resolução de questões - 01.2011
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01/2011
01. Uma sociedade empresária adquiriu mercadorias para revenda por R$5.000,00, neste valor incluído ICMS
de R$1.000,00. No mesmo período, revendeu toda a mercadoria adquirida por R$9.000,00, neste valor incluído
ICMS de R$1.800,00. A sociedade empresária registrou, no período, despesas com representação comercial no
montante de R$1.200,00 e depreciação de veículos de R$200,00.
Na Demonstração do Valor Adicionado – DVA, elaborada a partir dos dados fornecidos, o valor adicionado a
distribuir é igual a:
a) R$1.800,00.
b) R$2.600,00.
c) R$3.200,00.
d) R$4.000,00.
Apenas com o objetivo de ajudar na solução, vamos apresentar a Demonstração do Resultado do Exercício, que
é uma Demonstração mais conhecida
RECEITAS 9.000,00
(-) IMPOSTOS (1.800,00)
RECEITA LÍQUIDA 7.200,00
(-) CMV (4.000,00)
LUCRO BRUTO 3.200,00
(-) DESPESAS COMERCIAIS (1.200,00)
(-) DEPRECIAÇÃO (200,00)
RESULTADO 1.800,00
A Demonstração do Resultado do Exercício é elaborada de forma dedutiva, ordenando Receitas e Despesas,
apurando o resultado econômico ao final.
A Demonstração do Valor Adicionado – DVA, demonstra a riqueza gerada (valor adicionado) através da
operação principal da empresa (compra, produção e venda), e a distribuição dessa riqueza basicamente em
quatro grupos: Governo; Funcionários, Instituições Financeiras e Sócios
Vejamos então a DVA
RECEITAS
Vendas de Mercadorias 9.000,00
INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS
Custo das Mercadorias Vendidas (5.000,00)
Serviços de Terceiros – Representantes Comerciais (1.200,00)
VALOR ADICIONADO BRUTO 2.800,00
RETENÇÕES
Depreciação, Amortização e Exaustão (200,00)
VALOR ADICIONADO LÍQUIDO 2.600,00
VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 2.600,00
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 2.600,00
Impostos 800,00
Lucros Retidos / Prejuízos Acumulados 1800,00
Como pudemos ver, o Valor Adicionado foi gerado pela operação normal da empresa. Neste caso, essa riqueza
gerada é distribuída ao Governo, através dos Impostos e aos Sócios, através do Lucro
Apenas a título de esclarecimento, vamos detalhar os impostos distribuídos, a saber:
Sobre as entradas = 1.000,00 (crédito contábil)
Sobre as saídas = 1.800,00 (débito contábil)
Líquido = 800,00 (saldo contábil devedor, portanto reduz o resultado)
A RESPOSTA CORRETA DESTA QUESTÃO É A LETRA “B”
02 Uma companhia efetuou, em dezembro de 2010, a venda de mercadorias para recebimento com prazo de 13
meses, considerando uma taxa de juros de 10% no período. O valor da nota fiscal foi de R$110.000,00.
O registro contábil CORRETO no ato da transação é:
a) Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$110.000,00
Crédito: Receita Bruta de Vendas R$110.000,00
b) Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$110.000,00
Crédito: Receita Bruta de Vendas R$100.000,00
Crédito: Receita Financeira R$10.000,00
c) Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$100.000,00
Crédito: Receita Bruta de Vendas R$100.000,00
d) Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$110.000,00
Crédito: Receita Bruta de Vendas R$100.000,00
Crédito: Receita Financeira a Apropriar (Ativo Não Circulante) R$10.000,00
RESOLUÇÃO
Primeiramente vamos entender os detalhes da questão. A venda foi feita com o compromisso de recebimento à
prazo, e por este motivo foi adicionado ao valor da mercadoria um custo financeiro de 10%, assim temos:
VALOR DA MERCADORIA = R$100.000,00
CUSTO FINANCEIRO (embutido) = R$10.000,00 (ou seja, R$100.000,00 x 10%)
Podemos então entender que R$100.000,00 é o valor à vista, ou seja, o valor presente, e R$110.000,00 é o valor
futuro, ou seja, o valor a prazo, cujo vencimento será daqui a 13 meses.
Nesta operação, estão envolvidos dois princípios contábeis, a saber:
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS:
Registro pelo Valor Original e Competência
Texto atual conforme Resolução CFC 1.282/10
PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser
inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do
tempo, de diferentes formas:
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de
caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos
pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para
liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;
PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam
reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de
despesas correlatas.
Conforme determina os princípios contábeis, e as Novas normas contábeis, com base nos IFRS, toda operação
de longo prazo, deverá ser contabilizada pelo seu valor presente, ou seja, pelo valor à vista, separando assim os
custos financeiros, que deverão ser contabilizados no resultado de acordo com o período de competência.
A Contabilidade não é uma ciência exata, e por isso é possível termos mais de uma maneira para
contabilizarmos o mesmo fato sem alterarmos o resultado final, mantendo a transparência e a fidedignidade da
informação. Dessa maneira estarei resolvendo a questão acima de duas formas, obedecendo aos princípios e as
normas contábeis, sendo que uma será a minha proposta e a outra, a proposta segundo a solução do Exame de
Suficiência.
MINHA SUGESTÃO DE CONTABILIZAÇÃO:
Pela Venda
Débito – Contas a Receber (Ativo não Circulante) 110.000,00
Crédito – Receita Bruta com Vendas 110.000,00
Débito – Despesas com Financiamento de vendas 10.000,00
Crédito – Provisão para ajuste a valor presente (Ativo não circulante) 10.000,00
Pela Apropriação dos juros mensais
Débito – Provisão para ajuste a valor presente 770,00
Crédito – Receita com financiamento de vendas 770,00
Como fica demonstrado no ativo Circulante não Circulante
Contas a Receber 110.000,00
(-) Provisão para ajuste a valor presente (10.000,00)
OBS.: A apropriação dos juros não é proposta pela questão, mas fizemos apenas para completar o
raciocínio. Este é um lançamento que deve ser feito mensalmente até o vencimento da duplicata.
SUGESTÃO DO EXAME DE SUFICIÊNCIA
Pela Venda
Débito – Contas a Receber (Ativo não Circulante) 110.000,00
Crédito – Receita Bruta com Vendas 100.000,00
Crédito – Encargos Financeiros a Apropriar 10.000,00
Pela Apropriação dos juros mensais
Débito – Encargos Financeiros a Apropriar 770,00
Crédito – Receita com financiamento de vendas 770,00
Como fica demonstrado no ativo Circulante não Circulante
Contas a Receber 110.000,00
(-) Encargos Financeiros a Apropriar (10.000,00)
OBS.: A apropriação dos juros não é proposta pela questão, mas fizemos apenas para completar o
raciocínio. Este é um lançamento que deve ser feito mensalmente até o vencimento da duplicata
Pela resolução, fica claro que as receitas financeiras de vendas a prazo, devem ser contabilizadas no resultado
somente no período em que elas são auferidas, e devem ser consideradas em conta própria de Receita
Financeira, demonstrando na Receita de Vendas, apenas o valor de Venda de Mercadorias.
DESTA MANEIRA, A RESPOSTA CORRETA DESTA QUESTÃO É: Letra “D”
d) Débito: Contas a Receber (Ativo Não Circulante) R$110.000,00
Crédito: Receita Bruta de Vendas R$100.000,00
Crédito: Receita Financeira a Apropriar (Ativo Não Circulante) R$10.000,00
03 Uma sociedade empresária realizou as seguintes aquisições de produtos no primeiro bimestre de 2011:
3.1.2011 40 unidades a R$30,00
24.1.2011 50 unidades a R$24,00
1.2.2011 50 unidades a R$20,00
15.2.2011 60 unidades a R$20,00
Sabe-se que:
A empresa não apresentava estoque inicial.
No dia 10.2.2011, foram vendidas 120 unidades de produtos ao preço de R$40,00 cada uma.
Não será considerada a incidência de ICMS nas operações de compra e venda.
O critério de avaliação adotado para as mercadorias vendidas é o PEPS.
O Lucro Bruto com Mercadorias, a quantidade final de unidades em estoque e o valor unitário de custo em
estoques de produtos, no dia 28.2.2011, são de:
a) R$1.800,00 e 80 unidades a R$20,00 cada.
b) R$1.885,71 e 80 unidades a R$24,29 cada.
c) R$1.980,00 e 80 unidades a R$23,50 cada.
d) R$2.040,00 e 80 unidades a R$23,00 cada.
RESOLUÇÃO
Para iniciarmos a solução desta questão é necessário revisarmos primeiro os critérios de valorização dos
estoques.
Normalmente os estoques podem ser valorizados por alguns métodos distintos, a saber:
a) PEPS ou FIFO, que significa Primeiro que Entra Primeiro que Sai, ou First In First Out: Por este método,
vamos separar, e controlar o estoque por lotes de aquisição, pois necessitaremos saber quais foram as
mercadorias que entraram primeiro, para que na saída elas sejam baixadas também por primeiro.
b) UEPS ou LIFO, que significa Ultimo que Entra Primeiro que Sai, ou Last In First Out: Neste caso
também é necessário separar as compras por lote, porém na saída da mercadoria,daremos baixa primeiro do lote
que entrou por último.
c) MÉDIA PONDERADA MÓVEL. Este é o método mais utilizado e aceito pelo I.R. Por este método o
custo unitário do estoque é atualizado a cada nova entrada com valor diferente da entrada anterior, dividindo-se
o saldo acumulado em reais pelo saldo acumulado em quantidades.
d) MÉDIA PONDERADA FIXA. É semelhante ao método anterior, porém ao invés de registraras saídas
diariamente, é feito apenas um registro único das saídas no final do mês. As compras são registradas uma a
uma, em suas datas correspondentes.
