resumo historia 11º ano toda a materia
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Pestes e outras epidemias
4 elevado índice de mortalidade atri!ui-se quer as crises de su!sist/ncia, quer
as duras condiç*es de vida material 1longas +ornadas de tra!al0o, po!reza de
0a!itaç*es, exiguidade do vestuário, aus/ncia e precariedade de estruturas de
0igiene e sa5de2 que en#raqueciam os organismos'6estes e outras epidemias #oram end"micas por todo esse período, não s& por
causa das condiç*es de vida, como tam!"m pela impot/ncia da medicina da
"poca para as com!ater'
4s e#eitos das pestes e outras epidemias #oram catastr&fcos e devastadores,
desorganizando a vida social e econ&mica'
(uerras
)s guerras in3uíram quer na elevada mortalidade, quer na desorganização da
vida econ&mica, provocando a su!ida de impostos, a in3ação generalizada,
desvio de mão de o!ra e paralisação das atividades econ&micas'
(rises de su!sist/ncia, pestes e guerras andaram #requentemente associadas'
6or vezes, s& uma destas causas era sufciente para determinar o aparecimento
de outras'
1.) Progressão demográfca e mel*oria das condiç+es de #ida
) partir de 789 as populaç*es europeias começaram a dar indícios de um novo
comportamento demográfco'
) taxa de mortalidade !aixou em todas as #aixas etárias, c0egando, nalgumas
regi*es, a atingir cerca de metade dos valores anteriormente atingidos'
)ssim, a esperança m"dia de vida ; nascença aumentou e as populaç*es
re+uvenesceram, apresentando uma elevada percentagem de +ovens'(omo a natalidade se manteve elevada, a taxa de crescimento #oi sendo
progressivamente maior' ) vida parecia, fnalmente, vencer a morte,
proporcionando um aumento populacional que se iria trans#ormar numa
verdadeira expansão demográfca'
(omo explicar este novo comportamento demográfco
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%ma progressiva mel0oria climática, proporcionando uma s"rie de !oas
col0eitas que in3uenciaram positivamente o arranque da revolução agrícola e a
diminuição das #omes 4s progressos t"cnicos e econ&micos permitiram uma maior produção e uma
mel0or distri!uição dos !ens alimentares o que contri!uiu para o #ortalecimento
fsiol&gico das populaç*es e para o recuo das #e!res e epidemias =esenvolvimento da medicina que se encontrava !em mais apetrec0ada para
com!ater as doenças, tendo iniciado a prática da vacinação e divulgado maiores
cuidados de 0igiene p5!lica e privada'
1., Uma no#a demografa e crescimento demográfco no século
XVIII
) mel0oria climática, o desenvolvimento econ&mico e os progressos científco-t"cnicos trouxeram uma mel0oria geral nas condiç*es de vida que estão na !ase
de novos comportamentos sociodemográfcos e se traduzem numa nova
mentalidade'
4 #ortalecimento dos laços de a#etividade entre a #amília e o aumento da
preocupação com a sa5de e educação das crianças estão tam!"m na !ase da
evolução da confança no progresso como contrutor da #elicidade 0umana'
4 contínuo crescimento demográfco desta "poca #oi tão inesperado e novo que
impressionou vivamente os pr&prios contempor$neos'
>os fnais do s"culo, um padre protestante ingl/s, T0omas ?alt0us pu!licou uma
o!ra pol"mica' >esta o!ra, ?alt0us preocupa-se com o aumento da população,
temendo que este criasse novos desequilí!rios em relação ;s su!sist/ncias, +á
que estas cresciam a um nível in#erior' (omo solução preconizava a redução da
natalidade pela prática do celi!ato ou do casamento tardio'
)pesar disso a redução da natalidade s& se tornaria uma realidade a partir dos
fnais do s"culo .'
- Europa dos Estados a&solutos e a Europa dos
parlamentos
.1 Estratifcação social e poder poltico nas sociedades do -ntigo
Regime
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=urante o )ntigo Regime a maior parte das sociedades europeias estavam
organizadas como sociedades de ordens, isto ", como sociedades estratifcadas
em tr/s grandes grupos sociais di#erenciados segundo o nascimento, o prestigio
da #unção e da sua condição econ&mica'
4s grupos assim #ormados designam-se estados ou ordens @ eram tr/s: o clero, ano!reza e o !raço popular, denominado, Terceiro Estado 1!urguesiaApovo2'
)o entrarem na tradição, estas conceç*es #oram-se impondo nas leis
consuetudinárias 1leis #undadas nos usos e costumes2 e institucionalizaram-se
nas leis escritas'
- sociedade de ordens
) sociedade de categorias ou de BordensC caracterizava-se por umaestratifcação de tipo legal ou +urídico que impDs aos indivíduos um con+unto de
valores e comportamentos geralmente defnidos para toda a vida' )ssim eram
di#erenciados atrav"s:
• =o seu nascimento• =os seus privil"gios e deveres das ordens• =os c&digos de atuação p5!lica de cada ordem• =as #ormas de tratamento, as 0onras, as dignidades, as condecoraç*es e as
pens*es a que cada um tin0a direito'
) condição social era rigidamente defnida'
) mo!ilidade social #oi muito rara' Em virtude das trans#ormaç*es econ&micas e
culturais verifcadas, os regimes sociais europeus passaram a consignar diversos
processos de ascensão social @ nomeadamente de no!ilitação' Esta situação
tornou cada vez mais 0eterog"nea a constituição interna das ordens'
- pluralidade de estratos sociais: os casos de /rança0 Espan*a e
Portugal
) sociedade de ordens do )ntigo Regime assentava no recon0ecimento e
aceitação do princípio da desigualdade natural dos s5!ditos perante o Estado e
perante a comunidade'
)s pessoas encontravam-se inseridas em estratos dentro das ordens, os quais se
distinguiam pelos nomes, pelo estatuto penal, pelas #ormas p5!licas de
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4 Terceiro estado era uma ordem tri!utária que pagava impostos'
4 estrato maioritário era o dos camponeses, constituído por agricultores com
terra pr&pria, por muito rendeiros e #oreiros em terras de no!res e eclesiásticos e
por numeroso +ornaleiros' Entre estes 0avia tam!"m alguns artesãos'
4 segundo estrato em termos num"ricos era o da !urguesia' >o seio do Terceiro
Estado, a !urguesia mercantil e letrada ocupava, sem d5vida, o primeiro lugarem riqueza, import$ncia de #unç*es e prestígio social, rivalizando com as ordens
privilegiadas, as quais pretendia ascender'
Pluralidade de comportamentos e #alores
>o quotidiano, no!res, cl"rigos, !urgueses e populares distinguiam-se:
6elos tra+os
6ela maneira como se apresentavam em p5!lico 6elas #ormas de saudação e tratamento 6ela maneira como conviviam uns com os outros'
) !urguesia procurava por todos os meios de tra!al0o e m"rito pessoal elevar-se
acima da sua condição e ascender aos estratos superiores' ) sua altitude de
incon#ormismo #oi #ator determinante na evolução e trans#ormação progressivas
das sociedades do )ntigo Regime'
- sociedade de ordens assente no pri#ilégio e garantida peloa&solutismo régio de direito di#ino
) Europa estava longe de possuir uni#ormidade nos regimes políticos, assim, o
regime dominante era o da monarquia de caráter a!soluto 1monarquia a!soluta2'
Esta centralização #oi #avorecida por um con+unto de #atores:
4 ressurgimento do mundo ur!ano e da economia mercantil 4 dese+o de ascensão da !urguesia enriquecida
4 desenvolvimento rural que in3uenciou decisivamente o pensamento +urídicoe politico
4 crescimento econ&mico e o alargamento geográfco impuseram a
necessidade de uma organização mais completa, unitária e permanente'
Estes #atores con+ugaram-se para valorizar a fgura do rei +unto das comunidades
da "poca, #ornecendo-l0e os necessários apoios sociais, econ&micos e +urídicos'
4s reis a!solutos exerceram o poder de #orma: pessoal 1não admitindo
delegaç*es2 a!soluta 1não recon0ecendo outro poder senão o dele2 e 5nica 1não
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repartida ou partil0ada com ningu"m2'
) so!erania r"gia era um legado divino, rece!ido diretamente pelos reis no dia
da sua coroação, quando eram ungidos e sacralizados como imagens de =eus
so!re a Terra'
4 so!erano a!soluto detin0a superiormente todos os poderes políticos:
6oder legislativo @ s& o rei podia promulgar ou revogar as leis 6oder +udicial @ o rei era o supremo +uiz, aplicava a +ustiça' 6oder executivo @ do rei dependiam todas as decis*es: possuía a c0efa
suprema do ex"rcito, s& ele podia declarar a guerra ou a paz, c0efava todas as
instituiç*es e &rgãos e eram a ele devidos todos os impostos'
Resumindo, os poderes do rei e o poder do Estado identifcavam-se um com o
outro' 14 Estado sou euH2
4s pr&prios te&ricos do a!solutismo l0e recon0eciam alguns limites como:
- )s leis de =eus
- )s leis da +ustiça natural dos 0omens 1direito ; propriedade, ; +ustiça, ; vida, ;
li!erdadeI2
- )s leis #undamentais de cada reino'
)s monarquias ocidentais desta "poca #oram de #acto a!solutas, pois os seus
so!eranos governavam sozin0os'
4s monarcas a!solutos fzeram questão de acentuar o cariz meramente
consultivo dos consel0os de Estado, perderam o 0á!ito de consultar as (ortes ou
Estados Jerais e re#orçaram o caráter temporário e amovível das delegaç*es de
poder'
Kegislar, nomear +uízes, ofciais e #uncionários, possuir tri!unais, #ormar
ex"rcitos, lançar impostos, #azer a guerra ou a paz e cun0ar moeda #oram
#unç*es e direitos exclusivamente r"gios'
s modelos estéticos de encenação do poder
) morada do rei @ a corte @ tornou-se o local mais importante de cada reino' >ela
reuniam-se os &rgãos político-consultivos e era #requentada pelos diplomatas,
nacionais e estrangeiros, e pelas delegaç*es e em!aixadas de outros países'
) centralização das #unç*es e das decis*es mais importantes da vida p5!lica na
corte #ez dela um p&lo de atracão para todos os que dependiam e cola!oravam
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com o poder real ou nele procuravam #avores e merc/s' Loi assim que a corte se
enc0eu de cortesão que, en#raquecia nos seus rendimentos #undiários e
diminuída nas suas imunidades e privil"gios, procurava +unto do rei novas
#ormas de aumentar a sua #ortuna e condição'
4s reis procuraram manter os no!res so! fscalização e controlo diretos,
