resumo : o serviço social na contemporaneidade
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7/23/2019 RESUMO : O Serviço Social na Contemporaneidade.
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RESUMO : O Serviço Social naContemporaneidade. -----1ª Parte: O Trabalho
Pro!!ional na Contemporaneidade.
· "ntrod#ç$o% Sintoni&ando o Serviço Social como! novo! tempo!
Parto da premissa que o atual quadro sócio-histórico não se reduz a
um pano de fundo para que se possa, depois, discutir o trabalho
prossional. Ele atravessa e conforma o cotidiano do exerccio prossional
do assistente social, afetando as suas condi!"es e rela!"es de trabalho,
assim como as condi!"es de vida da popula!ão usu#ria dos servi!os sociais.
$ necess#rio romper com uma visão endó%ena, focalista, uma visão de
dentro do servi!o social. &ecess#rio extrapolar o servi!o social para melhor
apreende-lo na história da sociedade da qual ele ' parte e expressão.
(m dos maiores desaos enfrentados pelos assistentes sociais na
atualidade ' decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas
e capazes de preservar e efetivar, a partir de demandas emer%entes no
cotidiano. Enm, ser um prossional propositivo e não só executivo. )lhar
para fora do servi!o social ' condi!ão para se romper tanto com uma visão
rotineira, reiterativa e burocr#tica do servi!o social, que impede vislumbrar
possibilidades inovadoras para a a!ão, quanto com uma visão ilusória e
desfocada da realidade, que conduz a a!"es inócuas. *mbas t+m um ponto
em comum estão de costas para a história, para os processos sociais
contemporneos.
* aborda%em do servi!o social como trabalho sup"e apreender a chamada
pr#tica prossional profundamente condicionada pelas rela!"es entre o
Estado e a ociedade /ivil, ou se0a, pelas rela!"es entre as classes nasociedade, rompendo com a endo%enia do servi!o social. ) processo de
compra e venda da for!a de trabalho especializada em troca de um sal#rio
faz com que o servi!o social in%resse no universo da mercantiliza!ão, no
universo do valor. * prossão ' socialmente necess#ria, tem um valor de
uso, uma utilidade social. 1ratar o servi!o social como trabalho sup"e
privile%iar a produ!ão e a reprodu!ão da vida social, como determinantes
na constitui!ão da materialidade e da sub0etividade das classes que vivem
do trabalho. 2uando se fala em produ!ão3reprodu!ão da vida social não se
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abran%e apenas a dimensão econ4mica, mas a reprodu!ão das rela!"es
sociais de indivduos, %rupos e classes sociais. *bran%e tamb'm as formas
de pensar, isto ', as formas de consci+ncia, atrav's das quais se apreende a
vida social.
Em sntese, o servi!o social ' considerado como uma especializa!ão do
trabalho e a atua!ão do assistente social uma manifesta!ão de seu
trabalho, inscrito no mbito da produ!ão e reprodu!ão da vida social. Esse
rumo da an#lise recusa vis"es unilaterais, que apreendem dimens"es
isoladas da realidade, se0am elas de cunho economicista, politicista ou
culturalista.
'#e!t$o !ocial e !erviço !ocial
) ervi!o ocial tem na questão social a base de sua funda!ão
como especializa!ão do trabalho. 2uestão social apreendida como o
con0unto das express"es das desi%ualdades da sociedade capitalista
madura, que tem uma raiz comum a produ!ão social ' cada vez mais
coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a
apropria!ão dos seus frutos mant'm-se privada, monopolizada por uma
parte da sociedade.
2uestão social que, sendo desi%ualdade ' tamb'm rebeldia, por envolver
su0eitos que vivenciam as desi%ualdades e a elas resistem e se op"em. $
nesta tensão entre produ!ão da desi%ualdade e produ!ão da rebeldia e da
resist+ncia, que trabalham os assistentes sociais, situados nesse terreno
movidos por interesses distintos, aos quais não ' possvel abstrair ou deles
fu%ir porque tecem a vida em sociedade. Por isto, decifrar as novas
media!"es por meio das quais se expressa 5 questão social, ho0e, ' de
fundamental importncia para o ervi!o ocial em uma dupla perspectiva
para que se possa tanto apreender as v#rias express"es que assumem, na
atualidade, as desi%ualdades sociais, quanto pro0etar e for0ar formas de
resist+ncia e de defesa da vida.
*s transforma!"es no mundo do trabalho v+m acompanhadas de profundas
mudan!as da esfera do Estado, consubstanciadas na reforma do Estado,
exi%ida pelas polticas de a0uste, tal como recomendadas pelo consenso de6ashin%ton. Em fun!ão da crise scal do Estado em um contexto recessivo,
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são reduzidas as possibilidades de nanciamento dos servi!os p7blicos8 ao
mesmo tempo, preceitua-se o enxu%amento dos %astos %overnamentais,
se%undo os parmetros neoliberais.
*s repercuss"es da proposta neoliberal no campo das polticas sociais são
ntidas, tornando-se cada vez mais focalizadas, mas descentralizadas, mais
privatizadas. Presencia-se a desor%aniza!ão e destrui!ão dos servi!os
sociais p7blicos.
1ais indica!"es apontam para que a re9exão contempornea sobre o
trabalho prossional tome, com ur%+ncia, um banho de realidade brasileira,
munindo-se de dados, informa!"es e indicadores que possibilitem identicar
as express"es particulares da questão social, assim como os processos
sociais que as reproduzem.
(! m#dança! no mercado pro!!ional de trabalho
Esse processo desaa, em especial, os assistentes sociais, repercutindo no
mercado de trabalho especializado. * retra!ão do Estado em suas
responsabilidades e a!"es no campo social manifesta-se na compressão das
verbas or!ament#rias e no deterioramento da presta!ão de servi!os sociais
p7blicos. :em implicando uma transfer+ncia, para a sociedade civil, de parcela das iniciativas para o atendimento das seq;elas da questão social, o
que %era si%nicativas altera!"es no mercado prossional de trabalho, com
a relantropiza!ão social. &ão se trata de um ressur%imento da velha
lantropia, do s'culo <=<. ) que se presencia ' lantropia do %rande
capital, resultante de um amplo processo de privatiza!ão dos servi!os
p7blicos.
1odo esse processo vem repercutindo no mercado de trabalho do assistente
social. /resce a atua!ão do ervi!o ocial na #rea dos recursos humanos,na cria!ão dos comportamentos produtivos favor#veis para a for!a de
trabalho, tamb'm denominado de clima social. *mpliam-se as demandas ao
nvel da atua!ão nos crculos de controle da qualidade, nos pro%ramas de
qualidade total.
) ervi!o ocial sempre foi chamado pelas empresas para eliminar focos de
tens"es sociais, criar um comportamento produtivo da for!a de trabalho,
contribuindo para reduzir o absentesmo, viabilizar benefcios sociais, atuar
em rela!"es humanas na esfera do trabalho. Embora essas demandas
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fundamentais se mantenham, elas ocorrem ho0e sob novas condi!"es
sociais e, portanto, com novas media!"es. *ssim, os chamamentos 5
participa!ão, o discurso da qualidade, da parceria, da coopera!ão são
acompanhados pelo discurso de valoriza!ão do trabalhador.
O en!ino em Serviço Social e a con!tr#ç$o de #m pro)eto
pro!!ional na! d*cada! de 1+,%+.