A questão pede que a solução seja feita utilizando o método PEPS. Vamos então verificar como fica o registro
dos estoques utilizando este método:
MOVIMENTAÇÃO DOS ESTOQUES, UTILIZANDO-SE O MÉTODO PEPS
DATA ENTRADAS SAIDAS SALDO
Qtde Pç unit Vlr Total Qtde Pç unit Vlr Total Qtde Pç unit Vlr Total
03/01/2011 40 30,00 1.200,00
40 30,00 1.200,00
24/01/2011 50 24,00 1.200,00
40 30,00 1.200,00
50 24,00 1.200,00
90
2.400,00
01/02/2011 50 20,00 1.000,00
40 30,00 1.200,00
50 24,00 1.200,00
50 20,00 1.000,00
140
3.400,00
10/02/2011
40 30,00 1.200,00 0 - -
50 24,00 1.200,00 0 - -
30 20,00 600,00 20 - 400,00
120
3.000,00 20
400,00
15/02/2011 60 20,00 1.200,00
20 20,00 400,00
60 20,00 1.200,00
80 20,00 1.600,00
Conforme havíamos comentado, neste método temos que apresentar o saldo dos estoques separadamente por
lote de compras, pois as baixas serão feitas obedecendo a ordem em que os produtos foram comprados (baixar
os que foram comprados primeiro), assim no caso desta questão, no dia 10/02, vamos efetuar a baixa
considerando primeiro o lote comprado em 03/01, até o limite de 40 unidades porque foi a quantidade
comprada naquela data e nada havia sido vendido até então, posteriormente vamos baixar do segundo lote de
compras, que aconteceu no dia 24/01, e vamos baixar também o limite de 50 unidades, e por fim, vamos baixar
do terceiro lote de compras, a quantidade de 30 unidades para completar as 120 unidades vendidas. Neste caso
estamos baixando uma quantidade(30) menor do que a quantidade comprada (50), pois temos que nos limitar a
quantidade vendida.
Após efetuarmos o registro das baixas, vamos apurar o saldo do estoque, considerando apenas as unidades que
sobraram de cada lote comprado. Até a data da venda, haviam sido comprados 3 lotes de mercadorias, dos quais
sobraram apenas 20 unidades do último lote. Para efeito de resposta da questão, precisamos somar à este saldo
de estoque a compra realizada em 15/02, e assim teremos o saldo final dos estoques representado por dois lotes,
sendo um de 20 unidades e outro de 60 unidades, conforme demonstrado acima.
A questão pergunta também sobre o valor do Lucro Bruto desta venda, então vamos calcular
Lucro Bruto é igual a Receita Líquida de Vendas, menos o Custo da Mercadoria Vendida, a saber:
Receita Líquida de Vendas = Receita Bruta de Vendas, menos as deduções. Nesta questão foi informado o
valor de vendas, 4.800,00 (120 unidades x 40,00), e não foi informado nenhum valor referente a deduções,
sendo assim o valor da Receita Líquida de Vendas é de 4.800,00
Custo das Mercadorias Vendidas é igual ao valor pago (o quanto custou) pelas mercadorias que foram
vendidas. Como a movimentação dos estoques (planilha acima) é feita considerando o valor de custo (valor
pago menos impostos) é só considerarmos os valores lançados como saída pela venda, ou seja, 3.000,00
Elaborando a Demonstração do Resultado da Venda, temos:
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
VENDAS (120 x 40,00)
4.800,00
Custo da Mercadoria Vendida
- 3.000,00
LUCRO BRUTO
1.800,00
DESTA MANEIRA, A RESPOSTA CORRETA DESTA QUESTÃO É: letra “a”
a) R$1.800,00 e 80 unidades a R$20,00 cada.
04 Uma determinada sociedade empresária, em 31.12.2010, apresentou os seguintes saldos:
Caixa R$ 6.500,00
Bancos Conta Movimento R$ 14.000,00
Capital Social R$ 20.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas R$ 56.000,00
Depreciação Acumulada R$ 1.500,00
Despesas Gerais R$ 23.600,00
Fornecedores R$ 9.300,00
Duplicatas a Receber em 60 dias R$ 20.900,00
Equipamentos R$ 10.000,00
Reserva de Lucros R$ 3.000,00
Estoque de Mercadorias R$ 4.000,00
Receitas de Vendas R$ 97.700,00
Salários a Pagar R$ 3.500,00
Após a apuração do Resultado do Período e antes da sua destinação, o total do Patrimônio Líquido e o total do
Ativo Circulante são, respectivamente:
a) R$37.100,00 e R$41.400,00.
b) R$37.100,00 e R$46.100,00.
c) R$41.100,00 e R$45.400,00.
d) R$41.100,00 e R$50.400,00.
RESOLUÇÃO
Primeiramente vamos separar as contas contábeis, de acordo com a origem de cada uma
CONTAS
CONTÁBEIS
R$ ATIVO
CIRCULANTE
PASSIVO
CIRCULANTE
PATR.
LIQUIDO
RESULTADO
Caixa 6.500,00 6.500,00
Bancos Conta
Movimento
14.000,00 14.000,00
Capital Social 20.000,00 20.000,00
Custo das
Mercadorias
Vendidas
56.000,00 56.000,00
Depreciação
Acumulada
1.500,00
Despesas
Gerais
23.600,00 23.600,00
Fornecedores 9.300,00 9.300,00
Duplicatas a
Receber em
60 dias
20.900,00 20.900,00
Equipamentos 10.000,00
Reserva de
Lucros
3.000,00 3.000,00
Estoque de
Mercadorias
4.000,00 4.000,00
Receitas de
Vendas
97.700,00 97.700,00
Salários a
Pagar
3.500,00 3.500,00
TOTAIS 45.400,00 12.800,00 23.000,00 18.100,00
Para termos o saldo final do Patrimônio Líquido, devemos primeiro apurar o resultado e depois incorporá-lo ao
Patrimônio Líquido, para apurarmos o saldo final.
APURAÇÃO DO RESULTADO
RECEITA 97.700,00
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (56.000,00)
DESPESAS GERAIS (23.600,00)
RESULTADO ANTES DA DESTINAÇÃO 18.100,00
SALDO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = 41.100,00 (23.000,00 + 18.100,00)
SALDO DO ATIVO CIRCULANTE = 45.400,00, conforme demonstrado acima
Resposta correta:
c) R$41.100,00 e R$45.400,00.
05 A movimentação ocorrida nas contas de Reservas de Lucros em um determinado período é evidenciada na
seguinte demonstração contábil:
a) Balanço Patrimonial
b) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
c) Demonstração dos Fluxos de Caixa
d) Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados
RESOLUÇÃO
Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis, a saber:
Balanço Patrimonial.
Demonstra o saldo de todas as contas patrimoniais: Bens, Direitos e Obrigações, em determinada data, portanto
é um demonstrativo estático, como se fosse uma foto da situação patrimonial tirada numa data específica, não
apresenta movimentações.
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido:
Demonstrativo que apresenta todas as contas que compõe o Patrimônio Líquido, individualmente, cujo
conteúdo é exatamente a movimentação ocorrida durante o exercício a que se quer demonstrar. O nome
mutações é justamente porque apresenta as movimentações por data uma a uma.
Demonstração dos Fluxos de Caixa:
Este demonstrativo pode ser feito de duas formas: Método Direto ou Método Indireto
Método Direto
Demonstra a movimentação resumida das operações que afetaram o caixa, separando-as por Operacionais,
Financeiras e de Investimentos. Os valores apresentados são totais do período, por operação
Método Indireto
Demonstração a alteração do saldo do disponível de período para o outro, através dos aumentos ou diminuições
ocorridas nas contas do Balanço Patrimonial
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados
Demonstra uma a uma as movimentações ocorridas somente na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados durante
o exercício.
Como a questão está pedindo o nome do Demonstrativo que tenha a movimentação ocorrida nas contas de
Reservas de Lucros em um determinado período, e essa conta faz parte do Patrimônio Líquido, a resposta
correta é:
b) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
07 Uma determinada sociedade empresária vendeu mercadorias para sua controladora por R$300.000,00,
auferindo um lucro de R$50.000,00. No final do exercício, remanescia no estoque da controladora 50% das
mercadorias adquiridas da controlada. O valor do ajuste referente ao lucro não realizado, para fins de cálculo da
equivalência patrimonial, é de:
a) R$25.000,00.
b) R$50.000,00.
c) R$150.000,00.
d) R$300.000,00.
Resolução
Esta situação está prevista na Lei das Sociedades por Ações, no item I do art. 248, onde estabelece que, no valor
do patrimônio da coligada ou controlada, “não serão computados os resultados não realizados decorrentes de
negócios com companhia, ou com outras sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas”.
Por que esta definição?
Isto acontece porque, de fato, somente se deve reconhecer lucro em operações com terceiros, porque em termos
de grupo empresarial, as vendas ocorridas entre coligadas, controladas e controladoras, não geram efetivamente
lucro para o grupo, uma vez que as diferenças de preços ficam dentro do grupo.
Dessa maneira, todas as vezes que tivermos uma venda de uma coligada ou controlada, para a controladora, só
poderemos reconhecer como lucro na controladora a parte desse estoque que for vendida a terceiros.