contri!uindo para a sua mais rápida disciplinização') grandiosidade da corte deveria corresponder ; grandiosidade do rei que ela
al!ergava'
%ociedade e poder em Portugal: a afrmação do a&solutismo
) monarquia portuguesa con0eceu tam!"m o regime a!solutista que, em
6ortugal, o poder do rei a!soluto #oi considerado de origem divina e a autoridade
r"gia so!repun0a-se a todos os outros &rgãos governativos' B4 rei ", no seureino, por direito divino e 0umano, sen0or da vida e da morte dos 0omensC'
>a construção do a!solutismo em 6ortugal 0ouve várias #ases:
='Moão . a ='Moão .. 1s"c' @ o rei assume-se como o pai dos s5!ditos2 =' ?anuel . a ='Moão 1s"c' . ao s"c' .. @ esta!elecimento do poder
pessoal dos reis2 ='Mos" . e atuação do ministro ?arqu/s de 6om!al @ a autoridade r"gia controla
todos os aspetos da vida p5!lica
7NO @ o a!solutismo r"gio " extinto com a revolução li!eral'
Preponder3ncia da no&re4a !undiária e mercantili4ada
)p&s o período de renovação social caracterizaram-se por um re#orço da posição
socioecon&mica das ordens privilegiadas 1s"c' . e ..2'
>o!reza: ocupada os mais altos cargos administrativos e militares do reino e
#unç*es no imp"rio o que l0e proporcionava 0onras e merc/s:
- )frmação dos fdalgos-mercadores 1no!res com neg&cios lucrativos2
- (oncentração das terras nas mãos dos no!res 1vínculos, comendas e
morgadios2'
(lero: aumento do seu patrim&nio #undiário'
- de&ilidade da &urguesia
4utra das características da sociedade portuguesa #oi a de!ilidade da !urguesia
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enquanto grupo social aut&nomo'
Latores que a+udam a explicar esse #en&meno social:
• 4 monop&lio r"gio ultramarino que impossi!ilitou as iniciativas privadas• ) ocupação pela no!reza do com"rcio colonial, que seria da !urguesia• ) depend/ncia em relação ; no!reza, ocupava ainda os cargos políticos,
administrativos e militares'
P"c' .. @ a viragem do com"rcio colonial do Qndico para o )tl$ntico #avoreceu a
ascensão de alguma !urguesia'
(onsequ/ncias para o reino:
7' 6erman/ncia de uma mentalidade e valores tradicionaisO' Re#orço do sen0oralismo9' loqueamento da economia internaS' Estagnação das atividades produtivas do reino pela #alta de investimento'
$riação do aparel*o &urocrático do Estado a&soluto no século XVII
4 aparel0o !urocrático do Estado era constituído por &rgãos, so#rendo algumas
re#ormas e esvaziamento e compet/ncias, durante o domínio flipino'
(om a su!ida de ='Moão . ao trono de 6ortugal @ restauração da independ/ncia'
%ma das primeiras preocupaç*es do rei #oi criar rapidamente novas instituiç*es
que legitimassem a sua autoridade'
Loi, em 7S, criado o (onsel0o de Juerra: responsável pela gestão legistico-
militar e +urisdicional e reorganizado o (onsel0o de Estado 1con+unto de
secretários de Estado e o rei2 com a criação:
• =o (onsel0o %ltramarino: rece!ia todas as cartas e despac0os do %ltramar
ca!ia-l0e o provimento dos o#ícios 1+ustiça, guerra e #azenda2, expedição de
naus'• =a Munta de Tr/s Estados: competia a administração e supervisão da recol0a de
impostos'
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- .nicialmente criação de apenas uma secretária de Estado posteriormente
surge a secretária Fdas merc/s e ExpedienteG e secretária Fda )ssinaturaG'
a&solutismo 5oanino
4 a!solutismo +oanino caracterizou-se não s& pela grandeza e pelo #austo do rei
e da corte, mas tam!"m pela re#orma eUou criação de instituiç*es políticas e
governativas'
) política cultural de ='Moão traduziu-se no desenvolvimento das letras, das
ci/ncias e das artes'
(rande4a e !austo do rei e da corte
?arcada pela exploração do ouro !rasileiro, a governação con0eceu um
desa#ogo fnanceiro que l0e possi!ilitou uma:
- política de grandes o!ras 16alácio (onvento de ?a#ra, )quedutos de Vguas
livres, asílica 6atriarcal de Kis!oa, .gre+a das >ecessidades, etc'2
- apoio ;s artes e ;s ci/ncias corte apoiando o teatro, ensino da m5sica,
fnanciamento a !i!liotecas, criação da real )cademia de Roma e outras
instituiç*es culturais, artísticas e religiosas'
- vida #autosa da corte com #estas, saraus e &peras'
Re!ormas polticas e go#ernação
4 a!solutismo traduziu-se no #ortalecimento do poder real e na expansão das
áreas de in3u/ncia do Estado, numa maior su!missão da no!reza, na não
convocação das cortes e pelo governo de tr/s estados com maiores
compet/ncias pelo rei'
- poltica cultural de 6.7oão V
) prosperidade econ&mica e a paz #oram determinantes para o desenvolvimento
das letras, das ci/ncias e das artes'
)s ideias de progresso e de Razão #oram sendo introduzidas em 6ortugal pelos
diplomatas portugueses que serviam nas cortes estrangeiras'
) intensidade dos contactos internacionais resultou numa vida cultural !astante
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rica: em peças literárias !arrocas, na produção de com"dias, #arsas e trag"dias,
a #amiliarização com a m5sica e com a arte, em &peras e concertos'
='Moão tam!"m se preocupou com o ensino da m5sica, com o movimento
científco mas apesar dos grandes progressos culturais verifcados no período
+oanino, o grande salto que iria signifcar a introdução da cultura iluminista
produziria os seus mel0ores resultados'
&arroco 5oanino
4 !arroco constituiu uma expressão artística adequada ; imagem de grandeza e
de magnifci/ncia de ='Moão ' =e #acto, o !arroco +oanino, com os seus e#eitos
de riqueza e movimento, era uma arte de corte e de luxo, tendente a #ascinar e
a provocar a admiração dos seus s5!ditos'
Jrandiosas o!ras r"gias de arquitetura, como igre+as, conventos, palácios,solares #oram construídos nesta "poca'
Loi nos interiores que o !arroco +oanino se revelou mais original: nos tra!al0os
de tal0a dourada e azule+os e de outras artes decorativas, como a ourivesaria, o
mo!iliárioI
) decoração !arroca distingue-se pela riqueza e a!und$ncia dos materiais
empregues, pela magnifc/ncia das peças e por algum exagero ornamental'
.. - Europa dos parlamentos: sociedade e poder poltico
) Wolanda e a .nglaterra constituíram dois modelos de sociedades e de Estados
que tin0am como principais marcas a afrmação política da !urguesia, a recuso
do a!solutismo, a de#esa da toler$ncia e do parlamentarismo'
-frmação poltica da &urguesia nas Pro#ncias Unidas0 no século XVII
) população 0olandesa era ur!ana e a estrutura da sociedade apresentava um
aspeto di#erente do das restantes sociedades europeias:
) sua no!reza era numericamente reduzida ) maior parte da sua população pertencia ; !urguesia que dominavam a vida
econ&mica e o aparel0o político-constitucional 4 nível de vida da sua população era dos mais elevados da Europa'
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) !urguesia 0olandesa teve um papel #undamental na #ormação de uma
Frep5!lica de mercadoresG' .sto #oi possível porque a Wolanda desenvolveu uma
#orma extraordinária a nível econ&mico e social o que permitiu o com"rcio
mundial'
) prosperidade da Wolanda assentou em duas vertentes:
- no incremento das atividades produtivas internas - no alargamento das redes marítimo-comerciais externas: a nível europeu com
o transporte de produtos e a nível mundial com o tráfco dos produtos'
) !urguesia capitalista das grandes cidades cultivava um espírito de toler$ncia e
de li!erdade'
4 poder político caracterizava-se com uma #ederação de estados 1primazia das
províncias da Wolanda2, um regime repu!licano e parlamentar, uma
administração do Estado a cargo da !urguesia e uma de#esa do Estado a cargona no!reza'
(rotius e legitimação do domnio dos mares
- Kegitimação do domínio dos mares com Wugo Jrotius: re+eita a doutrina do
mare clausum e de#ende a doutrina do maré libertum'
- )ção militar e comercial das compan0ias comerciais monopolistas 1(ompan0ia
das Qndias e (ompan0ia das Qndias 4rientais2'
>a )#rica conquistaram a ?ina aos portugueses'
>o 4riente expulsaram os portugueses de ?ascate, 4rmuz, (eilão, etc' ) sua
principal área de implantação esta!eleceu-se, contudo, na .nsulíndia, região
onde se situaram as suas mais importantes #eitorias'
>as )m"ricas #undaram a col&nia de >ova )mesterdão 1#utura >ova .orque2 que
perderam para os ingleses'
Recusa do a&solutismo pela sociedade inglesa
4 a!solutismo não era !em aceite pelos ingleses que, desde o s"culo ... 1com a
?agna (arta, 7O7X2, negavam ao rei o direito de, s& por si, #azer leis e aumentar
impostos, sendo o!rigado a convocar regularmente o 6arlamento, para aí serem
votadas as leis e serem concedidos os su!sídios pedidos pelo monarca limitando,
assim, o poder r"gio'
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Po! o ponto de vista religioso, Maime . era #avorável ; 0ierarquia anglicana, tendo
perseguido com #erocidade os cat&licos, que #oram excluídos das #unç*es
p5!licas e proi!idos do exercício de certas profss*es li!erais' ?uitos puritanos
que se recusavam a praticar o rito anglicano #oram tam!"m perseguidos, tendo,
por isso, emigrado em grandes contingentes para as col&nias da )m"rica do
>orte'=epois de Maime . ter morrido sucedeu-l0e o seu fl0o (arlos . que 0erdou do pai,
al"m do trono, as ideias desp&ticas e intolerantes' Kogo no primeiro ano do
reinado de (arlos ., o 6arlamento recusou votar #avoravelmente os impostos
solicitados pelo rei e apresentou-l0e a Petição de Direitos'
) 6etição de =ireitos destinava-se a garantir a so!erania do 6arlamento em
mat"ria de impostos' Estes criaram novos impostos e estenderam o
anglicanismo a todo o país' ?as, estas atitudes tiveram consequ/ncias como a
invasão da .nglaterra por parte dos escoceses que se recusaram a aceitar asimposiç*es de caráter religioso com!ates violentos contra a ditadura do rei e
dos seus ministros e, ainda, a guerra civil entre os adeptos do rei e os adeptos
do 6arlamento'
Política económica e social pombalina
Em meados do século XVIII, quando as remessas de ouro brasileiro começaram a diminuir,
Portugal viu-se numa nova crise.
situaç!o de crise e da nossa depend"ncia #ace $ Inglaterra coincidiram com o governo de
%arqu"s de Pombal. & %arqu"s p's em pr(tica um con)unto de medidas para re#orçar a economia
nacional.
