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Resíduos, Reciclagem e Lixo Eletrônico

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Resíduos, Reciclagem e Lixo Eletrônico

Resíduos, Reciclagem e Lixo Eletrônico

Breve Histórico do Lixo

Embora a palavra lixo tenha uma etimologia controversa,

acredita-se que a mesma derive do latim lix, cujo significado é cinza ou lixívia, (Rodrigues, 2003, p.6).

A palavra lixo pode ter sua origem do verbo lixare, também do latim, que indicava o ato de polir ou desbastar. Este termo ganhou, na língua portuguesa a conotação de sujeira ou restos do que é removido ou arrancado.

De acordo com Senges (1969), a palavra resíduo, provém do termo em latim residuum, significando aquilo que resta de qualquer substância. O adjetivo “sólido” foi adicionado posteriormente para distinguir os resíduos dos efluentes líquidos ou gasosos. Portanto nos referimos à palavra lixo como sendo um resíduo sólido.

Milhões de anos atrás, antes do surgimento do homem sobre a terra, não existia a presença do lixo como conceituamos atualmente.

Com o surgimento do gênero Homo há cerca de 3 milhões de anos,diversas mudanças vem ocorrendo ao longo de sua jornada e, essas mudanças de ordem cultural e social, transformaram de modo irreversível o relacionamento do homem com o meio em que vive.

História do Lixo no BrasilSão Paulo – crescendo aleatoriamente

Meados do séc. XIX – não havia serviços de limpeza pública e coleta domiciliar

Consequências: mau cheiro, proliferação de vetores, poluição visual, contaminação do lençol freático e grandes epidemias.

09/mai/1892 – criação do serviço de limpeza pública. Nesta época a população em SP já era de 240 mil hab. A coleta era feita por tração animal.

Porém, até o final do séc. XIX, poucos resultados foram obtidos, com constantes trocas de responsabilidade sobre os serviços de limpeza pública.

Em 1913, houve a implantação do primeiro incinerador no bairro do Araçá com capacidade para 40t/dia.

A partir de 1925, novo processo de tratamento surge chamado Processo Beccari.

Na década de 40, houve progressos, com a utilização de caminhões coletores compactadores e a introdução do hábito de embalar o lixo em sacos plásticos.

1948 – o incinerador Araçá é desativado.

1949 – incinerador de Pinheiros 200t/dia e 1959 - Ponte Pequena 300t/dia

1969 – Vergueiro 300t/dia

O final da década de 60 – fim definitivo da tração animal e a implantação da coleta domiciliar.

Classificação do lixo

Quanto às características físicas:

• Seco: papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos, vidros, madeiras, guardanapos e tolhas de papel, pontas de cigarro, isopor, lâmpadas, parafina, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças.

• Molhado: restos de comida, cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, etc...

Quanto à composição química:

• Orgânico: é composto por pó de café e chá, cabelos, restos de alimentos, cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, ossos, aparas e podas de jardim.

• Inorgânico: composto por produtos manufaturados como plásticos, vidros, borrachas, tecidos, metais (alumínio, ferro, etc.), tecidos, isopor, lâmpadas, velas, parafina, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças, etc.

Quanto à origem:

• Domiciliar: originado da vida diária das residências,

constituído por restos de alimentos (tais como cascas de frutas, verduras, etc.), produtos deteriorados, jornais, revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande diversidade de outros ítens. Pode conter alguns resíduos tóxicos.

• Comercial: originado dos diversos estabelecimentos

comerciais e de serviços, tais como supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares, restaurantes, etc.

• Serviços Públicos: originados dos serviços de limpeza

urbana, incluindo todos os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de praias, galerias, córregos, restos de podas de plantas, limpeza de feiras livres, etc, constituído por restos de vegetais diversos, embalagens, etc.

• Hospitalar: descartados por hospitais, farmácias, clínicas

veterinárias (algodão, seringas, agulhas, restos de remédios, luvas, curativos, sangue coagulado, órgãos e tecidos removidos, meios de cultura e animais utilizados em testes, resina sintética, filmes fotográficos de raios X). Em função de suas características, merece um cuidado especial em seu acondicionamento, manipulação e disposição final. Deve ser incinerado e os resíduos levados para aterro sanitário.