Antes de solucionar a questão, vejamos um exemplo mais didático:
A empresa BETA, é coligada da empresa ALFA.
BETA vende para ALFA, mercadorias pelo valor de 100.000,00, porém essas mercadorias haviam sido
adquiridas por 65.000,00 e BETA ainda incorreu em custos equivalentes a 10.000,00 até o momento da venda,
neste caso a venda está com um lucro embutido de 25.000,00.
ALFA por sua vez, registra em seu estoque estas mercadorias pelo valor de 100.000,00, ou seja, valor de
compra.
Como BETA e ALFA participam do mesmo grupo empresarial (coligada e controladora, respectivamente), no
momento de fazermos a equivalência patrimonial, o lucro auferido por BETA (25.000,00) nessa transação, só
será considerado, se ALFA tiver vendido todo o estoque (100.000,00) para terceiros, caso contrário o lucro de
25.000,00 será considerado como “não realizado”. Isso funciona para parte do estoque também.
Vamos considerar que do estoque comprado por ALFA (100.000,00), ela conseguiu vender 40% até a data do
fechamento do balanço. Neste caso vamos considerar como lucro não realizado, o equivalente ao estoque que
permanece com ALFA, a saber
Estoque remanescente em ALFA = 60.000,00 (60% de 100.000,00)
Lucro de BETA na transação = 25.000,00
LUCRO NÃO REALIZADO = 25.000,00 x 60% = 15.000,00
Vamos agora resolver a questão:
Estoque remanescente na CONTROLADORA = 150.000,00 (50% de 300.000,00)
Lucro da COLIGADA na transação = 50.000,00
LUCRO NÃO REALIZADO = 50.000,00 x 50% = 25.000,00
Resposta correta a) R$25.000,00.
08 Uma empresa adquiriu um ativo em 1º de janeiro de 2009, o qual foi registrado contabilmente por R$15.000,00. A vida útil do ativo foi estimada em cinco anos. Espera-se que o ativo, ao final dos cinco anos,
possa ser vendido por R$3.000,00. Utilizando-se o método linear para cálculo da depreciação e supondo-se que
não houve modificação na vida útil estimada e nem no valor residual, ao final do ano de 2010, o valor contábil
do ativo líquido será de:
a) R$7.200,00.
b) R$9.000,00.
c) R$10.200,00.
d) R$12.000,00.
Resolução
Todo Ativo Imobilizado deve ser registrado pelo seu valor de aquisição em conta específica, no grupo
Imobilizado, no Ativo Não Circulante, de acordo com o Princípio do Registro pelo Valor Original.
Com base no Princípio da Competência e no Princípio da Oportunidade, a empresa deve calcular e
contabilizar o valor correspondente a Depreciação, mensalmente. Para o cálculo, poderá ser utilizado um,
dentre vários tipos de cálculos existentes, porém o valor a ser depreciado (base de cálculo) deve ser o Valor
Original subtraído do Valor Residual.
Métodos de cálculo da Depreciação:
Método das Quotas Constantes (Método Linear);
Método da Soma dos Dígitos dos Anos;
Método de Unidades Produzidas;
Método de Horas Trabalhadas.
Valor Residual: Refere-se ao valor estimado de venda do imobilizado após o término de sua vida útil, ou seja,
por quanto conseguiremos vender o imobilizado depois de estar 100% depreciado.
Calculando:
Considerando:
Valor Residual Estimado = 3.000,00
Vida útil = 5 anos
Método de depreciação = Linear (Quotas Constantes)
Temos:
R$15.000,00 - R3.000,00 = R$12.000,00 = Valor a ser Depreciado
R$12.000,00 ÷ 5 (vida útil) = R$2.400,00 Depreciação Anual
R$2.400,00 x 2 (dois anos, 2009 e 2010) = R$4.800,00 = Depreciação Total
Valor do Imobilizado = R$15.000,00
Depreciação Acumulada = R$ 4.800,00
Valor contábil do Ativo Líquido = R$10.200,00
Resposta correta c) R$10.200,00.
13 Uma indústria apresenta os seguintes dados:
Aluguel de setor administrativo R$ 80.000,00
Aluguel do setor de produção R$ 56.000,00
Depreciação da área de produção R$ 38.000,00
Mão de Obra Direta de produção R$ 100.000,00
Mão de Obra Direta de vendas R$ 26.000,00
Material requisitado: diretos R$ 82.000,00
Material requisitado: indiretos R$ 70.000,00
Salários da diretoria de vendas R$ 34.000,00
Seguro da área de produção R$ 38.000,00
Analisando-se os dados acima, assinale a opção CORRETA.
a) O custo de transformação da indústria totalizou R$302.000,00, pois o custo de transformação é a soma da
mão de obra direta e custos Indiretos de fabricação.
b) O custo do período da indústria totalizou R$444.000,00, pois o custo da empresa é a soma de todos os itens
de sua atividade.
c) O custo do período da indústria totalizou R$524.000,00, pois o custo da empresa é a soma de todos os itens
apresentados.
d) O custo primário da indústria totalizou R$208.000,00, pois o custo primário leva em consideração a soma da
mão de obra e do material direto.
Resolução
Para responder esta questão é necessário primeiramente o entendimento conceitual dos termos utilizados nas
respostas, a saber:
- Custo de Transformação
- Custo do período
- Custo primário da indústria
Custo de Transformação:
Segundo o PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 16(R1) ESTOQUES, em seu item 12, o conceito de
Custo de Transformação é
“Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente relacionados com as unidades
produzidas ou com as linhas de produção, como pode ser o caso da mão-de-obra direta. Também incluem a
alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para transformar
os materiais em produtos acabados. Os custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem
relativamente constantes independentemente do volume de produção, tais como a depreciação e a manutenção
de edifícios e instalações fabris, máquinas e equipamentos e os custos de administração da fábrica. Os custos
indiretos de produção variáveis são aqueles que variam diretamente, ou quase diretamente, com o volume de
produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão-de-obra indireta.”
Custo do Período:
Refere-se a todos os custos de produção incorridos no período analisado, independentemente de sua
classificação em Direto, Indireto, Fixo ou Variável.
Custo Primário da Indústria:
É o somatório da Mão de Obra Direta e da Matéria Prima, utilizados na produção.
Todas as alternativas de respostas apresentadas, mencionam custos, portanto a primeira coisa a fazer é separar
as contas apresentadas em Custos e Despesas, a saber:
CONTAS
DESPESAS
CUSTOS
Aluguel de setor administrativo
80.000,00
Aluguel do setor de produção
56.000,00
Depreciação da área de produção
38.000,00
Mão de Obra Direta de produção
100.000,00
Mão de Obra Direta de vendas
26.000,00
Material requisitado: diretos
82.000,00
Material requisitado: indiretos
70.000,00
Salários da diretoria de vendas
34.000,00
Seguro da área de produção
38.000,00
Com base nas definições conceituais, e na separação das contas, vamos analisar cada alternativa proposta para a
solução da questão:
a) O custo de transformação da indústria totalizou R$302.000,00, pois o custo de transformação é a soma da
mão de obra direta e custos Indiretos de fabricação.
Resposta correta,
Conforme definição, o custo de transformação deve somar a Mão de Obra Direta com os custos indiretos de
produção que, segundo os dados apresentados, serão:
CONTAS
DESPESAS
CUSTOS
Aluguel do setor de produção
56.000,00
Depreciação da área de produção
38.000,00
Mão de Obra Direta de produção
100.000,00
Material requisitado: indiretos
70.000,00
Seguro da área de produção
38.000,00
302.000,00
b) O custo do período da indústria totalizou R$444.000,00, pois o custo da empresa é a soma de todos os itens
de sua atividade.
c) O custo do período da indústria totalizou R$524.000,00, pois o custo da empresa é a soma de todos os itens
apresentados.
A definição desta resposta já está equivocada, pois o custo do período não é a soma de todos os itens da
atividade, e também não é a soma de todos os itens apresentados, e sim o total de todos os custos de produção,
independentemente das classificações, conforme demonstramos abaixo:
CONTAS
CUSTOS
Aluguel do setor de produção
56.000,00
Depreciação da área de produção
38.000,00
Mão de Obra Direta de produção
100.000,00
Material requisitado: diretos
82.000,00
Material requisitado: indiretos
70.000,00
Seguro da área de produção
38.000,00
384.000,00
d) O custo primário da indústria totalizou R$208.000,00, pois o custo primário leva em consideração a soma da
mão de obra e do material direto.
Teoricamente a resposta está correta, ou seja, o conceito é este: Mão de Obra direta somada ao material direto,
porém o valor está errado, conforme demonstrado abaixo:
CONTAS
DESPESAS
CUSTOS
Mão de Obra Direta de produção
100.000,00
Material requisitado: diretos
82.000,00
182.000,00
14 No mês de setembro de 2010, foi iniciada a produção de 1.500 unidades de um determinado produto. Ao
final do mês, 1.200 unidades estavam totalmente concluídas e restaram 300 unidades em processo. O percentual
de conclusão das unidades em processo é de 65%. O custo total de produção do período foi de R$558.000,00. O
Custo de Produção dos Produtos Acabados e o Custo de Produção dos Produtos em Processo são,
respectivamente:
a) R$446.400,00 e R$111.600,00.
b) R$480.000,00 e R$78.000,00.
c) R$558.000,00 e R$0,00.
d) R$558.000,00 e R$64.194,00.