* d'cada de >? foi f'rtil na deni!ão de rumos t'cnico-acad+micos e
polticos para o ervi!o ocial . @o0e existe um pro0eto prossional, que
a%lutina se%mentos si%nicativos de assistentes sociais no pas,
amplamente discutido e coletivamente construdo ao lon%o das duas
7ltimas d'cadas. *s diretrizes norteadoras desse pro0eto se desdobraram no
códi%o de 'tica prossional do assistente social, de ABBC, na lei da
re%ulamenta!ão da prossão de ervi!o ocial e ho0e, na nova proposta de
diretrizes %erais para o curso de ervi!o ocial .
Esse pro0eto de prossão e de forma!ão prossional, ho0e he%em4nico, '
historicamente datado. $ fruto e expressão de um amplo movimento da
sociedade civil desde a crise da ditadura, armou o prota%onismo dossu0eitos sociais na luta pela democratiza!ão da sociedade brasileira. Doi no
contexto de ascensão dos movimentos sociais, das mobiliza!"es em torno
da elabora!ão e aprova!ão da /onstitui!ão de >>, das press"es populares
que redundaram no afastamento do Presidente /ollor, que os assistentes
sociais foram sendo questionados pela pr#tica poltica de diferentes
se%mentos da sociedade civil. E os assistentes sociais não caram a
reboque desses acontecimentos. *o contr#rio, tornaram-se um dos seus co-
autores, co-participantes desse processo de lutas democr#ticas nasociedade brasileira. Encontra-se a a base social da reorienta!ão da
prossão nos anos >?. ) ervi!o ocial deu um salto de qualidade em sua
autoqualica!ão na sociedade e a rela!ão do debate atual com esse lon%o
tra0eto ' uma rela!ão de continuidade e de ruptura.
=mpasses prossionais na atualidade. Primeiro, o famoso distanciamento
entre trabalho intelectual, de cunho teórico-metodoló%ico, e o exerccio da
pr#tica prossional cotidiana, ou se0a, a defasa%em entre as bases de
fundamenta!ão teórica da prossão e o trabalho de campo8 e%undo ' a
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constru!ão de estrat'%ias t'cnico-operativas para o exerccio da prossão,
ou se0a, preencher o campo de media!"es entre as bases teóricas 0#
acumuladas e a operatividade do trabalho prossional.
) caminho para a ultrapassa%em desses impasses parece estar, por um
lado, no cultivo de um trato teórico-metodoló%ico ri%oroso, mas a ele aliado,
um atento acompanhamento histórico da dinmica da sociedade.
) %rande desao na atualidade ', pois, transitar da ba%a%em teórica
acumulada ao enraizamento da prossão na realidade, atribuindo, ao
mesmo tempo, uma maior aten!ão 5s estrat'%ias, t#ticas e t'cnicas do
trabalho prossional, em fun!ão das particularidades dos temas que são
ob0etos de estudo e a!ão do assistente social.
Pode se concluir que um dos maiores desaos ' articular a prossão e a
realidade 0# que o ervi!o ocial não atua apenas sobre a realidade, mas
atua na realidade. &este sentido, o que se reivindica ' que a pesquisa se
arme como uma dimensão inte%rante do exerccio prossional, visto ser
uma condi!ão para se formular respostas capazes de impulsionar a
formula!ão de propostas prossionais que tenham efetividade e permitam
atribuir materialidade aos princpios 'tico-polticos norteadores do pro0eto
prossional.
( prtica como trabalho e a in!erç$o do a!!i!tente
!ocial em proce!!o! de trabalho
Proposta curricular atual cont'm dois elementos que representam uma
ruptura com a concep!ão dos anos >?
) primeiro ' considerar a questão social como base defundamenta!ão sócio-histórica do ervi!o ocial. ) se%undo ' apreender a
Fpr#tica prossionalG como trabalho o exerccio prossional inscrito em um
processo de trabalho.
* questão social deixa de ser considerada apenas como desi%ualdade
social entre pobres e ricos, passando a considerar as particulares formas de
luta, de resist+ncia material e simbólica acionadas pelos indivduos sociais 5
questão social.
* an#lise da pr#tica do assistente social como trabalho, inte%rado em um
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processo de trabalho permite mediatizar a interconexão entre o exerccio do
ervi!o ocial e a pr#tica da sociedade. endo o trabalho uma atividade
pr#tico-concreta e não só espiritual, opera mudan!as tanto na mat'ria ou
no ob0eto a ser transformado, quanto no su0eito, na sub0etividade dos
indivduos, pois permite descobrir novas capacidades e qualidades
humanas. 1odo processo de trabalho implica uma mat'ria-prima ou ob0eto
sobre o qual incide a a!ão8 meios ou instrumentos de trabalho que
potenciam a a!ão do su0eito sobre o ob0eto8 e a própria atividade, ou se0a, o
trabalho direcionado a um m, que resulta em um produto. ) ob0eto de
trabalho ou a mat'ria-prima do ervi!o ocial são as express"es da questão
social8 o conhecimento ' o meio de trabalho, ou se0a, as bases teórico-
metodoló%icas são recursos essenciais que o assistente social aciona para
exercer o seu trabalho.&essa perspectiva, o con0unto de conhecimentos e
habilidades adquiridos pelo assistente social ao lon%o de seu processo
formativo são parte do acervo de seus meios de trabalho.
) *ssistente ocial não det'm todos os meios necess#rios para a
efetiva!ão de seu trabalho nanceiros, t'cnicos e humanos necess#rios ao
exerccio prossional aut4nomo. *inda que disponha de relativa autonomia
na efetiva!ão de seu trabalho, o * depende, na or%aniza!ão da atividade,
das institui!"es que o contratam. Portanto, a institui!ão não ' um
condicionante a mais do trabalho do *ssistente ocial, ou um obst#culo. Ela
or%aniza o processo de trabalho do qual ele participa.
) ervi!o ocial ' socialmente necess#rio porque ele atua sobre quest"es
que dizem respeito 5 sobreviv+ncia social e material dos setores
ma0orit#rios da popula!ão trabalhadora. 1em uma ob0etividade que não '
material mas ' social.) ervi!o ocial ' um trabalho especializado, expresso sob a forma de
servi!os, que tem produtos interfere na reprodu!ão material da for!a de
trabalho e no processo de reprodu!ão sociopoltica ou deo-poltica dos
indivduos sociais.
(! nova! diretri&e! c#rric#lare!
* proposta de currculo encontra-se estruturada a partir de tr+s n7cleos
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tem#ticos
) primeiro n7cleo - fundamentos teórico-metodoló%icos da vida social.
/ompreende um acervo de temas que permite fornecer bases para a
compreensão da dinmica de vida social na sociedade bur%uesa8 ) se%undo
- fundamentos da particularidade da forma!ão sócio-histórica da sociedade
brasileira. /ompreende elementos que permitam apreensão da produ!ão e
reprodu!ão da questão social e as v#rias faces que assume nessa
sociedade. ) terceiro- fundamentos do trabalho prossional. /ompreende
todos os elementos constitutivos do ervi!o ocial como uma
especializa!ão do trabalho. Esses tr+s n7cleos não representam uma
seq;+ncia evolutiva ou uma hierarquia de mat'rias, são nveis distintos e
complementares de conhecimentos necess#rios 5 atua!ão prossional.
R#mo! *tico-pol/tico! do trabalho pro!!ional
) ervi!o ocial nos anos >? teve os olhos mais voltados para o Estado e
menos para a sociedade, mais para as polticas sociais e menos para os
su0eitos com quem trabalha, o modo e as condi!"es de vida.