• Portos, Aeroportos, Terminais Rodoviários e Ferroviários: resíduos sépticos, ou seja, que contém ou

potencialmente podem conter germes patogênicos. Basicamente originam-se de material de higiene pessoal e restos de alimentos, que podem hospedar doenças provenientes de outras cidades, estados e países.

• Industrial: originado nas atividades dos diversos ramos da

indústria, tais como: o metalúrgico, o químico, o petroquímico, o de papelaria, da indústria alimentícia, etc.

• O lixo industrial é bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros, cerâmicas. Nesta categoria, inclui-se grande quantidade de lixo tóxico. Esse tipo de lixo necessita de tratamento especial pelo seu potencial de envenenamento.

• Radioativo: resíduos provenientes da atividade nuclear

(resíduos de atividades com urânio, césio, tório, radônio, cobalto), que devem ser manuseados apenas com equipamentos e técnicos adequados.

• Agrícola: resíduos sólidos das atividades agrícola e

pecuária, como embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de colheita, etc. O lixo proveniente de pesticidas é considerado tóxico e necessita de tratamento especial.

• Entulho: resíduos da construção civil: demolições e restos

de obras, solos de escavações. O entulho é geralmente um material inerte, passível de reaproveitamento.

Características físicas do lixo

• Composição gravimétrica: traduz o percentual de

cada componente em relação ao peso total do lixo.

• Peso específico: é o peso dos resíduos em função do

volume por eles ocupado, expresso em kg/m³. Sua determinação é fundamental para o dimensionamento de equipamentos e instalações.

• Teor de umidade: esta característica tem influência

decisiva, principalmente nos processos de tratamento e destinação do lixo. Varia muito em função das estações do ano e da incidência de chuvas.

• Compressividade: também conhecida como grau de compactação, indica a redução de volume que uma massa de lixo pode sofrer, quando submetida a uma pressão determinada. Tais valores são utilizados para dimensionamento de equipamentos compactadores.

• Chorume: substância líquida decorrente da decomposição de material orgânico.

Código de Cores para os Diferentes Tipos de Resíduos

RESOLUÇÃO CONAMA N° 275 DE 25 DE ABRIL 2001

Art.1º Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos de

resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.

§ 1o Fica recomendada a adoção de referido código de cores para programas de coleta seletiva estabelecidos pela iniciativa privada, cooperativas, escolas, igrejas, organizações não governamentais e demais entidades interessadas.

Padrão de cores AZUL: papel/papelão;VERMELHO: plástico;VERDE: vidro;AMARELO: metal;PRETO: madeira;LARANJA: resíduos perigosos;BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;ROXO: resíduos radioativos;MARROM: resíduos orgânicos;CINZA: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação.

Políticas Nacional de Resíduos Sólidos – Lei 12.305/2010

Foi aprovado pelo plenário do Senado, nesta quarta-feira

(7/7), o projeto de lei (PLS 354/89), que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Basicamente, a nova lei regula a reciclagem e disciplina o manejo dos resíduos.

Segundo a Agência Senado, o principal alvo do projeto é “um dos mais sérios problemas do país, que é a ausência de regras para tratamento das 150 mil toneladas de lixo produzidas diariamente nas cidades brasileiras”.

De acordo com dados que embasaram o projeto, do lixo produzido no Brasil, 59% vão para os "lixões". Apenas 13% do lixo têm destinação correta, em aterros sanitários. Dos 5.564 municípios brasileiros, apenas 405 tinham serviço de coleta seletiva em 2008.

O que muda com a nova leiEm geral, o projeto estabelece a “responsabilidade compartilhada” entre governo, indústria, comércio e consumidor final no gerenciamento e na gestão dos resíduos sólidos.