Resolução
Neste caso, a solução é muito mais matemática do que contábil na verdade. Para resolver, vamos ter que usar o
critério de equivalência
1o. vamos calcular a equivalência dos produtos em processo em relação aos produtos acabados, ou seja, 300
produtos em processo equivalem a quantos produtos acabados. Isso é necessário, para valorizarmos os
produtos, uma vez que o custo está apresentado por total. Calculando:
300 (total de produtos em processo) x 65% percentual de acabamento = 195 produtos acabados
300 produtos com percentual de 65% de acabamento, equivalem a 195 produtos com 100% de acabamento, ou
seja, totalmente acabados.
Vamos agora calcular o custo individual, considerando que todos estivessem acabados.
558.000,00 ÷ 1.395 produtos acabados (1.200 + 195)
= 400,00 Este é o valor unitário de um produto acabado.
Como alguns produtos estão semiacabados, vamos multiplicar o valor do produto acabado pelo percentual de
acabamento dos produtos em processo (semiacabados), a saber:
400,00 x 65% = 260,00 Este é o custo unitário dos produtos em processo
Agora que temos o custo unitário dos produtos acabados e dos produtos em processo, podemos responder a
questão.
1.200 produtos acabados x 400,00 (custo unitário) = 480.000,00
300 produtos em processo x 260,00 (custo unitário) = 78.000,00
Resposta correta, b) R$480.000,00 e R$78.000,00.
15 Uma matéria-prima foi adquirida por R$3.000,00, incluídos nesse valor R$150,00 referentes a IPI e
R$342,00 relativos a ICMS. O frete de R$306,00 foi pago pelo vendedor, que enviou o material via aérea, mas
a empresa compradora teve que arcar com o transporte entre o aeroporto e a fábrica, que custou R$204,00.
Considerando-se que os impostos são recuperáveis, o valor registrado em estoques será:
a) R$2.508,00.
b) R$2.712,00.
c) R$3.018,00.
d) R$3.204,00.
Resolução
O registro do estoque deve ser o valor da nota fiscal, subtraído de todos os impostos recuperáveis, e adicionado
de todas as despesas incorridas para deixá-lo disponível na unidade compradora.
Pelo enunciado da questão, podemos imaginar a seguinte nota fiscal:
Valor da mercadoria 2.850,00
I.P.I. 150,00
Valor total da nota fiscal 3.000,00
I.C.M.S. 342,00
Além do valor da nota fiscal, a empresa compradora ainda teve um gasto com o frete rodoviário, no valor de
204,00
Para apurar o valor registrado do estoque, faremos o seguinte cálculo:
Valor da Nota Fiscal 3.000,00
(-) I.P.I (recuperável) - 150,00
(-) I.CM.S (recuperável) - 342,00
Valor da Nota Fiscal liq. dos impostos 2.508,00
+ frete rodoviário 204,00
Valor a ser registrado no estoque 2.712,00
Apenas para melhorar o entendimento, colocamos abaixo os lançamentos contábeis
Débito Estoque de Matéria Prima 2.508,00
Débito I.P.I. a Recuperar 150,00
Débito I.C.M.S. a Recuperar 342,00
Crédito Fornecedores ou Caixa ou Bancos
Débito Estoque de Matéria Prima 204,00
Crédito Fretes a pagar ou Caixa ou Bancos 204,00
Resposta, letra “B”
17 Uma determinada empresa apresentou os seguintes dados referentes ao ano de 2010:
- Estoque inicial igual a zero.
- Produção anual de 500 unidades com venda de 400 unidades.
- Custo Variável unitário de R$15,00.
- Preço de Venda unitário de R$20,00.
- Custo Fixo anual de R$2.000,00.
- Despesas Fixas anuais de R$350,00.
- Despesa Variável unitária de R$1,50 para cada unidade vendida.
Sabendo-se que a empresa utiliza o Custeio por Absorção, seu Lucro Bruto e o
Resultado Líquido em 2010, são, respectivamente:
a) Lucro Bruto de R$2.000,00 e Lucro Líquido de R$1.050,00.
b) Lucro Bruto de R$2.000,00 e Prejuízo de R$950,00.
c) Lucro Bruto de R$400,00 e Lucro Líquido de R$50,00.
d) Lucro Bruto de R$400,00 e Prejuízo de R$550,00.
Resolução
Neste caso, teremos que fazer o Demonstrativo de Resultado (DRE), e para isso teremos que calcular os custos
das vendas, bem como as despesas variáveis, pois a despesa fixa já tem seu valor definido anualmente.
Uma informação importante para resolver a questão é o método de custeio, ou seja, Custeio por absorção, isso
significa que todos os custos incorridos no período serão absorvidos pela produção realizada, ou seja, serão
apropriados aos produtos acabados (e em elaboração, se fosse o caso), independentemente de serem fixos;
variáveis, diretos ou indiretos (subclassificação dos custos).
Vamos primeiramente calcular qual será o valor do custo de produção unitário.
Custo variável = 15,00 (informado no enunciado)
Custo fixo = 2.000,00 dividido por 500 unidades produzidas = 4,00 cada
Agora vamos calcular o Custo do Produto Vendido, que será importante para chegarmos ao resultado
Quantidade vendida = 400
Custo variável dos produtos vendidos
= 400 unidades x 15,00 por unidade = 6.000,00
Custo fixo, dos produtos vendidos
= 400 unidades x 4,00 por unidade = 1.600,00
TOTAL DO CUSTO DO PRODUTO VENDIDO (CPV) =
6.000,00 (custo variável) + 1.600,00 (custo fixo) = 7.600,00
Com a apuração do CPV, já podemos ter o valor do Lucro bruto, que é a Receita Bruta com Vendas, menos o
Custo com Produto Vendido (CPV), a saber:
RECEITA BRUTA COM VENDAS = 8.000,00
400 unidades vendidas x 20,00 (valor unitário da venda)
(-) C.P.V. (Custo do Produto Vendido) = 7.600,00
Calculado acima
LUCRO BRUTO = 400,00
Para terminarmos de responder a questão, precisamos apurar o Resultado Líquido, que será igual ao Lucro
Bruto, menos as Despesas Operacionais (fixas e variáveis).
Calculando:
Despesas Fixas = 350,00 (valor informado no enunciado)
Despesas Variáveis = 1,50 para cada unidade vendida (informado no enunciado)
400 unidades vendidas x 1,50 por unidade = 600,00 = total de despesas variáveis
TOTAL DAS DESPESAS (fixas e variáveis) = 350,00 + 600,00 = 950,00
Calculando o Resultado Líquido (completo)
RECEITA BRUTA COM VENDAS = 8.000,00
400 x 20,00 (valor unitário da venda)
(-) C.P.V. (Custo do Produto Vendido) = 7.600,00
LUCRO BRUTO = 400,00
(-) DESPESAS OPERACIONAIS = 950,00
Fixas + variáveis
= RESULTADO LÍQUIDO = (550,00)
Resposta correta: d) Lucro Bruto de R$400,00 e Prejuízo de R$550,00.
18. Uma determinada empresa, no mês de agosto de 2010, apresentou custos com materiais diretos no valor de
R$30,00 por unidade e custos com mão de obra direta no valor de R$28,00 por unidade. Os custos fixos totais
do período foram de R$160.000,00. Sabendo-se que a empresa produziu no mês 10.000 unidades totalmente
acabadas, o custo unitário de produção pelo Método do Custeio por Absorção e Custeio Variável é,
respectivamente:
a) R$46,00 e R$44,00.
b) R$58,00 e R$46,00.
c) R$74,00 e R$58,00.
d) R$74,00 e R$74,00.
Resolução
Para respondermos a questão temos que entender os conceitos relativos a: Custeio por Absorção e Custeio
Variável
Custeio por absorção: é o método de custeio pelo qual todos os custos incorridos no período serão absorvidos
pela produção realizada, ou seja, todos os custos serão apropriados aos produtos acabados (e em elaboração, se
fosse o caso), independentemente de serem fixos; variáveis, diretos ou indiretos.
Custeio Variável: Neste método, o custo unitário de produção do período será o total de custo variável dividido
pela quantidade produzida, e o custo fixo será apropriado direto ao resultado do exercício, não passa pelo
estoque.
Talvez para melhorar o entendimento seja necessário esclarecer custo variável e custo fixo, a saber
Custo Variável = São os custos que existem dependendo do volume de produção ou vendas. Quanto mais
vender ou produzir, mais teremos custos variáveis, como por exemplo:
Matéria prima e Insumos (água, energia etc.).
Custo Fixo = São os custos que não dependem do volume de atividade (produção ou venda) para sofrerem
alterações para mais ou para menos, ou seja, existem independentemente do volume, como por exemplo: Mão
de Obra Indireta; Aluguel; Depreciação, etc.
Entendidos os conceitos, vamos calcular:
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
Custos variáveis + Custos fixos =
Custos variáveis =
30,00 (materiais diretos) + 28,00 (m.o. direta) = 58,00 por unidade
58,00 x 10.000 unidades produzidos = 580.000,00
Custos Fixos = 160.000,00 (informado no enunciado)
Total dos custos, por absorção = 580.000,00 + 160.000,00 = 740.000,00
Custo unitário pelo Custeio por Absorção =
740.000,00 (total dos custos) dividido por 10.000 unidades produzidas = 74,00
CUSTEIO VARIÁVEL
Conforme vimos no conceito, devemos considerar apenas os custos variáveis, cujo valor unitário já foi
informado no enunciado
Custos variáveis =
30,00 (materiais diretos) + 28,00 (m.o. direta) = 58,00 por unidade
Resposta correta: c) R$74,00 e R$58,00.