&s grandes ob)ectivos da política pombalina #oram a reduç!o do dé#ice e a nacionali*aç!o do
sistema comercial portugu"s. Para diminuir a importaç!o de bens de consumo, relançar as ind+strias e
o#erecer ao comércio portugu"s estruturas que le garantissem a segurança e a rentabilidade #oram
tomadas m(imas mercantilistas.
& rei criou a unta do /omércio, a quem competia0
• 1egulaç!o da actividade económica do reino2• 1eprimir o contrabando2• Intervir na import3ncia de produtos manu#acturados2• Vigiar as al#3ndegas2• /oordenar a partida das #rotas para o 4rasil2• 5icenciar a abertura de lo)as e a actividade dos omens de negócios.
/riaram-se companias monopolistas, que procuravam serem superiores, economicamente, aos
ingleses.
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Pombal volta a dar import3ncia ao sector manu#actureiro. ssim, procedeu $ revitali*aç!o das
ind+strias eistentes e $ criaç!o de novas.
6odas as manu#acturas pombalinas receberam privilégios 7instalaç8es, subsídios, eclusivos9 e
#oram providas das técnicas mais adequadas.
& %arqu"s procurou valori*ar a classe mercantil, tornando-a mais capa* e con#erindo-le maior
estatuto. /riou-se a ula do /omércio que #ornecia uma preparaç!o adequada aos #uturoscomerciantes, privilegiando no currículo matérias de car(cter pr(tico.
alta burguesia, accionista das companias monopolistas, recebe o estatuto nobre, que, $ data,
abria as portas de acesso a numerosos cargos e dignidades. :eve-se a Pombal o #im da distinç!o entre
crist!os-novos e crist!os-velos bem como a subordinaç!o do 6ribunal do ;anto ício $ /oroa.
& %arqu"s n!o d( tanto valor ao nascimento, mas sim ao mérito próprio, visto que o marqu"s n!o
gostava nada da nobre*a.
&s resultados da política pombalina #i*eram-se sentir de imediato. s (reas económicas sobcontrolo das companias prosperaram, desenvolveram-se outros produtos coloniais como o algod!o, o
ca#é e o cacau, em muitos ramos da ind+stria as produç8es internas substituíram as importaç8es e
aumentaram também as eportaç8es para o 4rasil, de produtos manu#acturados da metrópole.
balança comercial obteve saldo positivo. m pequeno grupo de eruditos erdara do 1enascimento uma mentalidade crítica e o dese)o de
aprender. s grandes viagens das :escobertas tinam inundado a Europa de descriç8es de terras e
civili*aç8es longínquas e dado a conecer novas espécies de #auna e #lora. Este con)unto de novas
ideias estimulou o interesse pelo mundo natural e pelas reali*aç8es umanas.
:esenvolveu-se o gosto pela observaç!o directa dos #enómenos. Interessados pelas mais diversas
ci"ncias, os ?@#ilóso#os eperimentais@@, tornaram mais sistem(ticas as observaç8es iniciadas no
1enascimento. 5ibertos do ecessivo respeito pelos ntigos que constrangia ainda muitos dos seus
contempor3neos, partilavam entre si tr"s ideias #undamentais0- Primeiro, que só a observaç!o directa condu* ao conecimento da Aature*a2
- ;egundo, que esse conecimento pode aumentar constantemente2
- 6erceiro, que o progresso cientí#ico contribui para melorar o destino da =umanidade.
/ontam-se nomes grandes da ci"ncia como
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&s [email protected]@@ procuraram desenvolver um método que os guiasse nas suas pesquisas,
evitando o erro e conclus8es apressadas.
4acon criou uma obra 7Aovum &rganon9, onde ep's as etapas do método eperimental que
considerou a +nica #orma segura de atingir a verdade0 observar #actos precisos, #ormular ipóteses
eplicativas, provocar a repetiç!o dos #actos através de eperi"ncias, determinar a lei ou se)a as
relaç8es que se estabelecem entre os #actos.:escartes procurou conceber uma #orma de pensar, aplic(vel ao raciocínio em geral e n!o só $s
ci"ncias. Procedeu-se $ utili*aç!o progressiva da matem(tica como linguagem de epress!o e
#undamento das leis e de todos os #enómenos, dando sentido ao conceito [email protected]"ncias eactas@@.
illiam =arveD, #a* descobertas sobre a circulaç!o sanguínea. /onclui que o coraç!o e as suas
contracç8es s!o a origem de uma corrente de sangue que #lui pelo corpo num circuito contínuo,
regressando sempre ao ponto de partida. Esta descoberta #oi #ortemente contestada pelos seguidores
de
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crença no valor da 1a*!o umana como motor de progresso rapidamente cegou ao campo
cientí#ico para se aplicar $ re#le!o sobre o #uncionamento das sociedades em geral. creditava-se
que o uso da 1a*!o, livre de preconceitos e outros constrangimentos, condu*iria ao aper#eiçoamento
moral do =omem, das relaç8es sociais e das #ormas de poder político, promovendo a igualdade e a
)ustiça. 1a*!o seria a lu* que guiaria a =umanidade. Esta met(#ora evoca uma espécie de saída das
trevas.& espírito e a #iloso#ia das 5u*es s!o #undamentalmente burgueses0 eprimem as aspiraç8es de um
grupo social que, apesar de controlar o grande comércio, de investir na banca, de criar novas #ormas
de eploraç!o agrícola e de promover a mecani*aç!o industrial, se via apartado da vida política dos
Estados em bene#ício de uma nobre*a ociosa, e incapa*. Estabeleceu-se um princípio de igualdade
que puna em causa a ordem estabelecida #avorecendo a convicç!o de que, pelo simples #acto de
serem omens, todos os indivíduos possuem determinados direitos e deveres que les s!o con#eridos
pela Aature*a.
on 5oce, )( tina de#endido direitos como0 direito $ liberdade, o direito a um )ulgamento )usto,o direito $ posse de bens, e o direito $ liberdade de consci"ncia2 contudo, n!o #oi ouvido, e só nesta
altura, no Iluminismo, é que tais direitos #oram postos em pr(tica.
o proclamarem os direitos naturais do =omem, os pensadores iluministas combatiam a [email protected]*!o
de Estado@@. /ontrapunam-le o valor próprio do individuo que, como ser umano, tina o direito de
ver respeitada a sua dignidade. :ecorrente deste direito natural, estabeleceu-se também uma moral
natural e racional, independente dos preceitos religiosos. 4aseada na toler3ncia, na generosidade e no
cumprimento dos deveres naturais, deveria orientar os omens na busca da #elicidade terrena.
:e#endiam a ideia de um contrato livremente assumido entre os governados e os governantes. Por este contrato o povo con#eria aos seus governantes a autoridade necess(ria ao bom #uncionamento do
corpo social.
Rousseau re#orça a ideia de que a soberania popular se mantém, apesar da trans#er"ncia de poder
dos governados para os governantes. Isto, porque é através do contrato que os indivíduos
asseguram a igualdade de direitos, submetendo-se, de #orma igual, $ vontade da maioria. /aso a
autoridade política se a#aste dos seus #ins, pode e deve ser legitimamente derrubada pelo povo.
Montesquieu #ormulou a teoria da separação dos poderes advoga o desdobramento da
autoridade do Estado em três poderes fundamentais0 podes legislativo (mais importante), que faas leis! poder e"ecutivo, encarregado de as faer cumprir! e poder #udicial, que #ulga os casos de
desrespeito $s leis.
>ma das (reas em que os atropelos $ dignidade umana mais se #a*iam sentir era a do direito
penal, que mantina vivas as pr(ticas medievais como a tortura. Em JKLM, um tratado polémico onde
condena veementemente a tortura nos interrogatórios, os métodos da Inquisiç!o e a #orma b(rbara
como eram cumpridas as sentenças.
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e o aparato com que #oi eecutada a sentença, enceu de orror o país e a Europa. nobre*a com
medo do que aconteceu $s #amílias nobres 7como os 6(vora9, reprimiu-se.
/om o #im de redu*ir a in#lu"ncia do clero, o %arqu"s procurou controlar o 6ribunal de ;anto
ício que, progressivamente, subordinou $ /oroa. Instituiu, também, um organismo de censura
estatal - a 1eal %esa /ensória -, que tomou para si as #unç8es de avaliaç!o das obras publicadas, até
aí compet"ncia dos inquisidores.lvo particular da animosidade do ministro #oi a /ompania de esus, que detina um papel de
relevo na missionaç!o dos índios brasileiros e nas instituiç8es de ensino.
& sismo ocorreu no dia J de Aovembro de JKOO, e #oi neste desastre que Pombal mostrou a sua
valia e a sua e#ici"ncia. 5ogo no próprio dia do sismo, tomou as primeiras das mais de QQ
provid"ncias que levou a e#eito para [email protected] os mortos e cuidar dos vivos@@.
Goi ele o respons(vel pela tare#a de reerguer a cidade, o pro)ecto #oi #eito pelos engeneiros
%anuel da %aia e Eugénio dos ;antos, a reconstruç!o tina um traçado completamente novo. s ruas
eram largas e rectilíneas, inscritas numa geometria rigorosa. &s prédios eram iguais, as #acadas eramde quatro andares. A!o eram permitidos pro)ectos próprios que identi#icassem a Rclasse socialS dos
moradores.
doptaram-se soluç8es originais para a distribuiç!o de (gua 7$s abitaç8es9 e para a drenagem dos
esgotos, concebendo, até, um engenoso sistema de construç!o anti-sísmica.
/onsiderando a ignor3ncia o maior entrave ao progresso dos povos, a #iloso#ia iluminista colocou
o ensino no centro das preocupaç8es dos governantes. Goram tomadas medidas no sentido de alargar
a rede de instruç!o p+blica e de renovar, $ lu* das novas pedagogias, as antigas instituiç8es. Esteespírito cegou a Portugal por via dos estrangeirados.