Consumidores - Pela lógica da “responsabilidade compartilhada”, os consumidores finais estão também responsabilizados e terão de acondicionar de forma adequada seu lixo para a coleta, inclusive fazendo a separação onde houver coleta seletiva;

- Os consumidores são proibidos de descartar resíduos sólidos em praias, no mar, em rios e em lagos.

• Poder público- Depois de sancionada a lei pelo Presidente da República, os municípios terão um prazo de quatro anos para fazer um plano de manejo dos resíduos sólidos em conformidade com as novas diretrizes;

- Todas as entidades estão proibidas de manter ou criar lixões. As prefeituras deverão construir aterros sanitários adequados ambientalmente, onde só poderão ser depositados os resíduos sem qualquer possibilidade de reaproveitamento ou compostagem;

- A União, os Estados e os municípios são obrigados a elaborar planos para tratar de resíduos sólidos, estabelecendo metas e programas de reciclagem;

- Os municípios só receberão dinheiro do governo federal para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos depois de aprovarem planos de gestão;

- Os consórcios intermunicipais para a área de lixo terão prioridade no financiamento federal;

O texto trata também da possibilidade de incineração de lixo para evitar o acúmulo de resíduos.Indústria e comércioA nova lei cria a “logística reversa”, que obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a criar mecanismos para recolher as embalagens após o uso. A medida valeria para o setor de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, eletroeletrônicos e para todos os tipos de lâmpadas.

- Depois de usados pelo consumidor final, os itens acima mencionados, além dos produtos eletroeletrônicos e seus componentes, deverão retornar para as empresas, que darão a destinação ambiental adequada.

Cooperativas e associações de catadores e de reciclagem

- O projeto prevê que o poder público incentive as atividades de cooperativas e associações de catadores de resíduos recicláveis e entidades de reciclagem, por meio de linhas de financiamento;

As embalagens de produtos fabricados em território nacional deverão ser

confeccionadas a partir de materiais que propiciem sua reutilização ou reciclagem para viabilizar ainda mais os profissionais de coleta seletiva e reciclagem;

• Proibições gerais e sançõesA lei proíbe:

- Importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos;

- Lançamento de resíduos sólidos em praias, no mar, em rios e lagos;

- Lançamento de resíduos in natura a céu aberto;

- A queima de lixo a céu aberto ou em instalações e equipamentos não licenciados para essa finalidade.

O infrator que desrespeitar a lei cometerá crime federal, que prevê pena máxima de cinco anos de reclusão e multa, de acordo com as sanções previstas para crimes ambientais relacionados à poluição. A pena, no entanto, não se aplica no caso do lixo doméstico.

Fonte Instituto Akatu

• Materiais recicláveis:Os materiais mais comuns encontrado no lixo urbano e que podem ser reciclados são:

- Plásticos:- Garrafas, embalagens de produtos de limpeza;- Potes de cremes, xampus;- Tubos e canos;- Brinquedos;- Sacos, sacolas e saquinhos de leite;- Isopor.

Alumínio:- Latinhas de cerveja e refrigerante;- Esquadrias e molduras de quadros;

Metais ferrosos:- Molas e latas.

• Papel e papelão:- Jornais, revistas, impressos em geral;- Papel de fax;- Embalagens longa-vida.

Vidro:- Frascos, garrafas;

- Vidros de conserva.

• Materiais não recicláveis:- Cerâmicas;

- Vidros pirex e similares;- Acrílico;- Lâmpadas fluorescentes;- Papéis plastificados, metalizados ou parafinados (embalagens de biscoito, por exemplo)- Papéis carbono, sanitários, molhados ou sujos de gordura;

- Fotografias;

- Espelhos;- Pilhas e baterias de celular (estes devem ser devolvidos ao fabricante);- Fitas e etiquetas adesivas.

Composição Média do Lixo Domiciliar no Brasil

65% de Matéria Orgânica 25% de Papel 4% de Metal 3% de Vidro 3% de Plástico

Composição Média do Lixo

Domiciliar no Brasil

• Índices Médios de Reciclagem no Brasil (%)

Alumínio .................................. 70% Vidro ...................................... 35% Papel ...................................... 32% Aço ........................................ 18% Plástico ................................... 12%

O Brasil perde anualmente cerca de R$ 4,6 bilhões por não aproveitar a totalidade do potencial de reciclagem do lixo domiciliar.

