BUILDING YOUR COMPANY’S VISION

By James C. Collins and Jerry I. Porras

Grandes empresas devem entender a diferença entre o que nuca deve mudar e o que deve estar apto a mudanças. Esse é um tipo de habilidade que as empresas devem ter e que requer grande disciplina e é muito próxima da habilidade da empresa em formar sua visão. A visão da empresa deve conter a ideia sobre ela que deve ser preservada e a ideia de acompanhar o progresso.

- Ideologia da empresa (Core ideology)

A maior e mais importante que contribui para uma empresa construir sua visão é ter uma ideologia firme. Os fundadores e contribuidores de grandes empresas como, Motorola e 3M entenderam que é mais importante saber quem você é do que saber onde você quer ir, já que o seu caminho muda de acordo com o mundo que está mudando ao seu redor. As coisas estão sempre mudando, novas tecnologias, novos gerentes, novos funcionários, mas a ideologia da empresa é o guia e inspiração da empresa.

- Valores centrais (Core Value)

Os valores centrais não precisam de justificativas externas, mas precisam ter um justificado dentro da organização. Muitas empresas possuem valores em suas práticas de operações ou em suas estratégias de negócios, mas nem todos esses valores são a sua essência de existir. As empresas estudadas no artigo, grandes empresas, possuem geralmente entre 3 a 5 valores centrais. O que já era de se esperar, já que a empresa deve ser fundada em poucos e verdadeiros valores centrais. Para definir os valores centrais da empresa, primeiro faça uma lista, se nela estiverem mais de cinco valores, comece a se perguntar se em algum momento no futuro, diante de mudanças, esses valores se manteriam... diante da certeza quanto a resposta, você verá se esse valor é central ou são valores de operações, estratégias de negócio etc.

- Propósito central (Core purpose)

É o motivo da organização existir e a sua alma. O propósito (que deve durar no mínimo 100 anos) da empresa não deve ser confundido com os objetivos ou estratégias de negócio (que mudam várias vezes em 100 anos). O propósito da empresa nem sempre é alcançado, mas esse é o propósito... Ter um proposito na empresa é o que motiva os funcionários, e a motivação gera inovações e mudanças grandiosas para a empresa e para sociedade. Exemplo da 3M: resolver problemas com inovação. Isso fez com que a empresa ampliasse seu mercado.

Um método poderoso para achar o seu propósito central são os cinco ‘por quês’. Se pergunte cinco vezes por que que é importante produzir certo produto(s) ou fornecer certo serviço(s). Depois disso, você conseguirá enxergar seu propósito. Os propósitos nunca devem se resumir na maximização do lucro dos acionistas, pois isso não serve de inspiração a todos os níveis de uma organização.

O entendimento pleno e claro de seus propósitos centrais, perante uma sociedade que está em constante mudança, um cinismo da vida corporativa, e uma economia cada vez mais expansiva, é o que atrairá e motivará as pessoas da companhia de forma gratificante.

- Descobrindo a ideologia da empresa e o seu papel

A ideologia deve ser autentica, e ela deve ter significado, inspirar e guiar as pessoas de dentro da organização. As pessoas que trabalham devem compartilhar e viver esses propósitos e valores da empresa, ou então, elas devem procurar outro lugar para trabalhar, o que já é um pouco automático, as pessoas geralmente procuram trabalhar em uma empresa com que se identifiquem.

Não confundir ideologia com competência: competência é um conceito estratégico que define as capacidades da empresa (o que a empresa faz de melhor), enquanto a ideologia envolve a sua essência de existir e o que a empresa defende e acredita. Esses dois conceitos são diferentes e não devem ser confundidos, e sim alinhados.

- Futuro visionado (Envisioned future)

É um plano de 10 a 30 anos com descrições de quais seriam as consequências de se atingir o objetivo. E ele pode ser de duas maneiras: objetivos concretos (algo real) e objetivos futurísticos (são quase sonhos e esperanças).

Vision-level BHAG (Big, hairy, audacious goals) – Planos grandes, cabeludos e audaciosos – é

uma técnica de simular o progresso. Um verdadeiro BHAG é claro e atrativo, servindo como

um ponto de esforço centralizado e unificador, tendo também um ponto de finalização bem claro, para que a organização saiba quando atingiu de fato os seus objetivos.

Descrição vívida (vivid description): É uma descrição vibrante, engajada e específica do que seria atingir a BHAG. Devemos pensar nela como uma tradução em figuras do que estava escrito em palavras (no caso, a BHAG), criando uma imagem que as pessoas levem nas suas memórias. Paixão, emoção e convicção são partes essenciais para uma descrição vivida.

Resumão: