resumo de micro clinica 2

33
Resumo de microbiologia Diagnostica 1 1 – Fundamentos laboratoriais do diagnostico microbiológico O diagnostico microbiológico : - Auxilia no diagnostico e tratamento das doenças infecciosas, avalia e monitora a terapêutica antimicrobiana, ajuda a controlar infecções hospitalares (determinando as medidas de controle das infecções). - Determina o perfil de sensibilidade e avalia o surgimento de resistência antimicrobiana. O medico deve: solicitar o exame qdo indicado, na requisição deve conter os dados que possam auxiliar o laboratório, interpretar corretamente os resultados para instituir a terapêutica mais adequada, e sempre que necessário comunicar-se com o laboratório. O laboratório deve: coletar e transportar o material de forma adequada, identificar as amostras, selecionar as técnicas mais adequadas para cada caso, emitir os laudos, auxiliar o medico na interpretação dos exames. O laboratório de microbiologia deve se estruturar adequadamente para isolamento, identificação e perfil de sensibilidade, avaliar a qualidade do material clinico coleta e ter critérios para rejeição das amostras. Procedimentos iniciais em microbiologia clinica Princípios – a semeadura primaria adequada é uma das mais importantes e fundamentais etapas da rotina na microbiologia. Qdo a coleta é realizada em outro lugar (hospitais e clinicas) se deve observar data e horário da coleta, natureza do material clinico, sitio anatômico da coleta. A escolha dos meios de cultura mais apropriados, temperatura, atmosfera e tempo de incubação garantem o sucesso do diagnostico.

Upload: tamara-garcia

Post on 04-Jul-2015

29.236 views

Category:

Health & Medicine


6 download

DESCRIPTION

Resumo de microbiologia clinica 2, abordando conceitos de cultura de fezes e urina, microrganismos encontrados em cada caso etc...

TRANSCRIPT

Page 1: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 1

1 – Fundamentos laboratoriais do diagnostico microbiológico

O diagnostico microbiológico :

- Auxilia no diagnostico e tratamento das doenças infecciosas, avalia e monitora a terapêutica antimicrobiana, ajuda

a controlar infecções hospitalares (determinando as medidas de controle das infecções).

- Determina o perfil de sensibilidade e avalia o surgimento de resistência antimicrobiana.

O medico deve: solicitar o exame qdo indicado, na requisição deve conter os dados que possam auxiliar o

laboratório, interpretar corretamente os resultados para instituir a terapêutica mais adequada, e sempre que

necessário comunicar-se com o laboratório.

O laboratório deve: coletar e transportar o material de forma adequada, identificar as amostras, selecionar as

técnicas mais adequadas para cada caso, emitir os laudos, auxiliar o medico na interpretação dos exames.

O laboratório de microbiologia deve se estruturar adequadamente para isolamento, identificação e perfil de

sensibilidade, avaliar a qualidade do material clinico coleta e ter critérios para rejeição das amostras.

Procedimentos iniciais em microbiologia clinica

Princípios – a semeadura primaria adequada é uma das mais importantes e fundamentais etapas da rotina na

microbiologia. Qdo a coleta é realizada em outro lugar (hospitais e clinicas) se deve observar data e horário da

coleta, natureza do material clinico, sitio anatômico da coleta. A escolha dos meios de cultura mais apropriados,

temperatura, atmosfera e tempo de incubação garantem o sucesso do diagnostico.

Page 2: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 2 Qualquer material pode ser processado para cultura: Urina, Fezes, Escarro, Lavado brônquico, Líquor, Esperma,

Fragmento de tecido, Líquidos orgânicos , Secreções em geral.

• COLETA E TRANSPORTE - os materiais devem ser coletados e enviados ao laboratório em meios de

transporte e/ou frascos adequados para cada tipo de material, de acordo com o exame solicitado. Alguns

exemplos são:

- Frascos de coleta com boca larga e tampa de rosca para coleta de fezes, urina ou escarro.

- Swab com meio Stuart ou AMIES para Isolamento de bactérias aeróbias e anaeróbias facultativas

- Swab com Meio de Stuart ou AMIES com carvão ativado – para isolamento de bactérias aeróbias e

anaeróbias facultativas, preferencialmente para isolamento de gonococos, hemófilos e pneumococos.

- Meio Cary Blair – conservante de fezes para isolamento de enteropatógenos

- Meio TSA em tubo – para o envio de cepas de microrganismos para exames complementares ou para

confirmação da identificação laboratorial.

Os meios de transporte são inertes, isto é, preservam a viabilidade dos microrganismos nas amostras e

evitam a proliferação bacteriana, mantendo assim a proporção e a quantidade dos diversos microrganismos.

Esses meios frequentemente contem Agar semi-solido que auxilia na preservação contra a dessecação dos

microrganismos. Alguns contem carvão ativado ou outra substancia com a finalidade de adsorver e remover agentes

tóxicos como ácidos graxos.

O meio de transporte preconizado por Aimes é uma modificação do meio Stuart, no qual o glicerofosfato de

sódio foi substituído por um fosfato inorgânico. A presença de glicerofosfato no meio Stuart possibilitava que

espécies poucos exigentes se multiplicassem (microrganismos contaminantes) alterando a proporção dos

microorganismos presentes, dificultando a recuperação dos microrganismos mais fastidiosos. O fosfato inorgânico

elimina o eventual crescimento de contaminantes. Não há fonte de carbono nem de energia nos meios de

Page 3: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 3 transporte, impossibilitando assim a multiplicação bacteriana durante o acondicionamento da amostra no meio,

independente da temperatura.