) códi%o de 'tica nos indica um rumo 'tico-poltico, um horizonte para o
exerccio prossional. ) desao ' a materializa!ão dos princpios 'ticos nacotidianidade do trabalho, evitando que se transformem em indicativos
abstratos. Esse rumo 'tico-poltico requer um prossional informado, culto,
crtico e competente.
0emanda! e Re!po!ta! da Cateoria Pro!!ional ao! Pro)eto!
Societrio.
*s Hemandas Prossionais no mbito das rela!"es entre Estado e
sociedade
) ponto de partida ' o de que a pr#tica prossional não tem o poder
miraculoso de revelar-se a si mesma. Ela adquire inteli%ibilidade e sentido
na história da sociedade da qual ' parte e expressão. *ssim, desvendar a
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pr#tica prossional cotidiana sup"e inseri-la no quadro das rela!"es sociais
fundamentais da sociedade, ou se0a, entend+-la no 0o%o tenso das rela!"es
entre as classes sociais, suas fra!"es e das rela!"es destas com o Estado
brasileiro. ) se%undo ponto ' a considera!ão do papel fundamental da
produ!ão da vida real, da produ!ão dos indivduos sociais, que t+m, no
trabalho, a atividade fundante. Porque ' no mundo da produ!ão e não no da
distribui!ão e consumo, que est# a fonte criadora da riqueza social e da
constitui!ão dos su0eitos sociais. ) terceiro pressuposto ' a centralidade da
história, por ser ela a fonte de nossos problemas e a chave de suas
solu!"es.
* se%uir, al%uns Itemas ocultosJ no debate prossional, que não
estão sendo ob0eto de re9exão na prossão
· * prossão tem olhado menos para a sociedade e mais para o
Estado.
* hipótese da autora ' de que as re9ex"es sobre o fazer estão
priorizando a an#lise da interven!ão do Estado, via polticas sociais
p7blicas, e da extrados os seus efeitos na sociedade. E imprescindvel que
olhemos para a sociedade, para o movimento das classes sociais, que t+m
sido rele%adas a uma posi!ão de relativa secundariedade no debate do
servi!o social.
· 1end+ncia a uma an#lise politicista das demandas prossionais.
)u se0a, uma an#lise da poltica que, muitas vezes, se descola das
determina!"es econ4micas.
*o resvalarmos para uma an#lise politicista dos direitos sociais e das
polticas sociais, absolveremos o capitalismo, caindo numa perspectiva, no
m#ximo distributiva da riqueza social, reconhecendo a sociedade capitalista
e suas desi%ualdades como naturais.
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· 1end+ncia a considerar a sociedade brasileira numa ótica
meramente urbana.
Hicilmente em nossos debates, os processos sociais a%r#rios
aparecem articulados a questão urbana, correndo o peri%o de reincidirmos
no velho dualismo rural-urbano.
/oerente com tais premissas, a autora inicia uma re9exão sobre o
processo de pauperiza!ão em nossa sociedade, enraizada na órbita do
trabalho. Por um lado, temos a modernidade econ4mica para o %rande
capital, que vem contando com o decisivo apoio do Estado via subsdios
scais, de cr'dito e outras formas protecionistas estimuladas com a
expansão monopolista, sob a '%ide do capitalismo nanceiro. Por outro
lado, a barb#rie na reprodu!ão das condi!"es de vida da popula!ão
trabalhadora, com a qual nos defrontamos cotidianamente em nosso
exerccio prossional. * minimiza!ão da a!ão estatal na %arantia das
condi!"es b#sicas de vida do con0unto dos trabalhadores res%uardando-secontra face de um Estado m#ximo para o capital ' campo f'rtil para a
dissemina!ão e reatualiza!ão de pr#ticas de favor e do arbtrio, que tem, na
viol+ncia, a sua contrapartida.
Condiç2e! de Trabalho e Re!po!ta! Pro!!ionai!
1emos, por um lado, o crescimento da pressão da demanda por
servi!os, cada vez maior, por parte da popula!ão usu#ria mediante o
aumento de sua pauperiza!ão. Esta se choca com a 0# cr4nica e a%ora
a%ravada falta de verbas e recursos das institui!"es prestadoras de
servi!os sociais p7blicos, expressão da redu!ão de %astos sociais
recomendada pela poltica econ4mica %overnamental, que re%e o mercado
com a Imão invisvelJ que %uia a economia. Em conseq;+ncia, amplia-se
cada vez mais a seletividade dos atendimentos, fazendo com que a proclamada universaliza!ão dos direitos sociais se torne letra morta. Esse
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quadro tem sido fonte de an%7stia e questionamentos sobre o nosso papel
prossional, diante da diculdade de criar, recriar e implementar propostas
de trabalho, podendo estimular a burocratiza!ão e o vazio institucional. Kas
esse não ' o 7nico encaminhamento possvel para a pr#tica prossional.
Existem outras for!as sócio polticas presentes na sociedade as quais
podemos nos unir, como prossionais e cidadãos. Dor!as essas que vem
lutando pela defesa dos direitos sociais conquistados e sua amplia!ão, pela
crescente participa!ão dos usu#rios e das or%aniza!"es da sociedade civil
na %estão dos servi!os p7blicos. * defesa da condi!ão prossional implica,
ho0e, uma luta que a ultrapassa para abarcar o processo de constru!ão de
uma vontade coletiva, ma0orit#ria, capaz de articular m7ltiplos interesses
no mbito da sociedade civil, que tenham no seu horizonte a pro%ressiva
socializa!ão da poltica do Estado e da própria economia.
) debate sobre as polticas p7blicas merece ser aprofundado, de
modo que se torne capaz de con9uir em propostas não ilusórias, que
reconhe!am os limites estruturais de qualquer poltica em um pas com
nveis extremamente elevados de concentra!ão de terra e capital,
implicando na exclusão social de vastssimas camadas da popula!ão,
destitudas dos direitos mais elementares de sobreviv+ncia.
3ª Parte: ( 4ormaç$o Pro!!ional na
Cantemporaneidade.
( 5ormaç$o pro!!ional na contemporaneidade
=ntrodu!ão3Problematiza!ão do tema.
&o mbito do ervi!o ocial uma proposta de forma!ão prossional
conciliada com os novos tempos, radicalmente comprometida com os
valores democr#ticos e com a pr#tica de constru!ão de uma nova cidadania
na vida social, isto ', de um novo ordenamento das rela!"es sociais. )desao ', %arantir um salto de qualidade no processo de forma!ão
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prossional dos assistentes sociais. Pensar a forma!ão prossional no
presente ', ao mesmo tempo, fazer um balan!o do debate recente do
ervi!o ocial, indicando temas a serem desenvolvidos, pesquisas a serem
estimuladas para decifrar as novas demandas que se apresentam ao
ervi!o ocial. (ma das condi!"es fundantes para se %arantir a adequa!ão
da forma!ão prossional 5 dinmica de nosso tempo, ' implodir uma visão
endó%ena do ervi!o ocial e da vida universit#ria, prisioneira em seus
Lmuros internosL.*lar%ar os horizontes, voltados para a história da
sociedade brasileira nos quadros do novo reordenamento mundial para a
melhor apreender as particularidades prossionais em suas m7ltiplas
rela!"es e determina!"es,densas de conte7do histórico. ) desao ',
portanto, historicizar o debate, rompendo as an#lises teoricamente est'reis,
porque descoladas da realidade, assim como as vis"es intimistas e
empiricistas do ervi!o ocial,que só poderão conduzir a uma versão
burocratizada da revisão curricular na dinmica universit#ria. 1endo por
base tais considera!"es, a su%estão ' a de iluminar, por meio da história
contempornea e de uma teoria social crtica nela
vincada, as particularidades do ervi!o ocial como prossão que se realiza
e se reproduz no mercado de trabalho. * sintonia da forma!ão prossional
com o mercado de trabalho ' condi!ão para se preservar a própria sobreviv+ncia do ervi!o ocial. /omo qualquer prossão, inscrita
na divisão social e t'cnica do trabalho, sua reprodu!ão depende de sua
utilidade social , isto ', de que se0a capaz de responder 5s necessidades
sociais, que são a fonte de sua demanda.endo o assistente social um
trabalhador assalariado, depende da venda de sua for!a de trabalho
especializada no mercado prossional de trabalho. Para que ela tenha valor
de troca, expresso monetariamente no seu pre!o,' necess#rio que conrme
o seu valor de uso no mercado.
