativo da fome na ingestão de água em búfalos. Estudos com outrosruminantes indicam que a limitação na ingestão de água afeta a ingestão de matéria seca e afome diminui o consumo de água. Búfalos aumentam sua ingestão de água

substancialmente durante stress calórico, Elevados níveis na dieta de proteína bruta eeletrólitos monovalentes (sódio, potássio e cloro) aumentam o volume urinário (paraexcreção de uréia e eletrólitos) e, portanto, aumenta a demanda por água. A ingestão deágua em búfalos está diretamente relacionada com a ingestão de matéria seca (Sengre eDahiya,1990). Singh et al. (1966) verificaram que novilhas búfalas consumiam 5,2 litrospor kg de matéria seca ingerida. Sebastian et al. (1970) verificaram que búfalas Murrah emlactação consumiram água à razão de 5,5 litros/ kg de matéria seca ingerida.

Detalhes sobre a ingestão e excreção de água em machos Nili-Ravi em crescimento sãoapresentados na tabela 7.1 (Paul e Mahapatra, 2001). Detalhes do metabolismo da água embúfalos castrados são apresentados na tabela 7.2. (Punia e Dahiya, 1998).

Tabela 7.1. Ingestão e destino de água em búfalos em crescimento durante o inverno (pesocorporal de 173 kg)

Ingestão de água Litros/dÁgua ingerida 7,1 – 19,8

Água dos alimentos 2,1 – 14,5Água metabólica 1,44 – 1,50

Água total disponível 21,8 – 23,6

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Água excretadaÁgua fecal 5,6 – 6,9

Água urinária 8,9 – 9,9Total 14,7 – 16,8

Perdas por evaporação 6,2 – 7,9

Água ingerida / kg IMS 5,3 – 5,5(Ref: Paul e Mahapatra, 2001)

Tabela 7.2. Ingestão e metabolismo da água em búfalos castrados (peso 355 kg, 38-46meses) durante clima quente e úmido de setembro (temp. máx. 35oC, umidade relativa 74%)

Ingestão de água Litros/dÁgua ingerida 35,8

Água dos alimentos 8,2Água metabólica 12,1

Água total disponível 36,1

Água excretadaÁgua fecal 16,1

Água urinária 6,2Total 22,3

Perdas por evaporação 13,8Água ingerida / kg IMS 5,2

(Ref: Punia e Dahiya, 1998)

Quantificar a necessidade de água com base em evidencias científicas é considerado umanecessidade. De qualquer forma, como as informações experimentais são insuficientes para

determinar padrões de consumo de água, esta deve estar sempre disponível para búfalos.

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Necessidades eTolerância a Minerais

Minerais são essências para a manutenção da vida, promover o crescimento, produção,reprodução e resistência do gado a doenças. Animais privados de elementos minerais nadieta continuam a excretar estes minerais pela urina, fezes e pele e, portanto, necessitam deminerais para sua manutenção. A continua ingestão de dietas deficientes em um mineralcausa doenças carenciais, caracterizadas por sintomas clínicos, alterações patológicas, baixaprodução, queda de fertilidade e elevada mortalidade. As maiorias das doenças causadaspor deficiências minerais são corrigidas quando se suplementa o mineral deficiente na dieta.

A abordagem utilizada na determinação das necessidades minerais são divididas em doismétodos: (a) estimativa teórica pelo método fatorial e (b) estimativa prática por testes dealimentação (balanço e crescimento). Para estimar a necessidade de mineral pelo métodofatorial, informação sobre o conteúdo do mineral na carcaça, conteúdo no leite, excreçãoendógena e disponibilidade são necessárias sendo que estimar as perdas endógenas edisponibilidade é muito difícil. Para estimar a necessidade mineral por testes nutricionais édifícil estabelecer um critério satisfatório de adequação. Além disso, as reservas corporaisde certos minerais complicam a avaliação das necessidades. Em função destas dificuldades,as informações sobre a necessidade de minerais em búfalos são limitadas.

Agarwala et al.(1971) determinaram que a necessidade de cálcio e fósforo para manutençãode búfalos adultos seria de aproximadamente 23 a 35 d/g e 12 a 17 g/d, respectivamente.Sebastian et al. (1970) sugerem que as búfalas em lactação apresentam um maior balançode cálcio e fósforo que bovinas em lactação submetidas à mesma dieta. Singh (1993), Rao(1948) e Saini e Ray (1964) observaram que búfalos foram capazes de satisfazer suasnecessidades de cálcio de forragens grosseiras enquanto os bovinos mostraram balançosnegativos. Mudgal et al. (2007) verificaram que as necessidades de selênio e cobre podemser maiores para búfalos que os níveis recomendados pelo NRC para bovinos. Sabe-se quea excreção de minerais é influenciada pela natureza da dieta e stress ambiental. AFRC(1991) observou que bovinos alimentados com dietas de baixa energia secretam maisfósforo na saliva que os alimentados com dietas ricas em energia e assim,a perda endógena

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e necessidades na dieta deste mineral são maiores quando submetidos a dietas com baixonível de energia. Estes trabalhos indicam que as necessidades minerais de búfalos podemser levemente diferentes dos valores recomendados para bovinos em paises de climatemperado. Quantificando as necessidades de minerais com base em evidencias científicas éuma necessidade. De qualquer forma, as informações experimentais são insuficientes para

desenvolver padrões para minerais em búfalos, necessidades e níveos de tolerânciarecomendados pelo NRC (1989) e outros padrões para bovinas leiteiras foram adotadosnesta publicação.

CálcioNecessidade: 0,53% da dietaNível de tolerância: 2,00% da dieta

FósforoNecessidade: 0,34% da dieta (base MS da ração total)Nível de tolerância: 1,00% da dieta

Cloreto de Sódio

Necessidade: 0,43% da dietaNível de tolerância: 4,00% da dieta (lactação) – 8,00% (não lactação)Cobalto

Necessidade: 0,10 mg/kg da dietaNível de tolerância: 10 mg/kg da dieta

CobreNecessidade: 10 mg/kg da dietaNível de tolerância: 100 mg/kg da dieta

IodoNecessidade: 0,6 mg/kg (lactação) e 0,25 mg/kg (crescimento ou gestação)Nível de tolerância: 50 mg/kg da dieta

FerroNecessidade: 50 mg/kg da dietaNível de tolerância: 1.000 mg/kg da dieta

ManganêsNecessidade: 40 mg/kg da dietaNível de tolerância: 1.000 mg/kg da dieta

ZincoNecessidade: 40 mg/kg da dietaNível de tolerância: 500 mg/kg da dieta

SelenioNecessidade: 0,3 mg/kg da dietaNível de tolerância: 3 mg/kg da dieta

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Necessidades eTolerância a Vitaminas

Vitaminas são essenciais na manutenção da vida, promoção do crescimento, produção,reprodução e resistência a doenças em búfalos. A maioria das doenças por carência devitaminas é corrigida quando a vitamina deficiente é suplementada. As necessidades devitaminas são determinadas primariamente por testes alimentares. É difícil selecionar umcritério adequado para determinar as necessidades sendo os principais a taxa de crescimentoe ausência de sinais de deficiência (que pode ser detectado por exame visual, testesfisiológicos ou enzimas indicadoras no plasma). Necessidades de vitaminas lipossolúveissão geralmente proporcionais ao peso corporal, mas as necessidades de vitaminas do grupoB estão ligadas ao metabolismo, ingestão de alimentos ou ingestão de nutrientes específicos.As necessidades de vitaminas B também variam em função da extensão em que sãosintetizadas no intestino. A disponibilidade e estabilidade das vitaminas também variamcom suas fontes. Existe pouca informação a respeito das necessidades de vitaminas embúfalos. As informações experimentais são insuficientes para o estabelecimento de padrõespara vitaminas em búfalos e, as recomendações de necessidade e tolerância do NRC (2001)e outros padrões para bovinos leiteiros foram adotados nesta publicação.O presente capítulocobre as necessidades e limites máximos de tolerância.

Vitaminas Essenciais na Ração de BúfalosA nível tecidual, os búfalos necessitam das mesmas vitaminas que os outros mamíferos.Apesar disso, a flora ruminal de búfalos tem a habilidade de produzir vitaminas docomplexo B e vitamina K. Após o nascimento, o processo de desenvolvimento do rúmen ecolonização microbiana começa com 8 dias de idade o que leva à produção de algumasvitaminas no rúmen e, com cerca de 2 meses de idade a síntese do complexo B e vitaminaK já é suficiente para atender à necessidade fisiológica. Portanto, até os dois meses de idadeos búfalos (bezerros pré-ruminantes) necessitam de suplemento destas vitaminas na dieta.Após isto, suplementação na dieta só seria necessária em caso da função ruminal serafetada por alguma doença, pelo consumo de antibióticos ou fornecimento excessivo degrãos. Vitamina C é sintetizada pelo corpo dos búfalos e a vitamina C da dieta é na maior

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parte destruída no rúmen e, portanto, a suplementação dietética de vitamina C não éessencial. Maior parte das necessidades de vitamina D é atendida pelo auto suprimentopela síntese na pele dos búfalos e o restante sendo encontrado nos alimentos. Precursores devitamina A e E não são sintetizados pela flora microbiana ou pelo corpo dos búfalos edevem ser fornecidos na sua dieta. Portanto, vitaminas para ruminantes podem ser divididas

em dois grupos: (a) auto-supridas (K, C, D e grupo B) e (b) fornecidas pela dieta (A e E). Atoxicidade de vitaminas é maior para elevados níveis de exposição oral às vitaminas A, D ecolina onde doses de somente 10 vezes a dose recomendada pode causar toxicidade.

Necessidade e tolerância às vitaminas

Vitamina A Necessidade: Cerca de 400 UI (unidades internacionais) de vitamina A é produzida pó mgde beta-caroteno absorvido. Bezerros em crescimento necessitam de 11 mg de betacaroteno pó 4.200 UI de vitamina A para cada 100 kg de peso corporal ou 2.200 UI por kgde alimento seco. Para búfalas em lactação e reprodução, 19 mg de beta caroteno ou 7.600

UI de vitamina A por 100 kg de peso vivo ou 3.200 UI por kg de alimento seco sãonecessários. No calor, umidade e condições de stress, a necessidade de vitamina A aumentae a dieta deve conter 5.500 UI/kg de matéria seca de ração. O fígado pode armazenarsuficiente vitamina A para proteger o animal por longos períodos (4 meses) de restriçãoalimentar.Tolerância: Sinais de toxicidade podem ser observados em animais alimentados com 10vezes o nível necessário para previnir doenças carenciais.