• Recebimento da amostra

– Verificar identificação

– Verificar o volume de amostra x exames solicitados

– Verificar se amostra foi coletada em meio de transporte, swab e/ou frasco apropriado

– Verificar se a amostra é adequada para o exame solicitado

• RECOMENDA-SE QUE TODO O PROCESSAMENTO INICIAL DE AMOSTRAS CLÍNICAS SEJAM REALIZADOS EM

CABINE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

• O ideal é semear imediatamente ou até 2h após coleta após o recebimento da amostra.

Técnicas microscópicas

A microscopia é a técnica mais comum utilizada para detecção de microrganismos diretamente de amostra clinicas e

para a melhor caracterização morfotintorial dos isolados em cultura.

Coloração pelo método de gram - metodologia utilizada para classificar as bactérias com base na morfologia e na

reação de coloração pelo método de gram. As bactérias podem ser gram positivas ou negativas de acordo com a

diferença na composição da parede bacteriana.

As bactérias gram positivas possuem uma parede espessa de peptideoglicano e grandes quantidades de acido

teicoico, o qual retem o corante inicial (cristal violeta), não sendo afetadas pela descoloração com álcool-acetona.

Com isso as células aparecem azul escuro.

As bactérias gram negativas possuem parede celular constituída de uma camada delgada (fina) de peptídeoglicano

que permite a descoloração do cristal violeta com álcool-acetona e posterior coloração com o corante de fundo,

safranina ou fucsina.

Resultado Cepa Resultado esperado

Gram negativo Escherichia coli Bacilos corados em rosa

Gram positivo Staphylococcus aureus Cocos corados em azul escuro ou violeta

Cultura (isolamento e identificação)

Os meios de cultura são preparações sólidas, semi-sólidas ou líquidas, simples ou complexas que se empregam no

laboratório para cultivar micro-organismos, constituindo ambientes artificiais que se assemelham tanto quanto

possível às condições naturais.

Page 4: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 4

• Selecionar o meio de cultura adequado

– Controle de qualidade do meio de cultura no uso

• Aparência, validade e ausência de contaminação

• Identificar os meios com informações de recuperação da amostra origem

• Não ocultar o nome nem a validade dos meios usados

Page 5: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 5

• Amostra em Swab – esfregaço e cultura – eluir swab em salina e utilizar para semear em esgotamento.

• Amostra de aspirados e exudatos – em seringa transferir para tubo estéril, homogenizar semear por

esgotamento, fazer esfregaço.

• Amostra de escarro – selecionar a porção mais purulenta ou sanguinolenta, preparar o esfregaço pela

coloração de gram, semear por esgotamento.

• Amostra de líquidos orgânicos – centrifugar, remover o sobrenadante e semear o sedimento, preparar

lamina.

• Amostra de fragmentos de biopsia de tecidos – transferir a amostra para placa estéril, fragmenta-la com

bisturi semear por esgotamento.

• Amostra de urina

� Jato médio – homogenizar a amostra e semear com a alça, fazer esfregaço.

� Primeiro jato – centrifugar, retirar o sobrenadante, semear o sedimento, preparar a lamina para

demarcação.

• Amostras ósseas – remover tecidos moles, transferir para o meio thioglicolato (THIO) que é um caldo.

• Amostra de fezes – semear em pequenas porções em meios apropriados por esgotamento. Transferir 4 a 5

porções para caldos enriquecidos.

Isolamentos

Técnicas de semeadura

Semeadura quantitativa em estrias com alça calibrada – com alça calibrada e flambada, faz o inoculo inicial

traçando uma linha central, em seguida são traçadas estrias verticalmente a esta linha central em zig-zag na

superfície do meio.

Page 6: Resumo de micro clinica 2

Semeadura por esgotamento – descarregar o material na área 1 (podendo

tocar com a alça flambada no material e espalhar na área 1), com a mesma alça tocar na área 1 e fazer estrias (área

2), em seguida tocar na área 2 e fazer estrias na área 3 de maneira bem ampla para se ter um bom is

bacteriano.

Semi-quantitativa

Resumo de microbiologia

descarregar o material na área 1 (podendo passar o próprio swab ou se for liquido

tocar com a alça flambada no material e espalhar na área 1), com a mesma alça tocar na área 1 e fazer estrias (área

2), em seguida tocar na área 2 e fazer estrias na área 3 de maneira bem ampla para se ter um bom is

Cultura Qualitativa

Resumo de microbiologia Diagnostica 6

passar o próprio swab ou se for liquido

tocar com a alça flambada no material e espalhar na área 1), com a mesma alça tocar na área 1 e fazer estrias (área

2), em seguida tocar na área 2 e fazer estrias na área 3 de maneira bem ampla para se ter um bom isolamento

Cultura Qualitativa

Page 7: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 7 IDENTIFICAÇÃO

• MACROSCOPIA E MICROSCOPIA DAS COLÔNIAS

• IDENTIFICAÇÃO BIOQUÍMICA

• IDENTIFICAÇÃO SOROLÓGICA

• MÉTODOS MOLECULARES

Pag 58 do livro escanear

Page 8: Resumo de micro clinica 2

Provas bioquímicas

Identificação laboratorial de Streptococcus

Características: são cocos gram positivos, que podem se apresentar isolados, aos pares ou

em cachos.

• Catalase – verifica a produção da enzima que cataliza

do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio gasoso. Deve

de H2O2 3% na lamina + 1 colonia. Se houver formação de bolhas o teste é

positivo.

• DNAse – verifica a produção da enzima que degrada DNA ou RNA. D

uma placa com DNA. Incubar a 35º

• Coagulase – há duas formas ligada e livre

• A forma ligada (“clumping factor”) esta na parede bacteriana e transforma fibrinogênio em fibrina

insolúvel diretamente.

Colocar uma gota de plasma de coelho + 1 suspensã

+.

