resistencia i em 05 vigas

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Resistencia dos Materiais

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  • MECNICA DOS SLIDOS - Faculdade de Engenharia DECivil - PUCRS Prof Maria Regina Costa Leggerini

    CAPTULO V

    SOLICITAES INTERNAS EM ESTRUTURAS DE BARRA

    I. CONVENES:

    Conforme j vimos, se cortarmos uma estrutura por uma seo, nesta seo devem aparecer esforos que equilibrem o sistema isolado (solicitaes internas).

    Vamos tratar de estruturas sujeitas carregamento plano onde os esforos desenvolvidos so o esforo normal N (Fx), o esforo cortante Qy (Fy) ou simplesmente Q e o momento fletor Mz ou simplesmente M. Com o fim de uniformizarmos a nossa representao vamos

    representar graficamente as convenes para o sentido positivo destas solicitaes.

    II. CLCULO DAS SOLICITAES EM UMA SEO ARBITRRIA

    Se desejarmos calcular a solicitao desenvolvida em uma seo qualquer de uma pea carregada, usamos o mtodo das sees:

    Cortamos a pea na seo desejada e isolamos um dos lados do corte (qualquer um).

    Na seo cortada devem ser desenvolvidas solicitaes que mantm o sistema isolado em equilbrio.

    Exemplo:

    Calcule as solicitaes desenvolvidas na seo intermediria da viga abaixo.

    VA = VB = 2

    l.q

  • Cortando e isolando um dos lados do corte:

    Aplicando as equaes de equilbrio, teremos:

    Fx = 0 N = 0

    Fy = 0 02l.q

    2

    l.qQ =+ Q = 0

    MS = 0 02l

    .2

    l.q

    4

    l.

    2

    l.qM =

    +

    Ms = 8

    l.q 2

    III. METODO DAS EQUAES

    Supondo que queiram-se as solicitaes desenvolvidas em diversas sees da viga, repete-se o procedimento acima exemplificado, em quantas sees quantas pretendidas.

    Ao serem efetuados esta sucesso de cortes, observa-se que as equaes de equilbrio formadas so as mesmas, com mudana apenas na distancia da seo cortada a referncia.

    Pode-se generalizar este procedimento criando uma varivel, por exemplo "x", que represente esta distncia de uma forma genrica.

    onde 0 x l (limites de validade da varivel x).

    Ento:

    Fx = 0 N = 0

    Fy = 0 0x.q2l.q

    Q =+ 2

    l.qx.qQ +=

    MS = 0 x.2l.q

    2

    x.x.qM + x

    2

    x.qx.

    2

    l.qM

    2

    =

    Esta representao se constitui o que se chama de mtodo das equaes

    Tem-se a vantagem de trocar o estudo do fenmeno fsico por um estudo matemtico.

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    IV. PONTOS DE TRANSIO

    Iniciando-se com um exemplo, calculam-se as solicitaes desenvolvidas nas sees S1 e S2 da viga abaixo:

    VA = Pb/l VB = Pa/l

    S1: 0 x1 a

    Fx = 0 N = 0

    Fy = 0 Q-Pb/l = 0 Q = Pb/l

    M = 0 M - Pb/l .x1 = 0 M = Pb/l . x1

    S2 : a x2 l

    Fx = 0 N = 0

    Fy = 0 Q + P - Pb/l = 0 Q = Pb/l - P

    M = 0 M + P (x2 - a) - Pb/l . x

    2= 0

    M = Pb/l . x2 - P(x

    2 - a)

    Constata-se que x1e x2 nunca podem se sobrepor, pois do origem a equaes diferentes pois

    na 2 no entra a carga P. A varivel pode ser chamada genericamente se x e distinguir-se o trecho de validade da mesma.

    1o trecho 2o trecho

    0 x a a x l

    equaes vlidas para o primeiro trecho: equaes vlidas para o segundo trecho:

    Q(x) = Pb/l Q(x) = Pb/l - P = -Pa/l

    M(x) = Pb/l.x M(x) = Pb/l.x - P(x-a)

    No exemplo acima intuitivamente foi identificado um ponto de transio, que seria o ponto de aplicao da carga P, a partir do qual h a mudana na equao.

    Conforme foi visto h a necessidade de analisar-se um trecho antes e outro depois deste ponto de transio.

  • O acima pode ser generalizado dizendo-se que sempre que houver um ponto de transio.

    De maneira anloga, todo o ponto em que h alterao no carregamento, constitui-se em um ponto de transio:

    -Ponto de fora aplicada

    - Ponto de momento aplicado

    - Ponto de troca da taxa de carregamento.

    De acordo com o que foi visto, as solicitaes podem ser calculadas como funes da varivel x, com trecho de validade pr-estabelecido, obtendo-se equaes gerais para as mesmas, com validade nos trechos respectivos. Quando desejar-se o valor da solicitao em uma seo em especial, de ordenada x conhecida, basta substituir nas equaes o valor de x pela ordenada numrica desejada.

    Em geral interessa o valor mximo das solicitaes em toda a estrutura e no apenas em pontos especficos da mesma. Lembrando clculo diferencial o mximo de uma funo ocorre quando a sua primeira derivada nula.

    V. PROCEDIMENTO DE CLCULO

    Este procedimento de clculo poderia ser sintetizado em um roteiro simples.

    Dado o esquema estrutural da pea (vnculos, cargas ativas e vos):

    1. Clculo das reaes externas

    2. Identificao dos pontos de transio criando trechos pr-estabelecidos

    3. Usar o mtodo de corte de sees em cada um destes trechos, adotando como posio genrica desta seo a varivel x, que valer dentro dos limites dos trechos.

    4. Supor em cada seo cortada o aparecimento das solicitaes previstas, que devem ser arbitradas com o sentido convencionado positivo.

    5. A aplicao das equaes de equilbrio esttico em cada um dos cortes, nos leva a obteno das equaes desejadas.

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    6. Usa-se representar estas equaes sob a forma de um diagrama, conforme conveno abaixo:

    OBS: As cargas distribudas no mais podem ser substitudas por suas resultantes totais, mas sim por resultantes parciais nos trechos considerados.

    N

    x

    Q

    x

    M

    x

  • TRAADO DO DIAGRAMA DAS SOLICITAES INTERNAS 1. 2.

    3. 4. .

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    5.

    6.

    7.