Vitamina D Necessidade: Parte da necessidade de vitamina D é atendida pela síntese cutânea dosbúfalos de 7-dehidrocolesterol. O restante deve ser fornecido pela dieta. Necessitam de 30UI por kg de peso corporal. Uma leve melhora na produção leiteira e reprodução éobservada quando animais em lactação são alimentados com o dobro das necessidadesrecomendadas. Búfalas em lactação podem ser alimentadas com 15.000 UI de vitamina Dpor dia.Tolerância: Sinais de toxicidade podem ser observados entre animais alimentados com 4 a10 vezes as necessidades por mais de 60 dias. Para menos de 60 dias, porém, os animaispodem ser alimentados com até 1.000 vezes os níveis recomendados sem efeitos adversos.

Vitamina E (tocoferol) Necessidade: 1 mg de vitamina E equivale a 1 UI. A necessidade de vitamina E é de 15 UIpor kg de matéria seca ingerida. Mas o aumento da dose (50 UI/kg dieta) reduz a incidênciade mastite e retenção de placenta. Búfalas em lactação e secas devem ser alimentadas com500-1.000 UI/dia de vitamina E suplementar na dieta. Vitamina E e selênio combinadostem sido usados com sucesso para redução da incidência de retenção de placenta, metrite(infecção uterina) e cistos de ovário em rebanhos recebendo baixos níveis destes nutrientes.Suplementação de vitamina E (1.000 a 2.000 UI/dia) ao final da gestação reduz a incidênciade retenção de placenta em búfalos (Panda et al., 2006). Rebanhos que apresentam estesproblemas podem receber um composto de vitamina E-selênio contendo 1.000 UI devitamina E e 50 mg de selênio na forma de selenito cerca de 3 meses antes do parto.Tolerância: A vitamina E é tolerada quando ingerida até 100 vezes a dose recomendada.

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Vitamina K  Necessidade: 5 ug/ kg de peso. Ingestão de trevo doce embolorado pode causas deficiência.Tolerância: É geralmente tolerada em ingestão oral até pelo menos 1.000 vezes anecessidade nutricional.

Vitaminas do complexo B

Tiamina (B1) Necessidade: 1 mg = 33 UI. 6,5 mg de tiamina por 100 kg de peso vivo.Tolerância: Em ingestão oral, até 1.000 vezes a necessidade nutricional

 Riboflavina (B2) Necessidade: A flora ruminal sintetiza quantidade suficiente (140 mg/d) para atender anecessidade de búfalos adultos. A necessidade é de 4,5 mg/ 100 kg peso.A necessidadeaumenta em situações de elevada ingestão de proteínas.

Tolerância: Em ingestão oral, até pelo menos 10-20 vezes a necessidade nutricional. Niacina Necessidade: A flora ruminal sintetiza quantidade suficiente. A necessidade é de 26 mg /kgpesoTolerância: Em ingestão oral, até pelo menos 10-20 vezes a necessidade nutricional.

 Piridoxina (B6) Necessidade: A flora ruminal sintetiza quantidade suficiente. A necessidade é de 6,5 mg/ 100 kg de peso ou 5 mg/kg de matéria seca ingerida. A necessidade aumenta em situaçõesde elevada ingestão de proteínas.Tolerância: não conhecida, mas tolera bem até 10 vezes a necessidade nutricional.

 Biotina Necessidade: 2 mg/100 kg de peso vivoTolerância: não conhecida, mas tolera bem até 4-10 vezes a necessidade nutricional.

 Ácido Pantotênico Necessidade: A flora ruminal sintetiza 172 mg/dia o que ultrapassa a necessidade que é de19,5 mg/100 kg de peso vivo ou 10-20 mg/kg de dieta.Tolerância: geralmente tolerado em ingestão oral até pelo menos 10-20 vezes a necessidadenutricional.

 Ácido Fólico Necessidade:A flora ruminal sintetiza quantidade suficiente desta vitamina. A necessidadeé de 3,3 mg/ 100 kg de peso ou 1 mg/kg da dieta.Tolerância: geralmente tolerado em ingestão oral até pelo menos 1.000 vezes a necessidadenutricional.

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Colina Necessidade: A flora ruminal sintetiza quantidade suficiente desta vitamina. A necessidadeé de 2.100 mg/ 100 kg de peso.Tolerância: geralmente tolerado em ingestão oral até pelo menos 10 vezes a necessidadenutricional.

Vitamina B12 Necessidade: A flora ruminal sintetiza quantidade suficiente desta vitamina. A necessidadeé de 0,060 mg/ 100 kg de peso corporal. Cobalto na dieta é o fator limitante para síntesemicrobiana no rúmenTolerância: informação não disponível

Vitamina C  Necessidade: A flora ruminal sintetiza quantidade suficiente desta vitamina. Primatasnecessitam de 100 mg/kg de dieta.Tolerância: Tolerado até 1.000 vezes a necessidade nutricional.

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Aspectos Especiais daAlimentação de Búfalas Leiteiras

10.1. Desordens MetabólicasTodas as doenças que ocorrem por desequilíbrio entre as taxas de “inputs” de nutrientes dadieta e “output” de produção são chamadas de doenças metabólicas ou da produção. As

doenças metabólicas são de grande importância em búfalas leiteiras, nas quais a incidênciade doenças metabólicas é maior no período entre o parto e o pico de lactação causada pelorápido aumento da saída de água, sódio, cálcio, magnésio, cloretos e fosfatos, pelo súbitoaumento na excreção ou demanda metabólica de nutrientes e súbita alteração na suaingestão.

 a) Febre do leite – paresia da parturienteA febre do leite é uma doença metabólica de bovinos que usualmente ocorre dentro de 48hs após o parto e é caracterizada por hipocalcemia, paresia (dificuldade em se levantar,andar cambaleante e facilidade de queda devido à depressão de neurotransmissão sinaptica

ou neuromuscular), falência circulatória e depressão da consciência. A ocorrência é maiorem búfalas mais velhas (5-10 anos) mantidas a campo.

 Etiologia e prevenção nutricionalO defeito bioquímico básico na febre do leite clássica é a redução do nível de cálcioionizado no sangue e fluido tissular. Geralmente na febre do leite hipocalcêmica coexistemhipofosfatemia e hipomagnesemia. Com o inicio da lactação, ocorre uma grandemobilização de cálcio. A fim de manter a homeostase do cálcio e a calcemia normal, ocorreum aumento do hormônio paratireoideo (PTH) o que aumenta a mobilização de cálcio dosossos, reduz sua perda urinária e aumenta a síntese de 1,25-dihidroxivitamina D que eleva otransporte ativo intestinal de cálcio. Diferentes fatores que aumentam o risco de febre deleite afetam estes mecanismos homeostásicos. Um dos importantes fatores de risco que queafetam a homeostase mediada pelo PRH é a alcalose metabólica induzida pela elevadaingestão de sais alcalinos (minerais catiônicos como potássio, sódio, cálcio e magnésio).Dentre os minerais catiônicos a capacidade de absorção de sódio e potássio é muito elevada(cerca de 100%) e portanto estes dois agentes são potentes agentes alcalinizantes. Cálcio emagnésio são pouco absorvidos e portanto, fracos agentes alcalinizantes. Dietas ricas empotássio e sódio durante a fase de pré-parto aumentam a chance de ocorrência da febre doleite.

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Em um estudo com bovinos (Goff e Horst, 1977ª), observou-se que adicionando cálcio àrazão de 0,5-1,5% na ração no pré-parto não resultava em aumento da incidência de febredo leite. A alcalose metabólica resultante do elevado nível circulatório de cátions causaalterações nos receptores de PTH e portanto, mesmo com secreção adequada de PTH noparto, os tecidos alvo apresentam baixa resposta ao PTH levando a inadequadas

mobilização óssea e produção de renal de 1,25-dihidroxivitamina D. Outro fatorpredisponente à febre do leite é a hipomagnesemia, que reduz a secreção de PTH e altera aestrutura dos receptores deste hormônio reduzindo a responsividade dos tecidos. Estudosem bovinos sugerem que um nível de magnésio menor que 2,0 mg/dl dentro de 24 hs doparto sugere uma dieta inadequada de magnésio (Golf, 1998). Doses maciças de vitaminaD3 (20-30 milhões UI/dia) por 5-7 dias antes do parto é eficiente mas o tempo detratamento em relação ao parto é crítico. A utilização de análogos da vitamina D3 demandadoses menores e o timing também se torna menos crítico. Porém, a dose de vitamina D oude seus análogos que efetivamente previne a febre do leite é muito próxima da sua dosetóxica (que causa calcificação metastática irreversível de tecidos moles). Adicionalmente,problemas com do timing do tratamento, ineficiência e custo tornam estes tratamentos

impraticáveis.Uma abordagem dietética precoce é o fornecimento de dieta pobre em cálcio antes do partopara induzir o aparato homeostático, particularmente a síntese de PTH e 1,25 (OH)2D3.Uma dieta com fornecimento de menos de 15 g de cálcio/d por pelo menos 10 dias antes doparto reduz a incidência de febre do leite (Goings et al.,1974).Tais dietas, porém, sãodifíceis de formular. Dietas com 35 g de cálcio/d não estimulam adequadamente aparatireóide na prevenção da febre do leite. Apesar disso, até certo ponto o déficit de cálciofaz algum efeito. A medida mais prática e eficiente para a febre do leite é o fornecimento deuma dieta acida próxima ao parto (Block, 1994); estas dietas agem aumentando asensibilidade dos receptores de PTH nos tecidos causando adequada mobilização óssea eprodução renal de 1,25-dehidroxivitamina D3. A redução da ingestão na dieta de saisfortemente alcalinos como sódio e potássio e adição de sais aniônicos como saias de cloro esulfatos podem prevenir a ocorrência de febre do leite. Sais de cloro são mais acidogênicosque sais de sulfato. Porém, CaCl2 tem sabor amargo e é difícil de ser consumido, o quepode ser contornado com o fornecimento do cloreto de cálcio em emulsão (empolietilenoglicol) ou na forma de gel (como propionato de cálcio ou gel de lactato de cálcio)ao invés de pó. Têm-se obtido excelentes resultados com a dose de 150 g/d aplicadas 24horas antes, 1-2 horas após e 10-14 hs depois do parto. Depois do parto, a manutenção deconcentrações de magnésio no soro acima de 2 mg/dl é essencial para uma secreçãootimizada de PTH e manutenção de resposta adequada de seus receptores. A ingestão de0,35-0,45% de magnésio da dieta pré-parto previne o declínio da concentração sérica demagnésio ao parto. Observou-se em bovinos que mais de 80 g/d de fósforo pode induzir afebre do leite. A concentração ótima de cálcio na dieta foi bem definida. Quando sãoutilizados sais aniônicos, o fornecimento de 150 g de cálcio/ vaca/ dia não causou efeitosadversos podendo prevenir com sucesso a ocorrência de febre do leite (Beede et al, 1991)

 b) Hemogobinúria bovina pós-parto ou hemoglobinemia pós partoA hemoglobinúria pós-parto ocorre em búfalas prenhas de alta produção alimentadas comdieta pobre em fósforo. Hipofasfatemia, hemólise intravascular, hemoglobinúria, fraqueza