19. Uma empresa industrial aplicou no processo produtivo, no mês de agosto de 2010, R$50.000,00 de matéria-
prima, R$40.000,00 de mão de obra direta e R$30.000,00 de gastos gerais de fabricação. O saldo dos Estoques
de Produtos em Elaboração, em 31.7.2010, era no valor de R$15.000,00 e, em 31.8.2010, de R$20.000,00.
O Custo dos Produtos Vendidos, no mês de agosto, foi de R$80.000,00 e não havia Estoque de Produtos
Acabados em 31.7.2010. Com base nas informações, assinale a opção que apresenta o saldo final, em
31.8.2010, dos Estoques de Produtos Acabados.
a) R$35.000,00.
b) R$55.000,00.
c) R$120.000,00.
d) R$135.000,00.
Resolução
Esta questão trata principalmente da movimentação de estoques de produtos em processo e produtos acabados,
e exige de nós um entendimento sobre o fluxo dessa movimentação, então vejamos:
O estoque de produto em processo, se movimenta basicamente por entrada de insumos de produção, e saída
para produtos acabados.
O estoque de Produtos acabados, se movimenta por entradas de produtos acabados (vindos do estoque de
produtos em processo) e saídas por vendas.
Dessa maneira, o que precisamos construir é essa movimentação em termos numéricos, vamos lá.
MOVIMENTAÇÃO DO ESTOQUE DE PRODUTOS EM PROCESSO
Estoque inicial em 31/07/2010 = 15.000,00 (informado no enunciado)
Adições (entradas):
Toda a produção do mês (em valores), ou seja:
50.000,00 de matéria prima
40.000,00 de mão de obra
30.000,00 de gastos gerais de fabricação
Subtrações (saídas)
Transferência da produção para produto acabado
Esta informação não foi fornecida, mas informaram qual foi o estoque de Produtos em processo que sobrou
(saldo final) no final do mês (31/08/2010), isso nos ajuda a calcular a produção de acabados do mês por
diferença, a saber:
Saldo inicial = 15.000,00
+ Entradas = 120.000,00 (Matéria prima + mão de obra + gastos gerais de fabr.)
- Saídas = ? (transferência para produto acabado, não informado)
.
= Saldo Final = 20.000,00
Calculando o valor da transferência para produto acabado
20.000,00 - 120.000,00 - 15.000,00 = -115.000,00
Agora que temos o valor da transferência dos produtos em processo, para os produtos acabados,
podemos calcular o estoque final dos produtos acabados
MOVIMENTAÇÃO DO ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS
Estoque inicial em 31/07/2010 = 0,00 (informado no enunciado)
Adições (entradas):
Toda a produção de acabados do mês (em valores), ou seja, os valores que foram transferidos do estoque de
produtos em processo.
Subtrações (saídas)
Referem-se aos produtos que foram vendidos, ou seja, o valor do custo dos produtos vendidos
Calculando a movimentação e o estoque final:
Saldo inicial = 0,00 (informado no enunciado)
+ Entradas = 115.000,00 (transf. de produtos em processo para prod. acabados)
- Saídas = 80.000,00 (Custo das vendas, informado no enunciado)
.
= Saldo Final = 35.000,00
Resposta correta: a) R$35.000,00.
22. Em 31 de dezembro de 2010, uma determinada companhia publicou a seguinte demonstração contábil:
ATIVO 88.400,00 107.000,00 PASSIVO E PL 88.400,00 107.000,00
Ativo Circulante 57.400,00 61.800,00 Passivo Circulante 36.600,00 43.400,00
Disponível 1.400,00 6.600,00 Fornecedores 22.000,00 28.000,00
Clientes 24.000,00 27.200,00 Contas a Pagar 5.600,00 9.400,00
Estoques 32.000,00 28.000,00 Empréstimos 9.000,00 6.000,00
Ativo Não
Circulante
31.000,00 45.200,00 Passivo Não
Circulante
21.800,00 30.000,00
Realizável a Longo
Prazo
12.000,00 18.000,00 Empréstimos 21.800,00 30.000,00
Imobilizado 19.000,00 27.200,00 Patrimônio
Líquido
30.000,00 33.600,00
Capital 30.000,00 33;600,00
Com relação ao Balanço Patrimonial acima, assinale a opção CORRETA:
a) O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$2.400,00 e o Quociente de Liquidez Corrente foi reduzido
em 0,15.
b) O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$4.600,00 e o Quociente de Liquidez Corrente foi reduzido
em 0,10.
c) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$2.400,00 e o Quociente de Liquidez Corrente foi reduzido
em 0,15.
d) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$4.600,00 e o Quociente de Liquidez Corrente foi reduzido
em 0,10.
Resolução
A questão trata de dois temas interligados:
1o. – Capital Circulante Líquido;
2o. – Quociente de Liquidez Corrente
Vamos primeiro entender esses termos e depois resolver a questão
Capital Circulante Líquido é o que sobra entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante. Quando nós temos
um Ativo Circulante maior que o Passivo Circulante significa dizer que temos Capital Circulante Líquido,
porém se o Ativo Circulante for menor que o Passivo Circulante nós teremos um Capital Circulante Negativo,
vejamos os exemplos;
Empresa “A”
Ativo Circulante = 23.550,00
Passivo Circulante = 18.350,00
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO = 5.200,00
Empresa “B”
Ativo Circulante = 17.150,00
Passivo Circulante = 28.350,00
CAPITAL CIRCULANTE NEGATIVO =( 11.200,00)
Quociente de Liquidez Corrente é um cálculo utilizado para medir em índice a capacidade de pagamento de
curto prazo. O cálculo é feito dividindo-se o Ativo Circulante pelo Passivo Circulante, e o resultado significará
o valor disponível no Ativo Circulante para pagar o Passivo Circulante a cada 1,00 (um real). Exemplificando:
Empresa “A”
Ativo Circulante = 23.550,00 ÷ Passivo Circulante = 18.350,00 = 1,28
Significado: Para cada R$1,00 (um real) de dívida (Passivo Circulante) a empresa possui R$1,28 (um real e
vinte e oito centavos) de Ativos Disponíveis para realização (Ativo Circulante).
Empresa “B”
Ativo Circulante = 17.150,00 ÷ Passivo Circulante = 28.350,00 = 0,60
Significado: Para cada R$1,00 (um real) de dívida (Passivo Circulante) a empresa possui R$0,60 (sessenta
centavos) de Ativos Disponíveis para realização (Ativo Circulante).
RESOLVENDO A QUESTÃO
As respostas da questão falam sobre a variação positiva ou negativa desses dois conceitos, do ano de 2009 para
o ano de 2010, então vamos calcular a variação do Capital Circulante Líquido e do Quociente de Liquidez
Corrente de 2009 para 2010, e encontrar a afirmativa correta
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO DE 2009
Ativo Circulante = 57.400,00
Passivo Circulante = 36.600,00
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO = 20.800,00
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO DE 2010
Ativo Circulante = 61.800,00
Passivo Circulante = 43.400,00
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO = 18.400,00
De 2009 para 2010, o CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO reduziu em 2.400,00 (20.800,00 - 18.400,00)
QUOCIENTE DE LIQUIDEZ CORRENTE 2009
Ativo Circulante = 57.400,00 ÷ Passivo Circulante = 36.600,00 = 1,57
QUOCIENTE DE LIQUIDEZ CORRENTE 2010
Ativo Circulante = 61.800,00 ÷ Passivo Circulante = 43.400,00 = 1,42
De 2009 para 2010, o QUOCIENTE DE LIQUIDEZ CORRENTE reduziu em 0,15 (1,57 - 1,42)
Resposta correta: c) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$2.400,00 e o Quociente de
Liquidez Corrente foi reduzido em 0,15.
23. Uma empresa de treinamento está planejando um curso de especialização. Os custos previstos são: Custos
Variáveis de R$1.200,00 por aluno e Custos Fixos de R$72.000,00, dos quais R$4.800,00 referem-se à
depreciação de equipamentos a serem utilizados. O curso será vendido a R$6.000,00 por aluno. O Ponto de
Equilíbrio Contábil se dá com:
a) 10 alunos.
b) 12 alunos.
c) 14 alunos.
d) 15 alunos.
Resolução
Para a solução desta questão é necessário esclarecer dois conceitos: Margem de Contribuição e Ponto de
Equilíbrio Contábil
1) Margem de Contribuição: Simplificando, margem de contribuição é representada pelo valor da venda
menos os custos e despesas variáveis, e que contribuirá para o pagamento dos custos e despesas fixas. Podemos
demonstrar da seguinte maneira
RECEITA BRUTA COM VENDAS
(-) Custos Variáveis: aqueles que estão diretamente relacionados com o volume de
produção e vendas, como por exemplo: Matéria prima e insumos
(-) Despesas Variáveis: aquelas que estão diretamente relacionadas com o volume de
vendas, como por exemplo: Comissões e Impostos
= MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO que sobra, para pagar os custos e despesas fixas
2) Ponto de Equilíbrio: Representa o volume de faturamento suficiente para cobrir todos os gastos, ou seja,
Custos e Despesas Fixas e Variáveis, sem que haja resultado. Não haverá nem lucro, nem prejuízo.
A apuração do Ponto de Equilíbrio se dá pela divisão do total de Custo e Despesa fixa, pelo percentual de
margem de contribuição.
Com base na teoria apresentada vamos efetuar os cálculos e solucionar a questão.