O! de!ao! na recon!tr#ç$o do pro)eto de 5ormaç$o
pro!!ional.
) processo, expresso na reestrutura!ão industrial e das polticas de
cunho neo-liberal, matrizadas pela crise do modelo fordista3MeNnesiano de
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re%ula!ão da economia internacional,tem apresentado claras refra!"es
nos processos de trabalho, no controle e %estão da for!a de trabalho assim
como na fei!ão dos mercados de trabalho. * crise que se presencia ho0e
tem suas ori%ens nas transforma!"es operadas na dinmica internacional
do capital nos anos ABO-QC, eclodindo,no pós-QC, um con0unto de
processos que colocam em cheque o modelo fordista de produ!ão e o
padrão MeNnesiano de re%ula!ão da economia
internacional, com profundas implica!"es na divisão internacional dotrabalh
o e nas bases da concorr+ncia intercapitalista mundial.
*s estrat'%ias defensivas das %randes empresas no enfrentamento
da crise conduzem, assim, a uma altera!ão das bases tecnoló%icas e das
formas de %estão e controle da for!a de trabalho. /onsistem em produzir
com maior eci+ncia e menor custo, isto ', em eleva!ão dos nveis de
produtividade em aperfei!oar a qualidade dos produtos , tendo em vista
a concorr+ncia internacional materializada em pro%ramas de
Lqualidade totalL o que vem sendo re-traduzido para os trabalhadores
como Lqualidade de vidaL. =mporta salientar que as formas e o conte7do da
9exibiliza!ão em cada pas encontram-se dependentes das op!"es polticas
e sociais, for0adas pelas lutas de classes. &ão são imunes 5s lutas dos
trabalhadores e do con0unto da sociedade civil levadas a efeito se0a no chão
das f#bricas, no seu enfrentamento com o Estado, atrav's de seus
or%anismos sindicais e partid#rios
isto ', das lutas pela preserva!ão de conquistas 0# acumuladas e por sua
amplia!ão. ) novo est#%io do processo de desenvolvimento capitalista,
cu0as tend+ncias são irreversveis- aqui apenas esbo!ado em lar%os tra!os-
tem refor!ado a fra%menta!ão social, aumentando a diferencia!ão dasclasses, ampliando as desi%ualdades sociais, alterando radicalmente no
mercado de trabalho. * luta de classes ' assim transformada formas
anteriores de or%aniza!ão do mundo do trabalho são solapadas, enquanto
novas formas estão sendo criadas. ) discurso neoliberal cai como uma luva
na tradi!ão poltica brasileira, reatualizando, com os preceitos de
privatiza!ão do Estado, tem, pois, a espantosa fa!anha de atribuir ttulo de
modernidade ao que ' mais atrasado na sociedade brasileira e da seu
car#ter claramente conservador e antidemocr#tico fazer do interesse
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privado a medida de todas as coisas, obstruindo a dimensão 'tica da vida
social pela recusa da responsabilidade e obri%a!ão social.
Con6#i!ta! e dilema! no pro)eto pro!!ional no!
ano! 1+,.
Um do! ei7o! do debate incidi# !obre o! 5#ndamento! do
proce!!o 5ormativo.
:iemos armando, a necessidade de direcionar a forma!ão
prossional para a cria!ão de um perl prossional dotado de uma
compet+ncia teórico-
crtica,com uma aproxima!ão cons=stente as principais matrizes do pensam
ento social na modernidade e suas express"es teórico-pr#ticas no ervi!o
ocial. )s rumos assumidos pelo amplo debate apontaram, ainda, para o
privil'%io ainda que a não exclusividade de uma teoria social crtica,
desveladora dos fundamentos da produ!ão e reprodu!ão da IquestãosocialL. * articula!ão entre conhecimento e história ' indissoci#vel em
sua perspectiva teórico-metodoló%ica, presidida pelo ponto de vista da
totalidade não da totalidade da razão autonomizada, mas sim das classes
sociais, da produ!ão social em suas m7ltiplas rela!"es e determina!"es. os
produtores da riqueza cu0a fonte est# na for!a de trabalho em a!ão, e,
portanto, no trabalho t+m centralidade na pr#tica da vida social e, por isto,
na sua re-constru!ão teórica. ) horizonte ', portanto, a arma!ão do
homem na sua %enericidade, na sua humanidade a livre constitui!ão de
indivduos sociais, isto ', livremente associados na produ!ão e apropria!ão
da riqueza social como patrim4nio comum. alienta-se o car#ter
acumulativo e coletivo do conhecimento, impondo-se o debate necess#rio
com o acervo cientco disponvel.
* história, teoria e metodolo%ia no ervi!o ocial, um dos eixos
necess#rios da forma!ão prossional, diz respeito 5 explica!ão do
7/23/2019 RESUMO : O Serviço Social na Contemporaneidade.
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ervi!o ocial de seu processo de constitui!ão e desenvolvimento no
quadro das rela!"es entre Estado e sociedade, em suas rela!"es com o
mundo do trabalho, com a tema do poder e com o universo
da cultura. Rusca-se, pois, construir uma aborda%em do ervi!o ocial na
óptica da totalidade em suas m7ltiplas rela!"es com esfera da
produ!ão3reprodu!ão da vida social, com as instncias de poder e
com as representa!"es culturais - cientcas e 'ticopolticas , quein9uenciar
am e incidiram nas sistematiza!"es da pr#tica e a!"es prossionais, ao lon%
o do tempo. ) dilema metodoló%ico ' o de detectar as dimens"es de
universalidade, particularidade e sin%ularidade na an#lise dos fen4menos
presentes no contexto da pr#tica prossional. )bserva-se, um paralelismo
entre o debate da forma!ão e a sociedade nos anos ABB?, em que as
transforma!"es que nela se operam não adquirem visibilidade como
elementos constitutivos do balan!o da forma!ão prossional. Parecem não
ter lu%ar as particularidades da produ!ão da pobreza e da exclusão social
vi%entes8 as altera!"es no mundo do trabalho
e o crescimento da superpopula!ãorelativa8 as estrat'%ias mobilizadas pelo
p7blico alvo do ervi!o ocial em seus diversos se%mentos -, para a
preserva!ão de sua vida ante o avassalador crescimento do subempre%o e
do desempre%o8 suas lutas sociais e o drama da viol+ncia, cotidianamenteenfrentado em suas diversas formas8 os e feitos das orienta!"es de cunho
neoliberal na implementa!ão das polticas sociais, na dinmica da vida das
institui!"es sociais dentre as quais a (niversidade-, nas demandas e
nas pr#ticas prossionais, entre in7meros outros aspectos. *s media!"es
são descobertas na pesquisa da realidade, no conhecimento das situa!"es
particulares com que se defronta o *ssistente ocial, na qual /ompreender
tais situa!"es ' tamb'm apropriar-se dos processos sociais macroscópicos
que as %eram e as recriam e, ao mesmo tempo, de como sãoexperimentadas e vivenciadas pelos su0eitos nelas envolvidas. Socalizam-se
a fontes para a formula!ão de propostas de a!ão, de pro%ram#ticas de
trabalho, alimentando um fazer prossional criativo e inventivo.