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progressiva, articulações enrijecida e indisposição para caminhar se manifestam em 4semanas após o parto, quando a produção leiteira aumenta rapidamente. Búfalas de altaprodução durante o início da lactação (2-4 semanas pós-parto) e entre a 3ª e 6ª lactação, sãomais freqüentemente afetadas. Condição similar também ocorre com búfalas de altaprodução leiteira ao final da gestação ou início da lactação quando alimentadas com pouco

concentrado (baixo fósforo) na dieta. Uma prolongada hipofosfatemia é considerada aprincipal causa predisponente. Porém, a hipofosfatemia pode se desenvolver não somentepor uma deficiência de fósforo na dieta, mas também por alterações gerais no equilíbrio dofósforo, associado a diversos fatores envolvendo alta produção leiteira, inapetência, stress ealterações hormonais pós-parto. Nagpal et al (1968) verificou que em búfalos submetidos adeficiência de fósforo, o fósforo inorgânico no soro se reduz marcadamente até um valormédio de 1,76 mg/dl, variando de 1,22 a 3,55 mg/dl. O nível sanguíneo de fósforo embúfalos afetados foi de 3,05 mg/dl contra 6,73 mg/dl em búfalos normais (Habib et. al,2004).

 Etiologia e prevenção nutricional

Usualmente a hipofasfatemia é o distúrbio metabólico básico. Baixos níveis plasmáticos defósforo afetam o metabolismo das células vermelhas e aumentam sua fragilidade resultandoem hemólise (Wang et al, 1985). Hemoglobinúria pós-parto também ocorre na deficiênciade cobre e selênio e no consumo de plantas crucíferas (nabo, mostarda, brócolis,etc.). Altosníveis de molibdênio e aplicação de calcário no solo induzem uma baixa absorção defósforo e cobre pela planta, produzindo hipofasfatemia, hipocrupemia e hemoglobinúria emanimais pastando nestas áreas. Selênio está envolvido na manutenção de glutation reduzidoe outros níveis de sistemas antioxidantes que auxiliam a manutenção da integridade damembrana das células vermelhas contra danos oxidativos ou contra danos causados poroutros fatores hemolíticos como aqueles contidos em plantas crucíferas. Deficiência decobre geralmente produz anemia com corpúsculos de Heinz e hemoglobinúria. Cetosesevera, que usualmente ocorre no início da lactação, leva a acidose metabólica que agrava ahipofosfatemia. Na acidose renal fica aumentada a excreção de fosfato na forma dedihidroxiglicofosfato a fim de manter o balanço iônico. Dieta com elevados teores depotássio e ferro interferem na absorção de fósforo, agravando a deficiência, (Habib et al.,2004).

Uma ingestão adequada de fósforo, cobre e selênio de acordo com as necessidades deve serassegurada durante o final da gestação e início da lactação. Búfalas de alta produção devemser alimentadas diariamente com 80-100 g de misturas minerais de boa qualidade e defabricante idôneo. Farelo de trigo, farelo de arroz e tortas de oleaginosas são ricas emfósforo e, portanto podem ser suplementadas às búfalas gestantes e em lactação.

 c) Retenção de Placenta e Metrite Falha na expulsão da placenta (membranas fetais) após 12-24 horas do parto é consideradaretenção de placenta. Metrite (inflamação ou infecção do útero) está usualmente associada àretenção da placenta. A vaca que falha em expulsar a placenta dentro de24 horas temgrande chance de desenvolver metrite, ovários císticos e atraso no retorno ao cio. A metritee o ovário cístico afetam a produção de leite e a performance reprodutiva levando a umagrande taxa de descarte.

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 Etiologia e prevenção nutricionalUma combinação de fatores fisiológicos e nutricionais como distocia, fatores estressantes,toxinas, febre do leite, baixos níveis PGF2 na placenta, perfil hormonal anormal ao parto,imunossupressão devido a uma nutrição desequilibrada ou à deficiência de micronutrientes

predispõe o animal à desordens reprodutivas. A falta de expulsão normal das membranasfetais favorece uma falha na involução uterina normal e o desenvolvimento de infecçãouterina por uma variedade de organismos. Entre os fatores nutricionais, deficiências nadieta ou desequilíbrios de energia, proteínas, fósforo, cálcio, selênio, iodo, vitaminas A,D eE e excessos de energia na dieta, proteínas e cálcio já foram associados ou implicados comocausas de retenção de placenta e metrite. Ofertas muito baixas de energia e proteínastornam as vacas debilitadas e com pouca força para expelir a placenta. Curtis et al. (1985)observaram que fornecendo níveis de energia superiores à recomendação do NRC duranteas 3 últimas semanas do período seco reduz o risco de distócia, enquanto uma ingestãoelevada de energia diminui o risco de retenção de placenta e cetose. Porém, verificou-seque a ingestão de níveis muito elevados de energia estava associada a um aumento na

incidência de retenção de placenta e metrite. Hipocalcemia ao final da gestação aumenta achance de retenção de placenta pela perda de tônus muscular. Bovinas e búfalas complacenta retida possuem menor nível de antioxidantes no plasma nas 2 semanas queantecedem o parto do que as que não apresentam placenta retida. A falta de antioxidantescausa dano nas membranas celulares, afetando assim a esteroidogenesis, aumentando assima incidência de placenta retida. Suplementação de vitamina E (1000 a 2000 U/d) e selênioao final da gestação reduz a incidência de retenção, aumenta o nível plasmático deantioxidantes e tocoferol em búfalos (Panda et al., 2006). Deficiência de vitamina Atambém parece aumentar a incidência de retenção. Alguns estudos indicaram quedeficiência de iodo estava associada à retenção de placenta.

Para prevenção, proteína e energia em quantidades adequadas devem ser fornecidas parabúfalas durante as ultimas 3 semanas de gestação mas ao mesmo tempo deve-se ter cuidadocom a alimentação excessiva. Devem ser administrados 300-600 mg/dia de beta-carotenoou 120 mil UI/dia de vitamina A nas 4 semanas anteriores ao parto. Búfalas devem receberdietas aniônicas durante o final da gestação a fim de prevenir a hipocalcemia. Selênio,Vitamina E, Iodo e cromo orgânico também ajudam a reduzir a chance de desenvolverretenção de placenta e metrite pelo aumento na imunidade, perfil hormonal e nível deantioxidantes.

 d) Cetose ou Acetonemia em BúfaloCetose clinica é uma desordem metabólica primária caracterizada pela presença de níveisanormalmente elevados de corpos cetônicos (acetina, ácido acético e ácido beta hidroxi-butírico) no sangue e na urina, hipoglicemia e baixos níveis de glicogênio hepático. Acetose é causada por alteração do metabolismo de carbohidratos e ácidos graxos voláteis.Bovinas e búfalas gordas e de alta produção são mais susceptíveis e esta condição ocorrenormalmente dentro de 3 semanas após o parto. Em bovinas, somente um reduzido numerode casos ocorre durante o período pré-parto. Cetose é mais freqüentemente observada entrea 3ª e 6ª cria.

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 Etiologia e prevenção nutricional

A cetose bovina ocorre no início da lactação em animais de alta produção quando seencontram em balanço energético negativo. Animais de alta produção estão sujeitos aelevado stress metabólico no período pósparto. No início da lactação, a demanda de energiaé superior à capacidade de ingestão de matéria seca. Como resultado, o fornecimento de

glicose e glicogênio aos tecidos é inadequado e, portanto, os ácidos graxos são mobilizadose aumenta a gliconeogênese a partir de aminoácidos e glicerol, o que aumenta a demandapor oxaloacetato. O oxaloacetato é necessário para a oxidação de ácidos graxos voláteis(VFA) cetogênicos como os ácidos acético e butíricos via ciclo do ácido tricloroacético(TCA). Na ausência de oxaloacetato, os ácidos acético e butírico são convertidos em corposcetônicos. Entre os VFAs produzidos no rúmen, o ácido propiônico é precursor dooxaloacetato e, portanto, anticetogênico, enquanto que o butirato e acetato são precursoresde Acetil Côa e, portanto, cetogênicos. Rações que aumentam a produção de acetato oubutirato no rúmen e reduzem a produção de propionato podem predispor o animal a cetose.Em geral, feno é menos cetogênico que silagem. Silagem de volumosos com alta umidadelevam à formação de maior quantidade de butirato e, portanto, são altamente cetogênicas.

Dietas com níveis elevados de proteínas também se foram associadas a aumento deincidência de cetose pelo fornecimento adicional de precursores cetônicos sob forma deaminoácidos cetogênicos.

Outras possíveis causas sugeridas de cetose incluem insuficiência adreno-cortical,hipotireoidismo, falta de exercício, insuficiência hepática, perda de apetite devida a doençastipo deslocação do abomaso , reticulite traumática,metrite, mastite, etc., deficiência denutrientes específicos tipo cobalto e fósforo. Cobalto, enquanto constituinte da vitaminaB12 é necessário para a metabolização do ácido propiônico. A deficiência de coenzima Atambém pode ser um dos fatores.