Resumo de microbiologia

Identificação laboratorial de Streptococcus

são cocos gram positivos, que podem se apresentar isolados, aos pares ou

verifica a produção da enzima que cataliza a reação de transformação

do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio gasoso. Deve-se colocar uma gota

de H2O2 3% na lamina + 1 colonia. Se houver formação de bolhas o teste é

verifica a produção da enzima que degrada DNA ou RNA. Deve-se semear uma colônia em spot em

uma placa com DNA. Incubar a 35º - 37º por 24h em aerobiose. Revelar com HCL 1N.

há duas formas ligada e livre

� A forma livre é secretada extracelularmente e catalisa a

conversão de fibrinogênio em fibrina solúvel, promovendo

aglutinação dos estafilococos.

Colocar um inoculo denso em um tubo contendo plasma de coelho.

Incubar por 4h a 37ºC em aerobiose. Resultado positivo

de coagulo, resultado negativo – incubar por mais 18

temperatura ambiente (pq na estufa pd haver produção de

hemolisinas que dissolvem o coagulo).

A forma ligada (“clumping factor”) esta na parede bacteriana e transforma fibrinogênio em fibrina

Colocar uma gota de plasma de coelho + 1 suspensão densa. Observar aglutinação em 10seg. após esse tempo falso

Resumo de microbiologia Diagnostica 8

são cocos gram positivos, que podem se apresentar isolados, aos pares ou

a reação de transformação

se colocar uma gota

se semear uma colônia em spot em

37º por 24h em aerobiose. Revelar com HCL 1N.

A forma livre é secretada extracelularmente e catalisa a

fibrina solúvel, promovendo

Colocar um inoculo denso em um tubo contendo plasma de coelho.

. Resultado positivo – formação

incubar por mais 18-24h a

ura ambiente (pq na estufa pd haver produção de

A forma ligada (“clumping factor”) esta na parede bacteriana e transforma fibrinogênio em fibrina

o densa. Observar aglutinação em 10seg. após esse tempo falso

Page 9: Resumo de micro clinica 2

• Sensibilidade a novobiocina – verifica

antibiótico

Deve-se preparar uma suspensao na escala 0,5 de M.F. com um swab

semear em placa de Agar sangue e acrescentar um disco de novobiocina.

Incubar a 35º-37ºC por 18-24h em aerobiose. Medir o halo.

Resultado: - Se o halo for >16mm sensível

- Se o halo for <16mm resistente

Catalase Coagulase Sensibilidade

a novobiocina

+ + sensível + - sensível + - sensível + - Resistente

Obs.: Teste de DNAse positivo para s. aureus formação de halo

Resumo de microbiologia

verifica-se a sensibilidade ao

se preparar uma suspensao na escala 0,5 de M.F. com um swab,

semear em placa de Agar sangue e acrescentar um disco de novobiocina.

24h em aerobiose. Medir o halo.

Se o halo for >16mm sensível

Se o halo for <16mm resistente -> S. saprophyticus

ilidade

a novobiocina

resultado

staphylococcus

S. aureus S. epidermides S. haemophylos

Resistente S. saprophyticus

Teste de DNAse positivo para s. aureus formação de halo

Resumo de microbiologia Diagnostica 9

Page 10: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 10

Identificação laboratorial – Streptococcus

Características : São cocos gram +. Dispostos aos pares, catalase –, possuem algumas necessidades nutricionais: 35-

37ªC, 5 a 10% de CO2.

Apresentam hemólise em Agar sangue de carneiro (AS):

Alfa hemólise- lise parcial das hemácias – meio de cultura

fica esverdeado

Beta hemólise- lise completa das hemácias – meio de

cultura com halo transparente em torno da colônia.

Gama hemólise – ausência de hemólise – meio de cultura

sem alteração de cor.

TESTE BIOQUIMICOS:

• Teste de CAMP – faz a identificação presuntiva de estreptococos do grupo

beta hemoliticos (S. agalactiae).

Utiliza-se uma cepa de S.aureus produtora de beta hemolisina, faz um risco no

meio da placa.

Pega-se a bactéria a ser testada e faz se um risco horizontal sem encosta no risco

vertical de S. aureus. Alguma bactérias produzem uma prot extracelular (fator

camp) que age em sinergismo com a beta hemolisina gerando uma hemolise em

forma de seta.

• Prova PYR (pirrolidonil arilamidase) – identifica microrganismos que fazem hidrolise do pyr

Estreptococos do grupo A e

enterococcus.

Em caso +, a cor do meio fica

vermelha/Pink

Page 11: Resumo de micro clinica 2

• Hidrólise de hipurato de sódio –

hidrolisar o hipurato de sodio em glicina e acido benzoico.

Revelação glicina – add reativo de ninhidrina

escuro/roxo

Revelação de acido benzoico – add cloreto férrico

de um precipitado abundante.

• Prova de bile-esculina – identificação de bactérias capazes de

crescer em meio contendo 40% de bile e hidrolizar a esculina em

esculetina.

A esculetina reage com os íons férricos presentes no meio e forma um

precipitado escuro (enterococcus faecalis)

• Prova de tolerância ao sal ou crescimento em NaCl 6,5%

incubado por 18-24h. se houver crescimento teste é positivo.

• Prova de Sensibilidade à optoquina

de outros estreptococcus do grupo viridans. Realiz

mede-se o halo de inibição

Resultado halo >14mm sensível – S. pneumoniae

Halo < 14mm resistente

Resumo de microbiologia

capacidade da bactéria de

hidrolisar o hipurato de sodio em glicina e acido benzoico.

add reativo de ninhidrina – se + cor azul

add cloreto férrico – se + formação

identificação de bactérias capazes de

crescer em meio contendo 40% de bile e hidrolizar a esculina em

A esculetina reage com os íons férricos presentes no meio e forma um

precipitado escuro (enterococcus faecalis)

al ou crescimento em NaCl 6,5% - o microrganismo é semeado em caldo NaCl 6,5% e

24h. se houver crescimento teste é positivo.