Fonte: Calderoni Sabetai. Os Bilhões Perdidos no Lixo

• Dinheiro Perdido no Lixo O que se perde nos aterros e lixões do País

• VIDRO - A produção de vidro pela reciclagem reduz em 20% a poluição do ar e em 50% a poluição da água relacionadas à produção.

LATA DE ALUMÍNIO - A reciclagem de uma lata de alumínio dá origem a uma nova lata de alumínio, economizando energia suficiente para deixar acesa uma lâmpada de 100 watts por 20 horas.

• PAPEL - Uma tonelada de papel reciclado economiza 10 mil litros de água e evita o corte de 17 árvores. PLÁSTICO - Cada 100 toneladas de plástico reciclado economiza 1 tonelada de petróleo. LIXO - A incineração de 10 mil toneladas de lixo cria um emprego, o aterramento da mesma quantidade cria seis empregos e a reciclagem desse montante de lixo cria 36 empregos

Como pedir Contêineres?

A PMSP dispõe em seu portal uma lista de endereços (locais atendidos pelo serviço de coleta seletiva porta a porta), onde é possível verificar se sua rua é contemplada pelo Programa de Coleta Seletiva.

Caso o endereço em referência seja contemplado, e esteja dentro da área de coleta das concessionárias, é possível verificar junto as empresas a viabilidade de instalação do contêiner.Em caso positivo a instalação do contêiner, a coleta será realizada pela concessionária com freqüência de uma a duas vezes por semana podendo ser efetuada nos períodos diurnos e noturnos.

A solicitação de contêiner poderá ser feita através da Central de Atendimento: 156 ou através do e-mail: [email protected].

PalestrasO Departamento de Limpeza Urbana promove a

apresentação da palestra “Gestão de Resíduos Sólidos

na Cidade de São Paulo”.

A palestra aborda a história dos resíduos, as mudanças

no seu manejo ao longo do tempo e as atuais formas de

gerenciamento de todos os tipos de resíduos gerados na

cidade.

Mais informações podem ser obtidas na Divisão Técnica

de Educação e Divulgação/ Coleta Seletiva nos telefones

3397-1758/1759.

• O Programa de Coleta Seletiva regulamentado pelo Decreto nº 48799 de 9 de outubro de 2007 conta atualmente com 18 Centrais de Triagem.

• No ano de 2009, a média do material coletado, através do Programa de Coleta Seletiva, representou uma média de 120 toneladas por dia

• Pontos de Entrega Voluntária (PEV):

Entre os equipamentos utilizados na Coleta Seletiva, são 3811 PEV´s instalados em locais específicos e a implantação da conteinerização através da instalação de PEV´s (Pontos de Entrega Voluntária) de 1.000 litros e 2.500 litros para material reciclável, em estacionamentos de bancos, supermercados, escolas municipais, estaduais e particulares, universidades e condomínios.

ECOPONTO - Estação de Entrega Voluntária de Inservíveis

• Ecopontos, que são locais de entrega voluntária de pequenos volumes de entulho (até 1 m³), grandes objetos (móveis, poda de árvores etc.) e resíduos recicláveis. Nos EcoPontos, o munícipe poderá dispor o material gratuitamente em caçambas distintas para cada tipo de resíduo. A intenção da Prefeitura de São Paulo é aumentar o número de unidades.

Leis, decretos e portarias

Existem alguns instrumentos legais para minimizar o problema da má gestão do entulho, como regras de licenciamento de empresas transportadoras de resíduo de construção civil, a utilização de caçambas em vias públicas e descarte em aterro público:

• Portaria nº 18/SES/05

• Decreto 46.594, de 03/11/2005, que regulamenta a coleta, o transporte, o tratamento e a disposição final de resíduos inertes.

• Lei 13.298 de 17/01/2002, que estabelece e define a responsabilidade do gerador e do transportador de resíduos de construção civil.

• Decreto 42.217 de 24/07/2002, estabelece procedimentos de licenciamento e operação de áreas privadas de transbordos e triagem (ATT).

Resolução CONAMA Nº 257, de 30 de junho de 1999

• Segundo esta Resolução, as pilhas e baterias utilizadas devem retornar ao fabricante ou importador para que este proceda seu tratamento e disposição adequados, os quais passam a obrigar-se pelo ciclo total de seus produtos, e não somente até serem adquiridos pelos consumidores, instituindo, desta forma, a responsabilidade "pós-consumo" dos agentes envolvidos com sua produção, importação e comercialização.

• Meio Ambiente e Saúde PúblicaA preocupação com o passivo ambiental resultante da disposição inadequada de pilhas e baterias justifica-se pelos sérios riscos que causa à saúde pública e ao meio ambiente.

Estão em suas composições o níquel, chumbo, mercúrio, lítio, zinco, dentre outros metais não ferrosos, apesar da legislação se referir apenas ao cádmio, ao chumbo e ao mercúrio.

• Os efeitos que os metais objeto da Resolução nº 257/99 causam à saúde humana, podem ser verificados na seguinte tabela, publicada pelo instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT em 1995, no Manual de Gerenciamento Integrado do Lixo Municipal:

Elementos: mercúrio, cádmio e chumbo

Efeitos

• Mercúrio

Distúrbio renais; distúrbios neurológicos; efeitos mutagênicos;alterações no metabolismo; deficiência nos órgãos sensoriais.

• Cádmio

Dores reumáticas e miálgicas; distúrbios metabólicos levando à osteoporose; disfunção renal.

• Chumbo

Perda de memória; dor de cabeça; irritabilidade; tremores musculares; lentidão de raciocínio; alucinação; anemia; depressão; paralisia.

• Críticas à Resolução CONAMA nº 257/99

Não existe, dentro dos termos da resolução que ora se analisa, a obrigação do consumidor final em devolver os produtos após o uso.

Deveria ter estabelecido a quantidade mínima de pilhas e baterias que deve ser objeto de destinação final adequada, para cada uma que fosse fabricada ou importada, quantidade essa que poderia aumentar dentro de determinados prazos.

• Segundo o artigo 11 da aludida resolução, os comerciantes de pilhas e baterias são obrigados a implantar mecanismos operacionais para a coleta a partir de junho de 2000.

Assim, apesar de não haver menção expressa na resolução, entende-se que os estabelecimentos comerciais e a rede de assistência técnica autorizada devem possuir recipientes adequados e localizados de maneira visível aos consumidores, para o descarte das pilhas e baterias de características similares às por eles comercializadas.

• Outro aspecto da resolução que causa estranheza encontra-se em seu art. 13, que diz que "as pilhas e baterias que atenderem aos limites previstos no artigo 6º poderão ser dispostas juntamente com os resíduos domiciliares, em aterros sanitários licenciados".

• Segundo a NBR 10004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT-, os resíduos sólidos industriais são agrupados em três classes: Classe I - perigosos; Classe II - não inertes e Classe III - inertes.

• São classificados como resíduos classe I ou perigosos, os resíduos sólidos ou mistura de resíduos que, em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade, podem apresentar risco à saúde pública, provocando ou contribuindo para um aumento da mortalidade ou incidência de doenças e/ou apresentar efeitos adversos ao meio ambiente, quando manuseados ou dispostos de maneira inadequada (In: Resíduos Industriais: trabalho elaborado pelo Corpo Técnico da CETESB; 1993).

Assim...

• Os resíduos que contenham cádmio, chumbo ou mercúrio em suas composições são considerados Resíduos Classe I - Perigosos.

Aterros Sanitários• Os aterros sanitários são grandes áreas preparadas

tecnicamente para receber os resíduos orgânicos coletados nas residências.

Estas áreas contam com garantias de proteção ao meio ambiente, evitando a contaminação do lençol freático.

Após o esgotamento dos aterros, a área é totalmente coberta e poderá ser utilizada como área de lazer, depois que o nível de contaminação for praticamente zerado.