Calculando a Margem de Contribuição unitária:
Valor de venda unitário = 6.000,00
(-) Custos variáveis por aluno = 1.200,00
=MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA = 4.800,00
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO PERCENTUAL
= 80% (4.800,00 ÷ 6.000,00)
Calculando o Ponto de Equilíbrio
Total de Custos e Despesas Fixas, dividido pelo percentual de Margem de contribuição, a saber:
72.000,00 ÷ 0,80 (80%) = 90.000,00
Esse é o valor do faturamento total no ponto de Equilíbrio, porém a questão pede o Ponto de Equilíbrio em
número de alunos. Neste caso devemos dividir o total de faturamento no ponto de equilíbrio, pelo valor do
curso (individual).
90.000,00 ÷ 6.000,00 = 15 alunos
Resposta correta d) 15 alunos.
24. Uma fábrica de camisetas produz e vende, mensalmente, 3.500 camisetas ao preço de R$5,00 cada. As
despesas variáveis representam 20% do preço de venda e os custos variáveis são de R$1,20 por unidade. A
fábrica tem capacidade para produzir 5.000 camisetas por mês, sem alterações no custo fixo atual de
R$6.000,00. Uma pesquisa de mercado revelou que ao preço de R$4,00 a unidade, haveria demanda no
mercado para 6.000 unidades por mês.
Caso a empresa adote a redução de preço para aproveitar o aumento de demanda, mantendo a estrutura atual de
custos fixos e capacidade produtiva, o resultado final da empresa:
a) aumentará em R$2.200,00.
b) aumentará em R$200,00.
c) reduzirá em R$3.500,00.
d) reduzirá em R$800,00.
Resolução
Para resolver a questão devemos preparar dois demonstrativos de resultado, sendo um com a situação atual, e
outro com a situação proposta.
Demonstrativo de Resultado com a situação atual:
Dados:
Venda mensal de 3.500 camisetas ao preço de 5,00 cada = 17.500,00
Custo variável de 1,20 cada camiseta = 4.200,00 (3.500 x 1,20)
Despesa Variável de 20% do preço = 3.500,00 (20% x 17.500,00)
Custo Fixo = 6.000,00
Demonstrativo
Receita Bruta com Vendas 17.500,00
(-) Custo Variável 4.200,00
(-) Despesa Variável 3.500,00
(-) Custo Fixo 6.000,00
RESULTADO FINAL 3.800,00
Demonstrativo de Resultado com a situação proposta:
Antes de fazermos este demonstrativo, é preciso entender qual a quantidade de camisetas devem ser
consideradas para a venda.
No enunciado é mencionado “Uma pesquisa de mercado revelou que ao preço de R$4,00 a unidade, haveria
demanda no mercado para 6.000 unidades por mês”, mas isso não quer dizer que serão vendidas 6.000
unidades, este é o volume da demanda apenas, pois a quantidade a ser vendida está limitada a capacidade de
produção, que no caso é de 5.000, ou seja, não podemos vender mais do que poderemos produzir. Desta forma
o demonstrativo será feito levando-se em consideração uma venda de 5.000 camisetas
Dados:
Venda mensal de 5.000 camisetas ao preço de 4,00 cada = 20.000,00
Custo variável de 1,20 cada camiseta = 6.000,00 (5.000 x 1,20)
Despesa Variável de 20% do preço = 4.000,00 (20% x 20.000,00)
Custo Fixo = 6.000,00
Receita Bruta com Vendas 20.000,00
(-) Custo Variável 6.000,00
(-) Despesa Variável 4.000,00
(-) Custo Fixo 6.000,00
RESULTADO FINAL 4.000,00
Na questão o que se quer saber é quanto variou o resultado da situação atual para a situação proposta, e para
isso vamos comparar os dois resultados, a saber:
sit. atual Sit. Prop. variação
Receita Bruta com Vendas 17.500,00 20.000,00 2.500,00
(-) Custo Variável 4.200,00 6.000,00 1.800,00
(-) Despesa Variável 3.500,00 4.000,00 500,00
(-) Custo Fixo 6.000,00 6.000,00 0
RESULTADO FINAL 3.800,00 4.000,00 200,00
Conforme podemos ver, o Resultado líquido aumentou em 200,00
Resposta correta: b) aumentará em R$200,00.
35 Presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em liquidação, nem reduzir
materialmente a escala das suas operações; se tal intenção ou necessidade existir, as demonstrações contábeis
têm que ser preparadas numa base diferente e, nesse caso, tal base deverá ser divulgada.
A afirmação acima tem por base o Princípio da:
a) Continuidade.
b) Oportunidade.
c) Prudência.
d) Relevância.
Resolução
É de fundamental importância conhecer todos os Princípios Contábeis, pois eles são a base, a linha mestra de
nossa ciência. Para resolver esta questão, vamos ao menos verificar o que está publicado nas Normas Técnicas
a respeito de cada Princípio mencionado nas alternativas.
Texto atual conforme Resolução CFC 1.282/10
Continuidade:
“Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a
mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.”
Pelo princípio da continuidade, deve existir uma diferenciação na valorização de Ativos e Passivos dependendo
da continuidade ou não das atividades da empresa. Uma empresa em continuidade deve avaliar seus Ativos e
Passivos pelo seu valor original, enquanto que uma empresa em liquidação, deve avaliar seus Ativos e Passivos
ao valor de realização futura.
Oportunidade:
“Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes
patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil
pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a
confiabilidade da informação.”
O Princípio da Oportunidade existe para garantir que toda variação patrimonial seja contabilizada no momento
em que ela acontece, independentemente inclusive de documentos comprobatórios, desde haja uma condição e
um critério técnico de apuração.
Prudência:
“Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e
do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação
das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos
julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não
sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao
processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.”
Este Princípio está presente sempre em que houver dúvida entre dois valores, ou dois critérios de mensuração.
Neste caso ser prudente significa contabilizar o menor valor para Ativos e o maior valor para Passivos.
Relevância:
Relevância não é um Princípio Contábil, e sim uma característica qualitativa da informação contábil.
São quatro as características qualitativas da informação contábil: Compreensibilidade, Relevância,
Confiabilidade e Comparabilidade
Resposta correta: a) Continuidade.
36 Em relação ao Passivo, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
I. Passivos podem decorrer de obrigações formais ou legalmente exigíveis.
II. Existem obrigações que atendem ao conceito de passivo, mas não são reconhecidas por não ser possível
mensurá-las de forma confiável.
III. A extinção de um passivo pode ocorrer mediante a prestação de serviços.
Está(ão) CERTO(S) o(s) item(ns):
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III, apenas.
Resolução
A questão fala sobre a definição de Passivo, dessa maneira, vamos ler o que está escrito na NBC TG –
ESTRUTURA CONCEITUAL, publicada pela Resolução CFC no. 1.121/08
Posição Patrimonial e Financeira
49. Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial e financeira são ativos,
passivos e patrimônio líquido. Estes são definidos como segue:
(a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que
resultem futuros benefícios econômicos para a entidade;
(b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera
que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos;
(c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.
50. As definições de ativo e passivo identificam os seus aspectos essenciais, mas não tentam especificar os
critérios que precisam ser atendidos para que possam ser reconhecidos no balanço patrimonial. Assim, as
definições abrangem itens que não são reconhecidos como ativos ou passivos no balanço porque não satisfazem
aos critérios de reconhecimento discutidos nos itens 82 a 98. Especificamente, a expectativa de que futuros
benefícios econômicos fluam para a entidade ou deixem a entidade deve ser suficientemente certa para que seja
atendido o critério de probabilidade do item 83, antes que um ativo ou um passivo seja reconhecido.
51. Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar
para a sua essência e realidade econômica e não apenas sua forma legal. Assim, por exemplo, no caso do
arrendamento financeiro, a essência e a realidade econômica são que o arrendatário adquire os benefícios
econômicos do uso do ativo arrendado pela maior parte da sua vida útil, como contraprestação de aceitar a
obrigação de pagar por esse direito um valor próximo do valor justo do ativo e o respectivo encargo financeiro.
Dessa forma, o arrendamento financeiro dá origem a itens que satisfazem a definição de um ativo e um passivo
e, portanto, são reconhecidos como tais no balanço patrimonial do arrendatário.
51. Balanços patrimoniais elaborados de acordo com as normas devem incluir como ativo ou passivo itens que
satisfaçam a essas definições.
“Passivos
53. Uma característica essencial para a existência de um passivo é que a entidade tenha uma obrigação presente.
Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou fazer de certa maneira. As obrigações podem ser
legalmente exigíveis em consequência de um contrato ou de requisitos estatutários. Esse é normalmente o caso,
por exemplo, das contas a pagar por mercadorias e serviços recebidos. Obrigações surgem também de práticas
usuais de negócios, usos e costumes e o desejo de manter boas relações comerciais ou agir de maneira
equitativa. Se, por exemplo, uma entidade decide, por uma questão de política mercadológica ou de imagem,
retificar defeitos em seus produtos, mesmo quando tais defeitos tenham se tornado conhecidos depois que
expirou o período da garantia, as importâncias que espera gastar com os produtos já vendidos constituem-se
passivos.
54. Deve-se fazer uma distinção entre uma obrigação presente e um compromisso futuro. A decisão da Administração de uma entidade de adquirir ativos no futuro não constitui, por si só, uma obrigação presente. A
obrigação normalmente surge somente quando o ativo é recebido ou a entidade assina um acordo irrevogável de
aquisição do ativo. Neste último caso, a natureza irrevogável do acordo significa que as consequências
econômicas de deixar de cumprir a obrigação, por exemplo, por causa da existência de uma penalidade
significativa, deixem a entidade com pouca ou nenhuma alternativa para evitar o desembolso de recursos em
favor da outra parte.