Sensibilidade à optoquina – diferencia S. pneumoniae

de outros estreptococcus do grupo viridans. Realizado em AS

S. pneumoniae

Halo < 14mm resistente – outros provas de identificação

Resumo de microbiologia Diagnostica 11

o microrganismo é semeado em caldo NaCl 6,5% e

Page 12: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 12

Page 13: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 13 Pag 88 e 89 do livro escanear

TABELA 5.3

Page 14: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 14

TABELA 5.4

Page 15: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Resumo de microbiologia Diagnostica 15

Page 16: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Resumo de microbiologia Diagnostica 16

Page 17: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 17

ENTEROCOCCUS

Identificação de enterobacterias

As características iniciais que uma bactéria pertence a família Enterobacteriaceae é a presença de hemólise e

colônias de tamanho variável.

São bacilos ou cocobacilos gram negativos e são anaeróbios facultativos.

Caldos para enriquecimento: selenito (inibe coliformes e algumas cepas de shigella) e tetrationato (inibe gram + e

coliformes).

“Os micro-organismos do genero Enterococcus são cocos Gram- e apresentam necessidades nutricionais variáveis e

o crescimento pode requerer meios complexos, contendo soro ou sangue. A temperatura ótima de crescimento e de

35ªC, porem, a maioria das amostras tolera temperaturas que variam de 10oC a 45oC. Os enterococos sao

distribuídos em ambientes diversos. Nos seres humanos fazem parte da microbiota do trato gastrintestinal, da

cavidade oral e do trato geniturinario. Estes microorganismos podem tolerar temperaturas equivalentes a 60oC por

ate 30 minutos e são capazes de crescer em meios contendo cloreto de sodio a 6,5% . E. faecalis e capaz de colonizar

os sistemas de canais radiculares, utilizando- se provavelmente dos substratos oriundos dos fluidos dos tecidos

conjuntivos subjacentes (osso alveolar e ligamento periodontal). Dentre os fatores de virulência destacam-se as

enzimas líticas, citolisinas, substancias de agregação, feromonios e acido lipoteicoico. E. faecalis tambem pode

interferir com a ativação dos linfócitos e outros grupos celulares, contribuindo para o insucesso da terapêutica

endodontica. Alem da sua habilidade para invadir e permanecer no interior dos túbulos dentinarios apresenta

elevada resistência aos curativos de demora utilizados entre sessões, inclusive aqueles a base de hidróxido de cálcio.

Foi descrito que as cepas de E. faecalis possuem uma bomba de prótons capaz de proteger o citoplasma bacteriano

do elevado pH conferido pelos produtos contendo hidróxido de cálcio. A espécie também e capaz de formar

Page 18: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 18 biofilmes onde as células bacterianas formam estruturas multicelulares coesas de difícil remoção pelo sistema

imunológico, alem de dificultar a atividade dos agentes antimicrobianos. Tais propriedades conferem aos E. faecalis

grande poder agressivo aos tecidos perirradiculares e maior resistência ao controle das infecções endodontias”.

(Artigo disponível em -> http://revista.aborj.org.br/index.php/rbo/article/viewFile/245/212)

Identificação de enterococcus

• Morfologia – bacilos ou cocos

• Propriedades tintoriais de gram – Gram negativos

• Característica morfológica da colônia em Agar

o Hemólise variável

o Colônias de tamanho variável, podendo se dispersar no meio

Meios de cultura

• Meio não seletivo Ricos – Agar sangue de carneiro – (E. coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus spp, serratia

marcescens)

• Meio seletivo e diferencial

o MC (Mac conkey) composto de lactose, sais biliares e cristal violeta, indicadores de pH (vermelho

neutro) – impede o crescimento de bactérias gram positivas – (E. coli, citrobacter SP, serratia

marcescens).

o SS (salmonella-shigella) – Altamente seletivo – Salmonella e Shigella, Lactose – único açúcar, [ ] de

sais biliares e citrato de sódio – inibem G+ e coliformes, Indicador de pH – vermelho neutro,

Tiossulfato de sódio/citrato férrico – detecção H2S.

Page 19: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 19

o EMB (“Eosina Metileno Blue”) - é um meio de cultura diferencial que

inibe o crescimento de bactérias Gram positivas e indica se a bactéria é

fermentadora ou não de lactose. Bactérias fermentadoras

de lactose apresentam-se em colônias com o centro preto. Colônias

de Escherichia coli são facilmente identificáveis por apresentarem

coloração verde metálico no meio EMB.

o VB – Verde Brilhante - Meio seletivo/diferencial – isolamento de

Salmonella (exceto Salmonella Typhi), Lac e sac – CH, [ ] de verde

brilhante – inibe G+ e alguns G(-), inclusive Shigella e Salmonella

enterica Typhi , Indicador de pH – vermelho de fenol, Salmonella - pink

Page 20: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 20

• Caldos para enriquecimento

o Selenito - o selenito de sódio inibe coliformes e pode inibir algumas cepas de Shigella

o Tetrationato - sais biliares inibem G+, tetrationato (formado após adição de solução de iodo) inibe

coliformes

Como diferenciar as Enterobacteriaceae ?

Metabolismo – fermentativo/oxidativo

o Teste de oxidase – Prova da citocromo-oxidase - Este sistema enzimático está relacionado com os

citocromos da cadeia respiratória de alguns microrganismos. A prova consiste em colocar uma gota do

reagente incolor tetrametil p-fenileno de amina, recém preparado e protegido da luz, em um papel de filtro.