Pombal criou um colégio destinado aos )ovens nobres, com o ob)ectivo de os preparar para o
desempeno dos altos cargos do Estado. & 1eal /olégio dos Aobres #oi organi*ado de acordo com as
mais modernas concepç8es pedagógicas, integrando as línguas vivas, as ci"ncias eperimentais, a
m+sica e a dança, estas +ltimas imprescindíveis $ #requ"ncia dos círculos sociais aristocr(ticos a que
os alunos pertenciam. & pro)ecto do 1eal /olégio n!o prosperou, talve* pela renit"ncia dos nobres em
colocarem os seus #ilos numa instituiç!o t!o conotada com um ministro que detestavam.
epuls!o dos esuítas obrigou ao encerramento de todos os seus colégios. Goram criados postos para [email protected] de ler e escrever@@. Para os alunos que pretendessem prosseguir estudos, instituíram-se
mais de duas centenas de aulas de retórica, #iloso#ia, gram(tica grega e literatura latina, cu)o
conecimento era imprescindível a quem quisesse ingressar na universidade.
/riou-se a unta da Previd"ncia 5iter(ria que #ica incumbida de estudar a re#orma da universidade.
>niversidade recebe os seus novos estatutos, estes con#iguram uma re#orma radical, quer no que
respeita ao planeamento dos cursos, quer no que toca $s matérias e aos métodos de ensino, que
passam a ser orientados por critérios racionalistas e eperimentais. >ma ve* que a re#orma no ensino
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ia dar muitas despesas, #oi criado um novo imposto, o ;ubsídio 5iter(rio, sobre a carne, o vino e a
aguardente, pag(vel no reino e nas colónias.
subida ao trono de :. %aria I signi#icou a desgraça do ministro que, desapossado dos m+ltiplos
cargos que eercia, se viu desterrado e perseguido.
Revoluç%es liberais H movimentos político-sociais in#luenciados pelos ideais das 5u*es. %ovimentosde contestaç!o ao ntigo 1egime. 6endo como ob)ectivos0 a eliminaç!o do absolutismo e da
sociedade de ordens2 a consagraç!o dos direitos naturais do =omem, da soberania popular e da
divis!o dos poderes2 a instauraç!o da livre iniciativa em matéria económica2 a libertaç!o de naç8es do
)ugo colonial e estrangeiro.
1evoluç!o americana
Aa
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& 4oston 6ea PartD ocorreu em JKKT, em 4oston, quando um grupo de )ovens dis#arçados de índios,
lançaram ao mar a carga de c( transportada pelos navios da /ompania das Undias.
& rei orge III ordenou o encerramento do porto de 4oston e a ocupaç!o da cidade por regimentos
ingleses, eigindo-les o pagamento de uma pesada indemni*aç!o.
mérica inglesa preparava-se para a luta. E se no primeiro /ongresso de Giladél#ia, reunido em
JKKM, ainda #oram poucas as vo*es a clamar pela separaç!o de Inglaterra, pre#erindo a de#esa dosdireitos pela via negocial, a verdade é que, de seguida, todo um dispositivo revolucion(rio se
organi*ou.
Em JKKL, 6omas e##erson redigiu uma :eclaraç!o de Independ"ncia, que os delegados de todas as
colónias aprovaram no dia M de ulo, no segundo /ongresso de Giladél#ia.
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quase totalidade dos cargos ministeriais e diplom(ticos bem como os lugares cimeiros do eército e
da ierarquia religiosa.
o clero pertenciam-le JQY das terras mais ricas de Grança, das quais recoliam numerosas rendas e
direitos de origem #eudal. ;omava-se-les a dí*ima eclesi(stica, a que nem os nobres ou os reis
escapavam. F semelança da nobre*a, a ordem eclesi(stica n!o pagava impostos $ /oroa.
& 6erceiro Estado suportava pesadas cargas tribut(rias. pauperi*aç!o torn(-los-ia uma grande #orçade oposiç!o, abilmente aproveitada nos momentos críticos que a Grança revolucion(ria atravessou.
burguesia endineirada constituía a elite do 6erceiro Estado 7mestres de o#ícios e lo)istas,
advogados, médicos e intelectuais9. &s burgueses viam #ugir-les os altos postos na administraç!o
p+blica, restando-les no eército os lugares de o#icial subalterno. s ambiç8es políticas condu*i-los-
iam $ contestaç!o e $ destruiç!o do ntigo 1egime.
>ma crise pro#unda minava a economia da reino. &s propriet(rios agrícolas debatiam-se com a baia
dos preços e dos lucros do trigo e do vino. Aas vésperas da 1evoluç!o, violentas tempestades
#i*eram perder as coleitas e com isso subiram os preços.%elores tempos n!o atravessava a ind+stria, em virtude do tratado de livre-c3mbio assinado em
JKL, que #avorecia a importaç!o dos tecidos ingleses.
F crise económica somava-se o dé#ice das #inanças. s receitas n!o cegavam para cobrir as despesas
do Estado. Estas relacionavam-se com o eército, constantemente envolvido em guerras2 com as
obras p+blicas e a instruç!o2 com os gastos impopulares da /orte2 com as pens8es a antigos soldados
ou servidores do Estado2 com os próprios encargos da divida p+blica ocasionados pelos sucessivos
empréstimos.
in)usta sociedade de ordens que isentava de contribuiç8es o clero e a nobre*a, privando os co#resreais de ampliarem as suas receitas.
5uis XVI, monarca absoluto de direito divino e o seu reinado #icou marcado por tentativas v(rias de
resoluç!o da crise económico-#inanceira. & ministro 6urgot liberali*ou o comércio dos cereais e
prop's que a corveia real 7um dos impostos para os camponeses9 passasse a abranger todas as classes.
nobre*a n!o se mostrou satis#eita com este ministro, e por isso, o rei despediu-o. Aecer, /alonne e
4rienne, tentaram re#ormar a administraç!o local e o sistema #iscal, #a*endo com que todas as classes
sociais pagassem os mesmos impostos, e deste modo, acabando com todos os privilégios tribut(rios.
Em JKZ, 5uis XVI convocou os Estados
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)untavam-se e ganavam ao 6erceiro Estado, e ent!o #oi proposto o método de votaç!o por cabeça,
porém, 5uis XVI, mostrou-se incapa* de decidir entre os métodos de votaç!o.
Goi nesse impasse que, a JK de uno, eclodiu o primeiro acto revolucion(rio. &s deputados do
6erceiro Estado proclamaram-se ssembleia Aacional. esta caberiam, de #uturo, todas as decis8es
que o monarca deveria eecutar.
naç!o soberana tornou-se a #onte do poder legítimo e a nova autoridade politica. monarquiaabsoluta cegara ao #im.
Q de uno, os deputados pronunciaram o célebre )uramento de n!o se separarem enquanto n!o
redigissem uma /onstituiç!o para a Grança, a nova ssembleia recebeu o nome de ssembleia
Aacional /onstituinte.
6omada da 4astila #oi um acontecimento etremamente importante, uma ve* que a 4astila era
um símbolo do antigo regime, e com a destruiç!o da mesma, o início da queda do antigo regime, teve
início em JKZ. 6ratou-se de uma acç!o violenta do povo parisiense, revoltado com a alta dos preços
do p!o.ulo e inícios de gosto de JKZ, a Grança #oi varrida por uma aut"ntica revoluç!o camponesa, de
contornos. &s camponeses lutaram pela emancipaç!o completa da terra e pela libertaç!o individual
das cargas #eudais. Este movimento impulsivo e irracional, levaria os nobres a consentirem na
supress!o dos direitos e privilégios #eudais. Aa noite de M de gosto de JKZ, a ssembleia
determinou0
• aboliç!o das corveias e servid8es pessoais2• supress!o da dí*ima $ Igre)a2• possibilidade de resgatar rendas e #oros2
• eliminaç!o das )urisdiç8es privadas2• supress!o da compra dos cargos p+blicos e a consequente livre admiss!o aos empregos p+blicos
civis e militares.
ueria-se, assim, uma sociedade livre baseada na igualdade de todos perante a lei.
&s deputados da ssembleia Aacional /onstituinte elaboraram uma :eclaraç!o dos :ireitos do
=omem e do /idad!o, que legitimava as conquistas obtidas em relaç!o ao rei e aos privilégios e
#undamentava a #utura /onstituiç!o. :eclaraç!o dos :ireitos do =omem e do /idad!o lançou as
bases da nova ordem social e política, enumerou direitos do omem0 a liberdade, a propriedade, a
segurança e a resist"ncia $ opress!o. o #a*"-lo, condenou privilégios da sociedade de ordens.1econeceu que a autoridade dos governos residia na Aaç!o e que a sua #inalidade era a salvaguarda
dos direitos umanos. Por conseguinte, re)eitou o absolutismo. 1e)eitou, também, a arbitrariedade
)udicial e a intoler3ncia religiosa.
& clero viu-se despo)ado pela 1evoluç!o de todos os seus privilégios. /omo qualquer outra entidade
senorial, so#reu a aboliç!o dos direitos #eudais e, para além disso, como esta classe social era muito
rica, #oram con#iscados os seus bens, e #oram declarados $ disposiç!o da Aaç!o. &s bens do clero
serviam de garantia ao dineiro que circulava 7os assinados9. /onstituiç!o /ivil do /lero atribuiu
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aos membros do clero secular a simples qualidade de #uncion(rios do Estado. uanto ao clero regular,
#icou condenado $ etinç!o, em virtude da supress!o das ordens e congregaç8es religiosas.
/oube $ ssembleia /onstituinte a instituiç!o de uma nova organi*aç!o administrativa, mais
descentrali*ada. s antigas províncias #oram divididas em distritos, cant8es e comunas. [rg!os
eleitos e #uncion(rios pagos pelo Estado encarregavam-se de aplicar as leis, superintender no ensino,
na salubridade, nas obras p+blicas, no policiamento, na cobrança de impostos e no eercício da )ustiça. 6odos os grupos sociais #icaram su)eitos ao imposto directo sobre receitas e rendimentos.
organi*aç!o económica empreendeu-se a uni#icaç!o do mercado interno, eliminando-se as
al#3ndegas internas e os monopólios. agricultura, invocou-se a liberdade de cultivo e de
emparcelamento. ind+stria, as medidas #oram mais radicais0 aboliram-se as corporaç8es e declarou-
se a liberdade de empresa, instituiu-se o princípio de liberdade económica.
Em JKZJ, a Grança é uma monarquia constitucional 7regime político cu)o representante m(imo do
poder eecutivo é um rei, que tem a sua autoridade regulamentada e limitada por uma /onstituiç!o9.
/onstituiç!o de JKZJ consagrou os :ireitos do =omem e do /idad!o, a soberania nacional e aseparaç!o dos poderes. Para se ser cidad!o activo eigia-se o pagamento de um imposto 7censo9
directo igual ou superior ao valor de tr"s dias de trabalo, para além de uma idade igual ou superior a
O anos. Eclusivamente omens, a quem estava reservado o direito de voto, enquanto que o cidad!o
passivo, n!o podia votar visto que n!o tina possibilidades económicas para pagar o censo.