O pro)eto de 5ormaç$o pro!!ional na contemporaneidade:
e7i8ncia! e per!pectiva!.
7/23/2019 RESUMO : O Serviço Social na Contemporaneidade.
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*s considera!"es anteriores apontam para a necessidade de re-
construir o pro0eto de forma!ão prossional do *ssistente ocial, demarcad
otransversalmente pelos dilemas da contemporaneidade da sociedadebrasil
eira nos anos ABB?, nos quadros da nova ordem mundial neste m
de s'culo. E dar conta dessa exi%+ncia requer a radical concilia!ão
do pro0eto formativo com a história com as tend+ncias contraditórias, de
curto e lar%o prazo, que dela emanam. *propri#-las, atribuindo 5
forma!ão prossional densidade de informa!"es relativas 5 sociedade
brasileira, ' requisito preliminar para que se possa dar concretude 5 dire!ão
social, que se pretende imprimir 5quela reconstru!ão do pro0eto, capaz de
atualizar-senos v#rios momentos con0unturais.(m pro0eto de forma!ão
prossional que aposte nas lutas sociais,
na capacidade dos a%entes históricos de construrem novos padr"es de
sociabilidade para a vida social. Para se pensar a constru!ão de um
novo pro0eto de forma!ão prossional ' decisivo enfrentar a problem#tica
do contexto universit#rio. *s possibilidades reais, que revelam horizontes
para a formula!ão d e contrapropostas prossionais no enfrentamento da
Lquestão socialT não só como vtimas da explora!ão e da exclusão
social, mas como su0eitos que lutam, por isto, pela preserva!ão e3ou
reconquista de sua humanidade, pela constru!ão, na pr#tica da vida socialcotidiana, de seu direito de ter direitos de homens e de cidadãos. *preender
o processo social na sua contraditoriedade ' requisito para se construir um
pro0eto de forma!ão prossional que rearme o
estatuto prossional do ervi!o ocial. ) universo prossional encontra-se
tribut#ria de que a forma!ão prossional este0a com os olhos voltados para
a sociedade civil em suas rela!"es com o Estado, para os indivduos
sociais, em sua presen!a na arena social e poltica, para os modos de vida e
de trabalho de que são portadores eque,tamb'm, recriam com a sua inventividade socialcom seus
sonhos e pro0etos social---mente partilhados. (ma das exi%+ncias que se
vislumbra na reconstru!ão do pro0eto de forma!ão prossional ' estimular
a aproxima!ão dos assistentes sociais 5s condi!"es de vida das classes
subalternas e de suas formas de luta e de or%aniza!ão. * forma!ão
prossional deve viabilizar condi!"es para que os novos assistentes sociais
se0am sensveis e solid#rios ao processo de cria!ão de uma nova cidadania,
como estrat'%ia poltica de %estão de uma cultura p7blica democr#tica,
7/23/2019 RESUMO : O Serviço Social na Contemporaneidade.
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contrapondo-se ao culto ao individualismo, 5 lin%ua%em do mercado, ao
LethosL da pós-modemidade.
) ervi!o ocial, disp"e de condi!"es privile%iadas, pela proximidadeque tem ao dia a dia das classes subalternas, de recriar aquela pr#tica
prossional nos rumos aventados, exi%indo que
aforma!ão universit#ria possa dotar os assistentes sociais de subsdiosteór
icos, 'ticos e polticos que lhe permitam se assim o dese0arem contribuir, de
mãos dadas, para o tra0eto histórico em rumo aos novos tempos.
O debate contempor9neo da reconceit#aç$o do
Serviço Social: ampliaç$o e apro5#ndamento do
mar7i!mo
=ntrodu!ão3Se%ado da
reconceitua!ão
e a descoberta do marxismo pelo ervi!o ocial latino-americano
contribuiu decisivamente para um processo de ruptura teórica e pr#tica
com a tradi!ão prossional, as formas pelas quais se deu aquela
aproxima!ão do ervi!o ocial com o amplo e hetero%+neo universo
marxista foram tamb'm respons#veis por in7meros equvocos e impasses
de ordem teórica, poltica e prossional cu0as refra!"es at' ho0e se fazem presentes. ) primeiro equvoco se deu a partir do fato de que o encontro do
ervi!o ocial com a perspectiva crtico-dial'tica deu-se por meio do ltro
da pr#tica poltico-partid#ria, fazendo com que muitas inquietudes da
militncia fossem transferidas para a pr#tica prossional. )utro equvoco foi
que a aproxima!ão do ervi!o ocial com a tradi!ão marxista, não se deu
atrav's da consulta aos cl#ssicos. Doi uma aproxima!ão a um marxismo
sem Karx, resultando numa invasão 5s ocultas, do positivismo no discurso
marxista do ervi!o ocial. ) resultado ' o dilema at' ho0e presente na prossão o fatalismo e o messianismo. ) primeiro naturaliza a vida social e
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compreende a prossão como totalmente atrelada 5s malhas do poder,
entendido como monoltico, o que resulta numa pr#tica de sub0u%a!ão do
prossional ao institudo8 o se%undo, privile%ia os propósitos do prossional
individual, resultando num voluntarismo. ) enfrentamento com a heran!a
da reconceitua!ão vai dar-se tardiamente no Rrasil, no bo0o da crise da
ditadura, quando o próprio revi%oramento da sociedade civil faz com que se
rompam as amarras do sil+ncio e do alheamento poltico for!ado.
O debate bra!ileiro contempor9neo e a tradiç$o mar7i!ta
e a reconceitua!ão viabilizou a primeira aproxima!ão do ervi!o ocial
com o marxismo por rotas tortuosas, o primeiro encontro do ervi!o ocial
com a obra marxiana, dela decorrendo explcitas deriva!"es para a an#lise
do ervi!o ocial, deu-se no Rrasil, apenas na d'cada de >?.
)s eixos do debate do ervi!o ocial, no campo da tradi!ão marxista,
na d'cada de >?, podem ser enfeixados em duas %randes tem#ticas
aU a crtica teórico-metodoló%ica tanto do conservadorismo como do
marxismo vul%ar, colocando a pol+mica em torno das rela!"es entre teoria,
história e m'todo, com claras deriva!"es no mbito da forma!ão
prossional8 bU a constru!ão da an#lise da tra0etória histórica do ervi!o
ocial no Rrasil.