FIGURA ESQUEMÁTICA DE UM ATERRO SANITÁRIO

• Na preparação da área são realizados, basicamente, a impermeabilização e o nivelamento do terreno, as obras de drenagem para captação do chorume (ou percolado) para conduzi-lo ao tratamento, além das vias de circulação.

As áreas limítrofes do aterro devem apresentar uma cerca viva para evitar ou diminuir a proliferação de odores e a poluição visual.

Cercas Vivas

• Na execução os resíduos são separados de acordo com suas características e depositados separadamente.

• Antes de ser depositado todo o resíduo é pesado, com a finalidade de acompanhamento da quantidade de suporte do aterro.

• Os resíduos que produzem material percolado são geralmente revestidos por uma camada selante

Divisão dos resíduos por categoria

IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE (FUNDAÇÃO) DO ATERRO

SANITÁRIO E COBERTURA COM CAMADA SELANTE

Esquema de monitoramento de um aterro sanitário.

Aterro em fase de preparação

• O Aterro São João, localizado na Estrada de Sapopemba km 33, em São Mateus, recebeu os resíduos coletados pela EcoUrbis até outubro de 2009. Hoje, o volume coletado vai para o Aterro CDR Pedreira (particular). A operação deste foi iniciada em 1992.

• O aterro Bandeirantes, localizado na Rodovia dos Bandeirantes km 26, em Perus, recebe resíduos coletados pela Loga e está desativado desde março de 2007. A partir desta data, os resíduos vão para o Aterro Caieiras.

• Transbordos

São pontos de destinação intermediários dos resíduos coletados na cidade, criados em função da considerável distância entre a área de coleta e o aterro sanitário. As Estações de Transbordo, portanto, são locais onde o lixo é descarregado dos caminhões compactadores e, depois, colocados em uma carreta que leva os resíduos até o aterro sanitário, seu destino final. O volume estimado de movimentação nos transbordos é em torno de 1.200 mil toneladas por dia.

Aterro controlado• É uma fase intermediária entre o lixão e o

aterro sanitário. Normalmente é uma célula adjacente ao lixão que foi remediado, ou seja, que recebeu cobertura de argila, e grama e captação de chorume e gás. Esta célula adjacente é preparada para receber resíduos com uma impermeabilização com manta e tem uma operação que procura dar conta dos impactos negativos tais como a cobertura diária da pilha de lixo com terra ou outro material disponível como forração ou saibro.

Aterro controlado

• Tem também recirculação do chorume que é coletado e levado para cima da pilha de lixo, diminuindo a sua absorção pela terra ou eventualmente outro tipo de tratamento para o chorume como uma estação de tratamento para este efluente.

Lixão

• É uma forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples descarga do lixo sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. O mesmo que descarga de resíduos a céu aberto (IPT, 1995).

No Lixão (ou Vazadouro, como também pode ser denominado o lixão) não existe nenhum controle quanto aos tipos de resíduos depositados e quanto ao local de disposição dos mesmos.

Nesses casos, resíduos domiciliares e comerciais de baixa periculosidade são depositados juntamente com os industriais e hospitalares, de alto poder poluidor.

Metade dos municípios brasileirostem lixões a céu aberto, segundo IBGE

• A PNSB (Pesquisa Nacional de Saneamento Básico) 2008, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revela que os vazadouros a céu aberto, conhecidos como lixões, ainda são o destino final dos resíduos sólidos em 50,8% dos municípios brasileiros.

• No entanto, esse quadro teve uma mudança significativa nos últimos 20 anos. Em 1989, eles representavam o destino final de resíduos sólidos em 88,2% dos municípios.

Ao contrário do aterro sanitário, os lixões não atendem

nenhuma norma de controle. O lixo é disposto de

qualquer maneira e sem nenhum tratamento, o que

acaba causando inúmeros problemas ambientais.

Outro sério problema causado pelos lixões é a

contaminação do solo e do lençol freático,

Além disto, estes lugares dão acesso para as pessoas

carentes que acabam contraindo várias doenças.