&s deputados da ssembleia instituíram o su#r(gio censit(rio 7modalidade de voto restrito em que
este só pode ser eercido pelos cidad!os que pagam ao Estado uma determinada quantia em dineiro
relativa a contribuiç8es directas H impostos9.
/abia aos cidad!os activos, )( de si uma minoria, a escola dos verdadeiros eleitores entre os que pagavam um imposto equivalente ou superior a de* dias de trabalo. Aestes deputados encontrava-se
a Aaç!o representada, pelo que se di* ter a /onstituiç!o de JKZJ instituído em Grança um sistema
representativo 7processo em que a tomada das decis8es políticas cabe a um corpo especiali*ado de
cidad!os, mandatados pela Aaç!o, por eemplo, através de eleiç8es9.
Ecluídos do su#r(gio e de direitos políticos #icaram os cidad!os passivos. Eram os indivíduos do
seo masculino sem condiç8es económicas para pagarem um censo igual ou superior a tr"s dias de
trabalo. lei reconecia-les direitos naturais e civis. /omo direitos civis, podemos considerar a
liberdade de epress!o, de crença, de reuni!o e de deslocaç!o. uanto $s muleres estavamtotalmente a#astadas da cidadania.
F ssembleia 5egislativa, eleita pela Aaç!o soberana, competia o poder legislativo. Eleitos por dois
anos, os seus deputados propunam e decretavam as leis, tal como o orçamento e os impostos.
/onstituiç!o reconecia, no entanto, ao rei um direito de veto que permitia suspender as leis durante
dois anos. ssembleia )amais poderia ser por ele dissolvida. Goi a propósito do tipo de veto
7absoluto ou suspensivo9 a conceder ao rei que nasceram os conceitos políticos de esquerda e direita.
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& monarca detina o poder eecutivo, escolia e demitia os ministros. Embora comandasse o eército
e a marina, a declaraç!o da guerra e a assinatura da pa* estavam dependentes da concord3ncia da
ssembleia 5egislativa.
& monarca deiou de ser senor de um poder arbitr(rio que o colocava acima da lei. Eis os
#undamentos da monarquia constitucional, para quem o rei, apesar de inviol(vel e sagrado, era apenas
o primeiro #uncion(rio do Estado, que a ssembleia retribuía através da camada lista civil7rendimento anual9.
uanto ao poder )udicial, #icou incumbido a )uí*es eleitos e independentes que substituíram as
complicadas e variadas )urisdiç8es do ntigo 1egime. /riou-se um 6ribunal ;uperior para )ulgar os
delitos de ministros, deputados e governadores.
Aos Estados
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- re#olução de 189 e as difculdades de implantação da ordem li&eral
189;18),ão recon0ecequalquer privil"gio ao clero e ; no!reza e su!mete o poder real ; supremaciadas cortes legislativas'
) constituição de 7NOO #oi o resultado da #acção mais radical dos deputadosdas cortes constituintes, cu+a acção se pode o!servar no vintismo'
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Existiu sempre uma grande controv"rsia em torno da religião' 4s deputadosconservadores de#endiam que o catolicismo deveria ser a 5nica religiãopraticada no reino' )pesar de não estar consagrada na lei a li!erdade religiosapara os portugueses, os estrageiros podiam exercer a religião que quisessem'
>as cortes legislativas, os deputados conservadores de#endiam o sistema!icameral: uma camara dos deputados do povo e uma camara alta' ?as a#acção radical impDs a camara 5nica'
) mesma controv"rsia surgiu tam!"m com o veto' 4s radicais diziam quequando o rei não concordasse com uma lei, ele poderia mandar para ocongresso para ser discutida mais uma e a ultima vez e o rei teria de a aceitaro!rigatoriamente'
6recariedade da legislação vintista de caracter socioecon&mico
?edidas que as cortes tomaram:• Extinção da .nquisição e da censura pr"via• Ki!erdade de imprensa e de ensino
• >acionalização dos !ens da coroa• Re#orma dos #orais• Em 7NOO, a lei dos #orais reduziu as rendas e pens*es o que decepcionou os
camponeses porque as rendas #oram convertidas em din0eiro o que geroua!usos nas convers*es'
- desagregação do império atl3ntico: a independ'ncia do &rasil
) camin0o da separação
Entre 7N8 a 7NO7, =' Moão . e a corte viviam no !rasil' Trans#ormada em
sede da monarquia e elevada a reino em 7N7X, o !rasil registou um grandeprogresso econ&mico, político e cultural'(om os portos a!ertos ; navegação estrangeira e com muitas ind5strias, de
um !anco, nova divisão administrativa, de tri!unais, de instituiç*es prestigiaisde ensino, !i!lioteca, um teatro e uma empresa local' )pesar de tudo isto,surgiam anseios autonomistas'Em 78NZ, deu-se um motim nacionalista em ila Rica, dirigida por estudantes e0omens esclarecidos que c0egaram a pro+ectar a independ/ncia de minas geraise a #ormação de um governo repu!licano' ) revolta fcou con0ecida por.nconfd/ncia ?ineira e Mos" xavier #oi o grande 0er&i da li!ertação nacional'
) actuação das cortes constituintes
) revolução li!eral de 7NO #orçou a vinda de =' Moão . a 6ortugal, por"m,ac0ava que a independ/ncia estava para vir e por isso pediu a seu fl0o =' 6edropara fcar lá'
E de #acto deu-se a independ/ncia em 7NOO e teve como motivos:• ) política anti!rasileira das cortes constituintes de 6ortugal' ) maioria dos
deputados queria que o !rasil voltasse a ser col&nia' 6or isso decidiram #azer leisno sentido de aca!ar com os !ene#ícios comerciais da antiga colonia, ao longo
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do reinado de =' Moão ., e de o su!ordinar administrativa, +udicial e militarmentea Kis!oa'
=' 6edro tin0a de regressar ; Europa para concluir os seus estudos mas estedeso!edece'
) independ/ncia declarada por =' 6edro em 7NOO, s& viria a ser recon0ecidaem 6ortugal a 7NOX'
- resist'ncia ao =i&eralismo
) con+untura externa des#avorável e a oposição a!solutista
) primeira experiencia li!eral portuguesa, c0amada vintismo, surgiu numaaltura em que as maiores pot/ncias queriam apagar o que a revolução #rancesadeixou'
Em 7N7X, #ormou-se a Panta )liança para manter a ordem politicaesta!elecida na europa ap&s o congresso de iena, ou se+a, evitar a propagaçãodos ideais de li!erdade e igualdade individuais e dos povos'
4 clero e a no!reza viram-se pre+udicados com as novas leis que l0es tiraramos seus privil"gios e, revoltados com isto, encontram apoio em =' (arlota e noseu fl0o, in#ante ?iguel, e +untos planearam a contra-revolução a!solutista queveio explodir em 7NO9'
) revolta s& teve fm quando =' Moão . c0amou ?iguel' Pimultaneamente,remodelou o governo, entregando-o a li!erais moderados e propDs-se alterar aconstituição' 6or"m tudo isto não satis#ez os revoltosos, em 7NOS, os partidários de ='?iguel prenderam os mem!ros do governo e a con#usão instaurou-se em Kis!oano sentido de levar o rei a a!andonar a o cargo e passar para a sua mul0er'
=á-se a )!rilada, quando os li!erais vencem e 0á uma reacção a!solutista1a!rilada " a reacção2' 6ara conciliar as lutas 0á um novo governo' (om isto, =' Moão . viu-se o!rigado a mandar o seu fl0o ?iguel para o exilio'
) carta constitucional e a tentativa de apaziguamento político-social
(om a morte de d' Moão ., em 7NO, deu-se uma nova explosão quedesta!ilizou a política dos 5ltimos anos' 4 pro!lema da sucessão 1d' pedro eraimperador no !rasil e d' ?iguel era a!solutista e estava exilado2 não c0egou aser resolvido pelo #alecido que o remeteu para um consel0o de reg/nciaprovis&rio, presidido pela sua fl0a, .sa!el ?aria'
4 primeiro acto de reg/ncia: enviar para o !rasil uma deputação paraesclarecer o assunto da sucessão' =' pedro considerou-se o legítimo 0erdeiro etomou um con+unto de medidas conciliat&rias' (onfrmou a reg/ncia provisoriada in#anta =' .sa!el ?aria outorgou a carta constitucional'
)!dicou dos seus direitos ; coroa na fl0a mais vel0a, =' ?aria da Jl&ria deapenas 8 anos' Esta deveria casar com =' ?iguel que +uraria a cartaconstitucional e assumiria a reg/ncia do reino de 6ortugal'
Pendo a carta constitucional um diploma outorgado pelos governantes, aocontrário das constituiç*es, que são aprovadas pelos representantes do povo,
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o!viamente seria de esperar uma recuperação do poder real e dos privil"gios dano!reza'
)s cortes compun0am-se em O camaras: camara dos deputados eleita atrav"sdo su#rágio indirecto, por indivíduos masculinos que tivessem, pelo menos,7[ r"is de renda líquida por ano e a camara dos pares, os seus mem!roseram da alta no!reza, alto clero, o príncipe real e os in#antes, nomeados a título0ereditário e vitalício'
)trav"s do poder moderador, a fgura real era engrandecida, porque podianomear os pares, convocar as cortes e dissolver a camara dos deputados,nomear e demitir o governo, suspender os magistrados, conceder amnistias eperd*es e vetar, a título defnitivo, as resoluç*es das cortes'
)o ampliar os poderes reais, ao proteger a alta no!reza e o alto clero, comassento vitalício e 0ereditário, a carta constitucional representava um mani#estoretrocesso ; constituição de 7NOO' Todavia, a a!olição do vintismo não #oisufciente para derrotar a contra-revolução a!solutista, novamente liderada por=' ?iguel'
) guerra (ivil
=' ?iguel volta a 6ortugal em 7NON' ) sua adesão ao li!eralismo era #alsa,uma vez que se #ez rei a!soluto por umas cortes convocadas ; maneira antiga,isto ", por ordens'
?il0ares de li!erais #ugiram e no meio de uma vida po!re, organizaram aresist/ncia' ) partir de 7N97, =' pedro apoiou esta resist/ncia que a!andonou otrono do !rasil e veio lutar pela restituição da fl0a do trono portugu/s' =irigiu-se; il0a terceira, que se revoltou e assumiu a c0efa da reg/ncia li!eral, disposto aaca!ar de #orma violenta com o que =' ?iguel #ez'
(onseguindo a+udas e din0eiro =' 6edro arran+ou um pequeno ex"rcitoconstituído por emigrados, voluntários, recrutas dos açores e contratados noestrangeiro' 4 desem!arque das #orças li!erais deu-se, em 7N9O, no ?indelo, aque se seguiu a ocupação #ácil do porto' 6or"m, a cidade do norte estavacercada pelas #orças a!solutistas e aí viveu-se o pior momento da guerra civil @ ocerco do porto'