) debate brasileiro, do ponto de vista teórico-metodoló%ico nos anos
>?, em rela!ão ao le%ado do movimento de reconceitua!ão Satino-
*mericanoaU avan!a da ne%a!ão e den7ncia do tradicionalismo ao enfrentamento
efetivo de seus dilemas e impasses teórico-pr#ticos8 bUdo metodolo%ismo 5
inser!ão da pol+mica teórico-metodoló%ica no ervi!o ocial nos principais
marcos do pensamento social contemporneo8 cU da apolo%'tica no trato do
marxismo no ervi!o ocial ao debate cl#ssico contemporneo dessa
tradi!ão intelectual8 dUdo ativismo poltico-prossional 5 cria!ão de
condi!"es acad+micas e sócio prossionais que propiciaram maior solidez a
pr#ticas renovadoras inscritas no mercado de trabalho dos assistentessociais8 eU do ecletismo ao pluralismo8 fU de uma aborda%em %eneralista
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sobre a *m'rica Satina a ensaios históricos sobre o ervi!o ocial em
diferentes momentos con0unturais da forma!ão social no pas, ampliando as
possibilidades de an#lise da prossão na história brasileira. *valiando o
debate contemporneo, ressalta-se o avan!o que o debate contemporneo
vem apresentando ante o tradicionalismo prossional presidido pela
ideolo%ia do mando e do favor no trato da coisa p7blica, metamorfoseando
o cidadão em s7dito do Estado8 avan!o tamb'm em rela!ão ao le%ado da
reconceitua!ão. Esta, retraduzindo os ob0etivos prossionais em
or%aniza!ão, capacita!ão e conscientiza!ão dos oprimidos tendo como alvo
a transforma!ão social, não considerou, em suas an#lises, as media!"es
históricas e teóricas que possibilitassem articular os propósitos prossionais
5s con0unturas nacionais particulares e, em especial, ao mercado de
trabalho.
O debate do debate
) que este n%ulo de an#lise, no entanto, tem ocultado. * +nfase nas
rela!"es do ervi!o ocial com as polticas sociais do Estado e os aparatos
institucionais que a implementam vem apresentando, como contrapartida, o
relativo obscurecimento da sociedade civil, o verdadeiro cen#rio de toda ahistória, secundarizada na produ!ão acad+mica no ervi!o ocial. )
enfrentamento da pauperiza!ão torna-se necess#rio como meio para a
compreensão das polticas sociais e não o contr#rio o estudo da %+nese e
as formas particulares de desenvolvimento e viv+ncia da pauperiza!ão, o
outro lado da matura!ão capitalista, como condi!ão para a explica!ão e
avalia!ão das respostas %overnamentais diante desse fen4meno. ) relativo
o cultamento das mudan!as históricas recentes produzidas na sociedade
civil, em decorr+ncia mesmo da interven!ão do Estado, pode levar 5 perda
do chão daquelas an#lises que ora polarizam o debate do ervi!o ocial. $ a
sociedade civil que explica o Estado.
* contrapartida do ocultamento da sociedade civil na an#lise ' a ne%a!ão,
na pr#tica, do car#ter revolucion#rio que distin%ue a teoria marxiana, dela
destituindo a história.
*o colocar-se como ob0eto de sua própria pesquisa, o ervi!o ocial voltou-
se sobre si mesmo e descortinou n%ulos inusitados para o desdobramento
dos estudos. (r%e a%ora que o ervi!o ocial se alimente d história da
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sociedade brasileira presente, como condi!ão de renovar e continuar
asse%urando a sua concilia!ão com a realidade social, condi!ão para
decifrar e recriar sua pr#tica prossional, dando transpar+ncia aos elos que
as articulam.
Pol/tica de Prtica (cad8mica: #ma propo!ta da
4ac#ldade de Serviço Social da Univer!idade 4ederal de #i&
de 4ora ; M<.
"ntrod#ç$o% O! 5#ndamento! da pol/tica de prtica acad8mica
) presente texto ' parte de um amplo processo de constru!ão
coletiva da proposta de forma!ão prossional da D3(DVD. Expressa o
permanente empenho, do seu corpo docente e discente, no
aperfei!oamento de seu pro0eto acad+mico-prossional enraizado no
movimento histórico de transforma!ão da sociedade e na compreensãocrtica das profundas mudan!as que se processam no mundo
contemporneo, dentro da nova etapa da acumula!ão capitalista. $
reconhecendo e assumindo os in'ditos desaos históricos dos anos ABB?,
que a *ssocia!ão Rrasileira de Ensino em ervi!o ocial - *RE -aprovou,
em novembro de ABBO, uma proposta de novo currculo mnimo para o
curso de %radua!ão em ervi!o ocial no pas. Promul%ada, em dezembro
do mesmo ano, a Sei de Hiretrizes e Rases para a Educa!ão &acional WSei B
CBXU, a citada proposta de currculo embasou a formula!ão de Hiretrizes
Yerais para o /urso de ervi!o ocial, encaminhadas ao KE/-Eu . E a
Daculdade de ervi!o ocial da (DVD se antecipa
na formula!ão e implementa!ão de uma poltica de pr#tica acad+mica,
consoante as diretrizes e exi%+ncias curriculares propostas pela *RE,com
os olhos voltados para os processos sociais que v+m atribuindo fei!"es
distintas 5 questão social na contemporaneidade. =mpulsiona uma revisão
do conte7do do ensino ministrado ao lon%o do curso, assim como uma
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distribui!ão mais eq;itativa do tempo de trabalho de docentes e discentes
nas atividades de ensino teórico-pr#tico, pesquisa e extensão.
O pre!ente te7to encontra-!e e!tr#t#rado em doi!
momento!= a !aber:
• os fundamentos da poltica de pr#tica acad+mica8
• os elementos constitutivos b#sicos da poltica de pr#tica
acad+mica.
O! 5#ndamento! da pol/tica de prtica
acad8mica
(m dos elementos norteadores b#sicos, que sub0az 5 formula!ão
da poltica de pr#tica acad+mica, ' a peculiaridade da institui!ão
universit#ria e seu car#ter p7blico, como locus privile%iado da forma!ão
prossional. * (niversidade, como importante patrim4nio social, se
caracteriza pela sua necess#ria
dimensão de universalidade na produ!ão e transmissão daexperi+ncia
cultural e cientca da sociedade. E a condi!ão b#sica para o
desenvolvimento de
suarepresentatividade ' a capacidade de asse%urar uma produ!ão doconhe
cimento inovador e crtico, que exi%e respeito 5 diversidade eao pluralismo. &a mesma dire!ão, a Daculdade de ervi!o ocial assume
como seu desao Dormar e qualicar assistentes sociais crticos e
competentes atrav's de
atividades de ensino, pesquisa, extensão, in9uindo na elabora!ão e implem
enta!ão de polticas sociais p7blicas e na or%aniza!ão e mobiliza!ão da
sociedade civil, tendo em vista contribuir para o processo de cidadania e
democratiza!ão da sociedade brasileira. * nova proposta de diretrizes
curriculares para o curso de %radua!ão em ervi!o ocial, elaborada pela *RE, ' resultado de um lar%o ac7mulo de debates, troca de experi+ncias
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e produ!ão acad+mica em tomo da forma!ão prossional e revisão
curricular. * proposta b#sica para o pro0eto de forma!ão prossional,
a partir da qual foi elaborada o pro0eto das diretrizes curriculares, analisa o
ervi!o ocial como uma das formas de especializa!ão do trabalho
coletivo parte da divisão sócio t'cnica do trabalho. Exi%e uma indissoci#vel
articula!ão entre prossão, conhecimento e realidade, o que atribui um
especial destaque 5s atividades investi%ativas como dimensão constitutiva
da a!ão prossional.