55. A liquidação de uma obrigação presente geralmente implica na utilização, pela entidade, de recursos
capazes de gerar benefícios econômicos a fim de satisfazer o direito da outra parte. A extinção de uma
obrigação presente pode ocorrer de diversas maneiras, por exemplo, por meio de:
(a) pagamento em dinheiro;
(b) transferência de outros ativos;
(c) prestação de serviços;
(d) substituição da obrigação por outra; ou
(e) conversão da obrigação em capital.
Uma obrigação pode também ser extinta por outros meios, tais como pela renúncia do credor ou pela perda dos
seus direitos creditícios.
56. Passivos resultam de transações ou outros eventos passados. Assim, por exemplo, a aquisição de
mercadorias e o uso de serviços resultam em contas a pagar (a não ser que pagos adiantadamente ou na entrega)
e o recebimento de um empréstimo resulta na obrigação de liquidá-lo. Ou uma entidade pode ter a necessidade
de reconhecer como passivo futuros abatimentos baseados no volume das compras anuais dos clientes; nesse
caso, a venda das mercadorias no passado é a transação da qual deriva o passivo.
57. Alguns passivos somente podem ser mensurados com o emprego de um elevado grau de estimativa. No
Brasil esses passivos são descritos como provisões. A definição de passivo, constante do item 49, tem um
enfoque amplo e assim, se a provisão envolve uma obrigação presente e satisfaz os demais critérios da
definição, ela é um passivo, ainda que seu valor tenha que ser estimado. Exemplos incluem provisões por
pagamentos a serem feitos para satisfazer acordos com garantias em vigor e provisões para fazer face a
obrigações de aposentadoria.”
OBS.: Obviamente a definição de Passivos é complexa e merece a leitura de todos os itens acima, mas
para sermos objetivos em relação a questão, identificaremos abaixo cada alternativa de resposta, com o
item exposto acima conforme a NBC TG – ESTRUTURA CONCEITUAL, publicada pela Resolução CFC
no. 1.121/08
Opção “I”
“Passivos podem decorrer de obrigações formais ou legalmente exigíveis.”
Ler na NBCT TG os itens 49 b, e 53
Opção “II”
“Existem obrigações que atendem ao conceito de passivo, mas não são reconhecidas por não ser possível
mensurá-las de forma confiável.”
Ler na NBCT TG o item 57
Neste caso devemos entender que, se não houver condições de mensurar, não será feita a provisão, mas isso não
descaracteriza o passivo. Nos casos em que o fato se mostrar relevante, deve-se ao menos colocar em nota
explicativa.
Opção “III”
A extinção de um passivo pode ocorrer mediante a prestação de serviços.
Ler na NBCT TG o item 55 c
Como pudemos ver, a resposta correta é a letra a) I, II e III.
41 Relacione a situação descrita na primeira coluna com o procedimento a ser adotado na segunda coluna e, em
seguida, assinale a opção CORRETA.
(1) Há obrigação presente que,
provavelmente, requer uma saída de
recursos.
( ) Nenhuma provisão é reconhecida,
mas é exigida divulgação para o
passivo contingente.
(2) Há obrigação possível ou obrigação
presente que pode requerer, mas
provavelmente não irá requerer uma
saída de recursos.
( ) Nenhuma provisão é reconhecida e
nenhuma divulgação é exigida.
(3) Há obrigação possível ou obrigação
presente cuja probabilidade de uma
saída de recursos é remota.
( ) A provisão é reconhecida e é exigida
divulgação para a provisão.
A sequência CORRETA é:
a) 2, 3, 1.
b) 1, 3, 2.
c) 2, 1, 3.
d) 1, 2, 3.
Resolução:
Para entendimento da resolução é necessário a leitura do itens abaixo, extraídos do Pronunciamento Técnico
CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
“…Provisão e outros passivos
11. As provisões podem ser distintas de outros passivos tais como contas a pagar e passivos derivados de
apropriações por competência (accruals) porque há incerteza sobre o prazo ou o valor do desembolso futuro
necessário para a sua liquidação. Por contraste:
(a) as contas a pagar são passivos a pagar por conta de bens ou serviços fornecidos ou recebidos e que tenham
sido faturados ou formalmente acordados com o fornecedor; e
(b) os passivos derivados de apropriações por competência (accruals) são passivos a pagar por bens ou
serviços fornecidos ou recebidos, mas que não tenham sido pagos, faturados ou formalmente acordados com o
fornecedor, incluindo valores devidos a empregados (por exemplo, valores relacionados com pagamento de
férias). Embora algumas vezes seja necessário estimar o valor ou prazo desses passivos, a incerteza é
geralmente muito menor do que nas provisões.
Os passivos derivados de apropriação por competência (accruals) são frequentemente divulgados como parte
das contas a pagar, enquanto as provisões são divulgadas separadamente.
Relação entre provisão e passivo contingente
12. Em sentido geral, todas as provisões são contingentes porque são incertas quanto ao seu prazo ou valor.
Porém, neste Pronunciamento Técnico o termo “contingente” é usado para passivos e ativos que não sejam
reconhecidos porque a sua existência somente será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais eventos
futuros incertos não totalmente sob o controle da entidade. Adicionalmente, o termo passivo contingente é
usado para passivos que não satisfaçam os critérios de reconhecimento.
13. Este Pronunciamento Técnico distingue entre:
(a) provisões – que são reconhecidas como passivo (presumindo-se que possa ser feita uma estimativa
confiável) porque são obrigações presentes e é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos seja necessária para liquidar a obrigação; e
(b) passivos contingentes – que não são reconhecidos como passivo porque são:
(i) obrigações possíveis, visto que ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma obrigação presente
que possa conduzir a uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos, ou
(ii) obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reconhecimento deste Pronunciamento Técnico
(porque não é provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para
liquidar a obrigação, ou não pode ser feita uma estimativa suficientemente confiável do valor da obrigação).
Reconhecimento
Provisão
14. Uma provisão deve ser reconhecida quando:
(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado;
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para
liquidar a obrigação; e
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. Obrigação presente 15. Em
casos raros não é claro se existe ou não uma obrigação presente. Nesses casos, presume-se que um evento
passado dá origem a uma obrigação presente se, levando em consideração toda a evidência disponível, é mais
provável que sim do que não que existe uma obrigação presente na data do balanço…”
Baseado na leitura acima, teremos a seguinte resposta:
( 2 ) Nenhuma provisão é reconhecida, mas é exigida divulgação para o passivo
contingente.
( 3 ) Nenhuma provisão é reconhecida e nenhuma divulgação é exigida.
( 1 ) A provisão é reconhecida e é exigida divulgação para a provisão.
A sequência CORRETA é: a) 2, 3, 1.
42 A Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis estabelece os
conceitos que fundamentam a preparação e a apresentação de demonstrações contábeis destinadas a usuários
externos.
Com base nessa observação, julgue os itens a seguir como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida,
assinale a opção CORRETA.
( ) Estão fora do alcance da Estrutura Conceitual informações financeiras elaboradas
para fins exclusivamente fiscais.
( ) Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações
contábeis é que elas sejam prontamente entendidas pelos usuários. Por esta razão,
informações sobre assuntos complexos devem ser excluídas por serem de difícil
entendimento para usuários que não conheçam as particularidades do negócio.
( ) Regime de Competência e Continuidade são apresentados na Estrutura Conceitual
para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis como pressupostos
básicos.
( ) Compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade são apresentadas
na Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações
Contábeis como pressupostos básicos.
A sequência CORRETA é:
a) F, F, F, F.
b) F, F, V, F.
c) V, F, V, F.
d) V, V, V, F.
Resolução
A resolução desta questão está no texto da NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para
a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis., portanto, para cada alternativa iremos identificar
imediatamente abaixo o item correspondente na Norma, esclarecendo a opção de Falso ou Verdadeiro.
( ) Estão fora do alcance da Estrutura Conceitual informações financeiras
elaboradas para fins exclusivamente fiscais.
Segundo a NBCT TG
“…Alcance
5. Esta Estrutura Conceitual aborda:
(a) o objetivo das demonstrações contábeis;
(b) as características qualitativas que determinam a utilidade das informações contidas nas demonstrações
contábeis;
(c) a definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos que compõem as demonstrações contábeis; e
(d) os conceitos de capital e de manutenção do capital.
6. Esta Estrutura Conceitual trata das demonstrações contábeis para fins gerais (daqui por diante designadas
como “demonstrações contábeis”), inclusive das demonstrações contábeis consolidadas. Tais demonstrações
contábeis são preparadas e apresentadas pelo menos anualmente e visam atender às necessidades comuns de
informações de um grande número de usuários. Alguns desses usuários talvez necessitem de informações, e
tenham o poder de obtê-las, além daquelas contidas nas demonstrações contábeis. Muitos usuários, todavia, têm
de confiar nas demonstrações contábeis como a principal fonte de informações financeiras. Tais demonstrações,
portanto, devem ser preparadas e apresentadas tendo em vista essas necessidades. Estão fora do alcance desta
Estrutura Conceitual informações financeiras elaboradas para fins especiais, como, por exemplo, aquelas
incluídas em prospectos para lançamentos de ações no mercado e ou elaboradas exclusivamente para fins
fiscais. Não obstante, esta Estrutura Conceitual pode ser aplicada na preparação dessas demonstrações para fins
especiais, quando as exigências de tais demonstrações o permitirem...”
Alternativa VERDADEIRA
( ) Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações
contábeis é que elas sejam prontamente entendidas pelos usuários. Por esta
razão, informações sobre assuntos complexos devem ser excluídas por serem de
difícil entendimento para usuários que não conheçam as particularidades do
negócio.