Em condições de campo,a severidade da síndrome clinica é relativamente proporcional aograu de cetonemia, pois grandes quantidades de corpos cetônicos são produzidos quandoaumenta a deficiência de glicose. Entre os corpos cetônicos, o ácido acetoacético éconhecido agente tóxico e provavelmente contribui diretamente para alguns sintomas.Sinais nervosos associados à cetose, acredita-se serem causados pela produção de álcoolisopropílico, um subproduto do ácido acético no rúmen. No estágio terminal da doença,ocorre uma encefalopatia hipoglicêmica irreversível. A mobilização de ácidos graxos decadeia longa é uma pré-condição para a cetose. Na mobilização, desenvolve-se umalipidose hepática com conseqüências para a saúde e imunidade do animal. A infiltraçãogordurosa do fígado esta potencialmente associada com hipomagnesemia, leucopenia (comredução de polimorfos), redução da capacidade quimiototática dos polimorfos epotencialmente comprometimento na habilidade de manutenção da homeostase do cálciodevido ao comprometimento da hidroxilação da vitamina D no fígado. Em cetose, aatividade fagocitária tanto dos macrófagos quanto dos polimorfonucleares se reduzconsideravelmente. Quando ácidos graxos são mobilizados em excesso, pode haversaturação da albumina e se ácidos graxos incompletos são liberados no sangue,pode haverdanos nos vasos sanguíneos por uma ação detergente. A lipidose hepática resulta emcomprometimento da esteroidogênese, redução na mobilização de lipoproteínas de baixadensidade e, portanto, redução na oferta de colesterol aos tecidos com redução dadisponibilidade de glicose para geração de NADPH na via das pentose-fosfato. Todo este

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tipo de desordens e o baixo nível glicêmico na cetose causa uma redução da fertilidade. Adegeneração gordurosa do fígado associada à cetose pode prolongar o período derecuperação mesmo depois de tratamento adequado.

Reduzir a severidade e duração no balanço negativo de energia é fundamental na prevenção

de fígado gorduroso. As búfalas necessitam nem estar muito gordas nem muito magras noinício do período seco. Devem ser adequadamente alimentadas e fazer exercícios nosestágios finais da gestação. Deve-se assegurar que a ração contenha quantidade adequadade cobalto, fósforo e iodo. Consumo de forragem finamente moída, grãos cozidos, melaço,farelo de trigo, óleo de fígado de bacalhau ou certos ácidos graxos insaturados podemaumentar a produção de proprionato no rúmen e assim auxiliar na redução da incidência decetose. Em sistemas intensivos de produção, as relações concentrados : volumosos deve serda ordem de 55-65 : 45-35 ou maior no início da lactação. Forragens de alta qualidadedevem ser oferecidas às búfalas no início da lactação e gradualmente elevar a quantidade deconcentrados ao final da gestação para adaptar a flora ruminal ao aumento de concentradosno período pós-parto. Rações completas ou misturas totais mostraram-se eficientes em

manter a estabilidade da flora ruminal e produção de metabólitos especialmente produtosfinais da fermentação tais como os VFAs. Desde que sejam alimentos balanceados, aeficiência da performance reprodutiva e produtiva é ótima, com um mínimo de problemasde saúde. Alimentos de elevada palatabilidade devem ser fornecidos e a dieta não deve seralterada abruptamente. Os níveis de proteína devem ser bem monitorados já que umaingestão excessiva pode aumentar o risco de cetose e, portanto, os níveis de proteínasdevem ser mantidos a 16-18% da ração. O fornecimento de gordura protegida podeaumentar o fornecimento de energia no início da lactação e assim reduzir o risco de cetose emelhorar a fertilidade. Teste semanal de cetose no leite em rebanho afetados pode ajudarum diagnóstico precoce.

10.2. Alterações Digestivas a) AcidoseAcidose é definida como uma condição de elevação de acidez no sangue e, em ruminantes,o termo também inclui condições de acidez no rúmen. A acidose aguda pode ser letal e aacidose sub aguda ou crônica causa uma redução na ingestão e ganho de peso e pode levarao desenvolvimento de abcessos hepáticos.

 Etiologia

Acidose RuminalO rápido consumo de grande quantidade de carbohidratos de rápida fermentação comogrãos com amido, tubérculos com elevado conteúdo de amido, arroz velho, etc. promovemuma rápida proliferação de bactéria amilolíticas e produtoras de lactato que produzemníveis elevados de VFAs e ácido lático no rúmen que conduzem ao desenvolvimento deacidose sistêmica. O tempo de desenvolvimento de bactérias produtoras de lactato é muitolento e, portanto a taxa de produção de lactato excede a taxa de utilização de lactato pelasbactérias. O lactato é um ácido muito mais forte que os ácidos graxos voláteis (VFAs) eportanto são capazes de reduzir o pH ruminal muito mais que os VFAs. O lactato éabsorvido mais lentamente que o s VFAs. Normalmente, com a introdução gradual decarbohidratos rapidamente fermentáveis, as bactérias que utilizam o lactato aumentam

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gradualmente numa proporção de 4-8 vezes no período de 4-6 semanas, o que pode evitar aacumulação de ácido lático. Além disso, uma dieta baseada em alta proporção devolumosos (baixa em carbohidratos fermentáveis) resulta em redução do comprimento daspapilas do rúmen e de sua capacidade absortiva de VFAs. O aumento de grãos na dietaaumenta a produção de propionato, que estimula o crescimento das papilas ruminais. Até

50% da área de absorção pode ser perdida em 35 dias após a mudança para uma dieta comalta proporção de volumosos no início do período seco (Dirksen et al., 1985). Se um animalrecebendo uma dieta com elevado nível de volumosos abruptamente passa a receber umadieta amilácea de alta energia, corre risco de desenvolver acidose ruminal pois o aumentoda produção de VFAs e limitada capacidade de absorção das curtas papilas ruminais. Emcasos agudos de acidose ruminal o pH pode cair a valores próximos do pKa do ácido lático(3,7) o que acarreta uma parada nos movimentos ruminais e destruição da flora microbianaruminal e acumulo excessivo de fluido no rúmen levando a um empazinamento. Umaingestão súbita de grande quantidade de carbohidratos fermentáveis também causa a mortede protozoários (pela redução do pH) que normalmente preveniriam uma rápidafermentação dos carbohidratos ingerindo-os rapidamente e não permitindo sua utilização

para fermentação bacteriana.Acreditava-se antigamente que durante a acidose ruminal uma grande quantidade de D-lactato era produzida e lentamente absorvida pelo rúmen e também seria lentamentemetabolizada pelos tecidos corporais comparativamente ao L-lactato. Mais tarde,abandonou-se esta hipótese pela evidencia experimental de que o D-lactato é absorvidopelo rúmen (Huntington e Britton, 1979) e metabolizado pelos tecidos corporais (Harmonet al. 1983) na mesma velocidade que o L-lactato. O trato gastro intestinal de animaisacidóticos encontra-se comprometido pela acidose o que resulta numa infestação sistêmicade bactérias responsáveis por abcessos hepáticos, incluindo Sphaerophorus necrophorus eCorynebacterium pyrogenes. A inflamação do intestino inferior causa diarréia e vômitoslevando a perdas excessivas de bicarbonato, o que contribui para a o desenvolvimento deacidose sistêmica. A acidose também leva a proliferação de microorganismos produtoras detiaminase no rúmen que, destruindo a tiamina, acarretam o desenvolvimento depoliencefalomalacia nos animais. Na acidose ruminal, baterias produtoras de etanol efungos também proliferam o que resulta numa absorção de grandes quantidades de etanolna corrente sanguínea o que pode explicar o comportamento anormal de animais acidóticos.

Acidose MetabólicaQuando existe níveis mais elevados de CO2 no fluido corporal em relação ao íonbicarbonato, esta condição acarreta acidose metabólica. A acidose metabólica pode resultarde uma perda excessiva de sais alcalinos (como o bicarbonato) por diarréia ou vômito,perdas por insuficiência renal, quando o organismo falha na excreção de nitrogênio ou falhana reabsorção de bicarbonato. A acidose metabólica é caracterizada por uma queda no pHarterial e redução na concentração plasmática de bicarbonato. Inicialmente, os rinsprocuram manter o pH normal eliminando íon hidrogênio pela urina. A taxa respiratóriatambém é aumentada para aumentar a excreção de CO2. mas em casos de acidez excessivacom insuficiência renal e choque hipovolêmico, ocorre apenas pequena eliminação deácidos pela urina ou respiração. No choque hipovolêmico, a taxa respiratória fica deprimida.

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Prevenção Nutricional

Acidose RuminalPara prevenir sua ocorrência é essencial restringir a ingestão e efetuar uma adaptaçãogradual a dietas com elevada quantidade de carbohidratos rapidamente fermentáveis.Aditivos alimentares tais como buffers e antiácidos (bicarbonatos, hidróxidos e silicatos)

devem ser adicionados à base de 2-4% em misturas de concentrados durante as fasesiniciais de adaptação a dietas com elevada proporção de concentrados. Consumo deSaccharomyces cerevisae, Selenomas ruminantium também auxiliam no controle daacidose. Durante a alimentação rica em grãos, a adição de virginamicina ou antibiótico tipomonesina como aditivos também controla o crescimento de bactérias gram positivasprodutoras de ácido e assim, estabilizam o pH do rúmen.

Acidose MetabólicaPara neutralizar o excesso de acidez, grande quantidade de bicarbonato deve ser fornecidavia oral. Bicarbonato de sódio, lactato de sódio ou gluconato de sódio também podem serinjetados via intravenosa. A administração repetida de solução salina é necessária para

normalizar o pH e aumentar a excreção de ácidos pela urina. A injeção de cloridrato detiamina pode ajudar na metabolização do ácido lático absorvido.

 b) LaminiteA laminite é uma inflamação de camadas dérmicas dos pés (casco), resultante de alteraçãometabólica sistêmica que afeta os sistemas cardiovascular, renal e endócrino, além doequilíbrio ácido-básico.

 Etiologia e Prevenção NutricionalA laminite geralmente se desenvolve durante a acidose ruminal resultado da ingestão dequantidades tóxicas de grãos pela ação do ácido lático, endotoxinas e aumento da histaminano rúmen pela morte de microorganismos ruminais que são absorvidos no sangue e afetamo crescimento da microvasculatura das paredes dos cascos causando a laminite. Acredita-seque a histamina seja produzida a partir da histidina por descarboxilases bacterianas quandoo pH da ingesta ruminal atinge 5 ou menos. A histamina também é produzida na lesão damucosa ruminal pela ação corrosiva do ácido lático que promove a formação intra ruminalda histamina pela degradação dos mastócitos. Uma produção excessiva de endotoxinas norúmen devido a destruição de bactérias gram negativas também contribuem para o aumentoda histidina endógena das células do organismo (Huber, 1976). Randhawa et al. (1988)observaram que na acidose lática aguda em bezerros bubalinos, laminite severa eraacompanhada por um aumento no nível de histamina no rúmen e sangue. A perda de água eeletrólitos por diarréia leva a uma elevação da osmolaridade e hemoconcentração,disfunção renal e ruptura de arteríolas periféricas, especialmente nas extremidades, queresultam em laminite.