)utro aspecto, que merece destaque na proposta da *RE, ' o res%ate da
Lpr#tica prossionalL como trabalho e do exerccio prossional inscrito em
processos de trabalho. Zeconhece o assistente social como parte de um
trabalhador coletivo, no mbito do Estado, de empresas privadas, de
entidades lantrópicas e3ou or%aniza!"es não %overnamentais. *proxima-se
o ervi!o ocial da ampla literatura referente ao mundo do trabalho,
fazendo com que as mudan!as que ora ocorrem na órbita da produ!ão, do
mercado e do Estado não se0am tratadas como mero pano de fundo que
contextualiza o exerccio prossional, mas como fatores que o constituem,
alterando historicamente as dema0Adas, fun!"es e requisitos de qualica!ão
do assistente social.
*o lon%o de seu desenvolvimento, o ervi!o ocial foi requerido por
or%anismos estatais, empresariais e lantrópicos, como uma prossão
fundamentalmente interventiva, situada no mbito da presta!ão de
servi!os sociais previstos pelas polticas. * /arta /onstitucional de AB>>
trouxe uma amplia!ão do campo dos direitos sociais, sendo por isso
reconhecida como a L/onstitui!ão cidadãL. * normatiza!ão desses direitos
abre novas frentes de lutas no zelo pela sua efetiva!ão, preservando o princpio de universalidade em sua abran%+ncia a todos os cidadãos.
* assist+ncia social ' reconhecida, pela primeira vez, como uma poltica
p7blica, dever do Estado e direito de cidadania, partcipe da se%uridade
social, assentada no trip' da sa7de, previd+ncia e assist+ncia, campo
privile%iado da atua!ão do ervi!o ocial. * descentraliza!ão poltico-
administrativa e a municipaliza!ão das polticas sociais v+m representando
uma possibilidade de alar%amento do espa!o ocupacional dos assistentes
sociais no mbito da formula!ão, %estão e avalia!ão de polticas, podendo
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impulsionar a participa!ão na dire!ão apontada. =mporta re%istrar a
diversica!ão das entidades demandantes do ervi!o ocial ante o
crescimento das )r%aniza!"es &ão-Yovernamentais - )&Ys -vinculadas 5
defesa dos direitos humanos e presta!ão de
servi!osnestecampo, que passam a contratar prossionais universit#rios nai
mplementa!ão de seus pro0etos
sociais. ) propósito que vem sendo perse%uido pelaD3(DVD,
desde ABB?, ' asse%urar Luma elevada qualica!ão teórica,sedimentada nu
ma concep!ão totalizadora do conhecimento e aliada 5instrumentaliza!ão t
'cnico operativa necess#ria 5 forma!ão de quadros prossionais, capazes
de inserir-se crtica e ecazmente no mercado de trabalhoL. Zeconhecer
que o Lensino da pr#ticaL, ainda que tendo o est#%io como base, envolve a
trplice dimensão de ensino, pesquisa e extensão,na perspectiva
interdisciplinar e3ou trans-disciplinar, abrindo-se o debate sobre os rumos da
ci+ncia na atualidade. portanto, a poltica de pr#tica acad+mica en%loba as
diferentes dimens"es da vida universit#ria, a saber, o ensino
teórico- pr#tico, a pesquisa e a extensão.
(! dimen!2e! da pol/tica de prtica acad8mica
* poltica de pr#tica acad+mica ' re%ida pela inte%ra!ão entre o
ensino teórico e pr#tico, a pesquisa e a extensão, por meio das disciplinas
curriculares e dos n7cleos tem#ticos de pr#tica e pesquisa. * extensão
/oncretiza-se e um con0unto de atividades que constrói
um vnculo or%nico entre a universidade e os interesses e necessidades da
sociedade or%anizada em seus diversos nveis. * extensão não se reduz,
portanto, a um laboratório ou supermercado de presta!ão de servi!os
denidos pela estrutura t'cnica ou burocr#tica da (niversidade, impostos 5
popula!ão de cima para baixo, 5 revelia dos interesses e necessidades dos
diferentes se%mentos a que se diri%e. &em pode ser uma Lsubstitui!ãoL de
responsabilidades afetas ao poder
p7blicomunicipal3estadual. *o contr#rio, as atividades desenvolvidas nos pr
o-%ramas de extensão devem somar esfor!os e potenciar recursos por meio
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de parcerias com outras institui!"es. Hevem tamb'm incidir sobre reais prio
ridades identicadas pelos seus usu#rios, acionando e apoiando suas
iniciativas, abrindo espa!o decisório 5 sociedade por interm'dio de suas
entidades representativas no estabelecimento de demandas e prioridades a
serem atendidas. * pesquisa ocupa um papel fundamental no processo de
forma!ão prossional do assistente social, atividade privile%iada para a
olidica!ão dos la!os entre o ensino universit#rio e a realidade social e
para a solda%em das dimens"es teórico-metodoló%icas e pr#tico-
operativas do ervi!o ocial, indissoci#veis de seus componentes 'tico
polticos. * dinamicidade dos processos históricos requer a permanente
pesquisa de suas express"es concretas informando a elabora!ão de
pro- postas de trabalho que se0am factveis, isto ', capazes de impulsionar a
realiza!ão das mudan!as pretendidas. Em outros termos, o domnio teórico
metodoló%ico só se atualiza e adquire ec#cia quando aliado 5 pesquisa da
realidade,isto ', dos fen4menos históricos particulares que são ob0etos do
conhecimento e da a!ão do assistente social. * pesquisa docente e
discente, na %radua!ão e pós-%radua!ão, ' um recurso indispens#vel para a
compreensão das m7ltiplas formas de desi%ualdades sociais e dos
processos de exclusão delas decorrentes econ4micos, polticos e culturais
sua viv+ncia e enfrentamento pelo su0eitos sociais na diversidade de suacondi!ão de classe, %+nero, ra!a e etnia.
* D3(DVD estabelece, ho0e, como linhas de pesquisa para os n7cleos
tem#ticos de pesquisa e pr#tica,os se%uintes temas priorit#rios
aUse%uridade social Wsa7de, assist+ncia e previd+nciaU8 bUterceiraidade8 cUmovimentos sociais e poder local8dUfamlia, rela!"es de %+nero e
crian!a e adolescente8 eUrela!"es de trabalho8 fUforma!ão prossional e
mercado de trabalho.
* proposta de forma!ão prossional, que embasa o novo currculo
mnimo, constrói a or%aniza!ão do ensino teórico-pr#tico do ervi!o ocial a
partir de tr+s n7cleos de fundamenta!ão complementares, que con%re%amum con0unto de conhecimentos necess#rios, em diferentes nveis de
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abstra!ão, 5 compreensão do trabalho do assistente social na
sociedade presente. ão eles o n7cleo de fundamentos teórico-
metodoló%icos da vida social8 o n7cleo de fundamentos da forma!ão sócio-
histórica da sociedade brasileira e o n7cleo de fundamentos do trabalho
prossional.
>?cleo! Temtico! de Pe!6#i!a e Prtica
)s &7cleos 1em#ticos con%re%am, portanto, atividades tais como pla
ne0amento e efetiva!ão de pesquisas sobre situa!"es concretas no mbito
da questão social ob0eto de trabalho do assistente social8
sistematiza!ão e produ!ão de conhecimentos teórico-metodoló%icos e
instrumentais no mbito de suas respectivas #reas tem#ticas,
impulsionando a formula!ão de respostas prossionais criativas e
condizentes com os ob0etivos prossionais. * forma!ão teórica
metodoló%ica e operativa asse%urada dos
n7cleosest# voltada para o atendimento das demandas postas no mercado
detrabalho e identica!ão de novas necessidades sociais, que possibilitem a
amplia!ão e diversica!ão do espa!o ocupacional do ervi!o ocial.