Em seguida, várias colônias do microrganismo em estudo são espalhadas sobre a área do papel de filtro

contendo o reagente, utilizando uma alça de platina ou um bastão de vidro. A prova é considerada positiva

quando na mistura do reagente com a massa bacteriana desenvolve-se a cor púrpura em até 1 minuto. Na

reação negativa não há desenvolvimento de cor púrpura. As enterobactérias são oxidase negativas e podem

ser diferenciadas de outros bacilos Gram negativos. A prova pode ser feita também em culturas em meios

sólidos, adicionando-se o reagente oxalato de p-aminodimetilanilina. A reação inicia-se com o

desenvolvimento de cor rósea, marrom e finalmente uma coloração negra na superfície das colônias é

indicativa da produção de citocromo-oxidase, representando um teste positivo. O teste é negativo se não

ocorrer alteração da cor ou houver o desenvolvimento de uma cor rósea pálida.

o Sorotipagem (caracterização antigênica)

E. coli Pseudomonas

Page 21: Resumo de micro clinica 2

o Prova bioquímica de TSI (Tríplice Açúcar Ferro

TSI - Meio nutricionalmente rico com inibidores que

não cresce as mais exigentes e anaeróbios.

O TSI só pode ser realizada com amostras já isoladas em placas com meio seletivo para bacilos gram negativos

entéricos. O indicador de pH é vermelho de

vermelho).Um ponto importante é a proporção entre os açucares sendo que esse meio apresenta a proporção de

Glicose : Lactose : Sacarose 1:10:10 (g/L), há também tiossulfato de sódio, sul

Resumo de microbiologia

Tríplice Açúcar Ferro) – para verificar se a bactéria é uma fermentadora de glicose

Meio nutricionalmente rico com inibidores que permite o crescimento da maioria das espécies bacterianas, só

não cresce as mais exigentes e anaeróbios.

O TSI só pode ser realizada com amostras já isoladas em placas com meio seletivo para bacilos gram negativos

entéricos. O indicador de pH é vermelho de fenol (pH ácido indicador fica amarelo; pH alcalino o indicador fica

vermelho).Um ponto importante é a proporção entre os açucares sendo que esse meio apresenta a proporção de

Glicose : Lactose : Sacarose 1:10:10 (g/L), há também tiossulfato de sódio, sulfato ferroso e peptona.

Resumo de microbiologia Diagnostica 21

para verificar se a bactéria é uma fermentadora de glicose

permite o crescimento da maioria das espécies bacterianas, só

O TSI só pode ser realizada com amostras já isoladas em placas com meio seletivo para bacilos gram negativos

fenol (pH ácido indicador fica amarelo; pH alcalino o indicador fica

vermelho).Um ponto importante é a proporção entre os açucares sendo que esse meio apresenta a proporção de

fato ferroso e peptona.

Page 22: Resumo de micro clinica 2

Fermentação dos Açucares

Produção de H2S

Se a bactéria produzir a enzima tiossulfato redutase

produzindo H2S, este reage com o sulfato ferroso formando um precipitado preto de sulfeto ferroso. Para que esta

reação ocorra é necessário que o meio esteja ácido, assim se a base do tubo estiver n

Produção de Gás

Há bactérias que degradam o ácido fórmico proveniente da fermentação da glicose produzindo H2

;CO2 devido a ação da enzima formiase

e ou o meio pode rachar. Se houver muita produção de gás com o deslocamento do meio pode

seer indicativo de Klebsiela e Enterobacter.

Para prosseguir com as outras provas Bioquímicas devemos usar as

cresceram na parte superior do TSI. Entretanto devemos ter certeza que no TSI só tem uma

espécie, isso é obtido a partir de meios seletivos e caldos nutritivos.

Indol

O indol é produzido a partir do tríptofano existente no meio

há também a produção de ácido pirúvico e amônia.

O indol pode ser detectado pela formação de um anel rosa “pink” na parte superior do tubo após a

adição p-dimetilaminobenzaldeído (reativo de kovacs).

Resumo de microbiologia

Se a bactéria produzir a enzima tiossulfato redutase ela ira degradar o tiossulfato de sódio presente no meio

produzindo H2S, este reage com o sulfato ferroso formando um precipitado preto de sulfeto ferroso. Para que esta

reação ocorra é necessário que o meio esteja ácido, assim se a base do tubo estiver negra deve ser lida como que a

bactéria é fermentadora de glicose.

Há bactérias que degradam o ácido fórmico proveniente da fermentação da glicose produzindo H2

;CO2 devido a ação da enzima formiase. A produção de gás é evidenciada pela formação de bolhas

e ou o meio pode rachar. Se houver muita produção de gás com o deslocamento do meio pode

seer indicativo de Klebsiela e Enterobacter.

Para prosseguir com as outras provas Bioquímicas devemos usar as colônias de bactérias que

cresceram na parte superior do TSI. Entretanto devemos ter certeza que no TSI só tem uma

espécie, isso é obtido a partir de meios seletivos e caldos nutritivos.

O indol é produzido a partir do tríptofano existente no meio de cultura sob a ação da triptofanase,

há também a produção de ácido pirúvico e amônia.

O indol pode ser detectado pela formação de um anel rosa “pink” na parte superior do tubo após a

dimetilaminobenzaldeído (reativo de kovacs).

Resumo de microbiologia Diagnostica 22

ela ira degradar o tiossulfato de sódio presente no meio

produzindo H2S, este reage com o sulfato ferroso formando um precipitado preto de sulfeto ferroso. Para que esta

egra deve ser lida como que a

bactéria é fermentadora de glicose.