=' 6edro entretanto organizou uma expedição ao algarve onde destruíram osa!solutistas daí e voltaram a lis!oa onde, +á cansados, os a!solutistas nãoaguentaram mais com!ates' )s !atal0as de )lmoster e )sseiceira confrmaram aderrota de =' ?iguel, que depDs as armas e assinou a convecção de Yvora-?ontee partiu defnitivamente para o exilio'
iberdade olítica (iberalismo olítico)
& =omem podia participar activamente na vida do país, pois era considerado um cidad!o que podia
intervir na governaç!o. intervenç!o política podia-se dar de diversas #ormas0 ◊ através do eercício
de voto para escola dos governantes2 ◊ ao eercer os cargos para os quais tena sido eleito2 ◊
participando com a opini!o em movimentos cívicos, etc. Ao entanto, avia restriç8es ao eercício
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pleno da cidadania. & direito ao voto apenas estava reservado aos possuidores de rendimento
su#icientes para pagar impostos 7su#r(gio censit(rio9, logo n!o era muito democr(tico. ;eria
necess(rio a adopç!o do voto universal em ve* do voto censit(rio, pois muita populaç!o era posta de
parte. & Estado como garante da ordem liberal & principal ob)ectivo do regime político durante o
5iberalismo #oi a consagraç!o dos direitos do indivíduo. Para evitar o eercício do despotismo, o
liberalismo político elaborou #ormas para limitar o poder. Este deveria #undamentar-se em tetosconstitucionais, #uncionar na base da separaç!o de poderes e da soberania nacional eercida por uma
representaç!o e proceder ( seculari*aç!o das instituiç8es. ◊ 6etos /onstitucionais0 & poder político é
legitimado através dos tetos constitucionais. 1esulta em dois processos, as /onstituiç8es 7se #orem
votadas pelos representantes da Aaç!o9 e as /artas /onstitucionais 7se elaboradas pelo rei92 ◊
;eparaç!o dos poderes0 & 5iberalismo de#ende a separaç!o dos poderes, para evitar que o poder se
concentre, resvalando o despotismo. ssim, distribuiu-se os poderes 7legislativo, eecutivo, )udicial9
pelos di#erentes órg!os de soberania. ◊ ;oberania nacional0 & 5iberalismo p's em pr(tica o princípio
iluminista da soberania nacional, no entanto a Aaç!o n!o o eercia de #orma directa, mas esse poder
era con#iado a uma representaç!o \ mais sensata .‟ ‟‟ ◊ ;eculari*aç!o das instituiç8es0 & Estado
libertou-se da in#lu"ncia religiosa, seculari*ando as instituiç8es, isto é, separaç!o dos assuntos da
Igre)a em relaç!o aos dos Estado 7de modo a emancipar o individuo e o Estado da tutela da Igre)a9. &
principal ob)ectivo do 5iberalismo era a liberdade civil, portanto de#endiam a liberdade religiosa 7n!o
se ser coagido a seguir determinada religi!o, cada um escole a sua #é9. s principais medidas #oram
o registo civil, a nacionali*aç!o dos bens da Igre)a, a politica de descristiani*aç!o, etc.
=i&erdade econ>mica =i&eralismo econ>mico
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2eoria de -dam %mit*
)dam Pmit0 considerava que o tra!al0o era a #onte da riqueza' Y em #unção da
produtividade do tra!al0o que uns países são mais ricos do que os outros' Pmit0
queria demonstrar que a riqueza de um país resultava da actuação de
indivíduos, que movidos pela livre iniciativa e o seu pr&prio interesse,promoviam o crescimento econ&mico do país' 4 Womem, desde que não
transgrida as leis da +ustiça, deve ter a li!erdade para realizar o seu interesse
pessoal da #orma que mais l0e convier, pondo o seu tra!al0o e o capital em
concorr/ncia com os outros 0omens' Kogo, o Estado teria que a!dicar de
qualquer intervenção na economia'
Romantismo0 e?pressão da ideologia li&eral
Romantismo - movimento cultural do s"culo . inspirado nas ideias li!erais da
"poca que, recusando a racionalidade clássica, valoriza a li!erdade de
pensamento, as emoç*es, os sentimentos, a natureza e o gosto pelos am!ientes
ex&ticos e medievais'
4 Romantismo #oi a expressão da ideologia li!eral nas artes e nas letras' >a
realidade, ao racionalismo, ; ordem e ; 0armonia clássicas, o rom$ntico
contrapDs o indivíduo, o sentimento, a emoção, a imaginação e o nacionalismo'=e#ende a li&erdade até ao limite e a independ'ncia nacional contra a
opressão estrangeira' 6re#er/ncia pelo mist"rio, son0o, imaginação, o estran0o,
a noite, o 0er&i, pitoresco'
) li!erdade tornou-se a temática principal do Romantismo, #osse li!erdade
politica, social, econ&mica, etc'
Esta corrente cultural espal0ou-se pelos vários países da Europa'
◊ em relação á musica, #ugiram á rigidez da musica clássica, procurando a
transmissão de sensaç*es, son0os, paix*es
◊ ao nível da pintura, recusaram as regras clássicas, apreciando o movimento e
a cor, as situaç*es ex&ticas, a morte e o drama'
◊ >a literatura, #oi a "poca dos grandes romances'
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>o Romantismo, 0á uma re#alori4ação das ra4es *ist>ricas das
nacionalidades, e um elevado interesse pela Idade @édia, tão desprezada
pelos Renascentistas, como #orma de encontrarem o seu patrim>nio cultural'
Modulo *I
+s transformaç%es econ'micas na uropa e no Mundo
o longo do século XIX, a revoluç!o industrial coneceu um #orte impulso devido $ utiliação de
novas fontes de energia e ao aparecimento de outros sectores de ponta. 6endo iniciado a sua
industriali*aç!o nos #inais do século XVIII, a Inglaterra manteve a egemonia no século XIX, embora
ameaçada por outros países que também se industriali*aram.
+ e"pansão da revolução industrial
Aa segunda metade do século XIX, ocorreram pro#undas transformaç%es na ind-stria, vulgarmente
conecidas como a Rsegunda revoluç!o industrialS0 #oram descobertas #ontes de energia como a
electricidade e o petróleo, novos produtos como o aço ou os produtos sintéticos e inventos técnicos
como o motor a eplos!o. & aumento da produç!o e a epans!o dos mercados, #avorecidos pela
renovaç!o dos transportes, originou grandes concentraç8es industriais e #inanceiras.
+ ligação ciência.técnica
Estas inovaç8es assentaram na estreita articulação entre a técnica e a ciência . Aa realidade, se o
desenvolvimento técnico da primeira #ase da revoluç!o industrial se deveu sobretudo $ capacidade
criadora de oper(rios, nesta segunda #ase os inventos resultaram da acção de cientistas que, #ormados
em >niversidades, actuavam em estreita ligaç!o com as fabricas nos laborat'rios. :este modo, a
investigaç!o cienti#ica e tecnológica acumulou conecimentos e desenvolveu aplicaç8es cada ve*
mais aper#eiçoadas, num processo em que teoria e pr&tica se alimentaram mutuamente, gerando
progressos cumulativos ( epress!o utili*ada para designar as relaç8es estabelecidas entre a
ci"ncia e a técnica os #inais do século XIX, caracteri*adas pela interacç!o entre o problema surgido na
#(brica, a sua resoluç!o pela investigaç!o e#ectuada em laboratório e a aplicaç!o da soluç!o pela
empresa9, o que permitiu vencer a concorrência e conquistar mercados.
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/ovos inventos e novas formas de energia
+ industria sider-rgica e a industria química
siderurgia 7#ornecedora de maquinas, carris e outros equipamentos9 tornou-se na industria de ponta da segunda revoluç!o industrial. uanto ( industria química, centrou-se especialmente em
industrias de eplosivos, produtos #armac"uticos, #ertili*antes e produtos sintéticos.
/ovas formas de energia
+ electricidade e o petr'leo constituíram as principais fontes energéticas utili*adas nesta segunda
#ase da revoluç!o industrial. & petróleo #oi descoberto em JOZ e #oi inicialmente utili*ado para
iluminaç!o, só mais tarde como combustível no motor de eplos!o. &s derivados do petróleo tornam-
se nos combustíveis do #uturo.
& aproveitamento industrial da electricidade deveu-se a uma série de invenç8es que permitiram a sua
produç!o e transportes a grandes distancias. 6ornou-se possível a utili*aç!o da electricidade na
iluminação, que veio substituir o g(s. electricidade #oi das conquistas mais marcantes da
1evoluç!o Industrial.
+ aceleração dos transportes
&s transportes #oram um elemento fundamental & industrialiação. &s meios de transporte
acompanaram o progresso tecnológico, adoptando desde logo uma das principais inovaç8es da
1evoluç!o Industrial0 a m(quina a vapor. principal inovaç!o consistiu na aplicaç!o da m(quina a
vapor na navegaç!o e nos transportes #errovi(rios. ssistiu-se ( e"pansão dos transportes
ferrovi&rios, que constituíram a principal maneira de transportes na segunda metade do século XIX.
& "ito da m(quina a vapor #oi t!o grande que os inventores tentaram aplic(-la ao transporte por
estrada0 em JKQ apresenta-se o primeiro protótipo de um carro a vapor, contudo, #oi o motor de
eplos!o que se revelou mais adequado. Em JL, os automóveis rolavam pelas estradas a anunciar
os novos tempos.
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0oncentração Industrial e 1anc&ria
N a partir de JKQ que podemos #alar, com propriedade, de uma 2civiliação industrial34 era do
capitalismo industrial aproima-se do auge.
0apitalismo Industrial ;istema económico caracteri*ado pela concentraç!o dos meios de
produç!o 7as #abricas9 nas m!os de grandes propriet(rios que, dispondo de capital e recorrendo (
eploraç!o da m!o-de-obra, trans#ormaram a industria na principal fonte de obtenção de lucros.
& desenvolvimento da industriali*aç!o provocou quer o crescimento das f&bricas, quer a tend"ncia
para a sua concentração. concentraç!o industrial acelera-se na segunda metade do século.
/onstituíram-se dois tipos de concentraç8es0
a concentração 5oriontal , caracteri*ada pelo agrupamento de um con)unto de empresas que
operava num sector especi#ico sob a mesma direcç!o 7ob)ectivo de evitar a concorr"ncia92
a concentração vertical , caracteri*ada pela integraç!o na mesma empresa de todas as #ases da
produç!o.