A biotina está envolvida na produção e deposição de escleroproteínas como a queratina.Assim, a suplementação de biotina tem um efeito benéfico na saúde do casco. Verificou-seque a virginamicina previne o desenvolvimento de acidose e a elevação de ácido lático e,portanto, reduz a incidência de laminite. Os animais devem efetuar exercíciosadequadamente, sendo que pouco exercício reduz o fluxo sanguíneo, causa edema e

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aumento dos cascos. Por outro lado, exercício excessivo e choque em piso de concretocausa lesões e aumenta incidência de laminite. Uma raspagem de rotina nos cascos podetambém ser praticada na prevenção de complicações nos cascos.

10.3. Perfis MetabólicosA informação sobre o perfil metabólico em búfalos é limitada. O uso de perfis demetabólitos sanguíneos para identificação de problemas nos rebanhos e causas dietéticas debaixas produções ou doenças é recomendado por bovinas leiteiras (Payne et, al, 1970).Diversos fatores não dietéticos afetam a concentração de metabólitos no sangue jugularincluindo estação do ano, rebanho e produção leiteira do grupo.Assim, Payne et al (1974)recomendam que o perfil metabólico deva ser usado somente dentro de um rebanhoespecífico e estação. Em ordem de importância, a baixa albumina no inverno, alta uréia noverão, baixo sódio no verão, baixa uréia no inverno, baixa hemoglobina no inverno sãoanormalidade primárias. A glicose sanguínea parece ser um indicador pobre tanto do

balanço energético quanto da ingestão de energia na dieta, principalmente no início dalactação. Somente na metade e final da lactação que a concentração de glicose, de ácidosgraxos livres e insulina no sangue refletem estas alterações (Lee et al, 1978). O nitrogênioureico no sangue (BUN) é um bom indicador da concentração de amônia no rúmen e serelaciona com tanto com a ingestão quanto da solubilidade do nitrogênio no alimento. Umadieta deficiente em energia também pode aumentar a amônia ruminal. Uma baixa glicemiae baixo nível de hemoglobina estão associados à infertilidade (maior período de serviço enumero de serviços por concepção). Um elevado volume globular (PCV) observado emanimais sem nenhum problema de saúde pode ser devido a uma baixa ingestão de água.

Um dos problemas na interpretação de perfis metabólicos é a seleção de valores normais.Valores estabelecidos por laboratórios em áreas muito diferentes divergemconsideravelmente devido a diferenças na alimentação geral, práticas de manejo, climas,manipulação de amostras, horário de coleta, variações entre raças, etc. Variações esperadaspodem não incluir valores associados com problemas de saúde. O perfil padrão incluivolume globular, hemoglobina, eritrócitos, leucócitos, cálcio sérico, fósforo inorgânico,magnésio, potássio, proteínas totais , albumina, globulina e uréia sanguínea (BUN). Doisótimos testes freqüentemente empregados são cobre, ferro e glutation peroxidase no sangue.A glutation peroxidase se correlaciona fortemente com a ingestão e nível sanguíneo deselênio e é útil onde muitos rebanhos com problema apresentam deficiência de selênio.Pesquisadores alemães utilizam TGO e colesterol para indicar função hepática. Atualmenteparâmetros que fornecem razoável indicação sobre o balanço ácido-básico e acidoseruminal vem sendo considerados. Testes de forragem e avaliação de ração são tambémrecomendados. Recentemente alguns autores também estimam a atividade daaminotransferase alcalina e aminotransferase aspartato (AST/TGO) glutamil transferase noleite e sangue para detecção de diversos problemas (Bruchanik et. al, 1987). Estas enzimassão boas indicadoras da função hepática, deficiência de energia e processos detransaminação em cavas leiteiras de alta produção.

A concentração de uréia no leite difere amplamente entre espécies, por exemplo embovinos, de 18-30 mg/dl (Kirchgessner et al., 1988, Anderssen, 1997); 25-60 mg/dl para

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búfalas (Singhal et al,1993-94); 105-111 mg/dl em cabras (Pailan e Khaur,1996).

Um aumento na concentração de uréia no leite de vacas acima de 5 mmol/l está associadacom baixas taxas de concepção (Bernhard e Schnlz, 1992). Alteração na concentração deuréia no leite (MUN) de 13,99 (BUN de 25,25) a 21,03 BUN de 34,18) mg/dl afetadas pela

alteração na proporção relativa de proteínas bypass na dieta resultaram em uma redução de25% na taxa de concepção de búfalas em lactação (Mehr-um-Nisha et al, 2008). Estesresultados mostram claramente que a alimentação de proteínas bypass em búfalas aumentasua eficiência reprodutiva.

10.4. Alimentação de Búfalas de Alta Produção

Búfalas produzindo mais que 15 kg de leite por dia necessitam de uma especial atenção naalimentação. A produção de leite aumenta rapidamente no início da lactação mas osanimais não são capazes de consumir grande quantidade de alimentos para compensar estas

necessidades de origem alimentar para atender a demanda da glândula mamaria, o queresulta em deficiência nutricional.

 EnergiaUma búfala de 500 kg produzindo 30 kg de leite por dia requer cerca de 16 kg de NDT pordia. Para atender sua necessidade de energia ela necessita consumir de 23-27 kg de MS pódia se for alimentada com uma dieta convencional de alta qualidade. Usualmente a máximaingestão diária de búfalas de leite não ultrapassa 3,5% do peso corporal ou 17,5 kg dematéria seca numa búfala de 500 kg. Portanto, é impossível atender a necessidade deenergia de uma búfala de alta produção com uma ração convencional (60-65% NDT).Nestas circunstâncias, é necessário acrescentar gordura na dieta a fim de aumentar aingestão de energia pelo animal e disponibilizar ácidos graxos para o úbere. Gordurasuplementar está indicada a búfalas produzindo mais de 18 kg de leite. O nível de gordurasuplementar depende do nível de gordura da dieta, que não deve exceder 6% da dieta totalpois haveria redução na ingestão de alimentos e seria afetada a fermentação ruminal defibras pois afetaria o crescimento das bactérias celulolíticas. Misturas de grãos de cereais evolumosos usualmente contém cerca de 4% de gorduras. Desta forma, pode-se adicionargordura suplementar na base de mais 3-4% da matéria seca diária. Se a necessidade é maior,a gordura tem que ser suplementada como gordura bypass (gordura protegida). Gordurasanimais (como sebo, NDT=147,4%) são freqüentemente utilizados (usualmente à base de2,5% até 5% da dieta) em países ocidentais na dieta de bovinas de alta produção leiteira. Agordura animal contém muito menor quantidade de ácidos graxos insaturados quandocomparadas com a gordura de origem vegetal. Níveis elevados de gordura vegetal (comoóleo vegetal, NDT=184%) afetam a digestão microbiana no rúmen.

Gordura BypassA fim de evitar aos efeitos adversos das gorduras na digestão ruminal, suplementos degordura ricos em ácidos graxos insaturados são protegidos da lipólise ruminal pelotratamento da gordura que a mantém insolúvel e protegida de degradação ruminal (a fim deter efeitos adversos mínimos na fermentação ruminal) mas se torna mais elevada e digeridano intestino delgado. Óleos vegetais contendo altos níveis de gordura insaturada não podem

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ser utilizados em quantidades maiores que 300 ml/dia e não são, portanto, um suplementode gordura satisfatório. Diversos tipos de gorduras protegidas comerciais estão disponíveisno mercado. Sais de cálcio de ácidos graxos são comercialmente disponíveis e representamuma fonte muito eficiente de gordura protegida. Em todo caso, na falta de gorduraprotegida comercial, gordura bypass naturais tais como sementes de oleaginosas tipo caroço

de algodão, grão integral de soja (NDT 101%) ou semente de girassol (NDT,122%) podemser utilizadas mas a gordura desta forma adicionada não deve exceder 0,5 kg/dia. Caroçode algodão (não decorticado, NDT=77,2%) deve ser limitado a 3 kg/d e preferivelmentefornecido quebrado e cozido por causa do princípio tóxico gossipol, nele presente. O valorenergético (NDT) do caroço quebrado e moído pode ser 7% maior que o caroço in natura,portanto, a moagem aumenta significativamente o valor energético do caroço de algodão.Soja dever ser fornecida após moagem grosseira e torrada (aquecida a 120-140 oC por 30-120 minutos). A semente de girassol pode ser fornecida após moagem grosseira. Sementede mostarda pode ser fornecida após moagem com trigo ou grão de arroz. Sementes deoleaginosas são usualmente fornecidas às bovinas e búfalas de alta produção entre 8 e 15%da matéria seca da ração, dependendo da produção do leite , sua composição e do peso

corporal. A alimentação com suplemento de gordura protegida pode não ser econômica.Há a necessidade de alterar a tecnologia para utilização de fontes mais baratas de gordurana produção de gordura bypass.

 Amido Bypass

Geralmente, menos de 10% do amido da dieta escapa da fermentação ruminal, sendodigerido após o rúmen para fornecer glicose ao animal. Em animais de alta produção, ademanda por glicose para produção leiteira é maior e, portanto, algum amido bypass deveser suplementado. Além disso, a alimentação com amido bypass aumenta a proteína do leitepela diminuição da utilização de aminoácidos no sistema porta e no fígado parafornecimento de energia, pela disponibilização de glicose a estes tecidos . Os grãos capazesde evitar a fermentação ruminal incluem milho, arroz e sorgo, enquanto que trigo, cevada eaveia parecem ser completamente digeridos no rúmen e, portanto, não são fontes de amidobypass. Porém, arroz polido contém quebrados de arroz que podem ser uma boa fonte deamido bypass.

 Proteínas

Proteínas BypassO conteúdo de proteínas em termos de degradabilidade no rúmen (PDR) ou nãodegradabilidade (PNDR ou bypass) deve ser considerada para búfalas produzindo mais de15 kg de leite e que devem ser suplementadas com fonte proteica bypass. Se a energia dadieta é deficiente, alimentação bypass é útil mesmo com animais produzindo 7-8 kg deleite/dia. Proteínas bypass são aquelas que natural ou artificialmente são protegidas dafermentação ruminal mas são digeridas no abomaso ou intestino delgado. Farinha de peixe,farinha de sangue, torta de coco e torta de algodão são voas fontes naturais de proteínasbypasss. Geralmente a farinha de peixe é utilizada à base de 1,5 a 2% da matéria seca daração e a farinha de sangue à razão de 0,3 a 0,5% da matéria seca de vacas e búfalas dealta produção. Tortas convencionais como tora de amendoim, de mostarda e de soja podemser artificialmente protegidas pelo tratamento com formaldeído ou pelo aquecimento defarinhas de sementes de grãos. Hoje, a proteínas bypass é uma das tecnologias mais baratas

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disponíveis em escala comercial para aumento da produção de leite em vacas e búfalas.