Há bactérias que degradam o ácido fórmico proveniente da fermentação da glicose produzindo H2

. A produção de gás é evidenciada pela formação de bolhas

e ou o meio pode rachar. Se houver muita produção de gás com o deslocamento do meio pode

colônias de bactérias que

cresceram na parte superior do TSI. Entretanto devemos ter certeza que no TSI só tem uma

de cultura sob a ação da triptofanase,

O indol pode ser detectado pela formação de um anel rosa “pink” na parte superior do tubo após a

Page 23: Resumo de micro clinica 2

VM (Vermelho de Metila)

Teste que avalia se as bactérias que fermentam a glicose pela via ácida mista, com isso há a produção de vários

ácidos (ácido fórmico, lático, acético) que faz com que o pH do meio fique abaixo de 4,4 que é o limite de viragem do

indicador de pH.

O indicador de pH é o vermelho de metila que em pH abaixo de 4,4 é vermelho e acima de 6 é amarelo.

VP (Voges Proskauer)

Há bactérias que utilizam a fermentação butilenoglicólica, fermentam a glicose produzindo acetil

(acetoína), butilenoglicol e pequenas quantidades de ácidos.Quando é adicionado KOH e na presença de O2

atmosférico a acetoína é convertida em diacetila a adicição de alfa

anel vermelho.

Resumo de microbiologia

Teste que avalia se as bactérias que fermentam a glicose pela via ácida mista, com isso há a produção de vários

ácidos (ácido fórmico, lático, acético) que faz com que o pH do meio fique abaixo de 4,4 que é o limite de viragem do

O indicador de pH é o vermelho de metila que em pH abaixo de 4,4 é vermelho e acima de 6 é amarelo.

Há bactérias que utilizam a fermentação butilenoglicólica, fermentam a glicose produzindo acetil

noglicol e pequenas quantidades de ácidos.Quando é adicionado KOH e na presença de O2

atmosférico a acetoína é convertida em diacetila a adicição de alfa-naftol nesta reação cataliza a produção de um

Resumo de microbiologia Diagnostica 23

Teste que avalia se as bactérias que fermentam a glicose pela via ácida mista, com isso há a produção de vários

ácidos (ácido fórmico, lático, acético) que faz com que o pH do meio fique abaixo de 4,4 que é o limite de viragem do

O indicador de pH é o vermelho de metila que em pH abaixo de 4,4 é vermelho e acima de 6 é amarelo.

Há bactérias que utilizam a fermentação butilenoglicólica, fermentam a glicose produzindo acetil-metil- carbinol

noglicol e pequenas quantidades de ácidos.Quando é adicionado KOH e na presença de O2

naftol nesta reação cataliza a produção de um

Page 24: Resumo de micro clinica 2

Citrato

Este teste determina se a bactéria é capaz de o citrato de sódio como única fonte de carbono para o seu

metabolismo e crescimento. Deve ser utilizado o meio Citrato de Simmons, composto por citrato de sódio, fosfato

de amônia e por azul de bromo fenol.Com o uso de citrato há a produção

fazendo que a reação se torne azul.

Resumo de microbiologia

éria é capaz de o citrato de sódio como única fonte de carbono para o seu

metabolismo e crescimento. Deve ser utilizado o meio Citrato de Simmons, composto por citrato de sódio, fosfato

de amônia e por azul de bromo fenol.Com o uso de citrato há a produção de hidróxido de amônia que eleva o pH

Resumo de microbiologia Diagnostica 24

éria é capaz de o citrato de sódio como única fonte de carbono para o seu

metabolismo e crescimento. Deve ser utilizado o meio Citrato de Simmons, composto por citrato de sódio, fosfato

de hidróxido de amônia que eleva o pH

Page 25: Resumo de micro clinica 2

Urease

Há bactérias que possuem a enzima urease que garante a capacidade de degradar a uréia presente no meio

liberando amônia, CO2 e H2O. A amônia reage formando carbonat

pH é o vermelho de fenol que em meio alcalino toma a coloração “pink”.

Fenilalanina Desaminase (FAD)

Há bactérias que produzem enzimas que desaminam a fenilalanina presente no meio, originando o ácido

fenilpirúvico, que reage com o cloreto férrico adicionado ao meio, desenvolvendo cor verde.Essa prova é presuntiva

para Proteus, Morganela, Providencia.

Resumo de microbiologia

Há bactérias que possuem a enzima urease que garante a capacidade de degradar a uréia presente no meio

liberando amônia, CO2 e H2O. A amônia reage formando carbonato de amônia que alcaliniza o meio.O indicador de

pH é o vermelho de fenol que em meio alcalino toma a coloração “pink”.

Há bactérias que produzem enzimas que desaminam a fenilalanina presente no meio, originando o ácido

enilpirúvico, que reage com o cloreto férrico adicionado ao meio, desenvolvendo cor verde.Essa prova é presuntiva

Resumo de microbiologia Diagnostica 25

Há bactérias que possuem a enzima urease que garante a capacidade de degradar a uréia presente no meio

o de amônia que alcaliniza o meio.O indicador de

Há bactérias que produzem enzimas que desaminam a fenilalanina presente no meio, originando o ácido

enilpirúvico, que reage com o cloreto férrico adicionado ao meio, desenvolvendo cor verde.Essa prova é presuntiva

Page 26: Resumo de micro clinica 2

Lisina descarboxilase(LDC)

Há algumas bactérias que possuem a lisina descarboxilase que

CO2, essa descaroboxilização alcaliniza o meio.O meio contém o indicador azul de bromocresol, que em pH alcalino

apresenta-se em cor roxo e em meio ácido a cor amarela. A reação se processa em anaerobiose

meio com óleo mineral ou cera de carnúba.

Mio (Motilidade, Indol e ornitina)

Se a bactéria produz a enzima ornitina descarboxilase, ela será capaz de descarboxilar a ornitina produzindo gás

carbônico e putrecina, isso eleva o pH do me

condições alcalinas se torna roxo. É útil para diferenciar entre Klebsiella (negaivo) e Enterobacter (positivo).