& sistema banc(rio integra-se na din3mica do mundo industrial, assistindo-se a um #orte crescimento.
Esta relaç!o provocou a evoluç!o do capitalismo industrial para o capitalismo #inanceiro.
+ racionaliação do trabal5o
Produ*ir com qualidade e produ*ir a baio preço tornaram-se as quest8es #undamentais a #im de
obter do trabalo a m&"ima rentabiliação.
Grederic 6aDlor ep's o seu método para a optimi*aç!o do rendimento da #(brica, que #icou
conecido por ta6lorismo. ssentava na divis!o m(ima do trabalo, seccionando-o em pequenas
tarefas elementares e encadeadas. cada oper(rio caberia eecutar, repetidamente, apenas uma
destas tare#as, que o trabalador seguinte continuava. /ada oper(rio seria treinado para uma +nica
tare#a, especialiando.se na sua e"ecução.=enrD Gord p's em pratica as ideias de 6aDlor, aplicando-o $ estandardiação ( Padroni*aç!o do
processo de produç!o e dos produtos obtidos, conseguida pelo #abrico em série, com vista a tornar
possível a produção em massa9 da produç!o de automóveis, que #oi um tremendo sucesso, apesar
deste método ser alvo de criticas.
+ geografia da Industrialiação
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té meados do século XIX, a Inglaterra deteve a 5egemonia econ'mica a nível mundial pelos
seguintes #actores0
] dispuna de mais potência em maquinas a vapor2
] liderava a produção mundial do carv!o, #erro e aço2
] possuía a maior frota comercial do mundo2
;ectores industriais mais avançados da Inglaterra0 6"til, ;iderurgia e %etalurgia
+ afirmação de novas potencias
Aa Europa, a Granca, a lemana, a 4élgica e a ;uiça colocam-se no grupo dos países maisindustriali*ados. Aa mérica, agigantam-se os E>. Aa ^sia, o ap!o é o +nico pais a industriali*ar-
se.
+ agudiação das diferenças
7 livre.cambismo
ivre.cambismo :e#endia a n!o intervenção do stado na economia, e a liberdade do
comercio sem quaisquer restriç%es, designadamente barreiras al#andeg(rias.
epans!o da revoluç!o industrial #oi acompanada pelo triun#o das ideias livre-cambistas. Ao
entanto, a liberdade de concorr"ncia provocou a proli#eraç!o de produtos a baio preço, o que
a#ectou a economia. s crises cíclicas constituíram sistem(ticos sobressaltos económicos e
simultaneamente, #i*eram crescer as desigualdades sociais. s crises capitalistas 7geralmente de JQ
em JQ anos9 deviam-se essencialmente a um ecesso de investimentos e de produç!o industrial.
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0rises cíclicas situaç!o periódica de mau estar a nível da economia provocada por uma subida ou
descida anormal dos preços, dos sal(rios ou da produç!o. s crises contempor3neas s!o de
superprodução0 a procura diminui, a o#erta aumenta, os preços e os sal(rios baiam, aumenta o
desemprego e diminui o nível de vida.
viol"ncia das crises e sobretudo os seus e#eitos sociais puseram em evidencia as #ragilidades do
capitalismo liberal. &s mecanismos de resposta (s crises tradu*iram-se pelo incremento de politicas
proteccionistas e pelo aumento da intervenção do estado na regulaç!o da vida económica e social.
+ sociedade industrial e urbana
+ e"plosão populacional
"plosão demogr&fica Gorte aceleração da ta"a de crescimento da populaç!o mundial
veri#icada a partir dos #inais do século XVIII, relacionada sobretudo com a signi#icativa reduç!o da
taa de mortalidade.
Ao século XIX, veri#icou-se um crescimento muito r&pido e acentuado da população mundial e,
em especial, da Europa industriali*ada, #alando-se assim de uma eplos!o demogr(#ica. Imp's-se
assim, um novo modelo demogr&fico, que tina como características0
- o recuo da mortalidade2
- o declínio da elevada natalidade2
- aumento da esperança media de vida2
- descida da idade do casamento
e"pansão da Revolução Industrial correspondeu a uma e"pansão da população, pelo que #oram
os países industriali*ados que revelaram mais cedo estas características demogr(#icas.
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8actores da eplos!o populacional0
- melores cuidados médicos2
- maior abund3ncia de bens alimentares2- os progressos na igiene
"pansão urbana
s alteraç%es demogr&ficas e econ'micas originaram uma forte e"pansão urbana. &s principais
#actores da epans!o #oram0
- o ê"odo rural 7as alteraç8es na produç!o agrícola, ao dispensarem parte da m!o-de-obra, levam a
que o abitante da província procure a cidade9
- a emigração 7a populaç!o europeia #oi respons(vel por diversas vagas de partida para as colónias
dos continentes a#ricano, americano e oce3nico9
- o crescimento dos sectores terci&rio e secund&rio 7estes concentram-se nas cidades e requerem
cada ve* mais e#ectivos. populaç!o activa dedicada ao sector prim(rio diminui.9
& intenso crescimento das cidades revelou um con)unto de novos problemas urbanos0 o
superpovoamento, a aus"ncia de redes de esgoto e de abastecimento de (gua, o agravamento de
#enómenos como a miséria, delinqu"ncia, prostituiç!o, mendicidade.
Migraç%es internas e emigração
Ao século XIX ocorreram intensos movimentos populacionais.
Migraç%es internas9
- :eslocaç%es saonais 7reali*adas apenas em certas alturas do ano para locais onde era necess(rio
um acréscimo da m!o-de-obra92
- ;"odo rural 7movimento campo.cidade, #osse porque uma agricultura mecani*ada dispensava
m!o- de-obra ou porque uma agricultura de subsist"ncia #ornecia insu#icientes rendimentos9
&s Europeus espalaram-se pelo mundo #ora em sucessivas vagas de emigração. Aa origem deste
#luo migratório ter!o estado os seguintes #actores0
- a pressão populacional 7os governos apoiavam politicas migratórias devido ( ecessiva
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concentraç!o populacional92
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- os problemas no mundo rural2
- os problemas ligados & industrialiação2
- a revolução dos transportes 7que embarateceu o preço das passagens92
- a idealiação dos países de destino 7como por eemplo os E.>.., que era visto como a terra das
oportunidades92- a fuga a perseguiç%es politicas e religiosas.
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0lasses médias
s classes médias constituem o grupo mais 5eterogéneo e situam-se entre a alta burguesia e o
proletariado. Englobam o con)unto de pro#iss8es que n!o dependem do trabalo #ísico, isto é, o camado
sector dos serviços. sua composiç!o integrava0
- pequenos empres(rios da industria2
- empregados comerciais2
- pro#issionais liberais 7em ve* de terem um patr!o, trabalavam por conta pr'pria. E0 médicos,
advogados, etc.9
s classes médias eram defensoras dos valores da burguesia no intuito de permanecerem dentro desta
classe. 6ornaram-se assim, as classes mais conservadoras.
0ondição oper&ria
roletariado /lasse oper(ria que, sem meios de produç!o, vende a sua força de trabal5o em troca de
um sal(rio.
&s oper(rios en#rentavam grandes problemas dentro e #ora do seu local de trabalo0
- elevado risco de acidentes de trabalo e doenças2- ausência de medidas de apoio social 7sem direito a #érias, o or(rio era puado, n!o tinam subsídios
de desemprego, velice ou doença92
- contrataç!o de mão.de.obra infantil2
- espaços de trabalo pouco saud&veis2
- espaços de abitaç!o sobrelotados e insalubres2
- pobrea e todos os problemas a esta associados 7desnutriç!o, doenças, prostituiç!o, consumo elevado de
bebidas alcoólicas, mendicidade9
7 movimento oper&rio
s primeiras reacç8es dos oper(rios contra a sua condiç!o miser(vel foram pouco organiadas. /om o
passar do tempo, o movimento oper&rio organiou.se para se tornar mais e#ica*, revestindo duas
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#ormas0
- +ssociativismo 7criaç!o de associaç8es que apoiavam os oper(rios mediante o pagamento duma quota9
- =indicalismo 7os sindicatos utili*avam como meios de press!o as manifestaç%es e greves. reivindicaç!o do dia
de trabalo de > 5oras, mel5oria dos sal&rios, direito ao descanso semanal , eram alguns dos ob)ectivos que
#oram veri#icados em #inais do século XIX.
+s propostas socialistas
=ocialismo
Ideologia surgida no século XIX como reacção &s desigualdades sociais geradas pela revoluç!o industrial que,
de#endendo a abolição da propriedade privada, a gest!o democr(tica aos meios de produç!o, procurava alcançar
a igualdade no plano social.
s condiç8es de miséria em que viviam os prolet(rios despertaram a vontade de intervenção social de pensadores
da época. Ao séc. XIX a doutrina socialista criticava o sistema capitalista e propuna uma sociedade mais
igualit&ria. Pode-se distinguir duas abordagens ao socialismo0
- =ocialismo
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+ volução democr&tica, nacionalismo e imperialismo
+s transformaç%es politicas
:esde o século XVIII #oi implantado um sistema liberal moderado em v(rios países da Europa. 6ratou- se da
eliminação dos regimes absolutistas e da sua substituiç!o por monarquias constitucionais. partir do terceiro
quartel do séc. XIX, surgiu um novo entendimento do sistema liberal que daria origem $s democracias
representativas (demoliberalismo).
:emoliberalismo ;istema politico em vigor nos países da Europa &cidental desde os #inais do séc. XIX, que é
caracteri*ado sobretudo por ser mais democr&tico através da e"tensão do direito de voto a camadas mais vastas
da populaç!o.
] lguns países substituíram o sistema mon(rquico por um regime politico republicano 7caso de Portugal, em
JZJQ92
] & su#r(gio censit(rio #oi substituído pelo sufr&gio universal( direito de todos os cidadãos, sem distinç!o de
seo, raça, #ortuna, votarem em eleiç8es9
Para aper#eiçoar o sistema representativo, a idade do voto #oi antecipada, o voto passou a ser secreto e os cargos
políticos passaram a ser remunerados.
7s afrontamentos imperialistas
Imperialismo :omínio que um Estado eerce sobre outros países, a titulo militar, politico, econ'mico e
cultural4
0olonialismo :omínio total eercido sobre territórios n!o-independentes 7colónias9.
+ uropa dominava o mundo. epans!o europeia insere-se numa estratégia de controlo de uma vasta etens!o
territorial com vista ( satis#aç!o das necessidades económicas das metrópoles.