* composi!ão dos n7cleos ' a se%uinte
· professores da Daculdade reunidos em
fun!ão de suas pesquisas, especializa!ão
teórica, atividades de extensão ou experi+ncia prossional8
· alunos do curso de ervi!o ocial, em fun!ão de sua inser!ão
nos est#%ios, pro0etos de pesquisa e extensão e dos temas de 1//8
· supervisores de campo8
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· supervisores acad+micos8
· professores pesquisadores de ou de fora da (niversidade8
· representantes de or%aniza!"es e movimentos sociais,
quando for o caso.
/ada n7cleo dever# elaborar o seu plane0amento de trabalho
semestral,%arantindo a discussão da con0untura, das polticas sociais e das
express"es da questão social referentes ao seu eixo tem#tico.
0e!dobrando o en!ino te@rico-prtico
aU ) Est#%io upervisionado
) est#%io ' caracterizado, nas diretrizes curriculares, como atividade
curricular obri%atória, que se con%ura a partir da inser!ão do aluno no
espa!o sócio-ocupacional, tendo em vista a sua capacita!ão para o
trabalho prossional. ) est#%io ser# desenvolvido do : ao :=== perodos do
curso. ) esta%i#rio ' acompanhado por um professor de ervi!o ocial, a
quem cumpre a supervisão acad+mica realizada na (niversidade, por meio
de disciplina3e ou ocina concernente. ) papel do supervisor acad+mico
desdobra -se em acompanhar o desempenho do aluno de acordo com o plano de est#%io estabelecido em comum acordo com a institui!ão8
identicar car+ncias teórico-metodoló%icas e t'cnico operativas do aluno
e contribuir para a sua supera!ão8 estimular a curiosidade cientca e a
atitude investi%ativa no exerccio prossional8 atribuir clareza ao papel do
prossional8
contribuir para a identica!ão das sin%ularidades do trabalho do ervi!o o
cial,reconhecendo, ao mesmo tempo, os elementos particulares e universais
nele contidos8
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atualizar o aluno ao nvel da biblio%raa e conhecimentosnecess#rios 5s
atividades prossionais e 5 pesquisa8 orientar o aluno na formula!ão de
relatórios de est#%io8 re9etir com o aluno sobre valores, posturas e
comportamentos identicados no desempenho de seu trabalho
como esta%i#rio8 desenvolver o esprito crtico no trato teórico e na
forma!ão do cidadão. *o supervisor de campo cabe o acompanhamento, a
re9exão e o apoio 5 sistematiza!ão das atividades realizadas pelo discente,
a partir de um Plano de Est#%io, elaborado em comum acordo com a
unidade de ensino.
bU ) 1rabalho de /onclusão de /urso W1//U
) 1rabalho de /onclusão de /urso ' uma mono%raa cientca,exi%+
ncia curricular para obten!ão de diploma de %radua!ão em ervi!o ocial. $
o trabalho no qual o aluno sistematiza o seu conhecimento, como resultado
de um processo investi%ativo, a partir de uma inda%a!ão
teórica, preferencialmente provocada pela pr#tica de est#%io. ) 1// pode
ser individual ou elaborado no m#ximo por C Wtr+sU alunos, sob a orienta!ão
de um professor e submetido 5 aprecia!ão de banca examinadora,
conforme exi%+ncia raticada pelas diretrizes curriculares propostas W/f.
*nexo n[ CU.*
nota obtida ' a m'dia aritm'tica das notas parciais conferidas pelos exami
nadores após a ar%;i!ão, sendo a nota mnima para aprova!ão
Q?,?WsetentaU. *o candidato inabilitado ser# concedida nova e 7ltima oport
unidade para apresenta!ão do trabalho com as corre!"es indicadas ouum
novo trabalho.
cU *s )cinas de Pr#tica e a Pesquisa /urricular.
*s ocinas de pr#tica, conduzidas por um professor de ervi!o
ocial,são instncias que propiciam, desde o in%resso do aluno na
(niversidade, a aproxima!ão do discente 5 realidade social e prossional,
al'm de estimular
7/23/2019 RESUMO : O Serviço Social na Contemporaneidade.
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o seu envolvimento na dinmica da vida universit#ria. )b0etivam ainda
desenvolver a capacidade crtica diante das m7ltiplas express"es da
questão social. )s focos tem#ticos das )cinas = e == são a universidade e a
cultura, a prossão de ervi!o ocial e a questão
social./abe 5 )cina de Pr#tica = apresentar o pro0eto de forma!ão prossio
nal da D3(DVD e a poltica educacional da (niversidade brasileira8 *
)cina de Pr#tica == dar# continuidade 5queles tr+s eixos tem#ticos,com
os se%uintes conte7dos especcos conhecimento da pr#tica acad+mica
realizada pelos n7cleos tem#ticos existentes na Daculdade de ervi!o
ocial. *s )cinas de Pr#tica === e =: t+m como foco a investi%a!ão em
express"es da questão social nas #reas de interven!ão e a observa!ão e
acompanhamento do trabalho do ervi!o ocial. /abe 5s )cinas === e =: a
prepara!ão, orienta!ão e acompanhamento do aluno no conhecimento
dos processos de trabalho do prossional. V# as disciplinas e3ou ocinas de
Estrat'%ias e 1'cnicas no ervi!o ocial propiciam momentos especcos
de aprendizado e desenvolvimento de instrumentais, t'cnicas e
habilidades, de modo que d+em suporte ao est#%io e 5 pesquisa. /umpre
observar que do =: para o : perodo o aluno pode transferir-sede &7cleo
1em#tico, recomendando-se ao lon%o de sua forma!ão participar de, no
mnimo, dois n7cleos distintos.
dU *s )cinas de upervisão o acompanhamento acad+mico do
est#%io
&o : perodo, tem-se o in%resso do aluno no est#%io propriamente
dito, passando a atuar dentro do espa!o sócio ocupacional do assistente
social. ) est#%io ' concebido como processo de qualica!ão e treinamento
teórico-metodoló%ico, t'cnico-operativo e 'tico-poltico do aluno, inserido
no campo prossional, em que realiza sua experi+ncia de aprendiza%em sob
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a supervisão direta de um assistente social, que assume a fun!ão de
supervisor de campo. ) acompanhamento acad+mico do est#%io ' uma
atividade inte%rada nos &7cleos, realizado por um WaU ProfessorWaU de
ervi!o ocial nele inte%rado, respons#vel por ministrar as )cinas de
upervisão W= a =:U, assumindo o papel de supervisor acad+mico. /ada
n7cleo dever# oferecer anualmente um pro%rama de atualiza!ão para os
supervisores de campo, Wsemin#rios, cursos, ocinas, con0unto
de palestrasU, de acordo com as demandas identicadas. *l'm da
orienta!ão acad+mica, o professor dever# realizar no mnimo duas visitas
por semestre em cada entidade que ofere!a campo de est#%io. *o nal do
perodo de est#%io o aluno realizar# um relatório que sintetize o conte7do
supra mencionado, sob a orienta!ão do supervisor acad+mico. (ma outra
atividade fundamental ' a elabora!ão e conclusão do 1//. )s 1//s e
os planos elaborados de investi%a!ão e de a!ão prossional devem ser soci
alizados dentre os participantes do n7cleo por meio de semin#rios, e,
se possveis, abertos 5 cate%oria prossional.