A produção de Indol pode ser detectado colocando um papel filtro ou algodão ume

aula prática o indol foi feito separado para que ficasse de forma mais didática.

A motilidade é observada através do aspecto do meio, isso decorre do fato que o meio é semi

crescimento bacteriano por todo o tubo. Se a motilidade é positiva o aspecto do meio será turvo enquanto que

Resumo de microbiologia

Há algumas bactérias que possuem a lisina descarboxilase que descorboxila a lisina produzindo a cadaverina mais

CO2, essa descaroboxilização alcaliniza o meio.O meio contém o indicador azul de bromocresol, que em pH alcalino

se em cor roxo e em meio ácido a cor amarela. A reação se processa em anaerobiose

meio com óleo mineral ou cera de carnúba.

Se a bactéria produz a enzima ornitina descarboxilase, ela será capaz de descarboxilar a ornitina produzindo gás

carbônico e putrecina, isso eleva o pH do meio. O indicador de pH usado é o púrpura de bromocresol que e,

condições alcalinas se torna roxo. É útil para diferenciar entre Klebsiella (negaivo) e Enterobacter (positivo).

A produção de Indol pode ser detectado colocando um papel filtro ou algodão umedecido com reativo de indol, na

aula prática o indol foi feito separado para que ficasse de forma mais didática.

é observada através do aspecto do meio, isso decorre do fato que o meio é semi

o tubo. Se a motilidade é positiva o aspecto do meio será turvo enquanto que

Resumo de microbiologia Diagnostica 26

descorboxila a lisina produzindo a cadaverina mais

CO2, essa descaroboxilização alcaliniza o meio.O meio contém o indicador azul de bromocresol, que em pH alcalino

se em cor roxo e em meio ácido a cor amarela. A reação se processa em anaerobiose deve-se cobrir o

Se a bactéria produz a enzima ornitina descarboxilase, ela será capaz de descarboxilar a ornitina produzindo gás

io. O indicador de pH usado é o púrpura de bromocresol que e,

condições alcalinas se torna roxo. É útil para diferenciar entre Klebsiella (negaivo) e Enterobacter (positivo).

decido com reativo de indol, na

é observada através do aspecto do meio, isso decorre do fato que o meio é semi-sólido e permite o

o tubo. Se a motilidade é positiva o aspecto do meio será turvo enquanto que

Page 27: Resumo de micro clinica 2

motilidade negativa só observaremos a picada. Fica mais fácil de observar a motilidade pondo os tubos contra um

folha de papel pautada, se conseguirmos observar as linhas através

Resumo de microbiologia

motilidade negativa só observaremos a picada. Fica mais fácil de observar a motilidade pondo os tubos contra um

folha de papel pautada, se conseguirmos observar as linhas através do tubo é motilidade negativa.

Resumo de microbiologia Diagnostica 27

motilidade negativa só observaremos a picada. Fica mais fácil de observar a motilidade pondo os tubos contra um

do tubo é motilidade negativa.

Page 28: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 28

Se a bacteria for indol + e citrato - pensar em E. coli

Se houver a presença de mto gás e citrato +, com lisina e ureia + e colônia mucoide:

+indol – klebisella oxygoca

- indol – klebisella pneumoniae

E. cloaceae – lisina neg e indol neg

E. aerogenes – lisina posi e indol neg

E. aglomerans – lisina neg e indol posit, motilidade neg

Serratia – lisina posit, sacarose neg, motilidade neg

Se a bactéria for sem gás ou com pouca produção, lisina posit, sacarose neg e motilidade neg – shigella

Meio inalterado – pseudômonas aeroginosa (indulto escuro) ou alcaligenes faecalis (induto esbranquiçado).

Bacilos Gram-Negativos Não Fermentadores

Pg 93 – figura 5.5

Page 29: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 29 2 grupos importantes:

o Enterobactérias

BGN-F = Fermentadoras de glicose

BGN-NF = Não-Fermentadores de glicose

• Maior importância clínica - Pseudomonas aeruginosa (Bacilo Gram-negativo aeróbio, móvel, não-esporulado,

Com 1 a 3 flagelos polares, Desenvolve-se bem em diversos meios de cultura e em diversas temperaturas

(temp. ótima: 37oC), Produz pigmentos solúveis: piocianina (azul-esverdeado) e fluoresceína (amarelo-

esverdeado), Altamente patogênica: resistência a diversos antimicrobianos – provas bioquímicas Oxidase

negativos, hidrólise de esculina positiva e catalase positiva)

• Vários gêneros – Acinetobacter SP (Utiliza várias tipos de fontes de carbono em seu metabolismo →

expandindo seu habitat, Bacilo ou cocobacilo - Infecções: pneumonias, meningites, endocardites, infecções

de pele e feridas e ITU), Burkholderia, Stenotrophomonas.

• Considerações gerais – Aeróbios, Não esporogênicos, Não utilizam a via fermentativa, Crescem na superfície

dos meios de cultura, Nomenclatura constantemente alterada.

• Metabolismo - Metabolismo fermentativo e oxidativo.

Fatores de virulência

• Adesinas (pili e cápsula), cápsula de alginato (confere proteção à bactéria, cepas mucóides – biofilmes, alginato:

atividade contra aminoglicosídeos), Produção de proteases e enzimas proteolíticas - inativam citocinas.