 Aminoácidos bypassO fornecimento de alguns aminoácidos (como lisina e metionina) são insuficientes para

atender as necessidades de ruminantes de alta produção na maioria das dietas práticas

mesmo quando as necessidades de proteínas são atendidas. Suplementação de aminoácidosnão são adotadas pois eles são rapidamente degradados no rúmen e, portanto, ruminantes dealta produção são suplementados com aminoácidos bypass na forma de aminoácidosencapsulados ou análogos de aminoácidos (como análogo cálcio hidroxi metionina, cálcioN-hidroximetil-L-metionina, L-estaril-L-metionina). O nivel desajável d análogos demetionina na ração de vaca leiteira é 0,25-0,3% ou 25-30 g/cabeça por dia. Torta demostarda é rica em metionina e farinha de peixe é rica em lisina. Fornecimento de torta demostarda tratada com formaldeído (à taxa de 10-15% na mistura de concentrados) oualimentado com ferinha de peixe pode aumentar o fornecimento de lisina e metionida aoanimal.

 Aditivos Alimentares Buffers (tamponantes)Compostos como bicarbonato de sódio, carbonato de cálcio ou óxido de magnésio sãoadicionados à dieta num esforço para reduzir distúrbios digestivos ou para manter aporcentagem de gordura no leite quando dietas ricas em grãos e em carbohidratosfermentáveis ou baixas em fibra efetiva são fornecidas a vacas em lactação. Buffers sãofornecidos a uma taxa de 0,6 a 0,8% da matéria seca ingerida ou 1,2 a 1,6% da mistura deconcentrados.

Probióticos

Probióticos são organismos vivos ou de ocorrência natural suplementados aos animaisdurante stress ou baixa ingestão de matéria seca com o objetivo de estabelecer umapopulação benéfica de microorganismos no trato digestivo que diminui ou previne oestabelecimento de organismos patogênicos. A alimentação continuada de probióticos podeaumentar a performance produtiva, aumentar a digestão ruminal ou melhorar a utilização denutrientes e reduzir a ocorrência de diarréias. Os probióticos mais comuns são culturas deleveduras (fungos) (Saccharomyces cerevisae) e bactérias acido láticas (  Lactobacillus ou

 Estreptococcus). O fornecimento de 10 g de leveduras a búfalas resultou num aumento de10-13% na produção leiteira. Proteínas do leite, sólidos totais e produção de gorduratambém aumentaram. Mas estes probióticos necessitam ser fornecidos diariamente para aobtenção de respostas otimizadas. Adicionando 5-10g/d de niacina a rações contendogordura adicionada tais como caroço de algodão ou soja previne a diminuição napercentagem de proteínas associadas com dietas ricas em gorduras, mas também podereduzir a produção de leite e percentagem de gorduras. Niacina auxilia na prevenção dacetose no início da lactação em vacas supercondicionadas mas não é recomendável paravacas magras pois reduzem a produção. Uma tecnologia nutricional que deverá sepopularizar no futuro é a utilização de probióticos de fungos anaeróbios. Alguns resultadospromissores vem sendo apontados em alguns experimemtos.

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Status Nutricional de BúfalasIndianas a Nível de Fazenda

Alimentação e nutrição têm sido repetidamente apontadas como as principais barreiras nossistemas de produção leiteira globalmente, incluindo a Ásia (ILRI, 1995; Devendra, 2000;Devendra et al, 2001). Alimentação corresponde a cerca de 60-70% do custo total deprodução leiteira. A Índia, com limitados recursos alimentares, necessita economizaralimentos de búfalos evitando seu desperdício. Uma utilização eficiente de nutrientesdepende de um adequado fornecimento de nutrientes, que é de primordial importância dadeterminação da produtividade dos animais. Há uma escassez de informação das práticasalimentares adotadas pelos criadores ao nível dos povoados, o que representa um dosprincipais obstáculos para o desenvolvimento de um manejo alimentar satisfatório noplanejamento de políticas de desenvolvimento da produção leiteira.

CIRB (Naha) efetuou um levantamento das práticas alimentares e planos de nutrição debúfalas em lactação no Distrito de Patiala no Estado de Punjab, India. As observações maisrelevantes são apresentadas nas seções seguintes comparando-as com as observações deoutros pesquisadores da região.

Uma observação sobre as práticas alimentares para búfalas em lactação efetuadas emPatiala revela que a forragem seca mais comumente utilizada é a palha de trigo. A maioriados criadores segue a prática do cultivo de forragem verde para alimentar os animais, poisárea de pastagem é dificilmente encontrada na região em função da agricultura extensiva.Apenas uma porcentagem muito pequena de criadores utiliza a prática de pastorear seusanimais em um período limitado do ano. Os concentrados utilizados são do tipoconvencional, entre eles, as tortas de mostarda e de algodão são os suplementos protéicosmais populares. Trigo e cevada são as fontes de grãos mais populares. Cerca de 40% doscriadores utilizam misturas concentradas comerciais e os demais realizam suas própriasmisturas, utilizando principalmente trigo, cevada, torta de mostarda e torta de algodão.Muitos usam somente grãos ou somente tortas como fonte de concentrados. Muitosutilizam resíduo de cevada disponível em fábricas de cerveja. Médios e grandes criadoresfornecem maior (p<0,05) quantidade de ingredientes concentrados, principalmente cevada,para búfalas em lactação do que os pequenos produtores. Muito poucos criadoresincorporam farelo desengordurado de arroz ou farelo de trigo na ração. Somente 2-4% dosprodutores preparam uma mistura balanceada de concentrados nas fazendas incluindo grãos,tortas e farelos. Os produtores em geral têm a visão que maiores investimentos naalimentação não apresentam retorno econômico significativo, com a maioria dos produtoresencarando a produção leiteira como atividade secundária à agricultura, entendendo a

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atividade primariamente para atendimento da necessidade de consumo de leite da família.Além disso, a falta de conhecimento de alimentação científica é muito evidente. Trabalhosmais recentes mostram um panorama de outras áreas de Punjab (Sandha e Singh,1995) eseu vizinho estado de Haryana (Dixit et al, 1991; Dixit et. al, 2003) também verificado quepoucos ou percentagem muito pequena de produtores preparam mistura balanceada de

concentrados para alimentação de seus animais leiteiros.Pequenos, médios e grandes criadores alimentam suas búfalas em lactação (por cabeça pódia) com 4,37, 4,75 e 5,23 kg de matéria seca de volumosos verdes, 3,02, 2,59 e 2,35 kg dematéria seca de palha de trigo e 1,64, 2,48 e 2,44 kg de matéria seca de concentrados,respectivamente. Grandes produtores fornecem maior quantidade de concentrados que ospequenos, e fornecem significativamente maior quantidade de grãos de cevada para asbúfalas em lactação. Em média, pequenos, médios e grandes produtores fornecem 0,68,0,48 e 0,29 kg de matéria seca de mistura de concentrados comerciais por búfala emlactação por dia.

O uso de mistura mineral e suplementação de sal não é uma prática comum, com exceçãode poucos grandes criadores que fornecem suplementação de cálcio para as búfalas de altaprodução uma vez por semana. Uma pesquisa revelou que a maioria dos produtores fornececoncentrados baseado na produção leiteira e na disponibilidade de forragens verdes, combase em sua própria experiência, sem auxílio de especialistas em nutrição ou veterinários decampo. Perguntados sobre a razão de não fornecerem palha de arroz na região, osprodutores revelam que antigamente a palha de arroz era considerada como responsávelpela toxicidade por selênio na região. Apesar da toxicidade de selênio não representar umproblema, os produtores da região acreditam que a palha de arroz é um alimento menosnutritivo para os animais que a palha de trigo. Pesquisadores, a partir de um levantamentode campo conduzido no distrito de Karnal, Haryana (Tomar e Thakur,2002) verificaramque os produtores em geral forneciam principalmente palha de trigo aos rebanhos, enquantoque palha de arroz da variedade basmanti era usada mais por pequenos criadores que porgrandes. A maioria dos grandes criadores, na verdade, queimam a palha de arroz no campo.Verificaram ainda que a maioria dos grandes criadores usavam grão de trigo,torta demostarda ou ambos na alimentação de animais em lactação e que o fornecimento demisturas minerais não é uma prática geral. Nossas informações indicam uma tendênciasemelhante exceto pelo fato de que quase nenhum criador fornece palha de arroz,provavelmente porque não se encontra disponível a variedade basmanti na região. Antes,Devendra (1997) reportou que nos Sudeste da Ásia, o uso de palhas de cereais,principalmente palha de arroz, é limitada a 30% da dieta dos ruminantes. O presente estudoe relatos anteriores de outros pesquisadores na região indicam que grande quantidade depalha de arroz é destruída pela queima e que poderia ser utilizada na alimentação animalcaso recebessem atenção dos criadores. Alguns equipamentos mecânicos necessitam serdesenvolvidos para facilitar a coleta da palha residual após a colheita do arroz porcolheitadeira.

Há considerável variação na composição de alimentos e amostras de volumosos, mas osvalores médios encontram-se dentro da faixa de valores reportados na literatura. Misturascomerciais de concentrados contêm consideravelmente elevada porcentagem de cinzas ebaixo conteúdo de extrato etéreo. Há ainda considerável variabilidade no conteúdo de

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proteína bruta (variando de 14,86 a 21,86%) e minerais (10,57 a 18,95%) nas misturaiscomerciais de concentrados. Baixos teores de proteínas e elevado conteúdo de cinzas emalguns concentrados comerciais indicam baixos padrões de qualidade em algumas dasmarcas e possibilidade da presença de comerciantes inescrupulosos vendendo alimentos debaixa qualidade na região.