Com total omissão social e desrespeito ao ser humano,

essas pessoas buscam nos lixões um meio de

sobrevivência, ou alimentando-se, ou vendendo

entulhos.

Lixo Eletrônico

Brasil é o campeão do lixo eletrônico entre emergentes

• O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) apresentou nesta segunda-feira, 22/03/10, na Indonésia um relatório sobre o tema. Nele, prevê sérias consequências ainda nesta década pelas montanhas de resíduos "perigosos" e "tóxicos" que se acumulam sem nenhum controle nas economias em desenvolvimento.

• Achim Steiner, diretor-executivo do Pnuma e subsecretário da ONU, explicou que Brasil, China, Índia e México serão os principais prejudicados pelo lixo e enfrentam "crescentes danos ambientais e problemas de saúde pública".

• O relatório, intitulado "Reciclando - Do lixo eletrônico a recursos", aponta que a maioria dos eletrodomésticos e aparelhos comuns em casas e empresas contém dezenas de peças perigosas.

• A estimativa é de que, no mundo, 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são geradas por ano.

• Em meio a críticas ao Brasil, por não contar com dados sobre o assunto, a ONU optou por fazer sua própria estimativa. O resultado foi preocupante. Por ano, o Brasil abandona 96,8 mil toneladas métricas de PCs. O volume só é inferior ao da China, com 300 mil toneladas.

• Mas, per capita, o Brasil é o líder. Por ano, cada brasileiro descarta o equivalente a meio quilo desse lixo eletrônico. Na China, com uma população bem maior, a taxa per capita é de 0,23 quilo, contra 0,1 quilo na Índia.

• Outra preocupação da ONU é com a quantidade de geladeiras que terminam no lixo no Brasil. O país é o líder entre os emergentes, ao lado da China.

• O Brasil também é o segundo maior gerador de lixo proveniente de celulares, com 2,2 mil toneladas por ano e abaixo apenas da China. Entre as economias emergentes, o Brasil é ainda o terceiro maior responsável por lixo de aparelhos de TV.

• A avaliação da ONU é de que o Brasil estaria no grupo de países mais preparados para enfrentar o desafio do lixo eletrônico, porém

não há uma avaliação completa do governo federal sobre o problema.

• Diante da constatação, a ONU pediu que países comecem a adotar estratégias para lidar com esse crescimento do lixo. O alerta é sobretudo para o impacto ambiental e de saúde que as montanhas de resíduos tóxicos poderiam gerar.

• Entre as soluções, a ONU pede novas tecnologias de reciclagem, além da criação os países emergentes de "centros de gestão de lixo eletrônico".

• Outro problema é a falta de investimentos em infraestrutura. A ONU ainda propõe como medida a exportação de parte desse lixo de países emergentes aos ricos. Isso deveria ser utilizado principalmente para peças perigosas, como circuitos integrados e pilhas, que seria então processado de forma adequada.

Ciclo do lixo eletrônico.

Fonte : http://www.lixoeletronico.org

Rotas do e-lixo

Algumas substâncias perigosas e os devidos

danos à saúde.

Composição física de um computador e índice de materiais recicláveis.

• Além dos elementos citados na tabela, outros componentes são encontrados em um computador: Alumínio, Cobalto, Cobre, Cromo, Estanho, Ferro, Gálio, Germânio, Índio, Níquel, Ouro, Prata, Tântalo, Titânio, Vanádio, Zinco. Além de outros elementos muito perigosos, como: gases de efeito estufa, substâncias halogenadas, como os clorofluorocarbonetos (CFC), bifenilas policloradas (PCBs), bem como o amianto.

• Você também pode enviar o seu material pelo correio ou transportadora para:

• Caixa Postal 3505 Cep 09950-971Diadema – SP

• Logística Reversa• A Cidadão ECO é uma empresa sócio-ambiental desenvolvida para abranger a questão de Logística Reversa

de forma completa e sustentável. Vocé sabe para onde vai o lixo eletrônico que você descarta? Pense nisso, faça um descarte responsável de seu lixo eletrônico. Entre em contato conosco!