& caso mais evidente de imperialismo e de colonialismo ocorreu relativamente $ ocupação do continente
africano4
Aa 0onferencia de 1erlim (?>>@.>A), os ce#es de Estado europeus repartiram entre si o território a#ricano sem
atender (s #ronteiras de#inidas pelos povos locais e impuseram o seu domínio. :e#iniram que a coloni*aç!o só
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poderia assentar no princípio de ocupação efectiva e n!o pela primaia da descoberta 7direito istórico9. &
ob)ectivo era enriquecer os países mais poderosos pois as colónias eram fornecedoras de matéria.prima.
ortugal, uma sociedade capitalista dependente
A?, instaurou-se uma nova etapa politica, designada por 1egeneraç!o. Este movimento estendeu-se até $
implantação da Republica (?B?C) e procurava inverter o percurso de decad"ncia que o país veri#icava até ent!o.
] Pretendia-se o progresso material do país, com o fomento do capitalismo aplicado (s actividades económicas2
] Pretendia-se o estabelecimento da conc'rdia social e politica.
7 8ontismo e a política de obras p-blicas
politica de obras p+blicas no período da 1egeneraç!o #oi designada por 8ontismo devido ( acç!o do ministro
8ontes ereira de Melo4
Preocupado em recuperar o país do atraso económico, Gontes encetou uma politica de instalação de infra.estruturas e equipamentos, tais como estradas, caminos-de-#erro, carros eléctricos, pontes, tele#ones, etc.
=ouve três grandes vantagensDresultados do investimento em transportes e meios de comunicaç!o0
] a criaç!o de um mercado -nico nacional2
] o #omento o agrícola e industrial2
] alargamento das relaç%es entre ortugal e a uropa evoluída.
+ dinamiação da actividade produtiva
in5as de força do fomento econ'mico
] & #omento económico assentou na doutrina livre.cambista. Gontes era de#ensor da redução das tarifas
aduaneiras argumentando que só a entrada de matérias-primas a baio preço poderia #avorecer a produç!o
portuguesa.
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] aplicaç!o do liberalismo económico #avoreceu a agricultura, onde a e"ploração capitalista se #a*ia sentir 7o
ob)ectivo era aumentar a superfície cultivada e aproveitar mais as terras90
- o desbravamento de terras2
- a redução do pousio2
- a abolição dos pastos comuns2
- a introdução de maquinaria nos trabalos agrícolas2
- uso de adubos químicos.
] pesar do atraso econ'mico de Portugal em relaç!o a outros países desenvolvidos da Europa, registaram-se
alguns progressos na ind-stria0
- difusão da m(quina a vapor2- desenvolvimento de diversos sectores da industria2
- aumento da populaç!o oper(ria2
- aplicaç!o da energia eléctrica ( industria 7)( no século XX9
Ao entanto, a economia padecia de alguns problemas que impediriam o crescimento industrial0
- #alta de certas matérias.primas2
- car"ncia da populaç!o activa no sector secund(rio2
- falta de formação do operariado2
- dependência do capital estrangeiro2
- fraca competitividade internacional.
+ crise financeira de ?>>C.?>BC
1egeneraç!o assentou o #omento económico sobre bases inst&veis, o que originou uma crise financeira0
ivre.cambismo 7abriu camino ( entrada de produtos industriali*ados a baio preço, no entanto, n!o tina
condiç8es de competitividade, pois a industriali*aç!o #oi lenta e tardia. Em resultado, a balança comercial era
negativa.9
Investimentos e"ternos 7grande parte do desenvolvimento portugu"s #e*-se ( custa de investidores
estrangeiros, logo, as receitas originadas por esses investimentos não revestiram a favor de ortugal9.
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mpréstimos 7o dé#ice das #inanças publicas agravou-se, e devido aos sucessivos empréstimos no país e no
eterior, a divida publica duplicou. /om a #al"ncia do banco ingl"s, Portugal deiou de ter meios de lidar com a
divida, declarando a bancarrota 7ruína #inanceira9 em JZ.
7 surto industrial
Ao #inal do século XIX, a crise obrigou a uma reorientação da economia portuguesa que apostou nos seguintes
vectores0
retorno ( doutrina proteccionista (abandonando o ivre cambismo)2
] concentração industrial 7através da criaç!o de grandes companias92
] valori*aç!o do mercado colonial2
] e"pansão tecnológica.
+s transformaç%es do regime politico
s principais ra*8es que causaram a crise na monarquia #oram0
a crise do rotativismo partid&rio 7avia uma altern3ncia, ( #rente do
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ditadura de Eoão 8ranco 7que governava com plenos poderes, pois :. /arlos dissolveu o Parlamento. Isto
apenas veio re#orçar o descontentamento com a monarquia.92
7 regicídio 7o assassinato do rei :. /arlos e do príncipe erdeiro, :. 5uís Gilipe, em JZQ, mostrou, em
evidencia, o total descrédito em que avia caído a monarquia. pós um golpe t!o violento, #oi impossível para :.
%anuel II dar continuidade ( monarquia. Goi o ultimo rei de ortugal.9
M de &utubro de JZJQ, eclodiu uma revolta republicana, e no dia seguinte, A de 7utubro, #oi proclamada a ?F
Republica ortuguesa.
1s camin*os da cultura
) confança no progresso científco
Relacionar o cientismo com os progressos da ciência e da técnica na segunda metade de Oitocentos
Na segunda metade do século XIX, os extraordinários avanços da técnica e da ciência (proporcionados, por um lado, pela
expansão da Revolução Industrial e, por outro, pela difusão dos laorat!rios de pes"uisa# foram responsáveis pela
propagação da crença no poder da ciência$ % Racionalismo parecia ser o &nico meio para explicar todos os fen!menos e a
principal via para atingir a felicidade e o progresso$
' esta fé nas verdades transmitidas pelo conecimento cient)fico dá-se o nome de cientismo$
Referir os principais avanços cient)ficos
No século XIX foram feitos estudos "ue marcaram o conecimento até * actualidade, nomeadamente+
- o casal de #ísico 6ierre e ?arie (urie dedicou a sua vida ; ci/ncia @ Lísica -, em particular ao
con0ecimento da radioactividade
- o !i&logo (0arles =ar\in concluiu que os animais @ Womem incluído @ so#reram alteraç*es
mor#ol&gicas ao longo de períodos de tempo muito longos, as quais resultaram de uma
!em-sucedida adaptação ao meio am!iente 1teoria evolucionista2:
- o químico ?endeleiev ela!orou a primeira ta!ela peri&dica dos elementos
- 6asteur demonstrou a exist/ncia de microrganismos @ !act"rias - no am!iente
- ]oc0, no seguimento dos estudos de 6asteur, isolou a !act"ria @ tam!"m c0amada de!acilo ]oc0 @ que provoca a tu!erculose 1doença de elevadíssima mor!ilidade no s"culo
.2'
's ciências sociais, * imitação das ciências exactas, procuraram estaelecer leis gerais e definir métodos rigorosos de
pes"uisa+
- )ugusto (omte #oi a fgura #undamental na defnição do pensamento científco da segunda
metade de 4itocentos' (riou o 6ositivismo, sistema flos&fco que leva o cientismo ao seu
expoente máximo, ao esta!elecer que a Wumanidade alcançará o estado positivo quando o
con0ecimento se !asear apenas em #actos comprovados pela ci/ncia- Ymile =ur^0eim sistematizou as regras da nova disciplina das (i/ncias Pociais: a sociologia
-arl arx analisou os modos de produção ao longo da .ist!ria, transformando o socialismo num sistema cient)fico de análise
da sociedade (o materialismo ist!rico ou socialismo cient)fico#$
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Explicar o investimento público na área do ensino
No século XIX, a "uestão da educação tornou-se um tema prioritário para vários governos da /uropa ocidental, pelos
seguintes motivos+
- o apro#undamento dos sistemas representativos 1demoli!eralismo2 #ez com que o direito de
voto se estendesse ; maioria da população, pelo que a classe política viu interesse na
di#usão do ensino p5!lico como meio de esclarecer os cidadãos e de in3uir na sua tomada
de decis*es
- o espírito positivista do s"culo ., ao considerar unicamente como verdadeiro o
con0ecimento o!tido atrav"s da o!servação e da experimentação, contri!uiu para a
valorização de instituiç*es ligadas ; ci/ncia 1universidades, la!orat&rios, museus de
Wist&ria natural2
- a laicização dos Estados, ao retirar da alçada da .gre+a a tradicional #unção educadora,
levou a uma maior responsa!ilização dos Estados na al#a!etização
- as classes m"dias, ligadas ; vida ur!ana, procuraram cursos que promovessem a sua
ascensão social, nomeadamente aqueles que os preparassem para exercer profss*es
li!erais'
4 interesse pela realidade social na literatura e nas artes @ as novas correntes
est"ticas na viragem do s"culo
videnciar a modernidade das correntes estéticas do fim do século9 Realismo,
Impressionismo, =imbolismo e +rte /ova
segunda metade do século XIX #oi etremamente rica em propostas artísticas2 importa contetuali*(-las
istoricamente0
Realismo H esta corrente a#irma uma reacç!o clara aos pressupostos rom3nticos0 em ve* do culto do eu, prop8e a
an(lise da sociedade2 contrariando a nostalgia do passado, analisa criticamente a contemporaneidade2 por oposiç!o
$s paisagens dram(ticas, representa cenas banais, e as suas personagens n!o s!o eróis, mas pessoas simples.
& dese)o de ob)ectividade na arte re#lecte a aceitaç!o da corrente #ilosó#ica positivista. & gosto pelo concreto levoua que, na pintura, os artistas /ourbet, %illet e %anet representassem cenas do quotidiano2 porém, a tentativa de
representar eclusivamente o real cocou a sociedade burguesa de ent!o.
Impressionismo H #oi da tela de %onet Impressão: Sol Nascente que nasceu o termo impressionistas, utili*ado por
um crítico, desdenosamente, para designar o grupo de pintores 7de que se salientam %onet, 1enoir, :egas e
/é*anne9 que desa#iaram as convenç8es artísticas da época. & Impressionismo procurava captar, em tela, a
#ugacidade do real. proimava-se da pintura realista no tratamento de temas vulgares e urbanos, mas aceitava a
sub)ectividade do olar, transmitida pelos e#eitos de lu* e pelas cores inesperadas.
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=imbolismo H em reacç!o ao 1ealismo e ao Positivismo, a corrente simbolista acentua a impossibilidade de
eist"ncia de uma só realidade e prop8e como alternativa a representaç!o
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simbólica das ideias, ra*!o por que os seus autores #oram denominados simbolistas.
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1ealçar o papel da geraç!o de KQ
&s elementos da