Comparando informações atuais de ingestão com as necessidades recomendadas nospadrões alimentares para búfalos (Mandal et al,2003) fica evidente que pequenos, médios egrandes criadores de búfalos fornecem em média 83,59% , 84,763% e 87,87% dasnecessidades de matéria seca, 71,76%, 76,87% e 78,18% nas necessidades de proteínasbrutas e 88,3%, 91,88% e 101,8% do NDT requerido, respectivamente. A informaçãoindica que a deficiência de proteínas é maior que a de energia, provavelmente pelo altocusto das fontes protéicas tais como tortas de oleaginosas e menor uso de farelos na raçãode búfalas em lactação.

Na análise da distribuição da deficiência / excesso de ingestão fica evidente que para

energia (NDT), 37% dos criadores estão alimentando seus rebanhos em valores próximosdo nível recomendado, 16% o fazem com moderada deficiência, 26% fornecem alimentoscom severa deficiência e 21% entre moderada e severa deficiência. Quanto à ingestãoprotéica, 26% dos criadores estão fornecendo quantidades próximas do nível recomendado,26% fornecem em níveis moderadamente deficientes, 42% com severa deficiência e 6%entre moderada e severa deficiência. Para ingestão de matéria seca, 43% dos criadores estãofornecendo alimentos a níveis próximos do recomendado, 22% fornecem com moderadadeficiência, 28% com severa deficiência e 7% entre severa e moderada deficiência. Ainformação indica que apesar da ingestão média de NDT estar próxima do recomendado, háuma considerável variação no grau de deficiência ou excesso entre os criadores, e PB e MSa maioria dos criadores fornece tanto próximo do nível recomendado como a níveisdeficientes. Os criadores em média alimentam seus búfalos com 92,18% ,75,1% e 84,39%das necessidades de NDT, PB e MS, respectivamente. Apesar dos graus de deficiência dePB e NDT ser numericamente maior em pequenos criadores comparativamente a médios egrandes, a diferença não foi estatisticamente significativa.

Levantando ao cinturão sub-montanhoso de Punjab, Singh et al (2003) verificaram que50% dos rebanhos de bovinos cruzados estavam num manejo médio de nutrição, que 15%dos rebanhos apresentava um manejo nutricional elevado e que 35% apresentavam umanutrição deficiente. Levantamento do distrito Hisar de Haryana (vizinho ao Paquistão), Lalet al (1996) e Dixit et al (2003) verificaram que os médios e grandes criadores geralmenteatendiam a necessidade alimentar de suas búfalas através de suas práticas de manejo, masbúfalas de baixa produção principalmente de trabalhadores sem terra ou de pequenoscriadores, eram subalimentados. Nossa avaliação do status mineral de búfalas em lactaçãono distrito Patiala de Punjab efetuando análise de alimentos e volumosos consumidosindicaram deficiência de cálcio, zinco, fósforo e cobre, havendo, pois necessidade desuplementação destes minerais na dieta, preferencialmente através de misturas mineraisespecíficas a cada região. Em média, búfalas em lactação no distrito de Patiala necessitamser suplementadas com 32 g de cálcio, 8 g de fósforo, 66 mg de zinco e 33 mg de cobrediariamente (Paul et al, 2006).

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Portanto, as avaliações de campo indicaram que a subalimentação ou superalimentação éprevalente em todos os tipos de criadores principalmente pela falta de conhecimento dealimentação científica ou das necessidades de nutrientes entre os criadores e, parcialmente,porque os criadores mais pobres não dispõem de recursos para alimentar seus animais deforma a que atender completamente suas necessidades nutricionais.Os criadores necessitam

de uma educação adequada através da Krishi Vigyan Kendras e outras agencias de extensãoe ao mesmo tempo receber alguns incentivos como um preço mínimo que remunere aprodução de leite.

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_________________________________________________________________ 12 

Apêndice

Tabelas 12.1. Necessidades de nutrientes – padrões nutricionais para búfalos

Tabela 12.1.1. Necessidades diárias para búfalas em lactaçãoPB (g)

digestibilidade (%) da proteína da dietaPeso (kg)Matéria

Seca(kg)

NDT(kg)

EM(Mcal)

PD (g)

55 60 65 70

Manutenção de búfalas em lactação 350 4,86 2,84 10,22 255 463 425 392 364

400 5,40 3,16 11,37 280 509 466 431 400450 5,86 3,45 12,42 307 558 511 472 438

500 6,34 3,74 13,46 332 604 553 510 474550 6,81 4,01 14,44 357 649 595 549 510

600 7,27 4,28 15,40 380 691 633 584 542650 7,72 4,55 16,38 404 734 673 621 572700 8,17 4,81 29,41 427 776 712 657 610

Produção de leite (nutrientes necessários por kg de leite com diversos teores de gordura % 

% gordura5,0 0,602 0,359 1,29 49,00 89 82 75 705,5 0,642 0,383 1,37 52,00 94 87 80 74

6,0 0,681 0,406 1,46 55,24 100 92 85 796,5 0,720 0,429 1,54 58,45 106 97 90 84

7,0 0,760 0,453 1,63 61,63 112 103 95 887,5 0,800 0,476 1,71 64,82 118 108 106 93

8,0 0,838 0,499 1,79 68,01 124 113 105 97Ganho de peso (nutrientes necessários por g de ganho de peso)

4,13 1,97 7,09 0,23 0,41 0,38 0,35 0,33

Tabela 12.1.2. Necessidades diárias para búfalos(machos) em crescimentoPB (g)

digestibilidade (%)da proteína da dieta

Peso(kg)

Ganhodiário

(g)

MatériaSeca(kg)

NDT(kg)

EM(Mcal)

PD (g)

55 60 65 70

70 000 1,62 0,95 3,42 71 129 118 109 101200 1,91 1,13 4,06 119 216 198 183 170

300 2,1 1,24 4,46 143 260 238 220 204400 2,27 1,34 4,82 167 304 278 257 239

500 2,44 1,44 5,18 191 347 318 294 273continua 

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___________________________________________________________________ .$ 

(cont.)Tabela 12.1.2. Necessidades diárias para búfalos(machos) em crescimento 

PB (g)digestibilidade (%)

da proteína da dieta

Peso(kg)

Ganhodiário

(g)

MatériaSeca(kg)

NDT(kg)

EM(Mcal)

PD (g)

55 60 65 70

100 000 2,32 1,24 4,47 93 169 155 147 133

200 2,74 1,47 5,29 141 256 235 217 201300 2,94 1,59 5,73 165 300 275 254 236400 3,15 1,71 6,16 213 387 355 328 304

500 3,36 1,83 6,58 237 431 395 365 338600 3,56 1,95 7,03 313 569 522 482 447

125 000 2,68 1,46 5,25 110 201 183 169 157200 3,09 1,74 6,26 158 287 263 243 226

300 3,31 1,88 6,76 182 331 303 280 260400 3,51 2,01 7,24 206 375 343 317 294

500 3,70 2,16 7,77 230 418 383 354 328600 3,92 2,30 8,28 254 462 423 391 362

150 000 2,93 1,61 5,78 126 229 210 194 180200 3,31 1,92 6,89 174 316 290 268 249

300 3,62 2,07 7,45 198 360 330 305 283400 3,84 2,22 8,00 222 404 370 342 317

500 4,07 2,37 8,55 246 447 410 378 351600 4,30 2,53 9,11 270 491 450 415 386700 4,53 2,68 9,66 294 534 490 452 420

175 000 3,38 1,76 6,34 142 258 237 218 203

200 3,82 2,08 7,49 190 345 317 292 271300 4,03 2,24 8,06 214 389 357 329 306

400 4,25 2,40 8,64 238 433 397 366 340

500 4,46 2,56 9,22 262 476 437 403 374600 4,68 2,72 9,79 286 520 477 440 408

700 4,93 2,88 10,37 310 564 517 477 443

200 000 3,46 1,95 7,01 157 285 262 242 224200 4,01 2,32 8,36 205 373 342 315 293

300 4,29 2,51 9,02 229 416 382 352 327400 4,56 2,69 9,69 253 460 422 389 361500 4,84 2,88 10,36 277 504 462 426 396

600 5,11 3,06 11,03 301 547 502 463 430700 5,39 3,25 11,70 325 591 542 500 464

225 000 3,60 2,10 7,57 157 285 262 242 224

200 4,25 2,49 8,96 205 373 342 315 293300 4,57 2,68 9,67 229 416 382 352 327

400 5,01 2,88 10,37 253 460 422 389 361500 5,22 3,07 11,08 276 502 460 425 394600 5,54 3,27 11,78 301 547 502 463 430

700 5,27 3,47 12,48 325 591 542 500 462800 6,19 3,66 13,18 363 660 605 558 518

continua

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___________________________________________________________________ ." 

PB (g)digestibilidade (%)

da proteína da dieta

Peso(kg)

Ganhodiário

(g)

MatériaSeca(kg)

NDT(kg)

EM(Mcal)

PD (g)

55 60 65 70

250 000 4,14 2,25 8,10 185 336 308 285 264200 4,67 2,61 9,39 233 424 388 358 333

300 4,94 2,80 10,09 257 467 428 395 367400 5,21 3,00 10,80 281 511 468 432 401500 5,47 3,19 11,48 305 554 508 469 436

600 5,74 3,38 12,18 329 598 548 506 470700 6,00 3,58 12,87 353 642 588 543 504

800 6,28 3,77 13,57 377 685 628 580 538900 6,54 3,96 14,27 401 729 729 617 573

275 000 4,42 2,43 8,74 199 362 332 306 284200 4,99 2,81 10,12 247 449 412 380 353

300 5,27 3,00 10,81 271 493 452 417 387400 5,56 3,19 11,50 295 536 492 454 421

500 5,85 3,39 12,19 319 580 532 491 455

600 6,13 3,58 12,88 343 624 572 527 490700 6,41 3,77 13,57 367 667 612 565 524

800 6,70 3,96 14,26 391 711 652 601 558

300 000 4,70 2,63 9,47 213 387 355 328 304200 5,41 3,05 10,94 261 474 435 402 373

300 5,77 3,25 11,71 285 518 475 438 407400 6,12 3,46 12,45 309 562 515 475 441

500 6,48 3,66 13,19 333 605 555 512 476600 6,85 3,87 13,94 357 648 595 549 510700 7,18 4,08 14,68 380 690 633 584 543

800 7,54 4,29 15,43 405 736 675 627 578

325 000 4,83 2,84 10,23 226 411 377 348 323200 5,49 3,29 11,84 274 498 457 422 391

300 5,82 3,51 12,63 298 542 497 459 426400 6,15 3,74 13,44 322 585 537 495 460500 6,48 3,96 14,25 346 629 577 532 494