• Produção de leucocidina: citotoxina que atua na membrana celular dos leucócitos

• Produção de hemolisinas: contribui para invasão tecidual através de efeitos citotóxicos

• secreção de pigmentos por P. aeruginosa como a piocianina: destruindo o epitélio respiratório

• Lipopolissacarídeos (endotoxina)

• Exotoxina A: potente inibidor de síntese proteica (necrose)

• Exoenzima S: proteína de membrana celular com efeitos citotóxicos e de adesão

Mecanismos de Resistência

• β-lactamase

• Melato-β-lactamase

• Cefalosporinase

• Efluxo do antimicrobiano

• Alteração de proteínas da membrana externa

Page 30: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 30 Identificação Laboratorial

• Enzima Oxidase

• Motilidade

• Cocobacilos ou Bacilos Gram-negativos

• Não utilizam CBI na ausência de O2

• Aeróbios estritos

• Características que nos fazem suspeitar que estamos frente a um BGN NF - Falta de evidência de

fermentação da glicose, Crescimento pobre ou ausência de crescimento em MC.

Teste de OF

• Oxidação-Fermentação

• BGN-NF X enterobactérias (BGN-F)

• Diversos açúcares

• Tubo aberto (com oxigênio)

• Tubo fechado (sem oxigênio)

• Base OF (Hugh & Leifson)

• [ ] peptonas diminuída

• [ ] CBI aumentada

• [ ] ágar diminuída

• Azul de bromotimol - p/ detecção de ácidos

Crescimento - Meios seletivos

– Agar Cetrimida (Pseudomonas sp.)

– BCSA (Burkolderia cepacia selective agar)

• Antibióticos para inibir crescimento de outras bactérias

• Crescimento em MC a 42oC

– Identificar espécies de Acinetobacter

Prova de oxidase e motilidade

Page 31: Resumo de micro clinica 2

Produção de pigmentos

• Meio de Tech & Flo – contém peptonas espec

Mg2+ e sulfato aumentada – aumentar a produção de

pigmentos

– Bacto peptona (Tech) –

luz visível, sem fluorescência sob UV)

– Peptona-3-proteose (Flo)

visível, com fluorescência sob UV)

Descarboxilação de AA

• Caldo Moeller

• Pequena quantidade de substrato + inóculo denso

• Reação positiva: intensificação da cor púrpura

Resumo de microbiologia

contém peptonas especiais e [ ] de

aumentar a produção de

piocianina (azul turquesa

luz visível, sem fluorescência sob UV)

proteose (Flo) – pioverdina (amarela luz

visível, com fluorescência sob UV)

Pequena quantidade de substrato + inóculo denso

Reação positiva: intensificação da cor púrpura

Resumo de microbiologia Diagnostica 31

Page 32: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 32 Diagnostico bacteriológico das infecções da C.S.

Bacteremia (presença de bactérias no sangue) pode ser:

- Transitoria – microrganismos da microbiota na C.S.

- intermitente – bactérias de um foco de infecção primário vai para a C.S

- Continua – acesso direto a c.s

- Escape – após 1 a 2 dias do inicio da antibioticoterapia supostamente adequada.

Septicemia – complexa reação inflamatória sistêmica a uma infecção, é uma condição toxica – sepse (LPS), o sangue

se apresenta com cels fagociticas e a multiplicação dos microrganismos é maior que a remoção pelos fagócitos.

Doenças do sistema vascular

Tipos de infecção

� Intravascular

o Endocardites – anormalidade no endocárdio pela presença de microrganismos no sangue (coletar 3

amostras, punção venosa de diferentes lugares, em intervalos de 15 a 30 min).

o Bacteremia associada ao uso de cateter intravenoso – rotas de infecção superfície externa do

cateter.

� Infecções da C.S. podem ser:

o Infecçoes primarias do acesso vascular (por uso de cateter, tubos subcutâneos ) complicações – infecção

da C.S, focos metastáticos em outros órgãos.

o Cateter vascular – corpo estranho processo inflamatório, infecção por pqnos inoculos (que pode ser

contaminação do cateter, do canhão, das soluções ou hematogênica – foco infeccioso a distancia).

o Fatores do hospedeiro – idade, imunossupressão, seleção da microflora com antibióticos, gravidade da

doença de base e etc.

o Fatores relacionados ao acesso vascular – duração do cateterismo, habilidade de introduzir o cateter,

forma de inserção, trocas e etc.

� Infecções extravasculares – multiplicação localizada microrganismos que são drenados para os vasos

linfáticos e caem na C.S.

Page 33: Resumo de micro clinica 2

Resumo de microbiologia Diagnostica 33 Diagnostico

- Presença de drenagem purulenta no sitio vascular

- Sinais flogisticos locais: dor, calor, eritema.

o Hemocultura – numero de frascos coletados devera ser considerado de acordo com a condição clinica do

paciente. Duas a três amostras de diferentes locais em intervalo de 30 min.

o Cultura de cateter venoso central (CVC)- suspeita de colonização – presença de secreção purulenta

- CVC curta permanência (>15UFC) – retirar a ponta (semi quantitativa) + hemocultura (qualitativa) =

verificar se a hemo e a CVC de ponta for + tem o msm microrganismo.

- CVC longa permanência – não remover, cultura da secreção peri cateter + hemocultura.

Hemocultura CVC Fazer

- Não cultivado Cultivar CVC - - Investigar outros focos - + > 15 UFC Não tratar observar evolução (colonização) + + >15UFC Tratamento para bacteremia

Coleta da amostra

- antissepsia local, volume da amostra, anticoagulograma, meio de cultura.

- preparo do sitio de coleta – lavar com sabão, enxaguar em água estéril, aplicar iodo e secar, aplicar

álcool e secar.

- Coleta – seringa e agulha sistema fechado diretamente do cateter

Meios de cultura utilizados – caldo rico (TSB, BHI) incubar a 35ºC.

Resultados – S. aureus, S. pneumoniae, p. aeroginosa, c. albicans e enterobacterias.