Segundo a NBCT TG
“…Compreensibilidade
25. Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações contábeis é que elas sejam
prontamente entendidas pelos usuários. Para esse fim, presume-se que os usuários tenham um conhecimento
razoável dos negócios, atividades econômicas e contabilidade e a disposição de estudar as informações com
razoável diligência. Todavia, informações sobre assuntos complexos que devam ser incluídas nas demonstrações contábeis por causa da sua relevância para as necessidades de tomada de decisão pelos usuários
não devem ser excluídas em nenhuma hipótese, inclusive sob o pretexto de que seria difícil para certos usuários
as entenderem...”
Alternativa FALSA
( ) Regime de Competência e Continuidade são apresentados na Estrutura
Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis
como pressupostos básicos.
Segundo a NBCT TG
“…Pressupostos Básicos
Regime de Competência
22. A fim de atingir seus objetivos, demonstrações contábeis são preparadas conforme o regime contábil de
competência. Segundo esse regime, os efeitos das transações e outros eventos são reconhecidos quando
ocorrem (e não quando caixa ou outros recursos financeiros são recebidos ou pagos) e são lançados nos
registros contábeis e reportados nas demonstrações contábeis dos períodos a que se referem. As demonstrações
contábeis preparadas pelo regime de competência informam aos usuários não somente sobre transações
passadas envolvendo o pagamento e recebimento de caixa ou outros recursos financeiros, mas também sobre
obrigações de pagamento no futuro e sobre recursos que serão recebidos no futuro. Dessa forma, apresentam
informações sobre transações passadas e outros eventos que sejam as mais úteis aos usuários na tomada de
decisões econômicas. O regime de competência pressupõe a confrontação entre receitas e despesas que é
destacada nos itens 95 e 96.
Continuidade
23. As demonstrações contábeis são normalmente preparadas no pressuposto de que a entidade continuará em
operação no futuro previsível. Dessa forma, presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade
de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações; se tal intenção ou necessidade
existir, as demonstrações contábeis têm que ser preparadas numa base diferente e, nesse caso, tal base deverá
ser divulgada.
Alternativa VERDADEIRA
( ) Compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade são
apresentadas na Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das
Demonstrações Contábeis como pressupostos básicos.
Segundo a NBCT TG
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
24 – 46
Compreensibilidade 25
Relevância 26 – 30
Materialidade 29 – 30
Confiabilidade 31 – 38
Representação adequada 33 – 34
Primazia da essência sobre a forma 35
Neutralidade 36
Prudência 37
Integridade 38
Comparabilidade 39 – 42
Alternativa FALSA
Resposta correta, Letra c) V, F, V, F.
45 Uma empresa apresentava um quadro societário de cinco sócios, com as seguintes participações: sócio A:
20%; sócio B: 20%; sócio C: 20%; sócio D: 20%; e sócio E: 20%. O sócio D foi excluído da sociedade pelos
demais sócios, os quais arquivaram uma Alteração Contratual na Junta Comercial, na qual constou em uma das
cláusulas que os haveres do sócio excluído estariam a sua disposição, cuja apuração de haveres teria sido
realizada com base em Balanço Patrimonial Especial. O sócio D ajuizou uma ação de apuração de haveres na
qual pediu a avaliação dos bens da sociedade, com base em valores de mercado. O juiz nomeou dois peritos.
Para a avaliação dos bens imóveis, foi nomeado um perito engenheiro e para a apuração dos haveres foi
nomeado o perito-contador. O trabalho do perito-contador utilizou os dados apresentados pela perícia de
engenharia e os valores do Balanço Patrimonial Especial juntados aos autos, para, por fim, elaborar um novo
Balanço Patrimonial Ajustado.
O Balanço Patrimonial Especial era assim representado: Balanço
Patrimonial Especial em 31.1.2011
ATIVO
Ativo Circulante R$ 742.465,53
Caixa R$ 3.466,40
Bancos Conta Movimento R$ 19.360,36
Aplicações R$ 51.656,48
Estoques R$ 124.019,03
Duplicatas a Receber R$ 214.734,00
Adiantamentos R$ 8.728,57
Impostos a Recuperar R$ 35.834,51
Despesas Pagas Antecipadamente R$ 284.666,18
Ativo Não Circulante R$ 1.899.933,61
Investimentos R$ 14.814,87
Imobilizado R$ 1.884.292,23
Intangível R$ 826,51
Total do Ativo R$ 2.642.399,14
Passivo a Descoberto R$ 389.219,93
Capital Social Realizado (R$ 121.260,00)
Prejuízos Acumulados R$ 510.479,93
Total do Ativo + Passivo a Descoberto R$ 3.031.619,07
PASSIVO
Passivo Circulante R$ 2.366.717,69
Fornecedores R$ 1.332.217,17
Empréstimos Bancários R$ 20.000,00
Obrigações Sociais a Recolher R$ 234.200,21
Impostos e Taxas a Recolher R$ 678.683,18
Obrigações Trabalhistas R$ 52.086,21
Provisões R$ 37.324,65
Adiantamento de Clientes R$ 12.206,27
Passivo Não Circulante R$ 664.901,38
Empréstimos de Longo Prazo R$ 451.765,96
Impostos Federais Parcelados R$ 213.135,42
Total do Passivo R$ 3.031.619,07
Os bens imóveis avaliados pela perícia de engenharia foram agrupados conforme a seguir: DESCRIÇÃO
Valor antes da
avaliação
Valor após a
avaliação
Ativo Não Circulante R$ 1.899.933,61 R$ 2.456.701,90
Investimentos R$ 14.814,87 R$ 714.944,89
Propriedades para Investimento R$ 13.769,98 R$ 713.900,00
Participações em Sociedade de Crédito R$ 1.044,89 R$ 1.044,89
Imobilizado R$ 1.884.292,23 R$ 1.740.930,50
Máquinas e Equipamentos R$ 1.884.292,23 R$ 1.740.930,50
Intangível R$ 826,51 R$ 826,51
Marcas e Patentes R$ 826,51 R$ 826,51
a) R$33.509,67.
b) R$167.548.36.
c) R$491.340,38.
d) R$639.833,49.
Resolução
Para responder a questão deve ficar claro algumas premissas básicas:
1. O valor patrimonial da empresa, é igual ao seu Patrimônio Líquido (positivo ou negativo);
2. A divisão de haveres é feita com base no Patrimônio Líquido, multiplicado pelo percentual de participação;
3. O Valor do Patrimônio Líquido será apurado mediante levantamento de Balanço Especial, para este fim;
4. A partir da Lei 11.638/07 ficou instituída a conta Ajuste de Avaliação Patrimonial, para registrar a
contrapartida de aumentos ou diminuições de valores atribuídos a elementos do Ativo e do Passivo, em
função de sua avaliação a valor justo, a valor de mercado.
Com base nisso, vamos ao caso:
Apesar de o Balanço Patrimonial apresentar um Patrimônio Líquido negativo, foi solicitado um levantamento
atualizado dos Bens, a valor de mercado, e isso foi aceito, então devemos apurar um novo Balanço Patrimonial
e consequentemente um novo Patrimônio Líquido.
Ativo Circulante R$ 742.465,53
Caixa R$ 3.466,40
Bancos Conta Movimento R$ 19.360,36
Aplicações R$ 51.656,48
Estoques R$ 124.019,03
Duplicatas a Receber R$ 214.734,00
Adiantamentos R$ 8.728,57
Impostos a Recuperar R$ 35.834,51
Despesas Pagas Antecipadamente R$ 284.666,18
Ativo Não Circulante R$ 2.456.701,90
Investimentos R$ 714.944,89
Imobilizado R$ 1.740.930,50
Intangível R$ 826,51
Total do Ativo R$ 3.199.167,43
PASSIVO
Passivo Circulante R$ 2.366.717,69
Fornecedores R$ 1.332.217,17
Empréstimos Bancários R$ 20.000,00
Obrigações Sociais a Recolher R$ 234.200,21
Impostos e Taxas a Recolher R$ 678.683,18
Obrigações Trabalhistas R$ 52.086,21
Provisões R$ 37.324,65
Adiantamento de Clientes R$ 12.206,27
Passivo Não Circulante R$ 664.901,38
Empréstimos de Longo Prazo R$ 451.765,96
Impostos Federais Parcelados R$ 213.135,42
Patrimônio Líquido R$ 167.548,36
Capital Social Realizado R$ 121.260,00
Prejuízos Acumulados (R$ 510.479,93
Ajuste Patrimonial R$ 556.768,29
Total do Passivo R$ 3.199.167,43
O Ajuste Patrimonial lançado no Patrimônio Líquido é resultado da diferença do novo Ativo Não Circulante
de R$2.456.701,90 em relação ao Ativo Não Circulante anterior a nova avaliação, no valor deR$1.899.933,61
Em função do ajuste realizado, o Patrimônio Líquido tornou-se positivo no valor de R$167.548,36, e foi
reclassificado para sua origem no PASSIVO.
Conforme havíamos esclarecido anteriormente, a divisão dos haveres dos sócios é feita baseada no Patrimônio
Líquido, multiplicado pelo percentual de participação de cada sócio, sendo assim vamos ao cálculo da
participação do sócio “D”, que é na verdade o objetivo da questão
Novo Patrimônio Líquido = R$167.548,36
Percentual de participação do sócio “D” = 20%
R$167.548,36 X 20% = R$33.509,67
Resposta correta: a) R$33.509,67.