600 6,81 4,18 15,05 370 676 617 569 529700 7,14 4,40 15,85 394 716 656 606 563

350 000 4,98 3,00 10,82 239 434 398 368 341

200 5,77 3,47 12,47 287 522 478 442 410300 6,16 3,93 14,13 311 565 518 478 444400 6,55 4,16 14,96 335 609 558 515 478

500 6,95 4,39 15,79 359 652 598 552 513600 7,34 4,62 16,62 383 696 638 589 558

700 7,73 4,89 17,60 407 740 678 626 581

400 000 5,50 3,31 11,91 264 480 440 406 377200 5,50 3,79 13,64 312 567 520 480 446300 6,26 4,03 14,50 336 611 560 516 480

400 6,35 4,27 15,37 359 653 598 552 573500 7,46 4,51 16,23 384 698 640 590 549

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Tabela 12.1.3. Necessidades diárias para fêmeas búfalas Nili-Ravi em crescimento

Peso(kg)

Ganhodiário(g)

MatériaSeca(kg)

NDT (kg) EM (MJ) PB (g)2

MP (g) RDP (g) RUP (g)

150 300 3,41 1,91 28,80 388 238 293 118

400 3,67 2,15 32,11 418 258 325 122500 3,94 2,34 35,39 448 278 359 124600 4,21 2,56 38,67 478 298 393 127

700 4,48 2,77 41,95 508 318 425 131

200 300 4,08 2,38 35,97 476 293 365 142400 4,36 2,58 38,99 506 311 396 143

500 4,63 2,77 42,02 530 329 427 146600 4,91 2,98 45,04 557 347 457 147

700 5,18 3,18 48,07 584 365 488 150800 5,45 3,38 51,09 611 383 519 152

250 400 4,73 2,81 42,50 553 336 431 152500 4,97 2,98 45,10 577 356 457 161

600 5,21 3,15 47,70 601 376 483 170700 5,47 3,33 50,30 625 396 511 178800 5,71 3,50 52,91 649 416 537 187

900 5,96 3,67 55,51 673 436 563 195

300 400 6,06 3,41 51,57 624 378 523 141500 6,42 3,63 54,93 669 408 557 159

600 6,79 3,85 58,28 713 438 591 176700 7,15 4,07 61,64 758 468 624 193800 7,51 4,30 65,00 802 498 660 209900 7,87 4,52 68,36 847 528 693 226

350 400 6,86 3,97 60,05 749 473 609 213500 7,20 4,24 64,11 791 497 650 216

600 7,56 4,51 68,17 833 521 692 218700 7,90 4,77 72,24 875 545 732 221

800 8,25 5,05 76,29 917 569 775 222900 8,60 5,31 80,36 959 593 815 226

400 400 7,99 4,47 67,57 951 650 685 415

500 8,35 4,82 72,97 977 677 740 412600 8,72 5,18 78,37 1003 706 795 410700 9,08 5,54 83,77 1026 731 850 403

1 Estimativa de ingestão de matéria seca baseada na regressão da IMS sobre pesometabólico e ganho diário de peso; 2 baseado em análise de regressão de ingestão deproteínas brutas, peso metabólico e ganho diário de peso; RDP – proteínas degradáveis norúmen; RUP – proteínas não degradáveis no rúmen

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Tabela 12.1.4. Necessidade adicional de energia (NDT,kg/d) para gestação de búfalasadultas “maduras” (mais de 2 crias)

Semanas antes do partoPeso aonascer

previsto(kg) 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 zero

35 0,16 0,21 0,27 0,36 0,48 0,63 0,83 1,01 1,46 1,79 2,5230 0,14 0,18 0,23 0,31 0,41 0,54 0,71 0,87 1,25 1,54 2,1625 0,12 0,15 0,19 0,26 0,34 0,45 0,59 0,73 1,04 1,28 1,8020 0,09 0,12 0,15 0,21 0,27 0,36 0,47 0,58 0,83 1,03 1,44

Para búfalas “imaturas”, ou seja, na primeira ou segunda lactação, acrescentar respectivamente 20e 10% nas necessidades de manutenção para permitir o crescimento materno.

Tabela 12.1.5. Necessidade adicional de proteínas (PD, g/d) para gestação de búfalas

adultas “maduras” (mais de 2 crias)Semanas antes do parto

Peso aonascer

previsto(kg) 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 zero

35 25 34 43 56 82 106 132 174 219 260 32830 21 29 37 48 70 91 113 149 188 223 28125 17 24 31 40 58 76 94 124 157 186 23420 14 19 25 32 47 61 75 99 125 149 187

Para búfalas “imaturas”, ou seja, na primeira ou segunda lactação, acrescentar respectivamente 20e 10% nas necessidades de manutenção para permitir o crescimento materno.

Tabela 12.1.7. Necessidade diárias de nutrientes para manutenção de búfalos adultosem “serviço” 

Peso(kg)

MatériaSeca(kg)

NDT (kg)EM

(Mcal)PD (g) Ca (g) P (g)

Vit A(1.000UI)

Vit D(1.000UI) 

400 6,67 3,67 13,27 667 16 10 16,96 2,64450 7,29 4,01 14,49 728 18 11 19,08 2,97

500 7,89 4,34 15,79 789 20 12 21,20 3,30550 8,47 4,66 16,85 847 22 13 23,32 3,63

600 9,05 4,98 18,10 905 24 15 25,44 3,96650 9,61 5,28 19,09 960 26 16 27,56 4,29700 10,16 5,59 20,32 1015 28 18 29,68 4,62

750 10,69 5,88 21,26 1069 30 19 31,8 4,95800 11,23 6,18 22,46 1123 32 20 33,92 5,28

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___________________________________________________________________ .. 

Tabela 12.1.6. Necessidade de nutrientes para búfalos de trabalho PB (kg/d)

digestibilidade (%)da proteína da dieta

Peso(kg)

MatériaSeca(kg/d)

NDT(kg/d)

EM(kcal/d)

PD(kg/d)

55 60 65 70

Trabalhos normais ou leves (4 hs/d)

200 4,5 2,39 8,60 0,27 0,49 0,45 0,41 0,39250 5,0 2,86 10,29 0,32 0,58 0,53 0,49 0,46

300 6,0 3,30 11,88 0,37 0,67 0,62 0,57 0,53350 7,0 3,75 13,50 0,42 0,76 0,70 0,65 0,60400 8,0 4,18 15,04 0,47 0,85 0,78 0,72 0,67

450 9,0 4,60 16,56 0,52 0,94 0,87 0,80 0,74500 9,5 5,00 18,00 0,57 1,03 0,95 0,88 0,81

550 10,0 5,41 19,48 0,61 1,11 1,01 0,94 0,87600 10,5 5,81 20,92 0,66 1,20 1,10 1,01 0,94

650 11,0 6,20 22,32 0,70 1,27 1,17 1,07 1,00700 12,0 6,59 23,72 0,75 1,36 1,25 1,15 1,07

Trabalhos pesados (8 hs/d)200 5,0 2,93 10,61 0,31 0,56 0,52 0,48 0,44250 6,3 3,54 12,80 0,37 0,67 0,62 0,57 0,52

300 6,5 4,13 14,94 0,44 0,80 0,73 0,67 0,63350 7,5 4,71 17,01 0,50 0,91 0,83 0,77 0,71

400 8,5 5,27 19,06 0,56 1,01 0,93 0,86 0,80450 10,0 5,83 21,08 0,62 1,13 1,03 0,95 0,88500 11,0 6,38 23,05 0,67 1,22 1,12 1,03 0,96

550 12,0 6,92 25,02 0,73 1,33 1,22 1,12 1,04600 12,9 7,45 26,95 0,79 1,44 1,32 1,22 1,13

650 13,8 7,98 28,86 0,85 1,55 1,42 1,31 1,21700 14,8 8,51 30,76 0,90 1,64 1,50 1,38 1,28

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___________________________________________________________________ .0 

12.3. Valor Nutritivo de Alimentos Comuns ** incluídos apenas alguns dos alimentos originalmente citados

Tabela 12.3.1. Alimentos comuns e seu valor nutritivo

AlimentoMS(%)

PB(%MS)

NDT(% MS)

PDR(%PB)

A. Alimentos secos (palhas e residuos de culturas)Palha de Trigo 90 3 44 26-52Casca de arroz 90 3,3 42Palha de cevada 90 3 49Palha amendoim 90 8,5 53 30Bagaço de cana 90 3,1 40Ponta de cana 90 5,9 46

B. Volumosos e gramíneas (pré-floração)Milho 15-25 8-10 59-62 30-58Aveia 15-25 8-10 57-60 47-84

Trevo alexandrino 9-20 15-22 60-65 45-60Lucerna 15-25 15-22 58-60 47Azevem 12-20 10-14 58-62 53,5Napier híbrido 15-25 7-10 57-60Nabo 10-15 7-9 55-60Cevada 20 7 59Capim angola (para grass) 15-25 10-12 58 41Colonião (guinea grass) 12-20 9-12 55 35-51

B. Concentrados (grãos e sub-produtos) Milho (grão) 90 20 86 23-37Trigo (grão) 90 11 82Cevada (grão) 90 10 79 75-81Aveia (grão) 90 12 72Arroz (com casca) 90 7,5 79Caroço algodão 93 25 91Linhaça 90 20 90Soja 90 43 91Girassol 92 29 90Farelinho de trigo 90 14,5 68 60-77Farelo arroz desengordurado 90 14 59 26-70Arroz polido 90 12 74 47-76Resíduo cervejaria 90 25 66 43

Farelo de milho 90 12 74 37Casca de algodão 90 5,2 50Farelo de gluten 92 47 76 22-54Farinha de mandioca 90 3 83 69Torta amendoim desengord. 90 45 74 66-80Torta de colza 90 38 70 52-82Torta algodão (expeller) 90 23 69 49Torta algodão 92 38 77 46-57Torta de soja (desengord.) 90 47 70 38-88

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___________________________________________________________________ .4 

Torta de girassol 90 26 53 53,9Torta de coco 90 23 90 71Torta de linhaça 90 28 72 41-71Torta de Neem 92 39 72D. Suplementos de proteína animalFarinha de peixe 90 45 68 36-49Farinha de carne 90 65 79 32-36Farinha de sangue 90 63 65 29MS-matéria seca; PB- proteína bruta; NDT-nutrientes difestíveis totais; PDR-proteína degradavelno rúmen.

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(disponíveis no original)

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